desinfecÇÃo de material - aborl-ccfgrandecer essa que tem tudo para ser uma das maiores edições...

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Edição 163 | Ano XXIV | www.aborlccf.org.br Páginas azuis: Confira a entrevista com o novo presidente da ABORL-CCF! Dr. Márcio Abrahão fala sobre as principais iniciativas de sua gestão e futuras perspectivas para a Associação Conduta médica • Tudo que o otorrino precisa saber sobre concursos do tipo “Médico do Ano” Combined • Saiba mais sobre a terceira edição do evento que acontecerá junto com o Four Otology DESINFECÇÃO DE MATERIAL no consultório e na clínica

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  • edição 163 | Ano XXiV | www.aborlccf.org.br

    Páginas azuis: Confi ra a entrevista com o novo presidente da ABORL-CCF! Dr. Márcio Abrahão fala sobre as principais iniciativas de sua gestão e futuras perspectivas para a Associação

    Conduta médica• Tudo que o otorrino precisa saber sobre concursos do tipo “Médico do Ano”

    Combined• Saiba mais sobre a terceira edição do evento que acontecerá junto com o Four Otology

    DesiNFeCÇÃO De MATeRiALno consultório e na clínica

  • Hands-OnOtologia

    Otoneurologia

    25 a 27 de maio de 2018

    São Paulo / SP

    OtologiaOtoneurologiaFoniatria

    Four

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    Otology

    FONIATRIA

    OTOLOGIA

    OTONEURO

    LOGIA

    Convidados Internacionais

    Profº Dr. George Wanna EUA

    Profº Dr. Jacques Magnan

    França

    www.aborlccf.org.br

    Faça sua inscrição e garanta sua vaga!

    Informações

    55 11 [email protected]

  • É com muito orgulho que venho abrir a primei-ra edição da Revista Vox Otorrino de 2018. Gerir a ABORL-CCF é um dos maiores desafios de minha car-reira, e espero que possamos, juntos, aplicar todos os nossos conhecimentos, teóricos e práticos, em prol de uma das mais representativas sociedades e especialida-des médicas de todo o mundo.

    Nesta edição, apresentamos a primeira reportagem da série que precede o 48° Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cérvico-Facial, trazendo a todos um pouco de tudo o que João Pessoa tem a oferecer ao nosso evento. Além do intenso apoio dos colegas da es-pecialidade e dos órgãos oficiais da cidade, João Pessoa também abrirá as portas de seu mais novo e moderno centro de convenções, que será palco de um congresso repleto de palestras, convidados internacionais, cirur-gias ao vivo e, como grande novidade deste ano, a dis-secção de cadáveres.

    Antes desse grande encontro entre colegas da espe-cialidade, vamos nos reunir no III Combined Meeting,

    cuja programação contempla Otologia, Otoneurologia e Foniatria, que acontece em paralelo ao Four Otology. Nossos convidados internacionais vêm prestigiar e en-grandecer essa que tem tudo para ser uma das maiores edições do Combined.

    Cheio de planos, metas e ideias, inicio, assim, mi-nha gestão a frente da ABORL-CCF, e espero contar com a participação de todos para fortalecer ainda mais essa sociedade que tanto fez e faz por todos nós.

    Não deixe de conferir a Cartilha de Benefícios aos Associados, que foi enviada a todos os leitores junta-mente com a edição passada da Revista Vox Otorrino, e que está disponível pelo QR Code abaixo.

    Um abraço!

    Dr. Márcio AbrahãoPresidente da ABORL-CCF

    Diretoria 2018PresidenteDr. Márcio Abrahão - São Paulo (SP)Primeiro Vice-Presidente Dr. Luiz Ubirajara Sennes - São Paulo (SP)Segundo Vice-Presidente Dr. Geraldo Druck Sant’Anna - Porto Alegre (RS)Diretor-SecretárioDr. Edson Ibrahim Mitre - São Paulo (SP)Diretor-Tesoureiro Dr. Leonardo Haddad - São Paulo (SP)Diretor-Secretário AdjuntoDr. Ronaldo Frizzarini - São Paulo (SP)

    Diretora-Tesoureira AdjuntaDra. Renata Dutra de Moricz - São Paulo (SP)

    AssessoresDr. Fernando Veiga Angelico Junior - São Paulo (SP)Dr. Rodolfo Alexander Scalia - São Paulo (SP)Dr. Eduardo Baptistella - Curitiba (PR)

    PRESIDENTES DOS COMITÊSComitê de Eventos e CursosDra. Thais Knoll Ribeiro - São Paulo (SP)

    Comitê de ComunicaçãoDr. Marco Antonio Dos Anjos Corvo - São Paulo (SP)

    Comitê de Educação Médica ContinuadaDr. Thiago Freire Pinto Bezerra - Recife (PE)Comitê de Ética e DisciplinaDr. Marcelo Miguel Hueb - Uberaba (MG)Comitê de Residência e TreinamentoDr. Eduardo Macoto Kosugi - São Paulo (SP)Comitê de Título de EspecialistaDr. Fernando Danelon Leonhardt - São Paulo (SP)Comitê de Defesa ProfissionalDr. Paulo Saraceni Neto - São Paulo (SP)Comitê de planejamento estratégicoDr. Jose Eduardo Lutaif Dolci - São Paulo (SP)

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    Mensagem do

    PresiDenteMárcio Abrahão

  • Carta ao leitor

    Páginas azuis: ABorL-CCF 2018: novas metas e estratégias expandem benefícios aos associados

    Combined: iii Combined meeting

    Conquistas: saiba mais sobre o aplicativo permanente da ABorL-CCF

    CBo: João Pessoa: palco do 48º Congresso brasileiro de otorrinolaringologia

    Gestão e carreira: a importância da gestão efi ciente do tempo

    Capa: desinfecção de material no consultório e na clínica

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    Conduta Médica: Concurso “médico do ano”: é permitido participar?

    internacional: dicas das academias

    Vox news

    Qualidade de vida: uma paixão chamada hipismo

    o que diz a lei: médicos que ocupam cargos de diretores técnico e clínico nos estabelecimentos de assistência médica

    ABorL-CCF em ação: 20ª edição da Campanha da Voz estará presente em diversas cidades brasileiras

    educação médica continuada: Caso clínico de otoneurologia

  • VOX Otorrino

    Presidente:Marcio Abrahão

    Comitê de Comunicações: Alexandre Beraldo Ordones

    Allex Itar Ogawa Fabrizio Ricci RomanoGustavo Polacow Korn

    Ingrid Helena Lopes de OliveiraMarco Antonio dos A. Corvo Maria Dantas C. L. Godoy

    Renata Dutra Moricz Ricardo Landini Lutaif Dolci

    Assistente de Comunicação da ABORL-CCF:

    Aline Pereira Cabral

    Editora-chefe:Gabriela Rezende

    Revisão: Leonardo de Paula

    Reportagem: Bárbara Mello, Bruno Bernardino e

    Clara Magalhães

    Fotos: Divulgação e arquivo pessoal

    Diagramação:Douglas Almeida, Monica Mendes e

    Tatiana Couto

    Produção:DOC Content

    Fone: (21) 2425-8878

    Periodicidade:Bimestral

    Tiragem:9.500 exemplares

    Os artigos assinados são de inteira respon-sabilidade dos autores e não refletem, ne-cessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

    Espaço do leitor

    Sugestões de pauta, críticas ou elogios? Fale conosco:[email protected]

    (11) 95266-1614

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    CF CARTA AO

    LEITORMarco Antonio Corvo

    Trabalho e consolidação

    Presidente do Comitê de Comunicações

    A primeira VOX do ano chega a vocês com mudanças logo na abertura: assumi a presidência do Comitê de Comunicação da ABORL-CCF e, com muito prazer, tenho conduzido a gestão de um ambiente que integro desde 2016. Gostaria de agradecer a todos os integrantes, e especialmente a meu antecessor, Dr. Allex Ogawa, pela confiança em mim depositada para coordenar o Comitê durante o ano de 2018.

    A comunicação entre nós deve ser ágil, e nosso Comitê tem como pilar central a exploração de todas as formas de divulgar informação. Planejamos a expansão do poder de impacto da ABORL-CCF na comunidade médica, as-sociada ao reconhecimento de nossa especialidade perante a população e ou-tras especialidades médicas. Por isso, nesta edição, a Revista VOX abre espaço para nosso presidente, Dr. Marcio Abrahão, que concedeu uma entrevista inspiradora nas Páginas Azuis acerca de como irá conduzir nossa Associação na busca dessa valorização, com metas ousadas e estratégias bem definidas.

    Também abordamos o Combined Meeting, tratando especialmente de sua realização simultânea com o Four Otology. Esta edição do evento vai ser espe-cial, por seu teor científico e a presença de convidados internacionais de renome.

    A conquista da ABORL-CCF que destacamos nesta Vox é a transfor-mação de nosso aplicativo para um formato permanente. Com informações valiosas e úteis para o dia a dia do otorrino, o app foi desenvolvido visando criar facilidades para o associado, além de permitir a divulgação de todos informativos em nosso Congresso Brasileiro.

    E, falando em CBO, a próxima parada é João Pessoa. O primeiro desta-que fica por conta da estrutura do local que sediará o evento e das atrações turísticas para os momentos de descontração entre uma aula e outra.

    O tema de desinfecção de materiais é retomado com as últimas reco-mendações da Anvisa, ratificando a sugestão da ABORL-CCF em 2012.

    Espero que a leitura desta edição seja proveitosa e agradável. Estamos abertos a críticas e sugestões, e caso você queria contribuir para o aperfeiçoa-mento de nossas atividades, todos os comentários serão bem-vindos!

    Um abraço! Marco Antonio Corvo

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  • Páginas azuis

    Por Bárbara Mello

    ABORL-CCF 2018:novas metas e estratégias expandem

    benefícios para associados

    O novo presidente da entidade, Dr. Márcio Abrahão, fala sobre as principais iniciativas de sua gestão, medidas para aumentar o número de associados e

    perspectivas para a ABORL-CCF

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  • Todo início de ano é marcado pela posse de um novo presidente na Associação Brasileira de Otor-rinolaringologia e Cirurgia Cérvico--Facial (ABORL-CCF). Essa importante posição tem como responsabilidade principal a definição de estratégias e ações que promovam bene-fícios para a especialidade, médicos e pacientes. Em 2018, a missão de gerir a associação é do Dr. Márcio Abrahão, empossado no dia 2 de fevereiro deste ano. Chefe do Departamento de Otorrinolaringologia e Ci-rurgia de Cabeça e Pescoço na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Dr. Márcio afirma que uma das principais metas de sua gestão envolve o aumento do número de associados e vantagens oferecidas aos membros da ABORL-CCF. Confira, em entrevista concedida à Revista VOX Otorrino, outras iniciativas da gestão do novo presidente da associação.

