despertando o que há de melhor em sua esposa · 2015. 9. 24. · apreciadas e admiradas. além de...

Despertando o que há de Melhor em Sua Esposa

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© 2010, BV Films Editora Ltdae-mail: [email protected] Visconde de Itaboraí, 311 – Centro – Niterói – RJCEP: 24.030-090 – Tel.: 21-2127-2600www.bvfilms.com.br / www.bvmusic.com.br

É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.

Bringing Out The Best in Your Wife© Copyright 2010 by H. Norman WrightOriginally published in the USA by Regal Books.A Division of Gospel Light Plublications, Inc.Ventura, CA 93006 U.S.A.All Rights Reserved

As passagens bíblicas utilizadas ao longo deste livro foram retiradas majoritariamente das versões bíblicas de João Ferreira de Almeida e Nova Versão Internacional.

Editor Responsável: Claudio RodriguesCoeditor: Thiago RodriguesCapa e editoração: Chayanne MaiaraTradução: Marco Antonio CoelhoRevisão de Texto: Christiano Titoneli Santana Mitsue Siqueira Ariana Fátima C. Baptista ISBN: 978-85-61411-67-11ª edição – Março/2011Impressão: PromoveClassificação: Vida Cristã / Relacionamento

Impresso no Brasil

1. Acredite em Sua Esposa 07

2. Maridos Falam Abertamente 33

3. Esposas Falam Abertamente 59

4. Entenda Sua Esposa 91

5. Um Romance Com Sua Esposa 113

6. O Plano de Deus Para os Maridos 139

7. Perguntas que os Homens Fazem 157

8. O Poder de um Homem de Oração 187

9. Alguns Pensamentos Finais 213

Notas Finais 219

Sumário

Acredite emSua Esposa

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Por diversas vezes, eu fiz esta Pergunta aos mari-dos: “Se sua esposa mudasse algo nela, o que você gostaria de ver mudado?” Você pode imaginar todas as respostas diferentes que eu recebi ao longo dos anos; elas variavam das mais absurdas e ridículas até aquelas que são bem positivas e encorajadoras. Agora e sempre eu ouço: “Que nada! Nada pode ser feito. Ela nunca vai mudar”. Certa vez eu ouvi: “Eu gostaria que minha esposa se valorizasse mais. Eu gostaria que ela visse a si mesma da maneira que Deus a vê. Ela tem tanto potencial dentro dela. Eu gostaria de ver este desenvolvimento”. Essa é uma grande resposta! Esse marido quer que sua esposa se transforme no me-lhor que ela pode ser. Isso é possível? Sim! Ela pode fazer isso sozinha? Não! Você, como marido, pode mudar sua esposa? Sim e não! Você não pode fazer isso por ela ou forçar que isso acon-teça. Mas você pode fazer com que a mudança aconteça. Você tem mais influência e poder sobre a mudança do que imagina.

O ponto principal é este: o que você acredita a respei-to da sua esposa determinará o que ela se tornará. Quando Efésios 5:25 declara que o marido deve amar sua esposa assim como Cristo amou a Igreja (amá-la de forma sacrifical), isso também quer dizer que ele é o “líder de torcida” dela.

A todo marido é dado poder que pode aflorar a mudança, o crescimento e o cumprimento do potencial em sua esposa. Há muita verdade nestas palavras:

Não importa o quão linda uma mulher seja, ela irá lutar com o sentimento de não gostar de algo em si mesma.

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Acredite em Sua Esposa

Não importa quão confiante uma mulher pareça ser, as inseguranças ainda a perseguirão de vez em quando. Não importa quão realizada uma mulher seja em seu chamado na vida, sempre haverá uma parte dela que questionará se ela cumpre as exigências. Algumas mulheres lutam mais que outras, mas todas as mulheres desejam ser afirmadas, apreciadas e admiradas. Além de Deus, não há outro que edifique mais a autoestima de uma mulher do que seu marido. Sua esposa está no processo de se tornar aquilo que você pensa dela! ¹

Quando uma esposa fala para o seu marido “Obrigada por acreditar em mim”, seu marido está cumprindo o seu chamado.

Você já ouviu essas palavras da sua esposa? Ela já virou para você e disse: “Obrigada por despertar o melhor que há em mim”? Ela fala: “É o seu encorajamento que faz a minha vida ser diferente”? Leia o que estas esposas dizem sobre como seus maridos despertam o melhor delas:

Ele me estima! Ele me diz muitas vezes o quanto eu signi-fico para ele, e me agradece por coisas que eu faço para ele. Ele me elogia na frente de outras pessoas, especialmente na frente de nossos filhos; quando ele faz isso, eu me sinto valorizada e amada. Ele acredita em mim! Ele dá valor aos meus sonhos — e acredita que eu posso fazer o que Deus me chamou para fazer. Ele nunca menospreza meu papel como mulher — mas me trata verdadeiramente por igual.

Ele acredita em mim. Demonstra compreensão. Ele usa o humor para neutralizar um desacordo. Ele não tem medo de admitir que está errado. Ele me elogia muitas vezes. Ele gosta da minha comida. Conversa comigo e me ouve. Ele faz com que eu me sinta importante. Ele assistiria até a

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um filme “água com açúcar” comigo. Ele se mantém sau-dável e com boa aparência. Ele faz aulas de dança comigo e depois me leva para dançar. Ele me traz flores. Ele deixa recados na minha bolsa.

