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Despachos de Acusação e Pronúncia Despachos de Acusação e Pronúncia 1

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Despachos de Acusação e PronúnciaTRIBUNAL JUDICIAL DE CASTELO BRANCOProc. º Comum ( Tribunal Singular ) n º 383/99.3 PBCTB - 3 º JuízoDespacho de AcusaçãoNOTA DE Notificação O Ministério Público, comarca Nesta, Acusa , em Processo Comum EA FIM DE UM Ser submetido Julgamento perante Tribunal Singular: TIAGO HOMEM DE SOUSA PIRES, casado , Eng ° Agrônomo, nascido a 26.02.56 , natural de S. Sebastião da Pedreira - Lisboa, Filho de José Pedro Norton Carneiro Pires de Castro e Sousa e de Maria Rita,

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Page 1: Despachos de Acusação e de Pronúncia que remeteram agressor para julgamento - TRIBUNAL JUDICIAL DE CASTELO BRANCO

Despachos de Acusação e Pronúncia

Despachos de Acusação e

Pronúncia

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Page 2: Despachos de Acusação e de Pronúncia que remeteram agressor para julgamento - TRIBUNAL JUDICIAL DE CASTELO BRANCO

Despachos de Acusação e Pronúncia

TRIBUNAL JUDICIAL DE CASTELO BRANCOProc.º comum (Tribunal Singular)

Nº 383/99.3 PBCTB – 3º JUÍZO

Despacho de Acusação

NOTA DE NOTIFICAÇÃO

O Ministério Público, nesta comarca, ACUSA, em Processo Comum e a fim de ser submetido a julgamento perante

Tribunal Singular:

TIAGO HOMEM DE SOUSA PIRES, casado, Eng° Agrónomo, nascido a 26.02.56, natural de S. Sebastião

da Pedreira – Lisboa, filho de José Pedro Carneiro de Castro Norton e Sousa Pires e de Maria Rita,

porquanto:

No dia 7 de Julho de 1999, pelas 17.00 horas, no pátio de entrada das instalações da EDP, na Av. Nuno

Alvares, em Castelo Branco, área desta comarca, o arguido, após agarrar ambos os braços do ofendido Joaquim

Emílio São Pedro, dando vários abanões, desferiu um murro na vista direita, o que lhe provocou a quebra dos

óculos, que usava, os quais se encontram examinados a fls 77. Após e, não obstante tentativas de o impedir de

continuar, desferiu, ainda, vários murros na face do mesmo ofendido Joaquim Emílio São Pedro.

Em consequência das agressões descritas, sofreu o ofendido equimose palpebral superior e inferior, escoriação

no punho esquerdo, medindo cerca de 2 cm de comprimento e traumatismo da pirâmide nasal com fractura dos

ossos próprios do nariz, as quais lhe causaram um período de 21 dias de doença, com incapacidade para o

trabalho — cfr exames de fls 2 e 18 e documentação clínica de fls 10 e segs, e cujo teor se dá por inteiramente

reproduzido.

O arguido quis ofender o corpo e a saúde do ofendido, o que conseguiu, bem sabendo que agia contra a vontade

do mesmo.

Agiu de uma forma voluntária, livre e consciente, bem sabendo que tal conduta é proibida e punida pela lei.

Incorreu, pelo exposto, em autoria material, na prática de um crime de ofensa à integridade física

simples p º e p º pelo art° 143° do C.Penal.

x

PROVA:

Documental: a constante nos autos.

Testemunhal: Joaquim Emílio São Pedro, id° a fls 7

Eduardo Trindade Eusébio, id° a fls 8.

ESTATUTO PROCESSUAL: Entendo que o arguido deverá aguardar os ulteriores termos do processo sujeito a

TIR, a prestar nos termos da nova redacção do art° 196 do C.P. Penal, caso ainda não tenha sido efectuado.

DEFENSORA DO ARGUIDO: Dra Paula Brum, constituída a fls 34.

Cumpra o disposto no art° 283° n° s 5 e 6 do C.P.Penal, devendo o arguido prestar TIR nos termos da nova

redacção do art° 196° do C.P.Penal.

