boletim aborl-ccf - nº 131

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BOLETIM E MAIS: OS AVANÇOS DO OTOWEB PÁG. 4 NOVO APLICATIVO PARA TABLETS E SMARTPHONES PÁG. 19 3ª CAMPANHA RESPIRE PELO NARIZ E VIVA MELHOR PÁG. 22 ABORL CCF WWW.ABORLCCF.ORG.BR [email protected] ANO XVIII - Nº - 131 - SET/OUT 2012 PÁGS. 10 a 12 Prepare-se para o evento mais “arretado” de todos os tempos! 42º CONGRESSO BRASILEIRO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL

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Setembro/Outubro 2012

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Page 1: Boletim ABORL-CCF - Nº 131

BOLETIM

E MAIS:OS AVANÇOS DO OTOWEB pÁg. 4

NOVO APLICATIVO PARA TABLETS E SMARTPHONESpÁg. 19

3ª CAMPANHA RESPIRE PELO NARIZ E VIVA MELHORpÁg. 22

ABORL CCFW W W. A B O R L C C f. O R g . B [email protected] xVIII - Nº- 131 - SET/OUT 2012

pÁgS. 10 a 12

Prepare-se para o evento mais “arretado” de todos os tempos!

42º Congresso Brasileiro deotorrinolaringologia e Cirurgia CérviCo-FaCial

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2 Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012

ESTAMOS PRONTOS PARA O

42º CBo

AssociAção BrAsileirA de otorrinolAringologiA e cirurgiA cérvico-FAciAl

Boletim ABorl-ccF Diretor De ComuniCações: mArcelo r. de toledo PizA

Jornalista responsável: Antonio José cAnJAni / mtB: 21.826reportagem: dAniellA PinA e cAroline Borges

Fotos Da Capa: www.mindstrAvel.com.Br, divulgAção

revisão: gABriel mirAndA

CoorDenação De publiCação e Diagramação: eric tenAn BArioni

proDução: sintoniA comunicAção impressão: eskenAzi indústriA gráFicA

perioDiCiDaDe: BimestrAl

tiragem: 6.000 exemPlAres

seDe: Av. indiAnóPolis, 1287 – ceP 04063-002 – são PAulo/sPFone: (11) 5053-7500 – FaX: (11) 5053-7512

os Artigos AssinAdos são de inteirA resPonsABilidAde dos Autores e não reFletem, necessAriAmente, A oPinião dA ABorl-ccF.

EdITORIAL Comissão de ComuniCações

DIRETORIA 2012Dr. Marcelo Miguel Hueb – Uberaba/MG

Presidente

Dr. Agrício Nubiato Crespo – Campinas/SPdiretor Primeiro Vice-Presidente

Dr. Fernando de Freitas Ganança – São Paulo/SPdiretor segundo Vice-Presidente

Dr. Fábio Tadeu Moura Lorenzetti – Sorocaba/SPdiretor secretário geral

Dr. Allex Itar Ogawa – São Paulo/SP assessor do diretor secretário geral

Dra. Fernanda Louise Martinho Haddad – São Paulo/SPdiretora secretária adjunta

Dr. Fabrízio Ricci Romano – São Paulo/SPdiretor tesoureiro

Dr. Ali Mahmoud – São Paulo/SPassessor do diretor tesoureiro

Dr. Godofredo Campos Borges – Sorocaba/SPdiretor tesoureiro adjunto

Dr. Marcelo Sessim – Rio de Janeiro/RJassessor do Presidente Para assuntos goVernamentais

Dr. Alexandre Felippu Neto – São Paulo/SPPresidente da comissão de residência e treinamento

Dr. Hélio Andrade Lessa – Salvador/BAPresidente da comissão de Ética e disciPlina

Dra. Mara Edwirges Rocha Gândara – São Paulo/SPPresidente da comissão de defesa Profissional

Dr. Marcelo Ribeiro de Toledo Piza – Ribeirão Preto/SPPresidente da comissão de comunicações

Dr. Marco César Jorge dos Santos – Curitiba/PRPresidente da comissão de eVentos e cursos

Dr. Reginaldo Raimundo Fujita – São Paulo/SPPresidente da comissão de título de esPecialista

Dra. Renata Cantisani Di Francesco – São Paulo/SPPresidente da comissão de educação mÉdica continuada

Dra. Wilma Terezinha Anselmo-Lima – Ribeirão Preto/SPPresidente da comissão do Bjorl

MARCELO RIBEIRO DE TOLEDO PIzADiretor PresiDente

Da Comissão De ComuniCações [email protected]

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O evento mais esperado do ano está chegando, por isso, nesta edição do Boletim ABORL-CCF,

você verá todas as atrações que a Asso-ciação programou para que o 42º Con-gresso Brasileiro seja inesquecível pela sua grandiosidade.

Trouxemos os principais destaques do programa científico, além de detalhes so-bre a programação social.

Os meses que se passaram foram marca-dos por grandes eventos científicos, com participação da ABORL-CCF na reunião anual do CORLAS, no 116º encontro da Academia Americana e no VI Gauchão, que estreitou relações entre a associação brasileira e as sociedades do Uruguai e da Argentina.

As ações de conscientização popular também foram destaque neste bimestre, como a continuação da campanha “Ca-minhos da ORL”, que passou por Brasília, Belo Horizonte, Vitória e Salvador, e a ter-ceira edição da campanha “Respire pelo Nariz e Viva Melhor”, que levou o tradicio-nal “Jogo dos Aromas” para 10 cidades brasileiras simultaneamente.

Nesta edição, você ainda saberá sobre duas importantes reuniões realizadas no período. A primeira definiu uma importan-te parceria entre o MEC e a ABORL-CCF na avaliação de programas de residência médica e a segunda apresentou o portfó-lio 2013 da Associação para 15 empre-sas patrocinadoras.

Como estamos em período de eleições, não se esqueça de que você tem até o dia 5 de novembro para votar em seus candidatos e participar do futuro da nos-sa Associação. Não fique de fora!

Boa leitura!

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MARCELO HUEB PRESIDENTE DA ABORL-CCf

[email protected]

VIVA AaBorl-CCF

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ORL ON-LINE Confira um bate-papo com a coordenadora do Otoweb, Dra. Renata Dutra de Moricz, sobre as novidades do principal programa de Educação Médica Continuada da ABORL-CCF.

42º CONgREssO BRasILEIRO dE OtORRINOLaRINgOLOgIaA Comissão de Eventos da ABORL-CCF já está com tudo pronto para fazer deste o maior congresso que a ORL brasileira já viu.

OtaLgIa Artigo escrito pelo Dr. Marcelo Miguel Hueb.

CampaNha “CamINhOs da OtORRINOLaRINgOLOgIa” Acompanhe todos os passos desta caminhada que já conquistou os quatro cantos do país.

pOLIpOsE NasOssINusaL: aspECtOs pRátICOs E tRatamENtOArtigo escrito pelo Dr. Marcio Nakanishi.

hIstóRIa da ORLConfira os nomes e fatos que marcaram a história da ORL na Policlínica de Botafogo, no artigo do Dr. Francisco de Paula Amarante Neto.

pOR dENtRO da aBORL-CCFConheça o trabalho do setor administrativo da Associação.

EdITORIAL mensagem do PresidenTe

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É com grande prazer que nos aproximamos do 42º Congresso Bra-sileiro de Otorrinolaringologia (http://www.aborlccf.org.br/42cbo), ápice anual da confraternização científica, comercial e social da

Otorrinolaringologia brasileira. Estamos com tudo preparado para recebê--los com uma grade científica cuidadosamente elaborada, mesclando a grandeza da ORL nacional e mundial, com 15 convidados internacionais e os colegas portugueses que virão participar ativamente conosco do nosso evento e do 7º Congresso Luso-Brasileiro de Otorrinolaringologia.

A programação social e a feira de expositores irão surpreendê-los com ótimas oportunidades de confraternização e de atualização farmacêutica e tecnológica, além de boas parcerias e bons negócios.

Este contínuo crescimento e pujança da nossa Associação e do nosso evento anual têm sido observados em nosso continente! Isso nos esti-mula a convidar e receber os nossos colegas latinos, como associados e congressistas. Estamos caminhando para isso, oferecendo uma anuidade extremamente acessível, que inclui uma revista cientí-fica com conteúdo de alta relevância e valiosas indexações, um renovado Boletim ABORL-CCF, sítios funcionais da Associação e da revista na internet, atividades eletrônicas de Educação Médica Continuada, descontos significativos para a aquisição do Tratado de ORL e participação em nossos eventos e congressos, entre tantos outros benefícios. E o que é melhor, trabalhando forte para disponibilizar tudo isso também em inglês e espanhol!

Isso mesmo, vamos abrir as portas da nossa Associação e esperamos muito contar com a participação e o apoio de todos. Neste sentido, estaremos participando com estande e delegação para divulgar a nossa Associação entre os colegas latinos no XXXIII Congresso da Asociación Panamericana de Otorrinolaringología, que acontecerá logo após o nosso congresso em Recife. É esta a representatividade que a Otorrinolaringologia nacional espera, focada em nossa instituição, para o crescimento de todos.

Participem desses movimentos e prestigiem a ABORL-CCF!

Um grande abraço!

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4 Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012

Membro da comissão de Educação Mé-dica Continuada e coordenadora do Otoweb desde 2011, a especialista fala sobre o crescimento do programa ao longo de seis anos e meio de existência, a abordagem de temas além da Otorri-nolaringologia e a resposta do público a este grande projeto da ABORL-CCF!

BOLEtIm aBORL-CCF: Como você vê o programa Otoweb desde o seu início, em 2006, durante a gestão do dr. Richard Voegels?

