despertando o melhor em sua esposa

Despertando o que há de Melhor em Sua Esposa

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É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.

Bringing Out The Best in Your Wife© Copyright 2010 by H. Norman WrightOriginally published in the USA by Regal Books.A Division of Gospel Light Plublications, Inc.Ventura, CA 93006 U.S.A.All Rights Reserved

As passagens bíblicas utilizadas ao longo deste livro foram retiradas majoritariamente das versões bíblicas de João Ferreira de Almeida e Nova Versão Internacional.

Editor Responsável: Claudio RodriguesCoeditor: Thiago RodriguesCapa e editoração: Chayanne MaiaraTradução: Marco Antonio CoelhoRevisão de Texto: Christiano Titoneli Santana Mitsue Siqueira Ariana Fátima C. Baptista ISBN: 978-85-61411-67-11ª edição – Maio/2011Impressão: PromoveClassificação: Vida Cristã / Relacionamento

Impresso no Brasil

1. Acredite em Sua Esposa 07

2. Maridos Falam Abertamente 33

3. Esposas Falam Abertamente 59

4. Entenda Sua Esposa 91

5. Um Romance Com Sua Esposa 111

6. O Plano de Deus Para os Maridos 135

7. Perguntas que os Homens Fazem 153

8. O Poder de um Homem de Oração 183

9. Alguns Pensamentos Finais 209

Notas Finais 215

Sumário

Acredite emSua Esposa

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Por diversas vezes, eu fiz esta Pergunta aos ma-ridos: “Se sua esposa pudesse mudar algo em si mesma, o que você gostaria que ela mudasse?” Imagine quantas respostas dife-rentes eu ouvi ao longo dos anos; elas variavam das mais absur-das e ridículas até as que são muito positivas e motivadoras. De vez em quando eu ouço: “Nada. Nada pode ser feito. Ela nunca vai mudar”. Certa vez eu ouvi: “Eu queria que minha esposa se valorizasse mais. Gostaria que ela visse a si mesma da manei-ra que Deus a vê. Ela tem tanto potencial. Eu gostaria de ver este amadurecimento”. Esta é uma resposta e tanto! Esse marido quer que sua esposa seja o melhor que ela pode ser. Isto é pos-sível? Sim! Ela pode fazê-lo sozinha? Não! Você, como marido, pode transformar sua esposa? Sim e não! Você não pode fazer isto por ela ou exigir que a mudança aconteça. Mas você pode motivar a transformação. Você tem mais influência e poder so-bre a mudança do que imagina.

O mais importante é: a convicção que você tem em sua espo-sa determinará quem ela se tornará. Quando lemos Efésios 5:25, vemos que o marido deve amar sua esposa assim como Cristo amou a Igreja (amá-la por meio do sacrifício); isto também quer dizer que o marido é o “líder de torcida” da esposa.

Todo marido recebe um poder que viabiliza a mudança, o crescimento e a satisfação da capacidade de sua esposa. Há mui-ta verdade nestas palavras:

Não importa o quão linda uma mulher seja, ela enfrentará o sentimento de não gostar de algo em si mesma. Não im-

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Acredite em Sua Esposa

porta quão confiante uma mulher pareça; as inseguranças ainda a perseguirão de vez em quando. Não importa quão realizada uma mulher seja em seu chamado na vida, pois sempre haverá uma parte de si mesma se perguntando se ela está dentro dos padrões exigidos. Algumas mulheres lutam mais que outras, mas todas desejam ser afirmadas, apreciadas e admiradas. Além de Deus, não há outro que fortaleça mais a autoestima de uma mulher quanto o ma-rido. Sua esposa está se tranformando no que você pensa dela! ¹

Quando uma esposa fala para seu marido “Obrigada por acreditar em mim”, este marido está cumprindo o seu chamado.

Você já ouviu essas palavras da sua esposa? Ela já lhe disse: “Obrigada por despertar o melhor que há em mim”? Ela fala: “É a sua motivação que faz a minha vida ser diferente”? Leia o que estas esposas dizem sobre como seus maridos despertam o seu melhor:

Ele me estima! Ele me diz muitas vezes o quanto eu signi-fico para ele e me agradece por coisas que eu faço. Ele me elogia na frente de outras pessoas, especialmente na frente de nossos filhos; quando faz isto, eu me sinto valorizada e amada. Ele acredita em mim! Dá valor aos meus sonhos — e acredita que eu posso fazer o que Deus me chamou para fazer. Ele nunca menospreza meu papel como mu-lher — mas me trata com igualdade.

Ele acredita em mim. Mostra compreensão. Ele usa o hu-mor para neutralizar um desacordo e não tem medo de admitir que está errado. Ele me elogia muitas vezes e gos-ta da minha comida. Conversa comigo e me ouve. Ele faz eu me sentir importante. Ele assistiria comigo até a um

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daqueles filmes melosos que as mulheres, em geral, ado-ram. Ele se mantém saudável e em boa forma. Faz aulas de dança comigo e depois me leva para dançar. Ele me traz flores e deixa recados na minha bolsa.

Meu marido sabe ouvir como ninguém. Ele aprendeu ao longo dos anos que eu processo os problemas “detalhan-do-os” em voz alta — ou conversando sobre eles. Basta ter toda a atenção dele e logo a solução vem a mim. Eu não preciso necessariamente resolver o problema; preciso apenas de atenção.

