diagnóstico laboratorial das arboviroses dengue

58
Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela Lívia Caricio Martins, PhD Pesquisadora em Saúde Pública Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas/IEC/SVS/MS

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Page 1: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Diagnóstico Laboratorial das ArbovirosesDengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela

Lívia Caricio Martins, PhDPesquisadora em Saúde Pública

Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas/IEC/SVS/MS

Page 2: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

1954 ------------------------------ 2016Arbovirus

(Arthropod+borne+virus)

DENV, YFV, OROV, MAYV, CHIKV, WNV,

ROCV, SLEV, ZIKV, etc...

Raiva

Arenavirus*

Hantavírus* Filovirus (Ebolavirus)

Robovirus* (Rodent+borne+virus)

SAARB

- Laboratório de Referência Nacional

- Centro Colaborador da OPAS

Page 3: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Arbovírus e síndromes nas Américas

Família

Togaviridae

Flaviridae

Bunyaviridae

Reoviridae

Rhabdoviridae

Vírus

ChikungunyaMayaroMucamboSindbis

Dengue 1, 2, 3 e 4Febre AmarelaZikaNilo OcidentalEncefalite JaponesaRocioSaint LouisBanzi

Apeu, CaraparuNepuyoOropoucheAlenquer, CandiruFebre do Vale RiftFebre hemorragicada Crimeia

ChanguinolaKemerovo

VSVChandipura

Infecção inaparente

Doença febril

Febre exantemática

Febre hemorrágica

Encefalite/Síndromes

Neurológicas

Page 4: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

1) QUAL O PAPEL DO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL?

2) EM PERÍODOS EPIDÊMICOS É POSSÍVEL O

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PARA TODOS OS

CASOS SUSPEITOS?

DIAGNÓSTICO

INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Page 5: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Organização - Macrorregional

Instituto Evandro Chagas - IEC/PA/LRN

LACEN-DF

Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ-RJ

Instituto Adolfo Lutz – IAL-SP

Instituto Aggeu Magalhães - FIOCRUZ-PE

Instituto Carlos Chagas - FIOCRUZ-PR

LACEN-PR

LACEN-PE

Page 7: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Ciclos Enzoóticos da Febre Amarela

Amostras Biológicas: Sangue, soro e fragmento de vísceras

Page 8: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Detecção NS1

Isolamento viral

Detecção RNA

Viremia

IgG - Infecção primária

IgG - secundária

IgM - secundária

IgM - primáriaD.O.

D.O.

Início dos sintomas (dias)

Detecção NS1

Isolamento viral

Detecção RNA

Viremia

IgG - Infecção primária

IgG - secundária

IgM - secundária

IgM - primáriaD.O.

D.O.

Início dos sintomas (dias)

Resposta Imune para Dengue

Page 9: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

RESPOSTA IMUNE PARA ZIKA

- VIROLÓGICO: Genoma, antígeno e isolamento viral

- SOROLÓGICO: anticorpos IgM, IgG

Fonte: Adaptado de Sullivan Nicolaides Pathology (2014).

Isolamento

viral

Urina

Page 10: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Resposta Imune para Chikungunya

Page 11: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

3 a 4 dias 48 horas 7 a 10 dias

Tempo de duração da doença – 15 a 20 dias

Infecção Remissão Intoxicação

Pe

río

do

s d

a d

oe

a 1a. Fase

2a. Fase

3a. Fase

FASES DA FEBRE AMARELA

Viremia – (pico 2o. ou 3o. dia)

Febre, calafrios

Cefaléia, mialgia

Dor lombar

Hepatomegalia

Dor abdominal

Surgem os anticorpos

Desaparece a viremia

Volta a febre, Icterícia se instala,

Insuficiência renal aguda,

Manifestações hemorrágicas,

Coma, choque, óbito

Page 12: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Cagliot C et al NEWMICROBIOLOGICA 36, 211-227, 2013

PATOGENESE DA INFECÇÃO PELO CHIKUNGUNYA

Page 13: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Patogênese da Febre Amarela

