determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - espectrofotômetro uv...

21
Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Upload: thomas-carmona-camara

Post on 07-Apr-2016

279 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento)

- Espectrofotômetro UV – VIS

- HPLC / CLAE

Page 2: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Ensaios de Potência ou Doseamento

Finalidade: Quantificação da concentração de substância ativa em medicamentos

Análises Qualitativas +Análise Quantitativas

Garantir que as Matérias -Primas atendam as especificações e que o produto final tenha qualidade adequada

Observação: Dependendo do fármaco ou forma farmacêutica, podem existir diferentes métodos válidos oficiais ou não. Com relação aos métodos oficiais, existem diferenças quanto as metodologias, as quais estão atreladas a realidade econômica de cada país.

Page 3: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Multinacionais Farmacêuticas: adotam métodos Cromatográficos como oficiais de Doseamento, especialmente de produtos acabados.

USP: HPLC/UV é o mais indicado pela grande maioria das monografias.

Outras farmacopéias: São mais diversificadas. Exemplos: volumetria, titulações, espectrometria no UV, entre outros.

Ensaios de Potência ou Doseamento,

Page 4: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Ensaios de Potência ou Doseamento,

Escolha do Método analítico: deve ser criteriosa, uma vez que não pode haver falhas.

A segurança e eficácia do medicamento depende da confiabilidade do resultado fornecido

Aspectos considerados na seleção de um método:

-Tempo de análise- Custo- Precisão - Exatidão

Page 5: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Ensaios de Potência ou Doseamento,

Métodos analíticos: Divide-se em dois grandes grupos

a)Métodos clássicos: baseados em reações químicas,cujo equilíbrio deve ser bem definido. São apontados até hoje como métodos oficiais para doseamento, descrito em compêndios farmacopéicos.

Ponto de viragem: mudança de cor, ppt, turbidez, sendo possível visualização a olho nú.

b) Métodos instrumentais: Instrumentos apropriados

Vantagens em relação ao método clássico: rapidez e utilização de amostras com concentrações pequenas do constituinte a ser determinado.

Page 6: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Ensaios de Potência ou Doseamento

a) Métodos clássicos: - Análise gravimétrica- Análise volumétrica (Titrimétrica ou Titulométrica)

Vantagens: baixo custo, simplicidade e relativa precisão

b) Métodos instrumentais: - Destacam-se pela maior sensibilidade - Podem ser utilizadas microgramas de amostra.

Principais métodos: - Espectroscopia de absorção UV / Vis e IV- HPLC/ UV- Espectroscopia de fluorescência,cromatografia gasosa,entre

outros.

Page 7: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Ensaios de Potência ou Doseamento,

Métodos Espectroscópicos ( Espectrométricos)

Espectrometria de Absorção UV /Vis

- Utilizada para determinação quantitativa de substâncias- Baseado na interação entre matéria e energia

eletromagnética- A solução quando irradiada pode absorver esta energia/onda

eletromagnética.

Page 8: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Lei de Lambert – Beer

A absorvância (A): é diretamente proporcional a concentração da espécie absorvente quando se fixa o comprimento do percurso e diretamente proporcional quando se fixa a concentração.

A: a.b.c

a: Absotividade/ absorvância (característica do composto)b: espessura da amostra (cubeta)c: concentração

-Válida nas seguintes condições: a radiação incidente é monocromática- A absorção ocorre numa seção universal uniforme.

Ensaios de Potência ou Doseamento,

Page 9: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Ensaios de Potência ou Doseamento,

Cálculos de Concentração:

a)Com valor da absortividade: Usar lei de Lambert-Beer e realizar cálculo para determinação da concentração (c)

A: a.b.c

A: Absorvância ( determinado pelo especrofotômetro)a: Absotividade/ absorvância (característica de cada composto)b: espessura da amostra (cubeta)c: concentração

Page 10: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

b) Com valor de absortividade (a) desconhecido: fazer curva padrão ( mínimo 4 concentrações diferentes ).

Obs.: Importante verificar a linearidade da resposta

Curva de calibração ou Curva analítica:-Construção da curva de calibração: mede-se de 4 a 5 soluções padrão com concentrações diferentes no comprimento de onda escolhido para determinação da absorvância.

- Plotam-se as absorbâncias nas ordenadas (eixo Y) e as concentrações das soluções nas abscissas (eixo X)

- Se o composto obedecer a lei de Lambert-Beer consegue-se uma reta de calibração que passa pela origem.

Ensaios de Potência ou Doseamento

Page 11: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Equação da reta de calibração: R: varia de 0 a 1 ( quanto mais prox de 1, mais ajustados estão os pontos na reta.

