determinacao do carbono da biomassa microbiana do solo (bms-c)

6
Determinação do Carbono da Biomassa Microbiana do Solo (BMS-C) Edmilson Evangelista da Silva 1 Pedro Henrique Sabadin de Azevedo 2 Helvécio De-Polli 3 1 Doutorando em Fitotecnia, UFRRJ – BR 465, km 07, Caixa Postal 74505, CEP 23890-000, Seropédica, RJ. E-mail: [email protected] 2 Graduando em Química, UFRRJ. E-mail: [email protected] 3 Pesquisador Embrapa Agrobiologia, BR 465, km 07, Caixa Postal 74505, CEP 23890-000, Seropédica, RJ. E-mail: [email protected] Introdução As metodologias para a estimativa da BMS-C tem sido objeto de ajustes e críticas, entretanto as propostas descritas por VANCE et al. (1987) e TATE et al. (1988) proporcionaram avanços significativos na quantificação dessa biomassa viva dos microrganismos do solo (DE-POLLI & GUERRA, 1999). Em trabalho realizado por (ANDREA & HOLLWEG, 2004) confirmaram que a fumigação-extração, com base no trabalho realizado por VANCE et al. (1987), é o mais adequado à determinação da BMS-C. O método é mais rápido sendo empregado sem maiores limitações em solos ácidos e com adição recente de matéria orgânica, porém devendo-se evitar solos com teores de carbono muito elevados, sendo aplicável para solos com teores inferiores a 100g de C kg -1 de solo (SPARLING & WEST, 1988). O conhecimento dos níveis de BMS-C no solo se tornam importantes para conservação da matéria orgânica do solo, monitoramento de áreas sob influência antrópica, servindo como sensível indicador de alterações provocadas no ambiente. Objetivou-se com este documento apresentar de forma sucinta, adaptações na metodologia originalmente proposta por VANCE et al. (1987), com algumas modificações obtidas em trabalhos de outros autores, criando desta forma uma metodologia simplificada e de mais fácil uso na determinação do BMS-C. Método Fumigação-extração segundo VANCE et al. (1987), sendo a relação solo extrator 1:2,5 segundo TATE et al. (1988) e k C =0,33 preconizado por SPARLING & WEST (1988), realizando fumigação com adição de clorofórmio (isento de etanol) diretamente na amostra, como descrito por BROOKES et al. (1982) e WITT et al. (2000), mantendo-as em local escuro por 24 horas, procedendo-se a extração e quantificação do carbono microbiano pelo método (WALKLEY & BLACK, 1934) modificado segundo TEDESCO et al. (1995), sem aquecimento externo em chapa. Vale ressaltar que a fumigação também pode ser feita sob vácuo com uso de dessecador conforme metodologia original de VANCE et al. (1987). Materiais e equipamentos necessários Para fumigação - Frascos de vidro de 100 mL com tampa; - Pipeta com graduação de 1 mL; - Clorofórmio P.A. (CHCl 3 ) isento de etanol; ISSN 1517-8862 Agosto/2007 Seropédica/RJ Comunicado 98 Técnico

Upload: wellingthon-junnyor

Post on 27-Dec-2015

9 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Determinacao Do Carbono Da Biomassa Microbiana Do Solo (Bms-c)

Determinação do Carbonoda Biomassa Microbiana doSolo (BMS-C)

Edmilson Evangelista da Silva1

Pedro Henrique Sabadin de Azevedo2

Helvécio De-Polli3

1 Doutorando em Fitotecnia, UFRRJ – BR 465, km 07, Caixa Postal 74505, CEP 23890-000, Seropédica, RJ. E-mail: [email protected] Graduando em Química, UFRRJ. E-mail: [email protected] Pesquisador Embrapa Agrobiologia, BR 465, km 07, Caixa Postal 74505, CEP 23890-000, Seropédica, RJ. E-mail: [email protected]