Meu marido sabe ouvir. Ele aprendeu ao longo dos anos que a forma com que eu processo os problemas é “de-talhando-os” em voz alta — ou conversando sobre eles. Basta ter toda a atenção dele, e logo a solução vem a mim. Eu não preciso necessariamente resolver o problema; pre-ciso de atenção.

Ele me conhece verdadeiramente e quer que eu seja o me-lhor daquilo que Deus me criou para ser. Nós somos mui-to opostos um do outro na maioria das coisas, mas aceita-mos um ao outro e não tentamos mudar um o outro. Ele me estuda — minhas necessidades, meus desejos, minhas forças, fraquezas, alegrias, tristezas; e ele vai ao encontro das minhas necessidades, não importa onde ou como faça isso. Ele me encoraja através de palavras e ações, me exorta quando necessário e me trata como um presente de Deus para ele. Eu sou livre para florescer como a pessoa que Deus me criou para ser sem medo de tomar nada do meu esposo. Eu sou tão grata!

Nem todas as respostas das esposas são positivas. Algumas esposas lamentam a falta de encorajamento na vida delas. Leia alguns relatos de esposas que descreveram o que elas desejariam que seus esposos não fizessem:

[Eu gostaria que ele] não se irasse tão facilmente com as coisas que não saem da maneira dele, ou quando nós dis-cordamos a respeito de algo. Ele tende a reagir de forma

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exagerada e explodir por coisas pequenas. Isso faz dele uma pessoa insatisfeita, e eu não posso relaxar e ser eu mesma. Eu fico me perguntado quando o “Vesúvio” vai entrar em erupção novamente. Isso acaba com a nossa co-municação e danifica a intimidade e proximidade.

Às vezes, ele fica com um ar sarcástico, no qual tudo é uma “pontada” ou um comentário negativo (por causa de seus anos no exército, essa é a forma com que eles se comunicam). Eu gostaria que ele não falasse dessa forma comigo. É difícil para ele sair daquele ambiente e se ajus-tar em casa.

Eu odeio quando ele dá ordens para mim, como se eu fosse uma empregada. Isso me faz sentir como se eu fosse uma idiota. Eu sou uma mulher com alto nível de instru-ção, ainda que ele me faça sentir ser tão idiota. Eu odeio quando ele ameaça extremamente os nossos filhos. Esse é um problema para nós. Ele parece preferir um filho ao outro, e isso realmente cria uma tensão.

Ele me faz promessas e não as cumpre. Ele muitas ve-zes desvia do assunto e esquece o que me prometeu. Isso machuca o meu coração. Ele também é muito orgulhoso quando sabe que feriu meus sentimentos; ele prefere es-perar minha dor e ressentimento passarem do que chegar a mim e pedir perdão ou esclarecer as coisas, porque ele sabe que eu “vou superar isto”. Mas o que ele realmente não sabe é que, até que isso esteja resolvido, a dor e o res-sentimento ainda estarão aqui.

Eu queria que ele não saísse andando para fazer as coisas dele quando eu estou no meio de uma conversa com ele — por exemplo: ele checa e-mails, mensagens no celular

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ou programas — e então volta e espera que eu continue de onde eu parei quando ele decidiu sair da sala.

Muitos maridos realmente tentam encorajar suas esposas, e até pensam que estão fazendo isso. Mas é difícil ser um encora-jador se você não entende o verdadeiro significado do encora-jamento.

EncorajamEnto DEf in iDo

Para ser um encorajador, você precisa ter uma atitude de oti-mismo. O dicionário tem uma das melhores definições da pala-vra “otimismo”. Ele é uma “tendência ou disposição a esperar a melhor consequência possível, ou insistir no aspecto mais espe-rançoso de uma situação”. Quando esta é a sua atitude ou pers-pectiva, você é capaz de encorajar os outros. O encorajamento é “inspirar; continuar em um caminho escolhido; transmitir cora-gem ou confiança”. Pense nos anos passados. Você consegue se lembrar de exemplos práticos e específicos de coisas que você fez que podem ilustrar essa definição?

Talvez você veja encorajamento como elogio e reforço, mas é muito mais do que isso. O elogio é limitado; ele é uma recom-pensa verbal. O elogio enfatiza a competição, tem de ser con-quistado e é muitas vezes dado a alguém por este ser o melhor. O encorajamento, por outro lado, é dado sem limites. Ele pode perceber algo em uma pessoa que outras admitem como natu-ral, e afirmar algo que outros percebem, mas nunca pensam em mencionar. Bruce Larson compartilha esta experiência:

Cedo, em uma manhã, eu tive que pegar um avião de Newark, Nova Jersey, para Syracuse, Nova York, tendo chegado tarde na noite anterior vindo de uma conferência que liderei, e estava indo para outra.

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Eu estava cansado. Eu não tinha programado meu tempo de forma sábia, e estava totalmente despreparado para a intensa agenda que estava diante de mim. Depois de le-vantar cedo e tomar café apressadamente, eu dirigi até o aeroporto com um humor que era tudo, menos positivo. Na hora que o avião decolou, eu estava desconsolado co-migo mesmo.

Sentado no avião com o caderno aberto no meu colo, eu orei: “Ó Deus, ajuda-me. Deixe-me escrever alguma coisa aqui que será útil para o Teu povo em Syracuse”.

Nada veio. Eu esbocei frases a esmo, me sentindo pior a cada momento, e cada vez mais culpado. Tal situação é uma forma de insanidade temporária. Ela renega tudo o que sabemos sobre o próprio Deus e Sua habilidade de redimir qualquer situação.

