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Outubro – 2010Pro
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Análise Estatística de Sistemas de Comunicação Digitais –
Usando o Diagrama de Olho
Prof. Gil Pinheiro MScUERJ-FEN-DETEL
Outubro – 2010Pro
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iroAnálise Estatística de Sistemas de
Comunicação Digitais
• Os sistemas de comunicação digital operam com uma determinada quantidade de símbolos, estados e níveis de sinal que se repetem
• Como todo sistema de comunicação, existe a possibilidade de ruído, decorrente de reflexões, atenuação, ruído térmico, etc.
• Desse modo, os sinais podem assumir valores determinados com uma certa probabilidade. E os valores de sinal de tensão ou corrente podem ser modelados como variáveis aleatórias contínuas
• O valor de limiar de decisão (tensão, fase, corrente,...) de cada símbolo pode ser associado uma distribuição de probabilidade com valor médio e desvio padrão definidos
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0 1 1 0 1 0 0 1 0
Sinal sem Distorção
clock
Sinal
Limiar de decisão
• Sinal de um sistema binário (2 símbolos)• Sinal sem ruído• O limiar de decisão juntamente com o clock
(transição negativa) definem o nível lógico do sinal
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Sinal com Distorção
• Sinal com variação (distorção) de amplitude e de fase (jitter)
• Possibilidade de ocorrência de erros se a distorção ou ruído no sinal ultrapassar o limiar de decisão, ou um atraso excessivo no sinal, perdendo a referência com o clock
clock
Sinal
Limiar de decisão
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iroAnálise Estatística de Sistemas de
Comunicação Digitais• Num sistema binário, são
possíveis apenas os níveis 0 e 1. Porém, o sinal z(T) pode assumir os valores definidos por s0 e s1
• Para cada nível lógico (0 e 1) os valores de sinal são definidos através das probabilidades p(z|s0) e p(z|s0)
• Para cada nível lógico existem os valores de sinal médio a0 e a1 e desvio padrão σ0 e σ1 respectivamente
• Há também um intervalo de decisão, implementado por um circuito adequado (ex.: comparador), que define o nível lógico em função do limiar. Portanto, um sinal ruidoso pode ser interpretado de maneira errônea
• No lugar do comparadores se usa um Schmitt Triger, que fornece maior imunidade a ruídos
( )
−−⋅=0
0
0
0 2
1exp
2
1|
σπσaz
szp
( )
−−⋅=1
1
1
1 2
1exp
2
1|
σπσaz
szp
Nível 0:
Nível 1:
z(T)
Probabilidade de s0
Nível 0 Nível 1a0 a1
Probabilidade de s1
Limiar de decisão
Erro
Eq. [1]
Eq. [2]
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iroLimiar de Decisão
• O limiar de decisão deve ser localizado de modo a minimizar os erros (área hachuradaem vermelho). Se as curvas forem similares, o limiar ficará no ponto médio entre os picos ao e a1.
z(T)
Probabilidade de s0
Nível 0 Nível 1a0 a1
Probabilidade de s1
Limiar de decisão
Erro
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iroLimiar de Decisão – Banda Morta
• A Banda Morta define uma área de decisão, com minimização dos erros (área hachurada em vermelho). No ponto médio entre os picos ao e a1. Esse tipo de banda morta (ou histerese) é implementado através de um circuito Schmitt Trigger.
