desenvolvimento poligonal no brasil- nem desconcentração, nem contínua polarização

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DESENVOLVIMENTO POLIGONAL NO BRASIL: 1

NEM DESCONCENTRA~AO,NEM CONTiNuA POLARIZA~AO

aelio Cam polina D iniz2

1 INTRODm;AO

A distribu icao da producao industrial no B rasil tem m udado significativa-

m ente nos ultim os anos. 0 resultado m ais notavel deste processo e um relativo declinioda elevada participacao da A rea M etropolitana de Sao Paulo. A p artir d e en tao, alg uns

analistas tem conclufdo que urn processo de desconcentracao ou polarizacao reversaesta em and amento , COOlQ posto em D iniz (1986, 1987) e D iniz, Lem os (1986), apesar

do crescim ento ter se concentrado em poucas e selecionadas regioes ou a r e a s . Nesteartigo , p retende-se m ostrar qu e e m ais apro priad o considerar 0Brasil com o um caso dedesenvolvim ento poligonal, onde urn lim itado nnm ero de novos poles de c re sc imento

ou regioes tem capturado a m aior parte d as nova s a tiv id ades economicas. 0resultado

esta longe de Set uma verdadeira desconcentracao, especialm ente porque os novos

centros estao no proprio Estado de Sao Paulo ou relativam ente pr6xim osdele.

o desenvo lvim en to p oligo nal e 0resultad o d e u rn co junto de fo rcas, d en treas quais cinco seriam as m ais representativas. A prim eira delas resu lta d as desecono-

m ias de aglomeracao na A rea M etropolitana de Sao Paulo e da criacao de econom ias

de aglomeracao em varios outros centros urbanos e regioes, A segunda, 0 papel dapolitica economica ou a~ao do Estado em term os de investim entos diretos, incentivos

fiscais e constru cao de infra-estrutura, q ue enco rajaram a desconcen tracao geografica

da producao, em bora a politica dos estados com m aior nivel d e re cu rs os te nh a c on tra ria -

do a politica federal. Uma terce ira, decorre da busca de recursos naturais que estim uloua abertura de novas regioes para 0desenvolvim ento. Uma quarta razao, vem da grande

concentracao social e espacial da renda e 0consequente poder de cem pra e de pesquisa

que retem 0 crescim ento em regi6es com m aior base economica, Uma quinta causa do

desenvolvim ento poligonal, e a unificacao d o m ercad o, atraves da infra-estru tura de

tran sp ortes e comunicacoes, eo co nseq uen te au rn en to da compet ic ao int er -empre sa ri al ,que contribufram para a desconcentracao geografica da producao.

Fato incontestavel e que ate 0final da D ecada dos 60 urn hist6rico processo

de concentracao econom ica e dem ografica ocorreu na A rea M etropolitana de Sao Paulo ,

que, em 1970, chegou a participar com 44% c ia producao industrial do Pais. A partir de

enm o, in iciou-se urn processo de reversao desta polarizacao, em fun~o do qual esta

1 Trabalho elaborado com apoio da Funda9ao de Apoio a Pesquisa de Minas Gerais -

FAPEMIG.

2 Professor do CEDEPLAR (Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional) e do

Departamento de Economia da UFMG. 0 autor agradece a Professora Ann Markusen peloscomentarios, criticas ,e sugest5es. Agradece, tambem, aos Professores Afonso Henriques

Borges Ferreira e Aida Maria Paihares Campolina, por seus estimulos e ajudas.

Nova Economia IBelo Horizonte Iv. 31 n. 11 set. 1993. 35

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particfpacao reduziu-se para 26% , em 1990. En t re t an t o, tal nao im plicou em um a

su ste nta da d esc on ce ntr ac ao p ar a a N a~ o c om o u m to do . N a p rim eir a f as e, 0processo

d e r e ve rs ao d a p ola ri ~a o s e f e z c o m u rn r el at iv o e sp ra ia m en to i nd us tr ia l p ar a 0proprio

In te rio r d o E sta do d e S ao P au lo e p ar a q ua se to do s o s d em ais e sta do s b ra sile ir os . N ase gu nd a fa se , n o e nta nto , v er n o co rre nd o u ma re la tiv a r ec on ce ntr ae ao n o p olig on o

d e fi n id o p o r Be l o Ho r iz o n te -Ub er Ian d ia -Lond ri n aIMa r in g a -Po r to A l eg re -F lo r ia n 6 po -

lis- Sa o Jo se d os C am po s- Be lo H oriz on te , d en tr o d o q ua l estao send o form ado s os

p rin cip ais p olo s d e a lta te cn olo gia ( M ap as 1 e 2 ).

MAPA 2

BRASH..: Eixos de desconcentr~o, principais pcSlostecnolOgicos

e 0novo pollgono de aglomera~io industrial

MAPAl

BRASIL: Regiiies , Estados e suas capitais

LEGENDA

NOTA: 0autor separou a regiao Sudeste

oficial em Leste e em Sao Paulo.

-,'-./ Novo polfgono de aglomeracao industrial

¢ : = : . Eixos de desconcentracao

(n) Princ ipais poles tecno logicos

(1) Sao Paulo

(2) Campinas

(3) Sao Carlos

(4) Sao Jose dos Campos

(5) Santa Rita do Sapucaf

(6) Florian6polis

(7) Campina Grande

Nova Economia 1Be10Hor izon te Iv . 3 In . 11set 1993. 376 Nova Economia 1Belo Horizonte Iv. 31 n. 11 set. 1993 .

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A reconcentracao das mudancas tecnologicas e it reducao d a interven~lio

estatal se aliam a concentracao previa da producao industrial, da pesquisa, do mercado

de trabalho profissional e da renda dentro do poltgono mencionado. Face a isto, a

continuidade do processo de desconcentracao macroespacial vern sendo obstaculizado

e uma nova configuracao regional da industria no Brasil tern sido esbocada Concilia a

existencia de reversao da polarizacao da Area Metropohtana de Sao Paulo com uma

relativa aglomeracao no poligono mencionado. Isto significa que as regioes objeto de

polfticas regionais, como 0Nordeste, nlio tern demonstrado capacidade de sustentar urn

crescimento diferenciado que se traduza em alteracao macroespacial substantiva,

apesar do crescimento industrial do Estado da Bahia.

atividades. Embora tenha havido expanslio econOmica nestas areas em anos recentes,

suas perspectivas parecem limitadas pela pressao social inerente e a recorrente fuga

das empresas deste clima, apesar dos projetos e incentivos implementados pelo Go-

verno Federal.

Uma terceira possibilidade seria urn processo de desconcentracao interur-

bana, porem dentro de uma arealimitada, correspondendo aproximadamente ao "campo

aglomerativo" de SlioPaulo, como anaIisado par Azzoni (1986). A ideia do autor sobre

desenvolvimento poligonal amplia 0conceito anterior, considerando urna ampla regiao

como capaz de capturar este processo de desconcentracao, Este movimento estaria

condicionado it exis¢ncia de uma rede urbana dotada de services basicos, infra-estru-

tura deensmo e pesquisa e algoma base industrial, alem domaior myel relativo de renda

destas regioes, Este processo, tenderia a atingir as cidades do interior do proprio Estado

de Sao Paulo, 0 Sui e Triangulo de Minas Gerais e 0 Norte do Parana, podendo-seestender, no sentido sui, para 0Estado de Santa Catariana e 0Nordeste do Rio Grande

do SuI e, no sentido norte, para a Regiao Central de Minas Gerais .

Certos aspectos teoricos ou metodol6givos, no entanto, devem ser consi-

derados para a analise da dinamica geografica da industria brasileira nos atlOS recentes.

Entre eles se destacam:

a) deseconomias de aglomeracao na Area Metropolitana de Sao Paulo e

sua criacao em outros centros urbanos ou regioes;

2 A BUSCA DE BASE ANALrflC';_ PARA INTERPRETA(:AO

DO CASO BRASll..EIRO .

As tentativas recentes de reconstrucao teorica para interpretacao das

questoes de localizacao e desenvolvimento regional tern sido fortemente influenciadaspor problemas especfficos dos parses industrializados (desindustrializacao, por exem-

plo) e/ou relacionadas com a emergencia das industr ias de alta tecnologia. Embora

relevantes estas interpretacoes nao podem ser tomadas como paradigma para analise

do caso brasileiro, consideradas as especificidades estruturais e setoriais de sua

industria e a atual etapa hist6rica de seu desenvolvimento. Ainda que nao seja objetivo

deste artigo, a concepcao de desenvolvimento poligonal podera ser util para a analise

do desenvolvimento espacial em outras nacoes em desenvolvimento.

Tratando-se de urn pais com as caracteristicas do Brasil, em termos de

dimensao geografica, tamanbo populacional, diferencas de renda regional e p e r c a pi tae a existencia de uma fronteira aberta ou virgem, varias possibilidades se abrem.

A primeira seria urn processo de continua hiperurbanizacao, onde

atividades economicas e populacao continuam se concentrando na maior area metro-

politana. Devido a sua dimensao absoluta, este processo toma a forma de desconcen-tracao microlocacional ou intra-urbana, atraves da suburbanizacao do centro original.

Tal situacao caracteriza a megalopolizacao da Area Metropolitana de Sao Paulo a partir

da Decada dos 50.

Uma segunda possibilidade estaria vinculada a desconcentracao ma-

croespacial para cidades ou regioes distantes do maior centro industr ial. Neste caso

existem dois tipos de regioes. Urn seria a fronteira dinamica, representada pelo Centro-

Oeste e Norte do Pais, dotados de volumosos recursos naturais, os quais poderiam

induzir a montagem de algumas industr ias tecnicamente vinculadas a essa base, com

efeitos rnultiplicadores sobre outras atividades. No entanto, 0 desenvolvimento d a

fronteira tern sido reduzido nos ultimos anos, devido ao aumento no custo de trans-

portes, problemas tecnologicos da agricultura tropical, crise economica e reducao dos

investirnentos e incentivos govemamentais.

Outra grande frente representada pelas regioes densamente ocupadas e

pobres, Leste e 0Nordeste brasileiros, onde a grande disponibilidade de mao-de-obra

e relat ivamente menor custo de producao poderiam estimular a rnontagem de certas

b) 0papel do Estado, seja atraves de polit icas regionais explicitas, seja

pela consequencia espacial de outras decisoes de importancia;

c) disponibilidades diferenciadas de recursos naturais;

d) unificacoes do mercado e mudancas de estrutura produtiva;

f) concentracao da pesquisa e da renda,

Embora cada urn destes elementos tenha contribuido de forma distinta para

a dinamica regional da economia brasileira, tornados de forma conjunta eles rem

produzido urn novo padrao de dispersao produtiva, mais articulado com a terceira

altemativa acima sugerida.

2.1 Mudancas nas economlas de aglomeracao

A questao das economias e deseconomias de aglomeracao foi amplamente

enfocada na visao classica da economia regional (lsard, 1956, 1960). Esta abordagem

decompoe as economias de aglomeracao em economias de escala, localizacao e

urbanizacao. Os economistas regionais e urbanos procuraram demonstrar que estes tres

elementos agem em conjunto, principalmente nas primeiras fases do desenvolvimento,

criando economias de aglomeracao epromovendo a concentracao industrial. No entanto

e contraditoriamente, a partir de certo momento a concentracao urbana comeca a criar

deseconomias de aglomeracao em funcao do aurnento da renda urbana, materializada

N ov a E co no mia I B elo H oriz on te Iv . 3 I n . 1 1 s et. 1 99 3. N ov a E co no mia I B ela H oriz on te I v . 3 I n . 1 1 s et. 1 99 3. 3938

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n o.p re co d os te rre no s e a lu gu eis , n o c us to d o c on tr ole a m bie nta l e d e c on ge stio nam en -to s; n o a um en to d os s ala rie s, e ntre o utro s. A dic io na lm en te a m eg alo po liz ae ao a ca bap or g er ar o utr os c us to s c ole tiv os , p re ss io na nd o 0E sta do ( Ca ste lla , 1 98 3) , o u c us to sp e nd ul ar es p el a mo v im e nt ac ao i m pr od ut iv a de pessoa s (B ove nter, 1968 ). A ssim , apa rtir d e c erto m om ento, a conc entraca o a bre, por si m esm a, a possibilida de de

desconc entraca o. P ara que a de sco ncen tra cao oco rra, po r sua vez , se re quer nov as

e co no mia s d e a glo me ra ca o e m o utra s re gio es, e e 0 re su lta do d a d ifu sa o d o c on he ci-

m en to , c re sc im en to d a p op ula ca o e re nd a, e xp an sa o d o m erc ad o, d isp on ib ilid ad e d e

r ec ur so s e e xp a ns ao d a i nf ra -e st ru tu ra , r ec ri an do n ov a s f orm as d e c o nc e nt ra c ao , 0qu e

R ic h ar ds on ( 19 8 0) c h amo u de c on d ic oe s p ar a q ue h a ja p ol ar iz a ca o r ev er sa .

