boletim aborl-ccf - nº 127

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BOLETIM ABORL CCF WWW.ABORLCCF.ORG.BR [email protected] ANO XVIII - Nº - 127 - JAN/FEV 2012 Alvorada 2012 PÁGS. 10 e 16 E MAIS: ENTREVISTA COM O PRESIDENTE PÁG. 04 ABORL-CCF COMEÇA ANO COM DESTAQUE NA MÍDIA PÁG. 07 HISTÓRIA DA ORL EM SÃO PAULO PÁG. 22 Nova diretoria. Novos desafios.

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Janeiro/Fevereiro 2012

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Page 1: Boletim ABORL-CCF - Nº 127

BOLETIM

ABORL CCFW W W. A B O R L C C F. O R G . B [email protected] XVIII - Nº- 127 - JAN/FEV 2012

Alvorada 2012

PÁGS. 10 e 16

E MAIS:ENTREVISTA COM OPRESIDENTEPÁG. 04

ABORL-CCF COMEÇA ANO COM DESTAQUE NA MÍDIAPÁG. 07

HISTÓRIA DA ORLEM SÃO PAULOPÁG. 22

Nova diretoria. Novos desa� os.

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2 BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012 3BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012

CELEBRANDO CONQUISTAS

A ABORL-CCF inicia 2012 com uma grata surpresa para você, associado. Estreamos a partir deste bimestre o Boletim ABORL-CCF. Ele substitui o

Jornal do Otorrino que você recebeu durante o ano passado. Esta nova publicação é completamente diferente em tudo o que você já viu. Primeiro, pelo tamanho: são 28 páginas, em um formato mais compacto, de melhor qualidade e com o layout totalmente reformulado. Segundo, pelo conteúdo: temos novas seções, como a “História da ORL”, na qual você conhecerá um pouco mais da nossa especialidade, por meio de relatos históricos escritos por célebres autores que conhecem ou que � zeram parte dos acontecimentos da Otorrinolaringologia no Brasil e no mundo; a “Por Dentro da ABORL-CCF”, em que a cada edição um membro da equipe da Associação explica como funciona o departamento no qual atua, como captação, eventos, � nanceiro, entre outros, e “Artigo Médico”, um espaço que cedemos aos membros da ABORL-CCF para apresentar temas relevantes da especialidade e iniciarmos, assim, um debate e mais interação entre os leitores. Além, claro, das seções consagradas, como “HumORL”, “Entrevista”, “Agenda” e muito mais.Estas são só algumas das novidades que você irá encontrar neste Boletim, que será aprimorado a cada edição para que o grau de qualidade seja cada vez maior. Espero que aprove esta nova publicação da ABORL-CCF e, se tiver alguma opinião, entre em contato com a Comissão de Comunicação. Ela está sempre pronta para solucionar qualquer dúvida a respeito dos meios de comunicação de nossa Associação.

Conte conosco e boa leitura!

EDITORIAL COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO

EDITORIAL MENSAGEM DO PRESIDENTE

SUMÁRIO JAN/FEV 2012

MARCELO RIBEIRO DE TOLEDO PIZA

DIRETOR PRESIDENTE DA COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO

[email protected]

MARCELO HUEBPRESIDENTE DA ABORL- CCF

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ENTREVISTA COM O PRESIDENTEDr. Marcelo Hueb apresenta suas ideias e projetos à frente da presidência da ABORL-CCF.

DESAFIOS E PERSPECTIVASConheça os planos e metas das comissões da ABORL-CCF para este ano.

RONCO E SAOSArtigo escrito pelo Dr. Fábio Lorenzetti.

NOVA DIRETORIAConfi ra os detalhes da cerimônia de posse da nova diretoria da ABORL-CCF!

EPISTAXEArtigo escrito pelo Dr. Fabrízio Romano.

HISTÓRIA DA ORL EM SPNomes, personagens e fatos que marcaram o início da especialidade em São Paulo.

POR DENTRO DA ABORL-CCFSaiba mais sobre o Departamento de Captação.

DIRETORIA 2012Dr. Marcelo Miguel Hueb - UBERABA/MG

PRESIDENTE

Dr. Agrício Nubiato Crespo - CAMPINAS/SPDIRETOR PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE

Dr. Fernando de Freitas Ganança - SÃO PAULO/SPDIRETOR SEGUNDO VICE-PRESIDENTE

Dr. Fábio Tadeu Moura Lorenzetti - SOROCABA/SPDIRETOR SECRETÁRIO GERAL

Dr. Leonardo Conrado Barbosa de Sá - RIO DE JANEIRO/RJASSESSOR DO DIRETOR SECRETÁRIO GERAL

Dra. Fernanda Louise Martinho Haddad - SÃO PAULO/SPDIRETORA SECRETÁRIA ADJUNTA

Dr. Fabrízio Ricci Romano - SÃO PAULO/SP DIRETOR TESOUREIRO

Dr. Ali Mahmoud - SÃO PAULO/SP ASSESSOR DO DIRETOR TESOUREIRO

Dr. Godofredo Campos Borges - SOROCABA/SPDIRETOR TESOUREIRO ADJUNTO

Dr. Marcelo Sessim - RIO DE JANEIRO/RJ ASSESSOR DO DIRETOR PRESIDENTE PARA ASSUNTOS GOVERNAMENTAIS

Alexandre Felippu Neto - SÃO PAULO/SPPRESIDENTE DA COMISSÃO DE RESIDÊNCIA E TREINAMENTO

Dr. Hélio Andrade Lessa - SALVADOR/BA PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ÉTICA E DISCIPLINA

Dra. Mara Edwirges Rocha Gândara - SÃO PAULO/SPPRESIDENTE DA COMISSÃO DE DEFESA PROFISSIONAL

Dr. Marcelo Ribeiro de Toledo Piza - RIBEIRÃO PRETO/SP PRESIDENTE DA COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO

Dr. Marco César Jorge dos Santos - CURITIBA/PRPRESIDENTE DA COMISSÃO DE EVENTOS E CURSOS

Dr. Reginaldo Raimundo Fujita - SÃO PAULO/SPPRESIDENTE DA COMISSÃO DE TÍTULO DE ESPECIALISTA

Dra. Renata Cantisani Di Francesco - SÃO PAULO/SP PRESIDENTE DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA

Dra. Wilma Terezinha Anselmo-Lima - RIBEIRÃO PRETO/SP PRESIDENTE DA COMISSÃO DO BJORL

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL

BOLETIM ABORL CCFDIRETOR DE COMUNICAÇÃO: MARCELO R. DE TOLEDO PIZA

JORNALISTA RESPONSÁVEL: ANTONIO JOSÉ CANJANI / MTB: 21.826REPORTAGEM: CAROLINE BORGES E GUILHERME DINIZ

REVISÃO: ALLAN MORAES

COORDENAÇÃO DE PUBLICAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: ERIC TENAN BARIONI

PRODUÇÃO: SINTONIA COMUNICAÇÃO - FONE: (11) 3542-5264/0472 IMPRESSÃO: GRÁFICA H MÁXIMA

PERIODICIDADE: BIMESTRAL

TIRAGEM: 6.000 EXEMPLARES SEDE: AV. INDIANÓPOLIS, 1287 – CEP 04063-002 – SÃO PAULO/SP –

FONE: (11) 5053-7500 - FAX (11) 5053-7512OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES E

NÃO REFLETEM, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DA ABORL-CCF.

Este ano de 2012 iniciou-se há algum tempo para alguns de nós aqui da ABORL-CCF. Planejamos algumas surpresas e uma delas chega às suas mãos na forma do Boletim ABORL-CCF, que esperamos que seja um veículo do seu agrado. Ampliado em seu tamanho, com novidades no formato, layout e conteúdo, com

mais riqueza de imagens. Uma agradável modernidade para um estímulo à leitura. Aliada a esta modernização no contato com o associado, valorizamos a nossa história, inserin-do neste boletim um espaço para artigos escritos pelos colegas remidos, além da criação de uma galeria de ex-presidentes e um museu da Otorrinolaringologia em nossa sede. Mesclando história e planejando o futuro, aprovamos em nossa primeira reunião do Conselho Administrati-vo e Fiscal a criação de um Comitê de Planejamento Estratégico, a ser composto principalmen-te por ex-presidentes e visando um caráter propositivo em curto, médio e longo prazos. Neste planejamento, almejamos aumentar ainda mais o nosso número de associados, ofe-recendo outras modernidades como parte dos benefícios aos associados quites. Um dos exemplos disto virá na forma de aplicativos para tablets. Aguardem por estas novidades e pela continuidade da nossa política de anuidade: Mais Benefícios! Menor Valor! Ao mesmo tempo em que celebramos estas conquistas, vocês, que conhecem nosso estilo de gestão, podem ter a certeza da manutenção de tudo isto, e, mirando o futuro, a certeza de que muito mais está por vir. Acompanhem os nossos projetos!Contamos com o apoio e a participa-ção de todos em nosso Projeto Epidemiológico e em nossa campanha “Caminhos da Otorrino-laringologia”, de valorização e divulgação da ORL e conscientização da população. Estes ins-trumentos certamente auxiliarão em nossos projetos futuros junto aos órgãos governamentais. Vamos crescer juntos, sendo vocês os principais protagonistas desta caminhada.

Continue contando conosco! Uma ótima leitura e um grande abraço,

UMA NOVA PUBLICAÇÃO PARA VOCÊ

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ENTREVISTA

Otorrinolaringologista desde 1988, Marcelo Miguel Hueb colecionou nesses mais de 20 anos de pro� ssão muitas conquistas e realizações. Uma das maiores começa a ser realizada neste ano, com o início de sua gestão à frente da entidade máxima de sua especialidade, a ABORL-CCF. Con� ra a seguir as metas e ideias do novo presidente da Associação.

Dr. Marcelo Hueb

campanha nacional uni� cada e itinerante, que visitará cidades estratégicas em momentos de eventos locais relevantes, levando os nossos modelos in� áveis, para orientar e conscientizar a população leiga, além de divulgar a Otorrinolaringologia. Contamos com o apoio de todos nesta campanha, a “Caminhos da Otorrinolaringologia”, nome que simboliza os caminhos dos ouvidos, nariz e garganta pelo Brasil. Pretendemos iniciar essa atividade muito em breve, culminando com um momento junto ao centro de conven-ções em Recife, por ocasião do 42º Congresso Brasileiro de Otorrinolarin-gologia.

BA Existe algum plano de mapeamento epidemiológi-co em ORL no país para que a ABORL-CCF tenha esta referência quando se fala em surdez, rinite e outros?MH Elaboramos um projeto de consulta aos associados, com uma proposta de benefícios aos que participarem. Solicitaremos informações sobre os códigos de CID atendidos em um determinado período ao meio de cada estação do ano, em todo o Brasil. Creio que isso fornecerá im-portantes dados sociodemográ� cos, geográ� cos, sazonais e de prevalên-cia para a utilização com diversas � nalidades. Isto certamente tornará mais clara a realidade epidemiológica das doenças otorrinolaringológicas em nosso país, além de iniciar uma política de consulta epidemiológica aos associados e a valorização desta atividade junto ao Ministério da Saúde.

