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XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis
XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015
DESENVOLVIMENTO DE VESTUÁRIO ERGONÔMICO PARA MULHERES
PORTADORAS DE NANISMO
Louisie Furtado Moreira
Desenvolvimento de vestuário ergonômico para mulheres portadoras de nanismo Centro Universitário Ritter dos Reis – Bacharelado em Design de Moda [email protected]
Resumo: O presente trabalho propõe a pesquisa e elaboração de recursos para que se possa proporcionar melhorias na qualidade de vida de mulheres portadoras
de nanismo. Através do Design de Moda, utilizando-se as metodologias de Gui Bonsiepe (1984) e Doris Treptow (2003), encontrou-se soluções para os principais problemas percebidos pelo público em sua vida diária, ao relacionar-se com o
vestuário. Para tanto, delimitou-se os objetivos a serem contemplados, e buscou-se entender as principais necessidades das mulheres portadoras de nanismo em relação à roupa, compreendeu-se a ergonomia aplicada ao nanismo, a partir das
análises de produtos já existentes no mercado para então executar as devidas adaptações à modelagem, de acordo com os requisitos observados nas análises e desenvolver uma coleção de moda casual feminina, que atendesse às
necessidades de pessoas portadoras de nanismo. A partir desta coleção, confeccionou-se três looks, contendo o total cinco peças, que podem ser conferidas a seguir.
1. Introdução
Há vários tipos de nanismo e cada um deles acompanha características
específicas. O mais comum é a Acondroplasia, um tipo de nanismo desproporcional. Os acondroplásicos fazem parte de um grupo no
qual a altura é muito menor do que a média esperada, sendo muitas vezes casos únicos em suas famílias, e é mais comum do que se imagina. Além da Acondroplasia, pode-se citar também casos menos comuns da deficiência
como por exemplo a Hipocondroplasia, a Displasia e o Nanismo Pituitário. (NUNES, 2012). De acordo com Cervan (2008, P.1):
A acondroplasia é caracterizada como um distúrbio genético autossômico dominante que afeta a ossificação endocondral,
constituindo uma das causas de nanismo. Entre as características está presente principalmente a baixa estatura e desproporção tronco/membros. Diante disso, o acondroplásico poderá se mostrar
inferiorizado e insatisfeito com sua aparência física, influenciando, juntamente a outros fatores, na qualidade de vida dessa população.
Contudo, observa-se que atualmente no Brasil não existe nenhuma marca ou submarca de vestuário, destinada exclusivamente a pessoas nestas
condições, fato que claramente dificulta a convivência destes no que se refere, principalmente, aos confortos psicológico e ergonômico relacionados a roupa.
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Portanto o problema de pesquisa que guiará este projeto, é a falta de marcas
interessadas no desenvolvimento de produtos de vestuário, projetados para solucionar os problemas diários que mulheres acondroplásicas encontram em relação a vestimenta. Em busca de uma alternativa, através do Design de
Moda, para uma melhoria considerável da qualidade de vida dos portadores de acondroplasia, este trabalho visa o desenvolvimento de uma coleção, como
forma de impulsionar a indústria da Moda a olhar sob uma nova ótica para este público. No entanto sendo a Acondroplasia o tipo mais comum da doença, será
ela o foco das pesquisas, com finalidade de desenvolver uma coleção ergonômica para mulheres portadoras de nanismo. Para tanto, durante a
elaboração do projeto, analisou-se aspectos Sincrônicos, Diacrônicos e Desenhísticos de vestuários já existentes no mercado, definiu-se o problema projetual, gerou-se mix de produto, painéis de referências, alternativas e
quadro de coleção, elaborou-se então modelagens adequadas e por fim protótipos, para que assim se pudesse fazer as verificações finais.
2. Justificativa
Embora considerada uma deficiência física, anões tendem a viver
normalmente, no que se trata de longevidade e produtividade. No entanto existe uma maior propensão dos mesmos ao desenvolvimento de distúrbios
psicológicos relacionados ao complexo de inferioridade e a insatisfação com a própria aparência (CERVAN et al. 2008). É percebida então, a importância de uma pesquisa aprofundada das dimensões corporais, para o desenvolvimento
e criação de itens de vestuário propostos especificamente para este público, facilitando, de certa forma, o dia-a-dia destas pessoas.
