dicionário histórico de instituições de psicologia no brasil

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  • DICIONRIO HISTRICODE INSTITUIES DE

    PSICOLOGIA NO BRASIL

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  • DICIONRIO HISTRICO DE INSTITUIES DE

    PSICOLOGIA NO BRASIL1 Edio

    Rio de Janeiro2011

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  • Copyright Conselho Federal de Psicologia, para esta edio

    Capa: Luciana Mello e Monika Mayer

    CIP-Brasil. Catalogao na fonteSindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

    D542 Dicionrio Histrico de Instituies de Psicologia no Brasil/Coordenao geral: Ana Maria Jac-Vilela. Rio de Janeiro: Imago; Braslia, DF: CFP, 2011.

    ISBN 978-85-312-1068-6

    1. Psicologia - Brasil - Associaes, etc. - Dicionrios 2. Psicologia - Brasil - Histria - Dicionrios. I. Jac-Vilela, Ana Maria, 1950-. II. Conselho Federal de Psicologia (Brasil).

    10-4280. CDD: 150.6081CDU: 159.9:061(81)

    Reservados todos os direitos. Nenhuma parte desta obra poder ser reproduzida por fotocpia, microfi lme, processo fotomecnico ou eletrnico sem permisso expressa da Editora.

    A pesquisa para este Dicionrio foi realizada no perodo de 2006 a 2009, com o apoio dos Editais CAPES/PROCAD de 2005 e 2007, envol vendo trs instituies UERJ, UFMG e PUC-SP , contando ainda com a participao de pesquisadores do Grupo de Trabalho em Histria da Psicologia da Associao Nacional de Pesquisa e Ps-Gra-duao em Psicologia (ANPEPP) e com o apoio do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

    2011

    IMAGO EDITORARua da Quitanda, 52/8 andar Centro20011-030 Rio de Janeiro-RJTel.: (21) 2242-0627 Fax: (21) 2224-8359E-mail: [email protected]

    Impresso no BrasilPrinted in Brazil

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  • DICIONRIO HISTRICODE INSTITUIES DE

    PSICOLOGIA NO BRASIL

    OrganizaoAna Maria Jac-Vilela (UERJ)

    Coordenaes locaisRio de Janeiro: Francisco Teixeira Portugal (UFRJ)

    So Paulo: Maria do Carmo Guedes (PUC-SP)Paran: Mitsuko Aparecida Makino Antunes (PUC-SP)

    Minas Gerais: Regina Helena de Freitas Campos (UFMG) e rika Loureno (UFMG)

    Rio Grande do Sul / Santa Catarina: William Gomes (UFRGS)Norte-Nordeste: Ndia Maria Dourado Rocha (FRB)

    Centro-Oeste: Mariza Monteiro Borges (UnB)Esprito Santo: Edinete Maria Rosa (UFES)

    ColaboradoresAlexandre de Carvalho Castro (CEFET-RJ)

    Carmem Silvia Rotondano Taverna (PUC-SP)Cristina Lhullier (UCS-RS)

    Daniela Ribeiro S neider (UFSC)Heliana de Barros Conde Rodrigues (UERJ)

    Julia Maria Casulari Mo a (PUC-SP)Marisa Todescan Dias da Silva Baptista (PUC-SP)

    Mnica Leopardi Bosco de AzevedoRaul Albino Pacheco Filho (PUC-SP)

    Srgio Dias Cirino (UFMG)Silvia Vasconcelos Carvalho (UFF)

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  • Apoio tcnicoAssistente de pesquisa Irene Bulco

    Reviso de texto Isabel Cristina de OliveiraSecretariado Alice Helena do Nascimento

    Auxiliar de pesquisa Alessandra Gracioso TranquilliAuxiliar de pesquisa Ronaldo DecicinoAuxiliar de pesquisa Srgio Domingues

    Auxiliar de pesquisa Sunna Prieto de Azevedo

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  • Autores

    Abigail Alvarenga MahoneyAdailson MedeirosAdemir Pacelli FerreiraAdriana Alves SantosAdriana Amaral do Esprito SantoAdriana RosaAdriano Furtado HolandaAidyl M. Q. Prez-RamosAlbenise de Oliveira LimaAlessandra Dafl on dos SantosAlessandra Gracioso TranquilliAlexander JabertAlexandra Ayach AnacheAlexandra Valria Vicente da SilvaAlexandre de Carvalho CastroAmanda dos Santos GonalvesAna Carla S. Silveira da SilvaAna Cristina Costa de FigueiredoAna Gabriela Nunes FernandesAna Laura Prates PachecoAna Maria GageiroAna Maria Jac-VilelaAna Maria RudgeAna Maria Sarmento Seiler PoelmanAna Mercs Bahia Bock

    Ana Teresa A. VenancioAndrea Cristina Coelho ScisleskiAndra dos Santos NascimentoAndra GonalvesAndra Soares WuoAndressa Siqueira GonzagaAngela MarquesArgentina RosasArlindo Carlos PimentaArnaldo Alves da Mo aArrigo Leonardo AngeliniArthur Arruda Leal FerreiraAugusto Costa ConceioAurora Telles Herkenhoff Brbara BrandoBeatriz de Andrade RabeloBernadete Aparecida de CastroBernardete Ga iCarina Mrcia Magalhes NepomucenoCarla Sardinha Siebra de SouzaCarlos MonarchaCarmefran Viana Arajo TeixeiraCarmem Silvia R. TavernaCarmen Lucia Montechi Valladares de OliveiraCassiana La do Esprito Santo

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    Clio GarciaCelso Francisco TondinCesar Mussi IbrahimCristiana Facchine iCristianne Almeida CarvalhoCristina LhullierDaniel KupermannDaniela Ribeiro SchneiderDeise ManceboDenis de CarvalhoDenise Pereira de Alcantara FerrazDiemerson Saque oDiogo Esmeraldo CavalcantiEdinete Maria RosaEdmar OliveiraEdson Soares LannesEduardo A. TomanikEduardo Mouro VasconcelosEdvaldo NabucoElayne Magaldi DaemonEliana Rodrigues Pereira MendesEliane Gonalves CordeiroEliane Rodrigues da SilvaElicarlos Coutinho de OliveiraElison Antonio PaimElizabeth Cruz MllerElizabeth da Silva de AlcntaraEmanuelle Figueiredo SocorroEmlio Nolasco de CarvalhoEmmanuel Zagury Tourinhorika LourenoErnani Henrique FazziEsther Maria de Magalhes ArantesEveline Correa MirandaFbio de CristoFernando RamosFilipe Degani CarneiroFlvia Moreira OliveiraFlvio DuresFrancis Moraes de AlmeidaFrancisca Monteiro de Albuquerque

    Francisco Teixeira PortugalGabriela Neiva OrricoGisela Maria GuedesGiselle B. Petri M. CostaGiselle Silva SanchesGustavo GauerHelena Beatriz Kochenborger ScarparoHeliana de Barros Conde RodriguesHelio Roberto DeliberadorHenrique Jos Leal Ferreira RodriguesHilusca Alves LeiteIarlis BrandoIramaia Santos RodrguezIrene de Melo Pinheiroris Barbosa GoulartIrme Salete BonamigoJanira Siqueira CamargoJeff erson BernardesJoana Branco GongoraJoo Batista de Mendona FilhoJoo Bosco MonteiroJoo Paulo Sales MacedoJos Jorge de Moraes Vieira da CunhaJos Renato Barros SilvaJlia Maria Casulari Mo aKarina Pereira PintoKtia Vergal FurtadoLarissa Alcantara LavradorLarisse SeixasLaura Cristina de Toledo QuadrosLeila de Andrade OliveiraLeonardo Majdalani Sacramento e NascimentoLdia Maria Teixeira Lima CoelhoLigia Maria do Nascimento SouzaLgia Rocha Cavalcante FeitosaLuana da Silva dos SantosLucia GhiringhelloLcia Willadino BragaLuciano Ferreira PiccoliLucila Lima Ludmila Cerqueira CorreiaLuiz Alberto Pinheiro de FreitasLuiz Fernando Pinto

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    Lygia Maria de Frana PereiraMab Amlia Alencar Sacramento de SouzaMarcela Peralva AguiarMarcela Reuter FerreiraMarcelo de Almeida FerreriMarcelo Moreira TakahashiMarci Dria PassosMrcia Antonia Piedade ArajoMrcia Biavati MessiasMrcia FerreiraMrcia MoraesMarcos Almeida de SMarcos Goursand de ArajoMarcos Vieira SilvaMarcus Vinicius de Oliveira SilvaMargareth Uarth Christoff Maria Antonieta AntonacciMaria Aparecida Fernandes MartinMaria Auxiliadora Teixeira RibeiroMaria Cludia Almeida Orlando MagnaniMaria Cludia Novaes MessiasMaria das Graas Barbosa MoulinMaria das Graas Victor SilvaMaria de Ftima Almeida BragaMaria de Ftima Belo de MoraisMaria de Fatima Lobo BoschiMaria de Nazar Santos de SouzaMaria do Carmo GuedesMaria do Socorro BritoMaria Eveline Cascardo RamosMaria Ins Badar MoreiraMaria Lucia BoariniMaria Lucia Seidl-de-MouraMaria Lusa Oliveira AbrunhosaMaria Luisa Sandoval SchmidtMaria Neusa MonteiroMaria Stella Brando GoulartMarilene Proena Rebello de SouzaMarina MassiMarisa Lopes da RochaMarisa T. D. S. BaptistaMaristela de Souza PereiraMaristela Nascimento Duarte

    Mariza Monteiro BorgesMarta Maria TellesMarta ZappaMathilde NederMercedes Cunha Chaves de CarvalhoMichelle Menezes WendlingMitsuko Aparecida Makino AntunesMnica Leopardi Bosco de AzevedoMnica Nogueira dos Santos Vilas-BoasMyriam Augusto da Silva VilarinhoNdia Maria Dourado RochaNair Iracema Silveira dos SantosNatlia Alves dos SantosNayara Gomes dos SantosOde e de Godoy PinheiroPaola Vargas BarbosaPaula Coimbra da Costa PereiraPaula Eugenia CsarPaulo Jos Carvalho da SilvaPaulo Roberto de Andrada PachecoPolianne Alves SilvaPriscila Rocha Mendona da FrotaRachel Nunes da CunhaRafael Mendona DiasRafael PinheiralRaquel Cavalcante FreireRaquel Martins de AssisRaquel WronaRaul Albino Pacheco FilhoRegina Clia Passos Ribeiro de CamposRegina Helena de Freitas CamposRegina Nazar Damasceno da SilvaRegineide Marques SimesRejane Sousa da SilvaRenata Alves LimaRenata Castelo Branco ArajoRenata Monteiro GarciaRenato Diniz SilveiraRicardo Campelo AutoRicardo GorayebRita de Cssia Teixeira ValenteRita de Cssia Vieira

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    Roberta Santos de OliveiraRoberta ScaramussaRoberto Alves BanacoRoberto HeloaniRoberto SagawaRogrio CentofantiRonaldo Ribeiro JacobinaRosa Maria Stefanini de MacedoRosane de Azevedo Neves da SilvaRsanny MouraRosaura Maria BrazRosimary Paula Ferreira VargasSandra Cristina Soares de OliveiraSaulo de Freitas AraujoSaulo Luders FernandesSergio CarraraSrgio DominguesSheila AntonySheila Maria RosinSilvia Vasconcelos CarvalhoSimone Neno

    Sonia Vieira CoelhoSunna Prieto de AzevedoSuzana Maria Vale LimaTcito Augusto MedeirosTatiane Dias BacelarTelma AvelarTerezinha Fres-CarneiroTherezinha AndradeThiago Ferreira dos SantosThiago Monteiro PithonVanessa LeiteVeline Filomena Simioni SilvaVilma RangelViviane CostaWalkyria Camaro iWalter Mariano de Faria Silva NetoWalter MeloWedja Josefa Granja CostaWilliam Barbosa GomesWilma MascarenhasWilson Ferreira de MeloZlia Pereira Barbosa

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  • Sumrio

    Apresentao. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15Instituies de A a Z . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19Sobre os Autores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 453ndice Onomstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 463ndice Remissivo de Instituies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 499

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  • Apresentao

    O Dicionrio Histrico de Instituies de Psicologia no Brasil, que agora temos o prazer de apre-sentar, foi organizado aps o lanamento do Dicionrio Biogrfi co da Psicologia no Brasil, publica-do em 2001. O apoio do Conselho Federal de Psicologia (CFP) aos dicionrios insere-se em um projeto do Conselho chamado Memria da Psicologia Brasileira, que tem por fi nalidade contri-buir para resgatar e ampliar o conhecimento sobre a evoluo histrica da rea da Psicologia no Brasil, em seus aspectos de produo intelectual, cientfi ca, institucional e profi ssional.

