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Design Simples JUNHO 2014 Entenda os princípios e as técnicas que regem a formação da imagem. Elementos Básicos da Linguagem Visual

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Princípios básicos e técnicas visuais da Linguagem Visual

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Design SimplesJUNHO 2014

Entenda os princípios e as técnicas que regem a formação da imagem.

Elementos Básicos da Linguagem Visual

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Carta ao LeitorA idealização dessa revista surgiu como parte de um projeto de atividade complementar do Curso de Design Gráfico da Universidade Estácio de Sá. O objetivo é expor os assuntos estudados em sala de aula sobre a disciplina Linguagem Visual de maneira fácil e dinâmica.Nesta revista você encontrará os princípios básicos da Linguagem Visual. E se você ainda se pergunta “por que estudar Linguagem Visual?”, a resposta é muito simples: ela está presente a todo momento em nosso cotidiano, já que vivemos na “civilização da imagem” e praticamente tudo aquilo que enxerga-mos é objeto de estudo da Linguagem Visual.Ao elaborarmos um texto discursivo, por exemplo, temos de escolher, dentro de uma infinidade de pos-sibilidades, a técnica que melhor irá transmitir nossa ideia. O mesmo acontece com a criação de uma imagem e, portanto, quanto maior o nosso conheci-mento sobre os princípios básicos da Linguagem Visual, maior será a nossa capacidade de se expres-sar visualmente.Espero que essa revista ajude a aumentar seus co-nhecimentos sobre os elementos que compõem o resultado final que é o que comumente vemos.Boa leitura!

Aline FrançaEditora

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Design SimplesJUNHO 2014

Nesta Edição

04 ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL Análise de suas unidades estruturais

08 ANATOMIA DA LINGUAGEM VISUAL Níveis representacional, abstrato e simbólico

12 DINÂMICA DO CONTRASTE Como utilizar ese poderoso artifício

16 TÉCNICAS VISUAIS Procedimentos criativos que favorecem a compreensão da imagem

22 PSICOLOGIA GESTALT O motivo pelo qual vemos as coisas como vemos

26 A COR NA COMUNICAÇÃO Breve análise sobre um dos principais elemen tos visuais

Elementos da Linguagem VisualA Linguagem Visual nada mais é do que uma forma de expressão, onde utilizamos uma imagem para comunicar uma ideia. A seguir, analisaremos suas principais unidades estruturais - os elementos da Linguagem Visual.PontoÉ o elemento mínimo da co-municação visual, uma vez que não pode ser diminuido a nenhum outro. Uma série de pontos colocados muito pró-ximos um do outro são vistos predominantemente como um todo (fenômeno denominado retícula - malha de pontos usada em reprodução gráfica de imagens, que permite a utilização de meio-tom). Por outro lado, há de se ressaltar que o ponto, quando utilizado isoladamente, possui o poder de atrair a atenção do obser-vador. O ponto é considerado um elemento estático (não sugere movimento) e neutro (não sugere emoções).

LinhaPontos muito próximos um

do outro, em sequência, formam uma linha. As linhas são dinâmicas, sugerem traje-tória e ritmos. Podem ser retas ou curvas e podem ex-pressar uma grande variedade de estados de espírito ( Ex.: curvas sugerem leveza; retas são associadas à racionalida-de e precisão; horizontais transmitem estabilidade, en-quanto diagonais passam a ideia de instabilidade).

FormaA linha gera a forma. Existem três formas básicas: o quadra-do, o círculo e o triângulo equilátero. Cada uma dela tem suas características espe-ciais e a cada uma se atribui uma grande quantidade de significados, seja por associa-ção ou vinculação arbitrária.

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Toda imagem é formada por pontos, seja em retícula ou em pixels. Quando agrupados, os pontos formam uma imagem.

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sificados pela manipulação tonal.

MovimentoEsse elemento visual se en-contra mais frequentemente implícito do que explícito no modo visual. A sugestão do movimento nas manifestações visuais estáticas deriva da nossa experiência completa de movimento na vida.

posição do objeto com relação ao ambiente em que ele se insere.

DimensãoA representação da dimensão em formatos visuais bidimen-sionais depende, obviamente, de ilusão. Existem muitas maneiras de simulá-la, mais o principal artifício é a utiliza-ção da técnica de perspectiva, que pode ter seus efeitos iten-

dois tipos básicos: cor pig-mento (aquela que se mani-festa na superfície de qual-quer objeto) e cor luz (aquela presente na emissão direta de uma fonte luminosa). Chama-mos de matiz a posição exata de uma cor no espectro de luz. O brilho da cor é definido pela quantidade de claros e escuros presentes na cor, en-quanto a saturação é determi-nada pela intensidade ou pureza da cor.