A m ais re cen te com ribu icao pa ra a teoria d a a glo me ra ca o, s e e q ue e la eurna teoria, p os tu la q ue o s n ov os d is tr ito s in du str ia is s ao c ria do s p ela d es in te gr ac ao

v ertic al, a q ua l a mp lia a s e co no mia s e xte ma s e m d etrim en to d as e co no mia s in te ma s.

E s te p ro c es so t en d er ia a f or ta le ce r a s r el a~O e s e nt re p la nt as , p el a n e ce ss id ad e d e c o nt at o

d ir et o, t ro ca de in fo rm a co es , c on ta to s f ac e- A- fa ce , flu xo d e m a te ria is e d e p es so as ,im p lic an do n a n ec es sid ad e d e p ro xim id ad e g eo gr af ic a e , p or ta nto , re cr ia nd o 0distritoin du str ia l (P io re , S ab el, 1 98 4; S co tt, S to rp er , 1 98 8; H arr is on , 1 99 0) . E ste s d is tr ito s

po derao ser en contrado s e m no vas lo cac oes, na m edida em que as nov as ativ ida des

e xig em n ov os r eq uis ito s e c on dic oe s, n ao e nc on tr ad os n os v elh os c en tr os , e a o m e sm ote mp o s ao c ap az es d e c ria r p or si m es mo s o s s eu s re cu rs os . P or o utre la do , e ste s n ov os

d is trito s p od er ia m s er e nc on tr ad os e m v elh os c en tr os , c ujo s r ec ur so s b as ic os s er ia md esv iados para novas a tiv idade s quan do a s velhas entram em dec Iin io (F rie dm an ,

W o lf f, 1 98 2) .

N o c as o d o B ra sil, a s fo rc as c en trifu ga s p ara a d es co nc en tra ca o d a A re aMetropol i tana de S a o P a ul o e st ao c la ram e nt e p re se n te s. D e se c on om i as d e a g lom er ac a o

s ur gira m em v aria s a re as . A m ed id a q ue a c id ad e s e m e ga lo po liz ou , a p artir d a Decada

d os 5 0, ta nto o s c us to s p riv ad os c om o s oc ia is c om e ca ra m a a ur ne nta r. P or v olta d e 1 97 0

ta is c us to s e ra m c on sid era do s m a io re s n as a r e a s m e tr op olita na s q ue em q ua lq ue r o utr ap arte e a s in ef ic ie nc ia s p ro vo ca da s p or c on ge stio nam en to s e d if ic uld ad es d e d es lo ca -

m en to e tra ns po rte ta mb em a urn en ta ra m. S e, p or u rn la do , e sse fe no me no e xp lic a 0

p ote nc ia l p ar a d es co nc en tr ac ao , p or o utr o, n ao e xp lic a o nd e e p orq ue n ov as e co no m ia sd e a glo me ra ca o a pa re ce ra m e m o utro s lu ga re s. P ara isto e n ec es sa rio a a va lia ca o de

outros elem entos, com o a a~ o do Estado e 0 c om p orta m en to d o s eto r p riv ad o, e ntr e

out ros.

min~ao, t it Ani o , c o b r e, c lo r oq u fm i c a en tr e o u tr o s3. A d ec is ao lo ca cio na l e m m u ito s

c a so s f oi t om a d a p or c ri te ri os p ol it ic os . E n tr et an to , s ej a p o r r az 6 es t ec ni ca s o u p o li ti ca s,

a m aio ria d os in ve stim en to s fo i reaIizada fo ra d o E stado de s a o Pau lo , con t ri bu indo

p ar a a d e sc o nc en tr ac ao r el at iv a d a i nd u st ri a" .

O s i nc e nt iv os f is ca is , e xi st en te s d es te 0 i ni ci o d es te 8& :u lo , f or am amp li a-

d os e g en era liz ad os a p artir d o fin al d a D eeada d os 6 0. O s e x emp lo s m a is c on he c id os

sao os da SU DEN E (Superm tendenc ia de D esenvolvim en to do N ordeste ) para 0

n o rd e st e b ra si le ir o, d a SUDAM ( Su pe ri nt en de nc ia d e D e se n vo lv im e n to d a Ama zOn ia )e d a S UF RAMA (S up erin te nd en cia d e D es en vo lv im en to d a Z on a F ra nc a d e M an au s)para a re gta o a ma zo nic a e p ara M an au s. A le m d ess es , p od em se r m e nc io na do s in ce n-t iv o s p ar a r ef lo re st am e nt o, t ur ism o, e xp or ta c ao , s ub sf di o a o c re d it o a g ri co la , g ar an ti a

de pre cos uniform es pa ra produ tos agric oIa s - indepe nden tem ente d os c ustos de

t ra n sp o rt e - p re c o t in ic o d os d e riv a do s d e p et r6 1e o p ar a t od o 0 t er ri t6 r io n a c io n al , e n tr e

outros, E sta a va la nc he d e su bs id ie s e in ce ntiv os baratearam a formacao d e c a pi ta l,r ef or ca nd o i nc lu si ve a e xp a ns ao da fronteira5.

C om p le m en ta r a o s is te m a d e in ce ntiv os f is ca is f ed er ais , a p ar tir d o f ma l d a

Decada d os 6 0 g en er aliz ar am -s e o s in ce ntiv os e sta du ais ( es pe cia lm e nte a is en ca o de

IC M, d oaca o de te rren os e, ate m esm o contribuic ao fm ance ira , via pa rtic ipac ao

a cio na ria ), e m v ar ie s e sta do s q ue n ao s e b en ef ic ia va m d os in ce ntiv os f ed era is d es tin a-dos a o N orde ste e N orte do P ais6.

D e m odo geral, os m aiores esforco s no sentido da integracao nacionalfora m a lcanc ados a tra ves da ~ c on junta d os G ovem os F ede ra l e E stadua is. A partir

da De ca da d o s 2 0 f oi i ni ci ad aa e st at iz ac a o do sistema ferroviario, Po s te r io rment e f o ramc ria da s e m pr es as p 6b lic as p ar a 0 se to r e le tric o, q ue , a p artir d e e nta o, c om ec ara m a

i nc o rp or ar a s empr es as p ri va da s e xi st en te s. O s g ov emos f ed er al e e st ad ua is c on st ru ir am

g ra nd es u sin as e s iste ma s d e tra ns miss ao e d istrib uic ao , A c ap ac id ad e d e g era ~o de

energ ia ele trica subiu de 11 para 37 m ilhoes de kW , entre 1970 e 1980, e para

a pro xim ad am en te 6 0 m ilh oe s, e m 1 99 0, s en do a q ua se to ta lid ad e d e p ro prie da de d eem pr es as e sta ta is . A malba r od ov ia ria p av im e nta da s ub iu d e 2 .0 00 km , e m 1 95 5, p ar a

A h is t6 ria d a e xp an sa o e co no m ic a b ra sile ira p 6s -1 93 0 n ao p od e s er e nte n-

d i da desconsi derando -se 0 p es o e a u np orta nc ia d os in ve stim e nto s in du str ia is f eito sd ir eta m en te p elo E sta do e j us tific ad os , e m b oa m e did a, p ela in ca pa cid ad e d a b urg ue sia

in du stria l b ra sile ira e m a ssu mir e sta ta re fa (S ac hs, 1 96 9). A id eo lo gia d e s eg ura nc a

n ac io n al f oi t amb em o ut ra j us ti fi ca ti va p ar a p es ad os i nv es ti m en to s p ub li co s em s et or es

c on sid er ad os d e im p orta nc ia e str ate gic a, D e ntr o d es ta tra ie to ria h is t6 ric a, n a D e c a d a

d os 7 0 , o c or re u um a a v al an c he d e i nv es ti m en to s i nd u st ri ai s p el as emp re sa s c o nt ro la da s

p elo G o vem o F ed er al, e m a co , p etro le o, f os fa to , p ota sio , p ap el, petroquimica, carvao,

3 Estima-se que nas Decadas dos 60 e dos 70 0 Estado cbegou a participar com 60% daformacao bruta de capital fixo da economia brasileira_(Baer et all. 1978).

4 0 GovernoFederal chegou a editar, em meados daDecadados 70, aResolucso nO14do cm ,(Conselho de Desenvolvimento Industrial), que disciplinava a desconcentracao industrial no

Pafs, Esta, no entanto, nliofoi executada pelas dificuldades objetivas, em termos tecnicos e

de recursos, e pela presslio de interesses de Sao Paulo.

5 Existem imimeras avaliacoes sobre 0 significado, custo e resultados destes incentivos, do

ponto de vista de seus efeitos regionais, predominando a critica aos seus efeitos (Oliveira,

1977; Desigualdades ..., 1984; Cavalcanti et all. 1981; Guimaraes Neto, 1986; Diniz, 1981).

6 Um born exemplo e0caso da FIAT, localizada em Betim-MG. Alem de participar com 46%

docapital do empreendimento , 0Estado deMinas Gerais fomeceu um a area de terra de 200ha

por preco simbolico, a ser paga em 45 anos, execucao gratuita da infra-estrutura

(terraplenagem, estradas, energia eletrica, agua, telefone, telex, esgotos), isen~ao de impostos

por 10anos, financiamento de capital de giro pela rede bancaria publica do Estado, alem de

compromisso formal de gestoes junto ao Govemo Federal para a concessao de todos osincentivos e facilidades federais existentes (Diniz, 1981).

2.2 0 papel do Estado

40 Nova Economia IBelo Horizonte 1v. 31 n.11 set. 1993.Nova Economia IBelo Horizonte iv. 3 In. 11set. 1993. 41

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SO .OOOkm ,em 1 9 70 , e 1 2 0. 00 0 km , em 1990. 0sistema de t el ec omuni ca c oe s , awent ii op ri va do e o pe ra nd o e m c on di~ p re ca ri as a te 0fm a l d a Decada do s 50, fo ra e s ta t iz ado ,amp li ado emodemiz ado , 0qu e pengitiu integrarpraticamente todas a s c idades brasilei-

r as , i nc lu si ve da Re gi ao Ama zOn ic a7. Todas e s ta s ~Oe s t in h amcomoobj e ti v oe s timu la r

o c re sc im e nt o economieo das regi6es atrasadas ou vazias e in tegrar a econ om ia

nacional. N o en tanto, na m edida em que os estados tinham diferen tes poderes dei nv es ti me nto e d e m a ne jo d a p ol iti ca economica, o s e fe it o s foram variados.

2.3 Recursos naturals

A ab ordagem w eberiana e adequada para explicar a localizacao de

atividades baseadas e m r ec urs os na tu ra is , q ue s a o l oc al iz ad as f un d ame nt alm en te em

fun~ dos custos de transporte. Ap6s 0 i ni ci o d a exploracao d e um r ec ur so n atu ra l 0

c us to d e t ra ns po rt e te nd e a fa vo re ce r a localizacao da s industrias p r oc e ss a do r as d e ss e s

m a te ri ai s p er to d a b as e d e r ec ur so s, p od en do g era r um p ro ce ss o d e a gl om e ra ca o.

o p ap el d os rec urso s n atu rais p ara 0 d ese nv olv im en to e co no mico e u mfenomeno b ern co nh ec id o n a literatu ra d e e co no mia reg io na l, co mo ilu strad o p elo

d eb at e e nt re N o rt h (1978) e T ib eo ut (1 97 7) e a s formulacoes d e P er lo ff , W i ng o ( 19 6 7) .

E s te p ap el e p ar ti cu la rm e nt e impo rt an te p ar a regioes vazias ma s c om g ra nd e v olu me

de r ec u rso s n a tu r ai s.

N este sen tid o, a o cup acao do esp aco geo grafico brasile iro foi, em u m

p ri me iro m om en to , fu nd am en ta Im en te d ete rm in ad o p el a b us ca d e re cu rs os n at ur ai s e

a p r6 p ri a industrializacao d e S ao P aulo tev e co mo base a cafeicu ltu ra (S ilva, 1 976 ;C an o, 1 97 7). M in erac ao , ag ricu ltu ra e s ilv ic ultu ra tern s id o e c on tin uam a s er im po r-

t an te s s et or es n a e co nom ia e s eu d es en vo lv im en to a ju da a e xp li ca r a d es co nc en tra ca o

i nd u st ri al ( D in iz , 1 9 87 ).

E im po rta nte re sa lta r ain da q ue a g ran de ex pan sa o ag rico la da s ultimas

d e c a d a s tern se baseado m ais na am pliacao da area plan tada do que no aum ento da

p ro d ut iv id ad e. I st o s e t ra du zi u em incorporacao p ro du tiv a d e t erm s e m var ias d i recoes,em fu ncao d e s ua ap tid ao n atu ral, d a d is ta nc ia , d o s eu p re co , d o c us to d e t ra ns po rt es ,

a lem de m udancas tecno l6gicas que perm itiram a incorporacao d os " ce rr ad o s" aprod ucao agricola (T abela 1). A s ex pensas d e S ao P au lo e da Reg ia o L e st e, 0S uI do

B r as il t ev e 0m aior g anh o absolu to em valor, em bo ra as participacoes d o N orte e d o

Ce nt ro -O e st e t amb em t en h am c re sc id o .