Y= bx - a

Curva de calibração - Espectrofotometria de absorção, obtida com as soluções padrão

Page 12: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Ensaios de Potência ou Doseamento

Lembrando que :

Solução Padrão: Apresenta concentração exata de uma substância que servirá como referência na determinação da concentração de uma outra substância

Cálculo da concentração da amostra analisada ( que é desconhecida): através da equação da reta de calibração

Y = Absorvância da amostra analisadaa= constante de linearidade dados pelob= coeficiente angular da reta gráficoX= concentração da amostra a ser determinada

Y= bx - a

Page 13: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

 Leitura complementar: Teste de Uniformidade de Doses unitárias

A uniformidade das doses unitárias de formas farmacêuticas pode ser determinada por dois métodos: 1) Variação de peso 2) Uniformidade de conteúdo. O método de variação de peso pode ser aplicado se o produto contiver 50mg ou mais de um componente ativo, compreendendo 50% ou mais em peso, da dose unitária da forma farmacêutica.

A uniformidade de qualquer outro fármaco ou componente ativo, se presente em quantidade menor é avaliada pela Uniformidade de conteúdo (Doseamento por espectrofotômetro, Titulação e dependendo da substância testes em HPLC).

Page 14: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Ensaios de Potência ou DoseamentoExercicio :A RDC 67, de 08/10/2007, no item Controle de Qualidade dos Medicamentos Manipulados, diz que: “A farmácia pode manipular e manter estoque mínimo de preparações oficinais (...), desde que garanta a qualidade das preparações”. Desta forma, a Farmácia Joãozinho produz 6.000 cápsulas de minoxidil de 5mg. Seu teor é determinado por espectrofotometria no ultravioleta, utilizando a curva de calibração abaixo, cujo coeficiente de correlação determinado foi r=0,99265. Após uma cápsula ser diluída em balão volumétrico de 100,0ml, deste foi retirada uma alíquota de 3,0ml para balão volumétrico de 10,0ml e, deste último, foi realizada a leitura no espectrofotômetro, obtendo-se 0,602 de absorbância.Responda às perguntas a seguir, considerando a forma farmacêutica, sua dosagem e a Resolução em vigor.

Page 15: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

a) Qual a principal análise requerida para esta cápsula? Por quê? b) O coeficiente de correlação obtido está apropriado para a utilização da curva? Explique.c) Qual a concentração determinada de minoxidil presente em uma cápsula?

Page 16: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Ensaios de Potência ou DoseamentoRespostas :

a) A principal análise é a determinação da uniformidade de conteúdo. Esta análise é indicada para substâncias de baixo índice terapêutico, uma vez que verifica o teor da substância ativa de 10 cápsulas individualmente.

b) Sim, pois valores de R maiores que 0,99 indicam alta correlação

(R: coeficiente de correlação.Quanto mais próximo de 1,0 melhor ajustados os pontos na reta)

c) Cálculo da concentração:

Equação da reta : Y : bx – a

Y: 0,0500x – 0,103 , onde Y : 0,602 ( absorvância da amostra)

X: 0,602 +0,103/ 0,0500 X: 14,1 μg /mL x fator de diluição ( 14,1 x 1000/3)X: 4,7 mg /cápsula

Page 17: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Ensaios de Potência ou Doseamento

HPLC por UV/ Vis- Quando são realizadas análises por CLAE, obtem-se no final da análise gráficos com picos que representam a passagem do analito pelo detector em determinado instante da análise.

- Cada pico pode ter sua área calculada, como mostrado abaixo.

Área do triângulo isósceles que“engloba” o pico cromatográfico.

Page 18: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

- O pico (área do pico) pode ser relacionado com a concentração da substância, desde que seja construída uma curva analítica com soluções padrão.

- Curva de calibração: Utilizam-se concentrações de solução padrão para construção da curva. As áreas (ou alturas) dos picos são plotados nos gráficos no eixo das ordenadas ( eixo Y) e as concentrações no eixo das abscissas (eixo X).

Ensaios de Potência ou Doseamento

Page 19: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Curva de calibração – HPLC / UV Concentração x Área

Y= bx - a

Equação da reta

Área

Concentração

A1

A2 Ax A3

C1

C2 Cx C3

Page 20: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Cálculo da concentração da amostra analisada: Utiliza-se a equação da reta da curva de calibração determinada.

Ensaios de Potência ou Doseamento

Y= bx - a

Y = Área do pico da amostra analisada (dado pelo equipamento)a= constante de linearidade dados pelob= coeficiente angular da reta gráficoX= concentração da amostra a ser determinada

Page 21: Determinação de teor de substâncias (ensaios de potência ou doseamento) - Espectrofotômetro UV – VIS - HPLC / CLAE

Observação : Cromatografia em Camada Delgada

Apesar de não ser a grande característica da CCD, ela tbém pode nos fornecer um resultado Quantitativo.

1) Compara-se a área da amostra com a área do padrão OU2) Desgastar a área da mancha do composto para depois extrai-lo

e determiná-lo por métodos químicos ou físicos tradicionais ( método bastante trabalhoso) Ex.: espectrofotômetro.

Ensaios de Potência ou Doseamento