Dia 0 Dia 1-2 Dia 2-4 Fígado

Hepatócitos

Dia 9-11

Dia 9-11

Necrose Tubular

Hipotensão

Coração

Dia2-3

Célulasdendríticas

Viremia

CélulasKupffer Dia 4-5Coração

Hepatócitos

Hepatócitos

HepatócitosApoptóticos

Necrose Mediozonal

Dia 5-7

Dano microvascular

Rim

Baço

Dia 8-10

Icterícia

Apoptosefocal Falência renal Liberação

viralCD4+CTL

HepatócitosApoptóticos

Choque, anoxia, acidose metabólicaMORTE

Hematemese

HipotensãoHemorrágica

Fonte: Adaptado de Monath, 2001

Page 14: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

MÉTODOS LABORATORIAIS INESPECÍFICOS

- Hemograma (Plaquetopenia, hematócrito, leucopenia)

- Dosagem sérica de AST/TGO e ALT/TGP

- Dosagem sérica de bilirrubinas direta/indireta

- Dosagem de ureia e creatinina

- Dosagem sérica de lactato desidrogenase e outros

marcadores de atividade inflamatória (proteína C reativa,

ferritina)

- Dosagem albumina sérica

-Velocidade de Hemossedimentação (VHS)

- Fatores de Coagulação

Page 15: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Ultrasound Obstet Gynecol 2016; 47: 6–7

Oliveira Melo, A. S., Malinger, G., Ximenes, R.,

Szejnfeld, P. O., Alves Sampaio, S. and Bispo

de Filippis, A. M

Duas mulheres grávidas (PB) diagnosticadas com microcefalia fetal tendo relatado

sintomas relacionados com a infecção pelo vírus Zika. Embora ambos os pacientes

tiveram resultados de sangue negativos para o vírus Zika, a amniocentese e a

subsequente RT-PCR em tempo real (FIOCRUZ/RJ) foi positivo para ZIKV. A análise

do sequenciamento identificou o genótipo asiático.

Page 16: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DENGUE

SÍNDROME

FEBRIL

SÍNDROME

EXANTEMÁTICA

SÍNDROME

HEMORRÁGICA

DOENÇA DE CHAGAS

MALÁRIA

HEPATITE VIRAL

LEPTOSPIROSE

MENINGITE

SARAMPO

FEBRE CHIKUNGUNYA

ESCARLATINA

EXANTEMA SÚBITO

RUBÉOLA

ENTEROVIROSES

ZIKA

MENINGOCOCCEMIA

SEPTICEMIA

PTI

FEBRE AMARELA

MALÁRIA GRAVE

LEPTOSPIROSE

Page 17: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Diagnóstico Laboratorial Específico– Isolamento Viral e/ou detecção do genoma: RT-PCR,

RT-PCR em Tempo Real, Cultura de células;

– Imuno-histoquímica: Detecção do antígenos virais oucomplexo vírus-IgM em amostra de tecidosformalizados.

– Histopatológico: Análise de órgãos pós-morte (tecidoformalizado)

– Sorológico: MAC-ELISA: anticorpos IgM a partir do 6°dia de doença; repetido após 14 dias, se a primeira amostra for negativa. ELISA IgG/Inibição da hemaglutinação: determinação de infecção passada, resposta secundária e inquéritos epidemiológicos

Page 18: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Diversos fatores podem

interferir no resultado final do

diagnóstico

INTERFERENCIAS

Page 19: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

– Soro;

– LCR;

– Sangue;

– Vísceras;

– Urina

– Saliva

AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Page 20: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Instruções para armazenamento e encaminhamento de amostras para

Diagnóstico Laboratorial

Tipo de diagnósticoTipo de material Armazenamento e conservação

Acondicionamento e

transporte

RT-qPCR

Urina Utilizar tubo frasco estéril, resistente à temperatura com tampa

de rosca e anel de vedação. Rotular o tubo com o nome do

paciente, data da coleta e tipo de amostra.

Conservar em freezer a -20ºC ou - 70ºC (preferencialmente) até

o envio ao laboratório.

Acondicionar em caixa de

transporte de amostra

biológica

(categoria B UN/3373)

com gelo seco.

Sangue/soro

Sorologia Sangue/soro

Utilizar tubo frasco estéril, com tampa de rosca e anel de

vedação. Rotular o tubo com o nome do paciente, data da coleta

e tipo de amostra.

Conservar em freezer a -20ºC.

Acondicionar em caixa de

transporte de amostra

biológica

(categoria B UN/3373)

com gelo seco

ou

com gelo reciclável (gelox).

