prescricao e determinacao do hemograma

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DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE |Alameda D. Afonso Henriques, 45 1049-005 Lisboa |Tel:218430500 |Fax:218430530 | E-mail:[email protected] | www.dgs.pt - Este documento foi redigido ao abrigo do novo Acordo Ortográfico - 1/15 Nos termos da alínea c) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 66/2007, de 29 de maio, na redação dada pelo Decreto Regulamentar nº 21/2008, de 2 de dezembro, a Direção-Geral da Saúde, por proposta do seu Departamento da Qualidade na Saúde e da Ordem dos Médicos, emite a seguinte I NORMA 1. O hemograma é prescrito tendo em conta o contexto clínico em que ocorre no momento de observação do doente, nomeadamente a patologia de base ou terapêutica instituída, exceto nas condições definidas no ponto 3. 2. As indicações clínicas para prescrição do hemograma são (Nível de evidência C, Grau de recomendação I): a) suspeita de eritrocitopatia 1,2,3 primária ou secundária; b) suspeita de trombocitopatia 1 primária ou secundária; c) suspeita de leucopatia 1,4,5 primária ou secundária; d) síndrome febril Indeterminado; f) monitorização terapêutica das anemias carenciais. 3. As indicações para prescrição do hemograma, independentemente da situação clínica, são: a) grávida 6,7 (Nível de evidência A, Grau de recomendação I); b) crianças dos 6-12 meses em condições socioeconómicas desfavorecidas 8 (Nível de evidência A, Grau de recomendação I); c) admissão hospitalar: internamento ou urgência (Nível de evidência C, Grau de recomendação II a); d) idosos institucionalizados 7,9,10 (Nível de evidência A, Grau de recomendação I); e) pré-operatório 11,12,13 (Nível de evidência A, Grau de recomendação IIa); f) monitorização da neutropénia em doentes submetidos a quimioterapia (Nível de evidência A, Grau de recomendação I). NÚMERO: 063/2011 DATA: 30/12/2011 ASSUNTO: Prescrição e Determinação do Hemograma PALAVRAS-CHAVE: Hemograma PARA: Médicos do Sistema Nacional de Saúde e de Laboratórios Clínicos CONTACTOS: Departamento da Qualidade na Saúde ([email protected] ) EM AUDIÇÃO E TESTE DE APLICABILIDADE ATÉ 31 DE MAIO DE 2012

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Prescricao e Determinacao Do Hemograma

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  • DIREO-GERAL DA SADE |Alameda D. Afonso Henriques, 45 1049-005 Lisboa |Tel:218430500 |Fax:218430530 | E-mail:[email protected] | www.dgs.pt

    - Este documento foi redigido ao abrigo do novo Acordo Ortogrfico - 1/15

    Nos termos da alnea c) do n 2 do artigo 2 do Decreto Regulamentar n 66/2007, de 29 de maio, na redao dada pelo Decreto Regulamentar n 21/2008, de 2 de dezembro, a Direo-Geral da Sade, por proposta do seu Departamento da Qualidade na Sade e da Ordem dos Mdicos, emite a seguinte

    I NORMA

    1. O hemograma prescrito tendo em conta o contexto clnico em que ocorre no momento de observao do doente, nomeadamente a patologia de base ou teraputica instituda, exceto nas condies definidas no ponto 3.

    2. As indicaes clnicas para prescrio do hemograma so (Nvel de evidncia C, Grau de recomendao I):

    a) suspeita de eritrocitopatia1,2,3 primria ou secundria;

    b) suspeita de trombocitopatia1 primria ou secundria;

    c) suspeita de leucopatia1,4,5 primria ou secundria;

    d) sndrome febril Indeterminado;

    f) monitorizao teraputica das anemias carenciais.