    VOX: Considerando sua experiência em gestão de negó-cios e em entidades sem fins lucrativos, principalmente na área da Saúde, como o senhor encarou o desafio de participar da gestão da ABORL-CCF nos últimos anos e gerir a associação em 2018?

    Dr. Márcio Abrahão: O desafio de gerir a segunda maior associação da especialidade no mundo é grande, mas é, também, a realização de um projeto de vida, o de po-der contribuir para o desenvolvimento de nossa querida associação. Usarei toda a minha experiência, intensi-ficando todas as ações já realizadas, do ponto de vista científico, para a formação do otorrino. Quanto à ges-tão econômica, iremos concentrar esforços para aumen-tar a captação de recursos sem onerar nossos associados.

    VOX: Identificamos uma meta bastante desafiadora, que é aumentar em 15% o número dos associados da ABORL--CCF. Quais são as consequências desse aumento?MA: Este ano, iremos produzir a atualização do Cen-so ORL Brasil – a última versão foi feita em 2012

    –, mas estimamos que temos quase 8.500 médicos no Brasil

    atuando na Otorrinolaringolo-gia, sendo que mais de 6.500 já

    são associados da ABORL-CCF. Já possuímos um número expressivo, mas

    precisamos buscar os demais colegas para nossa associação. Com esse aumento, também poderemos aumentar nossas ações e a quantidade de vantagens para os associados, dentre as quais podemos destacar a maior representatividade junto a entidades e órgãos públicos, na defesa profissional, honorários médicos, título de especialista e em muitas outras áreas. Além disso, poderemos ampliar a visibilidade e o conheci-mento da especialidade, a penetração na mídia, a ex-pansão de parcerias e os projetos de conscientização à população.

    VOX: Vale a pena ser filiado à ABORL-CCF?MA: Com certeza, vale muito a pena! Pensando nisso e na percepção do associado, desenvolvemos a Car-tilha de Benefícios da ABORL-CCF, enviada junto a nossas publicações e disponível, também, por meio do link . Temos uma das menores anuidades dentre as sociedades de especialidades ligadas à Associação Mé-dica Brasileira (AMB) e um importante pioneirismo na assessoria jurídica aos associados, oferecendo con-sultoria, do consultivo ao contencioso, sem qualquer honorário para o associado.

    VOX: Como o senhor avalia a expansão da ABORL-CCF?MA: A ABORL-CCF tem se estruturado mais firmemen-te a cada ano. Hoje, somos uma das poucas sociedades com certificação ISO 9001 e com todos os processos ma-peados. Essa expansão é fruto do trabalho das gestões an-teriores, ao qual, com certeza, daremos continuidade. Em 2017, juntamente com Dra. Wilma, Dr. Ubirajara, Dr. Geraldo Druck e o Comitê de Planejamento Estratégico, iniciamos o planejamento estratégico da ABORL-CCF,

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  • Páginas azuis

    primeiramente identificando onde estamos, aonde que-remos chegar e como chegaremos lá. Todas as ações são sempre feitas pensando no futuro da associação em curto, médio e longo prazos. Estamos bastante engajados nesse projeto e já alinhamos as ações com uma assessoria exter-na, que deve acompanhar a evolução dos trabalhos.

    VOX: Como o senhor pretende lidar com a participa-ção de outros profissionais da Saúde nas atividades da ABORL-CCF?

    MA: Não mediremos esforços para defender a atuação dos otorrinolaringologistas em suas atividades e áreas de atuação, mas também canalizaremos nossa aten-ção para que, harmoniosamente, possamos participar juntos em atividades multidisciplinares, sempre res-peitando as prerrogativas da Lei do Ato Médico e a valorização de nossa especialidade. Precisamos alinhar, com muito profissionalismo, essa aproximação, sem-pre pensando em nossos associados e no bem-estar co-mum de nossos pacientes.

    VOX: Quais novidades os associados podem esperar para o 48º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirur-gia Cérvico-Facil (CBO)?

    MA: Iniciamos as novidades na grande científica já com o III Combined Meeting, que será realizado nos dias 25, 26 e 27 de maio, em São Paulo. O evento contará com aulas em formato hands on e uma grade de qualidade para nossos associados. Já o CBO vem

    recheado de grandes novidades e desafios. Temos a felicidade de contar com João Pessoa, uma cidade es-petacular, para sediar a 48ª edição do evento, além da estrutura de um centro de convenções considerado um dos melhores do Brasil. Vamos continuar com as atividades que deram muito certo nas edições ante-riores, como a seção ABORL-CCF e a transmissão de cirurgias ao vivo. Entre outras atividades, teremos a viabilização do pré-congresso, com transmissão de aulas com dissecação de cadáveres, a participação de um convidado internacional nas palestras de Otorrino-laringologia Geriátrica e a inclusão do Congresso Iberolatinoamericano de ORL, pensando na interna-cionalização de nossa entidade. Os desafios não pa-ram, e, este ano, a equipe da ABORL-CCF, com sua vasta experiência, será responsável por toda a execução do congresso.

    VOX: O senhor gostaria de fazer alguma consideração final?

    MA: Gostaria de incentivar nossos associados a acom-panharem nossas atividades: critiquem, elogiem e participem! Queremos uma gestão participativa, pensando sempre no bem comum de nossa especia-lidade. Visitem periodicamente nosso site – que, em breve, será reformulado –, nosso aplicativo – que contempla não somente o congresso, mas também todas as atividades da ABORL-CCF – e leiam a re-vista VOX Otorrino!

    “Gostaria de incentivar nossos associados a acompanharem nossas atividades: critiquem, elogiem e participem! Queremos uma gestão participativa, pensando sempre no bem comum de nossa especialidade”

    Dr. Márcio Abrahão

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  • Combined

    III CombIned meetIng Nesse ano, o Four Otology acontece junto com a terceira edição do Combined

    Meeting, que trará grandes nomes internacionais

    Por Clara Magalhães

    Em sua terceira edição, o Combined Meeting acontecerá juntamente com o FourOtology, congresso da Sociedade Brasileira de Otologia, trazendo as novidades nas áreas de Otologia, Otoneu-rologia e Foniatria. O evento ocorrerá entre os dias 25 e 27 de maio, no Amcham Brasil, que fica localizado na rua da Paz, 1431 – Chácara Santo Antônio, na Zona Sul de São Paulo.

    O presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SOB), Dr. Rubens Brito, define o evento como uma oportunidade de reunir a Otoneurologia e a Otologia em uma sala única, durante um dia inteiro. Sobre o FourOtology, especificamente, Dr. Rubens afirma que o objetivo é mostrar visões de um mesmo assunto, de colegas internacionais de renome e dentro da Otologia Brasileira. Sobre a programação, o especialista garante muitas novidades. “Este ano, além da programação oto-lógica, teremos um dia de encontro com a Otoneurolo-gia, que será muito interessante”, destaca.

    O evento contará com diversos palestrantes nacio-nais, como os membros da Sociedade Brasileira de Oto-logia, que sempre foi conhecida pela excelência de seus congressos, e palestrantes internacionais. “Teremos o prazer de receber o professor Jacques Magnan, de Mar-selha, na França, um dos melhores cirurgiões de base la-teral de crânio da Europa, e o professor George Wanna, do New York Eye & Ear Infirmary of Mount Sinai e do Mount Sinai Beth Israel”, ressalta.

    Para o presidente da SBO, os congressos têm gran-de importância para os especialistas, já que o conteú-do publicado em revistas especializadas e o que é visto presencialmente nesses eventos são bem diferentes.

    “Sabemos que o papel aceita tudo, porém, ao vivo, temos a oportunidade de contestar o palestrante, co-locar nossas opiniões e discutir um assunto, realmen-te. Além, é claro, de conhecer pessoalmente muitos de nossos colegas e rever vários amigos.”

    As inscrições para o evento podem ser realizadas até 17 de maio, pelo link: .

    VAlOreS e prAzO DAS InSCrIçõeS:

    residente*especializandoAcadêmico - associado quite ABOrl-CCF 2018

    Médico associado quite ABOrl-CCF 2018

    MédicoresidenteespecializandoAcadêmico - associado não quite ABOrl-CCF 2018

    Até 17/05/2018

    R$165

    R$520

    R$950

    *Serviços credenciados pela ABORL-CCF

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  • Conquistas

    O app facilita o acesso às informações sobre eventos e cursos e muito mais

    Por Clara Magalhães

    saiba mais sobre o aPliCatiVo PERMANENTE DA ABORL-CCF

    Os aplicativos para utilização durante os Con-gressos Brasileiros de Otorrinolaringologia já existem há alguns anos, e foi justamente du-rante o desenvolvimento desses aplicativos temporários que surgiu a ideia de uma versão permanente. Em 2017, o app da ABORL-CCF foi lançado, e vem sendo cons-tantemente aprimorado desde então.

    Conforme Dr. Gustavo Korn, membro do Comitê de Comunicação e coordenador do aplicativo, a ferramenta ainda está em desenvolvimento “Nós temos em mente que cada melhoria é um investimento em algo e podemos conseguir melhorar um pouco mais a cada ano”, afi rma.

    Segundo o coordenador, na nova versão do aplica-tivo, é possível encontrar algumas novidades. “Estamos focando no desenvolvimento de uma interface mais in-tuitiva, simplifi cada e ágil. Uma vez que é feito o login do usuário, o aplicativo não pede mais senha e, com isso, o associado tem acesso a todo o conteúdo do site e da área restrita – diretrizes, EMC, banco de pareceres e muito mais. O app também reúne todas as informações do congresso de forma única e organizada”, explica.

    Quando perguntado sobre as diferenças entre o site da ABORL-CCF e o app, Dr. Gustavo responde que o aplicativo apresenta todo o conteúdo oferecido no site, só que é mais intuitivo, direto e objetivo. “Quando não

    Por que o aplicativo passou de temporário para permanente?