TexturaElemento visual que fornece qualidades associadas ao tato na imagem. É determinado não apenas pela imagem criada, mas também pelo su-porte utilizado.

EscalaTodos os elemntos visuais são capazes de se modificar e se definir uns dos outros. Esse processo constitui, em si, o elemento daquilo que chama-mos de escala. Nesse proces-so, mais importante do que as medidas utilizadas é a justa-

DireçãoAs formas básicas expressam três direções visuais e signifi-cativas: o quadrado, a hori-zontal e a vertical; o triângu-lo, a diagonal; e o círculo, a curva. A direção vertical-hori-zontal constitui a referência primária do homem em termos de bem-estar, por isso transmite a sensação de segu-rança, enquanto a direção diagonal sugere instabilidade. As forças direcionais curvas são associadas à abrangência, à repetição e à calidez.

TomConsiste na variação de claro e escuro em uma imagem. A tonalidade é um recurso varia-do e eficaz, podendo ser apli-cado na imagem com várias funções, como por exemplo, criar a ilusão de volume e profundidade

CorA cor é um dos elemntos mais importantes na Linguagem Visual e pode ser percebida, quanto à sua natureza, em

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A imagem acima é estática, mas a nossa experiência de vida nos sugere o movimento.

sificados pela manipulação tonal.

MovimentoEsse elemento visual se en-contra mais frequentemente implícito do que explícito no modo visual. A sugestão do movimento nas manifestações visuais estáticas deriva da nossa experiência completa de movimento na vida.

posição do objeto com relação ao ambiente em que ele se insere.

DimensãoA representação da dimensão em formatos visuais bidimen-sionais depende, obviamente, de ilusão. Existem muitas maneiras de simulá-la, mais o principal artifício é a utiliza-ção da técnica de perspectiva, que pode ter seus efeitos iten-

dois tipos básicos: cor pig-mento (aquela que se mani-festa na superfície de qual-quer objeto) e cor luz (aquela presente na emissão direta de uma fonte luminosa). Chama-mos de matiz a posição exata de uma cor no espectro de luz. O brilho da cor é definido pela quantidade de claros e escuros presentes na cor, en-quanto a saturação é determi-nada pela intensidade ou pureza da cor.

TexturaElemento visual que fornece qualidades associadas ao tato na imagem. É determinado não apenas pela imagem criada, mas também pelo su-porte utilizado.

EscalaTodos os elemntos visuais são capazes de se modificar e se definir uns dos outros. Esse processo constitui, em si, o elemento daquilo que chama-mos de escala. Nesse proces-so, mais importante do que as medidas utilizadas é a justa-

DireçãoAs formas básicas expressam três direções visuais e signifi-cativas: o quadrado, a hori-zontal e a vertical; o triângu-lo, a diagonal; e o círculo, a curva. A direção vertical-hori-zontal constitui a referência primária do homem em termos de bem-estar, por isso transmite a sensação de segu-rança, enquanto a direção diagonal sugere instabilidade. As forças direcionais curvas são associadas à abrangência, à repetição e à calidez.

TomConsiste na variação de claro e escuro em uma imagem. A tonalidade é um recurso varia-do e eficaz, podendo ser apli-cado na imagem com várias funções, como por exemplo, criar a ilusão de volume e profundidade

CorA cor é um dos elemntos mais importantes na Linguagem Visual e pode ser percebida, quanto à sua natureza, em

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Representacional

Neste nível, a imagem busca representar o mais fielmente possível a realidade e, portanto, é geralmente mais detalhada. É compreendida a partir das nossas experiências de vida.

As mensagens visuais podem ser expressas e rece-bidas em diversos níveis que, apesar de interliga-dos, podem ser divididos em três: representacional, abstrato e simbólico.

Anatomia da Linguagem Visual

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AbstratoNesse tipo de representação não há preocupação com a reali-dade, pois a intenção é transmitir as sensações, as percepções do emissor. Nesse nível, a realidade vai sendo reduzida a elementos visuais mais básicos.

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SimbólicoA mensagem é compreendida devido a uma codificação esta-belecida pela sociedade. Podemos citar como exemplo o dese-nho de um chapéu ou de um bigode na porta de um banheiro. O observador prontamente identifica que se trata de um ba-nheiro masculino.