    Ao lado dos dicionrios, fazem parte do projeto as colees de livros Clssicos da Psicologia Brasileira, Histrias da Psicologia Brasileira e Pioneiros da Psicologia Brasileira, alm de vdeos bio-grfi cos. O projeto Memria tem contado, desde o seu incio, com a colaborao do Grupo de Trabalho em Histria da Psicologia da Associao Nacional de Pesquisa e Ps-Graduao em Psicologia.

    O investimento na pesquisa histrica e na produo de materiais abrangentes que subsidiem estudantes, acadmicos e profi ssionais, uma deciso estratgica do Conselho, tomada pelo XI Plenrio (1999-2001) e acatada pelos Plenrios posteriores, que tem como objetivo contribuir para a superao das lacunas de materiais que registrem e analisem o caminho percorrido pela Psicologia no Brasil.

    Produzir e tornar disponvel material histrico essencial para que os profi ssionais tenham elementos para situar sua atuao no tempo, identifi car solues j testadas para problemas que ainda existem, contextualizar os desafi os que enfrentam no dia a dia, logrando produzir respostas cada vez mais qualifi cadas s demandas profi ssionais e acadmicas.

    O conhecimento do desenvolvimento histrico da Psicologia essencial para o processo de construo de uma profi sso engajada com as realidades brasileira e latino-americana, que te-nha sempre em vista o compromisso social da profi sso na superao das desigualdades e com a garantia dos direitos humanos para toda a populao.

    No marco do Projeto Memria da Psicologia Brasileira, este dicionrio ganha sentido ainda mais especial pela perspectiva de comemorao dos 50 anos da profi sso no Brasil, que sero

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    completados em 27 de agosto de 2012, cinco dcadas depois da publicao da Lei 4.119, que regulamentou a profi sso no Brasil.

    Para o Sistema Conselhos de Psicologia, a comemorao dessa data essencial para reunir a categoria na refl exo sobre o sentido da profi sso. Nada mais apropriado, para subsidiar este processo, do que ter registros do passado que nos ajudem a traar caminhos para a profi sso que queremos construir. O presente volume deixa vista a quantidade de instituies que esto para ser conhecidas, exploradas, analisadas, pesquisadas em seus diversos aspectos.

    O Conselho Federal de Psicologia agradece e parabeniza todas as dezenas de pesquisadores que se engajaram nesse trabalho hercleo de recolher informaes sobre as 264 instituies que deram origem a verbetes no Dicionrio Histrico de Instituies de Psicologia no Brasil.

    Humberto VeronaPresidente do Conselho Federal de Psicologia

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  • Introduo

    Este Dicionrio Histrico de Instituies de Psicologia no Brasil um projeto do Grupo de Tra-balho (GT) de Histria da Psicologia da Associao Nacional de Pesquisa e Ps-Graduao em Psicologia (ANPEPP) em parceria com o Conselho Federal de Psicologia, parceria esta que j gerou, em 2001, o Dicionrio Biogrfi co da Psicologia Brasileira Pioneiros (coeditado pela Imago/CFP). Este novo Dicionrio contou tambm com o apoio da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES), por meio dos Editais Procad 2005 e 2007, envolvendo o Programa de Ps-Graduao em Psicologia Social da UERJ, o Programa de Educao da UFMG e o Programa de Psicologia Social da PUC-SP.

    Tal aliana , sem dvida, indicativa do entendimento de que nossos atuais fazeres acadmi-cos e profi ssionais geram perguntas que muitas vezes necessitam interrogar sua histria, seu passado, para melhor compreenderem e, se necessrio e possvel, modifi carem seu presente. Neste sentido, a expresso Psicologia no ttulo do Dicionrio tem um sentido amplo, abar-cando aquilo que normalmente referido como saberes psi.

    Para os fi ns deste Dicionrio, instituio refere-se tanto a estabelecimentos, associaes e orga nizaes pblicas, privadas e no governamentais, de pesquisa, de formao, de prestao de servios etc. quanto a publicaes seriadas (peridicos), congressos e legislao. Contudo, tendo em vista o montante de investigao necessria para cobrir todos esses aspectos, decidi-mos que este volume tratasse somente de estabelecimentos, associaes e organizaes, deixan-do peridicos, congressos e legislao para um volume subsequente.

    A confeco do Dicionrio revelou-se um desafi o, dada a inexistncia de pesquisa prvia sobre muitas instituies. O funcionamento seguiu a lgica anteriormente utilizada no Dicionrio Pio-neiros, quando membros do GT foram encarregados de reas temticas ou regies geogrfi cas. Assim, membros do GT de alguns estados/regies foram encarregados de buscar pesquisadores que pudessem redigir verbetes sobre instituies de determinados estados/regies (destaque deve ser dado aqui colega Ndia Rocha, que assumiu, sozinha, a responsabilidade pelas re-gies Norte-Nordeste). Contudo, foi necessrio lanar mo de dois pesquisadores de fora do GT nos casos do Esprito Santo e da Regio Centro-Oeste, casos que nos interessavam particu-larmente porque no constava no Dicionrio Pioneiros nenhum personagem destes dois lugares. Neste sentido, consideramos que este Dicionrio no uma obra acabada. Muitas instituies

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    certamente no constam dele e algumas informaes esto incompletas. Procuraremos suprir essas defi cincias com o projeto de construir uma verso online deste Dicionrio o mais rapida-mente possvel, tornando-o disponvel atravs da BVS-Psi. Neste caso, alteraes e acrscimos podero ser realizados, como explicaremos mais adiante.

    O cotidiano do Dicionrio fi cou a cargo de uma equipe constituda pela Coordenadora Ge-ral, junto qual trabalharam um assistente e um auxiliar de pesquisa, e pelos Coordenadores de estados/regies especfi cos, com os respectivos auxiliares de pesquisa. Todos os verbetes passaram por parecer duplo do Coordenador do estado/regio e da Coordenadora Geral, e muitas vezes solicitou-se parecer de algum outro membro do GT. Realizou-se pelo menos uma reunio anual de avaliao dos trabalhos; em 2008 e 2009, ocorreram duas reunies para reviso conjunta de todos os verbetes.

    Por que a opo de fazer dicionrios? Os dicionrios renem uma gama considervel de informaes que devem ter sua coerncia interna. Se bem-sucedidos, tornam-se obras de refe-rncia e podem mesmo, pela evitao de ambiguidades e posies contrrias, tornar-se autori-dades e fontes da verdade. Este risco foi claro para ns desde o princpio, quando orientamos os responsveis a utilizarem uma redao em linguagem direta, na afi rmativa, sem adjetivaes, e quando cuidamos da reviso interverbetes nas reunies acima mencionadas.

    Por outro lado, e aqui se situa a justifi cativa de nosso interesse, os dicionrios possibilitam uma difuso democrtica do conhecimento. Em vez do acesso restrito a teses ou artigos cien-tfi cos, ainda no visibilizados como alternativa para boa parte da populao, mesmo a edu-cada, a informao est ali, num livro impresso ou disponvel na internet, com quantidade considervel de dados. Dicionrio, em suma, uma fonte organizada de consulta sobre dife-rentes temas (em nosso caso, diferentes instituies), os quais foram pesquisados com o uso de diferentes fontes. Os autores so os responsveis pela feitura do retrato de uma instituio, para o qual tiveram que recorrer a determinadas estratgias de obteno de dados e optar por uma determinada forma narrativa. Neste sentido, tanto as estratgias quanto a narrativa utilizadas podem ser consideradas como indicativas de nosso desenvolvimento na pesquisa em Histria da Psicologia, o que denominamos caleidoscpio, vises diversas sobre como fazer histria. E, esperamos, podem possibilitar novos estudos sobre as instituies aqui apresentadas.

    Enfrentamos alguns desafi os na construo deste Dicionrio. A Psicologia um campo re-cente de produo e prtica no Brasil, da mesma forma que a Psicanlise anos de 1920/1930. Mesmo a Psiquiatria de onde se originam, em boa parte, os outros campos tambm tem ori-gem no to distante, j que sua primeira ctedra surgiu no ltimo quartel do sculo XIX. So, portanto, atores e fontes muito prximos, alguns atores fi gurando como autores dos verbetes. Em muitos casos, para os prprios autores a histria de vida mescla-se com a histria da insti-tuio. Ou seja, a histria do tempo presente aqui se realiza. Embora se conheam os cuidados a serem tomados, a explicitao das implicaes, essa histria uma das principais formas de conhecimento de eventos to prximos ainda de ns.

    Alm disso, na falta anteriormente mencionada de pesquisas sobre instituies, recorrremos, em boa parte dos casos, contribuio de autores sem experincia de investigao e escrita ou de pesquisadores cuja experincia investigativa no era referida pesquisa historiogrfi ca. No podemos deixar de mencionar quantas descobertas positivas surgiram deste universo.

    Chegando, fi nalmente, aos critrios de escolha das instituies a fazerem parte do presente Dicionrio, consideramos como critrio de incluso a criao da referida instituio at o ano de 1980. Isto se deve a que, pelo que sabamos da Histria da Psicologia no Brasil, ocorrera uma grande expanso de instituies de Psicologia e de Psicanlise na dcada de 1980, o que nos obrigaria a, alm de uma dedicao mais exaustiva a esta dcada, enfrentar diferentes casos de

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    instituies com durao mnima. Alm da data, foram critrios tambm utilizados a existncia de sinais de pioneirismo da instituio, como formao de pessoal, publicaes, criao de no-vos campos de atuao etc. Por outro lado, como critrio de abrangncia do verbete, ou seu limite temporal, para utilizarmos o termo empregado no Dicionrio Pioneiros, consideramos que deve-ria ir desde a criao da instituio at seu fechamento (se fosse o caso) ou at os dias de hoje.

    Alguns critrios secundrios tambm foram estabelecidos. Instituies de mbito nacional, mesmo que tenham subdivises regionais, tm um nico verbete. Exemplos: ABRAPSO, APAE, Conselho Federal de Psicologia, DETRAN. Instituies com uma grande capilaridade no terri-trio nacional, como a Santa Casa de Misericrdia, a Escola Normal, o Servio de Orientao Educacional, mereceram um verbete especfi co, que denominamos genrico. Por outro lado, tendo em vista que um dos poucos verbetes possveis em diferentes estados era o referido Escola Normal, optamos por deix-los no Dicionrio. No caso de seminrios catlicos, institui-es espritas e instituies protestantes, tendo em vista haver presena da Psicologia, porm pequena, em cada um deles, decidiu-se por um nico verbete sobre cada forma religiosa.

