dia dos indignados! - caemilioribas.files.wordpress.com · ra, e as grandes empreiteiras. ... nut...

6
No dia 16 de outubro é comemorado o dia Mundial da Alimentação , proclamado em 1979, em Conferência organizada pela FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations). A data tem como objetivo despertar nas pes- soas o interesse sobre o problema da fome e acesso ao alimento no mundo. Além de reforçar a importância da luta pelo direito humano a alimentação adequada, contra a desnutrição e pobreza. Neste mesmo mês no ano de 2011 está sendo chamado para o dia 15 um ato mundial por democracia real já! , que acontecerá em dezenas de países. Mas por que dia 15 de Outubro? Desde o início do ano vemos exemplos de pessoas que saem às ruas para mostrar que desejam uma sociedade diferente em diversos aspectos. As mobilizações vêm ocorrendo no mundo todo contra as ditaduras que oprimem o povo, por mais democracia e por políticas que de fato beneficiem a população: Tunísia, Egito, Grécia, Espanha e mais re- centemente acompanhamos a intensa movimentação dos estudantes no Chile em defesa da educação pública e de qualidade. A exemplo do dia 15 de maio desse ano (conhecido como 15M), quando a população espanhola saiu às ruas indignada, por não suportar mais a falta de perspectivas para a juventude, a falta de moradia e educação, as consequências cotidianas da crise econômica e buscando uma democracia real, diversos movimentos re- solveram se unir, cinco meses depois, para unificar suas reivindicações e fazer um grande ato mundial, dessa vez, marcado para 15 de outubro de 2011. Edição 3 Outubro 2011 Dia dos INDIGNADOS! No Brasil, algumas das principais reivindica- ções do 15.O são o fim da corrupção e da ho- mofobia, defesa do meio ambiente e educação pública de qualidade para todas e todos. Nós futuros profissionais da saúde e da nutrição vamos mostrar para o mundo que também estamos indignados e que queremos garantir os direitos da população à soberania alimentar, segurança alimentar e nutricional, direito humano à alimentação adequada e todas as outras lutas que cercam a nos- sa atuação, unificar o dia Mundial da Alimentação ao grande ato Mundial por democracia em 15 DE OUTUBRO. Privatização da saúde HU 2 Copa pra quem? 2 I EMEUSP 3 Casamento homoafetivo 4 Regulação da publicidade 4 Marcha da Liberdade 4 Curso de Saúde Pública 5 ERENUT e ENENUT 2011 5 GT de estágios 5 Nutrição contra aumento tarifa 6 Churras diferenciado 6 Segurança na USP 6 NESTA EDIÇÃO: Por Beatriz Mei

Upload: vutram

Post on 09-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

No dia 16 de outubro é comemorado o dia Mundial da Alimentação, proclamado em 1979, em Conferência organizada pela FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations). A data tem como objetivo despertar nas pes-soas o interesse sobre o problema da fome e acesso ao alimento no mundo. Além de reforçar a importância da luta pelo direito humano a alimentação adequada, contra a desnutrição e pobreza.

Neste mesmo mês no ano de 2011 está sendo chamado para o dia 15 um ato mundial por democracia real já! , que acontecerá em dezenas de países.

Mas por que dia 15 de Outubro? Desde o início do ano vemos exemplos de pessoas que saem às ruas para mostrar que desejam

uma sociedade diferente em diversos aspectos.

As mobilizações vêm ocorrendo no mundo todo contra as ditaduras que oprimem o povo, por mais democracia e por políticas que de fato beneficiem a população: Tunísia, Egito, Grécia, Espanha e mais re-centemente acompanhamos a intensa movimentação dos estudantes no Chile em defesa da educação pública e de qualidade.

A exemplo do dia 15 de maio desse ano (conhecido como 15M), quando a população espanhola saiu às ruas indignada, por não suportar mais a falta de perspectivas para a juventude, a falta de moradia e educação, as consequências cotidianas da crise econômica e buscando uma democracia real, diversos movimentos re-solveram se unir, cinco meses depois, para unificar suas reivindicações e fazer um grande ato mundial, dessa vez, marcado para 15 de outubro de 2011.

Edição 3

Outubro 2011

Dia dos INDIGNADOS!

