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Diagnóstico da Gestão Ambiental Municipal nos
Municípios Vinculados à Base Local Tailândia
Contrato n.º: 010/2015-NEPMV
Objeto da Contratação: Contratação de empresa
especializada na realização de serviço de
monitoramento ambiental e monitoramento de
projetos, objetivando o fortalecimento da Gestão
Ambiental Municipal através do Projeto Municípios
Verdes/ Fundo Amazônia e os Pactos Locais
firmados pelo Programa Municípios Verdes –
NEPMV e os municípios Paraenses.
Contratada: Floram Engenharia e Meio Ambiente –
Ltda.
Produto: 7 – Diagnóstico da Gestão Ambiental
Municipal nos Municípios vinculados à Base Local
Tailândia.
Fevereiro/2017
FICHA TÉCNICA
IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATO
Número do contrato: 010/2015 – NEPMV
Objeto da contratação: Contratação de empresa especializada na realização de serviço de monitoramento
ambiental e monitoramento de projetos, objetivando o fortalecimento da Gestão Ambiental Municipal através do
Projeto Municípios Verdes/ Fundo Amazônia e os Pactos Locais firmados pelo Programa Municípios Verdes –
NEPMV e os municípios Paraenses.
Contratante: Núcleo Executor do Programa Municípios Verdes
Contratado: Floram Engenharia e Meio Ambiente Ltda.
Produto: 7 – Diagnóstico da Gestão Ambiental Municipal nos Municípios vinculados à Base Local Tailândia.
IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL LEGAL PELO PRODUTO (CONTRATADA)
Razão social Floram Engenharia e Meio Ambiente Ltda.
CNPJ: 02.479.401/0001-00
Inscrição Estadual: 010.775.497
Endereço: Rua 23 de Maio n° 140 – Centro – Eunápolis/BA
CEP: 45820-075
Telefone: (73) 3281-3190
Representante legal: Paulo Tarcísio Cassa Louzada
E-mail: [email protected]
EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL
ESTA EQUIPE PARTICIPOU DA ELABORAÇÃO DO PRODUTO E RESPONSABILIZA-SE
TECNICAMENTE POR SUAS RESPECTIVAS ÁREAS
Paulo Tarcísio Cassa Louzada:
Eng. Agrônomo, MBA Internacional em Meio Ambiente e Mestre em Solos CREA/MG 34.536/D / Responsável Legal / [email protected] Augusto Luciani Carvalho Braga:
Biólogo, MBA em Gestão Empresarial, Especializando em Direito Ambiental e Mestre em Ecologia Aplicada CRBio 44.253/04-D / Coordenação técnica e produção de relatórios / [email protected] Samira Kuwar:
Eng. Florestal, Especialista em Auditoria e Perícia Ambiental CREA/RS 149889 / Coordenação setorial e produção de relatórios / [email protected]
EQUIPE DE APOIO TÉCNICO
Andréa de Oliveira Mesquita:
Bióloga. Mestre em Ecologia Aplicada. CRBIO 62643/04D / Produção de relatórios / [email protected] Isabel Mascarenhas Oliveira:
Geógrafa, Mestre em Ecologia Aplicada. Crea 89.145/D/ Produção de Relatórios / [email protected] Caroline Pinheiro:
Engenheira Florestal. Mestre em Produção Vegetal. CREA/BA 53405 / Produção de relatório / [email protected] Hybsen Silva Pinheiro:
Engenheiro Agrônomo CREA/BA 52.626/D / Geoprocessamento e análise espacial / [email protected] Ticiane Viana:
Engenheira Florestal CREA/BA 77993 / Produção de relatório / [email protected] Eduarda Gabriela Santos Cunha:
Engenheira Florestal, Mestre em Ciência Florestal / CREA/BA 84660/ Produção de relatório / [email protected] Desirée Antéia Jastes Fernandes
Engenheira Florestal, Mestre em Ciências Ambientais / Técnico de referência na base local / [email protected]
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................ 13
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 15
OBJETIVO .................................................................................................................................................... 21
METODOLOGIA ........................................................................................................................................... 23
Área de Estudo ........................................................................................................................................ 23
Métodos ................................................................................................................................................... 26
Elaboração do Questionário On-line .............................................................................................. 26
Aplicação e Preenchimento do Questionário ................................................................................. 27
Tabulação e Análise dos dados ..................................................................................................... 29
DIAGNÓSTICO DA GESTÃO AMBIENTAL MUNICIPAL ............................................................................. 31
Principais Atividades/ Ações da Gestão Ambiental Municipal de Goianésia do Pará .............................. 31
Identificação do Município .............................................................................................................. 31
Sistema Municipal de Meio Ambiente ............................................................................................ 31
Legislação Ambiental ........................................................................................................... 32
Conselho Municipal de Meio Ambiente ................................................................................ 33
Recursos Financeiros ........................................................................................................... 34
Fundo Municipal de Meio Ambiente ................................................................................. 34
Recursos Financeiros do Órgão Municipal de Meio Ambiente ........................................ 34
Licenciamento Ambiental Municipal ..................................................................................... 35
Atividades Impactantes .................................................................................................... 36
Campanhas de Educação Ambiental ................................................................................... 38
Estrutura do Órgão Municipal de Meio Ambiente ........................................................................... 38
Infraestrutura e equipamentos .............................................................................................. 38
Equipe da Secretaria ............................................................................................................ 40
Instrumentos para o controle do desmatamento ............................................................................ 41
Programa de Regularização Ambiental (PRA) ............................................................................... 42
Instrumentos de Cooperação ......................................................................................................... 43
Contribuições do PMV para a Gestão Ambiental Municipal ........................................................... 43
Boas práticas, inovações da gestão e outras políticas ambientais implementadas ....................... 45
Principais Atividades/ Ações da Gestão Ambiental Municipal de Igarapé-Miri ........................................ 46
Identificação do Município .............................................................................................................. 46
Sistema Municipal de Meio Ambiente ............................................................................................ 46
Legislação Ambiental ........................................................................................................... 47
Conselho Municipal de Meio Ambiente ................................................................................ 48
Recursos Financeiros ........................................................................................................... 49
Fundo Municipal de Meio Ambiente ................................................................................. 49
Recursos Financeiros do Órgão Municipal de Meio Ambiente ........................................ 49
Licenciamento Ambiental Municipal ..................................................................................... 50
Atividades Impactantes .................................................................................................... 51
Campanhas de Educação Ambiental ................................................................................... 53
Estrutura do Órgão Municipal de Meio Ambiente ........................................................................... 53
Infraestrutura e equipamentos .............................................................................................. 53
Equipe da Secretaria ............................................................................................................ 55
Instrumentos para o controle do desmatamento ............................................................................ 56
Programa de Regularização Ambiental (PRA) ............................................................................... 56
Instrumentos de Cooperação ......................................................................................................... 57
Contribuições do PMV para a Gestão Ambiental Municipal ........................................................... 58
Boas práticas, inovações da gestão e outras políticas ambientais implementadas ....................... 59
Principais Atividades/ Ações da Gestão Ambiental Municipal de Jacundá .............................................. 60
Identificação do Município .............................................................................................................. 60
Sistema Municipal de Meio Ambiente ............................................................................................ 60
Legislação Ambiental ............................................................................................................ 61
Conselho Municipal de Meio Ambiente ................................................................................. 62
Recursos Financeiros ........................................................................................................... 62
Fundo Municipal de Meio Ambiente ................................................................................. 62
Recursos Financeiros do Órgão Municipal de Meio Ambiente ......................................... 63
Licenciamento Ambiental Municipal ...................................................................................... 63
Atividades Impactantes .................................................................................................... 65
Campanhas de Educação Ambiental .................................................................................... 66
Estrutura do Órgão Municipal de Meio Ambiente ........................................................................... 67
Infraestrutura e equipamentos .............................................................................................. 67
Equipe da Secretaria ............................................................................................................ 68
Instrumentos para o controle do desmatamento ............................................................................ 70
Programa de Regularização Ambiental (PRA) ............................................................................... 70
Instrumentos de Cooperação ......................................................................................................... 71
Contribuições do PMV para a Gestão Ambiental Municipal ........................................................... 72
Boas práticas, inovações da gestão e outras políticas ambientais implementadas ....................... 73
Principais Atividades/ Ações da Gestão Ambiental Municipal de Moju .................................................... 75
Identificação do Município .............................................................................................................. 75
Sistema Municipal de Meio Ambiente ............................................................................................ 75
Legislação Ambiental ............................................................................................................ 76
Conselho Municipal de Meio Ambiente ................................................................................. 77
Recursos Financeiros ........................................................................................................... 77
Fundo Municipal de Meio Ambiente ................................................................................. 77
Recursos Financeiros do Órgão Municipal de Meio Ambiente ......................................... 78
Licenciamento Ambiental Municipal ...................................................................................... 79
Atividades Impactantes .................................................................................................... 80
Campanhas de Educação Ambiental .................................................................................... 82
Estrutura do Órgão Municipal de Meio Ambiente ........................................................................... 82
Infraestrutura e equipamentos .............................................................................................. 82
Equipe da Secretaria ............................................................................................................ 84
Instrumentos para o controle do desmatamento ............................................................................ 85
Programa de Regularização Ambiental (PRA) ............................................................................... 86
Instrumentos de Cooperação ......................................................................................................... 87
Contribuições do PMV para a Gestão Ambiental Municipal ........................................................... 87
Boas práticas, inovações da gestão e outras políticas ambientais implementadas ....................... 89
Principais Atividades/ Ações da Gestão Ambiental Municipal de Tailândia ............................................. 90
Identificação do Município .............................................................................................................. 90
Sistema Municipal de Meio Ambiente ............................................................................................ 90
Legislação Ambiental ........................................................................................................... 91
Conselho Municipal de Meio Ambiente ................................................................................ 92
Recursos Financeiros ........................................................................................................... 93
Fundo Municipal de Meio Ambiente ................................................................................. 93
Recursos Financeiros do Órgão Municipal de Meio Ambiente ........................................ 93
Licenciamento Ambiental Municipal ..................................................................................... 94
Atividades Impactantes .................................................................................................... 95
Campanhas de Educação Ambiental ................................................................................... 97
Estrutura do Órgão Municipal de Meio Ambiente ........................................................................... 97
Infraestrutura e equipamentos .............................................................................................. 97
Equipe da Secretaria ............................................................................................................ 99
Instrumentos para o controle do desmatamento .......................................................................... 100
Programa de Regularização Ambiental (PRA) ............................................................................. 101
Instrumentos de Cooperação ....................................................................................................... 102
Contribuições do PMV para a Gestão Ambiental Municipal ......................................................... 102
Boas práticas, inovações da gestão e outras políticas ambientais implementadas ..................... 104
ANÁLISE INTEGRADA DA BASE LOCAL TAILÂNDIA .............................................................................. 105
Secretarias Municipais de Meio Ambiente ............................................................................................. 105
Conselho Municipal de Meio Ambiente.................................................................................................. 111
Recursos Financeiros e Fundo Municipal de Meio Ambiente ................................................................ 113
Legislação Ambiental Municipal ............................................................................................................ 114
Licenciamento Ambiental Municipal e Fiscalização ............................................................................... 116
Educação Ambiental e Participação Social na Gestão Ambiental ......................................................... 123
Gestão Ambiental Compartilhada, Ações de Cooperação e Adesão à Programas ............................... 125
DIFICULDADES E ENTRAVES ................................................................................................................. 133
RECOMENDAÇÕES .................................................................................................................................. 135
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 139
RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO ........................................................................................... 141
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................... 143
ANEXOS .................................................................................................................................................... 145
Lista de Quadros
Quadro 4.1 – E-mails criados para o diagnóstico de gestão ambiental ................................................................. 28
Quadro 5.1- Legislação Municipal relacionada à gestão ambiental do município de Goianésia do Pará. ............. 33
Quadro 5.2 – Atividades impactantes no município de Goianésia do Pará. ........................................................... 37
Quadro 5.3 – Estrutura da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Goianésia do Pará. .................................. 39
Quadro 5.4 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV no município de Goianésia do Pará. ............................................................................................................. 43
Quadro 5.5 - Legislação municipal relacionada à gestão ambiental do município de Igarapé-Miri. ....................... 48
Quadro 5.6 – Atividades impactantes no município de Igarapé-Miri. ..................................................................... 52
Quadro 5.7 – Estrutura da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Pesca e Aquicultura de Igarapé-Miri. ........... 54
Quadro 5.8 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV no município de Igarapé-Miri ........................................................................................................................ 57
Quadro 5.9 - Legislação municipal relacionada à gestão ambiental do município de Jacundá. ............................. 61
Quadro 5.10 – Atividades impactantes no município de Jacundá. ......................................................................... 66
Quadro 5.11 – Estrutura da Secretaria Municipal de e Meio Ambiente e Turismo de Jacundá. ............................ 67
Quadro 5.12 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV no município de Jacundá. ............................................................................................................................. 71
Quadro 5.13 - Legislação municipal relacionada à gestão ambiental do município de Moju. ................................ 76
Quadro 5.14– Atividades impactantes no município de Moju. ................................................................................ 81
Quadro 5.15 – Estrutura da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Moju. ................... 83
Quadro 5.16 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV no município de Moju. ................................................................................................................................... 87
Quadro 5.17 - Legislação municipal relacionada à gestão ambiental do município de Tailândia........................... 92
Quadro 5.18 – Atividades impactantes no município de Tailândia. ........................................................................ 96
Quadro 5.19 – Estrutura da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Tailândia. ............ 98
Quadro 5.20 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV no município de Tailândia ........................................................................................................................... 102
Quadro 6.1 - Análise estatística dos equipamentos disponíveis nas secretarias municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia. ................................................................................................................................. 106
Quadro 6.2- Análise estatística da distribuição dos funcionários disponíveis nas secretarias municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia. ............................................................................................................. 109
Quadro 6.3 - Atendimento às exigências do artigo 8° da Resolução COEMA nº 120/2015 dos municípios licenciadores. .............................................................................................................................................. 121
Quadro 6.4 - Situação dos grupos de combate ao desmatamento dos municípios da Base Local Tailândia. ..... 129
Quadro 6.5 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV nos municípios da Base Local Tailândia. .................................................................................................... 129
Quadro 6.6 - Taxa anual de desmatamento em 2015 nos municípios da Base Local Tailândia. ......................... 130
Quadro 6.7 - Cumprimento das metas do Programa Municípios Verdes (PMV) nos municípios da Base Local Tailândia. .................................................................................................................................................... 130
Lista de Figuras
Figura 4.1 - Localização geográfica dos municípios componentes da Base Local Tailândia. ................................ 25
Figura 5.1 e Figura 5.2 – Salas e equipamentos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Goianésia do Pará. ............................................................................................................................................................. 40
Figura 5.3 e Figura 5.4 – Salas e equipamentos da Secretaria Municipal de e Meio Ambiente e Turismo de Jacundá. ....................................................................................................................................................... 68
Figura 5.5 e Figura 5.6 – Salas e equipamentos da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Moju......................................................................................................................................................... 84
Figura 5.7 e Figura 5.8 – Salas e equipamentos da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Tailândia. ................................................................................................................................................. 99
Figura 6.1 - Disponibilidade de internet e sistemas de computador de interesse ambiental nas secretarias municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia. ............................................................................. 107
Figura 6.2 - Existência de recursos organizacionais nas secretarias municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia. .................................................................................................................................................... 107
Figura 6.3 - Distribuição de funcionários das SEMMAs por área (A); Previsão de realização de concurso público para as SEMMAs (B); Presença de funcionários efetivos nas áreas administrativas (C) e técnicas (D) das SEMMAs. ................................................................................................................................................... 109
Figura 6.4 - Distribuição do quadro de funcionários por áreas de formação profissional ..................................... 110
Figura 6.5- Presença de profissionais com registro no conselho de classe. ........................................................ 111
Figura 6.6 - Composição dos conselhos municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia (A); Periodicidade da realização de reuniões dos conselhos nos últimos 12 meses (B); Resoluções deliberadas pelos conselhos nos últimos 12 meses e desde a criação destes (C); Resoluções deliberadas por cada um dos conselhos nos últimos 12 meses e desde a criação destes (D). ................................................................ 112
Figura 6.7- Fonte de recursos dos sistemas de gestão ambiental municipais ..................................................... 113
Figura 6.8 - Municípios da Base Local Tailândia com leis publicadas sobre temáticas específicas da esfera ambiental. ................................................................................................................................................... 115
Figura 6.9 - Municípios com recursos normativos da Base Local Tailândia. ....................................................... 115
Figura 6.10 - Municípios da Base Local Tailândia que realizam o licenciamento ambiental municipal (A) e que possuem delegação competência do estado para licenciamento (B). ........................................................ 118
Figura 6.11 - Atividades que os municípios da Base Local Tailândia realizam o licenciamento ambiental municipal ................................................................................................................................................................... 119
Figura 6.12 - Classificação de aspectos ambientais quanto à importância para os municípios da Base Local Tailândia. .................................................................................................................................................... 122
Figura 6.13 - Atividades voltadas para a educação ambiental realizadas nos municípios da Base Local Tailândia nos últimos 12 meses. ................................................................................................................................ 124
Figura 6.14 - Espaços que o município utiliza para garantir e estimular a participação social na gestão ambiental. ................................................................................................................................................................... 124
Figura 6.15- Espaços de discussão que o órgão ambiental participa e que possibilita a troca de experiências, a construção e a produção de saberes. ........................................................................................................ 125
Figura 6.16 - Atuação associada aos órgãos estadual e federal de meio ambiente. ........................................... 126
Figura 6.17 – Participação dos MPE na gestão ambiental dos municípios da Base Local Tailândia (A) e tipo de participação (B). ......................................................................................................................................... 127
Figura 6.18 - Gestão ambiental dos municípios da Base Local Tailândia quanto à existência de termos de cooperação (A), convênios (B), consórcio para a gestão ambiental (C) e de execução do PRA (D). ........ 127
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
APA – Área de Proteção Ambiental
APP - Áreas de Preservação Permanente
CAR – Cadastro Ambiental Rural
CF – Constituição Federal
CMMA – Conselho Municipal de Meio Ambiente
COEMA – Conselho Estadual de Meio Ambiente
COGES – Comitê Gestor do Programa Municípios Verdes
CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente
EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará
FMMA – Fundo Municipal de Meio Ambiente
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
IDEFLOR-BIO – Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade
IMAZON – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
LAR – Licenciamento Ambiental Rural
LC – Lei Complementar
MMA – Ministério do Meio Ambiente
MPE – Ministério Público Estadual
MPF – Ministério Público Federal
NEPMV – Núcleo Executivo do Programa Municípios Verdes
ONG – Organização Não Governamental
PDDU – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
PMV - Programa Municípios Verdes
PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental
PPCAD – Plano de Prevenção, Controle e alternativas ao Desmatamento
PRA – Programa de Regularização Ambiental
PRODES - Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal
RL – Reserva Legal
SECTEMA - Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Moju
SECTMA - Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Tailândia
SEMAS – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SEMATUR - Secretaria Municipal de e Meio Ambiente e Turismo de Jacundá
SEMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente
SEMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura, Pesca e Aquicultura de Igarapé-Miri
SISEMA - Sistema Estadual de Meio Ambiente
SISMUMA – Sistema Municipal de Meio Ambiente
SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente
TC – Termo de Compromisso
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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APRESENTAÇÃO
O presente relatório é apresentado em atendimento ao contrato 010/2015
– NEPMV que tem como objeto a realização dos serviços de monitoramento ambiental
e monitoramento de projetos, objetivando o fortalecimento da gestão ambiental
municipal através do Programa Municípios Verdes/Fundo Amazônia, referente ao
Edital de Concorrência 005/2015.
Este relatório tem como base a gestão ambiental municipal realizada pelo
órgão ambiental municipal enquanto ator e gestor do processo. Em vista deste recorte
o diagnóstico pode não abarcar ações de gestão ambiental empreendidas por outros
setores da sociedade civil e/ou governo que possam estar sendo empreendidos nos
municípios ou região, mas que não tem o envolvimento do órgão ambiental municipal.
Esta etapa corresponde ao diagnóstico da gestão ambiental municipal nos
municípios vinculados à Base Local Tailândia, que corresponde ao produto 07 do
contrato 010/2015-NEPMV. O documento encontra-se estruturado em 11 (onze)
capítulos, incluindo esta apresentação que é o Capítulo 1 do relatório e anexos.
No Capítulo 2 de introdução são apresentados conceitos básicos e
históricos importantes para entendimento das atividades desenvolvidas pelo
Programa Municípios Verdes (PMV) e conceitos da gestão ambiental. No Capítulo 3
são apresentados os objetivos do diagnóstico da gestão ambiental municipal.
O Capítulo 4 é referente à metodologia utilizada para organização e
realização do diagnóstico, a qual se estrutura em elaboração de questionário que
embasa o diagnóstico, encaminhamento destes às secretarias e tratamento e análise
dos dados levantados. A etapa de desenvolvimento, contendo o diagnóstico
propriamente dito da gestão ambiental dos municípios integrantes da Base Local é
apresentada no Capítulo 5 e o Capítulo 6 traz a análise integrada global dos dados
destes municípios. No Capítulo 7 são apresentadas as dificuldades e entraves à
elaboração do presente diagnóstico, enquanto no Capítulo 8 são descritas as
principais recomendações para a gestão ambiental dos municípios.
Por fim, as considerações finais são apresentadas no Capítulo 9 e no
Capítulo 10 é apresentada a declaração de responsabilidade sobre o Produto. O
Capítulo 11 traz as referências bibliográficas que subsidiaram a elaboração do
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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relatório. Integra ainda o relatório os anexos contendo os dados tabulados do
questionário de gestão ambiental.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 15
INTRODUÇÃO
O Programa Municípios Verdes foi inspirado na experiência bem-sucedida
do município paraense de Paragominas que, após ter sua história associada à
expansão de atividades econômicas que incentivavam desmatamento, lançou no
começo de 2008 o projeto “Paragominas - Município Verde”, projeto bem-sucedido
que teve objetivo de enfrentar os altos índices de desmatamento a partir da realização
de um pacto local (PMV, 2013).
O Programa Municípios Verdes (PMV), criado em 2011, é um consolidado
programa do Governo do Pará, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado
de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), o Ministério Público Estadual (MPE),
o Ministério Público Federal (MPF), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiento e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), os municípios envolvidos, a sociedade civil,
terceiro setor e a iniciativa privada.
O principal objetivo do PMV é combater o desmatamento e fortalecer a
produção rural sustentável por meio de ações estratégicas de ordenamento ambiental
e fundiário, com foco no estabelecimento de pactos locais contra o desmatamento, na
implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e na estruturação da gestão
ambiental municipal (PMV, 2016). O primeiro passo para a adesão ao PMV é a
assinatura pelo município do Termo de Compromisso (TC) com o Ministério Público
Federal (MPF), visando dar estabilidade jurídica e política ao programa (PMV, 2013).
Dos cento e quarenta e quatro municípios do estado do Pará, 107 já tiveram sua
adesão consolidada ao programa, superando a meta do PMV de atingir 100
municípios em 2015 (PMV, 2016).
Ao assinar o TC, o município se compromete a cumprir um conjunto de
metas, a serem monitoradas e validadas pelo PMV, e passa a estar habilitado a
receber benefícios como o desembargo ambiental, incentivos fiscais e passa a ter
prioridade na alocação dos recursos públicos estaduais, nos termos da Resolução nº
01/2012 do Comitê Gestor do PMV. São sete as metas a serem cumpridas, as quais:
(1) Celebrar o pacto local contra o desmatamento com a sociedade e governos locais;
(2) Criar o grupo de trabalho municipal de combate ao desmatamento ilegal; (3)
Realizar as verificações em campo dos focos de desmatamento ilegal e reportar ao
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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programa; (4) Manter a taxa anual de desmatamento abaixo de 40 Km² (com base nos
critérios do PRODES/INPE); (5) Possuir mais de 80% da área municipal cadastrada
no Cadastro Ambiental Rural (CAR); (6) Não fazer parte da lista dos municípios que
mais desmatam na Amazônia e (7) Ter sua gestão ambiental minimamente
estruturada (PMV, 2013).
Para auxiliar os municípios a cumprirem as metas acima citadas, o PMV
busca viabilizar ações que contribuam efetivamente para o fortalecimento e
estruturação dos sistemas municipais de meio ambiente. O PMV estimula o município
a garantir uma gestão ambiental adequada, através da qual se permita o
compartilhamento das decisões entre os vários segmentos da sociedade,
privilegiando os múltiplos olhares na proteção ambiental e a formação da cidadania
ambiental. Nesse sentido a gestão ambiental, deve embasar-se em processos efetivos
de formulação e implementação de uma política capaz de garantir diretrizes e normas
para ações eficientes e eficazes.
A gestão administrativa descentralizada está prevista na Constituição
Federal de 1988 que afirma em seu artigo 18° que a organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil é constituída pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, todos detentores da capacidade de auto-organização e
normatização própria, autogoverno e autoadministração, o que lhes confere
autonomia no sistema de gestão e deliberação no âmbito de suas esferas legais de
competências e atuação.
Em sede constitucional o artigo 30°1 expressa claramente o dever dos
municípios para os atos legislativos, sendo de competência destes entes federativos
legislarem sobre assuntos de interesse local2, bem como, a título de competência
comum, suplementar a legislação federal e a estadual no que couber. Neste patamar,
cabe aos municípios, a fim de atender a seus interesses locais, decorrentes de suas
1Art. 30 - Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 2Apesar de difícil conceituação, interesse local refere-se àqueles interesses que disserem respeito mais diretamente às necessidades imediatas dos municípios, mesmo que acabem gerando reflexos no interesse regional (Estados) ou geral (União), pois, como afirmado por Fernanda Dias Menezes, ‘‘é inegável que mesmo atividade e serviços tradicionalmente desempenhados pelos municípios, como transporte coletivo, polícia das edificações, fiscalização das condições de higiene de restaurante e similares, coleta de lixo, ordenação do uso do solo urbano, etc., dizem secundariamente com o interesse estadual e nacional. (MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. p. 301).
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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peculiaridades, suplementar a legislação da União e Estado fornecendo uma proteção
mais efetiva e restritiva ao meio ambiente, ao passo que, nesta esfera, deve ser
considerado o princípio da predominância dos interesses, de forma que à União
caberão as matérias de interesse geral, no âmbito e relevância nacional, aos Estados
as de relevância regional, enquanto aos municípios repousarão as competências de
âmbito local, na esfera de sua territorialidade3.
Complementarmente, nossa Carta Magna, em seu artigo 23, incisos III, VI
e VII define como competências comum4, da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, a proteção aos documentos, obras e outros bens de valor cultural,
histórico, artístico ou natural, proteção ao meio ambiente e combate à poluição, bem
como a preservação de florestas, fauna e flora, determinando ainda, em seu parágrafo
único, que as normas para cooperação entre os entes federativos serão fixadas
através de Lei Complementar.
Neste sentido, a Lei Complementar n°140/20115, estabelece as atribuições
dos entes federativos no âmbito de suas competências, determinando as normas para
a cooperação entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios nas ações
administrativas relativas ao disposto nos termos dos incisos III, VI e VII, em
concordância ao parágrafo único do art. 23 da CF/88, ficando implícito no diploma
legal em testilha a necessidade de se estabelecer instrumentos de gestão
descentralizados e participativos, integrando a cooperação das diferentes esferas da
República Federativa do Brasil.
