diario do nordeste construcao 02062010

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6| negócios DIÁRIO DO NORDESTE | FORTALEZA, CEARÁ - QUINTA-FEIRA, 3 DE JUNHO DE 2010 Depois de trocar o carro velho por outro um pouco mais novo, conseguir realizar aquela via- gem de férias tão sonhada e comprar a TV LCD novinha para assistir à Copa do Mundo; parte da classe média brasileira resol- veu centralizar seus gastos com algo que nunca se está totalmen- te satisfeito: a própria casa. Pelo menos isso é o que indi- ca uma pesquisa sobre a inten- ção de compra de material de construção em 2010, feita entre fevereiro e março deste ano com 2 mil pessoas espalhadas por 12 capitais brasileiras, inclusive Fortaleza. Segundo o estudo, 45% dos entrevistados que pre- tendem reformar ou ampliar o seu imóvel, em 2010, estão inse- ridos nas classes C, D e E. No Nordeste, o índice é ainda maior, são 49% na região. “O Nordeste cresce mais do que o País. Os bancos públicos também apoiam mais os em- preendedores individuais dessa região, no caso das construções vinculadas ao próprio negócio. Exemplo disso é o programa Cre- diamigo, do BNB, que também funciona bem por conta dos la- ços sociais dos nordestinos, que são muito mais fortes do que em outras áreas”, explica Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, instituto de pesquisa que produziu o levantamento. Dar um maior conforto para família, o aumento no número de familiares e a necessidade de gerar renda através do aluguel de espaço são algumas razões para a baixa renda resolver am- pliar ou reforma a residência. Todavia, outro motivo vem ga- nhando força. “Os nordestinos têm um maior índice de em- preendedorismo. As pessoas es- tão colocando negócios atrela- dos ao domicílio. A proliferação das lan houses exemplifica bem isso”, constata o especialista. Problemas no MCMV Ele aponta que as falhas na exe- cução do programa de habita- ção popular do governo federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV), especificamente, na faixa de renda até três salários mínimos, têm colaborado, de certa forma, para o incremento das vendas de material de cons- trução para o público de baixa renda, sobretudo, os integran- tes da classe D. “Eles não estão sendo bem tratados pelo MCMV. Enquanto esperam dois ou três anos pelo imóvel, as reformas e ampliações vão acon- tecendo onde eles atualmente moram com os demais paren- tes”, explica Meirelles, aprovei- tando para advertir que o pro- cesso de autoconstrução, co- mum entre as camadas popula- res, pode ser prejudicial para o bolso. “A compra de material de construção na baixa renda é constante e feita por partes. É preciso ter cuidado quando a própria pessoa resolve cons- truir, pois demora mais tempo e ainda pode sair mais caro”. Vendas sobem no Ceará De acordo com a Associação dos Comerciantes de Material de Construção do Ceará (Comac/ CE), entidade ligada à Associa- ção Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Ana- maco), nos últimos 12 meses, as vendas no segmento cresceram entre 17% e 18% no Estado. Porém, conforme o presidente da Comac/CE, Lavanery Wan- derley, nos quatro primeiros me- ses de 2010 em relação a seme- lhante período de 2009, a alta foi ainda mais intensa. “O mer- cado está bem mais aquecido neste ano, no atacado e no vare- jo. O crescimento no Estado foi de 36%, no geral”, declara. Incentivos fiscais Lavanery indica que a redução do IPI, estendida até dezembro pelo governo federal, aliada a um menor percentual de ICMS de alguns itens, proposta pelo governo estadual, tem colabora- do para esse incremento. Além disso, na visão dele, a comercia- lização das mercadorias para consumidores de baixa renda tem alimentado as economias locais dos bairros mais carentes. “Essa venda pinga-pinga, onde se resolve fazer mais um quarto, um banheiro, uma laje, até mes- mo a calçada, ou, simplesmen- te, a renovar a pintura, está se ampliando entre as famílias que sobrevivem com pouco dinhei- ro, principalmente, na periferia. Cerca de 60% de todo material de construção é revertido para essa faixa de renda. Isso movi- menta a economia local e gera empregos”, afirma o represen- tante da Comac/CE. Em contrapartida, ele explica que o setor também está enfren- tando alguns problemas advin- dos do crescimento. “Estão fal- tando produtos e até transporte para atender a demanda. Em alguns casos, a demora por uma carroceria dura 60 dias. Além disso, é preciso capacitar a mão- de-obra que já trabalha no ramo e quem está entrando agora”. o NO CEARÁ Uma prova clara do aquecimen- to do setor é o incremento recen- te na quantidade de financia- mentos junto às instituições fi- nanceiras, objetivando as linhas de crédito voltadas exclusiva- mente para a compra de mate- rial de construção. É o caso de uma das formas mais populares no mercado para este fim, aque- la que utiliza a Carta de Crédito do FGTS individual, com prazo de 120 meses para amortização e juros de até 8,16% ao ano. Conforme a Caixa Econômi- ca, entre janeiro