di'. - teses.usp.br · grupo de simetria c 5 e caracteres dos produtos diretos destas...

180
UNIVERSIIW:E I'E 5J.D PAlJlD INSTITUTO DE FÍSICA E QUÍMICA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE FÍSICA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS "ESPECTROSCOPIA DE IONS Eu+3.COMO IMPURE ZA EM GdAlO " 3 Sebastião Nascimento de P~dua Dissertação apresentada ao Instituto de Fisica e Qu.im! ca de são Carlos para obten ção do titulo de MESTRE em Fisica B~sica. Orientador: Prof .Di'. Jarbas C:dado de C~stro Neto IIIUOTlCA 00 INsTl'fõiÕ DE flSlCA E OUIMICADE SAO CAnoa ••• FISICA São Carlos - 1988

Upload: vuongdiep

Post on 02-Jan-2019

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

UNIVERSIIW:E I'E 5J.D PAlJlD

INSTITUTO DE FÍSICA E QUÍMICA DE SÃO CARLOS

DEPARTAMENTO DE FÍSICA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS

"ESPECTROSCOPIA DE IONS Eu+3.COMO IMPURE

ZA EM GdAlO "3

Sebastião Nascimento de P~dua

Dissertação apresentada ao

Instituto de Fisica e Qu.im!

ca de são Carlos para obten

ção do titulo de MESTRE em

Fisica B~sica.

Orientador: Prof .Di'. Jarbas C:dado de C~stro Neto

IIIUOTlCA 00 INsTl'fõiÕ DE flSlCA E OUIMICADE SAO CAnoa •••

FISICA

São Carlos - 1988

Page 2: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

MEMBROS DA COMISSÃO JULGADORA DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE

SEBASTIÃO NASCIMENTO DE PÃDUA APRESENTADA

AO INSTITUTO DE FíSICA E QUíMICA DE SÃO CARLOS, DA UNIVERSI

DADE DE sAo PAULO, EM 11 DE agosto

COMISSÃO JULGADORA:

DE 1988 .

D!:-<:JarbasC.de Castro NetoOrientador\ .~,-~

1Dr.CarlosHenrique de Brito Cruz

I

Page 3: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Aos meus pais e aos meus irmãos.

Page 4: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Os meus agradecimentos:

Ao Prof. Jarbas Castro pela orientação, pelas discussões,

pela confiança depositada e pelo apoio fornecido durante a

realização deste trabalho.

ao Pesquisador Luis antônio pela amizade, pelas

discussões, pela ajuda em todas as montagens experimentais e

por ter acreditado em mim.

ao Prof. Tomás Catunda pela amizade, pelo incentivo, e

pelas valiosas discussões e sugestões.

ao Marcos Manzochi, ao Luis Cury, pelas discussões e pelo

estimulo dado durante dado durante a realização do trabalho.

ao Romão e ao Hélio pelos ótimos desenhos.

ao Wagner pelo excelente trabalho de datilografia.

aos

cedidos.

Profs. J.P.Andreeta e H.J.Scheel pelos cristais

ao Senhor Domi ngo 5 Aie 110 pe Ia grande ajuda na montagem

dos experimentos.

Aos técnicos Gilberto e Paulinho pela ajuda nos

experimentos.

Page 5: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Aos técnicos da oficina mecânica, pela utilização de

todas as peças mecânicas utilizadas.

ao pe ssoa 1 do Grupo professores, co legas, técnicos àa

oficina de ótica, ao Tuta, a Rosana e a Isabel pela ajuda,

pela amizade e pelo bom ambiente de trabalho.

Aos professores, colegas e funcionários do departamento,

que coloboraram para a minha formação científica e para este

trabalho.

A FAPESP pelo suporte financeiro.

Page 6: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

AP~HDICE I

Artigo submetido ao Journal ar luminescence 143

BEFER~HCIAS

Referências

I 160

Referências

11 162

Referências

111 164

Referências

IV 166

Referências

V 166

Page 7: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Lista de - .t 1quraos

Fi!HITa 11-1 energla da configuração do+"

Etl ...;

-1cm [II-5] 24

Fiq~ra !1-2 - Esquema mostrando a coordenação dos varios ions

numa estrutura perovskite perfeita

Fiqura 11-3 Estrutura do GdAIO"".,jcélula e

fil+3 47

Fiqura 11-4 da ." .. .,.caj,llla unitária do GdAI0'1....•

Q

'0.1 ano

b) Esquema m05trandG

r2s·~Cl'1.3.n.c Ia_.-., .•...• ­:__ W iHWú.~~ - i:~~

1 ..;..

80n1

-'::}

.....•......." .-1 ....•..-,_, .l.!."-~ -::!, ~

.-~~..••....•. ..,.. ..•..•. :-..: " .••••• 1 , • =____ 0 _

Page 8: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Figura 11-7

"CARS"

Figura 111-1

Diagrama esquemático descrevendo o processo

64

Esquema ótico do espectrofôtometro Cary-17

usado nas medidas de absorção ----------------- 69

Figura 111-2 - Esquema mostrando o criostato de Janis com seus

vários compartimentos [111-5] 70

Figura 111-3 - Conjunto de bombeamento típico para a produção

de alto vácuo 71

Figura 111-4 - Esquema do controlador de temperatura --- 72

Figura 111-5 - Sistema de coleta de radiação da amostra- 76

Figura 111-6 - Esquema da montagem de Luminescência

Figura 111-7 - Cavidade instável do laser YAG:Nd

Figura 111-8 - Esquema do separador de feixes

77

80

81

Page 9: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Figura 111-9 Representação esquemática de uma típica

molécula de corante

mesma

Espectro de ahsorção e Eluorescincia da

83

Figura 111-10 Representação dos níveis de energia de uma

molécula de corante

Fiqura Il1-11 - Cavidade do laser de corante

Fiqura 111-12 - Cuoeta para o laser de corante

Figura III-13 - Expansor de feixe

Figura !I!-14 - Diagrama do processo "CARS"

84

87

88

8'9

94

Fi Q'urà I I I -15 li. j li S t e do â n g"tI 1o de 8 a s a men t o de f a se.

espelho pode ser movimentado na direção indicada 95

FIqura 1II-16 Si s t eyna e}:per i ment-~ 1 nara realização

Ul ,_.'"\ 1:.C 's..•..•. ~}..:...~

Page 10: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Figura Iv-l - Níveis de energia dos ions+:1 +~

livres Er - e Eu - na

regiio do espectro visível e infra vermelho

Fiqnra Iv-2 -

[1\1-3]

"Range" espectral da absorção do e TIl 't{HIO~..,

102

Figura lV-3 - Níveis de energ~a ~'n ,~~l\ 1 r.':11 ~ •••,n."'V3

Fiqura Iv-4 - Espectro de fluorescência do íon _ +:1l:!.r - Ell1 a'dA! O.•,j

medido por nós excitando uma banda em 380 nro {nível

faixa espectral do gr~fico acima é 501-478 nm l,z>4

Ficura I~-5 - Espectro de fluorescência do i or~

. , ...EXCl1:anGO o em uma bandC\. larga em

( TI í~)'e 1 iai}{a es'Oect~al do grafico e

1 ;35

I~l-5 - ..•. ~ ." .! 1 ~.:ror' = s c: e ~1c 1 -3+3 ....• .,. -... -'; --- '.o , . :.

' __ ' '.-. _""':l. ~ -.-' _

s- e ~1.dG -!- ,....,,....._.­'_ '~.l, :..;.~. de

~l.1 -:.7 e ..:..o,i

.:. ....•...."..J ~ ~ /_"'"'.:

.:....;..: ..•.

;::' ."" •.- -.,.J"';;' :::. - ...; ..i. - - -

Page 11: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Figura IV-7 Espectro de Eluorescência do íon Er+3

(546 nrn)"mercúriolâmpada desim daíondonão éque

(não intencional) em GdAl03" A primeira seta indica uma linha

+3Er e

As duas setas indicam urna linha que não loi encontrada no

artigo de Arsenev [IV-4] 107

Figura IV-8 Espectro de absorção dos lons Eu+3 em cristais

110

transiçõescom asassociado300 Ke77 Kade GdAI03

7Fj(j=0,1,2) ~ 5D0

Figura IV-9 - Espectro de absorção dos íons Eu+3 em cristais

espectro

tra:nsiçõescom as

aparecem no

associado

linhas que

300 K

outras

e

As

77 Kade GdAI03

7F.(j=0,1,2) ~J

são devido , . d E +3 N • t . Ia Impurezas e r nao ln enClona 111

Figura IV-10 - Espectro de absorção dos íons Eu+3 em cristais

espectro

transições

aparecem no

associado com as

linhas que

300 K

outrasAs

77 K eaGdAI03

7F.{j=0,1,2) ~J

de

são devido à impurezas de Er+3 não intencional 111

B1!1lIOTiCA \)0 MIT\JTO tE FlsKÃ""fOUIMICA f': &110 CA~i~· m

FISICA

Page 12: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Figura IV-lI - Espectro de absorção do íon Eu+3 em Gdal03 a

várias temperaturas relativo às transições

114

Figura IV-I2 Comparação entre os espectros de polar i zação

n,a e a de absorção do cristal+3

GdAI03:Eu a 77 K. °

significado dos termos n, a e a é dado na seção 11-6 --- 118

Figura IV-13 - Diagrama de níveis de energia e representações

irredutíueis de alguns destes níveis obtidos dos espectros de

absorção polarizado e não polarizado a 300 K. as posições dos

n í l.7e i s -------------------------------- .•.•.•- 119

Figara IV-14 Espectro de fluorescência das transições

5D0 -t 7Fj (j=0,1,2) do íon Eu+3 em Gdal0.7 a 77 K e 300 K

excitados em uma banda larga em torno de-1

24510 cm

123

Figura Il}-15 Espectro de fluorescência das transições

(. ':) \J=w,4J a 77 R e 300 R excitados em uma banda larga

em torno de 24510 -1em 124

Page 13: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Figura IV-16 - Diagrama de níveis de energia de alguns níveis

do íon Eu+3 medidos a 77 K do espectro de luminescência. As

posições dos níveis

eles em nm

são dados-1

em cm e as transições entre

125

Figura IV-I? Espectro de excitação do cristal GdAl03 com

Eu+3 e Er+3 (não intencional) como impureza à temperatura

ambiente (300 K). O espectro foi monitorado através da emissão

(2: 16260-1cm 615 nm) do

+.')íon Eu W 129

Figura Iv-i8 ~spectro de excitação do cristal GdHl03 com

Eu+3 e Er+3 (não intencional) como impureza à temperatura

ambiente (300 K). O espectro foi monitorado através da emissão

-1cm ) I +3615 nm do lon Eu 130

FiQura IV-I9 Espectro de excitação do cristal GdAI03 com

Eu+3 e Er+3 (não intencional) como impureza à temperatura

ambiente (300 K). O espectro foi monitorado através da emissão

(= 16260-1em ~1~ \ d ' E +3b :l nm J o lon u 131

Page 14: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Figura lV-20 - a)Espectro de excitação do cristal GdAl03 com

Eu+3 e Er+3 (não intencional) como impureza à temperatura

ambiente (300 K). ° espectro Eoi monitorado através da emissão

16260 -1cm ) , +3615 nm do Ion Eu 132

b) Espectro de excitação do cristal GdAl03 puro com centro F

{300 K}, monitorado através da emissão da banda em 550 nm.

Figura 1'1-21 Diagrama mostrando os nÍl.7eisdos íons+3

Eu ,

+3 +3. 0t NGd e Er envolvIdos no espectro de eXCl açao 133

Figura 1'1-22 - Espectro do modo vibraciGnal do benzeno obtido

pela técnica "CARS" 136

Figura 19-23 - Espectro do modo vibracional em 1088 -1cm da

calcita obtido por nós 137

Figura 19-24 Espectro "caRS" na região dos níveis.,'F do2

+3Eu em Gdal03 a 300 K 138

Page 15: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Lista de Tabelas

Tabela 11-1 - Configurações e estados de oxidação dos terras

raras

Tabela 11-2

22

Caracteres das representações redutíoeis de

j {inteiro} calculados através da relação 11-2.20 32

Tabela 11-3 Tabela de caracteres das .representações

irredutíveis do grupo de simetria C [11-10]s 33

Tabela 11-4 "Split" dos níveis de um íon terra rara

{j inteiro} quando submetido a um campo de simetria C - 34s

Tabela 11-5 Carac teres das represent açõe s irredut íve is do

grupo de simetria C e caracteres dos produtos diretos destas5

representações

Tabela 11-6

40

Regras de seleção para as transições entre os

estados de um íon terra rara quando submetido a um campo ti:

si metr i a r-"" s

Tanela 11-7 - Coordenadas do lons em GdalO~w 44.

Page 16: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Tabela 11-8 Simetrias locais dos íons no cristal

GdAI03·[II-5]49

Tabela 111-1 - Valores das linhas da lâmpada de Hg medidos por

nós e os fornecidos pelo catálogo da Ealing 76

Tabela IV-l - Valores dos comprimentos de onda das transições

do íon Er+3 em GdAl03 medido por nós e por

Arsenev [IV-4]. Obser"ações * Linha se absorção em 547.8 e

548.2 nm, ,Jistos por Arsenev, não foram resolvidas *** Estas

linhas foram mascaradas pelas linhas de emi ssão

I +3~on Eu 108

Page 17: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

RE5DI'IO

Espectros de absorção, r luorescência e excitação do íon

Eu+3 em GdAl03 na região do visível são mostrados neste

trabalho. Todos os níveis 7F.{j=0,1,2 e 4)Je 50.(j=0 a 2)J

foram medidos e quase todas as transições do íon, na região do

vish.rel, foram identificadas nos espectros. A abertura dos

níveis de energia verificada está de acordo com a simetria Cs

do campo cristalino. Medidas de absorção polarizada foram

feitas com o intuito de verificar a natureza das transições de

dipolo e para determinar as representações irredutíveis dos

de energia e SO. ( j =0 a 2).JLinhas da impureza

Er+3 (não intencional) foram identificadas no espectro de

absorção e sua presença no cristal foi verificada através dos

valores conhecidos dos níveis de energia do íon Er+3 em GdAI03

[111-4].

além disso, medidas dos níveis d . 7F d • E + 3e energla 2 o lon u

através da técnica espectroscópica não 1inear "CARS", foram

tentadas. Medidas preliminares destes níveis e dos níveis

vibracionais do benzeno e da calcita são mostrados no final da

dissertação.

1

Page 18: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

ABSTRACT

+~Absorption, f Iuorescence and excítation of the Eu - íon

in GdAl03 in the visible region are presented in tnis work.

AlI of the 7F.(j=0,1,2,and 4)J and SD·.(J=0 to 2)Jenergy let.'els

were measured and almost alI of the transitions in the uisible

region of the íon TAere seen in the spectra. The splittinq of

energy levels veriíied ~s according to tne Cs symmetry of tne

crystal field. Polarized absorption techniques are used to

check the nature of the dipole transitions and to determine

UnintentionalenergySD.(j=0 to 2)J impurities

and7F17"F0,

Er+3

theof

levels.

representationsirreduciblethe

lines were identified in the ab.sorption spectra ~nd its

presence in our crystal was checked through the kno~m ualues

+~ - -of energy levels of GdAI03:Er - LIII-4J.

Besides it we began to measure the 7F2 enerqy levels of

them Eu+3 ion by using the nonlinear optical spectroscopy

technique known as "CílRS". "CílRS" Eirsts measurements of these

energy levels and of the vibrational mode of benzene and

calcita are shown in the in the end o; the díssertation.

Page 19: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

CAPiTULO I

IHTRODUção

Cristais de aluminato de Gadolínio, tendo como impurezas

íons terras raras e metais de transição. foram extensivamente

estudados nos últimos vinte anos. O interesse no estudo destes

cristais surgiu, não só como objeto de pesquisa básica, mas

também visando as aplicações como meio ativo para laser para

este material. Nesta direção Arsenev e Bienert publicaram uma

série de trabalhos onde a possibilidade de utilização de

cristais de aluminato de Gadolinio tendo como impureza ~s ions

+3terras raras Er , Ho+3 , +3

Tm , Hd+3 foi inuestigada [1-1, I-2,

1-3 e 1V-4J.+~

Cristais de aluminato de Gadolínio com Cr W como

impureza também foram estudados visando a sua utilização como

me io a t itJO em 1asers [I -4 e III-3]. De v i do à nece s~ida de d '"

boa q t.T a 1ida de ó t i ca e tama nh o razoá ve 1 para um cr i stal ser

utilizado como meio ativo para laser, varias trabalhos foram

f e itos [I -5, I-6, III-1, III-2 e r II-4] v isando a me 111or ia da

técnica de crescimento dos cristais de GdHl03.

3

Page 20: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Corno objetivo de pesquisa básica, várias propriedades dos

cristais de aluminato de Gadolinio tem sido estudadas. Seu

comportamento magnético foi extensivamente estuàado por várias

técnica s como magnet ização, ra ia X, absorção ót ica, d i fração

de nêutrons e espectroscopia Mossbauer (veja [1-7] e as

referências fornecidas neste traba lho) . ° efeito do

ordenamento magnético sobre a dinâmica da tiuorescência foi

estudado recentemente por Salem e outros [1-8]. Efeitos de

~?

ótica não linear em GdAI03:Cr'~ [1-9, 1-10], em GdAI03 [11-6],

processos de tranferência de+:l +:l

energia em GdAI03:Ce - e Tb -

[1-11], medidas espectroscópicas em cristais de aluminato de

Gadolínio tendo como impurezas vários íons terras' rara s

[I-I, 1-2, 1-3, IV-4, 1V-12] e metais de transição

[111-3, 1-13] foram também estudados •

Estudos óticos em aluminato de Gadolínio dopado com o.lon

terra+3

rara Eu começaram a ser feitos recentemente em nosso

grupo. Bagnato e outros [IV-2], usando a técnica de absorção

região de infravermelho, mediram osna

do • - +3 t ..~lon ~u nes a reglao espectral. Os

niveis

n 1l.7e 1 s

?F.J

7_J" •

J

(j=3,4,5,6)

I •.• _, .'"fI

\J=.L,~} nao

foram medidos devido ao fato deles estarem na região de

energias onde a rede absorve.

4

Page 21: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Neste trabalho mostramos a continuação deste estudo.

Utilizando técnicas de absorção ótica no visível e

luminescência medimos os níveis de energia na região opaca do

cristal e os níveis de energia do íon na

região visível do espectro Utilizando

técnicas de absorção polarizada determinamos as representacões

irredutÍveis dos níveis e a natureza dipolar das transições.

através destas técnicas descobrimos também a existência de um

outro terra rara não intencional no cristal, tornando

compreensível a e~strutura dos espectros de absorçao e

luminescência e seu comportamento com a temperatura.

Além das técnicas de ótica convencional começamos a medir

os níveis I E +3 t I d t' . d t .~on u a raves a ecnlca e espec roscop~a

não 1inear conhecida como espectroscopia "CARS" (espalhamento

Raman anti-Stokes coerente). a vantagem desta técnica sobre as

convencionais é que a sua resolução é limitada apenas pela

largura de linha dos lasers de corante utilizados e não pela

resolução df~ um espectrometro. Embora nao tenhamos concluldo o

estudo dos níveis eletrônicos do lon Eu+3 com esta

técnica, nós conseguimos detetar o feixe anti-StQkes

ressonante gerado pelo cristal e medidas preliminares foram

feitas. Além disso, os resultados conhecidos em espectroscopia

"CARS" no benzeno e calcita foram reproduzidos.

Page 22: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Q se gu i r mo str amo s como e ste r esul tado e o s an ter ior es são

apresentados e discutidos.

No capítulo rI fizemos urna revisão dos conceitos básicos

ne ce ssár io s par a o entend ime n t o e d iscu ssão dos r e sul tados.

Neste capítulo mostramos o tratamento teórico utilizado para o

entendimento da absorção e emissão de um tóton. O potencial

cristalino, as propriedades dos íons terras raras e a

influência que este campo tem sobre os outros níveis

eletrônicos destes íons foram também di sc-utidos. Teoria de

grupo roi utilizada nesta discussão, bem corno, na determinação

das regras de seleção para a absorção e emissão de um fóton

pela nossa amostra+3

(GdAI03:Eu ). No tinal do capítulo

apresentamos a teor ia de ót ica não Iinear neces sár ia para o

entendimento da espectroscopia Raman anti-Stokes coerente.

No capítulo 111 fazemos urna descrição das técnicas

experimentais utilizadas neste trabalho. Os equipamentos e as

montagens utilizados nos experimentos de absorção ótica,

luminescência e excitação são mostrados. A descrição do laser

de coran te usado e a mont agem e de ta lhes da e spectroscop ia

"CARS" são apresentados no fim do capitulo.

6

Page 23: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

No capítulo IV mostramos e discutimos os resultados

obtidos através das medidas de absorção, luminescência e

e K C ita ção. Ne ste cap í tu io mo st ramo s o s espec t ro 5 ob i: idos, a 5

energias medidas dos níveis eletrônicos do íon+3

Eu , e os

compr iment o 5 de onda da 5 trans ições entre est es ní l.7ei s e as

representações irredut í t..'e i s dos mesmos. Os resultados da

espectroscopia "CfiRS" em benzeno, na calcita+3

e em Gdfil03:Eu

são também mostrados e uma discussão a respeito do experimento

~~

de "CARS" em GdAI03:Eu'~ é feita.

Conclusões gerais do trabalho são apresentadas no

capítulo Ve no apêndice I mostramos o artigo escrito, que

resume parte da nossa dissertação .

.,,

Page 24: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

CAPITULO II

COKSIDEBACOES TEdRICAS

11-1 Interacão da radiação com a matéria [11-1]

A) O campo de radiação

o campo de radiação pode ser consid.erado, formalmente,

como um ensemble de osciladores harmônicos independentes.

Deste modo é possível escrever o Hamiltoniano, os autovalores

e asat.ttofunçôesdocampoderadiaçãocomosegue

~ ~

'='"' ~

[ a~+-;-]H 2 2 H:\ \ t a+= =(,\ a

L. L. a: aQ;

a aa

jll-l.l)

a a

12 ]

(11-1.2)

na: a

a o"n ',-a ,./'.,'

{11-!.3)-+

Onde a soma sobre a. inclui todos os valores permitidos de k

(estes valores são determinados pelas condições de contorno) e

-+a soma sobre a inc 1ui J para cada k, a s duas po 1ar i zações

independentes permitidas.

B

Page 25: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

fótons presentes para cada direção J: e polarização a.; I n~

nU ( nU = 0,1,2, ... ),a: a na expressão 1I-1.2, é o número de

.,­o,.) ,".

...;'

na expressão II-1.3~ , t f - d ••a • a +e a au o unçao e ~ e os operaaores aa aa ..•. ,.. o'W ,

e a , sao os operadores criaçao e destruiçao de um foton ..lI.