Assim sendo, em seu artigo 9º, a Lei Complementar 140/2011, define as
ações administrativas de competência Municipal, dentre as quais se encontram
previstas, expressamente, a competência municipal para o exercício da gestão dos
recursos ambientais no âmbito de suas atribuições (inciso II), do controle e
fiscalização das atividades e empreendimentos cuja atribuição de licenciamento e
3"O interesse local se caracteriza pela predominância e não pela exclusividade do interesse para o município, em relação ao do Estado e da União. Isso porque não há assunto municipal que não seja reflexamente de interesse estadual e nacional. A diferença é apenas de grau, e não de substância." (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p. 121). 4Constitucionalmente definida como cumulativa entre todos os entes federativos. 5 Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal,
para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
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autorização ambiental lhe seja cometida (inciso XIII), a promoção do licenciamento
ambiental das atividades ou empreendimentos que causem ou possam causar
impacto ambiental local, conforme tipologia definida pelos Conselhos Estaduais de
Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da
atividade, observada a competência dos demais entes federativos (inciso XIV, alínea
“a”) e a aprovação, no âmbito de suas competências, a supressão e manejo de
vegetação, florestas e formações sucessoras em florestas públicas municipais e
unidades de conservação instituídas pelo Município, salvo em Áreas de Proteção
Ambiental - APA (inciso XV, alínea “a”).
No âmbito do estado do Pará, a Lei Estadual n° 5.887/1995 dispõe sobre a
Política Estadual do Meio Ambiente e cria em seu artigo 7º o Sistema Estadual do
Meio Ambiente (SISEMA). Esta mesma normativa traz em seu artigo 8º a estrutura
funcional do SISEMA, com a inclusão de como órgãos locais definidos como os
organismos ou entidades municipais responsáveis pela gestão ambiental nas suas
respectivas jurisdições.
Quanto à descentralização da gestão ambiental do Estado do Pará tem
destaque a Resolução COEMA nº 120/2015 que dispõe sobre as atividades de
impacto ambiental local, de competência dos Municípios. Esta resolução lista em seu
anexo único as atividades e/ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental
municipal, traz recomendações e bem como define que manterá uma Lista Oficial dos
Órgãos Ambientais Municipais Capacitados ao exercício da gestão ambiental
municipal, lista esta que é renovada continuamente, sendo a mais recente a relação
do anexo único do Comunicado SEMAS disponível em
https://www.semas.pa.gov.br/wp-content/uploads/2016/08/comunicado.pdf (Anexo
IV).
Desta forma, os municípios devem organizar-se administrativa e
legislativamente para exercerem as suas atribuições, utilizando das prerrogativas e
do poder legal para proteger o meio ambiente.
Dentro deste contexto foi elaborado o presente relatório como parte
integrante do contrato 010/2015-NEPMV, o qual tem como objetivo geral o
fortalecimento da Gestão Ambiental Municipal através do Projeto Municípios
Verdes/Fundo Amazônia e dos Pactos Locais firmados pelo Programa Municípios
Verdes – NEPMV e os municípios paraenses. Outras ações que integram este
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contrato referem à elaboração de planos de trabalho e de diagnósticos temáticos
(Situação dos Pactos, Dinâmica do Desmatamento), à realização de seminário de
nivelamento e de reuniões específicas, produção e execução de Planos de
Monitoramento e consolidação de relatório final de execução do contrato.
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OBJETIVO
Este relatório tem como objetivo geral apresentar o diagnóstico da gestão
ambiental municipal dos municípios integrantes da Base Local Tailândia, os quais:
Goianésia do Pará, Igarapé-Miri, Jacundá, Moju e Tailândia.
Especificamente pretende-se com este diagnóstico:
Estabelecer um panorama geral da organização, infraestrutura, política e
gerenciamento do sistema de Gestão Ambiental Municipal de forma individual
para cada município e de forma integrada por Base Local;
Fornecer dados para a atualização de informações de Gestão Ambiental na
base de dados do PMV e divulgação em sitio de internet sobre esse tema;
Propor recomendações para a melhoria do sistema de Gestão Ambiental
Municipal, bem como apontar problemas ou incongruências deste;
Embasar a reunião de divulgação dos resultados para que estes possam ser
validados junto aos municípios;
Subsidiar o Plano de Monitoramento, etapa seguinte à qual irá realizar o
acompanhamento junto aos municípios quanto ao atendimento dos
compromissos assumidos nos pactos.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 23
METODOLOGIA
O Projeto Fundo Amazônia/PMV, adotou como uma das estratégias para
atingir seus objetivos, o monitoramento de suas atividades e dos Pactos Locais nos
municípios beneficiários, que foram agrupados em Bases Locais considerando a sua
localização geográfica e a acessibilidade. Ao todo, o Projeto PMV/Fundo Amazônia
prevê a implantação de 20 Bases Locais no Estado do Pará contemplando os 107
municípios que atualmente fazem parte do Programa, sendo que nesta primeira etapa
foram instaladas 08 Bases Locais que atendem 44 municípios e o Distrito de Castelo
dos Sonhos em Altamira.
Fazem parte dos 44 municípios atendidos na primeira fase do Projeto, os
13 municípios presentes na lista de prioritários do MMA sob a categoria embargados,
os 06 municípios com desmatamento monitorado e considerados sob controle devido
à exclusão da lista de embargados do MMA e 21 municípios localizados no entorno
dos municípios considerados embargados ou “sob pressão”.
O Diagnóstico da Gestão Ambiental dos 44 municípios integrantes do PMV
contemplados na primeira etapa do projeto serão apresentados por Bases locais.
A fundamentação metodológica para elaboração dos estudos foi
estabelecida pelo PMV, sendo o formato de questionário o determinado para a coleta
de dados da pesquisa. As etapas que resultaram na estruturação do relatório foram a
elaboração do questionário, aplicação deste à distância (on-line) e tabulação e análise
dos dados seguida de escrita do relatório propriamente dito. Todas as etapas foram
elaboradas em escritório, não tendo havido pesquisa de campo presencial ou
aplicação de entrevistas.
Área de Estudo
O presente relatório tem como área de estudo os municípios integrantes da
base local Tailândia, os quais: Goianésia do Pará, Igarapé-Miri, Jacundá, Moju e
Tailândia.
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Conforme a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), os municípios de Goianésia da Pará e Jacundá estão inseridos na
mesorregião Nordeste paraense, enquanto os demais municípios estão localizados
na mesorregião Sudeste paraense. Em relação à classificação das microrregiões,
Moju e Tailândia estão inclusos na microrregião de Tomé-Açu; Goianésia do Pará na
microrregião Paragominas; Igarapé-Miri na microrregião de Cametá; e Jacundá na
microrregião de Tucuruí. Os limites geográficos do município se encontram ilustrados
pela Figura 4.1 a seguir.
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Figura 4.1 - Localização geográfica dos municípios componentes da Base Local Tailândia.
Fonte: Floram (2016).
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Métodos
Elaboração do Questionário On-line
O levantamento dos dados referente ao contexto atual da Gestão Ambiental
Municipal no estado do Pará teve como base a aplicação de um questionário on-line
disponibilizado para ser respondido pelos municípios.
Um questionário padrão foi elaborado pela equipe do PMV, o qual foi
designado em contrato como responsável por tal tarefa, e disponibilizado para
aplicação pela equipe da Floram. O questionário reunia tanto perguntas abertas
quanto perguntas fechadas, sendo que algumas perguntas eram compostas.
Para melhor organização e entendimento, o questionário foi divido em duas
partes, sendo a primeira relativa às informações de ordem institucional e a segunda
quanto à atuação do órgão municipal de meio ambiente. Estas partes foram
subdivididas em seções de temática comum, as quais continham perguntas
específicas. Listam-se abaixo as seções das duas partes do questionário.
PARTE 1
Dados Gerais
Legislação Municipal e a Estrutura do Órgão Municipal de Meio Ambiente
Equipe Técnica do Órgão Municipal de Meio Ambiente
Equipamentos e infraestrutura à disposição do Órgão Municipal de Meio
Ambiente
Recursos financeiros do Órgão Municipal de Meio Ambiente
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PARTE 2
Licenciamento Ambiental realizado pelo Órgão Municipal de Meio Ambiente
Questão Ambiental e sua importância no âmbito municipal
Ações Gestão Ambiental desenvolvidas pelo Órgão Municipal de Meio
Ambiente
Medidas e ações propostas pelo Programa Municípios Verdes
Sistema Municipal de Meio Ambiente
Tributação Ambiental (ICMS Verde) e medidas de incentivo à preservação
Ambiental no âmbito Municipal
O questionário foi elaborado para ser respondido usando a ferramenta
gratuita da plataforma do Google Forms6 a qual gera um questionário eletrônico (on-
line).
Aplicação e Preenchimento do Questionário
A Floram foi nomeada para ser a gerenciadora da aplicação dos
questionários e os Secretários de Meio Ambiente dos municípios foram designados
para responder os mesmos. Nos casos em que o Secretário não pudesse responder
o questionário este poderia designar alguém de sua confiança e com conhecimento a
respeito da gestão ambiental municipal para respondê-lo.
De modo a dar suporte e instrução às secretarias na execução desta tarefa
os técnicos da Floram da Base Local entraram em contato com todos os Secretários
através de e-mail e telefone. Neste contato foi ressaltada a importância da
participação dos municípios na elaboração do diagnóstico da gestão ambiental
municipal. Foi solicitado que as secretarias de meio ambiente designassem um
responsável pelo preenchimento do formulário que tivesse domínio da gestão
6 Disponível em: https://apps.google.com.br/intx/pt-BR/products/forms/
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ambiental local e disponibilidade para o atendimento das demandas da pesquisa. Em
cada município foi aplicado um questionário completo.
O questionário eletrônico da plataforma do Google Forms foi enviado para
as SEMMAs por meio de uma conta de e-mail do Google que foi criada exclusivamente
para responder ao questionário on-line.
O Quadro 4.1 apresenta os e-mails criados para que as Secretarias
tivessem acesso ao questionário de gestão ambiental.
Quadro 4.1 – E-mails criados para o diagnóstico de gestão ambiental
Município E-mail
Goianésia do Pará [email protected]
Igarapé-Miri [email protected]
Jacundá [email protected]
Moju [email protected]
Tailândia [email protected]
O contato das bases com as secretarias municipais foi realizado pela
Floram de modo a explicar o procedimento para o preenchimento do questionário on-
line, tendo sido fornecido detalhes sobre a conta de e-mail que foi criada para este
fim, com entrega formalizada de usuário e senha dos e-mails para os Secretários. Foi
informado que o link com o questionário on-line seria enviado exclusivamente para o
e-mail criado e que o usuário deveria estar “logado” (conectado a conta de e-mail)
para preencher o questionário. Dificuldades em contatar algumas secretarias foram
contornadas com insistentes tentativas. A disponibilização para as secretarias dos
links para acesso às duas partes do questionário de gestão ambiental foi realizada no
dia 29 de abril de 2016 por meio do e-mail específico criado. Os e-mails enviados
podem ser consultados no Anexo I deste relatório.
Após o envio do e-mail com o link foi realizado novo contato por telefone
para confirmar o recebimento do mesmo.
O apoio ao pesquisado foi realizado por meio da internet e telefone. A
equipe responsável pela aplicação acompanhou sistematicamente o envio e
preenchimento dos questionários entre os dias 29/04/2016 e 16/05/2016.
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A utilização da plataforma do Google Forms permite o acompanhamento
em tempo real, em modo on-line, o preenchimento do questionário. Esta ferramenta
permitiu que fosse realizado o acompanhamento do desenvolvimento da pesquisa e
da atuação das secretarias municipais de meio ambiente.
Tabulação e Análise dos dados
A tabulação dos dados brutos foi gerada de forma automática no formato
de planilha on-line pela plataforma Google Forms. A planilha on-line foi exportada para
o programa Microsoft Office Excel, versão 2007, onde foram processadas as análises
que integram o relatório. Os questionários tabulados são apresentados no Anexo II.
A análise preliminar dos dados brutos foi realizada pela equipe da Floram
por meio de leitura minuciosa das respostas dos itens do questionário buscando
possíveis inconsistências nas respostas apresentadas. Caso constatada a
incoerência a equipe da Floram buscou esclarecimentos pertinentes a partir do
contato com o responsável pelo preenchimento do questionário. Foram solicitadas às
prefeituras que encaminhassem para a Floram Engenharia e Meio Ambiente as leis
ambientais municipais, no entanto, a empresa não teve acesso a muitas das
normativas existentes. Com isso, não foi possível a checagem e análise completa de
partes que tangem tal panorama.
Os dados disponibilizados pelos municípios foram analisados de forma a
se desenhar um retrato da estrutura da gestão ambiental municipal, abrangendo seu
papel e forma de atuação. Para tal, análises quantitativas e qualitativas foram
empreendidas, tendo sido ainda realizadas avaliações tanto individuais para cada
município quanto avaliações integradas referentes ao conjunto dos municípios que
integram as bases locais.
Para elaboração do diagnóstico da gestão ambiental, levou-se em
consideração a interpretação dos dados coletados pela aplicação do questionário,
bem como referências bibliográficas e consultas à legislação pertinente. Foram
analisados os dados referentes à estrutura institucional e a estrutura operacional das
Secretarias de Meio Ambiente. De modo a se estabelecer um panorama da atuação
dos sistemas ambientais avaliados foi verificada a existência de órgão municipal de
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meio ambiente, conselho municipal de meio ambiente, fundo de meio ambiente,
política municipal de meio ambiente e de instrumentos normativos ligados à temática
ambiental. Além disso, foi verificado se o município realiza o licenciamento, a
fiscalização e o monitoramento ambiental, e se há existência de corpo técnico efetivo
e habilitado para o exercício destas funções, bem como se há espaço físico e
equipamentos disponíveis para a operacionalização das secretarias.
A implementação de medidas e ações de gestão ambiental associadas à
atuação das secretarias de meio ambiente municipais foram avaliadas, bem como a
atuação vinculada ao PMV. A gestão ambiental do município foi avaliada também
quanto ao seu caráter participativo e associativo sendo averiguado a existência de
cooperação, convênio, consórcios, articulações ou outras formas de integração com
outros municípios ou outras instituições atuantes no âmbito ambiental (órgãos
ambientais federais e estadual, Ministério Público Federal e Estadual, etc.).
A atuação da gestão ambiental municipal descrita pelo questionário
respondido pelas próprias secretarias municipal de meio ambiente foi confrontada com
dados disponíveis como referências técnicas e legislação pertinente. Quando
identificados desvios estes foram apontados de modo a buscar a proposição de
melhorias na gestão ambiental municipal.
De modo a ilustrar o diagnóstico foi solicitado aos Secretários cópia da
Política Municipal de Meio Ambiente e fotografias das estruturas da Secretaria e da
Política Municipal de Meio Ambiente, quando existente.
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DIAGNÓSTICO DA GESTÃO AMBIENTAL MUNICIPAL
Principais Atividades/ Ações da Gestão Ambiental Municipal de Goianésia
do Pará
Identificação do Município
Município: Goianésia do Pará
Prefeito: Antonio Pego
Secretário de Meio Ambiente: Jailson Marques Pereira
Responsável pelas informações: Jailson Marques Pereira
Vínculo da responsável pelas informações: concursado (efetivo)
Telefone: (94) 992496819
E-mail Secretária de Meio Ambiente: [email protected]
E-mail Secretaria de Meio Ambiente: [email protected]
Endereço para correspondência: Rua Pedro Soares De Oliveira S/N - Colegial - Goianésia Do Pará -
6839000 - Em frente a Praça Dos Três Poderes
*As informações aqui contidas são do período em que os municípios responderam o questionário (2016)
Sistema Municipal de Meio Ambiente
O município de Goianésia do Pará possui Sistema Municipal de Meio Ambiente
(SMMA) instituído pela Lei Municipal nº 233/2009. O município possui uma secretaria
exclusiva para tratar das questões ambientais.
Conforme disposto na Portaria SEMAS nº 179/2016, atualizada pela
Portaria SEMAS nº 1.421/2016 (Anexo III) e o anexo único do Comunicado SEMAS
que traz a relação de municípios que possuem capacidade para exercer a gestão
ambiental de forma plena e/ou parcial (Anexo IV), a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente de Goianésia do Pará (SEMMA) possui capacidade para exercer a gestão
ambiental local e realizar o licenciamento de empreendimentos e atividades de
impacto ambiental local. Entre as atribuições da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente estão a fiscalização, educação ambiental, cadastro ambiental,
licenciamento ambiental e monitoramento.
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No que tange aos recursos organizacionais, a SEMMA possui cadastro de
atividades a licenciar e/ou impactantes, procedimentos administrativos internos,
cadastro técnico ambiental, fluxo de processo, controle de processos, termos de
referência ao processo de licenciamento ambiental, termo de notificação, termo de
apreensão, termo de inutilização e auto de infração.
Assim, constata-se que o Sistema Municipal de Meio Ambiente é
individualizado, autônomo, com uma Secretaria específica e estruturado junto com o
Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) e o Fundo Municipal de Meio
Ambiente. O CMMA, o FMMA e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, integram,
na qualidade de órgãos locais, o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), nos
termos da Lei Federal n° 6.938/1981.
Este arranjo é o ideal, tendo em vista que o sistema ambiental é complexo,
abarcando inúmeras vertentes, demandando, portanto, uma estruturação específica e
políticas públicas próprias.
Legislação Ambiental
O município de Goianésia do Pará possui Política Municipal de Meio
Ambiente instituída pela Lei Municipal n° 233/2009.
Sobre o ICMS Verde, a SEMMA informou que não possui norma específica
que o regulamente.Contudo, a SEMMA utiliza como referência a Lei Estadual 7.628
de 12 de julho de 2012, que criou, no Estado do Pará, o critério ecológico de passe
do ICMS. Esta Lei foi regulamentada pelo Decreto 775 de 26 de junho de 2013 e pela
Portaria SEMA 1.562 de 7 de junho de 2013.
O Quadro 5.1 apresenta as lesgilações do município de Goianésia do Pará
relacionadas à gestão ambiental.
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Quadro 5.1- Legislação Municipal relacionada à gestão ambiental do município de Goianésia do Pará.
Legislação Ambiental Municipal Número da Lei/Ano
Lei de criação do Sistema Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 233/2009
Lei de criação do Órgão Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 233/2009
Lei de Criação do Conselho Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal n° 234/2009
Lei de Criação do Fundo Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal n° 235/2009
Política Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal n° 233/2009
Lei que disciplina o licenciamento ambiental de impacto local e as sanções administrativas pelo seu descumprimento
Utilizam a do Estado
Lei de Diretrizes Urbanas Emenda a Lei Orgânica Municipal nº 001/2011
Lei que institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Emenda a Lei Orgânica Municipal nº 001/2011
Lei de Política de incentivos voltados à preservação/recuperação ambiental Utilizam a do Estado
Lei que Regulamenta o ICMS Verde Não possui
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente
Conselho Municipal de Meio Ambiente
De acordo com a SEMMA, o Conselho Municipal de Meio Ambiente
(CMMA) de Goianésia do Pará foi criado pela Lei Municipal n° 234/2009 e possui
caráter consultivo, deliberativo, fiscalizador e assessoramento.
O CMMA é um órgão colegiado consultivo de assessoramento ao Poder
Executivo Municipal, deliberativo no âmbito de sua competência, agente fiscalizador
da legislação ambiental municipal e de assessoramento sobre as questões
ambientais. O ideal é que o conselho seja paritário e a lei que versa sobre este
disponha quanto à autonomia de cada segmento da sociedade civil no processo de
escolha de suas representações. Atualmente, o CMMA de Goianésia do Pará é
formado 16 conselheiros, sendo oito representantes do poder público e oito
representantes da sociedade civil organizada, ou seja, possui composição paritária.
Entre as instituições participantes do CMMA foram citados órgãos municipais
setoriais. Nos últimos 12 meses, o CMMA só se reuniu para realização de reuniões
extraordinárias.
No tocante as resoluções deliberadas, desde sua criação, o CMMA não
deliberou resoluções.
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Recursos Financeiros
Fundo Municipal de Meio Ambiente
A previsão de constituição do Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA)
está disposta no art. 4º da Lei Complementar nº 140/2011, sendo o seu objetivo fazer
com que o município institua, legalmente, instrumento econômico para ter e dar
suporte financeiro às suas demandas ambientais, podendo valer-se de instrumentos
de cooperação institucionais como fundos públicos e privados e outros instrumentos
econômicos.
O município de Goianésia do Pará possui FMMA instituído pela Lei
Municipal nº 235/2009. O fundo possui conta bancária própria e de acordo com a
SEMMA, os recursos do fundo não são utilizados rotineiramente.
Quanto ao uso dos recursos do FMMA, a SEMMA informou que o CMMA
acompanha os gastos da gestão ambiental.
Recursos Financeiros do Órgão Municipal de Meio
Ambiente
A SEMMA recebe recursos advindos da prefeitura. O valor aproximado dos
recursos provindos deste órgão para pagamento de despesas como salários e energia
varia entre R$ 20.000,00 a R$ 40.000,00 por mês. A SEMMA informou que os valores
das taxas de licenciamento são repassados diretamente para a prefeitura.
O município recebe repasse referente à lei do ICMS Verde, no entanto, de
acordo com a SEMMA, os recursos do ICMS Verde não são transferidos para o
FMMA.
Em consulta ao site do Programa Municípios Verdes (PMV) é possível
observar que o município de Goianésia do Pará recebeu repasse do ICMS Verde
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equivalente a R$ 302.899,457 em 2014 e em 2015 (excluindo o repasse de dezembro
de 2015) a R$ 210.308,288.
Licenciamento Ambiental Municipal
Conforme determina o artigo 6º da Resolução CONAMA nº 237/1997
compete ao Órgão Ambiental Municipal, quando couber, o licenciamento ambiental de
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem
delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio. Assim, o município de
Goianésia do Pará possui capacidade para exercer a gestão ambiental local, em
conformidade com a Portaria SEMAS nº 179/2016, atualizada pela Portaria SEMAS
nº 1.421/2016 e o anexo único do Comunicado SEMAS (Anexo IV) que traz a relação
de municípios que possuem capacidade para exercer a gestão ambiental de forma
plena e/ou parcial.
Neste sentido, por meio da Resolução do Conselho Estadual de Meio
Ambiente (COEMA) nº 120/2015, foram estabelecidas as atividades de impacto
ambiental local e recomendações, para fins de licenciamento ambiental municipal, a
ser realizado pelos municípios no âmbito do Estado do Pará. Assim, no anexo único
da Resolução COEMA nº120/20159 são definidas as tipologias de impacto ambiental
local / tipologia compartilhada entre Estado e Municípios determinando assim a
competência de cada ente federado no que se refere ao licenciamento ambiental.
Seguindo o disposto nas legislações supraditas, o município de Goianésia
do Pará realiza licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto
local. As atividades licenciadas pelo município são as seguintes: agrossilvipastoril,
pesca e aquicultura, comercial/serviços, industrial, queima controlada, posto de
combustível, limpeza de pasto degradado (limpeza de juquira) e licença ambiental
rural. As principais demandas para licenciamento ambiental no município,
7 Disponível em http://www.municipiosverdes.com.br/files/ckFinderFiles/files/ICMS%202014.pdf 8 Disponível em http://www.municipiosverdes.com.br/files/ckFinderFiles/files/ICMS%202015(1).pdf 9 Anexo único publicado originalmente pela Resolução COEMA nº 116/2014, a qual foi revogada à exceção de seu anexo único o qual passou a fazer parte da Resolução COEMA nº 120/2015.
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considerando área urbana e rural são de postos de combustíveis, serrarias, limpeza
de vegetação secundária, bovinocultura, piscicultura e reflorestamento.
No que se refere ao monitoramento das atividades de impacto local pelo
município, a SEMMA afirmou que não monitora as atividades que licencia. Tal aspecto
demonstra que há uma falta de controle por parte do órgão ambiental local quanto às
atividades e empreendimentos instalados e operando no município, o que podem vir
a causar impactos locais significantes.
O município afirmou ter delegação de competência do estado para a
atividade de licenciamento nos termos do artigo 5° da Lei Complementar nº 140/2011
e da Instrução Normativa SEMAS nº 005/2013, entretanto não informou as atividades
para as quais possui a delegação.
Conforme previsto em lei, os entes federados devem compartilhar a gestão
ambiental, sendo parte do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), nos
termos da Lei Federal n° 6.938/1981 e do Sistema Estadual de Meio Ambiente
(SISEMA), segundo Lei Estadual n° 5.887/199510. De acordo com a SEMMA, o apoio
do governo Estadual/ Federal à gestão ambiental refere-se as questões técnicas
(capacitação, orientação, elaboração de normativas, etc), financeira, de infraestrutura
e no comando e controle (auxílio em ações de fiscalização, monitoramento).
Atividades Impactantes
O impacto ambiental local é aquele em que as alterações que venham a
ocorrer se restringem aos limites do município e à sua competência legal. De acordo
com Khoury et al. (2013), é no âmbito do município que os maiores impactos
acontecem e são sentidos pelas comunidades.
Nesse sentido, o Quadro 5.2 apresenta as principais atividades
impactantes do município de Goianésia do Pará. É possível observar que o
desmatamento ilegal, extração ilegal de produtos florestais, transporte ilegal de
10 Disponível em: https://www.semas.pa.gov.br/1995/05/09/9741/
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produtos florestais, descarte ilegal de resíduos sólidos urbanos, a pesca predatória e
falta de saneamento básico são as atividades que mais causam impacto no município.
De fato, o desmatamento ilegal pode ser considerado uma das atividades
mais impactantes em Goianésia do Pará, uma vez que o município possui 54,5% da
área territorial municipal desmatada.
O descarte ilegal de resíduos sólidos juntamente com a falta de
saneamento básico também foi apontado como atividades mais impactantes. Tais
atividades podem gerar passivos relacionados à poluição do solo, visual, da água, do
ar e de proliferação de vetores causadores de doenças.
No geral, as atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente em
Goianésia do Pará foram classificadas quanto ao grau de impacto, em sua maioria,
como “requer acompanhamento/ monitoramento”.
Quadro 5.2 – Atividades impactantes no município de Goianésia do Pará.
Atividade Grau de Impacto
Desmatamento ilegal mais impactante
Queimada ilegal requer acompanhamento/monitoramento
Invasão e degradação florestal de áreas protegidas (unidades de conservação, terras indígenas)
requer acompanhamento/monitoramento
Extração ilegal de produtos florestais mais impactante
Transporte ilegal de produtos florestais mais impactante
Contaminação do solo requer acompanhamento/monitoramento
Contaminação do ar (fumaça) requer acompanhamento/monitoramento
Contaminação da água requer acompanhamento/monitoramento
Descarte ilegal de resíduos sólidos urbanos mais impactante
Descarte ilegal de resíduos líquidos requer acompanhamento/monitoramento
Descarte ilegal de resíduos sólidos agrossilvipastoris requer acompanhamento/monitoramento
Barulho/ruído menos impactante
Pesca predatória mais impactante
Caça requer acompanhamento/monitoramento
Falta de saneamento básico mais impactante
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
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Campanhas de Educação Ambiental
Nos últimos 12 meses, o município promoveu sete campanhas de
conscientização ambiental. As campanhas trataram de temas relacionados ao
Licenciamento Ambiental Rural (LAR), Cadastro Ambiental Rural (CAR), destinação
dos resíduos sólidos, queimadas e desmatamento, sendo que todas foram
promovidas pelo Governo Municipal.
