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Desenvolvimento de uma Plataforma Eletrónica de Apoio à
Gestão de Condomínios
Tiago Miguel Rodrigues dos Santos
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em
Engenharia Civil
Orientador: Prof. Fernando António Baptista Branco
Júri
Presidente: Prof. Ana Paula Patrício Teixeira Ferreira Pinto França de Santana
Orientador: Prof. Fernando António Baptista Branco
Vogal: Prof. Pedro Miguel Dias Vaz Paulo
Outubro 2014
i
Resumo A gestão de um condomínio implica a intervenção na manutenção do edifício, na contratação
de serviços, na gestão de funcionários, na administração e contabilidade, além da preocupação
com o bem-estar e interesse dos diferentes condóminos. Todos estes fatores tornam a gestão
de condomínios numa atividade bastante complexa, que necessita imperativamente de estar
bem organizada e estruturada para ser bem-sucedida.
A presente dissertação versa-se precisamente sobre esta temática, cujo objetivo passa por
desenvolver a arquitetura de uma plataforma eletrónica de apoio à gestão de condomínios, que
apresente características inovadoras e capazes de melhorar a experiência resultante do
exercício desta atividade, por parte dos diversos intervenientes afetos à gestão do condomínio.
Para isso, teve que se ter em conta toda a revisão da literatura associada à gestão de
condomínios e análise dos softwares que existem no mercado nacional.
A principal caraterística desta plataforma é o facto de esta ser um meio de comunicação que
aproxima vários intervenientes na gestão do condomínio, em vez de estar direcionada
unicamente para o administrador. O modelo da plataforma pretende dinamizar a relação entre
condóminos/administração mas também pretende dinamizar a comunicação com empresas
para a contratação de serviços afetos ao condomínio através de uma ferramenta de
e-procurement.
Após o desenvolvimento da arquitetura da plataforma, esta foi analisada por uma entidade
administradora de condomínios que considera que o modelo proposto tem um grande potencial
pela sua componente interativa, e por integrar todo o processo envolvido na gestão do
condomínio, sendo que essas caraterísticas trazem benefícios a todos os intervenientes
envolvidos.
Palavras-chave: Gestão de Condomínios; Condóminos; Plataforma eletrónica; E-procurement;
Manutenção de Edifício; Inovação
ii
iii
Abstract
The management of a condominium includes the building’s maintenance, hiring services,
human resources management, finances and administration and last but not least the the
concern about the joint-owners confort and well-being. All these factors make the condominium
management a complex activity, which requires a proper organization and structure to be
successful.
This dissertation aims exactly to present the development of a software architecture that
supports condominium management which includes innovative features able to improve the
experience of all stakeholders involved in the process. To do that, it was necessary to revise all
literature associated to condominium management and software analysis.
The main characteristic of this platform is the fact that it establishes a bridge between all
stakeholders, bringing them together, instead of directing it only to the administrator. The design
of the platform aims to dynamize the communication between joint-owners/ administration but
also aims to promote communication with companies for service hiring related to the
condominium, using an e-procurement tool.
After this platform has been developed, it was analysed by a condominium administration entity,
which has considered it to have great potencial due to its interactive component and also
because it integrates the entire process of management, bringing advantages to all
stakeholders.
Keywords: Condominium Management; Joint-owner; Software Architecture; E-procurement; Building Maintenace; Innovation
iv
v
Agradecimentos
A concretização desta dissertação é o resultado de vários meses de trabalho, sendo apenas
possível graças ao apoio e incentivo de algumas pessoas. Quero, por isso, expressar-lhes o
meu agradecimento.
Ao Professor Fernando António Baptista Branco, orientador desta dissertação, expresso o meu
profundo agradecimento, pelo incentivo, pela disponibilidade prestada e pelo entusiasmo e
interesse demonstrado com a evolução da dissertação. Ao Professor gostaria também de
agradecer, as imensas sugestões que trouxe à discussão e que enriqueceu este trabalho.
À minha família por todo o apoio que me deram durante a realização da dissertação mas
sobretudo durante todo o meu percurso académico. Deixando um agradecimento especial à
minha mãe e ao meu pai por tudo! Por todo o carinho e apoio, pela amizade, por estarem
sempre presentes e por todo o esforço que fizeram para me proporcionarem a realização do
curso.
