Destaques da Carta “Alegrai-vos”Destaques da Carta “Alegrai-vos”Prof. Pe. Marcial Maçaneiro, SCJProf. Pe. Marcial Maçaneiro, SCJ

Vida consagrada, vida pascal:Vida consagrada, vida pascal:

Caráter sabático = repousar no SenhorCaráter sabático = repousar no Senhor Caráter iniciático = recomeçar sempreCaráter iniciático = recomeçar sempre

Caráter terapêutico = curar a humanidadeCaráter terapêutico = curar a humanidade Caráter profético = escolher o definitivoCaráter profético = escolher o definitivo

1. 1. Cum toto cordeCum toto corde

Acolher tal magistério significa renovar a vida segundo o Evangelho, Acolher tal magistério significa renovar a vida segundo o Evangelho, não no sentido de radicalidade entendida como modelo de não no sentido de radicalidade entendida como modelo de perfeição e, muitas vezes, de separação, mas no sentido de adesão perfeição e, muitas vezes, de separação, mas no sentido de adesão cum toto cordecum toto corde ao encontro de salvação que transforma a vida: ao encontro de salvação que transforma a vida: deixar tudo para seguir o Senhor. Não, não quero dizer radical. A deixar tudo para seguir o Senhor. Não, não quero dizer radical. A radicalidade evangélica não é só para os religiosos: a todos se exige. radicalidade evangélica não é só para os religiosos: a todos se exige. Mas os religiosos seguem o Senhor de modo especial, de modo Mas os religiosos seguem o Senhor de modo especial, de modo profético. Espero de vós esse testemunho. Os religiosos devem ser profético. Espero de vós esse testemunho. Os religiosos devem ser homens e mulheres capazes de despertar o mundo.homens e mulheres capazes de despertar o mundo.

2. Renovar métodos e instâncias2. Renovar métodos e instâncias

Um convite autorizado que nos é dirigido com plena confiança; um Um convite autorizado que nos é dirigido com plena confiança; um convite a renunciarmos às argumentações institucionais e às convite a renunciarmos às argumentações institucionais e às justificações pessoais; uma palavra provocadora que questiona o justificações pessoais; uma palavra provocadora que questiona o nosso viver, por vezes entorpecido e sonolento, e com frequência nosso viver, por vezes entorpecido e sonolento, e com frequência indiferente ao desafio: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda » indiferente ao desafio: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda » ((Lc Lc 17, 5). Um convite que nos incentiva a elevar o espírito para 17, 5). Um convite que nos incentiva a elevar o espírito para darmos razão ao Verbo que habita no meio de nós, ao Espírito que darmos razão ao Verbo que habita no meio de nós, ao Espírito que cria e renova constantemente a sua Igreja.cria e renova constantemente a sua Igreja.

Alimentamos o desejo de que ousadas decisões evangélicas venham Alimentamos o desejo de que ousadas decisões evangélicas venham a ser postuladas e se produzam frutos de renovação e de fecunda a ser postuladas e se produzam frutos de renovação e de fecunda alegria.alegria.

3. [Re]visitar as terras da alegria3. [Re]visitar as terras da alegria

No mundo há, muitas vezes, um déficit de alegria. Não somos No mundo há, muitas vezes, um déficit de alegria. Não somos chamados a realizar gestos épicos nem a proclamar palavras chamados a realizar gestos épicos nem a proclamar palavras altissonantes, mas a testemunhar a alegria que brota da certeza de altissonantes, mas a testemunhar a alegria que brota da certeza de sentir-se amado, da confiança de ser salvo.sentir-se amado, da confiança de ser salvo.