    Dr. Gustavo relata que, durante as reuniões do Comitê de Comunicação, era muito discutida a difi culdade de desenvolver um aplicativo novo a cada congresso. Após muitas conversas, surgiu a ideia de um aplicativo permanente. “O objeti-vo de um trabalho como esse não é só conseguir melhorar sempre as funcionalidades do sistema, mas, também, oferecer acesso fácil e prático a todo o conteúdo da ABORL-CCF”, defi ne.

    há o arquivo disponível diretamente no sistema, iremos colocar o link para o destino correspondente. Dessa forma, não há sobrecarga da memória do aparelho”, complementa. O aplicativo ainda tem um espaço para anunciantes, o que permite formas práticas de diálogo e de interação entre eles e os associados.

    Avaliando o app com base no uso na 47ª edição do CBO, o coordenador vê o resultado como bas-tante satisfatório. “O envio de perguntas funcionou

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  • bem – foram registradas mais de 200. Para os próximos anos, acredito que o uso só tende a se popularizar e que podemos, gradativamente, substituir os diversos materiais impressos pelo acesso digital”, analisa.

    Pagamento direto pelo celularA nova versão do app vai oferecer o recurso de pagamen-

    to da anuidade da ABORL-CCF, porém, ainda não há data certa para esse lançamento estar disponível. De acordo com Dr. Gustavo, a previsão é de que, em 2019, todos os associa-dos possam fazer o pagamento de forma mobile.

    Dr. Allex Ogawa, membro do comitê de Comunicação e um dos responsáveis pela criação do aplicativo, conta que estão trabalhando também em um dispositivo para gera-ção de boletos, pois muitos colegas preferem essa opção. Segundo o especialista, uma das maiores vantagens do apli-cativo é facilitar a vida do associado. “Além disso, pode-se considerar que foi um sucesso no último congresso, sendo, por enquanto, o único app otorrinolaringológico que per-mite a realização de perguntas durante as aulas. O Comitê de Comunicação trabalhará forte, em 2018, para mantê-lo atrativo ao longo do ano, com prêmios, enquetes e avisos de atualizações científicas”, ressalta.

    Algumas funcionalidades do

    APLICATIVo• Acessar todo conteúdo do site da ABORL-CCF;• Ler e compartilhar notícias;• Ver cursos oferecidos pela ABORL-CCF;• Conferir os próximos eventos;• Acessar a programação de eventos;• Criar sua própria agenda;• Responder a enquetes.

    Uso em congressos:• Conferir todas as informações relacionadas aoevento e à cidade-sede;• Lista de palestrantes;• Fazer anotações sobre as aulas;• Enviar perguntas durante as palestras;• Avaliar as aulas que assistiu.

    Segundo Daniel Marcoto, analista de sistemas da GN1 – empresa responsável pelo desenvolvimen-to do aplicativo – o diferencial tecnológico do app está, principalmente, em permitir aos participan-tes de uma atividade da programação científica do congresso enviar perguntas com praticidade. “O secretário da mesa acumula as perguntas e as realiza diretamente ao palestrante. Outro diferencial, é a possibilidade de pré-cadastrar enquetes, que podem ser respondidas pelos participantes de uma ativida-de. Com isso, um gráfico ilustrativo das opiniões será atualizado em tempo real. Finalmente, há o recurso do pagamento da anuidade por cartão de crédito por intermédio do aplicativo”, indica.

    Benefícios para o associadoAo começar a usar o aplicativo, apenas entrando na interface da ferramenta, o associado já pode ter acesso a todos os benefícios gerados e observar todas as vantagens de ser associado da ABORL-CCF, incluindo fun-ções e benefícios que ele desconhecia e que podem ajudar, e muito, em seu dia a dia. Além disso, o aplicativo é prático, leve, não trava e ocupa pouco espaço na memória do aparelho.

    Para Dr. Allex, o aplicativo recebeu um excelente retorno quando foi usado no 47º CBO, o que permi-te acreditar que a ferramenta estará cada vez mais forte para os associados, tanto nos Congressos quanto ao lon-go dos anos.

    Dr. Gustavo Korn

    Dr. Allex Ogawa

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  • Cbo

    João PessoA:palco do 48º Congresso Brasileiro

    de Otorrinolaringologia

    A capital da Paraíba, João Pessoa, vai sediar o 48º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia, de 30 de outubro a 3 de novembro deste ano. Oitava cidade mais populosa do Nordeste, João Pessoa é uma das capitais que oferece melhor qualidade de vida na região e tem toda a infraestrutura necessária para abrigar um evento desse porte. O palco do congresso vai ser o novíssimo Centro de Convenções de João Pessoa, considerado o mais moderno e completo do Brasil e lo-calizado no Polo Ecoturístico de Cabo Branco.

    É o que explica o coordenador do Comitê local e presidente de Honra do Congresso, Dr. Marco Franca: “O projeto do Centro de Convenções é extremamente

    arrojado. Tem fácil acesso, sem engarrafamento, e possui completa segurança, além de ser totalmente climatizado. Nós, da ABORL-CCF, acreditamos que esse vai ser um dos melhores congressos que já ocorreram até hoje. As ex-pectativas são as melhores possíveis. Temos feito reuniões periódicas para prepará-lo, no intuito de que tudo cami-nhe adequadamente para que funcione com perfeição”.

    Dr. Márcio Abrahão explica que os otorrinos de João Pessoa demonstraram muito interesse em rece-ber a edição 48 do CBO. “O apoio dos especialistas locais está sendo fundamental para a realização do nosso Congresso”, afirma Dr. Márcio, presidente da ABORL-CCF e do Congresso Brasileiro.

    O recém-inaugurado Centro de Convenções vai receber, pela primeira vez no estado da Paraíba, os otorrinolaringologistas brasileiros e estrangeiros

    Por Bruno Bernardino

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  • Conforme Dr. Marco, a cidade de João Pessoa foi apresentada pelo Conselho Administrativo Fiscal (CAF) e referendada pela Assembleia Geral Ordinária (AGO). “O aspecto da cidade, em si, e o apoio do governo estadual também foram elementos favoráveis para que o evento aconteça lá. Foi uma escolha de forma clara, transparente e bem democrática”, conta.

    Este ano, toda a estrutura do congresso estará sob responsabilidade direta da nacional. “A ABORL-CCF é a responsável direta por toda a organização, a logística, a grade científica e a escolha de eventos. Assim, o papel da Associação é total no primor da edição do congresso”.

    Quatro séculos de história Considerada a segunda capital mais arborizada do mundo, atrás apenas de Paris, na França,

    João Pessoa é a terceira cidade mais antiga do Brasil, possuindo uma história de 430 anos. A cida-de localiza-se no ponto mais oriental das Américas e o mais próximo da África, sendo a primeira, no Brasil, iluminada pelo nascer do sol.

    Os casarios de época do Centro Histórico são preservados e valem a visita nos intervalos do congresso, em um passeio que pode ser feito por um guia ou mesmo sozinho, uma vez que a capital oferece a sinalização de toda a rota para pedestres. “Ao todo, são 162 placas que trazem orientações básicas de percurso dos principais atrativos turísticos, além de informações sobre os monumentos situados na área. Os roteiros: ‘Cidade Alta’ e ‘Cidade Baixa’ revelam belezas como o Hotel Globo, em que é possível contemplar o Rio Sanhauá, local onde a cidade, que foi fundada em 1585, nasceu, e Estação Ferroviária, Igreja de São Francisco, Parque Sólon de Lucena, Praça João Pessoa e o Pavilhão do Chá”, lista a Secretaria de Turismo, em seu website.

    “João Pessoa é uma das capitais que oferece melhor qualidade de vida na região e tem toda a infraestrutura necessária para abrigar um evento desse porte”

    Dr. Marco Franca

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  • Cbo

    O Parque Sólon de Lucena, citado pelo ór-gão, é um parque completamente revitalizado que abriga o monumento A Pedra do Reino, em homenagem ao dramaturgo e romancista parai-bano Ariano Suassuna. Diariamente, há um es-petáculo de luzes, cores e sons na fonte luminosa do parque, enquanto garças voam preguiçosa-mente ao redor da lagoa.

    Não perca, também, a oportunidade de pas-sear pela orla de João Pessoa e suas praias de águas sempre azuis e mornas, como: Tambaú, Manaíra, Bessa, Intermares, Poço, Cabo Branco e toda a Costa do Sol.

    Ponta do SeixasO ponto mais oriental do continente ameri-

    cano abriga o farol do Cabo Branco, construído na era militar, em 1972, nas festividades do Ses-quicentenário da Independência do Brasil. Tem formato triangular e uma bela vista da orla e do oceano Atlântico, estando localizado a três qui-lômetros ao sul do bairro de Cabo Branco e a quatorze quilômetros do centro da cidade.

    Próximo ao farol, há um centro cultural de estrutura moderna, projetado por Oscar Nie-meyer, que abriga a Estação Cabo Branco – Ci-ência, Cultura e Artes. O prédio, de mais de 8.500m² de área construída, tem a missão de levar, gratuitamente, à população pessoense cul-tura, arte, ciência e tecnologia.

    Confira o que o novo presidente da ABORL-CCF tem a dizer sobre o congresso

    VOX: por que a cidade escolhida do ano foi João pessoa? Qual será a estrutura prevista para o con-gresso? Onde acontecerá o evento?

    Dr. Márcio Abrahão: João Pessoa e nossos co-legas otorrinos de lá demonstraram total apoio e colaboração para a realização do Congresso na cidade, o que proporcionou o elo essencial para que a “Porta do Sol”, como é conhecida a sede de nosso encontro anual fosse possível. Esse apoio é fundamental para que possamos desenvolver a organização e a estrutura do evento para garantir nossos padrões de quali-dade e surpreender a todos com um congresso internacionalizado, moderno e repleto de ati-vidades científicas e práticas.

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  • serviçoInscreva-se para o congresso por meio do link: .

    Dúvidas?Centro de Apoio ao Turista

    Av. Almirante Tamandaré, 100 – Tambaú CEP: 58.023-500

    Telefone: (83) 3247-7848

    Horário de funcionamento: 2ª a 6ª, das 8h às 12h e das 14h às 18h • Sáb. e Dom., das 15 às 19h

    O centro de convenções, novo e extremamente moderno, é o palco per-feito para esse evento e tem tudo o que é preciso para a realização daquele que promete ser um dos mais inovadores e dinâmicos congres-sos da Associação. Recém-construído e com uma modernidade que não deixa nada a desejar em termos de estrutura e de recursos, o local ainda conta com uma arquitetura bonita e moderna, com a beleza estética perfeita para ser o plano de fundo do nosso CBO.

    VOX: O local tem fácil acesso?

    MA: Existem voos de praticamente todos os princi-pais aeroportos do país para João Pessoa e, além dis-so, a cidade está a apenas duas horas de distância de Natal e Recife. Isso amplia muito as possibilidades de transporte e de acesso à cidade durante o evento.