À Madalena Lourenço que foi incansável, um verdadeiro pilar ao longo destes meses. O seu
carinho, o seu apoio e a sua dedicação. Pela paciência, pela motivação e por estar do meu
lado nos momentos difíceis. Não há palavras para descrever o quanto estou agradecido.
Ao Fernando Monteiro, administrador de condomínios da Associação de Inquilinos
Lisbonenses, pela disponibilidade e pelo apoio prestado na realização da dissertação.
À Beatriz Lopes e ao meu primo André Filipe, que se mostraram sempre disponíveis para
ajudar e estiveram presentes sempre que precisei. Muito obrigado por todo o empenho e
amizade.
Quero ainda deixar um agradecimento especial a Rui Bastos, ao engenheiro Girão Marques e à
Gena por todo o apoio prestado.
Aos meus amigos e colegas que me acompanharam ao longo do curso por todo o
companheirismo, especialmente ao André Alves, Tiago Vieira, Samuel Carreira e Ricardo
Carvalho.
Por fim, a todos os meus amigos que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a minha
formação enquanto pessoa e engenheiro.
vi
vii
Índice Geral
Resumo ........................................................................................................................ i
Abstract ...................................................................................................................... iii
Agradecimentos .......................................................................................................... v
1. Introdução ............................................................................................................ 1
1.1. Nota introdutória ............................................................................................................ 1
1.2. Objetivos e metodologia da dissertação ....................................................................... 1
1.3. Organização da Dissertação ......................................................................................... 2
2. Edifício em Regime de Condomínio ................................................................... 5
2.1. Nota introdutória ............................................................................................................ 5
2.2. Definição de condomínio (Propriedade Horizontal) ...................................................... 5
2.3. Evolução histórica e enquadramento legal ................................................................... 6
2.4. O Título Constitutivo da propriedade horizontal ............................................................ 9
2.5. Regulamento do condomínio ...................................................................................... 10
2.6. Partes comuns do edifício ........................................................................................... 11
2.7. Deveres dos condóminos ............................................................................................ 12
2.7.1. Despesas do condomínio ........................................................................................ 12
2.7.2. Fundo Comum de Reserva ..................................................................................... 14
2.7.3. Seguros ................................................................................................................... 15
2.8. Administração das partes comuns do edifício ............................................................. 15
2.8.1. Assembleia de Condóminos .................................................................................... 15
2.8.2. Administrador .......................................................................................................... 18
2.9. Conclusão de capítulo ................................................................................................. 19
3. A Gestão de Condomínios ................................................................................ 21
3.1. Nota introdutória .......................................................................................................... 21
3.2. A realidade dos condomínios em Portugal ................................................................. 21
3.3. O gestor de condomínios ............................................................................................ 25
3.3.1. Administrador de condomínio particular .................................................................. 25
3.3.2. Empresa gestora de condomínios ........................................................................... 25
3.4. Atividades da gestão de edifícios ................................................................................ 26
3.4.1. Atividade técnica ..................................................................................................... 27
3.4.2. Atividade económica ............................................................................................... 28
viii
3.4.3. Atividade funcional .................................................................................................. 29
3.5. Manutenção de edifícios ............................................................................................. 30
3.5.1. Génese e significado ............................................................................................... 30
3.5.2. Manutenção vs reabilitação ..................................................................................... 30
3.5.3. Intervenientes no processo de manutenção ........................................................... 32
3.5.4. Estratégias de manutenção ..................................................................................... 33
3.5.4.1. Manutenção corretiva .......................................................................................... 34
3.5.4.2. Manutenção pró-ativa .......................................................................................... 35
3.5.5. Operações de manutenção ..................................................................................... 37
3.5.6. Relação entre estratégias de manutenção e operações de manutenção ............... 39
3.6. Softwares de gestão de condomínios ......................................................................... 41
3.6.1. Softwares existentes no mercado nacional ............................................................. 41
3.6.2. Assembleia de Condomínio Virtual ......................................................................... 44
3.7. Conclusões de capítulo ............................................................................................... 46
4. Modelo da Plataforma Eletrónica de Gestão de Condomínios ....................... 49