A SEMMA tem sido demandada pela população para promover campanhas
de educação ambiental no município quanto aos temas de monitoramento de queima
e destinação dos resíduos sólidos.
Nos últimos 12 meses, a temática ambiental foi devidamente abordada nas
disciplinas das escolas municipais de forma interdisciplinar (transversal).
Estrutura do Órgão Municipal de Meio Ambiente
O órgão ambiental deve ser dotado de uma estrutura organizacional e
operacional que lhe dê a robustez requerida para atender, dentro de padrões de
qualidade gerencial satisfatórios, às demandas de regularização ambiental e a
implantação integrada dos instrumentos de gestão ambiental. Neste item é analisada
a estrutura da Secretaria de Meio Ambiente relacionada à estrutura física (salas,
equipamentos veículos, etc.), programas de computadores, internet e o quadro
técnico.
Infraestrutura e equipamentos
A SEMMA de Goianésia do Pará funciona em uma sede anexo da
Prefeitura. No que se refere aos equipamentos, entendidos aqui como ferramentas
que viabilizam a atividade técnica, estão disponíveis na SEMMA os equipamentos
listados no Quadro 5.3.
A SEMMA possui acesso à internet com boa qualidade de conexão. A
secretaria não possui sistema de gerenciamento de atividades informatizado,
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ferramenta essa que auxilia na organização do fluxo de trabalho da secretaria e na
busca de informações.
Quadro 5.3 – Estrutura da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Goianésia do Pará.
Equipamentos Quantidade Forma de Aquisição
Computador 6 Quatro aquisição prefeitura e dois doados pelo
Estado
Notebook/ laptop 1 Prefeitura
Programas de georreferenciamento (Quantum GIS, GV SIG ou
ArcGis/ArcMap etc.) Sim -
Carro 1 Doado pelo Estado (Ideflor-Bio)
Moto 4 Doada pelo Estado (SEMAS)
Embarcação 1 Doado Pelo Estado ( Idelflor-Bio)
Receptor GPS 1 Doado pelo IMAZON
Decibelímetro 1 Doado pelo Estado (SEMAS)
Máquina fotográfica 1 Doado pelo Estado( SEMAS)
Internet Sim Qualidade da conexão: Boa
Sistema de gerenciamento de atividades informatizado
Não -
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
Diante da condição exposta no quadro acima, a estrutura administrativa
atual do município de Goianésia do Pará, em termos do apoio ao exercício de
fiscalização e licenciamento revelou-se insatisfatória. Considerando o número de
funcionários da SEMMA, especialmente da área técnica (8 funcionários), o número de
computadores e notebooks revela-se insuficientes para a realização dos trabalhos da
secretaria. O número limitado de equipamentos como carro, embarcação,
decibelímetro e câmera fotográfica se mostrou insuficiente, pois, caso qualquer um
destes venha a sofrer algum dano que impeça o seu uso, as atividades de fiscalização
e monitoramento a serem realizadas pela SEMMA poderão ser inviabilizadas.
Recomenda-se, que os equipamentos a disposição da SEMMA devem ser
suficientes para suprir minimamente o número de equipes a sua disposição, com
intuito de garantir a frequência e a efetividade das ações de fiscalização e
monitoramento ambiental das atividades potencialmente degradadoras do meio
ambiente desenvolvidas no município.
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Página 40
A Figura 5.1 e Figura 5.2 mostra a infraestrutura da SEMMA de Goianésia
do Pará.
Figura 5.1 e Figura 5.2 – Salas e equipamentos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Goianésia do Pará.
Fonte: Floram (2016).
Equipe da Secretaria
A SEMMA conta com um total de 13 funcionários, distribuídos entre a área
administrativa (um), técnica (oito) e de serviços gerais (quatro). Destes, cinco
funcionários são efetivos, sendo quatro profissionais efetivos na área técnica e um na
área administrativa.
Em relação à escolaridade, a equipe da SEMMA é composta por dois
profissionais de nível fundamental, três de nível médio e oito de nível superior
completo, sendo que destes, quatro possuem pós-graduação. Os tipos de habilitação
para os profissionais com nível superior são: um engenheiro agrônomo, um biólogo,
um engenheiro florestal, um geógrafo, três gestores ambientais e um pedagogo.
Apenas quatro profissionais possuem registro no conselho profissional.
Para constituição da equipe técnica, deve-se considerar a tipologia e a
classificação das atividades ou empreendimentos a serem licenciados pelo município.
Os profissionais devem ter formação específica para analisar os impactos causados
pelos empreendimentos no meio ambiente.
Considerando a equipe declarada pela SEMMA de Goianésia do Pará, o
corpo técnico pode ser considerado satisfatório. Contudo, faz-se necessária a inclusão
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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de um profissional da área de segurança do trabalho para verificar as análises do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e Planos de Gerenciamento de Riscos,
tendo em vista que a SEMMA emite licenças para postos de combustíveis. Salienta-
se também a necessidade de incluir mais profissionais da engenharia florestal e
agronômica, especialmente porque a SEMMA apontou o desmatamento como
atividade mais impactante ao município e também possui demandas para
licenciamento de atividades como limpeza de vegetação secundária, bovinocultura,
piscicultura e reflorestamento.
É de suma importância uma equipe multidisciplinar contemplando analistas
dos meios físico, biótico e socioeconômico, para a análise de viabilidade ambiental
das atividades ou empreendimentos de forma correta. Ressalta-se que é
recomendado que a equipe técnica seja formada por servidores concursados do
município, tendo em vista a autonomia funcional dos mesmos e a segurança para
exercer suas atividades, sem submissão a interesses particulares e/ou políticos.
No que tange as capacitações dos profissionais da SEMMA, nos últimos 12
meses os técnicos participaram de capacitação de Qualificação da Gestão Ambiental
dos Municípios do Pará.
Instrumentos para o controle do desmatamento
O município de Goianésia do Pará assinou o Termo de Compromisso com
o Ministério Público Federal em 03/02/2011 e o Pacto pelo Controle do Desmatamento
em 29/03/2011. O município assinou o Repacto pelo Combate ao Desmatamento, pelo
Desenvolvimento Sustentável e a Regularização Ambiental em 09 de junho de 2016.
Em relação à criação do grupo de combate ao desmatamento, este ainda
não legalmente instituído pelo município de Goianésia do Pará. Ressalta-se que em
10 de junho de 2016 foi assinado o termo de adesão para criação do grupo de combate
ao desmatamento e no dia 12 de setembro de 2016 foi encaminhado para o setor
jurídico da Prefeitura Municipal de Goianésia de Pará o decreto de criação para
assinatura do prefeito. Contudo, até o presente momento este ainda não foi assinado.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Além dos instrumentos supracitados, como o pacto e grupo de combate ao
desmatamento, o município de Goianésia do Pará realizou uma oficina participativa
para tratar do Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento
(PPCAD). Os participantes, por meio das discussões nas oficinas participativas
associado aos resultados obtidos com o Diagnóstico da Dinâmica do Desmatamento
do município de Goianésia do Pará identificaram as principais problemáticas para o
combate ao desmatamento e propuseram ações estratégicas para superar essas
dificuldades. Essas contribuições culminaram na elaboração da minuta do PPCAD
municipal que será um documento norteador para o combate ao desmatamento e ao
desenvolvimento sustentável do município.
Por outro lado, a SEMMA informou que os desmatamentos ocorridos em
áreas protegidas, assentamentos, projetos de desenvolvimento sustentável,
acampamentos, terras indígenas e/ou quilombolas não estão sendo identificados e
informados ao órgão federal responsável.
Programa de Regularização Ambiental (PRA)
O PRA, implementado no Estado do Pará pelo Decreto Estadual nº
1.379/2015, tem o objetivo de promover a regularização ambiental das posses e
propriedades rurais do Estado do Pará, em que tenha sido verificada a existência de
passivos ambientais, relativos às áreas de preservação permanente (APPs) ou
reservas legais (RLs), no âmbito do CAR.
O município de Goianésia do Pará não possui norma específica
disciplinando o PRA no município. Entretanto, a SEMMA informou que executa o
Programa.
Nenhuma política de incentivos voltados a preservação e recuperação
ambiental foi criada pelo município. Além disso, não são adotadas nenhuma outra
política ambiental federal ou estadual com caráter de regularização ambiental em
Goianésia do Pará. Salienta-se que embora a SEMMA tenha afirmado que o município
não adotou política ambiental federal ou estadual com caráter de regularização
ambiental, sabe-se que a secretaria tem realizado o CAR, que é um dos instrumentos
do PRA, segundo o artigo 2º do Decreto Estadual nº 1.379/2015. Atualmente, o
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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município possui 71,03% (Quadro 5.4) de CAR da área total cadastrável (SEMA-
01/201611).
Quadro 5.4 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV no município de Goianésia do Pará.
Município
Área CAR Cadastrável (SEMA-05/2015)
Área CAR Cadastrada (SEMA-01/2016)
Área CAR a ser Cadastrada (Para Atingir
Meta de 80%)
km² % Município km² % Cadastrada km² % Restante
Goianésia do Pará 6.452,60 91,87 4.583,14 71,03 578,94 8,97
Fonte: SEMAS apud PMV (2015); SIMLAM (2016).
Instrumentos de Cooperação
O município de Goianésia do Pará não possui nenhum tipo de acordo de
cooperação ou convênio com órgãos ou instiuições públicas ou privadas.
A SEMMA informou que não faz parte de nenhum tipo de consórcio com
outros municípios e, de acordo com a Secretaria, o Ministério Público Estadual
participa da gestão ambiental local.
Considerando as articulações institucionais, a SEMMA informou que
participa de conselhos gestores municipais, de associações e instituições de
secretários.
Sobre a participação do MPE na gestão ambiental de Goianésia do Pará, a
SEMMA informou que o órgão é participativo, citando como exemplo a verificação de
denúncias, pedidos de informações e recomendações de melhorias.
Contribuições do PMV para a Gestão Ambiental Municipal
11 Disponível em http://municipiosverdes.com.br/ficha_resumo/1503093
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De acordo com a SEMMA de Goianésia do Pará, o PMV contribui na gestão
ambiental municipal por meio de apoio na estruturação interna e no funcionamento
das atividades, fortalecendo assim a gestão nos municípios.
Evidencia-se que o PMV, com a finalidade de associar o combate ao
desmatamento ao fortalecimento da produção rural sustentável, estabeleceu metas
aos municípios participantes do programa a serem implantadas em sua gestão
municipal. A seguir são apresentadas as metas estabelecidas pelo PMV, bem como
uma análise de seu cumprimento pelo município de Goianésia do Pará:
Meta 1 - Pacto contra o desmatamento: O município de Goianésia do Pará
assinou o Pacto pela Redução do Desmatamento e Regularização Ambiental
em 29 de março de 2011 e o Repacto pelo Combate ao Desmatamento, pelo
Desenvolvimento Sustentável e Regularização Ambiental em 09 de junho de
2016.
Meta 2 - Grupo de combate ao desmatamento: O município assinou o Termo
de Adesão para criação do Grupo Municipal de Combate ao Desmatamento.
Contudo, até o momento, o decreto de criação do grupo ainda não foi publicado.
Meta 3 - Atingir 80 % do CAR: O município de Goianésia do Pará alcançou
71,03 % da área de CAR cadastrável no município.
Meta 4 - Desmatamento menor que 40 km²: O município de Goianésia do Pará
possui taxa de desmatamento anual menor que 40 km2. Em 2015, a taxa anual
foi de 25,1 km2.
Meta 5 - Verificação em campo do desmatamento: O município de Goianésia
do Pará não realizou a verificação em campo dos boletins de alerta de
desmatamento em 2016.
Meta 6 - Não estar na lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia:
Goianésia do Pará não integra a lista dos municípios que mais desmatam na
Amazônia.
Meta 7 - Possuir Sistema e Órgão Municipal de Meio Ambiente Estruturados:
O município possui Sistema Municipal de Meio Ambiente estruturado.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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O município de Goianésia do Pará cumpriu 5 das 7 metas estabelecidas
pelo PMV. As metas relacionadas ao CAR (Meta 3) e a criação do grupo de combate
ao desmatamento (Meta 2) não foram totalmente cumpridas.
Boas práticas, inovações da gestão e outras políticas ambientais
implementadas
Nenhuma política de incentivos voltados a preservação e recuperação
ambiental foi criada pelo município de Goianésia do Pará. Não foram adotadas,
também, nenhuma outra política ambiental federal ou estadual com caráter de
regularização ambiental.
Entretanto, o município realiza o “Natal Ecológico”, na qual são utilizados
materiais reciclados a partir de doações das escolas e da comunidade, que são
tratados e decorados, proporcionando uma bela ornamentação nos principais pontos
da cidade.
Em relação à promoção de boas práticas e que estimule a participação
social na gestão ambiental, a SEMMA informou que promove eventos de orientação
e informação sobre os procedimentos de proteção ambiental e audiências públicas.
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Principais Atividades/ Ações da Gestão Ambiental Municipal de Igarapé-
Miri
Identificação do Município
Município: Igarapé-Miri
Prefeito: Roberto Pina Oliveira
Secretário de Meio Ambiente: Benedito do Socorro Oliveira da Costa
Responsável pelas informações: Benedito do Socorro Oliveira da Costa
Vínculo da responsável pelas informações: concursado (efetivo)
Telefone: (91) 99229-3937
E-mail Secretária de Meio Ambiente: [email protected]
E-mail Secretaria de Meio Ambiente: [email protected]
Endereço para correspondência: Trav. Suplicio de Moraes, s/n – Santa Clara - CEP 68430-000 – Igarapé-
Miri/PA.Anexo II do Polo Universitário UAB-UEPA.
*As informações aqui contidas são do período em que os municípios responderam o questionário (2016)
Sistema Municipal de Meio Ambiente
Conforme disposto na Portaria SEMAS nº 179/2016, atualizada pela
Portaria SEMAS nº 1.421/2016 e o anexo único do Comunicado SEMAS que traz a
relação de municípios que possuem capacidade para exercer a gestão ambiental de
forma plena e/ou parcial, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Pesca e
Aquicultura de Igarapé-Miri (SEMMA) possui capacidade para exercer a gestão
ambiental local e realizar o licenciamento de empreendimentos e atividades de
impacto ambiental local.
O município de Igarapé-Miri possui Sistema Municipal de Meio Ambiente
(SISMUMA), mas não informou a lei de criação do referido sistema. O município
dispõe de uma secretaria exclusiva para tratar das questões ambientais. Entre as
atribuições da SEMMA estão a fiscalização, educação ambiental e monitoramento.
No que tange aos recursos organizacionais, a SEMMA informou que não
dispõe de sistema que determine os procedimentos de atuação do órgão no município.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 47
Assim, constata-se que o Sistema Municipal de Meio Ambiente, de acordo
com a SEMMA, encontra-se em processo de estabelecimento no município, mas já
conta com com uma secretaria específica e estruturada junto com o Conselho
Municipal de Meio Ambiente (CMMA) e o Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA).
Este arranjo é o ideal, tendo em vista que o sistema ambiental é complexo,
abarcando inúmeras vertentes, demandando, portanto, uma estruturação específica e
políticas públicas próprias.
Legislação Ambiental
O município de Igarapé-Miri não possui lei específica que estabaleça a
Política Municipal de Meio Ambiente.
A SEMMA declarou que o município possui Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano (PDDU) disciplinado pela Lei Municipal nº 4.948/2006, que
é requisito legal para municípios com população superior a 20.000 habitantes,
conforme prevê a Lei Federal nº 10.257/2001.
Segundo a SEMMA, o município de Igarapé-Miri não possui Plano
Ambiental que contemple as características locais e regionais.
Sobre o ICMS Verde, a SEMMA informou que o município de Igarapé-Miri
não dispõe de lei específica que o regularmente.
O Quadro 5.5 apresenta as lesgilações do município de Igarapé-Miri
relacionadas à gestão ambiental.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Quadro 5.5 - Legislação municipal relacionada à gestão ambiental do município de Igarapé-Miri.
Legislação Ambiental Municipal Número da Lei/Ano
Lei de criação do Sistema Municipal de Meio Ambiente Encontra-se na Câmara Municipal de
Vereadores para aprovação
Lei de criação do Órgão Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 4.989/2010
Lei de Criação do Conselho Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 5.022/2011
Lei de Criação do Fundo Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 5.022/2011
Política Municipal de Meio Ambiente Não possui
Lei que disciplina o licenciamento ambiental de impacto local e as sanções administrativas pelo seu descumprimento
Não possui
Lei de Diretrizes Urbanas Não possui
Lei que institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Lei Municipal nº 4.948/2006
Lei de Política de incentivos voltados à preservação/recuperação ambiental
Não possui
Lei que Regulamenta o ICMS Verde Não possui
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente
Conselho Municipal de Meio Ambiente
De acordo com a SEMMA, o Conselho Municipal de Meio Ambiente
(CMMA) de Igarapé-Miri foi criado pela Lei Municipal nº 5.022/2011 e possui caráter
consultivo, deliberativo, normativo e fiscalizador.
O CMMA é um órgão colegiado consultivo de assessoramento ao Poder
Executivo Municipal, deliberativo no âmbito de sua competência, agente fiscalizador
da legislação ambiental municipal e normativo sobre as legislações ambientais. O
ideal é que o conselho seja paritário e a lei que versa sobre este disponha quanto à
autonomia de cada segmento da sociedade civil no processo de escolha de suas
representações. Atualmente, o CMMA de Igarapé-Miri é formado por 16 conselheiros,
sendo 8 representantes do poder público e 8 representantes da sociedade civil
organizada, o que caracteriza uma composição paritária. Entre as instituições
participantes do CMMA foram citados órgãos municipais setoriais, ONGs locais,
Câmara dos Vereadores e órgãos de pesquisa. Nos últimos 12 meses, o CMMA se
reuniu pelo menos uma vez por mês.
No tocante às resoluções deliberadas, desde sua criação, o CMMA
deliberou apenas uma resolução.
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Recursos Financeiros
Fundo Municipal de Meio Ambiente
A previsão de constituição do Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA)
está disposta no art. 4º da Lei Complementar n 140/2011, sendo o seu objetivo fazer
com que o município institua, legalmente, instrumento econômico para ter e dar
suporte financeiro às suas demandas ambientais, podendo valer-se de instrumentos
de cooperação institucionais como fundos públicos e privados e outros instrumentos
econômicos.
O município de Igarapé-Miri possui FMMA pela Lei Municipal nº
5.022/2011. O Fundo possui conta bancária própria e de acordo com a SEMMA, os
recursos do fundo são utilizados rotineiramente na realização de fiscalizações,
estruturação da secretaria, trabalhos de educação ambiental e capacitação dos
servidores.
Quanto ao uso dos recursos do FMMA, a SEMMA informou que o CMMA
não acompanha os gastos da gestão ambiental.
Recursos Financeiros do Órgão Municipal de Meio
Ambiente
A SEMMA recebe recursos advindos da prefeitura, de convênios, de
projetos e outras fontes. O valor aproximado dos recursos provindo da prefeitura para
pagamento de despesas como salários e energia é superior a R$ 80.000,00 por mês.
Ainda segundo a SEMMA, os valores anuais dos recursos provindos de
convênios, projetos e outras fontes são de até R$ 1.000,00, para cada tipo de fonte.
A SEMMA não dispõe de recursos provindos de fonte própria (multas taxas,
etc.).
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O município recebe repasse referente à lei do ICMS Verde, no entanto, de
acordo com a SEMMA, os recursos do ICMS Verde não são transferidos para o
FMMA. Contudo, a SEMMA afirmou ter ciência de que quando este recurso for
repassado, a definição da forma de utilização deverá ser feita em acordo com o
CMMA.
Em consulta ao site do PMV é possível observar que o município de
Igarapé-Miri recebeu repasse do ICMS Verde equivalente a R$ 214.067,5712 em 2014
e em 2015 (excluindo o repasse de dezembro de 2015) a R$ R$ 283.548,6713.
Licenciamento Ambiental Municipal
Conforme determina o artigo 6º da Resolução CONAMA nº 237/1997
compete ao Órgão Ambiental Municipal, quando couber, o licenciamento ambiental de
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem
delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio. Assim, o município de
Igarapé-Miri possui capacidade para exercer a gestão ambiental local, em
conformidade com a Portaria SEMAS nº 179/2016, atualizada pela Portaria SEMAS
nº 1.421/2016 e o anexo único do Comunicado SEMAS que traz a relação de
municípios que possuem capacidade para exercer a gestão ambiental de forma plena
e/ou parcial.
Neste sentido, por meio da Resolução do Conselho Estadual de Meio
Ambiente (COEMA) nº 120/2015, foram estabelecidas as atividades de impacto
ambiental local e recomendações, para fins de licenciamento ambiental municipal, a
ser realizado pelos municípios no âmbito do Estado do Pará. Assim, no anexo único
da Resolução COEMA nº120/201514 são definidas as tipologias de impacto ambiental
local / tipologia compartilhada entre Estado e municípios determinando assim a
competência de cada ente federado no que se refere ao licenciamento ambiental.
12 Disponível em http://www.municipiosverdes.com.br/files/ckFinderFiles/files/ICMS%202014.pdf 13 Disponível em http://www.municipiosverdes.com.br/files/ckFinderFiles/files/ICMS%202015(1).pdf 14 Anexo único publicado originalmente pela Resolução COEMA nº 116/2014, a qual foi revogada à exceção de seu anexo único o qual passou a fazer parte da Resolução COEMA nº 120/2015.
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Embora o município de Igarapé-Miri tenha a capacidade para exercer a
gestão ambiental local, em conformidade com a Portaria SEMAS nº 179/2016,
atualizada pela Portaria SEMAS nº 1.421/2016, a SEMMA informou que o município
não realiza licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto
local. Ainda segundo a SEMMA, as principais demandas para licenciamento ambiental
no município, considerando área urbana e rural são: comércio em geral, marcenaria,
movelaria em geral, postos flutuantes e terrestres de combustíveis e de gás de
cozinha, manejo de açaizais e de indústrias de beneficiamento de açaí, palmito e
frutas.
Quanto à delegação de competência do Estado para a atividade de
licenciamento nos termos do artigo 5° da Lei Complementar N° 140/2011 e da
Instrução Normativa SEMAS Nº 005/2013, a SEMMA de Igarapé-Miri informou que
não possui tal delegação.
No que se refere ao monitoramento das atividades de impacto local
licenciadas pelo município, a SEMMA afirmou que não monitora, pois ainda não
licencia.
Conforme previsto em lei, os entes federados devem compartilhar a gestão
ambiental, sendo parte do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), nos
termos da Lei Federal n° 6.938/1981 e do Sistema Estadual de Meio Ambiente
(SISEMA), segundo Lei Estadual n° 5.887/199515. De acordo com a SEMMA, o apoio
dos governos Estadual e Federal à gestão ambiental refere-se as questões técnicas,
a partir de capacitação, orientação, elaboração de normativas, entre outros temas.
Atividades Impactantes
O impacto ambiental local é aquele em que as alterações que venham a
ocorrer se restringem aos limites do município e à sua competência legal. De acordo
com Khoury et al. (2013), é no âmbito do município que os maiores impactos
acontecem e são sentidos pelas comunidades.
15 Disponível em: https://www.semas.pa.gov.br/1995/05/09/9741/
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Nesse sentido o Quadro 5.6 apresenta as principais atividades impactantes
do município de Igarapé-Miri. É possível observar que a contaminação do solo, o
descarte ilegal de resíduos sólidos urbanos, o descarte ilegal de resíduos sólidos
agrossilvipastoris, barulhos e ruídos, a pesca predatória e a falta de saneamento
básico são as atividades que mais causam impacto no município.
O descarte ilegal de resíduos sólidos, juntamente com a falta de
saneamento básico, pode gerar passivos relacionados à poluição do solo, visual, da
água, do ar e de proliferação de vetores causadores de doenças. Impactos
relacionados à contaminação do solo e descarte ilegal de resíduos agrossilvipastoris
podem estar associados ao manejo do açaí.
Em relação ao desmatamento ilegal, de fato, esta atividade pode ser
considerada uma das menos impactantes tendo em vista as baixas taxas anuais de
desmatamento. Em 2015, a taxa anual de desmatamento foi de 0,3 km2. Por outro
lado, Igarapé-Miri detém 46,94 % de remanescentes florestais, o que requer
acompanhamento para que não ocorra desmatamento ilegal de modo que o município
consiga diminuir ainda mais suas taxas de desmatamento, caminhando para o
desmatamento líquido zero.
A SEMMA apontou que a invasão e degradação florestal de áreas
protegidas requer acompanhamento quanto ao grau de impacto. Contudo, sabe- que
o município não possui unidades de conservação e terras indígenas.
Quadro 5.6 – Atividades impactantes no município de Igarapé-Miri.
Atividade Grau de Impacto
Desmatamento ilegal menos impactante
Queimada ilegal requer acompanhamento/monitoramento
Invasão e degradação florestal de áreas protegidas (unidades de conservação, terras indígenas)
requer acompanhamento/monitoramento
Extração ilegal de produtos florestais requer acompanhamento/monitoramento
Transporte ilegal de produtos florestais requer acompanhamento/monitoramento
Contaminação do solo mais impactante
Contaminação do ar (fumaça) menos impactante
Contaminação da água requer acompanhamento/monitoramento
Descarte ilegal de resíduos sólidos urbanos mais impactante
Descarte ilegal de resíduos líquidos requer acompanhamento/monitoramento
Descarte ilegal de resíduos sólidos agrossilvipastoris mais impactante
Barulho/ruído mais impactante
Pesca predatória mais impactante
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Quadro 5.6 – Atividades impactantes no município de Igarapé-Miri.
Atividade Grau de Impacto
Caça requer acompanhamento/monitoramento
Falta de saneamento básico mais impactante
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
Campanhas de Educação Ambiental
Nos últimos 12 meses, o município de Igarapé-Miri não promoveu
campanhas de conscientização ambiental.
A SEMMA tem sido demandada pela população para promover campanhas
de educação ambiental no município quanto aos temas de agricultura sustentável,
agroecologia e sustentabilidade.
Nos últimos 12 meses, a temática ambiental foi devidamente abordada nas
disciplinas das escolas municipais de forma interdisciplinar (transversal).
Estrutura do Órgão Municipal de Meio Ambiente
O órgão ambiental deve ser dotado de uma estrutura organizacional e
operacional que lhe dê a robustez requerida para atender, dentro de padrões de
qualidade gerencial satisfatórios, às demandas de regularização ambiental e a
implantação integrada dos instrumentos de gestão ambiental. Neste item é analisada
a estrutura da Secretaria de Meio Ambiente relacionada à estrutura física (salas,
equipamentos veículos, etc.), programas de computadores, internet e o quadro
técnico.
Infraestrutura e equipamentos
A SEMMA de Igarapé-Miri possui sede própria com quatro salas. No que
se refere aos equipamentos, entendidos aqui como ferramentas que viabilizam a
atividade técnica, estão disponíveis os equipamentos listados no Quadro 5.7.