Dê cumprimento ao disposto no art° 6° n° 2 do Dec-Lei n° 218/99.

Elaborei e revi o presente despacho

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Despachos de Acusação e Pronúncia

TRIBUNAL JUDICIAL DE CASTELO BRANCOProc.º comum (Tribunal Singular)

Nº 383/99.3 PBCTB – 3º JUÍZO

Debate instrutório e despacho de Pronúncia

- De inquirição de várias testemunhas e acareação entre o arguido e o Eng. São Pedro

No decurso da instrução procedeu-se à inquirição de várias testemunhas e à acareação entre o arguido e o Eng. São

Pedro. Por fim, realizou-se o debate instrutório. Cumpre proferir decisão instrutória.

Todavia, previno desde já que, pelas razões largamente explicitadas a fls. 118 a 121, o tribunal não admitiu a

abertura de instrução na parte em comprovação da decisão do Ministério Público de arquivamento do processo

quanto aos factos imputados ao Eng. São Pedro.

Posto isto, cabe agora a p r e c i a r a prova produzida nos autos quer em fase de inquérito quer em fase de instrução,

a fim de apurarmos se existem indícios para submeter o arguido a julgamento, isto é, indícios dos quais resulte uma

probabilidade razoável de, em julgamento, lhe vir ser aplicada, por força deles, uma pena ou medida de segurança,

art. 283°, n.º 1 e 2 do CPP, ex-vi art. 308° do mesmo diploma).

O arguido e o Eng. São Pedro apresentam versões diferentes dos factos, imputando um ao outro a autoria de

agressões físicas. Todavia comungam de um pormenor, que por isso nos carece fortemente indiciado: a testemunha

Eduardo Eusébio estava no local e interveio quando o episódio ocorreu. Ora, esta testemunha depôs a fls. 08 dos

autos, tendo descrito as agressões da mesmíssima maneira por que foram vertidas na acusação. Está assim

fortemente indiciada a ofensa à integridade física.

Nenhuma outra testemunha viu as agressões, mas várias afirmam ter acorrido ao local onde tudo se passou quando

se aperceberam do barulho anormal e viram Eng.º São Pedro a sangrar na face da cara – Miguel Santos, fls. 135;

Elizabete Amaro, fls. 150; António Mendes, fls. 151.

Mais ainda: foi o Eng. São Pedro quem recebeu assistência/médica em momento seguido ao episódio dos autos (ver

fls. 10 a 15 dos autos). No entanto, não há notícia de que o arguido tenha tido necessidade de qualquer assistência

médica.

Tudo visto, entendo que o arguido deve ser pronunciado pelos factos constantes da acusação, da seguinte forma:

Em processo comum e para julgamento com a intervenção do Tribunal Singular, pronuncio o arguido:

- Tiago Homem de Sousa Pires, casado, Eng.º Agrónomo, nascido a 26.02.1956, natural de S. Sebastião da

Pedreira – Lisboa, filho de José Pedro Carneiro de Castro Norton e Sousa Pires e de Maria Rita Fernandes Homem

Rodrigues e Sousa Pires, residente na - Herdade de Joanafaz – Idanha-a-Nova, pelos seguintes factos:

No dia 07 de Julho de 1999, pelas 17.00 horas, no pátio de entrada das instalações da EDP, na Avenida Nuno

Alvares, em Castelo Branco, o arguido, após agarrar ambos os braços de Joaquim Emílio São Pedro, dando vários

abanões, desferiu um murro na vista direita deste, o que lhe provocou a quebra dos óculos que usava. Após, e não

obstante tentativas de o impedir de continuar, desferiu, ainda, vários murros na face do mesmo Joaquim Emílio São

Pedro.

Em consequência das agressões descritas, sofreu o ofendido equimose palpebral superior e inferior, escoriação no

punho esquerdo, medindo cerca de 2 cm de comprimento, e traumatismo da pirâmide nasal com fractura dos ossos

próprios do nariz, as quais lhe causaram um período de 21 dias de doença, com incapacidade para o trabalho.

O arguido quis ofender o corpo e a saúde de Joaquim São Pedro, o que conseguiu, bem sabendo que agia contra a

vontade do mesmo.

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