Lá pela metade do curto voo, uma aeromoça veio pelo cor-redor, trazendo nosso lanche. Todos os passageiros eram homens, pois as mulheres pensam bem antes de voar às sete horas da manhã. Conforme a aeromoça se aproximou do meu assento, eu a ouvi exclamar: “Hei! Alguém está usando a loção pós-barba English Leather . Eu não resisto a um homem que usa essa loção. Quem está usando?”.

Avidamente, eu acenei com minha mão e anuncie: “Sou eu!”.

A aeromoça imediatamente se aproximou e cheirou meu pescoço. Enquanto me deleitava com tão repentina aten-ção, eu apreciava os olhares cobiçosos dos passageiros pró-ximos a mim.

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Durante todo o resto do voo, a aeromoça e eu mantive-mos uma brincadeira agradável a cada vez que ela passava pelo meu assento. Ela fazia algum comentário, e eu res-pondia todo bobo. Vinte e cinco minutos depois, quando o avião se preparou para pousar, eu percebi que minha insanidade temporária tinha desaparecido. Apesar de eu ter falhado de todas as formas — em organizar o tempo, na preparação, na atitude — tudo tinha mudado. Agora eu sabia de verdade que eu amava a Deus e que Ele me amava, apesar da minha falha.

Além disso, eu me amava e amava as pessoas ao meu redor, e as pessoas que estavam esperando por mim em Syracuse. Eu estava como o gadareno endemoniado depois que Je-sus o tocou: vestido, em minha lucidez, e sentado aos pés de Jesus. Eu olhei para o caderno no meu colo e encontrei a folha repleta de ideias que poderiam ser úteis durante o final de semana.

Deus, eu meditei, como isto aconteceu? Então, depois disso, eu percebi que alguém tinha entrado em minha vida e virado uma chave. Era uma chave pequena, virada por uma pessoa bem improvável. Mas aquele simples ato de afirmação, aquela atenção imerecida e inesperada, tinha me levado de volta para a corrente.

Encorajamento é reconhecer sua esposa como tendo valor e dignidade, mesmo quando ela é imperfeita, assim como todos nós somos. Isso significa prestar atenção quando ela está com-partilhando algo com você. É ouvi-la de uma forma que faça com que ela saiba que está sendo ouvida. Quando uma esposa é encorajada, ela faz o seu melhor e se torna o seu melhor.

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a artE Do ouvir

O caminho para o coração do ser humano é pelo ouvir. Hoje, homens e mulheres têm poucas pessoas que os ouvem realmente. A maioria de nós está muitas vezes mais preocupada com o que vai dizer quando a outra pessoa parar de falar. Isto é uma viola-ção das Escrituras. Tiago diz a todos nós para sermos “prontos a ouvir” (Tiago 1:19). Provérbios 18:13 diz: “O que responde antes de ouvir comete estultícia que é para vergonha sua”.

Muitos de nós temos circuitos sociáveis, mas nossos circuitos internos estão obstruídos. Quando perguntaram a uma mulher o que seu marido poderia fazer para despertar o que há de me-lhor nela, ela disse: “Ouvir. Ouvir sem julgar ou sem ter precon-ceito; ouvir e aceitar. Ouvir somente para me entender. Ouvir ao invés de me criticar”.

A forma pela qual você ouve a sua esposa também precisa estar sob medida para ela. Homens e mulheres têm diferentes estilos de ouvir, e isso ajuda a entender que diferenças são essas. As mulheres tendem a dar mais respostas e retorno enquanto estão ouvindo. Estas respostas geralmente são um “Eu estou com você” ou “Eu estou entendendo” ou ainda “Eu estou li-gada a você”. Elas nem sempre significam “Eu concordo com você”. Por outro lado, nós, homens, tendemos a não somente falar menos, mas nosso retorno geralmente significa “Eu con-cordo com você”. Você já se deparou com a diferença entre a forma do homem e da mulher de dar retorno? A maioria de nós já. Quando você está ouvindo a sua esposa, ela pode precisar de menos retorno vindo de você do que aquilo que você julga necessário. Você não pode se comunicar como se ela fosse um homem. Ouvi-la silenciosamente pode levá-la a respostas como: “Obrigada por me ouvir de verdade. Não ser interrompida me ajuda a manter meu pensamento no rumo certo”.

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É verdade — a simples habilidade de ouvir tem um impacto nas esposas maior do que muitos maridos percebem. Um dos maiores anseios de qualquer pessoa é ser ouvida. O dom de ser um bom ouvinte é o maior dom de cura que você pode dar para sua esposa. Um conselho não solicitado não é um dom de cura; e nem pensar no que você vai falar enquanto ela está falando, e então interrompê-la ou terminar as frases dela. Outros “não dons” são silenciar a expressão verbal dos sentimentos dela, ten-tando tranquilizá-la, ou terminar a conversa em uma tangente que é interessante para você, mas não tem conexão com aquilo que sua esposa disse. Você lerá sobre isso mais tarde.

O verdadeiro encorajamento faz com que aquilo que sua es-posa esteja fazendo ou dizendo faça sentido. É deixar que ela sai-ba que você se importa com ela. Quando você a encoraja, você a respeita. Você reformula o negativo para o positivo ao descobrir os elementos construtivos nas situações, tais como identificar as dificuldades dela e focar em seus esforços e contribuições.