4.1. Nota introdutória .......................................................................................................... 49
4.2. Objetivos pretendidos para a plataforma eletrónica .................................................... 49
4.3. Intervenientes na plataforma eletrónica ...................................................................... 51
4.3.1. Administrador de condomínio particular .................................................................. 52
4.3.2. Empresa de gestão e administração de condomínios ............................................ 53
4.3.3. Condómino .............................................................................................................. 53
4.3.4. Empresas prestadoras de serviços ......................................................................... 53
4.3.5. Administrador da plataforma eletrónica................................................................... 53
4.3.6. Relação entre os intervenientes na plataforma ....................................................... 54
4.4. Serviços e funcionalidades da plataforma eletrónica .................................................. 54
4.4.1. Condomínio Virtual .................................................................................................. 55
4.4.2. Portal “sourcing” ...................................................................................................... 56
4.4.3. Outros serviços associados à plataforma eletrónica ............................................... 57
4.4.4. As funcionalidades da plataforma e a legislação em vigor ..................................... 58
4.5. Análise comparativa de mercado ................................................................................ 59
4.6. Análise SWOT ............................................................................................................. 60
4.7. Estrutura tecnológica da plataforma eletrónica ........................................................... 64
4.7.1. Acessibilidade .......................................................................................................... 64
4.7.2. Estrutura do sistema tecnológico associado à plataforma ...................................... 65
ix
4.7.3. Usabilidade do portal “O Meu Condomínio” ............................................................ 66
4.7.4. Usabilidade do portal “Sourcing” ............................................................................. 68
4.7.4.1. Pacotes de Serviços ............................................................................................ 69
4.7.4.2. Organização dos Pacotes de Manutenção de Edifícios (área técnica) .............. 69
4.7.4.3. Organização de Pacotes de áreas Financeiras, Administrativas e Jurídicas ..... 73
4.7.4.4. Processo de pedido de proposta ......................................................................... 74
5. Implementação do Modelo da Plataforma Eletrónica ...................................... 75
5.1. Nota introdutória .......................................................................................................... 75
5.2. Página Inicial da plataforma eletrónica ....................................................................... 75
5.2.1. Menus ...................................................................................................................... 75
5.3. Área de cliente dos intervenientes .............................................................................. 77
5.4. Área de cliente do Condómino / Administrador de Condomínio Particular ................. 77
5.4.1. Menu Principal ......................................................................................................... 77
5.4.2. Página principal da área de cliente ......................................................................... 78
5.4.3. “O Meu Condomínio” ............................................................................................... 80
5.4.3.1. Dados do condomínio.......................................................................................... 80
5.4.3.2. Gestão Financeira do condomínio ...................................................................... 82
5.4.3.3. Gestão Técnica do condomínio ........................................................................... 87
5.4.3.4. Sala do Condomínio ............................................................................................ 93
5.4.3.5. Calendário do condomínio .................................................................................. 96
5.4.3.6. Arquivo ................................................................................................................ 96
5.4.3.7. A Minha Área ....................................................................................................... 97
5.4.4. Portal Sourcing ........................................................................................................ 98
5.4.5. Centro de Mensagens ........................................................................................... 101
5.4.6. Configurações ....................................................................................................... 101
5.5. Área de cliente da empresa de gestão de condomínios ........................................... 102
5.6. Área da empresa prestadora de serviços ................................................................. 103
5.6.1. Menu principal ....................................................................................................... 103
5.6.2. Página Principal da área de cliente ....................................................................... 104
5.6.3. Centro de Mensagens ........................................................................................... 105
5.6.4. Gestão de Procedimentos ..................................................................................... 106
5.6.5. Histórico do Feedback Recebido .......................................................................... 110
5.6.6. Estatísticas ............................................................................................................ 110
5.6.7. Configurações ....................................................................................................... 111
x
6. Validação da Plataforma Eletrónica ............................................................... 115
6.1. Nota introdutória ........................................................................................................ 115