Ele me conhece verdadeiramente e quer que eu seja o me-lhor do que Deus me criou para ser. Nós somos muito opostos na maioria das vezes, mas nos aceitamos e não tentamos mudar um o outro. Ele se preocupa comigo — com minhas necessidades, meus desejos, minhas forças, fraquezas, alegrias, tristezas; e ele vai ao encontro destas necessidades, não importa onde ou como faça isso. Ele me motiva por meio de palavras e ações, me estimula quando necessário e me trata como um presente que Deus deu a ele. Eu sou livre para florescer como a pessoa que Deus me criou para ser sem medo de tirar nada do meu marido. Eu sou tão grata!

Nem todas as respostas das esposas são positivas. Algumas lamentam a falta de motivação em sua vida. Leia alguns relatos de esposas que descrevem o que elas desejariam que seus esposos não fizessem:

[Eu gostaria que ele] não se irasse tão facilmente com as coisas que não acontecem do jeito dele ou quando nós discordamos a respeito de algo. Ele tende a reagir de for-

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ma exagerada e explodir por coisas muito pequenas. Isso faz dele uma pessoa insegura, e eu não consigo relaxar e apenas ser eu mesma. Eu fico me perguntado quando o “Monte Vesúvio” vai entrar em erupção novamente. Isso acaba com a nossa comunicação e danifica a intimidade e a proximidade.

Às vezes, ele fica com um ar sarcástico no qual tudo é uma indireta ou um comentário negativo (por causa de seus anos no exército; é assim que eles se comunicam). Eu gostaria que ele não falasse dessa forma comigo. Para ele, é difícil sair daquele ambiente e se adaptar em casa.

Eu odeio quando ele me dá ordens como se eu fosse uma empregada. Isso me faz sentir idiota. Eu sou uma mulher com alto nível de instrução, e ainda assim ele me faz sen-tir muito idiota. Eu odeio quando ele trata mal os nossos filhos. O problema é entre nós dois. Aparentemente, ele prefere um filho ao outro e isso realmente cria uma tensão.

Ele faz promessas e não as cumpre. Ele muitas vezes desvia do assunto e esquece o que me prometeu. Isto machuca o meu coração. Ele também é muito orgulhoso quando sabe que feriu meus sentimentos; ele prefere esperar minha dor e ressentimento passarem a chegar e me pedir perdão ou esclarecer as coisas, porque ele sabe que eu “vou superar”. Mas o que ele realmente não sabe é que, até que tudo se resolva, a dor e o ressentimento ainda estarão em mim.

Eu queria que ele não saísse andando para fazer suas coisas enquanto estou conversando com ele — por exemplo: ele checa e-mails, mensagens no celular ou programas — e então volta e espera que eu continue de onde parei quan-do ele decidiu sair da sala.

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Muitos maridos realmente tentam motivar suas esposas, e até pensam que estão fazendo isto. Mas é difícil motivar se você não entende o verdadeiro significado da motivação.

Motivação EsclarEc ida

Para motivar, você precisa ter atitudes otimistas. Uma das me-lhores definições da palavra “otimismo” é “tendência ou dispo-sição a esperar a melhor consequência possível ou insistir no aspecto mais esperançoso de uma situação”. Quando esta é a sua atitude ou perspectiva, você é capaz de motivar a outros. Moti-var é “inspirar; continuar em um caminho escolhido; transmi-tir coragem ou confiança”. Relembre os anos passados. Você se lembra de exemplos práticos e específicos de coisas que fez e que ilustram essa definição?

Talvez você veja a motivação como elogio e reforço, mas ela é muito mais do que isso. O elogio é limitado; é uma recompensa verbal que enfatiza a competição; deve ser conquistado e, muitas vezes, a pessoa é elogiada somente por ter sido a melhor em algo. A motivação, por outro lado, é dada sem limites. Ela envolve a percepção de algo especial em uma pessoa que as outras ad-mitem como natural e envolve a afirmação de algo que outros perceberam mas nunca pensaram em mencionar. Bruce Larson compartilha esta experiência:

Cedo, em uma manhã, eu tive que pegar um avião de Newark, Nova Jersey, para Syracuse, Nova York, chegan-do tarde na noite anterior de uma conferência que liderei e a caminho de outra.

Eu estava cansado. Eu não tinha programado meu tempo de forma sábia, e estava totalmente despreparado para os

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compromissos diante de mim. Depois de levantar cedo e tomar café apressadamente, eu dirigi até o aeroporto com um humor que era tudo, menos bom. Na hora que o avião decolou, eu me senti desconsolado.

Sentado com um caderno aberto no meu colo, eu orei: “Ó Deus, ajuda-me. Faça-me escrever algo útil para o Teu povo em Syracuse”.

Nada veio. Eu esbocei frases a esmo me sentindo pior e cada vez mais culpado. Tal situação é uma forma de insa-nidade temporária. Ela renega tudo o que sabemos sobre Deus e sobre Sua habilidade de redimir qualquer situação.

Lá pela metade do curto voo, uma aeromoça veio pelo corredor distribuindo café. Todos os passageiros eram ho-mens, pois as mulheres pensam muito bem antes de voar às sete horas da manhã. Quando a aeromoça se aproxi-mou do meu assento, eu a ouvi exclamar: “Ei! Alguém está usando loção pós-barba. Eu não resisto a quem passa loção. Quem está usando?”.