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A SEMMA possui acesso à internet, porém de acordo com a mesma, a
qualidade da conexão é ruim. A secretaria não possui sistema de gerenciamento de
atividades informatizado, ferramenta essa que auxilia na organização do fluxo de
trabalho da secretaria e na busca de informações.
Quadro 5.7 – Estrutura da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Pesca e Aquicultura de Igarapé-Miri.
Equipamentos Quantidade Forma de Aquisição
Computador 1 Cessão
Notebook/ laptop 0 -
Programas de georreferenciamento (Quantum GIS, GV SIG ou
ArcGis/ArcMap etc.) Não -
Carro 0 -
Moto 1 Cessão
Embarcação 0 -
Receptor GPS 0 -
Decibelímetro 1 Cessão
Máquina fotográfica 0 -
Possui Internet Sim Qualidade da conexão: ruim
Sistema de gerenciamento de atividades informatizado
Não -
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
Diante da condição exposta no quadro acima, a estrutura administrativa
atual do município de Igarapé-Miri, em termos do apoio ao exercício de fiscalização e
licenciamento revelou-se insatisfatória. O município declara que a maioria das
atividades desenvolvidas em seu território quanto ao nível de impacto são
classificados como “requer acompanhamento/monitoramento” e “mais impactantes”.
Entretanto, a SEMMA não possui uma infraestrutura que permita fiscalizar as
intervenções e explorações ilegais que ocorrem sob sua responsabilidade, já que não
possui autonomia de locomoção por falta de veículos automotivos, não possuem
equipamentos que viabilizem o registro das irregularidades por meio de fotografias e
coordenadas geográficas e possui apenas um computador para registro de
fiscalização.
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Equipe da Secretaria
A SEMMA conta com um total de cinco funcionários, distribuídos entre a
área administrativa (um), técnica (três) e de serviços gerais (um). Destes, dois
funcionários são efetivos, sendo um profissional efetivo na área técnica e um na área
administrativa.
Em relação à escolaridade, a equipe da SEMMA é composta por um
profissional de nível fundamental, três de nível médio e um de nível superior completo,
sendo este um engenheiro agrônomo. Dois profissionais possuem registro em
conselho profissional de classe.
Para constituição da equipe técnica, deve-se considerar a tipologia e a
classificação das atividades ou empreendimentos a serem licenciados pelo município.
Os profissionais devem ter formação específica para analisar os impactos causados
pelos empreendimentos no meio ambiente.
Considerando a equipe declarada pela SEMMA de Igarapé-Miri, o corpo
técnico pode ser considerado insatisfatório, haja vista a necessidade de uma
secretaria de meio ambiente possuir um quadro multidisciplinar contemplando
analistas dos meios físico, biótico e socioeconômico, para a análise de viabilidade
ambiental das atividades ou empreendimentos de forma correta.
Ressalta-se que é recomendado que a equipe técnica seja formada por
servidores concursados do município, tendo em vista a autonomia funcional dos
mesmos e a segurança para exercer suas atividades, sem submissão a interesses
particulares e/ou políticos.
No que tange às capacitações dos profissionais da SEMMA, nos últimos 12
meses, os técnicos participaram de capacitações relacionadas a gestão ambiental e
ao CAR.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Instrumentos para o controle do desmatamento
De acordo com o site do PMV, o município de Igarapé-Miri assinou o Termo
de Compromisso com o Ministério Público Federal em novembro de 2010 e celebrou
o Pacto pelo Combate ao Desmatamento, pelo Desenvolvimento Sustentável e a
Regularização Ambiental em junho de 2016. Entretanto, o responsável da SEMMA
por responder o questionário de gestão ambiental disponibilizado pela Floram
informou que estes compromissos não foram assumidos pelo órgão.
Em relação ao Grupo Municipal de Combate ao Desmatamento de Igarapé-
Miri, este foi criado pela Portaria Municipal nº 407/2016 em 03 de agosto de 2016.
Além dos instrumentos supracitados, o município de Igarapé-Miri realizou
uma oficina participativa para tratar do Plano de Prevenção, Controle e Alternativas
ao Desmatamento (PPCAD). Os participantes, por meio das discussões nas oficinas
participativas associado aos resultados obtidos com o Diagnóstico da Dinâmica do
Desmatamento do município de Igarapé-Miri identificaram as principais problemáticas
para o combate ao desmatamento e propuseram ações estratégicas para superar
essas dificuldades. Essas contribuições culminaram na elaboração da minuta do
PPCAD municipal que será um documento norteador para o combate ao
desmatamento e ao desenvolvimento sustentável do município.
Por outro lado, de acordo com a SEMMA, os desmatamentos ocorridos em
áreas protegidas, assentamentos, projetos de desenvolvimento sustentável,
acampamentos, terras indígenas e/ou quilombolas não estão sendo identificados e
informados ao órgão federal responsável.
Programa de Regularização Ambiental (PRA)
O PRA, implementado no Estado do Pará pelo Decreto Estadual nº
1.379/2015, tem o objetivo de promover a regularização ambiental das posses e
propriedades rurais do Estado do Pará, em que tenha sido verificada a existência de
passivos ambientais, relativos às áreas de preservação permanente (APPs) ou
reservas legais (RLs), no âmbito do CAR.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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O município de Igarapé-Miri não possui norma específica disciplinando o
PRA no município e também não executa o Programa. Nenhuma política de incentivos
voltados a preservação e recuperação ambiental foi criada pelo município.
Salienta-se que embora a SEMMA tenha afirmado que o município não
adotou política ambiental federal ou estadual com caráter de regularização ambiental,
sabe-se que a secretaria tem realizado o CAR, que é um dos instrumentos do PRA,
segundo o artigo 2º do Decreto Estadual nº 1.379/2015. Atualmente, Igarapé-Miri
possui 46,43% (Quadro 5.8) de CAR da área total cadastrável (SEMA-01/201616).
Quadro 5.8 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV no município de Igarapé-Miri
Município
Área CAR Cadastrável (SEMA-05/2015)
Área CAR Cadastrada (SEMA-01/2016)
Área CAR a ser Cadastrada (Para Atingir
Meta de 80%)
km² % Município km² % Cadastrada km² % Restante
Igarapé-Miri 1.671,00 83,68 775,86 46,43 560,94 33,57
Fonte: SEMAS apud PMV (2015); SIMLAM (2016).
Instrumentos de Cooperação
A SEMMA informou que Igarapé-Miri possui ações cooperadas com órgão
ambiental estadual para capacitação técnica relacionada ao CAR. Por outro lado,
afirmou que não possui ações cooperadas com órgão ambiental federal.
Em relação aos termos de cooperação, a SEMMA afirmou possui um termo
de cessão com o programa “Pará Rural”. Segundo a SEMMA, o município não possui
convênios com outras instituições e não faz de consórcio com outros municípios.
Considerando as articulações institucionais que possibilitam a troca de
experiências, a construção e a produção de saberes, a SEMMA informou que
participar de fóruns, associações de entes federados e/ou instituições, associações
de municípios, de secretários, seminários e capacitações. Como exemplo, a SEMMA
16 Disponível em http://municipiosverdes.com.br/ficha_resumo/1503309
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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informou a participação de cursos relacionados à qualificação da gestão ambiental e
capacitação técnica para realização do CAR.
De acordo com a SEMMA, o Ministério Público Estadual participa da gestão
ambiental local a partir da verificação de denúncias e pedido de informações.
Contribuições do PMV para a Gestão Ambiental Municipal
De acordo com a SEMMA, o PMV contribui na gestão ambiental municipal
fornecendo a infraestrutura da SEMMA e capacitações técnicas.
Cabe destacar que o PMV, com a finalidade de associar o combate ao
desmatamento ao fortalecimento da produção rural sustentável, estabeleceu metas
aos municípios participantes do programa a serem implantadas em sua gestão
municipal. A seguir são apresentadas as metas estabelecidas pelo PMV, bem como
uma análise de seu cumprimento pelo município de Igarapé-Miri:
Meta 1 - Pacto contra o desmatamento: O município de Igarapé-Miri assinou o
Pacto pelo Combate ao Desmatamento, pelo Desenvolvimento Sustentável e a
Regularização Ambiental em junho de 2016.
Meta 2 - Grupo de combate ao desmatamento: No dia 03 de agosto de 2016 foi
expedida a Portaria Municipal nº 407/2016 que cria o Grupo Municipal de
Combate ao Desmatamento de Igarapé-Miri.
Meta 3 - Atingir 80 % do CAR: O município de Igarapé-Miri alcançou 46,43 %
da área de CAR cadastrável no município.
Meta 4 - Desmatamento menor que 40 km²: O município de Igarapé-Miri possui
taxa de desmatamento anual menor que 40 km2. Em 2015, a taxa anual foi de
0,3 km2.
Meta 5 - Verificação em campo do desmatamento: Para o município de Igarapé-
Miri não houve alerta de desmatamento em 2016.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Meta 6 - Não estar na lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia:
Igarapé-Miri não integra a lista dos municípios que mais desmatam na
Amazônia.
Meta 7 - Possuir Sistema e Órgão Municipal de Meio Ambiente Estruturados:
O município possui Sistema Municipal de Meio Ambiente estruturado.
O município de Igarapé-Miri cumpriu 6 das 7 metas estabelecidas pelo
PMV. Apenas a meta relacionada ao CAR (Meta 3) não foi totalmente cumprida.
Boas práticas, inovações da gestão e outras políticas ambientais
implementadas
Nenhuma política de incentivos voltados à preservação e recuperação
ambiental foi criada pelo município. O município também não adotou nenhuma outra
política ambiental federal ou estadual com caráter de regularização ambiental.
O município informou que adota como estratégia para auxiliar o processo
de gestão o “Projeto de Agricultura Sustentável” e o “Projeto de Agroecologia Parceiro
do Campo”.
Em relação à promoção de boas práticas e que estimule a participação
social na gestão ambiental, a SEMMA informou que promove eventos de orientação
e informação sobre os procedimentos de proteção ambiental. Além disso, disse que
realiza campanhas públicitárias, promove palestras e debates, audiências públicas e
eventos participativos,como mutirões.
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Principais Atividades/ Ações da Gestão Ambiental Municipal de Jacundá
Identificação do Município
Município: Jacundá
Prefeito: Itonir Aparecido Tavares
Secretário de Meio Ambiente: Valmir Batista da Silva
Responsável pelas informações: Valmir Batista da Silva
Vínculo da responsável pelas informações: comissionado (temporário)
Telefone: (94) 99135-0065
E-mail Secretária de Meio Ambiente: [email protected]
E-mail Secretaria de Meio Ambiente: [email protected]
Endereço para correspondência: Rod. PA-150, Km 85, Parque Industrial, CEP 68590-000, Jacundá - PA
*As informações aqui contidas são do período em que os municípios responderam o questionário (2016)
Sistema Municipal de Meio Ambiente
O município de Jacundá possui Sistema Municipal de Meio Ambiente
(SISMUMA), porém não possui uma secretaria exclusiva para tratar das questões
ambientais. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo de Jacundá
(SEMATUR) foi instituída pela Lei Municipal nº 2.304/2001 e dentre suas atribuições
estão a: fiscalização, educação ambiental e monitoramento.
Conforme disposto na Portaria SEMAS nº 179/2016, atualizada pela
Portaria SEMAS nº 1.421/2016 e o anexo único do Comunicado SEMAS que traz a
relação de municípios que possuem capacidade para exercer a gestão ambiental de
forma plena e/ou parcial, a SEMATUR possui capacidade para exercer a gestão
ambiental local e realizar o licenciamento de empreendimentos e atividades de
impacto ambiental local.
No que tange aos recursos organizacionais, a SEMATUR possui
organograma da estrutura do órgão, cadastro de atividades a licenciar e/ou
impactantes, procedimentos administrativos internos, fluxo de processo, controle de
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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processos, termo de notificação, termo de apreensão, termo de inutilização e auto de
infração.
Legislação Ambiental
O município de Jacundá possui Política Municipal de Meio Ambiente
instituída pela Lei Municipal nº 2.471/2009.
A SEMATUR declarou que o município possui Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano (PDDU) disciplinado pela Lei Municipal nº 2.411/2006, que
é requisito legal para municípios com população superior a 20.000 habitantes,
conforme prevê a Lei Federal nº 10.257/2001.
Segundo a SEMATUR, o município de Jacundá afirmou ter Plano
Ambiental, aprovado ou não pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente, de acordo
com as características locais e regionais.
Sobre o ICMS Verde, a SEMATUR informou que o município não possui lei
específica que o regulamenta.
O Quadro 5.9 apresenta as lesgilações do município de Jacundá
relacionadas à gestão ambiental.
Quadro 5.9 - Legislação municipal relacionada à gestão ambiental do município de Jacundá.
Legislação Ambiental Municipal Número da Lei/Ano
Lei de criação do Sistema Municipal de Meio Ambiente Não possui
Lei de criação do Órgão Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 2304/2001
Lei de Criação do Conselho Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 2269/2000
Lei de Criação do Fundo Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 2259/2000
Política Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 2471/2009
Lei que disciplina o licenciamento ambiental de impacto local e as sanções administrativas pelo seu descumprimento
Lei nº 2471/2009 e Lei nº 2456/2009
Lei de Diretrizes Urbanas Não possui
Lei que institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Lei Municipal nº 2411/2006
Lei de Política de incentivos voltados à preservação/recuperação ambiental
Lei nº 2471/2009 e Lei nº 2456/2009
Lei que Regulamenta o ICMS Verde Não possui
Lei de taxas Lei Municipal nº 2487/2010
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
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Conselho Municipal de Meio Ambiente
De acordo com a SEMATUR, o Conselho Municipal de Meio Ambiente
(CMMA) de Jacundá foi criado pela Lei Municipal nº 2.269/2000 e possui caráter
consultivo e deliberativo.
O CMMA é um órgão colegiado consultivo de assessoramento ao Poder
Executivo Municipal e deliberativo no âmbito de sua competência sobre as questões
ambientais. O ideal é que o conselho seja paritário e que a lei que versa sobre este
disponha quanto à autonomia de cada segmento da sociedade civil no processo de
escolha de suas representações. Atualmente, o CMMA de Jacundá é formado por 15
conselheiros, sendo 8 representantes do poder público e 7 representantes da
sociedade civil organizada, ou seja, não possui composição paritária. Entre as
instituições participantes do CMMA foram citados órgãos municipais setoriais, ONGs
locais, Câmara dos Vereadores e órgãos de polícia. Nos últimos 12 meses, o CMMA
se reuniu a cada três meses.
No tocante às resoluções deliberadas, desde sua criação, o CMMA
deliberou 15 resoluções.
Recursos Financeiros
Fundo Municipal de Meio Ambiente
A previsão de constituição do Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA)
está disposta no art. 4º da Lei Complementar nº 140/2011, sendo o seu objetivo fazer
com que o município institua, legalmente, instrumento econômico para ter e dar
suporte financeiro às suas demandas ambientais, podendo valer-se de instrumentos
de cooperação institucionais como fundos públicos e privados e outros instrumentos
econômicos.
O município de Jacundá possui FMMA instituído pela Lei Municipal nº
2.259/2000. O fundo possui conta bancária própria e CNPJ e de acordo com a
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Página 63
SEMATUR, os recursos do fundo são utilizados rotineiramente, sendo aplicados na
fiscalização, infraestrutura da secretaria e capacitação dos servidores
Quanto ao uso dos recursos do FMMA, o município informou que o CMMA
não acompanha os gastos com a gestão ambiental.
Recursos Financeiros do Órgão Municipal de Meio
Ambiente
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente recebe recursos advindos de
fonte própria, da prefeitura e de projetos. O valor aproximado dos recursos provindos
da prefeitura e utilizados para pagamento de despesas como salários e energia é
acima de R$ 80.000,00 por mês. Os valores oriundos de fonte própria (multas, taxas,
etc.) e de projeto são superiores a R$ 80.000,00.
O município recebe repasse referente à lei do ICMS Verde, no entanto, de
acordo com a SEMATUR, os recursos do ICMS Verde não são transferidos para o
FMMA. Entretanto, a SEMMA afirmou que a forma de utilização destes recursos é
estabelecida pelo prefeito.
Em consulta ao site do PMV é possível observar que o município de
Jacundá recebeu repasse do ICMS Verde equivalente a R$ 169.636,0417 em 2014 e
em 2015 (excluindo o repasse de dezembro de 2015) a R$ R$ 321.058,4318.
Licenciamento Ambiental Municipal
Conforme determina o artigo 6º da Resolução CONAMA nº 237/1997
compete ao Órgão Ambiental Municipal, quando couber, o licenciamento ambiental de
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem
delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio. Assim, o município de
Jacundá possui capacidade para exercer a gestão ambiental local, em conformidade
17 Disponível em http://www.municipiosverdes.com.br/files/ckFinderFiles/files/ICMS%202014.pdf 18 Disponível em http://www.municipiosverdes.com.br/files/ckFinderFiles/files/ICMS%202015(1).pdf
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com a Portaria SEMAS nº 179/2016, atualizada pela Portaria SEMAS nº 1.421/2016 e
o anexo único do Comunicado SEMAS que traz a relação de municípios que possuem
capacidade para exercer a gestão ambiental de forma plena e/ou parcial.
Neste sentido, por meio da Resolução do Conselho Estadual de Meio
Ambiente (COEMA) nº 120/2015, foram estabelecidas as atividades de impacto
ambiental local e recomendações, para fins de licenciamento ambiental municipal, a
ser realizado pelos municípios no âmbito do Estado do Pará. Assim, no anexo único
da Resolução COEMA nº120/201519 são definidas as tipologias de impacto ambiental
local / tipologia compartilhada entre Estado e municípios determinando assim a
competência de cada ente federado no que se refere ao licenciamento ambiental.
Seguindo o disposto nas legislações supraditas, o município de Jacundá
realiza licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local.
Segundo a SEMATUR, as atividades licenciadas pelo município são as seguintes:
agrossilvipastoril, pesca e aquicultura, comercial/serviços, industrial, construção civil,
queima controlada, pesquisa e lavra mineral, posto de combustível e limpeza de pasto
degradado (limpeza de juquira). Ainda de acordo com a SEMATUR, as principais
demandas para licenciamento ambiental no município, considerando área urbana e
rural são de postos de combustível, depósitos de GLP (gás liquefeito do petróleo),
telefonia celular, fábrica de gelo, extração mineral, pecuária, limpeza de pastagem,
madeireiras, laminadoras, cerâmicas, indústria de ração animal, frigorífico,
piscicultura, laticínio, sistema de tratamento de efluentes e reflorestamento.
No que se refere ao monitoramento das atividades de impacto local
licenciadas pelo município, a SEMATUR afirmou que monitora todas as atividades que
licencia.
A SEMATUR afirmou que o município de Jacundá não possui delegação
de competência do estado para a atividade de licenciamento nos termos do artigo 5°
da Lei Complementar n° 140/2011 e da Instrução Normativa SEMAS nº 005/2013.
Conforme previsto em lei, os entes federados devem compartilhar a gestão
ambiental, sendo parte do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), nos
termos da Lei Federal n° 6.938/1981 e do Sistema Estadual de Meio Ambiente
19 Anexo único publicado originalmente pela Resolução COEMA nº 116/2014, a qual foi revogada à exceção de seu anexo único o qual passou a fazer parte da Resolução COEMA nº 120/2015.
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Página 65
(SISEMA), segundo Lei Estadual n° 5.887/199520. De acordo com a SEMATUR, o
apoio do governo Estadual/Federal à gestão ambiental refere-se as questões técnicas
(capacitação, orientação, elaboração de normativas), de infraestrutura e no comando
e controle, auxiliando em ações de fiscalização e monitoramento.
Atividades Impactantes
O impacto ambiental local é aquele em que as alterações que venham a
ocorrer se restringem aos limites do município e à sua competência legal. De acordo
com Khoury et al. (2013), é no âmbito do município que os maiores impactos
acontecem e são sentidos pelas comunidades.
Nesse sentido o Quadro 5.10 apresenta as principais atividades
impactantes do município de Jacundá. É possível observar que a queimada ilegal, o
descarte ilegal de resíduos sólidos urbanos, o barulho/ruído, a pesca predatória e a
falta de saneamento básico são as atividades que mais causam impacto no município.
A SEMATUR classificou a queimada legal como uma das atividades mais
impactantes no município. Por outro lado, classificou a contaminação do ar (fumaça)
como menos impactante, o que demonstra uma dificuldade na classificação do grau
de impactos pela SEMATUR, uma vez que queimadas ocasionam fumaças, devendo
assim, a contaminação do ar também ser classificada como “mais impactante” no
município de Jacundá.
A pesca predatória, de fato, pode ser considerada como mais impactante
em Jacundá, considerando que o município é faz parte da Área de Proteção Ambiental
(APA) do Lago de Tucuruí, tornando-se propício para a atividade pesqueira ilegal.
O desmatamento ilegal foi classificado quanto ao grau de impacto como
“requer acompanhamento”. Esta informação é corroborada pelo fato de Jacundá
possuir mais de 70% da sua área territorial desmatada, restando apenas 13,75% de
áreas com florestas, o que requer um acompanhamento das florestas remanescentes
para que estas não sejam alvo de novos desmatamentos.
20 Disponível em: https://www.semas.pa.gov.br/1995/05/09/9741/
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Quadro 5.10 – Atividades impactantes no município de Jacundá.
Atividade Grau de Impacto
Desmatamento ilegal requer acompanhamento/monitoramento
Queimada ilegal mais impactante
Invasão e degradação florestal de áreas protegidas (unidades de conservação, terras indígenas)
menos impactante
Extração ilegal de produtos florestais menos impactante
Transporte ilegal de produtos florestais menos impactante
Contaminação do solo requer acompanhamento/monitoramento
Contaminação do ar (fumaça) menos impactante
Contaminação da água requer acompanhamento/monitoramento
Descarte ilegal de resíduos sólidos urbanos mais impactante
Descarte ilegal de resíduos líquidos requer acompanhamento/monitoramento
Descarte ilegal de resíduos sólidos agrossilvipastoris requer acompanhamento/monitoramento
Barulho/ruído mais impactante
Pesca predatória mais impactante
Caça requer acompanhamento/monitoramento
Falta de saneamento básico mais impactante
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
Campanhas de Educação Ambiental
Nos últimos 12 meses, o município de Jacundá promoveu duas campanhas
de conscientização ambiental. As campanhas trataram de temas relacionados ao
desmatamento ilegal, Cadastro Ambiental Rural (CAR), Licenciamento Ambiental
Rural (LAR) e a pesca predatória, sendo promovidas pelos Governos Municipal e
Estadual.
A SEMATUR tem sido demandada pela população para promover
campanhas de educação ambiental no município quanto aos temas de poluição
sonora, saneamento e piscicultura.
Nos últimos 12 meses, a temática ambiental foi devidamente abordada nas
disciplinas das escolas municipais de forma interdisciplinar (transversal).
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Estrutura do Órgão Municipal de Meio Ambiente
O órgão ambiental deve ser dotado de uma estrutura organizacional e
operacional que lhe dê a robustez requerida para atender, dentro de padrões de
qualidade gerencial satisfatórios, às demandas de regularização ambiental e a
implantação integrada dos instrumentos de gestão ambiental. Neste item é analisada
a estrutura da Secretaria de Meio Ambiente relacionada à estrutura física (salas,
equipamentos veículos, etc.), programas de computadores, internet e o quadro
técnico.
Infraestrutura e equipamentos
A SEMATUR de Jacundá possui sede própria com sete salas. No que se
refere aos equipamentos, entendidos aqui como ferramentas que viabilizam a
atividade técnica, estão disponíveis os equipamentos listados no Quadro 5.11.
A SEMATUR possui acesso à internet, porém de acordo com a mesma, a
qualidade da conexão é ruim. A secretaria não possui sistema de gerenciamento de
atividades informatizado, ferramenta essa que auxilia na organização do fluxo de
trabalho da secretaria e na busca de informações.
Quadro 5.11 – Estrutura da Secretaria Municipal de e Meio Ambiente e Turismo de Jacundá.
Equipamentos Quantidade Forma de Aquisição
Computador 5 Própria
Notebook/ laptop 2 Própria
Programas de georreferenciamento (Quantum GIS, GV SIG ou
ArcGis/ArcMap etc.) Sim -
Carro 3 Dois com emendas parlamentares e um
cessão de uso do IDEFLOR-Bio
Moto 8 Doação e cessão
Embarcação 2 Própria e s cessão
Receptor GPS 4 Própria e doação
Decibelímetro 5 Própria
Máquina fotográfica 1 Própria
Possui Internet Sim Qualidade da conexão: ruim
Sistema de gerenciamento de atividades informatizado
Não -
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
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Diante da condição exposta no quadro acima, a estrutura administrativa
atual do município de Jacundá, em termos do apoio ao exercício de fiscalização e
licenciamento revelou-se satisfatória. O órgão possui acesso à internet e a programas
de georreferenciamento, ferramentas atualmente extremamente importantes no
auxílio na descoberta de focos de ilegalidades ou no monitoramento da expansão de
áreas devastadas. A existência de carro e de embarcação para apoiar as ações da
SEMATUR também é condizente com sua competência de órgão fiscalizador.
Recomenda-se, que os equipamentos da SEMATUR sejam suficientes
para suprir minimamente o número de equipes a sua disposição, com intuito de
garantir a frequência e a efetividade das ações de fiscalização e monitoramento
ambiental das atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente
desenvolvidas no município.
A Figura 5.3 e Figura 5.4 mostra a infraestrutura da SEMATUR de Jacundá.
Figura 5.3 e Figura 5.4 – Salas e equipamentos da Secretaria Municipal de e Meio Ambiente e Turismo de Jacundá.
Fonte: Floram (2016).
Equipe da Secretaria
A SEMATUR conta com um total de 20 funcionários, distribuídos entre a
área administrativa (seis), técnica (oito) e de serviços gerais (seis). Destes
profissionais, nenhum é efetivo do órgão. Destaca-se a inexistência funcionário efetivo
na área técnica da SEMATUR, na qual é recomendado que a equipe técnica seja
formada por servidores concursados do município, tendo em vista a autonomia
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funcional dos mesmos e a segurança para exercer suas atividades, sem submissão a
interesses particulares e/ou políticos.
Em relação à escolaridade, a equipe da SEMATUR é composta por três
profissionais de nível fundamental, 14 de nível médio, três de nível superior completo,
sendo que destes, um possui pós-graduação. Além disso, há um estagiário atuando
na secretaria. O quadro técnico é composto por um biólogo, um engenheiro ambiental
e um engenheiro Florestal. Dois profissionais de nível superior possuem registro nos
respectivos conselhos de classe.
Para constituição da equipe técnica, deve-se considerar a tipologia e a
classificação das atividades ou empreendimentos a serem licenciados pelo município.
Os profissionais devem ter formação específica para analisar os impactos causados
pelos empreendimentos no meio ambiente.