RENata dutRa dE mORICZ: O Otoweb iniciou em 2005, como um programa da Fundação Otorrinola-ringologia da Faculdade de Medicina da USP. No ano seguinte, quando o Dr. Richard Voegels assumiu a presidência da Associação, surgiu a ideia de adotar o Otoweb como parte do programa de Educação Médica Continuada da ABORL-CCF. Desde então, o programa vem se mantendo graças ao apoio das gestões seguin-tes, aos patrocínios que ajudam nos custos do projeto e a tecnologia cada vez mais avançada da (empresa) Ati-tude. Por ser interativo, gratuito para o associado e ficar disponível no site para ser acessado a qualquer hora, o programa vem sendo elogiado por muitos colegas!

Ba: a cada mês, um novo assunto é trabalhado pelo programa. Como são definidos e abordados estes temas?

Rdm: Procuro organizar os temas e escolher os pales-trantes durante reuniões da Comissão de Educação Médica Continuada. Tento colocar assuntos de interesse

ENTREVIsTA

para o cotidiano do Otorrinolaringologista, mesclando clí-nica e cirurgia. Os temas são abordados durante discus-sões de casos, para que despertem o interesse e a intera-tividade entre os participantes, pois, como o programa é noturno, não podemos deixar o pessoal com sono (risos).

Ba: há a participação de especialistas de outras áreas próximas?

Rdm: Sim, já participaram especialistas da área de Pediatria, Gastroenterologia, Radiologia, Aneste-siologia, Infectologia, Neurologia, Oftalmologia e até Odontologia, no último programa sobre halitose. Estes especialistas têm adorado participar do programa, enfatizando a importância da troca de informações entre as especialidades médicas.

Ba: Isso é fomentado pelos coordenadores do Otoweb?

Rdm: Sabemos que a interação de outras especiali-dades com a Otorrinolaringologia é fundamental para aumentarmos nosso conhecimento sobre diversas patologias e quem sai ganhando sempre com isso é o nosso paciente. As discussões ficam mais interes-santes. Vejo, também, que vem aumentando cada vez mais a participação desses especialistas em simpó-sios e congressos.

Ba: Qual é o retorno dessas parcerias para a Otorrinolaringologia?

Rdm: A Otorrinolaringologia é muito ampla e diversifi-cada e muitos colegas de outras especialidades des-conhecem a nossa área de atuação. Esta participação conjunta tem trazido o reconhecimento de outras áreas, fazendo com que o paciente seja encaminhado adequa-damente ao Otorrino quando necessário.

Ba: O programa interativo conta pontos para o sistema de acreditação da amB, correto? Explique para quem ainda não conhece como funcionam estes pontos.

Rdm: Sim. Para os colegas que respondem ao ques-tionário disponível no link do Otoweb, vale um pon-to. Os Otorrinos que prestaram a prova do Título de Especialista de 2006 em diante, devem revalidar seu título somando 100 pontos. Estes pontos podem ser conseguidos com a participação em cursos, simpó-sios, congressos, participação em capítulos de livros e outros. Este processo está meio confuso por parte da AMB, e vários colegas têm reclamado da dificuldade de validar seus pontos. A comissão está trabalhando para esclarecer melhor o assunto.

Dra. Renata Dutra de MoriczAr

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Ba: Qual tem sido a audiência e a receptividade do público ao Otoweb? temos números?

Rdm: A audiência tem sido boa desde o início. Em 2006, por exemplo, foram 4 programas e tivemos 509 acessos ao vivo e 2161 acessos posteriores. A média tem sido de 9 programas por ano, com 1000 aces-sos ao vivo por ano. Como os programas ficam todos gravados e disponíveis aos associados quites, a média de acessos posteriores tem sido de 3000 ao ano. Em 2006 eram 1635 inscritos, atualmente temos 3735.

Recebemos vários elogios de colegas de todo o Brasil e também agradecimentos para a ABORL-CCF por es-tar proporcionando esse tipo de programa.

Ba: Como você avalia a interação das pessoas que assistem ao Otoweb e as respostas dadas pelos médicos?

Rdm: Os colegas que conseguem assistir ao vivo têm participado bastante das enquetes, enviado críticas, comentários e muitas perguntas. Faço uma triagem, pois chegam muitas parecidas, outras já vão sendo respondidas durante as discussões, mas, infelizmente, não tem dado para responder todas. Não podemos ul-trapassar demais o tempo de 1 hora, pois, além de ficar cansativo, o estúdio tem que fechar. Estou tentando agrupar as perguntas não respondidas e enviá-las aos palestrantes, porém nem sempre dá certo. Pretende-mos melhorar neste ponto.

Ba: Qual a representatividade do Otoweb dentro dos programas de Educação médica Continuada da aBORL-CCF?

Rdm: Devo ressaltar que, desde 2006, graças ao apoio dos presidentes da Comissão de Educação Médica Con-tinuada, Dr. Sady Selaimen da Costa, e atualmente da Dra. Renata C. Di Francesco, o programa continua firme. Contamos também com o apoio dos outros membros da comissão, que participam com ideias e críticas.

Ba: podemos dizer que ele é o principal projeto da Comissão de EmC?

Rdm: Sim, o Otoweb é atualmente o principal projeto de Educação Médica Continuada da ABORL-CCF, pois vem se mantendo há 6 anos e meio cumprindo com seus objetivos.

Ba: Qual o apoio da atual gestão ao programa? Qual a importância deste incentivo para o Otoweb?

Rdm: A atual gestão, assim como todas as outras des-de o início, vem dando total apoio ao programa, sem o qual ele não seria viável. Todo o projeto é apresentado

em reunião de diretoria, na qual estão os representantes de todas as comissões.

Precisa haver captação de recursos com patrocinadores, pois o custo do programa não é barato, as datas não devem coincidir com congressos ou grandes cursos da nossa Associação e muitos outros detalhes que viabili-zam o programa ser como é atualmente.

Ba: O que podemos adiantar sobre o programa no próximo ano? haverá alguma mudança?

Rdm: Posso adiantar que ele irá continuar. Vou tentar trazer mais participantes internacionais, já que a tecno-logia do estúdio está cada vez melhor. Em maio tivemos a participação da Dra. Daniela Carvalho, diretamente de San Diego, e o programa foi muito aproveitado por todos que estavam on-line. Mudanças sempre devem aconte-cer para melhor.

Ba: Já existe algum participante internacional con-firmado para 2013? Qual será o tema abordado?

Rdm: Sim, o Dr. Roy Cassiano, dos Estados Unidos, de-verá participar no primeiro semestre, com data e tema a confirmar. Ele é Rinologista. E devemos ter um convidado para o segundo semestre também!

Ba: Qual balanço você faz do Otoweb nestes seis anos?

Rdm: Tenho certeza que o programa vem cumprindo com seus objetivos, mesmo havendo algumas falhas, apesar de esforços para não tê-las. Proporcionar Edu-cação Médica Continuada durante todo o ano, para colegas em todos os cantos deste nosso imenso Brasil, de forma simples e interativa, deixa a nossa comissão e a ABORL-CCF muito orgulhosas. A participação de colegas que moram distantes dos grandes centros tem crescido a cada ano, mostrando como é importante viabilizar atualização aos associados. A presença de residentes também tem sido frequente e a contribuição para a formação dos jovens Otorrinos também nos dei-xa muito satisfeitos.

Ba: por fim, gostaria de deixar alguma mensagem aos associados?

Rdm: Gostaria de lembrar aos colegas que no site da ABORL-CCF existem muitas informações interessantes. Ele está muito bem estruturado e organizado, e pode ser melhor aproveitado pelo associado, inclusive com links de assuntos de Educação Médica Continuada. Naveguem e descubram!

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6 Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012

NOTícIAs aborl-CCf

ParCerias NA AVAlIAçãO dE PROgRAMAS dE RESIdêNcIAMédIcA

ABORL-CCF nO 19º COngREssO MunDIAL DE DIREITO MéDICO

Pela primeira vez, a Associação Brasileira de Otorrinolarin-gologia participou do Congresso Mundial de Direito Médico e do Congresso Brasileiro de Direito da Saúde, realizados em Maceió (AL), entre os dias 6 a 10 de agosto.

Representada por membros da Comissão de Defesa Profis-sional e pelo setor jurídico, a ABORL-CCF expôs um painel que destacou os principais aspectos éticos, médicos e jurí-dicos regulamentadores da ORL. O evento foi uma grande oportunidade para a divulgação da especialidade, a impor-tância e valorização do Título de Especialista, o ato médico e o apoio ao Movimento Médico na busca de melhores condi-ções de trabalho e remuneração digna.

De acordo com a Comissão de Defesa Profissional, a presen-ça da ABORL-CCF nos eventos só foi possível pela iniciativa e apoio do diretor presidente Dr. Marcelo Hueb. “Temos certeza que a parceria com a Assossiação Brasileira de Direito da Saúde tem plenas condições de continuar nos próximos anos, e novos projetos em prol dos associados serão desenvolvidos pela Co-missão de Defesa Profissional em parceria com o setor jurídico”, declarou a Dra. Mara Gândara, presidente da Comissão.

No dia 26 de julho, foi realizada em Natal (RN) uma reunião da Comissão Nacional de Residência Médica que

definiu um importante acordo entre o MEC e a ABORL-CCF.

Presentes no encontro, os Drs. Marcelo Hueb e Geraldo Jotz sugeriram uma parceria com a Secretaria de Educação Superior do MEC na abertura de novos programas, na avaliação periódica e em educação continuada. “Apre-sentamos o modelo da ABORL-CCF e nos colocamos à disposição para construirmos juntos um padrão ideal, bem como auxiliar-mos o MEC e vice-versa, na avaliação e aber-tura de novos programas, sempre pautando critérios de qualidade e de necessidade re-gional para formação de recursos humanos”, afirmou Jotz.

De acordo com os participantes, a reunião foi de grande importância para o fomento da residência médica, principalmente em áreas com pouca oferta de formação de recursos humanos. Para o Dr. Marcelo Hueb, este é mais um passo na aproximação com os po-deres públicos, vislumbrando uma unificação nos exames de título de especialista do MEC e da ABORL-CCF.