Introdução

As metodologias para a estimativa da BMS-C temsido objeto de ajustes e críticas, entretanto aspropostas descritas por VANCE et al. (1987) eTATE et al. (1988) proporcionaram avançossignificativos na quantificação dessa biomassaviva dos microrganismos do solo (DE-POLLI &GUERRA, 1999). Em trabalho realizado por(ANDREA & HOLLWEG, 2004) confirmaram que afumigação-extração, com base no trabalhorealizado por VANCE et al. (1987), é o maisadequado à determinação da BMS-C. O método émais rápido sendo empregado sem maioreslimitações em solos ácidos e com adição recentede matéria orgânica, porém devendo-se evitarsolos com teores de carbono muito elevados,sendo aplicável para solos com teores inferiores a100g de C kg-1 de solo (SPARLING & WEST,1988).

O conhecimento dos níveis de BMS-C no solo setornam importantes para conservação da matériaorgânica do solo, monitoramento de áreas sobinfluência antrópica, servindo como sensívelindicador de alterações provocadas no ambiente.

Objetivou-se com este documento apresentar deforma sucinta, adaptações na metodologiaoriginalmente proposta por VANCE et al. (1987),com algumas modificações obtidas em trabalhos

de outros autores, criando desta forma umametodologia simplificada e de mais fácil uso nadeterminação do BMS-C.

Método

Fumigação-extração segundo VANCE et al.(1987), sendo a relação solo extrator 1:2,5segundo TATE et al. (1988) e kC=0,33preconizado por SPARLING & WEST (1988),realizando fumigação com adição de clorofórmio(isento de etanol) diretamente na amostra, comodescrito por BROOKES et al. (1982) e WITT et al.(2000), mantendo-as em local escuro por 24horas, procedendo-se a extração e quantificaçãodo carbono microbiano pelo método (WALKLEY &BLACK, 1934) modificado segundo TEDESCO etal. (1995), sem aquecimento externo em chapa.Vale ressaltar que a fumigação também pode serfeita sob vácuo com uso de dessecador conformemetodologia original de VANCE et al. (1987).

Materiais e equipamentos necessários

Para fumigação- Frascos de vidro de 100 mL com tampa;

- Pipeta com graduação de 1 mL;

- Clorofórmio P.A. (CHCl3) isento de etanol;

ISSN 1517-8862Agosto/2007

Seropédica/RJ

Comunicado 98Técnico

Page 2: Determinacao Do Carbono Da Biomassa Microbiana Do Solo (Bms-c)

Determinação do Carbono da Biomassa Microbiana do Solo (BMS-C)2

Para extração- Balança analítica com precisão de 0,1 mg;

- Frascos de vidro de 100 mL com tampa;

- pHmetro;

- Balão volumétrico de 100 e 1000 mL;

- Becher de 100 e 1000 mL;

- Solução de hidróxido de potássio (KOH) 0,5 M:pesar 28,0528 g de hidróxido de potássio.Transferir para um becher de 1000 mL,adicionar cuidadosamente 700 mL de águadeionizada. Dissolver e transferirquantitativamente para um balão volumétricode 1000 mL aferindo o volume com águadeionizada após resfriamento;

- Solução de ácido sulfúrico 0,5 M: transferir27,18 mL de ácido sulfúrico PA com auxílio dedispensador automático de 0 a 50 mL para umbecher de 1000 mL contendo 100 mL de águadeionizada, em capela de exaustão. Adicionarmais 700 mL de água deionizada,homogeneizar a solução no becher e transferirquantitativamente para um balão volumétricode 1000 mL, aferindo o valor com águadeionizada;