    3. As indicaes para prescrio do hemograma, independentemente da situao clnica, so:

    a) grvida6,7 (Nvel de evidncia A, Grau de recomendao I);

    b) crianas dos 6-12 meses em condies socioeconmicas desfavorecidas8 (Nvel de evidncia A, Grau de recomendao I);

    c) admisso hospitalar: internamento ou urgncia (Nvel de evidncia C, Grau de recomendao II a);

    d) idosos institucionalizados7,9,10 (Nvel de evidncia A, Grau de recomendao I);

    e) pr-operatrio11,12,13 (Nvel de evidncia A, Grau de recomendao IIa);

    f) monitorizao da neutropnia em doentes submetidos a quimioterapia (Nvel de evidncia A, Grau de recomendao I).

    NMERO: 063/2011

    DATA: 30/12/2011

    ASSUNTO: Prescrio e Determinao do Hemograma

    PALAVRAS-CHAVE: Hemograma

    PARA: Mdicos do Sistema Nacional de Sade e de Laboratrios Clnicos

    CONTACTOS: Departamento da Qualidade na Sade ([email protected])

    EM AUDIO E TESTE DE APLICABILIDADE

    AT 31 DE MAIO DE 2012

    mailto:[email protected]

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    4. A prescrio de hemograma pode estar indicada em doentes com comorbilidades, devendo a justificao da sua necessidade ser fundamentada no processo clnico (Nvel de evidncia C, Grau de recomendao I).

    5. O estudo morfolgico do sangue perifrico (EMSP)14,15,16,17 efectuado sempre que a clnica ou qualquer alterao inesperada nas contagens e ou respectivos ndices hematimtricos (Anexo IV) assim o sugiram, devendo, o mesmo, ser objecto de relatrio detalhado com valor para o diagnstico (Nvel de evidncia C, Grau de recomendao I).

    6. Os valores crticos18,19 (Quadro 2 do Anexo III) devem ser comunicados, de imediato, ao mdico assistente do doente (Nvel de evidncia A, Grau de recomendao I).

    7. A repetio do hemograma1,20 s justificada se a condio clnica do doente se alterar, pelo que a repetio do exame carece de justificao no processo clnico do doente que suporte a sua necessidade (Nvel de evidncia C, Grau de recomendao IIa).

    8. A prescrio do hemograma contm, obrigatoriamente, dados sobre diagnstico e informao clnica (listagem de diagnsticos codificada), sexo e data (Nvel de evidncia C, Grau de recomendao IIa).

    9. O algoritmo clnico/rvore de deciso referente presente Norma encontra-se no Anexo I.

    10. As excepes presente Norma devem ser fundamentadas clinicamente, com registo no processo clnico.

    II CRITRIOS

    a) A prescrio do hemograma21,22,23 deve ser adequada patologia subjacente do doente, podendo ser prescrito o EMSP sempre que, clnica ou laboratorialmente, se mostre til.

    b) No recomendado o rastreio da populao em geral para a deficincia de ferro. Devem identificar-se os doentes em risco de carncia marcial, com base na histria clnica e exame objectivo7. No pr-operatrio a prescrio deve basear-se na evidncia clnica individual de cada doente, de forma a garantir a mxima qualidade aos actos cirrgico e anestsico, evitando exames laboratoriais consumidores de recursos tcnicos e financeiros, sem benefcio para o doente:

    i. a gravidez um processo fisiolgico em que a anemia prevalente, com eventual repercusso na oxigenao do feto6. A anemia ferropnica tem sido associada ao aumento do risco de partos de recm-nascidos de baixo peso, prematuros e mortalidade perinatal. Estudos recentes sugerem a associao da carncia marcial com a depresso ps-parto7;

    ii. a anemia ferropnica est associada a alteraes psicomotoras e cognitivas em crianas que, a longo prazo, podem sofrer perturbaes do seu desenvolvimento neurolgico8. A prevalncia da ferropenia tem-se mantido estvel, durante a ltima dcada, na populao geral e contnua a ser maior em crianas de minorias tnicas e ou de deficiente condio scio-econmica7;

    iii. a anemia em pessoas idosas7 um achado clnico comum, frequentemente multifactorial e com impacto significativo na qualidade de vida, declnio funcional e mortalidade. De acordo