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IABORL-CCF e MEC discutem parcerias na avaliação de programas de residência médica

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Reunião realizada no dia 15 de agosto, na sede da ABORL-CCF, apresentou o Portfólio 2013 da Associação para 15 empresas patrocinadoras. Além dos representantes comerciais, participa-ram do encontro o presidente da ABORL-CCF, o vice-presidente, Dr. Agricio Crespo, o gerente do departamento financeiro, Carlos Roberto Silva, e Claudia Varandas, do departamento de captação.

De acordo com Dr. Marcelo Hueb, a iniciativa de visitar as empresas e depois convidá-las a co-nhecer a Associação é um trabalho inédito que abre portas para aumentar a captação de recur-sos e proporciona satisfação daqueles que patro-cinam, pois o retorno de investimentos é certo. “Os benefícios são de todos: do patrocinador, da ABORL-CCF e dos associados, que ganham em qualidade e maior quantidade de atividades cien-tíficas”, destacou.

Na ocasião, foram apresentados os produtos dis-poníveis para patrocínio, dentre eles o BJORL, o Boletim ABORL-CCF, o Projeto Próteses Auditi-vas (PPA), o Curso de Polissonografia da ABORL--CCF, os sites da ABORL-CCF e BJORL, o Otoweb e o Auditório Luc Louis Maurice Weckx. A diretoria também falou sobre as novidades, como os aplicativos de ORL para tablets, o Censo ORL Brasil e o Censo dos Associados.

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De olho no futuro

Inauguração do Auditório Luc Louis Maurice WeckxNo dia 10 de agosto, foi inaugurado na sede da ABORL-CCF, em São Paulo, o Auditório Luc Louis Maurice Weckx. A inicia-tiva do atual presidente, Dr. Marcelo Hueb, prestou uma ho-menagem ao ex-presidente da Associação por sua dedicação ao ensino, à pesquisa e à assistência em Otorrinolaringologia.

De acordo com Hueb, a nomeação do auditório é também um reconhecimento do trabalho do Dr. Luc Weckx como presiden-te da ABORL-CCF nas gestões 1999-2000 e 2000-2002.

EnCOnTRO sOBRE DIRETRIzEs DA TRIAgEM AuDITIvA nEOnATAL

A ABORL-CCF e a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) par-ticiparam no dia 19 de setembro de uma importante reunião em Brasília, sobre diretrizes da Triagem Auditiva Neonatal. As entidades foram representadas, respectivamente, pelos Drs. Silvio Antonio Monteiro Marone e Marcelo Ribeiro de Toledo Piza, também diretor de Comunicações da ABORL-CCF.

A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e a Academia Brasi-leira de Audiologia também estiveram presentes, com a partici-pação do Dr. José Eduardo Fogolin, coordenador-geral de mé-dia e alta complexidade do Ministério da Saúde e Ana Luzia de Figueiredo Catani, consultora técnica do Ministério da Saúde.

No encontro, foram debatidas as contribuições enviadas durante a consulta pública com relação à triagem auditiva. Em reunião, as diretrizes foram atualizadas com importantes contribuições, muitas delas oriundas da participação dos médicos Otorrinolaringologistas, e enviadas para o Ministé-rio da Saúde para publicação.

Em uma próxima seção, serão discutidos os dados sobre a investigação diagnóstica e intervenção, nos casos con-firmados de perda auditiva, quando, mais uma vez, SBO e ABORL-CCF estarão presentes.

IDr. Marcelo de Toledo Piza, Dr. Silvio Marone, Fga. Maria Francisca Colella do Santos (ABA), Ana Luzia de Figueiredo Catani, Fga. Doris Ruth Lewis (SBFa) e Dr. José Eduardo Fogolin

IPatrocinadores destacaram a atitude da ABORL-CCF por política de contato com as empresas parceiras

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8 Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012

NOTícIAs aborl-CCf

twitter.com/aborlccfoficial

facebook.com/aborlccf

De 3 a 14 de dezembro, acontece a quarta e última etapa de coleta de dados do Projeto Epidemiológico ABORL-CCF 2012. A inserção de informações referen-tes à primavera é exclusiva para os associados e ser-viços que participaram de todas as etapas.

O projeto epidemiológico da ABORL-CCF descreverá o perfil dos pacientes com doenças otorrinolaringoló-gicas no Brasil, avaliando a prevalência regional, geo-política e sazonal desses males. “Os dados contribui-rão significativa e positivamente no relacionamento da Associação com o Ministério da Saúde, que apoia essa iniciativa da ABORL-CCF”, afirmou Hueb.

Para o envio de dados, basta abrir o banner do projeto no site da Associação (www.aborlccf.org.br) e clicar em “CADASTRAR PACIENTES”.

ÚLTIMA ETApA DO pROjETO

Acontece de 22 de outubro a 5 de novembro, o processo eleitoral da ABORL-CCF para definição do Diretor Segundo Vice-Presidente, a renovação de um terço das Comissões Permanentes e os representantes distritais para as Comissões Per-manentes em cada uma das regiões: Norte, Nor-deste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.

Como nos últimos anos, o processo eleitoral será por meio de voto eletrônico, através da se-nha eletrônica enviada por correspondência la-crada, via correio, e por e-mail cadastrado junto à ABORL-CCF.

O presidente Dr. Marcelo Hueb convida todos a participarem deste processo legítimo e demo-crático, e informa que os resultados das eleições gerais serão proclamados e referendados na As-sembleia Geral Ordinária, realizada no dia 15 de novembro, às 18h, na ocasião do 42º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cér-vico-Facial, em Recife-PE.

cONVOcAçãO PARA AS

eleições gerais

cOMuNIcAçõES RáPIdAS cOM A ABORl-ccF

Acompanhe os perfis oficiais da ABORL-CCF no Twitter e Facebook e fique por dentro dos assuntos institucionais da Associação e das principais notí-cias de interesse do Otorrinolaringologista.

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AgENdA do oTorrino

Mais informações você pode conferir no site www.aborlccf.org.br/conteudo/eventos

PROar – Programa de Atualização em Rinossinusite – São José do Rio Preto (SP)

IPO NET TV – Brasil

Curso Prático de Dissecção do Osso Temporal – Ribeirão Preto (SP)

XXIX Curso de Microanatomia Cirúrgica do Osso Temporal – Curso de Técnicas Cirúrgi-cas: da Otite Média à Cirurgia de Base do Crânio e Soluções Eletrônicas para a Perda Auditiva – Curso Teórico – São Paulo (SP)

XXIX Curso de Microanatomia Cirúrgica do Osso Temporal – Curso de Técnicas Cirúrgi-cas: da Otite Média à Cirurgia de Base do Crânio e Soluções Eletrônicas para a Perda Auditiva – Curso Teórico-Prático – São Paulo (SP)

Educação Continuada em Cirurgia Crânio Maxilo Facial – Curitiba (PR)

VIII Curso de Rinosseptoplastia Funcional e Estética – UFBA – Salvador (BA)

Via Aérea Pediátrica: Curso Teórico-Prático Multidisciplinar – São Paulo (SP)

VII Curso Teórico Prático de Cirurgia Endoscópica Nasossinusal do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro (RJ)

X Curso Teórico Prático de Cirurgia Estética e Funcional do Nariz – UFRJ – Rio de Janeiro (RJ)

PPA – Projeto Próteses Auditivas – Aspectos Práticos para o Otorrinolaringologista – Vitória (ES)

IFHNOS 2012 World Tour – São Paulo (SP)

Como Desenhar e Escrever um Estudo Científico – São Paulo (SP)

OTOWEB – Brasil

42º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial – Recife (PE)

PPA – Projeto Próteses Auditivas – Aspectos Práticos para o Otorrinolaringologista – Rio de Janeiro (RJ)

98º Curso de Dissecção do Osso Temporal – São Paulo (SP)

XI Curso Teórico Prático de Cirurgia Otológica – UFRJ – Rio de Janeiro (RJ)

Potenciais Evocados Auditivos – Santa Maria (RS)

Curso de Septoplatia, Turbinectomia e Cirurgia Endoscópica Nasossinusal – Curitiba (PR)

Curso de Cirurgia Endoscópica Nasal e dos Seios Paranasais do HCFMRP-USP – Ri-beirão Preto (SP)

Curso Prático de Dissecção dos Seios Paranasais – Porto Alegre (RS)

Estudos Avançados em Preservação Auditiva na Cirurgia da Reabilitação da Surdez – UNICAMP – COCHLEAR – Campinas (SP)

IV Curso Prático de Técnica Cirúrgica de Orelha Média – São Paulo (SP)

Atualidades em ORL – Feira de Santana (BA)

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20 de outubro de 2012 2

22 e 23 de outubro de 2012 2

24 e 25 de outubro de 2012 2

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28 a 30 de outubro de 2012 2

29 a 31 de outubro de 2012 2

30 de outubro de 2012 2

14 a 17 de novembro de 2012 2

24 de novembro de 2012 2

4 a 7 de dezembro de 2012 2

5 a 8 de dezembro de 2012 2

6 a 8 de dezembro de 2012 2

7 e 8 de dezembro de 2012 2

7 e 8 de dezembro de 2012 2

7 e 8 de dezembro de 2012 2

7 e 8 de dezembro de 2012 2

10 e 11 de dezembro de 2012 2

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10 Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012

Durante o feriado da República, a capital do frevo se transforma também na capital da otorrinolaringologia!

Entre os dias 14 e 17 de novembro, a cidade de Recife (PE) abre os braços para receber o evento mais esperado do ano: o 42º Con-gresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.

“Combinamos um programa científico de al-tíssimo nível com uma programação social que vai refletir toda a animação e hospitali-dade do povo pernambucano”, afirma o pre-sidente da ABORL-CCF, Dr. Marcelo Hueb.

“As praias, o sol, a culinária e a cultura do nosso estado vão rivalizar com uma rica in-fraestrutura de convenção e um programa científico bom que só a gota*”, brinca o presidente do congresso, Dr. Silvio Caldas. “Será um evento arretado!”.

Mais abrangente e profissionalizado, o 42º CBO deve receber cerca de 4 mil pessoas, re-forçando a pujança da Otorrinolaringologia no Brasil e sua força dentro da medicina nacional.