Ainda hoje é latente a falta de pesquisas na área do design de moda, incluindo fatores estéticos, funcionais e ergonômicos para este público-alvo (KÖRBES; LASCHUK; COSTA, 2014). O fato torna a vida diária das pessoas
em questão, um pouco mais complexa do que as dos demais, uma vez que é indispensável o ajuste, como por exemplo, do comprimento de peças
compradas por tais pessoas, na sessão adulta. Já na sessão infantil, é ainda mais difícil encontrar vestuário adequado, porque além da dificuldade de achar roupas que estejam de acordo com seu estilo, ainda há o problema de
proporção, pois o anão adulto, apesar de possuir membros curtos, costuma ter a caixa torácica grande, assim como a de uma pessoa adulta comum. Além disso, os vestuários encontrados no mercado atual, possuem modelagens
desenvolvidas para formas corporais regulares, ou seja, não atendem da forma correta essas pessoas, pois segundo Souza (2012):
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Adultos com acondroplasia possuem uma curva acentuada no final da coluna vertebral, que apresenta uma saliência. Quase sempre têm
pernas curvas e podem apresentar limites na movimentação dos cotovelos, pois eles não se dobram completamente. (SOUZA, 2012, p.1).
Deste modo, o desenvolvimento de uma coleção especifica que atenda
este público, se justifica, pois segundo Camargo e Valente (2011, p.7 apud KÖRBES; LASCHUK; COSTA, 2014, p.3): “Estima-se que atualmente existem em torno de 190 mil pessoas com nanismo vivendo no Brasil”.
Em função disso, entende-se que estas pessoas compram suas roupas, e fazem ou mandam fazer os ajustes necessário neste vestuário para torna-lo
adequado às dimensões de seus corpos, pois infelizmente ainda não existem sessões ou lojas de roupas exclusivamente voltadas a este público. O que o presente trabalho propõe, torna-se relevante independente de
gênero ou faixa etária das pessoas que se encontram nesta condição. No entanto, este projeto discorrerá de forma focada apenas no vestuário feminino
e adulto, buscando melhorias na relação destas mulheres para com o vestuário. É possível perceber que a abordagem deste assunto não trata apenas a
parte física ou estética da questão, o problema de pesquisa está diretamente ligado ao lado emocional e social destas pessoas, que apesar de
comprovadamente não obterem nenhum tipo de desvantagem intelectual em relação ao demais, sofrem outros diversos tipos de transtornos psicológicos, em função do seu estado físico. Com a criação de uma coleção exclusivamente
projetada para as formas e tamanhos corporais de tais mulheres, consultando tabelas médias e desenvolvendo métodos de modelagem ideais, que atendam
o maior número de fatores ergonômicos possíveis, pretende-se gerar vestuários que facilitem seus movimentos e influenciem de forma positiva sua autoestima, bem estar pessoal, e consequentemente seu comportamento
perante a sociedade. Desta forma o problema que se apresenta é: como projetar peças de
vestuário, que consigam atender necessidades ergonômicas de mulheres portadoras de nanismo, visando facilitar o dia-a-dia deste público?
3. Metodologia projetual
Para a Metodologia, articulou-se os títulos de dois autores,
gerando uma adaptação que melhor se adequou ao projeto pretendido. Os autores utilizados nesta adaptação foram: Gui Bonsiepe (1984), que contempla em sua obra um método bastante simples e eficiente para a elaboração de um
produto. Da metodologia do autor, foram utilizadas algumas fases de processo.
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Juntamente com Dóris Treptow (2003), que utiliza de etapas voltadas para a
projeção de Produto de Moda.
3.1 Desenvolvimento
3.2 Problematização
De acordo com Bonsiepe (1984), a fase de problematização serve como uma espécie de ajuda no processo projetual. É nesta etapa que são definidas as normas iniciais do trabalho, encontrando-se o problema a ser solucionado,
justificando-se o motivo de tal problema merecer uma solução e indicando-se o caminho a ser percorrido para tal resolução. A seguir pode-se observar estas
três diretrizes, além é claro do questionamento “Pra quem?” proposto por Treptow (2003) que adicionado à esta parte do trabalho torna mais completa a fase de problematização do atual planejamento de coleção.