- Solução de sulfato de potássio (K2SO4) 0,5 M:pesar 87,1001 g do sal, transferir para becherde 1000 mL e adicionar 800 mL de águadeionizada. Dissolver e transferirquantitativamente para um balão volumétricode 1000 mL. Antes da aferição final do volumeda solução deve-se corrigir o pH para a faixaentre 6,5-6,8, transferindo uma alíquota dasolução solubilizada para um becher erealizando a leitura no pHmetro. Se necessáriaà correção do pH, adicionar no balão gotas desolução de hidróxido de potássio (KOH) 0,5 Mse o meio estiver ácido e gotas de ácidosulfúrico (H2SO4) 0,5 M se o meio estiverbásico, sempre retornando a alíquota à origeme realizando a leitura após cada adição. Apóscorreção do pH, aferir o volume à 1000 mLcom água deionizada;

- Dispensador automático com capacidade de 0a 50 mL;

- Agitador orbital;

- Funil;

- Papel de filtro (filtragem rápida) de 28 µm;

- Tubos de 50 mL com tampa;

Para determinação do carbono microbiano- Pipeta automática de 10 mL;

- Erlenmeyer de 250 mL;

- Solução de dicromato de potássio (K2Cr2O7)0,066 M: pesar 19,4161 g do sal, previamenteseco em estufa 105ºC e transferir para umbecher de 1000 mL, adicionando 700 mL deágua deionizada. Dissolver e transferirquantitativamente para um balão volumétrico,aferindo o volume à 1000 mL com águadeionizada;

- Ácido sulfúrico (H2SO4) P.A.;

- Ácido orto-fosfórico (H3PO4) P.A.;

- Difenilamina ((C6H5)2NH) 1% (m/v) em H2SO4:pesar 1,000 g de difenilamina, transferir paraum becher de 100 mL, adicionar 50 mL deácido sulfúrico concentrado, dissolver etransferir quantitativamente para um balãovolumétrico de 100 mL, aferindo o volume à100 mL com o mesmo ácido;

- Agitador magnético;

- Solução de sulfato ferroso amoniacal[(NH4)2 Fe(SO4)2.6H2O] 0,033 M: pesar 13,000g do sal, transferir para um becher de 1000 mLe dissolver em 600 mL de água deionizada,adicionar 10 mL de ácido sulfúrico e transferirquantitativamente para um balão volumétricode 1000 mL aferindo o volume a 1000 mL comágua deionizada;

- Bureta ou titulador automático com precisãode 0,01 mL.

AmostraAs amostras devem ser coletadas em pontos eprofundidades previamente determinados,conforme o planejamento da pesquisa. A umidadedo solo nas amostras para o processamentopoderá ser em torno de 60% da capacidade decampo ou conforme o objeto da pesquisa. Asamostras devem ser imediatamente armazenadas,sendo mantidas o mais próximo das condições emque foram coletadas até sua chegada ao

Page 3: Determinacao Do Carbono Da Biomassa Microbiana Do Solo (Bms-c)

Determinação do Carbono da Biomassa Microbiana do Solo (BMS-C) 3

laboratório, onde serão preparadas, procedendoas análises em até três dias ou armazenadas emgeladeira a 4ºC por até dez dias.

Limitações do métodoO método possui limitações quanto areplicabilidade, pois sua utilização se dá emamostras "frescas" de solo, com isso, posteriorescoletas podem divergir quanto aos resultados,levando a alta variabilidade até mesmo emreplicas de laboratório, sendo necessário o uso detriplicatas. Outro fator importante está na umidadedo solo, pois solos com alto teor de umidade sãode difícil manuseio no processo de tamisagem,além de influir negativamente na fumigação dosolo, interferindo na difusão do clorofórmio. Emcontrapartida solos muito secos sãodesfavoráveis, pois os microorganismos seencontram em forma latente, e portanto suamembrana celular menos susceptível aorompimento no processo de fumigação,subestimando o valor real da biomassamicrobiana. Para evitar tais inconvenientesaconselha-se que a amostragem de campo seja amais próxima possível de 60 % da capacidade decampo do solo.

Como citado acima, por possuir uma altavariabilidade e a análise realizada em triplicata,seu uso em larga escala é pouco prático,dependendo da capacidade analítica dolaboratório e a experiência dos envolvidos naanálise.