RT-qPCR

Vísceras

Utilizar tubo plástico estéril sem NENHUM tipo de conservante

(seco), resistente à temperatura ultra baixa com tampa de rosca

e boa vedação. Colocar o fragmento de cada víscera em tubos

separados. Rotular os tubos com o nome do paciente, data de

coleta e tipo de víscera.

Conservar em freezer a -20 ou -70ºC (preferencialmente) até o

envio para o laboratório.

Acondicionar em caixa de

transporte de amostra

biológica

(categoria B UN/3373)

com gelo seco.

Histopatológico

e

Imuno-histoquímica

Utilizar frasco estéril, com tampa de rosca, contendo formalina

tamponada a 10%. Rotular com o nome do paciente, data da

coleta e tipo de amostra.

Conservar em temperatura ambiente.

Acondicionar em caixa de

transporte de amostra

biológica

(categoria B UN/3373)

SEM GELO.

Page 21: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Temperatura, Resultado Positivo do Vírus e IgM Antidengue, por Dia de Febre

Adaptado da Figura 1 em Vaughn e outros., J Infect Dis, 1997; 176:322-30.

IgM

do

Den

gu

e (

un

idad

es d

e E

IA)

IgM do DengueTemperatura Máx. Média Vírus

Dia de Febre

0

20

40

60

80

100

% P

osit

ivo

do

Vir

us

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6

39.5

39.0

38.5

38.0

37.5

37.0

Tem

pera

tura

(g

rau

s C

els

ius) 300

150

0

75

225

Page 22: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Diagnóstico a partir de amostras de vetores

Page 23: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Isolamento Viral

Recuperação de agentes virais a partir de fluidos

orgânicos;

Pode ser realizado em cultura de células e

camundongos recém-nascidos.

Cultura de células Camundongos recém-nascidos

Page 24: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Culturas de Células

C6/36 VERO

-Dengue;

-Febre Amarela;

-CHIK, Mayaro;

- Zika

-Vetores-dengue

-Febre Amarela;

- CHIK, Mayaro;

-Oropouche;

- Zika

-Vetores- outros arbovírus

CÉLULA

VÍRUS

RECEPTOR CELULAR

Susceptibilidade celular

Page 25: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

ISOLAMENTO VIRAL - Cultura de Células

- Cultura Celular (NB3)

- Camundongo recém-nascido (NBA3)

50 μm50 μm

IDENTIFICAÇÃO VIRAL

Acervo de 210 FAI- arbovírus e

outros vírus de vertebrados

- IF

- FC

- IH

- SN

- Pirosequenciamento

1

0

μ

m

Page 26: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

ISOLAMENTO VIRAL

DIFICULDADE PARA ISOLAMENTO DO VZIK

Vírus viáveis

- Viremia curta (3 dias)

- Termolabilidade (50%)

- Temperatura – fator crítico

- 13 cepas do ZIKV

10 sangue

1 soro

2 vísceras - óbito

Page 27: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Diagnóstico Laboratorial Específico

Page 28: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

ECP em VERO – ZIKV (100x) ECP em C6/36 – ZIKV (100x)

IFI positiva em C6/36 – ZIKV (100x)Fonte: Eliana Silva – SAARB/IEC/SVS

ISOLAMENTO VIRAL

Page 29: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

DETECÇÃO DO GENOMA VIRALRT-qPCR

RT-PCR

Page 30: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

PCR em Tempo Real X PCR convencional

PCR convencional PCR em Tempo Real

Padronização Difícil Fácil

Sensibilidade/Especificidade Baixa Alta

Resolução Baixa (gel) Alta (lazer)

Quantificação Limitada (padrão de

peso molecular)

Precisa (qPCR

quantitativo)

Discriminação dos amplicons Por tamanho Fluoróforo distintos (FAN,

VIC, TED ...)