BA Nos últimos anos, o senhor foi o responsável por iniciar a aproximação e estreitar os laços da ABORL-CCF com a Associação Brasileira de Medi-cina de Tráfego (ABRAMET). Como especialista em ORL e Medicina de Tráfego, como você avalia a im-portância dessa relação?MH A parceria com a ABRAMET foi e tem sido importante para a nossa associação, especialmente no contexto da Medicina do Sono. Pudemos demonstrar a necessidade dos encaminhamentos pelos especialistas em Medicina de Tráfego para os ORLs, nos casos de suspeita de apneia em condutores veiculares quando do exame de aptidão física e mental para a habilitação ou renovação da Carteira Nacional de Habilitação – CNH. Isto está assegurado, e esta parceria tem bene� ciado colegas em todo o país e contribuído para o que costumo chamar de “condução veicular saudável”. Além disso, contamos e temos apoio de primeiro momento da ABRAMET em nossa campanha "Caminhos da Otorrinolaringologia". Procuraremos estabelecer uma avaliação do sono nos motoristas que participarem na condução dos veículos da campanha e isto é de interes-se das duas associações e, obviamente, da população.

BA Podemos dizer que a ABORL-CCF está no seu auge em termos � nanceiros e estruturais?MH Certamente trabalharemos para, no mínimo, manter a situação atual. Isto não signi� ca, porém, que consideramos a ABORL-CCF no

seu auge. Acomodar-se, jamais! Precisamos de uma programação a curto, médio e longo prazos para alavancarmos ainda mais todos os setores da nossa Associação. Um exemplo disso foi a política de “Mais benefícios, Menor valor!”, na qual uma anuidade com desconto de 50%, aliada a inúmeros benefícios aos associados, foi planejada em 2006 para que chegássemos a 4.500 associados quites em 2 anos de gestão. Chegamos lá e isso reforça a nossa intenção em propor estatutariamente a criação de um Conselho de Planejamento Estratégico, composto por ex-presidentes e outros colegas com ex-periência acadêmica e administrativa. Precisamos enxergar a ABORL-CCF no futuro, direcionar os nossos esforços e subsidiar o Conselho Administrativo e Fiscal com sugestões relevantes.

BA Pessoalmente, qual o signi� cado de assumir a presidência da ABORL-CCF? Quais são os seus planos para além do exercício desta atividade?

MH Em relação ao cargo assumido, creio que a presidência da ABORL-CCF signi� que um auge associativo, porém, ainda tenho de aprender. Tive o grande prazer de trabalhar intensamente na ges-tão Richard Voegels, com um grupo fantástico, com o qual aprendi muito. Acredito fortemente que apenas uma participação continuada na ABORL-CCF possibilite a vivência e experiência necessárias na identi� cação dos problemas e quais as soluções a serem atingidas, além de aprendermos a trabalhar para alcançá-las. Pelo caminho que vivenciei na administração da ABORL-CCF e por todo o pessoal que assume esta gestão comigo, creio que estejamos próximos disto. Assumir um posto desta magnitude, atuando fora dos grandes cen-tros, certamente se relaciona à minha trajetória na Otorrinolaringologia em vários aspectos, como reconhecimento ao trabalho administrativo desenvolvido e também pela estabilidade e maturidade políticas re-centes. A ABORL-CCF é nacional e isto demonstra uma mentalidade de abertura e descentralização, de modo que agradeço o apoio de todos os amigos da gestão do Richard e ao Ricardo Bento. Assumo em nome de todos os ORL brasileiros!Em virtude deste exaustivo trabalho e da necessidade de novas ideias, é fundamental que haja uma renovação, além do que, estas funções às quais me propus, por vezes, acabam con� itando com as minhas intensas atividades acadêmicas e assistenciais em Ubera-ba. Para tudo há um tempo, e após este período na presidência da ABORL-CCF, o planejamento se direcionará para estas atividades e para curtir ainda mais minha família e amigos, os de longa data e os inúmeros que � z e tenho feito nestes últimos anos de ABORL-CCF. Este certamente é o auge pessoal e pro� ssional que pretendo atingir!

BA Para � nalizar, qual a sua mensagem para o membro da Associação e o que ele pode esperar da sua gestão?

MH Com certeza posso assegurar, em meu nome e dos amigos que estarão mais próximos na gestão, muito trabalho e dedicação, procu-rando cumprir nossas metas e deixando a Associação ainda melhor para as próximas gestões e para os associados. Tive a oportunidade de um extraordinário exemplo ético, moral, pro� ssional e familiar em casa: meu saudoso pai, Aziz Miguel Hueb, também otorrinolaringolo-gista. Espero que a percepção das boas práticas em nosso trabalho sirva também de exemplo e estímulo aos jovens associados, para que contribuam e participem ativamente da nossa Associação. Par-ticipem, enviando críticas e sugestões. Ajude-nos a fazer a ABORL-CCF cada vez mais forte!

BOLETIM ABORL-CCF Qual a sensação de assumir a presidência da entidade máxima da ORL no Brasil? MARCELO HUEB É uma sensação prazerosa, um novo desa� o, como foi assumir a Diretoria Ad-ministrativa em 2005 e a Vice-Presidência em 2008. A ABORL-CCF tem uma dinâmica própria e uma alta complexidade administrativa e de atividades, além de possuir forte representatividade na classe médica e um expressivo número de associados. Isto traz uma grande responsabilidade para o cargo, que será exercido após este período de “laboratório” administrativo em nossa Associação. O sistema estatutário atual privilegia isso, possibilitando uma participação efetiva dos futuros presidentes nos âmbitos de proposição, discussão e deliberação. Neste sentido, aproveito para agradecer ao Dolci e parabenizá-lo pela sua excelente gestão.

BA Quais são as principais metas e objetivos que o senhor tem para essa gestão? MH Acredito que a manutenção dos pilares administrativo, � nanceiro, cientí� co, político e de defesa pro-� ssional seja uma “obrigação básica” e natural da nossa ou de qualquer outra gestão; para isso, desde já, agradeço o apoio, a amizade e a dedicação dos nossos fantásticos funcionários, dos colegas da DirEx – Diretoria Executiva, das comissões e de todos aqueles que voluntariamente fazem a ABORL-CCF cada vez mais dinâmica e forte. Tive a oportunidade de participar anteriormente da construção dessa situação e tenho agora, com este grupo, a oportunidade de fortalecer ainda mais estes pilares. Pretendemos, ainda, estabelecer uma política de intensa valorização das comissões, permitir uma avaliação crítica e eventual-mente propositiva para a consolidação estatutária, manutenção e inovação em projetos de Educação Médi-ca Continuada, com desenvolvimento de metodologias de e-learning e aplicativos para tablets, elaboração de um projeto epidemiológico para a ABORL-CCF, realização de um novo CENSO ORL 2012, editar um novo jornal, agora Boletim ABORL-CCF, com novo sistema de visualização na nossa página, com novas seções dos colaboradores, associados remidos, mais riqueza de imagens e com maior estímulo e interesse para patrocinadores.Planejamos também a tradução do nosso Tratado de ORL para a língua espanhola com o objetivo de iniciar um trabalho de captação de associados estrangeiros, valorizar a memória da ORL, criando uma galeria de ex-presidentes em nossa sede, melhorar sua estruturação para o recebimento de eventos e ainda desenvol-ver uma estratégia antecipada de captação de recursos para 2013. Além disso, estamos trabalhando forte para oferecer um ótimo 42º Congresso Brasileiro de ORL em Recife e no desenvolvimento de uma inédita campanha nacional uni� cada de divulgação da Otorrinolaringologia. Tecnicamente, é um curto período de tempo, mas nos esforçaremos para realizar esses projetos e outros que eventualmente surgirão, e contar com a sequência deles nas futuras gestões. A continuidade das boas coi-sas é fundamental; onde existe trabalho e harmonia, inclusive política, as boas ideias sempre prevalecerão.

BA Podemos ter neste ano a primeira campanha uni� cada feita pela ABORL-CCF. Qual a sua visão sobre isto?MH Há vários anos tenho acompanhado e participado intensamente das campanhas promovidas pela ABORL-CCF e pelas supraespecialidades. Experiências como a coordenação estadual, em Minas Gerais, da Semana da Voz e a coordenação nacional da Campanha da Saúde Auditiva possibilitaram a conclusão da necessidade de que o nome da ABORL-CCF seja priorizado como sendo a entidade efeti-vamente à frente de todas as campanhas, promovendo apoio � nanceiro, estrutural, de pessoal e logístico, dentre outros. Em entrevistas aos meios de comunicação em geral, durante essas campanhas, isso precisa ser priorizado e ressaltado, para que um espaço que é primordialmente nosso, da nossa ABORL-CCF, não seja ocupado por outras entidades não médicas. Esta parceria entre as supras e a ABORL-CCF é essen-cial para ambas, e o nome da associação-mãe deve ser ressaltado, até mesmo porque é a nossa legítima representante junto à AMB. Neste sentido, pretendemos fazer um grande tour em uma unidade móvel es-tilizada, agregando a expertise e os esforços das academias das supraespecialidades, para promover uma

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2Dr. Fabrízio Romano, Dr. Marcelo Hueb e Dr. Fábio Lorenzetti

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N o último dia 15 de dezembro, o Professor Doutor Edwin Tamashi-ro, do Departamento de Oftalmo-

logia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Me-dicina de Ribeirão Preto da USP, recebeu a Menção Honrosa do Prêmio CAPES de Tese (Ed. 2010), em Brasília. Ele foi premiado com o trabalho "Efeitos da exposição à fumaça de cigarro sobre a ciliogênese e formação de bio� lmes bacterianos no epitélio respiratório", orientado pela Profª Drª Wilma Terezinha Anselmo-Lima.A ABORL-CCF parabeniza os dois e, prin-cipalmente, a ORL brasileira pelo destaque entre todas as áreas da Medicina III.

Depois de um ano de grandes realizações, a ABORL-CCF já começa 2012 com forte repercussão nos meios de comunicação brasileiros. Representada pelo Dr. Marcelo Hueb, no � nal de 2011 a ABORL-CCF marcou presença no SBT durante o programa “Jornal do SBT” para alertar a população sobre os cuidados necessários com a audição no manuseio de fogos de artifício durante as festas de � nal de ano. Já no início de 2012, a ABORL-CCF continuou presente na mídia, por meio de entrevistas com veículos de grande circulação, principal-mente TVs e rádios. Os principais temas divulgados foram o aumento da incidência de otite externa nessa época do ano e a posse do Dr. Marcelo Hueb como presidente de uma das maiores associações de otorrinos do mundo.A divulgação sobre otite externa obteve ótimos resultados, com participações na Rádio Jovem Pan (SP), CBN Campinas, Rádio e TV Vitoriosa no Triângulo Mineiro - a� liadas do SBT – TV Minha Vida (SP), TV Educativa – Jundiaí, TV Record, além de publicações em portais de todo o país, como o G1, da Globo. Esta divulgação não será interrompida - durante 2012, novos temas de interesse público continuarão sendo lançados para a imprensa, com releases informa-tivos e ações de conscientização sobre os cuidados com a saúde da voz, audição, respiração, entre outros. Planeja-se um forte alcance na mídia, em especial com foco nas campanhas tradicionais da Semana da Voz, Respire pelo Nariz e Viva Melhor e Semana da Audição, além de perenemente com a campanha "Caminhos da ORL".