42º Cbo

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Vem aí o congresso mais arretado* de todos os tempos

AVAlIE Só* O quE TE ESPERA!

CuRsOs pRé-COngREssO

No primeiro dia de evento (14), acontecem os cursos pré-congresso, das 9 às 18hs. Confira salas e temas:

Sala A – Otites Médias

Sala B – Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face

Sala G – Otoneurologia: Testes de Avaliação do Equilíbrio Corporal– Como Interpretar

Sala H – Medicina do Sono: Imersão na Avaliação do Paciente comDistúrbios Respiratórios do Sono

Sala I – Academia Brasileira de Laringologia

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Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012 11

nÚMEROs ExpREssIvOs

• 10 salas de aulas simultâneas cobrindo todas as áreas da ORL, desde o básico até as técnicas mais avançadas;

• + de 400 palestrantes nacionais;

• 21 palestrantes portugueses, que participarão do 7º Con-gresso Luso-Brasileiro de ORL, que acontece simultaneamente ao 42º CBO;

• 15 convidados internacionais de altíssimo renome no cená-rio da ORL mundial.

TRABALhOs CIEnTíFICOs

Este ano foram enviados 762 tra-balhos científicos para apresen-tação no Congresso. Um recorde histórico! Destes, 52 foram sele-cionados para apresentação oral e irão concorrer aos prêmios de me-lhores trabalhos. Prestigie as apre-sentações que ocorrerão no dia 15, das 14h30 às 15h30.

COnFEREnCIsTAs InTERnACIOnAIs

Portugal

RINOLOGIA

dR. ANTóNIO SOuSA VIEIRA

Espanha

LARINGOLOGIA

dR. FERRAN FERRAN VIlà

Portugal

OTOLOGIA

dR. cARlOS BENTES RuAh

EUA

PLÁSTICA DA FACE

dR. cRAIg MuRAkAMI

EUA

PLÁSTICA DA FACE

dR. EdwARd h. FARRIOR

Portugal

ORL PEDIÁTRICA

dR. JORgE E. SPRATlEy

Holanda

MEDICINA DO SONO

dR. NIcOlAAS dE VRIES

EUA

RINOLOGIA

dR. NOAM cOhEN

EUA

PLÁSTICA DA FACE

dR. wAyNE F. lARRABEE

Suiça

LARINGOLOGIA

dR. PhIlIPPE MONNIER

Alemanha

MEDICINA DO SONO

dR. wOlFgANg PIRSIg

EUA

OTOLOGIA

dR. MIchAEl M. PAPAREllA

Chile

OTOLOGIA

dR. MARcOS V. gOycOOlEA

EUA

ORL PEDIÁTRICA

dR. MIchAEl RuTTER

Eslováquia

OTOLOGIA

dR. MIlAN PROFANT

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12 Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012

MAS NãO VAI TER FESTA?É claro que vai! Prepare-se para uma programação social massa*, que vai agradar a todos os gostos e ficar por muito tempo na memória. No final do pré-congresso, dia 14, a Abertura Oficial terá o show musical do grande artista pernam-bucano Antúlio Madureira. Logo depois, será oferecido um coquetel a todos os presentes.

Na noite do dia 15, é hora de reen-contrar os velhos amigos e professo-res na Noite Alumni. Confira a relação dos serviços participantes e dos res-pectivos locais no site do congresso (www.aborlccf.org.br/42cbo) e no programa oficial.

Após uma pausa para recuperar o fôlego, na noite de sábado (17), acontece a imperdível Festa de Encerramento, na maior casa de espetáculos da América Latina, o Chevrolet Hall. Além de várias atra-ções musicais, a festa terá comida e bebida a boléu*.

No início da noite, um DJ coloca os casais para dançar. Na sequência, a banda Tea at Five traz o melhor do pop rock. Em seguida, “prá se acabá”, a banda Maestro Spok e a Orquestra Marco Zero chegam trazendo a essência do carnaval pernam-bucano! Além de umas surpresinhas a mais... Visse?*

Se você não entendeu algumas palavrinhas presentes no texto, não fique aperreado*. Confira os significados e vá treinando algu-mas gírias pernambucanas:

A boléu*: em grande quantidade;

Aperreado*: preocupado;

Arretado*: muito bom, excelente;

Avalie só*: imagine só, veja só;

Bom que só a gota*: muito bom, maravilhoso;

Massa*: interjeição equivalente a muito bom, legal, excelente;

Visse*: viu só?

Dicionário “pernambuquês”:

IAntúlio Madureira se apresenta na Abertura Oficial

IChevrolet Hall

IBanda Tea at Five traz o melhor do pop rock IMaestro Spok e a essência

do carnaval pernambucano

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Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012 13

huM ORL

Dores GeneralizadasO colega que havia me dado a dica, sorrateiramente vol-tara à enfermaria e apreciava minha avaliação. Após al-gum tempo, bateu no meu ombro e falou:

- Tens de ser mais específico. Queres ver?

E perguntou:

- E na circunvolução do hipocampo*, tem alguma dor?

A resposta, incrivelmente, não demorou um segundo:

- Ih, doutor, nem queira saber. É muita a dor...

*Nota aos leitores não médicos: Hipocampo é uma estrutura localizada nos lobos temporais do cére-bro humano. É a sede da memória e importante componente do sistema límbico responsável pelas emoções. Foi a única vez que ouvi dizer que tam-bém doía.

José seligman

Apesar de já estar em final de carreira, ainda não me decidi quando questionado sobre o que é pior: se um paciente que esconda os sentimen-

tos e não conte a seu médico tudo o que desejamos saber, ou se é um poliqueixoso, que transforma qual-quer sensação numa bem fornida anamnese, fazendo com que a gente siga pistas falsas na avaliação diag-nóstica.

Estava pensando nisto quando lembrei uma história antiga, passada na enfermaria de clínica. Eu era ainda estudante e seguia com cuidado os rounds e as con-sequentes relações com os professores, antevendo um futuro próximo, no qual teria que decidir sozinho.

Discutíamos a situação dos poliqueixosos e um cole-ga me assoprou:

- Fale com a paciente do leito nove e pergunte sobre suas queixas.

Quando a sessão terminou e o pessoal começou a dispersar, me dirigi até o leito. Cumprimentei a pacien-te e já no “como a senhora está?” recebi uma carga capaz de preencher um livro. Deixei que falasse e de-pois comecei com as perguntas:

- Dói o peito?

- Dói.

- E a cabeça?

- Também.

- A garganta?

- Demais.

- Dói o ventre?

- Ih, doutor, dói muito.

- As costas?

- Bastante.

- E as pernas?

- Muito, muito.

E por aí seguiu o diálogo.

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14 Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012

ARTIgO médiCo

A otalgia (oto – ouvido/orelha; algia – dor) ou oto-dínia é uma condição extremamente comum e, apesar desta alta incidência, trata-se apenas de

um sintoma dentre outros que podem acometer a orelha humana, cuja causa pode estar relacionada a problemas da própria orelha (otalgia primária) ou ser oriunda de afec-ções de outras estruturas (otalgia secundária, reflexa ou referida). Pode ainda ser combinada, geralmente por aco-metimento otológico na evolução de doenças não otoló-gicas ou, raramente, ser caracterizada como idiopática.

Otalgia

Por Marcelo Miguel Hueb

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SINTOMAS OTOLÓGICOSDisacusias (condutiva, sensório-neural, mista)

Algiacusia

Intolerância ao som

Alucinação auditiva

Acúfenos (zumbidos)

Tonturas rotatórias (vertigem)

Ilusão de movimento

Sensação de pressão, abafamento, pulsação, latejamento

Prurido

Hipoestesia

Dor

Em torno de 50% dos casos de otalgia não tem origem na própria orelha, podendo este ser o primeiro sintoma de doen-ças graves ou se apresentar no seu decurso, com intensidade variável. Isso se deve à grande singularidade e complexidade anatômica de uma estrutura, cuja riqueza de inervação senso-rial extrapola em muito àquela das suas dimensões (Dalessio DJ, 1972). Além disso, essa inervação é ainda compartilhada com várias estruturas regionais e loco-regionais.

A sensação de dor, principalmente quando oriunda das orelhas externa e média, é neuroanatomicamente centrada no núcleo do trato espinhal (nervo craniano V); as fibras deste nervo e também dos nervos cranianos VII, IX, X e cervicais 1, 2 e 3 entram neste núcleo caudalmente, próximo à medula (Wilson--Pauwels L et al., 1988). Além desta rica inervação sensorial relacionada à otalgia, a orelha humana tem ainda uma extraor-dinária aferência sensorial relacionada ao equilíbrio e à audição, por meio do oitavo nervo craniano a cada lado. (tabela 1)

Neste sentido, a localização e a intensidade da dor não neces-sariamente se relacionam à severidade da doença de base. Desta forma, é de fundamental importância que, além de uma abordagem direcionada ao alívio deste sintoma, seja exaus-tivamente pesquisada a sua possível etiologia, quando não evidenciada ao exame clínico. (tabela 2)Em virtude da grande gama etiológica (Hueb MM e Piza MRT, 1996; Hueb MM e Hueb AM, 2004, 2005), a ausência de sintomas otológicos associados indica a necessidade do questionamento de sintomas regionais, como dor desenca-deada à deglutição, à mastigação, à posição, movimentação ou palpação cervicais, a tratamentos ou problemas dentários, disfagia, disfonia, infecção de vias aéreas superiores, entre ou-tros (Goycoolea MV et al., 1991; Hueb MM, 2011). Problemas infecciosos dentários podem cursar inicialmente com otalgia e, eventualmente, ter evolução complicada e até mesmo fa-tal (Hueb MM et al., 2004). Neste sentido e direcionado pela anamnese, o exame físico deve envolver sequencialmente:

Inspecção e palpação do pavilhão e regiões periauricu-lares, palpação da ATM (boca fechada/aberta, em movi-mento), otoscopia (otoscópio, microscópio, endoscópio). Ressalta-se que a otoscopia deva ser realizada com o con-duto auditivo livre de cerúmen, debris ou secreções, o que, além de favorecer o diagnóstico da etiologia primária e sua caracterização e até especificação de eventual agente in-feccioso, favorece ainda eventuais terapias tópicas;

Rinoscopia, oroscopia, percussão dentária e faringola-ringoscopia, palpação facial e cervical anterior e posterior, palpação intraoral (músculos mastigatórios, língua, assoa-lho de boca e glândulas submandibulares e sublinguais, pa-lato, retromolar) e orofaríngea (amígdalas e base de língua), além da avaliação dos nervos cranianos. Em pacientes onde a anamnese e o exame físico inicial não indicam uma possível etiologia, é fundamental a realização da avaliação endoscópica das vias aéreas superiores, além de eventuais exames complementares, geralmente de imagem.