Considerando a equipe declarada pela SEMATUR, o corpo técnico pode
ser considerado insatisfatório. Faz-se necessário, por exemplo, a inclusão de um
profissional da área socioeconômica, para fins de analisar impactos e propor medidas
no campo socioambiental. Salienta-se também a necessidade de incluir de um
profissional da área de segurança do trabalho para verificar as análises do Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais e Planos de Gerenciamento de Riscos, tendo em
vista que a SEMATUR emite licenças para postos de combustíveis. A SEMATUR
também emite licenças para pesquisa e lavra mineral, o requer um profissional da
geologia. Ademais, ressalta-se a necessidade de incluir mais profissionais da
engenharia florestal e agronômica, especialmente porque a SEMATUR apontou o
desmatamento ilegal como atividade que requer acompanhamento e também o
município realiza licenciamentos de atividades agrossilvipastoris, pesca e aquicultura.
É de suma importância uma equipe multidisciplinar contemplando analistas
dos meios físico, biótico e socioeconômico, para a análise de viabilidade ambiental
das atividades ou empreendimentos de forma correta.
No que tange às capacitações dos profissionais da SEMATUR, nos últimos
12 meses, os técnicos participaram de capacitações de licenciamento, fiscalização e
monitoramento ambiental.
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Instrumentos para o controle do desmatamento
O município de Jacundá assinou o Termo de Compromisso com o
Ministério Público Federal em janeiro de 2011 e o Pacto de Redução do
Desmatamento e Regularização Ambiental no ano de 2011, que contava com 13
(treze) entidades signatárias. Em junho de 2016, o município de Jacundá assinou a
Repactuação pelo Combate a Pesca Predatória, pelo Combate ao Desmatamento,
pelo Desenvolvimento Sustentável e a Regularização Ambiental com a adesão de 12
(doze) entidades signatárias.
O Grupo de Trabalho Multifuncional e Participativo para o Combate a Pesca
Predatória e o Desmatamento Ilegal foi criado pelo Decreto Municipal nº 028/2016 em
25 de agosto de 2016.
Além dos instrumentos supracitados, o município de Jacundá realizou uma
oficina participativa para tratar do Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao
Desmatamento (PPCAD). Os participantes, por meio das discussões nas oficinas
participativas associado aos resultados obtidos com o Diagnóstico da Dinâmica do
Desmatamento do município de Jacundá identificaram as principais problemáticas
para o combate ao desmatamento e propuseram ações estratégicas para superar
essas dificuldades. Essas contribuições culminaram na elaboração da minuta do
PPCAD municipal que será um documento norteador para o combate ao
desmatamento e ao desenvolvimento sustentável do município.
Por outro lado, de acordo com a SEMATUR, os desmatamentos ocorridos
em áreas protegidas, assentamentos, projetos de desenvolvimento sustentável,
acampamentos, terras indígenas e/ou quilombolas não estão sendo identificados e
informados ao órgão federal responsável.
Programa de Regularização Ambiental (PRA)
O PRA, implementado no Estado do Pará pelo Decreto Estadual nº
1.379/2015, tem o objetivo de promover a regularização ambiental das posses e
propriedades rurais do Estado do Pará, em que tenha sido verificada a existência de
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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passivos ambientais, relativos às áreas de preservação permanente (APPs) ou
reservas legais (RLs), no âmbito do CAR.
O município de Jacundá não possui norma específica disciplinando o PRA
no município. A SEMATUR não executa o Programa e não há nenhuma política de
incentivos voltados à preservação e recuperação ambiental criada pelo município. Não
foram adotadas, também, nenhuma outra política ambiental federal ou estadual com
caráter de regularização ambiental.
Salienta-se que embora a SEMATUR tenha afirmado que o município não
adotou política ambiental federal ou estadual com caráter de regularização ambiental,
sabe-se que a secretaria tem realizado o CAR, que é um dos instrumentos do PRA,
segundo o artigo 2º do Decreto Estadual nº 1.379/2015. Atualmente, o Jacundá possui
68,56% (Quadro 5.12) de CAR da área total cadastrável (SEMA-01/201621).
Quadro 5.12 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV no município de Jacundá.
Município
Área CAR Cadastrável (SEMA-05/2015)
Área CAR Cadastrada (SEMA-01/2016)
Área CAR a ser Cadastrada (Para Atingir
Meta de 80%)
km² % Município km² % Cadastrada km² % Restante
Jacundá 1.678,34 83,57 1.150,67 68,56 192,00 11,44
Fonte: SEMAS apud PMV (2015); SIMLAM (2016).
Instrumentos de Cooperação
A SEMATUR informou que o município de Jacundá possui ações
cooperadas com órgão ambiental estadual para ações de fiscalizações. Também
afirmou que possui ações cooperadas com órgão ambientais federais, embora não
tenha especificado quais tipo de ações são realizadas.
Em relação aos termos de cooperação, a SEMATUR informou que Jacudá
possui termo de cooperação técnica com o Ideflor-Bio e a SEMAS. Também foi
21 Disponível em http://municipiosverdes.com.br/ficha_resumo/1503804
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Página 72
declarado pela SEMATUR, que o município possui convênio com o IMAZON e BNDES
para compartilhamento/cessão de equipamentos e veículos.
Sobre a participação de consórcios com outros municípios, a SEMATUR
informou que participa de consórcios que tem como objeto a realização de
fiscalizações. O consórcio envolve os municípios de Goianésia do Pará, Breu Ranco,
Tucuruí, Nova Ipixuna, Novo Repartimento e Itupiranga.
Considerando as articulações institucionais que possibilitam a troca de
experiências, a construção e a produção de saberes, a SEMATUR informou que
participar de fóruns, conselhos gestores municipais, associações de entes federados
e/ou instituições, de secretários. Como exemplo, citou a participação no COGES,
fórum de secretários e secretarias de outros municípios.
De acordo com a SEMATUR, o Ministério Público Estadual participa da
gestão ambiental local por meio de verificação de denúncias, pedido de informações
e com recomendações de melhorias.
Contribuições do PMV para a Gestão Ambiental Municipal
De acordo com a SEMATUR de Jacundá, o PMV contribui na gestão
ambiental municipal fornecendo informações sobre a Gestão Ambiental.
Ressalta-se que o PMV, com a finalidade de associar o combate ao
desmatamento ao fortalecimento da produção rural sustentável, estabeleceu metas
aos municípios participantes do programa a serem implantadas em sua gestão
municipal. A seguir são apresentadas as metas estabelecidas pelo PMV, bem como
uma análise de seu cumprimento pelo município de Jacundá:
Meta 1 - Pacto contra o desmatamento: O município de Jacundá assinou o
Pacto pela Redução do Desmatamento e Regularização Ambiental em 30 de
março de 2011 e o Repacto pelo Combate à Pesca Predatória e ao
Desmatamento, pelo Desenvolvimento Sustentável e pela Regularização
Ambiental em 13 de junho de 2016.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Meta 2 - Grupo de combate ao desmatamento: O Grupo de Trabalho
Multifuncional e Participativo para o Combate a Pesca Predatória e o
Desmatamento Ilegal foi criado pelo Decreto Municipal nº 028/2016 em 25 de
agosto de 2016.
Meta - Atingir 80 % do CAR: O município de Jacundá alcançou 68,56 % da área
de CAR cadastrável no município.
Meta 4 - Desmatamento menor que 40 km²: O município de Jacundá possui
taxa de desmatamento anual menor que 40 km2. Em 2015, a taxa anual de
desmatamento foi de 3,3 km2.
Meta 5 - Verificação em campo do desmatamento: O município de Jacundá não
realizou a verificação em campo dos boletins de alerta de desmatamento
recebidos em 2016.
Meta 6 - Não estar na lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia:
Jacundá não integra a lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia.
Meta 7 - Possuir Sistema e Órgão Municipal de Meio Ambiente Estruturados:
O município possui Sistema Municipal de Meio Ambiente estruturado.
O município de Jacundá cumpriu 5 das 7 metas estabelecidas pelo PMV.
Apenas as metas relacionadas ao CAR (Meta 3) e a verificação dos boletins de alerta
de desmatamento (Meta 5) não foram totalmente cumpridas.
Boas práticas, inovações da gestão e outras políticas ambientais
implementadas
Nenhuma política de incentivos voltados à preservação e recuperação
ambiental foi criada pelo município. O município também não adotou nenhuma outra
política ambiental federal ou estadual com caráter de regularização ambiental.
O município não adota nenhuma estratégia diferenciada e própria que
venha a auxiliar o processo de gestão ambiental.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 74
Em relação à promoção de boas práticas e que estimule a participação
social na gestão ambiental, a SEMATUR informou que promove eventos de orientação
e informação sobre os procedimentos de proteção ambiental. Além disso, disse que
realiza campanhas públicitárias, promove palestras e debates, audiências públicas e
eventos participativos, como mutirões.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Principais Atividades/ Ações da Gestão Ambiental Municipal de Moju
Identificação do Município
Município: Moju
Prefeito: Deodoro Pantoja Da Rocha
Secretária de Meio Ambiente: Mara Crhistina Pereira do Nascimento
Responsável pelas informações: Elias de Moraes Santos
Vínculo da responsável pelas informações: comissionado (temporário)
Telefone: (91) 991586294
E-mail Secretária de Meio Ambiente: [email protected]
E-mail Secretaria de Meio Ambiente: [email protected]
Endereço para correspondência: Praça dos Estudante, Nº 100, Bairro Centro - CEP: 68.450-000 - Moju/PA.
*As informações aqui contidas são do período em que os municípios responderam o questionário (2016)
Sistema Municipal de Meio Ambiente
Conforme disposto na Portaria SEMAS nº 179/2016, atualizada pela
Portaria SEMAS nº 1.421/2016 e o anexo único do Comunicado SEMAS que traz a
relação de municípios que possuem capacidade para exercer a gestão ambiental de
forma plena e/ou parcial, a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio
Ambiente (SECTEMA) possui capacidade para exercer a gestão ambiental local e
realizar o licenciamento de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local.
O município de Moju possui Sistema Municipal de Meio Ambiente
(SISMUMA) instituído pela Lei Municipal nº 825/2009. Segundo a SECTEMA, o
município não possui secretaria exclusiva para tratar das questões ambientais. Entre
as atribuições da SECTEMA estão a fiscalização, educação ambiental, cadastro
ambiental, licenciamento ambiental e monitoramento.
No que tange aos recursos organizacionais, a SECTEMA possui
organograma da estrutura do órgão, cadastro de atividades a licenciar e/ou
impactantes, procedimentos administrativos internos, fluxo de processo, controle de
processos, termo de notificação, termo de apreensão e auto de infração e termos de
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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referência ao processo de licenciamento ambiental, tais como: termo de referência
para licenciamento de indústria madeireira, LAR, extração de minério, postos de
combustíveis, fabricação de artefatos cerâmicos, piscicultura e comércio em geral.
Legislação Ambiental
O município de Moju possui Política Municipal de Meio Ambiente instituída
pela Lei Municipal nº 823/2009.
A SECTEMA declarou que o município possui Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano (PDDU) disciplinado pela Lei Municipal nº 777/2006, que é
requisito legal para municípios com população superior a 20.000 habitantes, conforme
prevê a Lei Federal nº 10.257/2001.
Segundo a SECTEMA, o município não possui Plano Ambiental que
contemple as características locais e regionais. Sobre o ICMS Verde, a SECTEMA
informou que este é regulamentado pela Lei Municipal nº 923/2015.
O Quadro 5.13 apresenta as lesgilações do município de Moju relacionadas
à gestão ambiental.
Quadro 5.13 - Legislação municipal relacionada à gestão ambiental do município de Moju.
Legislação Ambiental Municipal Número da Lei/Ano
Lei de criação do Sistema Municipal de Meio Ambiente Lei nº 825/2009
Lei de criação do Órgão Municipal de Meio Ambiente Não informou
Lei de Criação do Conselho Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 825/2009
Lei de Criação do Fundo Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 823/2009 Art. 33
Política Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 823/2009
Lei que disciplina o licenciamento ambiental de impacto local e as sanções administrativas pelo seu descumprimento
Lei nº 823/2009
Lei de Diretrizes Urbanas Não possui
Lei que institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Lei Municipal nº 777/2006
Lei de Política de incentivos voltados à preservação/recuperação ambiental
Lei nº 823/2009
Lei que Regulamenta o ICMS Verde Lei Municipal nº 923/2015
Lei de taxas Lei Municipal nº 008/2012
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Conselho Municipal de Meio Ambiente
De acordo com a SECTEMA, o Conselho Municipal de Meio Ambiente
(CMMA) de Moju foi criado pela Lei Municipal nº 825/2009 e possui caráter consultivo,
deliberativo e normativo.
O CMMA é um órgão colegiado consultivo de assessoramento ao Poder
Executivo Municipal e deliberativo no âmbito de sua competência e normativo quanto
às leis ambientais. Considera-se ideal que o Conselho seja paritário, logo, o CMMA
de Moju é formado atualmente por 22 conselheiros, sendo 11 representantes do poder
público e 11 representantes da sociedade civil organizada. Entre as instituições
participantes do CMMA foram citados órgãos municipais setoriais, sindicatos e
moradores de comunidades da zona rural. Nos últimos 12 meses, o CMMA se reuniu
a cada três meses.
No tocante às resoluções deliberadas, desde sua criação, o CMMA não
deliberou resoluções.
Recursos Financeiros
Fundo Municipal de Meio Ambiente
A previsão de constituição do Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA)
está disposta no art. 4º da Lei Complementar nº 140/2011, sendo o seu objetivo fazer
com que o município institua, legalmente, instrumento econômico para ter e dar
suporte financeiro às suas demandas ambientais, podendo valer-se de instrumentos
de cooperação institucionais como fundos públicos e privados e outros instrumentos
econômicos.
O município de Moju possui FMMA instituído pela Lei Municipal nº
823/2009. O fundo possui conta bancária própria e CNPJ. De acordo com a
SECTEMA, os recursos do fundo são utilizados rotineiramente sendo aplicados na
fiscalização, infraestrutura da secretaria, educação ambiental, capacitação dos
servidores e licenciamento ambiental.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Quanto ao uso dos recursos do FMMA, a SECTEMA informou que o CMMA
não acompanha os gastos da gestão ambiental.
Recursos Financeiros do Órgão Municipal de Meio
Ambiente
A SECTEMA de Moju recebe recursos advindos de fonte própria e da
prefeitura. O valor aproximado dos recursos provindos da prefeitura para pagamento
de despesas como salários e energia é acima de R$ 80.000,00 por mês, enquanto os
recursos anuais aproximados provindos de fonte própria, a partir de multas e taxas,
variam entre R$ 40.000 a R$ 60.000.
O município recebe repasse referente à lei do ICMS Verde, no entanto, de
acordo com a SECTEMA, os recursos do ICMS Verde não são transferidos para o
FMMA. Esta informação vai de encontro ao disposto no artigo 1º da Lei Municipal nº
923/2015, que prevê que 25% dos recursos provenientes do ICMS Verde sejam
aplicados no FMMA e os outros 75% sejam repassados ao Tesouro do Poder
Executivo Municipal. O artigo 2º da Lei Municipal nº 923/2015 acrescenta ainda que
os 75% dos repasses destinados ao Tesouro do Poder Executivo Municipal deverão
ser utilizados em benefício da SECTEMA.
Segundo a SECTEMA, a forma de utilização dos recursos do ICMS Verde
é estabelecida pela Prefeitura Municipal de Moju.
Em consulta ao site do PMV é possível observar que o município de Moju
recebeu repasse do ICMS Verde equivalente a R$ 306.101,7322 em 2014 e em 2015
(excluindo o repasse de dezembro de 2015) a R$ R$ 428.980,6923.
22 Disponível em http://www.municipiosverdes.com.br/files/ckFinderFiles/files/ICMS%202014.pdf 23 Disponível em http://www.municipiosverdes.com.br/files/ckFinderFiles/files/ICMS%202015(1).pdf
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Licenciamento Ambiental Municipal
Conforme determina o artigo 6º da Resolução CONAMA nº 237/1997
compete ao Órgão Ambiental Municipal, quando couber, o licenciamento ambiental de
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem
delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio. Assim, o município de Moju
possui capacidade para exercer a gestão ambiental local, em conformidade com a
Portaria SEMAS nº 179/2016, atualizada pela Portaria SEMAS nº 1.421/2016 e o
anexo único do Comunicado SEMAS que traz a relação de municípios que possuem
capacidade para exercer a gestão ambiental de forma plena e/ou parcial.
Neste sentido, por meio da Resolução do Conselho Estadual de Meio
Ambiente (COEMA) nº 120/2015, foram estabelecidas as atividades de impacto
ambiental local e recomendações, para fins de licenciamento ambiental municipal, a
ser realizado pelos municípios no âmbito do Estado do Pará. Assim, no anexo único
da Resolução COEMA nº120/201524 são definidas as tipologias de impacto ambiental
local / tipologia compartilhada entre Estado e municípios determinando assim a
competência de cada ente federado no que se refere ao licenciamento ambiental.
Seguindo o disposto nas legislações supraditas, o município de Moju
realiza licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local.
Segundo a SECTEMA, as atividades licenciadas pelo município são as seguintes:
agrossilvipastoril, pesca e aquicultura, comercial/serviços, industrial, construção civil,
pesquisa e lavra mineral, posto de combustível e limpeza de pasto degradado
(limpeza de juquira). Ainda de acordo com a SECTEMA, as principais demandas para
licenciamento ambiental no município, considerando área urbana e rural são do
comércio em geral, postos de combustíveis, indústria madeireira, Licenciamento
Ambiental Rural (LAR), extração de minério, fabricação de artefatos cerâmicos e
piscicultura. A SECTAMA possui termos de referência ao processo de licenciamento
ambiental, tais como: termo de referência para licenciamento de indústria madeireira,
LAR, extração de minério, postos de combustíveis, fabricação de artefatos cerâmicos,
piscicultura e comércio em geral.
24 Anexo único publicado originalmente pela Resolução COEMA nº 116/2014, a qual foi revogada à exceção de seu anexo único o qual passou a fazer parte da Resolução COEMA nº 120/2015.
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No que se refere ao monitoramento das atividades de impacto local
licenciadas pelo município, a SECTEMA afirmou que monitora todas as atividades que
licencia.
A SECTEMA informou que o município de Moju não possui delegação de
competência do Estado para a atividade de licenciamento ambiental.
Conforme previsto em lei, os entes federados devem compartilhar a gestão
ambiental, sendo parte do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), nos
termos da Lei Federal n° 6.938/1981 e do Sistema Estadual de Meio Ambiente
(SISEMA), segundo Lei Estadual n° 5.887/199525. De acordo com a SECTEMA, o
apoio do governo Estadual/Federal à gestão ambiental refere-se as questões técnicas,
a partir da capacitação, orientação e elaboração de normativas, e de infraestrutura.
Atividades Impactantes
O impacto ambiental local é aquele em que as alterações que venham a
ocorrer se restringem aos limites do município e à sua competência legal. De acordo
com Khoury et al. (2013), é no âmbito do município que os maiores impactos
acontecem e são sentidos pelas comunidades.
Nesse sentido o Quadro 5.14 apresenta as principais atividades
impactantes do município de Moju. É possível observar que o desmatamento ilegal, a
falta de saneamento básico e as queimadas ilegais são as atividades que mais
causam impacto no município. Todas as demais atividades foram descritas como
“requer acompanhamento/monitoramento”.
De fato, o desmatamento ilegal pode ser considerado uma das atividades
mais impactantes no município de Moju, especialmente quando se analisa os dados
sobre desmatamento no município. De acordo com os dados do INPE/PRODES
(INPE, 2016), a área acumulada total desmatada em Moju, até 2015, foi de 4.319,6
km2, o que corresponde a 47,32% da área territorial municipal. Diante das altas taxas
de desmatamento, em 2011, Moju passou a fazer parte da Lista do MMA dos
25 Disponível em: https://www.semas.pa.gov.br/1995/05/09/9741/
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Municípios que necessitam de ações prioritárias de prevenção, monitoramento e
controle do desmatamento ilegal26, conforme a Portaria nº 175/2011 do Ministério do
Meio Ambiente. Devido ao fato de Moju estar na lista do MMA e à situação geral do
desmatamento e do monitoramento das florestas nativas, o PMV27 classifica o
município como “Embargado”.
A falta de saneamento básico também foi apontada como uma das
atividades mais impactantes. Esta atividade pode gerar passivos relacionados à
poluição do solo, visual, da água, do ar e de proliferação de vetores causadores de
doenças.
Quadro 5.14– Atividades impactantes no município de Moju.
Atividade Grau de Impacto
Desmatamento ilegal mais impactante
Queimada ilegal mais impactante
Invasão e degradação florestal de áreas protegidas (unidades de conservação, terras indígenas)
requer acompanhamento/monitoramento
Extração ilegal de produtos florestais requer acompanhamento/monitoramento
Transporte ilegal de produtos florestais requer acompanhamento/monitoramento
Contaminação do solo requer acompanhamento/monitoramento
Contaminação do ar (fumaça) requer acompanhamento/monitoramento
Contaminação da água requer acompanhamento/monitoramento
Descarte ilegal de resíduos sólidos urbanos requer acompanhamento/monitoramento
Descarte ilegal de resíduos líquidos requer acompanhamento/monitoramento
Descarte ilegal de resíduos sólidos agrossilvipastoris requer acompanhamento/monitoramento
Barulho/ruído requer acompanhamento/monitoramento
Pesca predatória requer acompanhamento/monitoramento
Caça requer acompanhamento/monitoramento
Falta de saneamento básico mais impactante
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
26 Os critérios para a entrada do município na Lista do MMA, de acordo com a Portaria MMA nº 322/2012 são: 1) área total de floresta desmatada; 2) área total de floresta desmatada nos últimos três anos; 3) aumento da taxa de desmatamento em pelo menos dois, dos últimos três anos e 4) aumento do desmatamento de 2011 igual ou superior a 80 km2. Os critérios para a saída do município na Lista do MMA, de acordo com a Portaria MMA nº 411/2013 são: 1) possuir 80% de seu território inscrito no CAR (exceto UC de proteção integral e terras indígenas homologadas) e 2) o desmatamento anual deve ser igual ou inferior a 40 km2. 27 O PMV classifica os municípios em cinco categorias: 1) Municípios Verdes: Correspondem aqueles municípios que atenderam as metas do PMV; 2) Consolidados: Possuem o desmatamento consolidado na maior parte de seu território, com menos de 60% de remanescente florestal; 3) Florestal: Possuem baixo risco de desmatamento, além de possuírem mais de 60% de remanescente florestal; 4) Sob Pressão: Devido aos índices de desmatamentos correm risco de figurar na lista do MMA; 5) Embargados: Figuram na lista do MMA como municípios que mais desmatam na Amazônia.
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Campanhas de Educação Ambiental
Nos últimos 12 meses, o município promoveu duas campanhas de
conscientização ambiental. As campanhas trataram de temas relacionados ao
Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Resíduos Sólidos, sendo promovidas pelo Governo
Municipal.
A sociedade local não tem demandado ações ou campanhas de educação
ambiental por parte da SECTEMA.
Nos últimos 12 meses, a temática ambiental foi devidamente abordada nas
disciplinas das escolas municipais de forma interdisciplinar (transversal).
Estrutura do Órgão Municipal de Meio Ambiente
O órgão ambiental deve ser dotado de uma estrutura organizacional e
operacional que lhe dê a robustez requerida para atender, dentro de padrões de
qualidade gerencial satisfatórios, às demandas de regularização ambiental e a
implantação integrada dos instrumentos de gestão ambiental. Neste item é analisada
a estrutura da Secretaria de Meio Ambiente relacionada à estrutura física (salas,
equipamentos veículos, etc.), programas de computadores, internet e o quadro
técnico.
Infraestrutura e equipamentos
A SECTEMA de Moju funciona em sede alugada com oito salas. No que se
refere aos equipamentos, entendidos aqui como ferramentas que viabilizam a
atividade técnica, estão disponíveis os equipamentos listados no Quadro 5.15.
A SECTEMA possui acesso à internet, porém de acordo com a mesma, a
qualidade da conexão é ruim. A secretaria não possui sistema de gerenciamento de
atividades informatizado, ferramenta essa que auxilia na organização do fluxo de
trabalho da secretaria e na busca de informações.
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Quadro 5.15 – Estrutura da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Moju.
Equipamentos Quantidade Forma de Aquisição
Computador 2 Doação
Notebook/ laptop 0 -
Programas de georreferenciamento (Quantum GIS, GV SIG ou
ArcGis/ArcMap etc.) Sim -
Carro 1 Doação
Moto 5 Doação
Embarcação 0 -
Receptor GPS 6 Doação
Decibelímetro 0 -
Máquina fotográfica 3 Doação
Possui Internet Sim Qualidade da conexão: ruim
Sistema de gerenciamento de atividades informatizado
Não -
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
Diante da condição exposta no quadro acima, a estrutura administrativa
atual do município de Moju, em termos do apoio ao exercício de fiscalização e
licenciamento revelou-se insatisfatória. Considerando o número de funcionários na
área técnica (9), o número de computadores, notebooks/laptop revela-se insuficientes
para atender as demandas da SECTEMA. Observa-se também a quantidade limitada
de veículos para realização das atividades de fiscalização e monitoramento das
atividades licenciadas pelo município, especialmente porque Moju é classificado como
“Embargado” pelo PMV e declarou ter como atividade mais impactante o
desmatamento ilegal. A falta de decibelímetro também inviabiliza as medições de
ruídos e consequentemente a verificação da conformidade das emissões de ruídos
dos empreendimentos de acordo com os parâmetros estabelecidos em legislação,
sendo necessária a aquisição deste equipamento.
Recomenda-se, que os equipamentos a disposição da SECTEMA devem
ser suficientes para suprir minimamente o número de equipes a sua disposição, com
intuito de garantir a frequência e a efetividade das ações de fiscalização e
monitoramento ambiental das atividades potencialmente degradadoras do meio
ambiente desenvolvidas no município.
A Figura 5.5 e Figura 5.6 mostram a infraestrutura da SECTEMA e alguns
de seus equipamentos.
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Figura 5.5 e Figura 5.6 – Salas e equipamentos da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Moju.
Fonte: Floram (2016).
Equipe da Secretaria
A SECTEMA conta com um total de 31 funcionários, distribuídos entre a
área administrativa (7), técnica (9) e de serviços gerais (15). Destes, apenas um
funcionário é efetivo e está lotado na área administrativa do órgão. Destaca-se a
inexistência funcionário efetivo na área técnica da secretaria, na qual é recomendado
que a equipe técnica seja formada por servidores concursados do município, tendo
em vista a autonomia funcional dos mesmos e a segurança para exercer suas
atividades, sem submissão a interesses particulares e/ou políticos.
Em relação à escolaridade, a equipe da SECTEMA é composta por 13
profissionais de nível fundamental, oito de nível médio, dez de nível superior completo,
sendo que destes, oito possuem pós-graduação. As habilitações dos profissionais
com nível superior são: um advogado, um engenheiro agrônomo, um engenheiro
florestal, dois engenheiros ambientais, um pedagogo e um sociólogo. Dos
profissionais citados, cinco possuem registro no respectivo conselho de classe.
Para constituição da equipe técnica, deve-se considerar a tipologia e a
classificação das atividades ou empreendimentos a serem licenciados pelo município.
Os profissionais devem ter formação específica para analisar os impactos causados
pelos empreendimentos no meio ambiente.