Avidamente, eu acenei com minha mão e anuncie: “Sou eu!”.

A aeromoça imediatamente se aproximou e cheirou meu pescoço. Enquanto me deleitava com tão repentina aten-ção, eu apreciava os olhares cobiçosos dos passageiros pró-ximos a mim.

Durante todo o resto do voo, a aeromoça e eu fizemos uma brincadeira agradável cada vez que ela passava pelo meu assento. Ela fazia algum comentário e eu respondia todo bobo. Vinte e cinco minutos depois, quando o avião se preparou para pousar, eu percebi que minha insanidade

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temporária tinha desaparecido. Apesar de eu ter falhado de todas as formas — na organização do tempo, na pre-paração, na atitude — tudo tinha mudado. Agora eu sabia de verdade que amava a Deus e que Ele me amava, apesar da minha falha.

Além disso, eu me amava, amava as pessoas ao meu redor e as pessoas que me esperavam em Syracuse. Eu estava como o gadareno endemoniado depois que Jesus o tocou: vestido, lúcido e sentado aos pés de Jesus. Eu olhei para o caderno no meu colo e vi a folha cheia de ideias que talvez seriam úteis durante o final de semana.

Deus, eu meditei, como isto aconteceu? Então, depois disso, eu percebi que alguém tinha entrado em minha vida e virado uma chave. Era uma chave pequena, virada por uma pessoa bem improvável. Mas aquele simples ato de afirmação, aquela atenção imerecida e inesperada, havia me colocado nos eixos novamente.2

Motivar é reconhecer que sua esposa tem valor e dignidade, mesmo quando ela erra, assim como todos nós. Significa pres-tar atenção enquanto ela está compartilhando algo com você. É ouvi-la de modo que ela saiba que está sendo ouvida. Quando uma esposa é motivada, ela faz o melhor e se torna o melhor.

a artE do ouvir

O caminho para o coração de alguém se faz pelo ouvir. Hoje em dia, homens e mulheres têm poucas pessoas que os ouvem realmente. Muitas vezes, a maioria de nós está mais preocupada com o que vai dizer quando a outra pessoa parar de falar. Isto é

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uma violação das Escrituras. Tiago nos fala para sermos prontos a ouvir (Tiago 1:19). Provérbios 18:13 diz: “O que responde antes de ouvir comete estultícia que é para vergonha sua”.

Muitos de nós temos circuitos sociáveis, mas nossos circuitos internos estão obstruídos. Perguntou-se a uma mulher o que seu marido poderia fazer para despertar o seu melhor, e ela respon-deu: “Ouvir. Ouvir sem julgar ou sem ter preconceito; ouvir e aceitar. Ouvir somente para me entender. Ouvir em vez de me criticar”.

A forma com que você ouve a sua esposa precisa estar sob medida para ela. Homens e mulheres têm estilos diferentes de ouvir, portanto é válido conhecer essas diferenças. As mulhe-res tendem a responder e retornar mais enquanto ouvem. Estas respostas geralmente são um “Eu estou aqui”, ou “Eu estou en-tendendo” ou ainda “Eu estou ouvindo”. Estas frases nem sem-pre significam “Eu concordo com você”. Por outro lado, nós, homens, não somente dizemos menos enquanto ouvimos, mas nosso retorno geralmente significa “Eu concordo com você”. Você nunca se deparou com essas formas diferentes de retorno? A maioria de nós já. Quando você ouve a sua esposa, talvez ela precise menos do seu retorno do que aquele que você julga necessário. Você não pode se comunicar como se ela fosse um homem. Ouvi-la silenciosamente pode levá-la a dar respostas como: “Obrigada por realmente me ouvir. Para mim é bom não ser interrompida enquanto tento organizar meus pensamentos”.

É verdade — habilidades fracas de audição têm um impacto maior do que muitos maridos imaginam. Um dos principais anseios de qualquer pessoa é ser ouvida. Por isso, ser um bom ouvinte é um dos maiores presentes que você pode dar a sua esposa. Um conselho que ela não pediu não é um dom de cura; e nem pensar no que você vai falar enquanto ela está falando,

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e nem interrompê-la ou terminar as frases dela. Outros “não dons” são dizer que está “tudo bem” somente para ignorar o que realmente aconteceu ou focar a atenção em pontos irrelevantes que lhe interessam mas que não têm ligação nenhuma com o que sua esposa falou. Você lerá sobre isso mais tarde.

A verdadeira motivação é a confirmação de que o que sua es-posa faz ou diz tem sentido. É fazê-la saber que você se importa com ela. Quando você a motiva, você também a respeita. Você transforma coisas ruins em boas ao descobrir o que há de positi-vo nas situações, assim como ao identificar os pontos fortes dela e ao se focar em seus esforços e contribuições.

Isto significa que você encontrou algo de valor para reco-nhecer enquanto todos já se desesperaram! Dá trabalho? Você pode apostar que sim. Mas não veja isso como uma obrigação; na verdade, é um privilégio. A motivação estimula sua esposa, pois ela foca em qualquer possível fonte de benefícios ou forças.