Estes operadores são adirnensionais e operam como segue:

aaa.

C1'-,

Jn .>=a ./ an a

an a"

1 >.,I"

(II-l.4)

n+ I a· .... r a I a "a - n "', = J n + 1 n + 1 ~'"a I a:,o o- a a .,,", .o o

escrito como:

;: =2 2 Jo: a

h4J a

2cTJ

~ (1n a:

(II-l.6)

~e o campo elétrico e magnético podem ser deduzidos de q pelas

relações:

~

-+ -1ãfl_E=-- ãt

{lI-I.?}

C

~

-+-+B

=v]{li

r_IOTlWDO INSTITUTO et FtSICAIOUIMICA tE $AO CAlLN· - .. 1FIIIC A

Page 26: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

B) A interação de uma part ícula ~a.'t"''t''eqada ~Q1Jl. Q ~alll~Q de

radiação

Vamos considerar agora a situação na qual uma partícula

carregada está sobre a ação de um potencial ~ e um campo de

-+

radiação A. o Hamiltoniano do sistema, que consiste da

partícula e do campo de radiação, é dado por:

1 [-+ -+]2H = ----- p - ~ A + q ~ +2 !TI C

1a n I[ -+2 -+2] 3-+

(E) +(B) d r

(lI-l.8)

Os dois primeiros termos da expressão acima são a Hamiltoniana

de uma partícula carregada sobre a ação do campo

eletromagnético e o Último termo é a Hamiltoniana do campo

eletromagnético. De sen lJO llJendo o parênteses da exprt::

-+ -+ -+ -+11-1. B e usando o rato de que P • A = a · P para o gauge de

cou 10mb [I I-1, pá g ina 40], a Famil ton i ana pode se r re e 5cr i t acomo:

H - H +H1+ H., =

[-~ +q

9] +- 0 .•.2 m

1r

[-+ 2

-+ 2 ]

~ ~ -+-+ 2-+ 2j • _!i- p q(E)

.•.10\ 5d r- •A+ (fl)an • \ ~ J

m c 2J

2m c

(II-l.9)

Onde:

[ p2-~-+q

1J

12

aa +a:

1----a n

+1> 1

J

9 ++ q-+ 2v

=

L m

("'1-1 In.\.L .••• .I.Ul

10

Page 27: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

= ::3III C

--;-22jo: a

h(,) Va

-t -tika-· re + aa+

a:

-t a11

a:

-t• p

JII-l.II)

-te-ika'+ aO"+

a'

-+ a'• 11 a'

-t -+

a' ika'·ra , ea][

-t -+

-ika·re

2 222 r- ~al~a'a: a a'a'

-t -tika·r 0'+e + a a

2~ h2-m-V

(11-1.12)

expressão 11-1.10, é o Hamiltoniano do sistema não

perturbado, dado pela soma do Hamiltoniano da particul~ com o

Hamiltoniano do campo de radiação, sem interação entre ambos.

H1 e H2 são as perturbações dependentes do tempo do sistema

que podem induzir transições entre os diferentes autoestados

de H. Estes autoestados são:

e,J. II= .,.. a a

a ""n "

o: .//(11-1.13)

Onde ~ é a autofunção da partícula eea \o~._n

-.,e,a.: ,,'/' a autofunção

do oscilador da radiação {a,aj. HS energias dos estados

11-1.13 são dados por:

12 ]

a: a

{II-l.14}

11

Page 28: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Onde Ee é a energia da partícula e a soma sobre a e a, a

energia do campo de radiação. Olhando para HI e H2 notamos que

+o primeiro contém termos com a e a enquanto H2 contém termos

com produto a+

a,+

a a, a a,+a +

a. Nós podemos então distinguir

os processos de primeira ordem e os de segunda ordem. Os

primeiros são produzidos quando H1 é usado em primeir~ ordem

de perturbação. Eles podem ser subdivididos em:

a}Aniquilição de um fõton de frequência ~a ou absorção.

b)Criação de um fótoD de frequência 6l ou emissão.a

Para tratarmos estes processos nós ~ramos eKpandir as

eKponenciais que aparecem em HI como segue:

~ ~ ~ ~±ika+r _ 1 ± ika+r +e -

(II-l.lS)

Então:

a+aa

aa a

aa +a

p] [

12

-tK a

D+a a +

(11-1.16)

Page 29: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

~ ~Como o momento P pode ser escrito em função de r [II-1, página

43]

como:

-+P = i ~

r onde (,)fi=

Eefinal_ 1;"e

~inicialh

.lII-I.l?;

o 5 do i 5 t ermo s de H l' em (II-1 .16 ), podem 5er reescr i tos do

seguinte modo :

aa a

T'" T'" f hr ~ a

p ]a+

-;- ~ ~ J

----ln a-a=to)

V aa

22F-[H:~]

a-i o(q r) a+aa a .

22F [ il :

~

]a+i -(q r)aaa a

111-1.18)~ ~ ~

Vamos considerar a quantidade (H-r)p. Nós podemos escrever:

~ -+ -+

(Ror)? =

e

12

[ -+ ~ ~ ~ -+ -+ ](Hor)P - (HoP)r +

12 [ -+-+-+ -+-+-+]

(Ir-r)P + (H+P}r

(11-1.19)

1=

12 [ li x

=

2 C r -+ -+]L lI: x L

13

(11-l.20}

Page 30: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

~ ~Onde. L ~ c '{IlQ"«van.t.c a.n.qTJ.la."C' da. "9~."C't_i.cT~la. q @ l ..•• lá c 'tletct'

A~

unitário na direção de IL 0- segundo termo de (II-l.19) pode

ser escrito como:[iI-l, página 44]:

12 ] =

i m úl2

(11-1.21)

Usando estes resultados, o terceiro e quarto termos de

(II-l.I6) podem ser reescritos como se segue:

-;-22'h

[ Ji ap ][ ita; -]

a- ~ ••a+6.\

lJ a aIX C1 J

a

i--L\\ ~ r ~ a

p ][ Ka;' ]0+

m L. L 6.'a Vl n a

• •a=aa C1

...+ r

aa+a

aa a

0+aa:

L ]

...qr

~qr

g2 m C

][

][

g2 m C

...• r

~R a

...1..• xka

...1~ xka

flI-l.22)

Q Hamiltc __iana de interação H1 pode então ser escrita como:

HI = HI (EI) + HI (:rI ) + H'I I (E..,)..•.

(II-l.23)

14

Page 31: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Onde:

de dipolo elétrico =

i2 2 r=~a\r q;n : ]a- •a+aLa: a

i ~~Fr q;n : ]a+• al a

(11-1.24)

magnético =

a a

- \ \1 L. L..

a: a

J-~[[F[[

de

.9:2 m C

.9:2 m C L ]

dipolo

-+ a 1

• n aa+a a

-+• n :]

aa a

e

de quadripolo

(II~1.25)

magnético =

2Lr~h1

[ Ka; ][ q;-+ a

]a•

•n a+2 aa

a a

2 2F_l[ Ia;][ q;-+ Ij1a+•

•nJ

aV 2 aaa

a

(II-l.26)Estes

trêstermosproduzemtransiçõesdedipoloelétrico,

magnético e de quadrupolo elétrico respectivamente.

15

Page 32: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

C} Probabilidade de transição para absorção e emissão

Como foi dito anteriormente, o sistema não perturbado

consiste da partícula carregada e o campo de radiação, ambos

sem interação. o Hamiltonlano de interação

(equação I I-1 .11) é con si derado uma pequena per turbação que

pode causar transições do sistema não perturbado entl'e um

estado inicial e um final. No caso de absorção de um fóton os

estados inicial e final são dados respectivamente por:

y.r _ I ",e '"'' I CT '00. '0, I {]J "'"

o - o o n , n ,1 1 .•..,' a,./ a:' ".,'." /' ~

I ,,; :~>CTn a

CT' "-n ',-a: J )

..,.",-

flI-l.27}

,(II-l.28)

o elemento de matriz para os processos de absorção de um Eóton

,e:

;'/ ",e

CT1IH1

I..p:

a"; n -I

;n >=<'" f a 1a /"'-+

-+

-L Gh.'

.'

lfse

Iika·r-+ {]-+

I'I:

"-G:(;:

eR•P ...•.

m '''a V"

f a1.,), ./

111-1.29)Pois: a

1Ia

Ia", G:(.

n- an"')

=a aa

",./

(11-1.30)

16

Page 33: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

No caso de emissão de um fóton os estados final e inicial

são dados por:

,e --". I a"" , a' .",~. = 1.- ~ n ~ n,"'"1 1..-' a./ a,.-/ / /jl1-1.31)

V:rf =ana + 1'.,..../

,..'

a J '"',

n , )a ,./"

j I 1-1.321.

o e1eme nto de ma t r i z re 1eva n te para o proce sso de em issão é

dado por:

; n~ + 1 I

~J~-+ -+

-ika·r -+ ae n a-+

• p ana + 1

Pois:

(ll~1.33)

,... an a + 1 ana'-

>/ = J

(II-l.34)

Aplicando a Regra de Ouro de Fermi, nós derivamos a

probabilidade por unidade de tempo de achar o sistema com

menos um ou mais um fóton de energia h6.1a-+

e polarização n Ja no

ângulo sólido[

Q ,Q+dO1 '

isto,e:a.

a a

~adO

217

~Ma,2g (úl )

r =,., Ia ahL

aa

17

(11-1.35)

Page 34: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Onde;

dna

(I!-1.36l

e

1inha inferior, a um processo de emissão de um féton.

Substituindo a equação 11-1.37 em I1-1.35 e levando e~ conta

11-36 nós temos:

=

=

~~

le

ik·r~ a ~

I2

/' y,.e

ay,:", a

<n•p "nf a~,/ a

•....•

./

(11-1.38)~

~

I~ik".r~ a

-+

I•.....

2

[ ]<',...'ljte y,:an •p

:>n+1f a1a

"/'

18

Page 35: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

II-2} Campo cristalino [11-2 ; 11-3]

A Hamiltoniana não relativística para átomos de muitos

elétrons (ou íons), incluindo o acoplamento spin-órbita, pode

ser escrito da seguinte forma:

p.21-2 m

z•••r.1

2e 2e:rr ..lJ

••••••

(r.) L.1 1•••

• S.1

(11-2.1)

Onde n é o número total de elétrons, z .e o número total de

prótons no núc leo,~

i se rer ere ao i -ési mo e1étron e r. é a1.

posição relativa do i-ésimo elétron com respeito ao núcleo e

-4r .. é igual a~J

~

(ri~r.). O primeiro termo representa a energiaJ

cinética do elétron, o segundo termo, a interação coulombiana

do elétron com o núcleo, o terceiro termo, a interação

coulombiana entre os elétrons e o quarto é o acoplamento

spin-órbita.

No caso de termos íons magnéticos como impurezas em

cristais, os elétrons do íon ocupam orbitais localizados; cada

elétron sente a influência dos elétrons dos outros íons

ligantes (repulsão) e dos núcleos dos outros :cns (atração).

Tal influência é tomada em conta, assumindo que os el~trons da

impureza magnética são sujeitas a ação de um campo cristalino.

o campo cristalino é considerado ser externo ao íon magnético,

isto é, as cargas dos íons ligantes não penetram na região

ocupada pelo íon magnético.

19

Page 36: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Portanto, um elétron do íon sente a presença de um potencial V

que satisfaz a equação de Laplace:

(II-2.2\'

que tem como solução:

'\ 1 mV (r,S,_> = l Alm r YI (S,~>l, m

(II-2.3)

Onde são os harmônicos esféricos ~ O potencial do

campo cristalino V tem uma simetria definida que é produzida

pela configuração dos íons ligantes. H Hamiltoniana de um.lon

magnético em um cristal é entãQ dada por:

n

[P.2 22

]n

2

Z e+ 2 2

-tH =

1 e+ HS0 +

e V(r. )- 2 m r.r .. ~

i=1

1j<ilJ

i=1

(II-2.4}

O potencial irá competir com os dema is termos da

Hamiltoniana em magnitude. Três casos podem ocorrer:

intermediário ~ HS0 <

n

Campo fraco -t 2 e Vi=1

Campo

-+

(r . )1

n\'2

i=1

e V-t

(r . )1

n\'

< 2i=1

j { i

2er ..lJ

nn2

2 e

-t

2Campoforte -+V(r. ))e

1r ..

i=1i=1lJ

j ( i

20

Page 37: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Para nó s , o caso de i nteresse é o pr i me i ro po is usa mo s um

cristal dopado com um terra rara. Para a realização das

medidas e estes íons sentem muito pouco a infiuência do campo

cristalino.

11-3) Os íons terras raras [11-3, 11-4]

Os terras raras formam um grupo de elementos quimicamente

similares que têm em comum uma camada 4f aberta. O estado

normal de oxidação dos compostos de terras raras é o estado

tri\1alente, na qua 1 três elétrons são retirados do átomo

neutro, condição que conduz a uma configuração 4fn• A tabela 1

mostra as configurações observadas e os estados de oxidação

dos ions terras raras. Os treze terras raras, (Ce a Yb), que

têm uma camada 4f parcialmente cheia têm um comportamento

muito similar. Eles são fortemente paramagnéticos, em alguns

casos ferromagnéticos ou anti-ferromagnéticos à baixa

temperatura. Seus sais tril.'alentes po sst.tem espectro de

absorção e em alguns casos espectro de fluorescência com

linhas estreitas na região do visível.

21

Page 38: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Element

LaCe

PrNdPmSmEuGdTb

DyHoErTmYbLu

Atomicnumber

57

5859

6061

62

63646S

66

676869

7071

Observed oxidation and configuration states

(La2+, 4J1)(La3+, 4r)(Ce2+, ~)(Ce3+, 4fl)(Ce4+, 4[0)

(Pr2+, 4f3)(Pr3-r , ~)(Pr4+, 4[1)(Nd2+, 4f4)(Nd3+, 4f3)(Pm3+.4f4)

(Sm2+. 4j')(Sm3+ • 4f6)(Eu2+.4f7)(EU3+ • 41')(Gd2+. 4r)(Gd3+. 4f1)

(Tb2+, 4F')(Tb3+. 4r)(Tb4+ •.4F)(Oy2+, 4jlO)(Oy3+. 4f')(Ho2+. 4fll)(Ho3+, 4[10)(&2+, 4f12)(Er3+, 4J11)(Tm3+, 4f13)(Tm3+, 4112)

(Yb2+, 4flt)(Yb3+, 4J13)(Lu3+. 4J14)

Tabela 11-1

Configurações e estados de oxidação dos terras rara~.

Esta caracteristica dos terras raras (linhas de absorção e

fluorescência bem estreitas) é importante pois,e

principalmente detJido a ela que os terras raras são usados

pa r a o e s t ud o do c ampo c r i s tal i no de só 1i dos. As i n E or maç õ e s

obtidas dos espectros de íons em cristais perdem seu valor

quando estes tornam-se contínuos, pela dificuldade de se

extra i r inf ormações dos mesmos. Para que i s t o não ocorra, os

íons t,izinhos do mesmo tipo não det,em interagir fortemente.

22

Page 39: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Classicamente,isto significa que os elétrons de valência

precisam estar em órbitas mais internas blindadas por camadas

mais externas. Quanticamente, o que temos é que as funções de

onda destes e létrons não devem se sobrepor. Nos íons terras

raras isto ocorre pois, as orbitas 4f dos íons trivalentes

estão bem protegidas pela blindagem das camadas 5s e 5p.

o efeito que o campo cristalino tem sobre os níveis de

energia dos íons terras raras é menor que a interação

sP i n -órb ita tem sob re e 1e s , parc ia 1me nte porque o ra io mé d io

da camada 4f é pequeno{0.6 a 0.35•A do Ce ao Lu) e

parcialmente porque a camada mais externa fechada protege a

camada 4f. O tamanho da separação dos níl.7eis de energia 4f

ao campo cristalino é usualmente da ordem de 100 -1cm

enquanto que a separação de\1ida a energia de interação

spin-órbita está na faixa de 600 a 3000 -1cm Portanto nos

terra~ raras o campo cristalino pode ser considerado como uma

pequena perturbação. Como os efeitos do campo cristalino sobre

os íons de terras raras é fraco, os níveis de energia dos ions

tril.7alentes dentro do cristal podem ser primeiro aproximados

pelo espectro de energias do íon lil.7re. Na figura 11-1

mostramos as energias do íon . +3l~vre Eu [11-5].

23

;:,\Qn.;,., , ..•~"';"j;';'I.J j,)t. f•..tí..J..t tiôlMífA ofiAO .•.Aiã: ••.•••

FIS 1(A

Page 40: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

EnergyEnergy(em-I)

Label(em-t) Label

40l-X 1000ClII"'I

"a'li -- O---"F.30483 'B.

"a30729'B,~

-- 374"FIali '.. a,.," 1 036"FI30941 'B.

ar ., ••1 888

"F•30964 'B,.. --••

1M ~." 28667F.31 248 'B.a" 3921

"F,33 616 'I,••

'L ~5022"F.33 870 'I•

a,

a,"' ",-- aL --- 17374'D.33 871 'F,

'L -- "D'L - 18945'Da33 955 'F.

21 508

'Da34 08S 'FI"D 24456

'Da34 440 'F.-20~

"D 24489'z.. --34 457 'P,"D

25 340IL,3480S 'li26220 .

lLa34 919 lI,26 S64

ac,34 932 IF,

26600

ac,34 947 lI,

10r

26725IC.36 179 IK,

26 733

ac,37040 'PI26959

lLa37 573 IIC..•. .•. -- 27 06Sac.38809 IK,

.,- 27386'L•39508 IKI.,- '.. -- -

O~

',- 27 747-ID.

O

IZ3...5 ~ &789101112

Figura 11-1

c. .•• .,

Níveis de energia da configuração 4ru do Eu'w abaixo de

40000 -1em [11-5]

24

Page 41: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

11-41 Teoria de grupo e mecânica quântica

[11-2 , 11-3, 11-6 e 11-7]

a repre sentaçáo ma tr ic ia I de um grupo.e um conjunto de

matrizes que multiplicam-se entre si de acordo com a tabela de

multiplicação de grupo. Uma representação matricial r é dita

redutível se uma matriz /3 pode ser achada tal que. quando

usada em uma tranEormação de similaridade, produz o seguinte

eEeito sobre a matriz r:

aI'000

0a2,00-1 Ia'

=/3 afJ = 00a3,00

00a4,

jll-2.5)

Onde aI' , a2, , etc são matrizes quadradas. Se nenhuma matriz

fJ pode ser achada, a matriz r é dita irredutível

O s carac tere s de uma repre sen tação são o s traços das

matrizes da representação. Seja'<.a (R)

o caracter da

representação r de uma operação de sime~ria R. Representaçõesa

irredutíveis tem caracteres para os quais a seguinte reiação

de ortogonalidade é válida:

2 ~a{R) ~fJ(R)= g 5afJR

(II-2.6)

Onde g é a ordem do grupo (número de elementos do grupo). Se

~(R) é o caracter de uma representação redutiuel em relação à

operação R. podemos escrever:

25

Page 42: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

= 2j

C.'(.(R)J J

(11-2.7)

Onde '(.(R) é o caracter de uma representação irredutível. aJ

relação de ortogonalidade (11-2.6) permite-nos achar os

coeficientes de expansão acima:

C. =J

19 2 '(R) Xj (R)

R

(II-2.8)

c. dá o número de representações irredutiveis contidas em umaJ

determinada representação redutivel.

Agora, suponhamos que um sistema com uma Hamiltoniana H

tenha uma função de onda dada pela equação de Schroendiger:

(II-2.9)

Todas as operações R que deixam o Hamiltoniano invariante,

isto é :

R H R-I = H

(11-2.10)

formam o grupo da equação de Schroendiger. De [11-2.9]

R H '1'= E R ."

(II-2.11)

26

Page 43: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

E devido a (11-2.10):

H (R ~) = E (R ~)

jll-2.121

e (R ~) é uma solução da equação de Schroendiger que pertence

ao mesmo autovalor E. Se E é não degenerado,

(C = Constante)

(11-2.13t

Se Eém t..Jezesdegenerado,

mR

"'1=2ail

.,. ..1i=1

(11-2.14)

Similarmente, se S é outra operação do grupo,

S ~.1

e

m

= 2j=l

b .. ~.Jl J

(11-2.15)

m

(S R) ~l = 2 Cjl ~j.j=1

Mas também,

(11-2.16)

m

= 2j=l [1

b ..Jl

'fi.J

= =

m

2i=1

m

2j=1

b .. 'fi.Jl J

;-,

27

(11-2.17)

Page 44: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Comparando (11-2.16) e (11-2.17) nós obtemos que,

m

Cjl = L bji aili=1

ou C = B • a

(11-2.18)

Onde C, B e a são as matrizes dos coeficientes CjlJ

respectivamente.

b .. e a. 1J~ ~

a representação gerada aplicando as· diferentes operaç5es

às Eunç5es de onda degeneradas,e irredutível. Em geral nos

podemos estabelecer o seguinte:

-Funções de onda que pertencem ao.mes1RO autovalor de energia

Eor~. uma hase para a representação irredutioel do grupo de

operações que deixa o Bamiltoniano inoariante. A diuensao

desta representação irredutivel .e igual ao grau de

degenerescência-

agora vamos supor que o Hamiltoniano H, de 11-2.9 possa

ser escrito como:

(11-2.19)

Onde chamaremos H0 de Hami 1toniano não perturbado e H de

Hamiltoniano perturbado. Se o Hamiltoniano H0 for invariante

um grupo de simetria G, o Hamiltoniano perturbado terá um

grupo de simetria que é necessáriamente um subgrupo de G.

28

Page 45: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Quando a perturbação V tem simetria no mínimo tão grande

quanto H0'entãoGserãaindaogrupodesimetriada

Hamiltoniana

totalH.SeaperturbaçãoVtemsimetriamais

baixa

doqueH0'oHamiltonianototalHteráumgrupode

simetria

G'queéumsubgrupodeG.Suponhilqueuma,

representação do grupo G seja D{G). Nós imediatamente obtemos

a representação do grupo G'selecionando, entre as matrizes

DCG}, aquelas que correspondem aos elementos de G'. Mesmo se

D(G} é uma representação irredutível de G, a representação de

G', que nós derivamos deste modo (D'{G'», pode ser redutível.

Em outras palavras, mesmo se nós não podemos achar um

subconjunto de vetores de base de D(G) que é invarianté sobre

todas as tranEormações do grupo G, nós podemo& ser capazes de

achar um subespaço que,e invariante sobre todas as

transformações do subgrupo GJ. Em termos físicos, isto quer

dizer que mesmo que as autotunções pertencentes à energia E

formam uma base de uma representação irredut ivel de G, esta

representação pode ser redutível para o subgrupo G' •

perturbação V abrirá o nível de energla.