A nossa memória curta e a nossa experiência fraca impedem-nos A nossa memória curta e a nossa experiência fraca impedem-nos muitas vezes de procurar as « terras da alegria », onde saborear o muitas vezes de procurar as « terras da alegria », onde saborear o reflexo de Deus. Temos mil e um motivos para viver na alegria. A reflexo de Deus. Temos mil e um motivos para viver na alegria. A sua raiz alimenta-se da escuta crente e perseverante da Palavra de sua raiz alimenta-se da escuta crente e perseverante da Palavra de Deus. Na escola do Mestre, escuta-se o «esteja em vós a minha Deus. Na escola do Mestre, escuta-se o «esteja em vós a minha alegria e a vossa alegria seja completa » (Jo 15,11), e treinamo-nos alegria e a vossa alegria seja completa » (Jo 15,11), e treinamo-nos com exercícios de alegria perfeita.com exercícios de alegria perfeita.

4. Ele nos amou primeiro4. Ele nos amou primeiro

Jesus olhou para ele com ternura e respondeu: “Falta-te apenas Jesus olhou para ele com ternura e respondeu: “Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me” (terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me” (Mc Mc 10, 21).10, 21).

““Não fostes vós que me escolhestes; fui Eu que vos escolhi” (Não fostes vós que me escolhestes; fui Eu que vos escolhi” (Jo Jo 15, 15, 16); estas palavras recordam a todos, não só a nós sacerdotes, que 16); estas palavras recordam a todos, não só a nós sacerdotes, que a vocação é sempre uma iniciativa de Deus. Foi Cristo que vos a vocação é sempre uma iniciativa de Deus. Foi Cristo que vos chamou a segui-lo na vida consagrada, e isto significa realizar chamou a segui-lo na vida consagrada, e isto significa realizar constantemente um “êxodo” de vós mesmos para centrardes a constantemente um “êxodo” de vós mesmos para centrardes a vossa existência em Cristo e no seu Evangelho, na vontade de Deus, vossa existência em Cristo e no seu Evangelho, na vontade de Deus, despojando-vos dos vossos projetos, a fim de poderdes afirmar despojando-vos dos vossos projetos, a fim de poderdes afirmar com São Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” com São Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl(Gl 2, 20).2, 20).

4.1. Recordar4.1. Recordar

O Papa nos convida-nos a uma O Papa nos convida-nos a uma peregrinação peregrinação ao passado, um caminho ao passado, um caminho sapiencial para nos encontrarmos nas estradas da Palestina ou junto sapiencial para nos encontrarmos nas estradas da Palestina ou junto da barca do humilde pescador da Galileia; convida-nos a contemplar da barca do humilde pescador da Galileia; convida-nos a contemplar os inícios de um caminho, ou melhor, de um acontecimento que, os inícios de um caminho, ou melhor, de um acontecimento que, tendo sido inaugurado por Cristo, nos leva a deixar as redes na tendo sido inaugurado por Cristo, nos leva a deixar as redes na margem, o banco dos impostos na beira da estrada, as veleidades do margem, o banco dos impostos na beira da estrada, as veleidades do zelote entre as intenções do passado. Todos meios desapropriados zelote entre as intenções do passado. Todos meios desapropriados para estar com Ele.para estar com Ele.

Convida-nos a parar algum tempo, como peregrinação interior, diante Convida-nos a parar algum tempo, como peregrinação interior, diante do horizonte da primeira hora, onde os espaços têm o calor da relação do horizonte da primeira hora, onde os espaços têm o calor da relação amiga, a inteligência é levada a abrir-se ao mistério, a decisão amiga, a inteligência é levada a abrir-se ao mistério, a decisão estabelece que é bom pôr-se no seguimento daquele Mestre que só estabelece que é bom pôr-se no seguimento daquele Mestre que só tem «palavras de vida eterna» (cf. Jo 6,68). Convida-nos a fazer de tem «palavras de vida eterna» (cf. Jo 6,68). Convida-nos a fazer de toda a « existência uma peregrinação de transformação no amor.toda a « existência uma peregrinação de transformação no amor.