Motivar também significa que você espera o melhor de sua esposa. Veja o que aconteceu com este homem porque o diretor de sua escola esperou mais dele:

Eu me lembro bem do dia que tivemos uma assembleia escolar. Três amigos e eu saímos do auditório da escola. Todos nós estávamos bêbados. Nós sabíamos que estáva-mos a salvo: todo mundo estava na assembleia. E, então, advinha quem acabou passando por ali? O diretor. Nós fomos pegos em flagrante. Meus amigos fugiram em três direções diferentes e me deixaram parado lá. O diretor me pegou pela gola da camisa e me levou pelo corredor na frente de todo o auditório, logo que a assembleia estava terminando. Eu pensei que ia morrer. Centenas de crian-ças me viram naquela situação humilhante.

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Ele me levou para sua sala e me advertiu verbalmente sem pena. Parecia que aquilo ia durar para sempre. Talvez te-nha durado somente dez ou quinze minutos. Eu mal po-dia esperar para sair dali. Daquele momento em diante, eu odiei aquele cara. Eu esperei que ele advertisse os meus amigos, mas ele nunca o fez. Ele sabia quem nós éramos, mas não fez nada. Um dia eu o vi no corredor e perguntei por que ele não foi atrás dos outros. Não era justo ele ter me escolhido.

Em vez de me dar uma resposta ali mesmo, ele me pegou pela gola da camisa e me levou de volta ao escritório. Ele me pôs sentado, mas a advertência não levou mais que um minuto desta vez. Eu nunca me esquecerei do que ele disse: “Eu desejo o melhor para os seus amigos. Não sei o que vai acontecer com eles, mas você poderia ser diferen-te. Eu espero mais de você do que isto. Você não está nem aí para nada. Quando vai fazer algo que realmente deve fazer?” Ele se virou e saiu. Parecia que eu tinha levado um tapa na cara. Ele estava certo; eu não estava nem aí. E, nestas situações, só há uma direção para a qual você pode ir — para baixo.

Eu estava no terceiro ano do Ensino Médio naquela épo-ca. Comecei a estudar mais nas minhas aulas e fiz um novo grupo de amigos. No meu último ano, eu tive mé-dia A. Eu tinha C e D antes. Decidi que queria ir para a faculdade mas, quando fui apresentar meu histórico, eu não consegui entrar. Minhas notas foram muito ruins nos períodos anteriores. Meu diretor escreveu uma car-ta de recomendação a meu respeito e, como resposta, a universidade concordou em me admitir para um período experimental. Eu escolhi a minha área por causa daquele

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homem. Ele se transformou em um mentor; um segundo pai para mim.

Dois anos atrás, eu fiz um discurso em seu funeral. Eu nunca me esquecerei dele. Sempre serei diferente por cau-sa dele. Ele me deu uma lição de vida.³

Por causa da nossa cultura, nós nos tornamos habilidosos ca-çadores de falhas. Mas motivação é justamente o oposto de uma abordagem com pouca orientação. Para motivar, você precisa ir de encontro à nossa cultura e não se “conformar com este mun-do”. Sua esposa diria que você está mais disposto a apontar os erros, as fraquezas e as dúvidas dela do que seus pontos fortes? Esta resposta diz muito, assim como um homem descobriu:

Quando me casei com minha esposa, nós dois éramos inseguros e ela fazia de tudo para me agradar. Eu não percebia o quão dominante e indiferente eu era com ela. Minhas ações no início do nosso casamento fizeram com que ela retrocedesse ainda mais. Eu queria que ela se au-toafirmasse, que levantasse a cabeça e colocasse seus om-bros para trás. Queria que ela tivesse o cabelo comprido e estivesse sempre perfeita. Queria que ela fosse feminina e sensual.

Quanto mais eu queria que ela mudasse, mais retraída e insegura ela se sentia. Eu estava fazendo ela ser o oposto do que eu queria que ela fosse. Comecei a perceber as exigências que eu estava impondo a ela, nem tanto por palavras, mas pela minha linguagem corporal.

Pela graça de Deus, eu aprendi que eu devo amar a mulher com quem me casei, e não a mulher das minhas fantasias. Eu fiz um compromisso de amar Susan por quem ela é — quem Deus a criou para ser.

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A mudança veio de uma forma bem interessante. Duran-te uma viagem para Atlanta, eu li um artigo na revista Reader’s Digest. Tirei uma cópia dele, e desde então o te-nho em meu coração e minha mente.

Ele falava sobre a história de Johnny Lingo, um homem que viveu no Pacífico Sul. Todos os ilhéus falavam muito deste homem, mas quando chegou a hora dele achar uma esposa, as pessoas balançaram suas cabeças em descren-ça. Para ter uma esposa antigamente, era preciso pagar por ela dando vacas ao pai da mulher. De quatro a seis vacas era considerado um alto preço. Mas a mulher que Johnny Lingo escolheu era simples, magra, andava com os ombros arqueados e a cabeça abaixada. Ela era muito hesitante e tímida. O que surpreendeu a todos foi a oferta de Johnny — ele deu oito vacas por ela! Todos zombaram pois acreditavam que o sogro tinha passado a perna nele.