D e ma ne ir a s eme lb an te , 0 c re sc im en to i nd us tri al d o P ai s e 0aumento <las

e xp o rt ac oe s i nd u zi ram 0 aum ento e diversificacao da pauta prod utiv a m ineral. A

m ed id a q ue n ov as d es co bertas o co rriam e m reg io es d ista ntes , q ue a in fra -e stru tu ra

a va nc av a o u e ra c ri ad a, o b se rv av a- se 0d es lo ca me nt o g eo gr af ic o d os i nv es tim e nt os n am in era ca o, e , c on se qii en te me nt e, d a p ro du ca o m in er al ( Ta be la 1 ). S ao P au lo , 0S uI e 0

No rd es te p er de ram p ar ti ci pa ca o p ar a 0L este , C en tro -O es te eo N orte d o P ais.

7 A p re oc up ac ao m il it ar e m t er m os d e g eo po li tic a contribuiu, e v id e a teme n te , p a ra a e x p an s ii o

d a i nf ra -e st ru tu ra n a R e gi ii o Am a zO n ic a (Silva, 1978).

42 N ov a E co no mia I B elo H oriz on te Iv . 3 1 n . 1 1 s et. 1 99 3.

J

TABELAI

Brasil: Participa~io relatlva das regiiies na area cultivada,

produ~o agricola, produ~o e investimento mineral

Agricultura Produ~o MineralInvestimento

MineralRegioes

1940 1960 19801940 1960 1980 1975-84

Area Valor Area Valor Area Valor

Norte 4.9 1.1 1.5 1.2 2.7 3.2 0.0 10.4 4.6 13.8

Nordeste 30.6 20.6 30.4 22.2 28.9 19.8 13.6 10.7 8.5 17.3

Leste 22.123.6 18.3 17.2 12.6 12.8 38.6 30.5 60.9 40.2

Estadode22.9 35.0 16.6 24.0 12.1 20.6 15.7 10.6 8.8

Sao Paulo2.9

Sui15.6 16.8 28.3 30.0 29.7 35.9 30.5 34.2 9.0 13.5

Centro-Oeste3.9 2.9 4.9 5.1 14.0 7.7 0.3 3.6 8.2 12.3

Brasil100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100 .0 100.0 100.0

Area absoluta 18.835 28.703 49.043

(l000ha)

Fonte: IBGE - Ceosos Agropecuarios

DNPM: Anuanos Industriais 1975-85. exclufdc petroleo.

Ag ri cu lt ur a e mineracao vern induzindo 0e st ab el ec im e nt o d e u rn c on ju n tod e a ti vi da de s c om elas r el ac io n ad as , d ed ic ad as a o p ro ce ss ame nt o d e i ns umo s a gr ic ol as

e m in erais e a o fo rn ec im en to d e in su mo s in du strials e b en s d e ca pital, cu ja p ro du cao ,

p or v ari as r az oe s, t en de a s e l oc al iz ar j un to a f on te d e m a te ria s- pr im a s o u a o m e rc ad opotencial. Isto tern ampliado 0im p ac to d e atividades baseadas e m r ec ur so s n atu ra is n op ro ce ss o d e d es co n ce nt ra ca o r eg io n al . Ainda q u emu d an ca s e st ru tn ra is e st ej am OCOf-

r en do , a a na li se da esrrutura i nd us tri al d o P ais i nd ic a q ue a s i nd us t ri as o ri en ta da s p orre cu rs os ( me ta lu rg ia , c im en to , f er ti liz an te s, a gr o- in du st na s) a in da d is po em d e p es o

sig nifica tiv e e, in clu siv e, b oa p arte d o c re sc im en to in du stria l d o P ais , n os m ila greseconomicos das D eca da s d os 5 0 e d os 7 0, s e f ez a trav es d ela s (es tim a-s e q ue as m es mas

ain da participam com m ais de u rn terce d a prod ucao in du strial d o P ais). N ao restaduvida, p or o utre la do , q ue es ta s ten de m a p erd er importancia relativa, a m edida que

a e stru tu ra p ro du tiv a v ai m ud an do . AMm d is so , as a lte ra co es tec no l6 gica s p erm ite m

a ume nt ar a p ro d ut iv id ad e, i nt en si fi ca nd o 0us c <las t er ra s ma is p r6 x ima s a os me rc ad o s

0.0 S ud es te , d im im u in do a d em a nd a p or in sum os m in era is e re du zi nd o 0 m ov im en to d e

incorporacao da f ro nt eir a, c om o a po nta m S aw ye r ( 19 81 , 1 98 4) e H ad da d ( 19 88 ) e c om o

retrata 0estudo de M elo (19 90 ) ao in dicar q ue 0c re sc im e nt o d a p ro du ca o a gri co la n a

D ecad a d os 8 0 se d ev eu m ais ao cres cim en to da p ro du ti vi da de q ue a o d a a re a.

N ov a E co no mia I B elo H orizo nte I v . 31 n . 1 I s et. 1 99 3. 43

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,---------------~-------------------------_

2.4 Unifka~ do men:ado nacional

econcorrencia Interempresarial

Embora 0prooesso de unifi~ o do m ercado b rasileiro tenha se dado aolong o d e tod o 0 S ec ulo X X 0m esm o so se c on so lido u na s nltimas decadas, com aconsnucao e am plia~o da m alha rodovi ruia

8, le va da a e fe ito a p ar tir d a De ca d a d os 5 0,

com a am plia~ e m elhoria da frota de veiculos9 e com 0 d e se n vo lv im e n to e mo d er -

ni~ao das te le co m un ic ac oe s. A p 6s a g ra nd e r ec es sa o e co no m ic a d a p rim e ir a m e ta ded a D ec ad a d os 6 0 o co rre u a re to ma da d o c re sc im en to , a p artir d e 1 96 7, c on he cid a c om o

" mila gre e co no mic o" . N aq ue le m om en to , a c on co rre nc ia in te re mp re sa ria l g an ho u

im porta nc ia e m term os regiona is. A poiad as na infra-e stru tura m inim a e em alg um

p ot en cia l d e m e rc ad o e in ce ntiv os r eg io na is e s eto ria is v ar ia s e m pre sa s s e la nc sr am nabusca de r ec ur so s n atu ra is , d e o cu pa ca o e a be rtu ra d e m e rc ad o, d e cri~ d e b a rr e ir a s

a en trad a. G uim ara es fala na pa ssa ge m d a in teg ra~ ao c om ercia l pa ra a inte gra ca o

p r od u ti v a, d emon st ra n d o 0 crescimento das g ra nd es e m pr es as n ac io na is e m p ra tic a-m en te q ua se to da s a s re gio es b ra sile ira s (G uim arlie s N eto , 1 98 6; R ed wo od III, 1 98 4;O liv eir a, 1 97 7; C an o, 1 97 7; D in iz , 1 98 7) .1 0

A q ue le m o vim e nto c on ju go u a e str ate gia g eo gr af ic a d a c on co rr en cia c om

a p re ss ao s in dic al, c om 0c us to d e c on tro le d e p olu ic ao e c om 0p re co d os te rre no s n aA re a M etro po lita na d e S ao P au lo . P or o utro la do , e ste m ov im en to s e to rn ou p os siv el

c om a c ria ca o d e e co no m ia s u rb an as e m o ut ra s c id ad es e r eg io es b ra sile ir as .

C om a unificacao do m ercado, ficou superada a possib ilidade de que

r eg io es o u e sta do s b ra sile ir os v en ham a c on str uir e str utu ra in du str ia l in te gra da , c om o

e 0c as o d e S ao P au lo . E ste fo i in du stria liz ad o p rim eiro e s oz in ho , n a m ed id a e m q ue

a e con om ia do R io de Ja ne iro estav a e m plena dec ad en cia e a s d em ais re gio es era m

a tr as ad as ( Ca no , 1 97 7; L e op old i, 1 98 4) . A s n ov as r eg io es r em q ue e ntr ar n a d is pu ta d om e rc ad o n ac io na l, c ujo e xito e sta re la cio na do c om a s v an ta ge ns r el ativ as d e c ad a u m a.

D es se m od o. a s a lte ra co es d e e stru tu ra p ro du tiv a, d ec orre nte s d e m ud an ca s te cn ic as e

de co mpo sic ao da de ma nda , alteram a po sica o re lativ a da s re gioe s, seg und o su as

c on dic oe s o bje tiv as e o s d ife re nte s r eq ui sito s l oc ac io na is d e c ad a s eto r.

2.5 Regionaliza~o da pesqulsa,

do trabalho profissional e da renda

A o c on tr ar io d os q ua tr o e le m en to s a nte rio re s, a c on ce ntr ac ao r eg io na l d ap esq uis a e d o m erc ad o d e tra ba lh o p ro fiss io na l, a ss im c om o a c on ce ntra ca o p ess oa l e

r eg io na l d ar en da .a ge c om o obstaculo a o p r oc es so d e macrodesconcentracao industrial.

De fo rm a c re sc en te , a p esq uis a v em s en do v is ta c om o fa to r c ha ve p ara 0

c re s ci m en to , s e nd o q u e a s r eg io e s c om a lt a p a rt ic ip a ca o n as a ti v id a de s d e p e sq u is a e st som a is a pta s p ar a e xib ir a lta s t ax as d e c re sc im e nto . N a c on ce pc ao o rig in al d as in cu ba do -ra s, e e m fu n~ o d a e xis te nc ia d e re cu rs os p re via me nte a cu rn ula do s, o s tra dic io na is

c en tr os in du str ia is te ria m c ap ac id ad e d e r ec ria r n ov as a tiv id ad es m o dem as q ua nd o a svelh as indu strias e ntra sse m em de clinio e se dispe rsa sse m (F rie dm an , 1 972 ). N a

c on ce pc ao d os n ov os d is tr ito s in du str ia ls , b as ea do s n a d es in te gr ac ao v er tic al, a tr av es

d e e m pr es as c oo pe ra nv as , o s r ec ur so s d e p es qu is a s ao c on ce ntr ad os e m p ou co s c en tr os ,cria dos em regio es no va s ou v irgen s (P io re, S abe l. 19 84; S torpe r, 1 989 ; L ip ietz ,

L eb or gn e, 1 98 8) . Em am bo s o s c as os a e xis te nc ia d e b as e r eg io na l d e e ns in o e p es qu is ae m e rc a do d e t ra b a1 h o p ro fi ss io na l s ao f at or es f un d am e n ta is para a a tr ac a o d e a ti vi da d esindustnais.+'

N o q ue s e r e fe re a c on ce nt ra ca o d a r en d a, c omo a p on ta ram O li ve ir a ( 19 7 5)e F urta do (1 97 2), e sta fo i h is to ric am en te u tiliz ad a c om o e stra te gia d e a sse gu ra r d e-

m a nd a d e b en s in du str ia is . F ur ta do id en tif ic ou a c on ce ntr ac ao d a r en da c om o 0maio r

o b st ac u lo e st ru tu ra l p a ra 0d es en vo l v im e nto d a Am e ri ca L at in a e d o B ra si l e razao pelaq ua l e ss as e co no mia s e ntra ra m e m e sta gn ac ao n a D ec ad a d os 6 0. Isto p od eria s erv ir

p ar a e xp lic ar a s itu a~ o re gio na l d e f or m a s em e lh an te . D ife re nte m en te d e u rn p ais c om oo s E sta do s U n id os , o nd e a r en da f am ilia r d os a gri cu lto re s te nd e a s e i gu aliz ar , n o B ra sil

a s a ltas re nda s e stso fortem en te co nce ntra oa s na s m aiore s cid ade s in dustriais ouregi5es.

A rn a d is tr ib uic ao d a te cn olo gia e da r en da e sta o r ela cio na da s. A e xtr em a

d es ig ua ld ad e n a distribuicao d a ren da na o som en te pe rpetu a a inju stica so cia l, m as

tam be m ag e c om o u rn o bstac ulo a o c re scim ento e con om ico, dev ido a o reta rdo nop ro gre ss o te cn ic o, c om o d em on stro u F an zy lb er (1 98 3) p ara a A m eric a L atin a. E ste s

e le m en to s, q ue e xp lic am a d if er en ca in te rn ac io na l, p od em s er ta m bem u tiliz ad os p ar a

a a na li se d as d if er en c as r eg io na is o u s ub n ac io na is em c ad a p a is , e sp e ci al m en te n a qu e le s

d e g r an d e d imen s ao t e rr it or ia l .

N o c aso do B ra sil, a co nc entra ca o indu strial p re via e de sigua lda de do

p ote nc ia l d e p es qu is a e d e r en da d if ic ulta m u rn p ro ce ss o d e d es co nc en tr ac ao in du str ia lp ar a a s r eg io e s p o br es o u v a zi as . A s si m c o ns id e ra n do , naoresta d uv id a q ue a s m e lh or es

c o nd ic oe s p a ra a l oc a li za c ao d e a ti vi da d es d e a lt a t ec no lo g ia e st ao p re d om i na n tem e nt e

n o E sta do de S ao P au lo e sec un daria me nte n o c orre dor q ue v ai de B elo H orizon te aPo rt o A l egr e .12

8 0 sistema ferroviario brasi le iro nunca cumpriu este papel , Alem de sua pequena extensao

(maximo de 38.000km), 0 mesmo nao era in tegrado, l igando basicamente cada regiao

exportadora ao respective porto, alem de possuir distintas bitolas. A navegacao fluvial nao

foi desenvolvida e os principais rios estavam fora das regi5es de maior importancia

economica.