    A proposta que verbetes especfi cos de instituies subordinadas venham a ser colo-cados no Dicionrio de Instituies de Psicologia no Brasil, em sua forma virtual, na BVS-Psi (www.bvs-psi.org). Nele tambm poderemos oferecer fotos das instituies.

    O resultado fi nal, no sentido de representatividade do territrio nacional, bem positivo. Corresponde, ao nosso ver, ordem de expanso da Psicologia pelos diferentes estados. A maior parte dos verbetes do Rio de Janeiro, seguido por So Paulo e, logo depois, por Minas Gerais, lugares por onde a Psicologia comeou a se constituir entre ns. O Rio Grande do Sul vem logo a seguir. Os demais estados das regies Sul e Sudeste tm poucas instituies relacionadas em cada um. Da regio Nordeste, a Bahia tem um grande nmero de verbetes, seguido por nmero razovel ou pequeno nos demais estados. A regio Centro-Oeste apresenta poucos verbetes de cada estado e do Distrito Federal, observando-se que no h nenhum de Gois. Por fi m, da regio Norte s temos verbetes do Par no foi possvel nenhum registro de instituio nos demais estados.

    importante lembrar, todavia, que isso no signifi ca que no haja ou no tenha sido fun-dada nenhuma instituio de Psicologia nesses lugares antes de 1980. Tem-se clareza de que o Dicionrio poder ser acrescido por inmeros outros dados, tanto sobre as instituies aqui re-lacionadas quanto pela insero de novas instituies. Por isso a proposta do Dicionrio virtual, como j dissemos.

    Quanto estrutura e apresentao do Dicionrio, os verbetes em um total de 265 encon-tram-se em ordem alfabtica. Esta segue o nome atual completo (ou o ltimo) da instituio, seguido da sigla ou forma como mais comumente conhecida entre parnteses. Em seguida, datas de criao e eventual dissoluo. Abaixo, alinhadas direita, mudanas anteriores de denominao, caso tenham ocorrido, sempre seguidas das datas de cada uma. Segue-se o texto narrativo, referncias, nome(s) do(s) autor(es). Este procedimento pode gerar a impresso de uma histria linear, na suposio de que as alteraes de nome no tenham nenhum signifi cado, mantendo-se a mesma instituio. Este foi, todavia, um critrio arbitrrio, adotado tanto para a diminuio do nmero de verbetes quanto para uma coerncia na escrita das instituies.

    Aps os verbetes, h trs anexos. O primeiro, intitulado Sobre os Autores, explicita a titula-o e a insero institucional de cada um. Nos 264 verbetes encontramos 186 autoras e outros 75 autores. Este dado aponta, sem dvida, para a crescente feminilizao do campo psi, no mais somente em termos de exerccio profi ssional, mas tambm enquanto sujeitos que podem falar/escrever sobre o campo. Coincidentemente, apresentamos quase o mesmo nmero de auto-res (261) e de verbetes (264).

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    O anexo seguinte o ndice Onomstico de personagens citados no Dicionrio. Nele conta-mos com 139 personagens que tambm esto presentes, como verbetes, no Dicionrio Biogrfi co da Psicologia no Brasil Pioneiros. Como este ltimo tem 200 verbetes, parece-nos que nossa historiografi a est construindo um campo de conhecimento bastante slido que, por sua vez, traz os riscos da histria-verdade que comentamos anteriormente. Para clarifi cao do leitor, colocamos um asterisco (*) aps o nome presente no Dicionrio que tambm personagem com verbete no Dicionrio Pioneiros.

    O ltimo anexo o ndice Remissivo de Instituies, em que esto listadas todas as institui-es que fazem parte do Dicionrio, com seus nomes atuais e os nomes que porventura tenham tido no passado. Alm disso, no ndice Remissivo constam tambm todas as instituies citadas no corpo dos verbetes, o que, ao nosso ver, favorece pesquisas futuras que entrelacem as dife-rentes instituies que aqui relatamos.

    Quanto aos critrios de redao, esclarecemos, que usamos a grafi a j utilizada no Dicionrio Pioneiros para a redao de nomes de pessoas.

    Finalmente, ao considerarmos este trabalho terminado na medida em que possvel conside-rar um fi m em um trabalho deste tipo , algumas pessoas e instituies devem ser lembradas:

    A Universidade do Estado do Rio de Janeiro, tanto seu Instituto de Psicologia, na pessoa de sua Diretora, Profa. Dra. Neusa Eiras, que forneceu condies de infraestrutura bsica e de equipamentos para a execuo deste projeto, quanto o seu Programa de Ps-Graduao em Psicologia Social;

    A Universidade Federal de Minas Gerais, atravs de seu Programa de Ps-Graduao em Educao;

    A Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo, atravs de seu Programa de Ps-Gra-duao em Psicologia Social;

    A Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atravs de seu Programa de Ps-Graduao em Psicologia;

    A Faculdade Ruy Barbosa, pela infraestrutura fornecida;

    A equipe tcnica que colaborou conosco, cujos nomes constam no incio deste Dicionrio.

    Encerramos voltando ao CFP e Capes, instituies das quais recebemos o apoio necessrio para a concretizao deste projeto. Nossos agradecimentos muito especiais pela confi ana em nosso trabalho, que se traduziu em condies para seu exerccio.

    Ana Maria Jac-VilelaCoordenadora Geral do Dicionrio

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  • Instituies de A a Z

    Academia Paulista de Psicologia (APP) Ambulatrio Central Roberto Resende Asilo Provisrio de Alienados da Cidade de So Paulo Assistncia a Psicopatas Associao Baiana de Psiclogos (ABAP) Associao Baiana de Recuperao do Excepcional (ABRE) Associao Brasileira de Anlise do Comportamento (ABAC) Associao Brasileira de Daseinsanalyse (ABD) Associao Brasileira de Psicanlise (ABP) Associao Brasileira de Psicodrama e Sociodrama (ABPS) Associao Brasileira de Psicologia (ABP) Associao Brasileira de Psicologia (SBP) Associao Brasileira de Psicologia Aplicada (ABRAPA) Associao Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) Associao Brasileira de Psicoterapia de Grupo (ABPG) Associao Brasileira para Superdotados (ABSD) Associao das Pioneiras Sociais Rede Sarah de Hospitais de Reabilitao Associao de Assistncia ao Excepcional do Paran Associao de Pais e Amigos do Excepcional (APAE) Associao de Psicodrama de So Paulo (SOPSP) Associao de Psicologia de So Paulo (ASPSP)Associao de Psicologia do Par (APPA)Associao de Psiquiatria e Psicologia da Infncia e da Adolescncia (APPIA) Associao Milton Campos para o Desenvolvimento das Vocaes (ADAV)

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    Associao Nacional de Pesquisa e Ps-Graduao em Psicologia (ANPEPP) Asylo de SantAnna (ASA) Atheneu Norte-Rio-grandense Casa das Palmeiras Casa de Sade Ana Nery Casa de Sade Dr. Eiras Casa de Sade Santa Mnica Ltda. (Espao Bom Viver EBV) Casa de Sade So Pedro Ltda. (CSSP) Centro da Conscincia e do Desenvolvimento Humano (INTEGRAR) Centro de Documentao e Pesquisa Helena Antipoff (CDPHA) Centro de Estudos de Antropologia Clnica (CESAC) Centro de Estudos de Gestalt-Terapia de Braslia (CEGEST) Centro de Estudos Freudianos (CEF) Centro de Estudos Freudianos do Recife (CEF-Recife) Centro de Informaes Antiveneno da Bahia (CIAVE) Centro de Logopedia e Psicomotricidade da Bahia (CLPB) Centro de Orientao e Seleo Psicotcnica (COESP) Centro de Orientao Familiar (COFAM) Centro de Orientao Infantil Centro de Orientao Mdico-Psicopedaggica (COMPP) Centro de Pesquisas e Orientao Educacionais da Secretaria de Educao e Cultura do Estado

    do Rio Grande do Sul (CPOE) Centro de Psicodrama de Braslia (CPB) Centro de Psicologia Aplicada (CENPA) Centro de Psicologia Aplicada (CEPA) Centro de Psicologia da Pessoa (CPP) Centro de Sade Mental Oswaldo Camargo (CSMOC) Centro Dom Vital Centro Especializado de Habilitao Profi ssional Mercedes Stresser Centro Federal de Educao Tecnolgica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ) Centro Hospitalar Psiquitrico de Barbacena (CHPB) Centro Integrado de Assistncia Psicossocial Adauto Botelho (CIAPS Adauto Botelho) Centro Juvenil de Orientao e Pesquisa (CEJOP) Centro Psicopedaggico (CPP) Centro Regional de Pesquisas Educacionais do Sudeste Centro Universitrio de Joo Pessoa (UNIP) Crculo Psicanaltico de Minas Gerais (CPMG) Crculo Psicanaltico do Rio de Janeiro (CPRJ) Crculo Psicanaltico do Rio Grande do Sul (CPRS)

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    Clnica de Orientao Infantil Clnica de Orientao Infantil (COI) Clnica de Orientao Psicolgica e Social Ltda. (COPS) Clnica de Repouso da T uca Clnica Social de Psicanlise Anna Ka rin Kemper Colgio Ablio Colgio Estadual da Bahia (Central) Colgio Estadual Guara Colgio Freudiano do Rio de Janeiro (CFRJ) Complexo Hospitalar do Juquery Complexo Psiquitrico Juliano Moreira (CPJM) Conselho Federal e Conselhos Regionais de Psicologia (CFP/CRP) Curso de Habilitao para o Exerccio do Magistrio em Primeiro Grau do Colgio Estadual

    Emir de Macedo Gomes Curso de Psicologia da Faculdade de Cincias Humanas da Fundao Mineira de Educao e

    Cultura (Psicologia/FCH/FUMEC) Curso de Psicologia da Universidade Catlica de Pernambuco (UNICAP) Curso de Psicologia da Universidade Catlica Dom Bosco Curso de Psicologia do Centro Universitrio Celso Lisboa (UCL) Departamento de Administrao do Servio Pblico (DASP) Departamento de Orientao e Treinamento do Banco da Lavoura de Minas Gerais (DOT)Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofi a e Cincias Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (FAFICH/UFMG)Departamento de Psicologia da Faculdade ESUDA Departamento de Psicologia da Faculdade Frassine i do Recife Departamento de Psicologia da Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) Departamento de Psicologia da Universidade de Uberaba (UNIUBE) Departamento de Psicologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) Departamento de Psicologia da Universidade Estadual da Paraba (UEPB) Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Maring (DPI-UEM) Departamento de Psicologia da Universidade Federal da Paraba (UFPB) Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Cear (UFC) Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Maranho (DEPSI/UFMA) Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Par (UFPA) Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (GSI-UFF)

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    Departamento de Psicologia da Universidade Gama Filho (UGF) Departamento de Psicologia do Centro de Estudos Superiores de Macei (CESMAC) Departamento de Psicologia do Centro Educacional Ansio Teixeira (CEAT) Departamento de Psicologia e Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento da

    Universidade Federal do Esprito Santo (UFES) Departamento de Recursos Humanos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (DRH/