Automação Não automatizado Automatizado

Resultados Qualitativos Qualitativo /Quantitativo

Contaminação laboratorial Alta Baixa (sistema fechado)

Tempo de execução 3 – 6 horas 1 – 2 horas

Aparelho Termociclador Real Time

Custo do Teste Moderado Elevado (sondas)

Page 31: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Laboratórios capacitados na técnica de RT-qPCR

Page 32: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

DETECÇÃO DO GENOMA VIRAL – RT-qPCR

- Extração do RNA viral

- Triagem: VZIK ENV – mais sensível

- Confirmação: VZIK NS5

Target: Env Target: NS5

Page 33: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Genoma RNA (polaridade positiva, ~ 11 kb)

Envelope viral com proteinas M e E

Nucleocapsideo - composto de RNA viral e proteina C

Genoma e Alvos Gênicos do RT-PCR e RT-qPCR

5`- -3`

C prM E

NS1 NS2

NS2a NS2b

NS3

NS4bNS4a

NS4 NS5

70-100 nt

300-600 nt

Estrutural

Não estrutural

RT-qPCR – VFA selvagem

e Vacinal

RT-PCR – Diferenciação da

cepa vacinal e selvagem

Page 34: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

34

G3 G2 G1

F3 F2 F1

e3

e2

e1

D

C

b4 b3 b2

b1 lsh1

lsh2

lsh3

lsh4

PK1

PK2

PK3

A

E

B

LSH

G3 G2 G1

F3 F2 F1

e3

e2

e1

D

C

b4 b3 b2

b1 lsh1

lsh2

lsh3

lsh4

PK1

PK2

PK3

A

E

B

LSH

G3 G2 G1

F3 F2 F1

e3

e2

e1

D

C

b4 b3 b2

b1 lsh1

lsh2

lsh3

lsh4

PK1

PK2

PK3

A

E

B

LSH

West African

East African

South American

G3 G2 G1

F3 F2 F1

e2

e1

D

C

b4 b3 b2

b1 lsh1

lsh2

PK1

PK2

PK3

A

E

B

LSH

G3 G2 G1

F3 F2 F1

e2

e1

D

C

b4 b3 b2

b1 lsh1

lsh2

PK1

PK2

PK3

A

E

B

LSH

A

E

B

LSH

A

E

B

LSH

lsh3

lsh4

e3

17D vaccine

[Proutski, 1997]

Variações da 3`RNC

Page 35: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Dados genéticos

Não temos apenas um amontoado de dados

Análise metagenômica

Análise genômica

Page 36: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Filogenia-DENVGenotype

Page 37: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

• Em relação ao Vírus Dengue (sorotipo 4)

– Identificação de co-circulação de genótipo Asiático

– Diferentes portas de entrada no Brasil

– Complexo padrão de dispersão

Source: Nunes et al. 2012, EID accepted 2012 Fonte: IEC/SVS/MS

Page 38: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

- Virológico: detecção de antígeno viral (IHQ)

Legenda

Fase sólida (lâmina)

Antígeno

Anticorpo

Substrato

Antígenos detectadosTecido hepático: seta indicando

áreas com antígenos específicos.

Conjugado (peroxidase)

- Histopatológico: Analisar as alterações característicasna infecção viral

Page 39: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Figura 01 – Aspectos histopatológicos e imunohistoquímica para febre amarela. (A) Lesão médio-zonalcaracterística. (B) Corpúsculos de Councilman (apoptose) no ácino hepático. (C) Área de necrose líticade hepatócitos ( ) e esteatose microgoticular ( ) (D) Espaço-porta com moderado infiltradodesproporcional ao grau de comprometimento acinar e constituído predominantemente pormononucleares. (E) Trama de reticulina preservada mostrando ausência da formação de septos emanutenção da arquitetura tecidual do fígado. (F) Imunohistoquímica para febre amarela mostrandoárea positiva no espaço-porta.

A B

C D

E F

Page 40: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

a b c

d e

Immunohistochemistry of Case 1. A, B and C -

Areas expressing ZIKV antigens in the brain,

especially in the neuronal bodies with (arrows) and

without (arrow heads) nucleus and proximal

dendrites. D - ZIKV antigens observed in pulmonary

alveoli (elipses). 2E - ZIKV antigens observed

in myocardial tissue (rectangles).

Dados submetidos a publicação

Fonte: Marialva Araújo - SAAP

Óbito paciente adulto – encefalite viral

Page 41: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

g

h i

f

IMUNOHISTOQUÍMICAÓbito paciente adulto

(continued): Immunohistochemistry of Case 1. F and G - ZIKV antigens observed in hepatocytes (rectangle). H and I - ZIKV antigens

in epithelia of renal tubules (circles).