29

Page 46: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

No caso em que H0 é o Hamiltoniano do íon livre (11-2.1)

e H é o Hamiltoniano do íon de um cristal (11-2.4). nos

podemos, usando o que foi discutido anteriormente, determinar

como o campo cristalino V "abrir!" os estados degenerados do

íon livre e como será a degenerescência residual destes

~ua~_ respectivas tabelas de caracteres. Conhecendo-as nós

podemos achar/' N

quais ~epresentaçoes irredutíveis do grupo de

simetria de V estão contidas em uma representação de H. O

número dessas representações irredutÍveis é igual ao número de

níveis em que o nível de energia com aquela represent~ção se

"abrirá". A dimensão das "novas representações". em que a

"antiga" foi escrita fornece a deqenerescência residual dos

níveis de energia.

O grupo das operações que deixam o Hamiltoniano de um íon

livre invariante é o grupo de rotações completo. Ele consiste

de todas as rotações próprias e impróprias, No caso em que o

íon livre é um terra rara (quando colocado em um cristal,

temos a aproximação do campo fraco), os níveis de energia do

elétron são (2j + 1) degenerados.,

30

Page 47: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Os caracteres redutíveis das operações de simetria do grupo de

rotação completo, tendo como base os estados degenerados do

íon livre terra rara, podem ser calculados com o auxílio da

seguinte relação:[II-3]

;1(8) =sen [ j

sen

+ _1_ ]2 8-128

(11-2.20)

Onde 8 é o ângulo de rotação efetuada pelo operador de

simetria. No caso de uma rotação seguida de inversão o sinal

do caracter ;1(8) é trocado para j .emi-inteiro e não é trocado

para j inteiro [II-B e 11-9]. Como nós sempre podemos imaginar

as operações de reflexão como sendo a combinação de ro~ação e

inversão, a relação (11-2.20) pode ser bastante útil. Na

tabela abaixo mostramos os caracteres das representações

redutiveis dos estados

(11-2.20)

j , calculados através da relação

31

Page 48: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Op::radOJ:E6C43C26C28C3iE6iC43iC26iC2 8iC3-------J

ao90018001800120000900180018001200-o

10(i)1G>1111111

1

11 @1@-1o31-1-1o

2

125-1 11-15-1 11-1

3

1'3 7-1 -1-117-1-1-11

4

14 91 11o1111o

515 111-1-1-1111-1-1-1

-6 16

13-1 11113-1 111

VI - o j

_I

Tabela 11-2

-': ' 7'

Caracteres das representações redutiveis de

calculados através da relação II-2.20.

j (inteiro)

Usa nd o a re 1ação (II-2 •B ) podemo s ca 1cu 1ar como os n í ve i s

degenerados do íon j abrem-se em novos níveis quando o íon é

colocado em um cristal com simetria C . A tabela II-3 mostras

os caracteres das representações irreàutíveis ào grupo

32

c .5

Page 49: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Cs

A'A"

E

11

1-1 Ta:, T1J; Rz

Tz; Ra:, R1J

ota:~' ot1J1J' otZ z' ota:1J

OCa:z, (X1JZ

Tabela II-J

\

\I

\II

I .I I

Tabela de carattJres das representações

d e 5 i me t r i a C I [I:I - 10 ]5 '

I

IIII!

O cálculo é olsepuinte:

r0:

-,~\ 'aA,

1[ lx'l + Ix ]= --

=12

aA, ,

1[ 1xl 1]({-1)]- -- += 0

2

r0 = a

A'+ aA"A' ,

A'

r 1:1 \

\

aA,

= -2- [ 3](1 +(-1)](1] = 1

1a A' ,

= -2- [ 3](1 +(-1)](-1) ] = 2

rI = A' + 2 A"

33

irredutíveis do grupo

Page 50: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

o restante do cálculo segue a mesma linha de raciocínio.

Lembrando que A' e A" são representações unidimensionais, nos

notamos que a degenerescênc ia dos ni ve is de energ ia do.lon,

sob ação de um campo cristalino C , é totalmente levantada. As

tabela 4 mostra o "split" dos níveis j quando perturbado por

um campo de simetria C •s

J r Níveis na sjroe-

/3tria C/,

s

o~

A'/ 1 ri

A'

AliAliA'Ali

,

2 /2

..-A'

.

A' AliAliATAli3

~;3

Ali-A'

A'AliA'A'

-, Ali-

4

A'

f4

Ali

I

Ali

/-

A'A'Ali

Tabela 11-4

"Split" dos níveis de um íon terra rara (j inteiro) quando

submetido a um campo de simetria C .s

34

Page 51: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Na seção 11-6 mostraremos que este é o caso do cristal que

usamos em nosso exper imento. O cr i sta 1 GdAI03 quando dopado

com o íon terra rara Eu+3 perturba este último com um campo

cristalino C • Os níveis de enrqia do ion abrem-se de maneiras

indicada na tabela anterior.

11-5) Regras de seleção

Suponha que R seja uma operação de um qrupo de simetria e

funções que são bases para as representações do qrupo. Então,

nós podemos escrever:

m

R Xi = 2j=l

x .. X.Jl J

(11-2.21)

n

R Yk = 2 Y1k YI1=1

e

m

n

R Xi Yk = 2 2Xji Ylk Xj Yl = 2 2 Zjl,ik Xj Ylj=l

1=1 j1

(11-2.22)

(11-2.23)

Então, o conjunto das funções Xi Yk, chamado o produto direto

de Xi e Yk, também forma uma base para a representação do

grupo.

35

Page 52: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Os Z '1 "k são elementos de uma matriz Z de ordem (mn)x(mn). UmJ ,1

teorema muito útil pode ser demonstrado [11-6, página 83],

sobre os caracteres desta matriz Z:

"Os caracteres da representaçio de u. produto direto sio

iguais aos produtos dos caracteres das representações que tê.

co.o base os conjuntos individuais das funções.-

Portanto, os caracteres x(R) de uma representação que.e o

produto direto de duas outras representações com caracteres

x(R) = x1(R)

(11-2.24)

para cada operação R do grupo.

Uma aplicação destes produtos diretos pode ser encontrada

na solução de integrais do tipo:

(II-2.25)

Estas integrais serão nulas a menos que o integrando seja

int.1ariante sobre todas as operações do grupo de simetria às

quais f ea fb pertençam ou a menos que algum termo neie, se

e I e pode s e r e K pr e s s o c omo uma s oma de t er mos , per maneça

Quando nós dizemos que o integrando E a é

int.1ariante, isto quer dizer que ele forma uma base para a

representação totalmente simétrica.

36

Page 53: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Usando o que 'ai discutido anteriormente, nós podemos

determinar as representações irredutíveis que ocorrem na

representação se nós conhecemos as representações

irredutiveis Ta e TB calculadas separadamente. aqui, FaB ~ a

representação irredutível que possui 'a e 'b como base; Ta e

TB são as representações irredutíveis calculadas usando r ea

'b respectivamente como bases. Em geral:

TaB = Soma de representações irredutíveis.

Apenas se uma das representações irredutíveis ocorrendo na

soma for totalmente simétrica, a integral terá valor diferente

de zero. Um teorema impor tante que est abe Ieee quando haverá

uma representação totalmente simétrica nesta soma diz

[11-5, página 85]:

-A representação de u. produto direto. Tas • conterá a

representação totalmente simétrica apenas se a representação

irredutivel TA lor igual a Ta.-

No caso de integrais com mais de duas funções, é fácil

derivar algumas regras da discuçao anterior. Vejamos o caso de

um produto de três funções.

37

Page 54: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Para que a integral:

(11-2.26)

seja diferente' de zero, o produto direto das representações

fa' f precisac ser ou conter a representação totalmente

simétr ica. Isto pode ocorrer apenas se a repre sentacão do

produto direto de quaisquer duas funções é iguai, ou contém, a

representação da terceira função. Este corolário é

particularmente útil quando lidamos com elementos de matriz do

tipo:

J '1'. P '1'. dE.1 J

(I 1--"2.27)

Onde '1'. e '1'. são funções de onda e P é algum operador.1 J

quântico.

São elementos de matriz deste tipo que aparecem quando

calculamos a probabilidade de absorção de um fóton (I1-L3?)

de um estado com a função de onda ~~, para um estado final com.1

a função de onda 'I'~. Neste caso o operador P é o Hamiltoniano

de interação H l' definido na relação, ~ •• ~ft 1\ .l.l -! • ,~ } , que pode ser

escrito como uma parte devido à interação de dipolo elétrico,

outra de~7ido à interação de dipolo magnético e uma última

parte, devido a interação de quadrupolo elétrico.

38

Page 55: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Se queremos descobrir se uma determinada transição de um

I e '.estado '/'. >1 /por interação

para outro de energia maior

de dipolo elétrico ou dipolo

'/'~ ') é permitido/magnét ico basta

usar o raciocínio anterior. Isto é, primeiro nós determinamos,

através de uma tabela de caracteres de representações

Em seguida

P •.••.."'1 ). do operador/

fazemos o

irredutíveis, as representações do estado

I e ."'r />.

produto direto das representações de H! (E! ou MI)

Se a representação deste produto direto ror igual à

diferenteseráo elemento de matriz"- ),,/

de zero e a transição será permitida. Se a representação do

representação de

produto direto tor diferente da representação de I'/': :>, o

elemento de ma tr iz será nulo e a absorção de um tóton será

proibida.

Um caso de interesse para este trabalho é o cálculo das

regras de seleção para as transições de dipolo elétrico e

magnético entre estados de um terra rara submetido a um campo

cristalino de simetria C . A tabela de caracteres do grupo Cs s

é mostrada abaixo. Nela vemos as representações dos produtos

diretos das coordenadas x, y e z e das rotações R ,xR e R em

y z

torno dos respectivos eixos x, y e z.

39

Page 56: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

r (cYfu'-5A)

11(')()j) j Rz .

A'I

1-1z i(~x.,R~)A'~~xM

11A)=~'xA"

i1A\\-= A x~\

i-.1

Tabela 11-5

Caracteres das representações irredutíveis do qrupo de

simetria c s e caracteres dos produtos diretos ~destas

representações.

oseI eme n tos de ma tr i z para o cá 1eu 10 da probah i1ida de de

transição (II-l.37) são do sequinte tipo:

e'1'. dv~

(11-2.28)

e

~1~ xka

~ cr

rr a ] .~

'1': dv~

40

(II-2.29)

Page 57: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Onde~r =

A A AHi + yj + zk,

~ A A AL = R i + R j +R k,

H Y z

~1-+ eka

~n a

a são

vetares unitários. Na relação (11-2.29) usamos o fato que

-+ -+

[a H b] • c~ -+

[a H c] • b,-+

para quaisquer vetares a,~ ~b e c.

Portanto se incidimos uma luz na direção H do cristal

(perpendicular ao eiHo principal) e polarizada na direção y

nós temos:

-+

a A -+An

=je1~=ia ka

(11-2.30)

e

-+ a ~n • r = ya

(11-2.31)

...• ...•a A

1~Hn =k

kaa

[t.....•a]...•n

•L=Lka

a z

(11-2.32)

e as integrais (11-2.28) e (II-2.29) ficam

(11-2.33)

L '/':z 1 dv

respectivamente. estado fundamental

magnético

londo

eelétrico

o

dipolo

.e

de

Se

transiçõesaspara

(representação a', veja tabela 11-4), o produto direto de y

e Lz .,.~terão como representação A'(tabela II-S}.

41

Page 58: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Portanto as integrais (11-2.33) serão diferentes de zero

apenas se lhe •T f pOSSUI represent ação A'. Então, neste caso, as

transições serão permitidas e as transições"' •••• A ••H" I H""

serã o pro ib idas. A regra é a me sma para a s in terações de

dipolo elétrico e dipolo magnético. Usando este mesmo método,

nós calculamos as regras de selecão para polarizações a.R e a.

Os resultados estão na tabela abaixo. üs símbolos a,R e a

significam o seguinte:

~Polarizações u e a = Vetor k da luz paralelo ao plano x-y do

cristal e campo elétrico da luz polarizado na direção paralela

(para R) e perpendicular (para ai ao eixo z do cristal

principal).

~Polarização a = Vetor de onda k paralelo ao eixo z e o campo

elétrico de feixe de luz paralelo ao plano x-y do cristal.

DIPOLO ELÉTRICODIPOLO MAGNÉTICOTRANSiÇÕES

((.\:

1t Oa11:OaA'~A'

I::::.O[JAO6A'~A"

O6*[J6OA"~A"

6O'OA.,OI::::.

Tabela 11-6

âO

1/'·

PROIBIDA

PERMITIDA

i ·4'[fI C!J.!#'.

Regras de seleção para as transições entre os estados de um

íon terra rara quando submetido a um campo de simetria Cs' A

definição dos símbolos R,a e,a e

42

dada acima.

Page 59: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

11-6) Estrutura cristalina do GdAI03 e siuetria doíon

Eu+3.:..[III-5]

° aluminato de Gadolineo pertence a uma classe de

substâncias cuja fórmula geral é dada por AB03' onde o raio

iônico do cátion A é maior que o do cátion B. Devido a esta

diferença, este composto cristaliza-se em uma estrutura

denominada perovskita. a estrutura perovskita consiste de seis

ânions -2O em torno d ' t . B+3o ca ~on , Eormando um octaedro

regular. Estes octaedros se localizam nos vértices de um cubo

, t . 1\ +3 t d d d ". 0-2com o ca ~on ft no cen ro, ro ea o por oze an~ons e por

oito cátions B+3 como indicado na figura 11-2. Para o caso em

que A e B são respectivamente Gadolíneo e Alumínio, a

estrutura não é cúbica perfeita mas apresenta uma di storç:ão

ortorrômbica que discutimos abaixo.

Em artigo de 1956, Geller e BaIla [11-11], através de

análise cristalográfica, estudaram os aluminatos de terras

raras. Segundo eles, os aluminatos são compostos que pertencem

à no mínimo dois tipos estruturais. Os aluminatos dos íons

trivalentes Gd, Sm e Eu são isoestruturais ao GdFe03 que

pertence ao grupo especial16

D2h - Pbnm com quatro unidades

perovskita distorcidas na célula cristalográEica Usando

estas informações podemos fazer um análise estrutural do

GdAI03 através dos dados do seu isoestrutural GdFe03 [11-12].

43

Page 60: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Na r igura 11-3 mostramos a célula unitária do GdAI03onde

podemos observar a célula ortorrômbica da estrutura perovskita

distorcida. Os parâmetros estruturais bem como as posições de

Wycorf para os vários átomos estão na tabela 7.

Ion posiçao xyz

iGd+3

4 (c) -0,0180,061/4

t +3

4 (b) 1/2OO

-2

4 (c) 0,050,471/4I-2

8(d) -0,290,2750,05IOII

Tabela 11-7

Coordenadas do íons em GdAI03'

A través da tabe 1a 7 podemo s ve r ir icar a exist ênc ia de t rês

posições equivalentes designadas na nomenclatura de Wycoff por

b, c e d, sendo o número que aparece como coeficiente destas

posições o número de átomos na célula de Bravais de um

de tP.rm ina do t ipo . 1st o mo stra-nos a e K i stênc 1. a de do i s t i po s

de vxigênio de acordo com suas posições e• +3

tambem que os Gd

ocupam posições equivalentes às ocupadas por um dos Oxigênios.

44

Page 61: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Para visualizar melhor a distorção ortorrômbica deste

material, vamos fazer uma projeção ortogonal dessa estrutura

mostrada na figura 11-3, mostrando planos (001) sucessivos.

Isto está mostrado na figura 11-4. Os números colocados para

cada átomo referem-se às suas coordenadas z. O fato de que os

átomos contidos nos planos de uma mesma família não apresentam

a mesma projeção demonstra a distorção com relação à estrutura

perfeita mostrada na figura 11-2.

Vamos escolher na figura 11-4 três átomos de oHigênio que

denotaremos por A, B e C e isolando um quarto da figura 11-3

ve r emo s ma is c Iarame n te e sta di storção . 1st o es t á mo st r ado na

figura l1-5a. Na figura l1-5b estamos mostrando todos os

átomos ao redor do Alumínio imediatamente acima daqueles

mostrados na figura 11-4.

45

Page 62: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

, ',/

b

c

Q

,.,

.,

-':'1,

~!:'--.

-';:.:',

~:?~~:".~t: ':.

.­I '

Figura 11-2

Esquema mostrando a coordenação dos uários íons numa estrutura

perouskite perfeita.

46

Page 63: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Figura 11-3

Estrutura do GdAI03" A célula ortorrômbica é Eormada pelos

A1+3.

47

Page 64: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

c:= A1

,--.-----------------.------ ------.\ f.J!

'a I t'T'\ I I rT\ I~'7', 1 ~ . I ~, ~ i"~ i , fÍ''!)

( ~ J. ~ .' . - - o - - - - "" ~ i •..._- ..'.:0., '. - - - I •\." _' • , ••..:...••• " ,,/'...,;./ I I ,.._./ I ",,--,

- i ,'Ó-55' '_.' ~, ~! '0,55 \, Vi ....-:..-- ~."?5 0,55 0,95 - - - -( 0-S5

rt'. 0,95 .-r•.... " \0-95 ..••.....I ~--.:.. .~ --. -;- I '- 3' ---I { ~-4\('"~ . , " i • IA 01'" ' '- '0 \'''! ), •• , , ! "'~ ~: I ,~., \ I " 1i i 'V.,

) 3' /'~ --- l 'tJ~ ~ I '3....~/ (O-OS \ ._ ''1V'O>' -. \,.."L.- ~- - -..O-'S.'· -- - :O-oS, - ~- - 0"5 L---(ó-OS', -. -.

'O " íT' ~~~)1--- ~@~~;~YICD! A,,"!.) I'~ ~ i'"" rl.('!)," 1---' "~'; /- j'i ~1 • ;-r- ~·r I -t i .l..!.\ l~ • '-...:.../- I , I '-~

'-L-' ,

0=0 ()=Gd.

Figura 11-4

Projeção da célula unitária do GdAI03 sobre o plano (001).

00'2 06J'J ~)/H~"---

Figura 11-5

a) Esquema mostrando a distorção do cubo de Gadoiineos ao

redor do Alumínio.

b) Esquema mostrando as vizinhanças dos Oxigênios rotulados na

figura 11-4.

48

Page 65: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Baseados nestas configurações, vemos que enquanto os átomos de

Alumínio estão localizados nos vértices de um cubo perfeito.

os Gadolíneos localizam-se nos vértices àe um cubo àistorciào

e os Oxigênios em torno do Alumínio, formam um octaedro

distorcido.

Esta distorção ortorrômbica no cristal

responsáuel pela queàa de simetria no sistema. Deuiàa a ela o

íon Gd+3 deixa de sentir um campo cristalino de simetria

cúbica e passa a sentir um campo de simetria C .s Na

tabela B vemos as simetrias locais de cada átomo do cristal

átomo Isimetria local

Gd+3

CA +3

sC.

0+3

~

ClI

e+3CII s

Tabela 11-8

Simetrias locais dos íons no cristal GdAI03.[II-5]

49

·~.m...., .•\o "wli'••,~ ~. ti•••;';'i\ l _CA MiAO v-ir••. _F'SICA

Page 66: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

,&,.,

Quando o cristal GdAI03 é dopado com íons Eu'v, este

substitui o íon Gd+3 devido ao fato de ambos pertencerem ã

•mesma família e possuírem raios iônicos bem próximos (O.95 H

para o • +3 • • +3)[ ]lon Eu e 0.94 A para o lon Gd 11-13. Portanto o

íon+3

Eu , quando em cristais de aluminato de Gadolíneo, sente

um campo cristalino de simetria C •s

11-7 Processos óticos não lineares na matéria [11-14, 11-15]

A} Susceptibilidade não linear

Embora os processos envolvendo muitos fótons tenham sido

considerados teóricamente desde os primeiros anos de

desent.Tolt.7imento da mecânica quântica, as experiências 'tit.Teram

que esperar. pelo desent.Tolvimento de fontes com auto grau de

brilhância. O desenvolvimento do laser no início da década de

60 tornou acessível experimentalmente o estudo destes

fenômenos não lineares que ocorrem na interação da luz com a

matéria. Atualmente são conhecidos e estudados um grande

número de processos não lineares tais como qeração de

harmôn ico s do ca mpel e i e t romagné ti co , mi st ura de f requênc ias

óticas, processos de absorção multifotônica, etc. Estes

e f e i tos são f ac i 1me nte e 'v ide nc iados qua ndos e d ispõe de um

laser pulsado de potência moderada (por exemplo 1 M'W de

potência de pico).

50

Page 67: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Para um feixe com secção transversal de 1 2mm isso assegura

uma densidade de potência de 100 MU/cm2 e um campo elétrico de

pico da ordem de 3 V/metro. Quando um campo

eletromagnético desta ordem de grandeza atua num material, as

cargas do meio comportam-se como osciladores anharmônicos e a

~polarização induzida, P, tem um comportamento não linear como

~função da amplitude do campo, E. Isto é equivalente a se dizer

que a susceptibilidade elétrica é uma função do campo e

~ ~ ~portanto têm-se P = ~ (E) E. Usualmente a situação é descrita

de modo aproximado por uma expansão da polarização em uma

série de potências do campo elétrico na forma

~ (1) ~ (2) ~~ (3) ~~~P = ~ E + ~ : EE + ~ : EEE + •••

(11-7.1)

onde ~(1) é a susceptibilidade linear e ~(2) ,~(3) ,... são os

tensores que definem o grau de nào-linearidade da resposta do

meio ao campo. Nesta aproximação cada termo da expansão

representa processos não-lineares específicos e a equa9ão

(11-7.1) juntamente com as equaçoes de l'faxv1ellfornecem, em

princípio, a descrição teórica de qualquer fenômeno ótico.

as susceptibilidades óticas não lineares são propriedades

características de um meio e dependem da estrutura molecular e

eletrônica do meio.

51

Page 68: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Cá lculos usando mecânica quânt ica são necessár ios para achar

as expressões microscópicas para as susceptibilidades

não-lineares. O formalismo de matriz densidade é provavelmente

o mais conveniente para tais cálculos.