No início do mês de janeiro foram sorteadas as vagas para a quinta edi-ção do Curso de Polissonogra� a da ABORL-CCF. O sorteio aconteceu na sede da Associação e foi acompanhado pelos auditores Alex Paulo e Vanessa Ribas, da empresa Trade Auditores & Consultores.Foram 61 inscritos, e a ordem para o preenchimento das vagas seguirá a de sorteio. Assim, serão chamados os primeiros 45 colocados e havendo desistência, os próximos da lista serão convocados.

Con� ra a lista de sorteados no site da ABORL-CCF: www.aborlccf.org.br

Veja as datas dos cursos:

ASSOCIAÇÃO REGISTRA AMPLO CRESCIMENTO

Nos últimos dez anos, a ABORL-CCF registrou um expressivo aumento, em torno de 100%, no número de associados quites. Este quadro também mostra

que aproximadamente 70% dos otorrinolaringologistas brasi-leiros já fazem parte da entidade. Tal feito é re� exo direto da percepção que a comunidade otorrinolaringológica brasileira tem sobre a seriedade com que a associação sempre foi diri-gida, os inúmeros benefícios em se tornar associado quite e a anuidade gratuita para residentes/especializandos de primeiro ano. Outro benefício é o escalonamento de descontos para os quatro anos subsequentes da anuidade, além de um “valor cheio” desta anuidade para associados titulares/efetivos extre-mamente acessível.Neste sentido, além da franquia de inscrição no Congresso Brasileiro para os residentes/especializandos, foi iniciada uma política de descontos de até 50% do valor da anuidade para os associados titulares/efetivos que � zessem o pagamento até determinado prazo e respondessem as perguntas do Censo 2012 – elaboradas com o intuito de captar dados de interesse da associação e do próprio associado. Acesse o site da ABORL-CCF e aproveite a oportunidade deste desconto: www.aborlccf.org.br. Não deixe de responder às perguntas do Censo. Os dados fornecidos têm caráter sigiloso e serão divulgados apenas na sua totalidade. A ABORL-CCF ressalta que a participação de todos é funda-mental. Encaminhe sugestões, críticas, dúvidas e quaisquer assuntos relacionados às � nalidades representativas da Otor-rinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Crescemos graças a você. E para você.

Otorrinolaringologiabrasileiraé premiada pelaCAPES

ABORL-CCF começa 2012 com forte destaque na mídia

Acompanhe os per� s o� ciais da ABORL-CCF no Twitter e no Face-book. Eles são os canais sociais que a Associação utiliza para se corresponder com você! Além de conferir as notícias, cursos e no-vidades da Associação, você tam-bém pode se comunicar de forma mais rápida e prática.

Os endereços são:

COMUNICAÇÕES RÁPIDAS COM A ABORL-CCF

Realizada a 1ª Prova de Avaliação Periódica de Residentes e Especializandos

No dia 21 de janeiro foi realizada a Prova de Avaliação Periódica dos Residentes e Especializandos em Otorrinolaringologia, na Asso-ciação Paulista de Medicina (APM), em São Paulo. Foram 387 inscritos de seis cidades brasileiras: 190 de São Paulo (SP), 36 de Ribeirão Preto (SP), 76 do Rio de Janeiro (RJ), 19 de Brasília (DF), 29 de Porto Alegre (RS) e 37 de Salvador (BA).

A avaliação foi uma resposta aos pedidos dos próprios residentes de mais de uma avaliação para se alcançar o título de especialista. Segundo o diretor da Comissão de Título de Especialista, Dr. Reginaldo Fujita, a avaliação contém três principais objetivos: obter um histórico escolar do residente, treiná-lo e, por � m, bene� ciá-lo com a boni� cação de até quatro questões na prova de título, depen-dendo de seu desempenho nas provas anteriores."A avaliação é um treino para que o candidato veja como funciona a prova de título e é uma chance de o residente mostrar o desem-penho dele por mais de uma vez", explicou Fujita.O especialista revela os principais aspectos que um bom médico Otorrinolaringologista deve apresentar. "É necessário que ele apre-sente excelente conhecimento clínico, habilidade cirúrgica - para os que gostam - e muita responsabilidade para lidar com vidas. Além disso, que ele tenha ética com o paciente, e não tenha em mente apenas objetivos � nanceiros. Ele deve preservar sempre a saúde do paciente, mantendo a qualidade da Otorrinolaringologia", diz. De forma geral, os residentes tiveram impressões positivas da avaliação. Candidatos ouvidos após a prova disseram que as ques-tões estavam tranquilas, bem-elaboradas e com nível de di� culdade dentro do esperado.

Sorteadas as vagas doV CURSO DE POLISSONOGRAFIA

Agosto – 25 e 26

Setembro – 22 e 23

Outubro – 20 e 21

Novembro – 24 e 25

Dezembro – 08 e 09

Março – 17 e 18

Abril – 21 e 22

Maio – 19 e 20

Junho – 23 e 24

Julho – 21 e 22

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NOTÍCIAS ABORL-CCF

twitter.com/aborlccfo� cial

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8 BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012 9BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012

maior de pessoas para a exposição e sobre os principais cuidados com a saúde vocal; convocar os pro� ssionais da especialidade, aumentando o número de serviços que irão colaborar com os atendimentos e a coleta máxima de novas estatísticas com abrangência nacional, para que possamos fazer frente ao Ministério da Saúde em eventuais solicitações”, explica o Dr. Gustavo Korn, novo coordena-dor da campanha.Desde dezembro, foram analisadas algumas propostas de reformulação da laringe e, em janeiro deste ano, durante uma reunião com o atual presidente da ABORL-CCF, Dr. Marcelo Hueb, e o Conselho, o orçamento foi aprovado e a Campanha poderá contar com o apoio da Associação. Além disso, foi con� rmada a convocação de uma pessoa encarregada de computar os resultados obtidos nos atendi-mentos, facilitando todo o processo. Com muitas novidades, a Campanha espera ter ainda mais sucesso neste ano. "O projeto foi um sucesso em 2011 e a cada evento percebemos o que funciona e o que não funciona, para melhorar a cada temporada. O importante é que a população compreenda o recado e que esta exposi-ção seja um alerta para os cuidados com a voz", � nalizou Dr. Gustavo Korn.

CÂNCER DE LARINGE É O ENFOQUE DA CAMPANHA DA VOZ 2012

AGENDA DO OTORRINO

Há mais de 10 anos, abril é o mês da voz, época em que a Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV) intensi� ca seus trabalhos de conscien-

tização com a Campanha Nacional da Voz. Porém, os pre-parativos já estão começando, com o objetivo de alertar a população a se prevenir contra o câncer de laringe, doença que há meses toma conta da mídia depois do diagnóstico do ex-presidente Lula. Até 1999, ano de lançamento da campanha, o câncer de laringe vitimava 15 mil brasileiros por ano, sendo 8 mil casos fatais, segundo dados da OMS. A cada edição da Campanha, são atendidas e orientadas cerca de 40 mil pessoas, número que se repete anualmente desde então.A superestrutura in� ável em formato de laringe gigante foi a principal atração do projeto “Conheça Sua Voz” no ano passado, ação da ABLV que ganhou grande destaque nos meios de comunicação brasileiros. Após passar por refor-mas, em 2012 a laringe gigante será novamente exposta, desta vez, com algumas alterações que irão torná-la ainda mais representativa, sem perder o tom lúdico que fez tanto sucesso em 2011. Dentre as mudanças, ela ganhará maior espaço interno, agregará nova iluminação, novos jogos interativos e rece-berá dispositivos tecnológicos com recursos de imagens e vídeos, buscando ampliar cada vez mais a conscientização da população para os cuidados com a voz. “Nossos principais objetivos para esse ano são: ampliar nossa divulgação, chamando a atenção de um número

Se você, otorrino, deseja participar, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 5053-7500. Sua colaboração será muito importante!

NOTÍCIAS ABORL-CCF

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Curso de Pós-Graduação em Medicina Estética e Cirurgia Plástica da Face - São Paulo (SP)

Potenciais Evocados Auditivos - Santa Maria (RS)

Vectonistagmogra� a e Videonistagmoscopia - Santa Maria (RS)

V Curso de Polissonogra� a da ABORL-CCF - São Paulo (SP)

IV Curso Teórico-Prático de Implante Coclear - Salvador (BA)

1ª Imersão em ORL Pediátrica - São Paulo (SP)

Curso Internacional de Rinoplastia Otorrinos 2012 - Feira de Santana (BA)

II Curso de Polissonogra� a Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ)

PPA - Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos para o Otorrinolaringologista - Campinas (SP)

2º Simpósio Capixaba de ORL - Vitória (ES)

Rinologia em Cena - Curitiba (PR)

XI Workshop em Estroboscopia - São Paulo (SP)

2º Congresso Online da ABORL-CCF - Sede ABORL-CCF, em São Paulo (SP)

81º Curso Teórico-Prático de Cirurgia Microendoscópica-Nasossinusal e X de Dis-secção em "S.I.M.O.N.T." (Sinusmodelotorhinoneurotrainer) - São Paulo (SP)

PPA - Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos para o Otorrinolaringologista - Curitiba (PR)

I Curso de Eletro� siologia da Audição, Monitoramento de Nervos Cranianos e Dis-secção do Osso Temporal da Clínica Paparella - Ribeirão Preto (SP)

2º Simpósio Capixaba de ORL - Vitória (ES)

7th Internacional IFFPSS Conference - Roma / Itália

Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos Para o Otorrinolaringologista - Brasilia (DF)

New frontiers in skull base surgery I skull base surgery Brazilian Congress - Porto Alegre (RS)

VI Curso de Cirurgia Endoscópica Nasossinusal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ)

III Congresso Goiano de Otorrinolaringologia - Caldas Novas (GO)

Curso de atualização em laringologia e voz - Lajeado (RS)

PPA - Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos Para o Otorrinolaringologista - Recife (PE)

PPA - Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos Para o Otorrinolaringologista - Salvador (BA)

2 de Fevereiro de 2012 a 6 de Dezembro de 2013 2

1 a 3 de Março de 2012 2

15 a 17 de Março de 2012 2

17 de Março a 9 de Dezembro de 2012 2

22 a 23 de Março de 2012 2

22 a 24 de Março de 2012 2

23 a 24 de Março de 2012 2

24 de Março a 16 de Dezembro de 2012 2

24 de Março de 2012 2

4 a 5 de Maio de 2012 2

5 a 7 de Abril de 2012 2

12 a 13 de Abril de 2012 2

14 de Abril de 2012 2

18 a 20 de Abril de 2012 2

28 de Abril de 2012 2

30 de Abril a 4 de Maio de 2012 2

4 a 5 de Maio de 2012 2

9 a 12 de Maio de 2012 2

26 de Maio de 2012 2

7 a 9 de Junho de 2012 2

14 a 23 de Junho de 2012 2

15 a 17 de Junho de 2012 2

29 a 30 de Junho de 2012 2

30 de Junho de 2012 2

28 de Julho de 2012 2

Mais informações você pode conferir no site www.aborlccf.org.br/conteudo/eventos

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10 BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012 11BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012

NOTÍCIAS ABORL-CCF

Desa� os e perspectivas DA ABORL-CCFO mês de janeiro foi marcado pela transição da diretoria e por diversos planos traçados pela Associação

Entre os dias 17 e 18 de janeiro, diretoria e comissões permanentes da ABORL-CCF se reuni-ram na sede da Associação para traçar os planos e metas para 2012. Em todas as reuniões realizadas, � cou claro que este será um ano de trabalho intenso, novidades, integração e

harmonia em nome da Associação. Foi proposto e estabelecido um calendário conjunto de reuniões destas comissões, antecedendo as reuniões da DirEx. Elas acontecerão simultaneamente nas reu-niões do Conselho Administrativo e Fiscal, com o intuito de se obter um � uxo rápido e uniforme das proposições, deliberações e execução. Con� ra a seguir um resumo do que ocorreu de mais importante nas reuniões.