Isso significa que você encontra algo de valor para reconhecer quando todo mundo se desespera! Isso dá trabalho? Você pode apostar que sim. Mas não olhe para isso como uma obrigação; é na verdade um privilégio. O encorajamento edifica sua esposa. Ele foca em qualquer fonte que pode ser transformada em bem ou força.

O encorajamento também significa que você espera o melhor dela. Veja o que aconteceu com este rapaz porque o diretor de seu colégio esperou mais dele:

Eu me lembro bem do dia que tivemos uma assembleia escolar. Três amigos e eu saímos do auditório da escola. Todos nós estávamos felizes. Nós sabíamos que estávamos seguros: todo mundo estava na assembleia. E, então, advi-

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nha quem acabou passando por ali? O diretor. Nós fomos pegos em flagrante. Meus amigos fugiram em três dire-ções e me deixaram parado lá. O diretor me pegou pela gola da camisa e me levou pelo corredor na frente de todo o auditório, logo que a assembleia estava terminando. Eu pensei que ia morrer. Centenas de crianças me viram na-quela situação humilhante.

Ele me levou para sua sala e me advertiu verbalmente sem pena. Parecia que aquilo ia durar para sempre. Talvez tenha durado somente dez ou quinze minutos. Eu mal podia esperar para sair dali. Daquele momento em dian-te, eu odiei aquele cara. Eu esperei que ele advertisse os meus amigos, mas ele nunca fez isso. Ele sabia quem nós éramos, mas não fez nada. Um dia eu o vi no corredor, e perguntei por que ele não foi atrás deles. Não era justo eu ter sido o escolhido.

Em vez de me dar uma resposta ali mesmo, ele me pegou pela gola da camisa e me levou de volta ao seu escritório. Ele me pôs sentado, mas a advertência não levou mais que um minuto desta vez. Eu nunca me esquecerei do que ele disse: “Eu desejo o melhor para os seus amigos. Eu não sei o que vai acontecer com eles, mas você poderia ser diferente. Eu espero mais de você do que isto. Você está viajando pela vida. Quando você vai fazer algo que realmente deve fazer?” Ele se virou e saiu. Parecia que eu tinha levado um tapa na cara. Ele estava certo; eu estava viajando. E, nestas situações, só há uma direção para a qual você pode ir — para baixo.

Eu estava no terceiro ano do Ensino Médio naquela épo-ca. Comecei a estudar mais nas minhas aulas e fiz um

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novo grupo de amigos. No meu último ano, eu tive média A. Eu tinha C e D antes. Eu decidi que queria ir para a faculdade, mas quando fui apresentar meu histórico, eu não consegui entrar. Minhas notas foram muito ruins nos períodos anteriores. Meu diretor escreveu uma car-ta de recomendação a meu respeito, e como resposta, a universidade concordou em me admitir com um status experimental. Eu escolhi a minha área por causa daquele homem. Ele se transformou em um mentor, como um segundo pai para mim.

Dois anos atrás, eu fiz o discurso fúnebre em seu funeral. Eu nunca me esquecerei dele. Eu sempre serei diferente por causa dele. Ele me deu algo para pôr em prática.³

Por causa da nossa cultura, nós nos tornamos habilidosos em encontrar falhas. Mas o encorajamento é justamente o oposto de uma aproximação com pouca orientação. Para ser um enco-rajador, você precisa ir contra a nossa cultura e não ficar “con-formado com este mundo”. A sua esposa poderia dizer que você está mais disposto a apontar os erros, as fraquezas e as dívidas dela do que seus pontos fortes? Sua resposta diz muito, assim como um homem descobriu:

Quando me casei com minha esposa, nós dois éramos in-seguros, e ela fazia tudo o podia para me agradar. Eu não percebia o quão dominante e indiferente eu era com ela. Minhas ações no início do nosso casamento fizeram com que ela retrocedesse ainda mais. Eu queria que ela se auto-afirmasse, que levantasse a cabeça e colocasse seus ombros para trás. Eu queria que ela tivesse o cabelo comprido e estivesse sempre perfeita. Eu queria que ela fosse feminina e sensual.

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Quanto mais eu queria que ela mudasse, mais retraída e insegura ela se sentia. Eu estava causando nela o oposto do que eu queria que ela fosse. Eu comecei a perceber as obrigações que eu estava impondo a ela, nem tanto por palavras, mas através da minha linguagem corporal.

Pela graça de Deus, eu aprendi que eu devo amar a mulher com quem eu me casei, não a mulher das minhas fanta-sias. Eu fiz um compromisso de amar Susan por quem ela é — por quem Deus a criou para ser.

A mudança veio de uma forma bem interessante. Duran-te uma viagem para Atlanta, eu li um artigo na revista Reader’s Digest. Tirei uma cópia dele, e desde então o te-nho em meu coração e minha mente.

Ele falava da história de Johnny Lingo, um homem que viveu no Pacífico Sul. Todos os ilhéus falavam muito des-te homem, mas quando chegou a hora dele achar uma esposa, as pessoas balançaram suas cabeças em descrença. Para ter uma esposa antigamente era preciso pagar por ela, dando vacas ao pai da mulher. De quatro a seis vacas era considerado um alto preço. Mas a mulher que Johnny Lingo escolheu era simples, magra, e andava com seus ombros arqueados e sua cabeça abaixada. Ela era muito hesitante e tímida. O que surpreendeu a todos foi a ofer-ta de Johnny — ele deu oito vacas por ela! Todos riram daquilo, pois eles acreditavam que o sogro tinha passado a perna nele.