Procedimento

Preparação da amostraAs amostras recém coletadas devem serpeneiradas em malha de 2 mm, retirando-se osfragmentos de animais e vegetais por meio decatação, para que em seguida seja processada.

Determinação da umidade na capacidade decampo do soloA forma de determinação da umidade nacapacidade de campo do solo aqui descrita,apesar de expedita, fornece precisão suficiente.

O método baseia-se na determinação da umidadedo solo na capacidade máxima de retenção deágua (capacidade de campo) e na determinação

da umidade do solo no momento da coleta dasamostras, para que se determine se a umidade dosolo na coleta é correspondente à desejada.

Realizar o preenchimento de proveta de 100 mLcom cerca de 80 mL de solo recém coletado e jápeneirado. Adicionar água até que a frente demolhação atinja cerca de 40 a 50 % do volume desolo, recobrir a proveta com papel alumínio,deixando o solo em repouso por 12 horas, ou atéque a frente de molhação estacione. A frente demolhação não deve tocar o fundo da proveta, oque invalidaria o procedimento, neste caso deve-se repetir o teste com nova amostra comquantidade menor de água. Retirar uma porção desolo da parte molhada, pesar e levar para estufa à105ºC por 24 horas ou até que o solo atinja pesoconstante, obtendo o peso do solo secoposteriormente. A determinação da umidade totaldo solo na capacidade de campo e das amostrasoriundas do campo (para umidade total do solo) éobtida pela Equação 1:

U (g de água g-1 de solo) = (PU - PS)/PS

Equação 1 – Cálculo para determinação daumidade total do solo, onde: PU = peso do soloúmido ; PS = peso do solo seco, usado tanto paraa amostra de solo trazida do campo quanto aretirada da proveta.

Para determinar a umidade percentual relativa(UR) das amostra frescas de solo frente à umidadedo solo na capacidade de campo é utilizada aEquação 2:

UR (%) = (UA /UC) . 100

Equação 2 – Determinação da umidade percentualrelativa, onde: UR = umidade relativa do solofresco frente a capacidade de campo; UA =umidade do solo amostrado (g de água g-1 desolo); UC = umidade do solo na capacidade decampo (g de água g-1 de solo).

Procedimento analíticoAs amostras serão analisadas em triplicata, paraisto, cada amostra será dividida em sete sub-amostras de 20 g (três fumigadas, três não-fumigadas e uma para obtenção da umidade dosolo), devidamente pesadas e acondicionadas emfrascos de vidro de 100 mL.

Page 4: Determinacao Do Carbono Da Biomassa Microbiana Do Solo (Bms-c)

Determinação do Carbono da Biomassa Microbiana do Solo (BMS-C)4

Cabe ressaltar que podem ser utilizados osmesmos extratos obtidos na fumigação-extração realizada para determinação da BMS-N (nitrogênio da biomassa microbiana dosolo), conforme descrito por SILVA et al.(2007).

Determinação da umidade do soloO frasco previamente destinado à determinaçãode umidade do solo deve ser seco em estufa a105ºC por 24 horas ou até obter peso constante.Após seca, a amostra deve ser acondicionada emdessecador até equilíbrio de temperatura e emseguida pesada.

FumigaçãoImediatamente após a pesagem da amostra desolo adicionar aproximadamente 1 mL declorofórmio isento de etanol com o auxílio de umapipeta com graduação de 1 mL, em todos osfrascos destinados a fumigação (Figura 1). Osfrascos são em seguida fechados e armazenadosem local isento de luminosidade por 24 horas, comtemperatura em torno de 25 a 28ºC. No diaseguinte retirar a tampa dos frascos em capela deexaustão, deixando evaporar todo o clorofórmiopresente até eliminação completa, comopreconizado por BROOKES et al. (1982) e WITTet al. (2000).