Dados submetidos a publicação

Fonte: Marialva Araújo - SAAP

Page 42: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Reação cruzada entre

Flavivirus circulantes

DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO

Fonte: biomedicinabrasil.com/2013

Page 43: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Flavivirus x Brasil Bussuquara virus (BSQV)

Cacipacoré virus (CPCV)

Dengue virus (VDENV)

• VDEN-1

• VDEN-2

• VDEN-3

• VDEN-4

Yellow fever virus (YFV)

Rocio virus (ROCV)

Iguape virus (IGUV)

Ilhéus virus (ILHV)

Naranjal virus (NJLV)

West Nile virus (WNV)

Zika virus (ZIKV)

Page 44: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Resposta primária

a flavivírus

Resposta

secundária a

flavivírus

Fonte: http://www.zikavirus.com.br/

Page 45: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Anticorpo específico Anticorpo não específico

Antígeno Hemácias de Ganso

Inibição da Hemaglutinação

Hemaglutinação

EEEV WEEV MAYV MUCV CHIK WNV YFV 17D ILHV DEN4 SLEV DEN2 ROCV DEN1 DEN3 ZIKV TCMV OROV CATV

+ + + + + ≥320 ≥640 ≥640 ≥640 ≥640 ≥1280 ≥1280 ≥1280 ≥640 ≥640 ≥1280 + + +

+ + + + + ≥320 ≥640 ≥640 ≥640 ≥640 ≥1280 ≥1280 ≥1280 ≥640 ≥640 ≥1280 + + +

+ + + + + 20 20 40 80 20 20 20 + 40 20 20 + + +

+ + + + + ≥320 ≥640 ≥640 ≥640 ≥640 ≥1280 ≥1280 640 320 ≥640 ≥1280 + + +

+ + + + + + 20 20 40 20 20 20 + 20 20 + + + +

+ + + + + 80 320 160 ≥640 80 160 320 20 ≥640 320 640 + + +

20 20 80 40 320 ≥320 ≥640 ≥640 ≥640 ≥640 ≥1280 640 320 ≥640 ≥640 640 + + +

+ + + + + ≥320 ≥640 ≥640 ≥640 ≥640 ≥1280 ≥1280 320 320 ≥640 ≥1280 + + +

- Sorológico: Teste de Inibição da Hemaglutinação (IH)

- Painel 19 tipos diferentes de ArbovírusGênero Alphavirus Gênero Flavivirus Gênero Orthobunyavirus

Page 46: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Anti-IgM humanaIgM humana (soro do paciente)AntígenoConjugado ( peroxidase)Substrato (Sistema ABTS)

Microplaca para teste de ELISA

DENV FA ZIK ZIK ILH VNO SLE ROC CCN CONCLUSÃO

-0.169 -0.164 -0.207 NEG

NEG NEG POS 0.534 -0.007 -0.019 -0.030 -0.091 -0.123 ZIKA

NEG NEG POS 1.133 2.247 1.264 0.590 0.825 -0.122 FLAVI/INDETERM

POS POS POS 1.203 0.429 0.561 0.624 0.841 -0.079 FLAVI/INDETERM

Reatividade cruzada com outros Flavivírus

Detecção de anticorpos IgM Ensaio imunoenzimático (ELISA)

Page 47: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

ELISA IgM para Flavivírus

Caso com amostras pareadas:

1º Amostra: isolamento e RT-qPCR positivos para DENV4

2º Amostra: Indeterminada (reação cruzada entre DENV e ZIKAV Fonte: IEC/SVS/MS

23

205

302

6

DENV ZIKAV

Reação

Cruzada

Negativo

536 amostras

104 (DEN, ZIK)

44 (DEN, FA, ZIK)

21 (DEN, FA)

13 (FA, ZIK)

4 (ILH, ZIK)

2 (ZIK, ROC)

1 (DEN, FA, SLE)

1 (DEN, ZIK, SLE)

1 (DEN, ZIK, SLE, FA)

1 (ILH, DEN)

1 (ILH, ROC, FA)

1 (SLE, VNO, ZIK)

1 (SLE, ZIK)