    Embrapa)Departamento de Trnsito (DETRAN) Diviso de Psicologia Edouard Claparde (Clnica Claparde) Diviso de Recrutamento e Seleo do Banco Econmico S.A. Escola de Administrao de Empresas de So Paulo (EAESP/FGV) Escola de Aperfeioamento Escola Domstica de Natal Escola Especial Ulisses Pernambucano Escola Livre de Sociologia e Poltica de So Paulo (ELSP) Escola Normal de So Paulo Escola Normal Modelo Escolas NormaisFaculdade de Cincias Humanas de Olinda (FACHO) Faculdade de Filosofi a, Cincias e Letras Sedes Sapientiae Faculdade de Medicina da Bahia (FMB) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS)Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)Faculdade de Psicologia da Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (PUC-SP)Faculdade de Psicologia da Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul (FAPSI/PUCRS) Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo (USP) Federao Brasileira de Psicodrama (FEBRAP) Federao Psicanaltica da Amrica Latina (FEPAL) Fundao Carlos Chagas (FCC) Fundao Catarinense de Educao Especial (FCEE) Fundao Dom Bosco Fundao Helena Antipoff (FHA) Fundao Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) Fundao Universitria do Desenvolvimento do Oeste (FUNDESTE) Grupo de Atendimento Psicolgico (GAP) Hospcio da Visitao de Santa Isabel Hospcio de Diamantina Hospital Adauto Botelho (HAB) Hospital Arquidiocesano Cnsul Carlos Renaux

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    Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo (HCUSP) Hospital de Custdia e Tratamento da Bahia (HCT-BA) Hospital de Custdia e Tratamento Psiquitrico Heitor Carrilho Hospital de Custdia e Tratamento Psiquitrico Professor Andr Teixeira Lima Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR) Hospital Especializado Mrio Leal (HEML) Hospital Galba Velloso (HGV) Hospital Joo Viana Hospital Juliano Moreira Hospital Nacional de PsicopatasHospital Nina Rodrigues (HNR) Hospital Psiquitrico Dr. Garcia Moreno Hospital Psiquitrico e Judicirio Jorge Vaz Hospital Psiquitrico So Pedro (HPSP) Hospital Ulysses Pernambucano (Tamarineira) Hospital Universitrio Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HUPE/UERJ) Instituies Espritas no BrasilInstituies Protestantes no BrasilInstituto Brasileiro de Psicanlise, Grupos e Instituies (IBRAPSI) Instituto Central de Educao Isaas Alves (ICEIA) Instituto de Aplicao Fernando Rodrigues da Silveira da Universidade do Estado do Rio de

    Janeiro (CAp/UERJ) Instituto de Atendimento Socioeducativo do Esprito Santo (IASES) Instituto de Cegos da Bahia (ICB) Instituto de Doenas Nervosas e Mentais Instituto de Educao Caetano de CamposInstituto de Educao de Minas GeraisInstituto de Educao Estadual de Maring Instituto de Educao General Flores da Cunha (IE) Instituto de Educao Professor Fernando Duarte Rabelo Instituto de Educao Rui Barbosa (IERB) Instituto de Educao Superior Presidente Kennedy Instituto de Gestalt-Terapia de Braslia (IGTB) Instituto de Organizao Racional do Trabalho (IDORT) Instituto de Orientao Psicolgica (IOP) Instituto de Orientao Vocacional (IDOV) Instituto de Proteo e Assistncia Infncia (IPAI) Instituto de Psicodrama e Psicoterapia de Grupo de Campinas (IPPGC) Instituto de Psicologia Aplicada de Minas Gerais (IPAMIG)

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    Instituto de Psicologia Aplicada do Esprito Santo (IPAES) Instituto de Psicologia da Aeronutica (IPA) Instituto de Psicologia da Bahia (IPB)Instituto de Psicologia da Faculdade Salesiana de Filosofi a, Cincias e Letras de Lorena (FSFCLL)Instituto de Psicologia da Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais (PUC-Minas) Instituto de Psicologia da Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (IPPUC-SP) Instituto de Psicologia da Universidade de Braslia (IP/UnB) Instituto de Psicologia da Universidade de So Paulo (IPUSP) Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IP-UERJ) Instituto de Psicologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Uberlndia (INPSI/UFU) Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IP/UFRJ) Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IP/UFRGS) Instituto de Psicologia do Recife (IPR)Instituto de Psicologia do Trabalho (IPT)Instituto de Psicologia e Psicanlise da Universidade Santa rsula (IPP-USU)Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ) Instituto de Psiquiatria do Estado de Santa Catarina (IPq)Instituto de Psiquiatria Forense (IPF) Instituto Decroly Instituto dos Cegos da Paraba (ICPB) Instituto Freudiano de Psicanlise (IFP) Instituto Guanabara Instituto Mdico-Pedaggico Paulista Instituto Municipal de Assistncia Sade Juliano Moreira (IMASJM) Instituto Municipal de Assistncia Sade Nise da Silveira Instituto Municipal Philippe Pinel Instituto Psicopedaggico da Bahia (IPPB) Instituto Psiquitrico Forense Maurcio Cardoso (IPFMC) Instituto Raul Soares (IRS)Instituto Sedes Sapientiae Instituto Superior de Educao Antonino Freire (ISEAF) Instituto Superior de Educao do Rio de Janeiro Instituto Superior de Estudos e Pesquisas em Psicologia da Fundao Getulio Vargas (ISOP/FGV) Laboratrio de Biologia Infantil (LBI) Laboratrio de Psicologia da Colnia de Psicopatas do Engenho de Dentro Laboratrio de Psicologia na Escola Normal Secundria de So Paulo Liga Brasileira de Higiene Mental (LBHM) Movimento da Luta Antimanicomial (MLA)

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    Museu de Imagens do Inconsciente Ncleo Assistencial Caminhos para Jesus (NACJ) Ncleo Central de Psicologia da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro (NuCePsi-PMERJ) Ncleo de Estudos e Formao Freudiana (NEFF) Ncleo Paulista da Abordagem Centrada na Pessoa (NPACP) Pedagogium Psicoclnica Comrcio Varejista de Livros e Testes Psicolgicos Sanatrio Cliff ord Whi ingham Beers Sanatrio Maring Ltda. Sanatrio Recife Sanatrio So Paulo (SSP) Santa Casa de Misericrdia Seminrios Catlicos do Brasil Colnia e ImprioServio de Ensino e Seleo Profi ssional da Estrada de Ferro Sorocabana (SESP/EFS) Servio de Orientao Educacional do Colgio Santa Teresa (SOE) Servio de Orientao Psicopedaggica (SOPP) Servio de Ortofrenia e Higiene Mental (SOHM) Servio de Psicologia Aplicada (SEPA) Servio de Psicologia Aplicada (SPA) da Secretaria de Educao e Sade Pblica do Estado de

    So Paulo Servio de Psicologia Escolar da Secretaria da Educao da Prefeitura Municipal de So Paulo Servio de Psicologia Mdica (COJ) Servio de Seleo do Pessoal da Marinha (SSPM) Servios de Orientao Educacional Setor de Psicologia Aplicada do Instituto de Administrao da Universidade de So Paulo (USP)Setor de Psicologia Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Sindicato dos Psiclogos do Rio de Janeiro Sindicato dos Psiclogos no Estado de So Paulo Sociedade Brasileira de Biosofi a Sociedade Brasileira de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal Sociedade Brasileira de Psicanlise de So Paulo (SBPSP) Sociedade Brasileira de Psicanlise do Rio de Janeiro (SBPRJ) Sociedade Brasileira de Psicologia Analtica (SBPA)Sociedade Brasileira de Psychanalyse Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC) Sociedade de Anlise Transacional do Rio de Janeiro (SANTRARJ) Sociedade de Estudos Psicanalticos Latino-Americanos (SEPLA) Sociedade de Estudos Psychicos Sociedade de Psicanlise da Cidade do Rio de Janeiro (SPCRJ)

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    Sociedade de Psicanlise Iracy Doyle (SPID) Sociedade de Psicodrama do Rio de Janeiro (SOPERJ) Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul (SPRGS) Sociedade de Psicoterapia Analtica de Grupo do Estado do Rio de Janeiro (SPAG-E.RIO) Sociedade de Servios Gerais para a Integrao Social pelo Trabalho (SOSINTRA) Sociedade Mineira de Psicologia (SMP) Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais Sociedade Psicanaltica de Porto Alegre (SPPA) Sociedade Psicanaltica do Rio de Janeiro (SPRJ) Sociedade Psicanaltica Gradiva (SPAG-RJ) Sociedade Rorschach de So Paulo (SRSP) Superviso de Avaliao e Acompanhamento aos Portadores de Necessidades Educacionais

    Especiais (SAANE) Teatro Experimental do Negro (TEN)

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    A

    Academia Paulista de Psicologia (APP) 1979-

    A entidade, com sede na rua Pelgio Lobo, 107, na cidade de So Paulo, pessoa jurdica, sem fi ns lucrativos, regida por estatuto e regi-mento interno, ambos registrados no 1 Car-trio de Ttulos e Documentos, na cidade de So Paulo. Foi fundada em 31 de dezembro de 1979, ano em que se comemorou internacio-nalmente o centenrio da psicologia cientfi ca. A entidade mantida por seus prprios mem-bros. A exemplo do que verifi cado em ou-tras reas do conhecimento, como a medicina, a histria, as letras e a educao, um grupo de psiclogos paulistas julgou que era chegado o momento de fundar uma academia devotada psicologia. De fato, o desenvolvimento desse ramo do saber assumira considervel impor-tncia, graas existncia de cursos univer-sitrios, especialmente de ps-graduao, atuao de especialistas no exerccio profi ssio-nal, signifi cativa produo de pesquisas e de publicaes e frequente realizao de con-gressos e outros eventos cientfi cos, nacionais e internacionais. Foi concebida (e permanece) como uma entidade que congrega psiclogos proeminentes, que tenham publicado obras

    cientfi cas ou didticas de reconhecido valor ou ainda que sejam personalidades de grande signifi cao na docncia, na pesquisa, no exer-ccio profi ssional e/ou na prestao de servi-os na rea da psicologia. Tem por fi nalidade principal resgatar e preservar a histria da psicologia, como tambm estimular o progres-so dessa cincia no pas, mediante outorga de prmios, realizao de produes cientfi cas, construo de acervo literrio e iconogrfi co, implementao de projetos e aes em prol do reconhecimento pblico da cincia psicolgi-ca no pas, em especial no Estado de So Pau-lo. O corpo acadmico est estruturado em 40 cadeiras, identifi cadas por nmero, nome e patrono, alm de um quadro de membros correspondentes e de membros benemritos. Os patronos foram escolhidos quando da fun-dao da academia entre eminentes fi guras da intelectualidade paulista que contriburam, de modo destacado, com os primeiros passos para impulsionar o progresso da psicologia no Brasil, especialmente em uma poca hist-rica de pioneirismo. Exemplos de alguns pa-tronos de diferentes reas de especialidades: psiquiatria Francisco Franco da Rocha; edu-cao Manuel Bergstrm Loureno Filho; sociologia Fernando de Azevedo; fi losofi a Laerte Ramos de Carvalho; pediatria Pedro