9 A industria autotnobilistica brasileira comecou a produzir no ano de 1960 (ate enta~ existiam

apenas montagens), porem a grande expansao da producao ocorreu a partir do final daquela

decada, com a retomada docrescimento da economia brasileira, Entre 1967 e 1973 aproducao

saltou de 200.000 vefculos/ano para 1.000.000, estabil izando-se a partir de entao, A frota

nacional subiu de 400 mil unidades, em 1955, para aproximadamente 13milh5es, em meados

da' Decada dos 80 (Diniz, 1987).

10 Este processo poderia ser comparado ao movimento internacional de capitais ou da propria

criac;:aoe ocupacao do mercado americano, a partir da segunda metade do Seculo XIX.

11 Existe certa controversia a respeito dos fatores determinantes da localizacao das atividades

de alta tecnologia. Markusen et all (1986) arrola urn conjunto de fatores. Storper. Walker

(1989) alega que as modernas atividades criam seus proprios recursos.

12 A Cidade do Rio de Janeiro e urn caso especial para analise. Embora possua tradicionais

44 Nova Economia IBelo Horizonte 1v. 3 1n.11 set. 1993. Nova Economia 1Belo Horizonte Iv. 31 n, I 1set. 1993. 45

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3 POLARIZAf;AO, REVERSAO E RECONCENTRAf;AO POLIGONAL

o co njun to de forcas an tes m en cio nad o tem co nfigu rad o 0 desen-

v o lv im e n to r eg io n al b ra si le ir o ao lon go do S ecu lo X X.' N este sentido , podem se rc on si de ra do s t ee s e st ag io s de p ad ra o r eg io n al . D e po is de u rn s ec ul o d e crescimentohegem6nico de S ao P au lo , n a D e c a d a d os 7 0 s ua 4 re a m e tro po li ta na c om e co u a p er de rposi~ rela tiva na producao i nd u st ri al p ar a o u tr as r eg iO e s. E n tr et an to , n a D ecada do s8 0 o bs er vo u- se q ue a s m a io re s p ar ce la s d o c re sc im e nt o f or am capturadas pe lo po lt gonomencionado, 0q ua l i nc lu i a m a io r parte do Estado de Sa o P a ul o.

3.1 Cria~o do pOlo decrescimentocia Grande sao Paulo

A partir da segunda m etade do Seculo X IX , ocorreu grande expansaoe co nom ic a n o E st ad o de Sa o P a ul o. E s te p ro ce ss o de n ipi do c re s cimen to a rt ic u lou boa

qualidade de s ua s t er ra s, p ro d uc ao de cate para e xpor ta c ao , e n tr ad a de imigrantes de

o utra s reg io es d o P ais e d o e xte rio r, in tro du eao d o trab alb o as sala ria do , p ro du ca o

mercantil de a l imen tos , t ra n spo rt e f er rov ia r io , a ti v id a de s de e xp o rt ac ao e importacao es er vic es u rb an os e m g er al . E ss e p ro ce ss o p rom ov eu a c on ce nt ra cs o a gr ic ol a e , p os te -r io rm e nte , i nd us tri al n aq ue le e st ad o e la nc ou a s b as es d e um a d iv is ao i nt er -r eg io na l d otr ab al ho n o B ra si l, m a rc ad a p el o p re dom in io d a e co nom ia p au li st a. ( Ca no , 1 97 7; D ea n,

1 97 1; S il va , 1 97 6; M e llo , 1 98 2) .

A o lo ng o d o S ecu lo X X , fo i s en do d ese nv olv id o 0s is t ema de t ra n spo rt e s

e q ue br ad as a s b ar re ir as c om e rc ia is in te re st ad ua is , u ni fi ca nd o 0 me rc ad o n ac io n al

TABELA2

Brasil: Participa~o relatlva dasregiOesna produ~o industrial

Regioes 1907 1939 1950 1970 1980 1990

Norte 4.3 1.1 0.6 0.7 2.4 3.1

Nordeste 16.7 10.4 9.3 5.7 8.1 8.4

Leste 42.3 28.9 28.9 22.7 19.2 20.0

Estado de Siic Paulo 15.9 45.4 46.6 58.1 53.4 49.3

Sui 19.9 13.8 14.0 12.0 15.8 17.4

Centro-Oeste 0.9 0.4 0.6 0.8 1.1 1.8

Brasil 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0

Brasi l - Sao Paulo 84.1 54.6 53.4 41.9 46.6 50.7

FODte: IBGE - Censes Iadustriais

1990 - Estimativa do autor

centres de ensino e pesquisa, alem da sede de importantes corporacoes, especialmente

empresas estatais, a economia local e decadente, niio apresentando nenhum atrativo para a

localizaejo industrial, alem de outros desestimulos de natureza politica e social.

Nova Economia IBelo Horizonte Iv. 31 n. 11 set. 1993.

,(C ano, 1977; O liveira , 1977; D iniz , 1987). 0 Estado de Sao P aulo am pliou sua

p art ic ip ac ao n a producao in du stria l d o P ais de 16% , em 1907 (ano do prim eirol ev an ta m en to re ali za do ), p ar a 5 8% , e m 1 97 0 ( Ta be la 2 ).

Durante todo este penodo as d em ais regio es do P ais p erd eram po sicaorelativa, a excecso d aqu elas prO xim as e co mp lem en tares a S ao P au lo, com o M in asG era is, P ara na e S an ta C ata rin a. q ue m an tiv era m s uas m od es tas p articip ac oes co mof ome ce d or es d e a lim en to s e ma te ri as -p nmas de o ri gem a gr op ec u ar ia e m i ne ra l (M in as

G erais , 1 94 7; D in iz , 1 98 1; D ia gn 6s tico ... , 1 96 8; P ara na .... 1 98 2; P ad is , 1 98 1). E m

v aries ca so s, e ntreta nto , a u nifica cao d o m erc ad o n aclo na l e a e xp an sa o d a p ro du ca op au li st a b lo qu ea ra m o u m e sm o d es tr uf ra m a p ro du ca o r eg io na l q ue t iv er a i nfc io n o f ma ld o S ecu lo X IX . aexem plo d o R io d e Jan eiro , R io G rand e d o S uI e N ordeste . (C ano ,1 97 7; L eo po ld i, 1 98 4; F on se ca , 1 98 8; Um a p ol ft ic a ..., 1 96 7).

3.2 Reversaoci a polariza~o da AreaMetropolitana deSaoPaulo

F oi na virad a da D ecad a d os 60 p ara ad os 7 0 qu e teve in fcio 0processo de

reversao da polarizacao da A rea M etropolitana de S ao Paulo . C om a retom ada docre sc im en to e co no mic o e co m a co nc en trac ao e co no mic a e p op ula cio na l n a re fe rid ar eg ia o, e st a c om e co u a a pr es en ta r d es ec on om ia s d e u rb an iz ac ao . O co rr eu a um e nt o d o

preco da terra ~ d es alug ueis, d os salaries re la tives, do s cu stos de co ng estao e de

infra-estrutura. is A lem d esses, d uas ou tras n atu rezas d e custos n ao q uan tificad os

p ass ara m a ter e feito s ig nific ativ o s ob re a d ecis ao em pre sa ria l: a c res ce nte p re ssa os in di ca l, a com pa nh ad a d e g re ve s, e 0 c on tr ol e d e p ol uic ao p el a C E TE SB.14

Em con tr ap a rt id a outros elem en to s ag iram n o sen tido d e levar ou atra ir

a ti vi da de s i nd us tr ia is p ar a o ut ra s re gio es . A o la do d as d es ec on om ia s d e a gl om e ra ca o

n a A re a M etro po lita na d e S ao P au lo a s e co no mias d e ag lo mera ca o C oram am pliad as

em varias ou tras cidades, no proprio In terior de S ao P aulo e em outros estados.Destaque-se 0e ix o B el o H ori zo nt e- Po rt o A le gr e, o nd e e st a a m a io rr ed e u rb an a d o p ai s

(M a pa 3 ), a m a io r p art e d a p ro d uc ao i nd u st ri al e a me lh o r i nf ra -e st ru tu ra . C omp lemen -

t arm en te , a p o lf uc a e co n om i ca , em t ermos de i nv es tim en to p u bl ic o d ir et o em a ti vi da d esin du stria is, in ce ntiv os fis ca is e c on stru cao d a in fra -es tru tu ra , fo i d ecis iv a p ara a sa lte ra co es re gi on ai s n a p ro du ca o i nd us tr ia l. A d is tri bu ic ao g eo gr af ic a d os re cu rs os e a

f ro nt ei ra a gr op ec ua ri a e m in er al tambem c on tr ib ui ra m p ara q ue a lg um a s a ti vid ad esi nd us tr ia is s eg ui ss em e st as fr on t.e ira s. R es sa lte -s e, a in da , a u nif ic ac ao d o m e rc ad o

p ro pro cio nad a p elo d es en vo lv im en to d os tran sp orte s e d as te le co mu nica co es, q ue

13 A SABESP (Saneamento Basico do Estado de Sao Paulo) est imou que os custos na Regii io

Metropolitana em relacao a s cidades do Interior do Estado de SlioPaulo eram superiores em

20% para abastecimento de agua, 17% para esgoto, 28 a 52% para saiide, 9% para construcao

de escolas (Sao Paulo, 1987). Os salarios industrials eram 30% superiores a media nacional(Azzoni, 1986).

14 Pesquisa direta realizada pelo autor , em 1989, junto a empresas paulis tas que construfram

novas plantas no SuI do Estado de Minas Gerais, confnmou que estas duas razoes foram asprincipais responsaveis pela decisao locacional,

Nova Economia I Belo Horlzonte Iv. 3 In. 11set

1993. 47

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p er mitiu a m plia r a c on co rre rtc ia in te r- em p re sa ria l p eJ a o cu p~ o d es te m e rc ad o, le -vando a locali~ de novas ativ idade s em outras regiO es. .

o re su lta do f oi q ue , a p ar ti r d o (m a l da Deeada d os 6 0, p eJa p rim e ir a v ez

o E sta do de S a o. P aulo com ec ou a perder p osi~ o relativa na produ~ industrialb r as il ei ra , em fu~ d o me no r a e sc im e n to de su a a r e a me tr opO li ta na . E n qu a nt o 0

E sta do d e s ao P au lo p artic ip av a c om 58 % da p ro du ~o in du stria l d o p afs ,e m 1 97 0,p a rt ic ip ou c om a pe na s 3 8% d os i nv e st im e nt os i nd us tr ia is d e ci di do s n a decada, segundou m a am os tr a de 7 .5 14 p ro je to s a pro va do s p ela C DI-M IC ~ C()m is sa o d e D es en -v o lv imen to I n du s tr ia l d o M i n is te n o da Ind tl s tr ia e Comerc i o) . ' Os d ad os d o s C e ns osIndustriais de 1 97 5 e 1 98 0 c on firm a ra m a te nd er tc ia de al~ao, tendo 0 EstadodeS ao P aulo reduz ido sua participa eao na pro ducao industrial do P ais de 58 p ara,re sp ec tiv am en te , 56 e 5 3% . E sta p erd a d e p os i~ o se d ev eu Iis u a A r e a Me t ro p ol it an a ,

q ue r ed uz iu s ua p ar ti ci p~ a o de 7 5 p ara 6 3% da p ro du ~o in du stria l d o E sta do e ntr e

1 97 0 e 1 98 0 e , r e sp ec tiv am e nte , d e 4 4 p ara 3 3% da p ro d~ ao in du str ia l d o P ais ( Ta be la3). N a D e c a d a dos 80, em bora a .cnse econ om ica tenha provocado a redu~ dosi nves t imen to s, t an to 0E s ta d o d e S a o P a ul o q ua n to s ua A r ea M e tr op ol it an a c o nt in ua ram

p erd en do p os i~ o r ela tiv a. Em 1 99 0 a p ar tic ip ac ao d o E s ta do d e S ao P au lo n a p ro du ca ona cional h avia caido para 49% , e a parce la da A re a M etro po lita na n a p ro du ca o d oE sta do d e S ao P au lo e d o P ais c afd o, re sp ec tiv am en te , p ara 6 0 e 2 6% .17

15 Ressal te -se que a Decada dos 70 foi urn per iodo de grande cresc imento da economia

brasileira, tendo 0PIB aumentado em media 8 ,7% ao ano e 0produto industrial 9% ao ano.

Assim, todas as regioes cresceram, porem de forma significativamente diferenciada.

16 A epoca, considerada a importancia das distintas formas de incentivo, praticamente nenhum

projeto industrial de alguma expressao (novo ou ampliacao) deixava de passar por aquela

Comissao. Embora nao haja uma relayao direta entre investimento e producao, dependendo

das respectivas relacoes capitalJproduto, a magnitude da diferenca indicava que mudancas

regionais estavam se processando.