Muitos meses após o casamento, um visitante dos Estados Unidos foi às ilhas a negócios e ouviu a história a respeito de Johnny Lingo e sua esposa que valia oito vacas. Ao co-nhecer Johnny e sua esposa, o visitante ficou totalmente

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surpreso, pois aquela não era uma mulher tímida, sem graça e hesitante, mas sim uma mulher linda, equilibrada e confiante. O visitante perguntou a respeito da transfor-mação e a resposta de Johnny Lingo foi muito simples: “Eu queria uma mulher que valesse oito vacas, e quando eu paguei isto por ela e a tratei desta forma, ela começou a acreditar que ela era uma mulher que valia oito vacas. Ela descobriu que valia mais do que qualquer outra mulher nas ilhas. E o que mais importa é o que uma mulher pensa sobre si mesma”.

Essa simples história impactou minha vida. Imediatamen-te, eu enviei flores para Susan (eu raramente fazia isso, se é que eu tinha feito isto antes). A mensagem no cartão simplesmente dizia: “Para minha esposa que vale oito va-cas”. A florista, que era uma amiga minha, pensou que eu tinha perdido a cabeça e me questionou se isso era o que eu realmente queria dizer.

Susan recebeu as flores com total surpresa e ficou perplexa com o cartão. Quando eu voltei da viagem, eu disse a ela que a amava por quem ela era e que a considerava a minha esposa que valia oito vacas, e então dei o artigo para que ela lesse.

Agora, eu procuro por formas que mostram que eu te-nho orgulho dela e o quanto eu me importo com ela. Um exemplo sobre isso envolveu um anel. Quando nós noiva-mos, eu dei a Susan um antigo anel de noivado que herdei da irmã de minha bisavó. Susan pareceu muito grata e eu nunca mais pensei nada sobre aquilo. Mas eu tinha que economizar dinheiro, e foi exatamente dessa forma que ela se sentiu. Depois de 20 anos de casamento, ela com-

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partilhou comigo como ela se sentiu a respeito do anel vindo de outras gerações. Todos em nossa família estavam querendo saber mais sobre diamantes. Susan encontrou um que ela gostava. Não era a maior pedra, nem a mais cara. Eu poderia pagar bem mais. Eu o comprei e dei a ela no Natal. “Para a minha esposa que vale oito vacas, com todo o meu amor!” Entretanto, o que aquilo fez para o nosso relacionamento foi impressionante.

Primeiro: aquilo me transformou! Meus desejos começa-ram a mudar. Meu desejo agora é que Susan seja tudo o que Deus a criou para ser. Minha responsabilidade como seu marido é permitir a ela essa liberdade.

Aquilo também a transformou. Susan se tornou livre. Ela aprendeu quem é em Cristo. Ganhou confiança e segu-rança própria. Ela está mais consciente sobre sua aparên-cia, suas roupas, cabelo e maquiagem, porque ela está livre para ser quem é.

Susan raramente compra roupas para si mesma. No ano passado, no Natal, eu falei que compraria, a cada mês, um tipo de roupa ou acessório para ela. Aquilo levantou a confiança em sua aparência. Ela parece melhor porque ela quer estar melhor!

Susan é realmente uma esposa que vale oito vacas, de quem eu sou muito orgulhoso. Nós estamos casados des-de 1971.

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o EncorajamEnto E a acE itação anDam DE mãos DaDas

Muitas vezes ouvimos algo sobre o posicionamento positivo de um pai encorajador para uma criança. Eu me lembro de um dia ouvir uma entrevista com Scott Hamilton, que se tornou um nome familiar na patinação no gelo profissional. Durante as Olimpíadas de Inverno de 1992, Scott trabalhou como comen-tarista nos eventos de patinação no gelo. Durante seu tempo na TV, ele compartilhou sua relação especial com a mãe, que morreu antes de ele ganhar uma medalha olímpica de ouro. Ele disse: “A primeira vez que eu patinei no U.S. Nationals, eu caí cinco vezes. Minha mãe me deu um abraço apertado e disse: ‘É somente o seu primeiro campeonato nacional. Não é nada demais’. Minha mãe sempre me deixou ser eu mesmo. Três anos depois, eu ganhei o meu primeiro Nacional. Ela nunca disse que eu podia fazer melhor ou que eu tinha que evoluir. Ele só me encorajava”.

Uma esposa compartilhou comigo: “Meu marido é uma pes-soa muito apoiadora. Ele acreditava no que eu podia fazer, mes-mo quando eu não podia, especialmente nos primeiros anos do nosso casamento. Ah, ele dava sua opinião e muitos conselhos, mas sem julgar. Ele cuidava de mim como pessoa, não pelo que eu fazia ou poderia fazer. No tempo certo, eu senti que poderia fazer qualquer coisa que eu me propusesse. Mas a melhor coisa que ele já me deu foi acreditar em mim. E ele ainda acredita”.

Encorajamento significa que você demonstra fé em sua es-posa e no potencial dela. Significa que você acredita nela sem evidenciar que ela é verosímil. Isso é difícil para aqueles que pensam “Eu creio quando consigo ver”.