6.1.1. Formalização e objetivos da reunião ..................................................................... 115
6.1.1.1. Seleção da Entidade ......................................................................................... 115
6.1.1.2. Associação de Inquilinos Lisbonenses .............................................................. 116
6.1.2. Planeamento da reunião ....................................................................................... 116
6.1.3. Realização da reunião ........................................................................................... 116
6.1.4. Análise da plataforma eletrónica ........................................................................... 117
7. Conclusões e Desenvolvimentos Futuros ..................................................... 121
7.1. Considerações finais ................................................................................................. 121
7.2. Desenvolvimentos futuros ......................................................................................... 122
Referência Bibliográficas ....................................................................................... 123
Anexos
Anexo I – Softwares de gestão de condomínios
Anexo II – Pacotes de manutenção de edifícios
Anexo II – Planeamento da reunião
xi
Índice de Tabelas Tabela 1: Exigência mínima de votação para deliberação em assembleia (adaptado de artigo
1432º) .......................................................................................................................................... 17
Tabela 2: Percentagem de edifícios que necessitam de reparação consoante idade de
construção ................................................................................................................................... 24
Tabela 3: Intervenientes no processo de manutenção ............................................................... 33
Tabela 4: Relação entre estratégia de manutenção e operações de manutenção .................... 39
Tabela 5: Funcionalidades da plataforma associadas à legislaçãol em vigor ............................ 58
Tabela 6: Mapa comparativo de softwares de gestão de condomínios ...................................... 59
Tabela 7: Principais funcionalidades de cada utilizador ............................................................. 66
Tabela 8: Exemplo de organização de pacote de serviços (Ascensores) .................................. 72
Tabela 9: Pacotes criados em relação à área financeira, jurídica e administrativa .................... 74
Tabela 10: Itens do menu de topo .............................................................................................. 76
Tabela 11: Itens do menu lateral ................................................................................................. 77
Tabela 12: Itens do menu principal da área de cliente “Condómino” ......................................... 78
Tabela 13: Separadores de “O Meu Condomínio” ...................................................................... 80
Tabela 14: Gestão financeira do condomínio ............................................................................. 82
Tabela 15: Plano de orçamento do condomínio ......................................................................... 84
Tabela 16: Plano de análise orçamental ..................................................................................... 86
Tabela 17: Gestão técnica do condomínio .................................................................................. 87
Tabela 18: Vistoria ...................................................................................................................... 90
Tabela 19: Simulador de obras futuras ....................................................................................... 92
Tabela 20: Sala do condomínio ................................................................................................... 94
Tabela 21: A minha área ............................................................................................................. 97
Tabela 22: A minha área de administrador ................................................................................. 97
Tabela 23: Portal sourcing .......................................................................................................... 98
Tabela 24: Propostas recebidas .................................................................................................. 99
Tabela 25: Centro de mensagens ............................................................................................. 101
Tabela 26: Configurações ......................................................................................................... 101
Tabela 27: Área de cliente da empresa de gestão de condomínios ......................................... 102
Tabela 28: Itens do menu principal da área de cliente da empresa prestadora de serviços ... 104
Tabela 29: Itens do centro de mensagens e as suas funções .................................................. 105
Tabela 30: Gestão de procedimentos ....................................................................................... 106
xii
Tabela 31: Itens do formulário para elaboração de proposta ................................................... 108
Tabela 32: Configurações ......................................................................................................... 111
xiii
Índice de Figuras Figura 1: Tipos de despesa do condomínio (adaptado de (Trindade, 2011)) ............................. 13
Figura 2: Edifícios construídos segundo a época de construção ............................................... 23
Figura 3: Edifícios segundo a época de construção, por principais materiais utilizados na
construção ................................................................................................................................... 23
Figura 4: Atividades da Gestão de Edifícios ............................................................................... 27
Figura 5: Sintetização de Conceitos adaptado de (Ferreira, 2009) ............................................ 31
Figura 6:Estratégias de Manutenção (Flores, 2002) ................................................................... 34
Figura 7: Estrutura de aplicação de um plano de manutenção de edifícios existentes, [adaptado
de Morgado (2012)] ..................................................................................................................... 40
Figura 8: Esquema do processo de utilização da plataforma ..................................................... 51