4.2. Renascer4.2. Renascer Trata-se de renascer vocacionalmente: Convido –lhe a renovar hoje Trata-se de renascer vocacionalmente: Convido –lhe a renovar hoje

o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar.cessar.

Na experiência da vocação, o próprio Deus é o sujeito misterioso do Na experiência da vocação, o próprio Deus é o sujeito misterioso do chamado. Ouvimos uma voz que nos chama à vida e ao discipulado chamado. Ouvimos uma voz que nos chama à vida e ao discipulado pelo Reino: «tu és importante para mim» pelo Reino: «tu és importante para mim»

Aos que estão distantes de Deus – também a nós, com as nossas Aos que estão distantes de Deus – também a nós, com as nossas “distâncias” e os nossos “abandonos” cotidianos – quero dizer: “distâncias” e os nossos “abandonos” cotidianos – quero dizer: Olha o fundo do teu coração, olha no íntimo de ti mesmo e Olha o fundo do teu coração, olha no íntimo de ti mesmo e interroga-te: tens um coração que aspira a algo de grande, ou um interroga-te: tens um coração que aspira a algo de grande, ou um coração entorpecido pelas coisas? O teu coração conservou a coração entorpecido pelas coisas? O teu coração conservou a inquietação da procura, ou permitiste que ele fosse sufocado pelos inquietação da procura, ou permitiste que ele fosse sufocado pelos bens que, no fim, o atrofiam? bens que, no fim, o atrofiam?

4.3. Renovar4.3. Renovar A relação com Jesus Cristo se alimenta com a inquietação da A relação com Jesus Cristo se alimenta com a inquietação da

procura: deixar-se conquistar por Cristo significa estar sempre procura: deixar-se conquistar por Cristo significa estar sempre orientado para aquilo que está à minha frente, rumo à meta que é orientado para aquilo que está à minha frente, rumo à meta que é Cristo; significa permanecer constantemente à escuta de Deus nas Cristo; significa permanecer constantemente à escuta de Deus nas coordenadas do tempo quotidiano.coordenadas do tempo quotidiano.

Nossa fé vivida é resposta a uma Palavra que nos precede; é pois um Nossa fé vivida é resposta a uma Palavra que nos precede; é pois um ato de memória: memória de uma promessa que nos abre o futuro, ato de memória: memória de uma promessa que nos abre o futuro, que iluminar nossos passos ao longo do caminho. que iluminar nossos passos ao longo do caminho.

É memória do encontro com Deus que toma a iniciativa, que cria e É memória do encontro com Deus que toma a iniciativa, que cria e salva, que nos transforma; a fé é memória da sua Palavra que salva, que nos transforma; a fé é memória da sua Palavra que inflama o coração, das suas ações salvíficas, pelas quais nos dá vida, inflama o coração, das suas ações salvíficas, pelas quais nos dá vida, purifica, cuida de nós e alimenta.purifica, cuida de nós e alimenta.

Quem traz em si a memória de Deus, deixa-se guiar pela memória Quem traz em si a memória de Deus, deixa-se guiar pela memória de Deus em toda a sua vida, e sabe despertá-la no coração dos de Deus em toda a sua vida, e sabe despertá-la no coração dos outros. Memória de ser chamado aqui e agora.outros. Memória de ser chamado aqui e agora.

5. Caráter sabático5. Caráter sabático Saibamos reler nossa história pessoal e a verificar ali o olhar de Saibamos reler nossa história pessoal e a verificar ali o olhar de

amor de Deus. A vocação é sempre iniciativa Sua; cabe-nos a livre amor de Deus. A vocação é sempre iniciativa Sua; cabe-nos a livre adesão a Ele, que nos convida a uma relação no amor, amor de adesão a Ele, que nos convida a uma relação no amor, amor de aliança, amor de entrega confiante.aliança, amor de entrega confiante.