17 Ao lade do Estado de Sao Paulo tambem os Estados do Rio de Janeiro e Pernambuco

continuaram em posicao de perda relat iva, porem em urn processo que remonta ao inicio do

seculo, 0 Rio deJaneiro, em urn primeiro momento, com a decadencia dacafeicul tura e seus

efeitos, pela inexistencia de recursos naturais e pela fraca base empresarial. Posteriormente,

pelo esvaziamento das atividades publicas com a transferencia da capital para Brasi lia. Por

fun, a crise-social da cidade tem afugentado 0capital privado (Cano, 1977 ; Leopoldi, 1984 ;

Melo, Considers, 1986). Pernambuco, pelo peso da industria acucareira, que nao conseguiu

en frenta r a concor renc ia com Sao Pau lo, por uma estrutu ra indus tr ia l desintegrada e ,

recentemente, pela disputa com os demais estados nordest inos em termos de atral iao dos

investimentos incentivados (Diniz, 1988).

48 Nova Economia 1Belo Horizonte 1v. 3 1n. 1 1set. 1993.

MAPA 3

BRASIL: Iocal idades urbanas .

LEGENDA

• 50 .000 - 99 .999

0 10 0.000 - 499 .999

A 500 .000 - 999 .999

• 1 .000 .000 and more

NOTA: 0 autor separou a reg iao Sudest e

of ical em Leste e em S ao Paulo.

Nova Economia 1Belo Horizonte Iv. 31 n. 11 set. 1993. 49

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TABELA3

Grande Sio Paulo:

partlcipalrio relativa na produ~io enoempregoindustrial

RegiOes 1950 1970 1990980

Grande Sio PualolEstado de Sio Paulo

P r o d u l r a o

Emprego

7265

75

70

63

6453

60

Grande Sio PauJoIBrasll

P r o d u l r a o

Emprego

34

27

44

34

33

29

26

2S

BrasH - Grande Sio Paulo

P r o d u l r a o

Emprego

56

66

66

73

67

71

74

75

Fonte : IBGE - Censos Industr ia is.

NEGRI (1990).

3.2.1 Prirneira fase: a reversao da polariza~o

e0espraiarnento industrial noPais

A p ri m ei ra f as e d o p ro c es so d e r ev e rs ao d a p ol ar iz ac a o d a A r ea M e tr op ol i-

ta na d e S ao P aulo oc orre u com um relativo e spraia mento d os inve stim entos e da

p ro du ca o i nd us tr ia l p ar a v a ri as r eg i6 es d o P a is . T a nt o 0I nte rio r d e S ao P au lo q ua nto am a io ri a d os e st ad o s b ra si le ir os amp li ar am s ua s p a rt ic ip ac o es n a p ro du c ao i nd us tr ia l.I nic ia lm e nte a p ro du ca o in du stria l d o E sta do d e S ao P au lo , e xc lu fd a s ua A re a M e tr o-p olita na , a m plio u s ua p ar tic ip ac ao n a p ro du ca o in du str ia l d o E sta do d e 25 para 40%,

ent re 1970 e 1990, o u s eja , d e 14 para 20% d a p ro du ca o n ac io na l, n o m e sm o penodo,

E ste crescim ento foi facilita do pela e xiste ncia d e um a re de de ce ntros urbanos deta m an ho m e dic , p or c er ta tr ad ic ao in du str ia l e p ela e xis te nc ia d e u m a r ed e e sta du al d ec en tr os d e p es qu is a e e ns in o d is trib ufd os p or v an as c id ad es . P or o utr o la do , a medida

q ue a A re a M etro po lita na c om ec ou a a pre se nta r sa tu ra ca o, 0 G ove mo do E stadoo ri en to u s eu s i nv e st im e n to s p a ra 0 i nt er io r, e sp ec ia lm e n te c om a c on st ru ca o de um a

r ed e d e t ra ns po rt es l ig a nd o 0 lito ra l e a A re a M e tr op olita na c om 0 I nt er io r. I st o v ei o

f ac il it ar a r eo ri en ta ca o g eo g ra fi ca d o c re sc im e nt o i nd u st ri al d e nt ro d o p ro p ri o E s ta do ,

reduzindo 0s eu tr an sb or dam en to p ar a o utr os e sta do s o u r eg io es d o P ais .

A pesar deste esforc o, vane s outros estados e re gioes am plia ra m suasp an ic ip ac oe s n a p ro du ca o in du stria l. A Regiao N o rte a m plio u s ua p ar tic ip ac ao d e 0,8

para 2,5% d a p ro du ca o in du str ia l e d e 1,5 para 2,5% d o em pr eg o, e ntr e 1970 e 1985.

E s te c re sc im e n to f oi b en e fi ci ad o p e lo s i nc en ti vo s f is ca is p ro pr oc io n ad os p el a SUD AMe p ela S UF RAMA, 0 q ue p erm itiu a in sta la ca o d e in du stria s d e b en s e le tro nic os d econsumo (45% d a p ro du ca o in du stria l lo ca l) e d e o utro s b en s le ve s, c om o re lo gio s,

50 Nova Economia IBelo Horizonte Iv. 31 n. 11 set. 1993.

o cul o s, ~ i ci cl e ta s , mo t os , ma t er ia l a q u at ic o de p es ca e h ae r. IiI T am b em im p or ta nte fo i

o ap rovei tamen to de r ec ur so s n atu ra ls , p rin cip alm e nte n o E sta do d o P ara , c om o f er ro

alu ~nio, am ia nto , ouro e madeira, e ntre o utro s. E m te rc eiro lu ga r, d es ta qu e-s e oc re sc im en to u rb an o d a re gia o q ue p as so u a c on stitu ir u rn m erc ad o lo ca l d e a lg um ad im e ns ao ( as C id ad e s d e Ma na us e Be le m c re sc er am a a lta s ta xa s n as U ltim a s decadas,

tendo cada um a popula~ superior a 1 milhao d e h abi ta n te s ) (C os ta , 1987' Mendes1987).' , ,

E m seguid a ve rn a R egia o N ord este , c om posta po r 9 estados e com um as it ua c ao i nt em a mu it o d if er en c ia da ( D in iz , 1988). D e fo rm a a gr eg ad a a re gia o a um e n-t ou s ua p ar ti ci pa ca o n a producao i nd us tr ia l d o P a is d e 5,7 para 8,4%, entre 1970 e 1989.

Em~ra 0E sta do d e P ern am bu co te nb a p erd id o p artic ip a¢ Q, p ra tic am en te to do s o sd em ai s e st ad o~ g an ha ram . N o e n ta nt o, 0g an ho to ta l 6 e m m a io r m e did a e xp lic ad o p eloE sta do ~ B ah ia , q ue a ur ne nto u s ua p ar tic ip ac ao de 1 , 5 p a r a 4% d a p r od u cao i nd u st ri ald o B ra sil. C orre sp on de nd o a q ua se 50% da R egiao N ordeste, em 1989. A lem dosi nc en ti vo s ~ s c ai s, 0 fa te m a rc an te f oi a d ec is ao p ela c on str uc ao d o p610 pet roqufmicod e C am ac ari (c om g ra nd e p eso d e in ve stim en to s p ub lic os a tra ve s d a P ET ROQU IS A e

~ OR Q_ mS A), c om o in dic a a p artic ip ac ao d e 48% d a in du str ia q uim ic a n a p ro du ca om dustrial d o E sta do. P or outro la do, os inc entivo s fiscais , atraves da S UD EN Ev ia biliz ar am a im p la nta ca o d e p ro je to s in du str ia is d iv er so s e m v ar ie s e sta do s n or de s~t in o s, v ol ta d o~ p a ra 0 m erc ad o lo ca l, n ac io na l e p ara e xp orta ca o (G uim ara es N eto ,1986; Magalhaes, 1983; R e dwo od I II , 1984).

A R eg ia o C en tr o- Oe ste , c om b aix a d en sid ad e e co no m ic a e p op ula cio na l

exp an~ iu-se nas ul~ s de cad as em fun~ ao da transferenc ia da C apita l F ederal paraB ra silia e d a e xp an sa o d a f ro nte ir a a gr ic ola . S ua p ro du ca o in du stria l a in da e m o de sta ,

p or em v el I_ lc re sc e nd o, e sp ec ia lm e n te p e lo s e fe it os d a e xp a ns ao d a f ro nt ei ra a g ri co la edo aproveitamento d e re cu rs os m in era is , p rin cip alm en te fe rtiliz an te s n o E sta do d eG o~ as . 0 c re sc im e nto p op ula cio na l e u rb an o d a r eg ia o ta m bem p od er a e xe rc er a lg urne f ei to s o br e 0 s eu c r es cnn ent o i nd u st ri al .

A R e gi ao L e st e a pr es en to u c omp o rt am e n to i nt er no d if er en c ia do . 0 E s ta d od o R io d e Ja ne iro , c om o a nte s se in dic ou , v ern e m u rn p ro ce ss o d e p erd a e d ec ad en cia

a o l on go d o s ec ul o, n o q ue s e p o d er ia c ham a r " de si nd us tn al iz a ca o relativa", Os Es tad osd e M in as G era is e d o E sp frito S an to , a o c on tra rio .v em g an ha nd o P 9s i~ ao re la tiv a. 0E sta do d o E sp fr ito S an to p os su i m o de sta p artic ip ac ao , e m bo ra a te nh a in cr em e nta do

na D ecada dos 70, em r a z a o d e a lg un s p ro je to s p ro du to re s d e b en s in te rm e dia rio s

l ig a~ o s a ~ c om~ le x o e x ~r ta do r e b en e fi ci ad o s p el os i nc ei lt iv o sr eg io n ai s e p el a p ol it ic ad e d iv ers if ic ac ao d a Cia. Vale do Rio D oce . 0 Estado de M inas G erais foi urn dosp ou c~ s q ue c o ns eg ui u m a n te r s ua mo de st a p a rt ic ia pc a o r el at iv a n a p ro du c ao i nd u st ri ald o P ais , n o p er io do d e f orte c on ce ntr ac ao em S ao P au lo , g ra ca s a s ua b as e d e r ec urs osm in er ais e a s ua p ro xim id ad e c om a qu ele e sta do . A g iu c om o e co no m ia c om p le m en ta ra o g ra n de c e nt ro i nd us tr ia l d o P a is , i nc lu si ve c omo f om e c ed or a d e b en s i nt er m ed ia ri os

( ac o, c im e nto e tc .) , a lim e nto s e m a te aa s- pn m as m in er ais e a gr op ec ua ria s. E ntr e 1970

18 A rigor, Manaus se transformou em-uma zona l ivre de importacao ja que a quase totalidade

da producao local e baseada em insumos e componentes importados , l ivres de impostos edestin ados ao mercado interne protegido. '

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e 1 98 9 s ua p ar tic ip ~a o fo i a mp lia da d e 6 ,3 p ara 8 ,1 % d o p ro du to ~ d e ,1 ,1 .p ara 8 ,2 %do em prego industria l do Pais. Em urn prim eir~ m om ~to , a m dustna de bensm t erm ed ia ri os e x pa n di u- se e , m a i s r ec en tem en te , f O Ip o te n ci ad a p o r u rn amp lo a p ar at o

i ns ti tu c io n al d e a p oi o a industria1i~o poe parte d o. G o v~ o E s.ta du al, a tra ve s d eincent ivos fiscais e o utro s m ecan ism os e poe p re ss oe s p olu ic as J un ~o a o G o ve rn o

F e de ra l ( D in iz , 1 9 81 ) . P o r o u tr o lado, a p ro x im i da d e g e og r af lc a .? >m S a o ~ a u. lo t em s e

tr ad uz id o e m um a e xp an sa o d iv ec sif ic ad a n a R eg ia o S ui e n o T n an gu lo M ~ elf O. Es~tem s e ap ro veitad o d as d es eco no mias d e ag lo me~ ao d a A r e a Me tr o po !l ta n a ~ e S ~ oP au lo , d o a va nc o in du st ria l n o s en ti do d o O e st e P au hs ta e d a s u~ p e ne tr ac ao e m d ~~ ~a o T ria ng ulo M in eir o, q ue s e a rtic ula c om o s ru m os d a f ro nte ira a gric ola e m d rr ~a o

a o Cen tr o -Oe s te .