Talvez você tenha um sonho para sua esposa. Você é capaz de ver coisas que ela não pode ver, tal como potenciais não explora-

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dos. Você já ouviu falar no peixe de quatro olhos? É uma criatu-ra de aparência muito estranha. Eu acho que você não ia querer um pendurado em sua parede. É um peixe natural das águas equatoriais da região oeste do Atlântico. Anableps é o nome téc-nico desse peixe. (Não coloque o nome de um de seus filhos de Anableps!) Esse nome significa “aquele que olha por cima” por causa da sua estrutura ocular incomum. Essa criatura única tem dois olhos empilhados. A metade de cima e a de baixo de cada globo ocular operam independentemente e têm córneas e íris separadas. Então, se você fosse confrontar um desses em seu ha-bitat natural, você o veria com seus olhos superiores aparecendo fora da água. Isso o ajuda a encontrar comida, assim como a identificar os inimigos do ar.

Agora, lembre-se: esse peixe também tem olhos inferiores. Os olhos ficam focados na água, da maneira típica da maioria dos peixes. Por um lado, o peixe navega na água como qualquer outro peixe. Mas eles têm a vantagem de ver o que os outros pei-xes não podem por causa dos seus olhos superiores. Eles veem nos dois mundos. Se você fosse assim, tivesse quatro olhos, dois para ver a realidade e dois para ver o que poderia acontecer, você seria um encorajador incomum!4 Como você tem feito isso com sua esposa nesta época da sua vida?

John Maxwell, em seu livro Be a People Person, diz que preci-samos antever que os outros farão o seu melhor. “Quando tra-balhava com pessoas eu sempre tentava olhar para elas não da forma que elas eram, mas sim como elas poderiam ser. Ao prever que essa visão se tornará real, para mim é fácil encorajá-las à me-dida que elas se desenvolvem. Aumente seu nível de expectativa, e você aumentará o nível de conquista delas.” 5

Talvez a melhor forma de descrever o encorajamento seja através do exemplo da jardinagem. Eu cultivei flores e vegetais por alguns anos. Alguns anos foram bons; outros eu prefiro es-

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quecer! Houve épocas que eu cultivei tomates. Há uma forma certa e uma forma errada de cultivar tomates. A forma certa é ter certeza de que você terá um bom solo com variedade de nutrien-tes. Você precisa de água, cultivo e fertilizantes nas quantidades certas. Você também precisa fortificar a planta ou usar gaiolas redondas de fio para que elas cresçam. Elas precisam de suporte, ou seus ramos quebrarão. Às vezes é preciso colocar uma capa protetora e, acima de tudo, ter cuidado com insetos, especial-mente pragas.

Depois de fazer tudo isso, você pode levar muitas semanas de folga, sem fazer nada, certo? Não, você tem que cuidar das plantações de tomate, consistentemente mais do que esporadi-camente, ou elas não produzirão a safra.

Dar encorajamento é como cuidar de plantações de toma-te. Dá trabalho — trabalho constante e consistente — para ser eficaz.6 Quando você é um encorajador, você é como um explo-rador ou um mergulhador de mares profundos procurando por um tesouro perdido. Cada mulher tem fontes pouco desenvol-vidas dentro dela. Sua tarefa como marido é procurar por essas fontes em sua esposa, descobri-las e expandi-las. Quando você descobrir a força em sua esposa, você começará a focar nessa força. Você olhará e cuidará de sua descoberta. Primeiramente, sua descoberta pode ser difícil e imperfeita. Caçadores de talen-tos e olheiros de times profissionais de esporte fazem isso a todo tempo. Eles veem um talento raro e uma habilidade não desen-volvida, mas têm a sabedoria de ver além daquilo. Eles olham para o futuro e veem o que pode acontecer se todo o potencial for cultivado e desenvolvido. Você olha para sua esposa desta forma?

Encorajar sua esposa significa que você a honra e a respeita porque acredita nela.

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Eu comecei a praticar esportes bem tarde em minha vida. Comecei no raquetebol assim que completei quarenta anos. Uma das razões para que eu me envolvesse nisso foi um pastor de jovens que trabalhava comigo nos primeiros meses. No iní-cio, eu estava bem desencorajado, especialmente quando perce-bi a capacidade de alguns daqueles jovens. Mas Tom foi paciente e ficava empolgado quando eu fazia qualquer coisa certa. Ele me encorajou; ele acreditou em minha habilidade; ele viu em mim o que eu poderia me tornar, e aquilo fez muita diferença. Quase vinte anos depois, eu ainda jogava. Ganhei confiança, e alguns daqueles jovens não me ganhavam mais!

o quE o EncorajamEnto ProDuz

Você é como o fogo do refinador. O que você percebe e encoraja pode ser refinado de uma maneira positiva. Qualquer movimen-to que você vê ser conduzido a uma direção saudável e positiva precisa da sua atenção e apoio.7 Você está dizendo: “Esforce-se. Você pode fazer isto!”

Uma das qualidades características que serve para que eles sejam encorajadores é a gentileza. Esta qualidade significa que quando você descobre em que outra pessoa é vulnerável ou sen-sível você não fica imóvel, hostil ou rigoroso. Quando você des-cobre um lugar tenro e sensível em sua esposa, você o protege mais do que passa por cima dele. À medida que pensar nas for-mas de encorajar sua esposa, pergunte a si mesmo:

•Eu sou gentil, especialmente com aquelas áreas sensí-veis?

•Eu estou a tratando da forma que eu queria ser tratado?•Eu estou edificando esperança na vida dela?•Ela se sente segura comigo nessas áreas sensíveis?