Figura 1 – Adição direta de clorofórmio na amostra

ExtraçãoA extração se dá nas amostras fumigadas, apóstempo de fumigação de 24h, seguida deeliminação dos resíduos de clorofórmio, e nasnão-fumigadas, realizado imediatamente apóspesagem, procedendo da seguinte forma:

Adicionar 50 mL de solução 0,5 M de sulfato depotássio (K2SO4), com o auxílio de umdispensador de 0 a 50 mL.

Agitar por 30 minutos em agitador orbital a 220RPM, esperar decantar por 30 minutos e transferiro sobrenadante com o auxílio de uma pipeta paraum filtro de papel acoplado a funil e tubo de50 mL, evitando resuspensão e recuperação dematerial decantado (Figura 2). Ao final da filtragemé obtido o extrato de cada sub-amostra (fumigadaou não-fumigada), que devem ser direcionadaspara quantificação do carbono microbiano ouarmazenados em geladeira a 4ºC por no máximo10 dias.

Figura 2 – Fitração do material extraído

Determinação do carbono microbianoTransferir 8 mL do extrato previamente filtradopara um Erlenmeyer de 250 mL. Adicionar 2 mLde solução 0,066 M de dicromato de potássio, 10mL de ácido sulfúrico P.A. e 5 mL de ácido orto-fosfórico P.A., todos com o auxílio de dispensador,e em ordem cronológica. Esperar esfriar eadicionar cerca de 70 mL de água deionizada,esperar esfriar novamente, adicionaraproximadamente 4 gotas de difenilamina e titularsob agitação magnética com uma solução 0,033 Mde sulfato ferroso amoniacal. Ao final da titulação,a coloração da solução irá do púrpura (A) paraverde (B) (Figura 3).

Page 5: Determinacao Do Carbono Da Biomassa Microbiana Do Solo (Bms-c)

Determinação do Carbono da Biomassa Microbiana do Solo (BMS-C) 5

Figura 3 – Ponto estequiométrico da volumetria de oxi-redução

Cálculo da molaridade exata da soluçãode sulfato ferroso amoniacal[(NH4)2Fe(SO4)2.6H2O] 0,033 MPara a realização da padronização (molaridadeexata) da solução de sulfato ferroso amoniacalutilizar a Equação 3, posteriormente aquantificação do carbono microbiano poisnecessitam-se dos valores das amostras controle(branco):

M1 = [(M2 . V2). 6] / V1

Equação 3 – Determinação da molaridade exatado sulfato ferroso amoniacal, onde: M1 -Molaridade exata padronizada do sulfato ferrosoamoniacal; M2 - Molaridade exata do dicromato depotássio (0,066 M); 6 – Razão estequiométrica(K2Cr2O7); V1 - volume de sulfato ferrosoamoniacal gasto na titulação da amostra controle(branco); V2 - Volume da alíquota de dicromato depotássio utilizada.

Cálculo do teor de C nos extratos(Equação 4)

2

611

V.Ps10.V.003,0.M.)VaVb()solokgCmg(C −

=−

Equação 4 – Determinação do carbono nosextratos fumigado e não-fumigado do solo, onde:C - carbono extraído do solo; Vb (mL) - volume dosulfato ferroso amoniacal gasto na titulação dasolução controle (branco); Va (mL) - volume desulfato ferroso amoniacal gasto na titulação daamostra; M - Molaridade exata do sulfato ferrosoamoniacal; V1 - volume do extrator (K2SO4)utilizado; V2 – alíquota pipetada do extrato para atitulação; 0,003 - miliequivalente do carbono; Ps(g) - massa de solo seco.

Cálculo da BMS-CO cálculo da BMS-C é dado pela Equação 5,utilizando kC=0,33 descrito por SPARLING &WEST (1988):

BMS-C (mg C microbiano kg-1 solo) = FC . kC-1

Equação 5 – Cálculo da biomassa microbiana dosolo, onde: BMS-C – carbono da biomassamicrobiana do solo em mg de C por kg de solo (ouµg g-1); FC - fluxo obtido da diferença entre aquantidade de C (mg kg-1), da Equação 4,recuperada no extrato da amostra fumigada e arecuperada na amostra não fumigada e kC - fatorde correção.