A R eg ia o S ui a m pli ou s ua p ar ti cip a~ o n a p ro dn ca o i nd us tr ia l b ~ ile ir a d e

1 2 pa ra 1 7% , e ntre 1 97 0 e 1 98 9,e de 1 7 pa ra 2 0% n ~ e mp re go , at e 19~5 .NO ,R i oG r a nde

do Sui 0 c re sc im e nt o s e d ev eu a tr es a sp ec to s. P ri me ir o, a e xp an sa o a gn c~ la ~ o~ 0

a um en to d a p ro du ca o d e g ra os e s eu s e fe ito s m u !tip ?~ ore s s ob re a s a gr o-l~ du stn asp ro ce ss ad or as d e p ro du to s a gr ic ol as e d as a gr o- m du stn as a mon t an t e, e S ~ la lmen t em a qu in as , e qu ip am e nt os e m s um o s ( 25 A n os . .., 1 97 6) . S ~~ un do , a o c re sc tm e nto .d a

i nd us tr ia d e b en s d e c ap it al e d ur av ei s d e c on s um o . n a R e g~ o d e ~ or to A le gr e- Ca na sd o S uI, a s e co nom ia s e xte rn as g er ad as p el o c re sc nn en to lO d u~ tr ia l e a o~ lO ~ n~ vo s

r eg io n ai s ( A lm e id a e t a l. , 1 9 86 ) . P o r u lt im o , r es s al te -s e 0c res~ ~en t~ d a m du stn a d ec ou ro e d e c alc ad os , q ue s e a pr ov ei ta ra d as v an ta ge ns d e e sp ec ia li za ca o a cum ula da s e

do s i n ce n ti v es a e x po rt ac ao ( L eg em an n , 1 9 86 ).

o E st ad o d e S an ta C a ta rin a a pr ov eit ou -s e d e s ua d up la b as e in du st ri al. A

in du str ia frig orific a d o O es te , e sp ec ia liz ad a e ~ a ve s e s um os (a m ~ d es en vo l~ i~ d o

P ais ), e m fu n~ ao d o c re sc im en to d o m erc ad o l~ te ~o e ~ s e xp o~ ~~ s e .a tra dic io na lR eg ia o d e B lu m en au -Jo in ville , c om p ro du ca o d lv ers lfi~ ~ (te xte is , m S ~II_ le nto sm u s ic ai s, m o to r es , f un d id o s e m a is r ec en tem e nt e b e ns e le tr on ic o s) . A e x pa n sa o . m ? us -

trial d es se e sta do s e s us te nta f un da me nta lm en te n o e mp re s~ o 1 ~, s ~ c on su .tu m~ ot al ve z n o e st ad o b r as il ei ro c om ma io ri a d e i nd u st ri as d e c ap it ai s nacionars e r e g ion a is ,

v o l ta d a s p a ra 0me r c ado na c ion a l e i n te r na c ion a l.

o E sta do d o P ar an a, q ue t ra dic io na lm e nte t in ha s u~ in du st ri as ~ ig a~ .a oc om p le xo d a m a de ir a, in clu si ve d e p ap el , te ve g ra nd e ~ xp an sa o .d as a gr oin du st ri as

p ro ce ss ad or as d e in su m os a gn co la s, e m f un ~ o d a e xc ep ci on al q ua li da de d e s ua s te rr as

e d a e xp an sa o d a p ro du ca o a gr ic ol a. M a is r ec e~ te m en te , v em o c~ rr en do U I D : ~rocesso

de d ive rsificacao industria l no E stado , eS~ l~e~ te na R eg~o .de C uritiba, quereceb eu v aries p ro jeto s estr~ geiro s, c~ mo ~ du stn a ~ uto mo ~llisu ca (V olv o) e d ec ompo n en te s e le tr on ic o s, a tr af do s p e lo s m c e nu v os f is ca is l oc al S. 'p e lo s u ~r te u rb a nod e C u ri ti ba e p or s ua r ela tiv a p ro xi mi da de c om a A re a M e tr op ol it an a d e S ao P au lo .

3.3 Debate sobre a interpreta~ao da reversao da polariza~o

A q ue sta o d a r ev er sa o d a p ol ar iz ac ao o u n ao d a A r e a Me tr op o li ta n a d e ~ ~ o

P au lo te m s id o m otiv o d e m te rp re ta co es c on tr ov ers as . T ow nro e, K ee n ( l9 84 )~ u u~ -z an do a pe na s d ad os d e p op ul ac ao , conclufram s er e st e 0p r im e ir o c a so d e p o la ri za ca o

r ev er sa n o T er ce ir o M u nd o. A z zo ni (1 98 6) e S to rp er ( 19 91 ) n eg ar am q ue e st e p ro ce ss o

5 2Nova Economia IBelo Horizonte Iv. 31 n.l l set. 1993.

e stiv es se o co rr en do . N o e nta nt o, s ua s a na lis es e sta o b as ea da s e m c on ce pc oe s m e to -

d o l6 g ic as q u es ti on a ve is em v a ri es p o nt os .

E m p rim e ir o l ug ar , a m bo s t om a ra m o sd ad os do E st ad o d e S ao P au lo para

c ompa ra r c om 0B ra sil e n ao s ua A r e a Metropol i tana, 0q u e d is to rc e o s r es u lt ad o s p e loc re s ci m en to d o I nt er io r d o E s ta d o, · e nq u an to s u a A r e a Metropol i tana e s t a caindo.

S eg un do , A zz on i e stim a, a tra ve s d e u m a adap~ do m odelode K al-d or (l9 70 ),1 9 a ta xa d e e xc ed en te i nd us tr ia I p or e sta do s, c on clu in do q ue o s E sta do s d e

S ao P au lo e d o R io d e J an eir o t in ha m ta xa s d e e xc ed en te s m a io re s q ue a m e di a n ac io na le o s E stad os d o R io G ran de d o S ui, d e S an ta C atarin a e d o E sp irito S an to , . ab aix o.

A rg um en ta en tao q ue a tlire~ o reg io nal d os in vestim en to s e da p ro du ca o s e darla

s eg un do a m a io r t ax a d e e xc ed en te s. N o e nta nt o, o s r es ult ad os e m pf ri co s d os C en so s

d e 1 97 5, 1 98 0e 1 98 5 e as a va li ac oe s q ua li ta tiv as d od es em p en ho i nd us tr ia l d as r eg io esm o str ar am q ue 0 flu xo d e in ves tim en to s e a p ro du cao fo ram em d ire~ o in versa . Ae vid en cia c on firm a q ue a s d ec is oe s d e in ve stim en to e 0 c ompo rt amen t o emp r es a ri al

n ao s e fa ze m c om v is ta s a m ax im iz ac ao d os lu cr os n o c urto p ra zo , m as s im d en tro d eum a e str ate gi a d e c re sc im e nt o d e lo ng o p ra zo , o nd e e le m en to s e str ate gi co s e p ro sp ec -tiv os s ao f un da m en ta is , s ej a d en tr o d e um a v is ao d e in ce rte za e r is co ( Ke yn es , 1 93 5) ,seja co mo m ecan ism o d e cri~ de ba rr e ir a s a e ntr ad a, d iv er si fi ca ca o p ro du tiv a eo cu pa ca o d e n ov os m e rc ad os o u a pr op ria ca o d e r ec ur os n at ur ai s (Labini, 1 9 73 ; B a in ,

1 96 2; P en ro se , 1 95 9; S te in dl, 1 95 2; K ale ck i, 1 97 3) .

F in alm en te , A zzo ni arg um en ta q ue as ec on om ia s d e ag lo meracao sao

r eg io na is e n ao u rb an as e , portanto, a .r e fe r en c ia d e v er ia s e c0" cam p o a g lom e ra ti vo " d eS ao P au lo , q ue 0 a ut or e sti ma c om o s en do a pr ox im a da m en te a a r e a d en tr o d e u rn r aiod e 1 50 km d e s ua a r e a me tr op o li ta n a. O s d a do s emp fr ic o s, e n tr et an to , d em on s t ram q u e

o e sp ra ia m en to in du st ri al n o P ais n ao s e f e z d e n tr o d es te li mi ta do r aio m a s s im n a a m pl are giao q ue v ai d o C en tro de M in as G era is ao N ord este d o R io G ra nd e d o S uI, cu jae x te n sa o a ti ng e a p ro x im a d am e n te 1 .7 0 0km e , em s e nt id o r ad ia l, n a d ir ec ao d e R ib e ir aoP re to , U b er ab a, U b er la nd ia e B au ru , L on dr in a, M a rin ga , e m a m bo s o s c as os c om m a isde 6 00 km d e d is ta nc ia (M ar ti ne , D in iz , 1 99 1) .

S to rp er (1 99 1), e mb ora c om r eje i~ o q ua lif ic ad a, a rg um en ta q ue a m u -

d an ca re gio na l g er alm en te o co rre c om a in tro du ca o d e u rn n ov o r am o o u c om p le xoin du str ia l n a e co no m ia n ac io na l, d es de q ue e ss a te nh a c ria do u rn la rg o m er ca do d e

c on sum e d e m a ss as . S eg un do e le , c om o e st as n ov as in du st ri as n or m al me nt e r eq ue re m

in su mo s o u re cu rs os q ue n ao p od em s er e nc on tra do s n os c om ple xo s in du stria is e xis -t en te s, p ar tic ul ar m en te e m s et or es i no va ti vo s, a br em um a "janela de opo r tu n i da d e slo ca cio na l" in de pe nd en te < l as e c on om ia s d e a gl om e ra ca o e xi st en te s. S eg un do e le , am ud an ca n o c om p le xo p od e s er a b as e p ara a r ev ers ao d a p ola riz ac ao in te r- re gio na l en a o s imp le smen te pela e x te n sa o r eg io n al d a s i nd u st na s e x is te n te s, 0que e x emp li fi c aco m 0 o co rrid o e m d is tin ta s r eg io es d os E sta do s U nid os . A le ga q ue e m p ar se s c om

19 Segundo este modelo , a produt iv idade regional do t rabalho varia posi tivamente com 0

crescimento (lei de Verdoorn), pois os salaries nominais crescem menosque a produtividade

nas regioes mais desenvolvidas, reduzindo 0 salario de eficiencia - na suposicao de que os

salaries crescem a mesma taxa nas varia s regioes e que a produtividade cresce mais nas

regioes desenvolvidas.

Nova Economia IBelo Horizonte Iv . 31n. 11 set. 1993. 53

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m erc ad o p eq ue no , c om o ~ 0 c as o d o B ra sil, 0 numero d e c om p le xo s in du str ia is e d ec en tr os t e rr it or ia is ~ p equ en o, d if ic u lt an d o 0p r oc e ss o d e d e sco ncen tr a cs o .

N o e nt an to , ~ d is cu ti ve l s e o s n ov os c omp le xo s s e l oc a li za ri am em re g io esa tra sa da s o u v az ia s e m o m p afs c om o 0B ra sil, d es de q ue e ss as a re as n ao d is pO em d osr eq ue rim e nto s lo ca cio na is fu nd am e nta is p ar a a s a tiv id ad es b as ea da s e m te cn olo gia sa v an c ad as , c omo c e nt ro s d e p e sq ui sa , m e rc a do d e t ra ba lh o e sp ec ia li za d o, e i nf ra -e st ru -t ur a d e c omu a ic ac a o. A e x pe ri en c ia d emo n st ra q ue 0c r es c imen to i nd u st ri al o co rr e p e la

assim i~ao e absorcao d o a va n co t ec n ol 6g ic o d os p ar se s i nd us tr ia li za d os e , n e s te c as o,

a tende ncia ~ qu e a a ssim ila~ o se fac a nas a re as m ais de sen volvida s, reforcand o ac on ce ntr ac ao , c om o d em o ns tr a a e xp er ie nc ia b ra sile ir a r ec en te . A o c on tra rio , 0 pro-c e ss o d e d e sc o nc e nt ra c ao in d us tr ia l b ra si le ir o o co rr eu p el o e sp ra iam e nt o d o s s et or esexistentes, itd if er en ca d o am e ri ca n o, o nd e e ss as condicoes e st av am p re se nt es o u f or amcriadas n a m a io ria d as r eg io es ( M ar ku se n e t a l. , 1 98 6) .

F in a lm e nt e, embo ra s e r e c on he c a a p er da d e p a rt ic ip ac a o r el at iv a d o E s ta d od e S ao P au lo n a D e ca da d os 7 0, s e a le ga q ue a d if er en ca a bs olu ta a om e nto u, s ug er in do

eco nom ias exte mas e m S ao P aulo. N o entan to , 0 a um en to d a d ife re nc a a bs olu ta ~

n orm a l a te u m c er to m o m en to , p ois a s b as es s ao s ig nif ic ativ am e nte d if er en te s. A titu lo .d e e xe mp lo , s e u m e sta do c om o S ao P au lo p oss ui a pro xim ad am en te 50 % d o e mp re go

in du str ia l d o P af s e o utr o e sta do 1 0% , p ar a q ue 0 c re sc im e nt o a b so lu to s ej a 0mesmo ,o s eg un do e sta do te ria q ue c re sc er c in co v ez es m ais d o q ue 0primeiro , 0q ue e d if ic il

d e s e r co ns egu id o .