17 de janeiro1º dia

Durante a manhã, os principais assuntos pautados nos encontros foram a orga-nização e a reformulação do V Curso de

Polissonogra� a e do II Congresso Online de Otorrinolaringologia para este ano. Na primeira reunião foram discutidas as pro-postas de formatação da quinta edição do curso de Polissonogra� a, como a parceria com outras associações, o desenvolvimento de um curso itinerante, a adoção de aplica-tivos didáticos para tablets e, em 2013, a criação do “Curso de Medicina do Sono”, ampliando a estrutura atual do curso de PSG e integrando outras especialidades relaciona-das aos distúrbios do sono, como neurologia, psiquiatria, pneumologia, dentre outras.Segundo o presidente do Departamento de Medicina do Sono, Dr. Michel Cahali, a Associação está passando por um momen-to importante de consolidação da área no Brasil. “A ABORL-CCF já tem um histórico de trabalho na medicina do sono, formando e certi� cando pessoas nas áreas de PSG. É um passo natural que ela agora se encaminhe para a solidi� cação do ensino e na difusão do conhecimento dessa especialidade entre os associados”, disse.

Já na segunda reunião, foi colocado em pauta o cronograma do Congresso Virtual de 2012, além das inovações nessa edição, como sorteios de materiais exclusivos para os internautas plugados e a participação do público leigo, que poderá interagir com os especialistas. O enorme sucesso da primeira edição, que teve grande repercussão na mídia nacional - com uma extensa repor-tagem na TV Globo - estimulou a Comissão a organizar este ano mais um congresso em plataforma virtual, com destaque para as 3 palestras internacio-nais já con� rmadas: Dr. Roy Cassiano (Miami, EUA) na área de Rinologia; Dr. Guillermo Campos (Bogotá, Colômbia) na área de Laringologia, e o Dr. Jorge Spratley (Porto, Portugal) na área de Otologia. A expectativa é que o número de inscritos supere o da primeira edição.

EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA

A prova de TE (Título de Especialista) deste ano terá poucas mudanças em relação à do ano passado. Mais aspectos clínicos serão abordados na prova teórica, e requisitos mais diretos na prova teórico-prática. O candidato será avaliado com amplo enfoque nos casos clínicos, o que exigirá melhor conhecimento de base. Com a prova deste ano pronta, a comissão já planeja a prova do ano seguinte com mudanças signi� cativas e abrangentes. "A comissão adoraria instituir provas realmente práticas, com seres humanos, para que os futuros otorrinos possam vivenciar a prática. Mas, isso é muito caro e complicado. Por isso, muito em breve pensamos em utilizar bonecos ou algo do tipo nas provas práticas, para aumentar o realismo e melhorar cada vez mais a prova de título", disse o Dr. Reginaldo Fujita, presidente da comissão. Ele ainda destacou a continuidade dos trabalhos da comissão para este ano. "Dentro do modelo administrativo da Associação, é importante termos continuidade sem ter continuísmo. Vamos manter o trabalho da comissão, aprimorar os pontos que precisam ser aprimorados e corrigir as falhas que existirem. Já estamos pensando na prova de 2013, renovamos a bibliogra� a, e o novo tratado de ORL será utilizado", � nalizou.

TÍTULO DE ESPECIALISTA

Zelar pela boa formação dos residentes de todo o Brasil é o trabalho da Comissão de Residência e Treinamento, que tem sob sua responsabi-lidade 90 serviços de ORL no país. A comissão disponibiliza no site da ABORL-CCF um levantamento com os serviços já reconhecidos por ela e também pelo MEC. Existe também uma lista com a classi� cação dos serviços e o memorial descritivo, que é um relatório completo com a constituição de cada serviço, em seus mínimos detalhes. O Presidente da comissão, Dr. Alexandre Felippu Neto, explicou as metas e objetivos para 2012. "Além das vistorias que fazemos, estamos formalizando o relacio-namento com os serviços e os residentes. Temos como meta conseguir que todo serviço de ORL do Brasil esteja no site da Associação, para que o médico que pretende seguir a especialidade possa consultá-lo. Isso é fundamental", disse.

Residência e Treinamento

ÉTICA, SINDICÂNCIA E JULGAMENTOEm reunião, a Comissão de Ética, Sindicância e Julgamento fez a revisão das metas e planos propostos no último ano. Além disso, foi sugerida a obrigatoriedade da orientação ética nos programas de residência e estágio, algo que vem ganhando corpo graças aos seus membros, que têm cobrado a inclusão de termos éticos em seus programas. Outros itens destacados e instituídos como metas para 2012 foram o aperfeiçoamento do termo de consentimento; a maior adequação aos termos da ética médica nos eventos de ORL; o melhor esclarecimento dos con� itos de interesse nos eventos e o maior intercâmbio nas comissões e na quali� cação do prontuário médico.

Eventos e Cursos Em 2012, a comissão responsável pelo Congresso Brasileiro de ORL continuará a reformulação estrutural do Congresso, iniciada em Curitiba no ano passado. A reformulação em questão se dará na disposição das salas, com a adequação dos palestrantes em relação aos temas. A me-dida teve aprovação do público e, a cada ano, essa formatação será preestabelecida, facilitando para o conferencista a integração ao evento. "Apesar de ser organizado para 5 mil pessoas, cada edição do Congresso tem temas e alvos diferentes. Por isso, precisamos organizar um evento para que ele [o congressista] possa absor-ver o máximo de conhecimento cientí� co em sua área. Na grade, os palestrantes internacionais continuarão com destaque pela manhã, em conferências magnas, associadas a painéis e mesas-redondas", explicou o Presidente da Comissão, Dr. Marco César Jorge dos Santos. Ele destacou ainda que no congresso de Recife, em novembro, serão 10 convidados interna-cionais, de várias partes do mundo. "O objetivo é trazer o conhecimento de fora e criar recipro-cidade, passando o nosso conhecimento para ele [o palestrante] também. Com isso, levamos para outros países o que estamos fazendo. Esta é a ideia do nosso projeto de internacionali-zação. Queremos que na América Latina o polo de formação cientí� ca em ORL seja o Brasil", disse.

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2Comissão de Ética e Julgamento.

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2Comissão de Eventos e Cursos

DEFESA PROFISSIONALCom o objetivo de defender o ORL quanto a honorários, condições ideais de trabalho e apoio à educação continuada, a Comissão de Defesa Pro� ssional tem participado de movimentos médicos com outras entidades, sugerindo a implantação de procedimentos no rol da Agência Nacional de Saúde, entre outras ações. A Presidente da Comissão, Drª Mara Gândara, reforçou que a presença do otorrino será fundamental para os trabalhos futuros. "Precisamos de um envolvimento maior do próprio otorrino. Pretendemos fazer muitos seminários e cursos em 2012, para mostrar o quão importante é a união entre os médicos, além de precisarmos divulgar para a população leiga o que o otorrino faz", disse.

2Comissão de Residência e Treinamento.Vi

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HUMORL

Antenor Era alta madrugada, provavelmente duas ou três horas. Não vou dizer que ele estava “nos braços de Morfeu” porque isto aí tem uma conotação assim de sacanagem e, portanto, digamos apenas que “dormia o sono dos justos”. Eis que, de repente, o telefone na mesinha de cabeceira explo-de meio enlouquecido, aparentemente acordando a vizinhança inteira, e Sady vira-se na cama, pega o aparelho e ouve uma esganiçada voz de mulher berrando: — Doutor Ciro, doutor Ciro! O Antenor não aguenta mais a � sioterapia. Eu lhe peço, faça alguma coisa. Sady, ainda não totalmente acordado, mas, fruto de um longo treinamento, característico de quem exerce corretamente a pro� s-são, respondeu: — Minha senhora, acho que ligou para o número errado. Eu sou o doutor Sady e não o doutor Ciro. Por favor, veri� que a lista.Virou-se outra vez e tentou conciliar o sono. Não deu. Mais um minuto e aquela voz histérica outra vez com o mesmo problema: — Doutor Ciro, o Antenor não aguenta mais aquela � sioterapia. Faça alguma coisa, doutor Ciro. Sady, a estas alturas um pouco mais acordado, usou toda a

capacidade que tinha para ser educado e prestativo: — Minha senhora, mais uma vez a senhora ligou para o número errado. Este telefone é do doutor Sady e não do doutor Ciro – e desligou. Passaram-se, então, cerca de uns cinco minutos e o telefone, desta vez, pegou Sady em plena forma. Quando começou a ouvir outra vez que o Antenor não suportava a � sioterapia, já foi berrando: — Pode deixar! Eu já liguei prá lá e mandei suspender. O Antenor não precisa mais fazer a � sioterapia. E voltou a dormir tranquilo.

José Seligman

O segundo dia de reuniões foi destinado ao Conselho Administrativo e Fiscal da ABORL-CCF. A pauta abor-dou diversos trabalhos que serão desenvolvidos ao

longo deste e do próximo ano. Veja alguns deles:

Uma das novidades da Comissão de Comunicação para este ano você já conhece e está lendo neste exato momento: o Boletim ABORL-CCF. A nova publicação da Associação conta com 28 páginas, mais conteúdo e um visual diferente. A Comissão planeja fazer deste veículo uma grande fonte de recursos � nanceiros, com novos patrocinadores.Outra ideia é criar aplicativos focados em ORL para smar-tphones e tablets, como forma de o otorrino se manter atualizado e ter sempre à sua disposição tabelas, dissí-dios e outros itens utilizados no dia a dia. O lançamento do Tratado de ORL como aplicativo também foi discutido e deve ser colocado em prática em breve. As redes sociais da ABORL-CCF (Twitter e Facebook) também terão novidades este ano, com mais interativi-dade e conteúdo focado nos jovens otorrinos. O site da ABORL-CCF também deverá passar por mudanças.

Comunicação

CALENDÁRIO DE REUNIÕESO calendário das reuniões do Conselho Administrativo e Fiscal em 2012 já está programado e os encontros acon-tecerão nos meses de abril, agosto e novembro. Sendo o último na ocasião do 42º Congresso Brasileiro de Otorrino-laringologia, em Recife.

EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA E MODERNIDADESEm 2012, a Comissão de Educação Médica Continuada planeja fornecer a educação médica em parceria com ou-tras sociedades e especialidades, além de ampliar o foco de produtos. Para aumentar a visibilidade do Tratado de ORL em toda a América Latina, o texto deverá ser traduzido para o espanhol, estimulando colegas dos países vizinhos a conhecer melhor a nossa Associação. Aliando Medicina e alta tecnologia, a comissão planeja também disponibilizar o Boletim ABORL-CCF e alguns capítulos do Tratado ORL (em português e espanhol) para tablets, bem como a ela-boração de miniatlas e aplicativos para smartphones (com sistemas Apple e Android).Está nos planos da comissão fornecer educação para lei-gos, por meio das campanhas de conscientização sobre as principais afecções otorrinolaringológicas. São planejados também cursos para leigos, como os voltados para ins-trumentadoras e equipes técnicas de empresas de equi-pamentos, além de um canal “Fale conosco” durante o II Congresso Virtual de Otorrinolaringologia.