e o dia sete de maio deste ano, foram realiza- dos 4.810 contratos no País, re- sultando em um total de R$ 79,6 milhões. Desempenho ex- pressivo em relação a igual pe- ríodo de 2009, que tinha fecha- do, até então, 3.158 contratos, que somavam R$ 41,1 milhões. A diferença foi uma alta de 93,67% no 1˚ quadrimestre de 2010, puxada pelas camadas de menor renda, as que mais utili- zam FGTS para este fim. Segundo a Caixa, 74,0% dos contratos feitos nos quatro pri- meiros meses deste ano foram de trabalhadores com renda até três salários mínimos, 23,8% de três a seis salários, 2,2% entre 6 e 10 mínimos. Segundo o ban- co, a participação da classe D foi a que apresentou maior cresci- mento, pois no 1º quadrimestre do ano passado, 60,2% dos con- tratos tinham sido feitos por pes- soas que ganhavam até três salá- rios mínimos, desempenho de 13,8 pontos percentuais infe- rior a igual intervalo de 2010. No Ceará No Estado, foram registrados 189 contratos até o último dia sete de maio, no valor de R$ 3,1 milhões. Sendo 57,5% destina- dos a pessoas com remuneração até três salários, 39,5% entre três e seis mínimos e 3% na faixa de renda entre 6 e 10 salários. Outra modalidade da Caixa, o Construcard, que oferece um total de 60 meses para quitar o débito, também acompanhou a expansão na procura por finan- ciamento de material de cons- trução. No Brasil, foram realiza- dos 124.171 contratos, volume de R$ 1,5 bilhão, entre janeiro e maio deste ano, alta de 36,36% ante período similar de 2009, quando se financiou R$ 1,1 bi- lhão, através de 99.669 contra- tos. No Ceará, foram 2.271 con- tratos, somando R$ 25,1 mi- lhões até maio de 2010. (ISJ)o De olho neste boom, o Banco do Brasil melhorou a atratividade do BB Crédito Material de Cons- trução. A carência passou a ser de seis meses para o pagamento da 1ª prestação, e o limite finan- ciado pulou de R$ 20 mil para R$ 50 mil. O dinheiro advém de recursos próprios do BB. No Ceará, as medidas deram tão certo que, nos quatro primei- ros meses de 2010, houve um aumento de 25% no desembol- so dessa linha sobre igual inter- valo do ano passado. Ao todo, em 2009, foram financiados aproximadamente R$ 7 milhões para pessoas com ganhos den- tro dos padrões das classes C, D e E (segundo o BB, o financia- mento é oferecido para quem possui renda de até R$ 5 mil). No Estado, há 725 estabeleci- mentos comerciais convenia- dos, sem que seja necessário ir à agência. O banco parcela a dívi- da em até 60 vezes, a juros entre 1,89% e 3,13% ao mês. (ISJ)o C [email protected] 36% ILO SANTIAGO JR. Especial para Economia FOI O AUMENTO nas vendas de material de construção nos quatro primeiros meses de 2010 sobre igual período de 2009 As classes C, D e E estão comprando mais material de construção. Intenção de compra no País é de 45% neste ano I B As pessoas das camadas sociais mais pobres estão aproveitando a extensão do IPI reduzido dos produtos do setor para ampliar ou reformar a casa FOTO: KIKO SILVA OPINIÃO IMÓVEIS H á algum tempo estava planejando reformar a casa da minha mãe. Em 50 anos, foram poucas as mudanças e desde a morte do meu pai, em 2006, a casa nunca mais tinha passado por uma mexida. Comecei pelo telhado novo. Eliminei a fossa porque fiz a ligação de esgoto à rede da Cagece. Troquei a fiação elétrica e os disjuntores. Substitui a velha caixa d´ água de alvenaria por uma mais moderna e higiênica. Dei uma melhorada na fachada. Pus um portão novo na frente e outro nos fundos. Tudo demorou uns dois meses para ficar pronto. Tive que fazer a obra nos fins de semana por causa do trabalho. Nessa brincadeirinha ainda gastei perto de R$ 1.200, dinheiro que juntei nos últimos tempos. O mais caro foi a mão-de-obra. Qualquer diária de pedreiro é R$ 40. Mesmo assim, ainda este ano, pretendo mexer no piso da casa que é muito antigo. O banheiro também precisa de ajustes, quero por cerâmica. Meu sonho é construir uma casinha em cima, para eu me mudar com a mulher, já que meus três filhos estão quase todos casados e se inscreveram no Minha Casa, Minha Vida. Aí, vou poder vender ou alugar a residência em que moro e aplicar o dinheiro nessa ideia. Pretendo fazer isso nos próximos dois anos. Voltar ao lugar onde me criei, no Jardim Iracema, e fazer companhia à minha mãe são os meus planos, agora. I B Lavanery: “o mercado de material de construção está bem mais aquecido” Étempode reformar,mas aindasaicaro I B Meirelles: “classe D não está sendo bem tratada pelo Minha Casa” FOTOS: DIVULGAÇÃO E NoEstado, foram registrados189 contratosatéo último dia7demaio,novalor deR$3,1 milhões E O financiamento podeser feitonaslojas autorizadas,semque sejanecessária a idado clienteaobanco JOSÉ IVAN LOPES Bombeiro-instalador Ampliação do limite financiado de R$20 mil para R$ 50 mil, e carência de seis meses para 1ª parcela ajudaram COMENTE AQUISIÇÃO DE MATERIAL 361234960 Baixa renda economiza para melhorar a casa Carta de Crédito do FGTS facilita construções BB eleva em 25% os desembolsos no CE CRÉDITO AJUDA FINANCIAMENTO