Muitos meses após o casamento, um homem dos Estados Unidos foi às ilhas a negócios e ouviu a história a res-peito de Johnny Lingo e sua esposa que valia oito vacas. Ao conhecê-los, o homem ficou totalmente surpreso, pois aquela esposa não era tímida, sem graça e hesitante, mas sim uma mulher linda, equilibrada e confiante. O visitan-te perguntou a respeito da transformação e a resposta de Johnny Lingo foi muito simples: “Eu queria uma mulher que valesse oito vacas, e quando eu paguei isto e a tratei desta forma, ela começou a acreditar que era uma mulher que valia oito vacas. Ela descobriu que valia mais do que qualquer outra mulher nas ilhas. E o que mais importa é o que uma mulher pensa sobre si mesma”.

Essa simples história impactou minha vida. Imediatamen-te, eu enviei flores para Susan (eu raramente fazia isto, se

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é que eu já tinha feito antes). A mensagem no cartão sim-plesmente dizia: “Para minha esposa que vale oito vacas”. A florista, que era uma amiga minha, pensou que eu tinha perdido a cabeça e perguntou se era o que eu realmente queria dizer.

Susan recebeu as flores muito surpresa e ficou perplexa com o cartão. Quando voltei da viagem, eu disse a ela que a amava por quem ela era e que a considerava a minha esposa que valia oito vacas, e então dei o artigo para que ela lesse.

Agora, eu busco maneiras de mostrar que eu tenho orgu-lho dela e o quanto eu me importo com ela. Um exemplo sobre isso envolveu um anel. Quando noivamos, eu dei a Susan um antigo anel de noivado que herdei da minha tia-bisavó. Susan pareceu muito contente e eu nunca mais pensei nada sobre aquilo. Mas eu deixei escapar que pre-cisava economizar dinheiro, e ela sentiu. Depois de vinte anos de casamento, ela compartilhou comigo como ela se sentiu a respeito do anel que me foi dado pela família. Todos em nossa família mostraram interesse em aprender mais sobre diamantes. Susan encontrou um que ela gos-tava. Não era a maior pedra, nem a mais cara. Eu poderia pagar bem mais. Eu o comprei e dei a ela no Natal. “Para a minha esposa que vale oito vacas, com todo o meu amor!” O que esta atitude fez para o nosso relacionamento foi impressionante.

Primeiro: eu fui transformado! Meus desejos começaram a mudar. Meu desejo agora é que Susan seja tudo o que Deus a criou para ser. Minha responsabilidade como ma-rido é dar esta liberdade a ela.

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Aquele fato também a transformou. Susan se libertou. Ela aprendeu a se reconhecer em Cristo. Ganhou confiança e segurança. Ela está mais atenta com sua aparência, suas roupas, cabelo e maquiagem porque ela está livre para ser quem é.

Susan raramente compra roupas para si mesma. No ano passado, no Natal, eu falei que compraria, a cada mês, um tipo de roupa ou acessório para ela. Aquilo estimulou a confiança em sua aparência. Ela parece melhor porque ela quer estar melhor!

Susan é realmente uma esposa que vale oito vacas, de quem eu sou muito orgulhoso. Nós estamos casados des-de 1971.

Motivação E acE itação caMinhaM dE Mãos dadas

Muitas vezes nós ouvimos falar sobre os efeitos positivos de um pai ou de uma mãe que encoraja seu filho. Eu me lembro de um dia ouvir uma entrevista com Scott Hamilton, que se tornou um nome familiar na patinação no gelo profissional. Nas Olimpíadas de Inverno de 1992, Scott trabalhou como comen-tarista nos eventos de patinação no gelo. Durante esse tempo na TV, ele compartilhou sua relação especial com a mãe, que fale-ceu antes que ele ganhasse uma medalha de ouro em olimpía-das. Ele disse: “A primeira vez que patinei no U.S. Nationals, eu caí cinco vezes. Minha mãe me deu um abraço apertado e disse: ‘É só o seu primeiro campeonato nacional. Não é nada de mais’. Minha mãe sempre me deixou ser eu mesmo. Três anos depois, eu ganhei o meu primeiro Campeonato Nacional. Ela nunca

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disse que eu deveria fazer melhor ou que eu precisava evoluir. Ela só me dava motivação”.

Uma esposa compartilhou comigo: “Meu marido é uma pes-soa muito apoiadora. Ela acreditava que eu poderia fazer qual-quer coisa, mesmo quando eu não podia, especialmente em nos-sos primeiros anos de casados. Ah, ele dava sua opinião e muitos conselhos, mas sem julgar. Ele me valorizava como pessoa, e não pelo que eu fazia ou poderia fazer. No tempo certo, eu senti que poderia fazer qualquer coisa a que me propusesse. Mas o melhor presente que ele me deu foi sua confiança em mim. E ele ainda me presenteia com isto”.

Motivar significa que você tem fé no potencial de sua esposa. Significa que você confia nela mesmo quando ela parece inca-paz. Isto é difícil para aqueles que “só acreditam vendo”.

Talvez você tenha um sonho para sua esposa. Você consegue ver coisas que ela não vê, tal como potenciais não explorados. Já ouviu falar no peixe de quatro olhos? É uma criatura de apa-rência muito estranha. Eu acho que ninguém quer um assim no aquário. É um peixe nativo das águas equatoriais da região oeste do Atlântico. Anableps é seu nome científico. (Não coloque o nome de um de seus filhos de Anableps!) Esse nome significa “aquele que olha por cima” por causa da sua estrutura ocular incomum. Essa criatura única tem dois olhos empilhados. As metades de cima e de baixo de cada globo ocular operam inde-pendentemente e têm córneas e íris separadas. Então, se encon-trasse um desses em seu habitat natural, você veria seus olhos superiores, que ficam fora da água. Isso o ajuda a encontrar co-mida, assim como a identificar os inimigos do ar.