Em pacientes com suspeição diagnóstica, mas que não res-pondam à terapia inicial, exames laboratoriais diversos podem também ser realizados. De uma maneira geral, os exames mais comumente realizados são:

RXs simples de coluna cervical e tórax, esofagograma constrastado, endoscopia digestiva alta, ultrassonografia cervical, tomografia computadorizada e ressonância mag-nética, conforme indicado pela suspeição clínica. Além desses, a coleta de material (sangue, secreções) para identificação de possível agente etiológico viral, bacteriano ou fúngico, a biópsia tecidual e até mesmo a cintilografia óssea podem assumir grande importância. Em pacientes com outros sintomas ou sinais otológicos, a realização de exames audiológicos pode ainda ser necessária.

A otalgia, seja em relação à sua origem primária ou secundá-ria, é um sintoma comum e relacionado a um enorme núme-ro de afecções, apresentando uma grande relação anatômi-ca com a inervação sensorial múltipla, em especial aquela da orelha e vias aéro-digestivas superiores. O seu diagnóstico pode ser óbvio, mas pode se tornar um desafio clínico. Em virtude da potencialidade fatal e da gravidade de algumas das suas causas, uma minuciosa e completa avaliação ressaltam a prioridade da avaliação Otorrinolaringológica e eventuais reavaliações periódicas. Todo paciente com esta queixa deve ser triplamente beneficiado, pelo alívio sintomatológico e bem como pela detecção etiológica e pelo efetivo tratamento.

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Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012 15

Nervo Craniano Ramo Inervação

n. trigêmio – Vr. auriculotemporal do n. mandibular (V3)

Inervação cutânea – tragus, paredes anterior e superior do CAE, porção anterior da hélix e da MT

n. facial – VII r. de Ramsay Hunt Inervação cutânea – parede posterior do CAE e da MT

n. glossofaríngeo – IX

r. timpânico (n. de Jacobson)Inervação das amígdalas, faringe, tuba auditiva, terço posterior da língua. O ramo timpânico ascende à OM e fornece a inervação sen-sitiva desta região, bem como da mastóide e tuba auditiva

n. vago – X r. auricular (n. de Arnold)Inervação da laringe, esôfago, traqueia e tireoide. O ramo auricular participa da inervação sensitiva da concha da orelha e da porção posterior do CAE e MT

Plexo simpático da ACI

r. carótico-timpânicos supe-rior e inferior

Junto com o n. de Jacobson formam o plexo timpânico inervação sensitiva da orelha média

n. grande auricular r. posterior Inervação sensitiva da porção posterior da orelha e parte da concha

n. occipitais r. superior e inferiorInervação sensitiva da pele e músculos da nuca e coluna; comuni-cação com o grande auricular

Tabela 1

Tabela 2

OTALGIAPRIMÁRIA SECUNDÁRIA

Infecciosa e/ou inflamatóriaOEOtite externa circunscrita ou difusa (aguda ou crônica)

Abscesso, pericondrite

Otite externa maligna

Herpes simples e zoster ótico

Impactação de cerume ou corpos estranhos inanimados

Corpos estranhos animados

Cistos e fístulas pré-auriculares

Status pós-cirúrgico

MTMiringite aguda (bolhosa) e crônica

OMDisfunção ventilatória aguda (barotrauma)

Otite média aguda ou crônica, mastoidite

Status pós-cirúrgico

TraumáticaTrauma direto na OE e MT/OM

Trauma térmico – frio (frostbite), quente

Posicional

NeoplásicaOuvido externo e/ou ouvido médio

Infecciosa e/ou inflamatóriaEstomatites, glossites

Cáries, periodontites, endodontites

Faringotonsilites, abscessos

Laringite, pericondrite, epiglotite, úlcera de contato

Esofagite

Parotidite, tireoidite

Erisipela, adenite cervical

Arterite temporal, carotidíneaMuscularECM, Cervical posterior, Síndromes miofasciaisÓsteo-articularDisfunção da ATM, coluna cervical, artrite

Nevrálgican. Trigêmio, n. Facial – g. geniculado, n. Glossofaríngeo – r. timpânico, n. Vago

Radiculopatias cervicaisNeoplásticaCabeça e pescoço, Tórax, EsôfagoMiscelâneaSíndrome de Eagle

Whiplash

Refluxo laringofaríngeo

Afecções das glândulas salivares

Status pós-cirúrgico

Corpos estranhos via aéro-digestiva alta

Trauma oclusal dentário, dentes impactados ou inclusos, próteses dentárias

Angina Pectoris, Aneurisma a. inonimata, aneurisma torácico

In. (nervo), r. (ramo), ACI (artéria carótida interna), CAE (conduto auditivo externo), MT (membrana timpânica), OM (orelha média)

IOE (orelha externa), MT (membrana timpânica), OM (orelha média), ECM (músculo esternocleidomastoideo), ATM (articulação têmporo-mandibular), n. nervo, g. gânglio, a. artéria

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16 Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012

EspEcIAL Caminhos da orl

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Em direção à sua última fase, “Caminhos da ORL” se consolida como uma das maiores campanhas médicas de conscientização popular do país

UM BRASIL DE GIGANTES

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Sete meses de estrada, cerca de sete mil quilômetros percorridos e mais de 110 mil visitações. Estes são somente os números prévios de uma campanha

que vem conquistando todos os cantos do Brasil.

Após percorrer quatorze cidades, nove estados e o Dis-

trito Federal, a “Caminhos da ORL” se consolidou como

referência na divulgação de informações e na propagação

da especialidade, atingindo pessoas de todas as idades,

etnias e classes sociais. Sem contar a exposição da Otor-

rinolaringologia na mídia, que bate recordes a cada etapa.

De acordo com o idealizador e coordenador nacional da

campanha, Dr. Marcelo Hueb, a “Caminhos da ORL” já

está consagrada como uma das maiores campanhas

educacionais de saúde dos últimos tempos, superando

todas as expectativas. “Tudo isso só tem sido possível

pelo enorme envolvimento e colaboração dos colegas

associados da ABORL-CCF, residentes e acadêmicos

de cada cidade, além da população, que tem nos pres-

tigiado a cada etapa”, completou.

BRAsíLIA (DF)

Abrindo o mês de agosto, a “Caminhos da ORL” es-tacionou na capital federal entre os dias 10 e 12. O parque Sarah Kubitschek (Parque da Cidade) rece-beu os infláveis da campanha na sexta-feira, mas a carreta chegou antes, no dia 9, para uma carreata que percorreu os principais pontos de Brasília, con-vidando a população para conhecer a exposição. Com grande destaque na mídia, a etapa coordena-da pelo Dr. Diderot Parreira, com coordenação na-cional do Dr. Marcelo Hueb e assessoria de coor-denação do Dr. Fábio Lorenzetti, foi noticiada pelo DF 1ª Edição (TV Globo), com imagens exclusivas do Globocop. Além disso, cobertura do Bom Dia DF (TV Globo), TV Bandeirantes, SBT, RedeTV, TV Canção Nova, rádio CBN e Web Rádio, agência do Ministério da Saúde. A etapa recebeu cerca de 5,5 mil visitações, dentre elas muitas crianças e repre-sentantes das tribos Wapixana e Yanomami.

Iequipe de coordenadores, acadêmicos e residentes

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Ietapa de Brasília recebe visita das tribos Wapixana e Yanomami

ICarreata da Caminhos da oRl passou pelos principais pontos da capital federal

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Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012 17

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BELO hORIzOnTE (Mg)

De volta a Minas Gerais, a campanha “Caminhos da ORL” esteve no Parque Municipal Américo Renné Giannetti entre os dias 31 de agosto a 2 de setembro, na capital Belo Horizonte. Durante a etapa, outro grande evento foi oficialmente aberto, a cam-panha “Respire Pelo Nariz e Viva Melhor”, apoiada pela Academia Brasileira de Rinologia (ABR). A exposição lotou nos três dias em que esteve na cidade, e recebeu a visita de escolas e de um grupo de enfermagem, registrando mais de 10 mil assinaturas nos livros de presença. A campanha também movimentou a mídia mineira, com divulgações no Bom Dia MG, da TV Globo, TV Bandeirantes, TV Assembleia, Rede Super de Televisão, Rede Minas, Rádio Globo de Minas, Rádio CBN, Rádio Itatiaia, Jornal Hoje em Dia, entre outros. A etapa foi coordenada pelo Dr. Roberto Guimarães, com apoio do presidente da Comissão de Eventos e Cursos da ABORL-CCF, Dr. Marco César dos Santos e coordenação nacional do Dr. Marcelo Hueb.