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Placas de trânsito somente são compreendidas pelo observador se este estiver familiarizado com a codificação estabelecida pela comunidade.

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Dinâmica do Contraste

O contraste é uma força de suma importância, pois torna visível as estratégias da comunicação visual. É uma poderosa ferramenta de expressão, que in-tensi�ca o signi�cado, simpli�cando a comunica-ção. O contraste é ainda uma contraforça à tendên-cia do equilíbrio absoluto, ele desequilibra, estimu-la, atrai a atenção.

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Contraste de TomCom o tom, a claridade ou a obscuridade relativas de um campo estabelecem a intensi-dade do contraste. O tamanho ou a proporção da área não é tão importante, pois um campo dividido em partes iguais também pode demons-trar contraste tonal, uma vez que a área coberta pela cor escura terá um peso maior.

Contraste de CorQuando duas cores diferentes entram em contraste direto, o contraste intensifica a diferen-ça entre ambas. O contraste aumenta quanto maior for o grau de diferença e maior for o grau de contato, chegando a seu máximo quando uma cor está rodeada por outra. Exis-tem diferentes tipos de con-traste de cor; entretanto, um dos mais importante é o de quente-frio, onde a temperatu-ra da cor é usada para sugerir proximidade ou distância.

Contraste de formaPor meio de uma composição antagônica, a dinâmica do con-traste poderá ser prontamente demonstrada em cada exemplo visual básico que dermos. Se o objetivo for atrair a atenção do observador, a forma regular, simples será dominada pela forma irregular, imprevisível. A função principal dessa técnica é aguçar, por meio do efeito dramático, mas ela pode, ao mesmo tempo e com muito êxito, dar maior requinte à atmosfera e às sensações que envolvem uma manifestação visual.

Contraste de EscalaÉ produzido pelo usado de elementos a diferentes escalas das normais ou proporções irreais, conseguindo-se o contraste por negação da percepção aprendida. A distorção da escala, por exemplo, pode chocar o olho ao manipular à força a proporção dos objetos e contradizer tudo aquilo que, em função da nossa experiência de vida, esperamos ver. A ideia ou mensagem deve ser lógica ao se utilizar essa técnica; deve haver um motivo racional para a manipulação de objetivos visuais conhecidos, caso contrário, causará um desconforto visual. Como técnica visual, o contraste pode pode ser ainda mais intensificado atra-vés da justaposição de meios diferentes.

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Contraste de TomCom o tom, a claridade ou a obscuridade relativas de um campo estabelecem a intensi-dade do contraste. O tamanho ou a proporção da área não é tão importante, pois um campo dividido em partes iguais também pode demons-trar contraste tonal, uma vez que a área coberta pela cor escura terá um peso maior.

Contraste de CorQuando duas cores diferentes entram em contraste direto, o contraste intensifica a diferen-ça entre ambas. O contraste aumenta quanto maior for o grau de diferença e maior for o grau de contato, chegando a seu máximo quando uma cor está rodeada por outra. Exis-tem diferentes tipos de con-traste de cor; entretanto, um dos mais importante é o de quente-frio, onde a temperatu-ra da cor é usada para sugerir proximidade ou distância.

Contraste de formaPor meio de uma composição antagônica, a dinâmica do con-traste poderá ser prontamente demonstrada em cada exemplo visual básico que dermos. Se o objetivo for atrair a atenção do observador, a forma regular, simples será dominada pela forma irregular, imprevisível. A função principal dessa técnica é aguçar, por meio do efeito dramático, mas ela pode, ao mesmo tempo e com muito êxito, dar maior requinte à atmosfera e às sensações que envolvem uma manifestação visual.

Contraste de EscalaÉ produzido pelo usado de elementos a diferentes escalas das normais ou proporções irreais, conseguindo-se o contraste por negação da percepção aprendida. A distorção da escala, por exemplo, pode chocar o olho ao manipular à força a proporção dos objetos e contradizer tudo aquilo que, em função da nossa experiência de vida, esperamos ver. A ideia ou mensagem deve ser lógica ao se utilizar essa técnica; deve haver um motivo racional para a manipulação de objetivos visuais conhecidos, caso contrário, causará um desconforto visual. Como técnica visual, o contraste pode pode ser ainda mais intensificado atra-vés da justaposição de meios diferentes.

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Contraste de TomCom o tom, a claridade ou a obscuridade relativas de um campo estabelecem a intensi-dade do contraste. O tamanho ou a proporção da área não é tão importante, pois um campo dividido em partes iguais também pode demons-trar contraste tonal, uma vez que a área coberta pela cor escura terá um peso maior.