Considerando a equipe declarada pela SECTEMA de Moju, o corpo técnico
pode ser considerado satisfatório. Contudo, recomenda-se um profissional da área de
segurança do trabalho para verificar as análises do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais e Planos de Gerenciamento de Riscos, tendo em vista que a SEMMA
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emite licenças para postos de combustíveis. A SECTEMA também licencia atividades
relacionadas à extração de minério, o que requer um profissional na área de geologia.
É de suma importância uma equipe multidisciplinar contemplando analistas
dos meios físico, biótico e socioeconômico, para a análise de viabilidade ambiental
das atividades ou empreendimentos de forma correta.
No que tange às capacitações dos profissionais da SECTEMA, nos últimos
12 meses os técnicos participaram de capacitação de fiscalização ambiental.
Instrumentos para o controle do desmatamento
O município de Moju assinou o Termo de Compromisso com o Ministério
Público Federal em março de 2011 e o Pacto para Redução do Desmatamento e
Regularização Ambiental no ano de 2012, que contava com 35 signatários. Em 30 de
maio de 2016, município assinou a Repactuação pelo Combate ao Desmatamento,
pelo Desenvolvimento Sustentável e a Regularização Ambiental com a adesão de 20
entidades signatárias.
O grupo municipal de combate ao desmatamento, denominado em Moju
como Grupo de Trabalho Multi-Institucional e Participativo, foi criado pelo Decreto
Municipal nº 043/2012. Ressalta-se que em 31 de maio de 2016, os signatários da
Repactuação pelo Combate ao Desmatamento, Desenvolvimento Sustentável e
Regularização Ambiental do município de Moju assinaram um termo de compromisso
para formalizar a criação de um novo grupo de combate ao desmatamento contendo
novas diretrizes e novos membros. Contudo, até o presente o momento, o novo grupo
ainda não foi formalizado legalmente.
Além dos instrumentos supracitados, como o pacto /repacto e o grupo de
combate ao desmatamento, o município de Moju realizou uma oficina participativa
para tratar do Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento
(PPCAD). Os participantes, por meio das discussões nas oficinas participativas
associado aos resultados obtidos com o Diagnóstico da Dinâmica do Desmatamento
do município de Moju identificaram as principais problemáticas para o combate ao
desmatamento e propuseram ações estratégicas para superar essas dificuldades.
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Essas contribuições culminaram na elaboração da minuta do PPCAD municipal que
será um documento norteador para o combate ao desmatamento e ao
desenvolvimento sustentável do município.
Por fim, de acordo com a SECTEMA, os desmatamentos ocorridos em
áreas protegidas, assentamentos, projetos de desenvolvimento sustentável,
acampamentos, terras indígenas e/ou quilombolas estão sendo identificados e
informados ao órgão federal responsável.
Programa de Regularização Ambiental (PRA)
O PRA, implementado no Estado do Pará pelo Decreto Estadual nº
1.379/2015, tem o objetivo de promover a regularização ambiental das posses e
propriedades rurais do Estado do Pará, em que tenha sido verificada a existência de
passivos ambientais, relativos às áreas de preservação permanente (APPs) ou
reservas legais (RLs), no âmbito do CAR.
Segundo a SECTEMA, o município de Moju não possui norma específica
disciplinando o PRA e também não executa o Programa. Nenhuma política de
incentivos voltados a preservação e recuperação ambiental foi criada pelo município.
O município também não adotou nenhuma outra política ambiental federal ou estadual
com caráter de regularização ambiental.
Salienta-se que embora a SECTEMA tenha afirmado que o município não
adotou política ambiental federal ou estadual com caráter de regularização ambiental,
sabe-se que a secretaria tem realizado o CAR, que é um dos instrumentos do PRA,
segundo o artigo 2º do Decreto Estadual nº 1.379/2015. Atualmente, Moju possui
69,71% (Quadro 5.16) de CAR da área total cadastrável (SEMA-01/201628).
28 Disponível em http://municipiosverdes.com.br/ficha_resumo/1504703
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Quadro 5.16 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV no município de Moju.
Município
Área CAR Cadastrável (SEMA-05/2015)
Área CAR Cadastrada (SEMA-01/2016)
Área CAR a ser Cadastrada (Para Atingir
Meta de 80%)
km² % Município km² % Cadastrada km² % Restante
Moju 8.947,97 98,39 6.237,75 69,71 920,63 10,29
Fonte: SEMAS apud PMV (2015); SIMLAM (2016).
Instrumentos de Cooperação
Segundo a SECTEMA, o município de Moju não possui ações cooperadas
com órgão ambiental estadual e federal. Além disso, o município não termos de
cooperação e convênios com instituições públicas e/ou privadas. O município de Moju
também não participa de consórcios com outros municípios.
Considerando as articulações institucionais que venham a possibilitar a
troca de experiências, a construção e a produção de saberes,a SECTEMA declarou
que o município de Moju não participa.
A SECTEMA aformou também que o Ministério Público Estadual não
participa da gestão ambiental do município de Moju.
Contribuições do PMV para a Gestão Ambiental Municipal
De acordo com a SECTEMA de Moju, o PMV contribui na gestão ambiental
municipal fornecendo capacitação técnica e doação de infraestrutura para a
SECTEMA.
Evidencia-se que o PMV, com a finalidade de associar o combate ao
desmatamento ao fortalecimento da produção rural sustentável, estabeleceu metas
aos municípios participantes do programa a serem implantadas em sua gestão
municipal. A seguir são apresentadas as metas estabelecidas pelo PMV, bem como
uma análise de seu cumprimento pelo município de Moju:
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Meta 1 - Pacto contra o desmatamento: O município de Moju assinou o Pacto
para Redução do Desmatamento e Regularização Ambiental no ano de 2012.
Em 30 de maio de 2016, município assinou a Repactuação pelo Combate ao
Desmatamento, pelo Desenvolvimento Sustentável e a Regularização
Ambiental.
Meta 2 - Grupo de combate ao desmatamento: O Grupo de Trabalho Multi-
Institucional e Participativo foi criado pelo Decreto Municipal nº 043/2012.
Ressalta-se que em 31 de maio de 2016 foi assinado um termo de
compromisso para formalizar a criação de um novo grupo de combate ao
desmatamento contendo novas diretrizes e novos membros. Contudo, até o
presente o momento, o novo grupo ainda não foi formalizado legalmente.
Meta 3 - Atingir 80 % do CAR: O município de Moju alcançou 69,71 % da área
de CAR cadastrável no município.
Meta 4 - Desmatamento menor que 40 km²: O município de Moju possui taxa
de desmatamento anual menor que 40 km2. Em 2015, a taxa anual foi de 25,70
km2.
Meta 5 - Verificação em campo do desmatamento: O município não respondeu
a todos os boletins de alerta de desmatamento recebidos em 2016.
Meta 6 - Não estar na lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia:
Moju integra a lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia.
Meta 7 - Possuir Sistema e Órgão Municipal de Meio Ambiente Estruturados:
O município possui Sistema Municipal de Meio Ambiente estruturado.
O município de Moju cumpriu 4 das 7 metas estabelecidas pelo PMV. As
metas relacionadas ao CAR (Meta 3), verificação em campo dos boletins de alerta de
desmatamento (Meta 5) e não estar na lista dos municípios que mais desmatam na
Amazônia (Meta 6) não foram totalmente cumpridas.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Boas práticas, inovações da gestão e outras políticas ambientais
implementadas
Nenhuma política de incentivos voltados à preservação e recuperação
ambiental foi criada pelo município e este também não adotou nenhuma outra política
ambiental federal ou estadual com caráter de regularização ambiental.
O município não adota nenhuma estratégia diferenciada e própria que
venha a auxiliar o processo de gestão.
Em relação à promoção de boas práticas e que estimule a participação
social na gestão ambiental, a SECTEMA informou que realiza campanhas
públicitárias, promove palestras e debates, audiências públicas e eventos
participativos,como mutirões.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Principais Atividades/ Ações da Gestão Ambiental Municipal de Tailândia
Identificação do Município
Município: Tailândia
Prefeito: Rosinei Pinto De Souza
Secretário de Meio Ambiente: Leonardo Miranda Biancardi
Responsável pelas informações: Leonardo Miranda Biancardi
Vínculo da responsável pelas informações: concursado (efetivo)
Telefone: (91) 991661153
E-mail Secretário de Meio Ambiente: [email protected]
E-mail Secretaria de Meio Ambiente: [email protected]
Endereço para correspondência: Rodovia – PA 150 km 135, Próximo ao Laticínio, Bairro: Industrial, CEP:
68695-000, Tailândia - Pará
*As informações aqui contidas são do período em que os municípios responderam o questionário (2016)
Sistema Municipal de Meio Ambiente
Conforme disposto na Portaria SEMAS nº 179/2016, atualizada pela
Portaria SEMAS nº 1.421/2016 e o anexo único do Comunicado SEMAS que traz a
relação de municípios que possuem capacidade para exercer a gestão ambiental de
forma plena e/ou parcial, a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio
Ambiente de Tailândia (SECTMA) possui capacidade para exercer a gestão ambiental
local e realizar o licenciamento de empreendimentos e atividades de impacto
ambiental local.
O Sistema Municipal de Meio Ambiente (SISMUMA) de Tailândia e
SECTMA foi instituído pela Lei Municipal nº 185/2006. O município possui secretaria
exclusiva para tratar das questões ambientais. Entre as atribuições da SECTMA estão
a fiscalização, educação ambiental, cadastro ambiental, licenciamento ambiental e
monitoramento.
No que tange aos recursos organizacionais, a SECTMA possui fluxo de
processo, controle de processos, termo de notificação, termo de apreensão e auto de
infração
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 91
Assim, constata-se que o Sistema Municipal de Meio Ambiente é
individualizado, autônomo, com uma secretaria específica e estruturado junto com o
Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) e o Fundo Municipal de Meio
Ambiente (FMMA).
Este arranjo é o ideal, tendo em vista que o sistema ambiental é complexo,
abarcando inúmeras vertentes, demandando, portanto, uma estruturação específica e
políticas públicas próprias.
Legislação Ambiental
O município de Tailândia possui Política Municipal de Meio Ambiente
instituída pela Lei Municipal nº 185 /2006.
A SECTMA declarou que o município possui Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano (PDDU) disciplinado pela Lei Municipal nº 001 de 2006, que
é requisito legal para municípios com população superior a 20.000 habitantes,
conforme prevê a Lei Federal nº 10.257/2001.
O município afirmou que não possui Plano Ambiental que contemple as
características locais e regionais, nem possui lei específica que regulamente o ICMS
Verde.
O Quadro 5.17 apresenta as lesgilações do município de Tailândia
relacionadas à gestão ambiental.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 92
Quadro 5.17 - Legislação municipal relacionada à gestão ambiental do município de Tailândia.
Legislação Ambiental Municipal Número da Lei/Ano
Lei de criação do Sistema Municipal de Meio Ambiente Lei nº 185/2006
Lei de criação do Órgão Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 185/2006
Lei de Criação do Conselho Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 185 de 2006
Lei de Criação do Fundo Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 185/2006
Política Municipal de Meio Ambiente Lei Municipal nº 185 /2006
Lei que disciplina o licenciamento ambiental de impacto local e as sanções administrativas pelo seu descumprimento
Não possui
Lei de Diretrizes Urbanas Não possui
Lei que institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Lei Municipal nº 001 de 2006
Lei de Política de incentivos voltados à preservação/recuperação ambiental
Não possui
Lei que Regulamenta o ICMS Verde Não possui
Lei de taxas Lei Municipal nº 321 /2016
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
Conselho Municipal de Meio Ambiente
De acordo com a SECTEMA, o Conselho Municipal de Meio Ambiente
(CMMA) de Tailândia foi criado pela Lei Municipal nº 185 de 2006 e possui caráter
consultivo, deliberativo e normativo.
O CMMA é um órgão colegiado consultivo de assessoramento ao Poder
Executivo Municipal e deliberativo no âmbito de sua competência e normativo sobre
as legislações ambientais. O ideal é que o conselho seja paritário e a lei que versa
sobre este disponha quanto à autonomia de cada segmento da sociedade civil no
processo de escolha de suas representações. Atualmente, o CMMA de Tailândia é
formado por 16 conselheiros, sendo seis representantes do poder público e dez
representantes da sociedade civil organizada, ou seja, não possui composição
paritária. Entre as instituições participantes do CMMA foram citados órgãos municipais
setoriais, Câmara dos Vereadores, Ministério Público e sindicatos. Nos últimos 12
meses, o CMMA não se reuniu em nenhum momento.
No tocante às resoluções deliberadas, desde sua criação, o CMMA
deliberou quatro resoluções.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 93
Recursos Financeiros
Fundo Municipal de Meio Ambiente
A previsão de constituição do Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA)
está disposta no art. 4º da Lei Complementar nº 140/2011, sendo o seu objetivo fazer
com que o município institua, legalmente, instrumento econômico para ter e dar
suporte financeiro às suas demandas ambientais, podendo valer-se de instrumentos
de cooperação institucionais como fundos públicos e privados e outros instrumentos
econômicos.
O município de Tailândia possui FMMA instituído pela Lei Municipal nº
185/2006. O fundo possui conta bancária própria e de acordo com a SECTMA, os
recursos do Fundo não são utilizados rotineiramente.
Quanto ao uso dos recursos do FMMA, o município informou que o CMMA
não acompanha os gastos da gestão ambiental.
Recursos Financeiros do Órgão Municipal de Meio
Ambiente
A SECTMA recebe recursos advindos exclusivamente da prefeitura. O valor
aproximado dos recursos provindo do órgão oriundos do tesouro municipal para
pagamento de despesas como salários e energia não foi informado pela Secretaria.
O município recebe repasse referente à lei do ICMS Verde, no entanto, de
acordo com a SECTMA, os recursos do ICMS Verde não são transferidos para o
FMMA. A SECTMA afirmou que CMMA é o responsável por estabelecer o uso dos
recursos do fundo.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Em consulta ao site do PMV é possível observar que o município de
Tailândia recebeu repasse do ICMS Verde equivalente a R$ 360.432,1029 em 2014 e
em 2015 (excluindo o repasse de dezembro de 2015) a R$ R$ 323.715,1730.
Licenciamento Ambiental Municipal
Conforme determina o artigo 6º da Resolução CONAMA nº 237/1997
compete ao Órgão Ambiental Municipal, quando couber, o licenciamento ambiental de
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem
delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio. Assim, o município de
Tailândia possui capacidade para exercer a gestão ambiental local, em conformidade
com a Portaria SEMAS nº 179/2016, atualizada pela Portaria SEMAS nº 1.421/2016 e
o anexo único do Comunicado SEMAS que traz a relação de municípios que possuem
capacidade para exercer a gestão ambiental de forma plena e/ou parcial.
Neste sentido, por meio da Resolução do Conselho Estadual de Meio
Ambiente (COEMA) nº 120/2015, foram estabelecidas as atividades de impacto
ambiental local e recomendações, para fins de licenciamento ambiental municipal, a
ser realizado pelos municípios no âmbito do Estado do Pará. Assim, no anexo único
da Resolução COEMA nº120/201531 são definidas as tipologias de impacto ambiental
local / tipologia compartilhada entre Estado e municípios determinando assim a
competência de cada ente federado no que se refere ao licenciamento ambiental.
Seguindo o disposto nas legislações supraditas, o município de Tailândia
realiza licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local.
Segundo a SECTMA, as atividades licenciadas pelo município são as seguintes:
agrossilvipastoril, pesca e aquicultura, industrial, construção civil, pesquisa e lavra
mineral, posto de combustível e limpeza de pasto degradado (limpeza de juquira).
Ainda de acordo com a SECTEMA, as principais demandas para licenciamento
ambiental no município, considerando área urbana e rural são do comércio em geral,
29 Disponível em http://www.municipiosverdes.com.br/files/ckFinderFiles/files/ICMS%202014.pdf 30 Disponível em http://www.municipiosverdes.com.br/files/ckFinderFiles/files/ICMS%202015(1).pdf 31 Anexo único publicado originalmente pela Resolução COEMA nº 116/2014, a qual foi revogada à exceção de seu anexo único o qual passou a fazer parte da Resolução COEMA nº 120/2015.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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postos de combustíveis, atividades de agropecuária, agricultura, desdobro de
madeira, plantio de dendê, entre outras.
No que se refere ao monitoramento das atividades de impacto local
licenciada pelo município, a SECTMA afirmou que monitora todas as atividades que
licencia.
A SECTMA afirmou que o município de Tailândia possui delegação de
competência do Estado para a atividade de licenciamento nos termos do artigo 5° da
Lei Complementar n° 140/2011 e da Instrução Normativa SEMAS nº 005/2013.
Conforme previsto em lei, os entes federados devem compartilhar a gestão
ambiental, sendo parte do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), nos
termos da Lei Federal n° 6.938/1981 e do Sistema Estadual de Meio Ambiente
(SISEMA), segundo Lei Estadual n° 5.887/199532. De acordo com a SECTMA, o apoio
do governo Estadual/Federal à gestão ambiental refere-se as questões técnicas
(capacitação, orientação, elaboração de normativas) e financeira.
Atividades Impactantes
O impacto ambiental local é aquele em que as alterações que venham a
ocorrer se restringem aos limites do município e à sua competência legal. De acordo
com Khoury et al. (2013), é no âmbito do município que os maiores impactos
acontecem e são sentidos pelas comunidades.
Nesse sentido o Quadro 5.18 apresenta as principais atividades
impactantes do município de Tailândia. É possível observar que a contaminação do
solo, descarte ilegal de resíduos sólidos urbanos, descarte ilegal de resíduos líquidos,
barulhos/ruídos e a falta de saneamento básico são as atividades que mais causam
impacto no município.
O descarte ilegal de resíduos sólidos, juntamente com a falta de
saneamento, pode gerar passivos relacionados à poluição do solo, visual, da água,
do ar e de proliferação de vetores causadores de doenças. A contaminação do solo,
32 Disponível em: https://www.semas.pa.gov.br/1995/05/09/9741/
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apontada como uma das atividades mais impactantes, pode estar relacionada às
extensas plantações de dendê, que porventura utilizam agrotóxicos, o que pode levar
a contaminação do solo.
Chama-se a atenção ao fato da SECTMA apontar o desmatamento ilegal,
a extração e o transporte ilegal de produtos florestais como atividades menos
impactantes. Sabe-se que atualmente, Tailândia possui 50,41% da área territorial
municipal desmatada, o que ocasionou diversos impactos negativos sobre a fauna,
flora, solo do município. Além disso, o município já integrou a lista do MMA como um
dos que mais desmatam na Amazônia (Portaria MMA nº102/2009), requerendo ações
prioritárias para o combate ao desmatamento. Em 2013, por meio da Portaria MMA nº
412/2013, o município de Tailândia saiu da lista do MMA e atualmente, segundo a
classificação do PMV, é considerado “Município Verde”, uma vez que Tailândia
conseguiu atingir todas as metas estabelecidas pelo programa.
Quadro 5.18 – Atividades impactantes no município de Tailândia.
Atividade Grau de Impacto
Desmatamento ilegal menos impactante
Queimada ilegal requer acompanhamento/monitoramento
Invasão e degradação florestal de áreas protegidas (unidades de conservação, terras indígenas)
menos impactante
Extração ilegal de produtos florestais requer acompanhamento/monitoramento
Transporte ilegal de produtos florestais menos impactante
Contaminação do solo mais impactante
Contaminação do ar (fumaça) requer acompanhamento/monitoramento
Contaminação da água requer acompanhamento/monitoramento
Descarte ilegal de resíduos sólidos urbanos mais impactante
Descarte ilegal de resíduos líquidos mais impactante
Descarte ilegal de resíduos sólidos agrossilvipastoris menos impactante
Barulho/ruído mais impactante
Pesca predatória menos impactante
Caça menos impactante
Falta de saneamento básico mais impactante
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
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Campanhas de Educação Ambiental
Nos últimos 12 meses, o município de Tailândia promoveu três campanhas
de conscientização ambiental. As campanhas trataram de temas sobre o Projeto
Florestalidade, a Caminhada no Dia da Árvore e o Evento do Dia do Meio Ambiente,
em parceria com a Secretaria de Educação do município, sendo promovidas pelo
Governo Municipal.
A SECTMA informou que tem sido demandada pela população para
promover campanhas de educação ambiental no município quanto aos temas de
resíduos sólidos, coleta seletiva, preservação de corpos hídricos, preservação de
Áreas de Preservação Permanente e preservação de área de Reserva Legal.
Nos últimos 12 meses, a temática ambiental foi devidamente abordada nas
disciplinas das escolas municipais de forma interdisciplinar (transversal).
Estrutura do Órgão Municipal de Meio Ambiente
O órgão ambiental deve ser dotado de uma estrutura organizacional e
operacional que lhe dê a robustez requerida para atender, dentro de padrões de
qualidade gerencial satisfatórios, às demandas de regularização ambiental e a
implantação integrada dos instrumentos de gestão ambiental. Neste item é analisada
a estrutura da Secretaria de Meio Ambiente relacionada à estrutura física (salas,
equipamentos veículos, etc.), programas de computadores, internet e o quadro
técnico.
Infraestrutura e equipamentos
A SECTMA de Tailândia possui sede própria com seis salas. No que se
refere aos equipamentos, entendidos aqui como ferramentas que viabilizam a
atividade técnica, estão disponíveis os equipamentos listados no Quadro 5.19.
A SEMMAT possui acesso à internet com boa qualidade de conexão. A
secretaria não possui sistema de gerenciamento de atividades informatizado,
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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ferramenta essa que auxilia na organização do fluxo de trabalho da secretaria e na
busca de informações.
Quadro 5.19 – Estrutura da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Tailândia.
Equipamentos Quantidade Forma de Aquisição
Computador 11 Própria
Notebook/ laptop 3 Própria
Programas de georreferenciamento (Quantum GIS, GV SIG ou
ArcGis/ArcMap etc.) Sim -
Carro 1 (01 TRÍTON - L 200
BRANCA ANO – 2015) Cessão
Moto 7 5 Cedidas e 2 próprias
Embarcação 0 -
Receptor GPS 5 3 Próprios e 2 cedidos
Decibelímetro 1 Própria
Máquina fotográfica 1 Própria
Possui Internet Sim Qualidade da conexão: boa
Sistema de gerenciamento de atividades informatizado
Não -
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
Diante da condição exposta no quadro acima, a estrutura administrativa
atual do município de Tailândia, em termos do apoio ao exercício de fiscalização e
licenciamento revelou-se satisfatória. Contudo, recomenda-se a aquisição de mais
veículos (carro), decibelímetro e máquina fotográfica, pois o número limitado destes
equipamentos pode inviabilizar as atividades de fiscalização e monitoramento a serem
realizadas pela SECTMA, caso qualquer um destes venha a sofrer algum dano que
impeça o seu uso.
Recomenda-se, que os equipamentos a disposição da SECTMA devem ser
suficientes para suprir minimamente o número de equipes a sua disposição, com
intuito de garantir a frequência e a efetividade das ações de fiscalização e
monitoramento ambiental das atividades potencialmente degradadoras do meio
ambiente desenvolvidas no município.
A Figura 5.7 e Figura 5.8 mostram a infraestrutura da SECTMA e alguns de
seus equipamentos.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 99
Figura 5.7 e Figura 5.8 – Salas e equipamentos da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Tailândia.
Fonte: Floram (2016).
Equipe da Secretaria
A SECTMA de Tailândia conta com um total de 15 funcionários, distribuídos
entre a área administrativa (dois), técnica (12) e de serviços gerais (um). Destes, oito
funcionários são efetivos, todos eles lotados na área técnica do órgão.
Em relação à escolaridade, a equipe da SECTMA é composta por sete
profissionais de nível médio e oito de nível superior completo, sendo que destes, cinco
possuem pós-graduação. Os profissionais com ensino superior completo possuem as
seguintes habilitações: dois engenheiros agrônomos, um engenheiro florestal, um
pedagogo, dois engenheiros sanitaristas e um analista jurídico.
Para constituição da equipe técnica, deve-se considerar a tipologia e a
classificação das atividades ou empreendimentos a serem licenciados pelo município.
Os profissionais devem ter formação específica para analisar os impactos causados
pelos empreendimentos no meio ambiente.
Considerando a equipe declarada pela SECTMA de Tailândia, o corpo
técnico pode ser considerado satisfatório. Contudo, faz-se necessário a inclusão de
profissionais da área socioeconômica, para fins de analisar impactos e propor
medidas no campo socioambiental. Além disso, a SECTMA emite licenças para postos
de combustíveis, o que requer um profissional da área de segurança do trabalho para
verificar as análises do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e Planos de
Gerenciamento de Riscos.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 100
É de suma importância uma equipe multidisciplinar contemplando analistas
dos meios físico, biótico e socioeconômico, para a análise de viabilidade ambiental
das atividades ou empreendimentos de forma correta. Ressalta-se que é
recomendado que a equipe técnica seja formada por servidores concursados do
município, tendo em vista a autonomia funcional dos mesmos e a segurança para
exercer suas atividades, sem submissão a interesses particulares e/ou políticos.
No que tange as capacitações dos profissionais da SECTMA, nos últimos
12 meses os técnicos participaram de capacitações de apresentação do SIGAM,
Qualificação da Gestão Ambiental dos Municípios do Pará e de Elaboração do Plano
de Resíduos Sólidos dos Municípios do Pará.
Instrumentos para o controle do desmatamento
O município de Tailândia assinou o Termo de Compromisso com o
Ministério Público Federal em janeiro de 2011 e o Pacto para Redução do
Desmatamento e Regularização Ambiente no ano de 2011, que contava com 40
signatários. Em agosto de 2016, o município assinou a Repactuação pelo Combate
ao Desmatamento, Combate a Degradação Florestal, pelo Desenvolvimento
Sustentável, e a Regularização Ambiental.
Em Tailândia foi definido que o grupo será composto pelas mesmas
instituições membras do Conselho Municipal de Meio Ambiente da última eleição e
que as possíveis mudanças de instituições serão registradas em atas nas próximas
reuniões do Conselho. Assim, no dia 21 de setembro de 2016, ocorreu a reunião para
reativar o Conselho Municipal de Meio Ambiente e consequentemente o Grupo
Municipal de Combate ao Desmatamento. Com isso, o decreto de criação do Grupo
Municipal de Combate ao Desmatamento foi redigido e aprovado por todos os
presentes na reunião. Contudo, até o presente momento, o decreto de criação do
grupo não foi assinado pelo prefeito de Tailândia.
Além dos instrumentos supracitados, como o pacto/repacto e o grupo de
combate ao desmatamento, o município de Tailândia realizou uma oficina participativa
para tratar do Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento
(PPCAD). Os participantes, por meio das discussões nas oficinas participativas
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 101
associado aos resultados obtidos com o Diagnóstico da Dinâmica do Desmatamento
do município de Tailândia identificaram as principais problemáticas para o combate
ao desmatamento e propuseram ações estratégicas para superar essas dificuldades.
Essas contribuições culminaram na elaboração da minuta do PPCAD municipal que
será um documento norteador para o combate ao desmatamento e ao
desenvolvimento sustentável do município.
Por fim, de acordo com a SECTMA, os desmatamentos ocorridos em áreas
protegidas, assentamentos, projetos de desenvolvimento sustentável,
acampamentos, terras indígenas e/ou quilombolas estão sendo identificados e
informados ao órgão federal responsável.