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Um marido compartilhou comigo como ele encorajou sua esposa a dar alguns passos para caminhar na vida:

Minha esposa e eu estávamos acostumados a viver com duas rendas quando nosso primeiro filho nasceu e eu co-mecei o seminário. Nós dois fomos trabalhar em meio expediente para nos ajustar a nossa nova família e às de-mandas da escola. Nossa renda reduzida também fez com que nos mudássemos para uma casa bem menos atraente. Além disso, foi necessário nos tornarmos mais econômi-cos do que já tínhamos sido antes. Minha esposa não é na-turalmente dada a selecionar preços, usar cupons de des-conto ou outras medidas para economizar. Naturalmente pão-duro, eu entendi que precisava encorajar a mudança.

Para encorajar minha esposa a mudar seus hábitos de compras, eu fiz muitas coisas: (1) Orei para que ela esti-vesse aberta à mudança e que Deus me mostrasse o que fazer e dizer para que ela quisesse mudar; (2) Eu, diploma-ticamente, transmiti algumas ideias de corte de custos que eu sabia ou que tinha aprendido; (3) Apoiei as virtudes do corte de custos e das práticas de outras mulheres econô-micas que nós dois conhecíamos, elogiando-a a cada vez que ela chegava em casa com uma pechincha; (4) Eu dei exemplos de economia e consciência dos custos; (5) Per-miti que ela mudasse e me exortasse nesta área também; (6) Confiei em Deus para mudá-la, porque eu não pode-ria fazer isso sozinho.

O desafio de viver com menos, especialmente com a es-cola e depois um segundo filho, era algo intimidador. En-tretanto, nós ainda podíamos dizimar em nossa igreja e continuar a poupar, mesmo quando minha esposa não es-

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tava trabalhando logo depois do nascimento da menina, a número dois. Minha esposa não é orgulhosa de seu geren-ciamento das finanças de casa, mas eu tenho orgulho dela, e nós dois temos um profundo apreço pela forma com que Deus abençoa aqueles que gerenciam bem aquilo que Ele ordena. Nós temos sido abençoados pela libertação do amor ao dinheiro e às coisas – e através da generosidade dos outros em tempos de necessidades especiais. Nós tra-balhamos juntos de maneira construtiva, e uma ameaça em potencial ao nosso relacionamento nos aproximou e nos deu confiança para encarar outros desafios.

Talvez você seja como alguns homens com quem eu conver-sei, ou eu devo dizer, homens que conversaram comigo! Eles di-zem: “Por que eu preciso ser aquele que dá todo encorajamento? Eu preciso dele tanto quanto ela, e eu estou faminto por algum encorajamento”.

“Isso parece com aquilo que eu tenho ouvido há anos. Nós, homens, temos que dar, dar e dar. E se eu faço mais que isto, ela vai esperar ainda mais!”

“Isso parece unilateral para mim. Muitos de nós, homens, passam a vida famintos pela realização de alguma necessidade. Por que não trabalhar com as esposas para que elas fiquem mais cuidadosas?”

Estas são perguntas boas, honestas. Eu tenho duas respostas.Primeiro: este não é um livro direcionado às mulheres. Ele foi

escrito para encorajar os homens a despertar o que há de melhor na mulher da sua vida. Nós, como maridos, temos uma necessi-dade de crescer e nos desenvolver como encorajadores. Em um relacionamento conjugal, nós muitas vezes funcionamos como um termostato. O que nós fazemos afeta a temperatura deste relacionamento. A maioria dos homens foi criada de uma forma

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que os limitou emocionalmente e fez deles deficientes nos rela-cionamentos; e eu também estou falando de mim. Nós temos muito a aprender! E nós podemos fazer melhor (alguns de nós já aprendemos a ser parceiros melhores no casamento). Mas há outros livros e ajudas para que as mulheres leiam, incluindo o parceiro deste volume — Despertando o que Há de Melhor em Seu Marido. O livro que você está lendo, no entanto, é para homens.

Segundo: como cristãos, nós realmente não temos uma es-colha relacionada a encorajar ou não aos outros. Não devemos tomar essa decisão. As Escrituras dizem que outros saberão que nós somos cristãos pelo amor que demonstramos uns pelos ou-tros. Uma das formas que nós refletimos esse amor é sendo en-corajadores. Olhe para o que a Palavra de Deus nos diz para fazer.

Em Atos 18:27, a palavra “encorajar” significa “motivar ou persuadir”. Em 1 Tessalonicenses 5:11, ela significa “estimular outra pessoa nas simples obrigações da vida”.

Reflita nestas palavras encontradas em 1 Tessalonicenses 5:14: “Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis (preve-nir e aconselhar seriamente) os desordeiros [os desocupados, os desordeiros, e os indisciplinados]; consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos [sempre mantendo seu temperamento]”.

As Escrituras usam uma variedade de palavras para descrever tanto nosso envolvimento com os outros, assim como relaciona-mentos reais. A palavra “encorajar” (parakaleo) significa “supli-car ou exortar”. Sua intenção é criar um ambiente de urgência para ouvir e responder a uma diretriz. É um verbo suavemente ativo. Paulo o usou em Romanos 12:1 e 1 Coríntios 1:4.

A palavra “encorajar” (paramutheomai) significa “consolar, confortar e se alegrar”. Este processo inclui elementos de en-

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tendimento, redirecionamento de pensamentos e um desvio de foco do negativo para o positivo. No contexto do versículo, ele se refere ao indivíduo tímido que está desencorajado e pronto para desistir. É uma forma de emprestar sua fé e esperança para a pessoa até que ela desenvolva a sua própria. De que forma a sua esposa precisa que você empreste a sua fé para ela?