Seja ~ a função de onda do sistema material sob a

influência do campo eletromagnético. Então o operador matriz

densidade é definido como o ensemble médio sobre o produto dos

vetores de estado ket e bra

p = I ~'. /

•....• " ~/ "­/ "(II-7.2)

. ~e a média do ensemble de uma quantidade física P é dado por

~= T r (p P)

(II-7.3)

~Nos cálculos mostrados a seguir P corresponderá à polarização

elétrica do meio. Da definição de p em (11-7.2) e da equação

de Schrondiger para I ~ :>, a seguinte equação de movimento

pode ser obtida:

~õt

= 1i h [ H,p ]

{II-7.4}

conhecida como equação de Liouville.

composta de três partes:

52

A Hamiltoniana H é

Page 69: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

jII-7.5}

Na aproximação semi-clássica H é o Hamiltoniano do sistema

material não perturbado com autoestados",

n > e,/energias E ,n

talH

I "''\EI"H. téHamiltonianoque n=n ); oque

,//n,/~n

descre~e

ainteraçãodaluzcomamatériaeHnêo

Hamiltoniano que descre~e a interação do sistema com o

"reser~at6rio térmico" responsi~el pelos efeitos de relaxação.

a Hamiltoniana de interação de dipolo elétrico é dada por:

H. - e -+ -+lnt - r· E

(11-7.6)

Substituindo (11-7.5) em (11-7.4) obtemos:

!!.e.at

com

= 1i h

!!e.at ]relax.

(11-7.7)

!!.e.at[ ]relax.

1i h

(11-7.8)

Para achar as polarizações e susceptibilidades

não-lineares de ~irias ordens,,nos usamos expansões de

perturbação no ci1cul0. Nós escrevemos:

(11-7.9)

/ -+ '-

(' P ") =" ./

//-.,"

~ -+(2)'-+ (' P "> + .••\, /

Page 70: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

com

jII-7.H~l

onde p(0) é o operador matriz densidade do sistema em

equilíbrio térmico, e nós assumimos que não há polarização

permanente no meio tal

expansão em séries de p

que </ p(0)'> = 0. Substituindo a, /em (11-7.4) e reunindo os termos de

mesma ordem, com H. t tratado como uma perturbação de primeiraln

ordem, nós obtemos:

(11:7.11)

1i h

e ta mb émos termo s para p ( n ) (n=3 ,4 ,••• ).-+

Se o campo E pode

ser decomposto em componentes de Fourier,

-+-+

Ê = L Ei

(ik.·r-i~.t)11

eicomo:

H. t

= L Hint({,).)ln1

ia Hamiltoniana pode ser escrita

(II-7.12)

com

Ho t (6.1.)ln 1-i{,).t1a E. e1

54

Page 71: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Então o operador p(n) pode também ser expandido em séries de

Fourier:

p(n) = 2 p(n)(~j)jjll-7.13)

e

(11-7.14)

Usando (II-7. 14) e Ievando em cont a que a coerênc ia da rase

(p ,) é esperada decair exponencialmente para zero,nn

[àPnn'

at l.elax. =

-rnn' Pnn,

(11-7.15)

onde r-Inn' é um tempo característico de relaxação entre os

obter os valores

estados n '),;'

nós podemos resoiver (11-7.11) e

em ordens sucessivas. A solução para

primeira ordem é mostrada abaixo;

[ Hint

(~ . )]nn'

[p~~l.-

( 1)J

(0)]Pnn,

( 6) • )= PnnJ h[ ~.-6) +irnn,]Jnn'

(II-7.16)

onde A ,nn = (n IA I n' > e - 6)n'

55

Page 72: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

A expressão microscópica para a polarização não linear

susceptibilidades não lineares (/~(n)~> seguem-, /da expressão de p(~}, Usando a equação (II-7.3) para o cálculo

.'-t.•.•..de P',-e

\_,.)

'-,

/ -t -t -t -tle~ando em conta que H. t = e r • E e P = -N e rln

nesta equação e nas equações p{n) (11-7.16), nós calculamos as

susceptibilidades de qualquer ordem. abaixo mostramos a

expressão explícita de ~(1) , usando a notação de tensor

cartesiano:

lr) lr-)\ i nq \ -.i gn6.' + (,' + i r

ng ng

',<r.) (r.)J ng 1 qn

6.\ - 6.' + irng ng

\: (1) (r.) =L. Pgn' 1 nggn

n eE--:--( tA' )J

=

2 [gn

>\.lP) ­J -

(11-7.17)

Onde p(0)g = p(0)gg • Os termos de segunda e terceira ordens são

calculados do mesmo modo. O termo dp. terceira ordem (3)~i jk 1

( 3 ) =~ijkl

p~3)1

Ej(u1) Ek{6.\2) El(~3)

fll-7.18)

possui 48 termos e sua expressdo completa é dada na literatura

[ I I - 1 6 ] .

Os proce sso s ri e t erce ira or ri em sà o i mp or t an t es po 1s a

susceptibilidade não linear de terceira ordem é a responsável

pelos processos de mistura das quatro ondas.

56

Page 73: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Estes processos, não como os processos de segunda ordem, são

permitidos em todos os meios com ou sem simetria de inversão.

Emb ora este s proces5os 5e j am ma i 5 i racos que os proce 5 5o 5 áe

segunda ordem pois 1,'({3)I (< 1'(2)1, eles tem sido facilmente

observados com o uso de lasers de alta intensidade. Isto é

particularmente verdadeiro se j;l((3) I mostra um aumento

ressonante. o módulo de '((3) pode ser aumentado bastante

quando exploramos as ressonâncias do seu denominador. Isto é

importante quando usamos estes processo s de terce ira ordem

como técnica espectroscópica. a seguir vamos discutir um caso

de processo não linear com uma ressonância única.

Seja três reixes de rrequência ~1' ~2 e ~3. Ressonâncias

únicas de '(3) são processos nos quais quaisquer das três

Erequências ou soma algébrica entre elas aproxima-se da

Erequência de transição do meio. Considere como um exemplo o

caso vi sto na figura 11-6, onde é a ressonânc ia. a

suceptibilidade de terceira ordem pode ser escrita como a soma

{3 \ - (~ \de uma parte ressonante ;1(\ I e uma parte não ressonante ~\-,r nr

'(3)

(11-7.19)

57

Page 74: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

A eHpressão de ~(3) para estes casos pode ser obtida darexpressão geral de ~(3) e é escrita como:

[.(3)(,) =6)3-(,)2+6)1)]. "kl](r a 1J

onde

h - ~g'g -i r ]g'g

(11-7.20}

( Ma ) = ) [{g\e r.\n}<nle r·lg}

J1

g'glJ u h[6) -6) ]n

a ng

{g' le ri In}<nje r.ig}

]Jh [ 6)3 + 6)ng ]

{ 115 lkl = ~ [

{g'le rkln}<nle rI jg}g'g

h[ 6)1 - 6)ng ]

(g' te r lln) (n le rk Ig) ]

h [(,)2 + 6.'ng ]

«I I I I "

,I<gl

Figura 11-6

(11-7.21)

(11-7.22)

Esquema mostrando o processo de mistura de quatro ondas com

--""""­wl..JilU ..'"A •

l"'eSSOnanCla.

58

Page 75: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Bl Ondas acopladas em u. meio não linear

Ondas podem interagir através da polarização não linear

em um meio. a propagação de ondas na presença da interação

entre elas conduz aos vários fenômenos óticos não lineares. a

descrição quantitativa dos efeitos óticos não lineares começa

com a resolução de um conjunto de equaç5es d~ ondas acopladas,

com as susceptibilidades não lineares agindõ como coeficientes

de acoplamento. a seguir fazemos uma descrição geral das ondas

eletromagnéticas acopladas em um meio.

a equação de onda que rege a propagação de uma ond~ ótica

em um meio .e.:

-+

(v x) +] -+ -+

E (r,t)-+ -+

P (r,t)

(11-7.23)

que seguediretamentedasequaçõesdeiiaxwei i .Hinteração

-+

entreasondasnomeiodáorigematermosnãolinearesemP.

-+

-+ -+-+Vamo s suporqueE(r,t)eP(r,t)podE'l'T'serdecompostosem um

conjunto infinito de ondas planas:

-+ -+

E (r,t)

(11-1.24)

59

Page 76: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

~ ~ ~ (1)P (r,t) = P

(11-7.25)

sendo

p (1)~

(r,t)= 2 PI(I)( R1,6)1 )

1

-+

P NL (r,t)

\ ~ ~L. p NL eikm•r-

=2 p{n)n~2

~(r,t) =

jll-7.26t

\ P NL (~ ,6) )L. m mm

(11-7.27)

=

Onde é tomado como sendo independente do tempo.Com

Aqora suponhamos çue p(n) é uma

~ ~

polarização não linear de um produto de E1(k1,6)1) •.. En(kn,6)n).

Então para n campos~ ~E.(k.,6).),1 1 1 haverá n correspondentes

equações de onda similares a ,•• 7 "8)~.L.L- • .t. • Nós teremos uma

equação para 6)1' outra para 6)2,e etc. Estas equações junto com

a equação (11-7.28) para 6), formam (n+l) equações de onda

acopladas. Este acoplamento não 1inear ê indicado claramente

na equação (11-7.28) através do termo de polarização-

nao

1 . p-+ NL G 1 ~ d .,lnear . raças a e e a propagaçao das on as no melO sera

bastante diferente do caso-+

linear onde P

60

'UT" •...= 0.

Page 77: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Observando a equação (11-7.28) nós podemos notar que

enquanto 6.\ devem

ser igualtil. ..

em P u_ ( k ,6.\ ),m m

devido à conservação de energia do fóton,~k não necessita serm

~exatamente igual a k, desde que a consert.ração do momento de

onda não é requerido em um meio Einito. Entretanto, embora a

relação~k =

m

~••• +k n não seja requerida, a sua

satisfação produz a maximização do acoplamento entre as

ondas. Esta condição de conservação de momento do fóton é

conhecida em ótica não linear como condição ·phase matching· e

é uma das mais importantes considerações em processos de ótica

não linear.

C) Espalhamento Raman anti-Stokes coerente

Processos de mistura de quatro ondas em meios com

excitações ressonantes podem ser usados como as técnicas

espectroscópicas. Como discutido anteriormente, o sinal em um

processo de mistura quatro ondas tE! diretamente relacionado ã

susceptibilidade não 1inear '({3), que exibe ressonâncias

características em um meio não linear. Portanto, se l't (3j I

pode ser l.7ari ado em função das f requênc i as de bombe i o, nó s

podemos obter informações espectroscópicas sobre o meio.

61

Page 78: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Um caso de técnica espectroscópica de mistura de quatro

ondas é aquele em que o feixe de saída possui Erequencia

diferente dos feixes incidentes. o sinal de saída.e

proporcional a 1~(3) I 2 (e portanto aumenta a sua intensidade

quando uma ressonância de ''')'<.\0.1 é explorada) e pode ser

seletivamente detetado através da filtraaem espectral e

espacial. A filtragem espacial ocorre naturalmente quando a

condiçio de "phase matching" é alcançada. Neste caso, o feixe

de saída necessita sair do meio em uma direçio diferente dos

feixes incidentes para que o momento seja conservado. Este ê o

caso da espectroscopia por espalhamento Raman anti-Stokes

coerente ("CaRS").

Como mostrado na figura 11-1, "CARS" refere-se ao

processo de espalhamento Raman no qual a onda material de

excitação com frequência de .e primeiro

coerentemente excitada pelo batimento de duas ondas incidentes

a frequências de M1 e M2 e então misturada com a onda M1 para

produzir uma feixe de saída com frequência anti-Stokes

o processo é utilizado comu método

espectrosc6pico pois, se fixarmos a frequência M1 e variarmos

6)2' n6s obtemos uma aumento da intensidade do feixe 6) quandoa

6)1 -6)2=6) (6) =frequência de ressonância do meio).v v

62

Page 79: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

a teoria de "caas" segue a teoria geral da mistura de

ondas di scut ida an ter iormente. Com os fe i xes inc i dentes de

frequência e6J2,

o c a mpo e 1é t r i c o do feixe de saída,e

governada pela seguinte equação de onda:

E (6J )a a4 li

ondep(3)(6Ja)

=

(II-7.29)

~(3)(6Ja= 6J1 + 6J1 - 6J2)

a solução desta equação não será mostrada e pode ser vista na

referência [11-17]. a solução desta equação fornece uma

intensidade Ia para o feixe de saída, em um meio de

comp r ime n to 1:

2~kl1

I E 122 li "

2

I~~~)12

2

14senC

IE 1 ItE2a aI = =

C E a

[ra 2 li2~kl1

2(11-7.30)

onde ~(3)= ; •(3) A A •••

as a

~ :e1 e1 e2

-+

.•.

~kl= ~k•1

-+

-+ -+ -+~k

= k-[2k 1- k2]a

Na solução desta equação algumas aproximações foram feitas

(diminuição da intensidade do feixe de bombeio é desprezível;

meio é isotrópico; aproximação de onda variando lentamente

[11-17]).

63

Page 80: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Como discutido anteriormente ~(3) pode ser decomposto em uma

~ e pode ser escritov

não ressonante(3 \parte ressonante ~R I e uma parte

~~3) possui ressonância única a ~1 -~2 =

{ 3}'tNR . aqui,

na forma:

(11-7.31)

onde, de (II-7-20) a = é

independente de ~1 e ~2. Portanto, o feixe de saída possui a

seguinte dependência com a irequência:

1'(1;} I [ ( 3 )a(~l

- ~ - ~ \

r=

+2 vI

'(NR

+

(~1

2 2-~ -~) +r2 v

a2 r2(~1

- ~_ ~ )2 + r22

v

(II-7.32)

w, w••

Figura 11-7

Diagrama esquem~tico descrevendo o processo "CgRS".

64

Page 81: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

CAPITULO III

TÉCHICAS EXPERlKERTAIS E EQUIPAREHTOS

111-1 Amostras

Para a realização de medidas de absorção ótica,

luminescência e excitação nós utilizamos um cristal de GdAl03

dopado+3

com Eu .Estes cristais foram crescidos na IEM de

Zurick pelos professores José Pedro Andreeta e Hans J. Schell.

o processo de crescimento está descrito em várias referências

[III-1 a 4] . .A amo stra usa da pos su i a s d ime nsões 5x5x2 mm e

Eoi cortada e polida com cada uma das Eaces perpendicular a um

dos eixos cristalinos.

111-2 Absorção ótica convencional

Esta Técnica é muito útil na determinação dos níveis de

energia eletrônicos de íons em cristais.Ela consiste na

variação do comprimento de onda do feixe incidente sobre uma

amostra e na medida da absorção deste feixe pela mesma. O

Eeixe é absorvido quando a energ~a deste,e igual a energla

necessária para a transição entre dois níveis E e Eí do ion. O

nível de energia E deve ser o fundamental ou um nível excitado

termicamente.

65

Page 82: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Quando realizamos estes experimentos à baixa temperatura (por

exemplo, a temperatura de Hélio liquido), nós garantimos que

as transições eletrônicas são feitas a partir do estado

fundamental do íon, pois a população térmica dos primeiros

estados excitados é desprezível. Sendo assim, podemos obter

diretamente das linhas de absorção do espectro os níveis de

energia excitados do íon.

As medidas de absorção ótica foram feitas no

espectroEotômetro Cary-17. Este aparelho possui duas lâmpadas

cobrindo diEerentes regiões do espectro (visível-inEravermelho

e ultravioleta) e dois detetores (ultravioleta-visível e

inEravermelho). Na figura 111-1 mostramos o esquema ó~ico do

espectroEotômetro Cary-17. Nele podemos ver uma rede de

diEração que quando girada seleciona os diEerentes

comprimentos de onda que são incididos sobre a amostra. O

detetor mede a absorção ótica do cristal comparando o feixe de

luz que passa pelo cristal com o feixe de referência (sem a

amostra) . o sinal elétrico do detetor é transformado em

mecânico e o espectro é graficado em um registrador do próprio

Cary-17. As medidas a baixa temperatura foram feitas usando um

criostato da Janis (modelo DT, serie 1471). No local reservado

à Hélio líquido no criostato (fig 111-2) usamos nitrogênio

líquido.

66

Page 83: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

o vácuo dentro do cristato foi feito com o auxílio de duas

bombas,4 •

uma mecanlca (Edward s, modelo K03701) e uma difusora

(Edwards, modelo E02). A primeira realiza um pré-vácuo de

10-3torr e a segunda reduz a pressão de nosso sistema a

valores da ordem de-6

10 torro A Ie i tur a da pre ssão de a Ito

vácuo foi feita por um medidor do tipo sensor iônico (Varian,

modelo 860). Na figura 111-3 mostramos um esquema de um

conjunto típico para a produção de alto vácuo.

Os espectros feitos a diferentes temperaturas foram

obtidos com o uso de um controlador construido no próprio

Grupo de Ótica. O esquema do controlador é mostrado na figura

III-4 . O con tro 1e é fe ito a través do aque c ime n to da amo stra

por uma resistência situada em torno desta. Quando a amostra

está à temperatura que queremos (o sinal de referência ti!

obtido através do potenciômetro de 20 i), o sinal de saída do

segundo amplificador operacional é positivo e uma corrente

passa pela resistência aquecendo a amostra. Quando isto e

acontece a sua temperatura aumenta até igualar a de

reEerên(:ia. Se por acaso ela se torna maior, a tensão de saída

do segundo amplificador operacional passa a ser negativa e a

corrente cessa no resistor. Como consequência disto, a amostra

começa a resfriar-se novamente e quando a sua temperatura fica

abaixo da de referência, o processo reinicia.

67

Page 84: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

a medida da temperatura é feita através da leitura direta da

tensão do termopar de Ferro-constatan.

Os espectros de absorção com luz polarizada foram obtidos

com a introdução de dois polarizadores externos ao

espectroEotômetro J um na parte de referência e o outro na

parte reservada a amostra.

68

Page 85: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

TVHC$?rPl,•• loelHlA"'''

-

CARY 17

RECORDING SPECTROPHOTOMETER

ODtleal 0Ia".8,"

Figura 111-1

Esquema ótico do espectroEôtometro Cary-17 usado nas medidas

de absorção.

69

Page 86: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Arma~jlha .•.•11.'11

do [no I~IAr liquido ~

Bomha de prc:­.vácuo rOlativaa óleo

Bombadedifusão~--

Figura 111-3

Conjunto de bombearnento tipico para a produç~o de altd vácuo.

71

Page 87: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

)+12V2N3055

~ RESISTÊNCIA

J II \ DENTRO DOCRIOSTATO

I

IOK

IOK

1v

O.lJ.1F

2K2

l.lJ..1F"Z2

•...

1-41-41-4

I.s:.

~1DI

r+Il)

Si'tJlU

..,PJ

r+t::.,III

/:11

Ul

.Qt::lU

SiPI

C.O

nO::sr+..,O•...PJ

C.O..,

C.lU

--.J

N

Page 88: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

111-3 Luminescência

A técnica de luminescência consiste em excitar uma

amostra, selecionar os comprimentos de onda emitidos por ela e

determinar os seus valores. Os comprimentos de onda emitidos

pela amostra tem energia igual a diferença de enerqia entre

dois níveis da mesma. Portanto se conhecemos, através da

técnica de absorção ótica, a energia do nível mais excitado em

relação ao estado fundamental, podemos medir o nível de menor

energia.

Na nossa montagem experimental (veja figura 111-6) usamos

para excitar o cristal uma lâmpada de Xenônio-Mercúrio da

OSRAI1 (XB0 - 450W), instalada em um "house" (modelo 6139) da

ORIEL. No ~house- a l~mpada é posicionada no Eoco de um

espelho elipsoidal que produz um feixe de alta intensidade de

luz sobre um conjunto de lentes colimadoras. Estas coletam o

feixe e convertem-no em um feixe aproximadamente paralelo. A

fonte da lâmpada (ORIEL modelo 6128) é capaz de fornecer

correntes de até 50 Amperes e voltagem de até 150 Volts (dc).

Para selecionar os comprimentos de onda de excitação

usamos um monocromador de 15 cm da Bausch-Lomb (cat.~3-S6-79)

com uma rede de difração que cobre um range de 200 a 800 nrn

com blaze de 300 nm.--------

73

Page 89: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Na saída do monocromador usamos um conjunto de lentes

colimadoras da própria Bausch-Lomb (cat.33-B6-53) e uma lente

de quar tzo de roco 40 mm para roca Ii zar a 1uz no cr i sta I •

Perpendicularmente à direção da luz de excitação, usamos duas

lentes com o objetivo de coletar a Eluorescência e Eocalizá-Ia

sobre a renda de entrada de um segundo monocromador (E igura

111- 5). Este monocromador (Jarrel-íish, modelo B2020 de

0.5 metros) seleciona os comprimentos de onda emitidos. a sua

dispersão linear recíproca é de• N

16 A/mm e a rede de diEraçao

usada cobre a faixa do visível com blaze em 750 nm. a rede de

diEração pode ser girada manualmente ou em um motor instalado

no próprio monocromador. o motor pode girar em oito

velocidades diferentes, de 2 Á/min a 500 Á/min. A calibração

do monocromador Eoi Eeita com uma lampada de baixa pressão de

Mercúrio da Ealing (cat 262709) de 15W de potencia com fonte

da própria Ealing (cat 264B20). Na tabela 111-1 mostramos os

valores medidos das linhas do Mercúrio, após a calibração, e

os valores aceitos.

Como detetor usamos uma fotomultiplicadora da Hamamatsu

(modelo R910) com range es~ectral ~m 300-850 nm e pico em 400

nm . A ca i xa comos oque te para a ro t omu 1t i P I i cadora e com o

divisor de voltagem necessário roi feito por nos.

74

Page 90: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Para medir o sinal da Eotomultiplicadora usamos um Lock-in

(modelo 12BA) da PAR Instruments que amplifica apenas o sinal

medido pela "roto", cuja a frequência.e igual a da luz

modulada de excitação. Para modular a luz usamos um chopper

entre a lâmpada e o cristal (figura 111-6). Os gráficos foram

obtidos com um registrador de três canais da Rikadenki (modelo

B361X-A) .

As medidas de luminescência a baixa temperatura foram

Eeitas com o sistema de vácuo descrito anteriormente, na seção

111-1. Novamente, o cristal Eoi colocado em um criostato e a

temperatura abaixada com o uso de Nitrogênio líquido.

Finalmente, queremos obser~7ar que, para eliminar a luz

espa lhada da lâmpada e outros E e ixes indese jávei s, usamos os

filtros coloridos da Schott (BG3 e CG435). o primeiro so

transmite na região do visível e o segundo transmite na faixa

de 300-450 nm.

Page 91: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

À ("I1"rn)Â "r'o\lIc1'd.oCrr'rn)H~((Q.t~~)

3<05,°

3~t.J/a

3~5/f

.Jb5J

3~&)3

3b~)i

40'1/1-

404/-/. 40t,CO ~O+,5 .

(135,8

'i 3~B

Sl.I',1

çJ./~ ,.,...) , )..!.

~:Tt,o

5r1}~

S19)

51~J3

Tabela 111-1

Valores das linhas da lâmpada de Hg medidos por nós e os

fornecidos pelo catálogo da Ealing.

-CRISTAL

Fiqura 111-5

_--Ji_--------- 12cm

Sistema de coleta de radiação da amostra.