Figura 9: Intervenientes na plataforma eletrónica ....................................................................... 52
Figura 10: Relação entre os intervenientes da plataforma ......................................................... 54
Figura 11: Esquema de acesso à secção “O Meu Condomínio” por parte dos diferentes
intervenientes .............................................................................................................................. 67
Figura 12: Esquema de passagem de administração na plataforma .......................................... 68
Figura 13: Esquema de funcionamento do Portal “Sourcing” ..................................................... 68
Figura 14: Tipos de pacotes de serviços .................................................................................... 69
Figura 15: Pacotes gerais associados à manutenção do edifício ............................................... 71
Figura 16: Esquema de divisão dos pacotes em sub-pacotes ................................................... 72
Figura 17: Exemplo de escolha de um serviço na plataforma .................................................... 73
Figura 18: Processo de pedido de proposta na plataforma ........................................................ 74
Figura 19: Menu de topo ............................................................................................................. 76
Figura 20: Página Inicial da Área de Cliente do Condómino ...................................................... 79
Figura 21: Esquema de base de dados de informações gerais do condomínio ......................... 81
Figura 22: Frações e Condóminos (Dados do Condomínio) ...................................................... 82
Figura 23: Movimentos de Conta (Gestão Financeira do Condomínio)...................................... 83
Figura 24: Orçamentos do Condomínio (Gestão Financeira do Condomínio) ........................... 84
Figura 25: Análise Orçamental do condomínio (Gestão financeira do condomínio) .................. 85
Figura 26: Mapa de Quotas (Gestão Financeira do Condomínio) .............................................. 87
Figura 27: Contratos de Manutenção .......................................................................................... 88
Figura 28: Registos de Manutenção associado aos Contratos de Manutenção ........................ 89
Figura 29: Obras realizadas no condomínio ............................................................................... 91
xiv
Figura 30: Fórum do Condomínio (Sala do Condomínio) ........................................................... 94
Figura 31: Livro de Ocorrências (Sala do Condomínio) .............................................................. 95
Figura 32: Calendário do Condomínio ........................................................................................ 96
Figura 33: Arquivo ....................................................................................................................... 97
Figura 34: Caixa de Diálogo ...................................................................................................... 100
Figura 35: Propostas Recebidas ............................................................................................... 100
Figura 36: Os nossos condomínios ........................................................................................... 103
Figura 37:Página inicial da área de cliente das empresas prestadoras de serviços ................ 105
Figura 39: Procedimentos por Responder ................................................................................ 107
Figura 40: Formulário para elaboração de proposta ................................................................. 108
Figura 41: Procedimentos Respondidos ................................................................................... 109
Figura 42: Histórico do Feedback Recebido ............................................................................. 110
Figura 43: Gestão de Serviços .................................................................................................. 112
Figura 44: Estatutos do utilizador .............................................................................................. 112
xv
1
1. Introdução
1.1. Nota introdutória
Gerir um condomínio não é uma tarefa fácil, tendo em conta a multidisciplinariedade envolvida,
como a engenharia, arquitetura, legislação, sociologia e economia, e por outro lado, os
interesses e requisitos de vários proprietários portadores de direitos e deveres relativamente à
gestão da propriedade em comum.
De facto os condóminos, enquanto coproprietários das zonas comuns têm um papel muito
importante na gestão do condomínio, mas constata-se que existe falta de interesse na
participação dos problemas associados ao condomínio. Nestes casos, a delegação de funções
a entidades de administração de condomínios é o meio preferencial para evitar problemas, o
que por vezes se revela ineficaz. (Brandão, 2009)
A má gestão resulta da falta de empenho da entidade responsável pela gestão, mas também
da acomodação dos condóminos em relação aos assuntos do condomínio. Isto porque, apesar
do administrador ter funções executivas, os condóminos têm funções deliberativas, e são eles
os responsáveis pelas principais decisões a tomar no condomínio. Assim, constata-se que um
dos problemas associados à gestão de condomínios, é a falta de comunicação entre estes dois
intervenientes e a falta de iniciativa dos mesmos.
Acreditando que a internet é cada vez mais, o meio preferencial e prático para a comunicação
entre diferentes pessoas, crê-se que a criação de uma plataforma de gestão de condomínios
que dê relevância e destaque ao papel do condómino, pode criar uma maior mobilização e
interesse por parte deste interveniente na gestão de condomínios, visto que não necessita do
contacto presencial para tratar de assuntos, que de outra forma, não se preocuparia.
Apesar de já existirem programas informáticos relacionados com a gestão do condomínio,
estes sistemas informáticos estão sobretudo direcionados para o administrador,
nomeadamente para a organização da vertente financeira do condomínio. Assim, atendendo ao
facto, que atualmente proliferam os meios tecnológicos considera-se que o desenvolvimento e
a organização da gestão de condomínios necessita cada vez mais de um suporte informático
adequado, que seja interativo e que integre todo o processo de gestão, de forma a tornar esta
atividade mais eficiente e produtiva.