CENSO 2012O Censo deste ano foi reformatado e formulado especi� camente para associados efetivos/titulares e associados residentes/especializandos. Em breve, a ABORL-CCF terá um per� l completo da nossa realidade no país, inclusive comparando-a com aquela dos censos de 2002 e 2007.

PROJETO "CAMINHOS DA ORL"Este projeto pretende ser o grande meio de divulgação do nome da ABORL-CCF e da Otorrinolaringologia no ano de 2012. Uma unidade móvel estilizada levará modelos in-� áveis de ouvido, nariz e garganta por todo o país, uni� cando as campanhas. O objetivo principal será fornecer informação ao público leigo, mostrar a importância do Otorrinola-ringologista e divulgar a especialidade pelo país. O projeto está em fase � nal e deverá ser iniciado em breve.

PROJETO EPIDEMIOLÓGICO 2012Em uma iniciativa inédita em nossa Associação, este projeto de consulta aos associados, durante períodos especí� cos em cada estação do ano, tem o intuito de descrever o per� l epidemiológico (sociodemográ� co) dos pacientes com doenças relacionadas à ORL, bem como a prevalência destas como um todo e como distribuição regional e sazonal, além da correlação entre elas. As informações deste estudo poderão colaborar para um maior conhecimento destes temas e ajudar no direcionamento de atividades públicas, privadas, institucionais e pro� ssionais. Este mapeamento irá colaborar de maneira � nal para uma melhor assistência à saúde e uma infor-mação estatística continuada para os associados. Os associados da ABORL-CCF receberão um convite para participar do projeto, e aqueles que participarem integralmente das suas quatro fases terão uma grata surpresa em relação à anuidade de 2013.

COMITÊ DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICOFoi lançada em reunião a ideia da criação do Comitê de Planejamento Estratégico, de cará-ter propositivo, para fomentar o conselho Administrativo e Fiscal, de caráter deliberativo. Este comitê tem como objetivo a elaboração e a apresentação de propostas para o planejamento e metas da Associação em curto, médio e longo prazos. Ele deverá ser composto por ex-presidentes e associados com notória experiência administrativa ou acadêmica, em especial aquelas relacionadas à ABORL-CCF.Foram muitas ideias, muitos objetivos e a certeza de que a ABORL-CCF terá, em 2012, um ano de muito trabalho, com a DirEx procurando encurtar ao máximo o intervalo entre a propo-sição/aprovação e a execução, além da total con� ança da continuidade dos bons projetos.

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2Diretoria discute ações.

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2Comissão de Comunicação.

18 de janeiro2º dia

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O ronco é um problema que acomete grande parte da população e que pode prejudicar a qualidade de vida não apenas do indivíduo roncador, mas também de quem dorme ao seu lado. Desta forma, pode gerar problemas conjugais e também causar constrangimento quando o sujeito ronca perante outras pessoas. Muitas vezes o ronco está acompanhado de apneias durante o sono, piorando sua qualidade e causando prejuízos à saúde destes indivíduos. A gênese do ronco pode estar envolvida com o relaxa-mento da musculatura faríngea durante o sono. Durante a passagem do ar, a vibração dos tecidos moles farínge-os origina o ruído conhecido como ronco. Na maioria dos

ARTIGO MÉDICO

RONCO E

SAOSPor Fábio Tadeu Moura Lorenzetti

casos, o principal local desta vibração é o palato mole. A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é o distúrbio respiratório do sono mais encontrado na prá-tica otorrinolaringológica, caracterizada por colapsos recorrentes na região faríngea, geralmente associados à fragmentação e ao sono não restaurador. Também podem ocorrer hipoxemia, hipercapnia, ativação do SNA simpático, sonolência excessiva diurna, além de diversos outros sintomas e comorbidades.

PÚBLICO COMUM

A prevalência do ronco varia de 25% a 60% na popu-lação adulta, enquanto a SAOS acomete de 2% a 24% dos adultos, de acordo com os critérios utilizados para diagnóstico. O estudo de Wisconsin analisou indivíduos entre 30 e 60 anos de idade e encontrou uma preva-lência de SAOS em 4% dos homens e 2% das mulhe-res, considerando doentes os pacientes com índice de apneia-hipopneia (IAH)>5 por hora associado com sonolência excessiva diurna (SED). No entanto, quando o critério do diagnóstico foi modi� cado para presença de IAH>15 por hora, a prevalência da SAOS aumentou para 4% no sexo feminino e 9% no sexo masculino.

Finalmente, quando o critério considerado foi apenas a presença de IAH>5 por hora, a prevalência de apneia obstrutiva do sono se elevou para 9% das mulheres e 24% dos homens. Entretan-to, um estudo recente na população de São Paulo (EPISONO) realizou polissonogra� a em 1.042 voluntários e foi observada uma prevalência de SAOS em 32,8% dos participantes. Isto sugere que o número de casos desta doença está aumentando progressivamente em virtude de vários fatores, sendo o aumen-to da obesidade na população um dos principais. Além disso, esta alta prevalência encontrada aponta que possivelmente a SAOS é uma patologia subdiagnosticada.O tratamento de indivíduos portadores de ronco e SAOS é um desa� o, pois existem várias opções terapêuticas e os resultados são muito variáveis. O sucesso de cada tratamento depende muito da escolha adequada e individualizada para o paciente.

Em virtude destes desa� os no diagnóstico e no tratamento dos pacientes com ronco e SAOS, cada vez mais os otorri-nolaringologistas procuram aprofundar o conhecimento na área de Medicina do Sono. Este é um fato muito positivo, pois além da especialidade já estar familiarizada com as vias aéreas superiores, ela é capaz de oferecer tanto os tratamentos clínicos quanto os procedimentos cirúrgicos a estes pacientes, desde que haja indicação para isso.

Um estudo recente na população de São Paulo (EPISONO) realizou polissonogra� a em 1.042 voluntários e foi observada uma prevalência de SAOS em 32,8% dos participantes. Isto sugere que o número de casos desta doença está aumentando progressivamente.

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16 BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012 17BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012

2Dr. Marcelo Hueb e Dr. Florisval Meinão.

2Dr. Marcelo Hueb e família.2Dr. Ricardo Bento, Dr. Paulo Pontes, Dr. Marcelo Hueb, Dr. José Eduardo Dolci e Dr. Luc Weckx.

2Ex-presidente da ABORL-CCF Dr. José Eduardo Dolci discursa durante a cerimônia.

2Dr. Marcelo Hueb e Dr. Marcelo Piza.2 Dr. Kléber Falcão Rebelo, Dr. João Vianney Brito de Oliveira, Dr. Marcelo Hueb e Dr. Jorge Augusto Hecker Kappel

“Somente se estivermos juntos poderemos fazer frente aos desa� os" – Dr. Florisval Meinão, otorri-nolaringologista, representante da Associação Paulista de Medicina.

“Temos a certeza de que será uma gestão próspera. Você, Marcelo, tem o per� l de um homem � rme, generoso e capaz" – Dr. Márcio Fortini, represen-tante da Associação Médica de Minas Gerais.

“Ser médico é servir" – Dr. Marcelo Hueb, presidente da ABORL-CCF.

“Como diria o escritor português Sidónio Muralha: 'Parar. Parar não paro / Esquecer. Esquecer não esqueço / Se carácter custa caro / pago o preço'. Vamos ver, Marcelo. Sucesso e parabéns" – Dr. Acir Karwoski, pró-reitor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).

NOTÍCIAS ESPECIAL

UM POUCO DE LEITE NO CAFÉ PAULISTA: Dr. Marcelo Hueb toma posse como presidente da ABORL-CCFDurante cerimônia realizada em São Paulo, o uberabense foi consagrado ao cargo máximo da associação e cunhou a expressão que simboliza o momento de abertura e interiorização da administração da entidade.

Na noite de 18 de janeiro, foi realizada a cerimônia de posse do novo presi-dente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, Dr. Marcelo Hueb, na sede da Associação, em São Paulo (SP).

Cerca de 200 pessoas participaram da solenidade, que contou com a presença de convidados ilustres.Após as homenagens, o Dr. Marcelo Hueb deu início ao discurso, agradecendo aos familiares, amigos e colegas de pro� ssão, além de comentar sobre a impor-tância da Associação em sua trajetória. "Esse é um momento simbólico para nossa Associação, mas de grande importância no meu caminho. Um caminho de emoção, [...] de uma educação forte, pautada em valores morais e éticos, que pude exercitar bastante na Otor-rinolaringologia e, em especial, nesta casa, uma casa na qual eu me sinto bem e em família. Eu vejo aqui inúmeros rostos que muito prezo: rostos familiares de sangue, [...], rostos de amigos que eu � z na vida, na Otorrinolaringologia e nesta casa: minha família ampliada".

PLANOS E METAS

“Saúde não é tudo, mas, sem ela, o resto é nada" – Dr. Luc Weckx, otorrinolaringologista, represen-tante da Associação Médica Brasileira (AMB).

“O começar é a parte mais importante de qualquer trabalho. Não chegaremos a lugar nenhum se não dermos o primeiro passo. Faço então o especial convite: que caminhemos juntos nessa nova jornada" – Dr. Odílio Ribeiro, representando o deputado federal Saraiva Felipe.

“Ao � nal da jornada, durante a qual nos dedicamos a cumprir os compromissos assumidos, há dois senti-mentos: de tranquilidade e de dever cumprido" – Dr. José Eduardo Lutaif Dolci, ex-presidente da ABORL-CCF.

PASSAGENS MARCANTES DA CERIMÔNIA:

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2Dr. Marcelo Hueb, novo presidente da ABORL-CCF.

Discursos marcantes, sucessão na ABORL-CCF, política médica e governa-mental. Marcelo ousou e falou da importância da opção paterna pela Medicina e ressaltou a harmonia que cultiva e desfruta na Otorrinolaringologia e, como bom mineiro, falou da importância de se misturar “um pouco de leite neste café paulista”, simbolizando o momento de abertura e interiorização da política admi-nistrativa da Associação.Hueb citou que, em sua gestão, pretende desenvolver projetos para maior es-clarecimento da população leiga, da Educação Médica Continuada e em Defesa Pro� ssional, homenageando o passado e valorizando o planejamento estraté-gico para o futuro. “Com a força da nossa Associação, procuraremos estabelecer, cada vez mais, laços com as entidades representativas da Medicina e com as esferas públicas do poder, para que nós possamos exercer o que sempre almejamos em termos de saúde: não necessariamente ser médicos, mas ajudar ao próximo”, declarou o presidente.Antes mesmo de terminar seu discurso, recebeu inúmeros aplausos e em se-guida agradeceu a presença de todos ao lado dos membros da sua diretoria.Diferente das tradições mineiras, que dizem que “onde tem poeira, vá na frente; onde tem barro, vá atrás; onde tem porteira, vá no meio”, o presidente enfatizou: "Aqui caminhamos todos juntos!"

“Marcelo foi meu aluno. Um aluno brilhante, da paz. Transfere con� ança, amiza-de e carinho aos pacientes, aspectos sagrados do verdadeiro médico" – Dr. Paulo Miguel de Mesquita, vice-prefeito de Uberaba.