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    com a Organizao Mundial de Sade (OMS), a prevalncia da anemia de 25,4% das pessoas idosas estudadas9. A falta de correlao entre a ingesto de ferro na dieta e os nveis de ferro plasmticos sugerem que a anemia por deficincia de ferro, nas pessoas idosas, no s devida falta de ingesto de ferro, admitindo-se como outras possveis causas a medicao e doenas colaterais10.

    c) Considera-se resposta adequada teraputica marcial de anemia ferropnica um aumento da Hb de 1 a 2 g/dL, 2 a 4 semanas aps do incio da teraputica2 e anemia carencial de vit. B12/folatos quando a normalizao do MCV 8 semana do incio da teraputica3. A resposta teraputica de ambas as anemias carenciais pode ser monitorizada por uma subida dos reticulcitos ao fim de 1 semana.

    d) A neutropenia induzida pela quimioterapia o efeito adverso mais comum da quimioterapia sistmica e , frequentemente, complicada por neutropenia febril. Esta continua a ser uma das complicaes mais temidas da quimioterapia, sendo uma das principais causas de morbilidade, resultando, por vezes, em atrasos e redues de dose na quimioterapia cuja eficcia pode ficar comprometida4,25,26.

    e) Sendo o hemograma1,24 um dos mais comuns exames analticos solicitados, os laboratrios clnicos devem produzir resultados e relatrios com utilidade clnica (Quadro 1 do Anexo III).

    III AVALIAO

    a) A avaliao da implementao da presente Norma contnua, executada a nvel local, regional e nacional, atravs de processos de auditoria interna e externa.

    b) A parametrizao dos sistemas de informao para a monitorizao e avaliao da implementao e impacte da presente Norma da responsabilidade das administraes regionais de sade e das direes dos hospitais.

    c) A efetividade da implementao da presente Norma nos cuidados de sade primrios e nos cuidados hospitalares e a emisso de diretivas e instrues para o seu cumprimento da responsabilidade dos conselhos clnicos dos agrupamentos de centros de sade e das direes clnicas dos hospitais.

    d) A DireoGeral da Sade, atravs do Departamento da Qualidade na Sade e da Administrao Central do Sistema de Sade, elabora e divulga relatrios de progresso de monitorizao.

    e) A implementao da presente Norma monitorizada e avaliada atravs dos seguintes indicadores, que constam nos bilhetes de identidade que se encontram em Anexo e dela fazem parte integrante:

    i. % de inscritos com prescrio de hemograma e idade < 1 ano com diagnstico de anemia ferropnica;

    ii. n mdio de hemogramas prescritos por inscrito;

    iii. valor mdio de prescrio de hemogramas por inscrito com pelo menos uma prescrio deste exame.

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    IV FUNDAMENTAO

    a) No existem guidelines nacionais ou internacionais que recomendem as indicaes para a prescrio do hemograma ou a sua periodicidade.

    b) O hemograma, com ou sem contagem diferencial de leuccitos, no tem valor no rastreio da populao em geral assintomtica. adequado quando se suspeita de doena hematolgica ou infecciosa, mas no deve afectar a tomada de deciso quando o diagnstico clinicamente evidente. A diversidade de informaes que o hemograma pode fornecer, embora, em geral, bastante inespecficas e com poder diagnstico limitado, pode ser uma ferramenta importante para a avaliao de diversas situaes, como no diagnstico e evoluo de doenas hematolgicas, deteco de quadros infecciosos e na monitorizao teraputica, desde que se conheam as funes celulares e as bases fisiopatolgicas das doenas. A associao dos dados quantitativos, aspectos morfolgicos e conhecimento fisiopatolgico das alteraes da hematopoiese importante para um diagnstico preciso da patologia que interessa o sangue e ou a medula ssea 1. Prescries repetidas de hemograma devem ser limitadas a situaes em que o curso clnico no claro e espaadas o tempo necessrio para que, a eventual modificao dos diversos parmetros, possa conduzir tomada de decises clnicas20.

