Heloisa Dabus perfil

Determinação

A BUSCA POR UM SONHO FEZ DE HELOISA DABUS

UM NOME FORTE EM PROJETOS CORPORATIVOS.

Por: Luciana Porfírio Imagens: Marcelo Scandaroli

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Quando o avião saiu dos Estados Unidos com destino ao Brasil, a então estudante Heloisa Dabus, empolgada com o intercâmbio em solo americano, fez uma promessa a si mesma: retornar ao país para cursar seu mestrado. O que parecia tão distante se cumpriu um ano após se formar em arquitetura, na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Assim, em 1985, com apenas 25 anos, partiu rumo a Uni-versity of Colorado Denver.Era um grande passo para a arquiteta, nascida em Bauru, interior de São Paulo. Filha do médico e deputado esta-dual, Abrahim Dabus, e da dona de casa, Avany Dabus, Heloisa é a filha do meio de uma família com mais quatro irmãos. A profissional brinca ao dizer que a vida teria sido muito mais fácil se ela tivesse estudado medicina. “Assim eu herdaria o nome do meu pai, que é muito querido na cidade. Mas optei por começar do zero e tudo que eu tenho até hoje é fruto do meu trabalho”, orgulha-se.Praticante de hipismo desde a infância, foi vice-campeã paulista de amazonas e com apenas 12 anos desenhou o projeto de reforma da hípica de Bauru. “Percebi que era aquilo que eu queria fazer”, conta. Para ela, estudar durante três anos nos Estados Unidos lhe deu uma baga-gem interessante no quesito profissional e pessoal. “Ao viver uma cultura diferente, aprendemos a nos relacionar com pessoas diferentes. O americano é muito frio e eu sentia muita falta do calor do povo brasileiro”, comenta.Entre os momentos marcantes da sua passagem pelo país, ela destaca o trabalho no escritório Anderson Mason Dale Architects, onde ficou por um ano. Naquela época, a computação gráfica começava a despontar e Heloisa teve a oportunidade de ser uma das primeiras arquitetas a dominar o programa AutoCAD 2.18. “No início, me re-cusava a trabalhar com computador e quase repeti por causa disso. Mas depois percebi que era um instrumento de trabalho, então comecei a gostar muito”, afirma.De volta ao Brasil, seu know-how em tecnologia chamou a atenção de grandes arquitetos como Maurício Kogan e Júlio Neves, além do escritório Botti Rubin, que a convida-ram para prestar consultoria. Para se ter ideia de valores, a arquiteta estima que, na época, pagou cerca de 6 mil dólares em seu computador, que se tornou o seu principal instrumento de trabalho.“Tinha uma concorrência no escritório do Maurício Kogan e ele pediu que eu levasse o meu computador. Ficou en-cantado! Era um XT, uma carroça que demorava tanto para renderizar, que eu ia tomar um café, voltava e ainda não

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tinha acabado”, diverte-se. Após o sucesso como consul-tora, a jovem arquiteta decidiu ir em busca de seu sonho: abrir o próprio escritório, a Dabus Arquitetura.“Costumo dizer que um bom arquiteto tem que ter três coisas: ser curioso, criativo e gostar de inventar moda, porque arquitetura é criar para a coisa acontecer”, ensi-na. Segundo ela, outra habilidade desejável é ter jogo de cintura, porque nem tudo é viável em um projeto. “A vida profissional é muito dura. Temos que ter o pé no chão para saber qual é o budget do cliente e oferecer opções para realizar o que ele quer”, afirma.