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    de Alcntara Machado; engenharia Roberto Mange; etnologia Herbert Baldus; religio Paul Siwek. As cadeiras da academia so ocupadas por membros titulares, psiclogos notveis residentes no Estado de So Paulo. O quadro de membros correspondentes tam-bm constitudo por eminentes profi ssio-nais, mas residentes em outras regies do pas ou no exterior, por serem assim designados. dirigida por uma diretoria eleita entre os seus membros titulares para um mandato de trs anos, composta de presidente, vice-pre-sidente, secretrio-geral, primeiro e segundo secretrios, primeiro e segundo tesoureiros. Desde sua fundao, em 1979, teve, respecti-vamente, os seguintes presidentes: Carlos Del Nero, que ocupa a cadeira n. 7, cujo patrono Oscar Freire; Mathilde Neder (cadeira n. 14, patrono Anibal Silveira); Samuel Pfromm Net-to (cadeira n. 5, patrono Jos Rodrigues Arru-da); Oswaldo de Barros Santos (cadeira n. 15, patrono Roberto Mange); Nelson de Campos Pires (cadeira n. 40, patrono, Walter Barioni), e, atualmente, Arrigo Leonardo Angelini, que ocupa a cadeira n. 4, cujo patrono Antonio Ferreira de Almeida Jnior. Existem quatro comisses de trabalho, nomeadas pela direto-ria entre os seus titulares, a saber: comisso de contas, comisso de termos, comisso de pu-blicaes e comisso de bibliografi a, e, atual-mente, duas comisses especiais: comisso de cidadania e direitos humanos e comisso de eventos. Estas ltimas foram criadas dada a importncia destinada aos eventos e tambm defesa dos direitos humanos pelos acad-micos, inclusive pelos comprometidos direta-mente com essas aes. Em termos de rotina, tem-se uma variedade de reunies da direto-ria para deliberaes sobre assuntos adminis-trativos, indicaes de membros correspon-dentes e de representantes de comisses de trabalho, entre outros temas de sua competn-cia. Registram-se as assembleias ordinrias e extraordinrias, incluindo deliberaes sobre reformas estatutrias, eleio da diretoria e de membros titulares, entre outros assuntos que lhe so prprios. No contexto dessas ativida-des, destacam-se as sesses solenes de posse de acadmicos, titulares e de membros corres-

    pondentes, como tambm outorga de prmios e homenagens pstumas aos ex-integrantes da academia. Alm do seu carter formal, essas sesses so abrilhantadas por um contexto cientfi co dos discursos pronunciados pelos novos titulares, homenageando os patronos e os acadmicos falecidos, de cujas cadei-ras tomam posse. Acrescem-se as exposies dos laureados sobre os temas respectivos dos trabalhos premiados. Quanto s realizaes cientfi cas, registram-se tambm conferncias e cursos intensivos de ps-graduao, sobre questes histricas da cincia psicolgica e suas perspectivas futuras, novas teorias ou atualizao das conhecidas reas da psicolo-gia, entre outros temas importantes. Nessa mesma linha, encontram-se exposies do acervo da academia, principalmente de suas publicaes e de fotos raras e de incontest-vel valor histrico. Mais ainda, distinguem-se nessas atividades os projetos que a academia vem realizando para o resgate do legado de vida e obra dos acadmicos, mediante docu-mental iconogrfi co, gravaes em udio e em DVDs. Destes, O legado da psicologia para o desenvolvimento humano, sob os auspcios do Ministrio da Cultura, constando de DVDs que contemplam a vida e a obra de acadmi-cos e que so distribudos a cem bibliotecas de psicologia do pas e aos Conselhos Federal e Regionais de Psicologia. Salienta-se tambm, entre as atividades da academia, com precisa regularidade, a publicao do Boletim Acade-mia Paulista de Psicologia, porta-voz de suas realizaes e, particularmente, de progressos cientfi cos alcanados pela cincia psicolgica no pas.

    RefernciasACADEMIA PAULISTA DE PSICOLOGIA. Acervo Tcnico e Cientfi co. So Paulo: APP, 1979-2007.ACADEMIA PAULISTA DE PSICOLOGIA. Dispo-n vel em: . Acesso em: 17 ago. 2008.ACADEMIA PAULISTA DE PSICOLOGIA. O lega-do da psicologia para o desenvolvimento huma-no: resgate da vida e obra de acadmicos titulares atravs de depoimentos de Arrigo L. Angelini e

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    Aidyl Prez-Ramos. DVDs. Bauru: APP, 2006.

    ACADEMIA PAULISTA DE PSICOLOGIA. Relat-rios de Atividades das Diretorias. So Paulo: APP, 1979-2007.

    ASSOCIAO PAULISTA DE PSICOLOGIA. Bole-tim. So Paulo: APP, 1980-2006.

    LOPES, A. M. P. Apresentao. Sistema de subs-dios para o ensino de psicologia. Disponvel em: < h p://www.bvs-psi.org.br/subsidio.htm>. Acesso em: 17 ago. 2008.

    Aidyl M. Q. Prez-Ramos

    Ambulatrio Central Roberto Resende 1969-1971Ambulatrio Roberto Resende 1963-1968

    Em 1969, o Ambulatrio Central Roberto Resende inaugurou a primeira tentativa de uma assistncia teraputica extra-hospitalar e interdisciplinar. Conquistando autonomia perante o Instituto Raul Soares (IRS), graas criao da Fundao Estadual de Assistncia Psiquitrica (FEAP) em 1968, recebeu a deno-minao Ambulatrio Central, tornan do-se um modelo alternativo no campo da assis-tncia psiquitrica pblica em Minas Gerais. Estruturou-se, ento, no j existente Ambu-latrio Roberto Resende, fundado em 1963, anexo ao IRS, na segunda seo deste, em seu pavimento inferior. Situava-se na avenida do Contorno, 3.017, bairro Santa Efi gnia Belo Horizonte, e integrava o Departamento de Sade Mental da Secretaria de Sade Estadual de Minas Gerais, ou seja, era uma instituio pblica, estadual e assistencial. Com a criao da FEAP, foram extintos os ambulatrios dos chamados hospitais de agudos de Belo Hori-zonte. O Ambulatrio Central Roberto Resen-de modifi caria suas funes, voltando-se para a comunidade. Seu diretor, ao longo dos dois anos de experincia inovadora, foi Francis-co Paes Barreto, uma das mais signifi cativas lideranas da reforma da poltica de sade

    mental mineira. O carter centralizador do ambulatrio signifi cava uma primeira etapa para a construo de um modelo assistencial capaz de oferecer alternativas internao psiquitrica. O Ambulatrio Central Roberto Resende, em seu curto perodo de autonomia (1969-1971), representou uma tentativa de hu-manizar a assistncia psiquitrica, por meio de uma assistncia extramuros, pblica, que procurava estreitar as relaes com a comuni-dade. Comeou a funcionar com a fi nalidade de trabalhar terapeuticamente com homens, mulheres e crianas. Respondia a objetivos inovadores da poltica assistencial inicialmen-te implementada pela FEAP de, com ele, construir um modelo de funcionamento que produzisse as necessrias vivncia e mentali-dade ambulatoriais. Foram estruturados dois servios, no contexto desta experimentao, o tcnico e o administrativo, ambos dota-dos de relativa autonomia. O servio tcnico compunha-se de cinco sees: psiquiatria, psi-cologia, servio social, clnica mdica e seo de arquivos mdicos e estatsticas. A seo Psicologia foi instalada em junho de 1970, sob a coordenao de Carmen Souza Rocha, e de-senvolvia as seguintes atividades: atendimen-to psicolgico individual, adulto e infantil, atendimento de famlias, aplicao de testes de inteligncia e personalidade, e atendimen-to em psicomotricidade. Promovia tambm a seleo, o treinamento e a orientao dos fun-cionrios administrativos, incentivando a ra-cionalizao do trabalho de todos os servios e colaborando decisivamente na elaborao do regimento interno e organograma. O servi-o administrativo tinha cinco sees: pessoal, admisso (encarregada de receber, registrar e encaminhar o paciente e os seus familiares para os atendimentos), contabilidade, tesou-raria e aprovisionamento. Entre as vantagens inerentes a esse tipo de tratamento, pensava-se que o ambulatrio no afastava o pacien-te de seu meio familiar e permitia o trabalho de equipe interdisciplinar. Neste sentido, era um contraponto internao e segregao do portador de transtorno mental. Uma expe-rincia indita at ento e que incorporava a prtica clnica em psicologia. Em 1971, o Am-

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    bulatrio Central Roberto Resende perdeu a sua autonomia. A relao entre o ambulatrio e o Hospital Psiquitrico Raul Soares passou a ser questionada do ponto de vista das polti-cas pblicas, em funo de uma mudana na composio poltica da FEAP, que deixou de apoiar a prtica psicoteraputica ambulatorial no mbito da assistncia psiquitrica no Estado de Minas Gerais. Com o fi m desta experincia de autonomia, o ambulatrio voltou a integrar o Hospital Psiquitrico Raul Soares. O papel que o Ambulatrio Central Roberto Resende exerceu na assistncia psiquitrica em Minas Gerais abriu, no entanto, importante caminho para se pensar o binmio ambulatrio/hospital psiquitrico na histria da reforma da poltica de sade mental mineira. Depois de 1971, os hospitais de agudos voltaram a ter seus am-bulatrios anexos, que funcionavam apenas como portas de entrada para o sistema hos-pitalar. O ambulatrio manteve-se no mesmo local fsico, porm perdeu de vista seu projeto psicoteraputico e integrador. Apenas no fi nal dos anos de 1970, por ocasio do III Congres-so Mineiro de Psiquiatria (1979), realizado em Belo Horizonte, que contou com a presena de Franco Basaglia e Robert Castel, a assistncia ambulatorial voltaria a ser enfatizada. O poder pblico, por meio da Fundao Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), sucessora da FEAP, foi interpelado pelos trabalhadores de sade mental e pela sociedade organizada na forma dos sindicatos acerca de uma polti-ca assistencial. Em relatrio apresentado neste congresso, Jos R. Paiva Filho (superintendente hospitalar da FHEMIG) afi rmaria, como novo princpio diretor da poltica de assistncia nos hospitais psiquitricos, a nfase ao tratamento ambulatorial. No incio dos anos de 1980, du-rante vrios seminrios organizados no IRS, foi apresentada uma proposta de reestruturao psiquitrica para aquela instituio, que foi im-plementada entre 1980 e 1985. Neste contexto, constatou-se que o Ambulatrio Roberto Re-sende restringira-se a aes basicamente me-dicamentosas e tinha uma demanda excessiva. Disso resultava um atendimento de baixa qua-lidade. A partir da ocorrncia de seminrios avaliativos, foi implementado o Mdulo Expe-

    rimental Integrado (Portaria Superge 132/80), a criao de uma equipe interdisciplinar em uma enfermaria com um projeto psicoteraputico que inclua atendimento ambulatorial e aten-dimentos de famlias no mesmo espao fsico. S ento o ambulatrio voltou a atuar de modo a diminuir as reinternaes, confi gurando um trabalho integrado com a enfermaria. No fi nal dos anos de 1980, o movimento da reforma psiquitrica em Minas Gerais questionou o bi-nmio ambulatrio/hospital, como alternativa ao modelo hospitalocntrico hegemnico, uma vez que no alterava o ciclo de internao-al-ta-internao. Foram constitudos os servios substitutivos ao hospital psiquitrico desvin-culados da FHEMIG e o Ambulatrio Roberto Resende manteve-se vinculado ao IRS, dando continuidade a atividades psicoteraputicas complementares internao psiquitrica.

    Referncias

    BARRETO, F. P. Evoluo do conceito de assistn-cia psiquitrica. Revista Brasileira de Psiquiatria. So Paulo, v. 5, n. 2, jun. 1971.

    BARRETO, F. P. O ambulatrio psiquitrico. Bo-letim Mineiro de Psiquiatria. Belo Horizonte, v. 6, p. 3-5, jul. 1981.

    BARRETO, F. P. et al. Relao ambulatrio-hos-pital em psiquiatria: relato e refl exes sobre uma experincia. Revista Brasileira de Psiquiatria. So Paulo, v. 6, n. 4, p. 123-126, dez. 1972.

    BARRETO, F. P. et al. Assistncia psiquitrica pblica em Minas Gerais. Revista do Centro de Estudo Gal-ba Velloso. Belo Horizonte, v. 2, n. 4, jan./jun. 1971.

    CICLO DE DEBATES, I. Reavaliao sobre os cin-co anos de reestruturao da assistncia psiqui-trica no IRS: realidades e perspectivas: resumos. Belo Horizonte: Instituto Raul Soares, 1985.