76

Page 92: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

CHOPPER

LAMPADA

MONOCROMA DOR

L = LENTE DE FOCO 4em

L.=LENTE DE FOCO Sem

L2& LENTE DE FOCO 12em

F = FOTOMULTlPLICADORA

MONOCROMADOR

LOCK - IN

REGISTRADOR

Figura 111-6

Esquema da montagem de Luminescência.

111-4 Espectroscopia de ezcitação

Nos experimentos de excitação, nós medimos a absorção de

um feixe de luz por uma amostra através do monitoramento da

fluorescência da mesma. montagem experimental para a

rea 1 i zação deste tipo de exper imento,e a mesma montagem de

luminescência. o procedimento que é diferente. No

experimento da excitação nós variamos o comprimento de onda do

Eeixe incidente e deixamos o segundo monocromador Eixo em um

comprimento de onda de uma transição de amostra.

77

Page 93: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Qu and o a amo str a ab sorve o r e ixe deI u Z , a 1um ine scênc ia é

detet ada e o sina 1 da f otomul tip 1icadora reg i strado. De ste

modo, o espectro de excitação é obtido.

o esquema experimental está mostrado na figura 111-6. O

monocromador usado para a excitação do cristal nesta montagem

é um monocromador EBERT de 0.25 metros da Jarrel-Ash, modelo

a 2-410 . E ste mo nocroma dor po ssu i uma rede de d if ração para o

l.1isíl.7el•

(blaze 300 nm) com dispersão linear de 3.3 e 1.65 A/mm

respectivamente. o comprimento de onda de excitação foi

t] ar iadou sando o mo t or do pró pr io mo nocroma dor . O res t o da

montagem é exatamente a mesma da montagem da luminescência.

111-5 Laser de YAG:Hd e laser de corante

A) Laser de YAG:Hd

o laser de VAG:Hd foi o laser usado para o bombeamento do

laser de corante. O meio ativo deste laser é um cristal de YAG

(Garnet de Ytrio e Alumínio

Nd +3. li emi ssão. da ste 1aser ocorre no compr iment o de onda de

1.0641 mícrom.

78

Page 94: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

o oscilador do laser YAG:Nd da QUANTA-RAY, OCR-tA, é

constituido de dois espelhos de reflexão total (um cÔnCa\10 e

um outro COn\7exo), um polarizador e um cristal eletro-óptico

de KD-P (Fosfato de Deutério e Potássio) (figura 111-7). a

fonte de excitação para o meio atílJO são duas lâmpadas de

flash de Kenônio. As lâmpadas estao colocadas em um dos focos

de duas elípses rel1estidas de Ouro. As elípses estão

posicionadas de maneira tal a possuirem o segundo foco em

comum.

Neste foco é colocado a barra de YAG:Nd. Desta forma toda

a luz emitida radialmente pelas lâmpadas cilíndricas é

concentrada na barra de YAG:Nd. Os outros dois componentes do

oscilador funcionam como uma chal1e ótica ("Q-S\'litcn"). Estes

dois componentes interrompem a emissão estimulada do meio até

que a inversão de população seja máxima e, só então, permitem

que ela ocorra. Deste modo o meio ati\1o funciona como um

armazenador de energia que é liberada somente quando ela

atinge o seu máximo. E assim, a energia é liberada em forma de

pulsos. Detalhes da técnica nQ-S\'litchingn são dados na

referência [rIr-6],

79

Page 95: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

A amplificação da luz que sai do oscilador Q cons&quida

através de uma segunda barra de YQG:Nd. A excitação desta

segunda barra é feita novamente por duas lâmpadas de flash em

um sistema idêntico ao descrito para o oscilador. A geração de

harm6nicos é obtida utilizando-se dois cri~tais de KD-P

cortados de tal forma a propiciar o casamento de fase

("phase-matching"). Estes cristais geram, a partir do feixe

fundamental de 1064 nm, harmônicos no vish1el em 532 nm e

ultravioleta em 355 e 266 nm. Estes feixes são separados por

um conjunto ~e prismas mostrados na figura 111-8.

LASEA Ncl:VAG

±--lESPELHO

í7-=: I

~

-E- LAMPADAPOLARIZAOOR

rn=lNcl:VAGj ; I L--Q-SWITCH

-f- ~ -E -7

TRANSVERSALFEIXE

OSCILAOOA i !-AMPLlFICAOOR --1

Figllra 111-;

Cavidade instá~el do laser YAG:Nd.

80

Page 96: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

A'064 nm i

I.ii1532 nm,

SEPARADO R DE

I1

I.pS4 ou 2ee nm

FEIXES

Figura 111-8

Esquema do separador de feixas.

B) Física do laser de corante [111-6 e 111-7]

Na figura 111-9 mostramos uma representaçao de uma tlpica

molécula orgânica de corante e na figura i1i-10 a

represen tação e squemá tica do,::>seus n í l.7a is de energ ia. Nes t a

figura, 50 é o estado fundamental e 51,52 e Tl,T2 são os

estados eletrônicos excitados singleto e tripleto. Estes

estados eletrônicos abrem em n í tle i 5 vibracionais como

mostrados pelas linhas ~ortes da figura 111-10. Estes nÍt.reis

correspondem aos estados vibracionais quantizados da molécula.

Um outro "splitting" menor corresponde aos niveis rotacicnais

da molécula.

81

Page 97: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Quando moléculas orgânicas são irradiadas pela luz

visível ou ultravioleta, os níveis de maior energia do

primeiro estado excitado singleto S1N

sao excitados pelo

bombeamento ótico dos nÍl.Jeis rotacionais-l.7ibracionais 50' Ao

sofrer colisões com as moléculas do solvente, as moleculas

excitadas sofrem rápidas transições não radiativas para o

nível vibracional mais baixo V0 de S1, com tempos de relaxação

de 10-11 a 10-12 segundos. Este nível é desexcitado ou por

emissão espontânea para o estado fundamental

trans ição não rad ia tiva para o es tado tI'ip leto TI. Como os

níveis bombeados óticamente estão acima do nível "0 e desde

que muitas transições fluorescentes terminam noS níveis

rotacionais-vibracionais mais altos de 80, o espectro da

fluorescência do corante é deslocado em relação ao espectro de

absorção na direção do vermelho (figura 111-9). Outra

característica dos espectros de absorção e fluorescência do

corante é que ambos são contínuos. Isto se deve ao fato que,

dev ido à forte in ter ação entre a s mo Iécu 1as do corante e do

solvente, os níveis discretos rotacionais- vibracionais do

corante

energia.

alargam-se formando

82

um "contínuo" de nílJeis de

Page 98: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Para intensidades de bombeamento suficientemente altas, a

inversão de população pode ser obtida entre o nível V0 em 51 e

os níveis mais altos V(k) em 50' Tão logo o ganho da transição

exceda as perdas, .a oscilação laser

inicia. Os níveis v(k) (80), que passam a ficar "povoados· por

emissão estimulada. são rapidamente desexcitados através de

choque com as moléculas do solvente. Deste modo, o ciclo

bombeio-oscilação laser de um sistema de quatro níveis é

Eechado.

.1

ozoe.

r1&0H,c .,H.

H,C,' N8 o 'CzHs.--IGIbsorption

'"i \••

\0 uoresuau·•••···\.\,..

\"-"

Figura 111-9

Representação esquemática de uma típica molécula de coranêe

Espectro de absorção e Eluorescência da mesma.

83

Page 99: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Sing!etstates

Tripletstates

Figura 111-10

Representação

corante.

dos ní lJe i s de energia de uma moH~cula de

C) A montagem do laser de corante

o laser de corante montado (figura III-II) consiste de

uma cubeta bombeada transversalmente pelo segundo harmônico

(532 nm) do laser de VAG:Hd, um expansor de feixes, um espelho

de ref lexão total, um espelho de transmissividade de 90 I. em

forma de cunha e uma rede de di fração. O f e i xe do 1a ser é

focalizado sobre o corante por uma lente cilíndrica. a cubeta,

f e i t a nas o f i c i nas mec â n i c a e ó t i c a do I FQse,

esquematizado na figura 111-12.

84

tem desenho

Page 100: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

A estrutura da cubeta tem a forma de um "E" e é feita em aço

inoxidável para evitar sua corrosão pelo corante. As placas de

vidro são coladas ao aço com coia de silicone e são coladas

entre si usando-se solda de vidro Corning tipo 7575.

o corante, para evitar sua dissociação pelo feixe de

bombeamento, é circulado por uma bomba de aço inoxidál.1el da

TUTHILL PUMP Company, modelo N B-9037-T. KS mangueiras e o

reservatório do corante são de teflon para evitar a corrosão

pelo corante e a consequente contaminação do mesmo.

o feixe de luz emitido pelo corante é expandido, antes de

chegar na rede de difração, por duas razões. H primeira e que

a resolução de uma rede é proporcional ao produto (Nm) do

número de linhas N atingidas pelo feixe e a ordem de difração

m. Quanto maior o número de linhas atingidas da rede, menor ê

a largura de linha resultante do laser. A segunda é que a

dens idade de potênc ia do r e ixe pode ser suE ic ien t emen t e a 1ta

para danificar a superfície da rede [: .•..•.......

feixes usado é um conjunto de prismas com e.

Bre\'lster e saída normal à outra face do prisma. Cada prlsma

expande o feixe em uma dimensão por um fator (cos a / cos Bb),

onde alfa é o ângulo do prisma (figura 1II-13).

85

Page 101: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Por geometria, o ângulo do prisma a = n/2 - 9b é ligeiramente

afastado desta condição para euitar a realimentação pela

reflexão da superfície normalJ onde,e depositado um fi 1me

anti-refletor. O número de prismas utilizado no expansor foi

quatro, de tal forma que o feixe foi expandido por um fator

(cos a i o material do prisma utilizado foi uidro

BK7 [II1-8].

ao chegar na rede de difração (Jobin-Yl.7on, Blaze

500-900 nm) a luz é difratada e um espelho de reflexão total,

a jus tado para re f 1etir pr ime i ra ordem de d i fração , re f 1e te o

feixe de volta ao meio ativo (figura III-l1). a sintonização é

Eeita girando-se o espelho em torno do eixo perpendicular ao

plano da figura. O ganho em intensidade de luz ocorre por

emissão estimulada no comprimento de onda sintonizado. Para

girar o espelho de reflexão total usamos um motor de passo. üm

vidro comum, com reEletividade de 10 1., em forma de cunha, foi

util izado para fechar a cav i da de do osc i 1ador . a forma

cunh a tem como ob j e tivoe v i t ar que a re f 1e K ã o das egunda

superfície do vidro uolte sobre o coranteJ provocando efeitos

de interferência. Todo oscilador foi montado em uma base de

Alumínio constituído de trilhos (confeccionados na oficina

mecânica do IFQSC) que permite o deslocamento dos componentec

do oscilador nas direções XJ Y e Z.

86

Page 102: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

maior vantagem desta base é que o laser pode ser

transportado sem perda do alinhamento.

amplificação do feixe do oscilador foi feit-

utilizando-se uma cubeta em série com o oscilador. o

bombeamento do corante do amplificador foi feito com 60 'l. do

feixe de saída do laser de YAG:Nd.

LASER DE CORANT E

CUNHA

CUBETA

EXPANSOR

ESPELHO ouREOE DE· DIFRAçAo

EM L~OW

DE DIFRAÇÃO

Figura 111-11

Cauidade do laser de corante.

87

Page 103: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

AÇO INOX

AÇO IHOX

LSJ

VIDRO

VIDRO

, ,SOLDA

I COrnlng gla •• 7575)

..

Figura 111-12

Cubeta para o laser de corante.

88

Page 104: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

d

de cosa )4cosSt>

/

Figura 111-13

Expansor de Eeixe

111-6 Espectroscopia -CARS- (Ramam anti-Stokes coerente)

o processo CARS pode ser induzido utilizando-se dois

lasers de Erequência e em ângulo de casamento de fase

que interagem e geram no processo uma Erequência ~3 = 2~1-~2'

Esta técnica apresenta várias vantagens sobre as técnicas

convencionais. Uma delas ê o fato de podermos estudar

processos que envolvem frequências na região opaca do material

(no nosso na região do inEravermelho), utilizando lasers cujas

frequências estão na região de tranparência do cristal.

89

Page 105: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Uma outra vantagem é a a 1ta re so 1ução da técnica, limi tada

apenas pelas larguras de linha dos lasers. Na Eiqura 111-14

mostramos um diagrama do processo.

o nosso objetivo, ao utilizar esta técnica, foi medir as

ressonâncias eletrônicas do íon... .,

Eu'~ na região do

inEral,7ermelho, principalmente os nil,7eis de enerqia ?F 1 e

que estão na região de iônons do cristal. o prlmelr'-

experimento que fizemos teve corno objetil,7o investigar os

ní 'l.Jei s Para isto utilizamos o segundo harmônico do laser

YAG:Nd (~1=532 nm) e um segundo Eeixe, mais Eraco, do laser de

corante a 571 nm, corante:Rhodamina 560}. luz

gerada (w3 = 2w1-w2) está na Eaixa de 498 a 507 nm; O sistema

experimental está mostrado na figura III-1S. Na montagem vemos

que o laser de YAG:Nd é utilizado para o bombeamento do laser

de corante e para a excitação do cristal. Os feixes são

Eocal izados no mesmo por uma lente de Eoco iqual a 50 em. O

espelho B é utilizado para se ajustar o ângulo de casamento de

fase. Es te é co locado sobre um est ág io de de sI oca men to e

l,7ariando-se a distância entre os feixes na direção indicada na

figura, o "phase matching" é obtido (figura 111-16). Após a

amostra um diafragma é posicionado para barrar os feixes ~1 e

90

Page 106: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

••

o feixe ~3 gerado pelo cristal é localizado em um monocromador

que atua como filtro de frequência. A deteçao é feita por uma

fotomultiplicadora (Hamamatsu,R910).

o caminho traçado pelo feixe ~2' 51 ~ El ~ E2 ~ E3 • tem

como objetivo dar um atraso temporal no feixe ~2 para que ele

coincida temporalmente com ~1' quando focalizados na amostra.

Os diagramas mostrados na figura 111-16 foram usados para

melhorar a forma espacial do feixe. Isto é importante pois urna

boa forma espacial dos feixes ~1 e ~2 diminui a luz espalhada

sobre a fotomultiplicadora, melhorando a deteçao •

a função da lente L2, mostrada na figura 111-16, roi

conseguir uma focalização do feixe onde os feixes se

superpoem. o feixe é quase colimado, enquanto o feixe

não. Isto faz com que os dois feixes possuam focos ã

distâncias diferentes da lente Li. a lente L2 corrige esta

diferença.

a luz espalhada prejudica bastante a deteção. Um filtro

passa alta foi utilizado, no sentido de evitar que a luz de

comprimento onda 532 nm chegasse até .a fotomuitipiicadora.

Este filtro, colocado antes do monocromador, transmite 30 'l. da

luz de comprimento de onda À = 504 nm e apenas 2 'l. de

À = 532 nm.

91

Page 107: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Um outro fator importante é a intensidade dos feixes ~1 e

~2' Intensidades dos feixes incidentes maiores que 100 kW são

prejudicias para a medida do feixe ~3' produzido pela amos~r

[1II-a]. A razão é que para estas intensidades, os termos não

ressonantes de3

"t começam a ser importantes, prouocando o

aumento do "background" não ressonante e dificultando a medida

de ressonante. 1ilém disto efeitos como Raman estimulado,

provocado apenas por ~1' começam a competir com a mistura de

qu atro ondas que produz (,)3' Para eu itar i sto, usa mo s f i Itro s

neutros para atenuar a intensidade dos feixes (,)1 e (,)2'

a coincidência espacial dos feixes foi verificada a olho

nú, obseruando a sua superposição em um cartão de papel preto.

Como a superposição dos feixes é muito importante para a

geração do feixe Raman anti-Stokes, um outro teste conhecido

como "kn i f e edge test" [I II-9] fo i usa do. E s t e te ste con siste

em movimentar uma gilete, posicionada por um estágio de

deslocamento x-z (direções perpendiculares à direção de

incidência dos feixes), perpendicularmente aos feixes

coincidentes. Se os feixes estiverem superpostos, observaremos

Q seu desaparecimento simultâneo.

92

Page 108: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

antes de tentarmos o experimento no cristal de

Gda 1°3:Eu +3 J re so 1vemo s reproduz ir a espec tro scop ia CaRS em

benzeno. Este resultado já é conhecido [111-10) e as razões de

rea 1i zarmo s o exper ime n to ne 1e f oram duas. Pr ime i ro, o s in;;l 1

gerado pelo benzeno é grande e o sistema poderia ser alin~.~_

através dele. Segundo, a ressonância mais forte do benzeno

(992 em-I) é bem próxima da ressonância eletrônica do íon Eu+3

em GdAl03-1

(980 em ). Detetado o sinal gerado pela mistura das

o"

qu atro ondas no benzeno , f icar ia ma is f ác i 1 procur ar o f e ixe

gerado+3

em GdAl03:Eu .

° benzeno roi colocado em cubetas de comprimento

1.0 e 3.0 em de quartzo e vidro BX7 respectivamente~Depois que

a superposição dos feixes é conseguida, a cubeta é colocada no

ponto de superposição e o sinal procurado em um

osciloscópio. Para a obtenção do sinal, variamos o comprimento

de onda do feixe ~2 e a distância entre os feixes através do

estágio de deslocamento do espelho ·8. Para termos certeza se a

luz espalhada era devida à mistura de ondas, nós interrompemos

um dos feixes e vimos o desaparecimento do sinai.

A.chado o sinal no osciloscópio, a sua aquisição é feita

em um sistema desenvolvido no Grupo de Ótica [II-13].

93

Page 109: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Este sistema, desenvolvido pelo engenheiro Silvio Tonissi Jr.,

e controlado por um microcomputador da linha IBM PC. Para

transformar o sinal pulsado do experimento em um S1

contínuo, que possa ser coletado pelo microcomputador sem

problemas de sincronismo temporal, um integrado de "gata"

(Evans Associeted modelo 4130) foi usado. Este inteqrador

consiste em uma placa de circuitos integrados, que quando

montada, substitui o "box-car".

Após o término da aquisição, os dados coletados podem ser

tratados, qraficados e armazenados em discos flexíveis.

U--T -T---!.V! lWJ

II

-r _- -l-

II

II

IW3

~

Figura 111-14

Diagrama do processo neARS".

Page 110: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Figura 111-15

Ajuste do ângulo de casamento de fase. O espelho pode ser

movimentado na direção indicada.

9S

Page 111: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

LA5ER.

YAG:tJd

mrORPfPA5S0

//OY [,"

OSCILAOOR

nJTE(;'R~OORDE. GAT;:

0 i-Ly

05Cí L05C6pio

CJ

PRÉ-

- AH PLI FI cWOP..

D = OiArRAGMA

lJ1: LENTe f =-3Or.""

LJ= lJENT( ~ ::50lim.r~'= rOTO"WlJTIPL/C-/,OoR/\

S = 5E:f'Ar;?l\[lN'PFFl:/XE:>

E: = F: SPCL-Ho

Fiaara 111-16..

Sistema experimental para realização da espectroscopia "CARS".

96

Page 112: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

CAPITULO IV

RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Neste capítulo, nós mostramos e comentamos as medidas de

absorção, luminescência e excitação feitas no cristal de

com ions Eu+3. Os resultados serao interpretados

através da teoria apresentada no capítulo li. Os espectros de

absorção e luminescência serão explicados atravé dos níveis de

energia do íon livre (figura lI-i) e da abertura dos nÍt.7eis

quando submetidos a um campo de simetria Cs as representações

irredutíveis destes níveis de energia serão obtidas através da

análise dos espectros de absorção polarizados. Estes espectros

serão utilizados, também, na determinação da natureza da

transição dipolar entre os níveis de energia. Finalmente. o

espectro de excitação será mostrado e discutidos.

~~- .~IV-l ftedidas de absorcao em GdAI03 : Eu

as pr ime i ras me d i das de ab sorCão • no cr i stal de Gd a 1o ....

com íons - +3 f ft "t •!!ou oram tel as com .lUZ visível-

nao polarizada

incidida perpendicularmente à face xz. Como o t.7etor campo

elétrico da luz, neste caso, possui componentes na direção x e

z, todas as transições eletrônicas tornam-se permitidas (veja

a seção II-5).

97

Page 113: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

a este fato, todas as transições

{j=0,1)c:

"""" .JD. j ,. no. 1 "'I)~J='U, ,4 dever-iam ser ~.7i s t aOs a temperatura

ambiente. Nos espectros a Dit.ixa temperatura, as linhas

produzidas pelas transições..,'F1 del.7eriam ter a

sua intensidade has.tanre decrescJrlar pDJS a pDpvJaçiD tjrmjca

do 5 n i \7e i 5 caem exponencialmente com a temperatura {a

populaçào térmica segue a distribuição de Boltzmannj.

fio analizarmos as med ida s, l.1 e r i f i c a mo s que, embora

algumas linhas de absorção de menor energia de um determinado

{por exemp 10.,·F.

J (j=0,l) . , diminuiam com a

temperatura, um n~mero muito maior do que (2j + 1) mantinha a

mesma intensidade ou mesmo aumen ta\1a a sua intensidade.

Portanto, um número bem maior do que o preuisto pela teoria do

campo cristalino, de linhas de absorção aparecia no espectro e

o seu comportamento com a tempera tura era estranho. Para

expli~ar este grande número de linhas de espectro, formulamos

duas hipóteses. Na primeira, supusemos a existência de sítios

diferentes para o i.on E +~u -dentro do GdHI03. Isto explicaria a

existência d~ um grande número de linhas de absorção, pOIS os

íons Eu+3 abririam a degenerescência de seus

eletrônicos

ocupado.

de maneiras diferentes~

98

dependendo do síto

Page 114: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

.L')

Isto foi l.7e~rificado 'em medidas:, de Eu· ....em LiN:b03 [1\1-1].

Contra esta hipótesE, havia Q fato que Bagnato e outros [IV-2]

nio haviam notado nada de anormal em medidas de absorçio, na

rec;iào do infravermelho, neste mesmo cristal. segunda

hip6tese era a existência de um outro terra-rara! nào

intencional, dentro do cristal. Este tipo de "contaminação" e

comum e aparece durante o creSCllnento do cristal devido à

dificuldade de purificação dos lons terras-raras. Como no

trabalho anterior [IV-2J nada havia sido observado procuramos

um íon terra-rara que nao t i ',1esse n i l,Te i s na região do

l.nfrave!'melho, medida por Bagnato r·n ~,llV-~j. o l.on Er+3 era um

dos terras-raras que possuia esta característica. Em seguida

procuramos algum artigo de Er+3 em cristais de estrutura

perol.7skita e achamos um de Er +3 em YAI03 [1V-3]. Neste art iqo

~)'i 1110 S que o Er+3 possui regiões espectrais de absorção iguais

a algumas observadas nos nossos espect:,os. E esta susp',

velO a ser confirmada quando achamos um artigo de Er+3 em

GdAI03 [IV-4] e medimos o espectro de fluorescência excitando

o nos s o c r i s tal no u 1t r a 1,1 i o 1e t a (38,z, nm). Neste espectro

ob t i vemo 5 linhas de fluorescência compatÍt.1eis com as

-':-ans ições do _ +3 _ ~cr em ud~103 e deste med i mo s os

_omprimentos de onda das transiçoe:,

99

Page 115: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Comparando estes ~alores com os ~alores fornecidos pelo artigo

conseguimos uma coincidência em quase todas as linhas desta

transição com a diferença de no máximo~ ~~ H.