Mas lembre-se: esse peixe também tem olhos inferiores. Es-tes ficam dentro da água, como acontece com a maioria dos peixes. Por um lado, o peixe nada como qualquer outro. Mas os Anableps têm a vantagem de ver o que os outros peixes não

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conseguem por causa dos seus olhos superiores. Eles veem dois mundos. Se você fosse assim, tivesse quatro olhos, dois para ver a realidade e dois para ver o mundo das possibilidades, você seria um motivador e tanto!4 De que modo você tem sido assim com sua esposa nesse ponto da sua vida?

John Maxwell, em seu livro Be a People Person, diz que preci-samos antever que os outros farão o seu melhor. “Quando tra-balhava com pessoas eu sempre tentava olhar para elas não da forma que eram, mas como poderiam ser. Ao prever que este olhar se tornaria real, para mim ficava fácil motivá-las à medida que elas se desenvolviam. Aumente seu nível de expectativa e você aumentará o nível de conquista delas.” 5

Talvez a melhor forma de descrever a motivação seja pelo exemplo da jardinagem. Eu cultivei flores e vegetais por alguns anos. Uns foram bons; outros eu prefiro esquecer! Houve épocas que eu cultivei tomates. Há uma forma certa e uma forma erra-da de cultivá-los. A forma certa é você saber que terá um bom solo com variedade de nutrientes. Você precisa de água, cultivo e fertilizantes nas quantidades certas. Você também precisa for-tificar a planta ou usar fios de arame para que elas cresçam. Elas precisam de apoio, ou então seus galhos se quebram. Às vezes é preciso colocar uma capa protetora e, acima de tudo, ter cuida-do com insetos, especialmente pragas.

Depois de fazer tudo isso, você pode tirar muitas semanas de folga sem fazer nada, certo? Não, você tem que cuidar das plantações de tomate, consistentemente mais do que esporadi-camente, ou elas não produzirão a safra.

Motivar é como cuidar de plantações de tomate. Dá traba-lho — trabalho constante e consistente — para que seja eficaz.6 Quando se é motivador, você é como um explorador ou um mergulhador de águas profundas em busca de um tesouro per-dido. Cada mulher tem um reservatório de capacidades ainda

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não desenvolvidas. Sua tarefa como marido é procurar por essas fontes não desenvolvidas em sua esposa, descobri-las e expandi-las. Ao descobrir seus pontos fortes, você manterá o foco nestes. Você refletirá sobre eles e se preocupará com sua descoberta. Talvez, à primeira vista, essa descoberta seja dura e imperfeita. Caça-talentos e olheiros de times fazem isso a todo tempo. Eles veem um talento raro e uma habilidade não desenvolvida, mas, com sabedoria, veem além daquilo. Eles olham para o futuro e veem o que aconteceria se todo o potencial fosse cultivado e desenvolvido. Você olha para sua esposa desta forma?

Motivar sua esposa significa que você a estima e a respeita por acreditar nela;

Eu comecei a praticar esportes bem tarde. Escolhi raquete-bol assim que completei quarenta anos. Uma das razões pelas quais eu me envolvi neste esporte foi um pastor de jovens que trabalhou comigo alguns meses. No início eu estava bem des-motivado, principalmente quando percebi a desenvoltura de al-guns jovens jogadores. Mas Tom foi paciente e ficava empolgado quando eu fazia qualquer coisa certa. Ele me motivou; ele acre-ditou em minha habilidade; ele viu em mim o que eu poderia me tornar, e isto fez muita diferença. Quase vinte anos depois, eu ainda jogava. Eu conquistei confiança, e alguns daqueles jo-vens não conseguiam mais me ganhar!

o quE a Motivação viab il iza

Você é como o fogo refinador. O que você percebe e motiva pode ser lapidado de um modo positivo. Qualquer movimen-to conduzido a uma direção saudável e benéfica precisa da sua atenção e apoio.7 Você diz: “Vai nessa. Você consegue!”

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Uma das qualidades do caráter que capacitam uma pessoa a motivar é a gentileza. Esta significa que, ao descobrir alguma sensibilidade ou vulnerabilidade de outra pessoa, você não se mostra severo, rude ou rigoroso. Quando você descobre uma parte tenra e sensível em sua esposa, você a protege ao invés de passar por cima dela. Enquanto pensa nas formas de motivar sua esposa, pergunte a si mesmo:

•Eu sou gentil, especialmente com aquelas áreas sensí-veis?

•Eu estou a tratando como gostaria de ser tratado?•Eu estou edificando esperança na vida dela?•Ela se sente segura comigo em relação a essas áreas sen-

síveis?

Um marido compartilhou comigo como motivou sua esposa a tomar algumas providências para que ela seguisse em frente na vida:

Minha esposa e eu estávamos acostumados a viver com duas rendas quando nosso primeiro filho nasceu e eu co-mecei o seminário. Nós dois começamos a trabalhar em meio expediente para nos ajustar à nova família e às exi-gências da faculdade. Nossa renda reduzida também nos fez mudar para uma casa bem menos atraente. Além dis-so, foi necessário fazer economias como nunca tínhamos feito antes. Minha esposa não é naturalmente dada a sele-cionar preços, usar cupons de desconto ou outras medidas para economizar. Pão-duro por natureza, eu percebi que precisava estimular a mudança.