Para melhor entendimento, a seguir são apresentados os quatro questionamentos com suas respectivas respostas: O que? Uma alternativa
ergonômica e com informações de tendência, através do Design de Moda, para a melhoria na qualidade de vida de mulheres acondroplásicas. Por quê?O
portador de nanismo encontra diversas dificuldades ao procurar peças que
sirvam e caiam bem em seu corpo, bastante diferenciado. Ao fazer uma rápida pesquisa, é possível perceber a falta de oferta na área de moda e varejo, para
soluções ergonômicas e fashionistas diante deste público. A criação de uma marca/coleção específica para portadores de tal doença e a popularização da mesma, facilitaria bastante a vida diária desta parcela da população. Como?
Através do estudo de modelagem e utilização de tabelas desenvolvidas para as medidas antropométricas destas mulheres, além das obras de Gui Bonsiepe
(1984) e Doris Treptow (2003), utilizados como base para a criação de produtos e desenvolvimento de coleção, torna-se possível a criação de vestuários ergonômicos para mulheres portadoras de nanismo. Pra quem?
Para mulheres acondroplásicas, que possuem interesse em vestir-se de acordo com tendências de moda, além de considerarem imprescindível o conforto das
peças utilizadas. 3.3 Definição do problema
A definição do problema, segundo Bonsiepe (1984, p.43), “consiste em listar requisitos funcionais e os parâmetros condicionantes”. Ao analisar algumas peças, constatou-se os problemas projetuais. As principais
dificuldades encontradas por pessoas acondroplásicas, no que se refere aos vestuários utilizados, comprados na rede varejista, são basicamente:
comprimento das peças excessivamente grandes, modelagens inadequadas
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para as características antropométricas apresentadas pelo corpo, aberturas de
difícil acesso, medidas de largura das peças também inadequadas para as características apresentadas pelo corpo e pouca variação de elementos de tendência e estilo nas peças possivelmente adaptáveis para o público. 3.3.1 Lista de Requisitos
A seguir criou-se uma lista de requisitos, que de acordo com a obra de Gui Bonsiepe (1984) facilita a organização e orientação do projeto a ser desenvolvido, tornando mais eficiente o alcance de metas a serem atingidas:
- Comprimento e largura das peças projetadas de acordo com as medidas
antropométricas dos usuários (tabela média); - Modelagem e caimento da roupa adaptados a estrutura óssea do usuário;
- Aberturas das peças facilitadas, em função da dificuldade motora das mãos e braços do indivíduo;
- Possibilidade de adaptação das medidas de largura;
- Apresentar elementos de tendência de acordo com o estilo do público-alvo. 3.4 Parâmetro de Coleção/Mix de Produtos
No que se refere ao Mix de Produto, desenvolveu-se uma tabela de
Parâmetro de Coleção, baseada na tabela publicada por Doris Treptow (2003) em sua obra “Inventando Moda: planejamento de coleção”, na qual a autora pontua três estilos principais, para a organização de uma futura coleção.
3.5 Painéis Semânticos 3.5.1 Público-alvo
Figura 01 – Tabela de Parâmetro de Coleção
Fonte: elaborada pela autora, baseada na tabela de Treptow (2003)
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Para se constatar o público-alvo do projeto, utilizou-se o método de
criação de uma persona, método esse que Kalbach (2009, p.223), descreve como “descrições narrativas de arquétipos de usuários refletindo padrões de necessidades e comportamentos descobertos durante a inteligência do
usuário”. Neste caso específico, selecionou-se uma mulher portadora de nanismo, com as características correspondentes aos da persona idealizada
pela autora, e a partir de informações e imagens disponibilizadas pela mesma em um site de livre acesso, observou-se o cotidiano dela. De acordo com o material observado, pode-se pontuar que a persona em questão, tem as
seguintes característica consideradas mais marcantes: mulher, adulta, solteira, que valoriza e consome cultura de variadas formas e leva uma vida cotidiana
agitada, combinando, na medida do possível, trabalho e entretenimento. Deste modo criou-se um painel semântico com imagens do cotidiano deste público, a partir de imagens publicadas pela mesma, para que se pudesse visualizar e
entender melhor seu estilo de vida.