    VOX: Qual será o papel da ABORL-CCF, este ano, na estruturação do congresso? Como vem sendo a orga-nização de um evento deste porte?MA: Ao contrário dos anos anteriores, o congresso 2018 não terá uma empresa organizadora à fren-te do evento, sendo realizado integralmente pela equipe da ABORL-CCF. A expertise alcançada ao longo de tantos anos de atuação proporcionou todo o conhecimento necessário para mais essa conquista, e temos todo o aparato necessário para desenvolver um congresso moderno, amplo e com a mesma qualidade que sempre vemos no evento.

    Todos os membros da ABORL-CCF, bem como nossos colaboradores e funcionários, tra-balham intensamente na execução de todas as etapas necessárias para a realização desse evento. Por meio de cronogramas e planos de trabalho já estabelecidos desde o ano passado, cada um dos envolvidos desenvolve as tarefas requeridas para que tudo saia conforme o planejado e para ga-rantir a manutenção da qualidade do evento que já consagramos em edições anteriores e que irá se repetir nesse ano.

    VOX: Quais as expectativas para esta edição?MA: Neste ano, iremos repetir a transmissão

    de cirurgias ao vivo, que foi um dos maiores destaques do 47° CBO, e teremos como novidade

    a dissecção de cadáveres, realizada por meio de parcerias com instituições locais. A expectativa é de que o Congresso seja não só um espaço de troca de experiências científicas e acadêmicas, mas, também, um ambiente de confluência de vivências práticas. Além disso, teremos, na abertura, uma palestra de um notável de nosso país, e na festa de encer-ramento, duas bandas “de primeira linha”, para que todos “tirem o pé do chão”.

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  • gestão e Carreira

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  • A importância da

    gestão eFicienteDo teMPo

    Tanto na vida profissional como na vida pessoal, a administração correta do tempo e das atividades diárias pode ajudar o médico a obter um nível maior de produtividade

    Por Bárbara Mello

    Médicos são profissionais muito ocupados, que levam uma vida corrida. Por esse motivo, muitas vezes, não conseguem fazer tudo o que gostariam. No entanto, com um bom planejamento do tempo e das tarefas diárias, é possível obter o máxi-mo de aproveitamento e desempenho profissional. De acordo com o otorrinolaringologista Dr. Bruno Rossi-ni, é preciso estabelecer prioridades para realizar uma boa administração do tempo. “Acredito que o primeiro passo seria traçar metas de curto, médio e longo prazos. Para isso, é necessário um exercício de reflexão e auto-conhecimento, alinhando as vontades da vida pessoal, profissional e acadêmica”, define.

    Responsável pelo desenvolvimento de um método chamado Tríade do Tempo, Christian Barbosa, espe-cialista em produtividade e administração do tempo, explica que as atividades podem ser classificadas em três categorias: importantes, urgentes e circunstanciais. “No dia a dia, precisamos destinar o máximo possível de tempo às tarefas importantes, que nos trazem prazer. É inevitável ter urgências e atividades circunstanciais, mas com um bom planejamento da rotina é possível aumentar o volume das atividades importantes, reduzir as urgentes e ficar com menos tempo para as circunstan-ciais”, sustenta.

    No entanto, algumas atitudes podem causar o des-perdício de tempo, não apenas no consultório, mas em

    vários momentos do dia. A procrastinação tem sido uma das maiores vilãs da produtividade, de acordo com Barbosa. “Procrastinar é adiar tarefas e fazer outras des-necessárias. Geralmente, fazemos isso quando nossas pendências não são tão prazerosas. É preciso estar cons-tantemente atento às prioridades e ter foco em cumpri--las para evitar a procrastinação”, aconselha.

    Dr. Bruno considera que as grandes vilãs do tempo, na atualidade, são as redes sociais. “É claro que, cor-retamente utilizadas, elas podem ajudar no desenvolvi-mento de nossa carreira. Contudo, passar horas olhando publicações sobre a vida alheia, na maioria das vezes, não agrega nada e pode gerar grande frustração em nós”, avalia. Além disso, o otorrinolaringologista acredi-ta que assistir a telenovelas, jornais e séries diariamente também é uma atividade que toma um tempo valioso. “Conseguir aproveitar nosso tempo livre, com qualida-de, junto à família e aos amigos é uma conquista que deve ser sempre almejada”, orienta.

    É verdade que, cada vez mais, existe uma cobrança para que resultados sejam entregues rapidamente, sem comprometer a qualidade do trabalho. No entanto, na área médica, o cuidado no atendimento é fundamen-tal. “O ideal é que o profissional organize sua rotina, visando aproveitar o tempo da melhor maneira possí-vel. Contudo, é preciso respeitar os limites para manter um atendimento de qualidade”, avalia Barbosa. Para

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  • gestão e Carreira

    médicos que trabalham em consultório próprio, o espe-cialista aconselha reservar, ao longo do dia, curtos inter-valos para descanso.

    A diferença entre um profissional que não planeja suas atividades para aqueles que administram bem o tempo é que os últimos conseguem produzir mais e ter mais qualidade de vida. “Quando o indivíduo executa suas tarefas conforme o planejado, evita urgências e fica menos estressado. Com isso, ele também apresenta um comportamento mais equilibrado e se relaciona melhor com a equipe de trabalho”, considera o especialista.

    “Prevendo” os imprevistosPor mais que as tarefas diárias sejam planejadas,

    algumas vezes, temos que lidar com imprevistos ao longo do dia. Segundo Barbosa, é possível lidar com situações que estão fora da programação diária sem acumular trabalho. “Costumo dizer que o ideal é dei-xar 30% do tempo livre, ao planejar as tarefas dos próximos dias. Esse período pode ser usado para se

    reorganizar, no caso do surgimento de imprevistos. Caso isso não aconteça, pode ser usado para adiantar tarefas”, define.

    O surgimento de pacientes em situações de emer-gência pode levar o médico a fazer alterações no plane-jamento das tarefas. De acordo com Dr. Bruno, formar uma equipe de confiança, que possa ajudar com fatos inesperados, é uma boa estratégia para lidar com a situ-ação. “Ter disponibilidade de encaminhar o paciente a um bom pronto-socorro, onde será dado um primeiro atendimento até o médico chegar, também pode nos deixar mais tranquilos. Além disso, uma secretária bem treinada, que ajude a desmarcar as consultas quando ocorre uma situação de emergência, também pode aju-dar muito”, sugere.

    Gestão do tempo na OtorrinolaringologiaResponsável pelo ciclo de palestras sobre orientação

    e planejamento de carreira médica para os associados da ABORL-CCF, o especialista defende que o tema

    “Quando o indivíduo executa suas tarefas conforme o planejado, evita urgências e fica menos estressado. Com isso, ele também apresenta um comportamento mais equilibrado e se relaciona melhor com a equipe de trabalho”

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  • saiba mais

    como gerenciar o tempo?Algumas ações simples podem ajudar na otimização o tempo. Christian Barbosa

    indica um passo a passo para ser utiliza-do na administração do tempo diaria-mente. Confira!

    Controle: o primeiro passo para au-mentar o rendimento é saber como o tempo está sendo utilizado. Para isso, reserve alguns dias para o mo-nitoramento da rotina e, por meio das informações obtidas, descubra

    como trabalhar de maneira mais efi-ciente.

    Registros: anotar dias e horários das tarefas é fundamental para mensurar prazos e volume de atividades. Vale usar uma agenda de papel ou, para os mais modernos, aplicativos e ferramentas tecnológicas.

    Foco: concentrar-se em duas ou mais ati-vidades ao mesmo tempo é muito difícil e pode tornar o indivíduo mais propício a erros. É preciso focar na conclusão de uma tarefa por vez.

    Prioridades: em alguns momentos, é ine-vitável ter que lidar com muitas tarefas. Tenha senso de urgência para definir o que é ou não prioridade e escolher o que pode realizar.

    Autoconhecimento: avalie e respeite os limites antes de aceitar novos cargos, tare-fas e atribuições. Não acrescente à rotina afazeres que não pode cumprir.

    Aprendizado: separe um dia para estudar e otimizar seu tempo. Reservar o tempo para aprender coisas novas é um ótimo investimento.

    gestão do tempo pode colaborar para o desenvolvi-mento profissional dos associados. “Após estudar sobre o assunto, convidei a palestrante Celiane Gonçalvez, que nos ministrou uma aula bastante esclarecedora so-bre o tema”, complementa. Na videoaula sobre gestão do tempo, Celiane, que é especialista na área de Ma-rketing em Saúde, esclarece dúvidas e fornece orienta-ções sobre o tema para que o médico possa aproveitar o tempo da melhor maneira, enquanto realiza suas tarefas diárias.

    Confira, pelo QR Code ao lado, a videoaula da especialista.

    Dr. Bruno reforça que, por ser uma especialidade clínico-cirúrgica, a Otorrinolaringologia faz com que os profissionais da área fiquem expostos a complicações pós-operatórias inesperadas, que configuram um grande desafio para todo cirurgião. “Ao mesmo tempo que essa caracterís-tica enriquece muito nossa especialidade, também faz com que seja exigido um alto grau de dedicação para que consigamos oferecer uma Medicina de qualidade. Nesse contexto, o planejamento torna-se ainda mais importante”, esclarece.

    “Conseguir aproveitar nosso tempo livre, com qualidade, junto à família e os amigos é uma conquista que deve ser sempre almejada”

    Dr. Bruno Rossini

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  • CaPa

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  • DesiNFeCÇÃODe MATeRiALno consultório e na clínica

    ABORL-CCF tem papel fundamental na confecção de POP que regulariza a desinfecção de materiais para exame otorrinolaringológico

    Por Bruno Bernardino

    Em consultórios e clínicas, a limpeza e a desinfecção de superfícies e materiais são elementos primários, efi cazes e essenciais no controle de infecções. Não se esqueça de que o estabelecimento de saúde precisa dar exemplo, seguindo as determinações dos órgãos públicos, como a Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária (Anvisa). Toda a equipe deve estar atenta às noções básicas de saúde e às regras, tendo em mente o pensamento-chave de que as mãos precisam estar sempre la-vadas, afi nal, a promoção da saúde começa nesse simples ato.