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6 | negócios DIÁRIODONORDESTE | FORTALEZA,CEARÁ-QUINTA-FEIRA,3DEJUNHODE2010

Depois de trocar o carro velhopor outro um pouco mais novo,conseguir realizar aquela via-gem de férias tão sonhada ecomprar a TV LCD novinha paraassistir à Copa do Mundo; parteda classe média brasileira resol-veu centralizar seus gastos comalgo que nunca se está totalmen-te satisfeito: a própria casa.

Pelo menos isso é o que indi-ca uma pesquisa sobre a inten-ção de compra de material deconstrução em 2010, feita entrefevereiro e março deste ano com2 mil pessoas espalhadas por 12capitais brasileiras, inclusiveFortaleza. Segundo o estudo,45% dos entrevistados que pre-tendem reformar ou ampliar oseu imóvel, em 2010, estão inse-ridos nas classes C, D e E. NoNordeste, o índice é aindamaior, são 49% na região.

“O Nordeste cresce mais doque o País. Os bancos públicostambém apoiam mais os em-preendedores individuais dessaregião, no caso das construçõesvinculadas ao próprio negócio.Exemplo disso é o programa Cre-diamigo, do BNB, que tambémfunciona bem por conta dos la-ços sociais dos nordestinos, quesão muito mais fortes do que emoutras áreas”, explica RenatoMeirelles, sócio-diretor do DataPopular, instituto de pesquisaque produziu o levantamento.

Dar um maior conforto parafamília, o aumento no númerode familiares e a necessidade degerar renda através do aluguelde espaço são algumas razõespara a baixa renda resolver am-

pliar ou reforma a residência.Todavia, outro motivo vem ga-nhando força. “Os nordestinostêm um maior índice de em-preendedorismo. As pessoas es-tão colocando negócios atrela-dos ao domicílio. A proliferaçãodas lan houses exemplifica bemisso”, constata o especialista.