3.5.2 Tendências
No presente projeto utilizou-se como método de pesquisa de microtendência de moda, o site UseFashion. A partir da pesquisa feita, constatou-se que a que melhor se encaixava no público em questão, é a
Tendência Novo Romance (verão 2016). Um estilo que tem como características mais marcantes a modelagem evasê dos vestido e saias com
cintura marcada, referenciando as décadas de 40 e 50, peças de modelagem
Figura 02 - Painel semântico do público-alvo
Fonte: elaborado pela autora, a partir de imagens publicadas pela persona em um site de livre acesso
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reta menos rentes ao corpo, com texturas e aplicações são outras
características encontradas neste estilo, tudo com muita feminilidade e de forma bastante confortável. A baixo encontra-se o painel elaborado com imagens retiradas do
UseFashion e Pinterest, ilustrando a tendência citada.
3.5.3 Tema
A inspiração para o projeto, deu-se através da observação de imagens postadas pela persona em um site de livre acesso, de onde foram retiradas
algumas ideias e a partir destas, escolhido um segmento. De acordo com o material observado percebeu-se que o público-alvo tem apreço por elementos decorativos e arquitetônicos, por este motivo escolheu-se o tijolo decorativo
denominado Cobogó como inspiração para a criação da coleção. No painel a seguir, tem-se as imagens escolhidas.
Figura 03 - Painel semântico de tendências - Verão 2016 Novo Romance
Fonte: elaborado pela autora – UseFashion / Pinterest
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3.5.4 Cores
Treptow (2003), sugere em sua obra que a cartela contenha todas as cores utilizadas na coleção, além do branco e preto. E diz que estas cores devem vir da(s) imagem(ns) tema. A autora ainda afirma que em uma coleção
que atenda apenas um segmento, geralmente devem constar em torno de 6 a 12 cores e que 8 ou 9 são suficientes para a composição de uma coleção.
As cores selecionadas para o desenvolvimento da atual coleção foram retiradas dos painéis semânticos (tendência e tema), porém é importante ressaltar que segundo Treptow (2003, p. 113), “o leque de escolhas do
designer limita-se às cores oferecidas pelos fabricantes de tecidos”. As nuances escolhidas a partir das imagens e juntamente com as cores dos
materiais selecionados para a confecção das peças, podem ser conferidas a seguir.
Figura 04 - Painel semântico de tema
Fonte: elaborado pela autora – Pinterest
Figura 05 - Cartela de Cores
Fonte: elaborado pela autora - tendências / tema
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3.6 Materiais
Treptow (2003, p.123), sugere que se leve em consideração durante a escolha de materiais, a forma com que o tecido enquadra-se na peça a que se pretende produzir e seu custo. Os aviamentos também fazem parte da cartela
de materiais a serem pesquisados, como zíperes, botões, linhas, entre outros. Os tecidos escolhidos para o presente a projeto, buscam referências nos
painéis de tendência e inspiração, e tem como base tecidos leves e com transparências como organza, voal, chiffon e crepe, mas não descartam materiais mais estruturados e menos fluidos como ripstop, sarja e linho para
peças como short e calça ou couro para que se crie relevos e aplicações projetados para fora da roupa. Para o desenvolvimento da coleção conta-se
também com tecidos como broderi, renda, entre outros que trazem a ideia de detalhes trabalhados com formas vazadas. A seguir são apresentados dois quadros com exemplos de materiais utilizados para a confecção da coleção.
3.7 Quadro de coleção
Após as alternativas geradas, selecionou-se de cada quadro de Geração e Alternativas cinco looks, que conversando entre si, fazem sentido e passam a
compor uma coleção de quinze looks. No atual capítulo apontou-se dois Quadros de Coleção, tendo o primeiro apenas os desenhos de geração de
alternativas apresentados na ordem de estilos definidos pela autora, e no segundo os croquis finais coloridos de acordo com a cartela de cores do projeto.
Linhas de reta e overloque e botões de pressão
Figura 06 – materiais utilizados na confecção das peças
Fonte: elaborado pela autora
Vieses, zíperes, bordados de broderi e couro/corino
Chiffon – 100% poliéster
Rústico – 30% algodão, 70 % poliéster
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3.8 Modelagem
Utilizando-se os dados de medidas coletas por Camargo e Valente (2011), gerou-se os moldes necessários para a criação de peças piloto, que
tem como objetivo principal atestar o sucesso (ou não) da coleção dedicada a mulheres portadoras de nanismo. A tabela aplicada para tanto é a seguinte:
Figura 07 – Quadro de Coleção –
Geração de Alternativas Figura 08 – Quadro de Coleção –
Croquis Finais
Fonte: elaborado pela autora
Fonte: elaborado pela autora
Figura 24 – Tabela de Medidas
Figura 09 – Tabela de Medidas
Fonte: elaborada por Camargo e Valente
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3.9 Verificações das peças
3.9.1 Editorial
Os três looks finais, confeccionados no processo, foram
documentados em um editorial, realizado com duas mulheres portadoras de nanismo. O resultado pode ser conferido nas imagens a seguir.