Para motivar minha esposa a mudar seus hábitos na hora das compras eu fiz muitas coisas: (1) Orei para que ela

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estivesse aberta à mudança e para que Deus me mostrasse o que fazer e dizer a fim de que ela quisesse mudar; (2) Eu, diplomaticamente, mostrei algumas ideias de corte de custos que conhecia ou que tinha aprendido; (3) Apoiei as virtudes do corte de custos e os costumes de outras mu-lheres econômicas que nós dois conhecíamos, elogiando-a cada vez que ela chegava em casa com uma pechincha; (4) Dei exemplos de economia e consciência dos custos; (5) Permiti que ela também me aconselhasse e estimulasse nessa área; (6) Confiei que Deus iria mudá-la, porque eu não conseguiria fazer isto sozinho.

O desafio de viver com menos, especialmente na facul-dade e depois com um segundo filho, era algo intimida-dor. Entretanto, nós ainda conseguíamos dar o dízimo em nossa igreja e poupar, mesmo quando minha esposa estava de licença maternidade depois do nascimento da menina, a número dois. Minha esposa não sente orgu-lho de seu gerenciamento das finanças de casa, mas eu me orgulho dela, e nós dois temos um profundo apre-ço pela forma com que Deus abençoa os que gerenciam bem aquilo que Ele confia. Nós fomos abençoados pela libertação do amor ao dinheiro e às coisas – e pela gene-rosidade dos outros em tempos de necessidades maiores. Nós trabalhamos juntos de maneira construtiva, e uma possível ameaça ao nosso relacionamento nos aproximou e nos deu confiança para encarar outros desafios.

Talvez você seja como alguns homens com quem eu conver-sei, ou melhor, homens que conversaram comigo! Eles dizem: “Por que só eu tenho que motivar? Eu preciso de motivação tanto quanto ela, sinto muita necessidade disto”.

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“Isso se parece com o que escuto há anos. Os homens têm que dar, dar e dar. E quanto mais eu faço, mais ela quer!”

“Isso me parece unilateral. Muitos de nós, homens, passam a vida loucos por satisfação. Por que você não trabalha com as esposas para que eles sejam mais dedicadas?”

Estas são perguntas boas, honestas. Eu tenho duas respostas.Primeira: este não é um livro direcionado às mulheres. Ele

foi escrito para motivar os homens a despertar o que há de me-lhor na mulher de sua vida. Nós, como maridos, precisamos crescer e nos desenvolver como motivadores. Em um casamen-to, nós muitas vezes funcionamos como um termostato. O que nós fazemos influencia na temperatura deste relacionamento. A maioria de nós, homens, cresceu de uma forma que nos limitou emocionalmente e nos fez deficientes nos relacionamentos; e eu estou falando de mim também. Nós temos muito a aprender! E podemos melhorar (alguns de nós já aprendemos a ser par-ceiros melhores no casamento). Mas há outros livros e outras contribuições feitas expressamente para as mulheres, incluindo o parceiro deste volume — Despertando o que Há de Melhor em Seu Marido. O livro que você está segurando nas mãos agora é, no entanto, somente para homens.

Segunda: como cristãos, motivar não é uma escolha para ne-nhum de nós. Esta decisão não é nossa. As Escrituras dizem que outros saberão que somos cristãos por meio do amor que demonstramos uns pelos outros. Uma das formas com a qual refletimos este amor é a motivação. Observe o que a Palavra de Deus nos manda fazer.

Em Atos 18:27, a palavra “animar” significa “motivar ou convencer”. Em 1 Tessalonicenses 5:11, a palavra “edificar” sig-nifica “estimular outra pessoa nas obrigações comuns da vida”.

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Veja as palavras encontradas em 1 Tessalonicenses 5:14: “Ro-gamo-vos, também, irmãos, que admoesteis [prevenir e acon-selhar seriamente] os desordeiros [os desocupados e os indisci-plinados]; consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos [sempre mantendo a calma]”.

As Escrituras usam uma variedade de palavras para descre-ver tanto nosso envolvimento com os outros quanto nosso re-lacionamento atual. A palavra “encorajar” (parakaleo) significa “suplicar ou estimular”. Sua intenção é criar um ambiente de urgência para ouvir e responder a uma diretriz. É um verbo ati-vo. Paulo usou palavras que representam esta ideia em Romanos 12:1 e 1 Coríntios 1:4.

A palavra “animar” (paramutheomai) significa “consolar, con-fortar e alegrar”. Este processo inclui entender, redirecionar pen-samentos e tirar o foco do que é negativo para o que é positivo. No contexto do versículo explicitado anteriormente, a mensa-gem se refere ao indivíduo desanimado (“consoleis os de pouco ânimo”) que está desmotivado e prestes a desistir. Motivar é uma forma de emprestar sua fé e esperança para uma pessoa até que ela as desenvolva por si só. De que maneira sua esposa precisa de um “empréstimo” de sua fé?