    c) A carncia em ferro e a anemia ferropnica continuam a ser motivo de preocupao em todo o mundo. Nos pases industrializados, apesar de um declnio na prevalncia, a deficincia de ferro continua a ser uma causa comum de anemia em crianas com idade < 1 ano. No entanto, ainda mais importante do que a anemia em si, a indicao de que a deficincia em ferro sem anemia pode, tambm, afectar negativamente e a longo prazo o desenvolvimento neurolgico e comportamento e que alguns desses efeitos podem ser irreversveis8,27.

    d) So consideradas circunstncias especiais as seguintes7:

    i. estudos tm demonstrado que, em condies normais, as grvidas apresentam valores de hemoglobina diminudos, principalmente a partir do segundo trimestre de gravidez. Apesar desta reduo da hemoglobina ser fisiolgica a OMS recomenda, de modo geral, suplementao com ferro para todas as grvidas28;

    ii. a deficincia de ferro e anemia ferropnica em crianas, recomendando-se a suplementao de ferro, por rotina, em crianas assintomticas com idade entre 6 e 12 meses, por se encontrarem em maior risco;

    iii. a anemia em pessoas idosas um achado comum e tem um impacto significativo na qualidade de vida, declnio funcional e mortalidade, pelo que a sua investigao e tratamento so recomendados se a expectativa de vida superior a um ano.

    e) Nas pessoas idosas residentes em lares o risco de anemia est aumentado, mas as maiores taxas de prevalncia foram observadas em pessoas idosas hospitalizadas. A anemia , tambm, muito prevalente nos indivduos institucionalizados idosos ou no12,22. Em grandes estudos de comunidades de idosos, residentes na Europa e nos Estados Unidos da Amrica, as taxas de prevalncia de anemia variaram entre 8 a 25 %. No estudo NHANES III, 10,2% das mulheres e 11% dos homens 65 anos eram anmicos. O mesmo estudo revelou que a prevalncia de anemia, tambm aumenta com a idade (26% dos homens e 20% das mulheres

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    com idade 85 anos). A importncia em sade pblica deste achado particularmente relevante, tendo em conta o envelhecimento da populao global. Em 2008, a populao mundial foi estimada em 6,7 bilies (98 milhes 80 anos de idade). At 2030 estima-se o crescimento da populao global para 8,4 bilies, com 216 milhes 80 anos de idade, tendo como corolrio um nmero estimado de 49 milhes de idosos anmicos. Este nmero susceptvel de ser substancialmente aumentado, se tivermos em conta as elevadas taxas de prevalncia encontradas nos pases em vias de desenvolvimento.

    f) Considera-se como indicao para a prescrio do hemograma no pr-operatrio a avaliao dos parmetros basais do doente, embora alguns estudos29 nem sempre o recomendem.

    V APOIO CIENTFICO

    a) A presente Norma foi elaborada pelo Departamento da Qualidade na Sade da Direo-Geral da Sade e pelo Conselho para Auditoria e Qualidade da Ordem dos Mdicos, atravs dos seus Colgios de Especialidade, ao abrigo do protocolo entre a Direo-Geral da Sade e a Ordem dos Mdicos, no mbito da melhoria da Qualidade no Sistema de Sade.

    b) Dalila Gis e Jos Eduardo Cortez (coordenao cientfica), Elisabete Melo Gomes (coordenao executiva).

    c) A verso de teste da presente Norma vai ser submetida audio das sociedades cientficas.

    d) Foram subscritas declaraes de interesse de todos os peritos envolvidos na elaborao da presente Norma.

    e) Durante o perodo de audio s sero aceites comentrios inscritos em formulrio prprio disponvel no site desta Direo-Geral, acompanhados das respetivas declaraes de interesse.