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  • CaPa

    Visando consertar um erro na desinfecção de ma-teriais utilizados para exames otorrinolaringológicos, como o laringoscópio, os pesquisadores Kazuko Uchi-kawa Graziano, enfermeira e docente do Departamen-to de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) e coordenadora pedagógica do Curso MBA em Centro de Material e Esterilização, e Dr. Marco César Jorge dos Santos, otorrinolaringologista do Hospital IPO de Curitiba e membro da ABORL-CCF e da Pós--graduação do Departamento de Otorrinolaringologia da Universidade de São Paulo (USP), com orientação do Dr. Richard Voegels, desenvolveram um protocolo operacional padrão (POP) de desinfecção.

    O protocolo foi aprovado recentemente pela Anvisa e deve ser seguido por todos os profi ssionais da área. “Antes de o elaborarmos, os médicos utilizavam deriva-dos do aldeído para realizar a desinfecção de materiais. Com o avanço de estudos e pesquisas, observamos, entretanto, que esses aldeídos, além de não serem bio-degradáveis, são cancerígenos. Ou seja, o contato des-ses produtos com a mucosa nasal deve ser limitado”, explica Dr. Marco.

    Anteriormente, como não havia regulamentação, cada profi ssional realizava o processo como acreditava ser melhor. Com o desenvolvimento do POP, a desin-fecção foi padronizada, tornando-se, agora, cientifi ca-mente comprovada e segura.

    O que diz a

    AnViSA“A defi nição dos protocolos e rotinas técni-

    cas para o processamento dos produtos para

    a saúde é uma atribuição do responsável legal

    e do responsável técnico do serviço de saúde,

    que devem fazê-lo à luz da legislação vigente,

    das instruções de uso dos fabricantes do pro-

    duto, dos equipamentos e dos saneantes uti-

    lizados e de evidências científi cas atualizadas.

    As ações de vigilância sanitária em serviços

    de saúde, que incluem o licenciamento e a

    fi scalização das atividades de reprocessamen-

    to e do cumprimento da legislação vigente,

    são integralmente realizadas pelos órgãos de

    vigilância sanitária dos governos estaduais e

    das prefeituras. De acordo com a legislação

    vigente, compete à Anvisa coordenar o Sis-

    tema Nacional de Vigilância Sanitária e esta-

    belecer critérios, parâmetros e métodos para

    o controle da qualidade sanitária de produ-

    tos, substâncias e serviços de consumo e uso

    humano. Além disso, estados e municípios

    podem legislar complementar e suplemen-

    tarmente à legislação federal. Em outras pala-

    vras, pode haver normas locais mais restritivas

    que a legislação sanitária federal”.

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  • Em entrevista à Revista VOX #158, a professora Kazuko declarou: “É importante que o protocolo ope-racional padrão de descontaminação seja não só seguro, como, também, exequível. A matéria orgânica (muco) precipitava sobre a superfície, propiciava a formação de biofi lmes e, o pior de tudo, não descontaminava, pois a sujidade protege os micro-organismos, além do enxá-gue, que não era feito abundantemente e deixava resí-duo tóxico sobre o aparelho”.

    mudanças trazidas pelo POPO POP trouxe a sistematização do protocolo in-

    ternacional padrão para a limpeza do laringoscópio. Um dos fatores importantes advindos dessa mudan-ça, conforme explicado por Dr. Marco, é a rastrea-bilidade de doenças. “Com a adoção do protocolo, podemos oferecer ao paciente uma segurança no exa-me, pois, ainda que o equipamento seja utilizado em vários pacientes, não vai ocorrer a chamada infecção cruzada. Ou seja, não vamos tirar agentes de possíveis ambientes patogênicos de um paciente e incubá-los em outro. A ideia do POP é exatamente essa: evitar infecções cruzadas e garantir a preservação do equipa-mento utilizado, por meio do protocolo, e a do meio ambiente”, informa.

    O pedido de padronização da desinfecção com o conhecimento científi co foi uma exigência da Anvi-sa. A ABORL-CCF teve papel importante em propor Dr. Marco César Jorge dos Santos

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  • urgência nessa aprovação e deu todo o suporte que a pesquisa precisou para o desenvolvimento da Cartilha de Desinfecção (confira link para a cartilha ao final da matéria). De acordo com Dr. Marco, esse trabalho começou na gestão de Dr. Marcelo Hueb, quando a Comissão de Desinfecção foi reunida. A seguir, os pesquisadores mobilizaram as seguintes instituições de saúde, que se uniram à ABORL-CCF para desen-volver o protocolo: a Universidade de São Paulo, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e o Hospital Albert Einstein. “A Anvisa con-fiou em nosso trabalho e adotou esse POP como um protocolo de defesa aceito pela Vigilância”, conta o especialista.

    Com as mudanças, o médico precisa ter a cons-ciência do processo de limpeza do endoscópio, fle-xível ou rígido, imediatamente após a realização do exame e a imersão do material em uma solução com detergente para a remoção de sujidades, pois essa carga biológica é o principal fator de segurança para a desinfecção. “A utilização de um agente químico após a limpeza é um complemento na segurança da desinfecção de nível intermediário. Devemos uti-lizar o álcool etílico 70% de peso e volume, pois agride muito pouco o equipamento, não é nocivo ao paciente e é biodegradável. O mais importante é que o médico precisa ter como conduta fazer o protoco-lo de limpeza imediatamente após a realização do exame: remover a sujidade e imergir o equipamento em uma solução com detergente. O tempo de imer-são depende do detergente utilizado. Normalmente, o fabricante coloca no rótulo o tempo estipulado, mas a média varia de dois a cinco minutos”, analisa Dr. Marco.

    O médico que não adotar o protocolo deve ter em mente que não está seguindo um sistema de desinfecção regulamentado pela Anvisa, podendo favorecer a transmissão de doenças. Além disso, ao não agir conforme as regulamentações, pode ser im-pedido de trabalhar e de realizar o exame, pois rea-liza um método de limpeza e desinfecção que não é aprovado pela Anvisa.

    O papel da ABoRL-ccFToda a elaboração do protocolo aprovado foi re-

    alizada pela Comissão de Desinfecção de Óticas da ABORL-CCF, que realizou um estudo junto ao De-partamento de Otorrinolaringologia da Universidade

    AtençãO!Faça download completo do POP:

    Confira o documento lançado pela Anvisa, com base no POP:

    Não deixe de conferir a Cartilha do Asso-ciado, contendo todos os benefícios ofe-recidos pela ABORL-CCF. Disponível on-line pelo QR Code abaixo:

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    de São Paulo (USP), ao Departamento de Microbio-logia da Faculdade de Ciências médicas da Santa Casa de São Paulo e ao Departamento de Microbiologia do Hospital Albert Einstein. “A ABORL-CCF deu total credibilidade e confiança para que a Comissão pudes-se exercer seu trabalho. Além disso, as participações do Dr. Richard Voegels e da professora Kazuko Gra-ziano foram essenciais para o desenvolvimento cien-tífico e técnico desse projeto.

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  • Os benefícios de ser associado da ABoRL-ccF

    A ABORL-CCF tem como papel fundamental lutar por seus associados, bem como por questões que estejam rela-cionadas ao exercício da Otorrinolaringologia. Como visto na matéria, a entidade foi uma instituição idônea por trás da confecção do protocolo. Confira, a seguir, outros benefícios a que o associado tem acesso:

    RepresentatividadeCom mais de 6.500 associados, representados legitimamente junto aos órgãos governamentais, Associação Médica Bra-sileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM), e também internacionalmente, por meio de filiação à International Federation of Oto-rhino-laryngological Societies (IFOS), a representatividade é, sem dúvida, um dos maiores benefícios oferecidos aos associados.

    Consultoria jurídicaO departamento jurídico da ABORL-CCF tem profissionais altamente capacitados e conhecedores da área, dispos-tos a auxiliar os associados que dele necessitarem, do consultivo ao contencioso, sem custo de honorários.

    PareceresInformações técnico-científicas elaboradas pelos Comitês, Comissões, Departamentos e Academias.

    Banco de pareceresSão mais de 200 pareceres elaborados cuidadosamente pelo Comitê de Defesa Profissional.

    Termo de Ciência e ConsentimentoElaborado com base técnica, científica e jurídica, o termo está disponível on-line e é personalizado com o nome do associado.

    Apoio à formação de cooperativasA ABORL-CCF oferece ao associado orientação jurídica para formação de cooperativas.

    Fóruns de discussõesO associado tem acesso a fóruns de discussões sobre temas relevantes na área médico-jurídica. Em comparação, uma consulta jurídica com análise de documento, a exemplo da tabela OAB, custaria cerca de R$750. O associado dispõe do mesmo serviço a custo zero.

    Descontos em congressos e cursos Desconto de até 50% para congressos e cursos promovidos ou apoiados pela ABORL-CCF e também em eventos in-ternacionais, como delegação de país convidado.

    Alguns exemplos48º Congresso Brasileiro de ORL-CCF = R$840 de des-conto

    III Combined Meeting = R$415 de desconto

    VII Rhinology = R$440 de desconto

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  • Conduta médiCa

    concurso “Médico do Ano”:é PermitidO PArtiCiPAr?

    Por Departamento Jurídico da ABORL-CCF

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  • Com o intuito de zelar pelo desempenho das ati-vidades médicas, em consonância com preceitos éticos e da boa prática médica, o Conselho Federal de Medicina (CFM), no uso das atribuições conferi-das por lei, regulamenta e estabelece os critérios norteadores da propaganda em Medicina pela resolução CFM nº 1974/2011.

    O documento mencionado regulamenta vá-rios aspectos para divulgação de assuntos médi-cos, porém a questão a ser abordada neste artigo é:

    O profi ssional médico pode participar de concursos e/ou similares que visem escolher o “médico do ano”?

    De acordo com o artigo 12 da resolução, é veda-do ao profi ssional médico participar ou permitir que seu nome seja incluído em concursos que tenham o objetivo de escolher o “médico do ano” ou “melhor médico” sob o aspecto de caráter promocional.

    Destaca o Conselho Federal de Medicina: “as home-nagens acadêmicas e aquelas oferecidas por entidades médicas e instituições públicas são permitidas”.

    Então, o Departamento Jurídico da ABORL-CCF orienta os associados a não aceitarem convites para participar de concurso que visem à escolha do “melhor médico” ou similares. Caso contrário, estarão instados a responder pelos atos práticos, seja no âmbito do Conse-lho de Classe ou no Judicial.

    Reiteramos, ainda, que é dever do profissional médico cumprir com as normas emanadas pelo Con-selho Federal de Medicina e pelo ordenamento jurí-dico. Na dúvida, a recomendação do Departamento Jurídico é que o profissional procure o Codame do CRM de sua jurisdição ou consulte os advogados es-pecialistas da ABORL-CCF, antes de qualquer ação que vise à publicidade médica.