    FUNDAO HOSPITALAR DO ESTADO DE MI-NAS GERAIS; ASSISTNCIA PBLICA DE MI-NAS GERAIS. Revista do Centro de Estudo Galba Velloso. Belo Horizonte, n. 5, jun./dez. 1979.

    GOULART, M. S. B. O ambulatrio de sade men-tal em questo: desafi os do novo e reproduo de velhas frmulas. Dissertao (Mestrado em Socio-logia). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1992.

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    MORETZOHN, J. A. Histria da psiquiatria minei-ra. Belo Horizonte: COOPMED, 1989.PAPROCKI, J.; RANGEL, E. Alguns aspectos da psiquiatria em Minas Gerais. Revista do Centro de Estudo Galba Velloso. v. 2, n. 4, jan./jun. 1971.RATI, R. M. S. Evoluo histrica das polticas de sade mental em Minas Gerais: o caso Instituto Raul Soares. Belo Horizonte: UFMG, 1986.

    Maria Stella Brando GoulartFlvio Dures

    Asilo Provisrio de Alienados da Cidade de So Paulo 1852-1898

    O Asilo Provisrio de Alienados da Cidade de So Paulo foi criado, por lei provincial, em 1848. Em 1851, foi aprovada uma nova lei, cujo objetivo era a implantao de um hospcio cen-tral para toda a provncia. Assim, em 1852 foi inaugurado o hospcio, na avenida So Joo, nas imediaes da avenida Ipiranga, conheci-do mais tarde como Hospcio Velho. As aes do hospcio restringiam-se recluso, com a fi nalidade de excluir o louco das ruas da cida-de. Sua direo coube a um alferes, Tom de Alvarenga; seus funcionrios eram em geral negros libertos e egressos de prises, que, por suas condies sociais, eram aqueles que acei-tavam a baixa remunerao e o servio consi-derado aviltante e repugnante. Composto de sete aposentos, teve inicialmente seis internos, dentre os quais alguns criminosos. Em 1853 houve uma rebelio, que provocou o retorno de muitos internos s prises e o gradeamento das janelas. Em 1859 j eram 39 internos, den-tre os quais negros alforriados e imigrantes italianos; o nmero de homens era o dobro do nmero de mulheres. Alm das rebelies, muitas foram as epidemias que assolaram o hospcio. Pelo incmodo populao da cida-de, que crescia para alm dos limites da regio onde se encontrava o hospcio, assim como o aumento da demanda por vagas, o governo entendeu que era necessrio ampli-lo e lev-lo para alm do centro da cidade. Assim, em

    1862, o hospcio foi transferido para um novo prdio, na Ladeira Tabatinguera, na Vrzea do Carmo, hoje Parque D. Pedro II. A preocupa-o incidia sobre a necessidade de aes dis-ciplinares, sem comprometimento com aes de natureza teraputica. A direo do hospcio no novo prdio continuou sob a guarda do referido alferes. Permaneceram os problemas de superlotao, rebelies e surtos de doenas. Com a nomeao para diretor do hospcio de Frederico Alvarenga, fi lho do alferes, que fazia crticas condio de priso do hospcio, este no ingressou tampouco numa fase de ao mdico-teraputica, revestindo-se mais como instncia de ao fi lantrpica. Somente com a nomeao, em 1896, de Francisco Franco da Rocha, o primeiro mdico alienista a ingressar na instituio, o hospcio passou a exercer uma ao de ordem mdico-teraputica. Esse hos-pcio chegou ao fi m com a fundao do Hosp-cio do Juqueri, em 1898, por Franco da Rocha.

    RefernciasANTUNES, M. A. M. O processo de autonomiza-o da psicologia no Brasil (1890-1930): uma contri-buio aos estudos em histria da psicologia. Tese (Doutorado em Psicologia Social). Pontifcia Univer-sidade Catlica de So Paulo, So Paulo, 1991.CUNHA, M. C. P. O espelho do mundo Juquery, a histria de um asilo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

    Mitsuko Aparecida Makino Antunes

    Assistncia a Psicopatas 1927-1941Assistncia a Alienados 1903-1927Assistncia Mdico-Legal aos Alienados 1890-1903

    Instituio pblica federal dedicada orga-nizao da assistncia a psicopatas, denomi-nao dada poca para pessoas com pertur-baes mentais no Brasil, foi fundada em 23 de maio de 1927, por meio do Decreto 17.805, assinado por Augusto Viana do Castello, mi-nistro da Justia e dos Negcios Interiores

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    do governo de Washington Lus. Em 1930, passou a integrar o Ministrio da Educao e Sade Pblica, criado pelo ento governo pro-visrio. Seu objetivo era socorrer as pessoas que apresentavam distrbios mentais e estu-dar os problemas relativos higiene mental e psicofi siologia, normal ou mrbida, aplica-das s diversas atividades sociais, no intuito de fi xar os meios mais efi cazes de organizar a profi laxia das perturbaes nervosas. His-toricamente, a Assistncia a Psicopatas foi o terceiro rgo federal brasileiro encarregado de assistir a essa populao especfi ca. Veio substituir a Assistncia a Alienados, instituda em 1903, por sua vez decorrente da Assistn-cia Mdico-Legal aos Alienados, criada pelo Decreto 206-A de 15/02/1890, primeiro rgo formulador de uma poltica assistencial na-cional nesse mbito. Vinculada ao Ministrio do Interior, a Assistncia Mdico-Legal aos Alienados englobava o Hospcio Nacional de Alienados e as Colnias da Ilha do Governa-dor (Conde de Mesquita e So Bento), tendo como objetivo socorrer os enfermos alienados, nacionais e estrangeiros, que carecessem de auxlio pblico, bem como os que, mediante determinada contribuio, dessem entrada em seus hospcios. O rgo foi dirigido por Joo Carlos Teixeira Brando at 1897, quando este deixou tambm a ctedra de professor de Psi-quiatria da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro para dedicar-se carreira poltica. Em fi ns de 1903 e incio de 1904, o ento presiden-te da Repblica Francisco Rodrigues Alves e o ministro do interior J. J. Sea bra assi naram os Decretos 1.132 (22/12/1903) e 5.125 (01/02/1904) para uma reorganizao desse rgo pblico federal, criando-se assim a Assis tncia a Alie-nados. Segundo Delgado, em as razes da tute la, tal reorganizao trouxe cena as ques-tes dos direitos, da proteo da pessoa e bens, e o estatuto jurdico do alienado, articulando-as organizao formal e administrativa dos estabelecimentos psiquitricos e j propondo a criao de uma instituio para alienados que se encontravam nas prises. A criao da Assis tncia a Psicopatas, em 1927, se inseriu no contexto de nova reestruturao dos servios assistenciais para doentes mentais. Ao mes-

    mo tempo que revigorava um dos elementos signifi cativos da legislao de 1903 a expli-citao de mecanismos legais de proteo pessoa e aos bens do alienado , concebia, de modo inovador, o estatuto da capacidade limi tada, ainda que este no tivesse se tornado uma prtica judiciria. Sendo assim, a criao dessa instituio refl etia dois movimentos complementares e articulados: de um lado, a necessidade de superar o esgotamento do mo-delo administrativo representado pelo hos-pcio central superlotado, substituindo-o por colnias e outros servios; de outro, trouxe cena um novo conjunto de determinaes le-gislativas concernentes relao entre justia e psiquiatria, que vinha se impondo a partir das exigncias mdico-periciais da psiquia-tria forense na dcada de 1920. A Assistncia a Psicopatas no Distrito Federal era mantida pela Unio por meio do Instituto de Psicopa-tologia (destinado admisso de enfermos suspeitos de perturbao mental, do Hospital Nacional de Alienados), do Manicmio Judi-cirio do Rio de Janeiro, das colnias especiais para homens e para mulheres, assim como dos asilos-colnias, para brios, epilpticos e atra-sados mentais, que viessem a ser criados. Jun-to aos estabelecimentos, com verbas expressa-mente voltadas para esse fi m, foram abertos servios de assistncia familiar, ambulatrios e servios clnicos especialmente destinados profi laxia das doenas mentais e nervosas, funcionando de acordo com instrues orga-nizadas pelo diretor-geral e aprovadas pelo ministro da Justia. Em 1927, foi criado tam-bm o Servio de Assistncia Social da Assis-tncia a Psicopatas, encarregado de apurar dados relativos sade anterior dos pacientes recolhidos no Hospital Nacional de Aliena-dos. Em 15 de agosto de 1932, foi criada a Se-o de Genealogia e Estatstica da Assistncia a Psicopatas, sendo dela encarregado Cunha Lopes. Provisoriamente instalada, a seo ini-ciou seus servios em dezembro de 1932, e, conforme registramos os Anais da Assistncia a Psicopatas daquele mesmo ano, teria como suas atribuies realizar pesquisas geneal-gicas em todo o domnio da heredobiologia, visando principalmente aos familiares de

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    doentes mentais e de anormais psquicos; am-pliar essa atividade de investigao a todos os estabelecimentos de assistncia psiquitrica, mdico-legal e de represso criminal do Distri-to Federal; levantar estatsticas das causas da anormalidade psquica, doena mental e cri-minalidade; e estabelecer normas propcias ao desenvolvimento de caracteres sadios e rege-nerao da prole. A Assistncia a Psicopatas manteve como rgo de divulgao os Anais da Assistncia a Psicopatas, com o objetivo de divulgar material didtico sobre os insanos e neuropatas recolhidos s instituies a ela vin-culadas. Editado anualmente pela Imprensa Nacional, seu primeiro nmero, de 1932, pu-blicou as atividades da instituio relativas ao ano de 1931. O diretor geral do servio, Walde-miro Pires, era tambm membro da comisso organizadora da publicao, composta ainda por Hlion Povoa e I. Costa Rodrigues. Foram encontrados os volumes editados em 1932, 1936, 1939 e 1941. O volume de 1939, segundo a prpria publicao, divulgava as atividades do ano de 1937, devido reorganizao dos diversos servios do Ministrio da Educao e Sade, a partir daquele ano, ocasionando a transferncia das ofi cinas grfi cas da Sade Pblica para o Servio Grfi co do Ministrio da Educao e Sade. Assim, apenas em fi ns de 1939, por iniciativa de Adauto Botelho, foi publicado o exemplar correspondente s ativi-dades de 1937. No ano de 1941 foi lanado o nmero correspondente s atividades de 1939 e 1940. A extino da Assistncia a Psicopatas ocorreu em 2 de abril de 1941, por meio do De-creto 3.171, que a substituiu pelo Servio Na-cional de Doenas Mentais (SNDM), dirigido por Adauto Botelho.

    RefernciasANAIS DA ASSISTNCIA A PSICOPATAS. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1932 e 1936.ANAIS DA ASSISTNCIA A PSICOPATAS. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1936.ANAIS DA ASSISTNCIA A PSICOPATAS. Rio de Janeiro: Servio Grfi co do Ministrio da Educa-o e Sade, 1939.

    ARQUIVOS do Servio Nacional de Doenas Mentais. Rio de Janeiro: Servio Grfi co do Minis-trio da Educao e Sade, 1943.BRASIL. Decreto 5.148-A de 10/01/1927. Reorgani-za a Assistncia a Psychopatas no Distrito Federal. Coleo de Leis do Brasil. Disponvel em: . Acesso em: 15 dez. 2007.BRASIL. Decreto 17.805 de 23/05/1927. Cria a Assis-tencia a Psychopatas. Coleo de Leis do Brasil. Disponvel em: . Acesso em: 15 dez. 2007. BRASIL. Decreto-lei 3.171 de 02/04/1941. Cria o Ser vi o Nacional de Doenas Mentais (SNDM). Cole o de Leis do Brasil. Disponvel em: . Acesso em: 15 dez. 2007.DELGADO, P. G. G. As razes da tutela. Rio de Janeiro: Te Cor, 1992.ENGEL, M. G. Os delrios da razo: mdicos, lou-cos e hospcios (Rio de Janeiro, 1830-1930). Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2001. (Coleo Loucura & Civi-lizao.)TEIXEIRA, M. O. Nascimento da Psiquiatria no Brasil. Cadernos do IPUB, Rio de Janeiro: Instituto de Psiquiatria da UFRJ, n. 8, 1997.