4. Considerações Finais
A análise e pesquisa sobre as dificuldades diárias de pessoas portadoras de acondroplasia, possibilitou o desenvolvimento do atual trabalho.
De acordo com o problema de pesquisa situado no início deste desenvolvimento, questionou-se “de que forma projetar peças de vestuário, que conseguissem atender necessidades ergonômica de mulheres portadoras de
nanismo, visando facilitar o dia-a-dia deste público?”. Com a reflexão desta problemática buscou-se responder os objetivos geral e específicos e definiu-se
uma metodologia projetual, para que se pudesse dar início ao projeto.
Figura 10 - Editorial - Look estilo Casual
Fonte: fotografado pela autora
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A partir da problematização, definição de público-alvo e análises
executadas em produtos encontrados no atual mercado, foi possível detectar as principais dificuldades deste público relacionadas ao vestuário, gerando-se uma lista de requisitos a serem contemplados nas vestimentas que seriam
projetadas e obtendo-se, então, uma tabela de mix de produtos. Com o auxílio de painéis semânticos de público-alvo, tendência, tema, definição de cartela de
cores e materiais, foi possível partir para a geração de alternativas, através da qual chegou-se no quadro de croquis finais.
Já com uma gama de possibilidades e tendo em mãos um
manequim adaptado e uma tabela de medidas desenvolvidos especificamente para pessoas acondroplásicas, partiu-se para a confecção das peças piloto e
após a verificação das mesmas, para o desenvolvimento dos looks finais, sendo eles três, dos quinze selecionados para a coleção que recebeu o nome de PÉTALO.
Diante o editorial elaborado conceituando as peças confeccionadas e ao observar as soluções encontradas e aplicadas pela projetista ao vestuário,
é possível afirmar que os resultados foram satisfatórios e que se conseguiu atingir os objetivos propostos no início.
As peças confeccionadas, além de confortáveis, e bastante simples
de vestir, foram consideradas visualmente agradáveis, encaixando-se com excelência na tendência de moda proposta pela autora, cada look atendendo
seu próprio estilo, dentro de uma mesma coleção. Visto que esta é uma área pouco explorada pelo âmbito da moda, e
que no que se refere a tendência e conforto, não apenas a roupa necessita
adaptações, sendo necessário também pensar a respeito de itens de vestuário considerados cruciais, como por exemplo o calçado utilizado pelo público e até
mesmo passar a atender o gênero masculino, é bastante válido que as pesquisas relacionadas à itens de moda para pessoas acondroplásicas, sejam continuadas em trabalhos futuros, para que se possa vir a solucionar através
deste meio alguns dos diversos empecilhos enfrentados por este público, em seu cotidiano. Referências
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CAMARGO, Priscila Aparecida K. Pinto; VALENTE, Eunice Lopez. A Moda como fator de inclusão social das mulheres portadoras de acondroplasia.
In: 7º Colóquio de Moda, 2011, Maringá. 7º Colóquio de Moda, 2011.
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Disponível em: <http://www.coloquiomoda.com.br/anais/anais/7-Coloquio-de-
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Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0047-
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KÖRBES, Rafael; LASCHUK, Tatiana; COSTA, Thays Neves. Estudo de Modelagem Plana para pessoas com nanismo. In: 10º Colóquio de Moda,
2014, Caxias do Sul. 10º Colóquio de Moda, 2014 - 7ª Edição Internacional. 1º
Congresso Brasileiro de Iniciação Científica em Design e Moda, 2014. Disponível em: <http://www.coloquiomoda.com.br/anais/anais/10-Coloquio-de-
Moda_2014/COMUNICACAO-ORAL/CO-EIXO6-PROCESSOS-PRODUTIVOS/CO-Eixo-6-ESTUDO-DE-MODELAGEM-PLANA-PARA-PESSOAS-COM-NANISMO-FINAL.pdf> Acesso em: 07.09.2014
SABOIA, Leda, 2013. A Função da Roupa. Consultoria de Imagem [online],
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2015, às 15h.