Nas páginas seguintes mostramos estes resultados. Na

f iqura IV-l nós mostramos um diagrama dos ní~eis de energia

dos íons li~res de Er+3 e Eu+3. Nas figuras IV-2 e IV-3

apre sen tamo s a 5 faixas espectrais do cristal de •• A • __ + 3't !:uv3: t!.r

[IV-3] e níveis de energia do cristal [IV-4].

•••1)

As medidas de luminescência do íon Er' W (não intencional )em

GdAI03 são mostrados nas figuras IV-4 a IV-7. ° nível do ion

Er+3 excitado nestas medidas. foi o 4G11/2 (excitação de banda

larga em torno de 380 nm). Uma tabela comparando os

comprimentos de onda das transições entre os ní~eis

4 +3 . [ -115/2 do Er em Gd.AI03, medidos por nos e por arsene~ IV-4j

é mostrada na página seguinte (tabela IV-I)

100

Page 116: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

-I=;:::=~fj~C3---2 - P312

"

30[

--- --- j~- <1- --- -----°312 - -------10- 2

_____ZP312---c___ 4G- ="Gc: 1112---5 220 - D3 -5(;- H912

--- 512 =4F,,~-2 5

Pll2 -5. 44F5/~ _IG~ZG _D2 _5F!20~

912-- r:';N~ 4

=4G _501 5F4

2--- HIII2712 _ _ 4S

'e T- ~5D~ ~ 312

CJ

- 54 3r::.., - -Fs- F912--- 2o --- !

>-

IO~

--- ___ 514---41 -3rDI __ 4F. ---SI

912 4•.. CD

312. 54C - 1'-112UJ_51---3Hs

6---41

45

-I'3I2_~r.wz _7F. -17-41 6 1312--- 5-44

1"12==== VOL

4 - 514T !H-1912-0 - 8 --- "'!V2--- 6Nd3+

Eu3+H03+Er3+Tm3+

Fiqura IV-1

Ní t.'e i s de energia dos íons 1i t.7r e s Er+3 e Eu+3 na reqião do

espectro visível e infra vermelho.

101

Page 117: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Exclted state SpectralS'L 'J'

range (nm)

41U12

1450-1640

411112

959-1020

41'/2

782-842

4F'12

644-677

4S"Z

540-556

ZHIII2

510-538

4FT 12

482-502

TF5/Z'

441-461TFSI2 J

zH./Z

403-417

4CIIt:

376-389

4G'I2' ZK15/Z ,355-373ZCT/Z f

zPSI2

316-322

4CT/Z

293-299

zDs/Z

287-292

ZC'/Z

272-279

4DS!Z. 4Dy 12

253-265

Fiqura IV-2

~Ranqe" espectral da absorçio do Er+3 em YAI03 [IV-3]

102

Page 118: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

3~numberÂEcnergy levels of Er ions

states-'-1in GdAI0~ at 7; 1\ (em •.) theor.e>,"per.(em)"

4

88533*I -r o, 50, 1B3, 224, 269, 394,

1~. I 448, 5331K 257

4r 3/" I 6615, 6656, 6657, G729, 77

1 - I 6794, 6S2S, 6872<1

I 10299, 10310, 103~0. 66115111/2

1'0361. 10401. 104,.

4 12-154, 12532, 12653,5531019/2

I 12671, 127644 F9/2

i 152dO, 15367, 15397. 55204

115"6. 154844

15437,15511 ~•.• , ..2253/2 74I

2HIl/? 119125*, 19133, 19159, •6

6162-- 19223*, 19262, 19287-

4F7/') I 20505, 20571, 20639,4

4202

.. I 20710 I4F 5/2 22228, 22256, 222853

36ó4 22565, 22649

I

F3/22284

? ·H9/22449B, 24550, 24697,55304

24732, 24802 4 26354, 26364*, 26417,6~200·GIl 12

26456, 26482, 26554

:\ote: energy le\"els and AE values Ir.dicated by asterlsks require more accur:lledefinition.

Figura IV-3

. +~ -]Níveis de energia do Er - em Gd~103 lIV-4

103

Page 119: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

<tUZ

IWUCJ)

Wa:O:::>-JI.L

WO

WO<tOCJ)

ZWI-~.

300 K

19350 1925C 19150 19050

I ( -I)- emÀ.

Espectro de fluorescência

FiQlJra 1\1-4

. +:1

do ion Er - em GdHI03 medido por nós

eKcitando uma banda em 3130 nm íníl.1el, faiKa

espectral da gráfica acima é 501-478 nm.

Page 120: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

ctUZ

ILLJ

UCJ)

wa:o::>...JI.L.

wCl

300 K

wCl«ClCJ)

ZLLJ

•••Z

22650 22450 22250 22050 21850

I~ (em-I)

21650

Figura IV-5

_ . +:1Espectro de fluorescencia do íon Er - em GdAI03 medido por nos

excitando o íon em uma banda larga em torno de 380 nm

(ní~.1el H faixa espectral do grafico é 462-440 nm.

105

Page 121: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

<tUZ1&.1U(J)&.Ia::O::::>

~LI..

l.Ll

O

&.IO<9(J)Z&.I~Z

20750 20550 20350

300 K

20150

1

~ (em-I)

19950

Figura 1'1-6

Espectro de fluorescência do lon Er+3 em com o lon

sendo excitado em uma banda larga em torno de

(n i t.7e 1 H faiKa espectral é 526-517 nm.

106

Page 122: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

300K

«uZ

ILLJ

UCf)

LLJ

a:o::)...JI.L

LLJo~o«oc:;;ZLLJ

••••Z

560 555 550

Figura IV'-7

545

À..(nm)

540

Espectro de f 1uore scênc i a do íon E +~r - (nao intencional) em

GdHIO~ .liprimeira indicalinhanãodoEr

+3seta

umaqueelon;j

e

s ~ mdalâmpadademercurio(546nm) .HSduassetasindicam<

uma linha que nâo foi encontrada no artigo de Hrsenev [IV-4].

107

Page 123: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

5 ~)'-{,4

'Oj< t_____ I _ .•._...•_. _

Tabela IV-1

Valores dos comprimentos de onda das transições 453/2 ~ 4115/2

do i on; Er + 3 em Gd iU O 3 me d i do por nós e por llrsenel.7 [IV-4].

Ob serl.7açôes * Linha se absorção não encontrada na referência

[Il} - q ] ** lis 1 i nha s de ab sorçã o em 547 .S e 54S .2 nm , l.ri stos

par Arsenev, nào foram resolvidas *** Estas linhas foram

mascaradas pelas linhas de emissio

108

5nLJ1

lon+~

Eu J

Page 124: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Incluindo mais uma impureza no nouo cristal, o espactl'o

de absorção de luz não polarizada tornou-se coerente com a

teoria discutida no capítuio 11. Estes espectros de absorção

são mostrados nas figt.tras 1V-8 a 1V-10, a duas temperaturas

diferentes. Neles,podemosobservartodasastransiçõesentre

n í,,'e is

Stark7F -t5(j=0,1,2).

7F...;5D.(j=0,1)

doionos D.0 J 1J

Eu

+3número

estádeacordo simetriadosítioe oseu coma

(cada nível j do íon lit.'reabre-se em (2j + 1) nÍt.'eis quando

submet ido ao campo de s i met r i a C ).s o número de linhas de

absorção devido à transição é menor do que o

esperado (15 linhas). Ac r e d i t a mo s , que ~sso se deva a

insuficiência de resolução do aparelho usado para a'realização

das medidas de absorção. Como a separação entre os níveis

Stark SD2 é muito pequena (compare com a separação dos níveis

SD1, na figura 1V-9), as linhas de absorção se tornam muito

próximas e medidas com a maior resolução se tornam necessárias

para que a distinção entre elas seja conseguida.

Linhas de absorção devido as transições (j=0,1)

também são vistas nos espectros de absorção à temperatura

ambiente. A baixa intensidade destas linhas são causadas pela

baixa população térmica dos níveis.,'F

2

_I

(~ 1000 cm "'). o número

de linhas det.,ido às transições (j=0,l) tambem é bem

menor do que o esperado.

109

Page 125: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

As causas são a população térmica quase nula dos níveis Stark

7F2 de maior enerqia e a baixa resolução do nosso aparelho de

medidas (no caso das transições 7F2 ~ 5D1). Linhas devido às

t . '" 7Frans~çoes 2 foram observadas.

>-

~I01:•.500 (E~3) +3

IGdA103:EuI LU t-Zto-;ZOj::CLc:: \~0(EÚ3)

O

7~---.§°dE~3)

rn

) \IICD <

LU

l A300K> -t-<..J

~~-L 11K

c~

,I, I I

/1250 11000/615016500/6250

Figura IV-8

Espectro de absorção dos íons Eu+3 em cristais de

77 R e 300 R associado com as transições 7F.(j=0,1,2)J

110

a

Page 126: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

,-

7. !5 +3.~~,(EUI

GdA103:Eu3I

••> 'I-....(f)ZLUI-ZI-t I 111

ZI1 111I~~

O1-1.1-a.a::

. +3O IJ!5I2 H"/2(Er)

CI)

.~AJl)tM\4 4 +:;CD I'5/2 • 5312(Er

7f2-50, (Eu3)<

AI.IJ 300K> I-tI-<-II.IJa:: ,.....n.JI •• m II I •• .

77K

I

--cii;1. 19250 1875018250

Fiqura IV-9

Espectro de absorção dos íons Eu+3 em cristais de GdAI03 a

77 K e 300 K associado com as t . - 7F (. 0 . 2) -+ 5_ranSlçoes j J= , J., 1J1,

As outras linhas que aparecem no espectro são devido à

. d E +3 - . t . 1lmpurezas e r nao ln enClona ,

111

Page 127: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

4 4 .3~ rS/ZIEr l

300K

~=f

: : cm~20750 2025021250

__ II/~------.;,'l21750

zgl­a.o:O(I)lD<w:>...1-.~I

~~22250

Figura 111-1(&

Espectro de absorção dos íons Eu+3 em cristais de Gdi:.

?? K e 300 K associado com as transições ?Fj{j=0,1,2) ~ 5D2•

as outras linhas que aparecem no espectro são devido à

. d E +3 N • t . 1lmpurezas e r nao ln enClona .

112

Page 128: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Quando fizemos as medidas de absorção à baixa

temperatura, nós verificamos que as intensidades das linhas

(j=0,1) desaparecem completamente (figura

As razão deste comportamento é a queda daIV-8 a IV-10).

população térmica dos níveis.,I F .

J (j=1,2) com a temperatura,. ,J~

que a população térmica destes ni t.Jei s é proporciona .•.

exponencial negativa da temperatura. Na figura (IV-ii)

mostramos as me d idas ~( ab sorção relativas as transições

(j=0,1) do íon+3

Eu , à varias temperaturas. Nela

observamos o aumento da intensidade das linhas devido ás

pelo motivo explicadotemperatura,com a7F -+ SD1 0

O número de linhas devido à transição 7F1 -+ 5D0 é menor

transições

acima.

neste espectro do que no espectro da rigura IV-S. Isto se deue

ao fato de termos feito estas medidas com a luz nao

polarizada incidida paralelamente ao eixo z e portanto, com ~

camp o e Iétr ico do re ixe para 1e 1o ao p 1ano xz • E ste t i Po de

medida é o que convencionamos anteriormente como sendo a

(veja seção 11-5). A regra de seleção para as transições do

dipolo magnéticoI - .•.• I

\veremos malS aalan~e que,e :J ca so das

transições ), nos espectros a-polarizados, diz que

apenas transições são permitidos (tabela 6,

seção 11-5). Como um dos níveis Stark 7F é1 uma das tres

t .- IFranslçoes 1 no espectro a polarizado, é proibida.

113

Page 129: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

i~3K

j03K

85K.

fI t t17250 16800

ENERGIA (em- 1 )

Figura IV-lI

Espectro de absorção do íon Eu+3 a ~.7arias

temperaturas relativo às transições

114

F.{j=0,1}J (j=0,1)

Page 130: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

a figura IV-12 mostra os espectros de absorção a, n e a

polarizados das transições ?Fo. ~

-t -D.J (j=0,l,2) e ?F 1 °

significado destes símbolos e as regras de seleção para cada

um destes espectros foram dados na seção I 1-5. Nesta seção

podemos ver na tabela 6, que os espectros n e a polarizados

po s sue mas mes mas r e9r as de s e I eç ão pa r a a s t r ans i Cõ e s de

d i Po 1o e 1é t r i co e magné t i co • Por t an to, a s r egr as de seI eç ã o

quando fazemos estes tipos de e5pectro, 5ão a5 me5ma5 para

todas as transições, independente da -natureza dipolar da

transição. Estes espectros e as suas regras de seleção podem

ser usados na determinação das representações irredutíveis do

níveis Stark do íon Eu+3 em GdAI03. O método consiste em

comparar os espectros n e a polarizado e associar a queda da

intensidade de uma 1inha de absorção de um deles, quando

comparado com o outro espectro, como sendo uma absorção devida

a uma transição proibida. Se assumirmos que as representações

dos níveis j = 0 (7F0' 5D0) é a mais simétrica, :A' , nós

consegui mos de terminar as represen t açõe s do s outros n ive i s.

Como exemplo, vamos determinar as representações do nível

Para isto, analizaremos a transição mostrada na

figura IV-ll. No espectro a, a linha de absorção central desta

trans-ição é a mai s intensa enquant o que. no e spec tro n, e st a

linha decresce e as outras duas aumentam a sua intensidade.

115

,-.ollCÁ 10 _nflv DE ~ ~ .OUIMICA llE $AOCAUI.-1

Page 131: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Deste fato, nós podemos inferir que a linha central se deve a

uma transição proibida no espectro n e permitida no espectro

a. As outras duas linhas comportam-se de maneira inversa. üma

transição proibida no espectro n é A'~~ A" (seção 11-5,

tabela 6). Portanto, a linha central de absorção

correspondente à transição 7F0 ~ 5D1 se deve a transição entre

fundamental

representação

o estado

A' • Os

(li' ) ní \1e1Stark5••

dae um 1J1

outros

ní \1eisStark5Dpossuem1

repre sentaçào a" po is se comportam de mane ira inver sa. Na

figura 1V-13 mostramos as representações irredutíveis dos

níveis (j=0,l) e (j=0,1,2) determinados da mane~ra

descrita acima. Nesta figura apresentamos também eis valores

dos níveis de energia.,, F .

J (j=0,1) e (j=0,1,2) medido

través dos espectros de absorção com luz não polarizada

(figura IV-8 a 1V-10). Pode-se notar neste diagrama que a

abertura dos níveis do íon livre está de acordo com a simetria

C do campo cristalino.s

Uma outra utilidade do espectro de absorção polarizado e

a determinação da natureza dipolar das transições. Isto pode

ser conseguido de\rido ao fato que as transições de dipolo

elétrico possuem as mesmas regras de seleção para os espectros

a e a polarizados e as transições de dipolo magnético possuem

as mesmas regras de seleção nos espectros rr e a.

116

Page 132: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Portanto, se uma transição for de dipolo elétrico, ela terá o

mesmo padrão nos espectros a e a polarizados enquanto que isto

ocorrerá nos espectros n e a polarizados para as transições de

dipolo magné tico . Vejamos como exemplo a transição

na figura 11-12. No espectro de polarização a, a linha central

é bastante intensa enquanto que as outras duas possuem

intensidade bem menor. No espectro n polarizado as duas linhas

periféricas crescem e a central decresce (compare com o

espectro não polarizado da figura -1V-8) • Este mesmo

comp or tame nto ocor r e no e spectr o de po 1ar ização a de ma ne ira

bem mais acentuada. Portanto, podemos dizer que as transições

possuem o mesmo "padrão" nos espectros n e a

polarizados e que, devido a isto, pode -se inferir que elas

são a s t r an siçõe s de d ipo 10 ma qnético . Pe 10 me smo rac ioc in i o

chegamos a conclusão que a transição e de dipolo

magnético e de dipolo elétrico.

117

Page 133: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

-,em

GdAJOJ; E'?.300K

a

7C"~'o -o

Ii

II

iI

II

!

~I•... '-IV) ,z~ '--"

:SIz,

iloV)aJ<:

I r ~./, ,

17250 16750 16250 // 19000 18950 // 21450 21.350

Figura IV-12

Comparação entre os espectros de polarização u,a e a de

absorção do cristal+3

GdR 103: Eu a 77 R. o significado dos

termos n, a e a é dado na seção II-6.

118

Page 134: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

21200

>­<.!)

ffi 18700zUJ

17100-

1000

500

o

50221508~

300K

7~O f

Figura IV-13

r21459 (A")d.r21450 IA')

-21422 (A'I'lL21413 (tl'L21395(A'

518993 (Ali)-18961 (A')LI8946(A")

475(A')353(A')276 (,«')

o (A')

Diagrama de níveis de energia e representações irredutíueis de

alguns destes niveis obtidos dos e~pectros de absorção

polarizado e não polarizado a 300 K. As posições dos níveis

são dadas -1em cm e as transições entre elas em nm. As

transições que não aparecem no diagrama não foram

vistas no espectro. Os níveis de energia do ion +~livre Eu -

foram obtidos da referência [i1-5].

119

Page 135: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

..•. .,

IV-2 nedidas de luminescência em GdalO~:Eu'~J--

o estudo espectroscópico do íon Eu+3 em GdHlO~~teT..Je

- , -l.nl.Cl.O com o trabalho de Bagnato e outros [IV-2). Neste

trabalho, eles mediram a grande maioria dos níveis de energia

..,''14 _

- J{i=3.6'\ " ,/ usando a téonica_ de absorção na região

infrauermelho. Os nh..reis 7~t' .J (j=1,2) nâo r o r a m med i dos devido

ao fato de suas frequências coincidirem com as frequências da

banda de absorção de ~.Lonons do cristal (abaixo de

aproximadamente-1 -

1000 C 11. ) • Uma técnica út i 1 para a med ida

destes ni~_Jeis e a técnica de luminescência pois nela, nos

obtemos informações sobre níveis de energia na região opaca do

cristal, excitando eanalizando a luz emitida fora desta

reg ião do espectro. ° espectro de emissão do , +3lOTl Eu em

GdAI03 à temperatura 77 R e 300 R é mostrado nas figuras IV-14

e IU-IS.

torno de

Ne stas me ti idas o'--\01",,,,,,,

í---A~ I24510 c m.L { n Ít.Je 1

cristal foi excitado com luz

5 +3D3 do Eu ). Nestes espectros

em

emissões de maior- intensidade foram de1.1idas às transições

. ?~ -F.

J ( .j=0, 1 , 2, 3, 4) • Embora a emi ssao dos n i 1;.1 e i sC'

~D e1 5n 2

tenha sido observada, ela é extremamente fraca det.Jido aos

processos de decaimento não radiativos que ocorrem em cristais

deste tipo (IV-5]. destes processos o íon~ ...•

Eu'':'C'

excitado no nivel ~D~, decai atraves de um processo de cascata~

emitindo l.Jarlos f6nons.

Page 136: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

I:;

Aemissãoradiativadáprincipalmenteatravésdonivel...•

se D0"

As

transições5D-+7F.(j=5,G)

tambémnãoforam0 J

obseruadas nas nossas medidas de luminescência. Acreditamos

que isto se deva à baixa probabilidade destas transições. Em

cristal similar ao nosso~~

(YAI03:Eu· ...•[IV-6]), esta

característica destas transições foi observada atraués de

medidas das probabilidades de emissão do niuel para os

níveis 7F. (j=5,G).J

o diagrama da figura IV-16 mostra os níveis

7Fj (j=0,1,2,3,4) do íon Eu+3 em GdAI03 medidos através do

espectro de luminescência a 77 K do cristal. Nele estão

mostrados também os comprimentos de onda das transições entre

verificamos a abertura dos niveis ( j =0, 1 J 2, 3 J 4 )

os níveis

que

e 7F. (j=0,1,2,3,4).JObservando

.,·F.

J

o diagrama

está

de acordo com a teoria exposta anteriormente (cada nível do

íon liure abre-se em (2j + 1) níveis quando colocado dentro de

um cristal de simetria C ).s O número de níveis~

'F3 é menor do

que esperá,,'amos. A causa disto pode ser a baixa intensidade

das linhas de emissão levando ao não aparecimento

de uma das (2d + 1) linhas no espectro ou a baixa resolução do

monocromador usado na separação dos comprimentos de onda

emitidos.

121

Page 137: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Neste último caso, o monocromador usado seria incapaz de

resol~er duas linhas de emissão muito prôximas.

Finalmente queremos que, a medida de

luminescência à baixa temperatura roi bastante útil na

determinação dos ní~eis de energia Stark do íon, de~ido ao

alargamento por rônons destes ní~eis. Este alar~amento provoca

a superposição das linhas de emissão dificultando a medida de

energia dos níveis. Quando abaixamos a temperatura do cristal,

os n íve i s se e stre itam e as 1inha s de- em issão pró x ima s se

separam. Isto pode ser ~isto nas transições7

4 "F2 e

5D0 ~ 7F4: Esta separação das

dos níveis de energia do íon.

linhas permite a medida correta

Page 138: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

+!

iiIj

~l-Iu),z\I.UIt-.Z'l-li

•17300

5~ I 3

'\ç..I\,,'''' t:'-

1 1'~16850

I15950

300K

77K

Figura I'V-14

Espectro de Eluorescência das transições.,

.••• I F .J (j=0,1,2)

do íon _ +3t!.u em GdAI03 a77 K e 300 K excitados em uma banda

- Ilarga em torno de 24510 cm - {nível 5D ;.~} .

...•

Page 139: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

••I' 50 7_o-r-3\

>-1

~lz~I1-'<1

ãl

~I~l~I ~g~~ r .- • L J

I . n

~...:i . I~~ _ • ~_JJ _ ~ _ .15400 14900

(cJ ~

14400

(l,U VlL~(p.JJ

3COK

:- em'13900

~ \~

-

Figura IV-15

Espectro de tluorescÊ'ncia das transições a

77 K e 300 K e~ci~ados em uma banda larga em torno de

24510- I

...cm

124

(nível<:: .