D a da s a s e vid en cia s a pr es en ta da s, p od em o s c on clu ir q ue o m p ro ce ss o d ep ola nz ac ao n a A r e a M etro po lita na d e S ao P au lo , e m es mo n o E sta do d e S ao P au lo , fo ire vertido no pe riod o p6s-1970. E ntretanto , nio pa re ce qu e esta tende ncia de re -ven io em sen tido am plo continuara ate 0 fin al d o s ec ulo . A o c on tra rio , a g ra nd ee nf as e e m in du str ia s d e a lta te cn olo gia e 0 r el atl vo d ec ll ni o e f ra ca ss o d as p ol i't ic a s

re giona is e do in vestim ento estata l, ab re m um a te rc eira p ossibiIidade . N esta 0

processo dedesconcentraeao sera enfraquec ido e 0 cresc im ento tendera a se

c irc un sc re ve r a o E sta do d e sa o P au lo e a o g ra nd e p ollg on o e m to rn o d ele . E sta mo sc ha ma nd o e ste p ro ce ss o d e a glo me ra ~o p olig on al.

E ssa id eia d e a glo me ra ca o p olig on al d ife re d a id eia d e re po la riz ac ao e m

S ao P au lo , d efe nd id a p or S to rp er, e m d ois p on to s. Em p rim e ir o lu ga r, S to rp er n aosepara 0d ecH ni o d o d in am ismo d a A r e a Me tr op ol it an a d e S a o P a ul o d o r es to d o E s ta d o.

E m s eg un do lu ga r, a s e vid en cia s e mp fric as s up orta m a te se d e q ue a re po la riz ac ao el imitada para expl icar 0p ro ce ss o d e a glo m era ca o n o S ud es te b ra sile ir o, q ue v ai a le mda m e a d o E sta do d e S ao P au lo , in co rp ora nd o u ma a mp la re gia o, d este 0C en tr o d eM in as G ec ais a te 0N ord es te d o R io G ra nd e d o S uI.

3.4 M ud an~ s tec nolO gic as e 0 p ote nc ia l p ara a glo me ra ~o p olig on al

o c re sc im e nt o i nd u st ri al e a d e sc o nc e nt ra c ao r el at i v a o bs er va da n a D e ca dad os 7 0 o co rre u d en tr o d o m e sm o p ad ra o in du str ia l a nte rio r, c om g ra nd e e xp an sa o das

indus trias b a si ca s - a r ti c ul ad a s it b as e d e re cu rs os n atu ra is - e d os d ur av eis d e c on so m o.

54 N ov a E co no m ia I B el o H or iz on te Iv . 3 1 n . 1 1 s e t. 1 99 3.

Ao c o nt ra ri o, a s mu d an ca s t ec no l6 g ic as e m c o rs o i nd uz em e x at am e nt e a .

e xp an sa o d e se to re s q ue e sta o fo rte me nte su ste nta do s n a c ie nc ia e n a te cn ic a, c om

r ed uz id a o u in ex pr es siv a d em a nd a p or re cu rs os n atu ra is . O s r eq uis ito s lo ca cio na isd es te s s et or es e st ao a rt ic ul ad os c om a p re se nc a d e c e nt ro s d e e ns in o e p e sq ui sa , m e rc ad od e tr ab alh o p ro fis sio na l, r e~ in du str ia is a rtic ula da s g eo gr af ic am e nte , f ac ilid ad e d ea ce ss o, b as e e du ca cio na l e c ultu ra l, c lim a d e n eg 6c io s, c on ce ntr ac ao d os r ec urs os d epesquisa, e ntre o utro s (M arkuse n et al .. 1 986). E mbo ra este s recu rsos possa m se re nc on tra do s e m lo ca liz ac oe s d is pe rsa s, e ste s te nd em a s e re strin gir a re gio es c omg ra n de s a g lom er ac o es u rb an a s. As p ou ca s l oc a li da de s c om v an ta ge ns p re -e x is te n te stende m a am plia -la s a inda m ais, desde que 0 c re sc im en to d as a tiv id ad es d e a ltat ec no lo g ia a ja c omo p o de ro sa f or ea a gl om e ra ti va ( Sc o tt , S to rp e r, 1 98 6 ).

N este se ntid o, n os u ltim os a no s v em s en do e nfa tiz ad a a importancia do sp ar qu es t ec n ol 6g ic o s p ar a 0 d es en vo lv im e nto in du stria l e m g er al, b em c om o p ar a 0

c r es c imen to d if e re n ci a doda s

r eg io e s, e sp ec ia lm e n te n os p a rs es i nd u st ri al iz a do s ( D e-m a to s, 1 99 0; I mp la nta ca o .. ., 1 98 8; S em in ar io . .. , 1 98 7; M a ss er, 1 99 0; S m ilo r e t a l.,1 98 8; M o nc k e t a l., 1 99 0) .

A ma io ri a da s a na lis es p ar te d o re co nh ec im e nto d o p ro ce ss o d e r ee sttu -

t ur ac a o d o s is tem a p ro du ti vo i nt em a c io na l, c om a em er ge n ci a de n ov o s s et or es . E s se ssao ide ntificados co mo ind ustria de alta tec nologia , qu e ca rc terizaria u ma n ovar ev ol uc a o i nd u st ri al e om n ov o c ic lo e xp a ns iv o de l on g a d ur ac a o, n a t ra d i~ a o a n al it ic ad e Ko nt ra ti ef e S c hump et er .

D o p on to d e v is ta r eg io na l, a a va lia ca o te rn s id o f eita ta nto p ar a o s p ais esin du stria liz ad os, q ua nto e m te rm os d o e ve ntu al p ote nc ia l d e d es co nc en tra ca o o u d er ef or co d e c on c en tr ac ao n os p a fs es d e i nd us tr ia li za c ao r ec e nt e.

A te o nd e e sta c on ce pc ao se e nc aix aria p ara 0c as o b ra sile iro ? A pe sa r d oa tra so r ela tiv o d a te cn olo gia b ra sile ir a e m r ela ca o a os p afs es in du stria liz ad os , v ar ia s

a~6es espontaneas , c irc un sta nc ia is o u m es mo p ro gra ma da s v ern se nd o to ma da s. E s-

tim a-s e a e xis te nc ia d e 1 5 c id ad es c om a lg um a e xp erie nc ia e m p 6lo s te cn ol6 gic os,

sendo , no en ta nto , pouca s as que po dem se r c onsiderada s be rn suc edida s o u c om

p ote nc ia l d e d es en vo lv im e nto ( Im p la nta ca o . .. , 1 98 8; M e de ir os , 1 99 0) . E ntre e sta s,p od e-s e d esta ca r C am pin as , S ao C arlo s e S ao Jo se d os C am po s, e m S ao P au lo ; S an taR ita d o S ap uc af , e m M in as G e ra is ; F lo ria n6 po lis , e m S an ta C ata rin a;e Po rto A le gre ,

no R io G rand e do S uI. Ha p or o ut ro l ad o, g ra nd e e xp e ct at iv a q u an to a e xp er ie n ci a d eC am p in a G ra nd e, n o E sta do d a Parafba ( N or de st e d o B ra si l) , c u jo s r es ul ta do s a in da n aop erm ite m u ma a va lia ca o m ais c on clu siv a. A pe sa r d o g ra nd e e sfo rc o lo ca l, e sta e x-p erie nc ia e nfre nta a s d ific uld ad es d o is ola me nto , e m te rm os e co no mic os e m esm o d ei nr eg ra c ao p ro fi ss io na l e c ie n tf fi ca c om a r eg ia o m a is i nd u st ri al iz a da d o P a is . J a 0caso

da R egiao C entral de M inas G erais e sin gular. E mbora disponha de im porta nte e

t ra di ci on al b as e u ni ve rs it ar ia e de tradi~o de p e sq u is a n a a re a m i ne ra l e m e ta hi rg ic a ,

n os u ltim o s a no s a a ~a o d o G o vem o E sta du al d es m ob iliz ou v ar ie s o rg ao s e sta du ais d e

p e sq u is a e p lan e jamen to , c omp rome ten d o 0f ut ur o t ec n ol 6g ic o d a r eg ia o ( D in iz , 1 9 88 ).

Ent re todas, a e xp erie nc ia d e C am pin as ta lv ez s eja a mais b em s uc e di da .

A p oia da n a UN IC AMP, a T ele bra s (T ele fo ne s B ra sile iro s S . A .) d ec id iu p ela m o nta -ge m do se u c entro de pesquisa naq uela cid ade. V ana s e mpresas m ultina ciona is, a

e xem plo d a R ho dia e I BM , to m ar am decisoes semelhantes. oGo vemo F e de ra l i ns ta lo u

N ov a E co no m ia I B el o H or iz on te I v . 3 I n . 1 1 s e t. 1 99 3. 55

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o en ( C en tr o T ec no l6 g ic o p ar a I nf orm at ic a) e 0L ab or at6 rio d e S fn cr ot on . A e ss es s e

soma 0 l AC ( In sti tu te A g ro no m ic o d e C am p in as ) e 0I T A L ( In st it ut o c e T ec no lo gi a d e

A lim entos). A rticulado a essas iniciativas foi criad a a C lA ffiC (C ia. d e D esen-

v ol vim en to d o P 61 0 d e A lt a T ec no lo gia d e C am p in as ). 0res ulta do ~ q ue a C id ad e d e

C am pi na s p os si ve lm e nt e p o ss ui a m a ie r e m a is d iv er si fi ea da base d e p es qu is a d o P ai s,

o q ue tern perm itido a cria~ ou atra~ de indristrias d e a lt a t ec no lo gi a p ar a a r eg ia o.

D e a co rd o c om l ev an ta me nt o e fe tu ad o e m 1 98 7, e xis ti am 5 0 e mp re sa s, af localizadas,

q ue s im u lt an ea me nte e om er cia 1iz av am p ro du !o s d e a lt o c on te nd o te cn ?1 6g io , i I_ lte -

r ag ia m c om u ni ve rs id ad es e c en tr os d e p es qu is a p ar a o bt er em te cn olo gi a, p os su ia mq ua dr o d e p es so al t tc nic o- cie nti fic o r ele va nt e e in ve sti am p ar ce la d e s ua r ec ei ta e m

p es qu is a e d es en vo lv im e nt o ( Sem in ar io . .. , 1 9 8 7) . A v al i~ 5e s q u al it at iv as c o~ d as p el oa uto r e m v ia ge m d e p es qu is a it r eg ia o, e m f in s d e 1 99 0, c on fm n ar am a c on tm u id ad e

da cri A b ·1· 20do processo, apesar cnse econonu ca rasi eira,

o s eg un do c as o d e s uc es se ~ S a o C ar lo s. T am be m b as ea do e m d ua s e se ola s

de e ng en ha ria e em fo rte s D ep ar tam en to s d e F is ic a d os M ate ria is s urg iram v arias

i ni ci at iv as , p ri nc ip al m en te d e p ro fe ss or es e e x- al un os . Em fm s d e 1 99 0 e xis tiam m ais

d e 5 0 e m pr es as , c om d es ta qu e p ar a m at er ia l c er am ic o, e qu ip am en to s d e laser, opticos,m e ca ni ca d e p re ci sa o e a ut om a ca o i nd u st ri al . A mterelacao e n tr e o s p r op r ie ta r ie s d e st as

e m pr es as , p ro fe ss or es e a lu no s d as e sc ol as d e e ng en b ar ia t ev e g ra nd e p ap el n a e xp an sa o

d as a tiv id ad es m od em as n a re gia o, es pe cialm en te atrav es d a F PA TS C (F un dac ao

P ar qu e d e A lt a T ec no lo gi a d e S ao C ar lo s) .

A e xp er ie nc ia d e S ao Jo se d os C am p os ~ d if er en te . 0d es en vo lv im e nt o d e

a tiv id ad es m od em as e st a f un da me nt al me nte v in cu la do it mstalacao na cidade , p orr az oe s p oli ti c a s e d e e st ra te gi a m il it ar , d e i mp or ta nt es c en tr os d e p es qu is a m ili ta r, a

p artir d a D ec ad a d os 5 0, a s ab er: IT A (In stitu to T ec no lo gico d a A er on au tic a) e 0A

(C en tr o T ec ni co A e ro es pa ci al ), o s q u ai s c ri ar am v ar ie s i ns ti tu to s e c en tr os d e p es qu is a

·v in eu la do s. A rtieu lad as a e stas in stitu ic oes fo ram c ria das v arias em pre sas , c om

d es ta qu e p ar a a Em br ae r ( av io es ), A vib ra s, T ec na sa , A m pli ma ti , E ng es a, C o mp os ite e

Orbira, t od as c om p ro du ca o v in cu la da A a re a m i li ta r. A s m u da nc as n o c en ar io m u nd ia l

p ro vo ca ra m, n o e nta nt o, u rn a p ro fu nd a c ris e n as in du str ia s d a r eg ia o, i mp on do a b us ca

d e r ee str ut ur ac ao e r ec on ve rs ao p ar a 0 a te nd im e nt o a d em a nd as c iv is , 0q ue, p or s ua

v ez , ta mb em d ep en de d a r eto m ad a da e conomia b ra s il e ir a .