Page 6: Determinacao Do Carbono Da Biomassa Microbiana Do Solo (Bms-c)

Determinação do Carbono da Biomassa Microbiana do Solo (BMS-C)6

Referências Bibliográficas

ANDREA, M. M.; HOLLWEG, M. J. M.Comparação de métodos para determinação dabiomassa microbiana em dois solos. RevistaBrasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 28, n. 6,p. 981-986, nov./dec. 2004.

BROOKES, P. C.; POWLSON, D. S.;JENKINSON, D. S. Measurement of microbialbiomass phosphorus in soil. Soil Biology &Biochemistry, Oxford, v. 14, n. 4, p. 319-329,1982.

DE-POLLI, H.; GUERRA, J. G. M. C, N e P nabiomassa microbiana do solo. In: SANTOS, G. A.;CAMARGO, F. A. O. (Org.). Fundamentos damatéria orgânica do solo: ecossistemas tropicaise subtropicais. Porto Alegre: Genesis, 1999. p.389-411.

SILVA, E. E. da; AZEVEDO, P. H. S.; DE-POLLI,H. Determinação do nitrogênio da biomassamicrobiana do solo (BMS-N). Seropédica:Embrapa Agrobiologia, 2007. 6 p. (EmbrapaAgrobiologia. Comunicado Técnico, 96).

SPARLING, G. P.; WEST, A. W. A directextraction method to estimate soil microbial- C -calibration in situ using microbial respiration and14C-labeled cells. Soil Biology & Biochemistry,Oxford, v. 20, n. 3, p. 337-343,1988.

TATE, K. R.; ROSS, D. J.; FELTHAM, C. W. Adirect extraction method to estimate soil microbial-C - effects of experimental- variables and somedifferent calibration procedures. Soil Biology &Biochemistry, Oxford, v. 20, n. 3, p. 329-335,1988.

TEDESCO, M. J.; GIANELLO, C.; BISSANI, C. A.;VLKWEISS, S. J. Análises de solo, plantas eoutros materiais. 2. ed. Porto Alegre: UFRGS,Departamento de Solos, 1995. 174 p.

VANCE, E. D.; BROOKES, P. C.; JENKINSON, D.S. An extraction method for measuring soilmicrobial biomass-C. Soil Biology &Biochemistry, v. 19, n. 6, p. 703-707, 1987.

WALKLEY, A.; BLACK, I. A. An examination of thedegtjareff method for determining soil organicmatter, and proposed modification of the chromicacid titration method. Soil Science, Baltimore, v.37, p. 29-38, 1934.

WITT, C.; GAUNT, J. L.; GALICIA, C. C.; OTTOW,J. C. G.; NEUE, H. U. A rapid chloroform-fumigation extraction method for measuring soilmicrobial biomass carbon and nitrogen in floodedrice soils. Biology and Fertility of Soils, v. 30, n.5-6, p. 510-519, mar. 2000.

ComunicadoTécnico, 98

Exemplares desta publicação podem

ser adquiridos na:

Embrapa AgrobiologiaBR465 – km 7Caixa Postal 7450523851-970 – Seropédica/RJ, BrasilTelefone: (0xx21) 2682-1500Fax: (0xx21) 2682-1230Home page: www.cnpab.embrapa.bre-mail: [email protected]

1ª impressão (2007): 50 exemplares

Comitê depublicações

Expediente

Eduardo F. C. Campello (Presidente)José Guilherme Marinho GuerraMaria Cristina Prata NevesVeronica Massena ReisRobert Michael BoddeyMaria Elizabeth Fernandes CorreiaDorimar dos Santos Felix (Bibliotecária)

Revisor e/ou ad hoc: José GuilhermeMarinho Guerra e José Antônio AzevedoEspindolaNormalização Bibliográfica: Dorimar dosSantos Félix.Editoração eletrônica: Marta MariaGonçalves Bahia.