No Brasil, algumas das principais reivindica-ções do 15.O são o fim da corrupção e da ho-mofobia, defesa do meio ambiente e educação pública de qualidade para todas e todos.

Nós futuros profissionais da saúde e da nutrição vamos mostrar para o mundo que também estamos indignados e que queremos garantir os direitos da população à soberania alimentar, segurança alimentar e nutricional, direito humano à

alimentação adequada e todas as outras lutas que cercam a nos-sa atuação, unificar o dia Mundial da Alimentação ao grande ato

Mundial por democracia em 15 DE OUTUBRO.

Privatização da saúde HU 2

Copa pra quem? 2

I EME—USP 3

Casamento homoafetivo 4

Regulação da publicidade 4

Marcha da Liberdade 4

Curso de Saúde Pública 5

ERENUT e ENENUT 2011 5

GT de estágios 5

Nutrição contra aumento tarifa 6

Churras diferenciado 6

Segurança na USP 6

NESTA EDIÇÃO:

Por Beatriz Mei

As privatizações em diversas áreas (educação, comunicação, transporte e saúde) seguem avan-çando. Elas vêm para transformar os nossos direitos em mercadorias para servir de lucro a uma minoria da população.

A reitoria da USP, seguindo esta mesma lógica, anunciou no dia 9 de agosto a criação do Sistema Assistencial de Saúde Próprio (SASP), que oferta a docentes e funcionários mediante pagamento um atendi-mento diferenciado no nosso Hospi-tal Universitário.

Ao contrário do que foi pu-blicado no USP Destaques, o sistema de saúde público sofrerá amea-ças. Os usuários dos planos criados, especial e nacional, terão acesso a apartamentos individuais e maior segurança e rapidez de acesso a exa-mes e procedimentos enquanto que os usuários do plano básico, atendi-mento atual do SUS, serão alocados

em enfermarias superlo-tadas e estarão sujeitos a ainda mais demora de atendimento. Isto reafir-ma ainda mais a desigual-dade de acesso a saúde hoje no Brasil.

Além disso, o SASP não prevê qualquer medida para garantia da prática de ensino em saúde, do qual o HU atualmente é modelo.

Os argumentos para a criação dos novos planos são os mesmos apresentados para o Hospital das Clínicas, anos atrás: os planos pagos injetarão dinhei-ro dentro dos hospitais e cobri-rão os gastos do sistema básico, o que é inacreditável observando-se a precarização do atendimen-to, a manutenção das filas para os não-conveniados, e o acesso do melhor complexo de atendi-mento a saúde somente pelos

pagantes dos planos de saúde, fundamentais para a manuten-ção de Organiza-ções de Saúde (OS’s) como a Fundação Zerbi-ni, acusadas de

corrupção em junho deste ano.

Em defesa do ensino e saúde gratuitos e de qualidade, o DCE-Livre da USP e o CAER convoca tod@s @s estudantes na mobilização em defesa da Saúde como direito!

Reunião 03/10: Clínicas - 18h

PÁGIN A 2

Privatização da Saúde AL IMEN TE - SE

Por Sofia Yoneta e Milena Nardocci

COPA PRA QUEM? Rio de Janeiro, é desalojada às

pressas para a construção do

evento, dentre outras medidas

que reafirmam a desigualdade

social.

Até estudantes correm

o risco de perder o direito à

meia-entrada para os jogos,

pois o próprio Ministério do Es-

porte reconhece em acordo

com a FIFA que o regimento da

entidade é superior às leis na-

cionais. Tais ataques atingem

estudantes e todo o conjunto

da população, o que nos leva a

questionar para quem estão

sendo feitos os megaeventos.

A FIFA decidirá o preço

dos ingressos que deverão ir de

R$150 à R$ 1500, o que sem

dúvidas dificulta o acesso da

população à oportunidade de

ver em seu país, o país do fute-

bol, acontecer o maior evento

deste esporte no mundo!

Se o povo brasileiro não

poderá usufruir deste patrimô-

nio cultural, então a Copa é pra

quem?

Nós estudantes deve-

mos nos manter organizados

pra garantir que a Copa do

Mundo de 2014 aconteça para

o povo brasileiro. Alguém mais

deve ganhar com a Copa além

da Rede Globo, Ricardo Teixei-

ra, e as grandes empreiteiras.

Copa do povo e para o povo!