    O Departamento Jurídico da ABORL-CCF é res-ponsável pelo Programa de Extensão Jurídica ao Asso-ciado, podendo ser consultado a respeito de diversos temas pelos associados por meio e-mails: e .

    A conduta referida caracteriza infração ao Código de Ética Médica e fere frontalmen-te a resolução supracitada, sendo passível das penalidades cabíveis a serem aplicadas pelo CFM. Segue o Artigo da Resolução na íntegra:

    Art. 12: O médico não deve permitir que seu nome seja incluído em concursos ou similares, cuja fi nalidade seja escolher o “médico do ano”, “destaque”, “melhor médico” ou outras denominações que vi-sam ao objetivo promocional ou de pro-paganda, individual ou coletivo.

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  • internaCional

    Dicas das

    ACADeMiAsPor Clara Magalhães, com colaboração de Bruno Bernardino

    A Revista VOX resolveu trazer, em sua primeira edição do ano, um compilado de eventos importantes para os otorrinolaringologistas de diversas áreas de atuação. Confira, abaixo, a lista de eventos destacados pelas academias.

    Academia Brasileira de Laringologia e Voz18 a 22 de abril

    Combined Otolaryngology Spring Meetingslocal: Gaylord national resort and Convention Center – national Harbor, MarylandWebsite:

    16 a 19 de maio

    12th Congress of the European Laryngological Societylocal: QeII Centre, londresWebsite:

    25 a 27 de outubro

    The Fall Voice Conferencelocal: Seattle, WashingtonWebsite:

    31 de outubro a 3 de novembro de 2018

    48º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Faciallocal: Centro de Convenções de João pessoa – João pessoa (pB)Website:

    Academia Brasileira de Rinologia19 a 20 de abril

    American Rhinologic Society Spring Meetinglocal: Gaylord national resort and Convention Center – national Harbor, MarylandWebsite:

    22 a 26 de abril

    27th Congress of the European Rhinologic Societylocal: Queen elizabeth II Conference Centre, londres Website:

    28 a 30 de abril

    VIII Rhinology local: WTC Centro de Convenções – São pauloWebsite:

    12 a 14 de julho

    American Rhinologic Society Summer Sinus Symposiumlocal: Seattle, WashingtonWebsite:

    5 a 6 de outubro

    American Rhinologic 64th Annual Meetinglocal: The Westin peachtree plaza – Atlanta, GAWebsite:

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  • Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pediátrica20 a 22 de abril de 2018

    Annual Meeting da American Society of Pediatric Otolaryngologylocal: Gaylord national resort and Convention Center – national Harbor, MarylandWebsite: http://aspo.us/

    29 a 31 de agosto de 2018

    14º Congresso da Internacional Association of Pediatric Otorhinolaryngologylocal: Centro de Convenciones “los Tajibos” – Santa Cruz de la Sierra, BoliviaWebsite: http://www.iapobolivia.com/

    2 a 5 de junho de 2018

    14th Congress of European Society of Pediatric Otorhinolaryngologylocal: Stockholm Waterfront Congress Centre, estocolmo, escandinávia Website: https://www.espo2018.com/

    Sociedade Brasileira de Otologia20 a 23 de junho de 2018

    9th European Academy of Otology & Neuro-Otologylocal: Copenhague, DinamarcaWebsite:

    17 a 20 de outubro de 2018

    32th Politzer Society Meetinglocal: Varsóvia, polônia Website:

    Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face12 a 15 de abril de 2018

    AAFPRS Facial Rejuvenation: Master the Techniques Meeting local: Chicago, IllinoisWebsite:

    25 a 27 de abril de 2018

    Bogota Hands-On Rhinoplasty Courselocal: Bogotá, ColômbiaWebsite:

    Com a palavra,os especialistas

    “Dentro do Combined Otolaryngology Spring Meetings (COSM) vão ocorrer os encontros da AlA (American laryngological Association) e da ABeA (American Broncho-esophagological Asso-ciation), que serão bem específicos e com temas aprofundados”.

    Dr. Gustavo Korn, presidente da ABLV

    “O 12° Congresso da Sociedade de laringologia da europa vai tratar de importantes temas e abordar o futuro da especialidade”.

    Dr. silvio Vasconcelos, diretor secretário adjunto da ABLV

    “O rhinology é o congresso mais tradicional e importante da América latina na Área de rinolo-gia, devido ao elevado nível científico do evento, aliado ao aspecto multidisciplinar. Contempla não somente a rinologia básica, mas também cirurgia transnasal da base do crânio e a cirurgia plás-tica facial. Os maiores nomes internacionais e nacionais dessas áreas irão compartilhar seus conhecimentos. É uma oportunidade única que o otorrinolaringologista tem e que acontece a cada três anos na cidade de São paulo”.

    Dr. Aldo stamm, presidente do VIII Rhinology

    Fique atento!Associados da ABORL-CCF têm desconto em todos os eventos!

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  • Vox newsVox news

    Dr. Márcio Abrahão toma posse como novo presidente da

    ABORL-CCFPor Bruno Bernardino

    A sede da ABORL-CCF, em São Paulo, foi palco, no dia 2 de fevereiro, da cerimônia de posse do presidente da gestão 2018 da Associação, Dr. Márcio Abrahão. O novo gestor é professor livre-docen-te da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e chefe do Departamento de Otorrinolaringologia e Ci-rurgia de Cabeça e Pescoço da Escola Paulista de Medi-cina da UNIFESP.

    Seguindo a formatação da gestão executiva da ABORL-CCF, Dr. Abrahão começou a participar da Diretoria em 2016, quando foi eleito segundo vice--presidente. No ano seguinte, trabalhou como pri-meiro vice-presidente, e, este ano, recebe o cargo de presidente (em 2019, desempenhará o papel de Presi-dente do Conselho Administrativo Fiscal). “Essa for-ma com que a Diretoria é escolhida permite que você

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  • já conheça nossa Associação e que todo o planejamen-to estratégico tenha continuidade. O dia da posse é um momento simbólico muito importante, porque marca a entrada do novo presidente”, afirma.

    Em entrevista à Revista VOX, Dr. Márcio afirmou que a posse foi o momento especial, em que todos os presentes puderam conhecer um pouco mais de sua his-tória e carreira e como isso influencia os projetos que o novo presidente tem para a ABORL-CCF, em seu ano como gestor. “A Associação tem um papel essencial em minha profissão e já contribuiu em muito para minha formação; valorizar essa característica e fortalecer a enti-dade é meu mote principal”, define.

    De acordo com o presidente, as expectativas para o novo ano e gestão são as melhores, tendo como principais objetivos fortalecer as ações da ABORL--CCF que já são sucesso e divulgá-las para os colegas otorrinolaringologistas, mostrando como associar-se é vantajoso em todos os aspectos da carreira médi-ca. “A ABORL-CCF é uma associação que faz muito por seu associado e tem muito a oferecer a colegas em todas as áreas do conhecimento dentro da Otor-rinolaringologia. Isso se reflete não só em um apoio científico efetivo ao associado, mas em uma econo-mia financeira derivada dos benefícios práticos que oferecemos, como descontos em cursos e eventos,

    À esquerda: Dr. Gustavo Korn, Dr. Márcio Abrahão e Dr. Marcos Sarvat; à direita: Hughette Macuco Borges Haddad, Dr. Márcio Abrahão e Anelise Riedel Abrahão

    “A Associação tem um papel essencial

    em minha profissão e já contribuiu em

    muito para minha formação; valorizar

    essa característica e fortalecer a

    entidade é meu mote principal”

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  • Vox news

    no mesmo dia, Fóruns dos Comitês planejam ações da ABOrl-CCF em 2018

    Os Fóruns dos Comitês é o evento no qual todos os projetos do ano tomam forma, tornando-se um conjun-to de planos e metas para a gestão corrente. Além disso, é um espaço de troca de conhecimentos e opiniões, re-sultando em diálogos interessantes e construtivos para todos os comitês e comissões.

    Os comitês são essenciais para a realização das ações da ABORL-CCF, já que são responsáveis por planejar e operacionalizar os projetos existentes – se-jam os que vêm da Diretoria ou os que nascem de ideias dos próprios comitês. “O Fórum dos Comi-tês é o evento em que todos os membros e colabo-radores que fazem parte deles, junto das comissões da ABORL-CCF, se reúnem para dialogar entre si e apresentar a todos suas ideias e projetos para 2018. Esse é o start formal que marca o início do ano gestor e das atividades que serão continuadas ou criadas por eles”, resume Dr. Márcio.

    assessoria jurídica, realizar a prova do título de es-pecialista, educação médica continuada via internet e muitos outros. Espero que, em 2018, consigamos ampliar ainda mais essas vantagens ao associado, em combinação com um processo de comunicação direto com todos, levando a cada um aquilo que mais atende a suas necessidades e desejos profi ssionais”, conclui.

    Dr. Eduardo Baptistella, Dr. Edson Mitre, Dr. Márcio Abrahão, Dr. Lincoln Lopes Ferreira (presidente da AMB) e Dr. André Araripe

    Convidados prestigiam a posse do novo presidente

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  • qualidade de Vida

    Uma paixão chamada

    HiPiSmODr. Rubens Brito alterna rotina de consultas com a prática do esporte

    Por Clara Magalhães

    Os cavalos são animais fascinantes que têm acom-panhado os seres humanos há milhares de anos, sempre fazendo-se presentes na sociedade. O relaciona-mento homem-cavalo tem uma história longa e variada. Enquanto a carne pode ter sido a primeira motivação no estágio inicial de domesticação, ao longo do tempo, os cavalos tornaram-se ferramentas importantes para o transporte e, assim como outros animais domésticos, es-tão, atualmente, sendo mais utilizados como animais de companhia. Suas habilidades locomotoras fazem com que esses animais sejam utilizados como instrumentos de lazer e esporte, força de tração no trabalho das zonas rurais, em programas de equitação terapêutica e, até, em atividades ligadas à reprodução da espécie.

    Para Dr. Rubens Brito, presidente da Sociedade Bra-sileira de Otologia (SBO), cavalgar é uma verdadeira paixão, que começou muito cedo. “Antes mesmo de ter aprendido a nadar, eu já montava a cavalo. Já o salto

    surgiu um pouco depois, e, na juventude, tornou-se meu principal esporte. Por causa da Faculdade de Me-dicina, precisei abandonar os saltos, e só algum tempo depois consegui voltar a praticar essa atividade”, lembra.