    SIGLAS/ACRNIMOS

    A Anos de idade

    ASA Phisical Status Classification System of American Society of Anesthesiologists

    BASO Basophils / Basfilos

    EMSP Estudo Morfolgico do Sangue Perifrico

    EOS Eosinophils / Eosinfilos

    F Feminino

    HDW Hemoglobin Distribution Width / Amplitude de Distribuio da Hemoglobina

    HGB = Hb Haemoglobin / Concentrao de Hemoglobina

    HTC = Ht Haematocrit / Hematcrito

    LUC Large Unstained Cells / Leuccitos grandes sem actividade peroxidsica

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    LYM Lymphocytes / Linfcitos

    M Masculino

    MCH = HCM = HGM Cell Hemoglobin Concentration Mean / Hemoglobina Globular Mdia

    MCHC = CMHG Concentrao Mdia de Hemoglobina Globular

    MCV = VCM = VGM Mean Corpuscular Volume / Volume Globular Mdio

    MONO Monocytes / Moncitos

    MPV = VPM Mean Platelet Volume / Volume Plaquetar Mdio

    NEU Neutrophils / Neutrfilos

    NHANES National Health and Nutrition Examination Survey

    NRBC Nucleated red blood cells / Eritroblastos

    PCT Plateletcrit / Plaquetcrito

    PDW Platelet volume Distribution Width / Dispreso do Volume Plaquetar

    PLT Platelet / Contagem de Plaquetas

    RBC Red Blood Corpuscles(Cells) / Contagem de Eritrcitos

    RDW Red cell Distribution Width / Disperso do Volume Eritrocitrio

    WBC White Blood Corpuscles(Cells) / Contagem de Leuccitos

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    Francisco George

    Diretor-Geral da Sade

  • Norma n 063/2011 de 30/12/2011 9/15

    ANEXOS Anexo I: Algoritmo clnico/rvore de deciso

    Prescrio do Hemograma

    Em funo da situao clnica do doente: eritrocitopatia; trombocitopatia; leucopatia;

    smdrome febril indeterminado; comorbilidades mdicas; monitorizao da teraputica das

    anemias carenciais

    Independentemente da situao clnica do doente: grvida; crianas dos 6-12 mese;

    admisso hospitalar; idosos institucionalizados; pr-operatrio; monit. de neutropnia

    (quimioterapia)

    Avaliar resultado

    RBC HGB HTC MCV MCH

    MCHC RDW

    Morfologia eritrocitria

    WBC NEU LYM

    MONO EOS

    BASO Morfologia Leucocitria

    PLT PCT

    PDW Morfologia Plaquetria

    Valor Alterado?

    Deciso clnica baseado no resultado

    Sim

  • Norma n 063/2011 de 30/12/2011 10/15

    Anexo II: Bilhete de identidade dos indicadores

    Designao

    Dimenso Entidade gestora ACES

    Norma Perodo aplicvel Ano

    Objectivo

    Descrio do indicador

    Frequncia de monitorizao Unidade de medida Percentagem

    Frmula A / B x 100

    Output Percentagem de inscritos

    Prazo entrega reporting Valor de refernciaA definir ao fim de um ano de

    aplicao da norma

    rgo fiscalizador MetaA definir ao fim de um ano de

    aplicao da norma

    Critrios de incluso

    Observaes

    Factor crtico

    Variveis Fonte informao/ SI Unidade de medida

    A - Numerador SI USF/UCSP N. de inscritos

    B - Denominador SI USF/UCSP N. de inscritos

    Definio

    N.de inscritos com idade inferior ou igual a um ano com

    diagnstico de anemia ferropnica

    N.de inscritos com idade inferior ou igual a um ano

    Responsvel pela

    monitorizaoACES / ARS

    Dia 25 do ms n+1

    ARS

    Numerador:

    - Denominador;

    - Ter diagnstico de anemia ferropnica (B80) sinalizado como activo na sua lista de problemas.