Em 2014 o Brasil sedia-

rá a Copa do Mundo, e em

2016 virão as Olimpíadas. Mas

qual a nossa relação com es-

ses megaeventos? A Copa do

Mundo já começou a mostrar

sua cara no país através de

escândalos de corrupção com o

atual presidente da CBF, Ricar-

do Teixeira (o que tem levado

milhares de estudantes às ruas

ao longo do ano). A população,

principalmente da periferia do

Por Beatriz Mei

ED IÇ ÃO 3

Em 2012, teremos a primeira turma do novo cur-so de Saúde Pública da FSP. E o que nós temos a ver com isto?

Este curso foi implantado, assim como todos os últimos cursos abertos na USP, às pressas e sem a aten-ção necessária às demandas que o novo curso trará.

Temos hoje aqui na faculdade vários problemas relacionados a espaço físico, começando pelo espaço dos estudantes que extremamente pequeno para comportar o número alunos da faculdade e as entidades existentes.

O curso de Saúde Pública deverá ser ministrado à tarde porque já não há salas de aula suficientes para com-portar o atual curso de graduação de Nutrição existente, a pós-graduação e o novo curso criado.

A sala pró-aluno conta com um número pequeno de computadores e uma fila

extensa em períodos do dia de maior demanda com o nú-mero atual de estudantes. Para comermos no bandejão já enfrentamos filas e não há espaço para ampliação deste, e com o curso ministrado à tarde, as filas serão ainda maio-res tanto no almoço como no jantar.

Há o projeto para criação de um novo prédio, on-de se encontra atualmente o bandejão, com um espaço maior para os estudantes e um bandejão ampliado, com previsão de conclusão até 2018. E até lá, durante os próxi-mos 7 anos, como ficamos?

Precisamos nos unir para que tod@s tenham a-cesso a uma universidade pública, gratuita e de qualidade com os nossos direitos respeitados. Vamos acolher os no-vos estudantes e lutar junt@s!

PÁGIN A 5

GT (grupo de trabalho) de estágios

CURSO NOVO DE SAÚDE PÚBLICA

Dentre os pro-blemas relatados estão que muitas vezes a ori-entação é insuficiente por parte dos supervi-sores e são propostas atividades indevidas para estudantes de Nutrição, além da de-sorganização. O objeti-vo do grupo é apontar critérios para os convê-nios criados, além de padronizar os estágios, onde todos ofereçam

os mesmos benefícios e condições para os alu-nos.

É necessária também a compilação de dados das avaliações dos estágios feitas pe-los alunos, que hoje estão arquivadas, para que se listem os princi-pais problemas aponta-dos pelos alunos que já fizeram os estágios.

Venha fazer parte deste grupo e nos

O grupo de trabalho de estágios está sendo criado devi-do a uma demanda colocada pelos alunos da graduação que esta-vam muito desconten-tes com os convênios da faculdade para reali-zação dos estágios obri-gatórios no último ano do curso de Nutrição e os critérios utilizados para a seleção dos alu-nos, que é feita pela média ponderada.

ajude a tornar seu último ano de graduação melhor, em que os objetivos pro-postos possam ser contem-plados.

Uma experiência apenas técnica e descon-textualizada trará para nós a experiência que precisa-mos para enfrentar as difi-culdades e desafios do dia a dia da nossa profissão?

entre outros.

Houve grande interação entre as universi-dades presentes, reunindo 90 estudantes no ERE-NUT (UNESP, UNICAMP, USP-RP, USP-SP, UNIFAL, UFTM e UNIFESP) e centenas no ENENUT (UFBA, UEBA, UFAL, USP-RP, USP-SP, UNIFAL, UFTM, UFG, UnB, UFMA, UFAL, UNIRIO, UFF, UFRJ, UERJ…).

A Universidade Federal de Alfenas – MG solidarizou-se a sediar o ERENUT 2012. Assim como a Universidade Federal de Alagoas sediará o ENE-NUT 2012.

O Encontro Regional dos Estu-dantes de Nutrição (ERENUT) deste ano aconteceu no cam-pus da USP de Ribeirão Preto no interior de São Paulo, en-tre os dias 23 e 27 de junho.

Já o Encontro Nacional dos Estudantes de Nutrição (ENENUT) aconteceu na UFBA, em Salvador/BA, entre 24 e 30 de julho.