ProblemasnoMCMVEle aponta que as falhas na exe-cução do programa de habita-ção popular do governo federalMinha Casa, Minha Vida(MCMV), especificamente, nafaixa de renda até três saláriosmínimos, têm colaborado, decerta forma, para o incrementodas vendas de material de cons-trução para o público de baixarenda, sobretudo, os integran-tes da classe D. “Eles não estãosendo bem tratados peloMCMV. Enquanto esperam doisou três anos pelo imóvel, asreformas e ampliações vão acon-tecendo onde eles atualmentemoram com os demais paren-tes”, explica Meirelles, aprovei-tando para advertir que o pro-cesso de autoconstrução, co-

mum entre as camadas popula-res, pode ser prejudicial para obolso. “A compra de material deconstrução na baixa renda éconstante e feita por partes. Épreciso ter cuidado quando aprópria pessoa resolve cons-truir, pois demora mais tempo eainda pode sair mais caro”.

VendassobemnoCearáDe acordo com a Associação dosComerciantes de Material deConstrução do Ceará (Comac/CE), entidade ligada à Associa-ção Nacional dos Comerciantesde Material de Construção (Ana-maco), nos últimos 12 meses, asvendas no segmento cresceram

entre 17% e 18% no Estado.Porém, conforme o presidenteda Comac/CE, Lavanery Wan-derley, nos quatro primeiros me-ses de 2010 em relação a seme-lhante período de 2009, a altafoi ainda mais intensa. “O mer-cado está bem mais aquecidoneste ano, no atacado e no vare-jo. O crescimento no Estado foide 36%, no geral”, declara.

IncentivosfiscaisLavanery indica que a reduçãodo IPI, estendida até dezembropelo governo federal, aliada aum menor percentual de ICMSde alguns itens, proposta pelogoverno estadual, tem colabora-do para esse incremento. Alémdisso, na visão dele, a comercia-lização das mercadorias paraconsumidores de baixa rendatem alimentado as economiaslocais dos bairros mais carentes.“Essa venda pinga-pinga, ondese resolve fazer mais um quarto,um banheiro, uma laje, até mes-mo a calçada, ou, simplesmen-te, a renovar a pintura, está seampliando entre as famílias quesobrevivem com pouco dinhei-ro, principalmente, na periferia.Cerca de 60% de todo materialde construção é revertido paraessa faixa de renda. Isso movi-menta a economia local e geraempregos”, afirma o represen-tante da Comac/CE.

Em contrapartida, ele explicaque o setor também está enfren-tando alguns problemas advin-dos do crescimento. “Estão fal-tando produtos e até transportepara atender a demanda. Emalguns casos, a demora por umacarroceria dura 60 dias. Alémdisso, é preciso capacitar a mão-de-obra que já trabalha no ramoe quem está entrando agora”. o

NOCEARÁ

Uma prova clara do aquecimen-to do setor é o incremento recen-te na quantidade de financia-mentos junto às instituições fi-nanceiras, objetivando as linhasde crédito voltadas exclusiva-mente para a compra de mate-rial de construção. É o caso deuma das formas mais popularesno mercado para este fim, aque-la que utiliza a Carta de Créditodo FGTS individual, com prazode 120 meses para amortizaçãoe juros de até 8,16% ao ano.

Conforme a Caixa Econômi-ca, entre janeiro e o dia sete demaio deste ano, foram realiza-dos 4.810 contratos no País, re-sultando em um total de R$79,6 milhões. Desempenho ex-pressivo em relação a igual pe-ríodo de 2009, que tinha fecha-do, até então, 3.158 contratos,que somavam R$ 41,1 milhões.A diferença foi uma alta de93,67% no 1˚ quadrimestre de2010, puxada pelas camadas demenor renda, as que mais utili-zam FGTS para este fim.

Segundo a Caixa, 74,0% doscontratos feitos nos quatro pri-meiros meses deste ano foramde trabalhadores com renda atétrês salários mínimos, 23,8% detrês a seis salários, 2,2% entre 6e 10 mínimos. Segundo o ban-co, a participação da classe D foia que apresentou maior cresci-mento, pois no 1º quadrimestredo ano passado, 60,2% dos con-tratos tinham sido feitos por pes-soas que ganhavam até três salá-rios mínimos, desempenho de13,8 pontos percentuais infe-rior a igual intervalo de 2010.

NoCearáNo Estado, foram registrados189 contratos até o último diasete de maio, no valor de R$ 3,1milhões. Sendo 57,5% destina-dos a pessoas com remuneração

até três salários, 39,5% entretrês e seis mínimos e 3% na faixade renda entre 6 e 10 salários.