    Denominador:

    - Ter inscrio no ACES, no perodo em anlise;

    - Ter idade 1 ano

    - Ter precrio de hemograma (cod. Tabela SNS 24209 ou cod. tabela convenes 1080.9)

    Percentagem de inscritos com prescrio de hemograma e idade 1 ano com diagnstico de anemia ferropnica

    Transversal

    Hemograma

    Aplicar a Norma da DGS

    Indicador que exprime a capacidade de diagnstico e teraputica

    Trimestral

  • Norma n 063/2011 de 30/12/2011 11/15

    Designao

    Dimenso Entidade gestora ACES

    Norma Perodo aplicvel Ano

    Objectivo

    Descrio do indicador

    Frequncia de monitorizao Unidade de medida N. mdio

    Frmula A / B

    Output N. mdio de hemogramas

    Prazo entrega reporting Valor de refernciaA definir ao fim de um ano de

    aplicao da norma

    rgo fiscalizador MetaA definir ao fim de um ano de

    aplicao da norma

    Critrios de incluso

    Observaes

    Factor crtico

    Variveis Fonte informao/ SI Unidade de medida

    A - Numerador SI USF/UCSP N. de anlises

    B - Denominador SI USF/UCSP N. de inscritos

    Definio

    N. de hemogramas precritos

    N. de inscritos com pelo menos uma prescrio de

    hemograma

    Responsvel pela

    monitorizaoACES / ARS

    Dia 25 do ms n+1

    ARS

    Numerador:

    - N. de hemogramas prescritos (cod. tabela SNS 24209 ou cod. tabela convenes 1080.9).

    Denominador:

    - Ter inscrio no ACES, no perodo em anlise;

    - Ter pelo menos uma prescrio de hemograma (cod. tabela SNS 24209 ou cod. tabela convenes 1080.9).

    N. mdio de hemogramas prescritos por inscrito

    Efectiv idade

    Hemograma

    Aplicar a Norma da DGS

    Indicador que exprime a capacidade de diagnstico e teraputica

    Trimestral

  • Norma n 063/2011 de 30/12/2011 12/15

    Designao

    Dimenso Entidade gestora ACES

    Norma Perodo aplicvel Ano

    Objectivo

    Descrio do indicador

    Frequncia de monitorizao Unidade de medida Valor mdio

    Frmula A / B

    Output Valor mdio

    Prazo entrega reporting Valor de refernciaA definir ao fim de um ano de

    aplicao da norma

    rgo fiscalizador MetaA definir ao fim de um ano de

    aplicao da norma

    Critrios de incluso

    Observaes

    Factor crtico

    Variveis Fonte informao/ SI Unidade de medida

    A - Numerador SI USF/UCSP

    B - Denominador SI USF/UCSP N. de inscritos

    Definio

    Valor total de hemogramas prescritos

    N de inscritos com pelo menos uma prescrio de hemograma

    Responsvel pela

    monitorizaoACES / ARS

    Dia 25 do ms n+1

    ARS

    Numerador:

    - Valor da prescrio de hemogramas (cod. Tabela SNS 24209 ou cd Tabela Convenes 1080.9)

    Denominador:

    - Ter inscrio no ACES

    - Ter prescrio de pelo menos um hemograma (cod. Tabela SNS 24209 ou cd Tabela Convenes 1080.9)

    Valor mdio de prescrio de hemogramas por inscrito com pelo menos uma prescrio deste exame

    Efectiv idade

    Hemograma

    Aplicar a Norma da DGS

    Indicador que exprime a capacidade de diagnstico e teraputica

    Trimestral

  • Norma n 063/2011 de 30/12/2011 13/15

    Anexo III: Quadros, tabelas e grficos Quadro1 - Utilidade Clnica Eritrograma

    RBC Contagem de Eritrcitos . Diminuio da contagem = eritrocitopenia

    quando acompanhado de diminuio da Hb- anemia . Aumento da contagem = eritrocitose

    quando acompanhado do aumento do Ht e Hb- poliglobulia

    HGB Concentrao de Hemoglobina

    HTC Hematcrito - o volume de massa eritride de uma amostra de sangue. Correlaciona-se com a viscosidade sangunea