1.2. Objetivos e metodologia da dissertação
Quando um condomínio é bem organizado e gerido, faz com que esta forma de propriedade
apresente uma série de vantagens para os proprietários de apartamentos individuais (Malheiro,
2013). É com este intuito que se desenvolve a dissertação, cujo principal objetivo passa pelo
desenvolvimento de uma plataforma eletrónica que apoie na gestão do condomínio.
2
A plataforma pretendida pretende acompanhar as novas tecnologias e tornar esta atividade
mais interativa e dinâmica, promovendo uma maior mobilização por parte dos seus
intervenientes. Também se pretende que seja um sistema de gestão integrada que envolva
todos os processos associados à gestão do condomínio, inclusive na contratação de serviços.
Para se desenvolver esta plataforma, tem que se aprofundar o estudo relativamente à gestão
dos condomínios e dos conceitos que lhes estão associados, começando por explorar a
legislação que regula o instituto da propriedade horizontal. Para além da legislação em vigor,
pretende-se conhecer as principais caraterísticas associadas às formas de administrar
condomínios e sobretudo fazer um levantamento das principais funcionalidades dos softwares
que auxiliam na gestão do condomínio, a nível nacional.
Após a exposição teórica do tema, o principal objetivo da dissertação passa pela elaboração
das principais caraterísticas e funcionalidades da plataforma, para assim ser possível a
implementação do modelo pretendido para a plataforma eletrónica.
Outro dos objetivos pretendidos na dissertação passa pela divulgação da plataforma eletrónica
a uma entidade administradora de condomínios, para que esta avalie as suas caraterísticas e
funcionalidades, tratando-se assim da primeira avaliação ao trabalho realizado.
1.3. Organização da Dissertação
A presente dissertação encontra-se dividida em 7 capítulos, bibliografia e anexos. Com o intuito
de elaborar um documento estruturado, optou-se por dividir o desenvolvimento da dissertação
em três partes distintas:
Parte I - Enquadramento Teórico relativamente à temática abordada (Capítulo 2 e
Capítulo 3);
Parte II – Caso de Estudo: Desenvolvimento de uma plataforma eletrónica de apoio à
gestão de condomínios (Capítulo 4 e Capítulo 5);
Parte III – Análise Externa da Plataforma (Capítulo 6);
Posteriormente, apresentam-se conclusões, bibliografia e anexos.
O capítulo 1 consiste na introdução do tema e pretende dar a conhecer de forma genérica,
quais as motivações e considerações preliminares que justificam a sua elaboração.
Descrevem-se ainda os principais objetivos da dissertação e a sua respetiva organização.
O capítulo 2, intitulado “Edifício em regime de condomínio”, é o primeiro dos dois capítulos
dedicados ao estado atual do conhecimento. Numa primeira fase, introduz-se o conceito
genérico do condomínio e as bases para a constituição do edifício em propriedade horizontal.
Posteriormente faz-se um enquadramento histórico e legal do instituto que rege a propriedade
horizontal, apresentando a sua evolução ao longo dos tempos e a sua definição jurídica. Por
último, aborda-se o atual regime de propriedade horizontal e os seus principais artigos. A
3
exposição dos artigos permite a apresentação dos principais elementos associados ao
condomínio, como o título constitutivo e o regulamento do condomínio, os deveres e direitos
dos condóminos e as disposições associadas à administração das partes comuns do edifício.
O capítulo 3 intitulado “Gestão de Condomínios” pretende continuar a desenvolver o estado da
arte, mas cingindo-se sobretudo na gestão do condomínio. Começa por fazer uma abordagem
aos dados estatísticos existentes sobre os condomínios e a sua administração. Depois
pretende desenvolver a temática da gestão de edifícios, abordando os diferentes tipos de
atividade que lhe está associado, dando relevância à importância e às caraterísticas da
manutenção de edifícios. Por último começa-se a fazer uma ponte de ligação para o próximo
capítulo, e aborda-se o conceito e as caraterísticas dos diferentes softwares de gestão de
condomínios existentes no mercado.