Ambos os encontros foram dividido em espa-ços diferenciados como mesas, oficinas, dinâmicas, grupos de discussão além de atividades místicas e integradoras. Nos diferentes espaços foram aborda-dos temas como Saúde Pública e SUS, Segurança Ali-mentar e Nutricional, Gênero, Movimentos Sociais,

ERENUT - SUDESTE 2011 e ENENUT 2011 Por Beatriz Mei e Tatiane Nunes

Por Milena Nardocci

Por Milena Nardocci

mais presentes no dia a dia dos que pas-sam pelo campus. A falta de iluminação, número reduzido de seguranças e falta de treinamento da Guarda Universitária, reduzido número de ônibus circulares na linha, aumentando o tempo de espera em pontos isolados, são algumas ques-tões básicas de segurança, que apesar das inúmeras reclamações estudantis, de funcionários e professores, são ignoradas ano após ano pela reitoria.

É preciso ter um olhar menos reducionista para a questão da seguran-ça pública. Medidas preventivas estrutu-rais, e ampliação do acesso da comuni-dade à Universidade devem ser prioritá-rias.

Por quê, de toda a comunidade externa, só encontramos os grandes

No dia 05 de setembro, o Diário Oficial divulgou um convênio entre a USP e a Secretaria de Seguran-ça Pública, que oficializa a entrada da PM na Cidade Universitária. O Campus Butantã contará com 15 a 20 policiais e duas bases móveis, nas regiões de maior criminalidade.

O estabelecimento do convê-nio foi uma medida em resposta ao assassinato do estudante Felipe Ra-mos de Paiva, da FEA, durante uma tentativa de assalto no estacionamen-to, dia 18 de maio de 2011.

Essa tragédia foi a maior ma-nifestação da falta de segurança na universidade, porém diversos crimes, como furtos, assaltos, estupros e se-questros relâmpagos, são cada vez

grupos de ciclistas utilizando o espaço PÚBLICO da Universidade aos fins de semana para praticar atividade física? Por que o acesso das pessoas está sendo cada vez mais restringido com as catracas e aumento da burocracia para utilizar os espaços e equipamen-tos universitários? Tornar a USP uma bolha é a solução? Essas são pergun-tas que devemos nos fazer e reivindi-car que a reitoria passe a discutir e tomar decisões, democraticamen-te, com a partici-pação da comuni-dade.

SEGURANÇA NA USP – EM QUE PÉ ESTAMOS?

Em resposta ao abusivo aumento da tarifa de ônibus municipal, realizado pelo prefei-to Gilberto Kassab (PSDB), após ter prometido em sua campanha para reeleição não realizar nenhum aumento, milhares de pessoas foram às ruas da capital manifestar a sua insatisfação.

Os atos começaram no dia 13 de janeiro e aconteceram semanalmente por cerca de 3 meses. O CAER e outros estudantes de graduação e pós-graduação estiveram presentes nos atos, por enxergar a grande injustiça no aumento da passagem de um transporte cada vez mais precarizado, e que conta com veículos em péssimas condições e superlotados.

O que isso tem haver com DHAA? O aumento da tarifa representa a diminuição do acesso à alimentação adequada, educação, saúde, lazer, e

outras questões básicas pra maioria da população, que mora nas regiões periféricas e possuem uma renda mais baixa, pois destinam uma porcentagem maior da renda para o transporte.

Carregando cartazes com os dizeres “Como vou comprar feijão se o ônibus aumenta, mas o salário não” e “Não vamos engolir esse abacaxi”, estudantes da FSP mostraram que é tarefa de tod@s, incluindo nutricionistas e demais profissionais da saúde, debaterem a questão do transporte público para além do quanto isso interfere indi-vidualmente na vida das pessoas, mas também sobre a influência deste na qualidade de vida da população.

NUTRIÇÃO USP CONTRA O AUMENTO DA TARIFA PELO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA (DHAA)

Churrascão da gente diferenciada moradoras do bairro que se opunha a construção de uma estação de me-trô na avenida Angélica pois atrairia “drogados, mendigos, uma gente diferenciada” para a região.

Após a declara-ção da moradora, foi a-nunciada a mudança do

local da estação do me-trô por “motivos técni-cos”. Em protesto, foi criado um evento no Facebook que serviu de chamado para o “Churrascão da gente diferenciada”, que dias antes do evento já con-tava com a confirmação de quase 1500 pessoas.