    . Aumento volemia- hemodiluio . Diminuio da volemia - hemoconcentrao

    MCV Volume Globular Mdio - determina o volume mdio de cada eritrcito Avalia os tipos de anemias: macro, micro e normocticas

    MCH Hemoglobina Globular Mdia - contedo mdio de hemoglobina por eritrcito

    MCHC Concentrao Mdia de Hemoglobina Globular - ndice calculado a partir do valor da hemoglobina e hematcrito, que significa quanto de hemoglobina mdia percentualmente est contida em cada eritrocito.

    MCH e MCHC classificam as anemias quanto concentrao de hemoglobina: Hiper, hipo e normocrmicas

    RDW Disperso do Volume Eritrocitrio - a expresso numrica da anisocitose. Inversamente proporcional a homogeneidade da populao eritride.

    Leucograma

    WBC Contagem de Leuccitos . Aumento da contagem = leucocitose

    . Diminuio da contagem = leucopnia

    Citopenias e citoses relativas nada significam se no acompanhadas de citopenias ou citoses absolutas

    NEU Neutrfilos . Aumento do nmero absoluto de neutrfilos no sangue - neutrofilia

    . Diminuio do nmero absoluto de neutrfilos - neutropnia

    LYM Linfcitos . Aumento no nmero absoluto de linfcitos - linfocitose

    . Diminuio do nmero absoluto de linfcitos - linfopnia

    MONO Moncitos . Aumento do nmero absoluto de moncitos - monocitose

    EOS Eosinfilos . Aumento do nmero absoluto de eosinfilos eosinofilia

    . Diminuio do nmero absoluto de eosinfilos - eosinopnia

    BASO Basfilos . Aumento do nmero absoluto de basfilos basofilia

    Plaquetograma

    PLT Contagem de Plaquetas . Aumento na contagem de plaquetas - trombocitose

    . Diminuio na contagem de plaquetas - trombocitopnia

    MPV Volume Plaquetar Mdio - til na avaliao do tamanho e morfologia das plaquetas

    PDW Dispreso do Volume Plaquetar - traduz o ndice de variao no tamanho das plaquetas

  • Norma n 063/2011 de 30/12/2011 14/15

    Quadro 2 - Valores Crticos Parmetro (Unidades) Sexo Idade Valor Referncia Valores Crticos