    Segundo o otorrino, qualquer um pode tentar pra-ticar o hipismo, mas para as crianças acaba sendo mais fácil. “Quando se aprende desde criança tudo é mais na-tural. Entretanto, o hipismo pode ser praticado como recreação por pessoas de todas as idades, e sempre será agradável”, revela.

    Dr. Rubens acredita que o hipismo e a Medicina não possuem elementos comuns, que são atividades comple-tamente diferentes, mas que, de certa forma, o esporte acaba ajudando em sua profi ssão. “Todo esporte é im-portante em nossa formação, cada um com suas caracte-rísticas. A concentração exigida no hipismo, a dedicação necessária e o respeito para com o cavalo melhoram, sem dúvida, a atuação profi ssional”, analisa.

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  • Como os familiares compartilham o gosto pelo hipismo, o médico nunca precisou dividir seu tempo entre a família e o esporte, o que lhe dá grande felicida-de. “Todos têm envolvimento com o hipismo, então, não há problemas em reunir todos e praticar. Minha filha pratica todos os dias após a escola, por exemplo”, orgulha-se.

    Muitos estudos mostram que o contato com os cava-los ajuda no tratamento de certas doenças ou aumenta a sociabilidade de alguns pacientes. Para Dr. Rubens, essa é uma verdade universal. “O contato com o cavalo, o controle, a relação com um animal maior e mais forte, tudo isso traz vários benefícios às crianças e adultos com doenças e limitações diversas. A equoterapia é um exem-plo disso”, ressalta.

    Por outro lado, segundo o otorrino, muitas pessoas consideram o hipismo um esporte de elite, mas, em sua opinião, esse conceito é um grande erro. “O Brasil tem um grande potencial para um hipismo sem alto custo, e que já vem ocorrendo no interior do país, em diversas modalidades hípicas. Hoje, o Brasil é uma das principais potências mundiais não só no salto, mas em todas as outras modalidades, o que só se consegue onde o esporte já é popular, não elitizado”, defende.

    Para quem sente vontade de iniciar no esporte, o especialista garante que não é necessário ter muita co-ragem. “Só precisa ter vontade. Há inúmeras escolas de equitação no Brasil para iniciantes, com baixo custo e muito acessíveis”, informa.

    HiPisMoO esporte foi introduzido no país em 1922, pelo Exército Brasileiro, com o objetivo de preparar cavalos para a guerra. Por décadas, foi praticado ape-nas por militares. A partir da década de 1980, a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e algumas entidades militares passaram a promover compe-tições conjuntas, investiram em cursos, clínicas e na vinda de técnicos interna-cionais, o que resultou na formação de uma nova geração de atletas. Nos anos 1990, o intercâmbio internacional ga-nhou fôlego e os resultados dos atletas elevaram o Brasil ao posto de maior potência do esporte na América do Sul, ficando entre os melhores do mundo.

    Fonte: Confederação Brasileira de Hipismo

    equoteRAPiAEquoterapia é um método terapêutico e

    educacional que utiliza o cavalo em uma

    abordagem interdisciplinar, nas áreas de

    saúde, educação e equitação, buscando o

    desenvolvimento biopsicossocial de pes-

    soas com deficiências e/ou necessidades

    especiais.

    Fonte: ANDE-BRASIL, 1999

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  • o que diz a lei

    O Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece novos critérios para atuação de médi-cos que ocupam cargos de diretores técnico e clínico nos estabelecimentos de assistência médica em todo Brasil, ampliando as responsabilidades e atribuições desses profissionais, con-templados pela resolução CFM nº 2147/2016.

    De acordo com o artigo 2º da resolução, diretor técnico é o médico responsável perante os Conselhos Regionais de Medicina (CRM), autoridades sanitárias, Ministério Público, Ju-diciário e demais autoridades pelos aspectos formais do funcionamento do estabelecimento assistencial que represente.

    Para que o médico seja investido no cargo ou função de diretor clínico ou técnico de serviços assistenciais especializados será exigida, obrigatoriamente, a titulação em especialidade médica correspondente, devidamente registrada no CRM da jurisdição médica, conforme preconizado pelo artigo 9º da resolução.

    À luz desse documento, os novos critérios se aplicam a instituições públicas e privadas, como planos de saúde, seguros-saúde, cooperativas médicas e prestadoras de serviço em autogestão.

    Médicos que ocupam cargos de diretores técnico e clínico

    nos estabelecimentos de assistência médica

    Por Departamento Jurídico da ABORL-CCF

    Conheça os novos critérios para atuação em todo o Brasil

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  • destaques da resolução CFm nº 2147/2016:

    Ao diretor técnico (instituição pública ou privada), compete, entre outras atribuições:

    1. Zelar pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares em vigor;

    2. Assegurar condições dignas de trabalho e os meios indispensáveis à prática médica;

    3. Assegurar o pleno e autônomo funcionamento das Comissões de Ética Médica;

    4. Certificar-se da regular habilitação dos médicos perante o Conselho de Medicina, além da qua-lificação como especialista, exigindo a apresentação formal dos documentos, cujas cópias devem constar da pasta funcional do médico perante o setor responsável, aplicando essa mesma regra aos demais profissionais da área da Saúde que atuem na instituição;

    5. Organizar as escalas de plantão, zelando para que não haja lacunas;

    6. Solucionar a ausência de plantonistas;

    7. Não contratar médicos formados no exterior sem registro nos Conselhos de Medicina.

    Ao diretor clínico (instituição pública ou privada), compete, entre outras atribuições:

    1. Assegurar que todo paciente sob regime de internação seja atendido por um médico assistente;

    2. Supervisionar as atividades de assistência médica;

    3. Exigir da direção técnica condições de trabalho;

    4. Assegurar a acadêmicos e residentes condições de exercer suas atividades com os melhores meios de aprendizagem;

    5. Organizar os prontuários dos pacientes.

    Ao diretor técnico de planos de saúde, seguros-saúde, cooperartivas médicas e prestadoras de serviço em autogestão, compete, entre outras atribuições:

    1. Zelar pelo cumprimento dos contratos de seus credenciados;

    2. Assegurar adequadas condições físicas e ambientais oferecidas pelos seus contratados aos pacientes;

    3. Zelar pela qualidade dos serviços prestados quanto a materiais, insumos etc.;

    4. Garantir a apresentação de justificativa por itens glosados em faturas;

    5. Assegurar a realização de auditorias de procedimentos médicos apenas por auditores médicos;

    6. Garantir reajustes de honorários acordados entre médicos e operadoras de planos.

    Reiteramos o entendimento do CFM de que os critérios estabelecidos pela resolução citada visam ao bom funcionamento dos estabelecimentos assistenciais médicos ou intermediar a prestação de serviços médi-cos, portanto, devem ser observados e cumpridos pelos profissionais investidos na função de diretor técnico ou clínico, para não incorrer em infração aos preceitos éti-cos e legais.

    Independentemente da natureza da prestação de serviço, é dever do médico agir e atuar de acordo com consolidados preceitos éticos, legais e disciplinares. Isso é o que afirmam os advogados do Departamento Jurídico da ABORL-CCF, responsáveis pelo Programa de Extensão Jurídica ao Asso-ciado, que pode ser consultado a respeito de diversos temas por qualquer associado pelos e-mails: e .

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    aborl-CCF em ação

    20ª edição da Campanha da Vozestará presente em diversas cidades brasileiras

    Os coordenadores do evento, Dr. Gustavo Korn e Dr. Marcos Sarvat, falam sobre principais atrações do even-to e diferenciais em relação aos anos anteriores

    Por Bárbara Mello

    Com a aproximação do Dia Mundial da Voz, comemorado em 16 de abril, os preparati-vos para a Campanha da Voz – realizada anualmente em parceria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) com a Academia Brasileira de La-ringologia e Voz (ABLV) – chegam à reta final. Os coordenadores do evento, Dr. Gustavo Korn (presi-dente da ABLV) e Dr. Marcos Sarvat, adiantam que, este ano, as atividades da 20ª edição da Campanha da Voz acontecerão por todo o Brasil. “Nesta edição his-tórica, esperamos uma adesão recorde e abrangência, divulgação e repercussão maiores. Estamos pensando grande”, destaca Dr. Gustavo.

    O presidente da Associação, Dr. Márcio Abrahão, considera a Campanha da Voz um grande sucesso e explica sobre os investimentos em sua 20ª realização. “Considerando a importância da Campanha para a es-pecialidade e o fato de que ela já está consolidada mun-dialmente, este ano, buscamos fortalecê-la ainda mais, ampliando o investimento e reforçando sua abrangên-cia no Brasil, além de contar com os esforços dos co-ordenadores, da Diretoria Executiva, do assistente das

    Academias, Sr. Renato Batista, e toda a equipe de cola-boradores da ABORL-CCF”, argumenta.

    O evento também conta com a adesão da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e com o apoio do Instituto Nacional de Câncer (INCA), da Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG), da Fundação Otorrinolaringologia (FORL) e da As-sociação Brasileira de Canto e o apoio do Instituto de Otorrinolaringologia e Cabeça e Pescoço (IOCP). Além da presença em diferentes cidades, o maior diferencial da Campanha da Voz 2018 será o fornecimento de uma

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  • grande quantidade de materiais, como camisetas, folders e cartazes em postos de todo o país. “Após concluída a adesão de postos, enviaremos os materiais proporcionais a cada um”, complementa Dr. Marcos.

    Este ano, a abertura do evento acontece-rá no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 15 de abril, às 10h. Além disso, a Campanha da Voz está articulada em tor-no das sociedades estaduais ou regionais de Otorrinolaringologia (ORL) e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CCP), que são respon-sáveis pela capilarização da iniciativa em seus respectivos estados. “Todo médico ou profissional que deseja participar, certamen-te encontrará um meio de colaborar nessas entidades. A ABORL-CCF, unida à ABLV e à SBCCP, está se empenhando para que mui-tas cidades tenham postos públicos e/ou priva-dos”, esclarece Dr. Marcos.

    Como o foco desta edição da campanha é o atendi-mento à população, Dr. Marcos avalia que a solidarie-dade com os pacientes não deve acontecer somente por meio de palavras, mas por atos concretos. Já Dr. Gus-tavo complementa que, por meio dos atendimentos, é possível ter acesso a importantes dados epidemiológicos necessários para o conhecimento do cenário atual e para futuras ações e projetos.

    momento histórico: Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia assinam Carta de intenções

    Motivados pela Campanha da Voz, representantes da ABORL-CCF, da ABLV e da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) assinaram, no dia 8 de fevereiro de 2018, a Carta de Intenções. O documento tem como objetivo realizar o aperfeiçoamento das relações institucionais em prol da convivência técnico-científica e acadêmica.