    Ana Teresa A. Venancio

    Associao Baiana de Psiclogos (ABAP) 1974-19??

    Criada em meados da dcada de 1970 o ano de registro em cartrio 1974, porm o estatuto da associao foi publicado no Dirio Ofi cial do Estado da Bahia no dia 9 de maio de 1972 , com o objetivo principal de congregar institucionalmente o grupo de psiclogos que se formava em Salvador e proporcionar cate-goria fundamentao terica e cientfi ca, uma vez que somente em 1968 foi criado o Curso de Psicologia na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Estes profi ssionais psiclogos, que permitiram o avano da psicologia no estado na poca, eram formados em fi losofi a, medici-na ou pedagogia. No possuam ainda a for-

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    mao especializada para exercerem a profi s-so de psiclogos, mas confi rmaram o exerccio profi ssional e obtiveram, do MEC, registros que autorizavam o exerccio da profi sso de acordo com a Lei 4.119/62. A ABAP originalmente foi uma associao profi ssional que assegurou um espao para encontros e discusses sobre a pro-fi sso e tambm viabilizou seu reconhecimento, na medida em que atendeu ao dispositivo do Ministrio do Trabalho que exigia a organiza-o de uma associao profi ssional como con-dio para a criao do sindicato de psiclogos. Ao mesmo tempo, pode-se considerar a ABAP uma associao cientfi ca, pois seus membros trouxeram para a Bahia novos conhecimentos. Esta associao, juridicamente, constituiu uma entidade de carter civil de direito privado, por representar uma determinada categoria profi s-sional. Era mantida pelos prprios profi ssionais, por meio de uma mensalidade, e sua adminis-trao era realizada pelos seguintes rgos: as-sembleia geral, conselho deliberativo e diretoria. Esta ltima foi exercida (na primeira gesto) por: presidente, Antonio Rodrigues Soares; vice-pre-sidente, Egl Vieira Duarte; primeiro secretrio, Ana Maria Rocha da Silva; segundo secretrio, Noemia Carvalho Miranda; primeiro tesoureiro, Maria das Graas Costa Belov; segundo tesourei-ro, Giscele Ma os. Estes dirigentes tornaram-se personagens relevantes para a sustentao da associao. A comisso de fi nanas era compos-ta por: Amauri Pina, Maria Fernandes de Souza, Eduardo Messena e Jos Carlos Tourinho e Silva. J a comisso cientfi ca e de defesa profi ssional tinha como membros: Mercedes Cunha, Urania Maria Tourinho Perez, Aida Pustilnik de A. Viei-ra e Ruth Brasil Mesquita. Por fi m, dos nomes j citados acima, na redao havia Aida Pustilnik de A.Vieira, Ruth Brasil Mesquita e Urania Maria Tourinho Perez. Alm dos objetivos j citados, a ABAP teve outras fi nalidades previstas em seu estatuto, tais como: unifi car os psiclogos em ati-vidade no estado; incentivar o progresso e o de-senvolvimento da psicologia; zelar pelo exerccio da especialidade; organizar e promover congres-sos, simpsios e reunies cientfi cas peridicas; analisar os problemas especfi cos no estado, bem como sugerir diretrizes e apresentar sugestes ao setor da sua administrao; atuar junto aos po-

    deres pblicos, visando ao aperfeioamento do ensino da especialidade e defesa dos interesses profi ssionais da classe; assessorar os rgos de pesquisa e educacionais, quando for para isto so-licitada; articular-se com as demais entidades/as-sociaes, quando for para isto solicitada; articu-lar-se com as demais sociedades congnitas dos outros estados e pases; promover a publicao e divulgao dos assuntos de interesse da classe. Portanto, a ABAP teve o propsito de congre-gar os psiclogos que estavam em atividade na Bahia. A criao da instituio contribuiu para que a psicologia do estado prosperasse e a cate-goria profi ssional alcanasse representatividade social. Aps esse processo de desenvolvimento da profi sso por meio do suporte fornecido pela ABAP implantou-se o Conselho Regional de Psicologia da 3 Regio, que assumiu o papel at ento desempenhado pela associao.

    Referncias

    BELOV, M. das G. C. Entrevista concedida a Mab Am-lia Alencar Sacramento de Souza. Salvador, ago. 2007.

    BAHIA. Cartrio de Registro de Ttulos e Docu-mentos. Certido de Registro da Associao Baia-na de Psiclogos (ABAP). Arquivos do 1 Ofcio de Registros de Ttulos e Documentos. n. 3.018 do Li-vro A/28. Cdigo do Ato: 24.015. Salvador, set. 2007.

    DUARTE, E. V. Entrevista concedida a Mab Amlia Alencar Sacramento de Souza. Salvador, jul. 2007.

    BAHIA. Associao Baiana de Psiclogos (ABAP). Estatuto da ABAP. Dirio Ofi cial do Estado. Salva-dor, 9 maio 1972.

    Mab Amlia Alencar Sacramento de Souza

    Associao Baiana de Recuperao do Excepcional (ABRE) 1974-

    A ABRE localiza-se na rua Raul Leite, 93, Vila Laura, Matatu de Brotas, Salvador-BA e foi fundada em 12 de dezembro de 1974 por Maria Jos Lobo, Heraldo Cidade e Eduardo Srgio Guimares Teixeira da Silva, entre ou-tros pais de pacientes. uma instituio assisten-

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    cial, de natureza fi lantrpica que, em convnio com o SUS, fornece assistncia ambulatorial e trabalhos multidisciplinares a crianas e ado-lescentes (at 15 anos) que apresentam difi cul-dades no aprendizado devido a distrbios e/ou sndromes na rea de sade mental. Foi criada em funo da carncia de entidades para este fi m no Estado da Bahia. A instituio tem por obje-tivo reabilitar, tratar, escolarizar, prestar assis-tncia social, assim como defender a cidadania das pessoas com defi cincias e/ou portadoras de necessidades educacionais especiais, promoven-do sua incluso social. Para tanto, conta com a atuao de profi ssionais nas reas de psiquiatria, neurologia, psicologia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. A instituio muda de dirigente a cada trs anos. Em 2008 teve como presidente Letcia Cristiane Viana Castro e como superin-tendente Maria Jos Lobo. No existem publica-es institucionais, entretanto, h vrios eventos realizados, tais como: seminrios de reabilitao, campanha no mbito estadual contra o abuso se-xual de portadores de defi cincia, apresentao dos alunos dos cursos de teatro e dana, dentre outros. A diretoria da instituio composta por um superintendente, um presidente, um diretor tcnico, um diretor administrativo e coordena-dores. A equipe tcnica atual composta por cinco mdicos, duas terapeutas ocupacionais, quatro psiclogas, duas assistentes sociais, trs fonoaudilogas, quatro auxiliares de enferma-gem, 13 reabilitadoras, uma coordenadora pe-daggica, uma instrutora de artes. A instituio ocupa subsolo, solo e primeiro andar de um edifcio. No solo h uma recepo para os pais das crianas, uma rea ampla, uma secretaria/arquivo, um sanitrio para os pais, trs salas de reabilitao, uma sala de ofi cinas, uma sala para atendimento psicolgico, uma cozinha, uma des-pensa e uma rea verde inutilizada. No subsolo, uma recepo, um banheiro, um quarto para os vigilantes noturnos e trs salas de reabilitao. No primeiro andar est a recepo para aten-dimento ambulatorial e assistncia mdica, um consultrio de terapia ocupacional, um banheiro, um consultrio mdico, dois banheiros (um para a equipe profi ssional e outro para os pacientes), salas para coordenao, para diretoria mdica, de jogos cognitivos e atividades da vida diria

    (AVD), de arquivos, de eletroencefalograma, m-dica, de psicopedagogia, de fonoaudiologia, de terapia ocupacional, de atendimento psicolgico e duas de reabilitao. As atividades desenvolvi-das pelas psiclogas, incluem avaliaes psicol-gicas, que se caracterizam como um processo de investigao da demanda para acompanhamen-to psicolgico, por meio de entrevista com os res-ponsveis e com as crianas, bem como aplicao de testes psicolgicos. Se o paciente encontra-se no perfi l de atendimento da clnica, inserido em grupos teraputicos, atendimento individual e/ou suporte teraputico s famlias. Os grupos te-raputicos se constituem de cinco a 10 crianas e ocorrem uma vez por semana, com durao de quarenta minutos. Os atendimentos individuais acontecem tambm uma vez por semana, com durao de trinta minutos. Os suportes terapu-ticos familiares ocorrem mensalmente e/ou quin-zenalmente, de acordo com as necessidades dos pacientes. Casos que requerem terapia familiar e/ou individual dos responsveis pelas crianas so encaminhados para instituies que realizam esse tipo de trabalho. Os atendimentos semanais so registrados em fi chas de evoluo, sendo ane-xados aos pronturios, juntamente com os rela-trios elaborados trimestralmente e que so su-pervisionados pela diretoria mdica. Segundo as psiclogas desta instituio, o trabalho realizado de fundamental importncia para o sucesso do projeto de incluso social de acordo com a Lei Fe-deral 7.853, de 24/10/1989. Consideram tambm de grande importncia a divulgao do trabalho dos psiclogos em equipes multidisciplinares e no contexto do SUS, bem como as limitaes e possibilidades teraputicas dentro das institui-es. Cumpre observar que a ABRE, tal como o Centro de Logopedia e Psicomotricidade da Bahia e o Instituto Guanabara, tm em comum a mesma superintendente, Maria Jos Calheira Lobo Teixeira da Silva.

    RefernciaSILVA, M. J. C. L. T.; CASAS, D. S. Entrevista con-cedida a Gabriela Neiva Orrico. Salvador, 11 e 16 jun. 2008.