No dia 14 de maio aconteceu o “churrascão da gente diferenciada” em Higie-nópolis, bairro nobre da zona oeste de São Paulo. Tudo começou com a declaração de uma das

O evento lotou a praça Vilaboim da mesma região com muita indig-nação e farofa e, graças à mobilização social, o governador Geraldo Alckmin declarou a construção da estação de metrô na região.

Por Fabiana Nascimento

Por Fabiana Nascimento

Por Milena Nardocci

PÁGIN A 6

Nos dias 21, 22 e 23 de outubro acontecerá o I Encon-tro de Mulheres Estudantes da USP. Organizado por mulhe-res do DCE - gestão Todas as Vozes, CA’s e coletivos feminis-tas, a perspectiva do encontro é reunir as mulheres estudantes da USP para compreendermos nosso dia a dia na universidade e fora dela e pensarmos como podemos transformar nossa realidade marcada por diferen-tes formas de opressões. Através de espaços de formação, debate, oficinas e atividades culturais discutire-

mos o papel da mulher na universi-dade junto a professoras e traba-lhadoras da USP, a história da luta das mulheres e do feminismo, a-lém de sua atualidade e nossas tarefas como estudantes que que-rem construir uma sociedade sem opressão, machismo e violência contra as mulheres. Para preparar o encontro, acontecerão encontros e debates de mulheres em diversos cursos e unidades. O encontro será auto-organizado, isso é, só para mulhe-res, pois é importante para nós, mulheres, debatermos e comparti-lharmos a opressão que sentimos e assim, pensarmos como podemos

atuar. Isso não significa que a pau-ta feminista seja de interesse ape-nas de nós, mulheres, mas sim que somente nós entendemos o que sofremos: “E aí está a grande tare-fa humanista e histórica dos opri-midos – libertar-se a si e aos o-pressores”. Somente com estudantes informadas, conscientes da opres-são que sofrem e organizadas po-demos todas, aos poucos, termos mais voz e diminuirmos o machis-mo na nossa Universidade.

PÁGIN A 3

Slut Walk (Marcha das Vadias) e locais de atendimento às mulheres vítimas de violência sexual.

O termo “vadias” é usado de maneira pejorativa, como insulto para o comportamen-to de mulheres que não se enquadram às regras impos-tas pela sociedade, e por isso, foi especialmente escolhido para nomear a Marcha, pois ao se apropriarem dessa palavra as mulheres reivindi-cam a autonomia para se vestirem e se comportarem da maneira que quiserem, sem que isso justifique qual-

quer tipo de violência ou recriminação.

Em São Paulo, primeira cida-de brasileira em que houve o ato, a Marcha afirmou a auto-nomia das mulheres perante seu corpo, além de servir com forma de denunciar a violên-cia que sofrem diariamente no Brasil e lutar para romper com a prática de responsabili-zá-las pelas agressões que sofrem. A Marcha foi da Av Paulista até o clube de comé-dia do humorista Rafinha Bastos, o qual em sua apre-sentação de stand up comedy

O nome desse ato surgiu como um protesto às declarações machistas de um policial canadense que disse que as mulheres deveriam evitar vestir-se como vagabun-das para não tornarem-se vítimas de ataques sexuais. Esse policial foi repreendido pela polícia de Toronto, mas o objetivo dessa manifestação é muito maior, trata de chamar a atenção para essa “culpabilização da vítima” comumente aceita, na qual a mulher é responsabilizada pela violência sexual nas delegacias

dizia que só via mulher feia reclamando de estupro e que o estuprador ao invés de ser preso deveria receber um abraço de agradecimento.

As manifestantes entenderam

que esse é o tipo de discurso

que deve ser combatido e

decidiram que a casa Comedians

era o melhor lugar para encerrar

a marcha, com a colagem dos

cartazes utilizados no ato no

portão do clube.

“Se ser vadia é ser livre, então

somos todas vadias”

ED IÇ ÃO 3

I ENCONTRO DE MULHERES ESTUDANTES DA USP – PARTICIPE!