Contraste de CorQuando duas cores diferentes entram em contraste direto, o contraste intensifica a diferen-ça entre ambas. O contraste aumenta quanto maior for o grau de diferença e maior for o grau de contato, chegando a seu máximo quando uma cor está rodeada por outra. Exis-tem diferentes tipos de con-traste de cor; entretanto, um dos mais importante é o de quente-frio, onde a temperatu-ra da cor é usada para sugerir proximidade ou distância.

Contraste de formaPor meio de uma composição antagônica, a dinâmica do con-traste poderá ser prontamente demonstrada em cada exemplo visual básico que dermos. Se o objetivo for atrair a atenção do observador, a forma regular, simples será dominada pela forma irregular, imprevisível. A função principal dessa técnica é aguçar, por meio do efeito dramático, mas ela pode, ao mesmo tempo e com muito êxito, dar maior requinte à atmosfera e às sensações que envolvem uma manifestação visual.

Contraste de EscalaÉ produzido pelo usado de elementos a diferentes escalas das normais ou proporções irreais, conseguindo-se o contraste por negação da percepção aprendida. A distorção da escala, por exemplo, pode chocar o olho ao manipular à força a proporção dos objetos e contradizer tudo aquilo que, em função da nossa experiência de vida, esperamos ver. A ideia ou mensagem deve ser lógica ao se utilizar essa técnica; deve haver um motivo racional para a manipulação de objetivos visuais conhecidos, caso contrário, causará um desconforto visual. Como técnica visual, o contraste pode pode ser ainda mais intensificado atra-vés da justaposição de meios diferentes.

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Técnicas Visuais

Na comunicação visual, a mensagem que se quer transmitir precisa de elementos grá�cos que favo-reçam a compreensão da mensagem. As técnicas visuais fornecem subsídios valiosos para procedi-mentos criativos com relação à concepção de tra-balhos e desenvolvimento de projetos de qualquer natureza.

Equilíbrio: há equilíbrio quando a distribuição dos elemen-tos visuais são compensados mutuamente nas áreas da imagem. Não é necessário que a imagem apresente exatemen-te os mesmos elementos. O equilíbrio pode ser simétrico, quando o “peso” das figuras é distribuído igualmente a partir de um eixo imaginário na imagem, ou assimétrico, quando a distribuição de pesos e forças é feita de forma mais elaborada.Instabilidade: os elementos visuais são apresentados com forças atuando com intendidades diferentes em partes da imagem.

Regularidade: distribuição uniforme de elementoa, apre-sentando uma maneira constante e invariável.Irregularidade: inclui elementos inesperados, quebrando a repetição de padrões ao longo da imagem.

Simplicidade: utilização de formas elementares, sem orna-mentação ou detalhes.Complexidade: presença de múltiplos elementos da lin-guagem visual, com relações elaboradas entre si.

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Exemplo de imagem onde predomina a técnica da simplicidade, sendo dominan-te a simplicidade e a clareza.

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Unidade: os componentes formam uma totalidade, percebi-da de imediato.Fragmentação: os elementos da imagem são decompostos em várias partes. Essa técnica é utilizada na composição de virais e mosaicos.

Economia: elaboração da imagem com elementos mínimos, em geral aproveitando o vazio do suporte.Profusão: imagem carregada de elementos visuais; orna-mentação exagerada.

Minimização: apresentação dos elementos em condições mínimas (dimensões reduzidas).Exagero: ampliação e intensificação do componente.

Previsibilidade: convencional, sendo possível prever como vai ser toda a mensagem visual.Espontaneidade: liberdade e soltura na aplicação dos elementos visuais, sugerindo a ausência de planejamento rígido.

Atividade: procura refletir o movimento através da repre-sentação ou sugestão.Estase: representação estática, apresentando um efeito de repouso, tranquilidade ou mesmo falta de atividade.

Sutileza: técnica que sugere uma abordagem visual delicada e de extremo requinte.Ousadia: técnica visual que sugere audácia, segurança.

Neutralidade: predomina a imagem como um todo.

Ênfase: um assunto ou elemento chama atenção na mensa-gem visual em relação aos outros componentes.

Transparência: utilização de recursos visuais que permi-tem ao observador ver figuras e objetos que se situam atrás dos mesmos, em termos de profundidade.Opacidade: a mensagem possui elementos visuais que cobrem os que aparecem atrás.