...•D..,) .w

Page 140: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

7100

77K

3000

2500

-j'"~ 2000>­~a:UJzLU 1500

100

500

2559

dj=i9io-1952

:-t 18241859LI748 1809

-1270

r------I042 ....~:rlOI3 ~----973'-939

477---350'-276

o7ro L'FRE E ~'Õ~·--A'--R'-'y-s t-A-L--F l-EL-O-S-p-u-r-r-, NG O

Fiqura It}-16

Di a gr a ma de 1'1 í t.1 e i s d e e n e r g i a ti e a 1g uns n í l.J e i s do 101'1~ +3l:!.U

medidos a 77 R do espectro de luminescênciá. As posições dos

_Iníveis são dados em cm L e as transições entre eles em nm. Os

nít.1eis de energia da íon livre foram obtidos da referencia

[11-5].

125

Page 141: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

IV-3 ftedidas de excitação em~?.. ~

GdAI03 com ~on5 Eue

Er+3(não intencional)

o e spec tro de exc ita çã o fo i me d i do com a absorção do

cristal sendo monitorado pela emissão (em torno de

16260_ t

...cm 615 nm). Na determinação dos níveis de energia

(j=0,1,2) do, +3lon Eu , o espectro de excitação não trouxe

nenhuma informação nova (veja figura IV-17). Podemos notar

também que a resolução do espectro é pior do que a resolução

do espectro de absorção. Como exemplo disto podemos ver que as

linhas devido às transições? "~- ""F0 -t -D2 não foram reSOll.71das.

Para resol\1er estas linhas necessitaríamos usar um

monocromador de melhor resolução.

o espectro de excitação se torna vantajoso na

determinação dos niveis do lon E +:1u - na reqiao do ultra violeta

(energia acima-1

de 24000 cm ). Nesta região do espectro temos

uma forte absorção da rede do cristal que "mascara" a absorção

~~dos íons Eu·w• No espectro de absorção vemos uma banda intensa

que substitui as linhas do len E +~u - No espectro de excitaçao

esta banda não aparece pois neste tipo de medida, a absorção e

monitorada através da emissão do íon e quando a rede absorve,

nenhum sinal é detetado. Portanto nos espectros de excitação

nós conseguimos discernir as

absorção da rede.

1?~_b

linha s do lon da banda de

Page 142: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Nas figuras IV-iS e IV-19 isto pode ser uisto. Nela uemos as

linhas do íon E +:1u - sem a banda de absorçào da rede do cristal.

Os níveis de energia dor +3lon Eu , nesta faixa de energia, não

foram determinadas det.rido à complexidade do espectro nesta

região. Um outro fator que dificulta a medida e identificação

dos n í tle i s de energia do íon E +:1u - nesta reqião do espectro. e

a proximidade de n ll.7e 1 s do lon Er+3 Esta proximidade dos

ní~eis aumenta a probabilidade de ocorrência de processos de

transferência de energia dos íons+ 'l­

Er "" -t.•.'l

Eu''''', Neste caso,

íons+3

de Er absorvem, tranferem sua enerqia para os. +:1íons Eu -

nós detetamos a emissão deste último. Portanto nesta região do

espectro, 1inhas det.ridas à absorção do íon Er +3 podem estar

. d' 1 . d' E +3mIstura as as lnhas o lon u .

Processos de transferência de energia+:1. +:1

Er - ....,Eu - sao

vistos claramente na figura IV-l? e IV-i8. Nelas vemos linhas

na f"" d b .,. d r. 4c (E +3)alxa e a sorçao os nlvelS ....•3/2 r

~~ ~~indicando uma tranferência de energia Er'''''-t Eu'''''e posterior

emissão 50'07

-t "Fr; Ldo Transferência de energia

~d + 3 -t - +3u .l:!.U pode ser t.1Í 5 t o na figura IV-20. Nesta figura

<3.ssinalamos os nÍt.reis que correspondem à a.bsorção do Gd'''''e

.•. r;

posterior tranferência do íon Eu'''''

Ir;..,.•.LI

Page 143: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

o estudo dos níveis+3

do Gd em Gd~103'através de absorção de

um e dois fótons foi feito recentemente em nosso grupo

[11-13]. Na figura IV-21 mostramos um diagrama com os nlt.1el~

de energia mencionados acima.

Finalmente vamos comentar a respeito de uma banda larga

- 1 _ .~.1ista na figura 1V-20 e torno de 40400 cm - l~ 247 nm}. Esta

banda é devida a processos de tranferência de carga no

cristal. Estes processos, em cristais iônicos, correspondem a

transferência de elétrons entre átomos vizinhos. No caso de

cristais iônicos com terras raras com~impurezasl a transição e

interna, entre as configurações 4f e 5ã (lir -t 5d). Estes

processos internos interconfiguracionais são chamados "proto

charge transfers", isto é, processos de quase transferênciê

carga pois o orbital superior Sd é muito menos localizado qUé

o orbital 4f. o orbital Sã está parcialmente nos átomos

~_1 i z i nho s • teoria destes processos pode ser ~lista na

referência [11-2, página 401 a LU8). Um artigo recente [IV-a]

discute espectros de excitação de transferência de carga de

vários íons trivalentes terras raras em cristais de BaFCl.

128

Page 144: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

I ~I l!I !;

I1\ i'~ i• , , I\ I . I •• I, \~ ~ .~ .•.. /

,J .". \ ••.-I ~ "",,,

II I

:j:~;I(J) I

Z!

l.l.J

i II l- I

liz

"

i-- ----

•Ii

III

I +3 7 5 7:; +3" " +3(Eu) F~t ~-D1(Eu) II5l2F;I2(Er)

~ I

§\l.l.J Ic:: I

!l.l.J:::l<tCl

~9000 16300 17250 16700

Figura IV-17

Espectro de excitaçâo do cristal+~ +::l

GdAI03 com Eu - e Er - {não

intencional) como impureza à temperatura ambiente {300 Kj.

espectro foi monitorado da emissão

16260- f

c"m •. 615 nm) do-L':>

íon Eu''-'.

129

Page 145: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

300K

I:

~ ' 11'

~ 4 4 .3) 1:1

..J I-F3/2 (Er Iillw 15/2 "

(%: I\j IUJ I I!~!Cl .1:

~ , li!- I,li) I i I..". I I I

e I I 1i .,"\ ••

,.; "V'Z ~~ .•--...., "'-, '"'- ••.~ __ .. _

Il

22750 21800 20800 20000

Fiqara IV-Ia

~spectro de excitaçao do cristal+:1

com Eu - e Er+3 (não

intencional) como impureza à temperatura ambiente o

espectro foi monitorado atral,rés da emissão -t "F2

(= 16260<

_ 1.•.em 615 nm) do

•••'1

íon Eu'''''

130

Page 146: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

300K

t

I

I I I~ I ' t!I' 1\ :.; 'I"' i ;'11 I!i I I ; ;: I,. i :

'" I! , , '111' i,....,, i ! i I!, 1\: " ,I :! i;;'i 'il!1I 'V: f W~l~ i'" I I i i I I >Â 'V.' . I \ .;;; I I 'I \ rvJ' -v: \'\/ \. "'~:5 I I ' \....J • ""-.I~ i ~z l-------I

i

28550 26650 25000

Fiqura IV-19

23650

Espectro de excitaçao do cristal+~ +~

GdQI03 com Eu - e Er -

(não., • 'li ••

ln-renclOna.l.} como 1mpt.H~e za a temperatura ambiente

(300 K). o espectro foi monitorado a t rat.lé s da emissão

(= 16260-1

cm 615 nm) do

131

íon +3Eu

Page 147: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

e centros F _8S .•..,-6 p. (ja3/2,5/2,7/2)(G.j+~)

". J

40000 - -'\.-.--.j·~'.::.:';0 ~ """':~ -'."~_"v...,'.-·.,J

300K

3<3300322503450037000

j

\....

I

40000

4

I

J~I<tI-J:LLJI

a:i

LLJ

::::<to~tnZI.LJ

~Z-

FiQura.

a )Esoectr-"(} excitaçao de cr·istal Eu+3 Er-+3

{nào intencional} come lmpUreZ2. tempEratul~a ambientE

ITIO n i t o i~a d c. d2 en1l s·;.ao

'FL

~ c.. =-1 C. .~-,..: U L!....~ '-;.../

tI! ESOE-ctr'D de e}~CiLacào df:J cri5tal Gc1fl1C'._. pt.lro corfi cer!trc. i"

'300 li}, monitorado a~ra~Je~ da effi155éo d~ banda em 550 nm.

~ ~ r-I';'o.i"::'

Page 148: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

40

; ZP.- 312

30 =

20- õEu.., O->0-co-lDc: 10l&J

o

---5_03

--- .41912

-41111Z

__ 4T-ISl2

Er3+

Figura IV-21

Diagrama mostrando 05 ni ~.1ei 5 dos íons ~ +~~u - Gd+3 e ...._._+3""'.

envoluidos no espectro de excitação .

133

Page 149: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

IV-4 Espectroscouia -CAnS-

benzeno«:6t!5i

e uma organlca e posst.n. '!;.1ários

1.r ibrac i orla i s nC:\. r-egrao i nf ra ~.7erme1ho- I

(979 em .•

983 -1em 992

-1crn 998

-1em 1005 -.1. -em ) Ele tem sido nlt.! i to

estud2<.cto através de várias técnicas espectrosc6pieas Raman

coerente [11-17] devido ao forte sinal que produz. a primeira

medida de seu modo rna 1 :. intenso !C;Q2\ -- - cm-1 foi feita. e 11': 1965

[III-iI]. Na 'T TT _ -, '1~ ---/ .:L 4 rno 5 t r a iJ'lO ~. dos

v i b r a c i o n a i S "iiled i d o P o :.-. TI6 s a t r a u é s d a e s pe c t i~ o 5 C o P i a ..C fi R S ..•

Os modos satêlites de menor intensidade sC'.o ~.7istos no

espectro. relaçâo en"tre as intensidades dos pICOS nao

corres?onde a real idade del.Tido ac fato da fotolTlul t ipl icadora

ter sido saturada para a deteçâo dos modos satélites.

fl.pó s a 'med i da de ..Cfl.RS" no benzeno, te n t a mos med i r o 5

nÍl.1eis ele-rrônicos do íon em GdfdO"o...,

o método

ean:.iste e1Ti o sinal d3 emissão Raman do benzeno,

rEe 1 í10r-ar- o ~.1isando l.l rfi aumento deste sinal e

depois, substituir CUDeta de benzeno pelo ...crlsta.i. Feito

p r o c t.t r a 1110 S onte::- a emlssac an-c i-StQke~- coerente do

~.12rlan(1o de Gnd3. d e c i:'. s a me TI t o

de Um sinal fOI detetado rnea. 1 aa s

preliminares foram feitas (figura IV-24)

Page 150: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

() maior prob leme<. para med i d2. do+':!

GdHIO~:E'li '"'.''"'a

m~ qualidade da amos~raJ o que provoca o espalhamentc de luz

.11. ••. ,lo. ••• i na fp feixe anti-Stokes ge~aoG.

Embora feixe an1Ct 5 t ra en1 diferente de

mui t;:.. lt.tZ jogadi:<. 6.entr·o

fotomultiplicadora. C a mo o 5 i n 1:<. 1 de f"requência e

muito fraco, a vol~agem da fo~omultiplicadora é aumentada para

,.. ...•. -=. L\~ isto G dE' W1

e

sendo inefica= a filtragem de frequéncia feita pelo fil~ro de

interfer~ncia e o monocromador.

Hpe::;ar disso "'. mIstura de oneias pôde ser oDsert.1ada no

nos 5 o c r i s tal e meti i das dos i na 1 g e r a do e s t à o s e n do f e i tas

visando a conclusào do estudo.

14a f i g 'li r a (I V - 2 3) mo S t r a mos a ,:. n.e ti i das de" Cti RS .. f e i tos

na calcita" Este e U1T; resultado bastante coni1ecido na

1i t e 1""' a t t.'tl'"' -=" e interessante notar s i 'rne t r i .:..de. medida de

.2

de~.ri do a contribuiçào do

Page 151: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

"~

-.

~

~

--:; t.:SP~ '-"

~~

~:;Í'

--i:1 ~:i~3-,

::>

i:f:t:f: f--!: f--i ~~.).C"-r-

! ~-2- ~ ~I ~

.:s;.

~

--i

;

-i

::z.- ..•

..-·

.......

1

......-i

t

.•.•....

f ~<:

• ! -•• F""

~

__ o,~-!

~~-;;c~...,..I

~• i ~~

,~

J.

~-,~

to::a

Ê

ey."

I_ f

-:J- .-.H- .::I::§~..•~~3 ~=i ~

~.

-~~ ..

~~

~

~

. .---.~

.-. .....•.•_ ...--';..~

.-

.-

Ev'"N...4

-=-!•..••.......i-li •...••~-i=>f

-... ..~

iif

-~

~~.~1--....--===O:-'ii.~~~~~~...,...

\t:.

Ü...

••

Fiqura I'}-22

.•.•••..•...•,....:i_.HH.•'l.. ...U 't}ibi....aclonal

técY'".1ica "CfiES"

3..36

Page 152: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

­Ilt~-­•..•..-

...•....---í-....-

~f:.­-­~-~

..-­-0"""~...-t

.~--

o"

--

-"

.-

---.

Fi~i'l 1{]-23

--

~-: ~:---:..-~~-r~ ..•.--.'.• .-..- •• --=__ o.-. .. .•....•~lI"~

""--

Espectro dc~ rno d c~ ~}i b r a c i o 11 a 1 l.....t i!! da ~ -. 1._ .; + ....•.'--~ • .J. L..- .:... !.. ~ obtido

POí-' no s .

Page 153: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

~.,..,~ ...,""~7·~--=at; ..