N a C idad e de Santa R ita d o S apu caf, a rtieu lad o ao IN A 1 EL (Institu to

N ac io nal d e T ele co mu nica co es) fo ra m im pla nta das p eq ue nas em pre sas n a ar ea d einformatica e te le co mu nica co es , en tran do n os n ic ho s d e m erca do e in clu siv e c om

g ra nd e su ee ss o ex po rtad or . E xp erien cia s em elh an te v er n o co rren do n a C id ad e d eF lo na no po lis, atrav es d a a rticu lac ao d a U niv ers id ad e F ed eral d e S an ta C atarin a,

e mp re sa s e e mp re en de do re s lo ca is . A ln cu ba do ra d e m ic ro ele tr on ic a e e on sid er ad a

u rn r ela ti vo s uc es so . A a re a d e m e ca nic a d e p r ec is ao t er n t am b em d em o ns tr ad o s er u m a

d as m ais p ro mi ss or as d o P ai s. E st a s e a rtie ul a c om a b as e i nd us tr ia l lo ca l, c om t ra di~ ao

20 No momento vem sendo levantadas va rias h ip6teses para exp lica r os l imites da a tr acao de

urn maior mimero de indust rias de a lta tecno log ia para a regiao, 0 que era esperado,

especialmente para as areas da ClAlEC.

56 Nova Economia 1 Belo Horizonte 1 v. 3 1 n. 1 1 set, 1993.

I

n aa re a d e f un did os , m o to re s e in st ru me nt os , e c om a a r e a industrial mais desenvolvida

do Pais.

A R eg iao d e P orto A leg re , e mb or a n a o p os sa s er c ar ae te riz ad a d a m es ma

m a ne ir a, p or n ao te r um aa rt ic ul ac ao i ns ti tu ci on al c om o a s d em a is , a pr es en ta u rn g ra nd e

d in am i sm o i nd u st ri al , e sp ec ia lm e nt e n a linha d e i nd U st ri as d e m a te ri al d e t ra ns po rt e,

d u ra ve is d e e on sum o e i nf orm at ic a,

A is to s e a cre sce nta a propria A re a M e tr op oli ta na d e S ao P au lo q ue , p ela

su a im po rta nc ia e m te nn os d e p ro du ~o in du strial, m stin nc oes d e e ns in o e p es qu is a e

m er ca do d e t ra ba lh o p ro fis sio na l, p od er a s e e on st itu ir e m v er da de ir a i nc ub ad eir a p ar a

a lg um a s a ti vi da de s d e a lt a t ec no lo gi a, a pe sa r d e a r eg ia o e st ar p er de nd o p os ic ao r el at i v an a p ro du ca o in du str ia l e m g er al .

As e xp er ie nc ia s b er n s uc ed id as i nd ic am q ue , c as o s ej a p os siv el m an te r a

e xp an sa o d as ativ id ad es tec no lo gic am en te m od ern as n o B ras il, e sta s ten deriam a s e

a p ro x ima r d a a re a ma i s i n du s tr ia li za d a do P ais , v ale d ize r d o E sta do d e S ao P au lo e d os eu e nt om o , p od en do s e e ste nd er n o c or re do r B elo H or iz on te -P or to A le gr e. A s c ar ac -

t er fs ti ca s d o p ro ce ss o d e d es en vo lv im e nto n ac io na l e a f or ma d e m te rv en ca o d o E sta do

r ef or ca ra o e st a c on ce nt ra ca o. I st o i nc lu i a m o dem iz ac ao d o p ar qu e p ro du ti vo e xi st en te ,v ia i nc or po ra ca o d os n ov os e qu ip am e nto s o u p ro ce ss os o rg an iz ac io na is g er ad os p ela s

a tiv id ad es d e a lta te cn olo gi a, p el a p re ss ao d a n ec es sid ad e d e g an bo d e e fi ci en cia n as

e xp or ta co es e d a n ec es si da de d e d iv is as (Haddad, 1990).

F in al m en te , a r ec en te d ec is ao de s e e ria l" u rn m er ca do i nte gr ad o n o C o neS ul, a tra ves d o M E RC OS UL (0qualinclui 0 P a ra g ua i, 0 U ru gu ai, a A rg en tin a e 0

Br a si l) , p o de r a te r e fe ito r eg io na l m ar ca nt e. C as o 0 m e sm o s e d es en vo lv a, r ef or ca ra a

e co no m ia d a Regiao C en tro S uI d o B ra sil q ue , alem d e se r a m ais d es en vo lv id a, e sta

g eo gr af ic am e nt e p ro x im a d os d em a is p ai se s.

4CONCLUSAO: OBSTACULOS PARA A DESCONCENTRAyAO

INDUSTRIAL NO BRASH..

Em s fn te se , 0 e feito co mb in ad o d e m ud an ca s n as ec on om ia s d e a glo me-r ac ao , c re sc en te i nt eg ra ca o d o m e rc ad o n ac io na l, r el at iv a d is po ni bi li da de d e r ec ur so s

n at ur ai s, c on fl it an te s e sf or co s e nt re o s n iv ei s federal e e st ad ua l p ar a 0desenvolvimento

r eg io na l, d es ig ua ld ad e r eg io na l d o g as to e m pe squisa , me r ca d o d e t ra b al h o p r of is s io n al

e r en da t en de m a c on fm a r 0c re sc im en to e co no m ic o n ac io na l n a r eg ia o q ue v ai d e B elo

H or iz on te a P or to A le gr e. E st a r eg ia o, q ue inclui 0p ro p ri o E s ta do d e S ao P au lo , p od er ia

s er c ar ac te riz ad a c om o 0 po l igono Be lo Hor i zon t e-Ube r Iand i a-Lond rina IMa r inga-P or to A le gr e- Flo ria no po lis -S ao J os e d os C am p os -B elo H or iz on te ( M ap a 2 ). E xc lu id a

a A rea M etr op olita na d e S ao P au lo , tal r eg ia o a mp li ou s ua p ar tic ip ac ao n a p ro du ca o

in du stria l d o P ais d e 33 para 51 %, e nt re 1 97 0 e 1 99 0. Is to p er mit e c on ci li ar a ideia de

r ev er sa o d a p o la ri za ea o d a A r e a Me tr op oli ta na de S ao P au lo , q ue d e f at o o co rr eu , c om

a idela de um a aglo meracao n este grande poligon o. E sta m udanca , no entanto, na o

r ep re se nta u rn a m ud an ca m ac ro es pa cia l, c om o f oi 0 c as o a me ri ca no o u u m a r ep ola ri-

~o no E stado de S ao P au lo , c om o s ug er id o p or S to rp er ( 19 91 ). E ste n ao e , e m u lt im a

Nova Economia 1 Belo Honzonte 1 v.3 1 n. 1 1 sell993. 57

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a n al is e , om verdadeiro caso de d e sc e n~o , COOlQ desejado p o r a q ue le s p r eo c up a -. dos em al~ UDlde se nvol v im en to r eg i oo a l mais equilibrado no B r as il .

A aparen te am bigU idad e entre a ten d~n cia a desconcenuaeao ma-croespaeial, baseada em recursos n at ur ai s e n a unifi~ do mercado, e a a gl om ~poligonal, baseada n a d om in an cia d e S ao Paulo, re su lta d a ~ o d e f0 f\:3 S o po sta sn aeconomia brasileira e d e d i fe re n te s p e rf o do s h i st 6 ri c os . De UDllado, a d e sc on ce n~

m a cr oe sp ac ia l d e se nv o lv id a d e sd e 0 fmal da D ec ad a d os 60 f o i s u po r ta d a pela buscad e r ec urso s n atu ra is, fo rte in te rv ~ e stata l e m te rm os d o in ve stim en to feito , c on sti-

t ui ~ d e i nf ra -e st ru tU r a e i nc en ti vo s. E ss e p ro c es so p ar ec e e st ar se nd o bloqueado pelasd ifi cu ld ad es d e o m pais perifenco em criar p 6lo s d e a cumu la c ao au to - sus t en t ave i s e

r el at iv ame n te i nd ep e nd e nt es d o c en tr o d om in a nt e.

Embor a t . e n h a ocorr ido UDlr el at iv o p ro c es so d e desconcentracao industr ia l

no s u ltim os 2 0 anos , varies e le me nto s p arec em a te nu ar a p os sib ilid ad e d e su a c on -

tin ua~, pelo m en os n a v elo cid ad e e na dire~ reg is trada.

Em p r im e i ro lugar, naDecada do s 80 a e co n om i a b ra si le ir a f oi a ti ng id a p o r

u m a f ort e c ri se . D e um a taxa media d e c re sc im e nt o d e 9% ao ano , na Decada do s 70,

para to da a Decada do s 800 c re sc im en to g lo ba l d a i nd us tri a n ao c he go u a 10%. Comon a e co n om i a b ra si le ir a a s transformacoes r eg io n ai s d a i nd u st ri a s e f az em f un d am e nt al -

m ente em fun~o da orientacao l oc ac io na l d os n ov os i nv es ti me nt os , e n ao p ela r elo -

c al iz ac ao d e p la n ta s j a e xi st en te s, 0p ro ce ss o d e c ris e f re ou o u c on ge lo u a s a lte ra cc es

r eg i on a is d a p r odu c ao .

E m se gu nd o lu ga r, a s transformacoes t ec n ol 6g ic as e e st ru tu ra is em c ur so

p arecem frear 0 p ro ce sso d e d esc on cen tra ca o m ac ro es pa cia l re co nc en tra nd o a s

a ti vi da de s m o de m as n a area m tu s d es en vo lv id a d o P ai s.

E m terceiro , a crise geral d a eco no mia b rasile ira lev ou It s imultaneareducao d os i nv es tim e nt os e st ata is d ir eto s, d os i nc en ti vo s e d a construcao de in f ra - e s-

tnitura, 0que s e gu r amen te p r ej u di ca rA 0p ro c es so d e d e sc o nc en tr ac ao i nd u st ri al . A l 6m

d is so , a o ri en ta ca o p o li ti co -i de o l6 g ic ad o a tu al G o vem o, c om f or te d o se d e l ib e ra li sm o ,

s eg u ram en te b en e fi ci ar a a s r eg io e s m a is d e se n vo lv id a s, 0 que d i fi c ul ta 0 estabeleci-m e nt e d e p oH tic as c om p en sa t6 ri as p ar a a s r eg io es p ob re s e m en os p ov oa da s.

E m q ua rto l ug ar , v ern a q ue st ao e st ru tu ra l m ai s r ele va nt e p ara a a na lis e d aque sta o r eg io n al b ra si le ir a, q u al s ej a, a d is tr ib u i~ a o r eg io n al e p es so a l d a r en d a. Em b or a

o P ais p ossu a u ma p op ula ca o d e a pro xim ad am en te 150 m ilh Oe s d e h ab ita nte s, ad im en sa o a bso lu ta d o m erc ad o a in da 6 re la tiv am en te p eq ue na , s e c om p ar ad o A d os

p a is es i nd u st ri al iz ad o s, p e lo f at o d e s er b a ix o 0 n iv el d e re nd a m ed ic e a lta a c on ce n-tra ~o d a re nd a. N este s te rm os, 0m ercado intem o no B rasil ain da estaria p ara ser

c o ns tr ul do . A s sim s en d o, 0p e rf il d a d is tr ib u ic ao r eg io n al e p e ss oa l d o s r en d im e nt os s e

a pr es en ta c om o 0 g ra nd e o bstac ulo p ara u ma e fe tiv a p olitic a d e d esc on ce mra ca o

r eg io n al d a i nd u st ri a n o B ra si l. A l em d a s d if ic ul da d es e st ru tu ra is p ara a redis tribuicao,a dv in da s d as n ec es si da de s d e m u da nc as n a e st ru tu ra p ro du tiv a, o co rre t am b em um a

recorren te re~o politica e ideol6gica con tra a efenvacao de um a politica de tal

e nv er ga du ra , q ue im p li ca ri a m u da nc as n a p ol it ic a d e g as to s p ub li co s, n a d is tri bu ic aod a c ar ga t ri bu ta ri a e a lt er ac o es n o s is tem a p at ri m on ia l.

58 N ov a E co no mia I B elo H oriz on te I v . 3 I n . 1 1 s et. 1 99 3.

Po r fim, a v e1 0c id ad e d e o cu pa s; ao d o e sp ae o v as io , a tr av es d a m ar ch a daf ro n te ir a a g ro p ec um i a e mineral e do s de sl o camen to s popu la c io n a is , v em a rr ef e ce ndoco m 0a om e nt o d o s c u st os d o s t ra n sp o rt es , a d ef ic ir oc ia de .infra-estrutura, o s d e sa f io stecnologicos p ar a a a gri cu lt ura n a re gi io tropical do Pais e em fun~o da s mudancastecnologicas n a i ndU st ri a, q u e r ed u zem a n e ce ss id ad e d e i it sum os m i ne ra is , em bo ra e ss as eja a nn ic a a lt em at iv a v iA v el p ar a o m p ro ce ss o de de sc on ce n tr ac a o ma c ro e sp a c ia l .T ud o isto te nd eria a im pe dir 0 m ov im en to d esta d esc on ce ntra cao d a in du stria e a

reforcer a c oncen~ na a re a m a is d ese nv olv id a d o P ais, o nd e e sta ria m a m aio rparcela do m ercado , a base industria l, a de pesqu isa e a do m ercado de trabalhoprofissional, .

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