    Baixo Alto

    RBC (x 1012

    /L) M/F M/F M F

    0-6 Meses 6 Meses-11 Anos > 11 Anos > 11 Anos

    3.90 5.90 3.80 5.40 4.31 6.40 3.85 5.20

    No h No h

    HGB (g/dL) M/F M/F M F

    0-6 Meses 6 Meses-11 Anos > 11 Anos > 11 Anos

    14.0 18.0 11.0 14.0 13.6 18.0 11.5 16.0

    61.0

    MCV (fL) M/F M/F M/F M/F

    0-2 Semanas 2 sem. -6 Meses 6 Meses - 11 Anos > 11 Anos

    88.0- 114.0 85.0 97.0 72.0 86.6 80.0 97.0

    No h No h

    MCH (pg) M/F M/F M/F M/F

    0-2 Semanas 2 sem. -6 Meses 6 Meses - 5 Anos > 5 Anos

    34.0 37.0 31.0 36.0 25.0 31.0 26.0 34.0

    No h No h

    MCHC (g/dL) M/F M/F M/F

    0-2 Semanas 2 sem. -6 Meses > 6 Meses

    31.0 35.0 32.0 35.0 32.0 36.0

    No h No h

    RDW (%) M/F M/F

    0-2 dias > 2 dias

    14.9 18.7 11.5 15.0

    No h No h

    PLT (x 109/L) M/F

    M/F 0-2 Meses > 2 Meses

    140 - 440 140 - 440

    < 100 < 25

    > 1000 > 1000

    MPV (fL) M/F Qualquer Idade 6.5 12.4 No h No h

    WBC (x 109/L) M/F

    M/F M/F M/F

    0-2 Meses 2 Meses-5 Anos 5 - 11 Anos > 11 Anos

    5.0 20.0 4.5 17.0 4.5 13.0 4.0 10.0

    < 1.0 < 1.0 < 1.0 < 1.0

    > 30.0 > 30.0 > 30.0 > 30.0

    NEU (x 109/L) M/F

    M/F M/F M/F M/F M/F

    0-6 dias 6 dias -2 Meses 2 Meses 1 Ano 1 5 Anos 5 - 11 Anos > 11 Anos

    1.5 16.0 0.8 9.0 0.7 7.6 1.5 11.0 1.5 8.5 1.5 8.0

    < 0.50 < 0.50 < 0.50 < 0.50 < 0.50 < 0.50

    No h

    LYM (x 109/L) M/F

    M/F M/F M/F

    0-6 dias 6 dias -5 Anos 5 - 11 Anos > 11 Anos

    0.5 10.0 2.0 14.0 1.0 7.8 0.8 4.0

    No h No h

    MONO (x 109/L) M/F

    M/F M/F M/F

    0-2 Meses 2 Meses-5 Anos 5 - 11 Anos > 11 Anos

    0.0 2.4 0.0 2.0 0.0 1.6 0.0 1.2

    No h No h

    EOS (x 109/L) M/F

    M/F M/F M/F

    0-2 Meses 2 Meses-5 Anos 5 - 11 Anos > 11 Anos

    0.0 1.4 0.0 1.2 0.0 0.9 0.0 0.3

    No h No h

    BASO (x 109/L) M/F

    M/F M/F M/F

    0-2 Meses 2 Meses-5 Anos 5 - 11 Anos > 11 Anos

    0.0 0.6 0.0 0.5 0.0 0.4 0.0 0.3

    No h No h

  • Norma n 063/2011 de 30/12/2011 15/15

    O achado de clulas blsticas, drepanocitos, parasitas, crise leucemoide ou aplstica deve ser considerado como valor crtico.

    Anexo IV: Razes para Prescrio de Estudo Morfolgico do Sangue Perifrico Clnica

    Clnica sugestiva de anemia, ictercia inexplicvel, drepanocitose, trombocitopenia, neutropenia, de doena mielo ou linfoproliferativa, bem como presena de esplenomegalia, dor ssea ou sintomas sistmicos inesperados como febre, sudorese, prurido emagrecimento e palidez.

    Laboratorial

    Valores Mnimos

    De Consenso

    Valores Mximos

    De Consenso

    HGB (g/dL; Mulher) < 7 2 g/dL acima VR

    HGB (g/dL; Homem) < 7 2 g/dL acima VR

    MCV (fL) < 75 > 105

    PLT (x 109/L) < 100 > 1000

    WBC (x 109/L) < 4 > 30

    NEU (x 109/L) < 1 > 20

    LYM (x 109/L) --- > 7

    MONO (x 109/L) --- > 1.5

    EOS (x 109/L) --- > 2.0

    BASO (x 109/L) --- > 0.05

    So considerados com alteraes patolgicas os estudos morfolgicos do sangue perifrico que apresentem:

    i. Morfologicamente: alteraes dos eritrcitos, das plaquetas, visualizao de corpos de Dohle, de granulaes txicas ou de vacolos;

    ii. Tipos celulares: clulas blsticas, metamielocitos, mielocitos, promielocitos, linfocitos atpicos, eritroblastos e/ou plasmocitos.

    2011-12-30T13:05:27+0000Francisco Henrique Moura George