Outra modalidade da Caixa,o Construcard, que oferece umtotal de 60 meses para quitar odébito, também acompanhou aexpansão na procura por finan-ciamento de material de cons-trução. No Brasil, foram realiza-dos 124.171 contratos, volumede R$ 1,5 bilhão, entre janeiro emaio deste ano, alta de 36,36%ante período similar de 2009,quando se financiou R$ 1,1 bi-lhão, através de 99.669 contra-tos. No Ceará, foram 2.271 con-tratos, somando R$ 25,1 mi-lhões até maio de 2010. (ISJ)o

De olho neste boom, o Banco doBrasil melhorou a atratividadedo BB Crédito Material de Cons-trução. A carência passou a serde seis meses para o pagamento

da 1ª prestação, e o limite finan-ciado pulou de R$ 20 mil paraR$ 50 mil. O dinheiro advém derecursos próprios do BB.

No Ceará, as medidas deramtão certo que, nos quatro primei-ros meses de 2010, houve umaumento de 25% no desembol-so dessa linha sobre igual inter-valo do ano passado. Ao todo,em 2009, foram financiadosaproximadamente R$ 7 milhões

para pessoas com ganhos den-tro dos padrões das classes C, De E (segundo o BB, o financia-mento é oferecido para quempossui renda de até R$ 5 mil).

No Estado, há 725 estabeleci-mentos comerciais convenia-dos, sem que seja necessário ir àagência. O banco parcela a dívi-da em até 60 vezes, a juros entre1,89% e 3,13% ao mês. (ISJ)o

C [email protected]

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ILOSANTIAGOJR.Especial paraEconomia

FOIOAUMENTOnasvendasdematerial de construçãonosquatroprimeirosmesesde2010sobre igual períodode2009

As classes C, D e Eestão comprandomaismaterial de construção.Intenção de compra noPaís é de 45%neste ano

IBAspessoasdascamadassociaismaispobresestãoaproveitandoaextensãodoIPIreduzidodosprodutosdosetorparaampliaroureformaracasaFOTO: KIKOSILVA

OPINIÃO

IMÓVEIS

Há algum tempo estavaplanejando reformar acasa da minha mãe.

Em 50 anos, foram poucas asmudanças e desde a morte domeu pai, em 2006, a casanunca mais tinha passado poruma mexida. Comecei pelotelhado novo. Eliminei a fossaporque fiz a ligação de esgoto àrede da Cagece. Troquei afiação elétrica e os disjuntores.Substitui a velha caixa d´ águade alvenaria por uma maismoderna e higiênica. Dei umamelhorada na fachada. Pus umportão novo na frente e outronos fundos. Tudo demorouuns dois meses para ficarpronto. Tive que fazer a obranos fins de semana por causado trabalho. Nessabrincadeirinha ainda gasteiperto de R$ 1.200, dinheiroque juntei nos últimos tempos.O mais caro foi a mão-de-obra.Qualquer diária de pedreiro éR$ 40. Mesmo assim, aindaeste ano, pretendo mexer nopiso da casa que é muitoantigo. O banheiro tambémprecisa de ajustes, quero porcerâmica. Meu sonho éconstruir uma casinha emcima, para eu me mudar com amulher, já que meus três filhosestão quase todos casados e seinscreveram no Minha Casa,Minha Vida. Aí, vou podervender ou alugar a residênciaem que moro e aplicar odinheiro nessa ideia. Pretendofazer isso nos próximos doisanos. Voltar ao lugar onde mecriei, no Jardim Iracema, efazer companhia à minha mãesão os meus planos, agora.

IB Lavanery:“omercadodematerialdeconstruçãoestábemmaisaquecido”

Étempodereformar,masaindasaicaro

IBMeirelles:“classeDnãoestásendobemtratadapeloMinhaCasa” FOTOS: DIVULGAÇÃO

ENoEstado,foramregistrados189contratosatéoúltimodia7demaio,novalordeR$3,1milhões

EOfinanciamentopodeserfeitonaslojasautorizadas,semquesejanecessáriaaidadoclienteaobanco

JOSÉIVANLOPESBombeiro-instalador

Ampliação do limitefinanciado de R$20milpara R$ 50mil, ecarência de seismesespara 1ª parcela ajudaram

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AQUISIÇÃODEMATERIAL

361234960

Baixa renda economizapara melhorar a casa

Carta deCrédito doFGTS facilitaconstruções

BB eleva em 25% osdesembolsos no CE

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