Fonte: http://www.dceusp.org.br/2011/08/i-encontro-de-mulheres-

O CAER esteve presente no casamento homoafetivo realizado dia 26 de junho na Faculdade de

direito da USP, mesmo dia da Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais. Como apoiadores,

o evento contou com diversos outros Centros Acadêmicos e o DCE da USP,

além da presença de diversos casais de homens e mulheres na semana da Parada do

Orgulho LGBT de São Paulo. Organizados pela Igreja da Comunidade Metropolitana, os

casamentos foram um ato simbólico dentro da Universidade de combate a Homofobia e

a qualquer tipo de intolerância.

Casamento coletivo homoafetivo na Faculdade de Direito da USP Por Rubem Brandão

PÁGIN A 4 AL IMEN TE - SE

A Marcha

da Liberdade de

São Paulo foi um

das maiores mani-

festações realiza-

das nesse primeiro

semestre e foi organizada por diversos movimentos

sociais, dentre eles o DCE da USP, que se reconheciam

como indignados pela corrupção, pela falta de educa-

ção de qualidade, pela homofobia, pautas essas que

Marcha da Liberdade em SP! agregaram milhares de pessoas, inclusive o CAER,

na Avenida Paulista em 18/06.

A Marcha de SP desencadeou uma onda de

manifestações em vários estados, movimentos que

vem se identificando com @s Indignad@s da Espa-

nha (veja no Face “Democracia Real já”) e a luta

dos espanhóis e espanholas por mudanças drásti-

cas na sociedade. Para continuar avançando com

essas pautas, veja na página de capa o texto sobre

o evento do 15 de Outubro – 15.O.

As indústrias alimentícias recorrem a ações antiéticas em prol da venda de seus produtos, ferindo o Direito Humano à Alimentação Adequada. No meio acadêmico, enviam representantes às universidades, que aproveitam o convite para ministrar aulas para fazer propagandas e distribuir brindes, além de financiar pes-quisas e patrocinar eventos científicos, evidenciando conflito de interesses que pode influenciar a atuação profissional.

No 1º semestre, o CAER passou a compor a Frente pela Regulação da Publicidade de Alimentos (acessem o Blog: http://regulacaoalimentos.blogspot.com/), unindo forças e inserindo a questão específica num contexto mais abrangente. Algumas ações/atividades realizadas pela Frente e pelo CAER/RDs:

Exigência da regulação da presença das indústrias na sala de aula na FSP, aprovada como documento de recomendação aos professores, realização de uma mesa-redonda para discutir o assunto e lançamento de um abaixo-assinado;

Entrega e divulgação de uma carta ao ministro da saúde como manifesto contra a polêmica parceria do Ministério da Saúde com o “Amigo da Saúde” McDonalds;

Divulgação e panfletagem de uma carta no congresso da SBAN manifestando a indignação causada pela contratação baseada na aparência de nutricionistas para trabalhar em stands e pelo patrocínio e espaços na programação cedidos às indústrias para apresentarem “evidências científicas”;

Questionamentos via redes sociais relacionados ao programa “Emagrece, Brasil”, da Editora Abril, que tem conteúdo duvidoso sobre Nutrição, os Ministérios da Saúde, do Esporte e da Educação como apoiadores e a Coca-Cola como patrocinadora;

Reunião em Brasília entre membros da Frente, para a organização interna e definição dos próximos pas-sos, e da Frente com a ANVISA, a CGAN/MS e a CGEAN/MDS para identificar parceiros, avanços e retroces-sos relacionados à regulação de alimentos;

Apresentação das ações do CAER no ENENUT para ampliar o debate entre os demais cursos de Nutrição e fortalecer nossa luta.

E como está a questão da regulação na FSP?

Recebemos novas reclamações, comprovando que somente recomendar aos professores que esse espaço privilegiado seja protegido não garante o seu cumprimento, pois dá aos professores a opção de esco-lha. Nossa bandeira agora é pleitear uma regulamentação interna mais incisiva, que assegure que as informa-ções veiculadas em aula sejam idôneas e livres de conflitos de interesses. Além de fortalecer o debate para que as entidades de classe apropriem-se da causa e também se responsabilizem por exigir que o Estado cum-pra o seu papel de proteger grupos vulneráveis, criando mecanismos direcionados aos estudantes de gradua-ção. *Curta a página no FB: http://www.facebook.com/#!/regulacaoalimentos

Por Tatiane Nunes

Por Rubem Brandão