Programa de Regularização Ambiental (PRA)
O PRA, implementado no Estado do Pará pelo Decreto Estadual nº
1.379/2015, tem o objetivo de promover a regularização ambiental das posses e
propriedades rurais do Estado do Pará, em que tenha sido verificada a existência de
passivos ambientais, relativos às áreas de preservação permanente (APPs) ou
reservas legais (RLs), no âmbito do CAR.
O município de Tailândia não possui norma específica disciplinando o PRA
no município, mas executa o Programa. Nenhuma política de incentivos voltados à
preservação e recuperação ambiental foi criada pelo município, assim como nenhuma
outra política ambiental federal ou estadual com caráter de regularização ambiental.
Salienta-se que embora a SECTMA tenha afirmado que o município não
adotou política ambiental federal ou estadual com caráter de regularização ambiental,
sabe-se que a secretaria tem realizado o CAR, que é um dos instrumentos do PRA,
segundo o artigo 2º do Decreto Estadual nº 1.379/2015. Atualmente, o município de
Tailândia possui 85,62% (Quadro 5.20) de CAR da área total cadastrável (SEMA-
01/201633).
33 Disponível em http://municipiosverdes.com.br/ficha_resumo/1507953
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Quadro 5.20 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV no município de Tailândia
Município
Área CAR Cadastrável (SEMA-05/2015)
Área CAR Cadastrada (SEMA-01/2016)
Área CAR a ser Cadastrada (Para Atingir
Meta de 80%)
km² % Município km² % Cadastrada km² % Restante
Tailândia 4.399,50 99,31 3.767,06 85,62 0,00 0,00
Fonte: SEMAS apud PMV (2015); SIMLAM (2016).
Instrumentos de Cooperação
Segundo a SECTMA, o município de Tailândia não possui ações
cooperadas com órgão ambiental estadual e federal. Além disso, a SECTMA afirmou
que não possui termos de cooperação ou convênios com instituições públicas e/ou
privadas. Tailândia também não participa de consórcios com outros municípios.
Considerando as articulações institucionais que venham a possibilitar a
troca de experiências, a construção e a produção de saberes, a SECTMA afirmou
participar de conselhos gestores municipais, mas não apontou quais.
De acordo com a SECTMA, o Ministério Público Estadual participa da
gestão ambiental local por meio de verificação de denúncias, pedido de informações,
transição penal, com recomendações de melhorias.
Contribuições do PMV para a Gestão Ambiental Municipal
De acordo com a SECTMA de Tailândia, o PMV tem contribuído de forma
muito positiva no fortalecimento da gestão ambiental, por meio de doação de
equipamentos que possibilitam atuação efetiva no combate ao desmatamento.
Evidencia-se que o PMV, com a finalidade de associar o combate ao
desmatamento ao fortalecimento da produção rural sustentável, estabeleceu metas
aos municípios participantes do programa a serem implantadas em sua gestão
municipal. A seguir são apresentadas as metas estabelecidas pelo PMV, bem como
uma análise de seu cumprimento pelo município de Tailândia:
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 103
Meta 1 - Pacto contra o desmatamento: O Pacto para Redução do
Desmatamento e Regularização Ambiente foi assinado no ano de 2011. Em agosto
de 2016, o município assinou a Repactuação pelo Combate ao Desmatamento,
Combate a Degradação Florestal, pelo Desenvolvimento Sustentável, e a
Regularização Ambiental.
Meta 2 - Grupo de combate ao desmatamento: No dia 21 de setembro de 2016
ocorreu a reunião para reativar o Conselho Municipal de Meio Ambiente e
consequentemente o Grupo Municipal de Combate ao Desmatamento. Foi
definido que o grupo será composto pelas mesmas instituições membras do
Conselho Municipal de Meio Ambiente da última eleição e que as possíveis
mudanças de instituições serão registradas em atas nas próximas reuniões do
Conselho. Com isso, o decreto de criação do Grupo Municipal de Combate ao
Desmatamento foi redigido e aprovado por todos os presentes na reunião. Foi
informado que o decreto será protocolado pela SECTEMA no setor jurídico da
prefeitura para posterior assinatura do prefeito de Tailândia. Contudo, até o
presente momento, o decreto ainda não foi expedido.
Meta 3 - Atingir 80 % do CAR: O município de Tailândia alcançou 85,62 % da
área de CAR cadastrável no município.
Meta 4 - Desmatamento menor que 40 km²: O município de Tailândia possui
taxa de desmatamento anual menor que 40 km2. Em 2015, a taxa anual foi de
6,7 km2.
Meta 5 - Verificação em campo do desmatamento: O município de Tailândia
realizou a verificação em campo do boletim de alerta desmatamento recebido
em 2016.
Meta 6 - Não estar na lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia:
Tailândia não integra a lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia.
Meta 7 - Possuir Sistema e Órgão Municipal de Meio Ambiente Estruturados:
O município possui Sistema Municipal de Meio Ambiente estruturado.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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O município de Tailândia cumpriu 6 das 7 metas estabelecidas pelo PMV.
Apenas a meta relacionada à criação do grupo de combate ao desmatamento (Meta
2), não foi totalmente cumprida.
Boas práticas, inovações da gestão e outras políticas ambientais
implementadas
O município informou que adota como estratégia para auxiliar o processo
de gestão, a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) com mais de 84% das
propriedades abrangidas no município e a criação de viveiro de mudas para
arborização do município.
Em relação à promoção de boas práticas e que estimule a participação
social na gestão ambiental, a SECTMA informou que realiza campanhas públicitárias
e promove palestras e debates.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 105
ANÁLISE INTEGRADA DA BASE LOCAL TAILÂNDIA
Esta análise integra dados dos diagnósticos dos sistemas de gestão
ambiental dos municípios da Base Local Tailândia de modo a subsidiar políticas e
ações regionais de planejamento.
Secretarias Municipais de Meio Ambiente
Todos os municípios da Base Local Tailândia possuem secretarias de meio
ambiente, sendo que no correspondente a 80% dos municípios a secretaria é
exclusiva e em 20% dos municípios a secretaria é conjunta (Jacundá e Tailândia).
Nos municípios de Igarapé-Miri, Jacundá e Tailândia, as Secretarias de meio ambiente
possuem sede própria. Já a Secretaria do município de Moju funciona em sede
alugada, enquanto a Secretaria de Goianésia do Pará exerce suas funções em um
anexo da prefeitura municipal.
As secretarias de meio ambiente de Goianésia do Pará e Jacundá são as
que dispõem de todos os equipamentos e veículos básicos necessários a possíveis
funções de licenciamento, controle e fiscalização do órgão ambiental em
funcionamento. A secretaria de Igarapé-Miri é a com menor infraestrutura dos
municípios da Base Local Tailândia, não possuindo notebook/ laptop, carro,
embarcação, GPS ou máquina fotográfica. Goianésia do Pará e Moju contam no geral
com poucas unidades de equipamentos e veículos.
O Quadro 6.1 demonstra os dados e a análise estatística da amostra de
equipamentos da Base Local Tailândia. A distribuição dos equipamentos e veículos
entre as secretarias municipais de meio ambiente é para metade dos itens avaliados
assimétrica, e para os itens computador, notebook/ laptop, moto e embarcação os
valores de média e mediana são iguais demonstrando simetria na distribuição.
Destaca-se, no entanto, as secretarias de Moju e Tailândia não possuem notebook/
laptop e embarcação, respectivamente.
Em 80% das secretarias municipais de meio ambiente da Base Local
Tailândia há o uso de programas de georreferenciamento e em todas as secretarias
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 106
da amostra há internet, ferramentas que atualmente tem se mostrado extremamente
importantes no auxílio ao controle, descoberta e monitoramento de aspectos
ambientais relevantes. Apenas a secretaria de Igarapé-Miri não possui programas de
georreferenciamento. Nenhuma das secretarias faz uso de sistemas de
gerenciamento de informações ambientais informatizado (Figura 6.1).
Exceto pela secretaria municipal de meio ambiente de Igarapé-Miri, todas
as demais secretarias da Base Local Tailândia possuem ao menos um tipo de recurso
organizacional, conforme demonstra a Figura 6.2. Goianésia do Pará é o município
com mais recurso.
As ferramentas mais comuns, as quais são usadas 80% das secretarias,
não estando presente somente em Igarapé-Miri, são: Fluxo de processo, Controle de
processos, Termo de notificação, Termo de apreensão e Auto de infração.
Quadro 6.1 - Análise estatística dos equipamentos disponíveis nas secretarias municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia.
Município Computador Notebook/
laptop Carro Moto Embarcação GPS
Decibelímetro
Máquina fotográfica
Goianésia do Pará
6 1 1 4 1 1 1 1
Igarapé-Miri 1 0 0 1 0 0 1 0
Jacundá 5 2 3 8 2 4 5 1
Moju 2 0 1 5 0 6 0 3
Tailândia 11 3 1 7 0 5 1 1
Total 25 6 6 25 3 16 8 6
Máximo 11,0 3,0 3,0 8,0 2,0 6,0 5,0 3,0
Mínimo 1,0 0,0 1,0 1,0 0,0 0,0 1,0 0,0
Média 5,0 1,5 1,5 5,0 1,0 3,2 2,0 1,2
Mediana 5,0 1,5 1,0 5,0 1,0 4,0 1,0 1,0
Desvio Padrão 3,9 1,3 1,0 2,7 1,0 2,6 2,0 1,1
Coeficiente de variação (%)
78,7 86,1 66,7 54,8 100,0 80,9 100,0 91,3
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 107
Figura 6.1 - Disponibilidade de internet e sistemas de computador de interesse ambiental nas secretarias municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia.
Figura 6.2 - Existência de recursos organizacionais nas secretarias municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 108
O quadro de funcionários das secretarias municipais de meio ambiente da
Base Local Tailândia possui 48% do pessoal lotado na área técnica, conforme
demonstrado na Figura 6.3A. A área de serviços gerais possui 32% do quadro de
funcionários e a área administrativa 20%. A maior parte do quadro de funcionários que
compõe as áreas administrativas e técnicas não tem, entretanto estabilidade, sendo
os funcionários efetivos dessas áreas correspondentes a 18% e 35%,
respectivamente (Figura 6.3C e Figura 6.3D). Nenhuma das secretarias há previsão
para realização de concurso público (Figura 6.3B). Um estagiário compõe o quadro
de funcionários das secretarias municipais da Base Local Tailândia, estando lotado
em Jacundá.
A distribuição dos funcionários das secretarias de meio ambiente da Base
Local Tailândia e sua avaliação estatística é demonstrada no Quadro 6.2. Nota-se
uma grande diferença no número de funcionários das secretarias de meio ambiente
dos municípios da base. Igarapé-Miri é o município que tem menor número de
funcionários, apenas cinco. As secretarias de meio ambiente de Jacundá e Moju são
as que apresentam os maiores números de funcionários e Tailândia é a secretaria que
tem mais pessoal lotado na área técnica (Quadro 6.2).
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 109
Figura 6.3 - Distribuição de funcionários das SEMMAs por área (A); Previsão de realização de concurso público para as SEMMAs (B); Presença de funcionários efetivos nas áreas administrativas (C) e técnicas (D) das SEMMAs.
Quadro 6.2- Análise estatística da distribuição dos funcionários disponíveis nas secretarias municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia.
Municípios Total de
profissionais Estagiários
Área administrativa
Área técnica Serviços gerais
Goianésia do Pará 13 0 1 8 4
Igarapé-Miri 5 0 1 3 1
Jacundá 20 1 6 8 6
Moju 31 0 7 9 15
Tailândia 15 0 2 12 1
Total 84 1 17 40 27
Máximo 31 1 7 12 15
Mínimo 5 0 1 3 1
Média 16,8 0,2 3,4 8,0 5,4
Mediana 15,0 0,0 2,0 8,0 4,0
Desvio Padrão 9,6 0,4 2,9 3,2 5,8
Coeficiente de variação (%)
57,2 223,6 84,7 40,5 106,9
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 110
Nas secretarias municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia
atuam profissionais de diferentes áreas de formação. Predominam agrônomos,
biólogos, engenheiros florestais e profissionais com curso técnico (Figura 6.4).
Goianésia do Pará e Moju são as secretarias mais bem estruturadas em termos de
funcionários com nível técnico/tecnólogo e superior. Destes profissionais, 45%
possuem registros nos conselhos de classe (Figura 6.5). Os dados dos profissionais
que possuem conselho de classe fornecido pela secretaria municipal de Tailândia não
puderam entrar na avaliação por se mostrarem inconsistentes.
Na maior parte das secretarias verifica-se a carência de profissionais
vinculados às áreas socioeconômicas, os quais dispõem de conhecimentos para
realizar avaliação de impactos ambientais, proposição de medidas, ações e
programas em relação ao meio antrópico, bem como atuar junto a comunidades
tradicionais e indígenas. Há ainda em 60% das secretarias carência de profissionais
das ciências biológicas, habilitados a tratar de aspectos relacionados à fauna, sendo
as secretarias de Igarapé-Miri, Moju e Tailândia as que não têm biólogo em seu quadro
de funcionários.
Figura 6.4 - Distribuição do quadro de funcionários por áreas de formação profissional
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 111
Figura 6.5- Presença de profissionais com registro no conselho de classe.
*Os dados fornecidos pela secretaria municipal de Tailândia quanto ao registro de seus profissionais no conselho de classe não puderam entrar na avaliação já que se mostraram inconsistentes.
Conselho Municipal de Meio Ambiente
Todos os municípios da Base Local Tailândia possuem conselhos de meio
ambiente com caráter deliberativo. Os conselhos são compostos por membros
titulares e suplentes. Como exposto na Figura 6.6A, observa-se que há mais
representatividade de entidades governamentais (52%) do que de entidades não
governamentais (48%). Em 60% dos municípios os conselhos são paritários, no
município de Tailândia a representação de entidades não governamentais é maior e
no município de Jacundá a representação de entidades do governo é predominante.
Cada conselho de meio ambiente dos municípios que integram a Base
Local Tailândia se reuniu com um tipo de frequência nos últimos 12 meses, como
demonstra a Figura 6.6B. O conselho de Igarapé-Miri é o mais ativo tendo se reunido
mensalmente nos últimos 12 meses. Já o conselho de Tailândia não se reuniu e no
conselho de Goianésia só ocorrem reuniões extraordinárias.
O equivalente a 80% dos conselhos de meio ambiente dos municípios que
integram a Base Local Tailândia não deliberaram resoluções nos últimos 12 meses,
sendo que somente o conselho de Jacundá o fez. Os conselhos de Goianésia do Pará
e Moju nunca deliberaram qualquer normativa, enquanto que o restante da amostra
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 112
(60%) já deliberou ao menos uma resolução desde a criação dos conselhos (Figura
6.6C e Figura 6.6D).
Figura 6.6 - Composição dos conselhos municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia (A); Periodicidade da realização de reuniões dos conselhos nos últimos 12 meses (B); Resoluções deliberadas pelos conselhos nos últimos 12 meses e desde a criação destes (C); Resoluções deliberadas por cada um dos conselhos nos últimos 12 meses e desde a criação destes (D).
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 113
Recursos Financeiros e Fundo Municipal de Meio Ambiente
Todas as secretarias municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia
declaram ter como fonte de recursos os repasses da prefeitura. O correspondente a
40% das secretarias também confirmou a arrecadação própria (multas, taxas, etc.) e
uma secretaria afirmou receber recursos de projetos. A secretaria municipal de meio
ambiente de Jacundá é a que recebe repasses de maior número de fontes: própria,
prefeitura e projetos. As fontes dos recursos dos sistemas de gestão ambientais
declaradas pelos municípios da Base Local Tailândia de é demonstrado pela Figura
6.7 a seguir.
Figura 6.7- Fonte de recursos dos sistemas de gestão ambiental municipais
Todos os municípios da Base Local Tailândia possuem fundos municipais
de meio ambiente criados por leis municipais. Os recursos dos fundos são utilizados
rotineiramente (pelo menos a cada 03 meses) em 40% dos sistemas de gestão
ambientais da Base Local Tailândia, não sendo utilizados desta forma em Goianésia
do Pará, Moju e Tailândia. Foram citadas como ações financiadas com recursos dos
fundos: a fiscalização, infraestrutura da secretaria, educação ambiental, capacitação
dos servidores e licenciamento ambiental. Em 80% dos municípios as secretarias
municipais de meio ambiente declaram que seus conselhos de meio ambiente não
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 114
acompanham os gastos da gestão ambiental, dos recursos oriundos do fundo de meio
ambiente. Somente Goianésia do Pará afirmou que o faz, mas a mesma secretaria de
meio ambiente afirmou não usar os recursos rotineiramente.
Todos os municípios da Base Local Tailândia recebem repasses referentes
ao ICMS Verde instituído pela Lei Estadual nº 7.638/2012 (regulamentada pelo nº
775/2013 e pela Portaria da Secretaria Executiva de Meio Ambiente nº 1.562/2013),
que em seu artigo 8º define que: “A destinação dos recursos oriundos do ICMS Verde
será definida em legislação municipal, com ênfase na operacionalização do Fundo
Municipal do Meio Ambiente, e sua gestão pelo Conselho Municipal do Meio
Ambiente”.
Apenas no município de Moju há regulamentação da destinação dos
recursos do ICMS Verde para o fundo municipal de meio ambiente. O repasse
referente ao ICMS Verde é feito para as prefeituras e não para os fundos de meio
ambiente e a destinação dos recursos não é informada ao conselho ou secretaria de
meio ambiente dos municípios.
Legislação Ambiental Municipal
Os municípios da Base Local Tailândia apresentam leis ambientais básicas
que estruturam legalmente o sistema municipal de meio ambiente e que asseguram o
estabelecimento formal das secretarias, conselhos e fundos ambientais.
Quanto à publicação de leis sobre temáticas específicas da esfera
ambiental (Figura 6.8), 80% os municípios da Base Local Tailândia possuem leis que
estabelecem a política (ou código) municipal de meio ambiente, não sendo a
publicação desta lei identificada apenas em Igarapé-Miri. O equivalente a 40% dos
municípios possui legislação própria disciplinando o licenciamento ambiental de
impacto local e as sanções administrativas pelo seu descumprimento, sendo
Goianésia do Pará, Igarapé-Miri e Tailândia os municípios que declararam não a
possuir. Somente o município de Jacundá possui plano ambiental de acordo com as
características locais e regionais, sendo que os demais, Goianésia do Pará, Igarapé-
Miri, Moju e Tailândia, declaram não possuir. Todos os municípios dispõem de Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano (Figura 6.8).
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 115
Referente aos recursos normativos, a secretaria de meio ambiente de
Igarapé-Miri declarou não ter nenhum. A Lei de Taxas é o recurso normativo mais
presente nos municípios da Base Local Tailândia sendo identificado em 60% dos
municípios. Nenhum município dispõe de normas para criação de UC / áreas
protegidas, de sanções, multa, penalidades, etc., de lei de incentivos, de Instruções
Normativas, Portarias ou de Resoluções (Figura 6.9).
Figura 6.8 - Municípios da Base Local Tailândia com leis publicadas sobre temáticas específicas da esfera ambiental.
Figura 6.9 - Municípios com recursos normativos da Base Local Tailândia.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 116
Como exposto anteriormente, dos municípios da Base Local Tailândia,
apenas o município de Moju possui lei municipal para regulamentar o uso dos recursos
do ICMS Verde conforme legislação estadual nº 7.638/2012 (regulamentada pelo
Decreto nº 775/2013 e pela Portaria da Secretaria Executiva de Meio Ambiente nº
1.562/2013). Complementando este item de legislação ambiental destaca-se que os
conselhos de meio ambiente de Igarapé-Miri, Jacundá e Tailândia possuem
normativas deliberadas (Figura 6.6D).
Licenciamento Ambiental Municipal e Fiscalização
A Resolução COEMA n° 120/2015 permite que os municípios exerçam o
licenciamento de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local conforme
determina o art. 6º da Resolução CONAMA nº 237/1997. A definição do conceito de
impacto ambiental local é dada pela Resolução COEMA nº 120/2015, em seu artigo
1º, sendo:
“qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e
o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as
condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, a qualidade dos recursos
ambientais, dentro dos limites do Município”.
O anexo único da Resolução COEMA nº 120/201534 define a tipologia de
impacto ambiental local / tipologia compartilhada entre Estado e Municípios
determinando assim a competência destes entes federados no que se refere ao
licenciamento ambiental. O Estado do Pará, por meio de normativas da SEMAS lista
municípios com esta capacidade, sendo que a normativa mais recente corresponde
ao Comunicado35 SEMAS que traz em Anexo Único a relação de municípios que
possuem capacidade para exercer a gestão ambiental.
34 Anexo único publicado originalmente pela Resolução COEMA nº 116/2014, a qual foi revogada à exceção de seu anexo único o qual passou a fazer parte da Resolução COEMA nº 120/2015. 35 Disponível em https://www.semas.pa.gov.br/wp-content/uploads/2016/08/comunicado.pdf
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 117
Dentro deste contexto, todos os municípios da Base Local Tailândia tem
capacidade para exercer a gestão ambiental.
O equivalente a 80% dos municípios afirmou que realiza licenciamento
ambiental municipal de atividades/empreendimentos com impacto local (Figura
6.10A). Especificamente a secretaria de meio ambiente de Igarapé-Miri, ainda que
tenha esta capacidade para exercer a gestão ambiental municipal declarou que não
realiza nenhum licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto
local ou monitoramento. Ressalta-se que no caso do município não apresentar
condições de exercer a gestão ambiental municipal o mesmo deve se declarar incapaz
ao Estado para que o mesmo possa suprir a demanda. No entanto, esta declaração
não foi realizada pelo município de Igarapé-Miri, ou ao menos ainda não foi publicada
pela SEMAS como nova atualização da Portaria SEMAS nº 179/2016. Ao não assumir
a função de órgão licenciador e ao não declarar incapacidade ao Estado o município
consente o estabelecimento de uma lacuna onde pode ocorrer a instalação e
operação de empreendimento e atividades com impactos locais sem regulamentação.
Os municípios da Base Local Tailândia que afirmam realizar licenciamento
ambiental municipal listam como atividades/ empreendimentos que licenciam
atividades agrossilvipastoril, pesca e aquicultura, comercial/serviços, industrial,
construção civil, queima controlada, pesquisa e lavra mineral, posto de combustível,
limpeza de pasto degradado (limpeza de juquira) e licença ambiental rural (Figura
6.11). O município de Goianésia do Pará declara não monitorar atividades que
licencia, assim como o município de Igarapé-Miri que afirma não licenciar nem
monitorar. Os demais municípios monitoram as atividades que licenciam.
De forma complementar a capacidade para gestão ambiental atestada pelo
Estado do Pará, há ainda o instrumento Convênio Delegação de Competência definido
pelo do artigo 5º da Lei Complementar n° 140/2011 e Instrução Normativa 005/2013,
que estabelece os procedimentos para celebração de Convênio de Delegação de
Competência para o Licenciamento Ambiental entre a Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Municípios do Estado do Pará. No Convênio de Delegação de
Competência um termo é firmado entre a SEMAS e município. Neste o município
assume as atividades de licenciamento e de controle e fiscalização ambiental de
competência originária do Estado. Trata-se, portanto da ampliação das competências
do município para atividades de licenciamento e de controle e fiscalização ambiental.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 118
O termo de Convênio de Delegação de Competência é assinado com a descrição
específica das atividades e/ou empreendimentos que o município passará a ter
competência para licenciar, controlar e fiscalizar, sendo a Instrução Normativa SEMAS
nº 005/2013 o instrumento jurídico que estabelece os procedimentos para celebração
deste convênio entre SEMAS e municípios do Estado do Pará.
O correspondente a 40% das secretarias de meio ambiente da Base Local
Tailândia afirmaram não ter delegação de competência. As seguintes secretarias de
meio ambiente de Goianésia do Pará, Moju e Tailândia declararam ter delegação de
competência do estado (Figura 6.10B).
Figura 6.10 - Municípios da Base Local Tailândia que realizam o licenciamento ambiental municipal (A) e que possuem delegação competência do estado para licenciamento (B).
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 119
Figura 6.11 - Atividades que os municípios da Base Local Tailândia realizam o licenciamento ambiental municipal
O artigo 8° da Resolução COEMA 120/201536 descreve que para a adesão
ao Programa Estadual de Gestão Ambiental Compartilhada, e assim o exercício da
competência do licenciamento ambiental os municípios deverão:
"I - Possuir quadro técnico próprio ou em consórcio, bem como outros instrumentos de cooperação que possam, nos termos da Lei, ceder-lhe pessoal técnico, devidamente habilitado e em número compatível com a demanda das ações administrativas para o exercício da gestão ambiental, de competência do ente federativo;
II - Possuir legislação própria que disponha sobre a política de meio ambiente e sobre o poder de polícia ambiental administrativa, disciplinando as normas e procedimentos do licenciamento e de fiscalização de empreendimentos ou atividades de impacto ambiental local, bem como legislação que preveja as taxas aplicáveis;
III - Criar, instalar e colocar em funcionamento o Conselho Municipal de Meio Ambiente;
IV - Criar, implantar e gerir, por meio de comitê gestor, o Fundo Municipal de Meio Ambiente.
36 Disponível em: https://www.semas.pa.gov.br/2015/11/05/resolucao-coema-no-120-de-28-de-outubro-2015/
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 120
V - Possuir, em sua estrutura, órgão executivo com capacidade administrativa e técnica interdisciplinar para o exercício da gestão ambiental municipal e para a implementação das políticas de planejamento territorial;
VI - Possuir Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, o Município com população superior a 20.000 habitantes, ou Lei de Diretrizes Urbanas, o Município com população igual ou inferior a 20.000 habitantes;
1º Deverá ser observado, para fins de constituição da equipe técnica mínima, de que trata o inciso I do art. 8º desta Resolução, a tipologia e a classificação das atividades ou empreendimentos a serem licenciados pelo Município.
2º Considera-se Conselho Municipal de Meio Ambiente, para fins do disposto nesta Resolução, àquele que, efetivamente, tenha suas atribuições e composição previstas em Lei, assegurada a participação social, no mínimo paritária, com caráter deliberativo, e que possua regimento interno aprovado."
O Quadro 6.3 a seguir confronta as exigências do artigo 8° da Resolução
COEMA nº 120/2015 com as respostas fornecidas pelas secretarias de meio ambiente
dos municípios da Base Local Tailândia.
A secretaria de meio ambiente de Igarapé-Miri afirma não possuir
legislação própria que disponha sobre a política de meio ambiente e sobre o poder de
polícia ambiental administrativa. Esta pendência é incompatível com a adesão ao
programa estadual de gestão ambiental compartilhada já que ter esta normativa é uma
exigência presente no artigo 8° da Resolução COEMA 120/2015.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 121
Quadro 6.3 - Atendimento às exigências do artigo 8° da Resolução COEMA nº 120/2015 dos municípios licenciadores.