Ipúblico assiste à palestra do Dr. Roberto guimarães, coordenador local da campanha

Iparque municipal teve grande movimentação de pessoas nos três dias de exposição

I3ª edição da Campanha Respire pelo Nariz e Viva melhor é aberta oficialmente em BH

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18 Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012

EspEcIAL Caminhos da orl

PRóXIMAS PARAdASA campanha “Caminhos da ORL” ainda passará por mais 3 cidades: Fortaleza (CE), Natal (RN) e Recife (PE), onde encerrará suas atividades na ocasião do 42º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial da ABORL-CCF. Confira roteiro e datas das exposições no site oficial da campanha:

www.caminhosdaorl.org.br/roteiro.asp

cAMINhOS dA ORl NAS REdES SOcIAISSiga os perfis da campanha no FB e TT, e confira

os vídeos no canal oficial da ABORL-CCF no YouTube:

twitter.com/caminhosorl

youtube.com/aborlccf

facebook.com/caminhosdaorl

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nivITÓRIA (Es)“Uma etapa de vitória!”: esta foi a descrição dos coordena-dores para a passagem da “Caminhos da ORL” pela capi-tal capixaba, no final de semana de 14 a 16 de setembro. O ouvido, o nariz e a boca gigantes da campanha incre-mentaram a paisagem da Praça dos Namorados, na Praia do Canto, e o público fez grandes filas para conhecer os infláveis. Nem mesmo o tempo instável inibiu a população, registrando a surpreendente marca de 12 mil visitações. O evento teve a coordenação dos Drs. Sérgio Ramos e Hen-rique Ramos, e dos Drs. Fábio Lorenzetti, Fabrízio Romano e Marco César dos Santos, representando a coordenação nacional. Na imprensa, destaque para as coberturas da TV Globo ES (TV Gazeta), TV Record (TV Vitória), dos jornais Folha Vitória, A Gazeta e A Tribuna, e da rádio CBN.

IFilas para conhecer os infláveis chegaram a 170 pessoas

IDr. Fábio lorenzetti concede entrevista para a imprensa baiana

ICrianças do projeto social É Vida no interior da laringe

ICarreta e os infláveis complementaram a bela paisagem da praça thomé de Souza

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INo interior do ouvido, o Dr. marco César acompanha a visita de estudantes

Ipúblico capixaba lota a pça. dos Namorados para conhecer a Caminhos da oRl

sALvADOR (BA)A “terra de todos os santos” recebeu com animação os gigan-tes da “Caminhos da ORL” entre os dias 28 a 30 de setembro. Instalados na praça Thomé de Souza, em frente ao Palácio do Governo, os infláveis e a carreta da ABORL-CCF compuse-ram uma bela paisagem na capital baiana. Durante os três dias de evento, em meio a muito sol e rápidas garoas, cerca de 7 mil pessoas visitaram a campanha. Coordenada regionalmen-te pelo Dr. Marcus Lessa e nacionalmente pelos Drs. Marcelo Hueb e Fábio Lorenzetti, a ação foi noticiada pela imprensa lo-cal, com aparições na TV Globo Bahia, SBT, TV Bandeirantes e os jornais A Tarde e Tribuna da Bahia. Crianças do projeto social “É Vida” também animaram a campanha e se encanta-ram com as descobertas que fizeram sobre o corpo humano.

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Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012 19

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NOTícIAs ABORL-CCF

SAúdE EMnovas

plataformas

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia acaba de promover um dos projetos mais interessantes deste ano. Já está disponível para download o inédito apli-cativo ABORL-CCF para tablets e smartphones com sistema Android e iOS.

Por meio de recursos interativos, navegação diferen-ciada e acesso a materiais gráficos atualizados perio-dicamente, o sistema pode ser utilizado e compartilha-dos de diversas formas. “Em parceria exclusiva com a SANOFI, desenvolvemos essa tecnologia que engloba todas as áreas da ORL, honrando o compromisso de oferecer ferramentas que facilitem o dia-a-dia dos nos-sos associados”, afirmou o idealizador do projeto, Dr. Marcelo Hueb.

No aplicativo, estão disponíveis o Boletim ABORL--CCF, a programação do Congresso Brasileiro, a tabela CBHPM, a tabela TUSS, o CID, temas da especialida-de, entre outros recursos de interação com os pacien-tes. E mais novidades estão sendo programadas.

Para fazer o download, basta acessar as lojas virtuais Apple Store ou Google Play, utilizando a senha enviada aos associados quites através de e-mail.

ABORL-CCF disponibiliza aplicativo exclusivo para tablets e smartphones

PerFil do assoCiado 2012

Pesquisa foi realizada durante o pagamento da anuidade

Durante o pagamento da anuidade 2012, os só-cios da ABORL-CCF foram convidados a respon-der um levantamento de dados com o propósito de traçar o perfil do associado.

As informações obtidas durante a pesquisa con-templam dados referentes à formação acadêmica, áreas de interesse dentro da Otorrinolaringologia, características dos atendimentos realizados, con-vênios atendidos, especialização em ORL e outras especialidades. O estudo foi feito em dois grupos, um para associados especializandos e residentes e outro para associados efetivos, titulares e remidos.

De acordo com o Dr. Marcelo Hueb, manter a ABORL-CCF sempre atualizada sobre os reais in-teresses dos associados é um constante desafio da entidade. “Buscamos esta identificação para atuar com maior abrangência e direcionamento nas metas que envolvam anseios comuns”, disse.

Ainda segundo o presidente, a Associação atin-giu neste ano o patamar inédito de 90% dos es-pecialistas quites com a anuidade 2012, ou seja, mais de 4.800 associados. “Atualmente, a Otor-rinolaringologia é uma das principais especialida-des do país e a nossa ABORL-CCF ocupa lugar de destaque entre as maiores e mais organizadas associações médicas do Brasil e do mundo. Mas ainda há muito o que crescer”, finalizou Hueb.

Confira os dados levantados na pesquisa no site da ABORL-CCF.

pOssuI TíTuLO DE EspECIALIsTA EM ORL?

Igráfico mostra a porcentagem de associados com título de especialista pelo meC, ABoRl-CCF/AmB e/ou Ambos

Associados especializandos e residentes: http://aborlccf.org.br/censo/censoResidentes.asp

Associados efetivos, titulares e remidos: http://aborlccf.org.br/censo/censo.asp

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20 Boletim ABoRl-CCF Set_oUt 2012

ARTIgO médiCo QuAIs Os AspECTOs MAIs IMpORTAnTEs DAs

DOEnçAs AssOCIADAs à pOLIpOsE nAsOssInusAL?

1. AsMA: • A PNS ocorre em torno de 5 a 13% dos pacien-

tes com asma;

• Os sintomas associados à asma antecedem 9 a 13 anos os da PNS;

• A associação entre PNS e asma é mais frequente no sexo feminino;

• Ocorrência em torno de 40 anos de idade;

• Maior taxa de recorrência da polipose nasossi-nusal;

• Asmáticos apresentam uma maior severidade (relacionada ao aumento de eosinofilia sérica e te-cidual).

2. DOEnçA REspIRATÓRIA ExACERBADA pELA AspIRInA*:

* Nomenclatura atual da Tríade de Widal, ou Samter

• Predomínio dos efeitos de broncoespasmo e rinorreia;

• Prevalência de polipose em 36 a 96%;

• Asma severa, difícil controle medicamentoso;

• Tratamento cirúrgico altamente recorrente (40%);

• Reação não alérgica e não mediada por imuno-globulina E;

• Idiossincrasia farmacológica (aspirina, dipirona, álcool e anti-inflamatórios não hormonais).

3. RInITE ALéRgICA: • Associação entre IgE e infiltração eosinofílica;

• Papel ainda incerto.

4. FIBROsE CísTICA: • Doença autossômica recessiva mais frequente na

população caucasiana (mutação mais comum é a ∆F508 – no cromossomo 07);

• Aumento de cloro nas secreções e aumento da vis-cosidade da secreção (dosar cloro no suor);

• RSC está presente em 70-100% dos pacientes;

• Suspeitar sempre que houver criança com polipose bilateral;

• TC com pseudomucocele de seio maxilar é uma característica típica;

• Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Streptococcus viridans.

Polipose Nasossinusal:Aspectos Práticos e Tratamento

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Por Marcio Nakanishi

A polipose nasossinusal (PNS) é um edema da mucosa nasossinusal com origem na região do meato mé-dio, podendo se estender para os seios paranasais

e fossas nasais, provavelmente correlacionadas com diferen-tes entidades clínicas e etiopatogênicas. Segundo a última diretriz europeia sobre rinossinusites (EPOS 2012), a polipo-se nasossinusal (PNS) é considerada como um subgrupo de rinossinusite crônica (RSC), na qual ocorre associação dos sintomas de congestão nasal, obstrução nasal, dor facial, secreção nasal anterior ou posterior e redução do olfato, as-sociados à degeneração polipoide bilateral no meato médio.

O QuE sABEMOs DA FIsIOpATOLOgIA? O QuE IsTO InTERFERE nO TRATAMEnTO?

Sabe-se que seu padrão inflamatório diferencia-se conside-ravelmente da RSC sem PNS, e hoje estas duas doenças são consideradas entidades diferentes em nível histológico e molecular. Existem também diferenças dentro da própria polipose: os pólipos de origem asiática e associados com a fibrose cística são predominantemente neutrofílicos, enquan-to os de origem europeia, brasileira e asmáticos, possuem predomínio de eosinófilos. Por exemplo, sugere-se na EPOS-2012, a dosagem da IgE para guiar o uso de antibióticos por períodos prolongados.

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O tratamento preconizado é prolongado (mínimo de 3 meses):

O tratamento com antibióticos por períodos prolongados: Nível de evidencia: III e grau de recomendação C.

Os dados atuais demonstram evidencias insuficientes para recomendar outros tratamentos como: anti-IgE, anti-IL5, anti-histamínicos em pacientes não alérgicos, antimicóticos, imunossupressores, furosemida, capsaicina, antagonista de leucotrieno, desensibilização ao AAS, entre outras terapias.

TRATAMEnTO CIRÚRgICO BAsEADO EM EvIDênCIAs 1) A cirurgia endoscópica dos seios paranasais para a PNS é um procedimento seguro e efetivo;

2) A eficácia da cirurgia na PNS é equivalente ao tratamen-to clínico (quando comparados pacientes que receberam um ou outro tratamento);

3) A extensão da cirurgia requerida para obter melhores resultados ainda não está estabelecida. Alguns rela-tos mostram melhores resultados com procedimentos mais extensos;

4) Tratamentos prolongados com corticosteroides tópicos favorecem os resultados pós operatórios;

5) A cirurgia revisional pode ser realizada com bons re-sultados para a PNS recorrente. A sinusite frontal recal-citrante pode ser tratada com sucesso e relativa baixa morbidade, realizando o procedimento endoscópico modificado de Lothrop;

6) Nos relatos recentes, a ocorrência de lesões orbitárias e da base do crânio são muito baixas.