CARREIRA SÓLIDAEntre os seus trabalhos de destaque está o projeto da Redecard, em 2003, publicado em diversos veículos. “Foi um conceito muito arrojado para a época e marcou uma nova era no escritório. Usamos materiais naturais, como granito e pedra, além de piso e forro de madeira. Também incluímos uma área de convivência, que acabou virando uma sala de reunião informal”, explica.Os projetos corporativos são uma marca registrada do es-critório, que conta com 19 funcionários e assina cerca de 80 projetos ao ano. “Pessoalmente gosto muito deste tipo de trabalho. Fizemos o retrofit do Banco de Tóquio, na re-gião da Paulista. Criamos também muitos projetos comer-ciais, como lojas, bares e lanchonetes, e temos uma equipe que acompanha cada uma dessas obras”, comenta.Um nicho interessante para o escritório são projetos de escolas e universidades. “É um mercado que continua aberto, e a crise, para nós, ainda não chegou por conta disso”, opina. Outra especialidade são os manuais para redes de franquias, que padronizam os projetos de todas as unidades da marca. Atualmente, a Dabus Arquitetura executa obras em cidades como Santos (SP) e interior de São Paulo, Salvador (BA) e Manaus (AM).Sediada em um simpático endereço, na Alameda Tietê, nos Jardins, em São Paulo, Heloisa comemora a realiza-ção de projetos junto a escritórios internacionais, como o indiano Le Pain Quotidien. Um dos projetos de des-taque criados pela Dabus é a primeira flagship store da Weleda Internacional, em Santo Amaro. “Usamos mate-riais ecologicamente corretos, como madeira de demo-lição, tinta especial à base d’água, lâminas de madeira natural nos móveis”, diz.De acordo com Heloisa, seu escritório já teve a oportuni-dade de crescer mais, mas a arquiteta confessa que faz

questão de acompanhar o andamento de todos os proje-tos. “Costumo falar que o escritório tem que ficar na pal-ma da minha mão, pois prezo muito o atendimento. Ne-nhum dos meus clientes fica sem resposta em até 24h”, elenca. Esse trabalho fica mais fácil graças a um software desenvolvido a pedido da própria arquiteta, que possibilita o acompanhamento detalhado de todas as fases da obra.Outro aspecto interessante é o relacionamento com for-necedores e parceiros. “Tenho consciência de que não sou ninguém sozinha. Hoje o mais importante não é ter preço, mas sim pós-venda. Conseguimos formar um gru-po de parceiros que tem o mesmo objetivo que nós, mui-tos deles são relacionamentos duradouros, com mais de 20 anos”, comemora.

PAIXÃO POR MINIATURASNas horas livres, Heloisa continua praticando hipismo, além de tênis e bicicleta. Mas há pouco tempo ela aderiu a mais um hobby: a criação de Holly, cachorrinha da raça Coton de Tulear, que é rara no Brasil – e muito dócil! “Ela faz parte do meu dia a dia, já que vem para o escritório diariamente. Deita em cima da minha mesa e dorme até mesmo quando estou em reuniões informais”, diz, rindo.Outra curiosidade é que todos os anos, durante o mês de dezembro, a arquiteta fecha o escritório para as férias coletivas e sai pelo mundo em busca de miniaturas de pontos turísticos. “Tenho catalogadas 320 delas e trago diversas em cada viagem. Quando fui para a Itália, há três anos, voltei com uma mala cheia e tive que pagar até ex-cesso de bagagem”, recorda-se. Seu conhecimento em arquitetura também funciona para ajudar o próximo. Da sua prancheta sairá em breve um projeto para a Associação Beneficente Fraternitas Nosso Lar, em Cotia, São Paulo. Além disso, Heloisa também dedica parte de seu tempo livre a uma creche e centro educativo que a sua mãe fundou em Bauru, há 46 anos. “Acredito que estou neste mundo para uma missão, que por meio do meu trabalho eu possa colaborar para me-lhorar a condição de vidas das pessoas. Faço isso com muito entusiasmo e amor à minha profissão”, finaliza.

Heloisa DabusTel.: (11) 3062-6060www.dabus.com.br

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“Trabalhamos com a JSA há mais de 17 anos. É uma empresa que tem todos os produtos e materiais para acabamentos que normalmente usamos. E atualmente o que diferencia as empresas é o atendimento. E neste quesito, A JSA faz toda a diferença”, assinala a arquiteta Heloisa Dabus.

JSA MadeirasRua Paes Leme, 284 • Pinheiros • São Paulo (SP) Tels.: (11) 3813-2446 | (11) 3097-0544 • Site: www.jsamadeiras.com.br

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“Eles têm um produto diferenciado e de qualidade, pois atualmente a acústica em ambientes corporativos é fundamental para o desempenho das atividades corporativas. Podemos usar estes caixilhos dentro dos edifícios, o que faz grande diferença no conforto acústico dos ambientes”, destaca a arquiteta Heloisa Dabus.Silence Acústica Rua Machado de Assis, 290 • Vila Mariana • São Paulo (SP) • Tel.: (11) 3554-5646 | (21) 2147-4525 | (31) 3842-3464 • Site: www.silenceacustica.com.br

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