Característica
Municípios
Goianésia do Pará
Igarapé-Miri Jacundá Moju Tailândia
Possuir quadro técnico próprio ou em consórcio, bem como outros instrumentos de cooperação que possam, nos termos da Lei, ceder-lhe pessoal técnico, devidamente habilitado e em número compatível com a demanda das ações administrativas para o exercício da gestão ambiental, de competência do ente federativo
Sim Sim Sim Sim Sim
Possuir legislação própria que disponha sobre a política de meio ambiente e sobre o poder de polícia ambiental administrativa, disciplinando as normas e procedimentos do licenciamento e de fiscalização de empreendimentos ou atividades de impacto ambiental local, bem como legislação que preveja as taxas aplicáveis
Sim Não Sim Sim Sim
Criar, instalar e colocar em funcionamento o Conselho Municipal de Meio Ambiente
Sim Sim Sim Sim Sim
Criar, implantar e gerir, por meio de comitê gestor, o Fundo Municipal de Meio Ambiente
Sim Sim Sim Sim Sim
Possuir, em sua estrutura, órgão executivo com capacidade administrativa e técnica interdisciplinar para o exercício da gestão ambiental municipal e para a implementação das políticas de planejamento territorial
Sim Sim Sim Sim Sim
Possuir Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, o Município com população superior a 20.000 habitantes, ou Lei de Diretrizes Urbanas, o Município com população igual ou inferior a 20.000 habitantes
Sim Sim Sim Sim Sim
Fonte: Floram (2016). Questionários aplicados às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
O município de Igarapé-Miri não possui ferramentas formais para executar
a fiscalização, os demais (75% da amostra) possuem ao menos três ferramentas
formais para executar a fiscalização (Termo de notificação, Termo de apreensão e
Auto de infração). No entanto, apenas com base no questionário aplicado não foi
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 122
possível identificar a atuação prática dos órgãos ambientais municipais quanto à
fiscalização de atividades potencialmente lesivas para o meio ambiente. Há indicativo
da prática da fiscalização nos municípios de Jacundá e Moju dos municípios onde há
declaração de existência de recursos provindos de fonte própria (ex.: multas, taxas
etc.).
Conforme informações das secretarias municipais de meio ambiente da
Base Local Tailândia a atividade mais impactante apontada por todas as secretarias
da amostra é a falta de saneamento básico, seguida do descarte ilegal de resíduos
sólidos urbanos que foi descrita como mais impactante por 80% dos municípios.
Destaca-se que o município de Igarapé-Miri que classificou a pesca predatória como
mais impactante e não possui a disposição de sua secretaria de meio ambiente uma
embarcação. A maioria dos aspectos ambientais foi definida como pertencentes à
categoria “requer acompanhamento/ monitoramento,” o que ilustra a importância do
fortalecimento de ações de controle, monitoramento e fiscalização por parte dos
órgãos. A Figura 6.12 a seguir consolida as respostas dos municípios frente às
atividades.
Figura 6.12 - Classificação de aspectos ambientais quanto à importância para os municípios da Base Local Tailândia.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 123
Educação Ambiental e Participação Social na Gestão Ambiental
No correspondente a 80% das secretarias municipais de meio ambiente da
Base Local Tailândia houve campanhas de conscientização ou de educação
ambiental nos últimos 12 meses. A secretaria de Igarapé-Miri foi a única que não
promoveu eventos do tipo. Em 80% dos municípios, a sociedade local demanda ações
ou campanhas de educação ambiental, já havendo temas demandados identificados.
Em todos os municípios que compõem a Base Local Tailândia a temática
ambiental foi abordada nas disciplinas das escolas municipais de forma interdisciplinar
(transversal) nos últimos 12 meses. Isto representa uma boa prática que deve ser
estimulada. A realização de campanhas em parceria com escolas municipais é uma
forma de se garantir a formação de uma consciência ambiental na nova geração, bem
como de se formar multiplicadores e formadores de opinião. A Figura 6.13 consolida
as respostas dos municípios frente às atividades voltadas para a educação ambiental
realizadas nos últimos 12 meses.
Quanto aos espaços que o município utiliza para garantir e estimular a
participação social na gestão ambiental, todas as secretarias municipais de meio
ambiente da Base Local Tailândia afirmaram usar estes espaços. Os espaços
descritos como mais usados, sendo indicados por 80% das secretarias municipais de
meio ambiente, foram audiências públicas e a promoção de palestras e debates
(Figura 6.14).
No que se refere ao uso de espaço de discussão para possibilitar a troca
de experiências, a construção e a produção de saberes, 80% das secretarias
municipais de meio ambiente da Base Local Tailândia declaram usar ao menos um
tipo de espaço (Figura 6.15). O tipo de espaço mais usado é associações entes
federados e/ou instituições-tipo de municípios, de secretários, usado por 60% das
secretarias.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 124
Figura 6.13 - Atividades voltadas para a educação ambiental realizadas nos municípios da Base Local Tailândia nos últimos 12 meses.
Figura 6.14 - Espaços que o município utiliza para garantir e estimular a participação social na gestão ambiental.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 125
Figura 6.15- Espaços de discussão que o órgão ambiental participa e que possibilita a troca de experiências, a construção e a produção de saberes.
Gestão Ambiental Compartilhada, Ações de Cooperação e Adesão à
Programas
A gestão ambiental compartilhada entre entes federados é parte do
Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) nos termos da Lei Federal n°
6.938/198137, e do Sistema Estadual de Meio Ambiente (SISEMA) segundo Lei
Estadual n° 5.887/199538. No que se refere ao apoio recebido do governo estadual
e/ou federal frente à gestão ambiental este foi reconhecido por todas as secretarias
municipais de meio ambiente (Figura 6.16A). O tipo de apoio mais comum é o técnico
(capacitação, orientação, elaboração de normativas, etc.), o qual foi apontado por
todas as secretarias, seguido do apoio com infraestrutura apontado por 60% das
secretarias. Apoios do tipo financeiro e de comando e controle (auxílio em ações de
fiscalização, monitoramento) foram indicados por 40% das secretarias (Figura 6.16B).
O correspondente a 40% das secretarias municipais de meio ambiente da
Base Local Tailândia descreveram ter ações cooperadas com o órgão ambiental
estadual e somente 20% com o federal (Figura 6.16C e Figura 6.16D).
37 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm 38 Disponível em: https://www.semas.pa.gov.br/1995/05/09/9741/
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Figura 6.16 - Atuação associada aos órgãos estadual e federal de meio ambiente.
A participação do Ministério Público Estadual na gestão ambiental dos
municípios é reconhecida por 80% das secretarias municipais de meio ambiente da
Base Local Tailândia, somente não sendo indicada por Moju. A verificação de
denúncias, o pedido de informações e as recomendações de melhorias são os tipos
de ações das promotorias mais recorrentes apontados por 80% das secretarias
(Figura 6.17).
O correspondente a 60% das secretarias municipais de meio ambiente da
Base Local Tailândia afirmaram possuir termos de cooperação. O equivalente a 20%
das secretarias afirmaram ter convênios e consórcio para a gestão ambiental. O PRA
não é executado por 60% órgãos municipais de meio ambiente da Base Local
Tailândia, sendo somente executado em Goianésia do Pará e Tailândia (Figura 6.18).
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 127
Figura 6.17 – Participação dos MPE na gestão ambiental dos municípios da Base Local Tailândia (A) e tipo de participação (B).
Figura 6.18 - Gestão ambiental dos municípios da Base Local Tailândia quanto à existência de termos de cooperação (A), convênios (B), consórcio para a gestão ambiental (C) e de execução do PRA (D).
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Página 128
Quanto ao Programa Municípios Verdes, todos os município da Base
Tailândia assinaram o Termo de Compromisso para Controle do Desmatamento com
o Ministério Público Federal. Além disso, todos os municípios fizeram a repactuação
em 2016, com exceção de Igarapé-Miri que celebrou seu primeiro pacto em 02 de
junho de 2016.
O equivalente a 40% das secretarias de meio ambiente afirmaram
identificar e informar ao órgão federal responsável os desmatamentos ocorridos em
áreas protegidas, assentamentos, projetos de desenvolvimento sustentável,
acampamentos, terras indígenas e/ou quilombolas. Os municípios de Goianésia do
Pará, Igarapé-Miri e Jacundá são os que não têm feito este relato.
Moju é classificado pelo PMV na categoria “Embargado” e a prioridade de
ação neste município é o controle ao desmatamento e avançar no CAR. Goianésia do
Pará e Jacundá estão classificados como “Consolidados” por apresentarem médio
risco de desmatamento onde o foco principal é a inserção no CAR e a regularização
dos passivos ambientais. O município de Igarapé-Miri é de base “Florestal”
apresentando baixo risco de desmatamento. Neste a estratégia é fortalecer a
economia florestal voltada especialmente para a gestão de áreas protegidas. O
município de Tailândia é classificado como “Município Verde”.
A seguir serão apresentadas as metas estabelecidas pelo PMV, bem como
uma análise de seu cumprimento pelos municípios envolvidos:
Meta 1: Pacto contra o desmatamento
Os cinco municípios que integram a Base Local Tailândia assinaram o
pacto contra o desmatamento. Goianésia do Pará, Jacundá, Moju e Tailândia
assinaram o Repacto em 2016. O município de Igarapé-Miri assinou seu primeiro
pacto em 2016.
Meta 2: Grupo de combate ao desmatamento
Apenas os municípios de Igarapé-Miri, Jacundá e Moju formalizaram a
criação do Grupo de Combate ao Desmatamento. Os demais municípios da Base
Local Tailândia precisam publicar os Decretos de criação do grupo para cumprirem
totalmente esta meta. O Quadro 6.4 apresenta o status atual de cada grupo.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Quadro 6.4 - Situação dos grupos de combate ao desmatamento dos municípios da Base Local Tailândia.
Municípios Criação do grupo Atividade do
grupo Assinatura do termo de adesão
Goianésia do Pará
Não - O termo de adesão foi assinado em 10 de junho de 2016. Até o presente momento o grupo não
foi criado legalmente
Igarapé-Miri Portaria Municipal nº
407/2016 Ativo -
Jacundá Decreto Municipal nº
028/2016 Ativo -
Moju Decreto Municipal nº
043/2012 Ativo
No dia 31 de maio de 2016 foi assinado o termo de adesão visando à criação de um novo grupo de combate ao desmatamento. Até o presente
momento este novo grupo não foi instituído
Tailândia Não -
No dia 21 de setembro de 2016 foi redigido o decreto de criação do grupo e encaminhado
para assinatura do prefeito. Até o grupo não foi criado legalmente
Meta 3: Atingir 80 % do CAR
De acordo com o Quadro 6.5, observa-se que apena o município de
Tailândia atingiu a meta de 80 % de cadastramento dos imóveis rurais considerando
as áreas das propriedades com CAR.
Quadro 6.5 – Demonstrativo das áreas cadastráveis, cadastradas e a ser cadastrada para atingir meta do PMV nos municípios da Base Local Tailândia.
Município
Área CAR Cadastrável (SEMA-05/2015)
Área CAR Cadastrada (SEMA-01/2016)
Área CAR a ser Cadastrada (Para Atingir
Meta de 80%)
km² % Município km² % Cadastrada km² % Restante
Goianésia do Pará 6.452,60 91,87 4.583,14 71,03 578,94 8,97
Igarapé-Miri 1.671,00 83,68 775,86 46,43 560,94 33,57
Jacundá 1.678,34 83,57 1.150,67 68,56 192,00 11,44
Moju 8.947,97 98,39 6.237,75 69,71 920,63 10,29
Tailândia 4.399,50 99,31 3.767,06 85,62 0,00 0,00
Fonte: SEMAS apud PMV (2015); SIMLAM (2016).
Meta 4: Desmatamento menor que 40 km²
Todos os municípios da Base Local Tailândia possuem taxa de
desmatamento anual menor que 40 km2 (Quadro 6.6).
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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Quadro 6.6 - Taxa anual de desmatamento em 2015 nos municípios da Base Local Tailândia.
Município Taxa anual de desmatamento em 2015 (km2)
Goianésia do Pará 25,1
Igarapé-Miri 0,3
Jacundá 3,3
Moju 25,70
Tailândia 6,7
Fonte: INPE (2016)
Meta 5: Verificação em campo do desmatamento
Os municípios de Tailândia, Jacundá, Igarapé-Miri e Goianésia do Pará não
receberam boletim de alerta de desmatamento em 2016. O município de Moju realiza
a verificação em campo dos boletins de alerta de desmatamento que recebe.
Meta 6: Não estar na lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia
Apenas Moju integra a lista dos municípios que mais desmatam na
Amazônia.
Meta 7: Possuir Sistema e Órgão Municipal de Meio Ambiente Estruturados
Todos os municípios da Base Local Tailândia possuem Sistema Municipal
de Meio Ambiente implantado e estruturado.
O Quadro 6.7 apresenta um resumo do status de cumprimento das metas
do PMV pelos municípios da Base Local Tailândia.
Quadro 6.7 - Cumprimento das metas do Programa Municípios Verdes (PMV) nos municípios da Base Local Tailândia.
Meta Goianésia do Pará
Igarapé-Miri
Jacundá Moju Tailândia
Meta 1: Pacto contra o desmatamento Sim Sim Sim Sim Sim
Meta 2: Grupo de combate ao desmatamento
Não Sim Sim Sim Não
Meta 3: Atingir 80 % do CAR* Não Não Não Não Sim
Meta 4: Desmatamento menor que 40 km² Sim Sim Sim Sim Sim
Meta 5: Verificação em campo do desmatamento
Sim Sim Sim Sim Sim
Meta 6: Não estar na lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia
Sim Sim Sim Não Sim
Meta 7: Possuir Sistema e Órgão Municipal de Meio Ambiente Estruturados
Sim Sim Sim Sim Sim
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 131
Figura 6.19 - Cumprimento das metas do Programa Municípios Verdes (PMV) nos municípios da Base Local Tailândia.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 133
DIFICULDADES E ENTRAVES
Dificuldades e entraves foram identificados ao longo do processo de
desenvolvimento deste produto, sendo que o item, ora apresentado, busca expor de
forma geral os percalços.
Ressalta-se que muitos problemas puderam ser sanados com novas
consultas aos responsáveis pelo preenchimento dos questionários, bem como com
consultas aos técnicos da Secretária Extraordinária do PMV. Tal abordagem integrou
a metodologia deste diagnóstico da gestão ambiental, sendo que o exposto no
presente item remete não a estas dificuldades, mas sim àquelas que não foram
resolvidas.
O primeiro, mas não mais importante ponto de dificuldade e entrave foi
decorrente da resistência de algumas secretarias de meio ambiente em retificar as
respostas dadas no questionário. Com isso, algumas secretarias não entregaram ou
não enviaram em tempo hábil os questionários revisados, o que acaba por
comprometer a obtenção de um diagnóstico mais fidedigno da realidade local. De toda
forma, esse tipo de situação foi abordado como parte do resultado do estudo, sendo
um indicativo da dificuldade de parte das secretarias em organizar e sistematizar suas
informações de gestão.
Além dos municípios que não retificaram suas respostas, outra dificuldade
encontrada está na incoerência de parte das respostas apontadas pelas secretarias
municipais de meio ambiente. Em assim sendo, mesmo que questionários tenham
sido revisados há incoerências que demonstram certa imaturidade dos sistemas de
gestão ambiental em boa parcela dos municípios. Notadamente, percebe-se que
respostas inconsistentes e incoerentes são mais recorrentes nos itens referentes ao
Licenciamento Ambiental, Gestão Compartilhada e Legislação Ambiental. Abaixo,
buscou-se elencar pontos de atenção que representam limitações do presente
relatório:
- Legislação ambiental: há afirmações contrárias ao exposto nas leis
ambientais, principalmente estaduais e municipais, podendo indicar tanto que não
houve consulta prévia às mesmas como que pode estar havendo transgressões.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 134
- Conselhos de Meio Ambiente: conselhos foram declarados como
consultivos, mas tem claramente caráter deliberativo com inclusive resoluções
deliberadas. Há conselhos declarados como não paritários, em contrário à própria
normativa que o cria, sendo ainda observados conselhos com maior representação
de entidades governamentais
- Licenciamento Ambiental: há dificuldade de entendimento na maioria das
secretarias quanto à capacidade para exercer a gestão ambiental e a delegação de
competência do Estado. Há desconhecimento da competência para licenciar e das
atividades/empreendimentos que a competência abarca.
- Educação Ambiental: Desconhecimento das atividades de outras
secretarias que tem caráter de educação ambiental.
- Quadro de funcionários: Imprecisão quanto ao número de funcionários
das secretarias com diferentes informações prestadas a depender da pergunta feita.
- Gestão Compartilhada: Há desconhecimento de ações compartilhadas.
Há desconhecimento de convênios, consórcios e termos de cooperação ou
entendimento equivocado de conceitos.
Além do exposto foi ainda identificado que houve falta de respostas
objetivas e recorrência de respostas amplas, vagas ou que não respondiam a
pergunta o que dificultou a construção de uma análise mais coesa.
Por fim, pretende-se que a exposição destes pontos de fragilidade possa
servir tanto para relativizar o entendimento de algumas análises e apontamentos,
quanto para subsidiar encaminhamentos das próximas fases do programa,
notadamente o Plano de Monitoramento.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 135
RECOMENDAÇÕES
As recomendações e encaminhamentos aqui expostos têm como base o
diagnóstico da gestão ambiental da Base Local Tailândia e a análise integrada dos
dados levantados.
Dentre os municípios que integram a Base Local Tailândia, o município de
Igarapé-Miri é o que apresenta sistema de gestão ambiental menos estruturado. Sua
secretaria de meio ambiente é a com menor infraestrutura dos municípios da Base
Local Tailândia. Esta não conta com notebook/ laptop, carro, embarcação, GPS,
máquina fotográfica ou programas de georreferenciamento. Destaca-se que o
município classificou a pesca predatória como atividade mais impactante e não possui
embarcação a disposição de sua secretaria de meio ambiente para ser usada em
ações de controle e fiscalização. O órgão ambiental de Igarapé-Miri é também o que
tem menor número de funcionários. O sistema de gestão ambiental do município não
possui nenhum tipo de recurso organizacional e tão pouco recursos normativos, sem
que tenha, portanto, ferramentas formais para executar a fiscalização. O município
Igarapé-Miri não possui lei que estabelece a política (ou código) municipal de meio
ambiente, não possui legislação própria disciplinando o licenciamento ambiental de
impacto local e as sanções administrativas pelo seu descumprimento, não possui
plano ambiental de acordo com as características locais e regionais, e não executa o
PRA. A secretaria de Igarapé-Miri foi a única da Base Local Tailândia que não
promoveu campanha de conscientização ou de educação ambiental nos últimos 12
meses e nem realizou capacitação de seus funcionários neste período. A secretaria
de meio ambiente de Igarapé-Miri, ainda que tenha capacidade do Estado do Pará
para exercer a gestão ambiental municipal declarou que não realiza nenhum
licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local ou
monitoramento. O município de Igarapé-Miri não assinou o Termo de Compromisso
para Controle do Desmatamento com o Ministério Público Federal mas o celebrou o
Pacto local em 2016. Igarapé-Miri afirmou que não identifica e informa ao órgão federal
responsável os desmatamentos ocorridos em áreas protegidas, assentamentos,
projetos de desenvolvimento sustentável, acampamentos, terras indígenas e/ou
quilombolas. O município criou o grupo de trabalho para apoiar o combate e o controle
do desmatamento por meio da Portaria 407/2016. O município é de Base Florestal,
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Página 136
mas precisa que seu sistema de gestão ambiental municipal seja reestruturado de
modo que este possa fortalecer sua economia florestal e atuar de forma contundente
na gestão ambiental como um todo e não somente nos aspectos referentes ao
desmatamento.
O sistema de gestão ambiental de Moju é bem mais estruturado que o de
Igarapé-Miri, no entanto este também precisa de um maior esforço de fortalecimento
principalmente em tendo sido o município classificado pelo PMV na categoria
“Embargado”. Falhas específicas na infraestrutura deste órgão ambiental que
precisam ser prontamente corrigidas são a falta de funcionários efetivos na área
técnica, a ausência de notebook/ laptop e embarcação e de maior número de veículos
e equipamentos à disposição.
A secretaria de meio ambiente de Jacundá é a melhor estruturada em
quantidade e tipos de equipamentos e veículos básicos necessários a possíveis
funções de licenciamento, controle e fiscalização. Em Tailândia, a secretaria também
é bem estruturada, mas não possui embarcação. Já em Goianésia do Pará o órgão
ambiental é bem estruturado em termos de funcionários com nível técnico/tecnólogo
e superior e de número de funcionários efetivos na área técnica, no entanto este órgão
apresenta infraestrutura subdimensionada e conta com poucas unidades de
equipamentos e veículos disponíveis, o que pode estar comprometendo ações de
licenciamento, controle e fiscalização deste órgão. Cabe destacar que Goianésia do
Pará afirmou não monitorar as atividades que licencia. Para todos os órgãos
ambientais é aconselhável que seja verificado se a atual infraestrutura disponível está
em coerência com as demandas e as necessidades da rotina de trabalho.
Especificamente para o item embarcações, o que se mostrou menos frequente nas
secretarias, recomenda-se que este seja disponibilizado para as secretarias que
tenham esta necessidade.
Diante do fato de que a maior parte dos funcionários das áreas
administrativas e técnicas das secretarias de meio ambiente da Base Local Tailândia
não são efetivos, há necessidade que os municípios realizem concurso público para
contratação de servidores. Ainda que Goianésia do Pará e Tailândia tenham
considerável número de técnicos efetivos na área técnica isto não ocorre para a área
administrativa destes órgãos. Em nenhuma das secretarias há previsão para
realização de concurso público, devendo este ponto ser reavaliado junto aos
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 137
municípios. Outra possibilidade, caso não seja realmente possível a realização de
concursos neste momento, é que funcionários efetivos sejam deslocados de outras
secretarias municipais para integrar a secretaria de meio ambiente. A equipe dos
órgãos ambientais dos municípios deve ser formada por servidores concursados de
modo que estes tenham autonomia funcional e segurança para exercer suas
atividades, sem submissão a interesses particulares e/ou políticos. É recomendado
que a disponibilidade e as características das vagas a serem abertas em edital de
concurso público fossem coerentes com as demandas do órgão ambiental municipal.
Para constituição da equipe técnica, deve-se considerar a tipologia e a classificação
das atividades ou empreendimentos a serem licenciados pelo município. Os
profissionais devem ter formação específica para analisar os impactos causados pelos
empreendimentos no meio ambiente. É de suma importância a equipe ser
multidisciplinar contemplando analistas dos meios físico, biótico e socioeconômico,
para haver uma correta avaliação da análise de viabilidade ambiental das atividades
ou empreendimentos. É aconselhável que haja uma melhor avaliação do quadro de
pessoal e das demandas das secretarias para compatibilizar a abertura de vagas com
as demandas.
Na maior parte das secretarias de meio ambiente da Base Local e Tailândia
observou-se uma carência nas por profissionais da área de socioeconômica, sendo
uma recomendação prioritária a inclusão de um profissional com esta habilitação. Tal
recomendação é mais urgente nos municípios que tem como demanda a atuação
junto às comunidades tradicionais e indígenas. Há também carência nas secretarias
de Igarapé-Miri, Moju e Tailândia de ao menos um profissional das ciências biológicas.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
Página 139
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todos os municípios que integram a Base Local Tailândia apresentam
secretarias de meio ambiente, conselhos de meio ambiente com caráter deliberativo,
e fundos municipais de meio ambiente criados por leis municipais e leis. Somente
Igarapé-Miri é o único município que não tem estabelecido política (ou código)
municipal de meio ambiente. Há, no entanto, muitos pontos de melhoria e necessidade
de correções de falhas e inconsistências identificadas nos sistemas de gestão
ambiental da Base Local Tailândia.
O presente relatório técnico, além de ter apresentado diagnóstico da gestão
ambiental dos municípios que integram a Base Local Tailândia e a análise integrada
dos dados levantados, buscou propor recomendações e apontar ações específicas
voltadas para a implementação prática dos sistemas de gestão ambiental destes
municípios. O trabalho, no entanto, limitou-se à análise dentro da metodologia
proposta de aplicação de questionário, mas de forma alguma pretendeu esgotar o
tema. A realidade da gestão ambiental municipal se faz muito mais complexa que o
exposto devendo ser a avaliação das limitações e a proposição de melhorias
contínuas.
Verifica-se que grande esforço de estruturação do sistema de gestão
ambiental faz-se necessário no município de Igarapé-Miri, enquanto que nos demais
municípios os esforços são de adequações, capacitações e acompanhamentos. Ainda
que os sistemas de gestão ambiental dos municípios que integram a Base Local
Tailândia estejam formalmente estruturados, a avaliação dos dados fornecidos pelas
secretarias municipais de meio ambiente identificou que é necessário que haja grande
fortalecimento da atuação propriamente dita destes.
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO
A Floram Engenharia e Meio Ambiente, representada por seu Responsável
Legal e Coordenador Geral do Contrato 010/2015, Eng. Agr.º Paulo Tarcísio Cassa
Louzada, pelo Coordenador Técnico do Contrato 010/2015, Biol. Augusto Luciani
Carvalho Braga e pela Coordenadora Setorial, Eng.ª Ftal. Samira Mahmud Kuwar, se
declaram responsáveis pela elaboração do presente relatório e atestam a veracidade
e qualidade das informações ora apresentadas.
Paulo Tarcísio Cassa Louzada CREA 34.536/D Coordenador Geral Engenheiro Agrônomo Augusto Luciani Carvalho Braga CRBIO 44.253/04-D Coordenador Técnico Samira Mahmud Kuwar CREA/RS 149889 Coordenadora Setorial
Programa Municípios Verdes P7- Base Tailândia
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REFERÊNCIAS
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BRASIL. Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental. 2ª ed. Brasília: TCU, 4ª Secretaria de Controle Externo, 2007.
_______ Lei Federal N°. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02/09/1981, p.16.519.
______ Lei Federal N°. 10.257 de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília, DOU de 11.7.2001 e retificado em 17.7.2001.
______. Lei Complementar n° 140 de 08 de dezembro de 2011. Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para cooperação entre União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Brasília, DOU de 09/12/2011 e retificado em 12/12/2011.
______. CONAMA. Resolução n° 237 de 19 de dezembro de 1997. Regulamento os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos pela Política Nacional de Meio Ambiente. Brasília, DOU de 22/12/1997.
BURSZTYN, Maria Augusta Almeida. Gestão ambiental: instrumentos e práticas. Brasília: IBAMA, 1994.
KHOURY, L; Ligeiro, I; Rocha, P; Santana, J; Lima, L. Ministério Público do Estado da Bahia. O Papel do Ministério Público no Acompanhamento da Implementação dos Sistemas Municipais de Meio Ambiente. IV Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, Salvador. 2013;
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SCHULT, Sandra Irene Momm. Conselho Municipal de Meio Ambiente: um guia prático - Blumenau: Projeto Piava, 2006.
ANEXOS
Anexo I – Cópia dos e-mails enviados para as Secretarias;
Anexo II - Questionários tabulados dos municípios de Goianésia do Pará, Igarapé-Miri, Jacundá, Moju e Tailândia;
Anexo III – Portaria SEMAS nº 179, de 11 de fevereiro de 2016 e Portaria SEMAS nº 1.421, de 12 de agosto de 2016;
Anexo IV – Comunicado SEMAS com a relação de municípios que possuem capacidade para exercer a gestão ambiental;
Anexo V – Resolução COEMA nº 120 de 28 de outubro de 2015