Assim se abre o caminho do discípulo, guiado pelo Espírito de Deus, Assim se abre o caminho do discípulo, guiado pelo Espírito de Deus, em cuja vida não há tempos acabados: abre-se constantemente ao em cuja vida não há tempos acabados: abre-se constantemente ao mistério quando discernimos o caminho para conhecer o Senhor e mistério quando discernimos o caminho para conhecer o Senhor e captar a realidade a partir dele. Ao chamar-nos, Deus faz-nos entrar captar a realidade a partir dele. Ao chamar-nos, Deus faz-nos entrar no seu repouso e pede-nos que repousemos nele, como contínuo no seu repouso e pede-nos que repousemos nele, como contínuo processo de conhecimento de amor. Ecoa em nós a Palavra «tu te processo de conhecimento de amor. Ecoa em nós a Palavra «tu te inquietas com muitas coisas; mas um só te é necessário (Lcinquietas com muitas coisas; mas um só te é necessário (Lc 10, 41). 10, 41).

6. Caráter terapêutico6. Caráter terapêutico Cristo é o nome gravado sobre a fronte, é o selo no coração [como Cristo é o nome gravado sobre a fronte, é o selo no coração [como

sugere Cântico dos Cânticos]: na fronte, porque o professamos sugere Cântico dos Cânticos]: na fronte, porque o professamos sempre; no coração, porque o amamos sempre; é o selo no braço, sempre; no coração, porque o amamos sempre; é o selo no braço, porque atuamos sempre. Toda a vida de Jesus, a sua forma de porque atuamos sempre. Toda a vida de Jesus, a sua forma de tratar os pobres, os seus gestos, a sua coerência, a sua tratar os pobres, os seus gestos, a sua coerência, a sua generosidade simples e quotidiana e, finalmente, a sua total generosidade simples e quotidiana e, finalmente, a sua total entrega, tudo é precioso e fala à nossa vida pessoal.entrega, tudo é precioso e fala à nossa vida pessoal.

O encontro com o Senhor põe-nos em movimento, nos impele a O encontro com o Senhor põe-nos em movimento, nos impele a sair da auto-referencialidade. A relação com o Senhor não é sair da auto-referencialidade. A relação com o Senhor não é estática nem intimista: «Quem coloca Cristo no centro da sua vida, estática nem intimista: «Quem coloca Cristo no centro da sua vida, descentraliza-se! Quanto mais te unes a Jesus e mais Ele se torna o descentraliza-se! Quanto mais te unes a Jesus e mais Ele se torna o centro da tua vida, tanto mais Ele te faz sair de ti mesmo, te centro da tua vida, tanto mais Ele te faz sair de ti mesmo, te descentraliza e abre aos outros. Não estamos no centro; estamos, descentraliza e abre aos outros. Não estamos no centro; estamos, por assim dizer, “deslocados”, estamos ao serviço de Cristo e da por assim dizer, “deslocados”, estamos ao serviço de Cristo e da Igreja.Igreja.

7. Caráter escatológico7. Caráter escatológico

O papa Francisco exorta-nos à O papa Francisco exorta-nos à inquietação da procurainquietação da procura, como , como aconteceu com Agostinho: uma « inquietação do coração que o aconteceu com Agostinho: uma « inquietação do coração que o leva ao encontro pessoal com Cristo; que o leva a compreender que leva ao encontro pessoal com Cristo; que o leva a compreender que aquele Deus que ele procurava longe de si é o Deus próximo de aquele Deus que ele procurava longe de si é o Deus próximo de cada ser humano, o Deus próximo do nosso coração, mais íntimo a cada ser humano, o Deus próximo do nosso coração, mais íntimo a nós do que nós mesmos. É uma procura que continua: Agostinho nós do que nós mesmos. É uma procura que continua: Agostinho não se detém, não se acomoda, não se fecha em si mesmo, como não se detém, não se acomoda, não se fecha em si mesmo, como aquele que já chegou à meta, mas continua o caminho. aquele que já chegou à meta, mas continua o caminho. A A inquietação da busca da verdadeinquietação da busca da verdade, da busca de Deus, torna-se , da busca de Deus, torna-se inquietação de o conhecer cada vez mais e de sair de si mesmo inquietação de o conhecer cada vez mais e de sair de si mesmo para o dar a conhecer aos outros. É precisamente a inquietação do para o dar a conhecer aos outros. É precisamente a inquietação do amor .amor .