DENV FAV ZIKAV ILHV ROCV WNV

Page 48: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

N=573

DEN

21%

ZIKA

27%

DEN/ZIKA

52%

ELISA – anticorpos IgM

VNO

23%

SLE

27%

Ilheus

33%

Roc

17%

N=53

Diferença entre OD de 3X

Page 49: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

VKR

VEMV

VUSU

84,9% (0,97)

VEJ

VALFUY

87,9% (0,82)

VNO

100% (1)

VESL

76,6% (0,96)

VROC

VILH

100%

91,3% (1)

VBAG

100% (1)

VKOK

VBSQ

VIGU

91,3%

95,5% (1)

VDEN1

VDEN3

100% (1)

VDEN2

92,8% (0,83)

VDEN4

100% (0,94)

VZIK

85% (0,80)

VKED

79,4% (0,81)

99,8% (1)

VSEP

VWES

100% (1)

VFA

100% (1)

VTBE

VLI

VOHF

VLGT

98,6% (0,99)

VPOW

VRB

VMML

88% (0,90)

VMOD

91,6% (0,98)

VAPOI

77,6%

VCFA

I

III

II

V

IV

Flavivírus

transmitidos por

carrapatos

Agentes Zoonóticos

com vetores

desconhecido

Flavivírus

de insetos

VI

VII

VIII

IX

Flavivírus

transmitidos

por mosquitos

100% (1)

100% (1)

100% (0,95)

100% (1)

100% (1)

VKR

VEMV

VUSU

84,9% (0,97)

VEJ

VALFUY

87,9% (0,82)

VNO

100% (1)

VESL

76,6% (0,96)

VROC

VILH

100%

91,3% (1)

VBAG

100% (1)

VKOK

VBSQ

VIGU

91,3%

95,5% (1)

VDEN1

VDEN3

100% (1)

VDEN2

92,8% (0,83)

VDEN4

100% (0,94)

VZIK

85% (0,80)

VKED

79,4% (0,81)

99,8% (1)

VSEP

VWES

100% (1)

VFA

100% (1)

VTBE

VLI

VOHF

VLGT

98,6% (0,99)

VPOW

VRB

VMML

88% (0,90)

VMOD

91,6% (0,98)

VAPOI

77,6%

VCFA

I

III

II

V

IV

Flavivírus

transmitidos por

carrapatos

Agentes Zoonóticos

com vetores

desconhecido

Flavivírus

de insetos

VI

VII

VIII

IX

Flavivírus

transmitidos

por mosquitos

100% (1)

100% (1)

100% (0,95)

100% (1)

100% (1)

VEMV

VALFUY

VEJ

VUSU

100% (1)

VNO

VESL

79,3% (0,83)

VROC

VILH

100% (1)

VBAG

89,6% (0,98)

100% (1)

VIGU

VBSQ

100% (1)

VKOK

87,4% (0,93)

VZIK

VKED

97,2% (1)

72,3% (0,90)

VDEN3

VDEN1

100% (1)

VDEN2

99,7% (1)

VDEN4

100% (1)

100% (1)

VSEP

VWES

VFA

100% (1)

VLI

VTBE

VOHF

VLGT

VPOW

VMML

VRB

99,7% (1)

VMOD

VAPOI

95,8% (1)

VKR

VCFA

100% (1)

Agentes Zoonóticos

com vetores

desconhecido

Flavivírus

de insetos

Flavivírus

transmitidos por

carrapatos

Flavivírus

transmitidos

por mosquitos

I

II

III

IV

V

VI

VIII

IX

VII

65,8% (1)

Cu

lex

neuro

tróp

icos

Aedes

vis

ce

ro

tróp

icos

GRUPOCLADO

(0,81)

(0,88)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

VEMV

VALFUY

VEJ

VUSU

100% (1)

VNO

VESL

79,3% (0,83)

VROC

VILH

100% (1)

VBAG

89,6% (0,98)

100% (1)

VIGU

VBSQ

100% (1)

VKOK

87,4% (0,93)

VZIK

VKED

97,2% (1)

72,3% (0,90)

VDEN3

VDEN1

100% (1)

VDEN2

99,7% (1)

VDEN4

100% (1)

100% (1)

VSEP

VWES

VFA

100% (1)

VLI

VTBE

VOHF

VLGT

VPOW

VMML

VRB

99,7% (1)

VMOD

VAPOI

95,8% (1)