A palavra “ajudar” (anechomai) primeiramente contém a ideia de “preocupar-se com, dedicar-se a, prestar assistência ou dar apoio espiritual e emocional”. É mais uma aproxima-ção passiva do que um envolvimento ativo. Esta palavra reme-te a andar ao lado de uma pessoa e apoiá-la. O contexto de 1 Tessalonicenses 5:14 parece fazer referência àqueles que são incapazes de sustentar a si mesmos. De que forma sua esposa precisa deste tipo de ajuda agora?

Primeira Tessalonicenses 5:11 declara: “Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis”. Hebreus 3:13 diz que nós devemos motivar “uns aos

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outros todos os dias” (NVI). Neste versículo, a motivação é as-sociada a proteger os cristãos das calúnias. Hebreus 10:25 diz: “Não deixemos de reunir-nos como igreja... mas encorajemo-nos uns aos outros” (NVI). Desta vez, motivar significa manter de pé alguém que, se deixado sozinho, cairia. Seu encorajamen-to serve como o fundamento de uma armação de suporte. De que forma sua esposa precisa desse tipo de suporte neste mo-mento? Um dos meus versículos favoritos é Provérbios 12:25: “A ansiedade no coração deixa o homem abatido, mas uma boa palavra o alegra”.

A Palavra de Deus é clara a respeito do que nós devemos fazer. Para motivarmos consistentemente, é preciso refletir as qualidades de 1 Coríntios 13. Aqui estão elas, amplificadas de uma forma única:

•Paciência (ser tolerante com as fraquezas, imperfeições e defeitos da sua esposa);

•Bondade (ser delicado e atencioso com sua esposa);•Não tem ciúme (das amizades verdadeiras com outras

pessoas ou dos talentos e dons especiais da sua esposa);•Não tem orgulho demais (da aparência pessoal ou das

conquistas na tentativa de competir com sua esposa);•Não é arrogante (você não despreza a aparência ou as

conquistas da sua esposa; você não a menospreza);•Não é rude (você leva em consideração as necessidades e

sentimentos da sua esposa);•Não é insistente (você cede e considera as necessidades e

interesses de sua esposa);•Não é irritado (você não implica com sua esposa; você

é acessível);

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•Não é rancoroso (você não guarda ressentimentos; você perdoa);

•Não se alegra no erro (você não se alegra na desgraça de sua esposa; você não calcula ou contabiliza seus erros);

•Alegra-se no certo (você é confiável; você não tenta escon-der nada da sua esposa);

•Suporta tudo (você apoia sua esposa em tempos difíceis);•Crê em tudo (você reflete no que sua esposa disse antes

de responder);•Espera em tudo (você não se entrega ao pessimismo; você

mantém atitudes positivas);•Resiste a tudo (você não cede às pressões da vida; você

quer ficar ao lado da sua esposa enquanto ela enfrenta problemas pessoais)8.

Se você quer uma esposa de caráter, que esteja à altura, siga as instruções nesta passagem das Escrituras. A passagem clássica de Provérbios 31:10-11 revela o motivo principal da mulher de Provérbios ser da forma que é. A Nova Versão Internacional diz: “Seu marido tem plena confiança nela”. A versão Almeida Cor-rigida e Revisada Fiel diz: “O coração do seu marido está nela confiado”. Talvez a versão da Nova Tradução na Linguagem de Hoje resuma isso da melhor forma:

Como é difícil encontrar uma boa esposa! Ela vale mais do que pedras preciosas! O seu marido confia nela e nun-ca ficará pobre.

O que está em seu coração para sua esposa hoje?

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dEscubra o Motivador EM você

1. O que é mais típico de você — dizer a sua esposa o que ela fez de errado ou o que ela fez de certo? Que compor-tamentos dela trazem à tona sua pior reação?

2. Pense a respeito das várias vezes que você soube que suas palavras influenciaram na autoestima de sua esposa, seja positiva ou negativamente. Tente se lembrar do que você percebeu sobre ela — a forma com que ela se vestiu, ar-rumou o cabelo, usou maquiagem e cuidou de si mesma. Com isto, que conclusões se pode tirar sobre você como um catalisador para uma mudança positiva ou negativa?

3. A palavra “animar” (paramutheomai) significa “consolar, confortar e alegrar”. No contexto de 1 Tessalonicenses 5:14, ela se refere à pessoa tímida, que é desmotivada e está prestes a desistir. Esta é uma questão relacionada a emprestar suas fé e esperança para a outra pessoa. De que maneira sua esposa precisa que você empreste sua fé a ela neste momento?

4. Reveja a lista das quinze qualidades que definem o amor (de 1 Coríntios 13:4-7). Escolha as características mais problemáticas no relacionamento com sua esposa. Peça a Deus para criar em você a qualidade que você mais gosta-ria de desenvolver. Pense em que tipo de discurso ou que ações refletiriam essa qualidade em sua esposa. (Este é um exercício espiritual para ser feito repetidas vezes enquanto Deus mostra novas maneiras de amar e motivar sua espo-sa e lhe capacita a fazer isto.)

5. Como a passagem de Provérbios 31:10-11 descreve o modo com que você vê sua esposa? Se ela não descreve o que está em seu coração neste momento, que tipos de comportamentos em você, colhidos neste capítulo, po-deriam motivar sua esposa a se tornar a mulher que “vale mais do que pedras preciosas”?

despertando o melhor em sua esposa

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