“Esse é o momento de redobrarmos a nossa esperança, e a esperança está calcada nos pro� ssionais de saúde. [...] Aqui temos o exemplo vivo desses pro� ssionais, representados pela associação" – Dr. Marcos Montes, deputado federal.

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18 BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012 19BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012

ARTIGO MÉDICO

Em primeiro lugar, é importante de� nir corretamen-te o termo “epistaxe”. Todo sangramento que se exterioriza pelas fossas nasais é chamado de

“hemorragia nasal”. Ele pode ser proveniente das fossas nasais, seios paranasais, tuba auditiva, nasofaringe ou mesmo da base do crânio. Porém, apenas os sangra-mentos que têm origem na mucosa nasal propriamente dita são de� nidos como “epistaxe”. Eles representam sempre uma alteração na hemostasia normal da mucosa nasal, podendo ser causados por perda de integridade vascular, anormalidades na mucosa nasal ou alterações de fatores de coagulação.Em termos de frequência, as epistaxes são extremamen-te comuns, estimando-se que até 60% da população irá apresentar ao menos um episódio durante a vida. Felizmente, a imensa maioria dos casos é autolimitada e apenas cerca de 6% irão necessitar de cuidados mé-dicos. Ainda em termos epidemiológicos, os casos de epistaxe não apresentam predileção por gênero, afetan-do igualmente homens e mulheres. Podem acontecer em qualquer idade, mas são mais comuns nas crianças (devido à fragilidade da mucosa e à manipulação digital) e nos idosos (devido a doenças associadas e ao uso de medicações anticoagulantes).Quando muito intensas ou recorrentes, as epistaxes podem trazer grande morbidade aos pacientes, sendo a principal urgência otorrinolaringológica em termos de frequência e potencial gravidade.

Por Fabrízio Ricci Romano

Epistaxe

As epistaxes são extremamente comuns, estimando-se que até 60% da população irá apresentar ao menos um episódio durante a vida.

O paciente com epistaxe deve ser tratado como um paciente politraumatizado, seguindo os princípios de permeabilidade de vias aéreas e controle das condi-ções hemodinâmicas. É essencial a observação dos sinais vitais, como pulso, coloração das mucosas, pressão arterial, frequência respiratória e estado de consciência. Em casos mais graves, o paciente pode estar em choque hemorrágico, e a reposição de � uídos e sangue deve ser imediata para a manutenção da vida do paciente.A quanti� cação do sangue perdido pelo paciente é importante, e pode ser realizada por meio da anam-nese e de alguns parâmetros como número de lenços sujos, de toalhas encharcadas etc.Caso o paciente estiver hemodinamicamente estável, devemos identi� car se o sangramento está ativo ou inativo. Lembrando que o sangramento pode estar se exteriorizando tanto pelas fossas nasais como pela rinofaringe, sendo visível através de uma oroscopia.Em casos de sangramento ativo, o primeiro passo é a contenção da hemorragia. A colocação de algodões embebidos em solução vasoconstritora com algum anestésico local (como adrenalina e lidocaína, por exemplo) costuma ser efetiva neste controle inicial e a anestesia da fossa nasal já é útil caso haja necessi-dade de algum outro procedimento posteriormente. Nunca é demais lembrar que em pacientes com al-terações cardiovasculares, o uso de vasoconstritores deve ser realizado com o devido cuidado, pesando o custo-benefício.Em seguida, devemos realizar a anamnese do pacien-te. Abaixo destacamos alguns pontos fundamentais:

Tipo de sangramento: se é um episódio único ou re-corrente, a intensidade e se é anterior ou posterior. De forma geral, sangramentos unilaterais sugerem fatores locais, e sangramentos bilaterais, fatores sis-

ABORDAGEM AO PACIENTE

têmicos na origem do sangramento;

Idade: sangramentos discretos em crianças têm sua origem mais comumente por manipulação digital. Outra causa comum é a presença de corpos estra-nhos. Sangramentos de maior monta ou recorrentes em adolescentes do sexo masculino levantam a hipótese de nasoangio� broma juvenil. Pacientes idosos sugerem doenças crônicas e outros tumores;

Uso de medicamentos: inquirir sobre o uso de subs-tâncias anticoagulantes ou antiagregantes plaque-tários, especialmente o ácido acetilsalicílico. Alguns alimentos também podem inibir a coagulação, como alho, gengibre e outros;

Doenças associadas: sangramentos recorrentes em outras partes do corpo, especialmente gengivas, coagulopatias, doenças hematológicas e doenças in� amatórias nasais. Pacientes com rinite em uso de corticosteroides tópicos nasais podem apresentar epistaxe por lesão em septo anterior causada pelo jato do medicamento. O correto é que ele seja dire-cionado para a parede lateral do nariz;

História de trauma nasal: fraturas, cirurgias prévias, manipulação digital;

Gravidez: em gestantes, pode ocorrer a formação de granuloma piogênico de septo nasal, causando epistaxes recorrentes de moderada intensidade. O tratamento costuma ser expectante e a lesão tende a desaparecer após o parto;

História familiar: doenças hereditárias, como a telan-giectasia hemorrágica hereditária, em que há múltiplas telangiectasias em mucosas e se manifesta com epis-taxe e sangramentos orais e intestinais; hemo� lias.

No exame físico, é importante a inspeção em busca de lesões cutâneas, como petéquias, hematomas ou púr-puras, que podem sugerir disfunções plaquetárias; e da presença de telangiectasias em mucosas, sugerindo a síndrome de Osler-Rendu-Weber.O próximo passo é a realização do exame otorrinolarin-gológico. Na rinoscopia anterior, realizada com espécu-lo nasal e fonte de luz, procuramos identi� car o local de origem do sangramento. Em casos de epistaxe anterior, o ponto sangrante costuma ser facilmente observado. Por vezes, é necessária a limpeza dos coágulos da fossa nasal através de aspiração ou remoção cuidado-sa. Além disso, observamos também outras possíveis alterações nasais que podem contribuir com o quadro, como desvios septais, crostas, áreas cruentas, sinusi-tes, rinites, tumores, pólipos etc.

PRÓXIMOS PASSOS

EXAMES COMPLEMENTARES

Quando o local sangrante não é observado através da rinoscopia an-terior, podemos lançar mão da naso� broscopia, que é a introdução de uma � bra óptica � exível, permitindo a inspeção completa das fossas nasais. Devemos avaliar a região do septo nasal, conchas nasais, me-atos, região da base do crânio e rinofaringe em busca da origem do sangramento.

A realização de hemograma completo é importante para inferir o grau do sangramento por meio dos níveis de hemoglobina e do hematócrito, além de pesquisar doenças como leucemias ou púrpuras trombocitopênicas. O coagulograma pode ajudar a identi� car coagulopatias, principalmente em casos crônicos ou recorrentes. Endoscopia digestiva alta e/ou broncoscopia podem ser realizadas para o diagnóstico diferencial com sangramentos que tenham origem nas vias digestórias ou respiratórias. A tomogra� a computadorizada é o exame de escolha em casos de traumatismo cranioencefálico e também muito útil na avaliação de doenças nasais e paranasais associadas, como desvios sep-tais, sinusopatias, tumores etc.A ressonância magnética é utilizada em casos de tumores e em traumas quando há suspeita de herniação de tecido cerebral para as fossas nasais.

EXAMES COMPLEMENTARES

Introdução de uma � bra óptica � exível, permitindo a inspeção completa das fossas nasais.

A tomogra� a computa-dorizada é o exame de escolha em casos de traumatismo cranioen-cefálico.

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ANATOMIA

Aproximadamente 90% das epistaxes são provenientes da região anterior do septo nasal, uma área conhecida como zona de Kiesselbach. Isto porque nesta região temos uma rica rede anastomótica de ramos das artérias esfe-nopalatina, etmoidais anterior e posterior, palatina maior e labial superior. Além disso, esta área está mais exposta ao � uxo de ar e consequente formação

de crostas, além de ser facilmente acessível a traumas digitais. As epistaxes anteriores costumam ser de simples contro-le, já que são facilmente abordadas para cauterizações ou tamponamentos.As epistaxes posteriores normalmente envolvem ramos da artéria esfenopalatina e são bem mais raras. Seu controle é mais difícil, muitas vezes demandando inter-venções cirúrgicas e em 25% dos casos os pacientes necessitam de transfusões sanguíneas.

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20 BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012 21BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012

Para investigação mais detalhada dos vasos, pode ser realizada uma angiores-sonância. Na suspeita de aneurismas, tumores vas-culares ou para a realização de emboliza-ção, pode ser indicada uma arteriogra� aA ressonância magnética é utilizada em casos de tumores e em traumas quando há suspeita de herniação de tecido cere-bral para as fossas nasais. Para investiga-ção mais detalhada dos vasos, pode ser realizada uma angioressonância. Na suspeita de aneurismas, tumores vas-culares ou para a realização de emboliza-ção, pode ser indicada uma arteriogra� a.

Quando observamos um ponto sangrante único, em septo anterior, normalmente decorrente de alguma ectasia vascular, podemos proceder com a cauterização do vaso hemorrágico. Esta cau-terização pode ser química, com a utilização de nitrato de prata ou ácido tricloroacético. É im-portante cauterizar ao redor do vaso inicialmente para diminuir o aporte sanguíneo e só então realizar a cauterização do vaso em si, para evitar que ele se rompa e piore o sangramento. Outro cuidado é evitar o excesso da substância cau-terizante para que ela não escorra e provoque queimaduras no vestíbulo nasal ou nos lábios. Em casos de maior intensidade, pode ser reali-zada também cauterização elétrica. Pode ocorrer perfuração septal com a cauterização, principal-mente em casos de múltiplas cauterizações ou cauterizações bilaterais.

TRATAMENTO

No tratamento, é importante evitar o excesso da substância cauterizante para que ela não escorra e provoque queimaduras no vestíbulo nasal ou nos lábios.

TAMPONAMENTO

Quando o sangramento é difuso, ou quando não obtemos sucesso na cauterização, o tamponamento nasal é uma alternativa para a contenção da hemorragia. Há basicamente dois tipos de materiais para tamponamento:Substâncias absorvíveis: Surgicel, Gelfoam. Utilizadas em sangra-mentos de menor intensidade. São colocadas nas fossas nasais e reabsorvidas lentamente ao longo de alguns dias, não sendo necessária sua remoção. Ideais para pacientes com alterações de coagulação, já que nestes o ato de retirar algum tamponamento poderia traumatizar a mucosa nasal, levando a novo sangramento;Substâncias não absorvíveis: Neste subitem temos diversos mate-riais que podem ser utilizados com a � nalidade de ocluir de forma compressiva o sítio sangrante. Estes materiais devem sempre ser retirados, de modo que o ideal é que não permaneçam por perío-dos superiores a 48h-72h pelo risco de infecção bacteriana secun-dária ou mesmo choque tóxico.