    A Carta de Intenções define que as associações e os profissionais signatários se comprometem a “promover a revisão e a atualização, em suas entidades, de quaisquer posições, conceitos ou deliberações que prejudiquem ou impeçam o pleno exercício da mais correta e benéfica convivência em todos os campos e níveis”.

    A ABORL-CCF foi representada pelo presidente da instituição, Dr. Márcio Abrahão, pelos coordenadores da Campanha Nacional da Voz, Dr. Marcos Sarvat e Dr. Gustavo Korn (presidente da ABLV), e por Dr. Renato Batista, membro da equipe da associação. Representan-do a SBFa, a presidente da sociedade, Dra. Maria Cecília Bonini Trenche, e a vice-presidente, Dra. Leslie Picolotto Ferreira, também participaram do evento.

    “nesta edição histórica, esperamos uma adesão recorde e abrangência, divulgação e repercussão maiores. estamos pensando grande”

    Dr. gustavo Korn

    “Todo médico ou

    profissional que deseja

    participar, certamente

    encontrará um meio de colaborar

    nessas entidades. A ABORL-CCF, unida à ABlV e

    à SBCCp, estão se empenhando para que muitas

    cidades tenham postos públicos e/ou privados”

    Dr. Marcos sarvat

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  • eduCação médiCa Continuada

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    otoneuRoLogiADr. Márcio Cavalcante Salmito, médico otorrinolaringologista com especialização em Otoneurologia e mestre pela Univer-

    sidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

    Identificação: paciente homem, de 24 anos.

    HDA: chegou ao pronto-socorro, em um final de manhã de uma terça-feira, com queixa de tontura. Foi atendido em um hospital terciário por um médico otorrinolarin-gologista. Em sua definição, a tontura era uma sensação de estar rodando e de que o mundo rodava ao seu redor. Esses sintomas apareceram de forma espontânea e já du-ravam quase três horas ininterruptas, desde que tiveram início até o momento da avaliação. Referiu estar muito desconfortável com seu sintoma, não tendo conseguido ir trabalhar. O sintoma piorava com a movimentação da cabeça e aliviava parcialmente ao permanecer deitado e parado. Fora necessário parar o carro no trajeto ao hos-pital para que abrisse a porta e vomitasse. Em associação com o sintoma, o paciente referiu apresentar forte náu-sea, que lhe causou diversos episódios de vômitos desde o início do quadro. Queixou-se, ainda, de forte mal--estar e sudorese associados. Negou sintomas auditivos ou neurológicos. Não apresentou quedas, desmaios ou outras queixas.

    História pregressa: previamente ao quadro, o paciente não possuía queixas e relatou não apresentar comorbi-dades, além de não tomar medicamentos. Negou uso de substâncias tóxicas, incluindo álcool e cigarro, por motivos religiosos.

    Hipótese diagnóstica: a queixa do paciente foi de-nominada de tontura, mas a definição do paciente indica, de modo claro, que ele apresentava vertigem e vertigem externa.

    Atualmente, a vertigem é definida como qualquer ilusão de que a cabeça se move¹ e é o sintoma clássico dos problemas vestibulares. Vertigem externa, por sua vez, é um sintoma visual de origem vestibular, definida como ilusão visual de que as coisas ao redor estão se movendo. O paciente apresentava, portanto, sintomas vestibulares (vertigem e vertigem externa). Como estes apareceram de forma espontânea (sem desencadeantes), e pela primeira vez na vida do paciente, tratava-se de um quadro de vertigem espontânea aguda. O quadro clínico do paciente pode ser resumido em uma frase: “Síndro-me vestibular espontânea aguda”.

    Discussão: diante de um quadro agudo de vertigem, torna-se urgente diferenciar a vertigem de origem peri-férica (doenças do labirinto e nervo vestibular) da verti-gem de origem central. Uma origem neurológica central para o caso indicaria doenças potencialmente fatais, como acidente vascular encefálico, ou evolutivos, como esclerose múltipla. A maneira mais eficaz de fazer essa distinção, atualmente, é por meio de três manobras de exame físico que foram agrupadas num acrônimo cha-mado H.I.N.T.S.²

    H.I = Head impulse test (HIT): teste do impulso cefálico³

    N = nistagmo

    TS = Test of skew: pesquisa do skew deviation

    De que forma uma doença periférica ocasiona ver-tigem? Por meio da queda na função vestibular de um

    Essa seção é de inteira responsabilidade do Comitê de Educação Médica

    Continuada da ABORL-CCF.

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  • dos lados. Em pessoas sadias, ambos os lados possuem função vestibular normal, ou seja, há um tônus elétrico basal constante na via neurológica do sistema vestibu-lar simétrico entre os lados. Quando uma pessoa qual-quer faz um movimento com a cabeça para um lado, ocorre uma assimetria nesse tônus, ou seja, um dos lados fica ativado, desativando o outro. Essa diferença de tônus é o que informa ao SNC que o movimen-to ocorreu. Em uma doença que provoca hipofunção vestibular, portanto, ocorre uma assimetria espontâ-nea, e o SNC vai interpretá-la como um movimento da cabeça (que, no caso da doença, é um movimento ilusório). Encontrar essa hipofunção, portanto, é uma indicação significativa de que o problema é periféri-co. Do contrário, a suspeita é de doença central. As mudanças do HINTS que indicam alteração periférica são: 1) Teste do impulso cefálico alterado em um dos lados e 2) Nistagmo horizontal unilateral mais intenso com olhar para o lado de sua fase rápida (lei de Alexan-der). As mudanças do HINTS que indicam alteração central são: teste do impulso cefálico normal, nistagmo diferente do nistagmo de vertigem periférica (vertical ou bidirecional, por exemplo) e teste de skew alterado (presença de skew deviation).

    Exame: o paciente em questão apresentava-se lúcido, orientado, cooperativo, algo pálido, sudoreico e taqui-cárdico. Pressão arterial normal, com SatO2 = 99%.

    O exame otorrinolaringológico mostrou otoscopia normal. Presença de nistagmo horizontal espontâneo

    Figura 1: Vídeo-Head Impulste Test (vHIT) de canais laterais

    para esquerda, mais intenso com olhar para esquerda, e menos intenso com olhar para direita.

    HIT alterado para direita, normal para esquerda.Dix-Hallpike normal, porém com exacerbação dis-

    creta do nistagmo espontâneo já presente.Teste de Fukuda revelou-se possível, apesar da inse-

    gurança do paciente, e apresentou desvio para direita.Testes cerebelares não apresentavam alteração. Teste de skew não demonstrou movimentação verti-

    cal dos olhos. Foi realizado, ainda, teste do impulso cefálico por ví-

    deo, que indicou diminuição do reflexo vestíbulo-ocular (RVO) nos três canais semicirculares direitos, com saca-das corretivas cobertas e descobertas (figura 1).

    Após esse exame físico e exame complementar, foi concluído que havia uma hipofunção vestibular direita (vertigem associada a nistagmo espontâneo para es-querda, HIT alterado para direita e Fukuda com des-vio para direita e vHIT com diminuição do RVO nos canais direitos), o que indicava um quadro de neurite vestibular direita.

    Tratamento: o paciente foi, então, submetido a trata-mento com fármaco sintomático supressor vestibular (dimenidrinato EV) e medicado com metilpredniso-lona EV, além de receber hidratação venosa e ser re-avaliado após duas horas, quando apresentou grande melhora geral. Ao exame, mantinha nistagmo espon-tâneo e semiespontâneo horizontal unidirecional para esquerda. Por tolerar ingesta oral, foi liberado para

    left mean: 0,98 σ: 0,05 right mean: 0,6 σ: 0,07

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    vHIT realizado no segundo dia dos sintomas do paciente. Percebe-se um RVO diminuído à direita (círculo vermelho) e a presença de sacadas cobertas e descobertas (flechas azuis)

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  • eduCação médiCa Continuada

    referências1) Bisdorff A, Von Brevern M, Lempert T, Newman-Toker DE. Classification of vestibular symptoms: towards an international classification of vestibular disorders. J Vestib Res. 2009;19(1-2):1-13.2) Kattah JC, Talkad AV, Wang DZ, Hsieh YH, Newman-Toker DE. HINTS to diagnose stroke in the acute vestibular syndrome: three-step bedside oculomotor examination more sensitive than early MRI diffusion-weighted imaging. Stroke. 2009;40(11):3504-10.3) Halmagyi GM1, Curthoys IS. A clinical sign of canal paresis. Arch Neurol. 1988;45(7):737-9.4) Strupp M, Zingler VC, Arbusow V, Niklas D, Maag KP, Dieterich M, Bense S, Theil D, Jahn K, Brandt T. Methylprednisolone, valacyclovir, or the combination for vestibular neuritis. N Engl J Med. 2004;351(4):354-61.

    Este conteúdo é produzido pelo Comitê de Educação Médica Continuada. Dúvidas ou sugestões? Envie e-mail para [email protected]

    acompanhamento ambulatorial, afastado do trabalho por dez dias, com prescrição de prednisolona 40mg/dia por sete dias e meclizina 25mg 8/8 horas, em caso de necessidade, e reavaliação em uma semana. O uso de corticoide para neurite vestibular apresenta res-paldo científico desde 2004, segundo um importante

    estudo prospectivo duplo-cego4. Nas reavaliações no sétimo e trigésimo dias, o paciente apresentou melho-ra substancial e foi submetido a sucessivos exames de vHIT (figura 2) que indicaram aumento do RVO, até o retorno à normalidade. Então, o paciente recebeu alta, com a cura do quadro.

    Figura 2: Exames de vHIT de canais laterais realizados no sétimo e trigésimo dias

    left mean: 1,00 σ: 0,06 right mean: 1,06 σ: 0,06

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    left mean: 0,98 σ: 0,09 right mean: 0,77 σ: 0,11

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    040 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300Peak velocity (deg/sec)

    left right

    left mean right meanGa

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    No sétimo dia, percebe-se um RVO ainda diminuído, porém mais próximo ao normal, e a presença de sacadas corretivas predominantemente cobertas, o que indica melhor compensação vestibular. No trigésimo dia, o paciente recuperou o RVO à normalidade, com ganho normal e ausência de sacadas corretivas

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  • Inscreva-se já! www.aborlccf.org.br

    Informações: (11) 5053-7502

    2018

    Realização

    49º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial

    2019 - Brasilia / DF

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