5. sínDROME DE ChuRg-sTRAuss: • Asma, eosinofilia (>10 %), mono ou po-

lineuropatia periférica, infiltrado pulmonar, rinossinusite, vasculite eosinofílica.

6. sínDROME DE KARTAgnER: • Tríade de rinossinusite, bronquiectasia e

dextrocardia.

7. RInOssInusITE FÚngICA ALéRgICA: • Critérios maiores: 1) evidência de hipersensibiliade

tipo I, 2) polipose nasal, 3) tomografia de seios parana-sais característica, 4) muco eosinofílico e 5) secreção positiva para fungo;

• Critérios menores: 1) asma, 2) predominância unila-teral, 3) erosão óssea, 4) cultura do fungo, 5) cristais de Charcot Leyden e 6) eosinofilia sérica. Por defini-ção, a RFA é extramucosa e não-invasiva;

TRATAMEnTO CLínICO (REsuMO DA EpOs 2012)

O tratamento da PNS deve ser guiado pelos fatores associados, baseia-se no tratamento clínico, sendo a cirurgia indicada para os casos refratários.

A base do tratamento clínico para a PNS é a diminuição do processo inflamatório, e por isso a medicação de escolha é o glicocorticóide (GC). Tanto as formas sistêmica e tópica de GC possuem eficácia com nível de evidência 1a, e são altamente indicados para o tratamento da PNS.

No entanto, deve-se lembrar de que os efeitos colaterais (sangramento nasal, glaucoma, osteoporose, inibição do crescimento em crianças e supressão do eixo hipotálamo--hipofisário) da apresentação sistêmica impossibilitam a sua prescrição em longo prazo. O GC sistêmico mais usa-do é a predinisolona, na dose de 50-60mg por dia, em do-ses regressivas, por 15-20 dias. Já a via em depósito deve ser utilizada com muita cautela, em virtude da dificuldade da sua retirada diante de efeitos colaterais.

O GC tópico é também indicado após a retirada cirúrgica dos pólipos nasais, por diminuir significativamente a chan-ce de recidivas.

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CORTICOSTERPOIDE TÓPICO

GC tópicos melhoram a respiração e reduzem os sintomas nasais

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GRAU DE RECOMENDAÇÃO

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Após a cirurgia há benefício para a chegada do GC tópico

Os GC tópicos estão associados a poucos efeitos adversos

CORTICOSTEROIDE SISTÊMICO

Existe benefício na PNS, mas os efeitos são limitados após a terapia

I pós-operatório imediato ressecção completa do pólipo nasal

I pólipo nasal fossa nasal esquerda proveniente do meato médio

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Entre os dias 31 de agosto e 1º de setembro, a ABORL-CCF, juntamente com a Academia Brasi-leira de Rinologia (ABR), realizou uma grande ação

socioeducativa em 10 cidades brasileiras. A 3ª edição da campanha “Respire Pelo Nariz e Viva Melhor” voltou com mais força, trazendo a missão de conscientizar a população leiga sobre a importância da respiração nasal e do papel do médico Otorrinolaringologista no tratamento das doenças que afetam o nariz.

Sua abertura aconteceu em Belo Horizonte, durante a 12ª etapa da campanha “Caminhos da Otorrinolaringologia”. Além da exposição na capital mineira de um protótipo inflável gigante em formato de nariz, mais nove cidades brasileiras receberam o “Jogo dos Aromas”, tradicional atividade promovida pela ABORL-CCF, em que o público tenta identificar, apenas com o olfato, 10 cheiros diferentes escondidos em uma caixa surpresa.

O teste veio com a estrutura totalmente reformada, desta vez, com a caixa sobre um balcão estilizado e layout reformulado.

REspIRE pELO NARIZ e viva melhor

OS cAMINhOS dA resPiração Campanha “Respire Pelo Nariz e Viva Melhor”

promove eventos simultâneos em 10 cidades brasileiras

I público gaúcho movimentou a ação no parque Farroupilha, em porto Alegre

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ChEIRO DE suCEssOOs coordenadores das ações foram unânimes ao afirmar que a campanha “Respire Pelo Nariz e Viva Melhor 2012” atendeu a todas as expectativas. Para eles, o “Jogo dos Aromas” foi uma estratégia para atrair a curiosidade do público sobre a respiração, e uma grande oportunidade de alertar pessoas com problemas respiratórios e de tirar dúvidas frequentes.

“Neste ano em que estamos realizando uma gran-de campanha educacional itinerante, promover esta atividade lúdica por várias cidades reforça o nosso propósito de conscientizar a população sobre o tra-tamento das doenças da área da Otorrinolaringologia e da importância do acompanhamento com médicos da especialidade”, disse o Dr. Marcelo Hueb, presi-dente da ABORL-CCF.

De acordo com o Dr. Renato Roithmann, coorde-nador nacional da campanha e da ação em Porto Alegre, o evento teve uma repercussão muito satis-fatória. “Além da conscientização, um dos objetivos é a Educação Médica Continuada, ou seja, levar a outros profissionais médicos e da área da saúde, não Otorrinos, informações sobre os avanços na avalia-ção e tratamento das doenças que acometem, em especial, o nariz e os seios paranasais”, afirmou.

A presidente da ABR, Dra. Wilma Terezinha Anselmo--Lima, agradeceu a cooperação e o apoio dos colegas durante a campanha. “Agradeço os coordenadores locais, as sociedades regionais, os Otorrinolaringo-logistas e residentes e as ligas estudantis de alunos da graduação. Nosso presidente da ABORL-CCF, Dr. Marcelo Hueb, e sua equipe deram um enorme apoio para esta grande realização”, finalizou.

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Conheça os coordenadores regionais da campanha, que dis-ponibilizaram tempo e dedicação para o sucesso desta ação:

Ribeirão Preto (SP)

Dra. Wilma Terezinha Anselmo--Lima (presidente da ABR)

São José do Rio Preto (SP)

Dr. Atílio Fernandes

Recife (PE)

Dr. Alex Antunes e Dr. Alberto Xavier de Morais

Belo Horizonte (MG)

Dr. Roberto Guimarães

Goiânia (GO)

Dra. Melissa Avelino e Dra. Maria Cristina Cento Fanti

Porto Alegre (SC)

Dr. Renato Roithmann (coordena-dor nacional) e Dr. Otavio Piltcher

Rio de Janeiro (RJ)

Dr. Roberto Meirelles e Dr. Geraldo Augusto Gomes

Curitiba (PR)

Dr. Ian Selonke e Dr. Marco César Jorge dos Santos

São Paulo (SP)

Dr. José Eduardo Dolci e Dr. Olavo Mion

Brasília (DF)

Dr. Marcio Nakanishi e Dra. Siomara Bambirra

I Recife

I Ribeirão preto

I Rio de Janeiro

I São paulo

I São José do Rio preto

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hIsTÓRIA da orl

A história da ORLna Policlínica de Botafogo nas

décadas de 1950 a 1980

Por Francisco de PaulaAmarante Neto

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Conheci o Serviço de ORL da Policlínica de Botafogo no início do ano de 1958, quando lá fui dar a boa notícia de minha passagem no vestibular da então Fa-

culdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil. Na-quela época, o serviço era chefiado pelo eminente professor catedrático Raul David de Sanson, que o havia remodelado graças aos donativos conseguidos, por meio do seu prestígio pessoal e de seu chefe de clínica, Rubem Amarante, meu pai.

Nesta ocasião, aconteceu um fato jocoso que viria marcar minhas relações futuras com o afamado chefe. Trajava uma calça jeans e uma camisa branca de gola roulle e após ter sido efusivamente cumprimentado por todos que ali traba-lhavam. Fui chamado a um canto pelo Mestre Sanson, que sempre se trajou com muito apuro, e sentenciou: “Meu filho, não me leve a mal, pois eu também recrimino meus netos, mas filho de quem você é, esta vestimenta não se coaduna com a sua pessoa”. Pois bem, no final de sua vida, no pri-meiro decênio de agosto de 1962, quando nada mais havia a fazer contra o câncer de próstata que o vitimava, aconse-lhado a aguardar seus últimos dias no ambiente familiar, to-das as noites lá ia eu, já como interno residente do serviço, a seu pedido, e de terno e gravata, aplicar-lhe morfina injetável para que tivesse um sono tranquilo.

Em 1958, já trabalhavam na Policlínica de Botafogo com Sanson e Amarante, os seguintes especialistas: Louri-val de Almeida Sampaio, Alvaro Acar, Aziz Miguel Hueb (pai de Marcelo Hueb – atual presidente da ABORL--CCF), Fernando Godinho, João de Andrade Rezende e os internos Delson Martins Cunha, Guaracy Machado de Araújo, Fued Taufic Rassi e Francisco Chiconelli. O servi-ço já era muito procurado por aqueles que desejavam se tornar especialistas, devido a fama de seu chefe Sanson, e a procura se tornou ainda maior depois que Rubem Amarante, considerado o pioneiro da pós-graduação em medicina no país, idealizou, criou e dirigiu, a partir de 1953 na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, os primeiros cursos, em várias especialidades médicas, para recém-formados que buscavam se espe-cializar, dando-lhes assim um título com a chancela de uma Universidade de prestígio como a PUC - Rio.

A partir de 1960, foram admitidos como estagiários resi-dentes, os seguintes nomes: Ari Guilherme Ferreira, Hekel Raposo, Ronaldo Jorge Nazar, Francisco de Paula Ama-rante Neto, Tércio Arêas de Souza, Alfredo Tabith Junior e os estrangeiros Alberto Valbuena, da Colômbia e Henrique Padilla, do Peru. Nesta ocasião, ainda era comum o exercí-cio conjunto das especialidades de Otorrino e Oftalmologia, como tão bem o fazia o mestre Sanson, e sob sua orien-tação se formaram alguns grandes Oftalmologistas que se tornaram verdadeiros chefes de Escola, como são exem-plos Antonio Paulo Filho e Werther Duque Estrada.