~~,,~f:--'"~~l

.~:.o~.- ;0..~.~

.... -.~~,;-­...-----;z:...:~'J'~~~!,:-=-5

~~~~'-}~

---::;;;0~

-­'-;-,.....:.t" .••.~ .•.

~

Figura IV-24

-­""-=~~:

::;:::t~"'<- •••••••• --­.~,;-

Espectro "eBES" 112 U"' ••••.• _ 'I .-

.l.t. ~ ".~ '=' ~ =

1:38

Page 154: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

C.QP1TULO V

CONCLUSÃO E SUGESTAO PARQ TRaBfiLHOS FUTUROS

Neste trabalho estudamos as transiçoes eletrônicas entre

"os T!1't.7eis tFwi,i=0~1;;2i3.4)'1 •. - .• .;. -

'.1

~ - ,

e -r~.:\j=0!1;2;3j.j

de:.J. ~,

iOTI Eu'""' em

matriz de r,d l:J 1{'\'1o.?I ••• .& ••••·3' atrat.lés das técnicas. de absorção o":.lca,

luminescincia e eHci~açio. Estes espectros sio coerentes com a

aberttrra eletrônicos ..LU.!! i ; .•.•_ •..•...I. ~ •••r.l '= pelo

c r i s tal i TI o ti e s i met r i a Cs Nos e,spectros '.7e::-if icamos que a.

degenerescencia ( 2 j + 1) de cada ni ~.le1 J do ion 1 i ~."re e

t o tal men i: e 1e l.r a n t a ti a . li t r a vé ~, do e s p e c t r o de a b s or 9 à c! Ó 1: i c a

medimos as energias dos ní l.72 i s eletrônicos"J

'!:" {i _rh tJ. i" ....·-Y.Jf.J."

e

<:;

""'n !" "" ! ..,'- ." J='!l.r; -:: ~} ~J • ". 'os C o n)p r· i me ntos de onda para as tr'ansiçôes

7 T:" I i-;''' t \4. 1\'1_.-'U,.i.;

\>

fracas

ondade

transições

compY' i men tose os

-t "'Dr;..L

...,'-J:< 1

E

tranSlçoesda:nyaio::-"iada

apenas identificada: no espectl'Oa

Usando 1"t1=' ~poiaT'izada nestes E':.pect!"QS, COYlf ir1T!a111o::·

irredutí~.72i~3(H~ e g~

- ,Ht~aT.1es n~~. T4::loc:.------- eS02c-::ros

-....•.,.... ,_V"l.,....,- ••....V"'I.- ....•.......•...:...-...:. ,=:....r.i -= =- -= l~ !.. .c\ !..p -;:\ w- ' i~.ad2.

de~ermiD3mos 2 na~UTe=a dipoia~ das ~ra~siç6es. A compreensác

c:lara 1T:ed ida s ...• '- '= .- .

ri'O~ ".....;

!'1Ci.1.. __ " .•••.

Page 155: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

identificação desta impureza, comportamento do

espectro baixa tei"ilperatura e G numero de linhas bew; ma 1o,-~

que o pre~JISlO pela teoria de grupo pôde ser explicado.

A~ medida.s de luminescência foram Úteis na determinação

dos niveis de energia na região de infravermelho rio espectro.

Os niveis (medidos por Bagnato ot.ltro:- [III-5] e

níveis 7 tO. ~ ". \F " ~J = ... , "- ;J (ainda desconhecidos) foram medidos

atralJés desta .' "tecnlca. ~ abertura deste'~ coerente com

s i rfre t r i a C es

iden1:ific2t.do.

apenas Ui"il dos sete níveis Stark nâo foi

Os comprImentos de onda das transições

:JD -+o~'Fj{j=0,1,2,3,4)u

também E"oram determinados. Decaimento

~

nia radioativo entre os niveis ~D3'observado

na 1 iteratur?-. r T''}-3]l .•. Jtambém foi llistc nas medidas de

luminescência.

As medid.as de excitaçâo mostraram ExistênciCi. de

de de energ i -~_ ion~-

+.1 +:1--7 Eu - e Gd - --f Eu +3 h tecnl~3 rnc s t r c; l.~- SE ta mbé! m

par'a eS1:1JOC de eletrôr~icos na reqiac: de

t.~1 t r· a. ~_T i o .l e t 3. {''ir. E3"iJEctro" }~e 5 t a r-egiàD eSDectral

ab SCrrl.1e ~ to";.-·üando 60= e le-c"['or""1ic~i~-

da.,-. '0 _

1 C. 11 1:. "li a 1:: r a ~.rE =" nle d i d a 'E. d E

1.40

Page 156: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

&léFr das medidas Cou'l,.1enc i oua i s de espectroseopia no~-

ta mb e rI, c o me Ç; a mo s me d i r- 0:- n i ~.7e i s.,'F~ atrave-s da

.i.tecnicC', dE?

espectr-oscopia nào linear "CAR5" Embora este estudo nào tenha

- ' . dSIdo conCl.Ul~O~ as medidas preliminares. mo s trall1 'l,1iabilidade

da tecnici:<. pB.ra estudar· ressonâncias na regiáo de<

do lon ..-. + 3 "..., '" 1 .•....,

.l:!.U eIn '..JdH;"'"'3

Para finalizar este capitulo vamos sugerir um trabalho futuro:

-E=.tt.~dc do=- prOCESSOS

+~r-' -\.lU.....••. .L r:.., Eu'-.!

..L -J

e Er''-' o estud.o da tranferêneia de energia

ent~"'e E.-- +3 Eu+3 p a r t i eu 1a r me n t e interessante i? C

fato da coneen'traçao de ser bem menor que a concentraçao

de+'"'

Eu ,;) Portanto, excitando um ní'l,'el do Er+3 próximo

{ ;; 10Q·_ I

.•. ,em } de Dutr'o ní'ln?l do

.L'")

E .~.-u medindo a emissão de um

nít.7el de energia inf"er ior do Er +3 em funçào do tempo I nos

podemo ,:. usar modelos teorlCOS {modelos, de Inolu.Jt i -Hir'ayam,

fTJ-t1~. - j e Dornauf-Heber r V - 2 1 'i P ar a e}{p 1 i c a j:~ D e o 111P D r t a ,-'l ~ I •

u fato da eOTlcentraça<.: coao.or·

ser bem menor que a concentraçao do aceitador......+ 3·,

( " 'I ! Cl-~ 1-

impor~an~e p~is garante a exis~ência de apenas a transferência

doador!?:::. .

nao a ...?­:_\ '= e :C.i t l-' E

Page 157: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Os modelos teóricos citados pressupõem isto. Nesta linha,

O'·erla interessante estudar estes processos de tranferência à

temperaturas maiores e menores que a temperatura de transiçio

'. ~ ... d . t 1 f~ 9 U) f' f" ~ " fI o~,antl-terromagnetlca LO 01'15 d& ~~ •. li • \V2Ja re erencla ~ -oJl

142

Page 158: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

ABSORPTION ANO LUMINESCENCE SPECTROSCOPY OF GdA10 :Eu+33

S.J.N. de Pádua, L.A.O. Nunes and Jarbas C. Castro

Instituto de Física e Química de são Carlos, Universidade de são

Paulo, P.O. Box 369, Sãq Carlas, SP, 1356~, Brasil

ABSTRACT

Absorption and fluorescence spectra df the Eu+3 ion inI

GdAI03 in the visible region are presented

the 7FJ(J = 0,1,2 and 4) and 5DJo(J = O to

inthis paper. AlI of

•2) energy levels from

the _ ion were measured and it wa~ verified that the spIitting ofI

the energy levels is according to the site symmetry: Polarized

absorption techniques are used to check the nature of the- dipole

transitions and to determine the characters of the 7F ;O

7F and1

5DJ (J = O to 2) energy levels.

INTRODUCTION

Pure and doped crystals of GdAIO have been ext~nsiveIy3

studied by several authors by means of different techniques.

Doped crystals with ions of the i~0n group [1,~ and trivalent

rare-earth impurities [3,4,5J were studied by means af

spectroscopic techniques seeking the knowledge of its energy

Ievels, its optical properties as Iaser material and its magnetic

behaviour. Gadolinium ortho-aluminate beIongs to the family af

rare-earth aluminium oxides which crystallize in a slightly

distorted ortorhombic perovskite structure (Pbnm - D~~) [6,~,

~ .·-1 '''1.ã.~"'"

Page 159: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Its structurecanberegarded 'as aperfectcubewítheight

distorted

octaedraofoXlgenin each vertex andaGd+310n

displaceu

slightlywithinthe x - y plane1nthecenter.'l'he

orthorhombic

latticeparameters are a =5.251°A,b =5.301°A,

c =7 • 444 AO •

When GdAI03 is doped with arare-earth10n,this

last one

replacesthe Gd+3 ion whose sitesymetrY'is C .s

Tn

this work westudied GdAI03 crystals doped with Eu+3by

using spectroscopy techniques of luminescence and absorption.

Tn

a previous paper Bagnato et al LsJ investigated infrared

electronic transitions of this compound and determined the energy

into the GdAl03 phonon-absor~tion band (below.-- 1000 cm-1).

theirlevels were not measured because frequencies

of theEnergylevels from the Eu+3 ion.= 3 to 6)of the 7pJ(J7 7P1 and P2

fell

By Llo:::ingthe techniques of luminescence and absorption it was

possible to measure the energy of the levels referred above as

well as the energy and the characters of the levels in the

visible regian (5DO' 5D1 and 5D2).

~XPfmIMEN'l'l\L

Cube shaped crystals up to 6 mm size Eu+3- doped GdAIO were3

grown Erom high t'_'lllperatul<"solutions usiw:1 PbO, PbF,2' °2°3, V20S

alld small excess Al,203 as solvent [9,10J. The ternperature of

solutions was changed Erom 1300°C to 950°C with a cooling rate oE

O, 3° h - ~

Polar;zed élbsorption spectra wer2 ()btain,~Jwith a Célry 17

spectrophotometer (spectral bandwith -0,05 nm) provided with

Glan-Thompson-type calcite polarizers.

The fluorescence spectrum was recorded by a 0,5 m Jarrel-Ash

grilting monocromator 10,7 W-blaze) equipped with a R-910

Page 160: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Hamamatsu photomultiplier eonneeted" to a PAR-128A loek-in

lamp and excitation was seleeted by a 25 em n.ôuseh-Lomb

llIonocrornator. 'I'he 1TI.~ac;urt~mpl1tsõt liqllid-l1itrog~:'nwere earried

out 111 a ,J\lnlS 6()'f' tk·wflr.

RESULTS

Figures 1,I

2 and 3 show the unpolarized dptieal absorption

speetra of GdAI03:EU+3 at two different temperatures. AlI

tra~sitions between the Stark leveis 7po 4 500' 501' 502;

the

501' 502 of the Eu+3 ion were observed and treir number lS

in agreement with what we should expeet from the site symmetry.

Very weak lines Erom the 7P2 4 50J (J = O, 1, 2) transitions wcre

seen in the room temperature absorption speetra, too. The weak

intensity of these lines are eaused by the low thermal

population of the 7P2 state (~ 1000 em-1).When we eooled the

sample the thermal population of this state and of the 7F1 state

deereased strongly. This effeet ean be eonfirmed in the figures

1, 2 and 3 where the absorption lines from the 7F~.4 50J (J = O,

1, 2) transltions beeame very weak at

transitions,1 )Ii

IErom the 7F i

disapeared eompletely and the

..• 50 (J = O,J

absorption lines

77 K. The other lines that appeared in the figure are due to

unintentional Er+3 impurities. We checked it using the values of

E?nergy levels of GdAI03:Er+3 [11J and eomparing them with our

i'Jbsorption (lne] lUlIlll1Csr:cnccspcctra.

Figure 4 shows the TI, a and a polarized absorption spectra

of the7F ..•50 (J = O to 2) and 7F,O J 5 .. h

00 transltlons. T e W

and a. 4

spectra are taken wlth the wave vector K parallel to x-y

~lane and the electric Eield of the llght beam parallel (for TI)

Page 161: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

and perpendicular (for cr) to the~z-axis of the crystal. a spectra

~are taken with the wave vector K parallel to the z-axis and the

electric field of the light beam parallel to the x-y plane. The

characters of the lines can be g'ot from these experimental data

by examining the selection rules given by group theory [12J. The

selection rules for C symetry are the same for ~lectric dipole5

(~j = 2, 4, 6) and mãgnetic dipole (~j = O, ±1; with O ~ O

forbidden) transitions for TI and (J polarizations: only AI+-+- Ali

transitions are allowed for TI polarization while A'~ Ali and Ali

+-+-A" transitions are allowed for (J polarization. a polarization

haa different selection rules for magnetic and electric dipole

transitions: A'+-+- A' and A"~ Ali transitions are allowed for

•electric dipole while only A'~ A" transitions are allowed for

magnetic dipole. 'l'h(~chari'lct.ersof tll8 7F"5 501 nnd 02 levels

were obtained by USillg the experimental data and the selection

rules. The 7FO and 500 levels are transfarmed according to the AI

representation.

nature af Lhe tlê1lJsít-IOIU:I, ...:omp<u-ing tlJerr, (! and <X ':Ipectra. The

1.111' 111\ I5 7

~ () d 11d [.1O 11

r i\ li S i. t i o n sI

are the same in lT and a polarizaticns but they are different

Erom the a polnrization. Thi s behauvior i/ldica tes the ir

magnetic dipole nature. The electric dipole nature for the 7FOc

- )02 transition can be canfirmed by the similarity between the

patterns af the a and a spectra and the difference bet~2en these

~nd the lT spectra.

Fluorescenee spectra of the (J = o to 4)

transit~ons are shown in figures 5 and 6. A broad band excitation

5 -1 5 -Iaround the 02 (21410 em ) and D] (24510 em ) levels was used

to excite the ion. Tt is interesting to note that on exeiting the

L46

Page 162: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

ions in these levels, a strong fluorescence from the 50O

leveI was observed. Wc did not find any comparable Eluorescence

5 "5 5Erom lhe [)I' f)2 nnd D J 1evels.

Anothpr conllm:nt tlli'lt" can be done 1s in relation to the

number ot 1in e s o f e a c li t r i:1 n s i t io n fi e e n i n t 11e s pe c t ra • T he

number or lines seen for the 5DO ~ 7FJ (J = O, I , 2 a nd 4 )

transitions is in agreement with the C symetry of thes. I

field. On the other hand, the number of lines ~een in the

crystal

51)O

~3 weak transitions is smaller than the number of lines expected

and no 500 ~ 7pJ (J = 5, 6) transitions could be observed.

The experimental data are sumarized in figures 7 and 8 which

give the energy of alI levels observed in this work, the

wavelenghts of the transitions,

leve-ls.

. "

and the characters of some

CONCLUSION

The absorption and fluorescence techniques were used to

identify the absorption and luminescence lines of the Eu+3 ion as

well astodetermineitsenergylevels.l\lmostalIofthe

transitions

inthe visibleregionoftheion wereseeninthe

spectra

andthesplitting ofenergylevelsverificdisaccording

to

theCsymetry exceptthe7pleveI.Polarizedabsorptions 3

techniques

providedtheidentificationofthe:i..rreducibIe

representation of" the levels and were useful to check the natuie

~E the dipole transitions.

A Eurther interesting work that can be done in this crystal

is the study af energy transfer mechanism be+:ween the

.. 1 +-l 1 h +3.untntentlonn E1'" ,lnc t e Eu lan.

Page 163: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

ACKNOWLEDGEMENT

This work has been supported by CNPq, FAPESP and FINEP. We

are grateful to Or. José Pedro Andreeta for growing the

GdAIO :Eu+3 crystal used in this work.3

Page 164: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

Hli:J.o~ERE:NCES

b J M.A. Aegerter, H.C. Basso and H.J. Scheel, p. 383-390, Proc.

Intern. ConE. on Lasers'BO.

[2 J V. A • An to n o v a ncl P. A • Ar se n e v , Ph Ys • S ta t . Sol. ( a) 2 O,

(1973), k 157.

L3J P.A. Arsenev, D. W. Hassan and M.V. Chukichev, Phys. Stat.

ISol. (o) 28 (1975) K 111 (and references therein (I) to (5).

L4J J. Fava, G. Le FIem, J.C. Bourcet and F. Gaume-Mahn, Mat.

Res. BulI. 11 (1976), 1.

L5l J.F.B. Hawkes and M.J.M. Leask, J. Phys. -C 5 (1972), 1705.

L6J S. GeIler, J. Chem Phys. 24 (1955),1236.

L7J S. GeIIer and V.B. Bala, Acta CrystaIIogr. 9 tI956), 563 and

~ (1956) 1019.

L8J V.S. Bagnato, L.A.O. Nunes, S.C. ZiIio, H.J. Scheel and J.C.

Castrà, Solid State Commun. 49 (1984) 27.

L9J H.J.Scheel andE.O.SchuIz-Dubois,J .Cryst.Growth8

(1971),' 304. l10J

H.J.Scheel, J. Cryst. Growth13/14(1972),560.-----[1 d P.A.Arsenevnnd K.E.Bienert,Phys.Stat.Sol.(a )10

(1972), K85.

L12J M. Hamermesh, Grnup theory anel its npplication to pl1ysical

problems (Addison-Wesl.ey, Reading - Massachussets, 1964, p.

162-178) .

L 1 3J G . S. O fel t, J. Ch em. 3 8 (1 9 6 3) 2 17 1 .

149

Page 165: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

FIGURES'CAPTIONS

Fig. 1 - Absorption spectra of Eu+3 ions in GdAl03 crystals at 77

K and 300 K associated with the 7FJ (J = O, 1, 2)~ 5DO

transitions.

Fig. 2 - Absorptíon spectra of Eu+3 íons ín GdA103 crystals at 77

K and 300 K associated with the'7FJ (J = O, 1, 2) ~ 501

transitions. The other lines that appeared in the

spectra are due to unintentional Er+3 impurities.

Fig. 3 - Absorption sppctra of Eu+3 ions in GdAl03 crystals at 77

K and 300 K associated with the 7FJ (J':' O, 1, 2)~ 5D2

transttions. The other lines that appeared in the

spectra are due to unintentional 8r+3 impurities.

Fig. 4 - Comp~rison of the TI, a and a polarizations in the

..'tb~i<H(Jtion ~pectrtlln aE GclJ\I03:I~u+3 at 300 K.

r~...,Eu+3Fig.

C'-'Uu•J l"(.)

=\I ,I ,2 )l' IUOI"'>:'h:t'ljCI'!spH\:Lri1llfin.J .J

GdAI03

at77Kand300KexcLted wit.habroad-band

excitation around 24510 cm-1•

5 7 (- +3Fig. 6 - DO ~ FJ,d~' 4) fluorescence spectra of Eu ~n GdAI03

at 77 K and 300 K excited with a broad-band excitation

ê1round 24510- 1

em

Page 166: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

E:u+3 íon measLlrud éÜ 300 K Erom OUf ll11pol1'\rized and

polarized ahsarption spectra. ~he positions af the

levels are given -in cn,.-land the transitions betwcen

them in nm. The transitions that don't

appealed in the diagram were not seen in the spectra.

The Eu+3 free ion energy levels were obtained Erom the

re ference [13J .

Fig. 8 - Energy-level diagram of some levels oE Eu+3 ion ín

measured at 77 K Eram our Eluorescence spectra.

The posítions of the levels are given in cm-1 and the

transitions between them ín nm. The Eu+3 ~ree íon energy

levels were obtained from the reference [13J.

Page 167: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

RELATIVE ABSORPTION INTENSITY

<:-{, '-

""lI

I\)()1o

~t \ 7>--rt""

l~o

G')

O-VI~00O(,JI" ..l"T1c:+(,JI

~t t 1~

:"'01

N1otõ~f

t ~....•l8t

o,_0

00+

Í\-~.. ---,-\.}

~~ " -

•w U1o

N~U1oN~U1o

(')

3.!..

Page 168: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

RELATIVE ABSORPTION INTENSITY

-..jI\)U1o

--..jooo

ãi-..j .•.

(}lo

(j)U1oo

().IooA

G)c.J>-O

()I

rT1c+VoI

-

(j)I\)

Ulloo 3.1.

153

Page 169: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

7~ ?O, (El?)

_('32Cl -r'\dv.-;~, SJ n/ . ..Rt rJ

GdAI03; ElP>-­'.f)zu.J

':!'Ir"!•••·,,1

7~-2D,fEl?)

300K

4{ 4 +315/2 -S3/2(Er)I~

7F,--20,(E~3)

\ 1111i ~ti.~

H (+311/2 Er )

UrvW'w

115/2

Z'-I

Z':J-,.,•.....o::::::>

:...,:::l<:!

w>HI­<t-'u.Ja:

19250 18750 18250

Page 170: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

fI:' :-:,

1'.:- >_ C;

,4.

7. 5 "'3~-D2(EU)

GdAI03:E~3

>­t­HcnZwI­ZH

4 4 +3115/2"FS/2 (Er )

~

I

U)lfl.••.·1

77K

300K

'~

71 ~F (E?)1512 7/2

7~-2D2 (E(j3)

-I! I ; em •.

2~50 20750 202S02175022250

LU>H~...JWr.t:

zO-l-a.a::Ocnm«

Page 171: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

O')~oo

U1w­U1o

o3.,!..

~_:.-:=_~~~_~- .. t

( .~ ;..::.~::.::;..:-:...-;-:_C=:~\­.~

().IooÃ

,\'

t.

Page 172: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

U1~oo

~(,!)oo

RELA TIVE EMI5SION INTENSITY

~~­

Oo

VI!..D­oo

-'

VIoo:A

(j)O­l>

{J4o

Page 173: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

~,

fiI

J

!..j

trGt~Uc::;;~~~~<.OVI I\)U1U1U1 1\)0<.0

í>.~~$.~-~--~

--1---

-

~lli'

11)

__ o

111

~l~QjOO(X)<.0<.0<.0

~m<.Ocn-VI~~~.....;---.....::;

--

~

1-...IN

467.0­466.2-

47:i3-1=472.3--475.3-

-474.0-I 473.7

476.8-

'-I)

467.41-----l-4668

46®473.3472.3

~. 474.9, -473.7

477.7-

476.S-lr~L,<.O <.O

~ ~oa N

0J ~Vil oa ~-..J m /'~ ~,/1

' , ~ ..

'I ,

, - 581D59Q5-=

H=!593.7597.5''6141'615.8­527.8-"'· -527.4

526.5- --535.8-,~=-535.3- -534.4-1~-537.9 -537.5

~-536.6- -541:4 __ .f--- 541.0 J<4qg]=-555.0S56J:l

ê

- II I INVI ~

~U1 ~mVl rn---~~ :l>:-.,;--- ---

o""""

iO

ENERGY (eml)- Nrn o ~ ~ No o o O' oo o o o o o

I I I {t I ~(I (( I ••.

I -""" I r:f ãil_OUl ~Lb',~ tn

VI OOOÃ

-l>_

o'z

~~-;zG)

():o-<(f)-;1>r"rnro1-.'-

UIr.o

Page 174: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

'I L\ r.-A I_ ')(, I r r Ú-Í._

-17194

~í910 1952_,]"8241859"1-1-7481809

~30943177'-30343066

~.r28222853--""27702808

2559

-I

rTT.v

<Drt') mmoo

~dv <D <D I"- l"-

Vt()

t() rt') "'-\rt')Ico o;t<D

<D<D ~Irr--: r-.:1. '

I

I I<nmmort')

<D <D <D 11"- ~~__ .I I

I I I I

, ,

..;.- _., , ,

I /I11111 I

-.

-r-H'

,I

I

J li!!.

I

II i'

,

11

- ..

I

II,

o N qQd-.\Lill1

tOt()N

coN t()t()

<D

W<D<D<DrIIIII- I I I

+R=:I -

~rlín '-

..----I.Q

I'-;t()-rt') r.D m'tO

mt()

t{)U5U5

I J II I.

7F3 _--____ 4•••••·_ - -

1888'~~~~

77K

7~ <;:~W-W~---~:~:1042'--r"-------t..939 973

~~mO')l{)l{)

7F . _ I'TL_- .. ---.--- -._----------·--477-,--- .... ::. I1 L -"-0374 'o: -Tf .-.------------.--.------.,):,)--------------------------'-276

7~_u J-----------oFREE ION CRYSTAL FIELD SPLlTTING

2500

500-

100

o

7/00-

3000

-'52000->­(.!)a:w-zw 1500

Page 175: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

REFERtNCIAS I

[I-1J - P. fi. Hrsenel.7 e H.E. Bienert, Phys. Stat. Sol. (a)

13, &125(1972).

fI-21 - P . .A. Arsenev e lL E. Bienert, Phys. Stat. Sol. (a) 9,

K53(1972).

fl-31 - P. fi. Ar Senel.7 e K. Bienert '. Phys. Stat. Sol. ( a)

13, K129{ 1972).

fT_ill _ 1).L ":a I .~• C. Ohlman, BulI. Am. Phys. Soe . 9 (1954) 281.

r 1 - 51 - R. Maz eIs k y , W• E • Kr a mer e R • H • Ho Pk i n 5 , J. Cr y s t .

fl-61 Y. firai, M. Satou e K. Tsushima, J. Cryst. Growth 36

(19?6), 358.

fI-?l - S. Quézel, TÚ • Rossat-Mignod e F. Tchéou, Solid State

c o mmu n • 42, n Q 2 (1 9 82 ), 103 .

fl-81 - Y. Salem, M. F. Joubert, C. Linares e B. Jacquier, J.

of Lum. 40 e 41 (1988) 694.

ri-ql'I - -.

Optics

T . Ca t 1..lD da, .J. P • An d r e e t a e J. C • Ca 5 t r a , fi p p 1 •

( 1986) .

f1-1@1

i 85.

T. Catunda e J. C. Castro, Opto Cafim. 63(3) (19B?'!, I

· . irl-~~ .,.- !J. Fava, Le Fien1, J . Bourcet e F. Gaume-mahn,

,..~ ~ .•• "O ~ _ B" T.) 1 ~,{ , Q 7 <:: i i•.• t::\ to,. .;,;a t= J ••••• " .- 4 • .;...L ~ J..". '...I / , ..•••

Page 176: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

REFEB~NCI.aS 11

flI-l1 - B. Di Bartolo, em Lumineseenee of inorganics solids,

B. Di Bartolo (Plenurn Press - New York, 1977) - Páginas 15-65.

f11-21 B. Di Barto 10, em Opt i e i\! propert ies af ions in

salids, B. Di Bartolo (Plenum Press 1972)

Páginas 15-62.

fII-31 William Chang S. C. , em Principies of quantum

electronics (flddison-Uesley, Reading-Massachussets,

Capitulos 2 e 4.

1969)

f!I-41 - G. H.Dieke - Speetra and energy levels Ot r2~e earth

lons in crystals (Interscience Publishers - Hew York, 1968)

Capitulos 1, 2 e 3

rII-51 G. S. Ofelt, J. Chem. 38 (1963) 2171.

rII-til - F. A. Cotton, Chemical applications of group theory

(Interscience Publishers - New York, 1953) - Capítulo 5

f11-71 M.Hamermesh, Group theory and its applieation to

physical problems {fiddison-i-lesley, Reading-Massachussets,

1964\. Capitulo 5.I • -

f1I-81 C .. J. Bradley e H. P. Cracknell, The mathematical

theory oE symmetry in solids (Claredan Press - Oxford, 1972),

Páginas 71-74.

152

Page 177: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

[11-91 M. Tinkan, Gl'OUP theory and quantun mechanics {MC

Graw-Hill, New York, 1964} Páginas 139-140.

[11-101 - w. G. Fateley, F. R. Dollish, N. T. ~cDe~itt e F. F.

Bentley, Infrared and Raman selection rules for molecular and

lattice l.7ibrations:the correlation method {Uiley

Interscience - New York,1972}, Página 182.

r __ 111 ~ ~ '1 .• - B' r:. t ~ t 9 '19-~} 1~'9I ~~- -~. ue~ er e v.~. a~a - ~c a ~rys. \ ~b, ~~ •

TTT-l"l - S r.:.el1e- - T Chem 'Ohu",I~.L ~ • '-' ..1.. u • .1 I J..1Y3e 24 c"". Geller

e E. ~. Wood - Hcta Cryst. 9(195~),563.

fII-131 L • li • d e O1 i l.7 e i. r a Nu n e s Tese de doutorado

IFQSC-USP (19SB).

fII-141 C. B. de liraÚjo Introdução à espectroscopia não

linear apos til a da Esco 1a de ót i ca moderna Jorge Hndré

Y. -ti. Shen The principies oi nonlinear optics

(John Wiley e Sons - Ne," York, 1984) - Capitulos 1,2,3,14 e

,-~ ;J ,

flI-151 fi • B 1oernbe r g e n , H • L o tem e R • T • L y nc 11 , I nd i an J.

Pure HppL Phys. 16,151(19?8).

flI-171 - G. L. Elsley", Co.11e-rent Ra!l1an spectros\:opy" (pergarnon

Fress, Oxford, 1981j - Página 18.

163

Page 178: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

fl1I-l1

304{197

BEFEB:t:HCI.:1S 111

H. J. Scheel e E. O. Schulz, J. Cryst. Gro"lth a,

[111-21 - H. J. Scheel, J. Cryst. Growth 13/14 550(1972}

fIII-31 - :M. A. Aegerter, H. C. Basso e H••. T. ScheeI, Páginas

333-390, Proc. Intern. Conf. on Lasers'80.

fl1!-41 - J. P. Andreeta - Tese de doutorado IFQSC-USP (1984)

fllI-51

(1983)

V. S. Baqna to - Di ssert ação de mestrado I FQSC-USP

flI1-61 - Q. Yariv - Quantum eletronics (John Wiley e Sons

Ne~l York, 1975) - Capítulos 10 e 11.

f11l-71 W. Demtroder - Laser spectroscopy (Springer-Verlaq

Berlin,1981) - Capítulo 7.

fllI-al - G. P. de Souza - Dissertação de mestradc - IFQSC-USP

(1983).

fIII-91 :M. D. Levenson Introduction to nonlinear laser

spectroscopy - (Hcademic Press, New York, 1932) - Capítulo 4.

f1I1-101 ~'~. K. Klat.nnin'<:er e B. S. Hudson, Appl.

?hys. Lett. 28, 27{197S).

f7TT_i"~ ...c...J...a .0;..4 J

A801(1965).

P. D~ Maker e R. W. Terhune, Phys. Rev.

164

137,

Page 179: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

f!V-ll

REFERtNCI.aS IV

L • H.r i z -men di, J. 1'1• C a b r e r a , P h y s Re t.1 • E • 3 1 ( 1 1 )

(1985), 7138.

fIV-21 T}. S. Bagnato,. L. li. O. Uunes, S. C. Zilio, H. J.

f!V-31 - M. J. weber, T. E. Varitimos e B. H. Matsinger, Phys.

Rev. B. 8(1) (1973),47.

a. arseneu, K. E. Bienert, D1-. •• _J. .1.•• y ~ • Stat. Sol.

li8S 1972.

fIV-Sl - ri. J. W'eher, Phys. Ret.7. B. a{l) (1973) 54.

flv-61 M. z. Su e Xiao-Ping Sum, Ma t. nes. Bt.d 1 •

22(1987),89.

A. S. Gouveia Neto Dissertação de mestrado

UFPe (1982).

Page 180: Di'. - teses.usp.br · grupo de simetria C 5 e caracteres dos produtos diretos destas representações Tabela 11-6 40 Regras de seleção para as transições entre os estados de

:aEFEB~NClilS l}

rV-l1 - M. Inokuti e Hirayama, J. chem. Phys. 43(1965) 1978.

P"J-21 H. Dornaut e J. Heber, J. Lum. 22(1980) 1.