    Gabriela Neiva Orrico

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    Associao Brasileira de Anlise do Comportamento (ABAC) 1981-1986Associao de Modifi cao do Comportamento (AMC) 1974-1980

    Depois da criao dos primeiros cursos de Anlise do Comportamento no Brasil, com a consequente formao de profi ssionais ps-graduados voltados para essa abordagem, era necessria uma organizao em torno de temas cientfi cos. A criao da Associao de Modifi cao de Comportamento (AMC), em 1974, visava tornar possvel o aprofundamen-to e a atualizao dos conhecimentos at ento obtidos, a difuso da prtica dos profi ssionais da abordagem, bem como a criao de publi-caes que tornassem perenes os avanos al-canados. A AMC foi substituda em 1981 pela Associao Brasileira de Anlise do Compor-tamento (ABAC), por sugesto e orientao de Carolina Martuscelli Bori, que, empenhada em dar fora poltica Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC), insistia que as associaes cientfi cas no Brasil conti-vessem o adjetivo brasileira em seus nomes. Da-dos os movimentos j observados internamente dos profi ssionais, que viam a anlise do com-portamento de uma maneira mais ampla do que propunha a modifi cao do comportamento en-quanto tcnica de atuao, e as sugestes de Ca-rolina Bori, uma assembleia de scios aceitou a mudana do nome e do estatuto. A ABAC, como a AMC antes dela, foi uma sociedade cientfi ca mantida por scios, profi ssionais e estu dantes por meio de contribuies anuais. Tinha por ob-jetivos reunir estudiosos da rea em torno de ati-vidades cientfi cas encontros, minicongressos e publicaes especializadas. Foram fundadores da AMC: Luiz Otvio Seixas Queiroz, Garry Martin, Hlio Jos Guilhardi e Carolina Mar-tuscelli Bori. E foram seus presidentes quando se chamava AMC: Luiz Otvio Seixas Queiroz, Garry Martin, Hlio Jos Guilhardi; quando ABAC: Maria Lucia Dantas Ferrara, Luiz Carlos de Freitas, Maria Amlia Matos. A diretoria foi sempre exercida por um grupo que, alm do pre-sidente, tinha ainda vice-presidente, dois secre-trios, um comit de cursos, um de publicaes

    e um de tica. Eram scios, essencialmente, pro-fessores e estudantes universitrios e profi ssio-nais ligados prtica clnica e educacional, que utilizavam como ferramenta bsica a anlise do comportamento. As reunies de diretoria ocor-riam no Instituto de Psicologia da USP. Vrios encontros cientfi cos foram abrigados pela PUC-SP. Alguns encontros com convidados interna-cionais (Fred Keller, Jack Michael, entre outros) ocorreram em auditrio da FAPESP e em hotis na cidade de Campinas. Personagens relevantes para a Associao foram: Carolina Martuscelli Bori, Sergio Vasconcelos de Luna, Maria do Car-mo Guedes, Rachel Rodrigues Kerbauy, Myrian de Oliveira Lima, Margarida Windholz, Maria Lucia Dantas Ferrara, Darcy Corazza, Lgia Ma-ria de Castro Marcondes Machado, Maria Hele-na Leite Hunziker, Maria Martha Hubner, Ana Lucia Cortegoso, Sonia Beatriz Meyer, Olavo Galvo, Joo Cludio Todorov, Marlise Apare-cida Bassani, Roberto Alves Banaco, Hlia Uti-da, Raphael Cangelli Filho, Cristiano Nabuco, Denize Rozana Rubano, Mnica Tieppo Gian-faldoni, Roberta Gurgel Azzi, Regina Christina Wielenska, Lucia Cavalcanti de Albuquerque Williams, Maria Amlia Andery, Ftima Regi-na Pires de Assis, Luiz Carlos de Freitas, Silvio Paulo Botom e Tereza Maria Pires Srio. Duas publicaes institucionais foram editadas ao longo de sua existncia: a revista Modifi cao do Comportamento, por dois anos, quatro nmeros, editada pela Hucitec, e os Cadernos de Anlise do Comportamento (oito nmeros entre 1976 e 1986). No perodo, muitos eventos foram organizados alguns como atividades em eventos maiores como a SPRP e SBPC; outros como atividades que a associao fazia realizar em diferentes ins-tituies, como PUC-SP e USP. A ABAC, como a AMC antes, foi importante por dar incio orga-nizao cientfi ca de analistas do comportamen-to no Brasil, e por ser responsvel pela primeira publicao especfi ca da rea em lngua portu-guesa. Fortaleceu a ento Sociedade de Psicolo-gia de Ribeiro Preto SPRP (atual Sociedade Brasileira de Psicologia SBP), bem como a rea da Psicologia na Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC) por meio de orga-nizao de eventos em encontros anuais dessas instituies. Na SBPC chegou a ser uma sub-

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    rea, tantos foram os trabalhos apresentados nos encontros cientfi cos por ela organizados. Desde 1991 at hoje, os analistas do comportamento no Brasil tm na Associao Brasileira de Psicotera-pia e Medicina Comportamental (ABPMC) sua mais representativa organizao nacional, des-tinada a congregar pessoas interessadas no de-senvolvimento cientfi co e tecnolgico da terapia comportamental e cognitivo-comportamental, da medicina comportamental e da anlise do comportamento. Filiada Association for Beha-vior Analysis International (ABAI), a ABPMC tem hoje duas publicaes regulares: a Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva (iniciada em 1999) e uma coleo de livros com trabalhos apresentados nos Encontros anuais intitulada Sobre Comportamento e Cognio. Iniciada em 1996, esta coleo alcanou em 2007 um total de 20 volumes publicados.

    RefernciasMODIFICAO DO COMPORTAMENTO. So Pau-lo: AMC, 1974-1975.LUNA, S. V. de. Entrevista concedida a Roberto Alves Banaco. So Paulo, ago. 2007.HBNER, M. M. Entrevista concedida a Roberto Alves Banaco. So Paulo, ago. 2007.GUILHARDI, H. J. Entrevista concedida a Roberto Alves Banaco. So Paulo, ago. 2007.CADERNOS DE ANLISE DO COMPORTAMEN-TO. So Paulo: AMC/ABAC, 1976-1986.

    Roberto Alves Banaco

    Associao Brasileira de Daseinsanalyse (ABD) 1977-Associao Brasileira de Anlise e Terapia Existencial-Daseinsanalyse (ABATED) 1974-1977 Associao Brasileira de Anlise e Terapia Existencial (ABATE) 1974

    Fundada em janeiro de 1974, associao profi ssional e de formao, com sede na rua Cristiano Viana, 172, So Paulo SP (at 1981 a

    sede era na rua Bento Freitas). Foi gestada, em 1949, com a chegada em So Paulo do doutor S-lon Spanoudis, mdico formado em Viena, gre-go de nascimento, que emigrara com seu irmo Theon Spanudis, quando este viera, a convite da Sociedade Brasileira de Psicanlise, como psica-nalista didata. Em 1954, com o reconhecimento do diploma de mdico do doutor Slon Spa-noudis, inicia-se seu trabalho como psiquiatra-psicoterapeuta, mdico psiquiatra do Servio de Higiene Mental do Estado de So Paulo, e a formao de grupos de estudos de psiquiatria existencial, juntamente com o doutor Edu Ma-chado Gomes, psiquiatra e professor da Escola Paulista de Medicina, primeiro psiquiatra a se referir ao movimento existencial em psiquia-tria no Brasil. A partir dos contatos pessoais do doutor Slon com o doutor Medard Boss e das vindas deste ao Brasil, de 1970 at 1989 (ltima estada de Boss no Brasil), constitui-se o ncleo inicial que d origem Associao Brasileira de Anlise e Terapia Existencial (ABATE) que, em maio de 1974, reconhecida como a primeira associada da Internacionale Gessellscha Fr Daseinsanalyse de Zurich, Sua. Na carta de aceitao e reconhecimento, o doutor Medard Boss d seu integral apoio e estmulo associa-o e sugere que em seu nome conste a palavra Daseinsanalyse, grafada no modo original para que, com os anos e os modismos incessantes, a prpria origem desta associao no viesse a se perder. Assim, quatro meses depois de criada, a ABATE passou a chamar-se Associao Brasi-leira de Anlise e Terapia Existencial-Daseinsan-lyse (ABATED). Em 1977, seu nome alterado ainda uma vez: Associao Brasileira de Dasein-sanalyse (ABD), fortalecendo a vinculao ao pensamento e obra de Martin Heidegger. O Estatuto registrado sob o n. 17.466 no 7 Of-cio de Registro Civil de Pessoas Jurdicas da Ca-pital de So Paulo rege a associao como uma entidade privada sem fi ns lucrativos, com a fi na-lidade de associao profi ssional e estudos em psicologia e psiquiatria. uma sociedade man-tida pelos associados com o objetivo de estudar e desenvolver o pensamento de Martin Hei-degger e, desde 2002, formar psicoterapeutas daseinsanalistas. Foram seus fundadores: Slon Spanoudis, Casimiro Angielczyk, Luis Antonio

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    Weinmann, David Cytrynowicz e Joo Augus-to Pompia, e seus dirigentes: Medard Boss (presidente de honra), Slon Spanoudis (1974-1981), David Cytrynowicz (1981-1997) e Maria Beatriz Cytrynowicz (desde 1997). Sua publica-o institucional a Revista da Associao Brasi-leira de Daseinsanalyse. A associao promove e participa de fruns, congressos, encontros, com o objetivo de estudar, desenvolver, divulgar a daseinsanalyse e conhecer a originalidade, atua-lidade e o impacto do pensamento heideggeria-no na psicologia, psiquiatria e psicopatologia. Promove cursos e grupos de estudo acerca do pensamento fenomenolgico existencial e reali-za tradues de obras ou artigos de interesse, su-pervises clnicas, atendimentos psicoterpicos gratuitos voltados a quem no pode arcar com os custos deste atendimento. A daseinsanalyse como prtica clnica de psiquiatria e psicologia est fundada na ontologia de Martin Heideg-ger, e tal posicionamento faz contraponto com as teorias psicolgicas comprometidas com o modo de pensar metafsico, que prope para a psicologia os modelos importados das cincias exatas e biolgicas. A associao trabalha com contribuies de seus scios efetivos e de outros colaboradores, reconhecidos por suas pesquisas e estudos, especialmente convidados para troca de informaes, alm de colaborar com a Asso-ciao Internacional. Conta com um grupo dire-tivo composto pelo presidente, tesoureiro, secre-trio, diretor cientfi co, diretor de servios e com seus membros associados. Promove encontros regulares e assembleias, conforme previsto na legislao em vigor. A ABD foi o primeiro grupo ofi cial de estudos e prticas clnicas de Daseinsa-nalyse no Brasil e na Amrica Latina. Ao longo de sua histria, vem colaborando com o desenvol-vimento da psicologia brasileira, na medida em que agrega profi ssionais de psicologia e psiquia-tria, colaborando com seu crescimento pessoal e profi ssional enquanto psicoterapeutas, assimi-lando e desenvolvendo informaes emp ricas de pesquisas em psicologia e medicina, bem como incorporando conhe cimentos advin dos da fi losofi a e de outros modos de expresso sensvel do homem. Tudo isto para buscar com-preender o homem e cuidar dos desafi os da exis-tncia humana na sociedade contempornea. A

    ABD veio ampliando seu quadro associativo e, em 2002, alterou seu estatuto para incluir a for-mao de terapeutas daseinsanalistas nos mol-des da Associao Inter nacional. Criou ento o Projeto Alcance que, sob superviso dos mem-bros efetivos da associao, oferece atendimen-to psicoteraputico gratuito para segmentos da populao que, por razes econmicas, a ele no teria acesso.

    RefernciasCYTRYNOWICZ, M. B. Palestra: Um pouco de histria. In: 30 anos da Criao da Associao Bra-sileira de Daseinsanalyse. So Paulo, 18 abr. 2004. Mimeo.

    REVISTA DA ASSOCIAO BRASILEIRA DE DA-SEINSANALYSE. So Paulo: ABD, 1976-2002.

    Helio Roberto Deliberador

    Associao Brasileira de Psicanlise (ABP) 1967-

    Fundada em 6 de maio de 1967, durante a I Jornada Brasileira de Psicanlise, realizada na Associao Paulista de Medicina (APM), em So Paulo. A ABP foi resultado da reunio de quatro sociedades componentes (Sociedade Bra-sileira de Psicanlise de So Paulo SBPSP, So-ciedade Psicanaltica do Rio de Janeiro SPRJ, Sociedade Brasileira de Psicanlise do Rio de Janeiro SBPRJ e Sociedade Psicanaltica de Porto Alegre SPPA), que so fi liadas Inter-national Psychoanalytical Association (IPA). Foi dirigida inicialmente em 1967-1968 por Mrio Martins e Roberto Pinto Ribeiro. Em 1969, foi eleito o primeiro conselho diretor, tendo como presidente Durval Marcondes. A primeira inicia-tiva mais importante da ABP foi a organizao de Congressos Brasileiros de Psicanlise, a cada dois anos, que vm sendo realizados ininterrup-tamente