Com a morte do professor Sanson, em agosto de 1962, a Congregação da Policlínica de Botafogo, reunida em assem-bleia para tal fim, indicou por unanimidade o nome de Rubem Amarante como novo chefe do Serviço de ORL. Os anos que se seguiram marcaram a definitiva separação entre as duas especialidades, sendo escolhido e nomeado chefe do serviço de Oftalmologia o Dr. Joaquim de Azevedo Barros.

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O curso de Otorrinolaringologia, patrocinado pela PUC--Rio, atraía cada vez mais candidatos para disputar suas vagas e assim ingressaram no serviço, além dos estagiá-rios residentes, os seguintes futuros especialistas: Jacinto Luis Pereira, Vicente Paulo Vieira de Albuquerque, Audir Marinho, Artur Antonio Amarante, João Paulo da Mota Azevedo, Constantino Dias da Silva, Antonio Castilho, Cló-vis Mendes Vieira, Salomão Choudrai, José Bento Duarte, Sérvulo Antonio Guimarães Trindade, Mailton da Nobrega, Romeu Speranza de Carvalho e Jacy Manoel Ribas.

Com a reforma do ensino e a criação dos cursos de mestrado e doutorado, mais uma vez Rubem Amarante saiu na frente, dirigindo o primeiro curso de mestrado em Otorrinolaringologia credenciado no Brasil pelo Ministério da Educação em 1984, sempre com a chancela da PUC-

-Rio, tendo formado mais de duas dezenas de mestres pelo Brasil, onde destacamos os nomes de Lauro Ro-berto Campos de Souza, José Gercino Cabral Filho e Luiz Martini, do Rio Grande do Norte; Ciriaco Cristovão Tavares Atherino, Luiz Rogério Pires de Melo, Sergio Al-bertino, Sebastião Tonon, Artur Antonio Amarante, Aída Regina Monteiro Assunção, Augusto Cesar Lima, Ru-bem Brito Amazonas Lamar e Eduardo Hanke Filho, do Rio de Janeiro; Carlos Alberto Silva Dias e Tomé Lima de Araújo, do Maranhão; Julio Doin Vieira e Waldyr Carrei-rão, de Santa Catarina; Expedito Nóbrega de Medeiros e José Tadeu Pereira Vitorino, da Paraíba; Hilton Pe-reira Gonçalves, do Espírito Santo; Jefferson Sampaio D’Avila, de Sergipe; Marco Antonio Melo e João Soares Moreira, de Alagoas; Antonio Thomé Junior, de Goiás; Luiz Lavinsky, do Rio Grande do Sul; Jorge Barroso, do Pará; e Francisco Salles de Almeida, de Minas Gerais. Entre os estrangeiros, destacamos Alfredo Puentes de Quinteiro, Freddy Rolando Rojas Rioja, Carlos Gabriel Gomez Sarmiento e os irmãos Juan Luiz, Marco Anto-nio e Luiz Edwin Rios Bravo, todos da Colômbia; Mary Laura Garnica Perez da Bolivia e Oscar Alberto Lugo Solorzano, da Venezuela.

Em 1981, os alunos e ex-alunos do professor Rubem Amarante, organizaram o Simpósio Nacional de ORL, para comemorar o seu Jubileu de Ouro Profissional, do qual participaram, entre outros: Rinaldo Delamare, Humberto Barreto, Ermiro Estevam de Lima e Juan Ma-nuel Tato, da Argentina. A partir de 1987, Rubem Ama-rante transferiu seu serviço para o Hospital do Carmo, iniciando assim um novo ciclo em sua história.

IProf. Rubem Amarante e seu filho, o Dr. Francisco de Paula Amarante Neto

IMesa redonda no Jubileu de Ouro Profissional do Prof. Amarante

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NOTícIAs aborl-CCf

Entre os membros do CORLAS, estão expoentes antigos e atuais da ORL global. Apenas cinco especialistas brasileiros fazem parte deste seleto grupo. São membros honorários os Profs. Pedro Luís Mangabeira Albernaz e Maurício Malavassi Ganança, além dos Drs. Ricardo Ferreira Bento, Sady Selaimen da Costa, Marcelo Mi-guel Hueb e o Dr. Richard Voegels, que se juntou ao grupo durante o evento.

ABORL-CCF nO EnCOnTRO AnuAL DO CORLAs

Aconteceu entre os dias 26 e 29 de agosto, em Roma, na Itália, a reunião anual do Collegium ORL Amicitiae Sacrum (CORLAS), a mais importante e influente sociedade científica de Otorrinolaringolo-gia internacional.

A ORL brasileira foi representada pelo presiden-te da ABORL-CCF, Dr. Marcelo Hueb, e pelo Dr. Ricardo Bento. O encontro tem como finalidade promover o intercâmbio de informações e a dis-seminação de conhecimentos científicos. “Neste evento, são apresentadas as principais pesquisas científicas da ORL mundial, sendo uma oportuni-dade ímpar para a troca de experiências científicas e profissionais”, disse o Dr. Marcelo Hueb.

orl sem fronteiras

vI gAuChãOA sexta edição do Gauchão ocorreu nos dias 17 e 18 de agosto, em Santana do Livramento (RS). O evento pro-movido pela Associação Gaúcha de Otorrinolaringologia (ASSOGOT) recebeu muitos convidados do Rio Grande do Sul e também um número expressivo de uruguaios.

De acordo com o presidente da ASSOGOT e idealiza-dor do congresso, Dr. Jorge Kappel, “o Gauchão tem o intuito de oportunizar a participação dos Otorrinos lo-cais, sobretudo os profissionais do interior do estado, para exporem seu trabalho e experiência”.

Na ocasião, houve o encontro do presidente da Socie-dade de Otorrinolaringologia do Uruguai, Dr. Rogelio Charlone e do presidente da ABORL-CCF, Dr. Marcelo Hueb, estreitando a relação entre os países.

O presidente brasileiro parabenizou o Dr. Jorge Kappel e sua comissão pelo grande propósito do evento, de unificação da ORL do Pampa, e lembrou que o Tratado de Otorrinolaringologia está sendo traduzido para o es-panhol. “O Rio Grande do Sul e o povo gaúcho são de fundamental importância para a internacionalização da ABORL-CCF”, afirmou. “Este contato gerou a semen-te para realizarmos, no próximo ano, um congresso no Brasil em conjunto com as sociedades do Uruguai e da Argentina, será o 1º El Pampa”, completou Kappel.

Entre os meses de agosto e setembro, a ABORL-CCF marcou presença em eventos científicos que reforçam o propósito de internacionalização da ORL nacional

116º AAO-hnsF AnnuAL MEETIng & OTO ExpO

Washington recebeu, de 9 a 12 de setembro, o maior congresso mundial da Otorrinolaringologia, o AAO-HNSF Annual Meeting & OTO EXPO, promovido pela Academia Americana de Otorrinola-ringologia. O Brasil foi destaque entre as nações presentes, com 379 representantes.

Além das palestras programadas, o evento conta com uma feira ex-positiva das principais novidades do setor. O presidente do congresso, Rodney P. Lusk, afirma que o encontro é uma oportunidade de esta-belecer contatos e se atualizar com os maiores especialistas da área.

No estande da ABORL-CCF foram divulgadas informações sobre o 42º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, e também sobre o Tratado de ORL, traduzido para o espanhol.

Segundo o presidente da Associação, Dr. Marcelo Hueb, “a fre-quente presença dos brasileiros no congresso e a união em torno do estande da ABORL-CCF demonstram a grandeza da entidade como instituição representativa da comunidade otorrinolaringológi-ca brasileira”.

IDrs. Marcelo Hueb, Roberto Filipo (presidente do Congresso) e Ricardo Bento

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pOR dENTRO dA ABORL-CCF

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Dorothéa FerrazE-mail: [email protected]: (11) 5053-7502

Apresentando o setor

ADMINISTRATIVO

Atuando há 6 anos no Departamento Ad-ministrativo da ABORL-CCF, acompanha-mos todo desenvolvimento e crescimento

acentuado, tanto em números de associados como em estrutura física.

O departamento administrativo é responsável por manter toda estrutura em pleno funciona-mento, com acompanhamento de manutenções preventivas, corretivas e implementação de no-vos recursos e adequações.

Procuramos administrar de forma eficaz, bus-cando sempre prestadores de serviços e mate-riais com qualidade e bom preço no mercado, obedecendo normas e critérios estabelecidos pelo regulamento interno da ABORL-CCF

Na área de recursos humanos, procuramos equili-brar toda a estrutura, seja na contratação em par-ceria com empresas de recrutamento e seleção ou nas ações cotidianas de acompanhamento de banco de horas, programação de férias, folgas e escalas de trabalho, obedecendo calendários de eventos e atividades em nossa sede.

Apoio nas reuniões da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal, com bloqueios de agenda, pro-gramação, pauta e convites direcionados. Pre-paração da infraestrutura de salas, equipamen-tos e suporte operacional.

Viabilização logística de todo o deslocamento, hospedagem e alimentação para eventos, cam-

panhas e reuniões oficiais, para diretores e fun-cionários de acordo com as convocações e au-torizações.

Neste ano destaco, dentre outras atividades, a logística operacional para a campanha Cami-nhos da Otorrinolaringologia, abrangendo 17 cidades do território nacional. Também a ade-quação da estrutura da sede para reforçar a se-gurança e atender à legislação municipal e ainda a construção da galeria de ex-presidentes e o museu de otorrinolaringologia.

Gostaria de agradecer a oportunidade e a con-fiança de poder contribuir e fazer parte desta grande equipe!

A gerente administrativa e de eventos, Dorothéa Ferraz, fala sobre o trabalho que realiza na ABORL-CCF

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