VKR

VCFA

100% (1)

Agentes Zoonóticos

com vetores

desconhecido

Flavivírus

de insetos

Flavivírus

transmitidos por

carrapatos

Flavivírus

transmitidos

por mosquitos

I

II

III

IV

V

VI

VIII

IX

VII

65,8% (1)

Cu

lex

neuro

tróp

icos

Aedes

vis

ce

ro

tróp

icos

GRUPOCLADO

(0,81)

(0,88)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

100% (1)

Região Estrutural (C-PrM-E)Região codificante (ORF)

Medeiros, 2009

Page 50: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

PRNT / TN em camundongos recém-nascidos

- Confirmação para os achados sorológicos, devido maior especificidade

do teste;

- Contudo, ocorrem resultados inconclusivos (cruzamento sorológico)

F

Diluições da amostra de soro do

paciente são incubadas com

quantidades definidas dos vírus.

Fonte: Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.

Page 51: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

DESAFIOS

- Ampliação e capacitação da rede de diagnóstico

laboratorial;

- Produção e validação de testes rápidos (virológicos e

sorológicos);

- Revalidar os kits utilizados para diagnóstico de dengue

apoós entrada do Zika;

- Padronização dos protocolos utilizados para o

diagnóstico;

- Controle de qualidade

Page 52: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Diagnóstico do vírus ZikaPrimeira escolha: teste rápido anti-Zika IgM/IgG

(Imunocromatografia)

Confirmação com sorologia IgM ou IgG (alta especificidade)

Parâmetros (INCQS):

Sensibilidade IgM =

97%

Sensibilidade IgG =

100%

Especificidade IgM =

96%

Especificidade IgG =

98%

Page 53: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

Diagnóstico do vírus Zika/Chikungunya

Parâmetros da Sorologia IgM

Euroimmun (INCQS):

Sensibilidade 97%

Especificidade 100%

Parâmetros da Sorologia IgG

Euroimmun (INCQS):

Sensibilidade 98,2%

Especificidade 88,2%

Page 54: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

-Países da América do Sul: Bolívia, Equador, Paraguai e Peru;

- Laboratórios sentinelas: IAL, FIOCRUZ-PE, FIOCRUZ-PR, FIOCRUZ-RJ

Treinamento promovido pela OPAS/OMS

Page 55: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

STATUS DOS EXAMES SOLICITADOS:

Resultado Liberado = 14.860 (79,8%)

Resultado em Análise = 1.944 (12,3%)

Resultado Cadastrado = 686 (4,3%)

Aguardando Triagem = 1.136 (7,1%)

Total Exames = 18.626

306

4487

4606

1698390

98558

3344

1352617

QUANTITATIVO DE EXAMES SOLICITADOS PARA SAARB DISTRIBUIDOS POR AGRAVO, JAN/2015 A DEZ*/2015

Febre Amarela

Dengue

Chikungunya

Zika

Mayaro

Nilo ocidental

Oropouche

Pesquisa de Arbovírus

Hantavírus

Raiva

*Dados obtidos até o dia 09/12/15.

Fonte: Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL)

Page 56: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

2013 2014 Dez*/2015

IH ELISA IgM Arbo Isolamento Viral RT-qPCR ELISA IgM/IgG Hantavírus Raiva

EXAMES REALIZADOS PELA SAARB NOS ANOS DE 2013, 2014 DEZ*/2015.

Demanda em 2013 = 10.278 exames; em 2014= 14.005 exames; Dez*/2015 = 18.626 exames.

Em 2014 houve aumento da demanda de 36,3% em relação a 2013.

Em 2015 aumento da demanda de 33% em relação a 2014 e de 81,2% em relação a 2013.

DEN

FA

MAY

ORO

DEN

FA

MAY

ORO

CHIK (Set/14)

VNO (Ago/14)

DEN

FA

MAY

ORO

CHIK

VNO

ZIK

*Dados obtidos até o dia 09/12/15.

Fonte: Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL)

2016: 35.000

2016: 13.000

RT-qPCR

Page 57: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue
Page 58: Diagnóstico Laboratorial das Arboviroses Dengue

INSTITUTO EVANDRO CHAGAS – CAMPUS ANANINDEUASEÇÃO DE ARBOVIROLOGIA E FEBRES HEMORRÁGICAS

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