8. Caráter iniciático8. Caráter iniciático

A peregrinação interior começa na oração: A primeira coisa A peregrinação interior começa na oração: A primeira coisa necessária para um discípulo é estar com o Mestre, ouvi-lo, aprender necessária para um discípulo é estar com o Mestre, ouvi-lo, aprender dele. E isto é sempre válido, é um caminho que dura a vida inteira. dele. E isto é sempre válido, é um caminho que dura a vida inteira. Se, no nosso coração, não há o calor de Deus, do seu amor, da sua Se, no nosso coração, não há o calor de Deus, do seu amor, da sua ternura, como podemos nós, pobres pecadores, inflamar o coração ternura, como podemos nós, pobres pecadores, inflamar o coração dos outros? - Este itinerário dura a vida inteira, enquanto o Espírito dos outros? - Este itinerário dura a vida inteira, enquanto o Espírito Santo, na humildade da oração, nos convence do senhorio de Cristo Santo, na humildade da oração, nos convence do senhorio de Cristo em nós: Todos os dias, o Senhor chamanos a segui-lo, corajosa e em nós: Todos os dias, o Senhor chamanos a segui-lo, corajosa e fielmente; fez-nos o grande dom de nos escolher como seus fielmente; fez-nos o grande dom de nos escolher como seus discípulos; convida-nos a anunciá-lo jubilosamente como o discípulos; convida-nos a anunciá-lo jubilosamente como o Ressuscitado, mas pede-nos para o fazermos, no dia a dia, com a Ressuscitado, mas pede-nos para o fazermos, no dia a dia, com a palavra e o testemunho da nossa vida, no quotidiano. O Senhor é o palavra e o testemunho da nossa vida, no quotidiano. O Senhor é o único, o único Deus da nossa vida e convida-nos a despojar-nos dos único, o único Deus da nossa vida e convida-nos a despojar-nos dos numerosos ídolos e adorar só a Ele.numerosos ídolos e adorar só a Ele.

9. Caráter profético9. Caráter profético O estar com Jesus leva a ter um olhar contemplativo da história, O estar com Jesus leva a ter um olhar contemplativo da história,

para vermos e escutarmos em toda a parte a presença do Espírito para vermos e escutarmos em toda a parte a presença do Espírito e, de forma privilegiada, discernirmos a sua presença, a fim de e, de forma privilegiada, discernirmos a sua presença, a fim de vivermos o tempo como tempo de Deus.vivermos o tempo como tempo de Deus.

Quando falta um olhar de fé, a vida perde gradualmente sentido, o Quando falta um olhar de fé, a vida perde gradualmente sentido, o rosto dos irmãos torna-se opaco, impossibilitando descobrir nele o rosto dos irmãos torna-se opaco, impossibilitando descobrir nele o rosto de Cristo; os acontecimentos da história tornam-se ambíguos, rosto de Cristo; os acontecimentos da história tornam-se ambíguos, senão mesmo vazios de esperança.senão mesmo vazios de esperança.

A contemplação abre-nos à atitude profética. O profeta é um A contemplação abre-nos à atitude profética. O profeta é um homem que tem os olhos penetrantes e que escuta e diz as homem que tem os olhos penetrantes e que escuta e diz as palavras de Deus; […] um homem de três tempos: promessa do palavras de Deus; […] um homem de três tempos: promessa do passado, contemplação do presente, coragem para indicar o passado, contemplação do presente, coragem para indicar o caminho do futuro. caminho do futuro.