Dedo de luva: É o mais simples e barato, facilmente encon-trado. Corta-se um dedo de luva de látex e insere-se uma ou duas gazes em seu interior (a depender do tamanho da fossa nasal do paciente). Após analgesia do local e lubri� cação do dedo de luva, o tampão é introduzido seguindo uma linha paralela com o assoalho da fossa nasal (e não o dorso nasal). Desvios septais ou outras alterações nasais podem di� cultar a introdução. O tampão deve ser � xado externamente, com uma sutura de algodão ou nylon ancorada em uma gaze posicionada externamente às narinas para evitar aspiração do tampão;

Rayon ou gazes furacinadas: Neste caso, o tampão é introdu-zido com uma pinça baioneta e vai-se “sanfonando” a gaze do assoalho da fossa nasal em direção ao teto. É essencial

levar a gaze até a região das coanas para garantir um tam-ponamento efetivo. Ao � nal, a ponta da gaze permanece exteriorizada pela narina e é � xada à pele com esparadrapo ou micropore;

Merocel e similares: São substâncias que facilitam a introdu-ção nas fossas nasais por estarem comprimidas, mas após a hidratação, expandem-se, realizando o tamponamento. Muito práticas, entretanto, têm como desvantagem o custo. Existem modelos com cânulas no meio, para permitir certo grau de passagem de ar pelo tampão.

Em casos nos quais a origem do sangramento é mais pos-terior, os tamponamentos relatados acima podem não ser efetivos e temos que lançar mão dos tamponamentos ante-roposteriores. Estes têm maior morbidade, além de serem mais incômodos ao paciente. O mais utilizado é a sonda vesical tipo Foley. Primeiramente é amarrado um cordonê ou algodão zero na ponta da sonda. Depois, ela é inserida através da fossa nasal até sua visibilização na orofaringe, e então tracionada pelo cordonê para impactar na coana. Realizamos, então, o tamponamento anterior com uma das técnicas descritas acima e � xamos o cordonê em uma gaze

na narina, com tração, mas não excessiva para evitar necrose de asa nasal. Felizmente, a imensa maioria dos sangramentos não necessita de tamponamento posterior.

Caso haja falha no controle do sangramento com o tampona-mento, ou em casos recorrentes, podemos lançar mão das ligaduras arteriais. O ideal é que estas ligaduras sejam feitas sempre o mais distalmente possível, ou seja, o mais próximo possível do ponto sangrante, para evitar a ocorrência de circu-lação colateral. As cirurgias são realizadas por via endonasal com o auxílio de videoendoscopia.A maioria das epistaxes é originada no território da artéria esfenopalatina. Portanto, na abordagem cirúrgica, nos casos em que não vemos o ponto exato de origem do sangramento, optamos pela ligadura desta artéria. Ela emerge na fossa nasal através do forâmen esfenopalatino, que se localiza na região da cauda da concha média e é facilmente acessado com o des-colamento de um pequeno � ap mucoso. É um procedimento simples, rápido e que apresenta alta efetividade (92%). A artéria pode ser ligada com � os, clipes vasculares ou cauterizada com cautério bipolar e então seccionada. A maioria dos casos de falha ocorre por não ligadura de algum dos ramos da artéria, já que ela pode emergir do forâmen como um tronco único ou como várias subdivisões, ou até apresentar ramos acessórios com foramens próprios. Caso a cirurgia tenha sido tecnicamente satisfatória e o sangra-mento persistir, ele deve ser suprido pelas artérias etmoidais, especialmente a anterior, que é mais calibrosa. A ligadura da artéria etmoidal pode ser realizada por via endoscópica, apesar de ser tecnicamente mais trabalhosa, ou por via externa. Outras opções menos utilizadas são a ligadura da artéria maxilar por abordagem transantral e a ligadura da artéria carótida externa.

CIRURGIA

A embolização arterial está indicada quando houver falha no tratamento cirúrgico, ou quando a cirurgia está contraindicada, seja por problemas clínicos do paciente ou falta de instrumen-tal/experiência para o acesso cirúrgico.Após a cateterização percutânea da artéria femoral sob anes-tesia local, chega-se à artéria maxilar e seus ramos, que po-dem ser obliterados com álcool polivinil, partículas de Gelfoam ou microesferas Dextran. As vantagens dessa técnica são a localização da região do sangramento, obliteração dos vasos distais e a não necessidade de anestesia geral, podendo ser repetido se necessário.Porém, este procedimento não é isento de riscos, que ocorrem em cerca de 17% dos casos. Os mais comuns são: hematoma femoral, lesão do nervo femoral, trismo, amaurose, paralisia facial, hemiplegia, necrose da pele e do tecido celular subcutâ-neo e acidente vascular cerebral.São limitações à embolização os sangramentos provenientes das artérias etmoidais (ramos da carótida interna não acessíveis) e pacientes com doença aterosclerótica em carótidas.

EMBOLIZAÇÃO

Caso haja falha no controle do sangramento com o tampona-

Na suspeita de aneurismas, tumores vasculares ou para realização de embolização, pode estar indicada uma arteriogra� a.

Quando observamos um ponto sangrante único, em septo anterior, podemos proceder com a cauteriza-ção do vaso hemorrágico.

2Fixamos o cordonê em uma gaze na narina, com tração,

mas não excessiva para evitar necrose de asa nasal.

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HISTÓRIA DA

ORLA partir desta edição do Boletim ABORL-CCF,

você vai viajar no tempo e conhecer (ou relembrar) fatos que marcaram a especialidade no Brasil e no

mundo. Começamos com uma grande história contada pelo célebre Dr. Lídio Granato, sócio remido da

Associação e um dos maiores nomes da ORL no país. Ele fala sobre os primórdios da especialidade em SP, a fundação das maiores faculdades de Medicina e os

médicos que ajudaram a construir o que existe nos dias atuais.

PIONEIROS DA OTORRINOLARINGOLOGIA NA CIDADE DE SÃO PAULOPor Lídio Granato

Até meados do século XIX, a cidade de São Paulo ainda continuava com muita carência de serviços médicos. Como não

se conhecia as causas das doenças e não havia hospitais nem grandes possibilidades de cura, os ricos tratavam-se em casa.As instituições médicas auxiliavam pessoas fazen-do caridade, acolhendo desabrigados, além de ser o lugar para o qual as pessoas iam para morrer. Outra função do hospital seria a de isolar pessoas com doenças contagiosas e doentes mentais, que poderiam trazer transtornos à vida da cidade.

Em 1880, foi inaugurado o hospital de isolamento Emílio Ribas, colocado longe do aglomerado urba-no, na estrada do Araçá, hoje Avenida Dr. Arnaldo. A chegada de muitos imigrantes e a industrializa-ção, com novas atividades, exigiam o surgimento de centros para atender toda esta demanda.O primeiro hospital construído na cidade foi a Bene� cência Portuguesa, em 1859, para atender parte da colônia que morava em São Paulo e imigrantes recém-chegados. A seguir, surgiram hospitais públicos, privados e � lantrópicos.

Depois da descoberta do bacilo da tuberculose por Robert Koch, em 1882, e dos trabalhos de Pasteur, que trouxeram grande progresso para a microbiologia, a situação começou a mudar. Diferentes colônias foram montando seus hospitais, como o Humberto Primo, dos italianos, em 1878; o hospital da Sociedade Alemã, em 1897 (hoje Oswaldo Cruz); a Sociedade Síria (atual Sírio-Libanês); e os japoneses, com o Santa Cruz, entre outros.Em 1896, surge a Policlínica de São Paulo, que � cava na esquina da Rua Direita com a XV de No-vembro. Ali trabalharam os primeiros otorrinos de que se tem notícia: o professor J.J. da Nova, que tinha formação europeia, e o Dr. Bueno de Miranda, que também atuava na Santa Casa de São Paulo, mesmo antes da instalação da Faculdade de Medicina e Cirurgia. A primeira realização de adenoidectomia no nosso meio é imputada ao primeiro, e ao segundo, a primeira hemilaringecto-mia, apesar da precariedade do material cirúrgico da época.Ainda na Policlínica de São Paulo, passados alguns anos após a sua fundação, trabalharam como assistentes o Dr. Antonio Paula Santos (1920) e o Dr. Hugo Ribeiro de Almeida. Este último chegou posteriormente a che� ar o serviço por dez anos. Estagiou na Clínica de Julius Lampert em Nova York e, de volta a São Paulo, difundiu a técnica da fenestração para tratamento da otosclerose. O grande impulso veio mesmo com a fundação da Faculdade de Medicina e Cirurgia, em 1912, atual Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Este era um antigo anseio dos médi-cos paulistas. Para o cargo de diretor da Escola recém-formada, foi nomeado o Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, homem dinâmico e de grande visão.

1859ANO DE INAUGURAÇÃO DO PRIMEIRO HOSPITAL DE SÃO PAULO.

Dr. Arnaldo A AVENIDA, UMA DAS MAIS MOVIMENTADAS DE SP, É UMA HOMENAGEM AO FUNDADOR DA FMUSP.

Logo no ano seguinte, em abril de 1913, iniciava-se o ensino médico com a primeira turma de alunos da Faculdade. Toda a parte clínica do curso se desenvolveu nas instalações da Santa Casa, enquanto aguardava-se a construção do Hospital das Clínicas, que só foi inaugurado em 1944. Para professores de Otorrinolaringologia, foram chamados o Dr. Henrique Lindenberg como titular e o Dr. Adolpho Schmidt Sarmento como assistente. Ambos haviam estudado em Berlim e em Viena com os grandes mestres da época, como Seiffert, Hajek, Von Eicken, Schüller e outros.Sarmento substituiu Lindenberg e foi o primeiro a fazer a amig-dalectomia pelo método de Sluder-Ballenger. Lindenberg havia operado mais de 50 mastoidectomias no curto período em que dirigiu a Clínica.Ambos, titular e assistente, foram afetados pela mesma doença renal e faleceram relativamente cedo, em 1928 e 1939 respecti-vamente.

O Dr. Mário Ottoni de Rezende substituiu de fato o Dr. Schmidt Sar-mento, já que era interino há algum tempo pela saúde precária do titular, e deu um incentivo enorme à Clínica de Otorrino. Em 1939, passou a atender os pacientes no recém-inaugurado prédio dos Ambulatórios. Era um homem de formação sólida, tendo também estagiado em Berlim e em Viena.Publicou inúmeros trabalhos e livros e organizou as primeiras jor-nadas de otorrinos, em 1926 e 1936, com a presença de colegas dos países vizinhos. Estes encontros precederam o 1° Congresso Brasileiro de ORL, em 1938, no Rio de Janeiro.Foi também fundador e editor da primeira revista da especialidade, em 1933, inicialmente denominada “Revista Paulista de Otorrino-laringologia”, junto com seu concunhado, Dr. Homero Cordeiro. Posteriormente, quando da criação da Federação Brasileira das Sociedades de Otorrinolaringologia, a revista passou a se chamar “Revista Brasileira de Otorrinolaringologia”.

YAv. Dr. Arnaldo, na Zona Oeste, em SP.