z(T)
Probabilidade de s0
Nível 0 Nível 1a0 a1
Probabilidade de s1
Banda morta (faixa de decisão)
Erro
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Fator de Qualidade do Diagrama
• O fato Q define a qualidade do diagrama de olho
• VBase e VTop são as tensões médias correspondentes aos níveis lógicos 0 e 1
• É calculado através da relação entre amplitude do sinal e do desvio padrão dos dois níveis (0 e 1)
• Quanto maior o Q, melhor
( )( )BaseTop
BaseTop VVQ
σσ +−
= Equação [3]
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iroAnálise Estatística de Sistemas de
Comunicação Digitais• A partir das equações [1] e [2] é possível
determinar a probabilidade de ocorrência de erros, PB ( = BER = Bit Error Rate)
• A integral da equação [4] não possui solução analítica, mas pode ser aproximada por:
( ) dzaz
dzszpPB ∫∫ ∞−∞−
−−⋅== 00
2
0
0
0
0 2
1exp
2
1|
γγ
σπσEq. [4]
( )
π2
22
Q
ePBER
Q
B
−
≅= Eq. [5]
Q
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Diagrama de Olho
• O diagrama do olho é uma ferramenta de análise estatística de sinal, basicamente qualitativa. Porém, alguns parâmetros podem ser determinados graficamente, obtendo-se algumas informações quantitativas de caráter estatístico
• O diagrama de olho é obtido superpondo várias amostras de um sinal, colhidas no domínio do tempo, de modo que cada símbolo fique superposto. As amostras recebidas devem se sincronizada de acordo com o sinal transmitido
• Sendo uma técnica de análise estatística de sinais, o diagrama do olho deve conter uma certa quantidade de amostras de sinal contendo vários símbolos
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Diagrama de Olho – Amostras de um Sinal
clock
T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
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0 1 0
0 0 1
Construção do Diagrama de Olho
0 1 1
1 0 0
1 0 1
1 1 0
1 1 1
0 0 0
Diagrama do Olho – todosos 8 símbolos possíveis estão superpostos
Considerando um digrama do olho com 3 seções (3 bits), ou seja, com 23 (= 8) estados
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Distorção de um Sinal
Variação do ponto de cruzamento com zero - Jitter
Distorção de amplitude
Variação na taxa de subida e descida
Todos os efeitos acima
Sinal sem distorção
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Influência do Jitter num Sinal
clock
dados
0 1 1 0 1 0 0 1 0
clock
dados
Jitter
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Diagrama do Olho
Da = distorção de amplitude, causada pela relação S/N e interferência intersímbolos.Quanto menor melhor.
Mn = Margem de ruído, quanto maior melhor
St = Sensibilidade a erros de temporização, ou margem de erro de temporização
Jt = Timing jitter, variação no ponto de cruzamento com zero Quanto menor melhor.
A – momento ótimo de amostragem do sinal, onde há melhor relação S/N
A
Tb = Intervalo intersímbolo
Excursão do sinal, se for elevada,a amplitude do sinal está muito alta (overshoot)
Nível 1
Nível 0
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Exemplo de Avaliação
Foi implementado um circuito de comunicação simulado utilizando o programa LTSpice-IV. Trata-se de um sistema de comunicação digital de 250 bps utilizando modulação FSK. A alteração no canal foi feito alterando o parâmetro Q do canal de comunicação na simulação (não confundir com o fator Q do sinal ), que gerou deterioração do sinal. O sinal deteriorado pode ser visualizado no domínio do tempo e através do diagrama de olho.
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Diagramas Obtidos
Canal com Q=0.1
Canal com Q=1 Canal com Q=5
Canal com Q=0.5
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Diagramas Obtidos• O sinal (analógico) mostrado foi obtido na
entrada do Schmitt Trigger e nota-se a maior incidência de variações no sinal ao aumentar o valor de Q do canal
• Aumentando o Q do canal, aumentam as oscilações no sinal (como num oscilador), o que aumenta a probabilidade de erros (BER). Efeito similar ocorre ao variar a resistência de terminação de uma linha de transmissão
• O diagrama de olho foi obtido superpondo o mesmo sinal repetidas vezes na mesma escala de tempo e de maneira sincronizada, com cada símbolo gerado no transmissor
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Análise do Diagrama de Olho
Va Vm Vb
Tb
Jt
Tb = 4,0 msJt = 0,2 ms
Va = 60 mVVm = 52 mVVb = 44 mV
Analisando os limites de amplitude (linhas cheias) e valores médio superior e inferior (tracejados infer ior e superior), nota-se a simetria no sinal, em relaçã o a linha média central (magenta).
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Análise do Diagrama de Olho
• Calculando o valor de Q, da equação [3]:
• Calculando o valor de BER, da equação [5]:
• Calculando o Jitter relativo:
( )( ) ( ) ( ) 25,3
44602
522
2
2 =−×
×=−
=+−
=ba
m
basetop
basetop
VV
VVVQ
σσ
( ) ( )0006243,0
225,32
225,32 22
=×
=≅−−
ππe
Q
eBER
Q
%505,04
2,0% ====
pT
JtJ
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Referências
[1] Sklar, Bernard Digital Communications -Fundamentals and Applications, Prentice Hall
[2] SHF Communication Technologies AG Broadband Communication Signals, Tutorial #3