Estabilidade: técnica que expressa a compatibilidade visual e desenvolve uma composição dominada por uma abor-dagem temática uniforme e coerenteVariação: sugere diversidade e variações em torno de um mesmo tema.

Exatidão: procura reproduzir exatamente as características do objeto representado.Distorção: modifica a visão realista através de efeitos.

Planura: ênfase no aspecto bidimensional da imagem.Profundidade: sugere tridimensionalidade através do uso de recursos como perspectiva, luz e sombra.

Singularidade: enfoque em um tema isolado.Justaposição: estímulos visuais colocados lado a lado, provocando comparação.

Sequencialidade: ordenação seguindo um padrão rítmi-co, sugerindo uma ordem lógica.Acaso: sugere ausência de planejamento e um processo aci-dental na criação da imagem.

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Unidade: os componentes formam uma totalidade, percebi-da de imediato.Fragmentação: os elementos da imagem são decompostos em várias partes. Essa técnica é utilizada na composição de virais e mosaicos.

Economia: elaboração da imagem com elementos mínimos, em geral aproveitando o vazio do suporte.Profusão: imagem carregada de elementos visuais; orna-mentação exagerada.

Minimização: apresentação dos elementos em condições mínimas (dimensões reduzidas).Exagero: ampliação e intensificação do componente.

Previsibilidade: convencional, sendo possível prever como vai ser toda a mensagem visual.Espontaneidade: liberdade e soltura na aplicação dos elementos visuais, sugerindo a ausência de planejamento rígido.

Atividade: procura refletir o movimento através da repre-sentação ou sugestão.Estase: representação estática, apresentando um efeito de repouso, tranquilidade ou mesmo falta de atividade.

Sutileza: técnica que sugere uma abordagem visual delicada e de extremo requinte.Ousadia: técnica visual que sugere audácia, segurança.

Neutralidade: predomina a imagem como um todo.

Ênfase: um assunto ou elemento chama atenção na mensa-gem visual em relação aos outros componentes.

Transparência: utilização de recursos visuais que permi-tem ao observador ver figuras e objetos que se situam atrás dos mesmos, em termos de profundidade.Opacidade: a mensagem possui elementos visuais que cobrem os que aparecem atrás.

Estabilidade: técnica que expressa a compatibilidade visual e desenvolve uma composição dominada por uma abor-dagem temática uniforme e coerenteVariação: sugere diversidade e variações em torno de um mesmo tema.

Exatidão: procura reproduzir exatamente as características do objeto representado.Distorção: modifica a visão realista através de efeitos.

Planura: ênfase no aspecto bidimensional da imagem.Profundidade: sugere tridimensionalidade através do uso de recursos como perspectiva, luz e sombra.

Singularidade: enfoque em um tema isolado.Justaposição: estímulos visuais colocados lado a lado, provocando comparação.

Sequencialidade: ordenação seguindo um padrão rítmi-co, sugerindo uma ordem lógica.Acaso: sugere ausência de planejamento e um processo aci-dental na criação da imagem.

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Imagem reproduzida através da técnica de difusão.

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Agudeza: utilização de contornos precisos e rígidos.Difusão: predominância de contornos difusos, suaves, com pouca nitidez.

Repetição: repetição de elementos visuais, formas ou pa-drões, sugerindo forte conexão entre eles.Episodicidade: pouca ou nenhuma conexão entre os ele-mentos.

Angularidade: predomínio de linhas ou formas angulosas.Rotundidade: predomínio de linhas ou formas curvas. Intersecção: formas diferentes são posicionadas próximas, compartilhando áreas que as compõem.Paralelismo: formas afastadas, sem compartilhar áreas.

No anúncio acima, temos uma imagem composta pela repetição de um mesmo elemento.

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Psicologia da GestaltA psicologia da Gestalt, ou psicologia da forma, é uma teoria que considera os fenô-menos psicológicos como um conjunto autônomo, indivisí-vel e articulado na sua confi-guração, organização e lei interna. Funda-se na ideia de que o todo é mais do que a simples soma de suas partes. De acordo com o postulado da Gestalt, todo o processo cons-ciente, toda forma psicologi-camente percebida, está estrei-tamente relacionada com as forças integradoras do proces-so fisiológico cerebral. O sis-tema nervoso central do ser humano possui um dinamismo auto-regulador que, à procura de sua própria estabilidade, tende a organizar as formas em todos coerentes e unifica-dos. Essas organizações são espontâneas, não arbitrárias, independentes de nossa vonta-de e de qualquer aprendizado.Através de suas pesquisas sobre o fenômeno da percep-ção, os psicólogos da Gestalt precisaram certas constantes

nas forças internas presentes nos indivíduos, as quais influenciam diretamente suas percepções visuais. Essas constantes são o que os gestal-tistas chamam de padrões, fatores básicos ou leis de or-ganização da forma perceptu-al. São essas forças ou esses princípios que explicam por que vemos as coisas de uma determinada maneira e não de outra.As leis de organização da Gestalt têm guiado os estudos sobre como as pessoas perce-bem componentes visuais como padrões organizados ou conjuntos, ao invés de partes componentes.De acordo com essa teoria, há oito fatores principais que determinam como nós agrupa-mos coisas de acordo com a percepção visual.