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A Escola Paulista foi fundada em 1933 e ofereceu grandes nomes no início da especialidade, sendo o professor Paulo Mangabeira Albernaz um dos grandes pioneiros da Otorrinolaringologia. Baiano, trabalhando em Campinas, foi convidado a che-� ar o Serviço de Otorrino da nova Escola. Pedro Luiz Mangabeira Albernaz, formado em 1955, fez estágio em St. Louis com o Dr. Walsh. Pode ser considerado pioneiro pelos trabalhos realizados em orelha interna e principalmente por ter pra-ticado o primeiro implante coclear no Brasil, em 1978. O curso de pós-graduação por ele che� a-do na Escola Paulista de Medicina, no nível de mestrado e doutorado, conseguiu titular médicos de todo o Brasil. Pedro Luiz conseguiu formar um grupo de jovens que se sobressaiu em todos os setores da especialidade. Menção a Nelson Cruz, com boa formação mé-dica, tendo frequentado vários serviços, desde a Escola Paulista até a Santa Casa, em 1949, durante seis meses. Frequentou também serviços do Prof. Georges Portmann, na França, em 1961. Em 1939, após a morte de Sarmento, que era o titular da cadeira, o cargo, por um acordo político, foi ocupado por Antonio de Paula Santos, que veio a constituir um novo grupo que, em 1944, passou a ocupar o novo prédio da Avenida Dr. Arnaldo, onde funciona atualmente a Faculdade de Medicina da USP. O grupo liderado por Mário Ottoni continuou na Santa Casa, como vinha atuando desde o início da fundação da Faculdade.O professor Paula Santos tinha como assisten-tes o Dr. Raphael da Nova, Dr. José Freire Mat-tos Barretto e Dr. Jayme Campos. Este último faleceu cedo e ocupou seu lugar o Dr. Plínio Mattos Barretto.Raphael da Nova, assim como o pai, J.J. da Nova, estudou na Europa e veio a se tornar chefe do serviço em 1956, com a aposentadoria de Antonio Paula Santos.

O Dr. José Rebello Neto foi o primeiro cirurgião plástico de São Paulo e o Dr. Mário Graziani, dentista, trabalhou muito nas afecções odontogênicas envolvendo a região maxilar. Foi o precursor da cirurgia bucomaxilofacial. Ambos também � zeram especialização no exterior. O Dr. Plínio Mattos Barretto, que foi o pioneiro da endoscopia pero-ral, chegou ao Brasil em 1937, retornando da Escola de Chevalier Jackson, da Filadél� a, e pode ser considerado como o responsável pelo fato de a broncoesofagoscopia ter se tornado uma espe-cialidade autônoma. Teve dois discípulos que trouxeram grandes contribuições à especialidade: Dr. Arruda Botelho, chefe do Serviço de Endoscopia da Escola Paulista de Medicina, e Dr. Jorge Barreto Prado, que durante anos foi o responsável por este setor na Santa Casa.Jorge Fairbanks Barbosa trabalhou com Mário Ottoni e, posterior-mente convidado por Antonio Prudente, dirigiu-se para o Hospital do Câncer, onde fez uma carreira brilhante. Estagiou nos Estados Unidos e chegou a escrever e publicar livro no país. Ângelo Mazza teve sua formação básica na Santa Casa e depois foi contratado para trabalhar na Escola Paulista de Medicina, quando foi fundada, em 1933. Durante toda sua vida dedicou-se ao ensino de alunos e residentes da Escola. Foi o primeiro assistente do pro-fessor Paulo Mangabeira Albernaz, substituindo-o quando este se aposentou pela compulsória.Outros nomes que compunham a equipe de Mario Ottoni e que ti-veram participação importante nos eventos da especialidade foram: Roberto Oliva, que seria o subchefe, com formação austríaca com os professores Neumann e Alexander, Francisco de Paula Hartung, Ernesto Moreira, Silvestre Passy, Silvio Ognibene, e outros mais. A Clínica atraía nessa época interessados de todos os Estados do Brasil em busca de conhecimentos da especialidade.Entre os mais jovens deste período, destaca-se o Dr. Rezende

Durante a sua gestão, teve o mérito de estimular seus assistentes a desenvolver áreas da Otorrinolaringologia que hoje constituem verdadeiras especialidades.

O INÍCIO

CÉLEBRES

DAS ESPECIALIDADES

NOMES

Barbosa, de grande inteligência e com um importante trabalho na modernização da Clínica. Entusiasta da cirurgia otológica, foi um dos pioneiros na cirurgia do tratamento da otosclerose, mesmo que na época não contasse com microscópio de grande e� ciência. Iniciou as técnicas para avaliação auditiva, tendo recebido prêmio por seu trabalho neste sentido. Substituiu seu tio e sogro, Mário Ottoni de Rezende, em 1953.Dr. Mauro Candido de Souza Dias substituiu o Dr. Rezende Barbosa em 1969. Bom cirurgião, trabalhou ao lado de Homero Cordeiro no Hospital Matarazzo e depois se transferiu para a Santa Casa na gestão de Mario Ottoni. Criou e ministrou aulas na Faculdade de Fonoaudiologia da PUC. Deixou a che� a em 1975, substituído por Otacílio Lopes, que remodelou toda a Clínica e continua atuando até o presente momento. Foi o introdutor da impedanciometria no Brasil.Devemos lembrar os nomes de colegas que trabalhavam no Hospital Humberto Primo, como Cincinato Leme Ferreira, formado na Suíça, e Homero Cordeiro, que estagiou em Berlim e Viena, retornando a São Paulo por volta de 1920 com importantes novidades do velho mundo.

Finalizando, vale a homenagem aos médi-cos pioneiros da Santa Casa de São Paulo, que este ano completa 100 anos da funda-ção da Faculdade de Medicina e Cirurgia, onde tudo se iniciou, e que serviu de berço

Como assistentes, o grupo contava com Lamartine de Paiva, Elias Mansur, Antônio Prudente Corrêa (falecido em 1964 e substituído pelo livre docente Aroldo Miniti), Décio Mion, Moyses Cutin e Sílvio Marone, sendo que estes últimos vieram a che� ar outros serviços, como o do Hospital do Servidor Estadual e o de Sorocaba, respecti-vamente. Lamartine de Paiva, formado em 1947, substituiu o Prof. Raphael da Nova e, na se-quência, foi sucedido por Aroldo Miniti, que conseguiu formar uma equipe bastante grande e com pro� ssionais de alto nível.

HONRARIASpara as demais Faculdades de São Paulo. Aqueles primeiros professores, com di� -culdades de todo empreendimento inicial, souberam levar adiante um trabalho de alto nível, sempre acompanhando o progresso

ESPECIAL ABORL-CCF

da Otorrinolaringologia mundial e deixando uma base sólida para que as novas gera-ções continuassem aprimorando e elevando cada vez mais o conceito da nossa espe-cialidade. Desde o início das atividades da especia-lidade, a Associação Paulista de Medicina teve um trabalho de muito valor na tentativa de união da classe e na busca de seu de-senvolvimento técnico e cientí� co.

2Escola Paulista de Medicina, em SP.

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POR DENTRO DA ABORL-CCF

A partir desta edição, você, associado, conhecerá um pouco mais sobre os trabalhos realizados por cada departamento da ABORL-CCF. Serão artigos escritos pelos responsáveis de cada setor, que terão

espaço para falar sobre como é o trabalho, quais as metas, objetivos e o que está sendo realizado. Essa é uma forma de você conhecer melhor

cada área interna da Associação e saber qual é aquela que pode te ajudar e esclarecer as dúvidas do dia a dia. Conheça a seguir o

Departamento de Captação.

CONHECENDO A

ABORL-CCF

DEPARTAMENTO DE CAPTAÇÃOABORL-CCF

Prezado(a) Associado(a),

É com grande satisfação que inauguramos este espaço, idealizado pela atual gestão, para que os Associados ABORL-CCF possam conhecer melhor cada departamento e de que modo cada funcio-nário atua no seu dia a dia, a fim de contribuir para o crescimento da nossa Associação. Eu, Cláudia Cristina Varandas de Souza, sou a responsável pelo Departamento de Captação e, de um modo geral, minhas funções giram em torno do relacionamento com as empresas parceiras, com o intuito de obter recursos para a manutenção das atividades promovidas pela ABORL-CCF por meio da viabilização de espaços

BJORLBrazilian Journal of Otorhinolaryngology: nossa consagrada re-vista cientí� ca oferece às empresas diversos tipos de espaços para divulgação por meio de anúncios. É sem dúvida a mais importante publicação cientí� ca da área de ORL no Brasil;

BOLETIM ABORL-CCF (ANTIGO JORNAL DO OTORRINO/JORNAL

ORL)

Veículo que traz matérias relevantes do setor de ORL, notícias, acontecimentos e agenda de eventos; também abre espaços para divulgação por meio de anúncios;

EVENTOS ABORL-CCFAo longo do ano são promovidos eventos especí� cos na área,

além do já tradicional Congresso Brasileiro de Otorrinolarin-gologia e Cirurgia Cérvico-Facial, onde as empresas parceiras encontram diversas modalidades de patrocínio, conforme a estratégia de cada uma;

EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA PRESENCIAL NA SEDE DA ABORL-CCF, ITINERANTES E INTERNET: O OTO WEB e o Congresso Online terão destaque em 2012 no que diz respeito à educação médica continuada via inter-net. Também são realizadas atividades como o curso de Polis-sonogra� a, o PPA – Projeto Próteses Auditivas –, Pro-Ar, além de outras novidades com temas bastante especí� cos. Em todas estas atividades, as empresas parceiras também terão a oportunidade de expor suas marcas.

NOVAS AÇÕES

Recentemente inauguramos mais uma forma de parceria com a utilização do Auditório da ABORL-CCF. Localizado em nossa sede, na cidade de São Paulo, este moderno e bem-equipado espaço comporta até 90 pessoas para a realização de eventos cientí� cos, além de possuir área de exposi-ção e confraternização.

90 PESSOASÉ A CAPACIDADE DO AUDITÓRIO DA ABORL-CCF

Para que as ações realizadas pela ABORL-CCF continuassem a ser mantidas com a mesma qualidade de sempre, a Diretoria que aca-bou de assumir a gestão 2012 iniciou precocemente, já em 2011, um ciclo de encontros com nossos principais parceiros comerciais, nos quais tivemos a oportunidade de apresentar em detalhes cada produto, proporcionando às empresas a oportunidade de direcio-nar, de forma clara e efetiva, suas estratégias de marketing. Foram reuniões personalizadas e produtivas nas quais pudemos notar um grande interesse, por parte das empresas, em levar ao associado programas de Educação Médica Continuada de qualidade, que enriquecem o dia a dia do médico, promovendo a atualização cien-tí� ca, um dos pontos primordiais da nova gestão. Estes encontros com nossos parceiros serão mantidos para que possa � car bem clara a importância que cada empresa possui para a ABORL-CCF. Aproveito aqui para agradecer a cada empresa por todo apoio e parceria que nos tem concedido em tudo o que ideali-zamos e realizamos.Também faz parte das minhas atividades a coordenação do Cartão de Identidade ABORL-CCF, que é a identi� cação do associado, po-dendo ser utilizado tanto em atividades promovidas pela ABORL-CCF, algo que facilita o ingresso nas secretarias de eventos, como também oferece benefícios e vantagens aos associados na aquisi-ção de produtos e serviços. Para conhecer melhor este programa, você pode acessar: www.aborlccf.org.br/cartaodeidentidade

Por � m, coloco-me à disposição dos associados que desejarem e tiverem interesse em obter outras informações a respeito das ativi-dades do Departamento de Captação da ABORL-CCF.

Muito obrigada!

para patrocínios. Vale ressaltar que, quando falamos em captação, isso não significa necessariamente que o nosso objetivo seja apenas promover lucros para a ABORL-CCF, mas sim obter recursos necessários para minimizar custos e oferecer atividades de qualidade, como merece nosso associado, além de oportunizar as atividades de marketing das empresas parceiras. Entre os espaços oferecidos pela ABORL-CCF, para que as empresas possam divulgar suas marcas e produtos, destacamos os seguintes:

Claudia Cristina Varandas de SouzaE-mail: [email protected].: (11) 5053.7503

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