A palavra “ajudar” (anechomai) primeiramente contém a ideia de “ter interesse em, dedicar-se a, prestar assistência ou dar apoio espiritual e emocional”. Não é tanto um envolvimento ativo, mas uma aproximação passiva. Ela sugere a ideia de andar ao lado de uma pessoa e suportá-la. No contexto de 1 Tessalo-nicenses 5:14, ela parece se referir àqueles que são incapazes de ajudar a si mesmos. De que forma sua esposa precisa deste tipo de ajuda agora?

Primeira Tessalonicenses 5:11 declara: “Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazen-do”. Hebreus 3:13 diz que nós devemos nos encorajar “uns aos outros todos os dias”. Na estrutura deste versículo, o encora-jamento é associado à proteção do cristão contra as calúnias. Hebreus 10:25 diz: “Não deixemos de reunir-nos como igre-ja... mas encorajemo-nos uns aos outros”. Desta vez, a palavra significa manter alguém em pé que, se deixado sozinho, cairia. Seu encorajamento serve como uma base de concreto de uma armação. De que forma sua esposa precisa desse tipo de suporte neste momento? Um dos meus versículos favoritos é Provérbios 12:25: “O coração ansioso deprime o homem, mas uma palavra bondosa o anima”.

A Palavra de Deus é clara a respeito do que nós devemos fazer. Para sermos encorajadores consistentes, precisamos refle-tir as qualidades do caráter de 1 Coríntios 13. Aqui estão elas, amplificadas de uma forma única:

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•Paciente (ser tolerante com as fraquezas, imperfeições e defeitos da sua esposa)

•Bondoso (ser delicado e atencioso com sua esposa)•Não é ciumento (com as amizades verdadeiras com outras

pessoas ou dos talentos e dons especiais da sua esposa)•Não é orgulhoso (com a aparência pessoal ou conquistas

na tentativa de competir com sua esposa)•Não é arrogante (não desprezar a aparência ou as con-

quistas da sua esposa; não menosprezar sua esposa)•Não é rude (levar em consideração as necessidades e sen-

timentos da sua esposa)•Não faz tudo à sua maneira (desejar abrir mão; conside-

rar as necessidades e interesses da sua esposa)•Não se irrita (não retrucar a sua esposa; ser acessível)•Não é rancoroso (não guardar ressentimentos; perdoar)•Não se alegra no que é errado (não se deleitar na desgraça

de sua esposa; não calcular ou contabilizar os erros dela) •Alegra-se no certo (ser confiável; não tentar esconder coi-

sas da sua esposa)•Suporta todas as coisas (apoiar sua esposa em tempos de

luta)•Crê em todas as coisas (considerar o que sua esposa disse,

antes de responder)•Espera em tudo (não se projetar no pessimismo sobre o

seu relacionamento; manter uma atitude positiva)•Resiste a todas as coisas (não ceder às pressões da vida;

desejar ficar ao lado da sua esposa quando ela estiver em meio às lutas pessoais)8

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Se você quer uma esposa de caráter, que corresponda à altura, siga as direções nesta passagem das Escrituras. A passagem clás-sica de Provérbios 31:10-11 revela o motivo principal da mulher de Provérbios ser da forma que é. A Nova Versão Internacional diz: “Seu marido tem plena confiança nela”. A versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel diz: “O coração do seu marido está nela confiado”. Talvez a versão da Nova Tradução na Linguagem de Hoje resuma isso da melhor forma:

Como é difícil encontrar uma boa esposa! Ela vale mais do que pedras preciosas! O seu marido confia nela e nun-ca ficará pobre.

O que você tem em seu coração para sua esposa hoje?

DEscobrinDo o EncorajaDor Em você

1. Qual é o seu estilo — dizer para sua esposa o que ela fez de errado ou o que ela fez de certo? Que comportamen-tos trazem à tona sua pior reação?

2. Pense a respeito das várias vezes que você sabe que suas palavras influenciaram a autoestima de sua esposa, seja positiva ou negativamente. Tente lembrar-se do que você percebeu sobre ela — a forma que ela se vestiu, a forma que ela arrumou o cabelo e usou maquiagem, a forma com que ela cuidou de si mesma. A que conclusões você pode chegar sobre isso como um catalisador para uma mudança positiva ou negativa?

3. A palavra “encorajar” (paramutheomai) significa “conso-lar, confortar e se alegrar”. No contexto de 1 Tessaloni-censes 5:14, ela se refere à pessoa tímida, que é desen-

corajada e está pronta para desistir. Esta é uma questão de emprestar sua fé e esperança à outra pessoa. De que formas sua esposa precisa que você empreste sua fé a ela neste momento?

4. Reveja a lista das 15 qualidades de caráter que definem o amor (de 1 Coríntios 13:4-7). Escolha as características que são mais problemáticas em seu relacionamento com sua esposa. Peça a Deus para criar em você a qualidade de caráter que você mais gostaria de desenvolver. Considere que tipo de discurso ou que ações refletiriam essa qua-lidade em sua esposa. (Este será um exercício espiritual para se fazer por muitas vezes conforme Deus mostrar novas formas de amar e encorajar sua esposa e lhe capa-citar a fazer isso.)

5. Como a passagem de Provérbios 31:10-11 descreve a for-ma que você vê sua esposa? Se ela não descreve o que está em seu coração, que tipos de comportamentos em você, colhidos neste capítulo, poderiam encorajar sua esposa a se tornar a mulher que “vale mais do que pedras precio-sas”?

despertando o que há de melhor em sua esposa · 2015. 9. 24. · apreciadas e admiradas. além de...

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