Cubo de Necker e o vaso de Rubin, dois exemplos utilizados na Gestalt.

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Leis da Gestalt

Uni�caçãoA unificação da forma consis-te na igualdade ou semelhan-ça dos estímulos produzidos pelo campo visual, pelo objeto. A unificação se verifi-ca quando os fatores de har-monia, equilíbrio, ordenação visual e, sobretudo, a coerên-cia da linguagem ou estilo formal das partes ou do todo estão presentes no objeto ou composição.

FechamentoO fator de fechamento é im-portante para a formação de unidades. Noso cérebro adi-ciona componentes que faltam na imagem para inter-pretar uma figura parcial como todo.

ContinuidadeTrata-se da impressão visual de como as partes se sucedem através da organização per-ceptiva de modo coerente, sem quebras ou interrupções. É a tendência dos elementos de acompanharem uns aos outros.

SegregaçãoCapacidade perceptiva de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades formais em um todo compositivo ou em partes deste todo. Perce-bemos mais facilmente as figuras bem definidas e sa-lientes que se inserem em fundos indefinidos e mal con-tornados.

ProximidadeElementos ópticos próximos uns dos outros tendem a serem vistos juntos e, por conseguinte, a constituirem um todo ou unidades dentro do todo.

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SemelhançaA igualdade de forma e de cor desperta também a ten-dência de se construir unida-des, isto é, de estabelecer agrupamentos de partes seme-lhantes. Em condições iguais, os estímulos mais semelhan-tes entre si, seja por cor, forma, tamanho, peso, dire-ção, e outros, terão maior tendência a serem agrupados, a constituírem partes ou uni-dades. Em condições iguais, os estímulos originados por semelhança também terão maior tendência a serem agru-pados.

Pregnância da FormaA pregnância é a Lei Básica da Percepção Visual da Ges-talt e estabelece que “qual-quer padrão de estímulo tende a ser visto de tal modo que a estrutura resultante é tão sim-ples quanto o permitam as condições dadas”. Uma boa pregnância pressupõe que a organização formal do objeto, no sentido psicológico, tende-rá a ser sempre a melhor pos-

sível do ponto de vista estru-tural. Assim, pode-se afirmar que quanto melhor for a orga-nização visual da forma do objeto, maior será seu grau de pregnância.

UnidadeUma unidade pode ser enten-dida como um único elemen-to, que se encerra em si mesmo, ou como parte de um todo. Por exemplo, o círculo é uma unidade que se encerra em si mesmo, mas, se em seu interior tiver um desenho, esse interior terá subunidades.

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A escola da Gestalt vem possibilitar uma resposta a muitas questões que até agora eram insolúveis sobre o fenômeno da percepção.

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A cor é um dos elementos visuais mais importan-tes, é a alma do Design e está arraigada nas emo-

ções humanas.

A importância do uso da cor no Design Gráfico deriva do seu grande poder de comunicação de forma autônoma, pois, inde-pendente da forma que a contenha, a cor, por si só, comunica e informa.

A cor possui muitas funções; dentre elas, podemos citar: (i) função prática - a cor distingue e identifica; (ii) função simbólica - pode refletir, por exemplo, amor, perigo, paz, etc; (iii) função indicial e sinal ética - a cor aplicada em sinais informativos (como proibição ou advertências).

A cor pode ser utilizada de forma estratégica para criar condi-ções visuais de unidade, diferenciação, sequência, etc.

Além disso, com a cor é possível gerar sentimentos, sugerir ações e criar efeitos. Em uma embalagem, por exemplo, sua aplicação deve ser feita com todo o cuidado, pois a cor é o fator que em primeiro lugar atinge o olhar do comprador, além de possuir grande poder sugestivo e persuasivo - o que pode desencadear uma rede de associações positivas e influenciar na decisão final de compra do produto.

A Cor na Comunicação

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