O capítulo 4, “Modelo da plataforma eletrónica de gestão de condomínios”, é o primeiro
capítulo associado ao desenvolvimento da plataforma eletrónica e começa por apresentar as
caraterísticas e funcionalidades pretendidas, bem como os principais intervenientes e as
principais soluções associadas à plataforma. Após essa caraterização inicial da plataforma,
faz-se uma análise SWOT, que pretende fazer uma avaliação à implementação da plataforma
eletrónica desenvolvida. A segunda parte do capítulo está ligado à estruturação do conteúdo
pretendido para a plataforma, num conceito tecnológico, em que se avalia a forma de
apresentação dos serviços e a gestão da informação necessária à correta organização e
funcionalidade dos serviços pretendidos para a plataforma.
O capítulo 5, intitulado “Implementação do modelo da plataforma eletrónica”, pretende
desenvolver um protótipo de plataforma, em que estrutura todo o conteúdo apresentado no
capítulo 4. Este capítulo refere as caraterísticas de todas as áreas que se pretendem
implementar na plataforma.
No capítulo 6, “Análise externa da plataforma”, é demonstrado a avaliação do modelo da
plataforma feito, por parte de uma entidade externa. Começa-se por apresentar todo o
processo de agendamento da reunião para apresentação da plataforma e posteriormente
apresenta-se todas as considerações feitas relativamente ao modelo desenvolvido.
No capítulo 7, são apresentadas as conclusões finais do estudo elaborado e sugerem-se os
desenvolvimentos futuros na temática em causa.
Na bibliografia, são apresentadas todas as referências bibliográficas consultadas durante o
desenvolvimento da presente dissertação.
Em anexo, encontra-se as principais funcionalidades dos softwares de gestão de condomínios
existentes no mercado; a organização de serviços disponibilizados na plataforma, com base no
procedimento descrito no capítulo 4 e ainda o planeamento da reunião efetuada para
apresentação e avaliação do modelo da plataforma, conforme apresentado no capítulo 6.
4
5
2. Edifício em Regime de Condomínio
2.1. Nota introdutória
O termo condomínio possui origem no latim “cumdominium”: “cum” significa conjuntamente e
“dominum” significa domínio ou propriedade (Testoni, 2012). Isto significa que não basta que
um prédio seja habitado por diferentes pessoas para se constituir um condomínio. Para isso é
necessário introduzir o direito de propriedade. O direito de propriedade que recai sobre os
proprietários que vivem em condomínio está associado ao direito de propriedade horizontal.
Esse direito é regulado na Legislação Portuguesa, cuja sua disciplina jurídica está presente no
capítulo VI (Propriedade Horizontal), do título II (Do Direito de Propriedade) do livro III (Direito
das Coisas) do Código Civil de 1966.
Assim, este capítulo pretende apresentar a legislação do regime de propriedade horizontal e
dar a conhecer os instrumentos envolvidos na constituição de um condomínio. Da mesma
forma pretende-se investigar os registos históricos associados ao instituto de propriedade
horizontal, e analisar a evolução associada a este instituto.
2.2. Definição de condomínio (Propriedade Horizontal)
Segundo o artigo 1344º do Código Civil português, sobre cada edifício incorporado no solo
recai apenas um direito de propriedade, que abrange as construções e o solo sobre o qual
estão implantadas, e os terrenos que lhe servem de logradouro.
Contudo a esta regra constitui exceção a propriedade horizontal. Diz-se que um prédio está
constituído em propriedade horizontal, quando está dividido em frações autónomas, que são
distintas e isoladas entre si e que podem pertencer a proprietários diversos, devendo ter saída
própria para uma parte comum do prédio, ou para a via pública. (Castelo, 2009; artigo 1415º do
Código Civil).
O disposto nº1 do artigo 1420º considera que na propriedade horizontal congregam-se dois
direitos reais distintos: um de propriedade singular no que respeita às frações autónomas e
outro de compropriedade, cujo objeto é constituído pelas partes comuns do imóvel. Assim
sendo, considera-se que um condomínio existe quando:
“(…) temos uma coisa materialmente indivisa ou com estrutura unitária (o edifício) que
pertence a vários contitulares, tendo cada um deles direitos privativos ou exclusivos de
natureza dominial sobre frações determinadas, as partes próprias, e uma
comparticipação no direito de propriedade que incide sobre as restantes partes do
edifício, as partes comuns.” (Passinhas, 2006 citado por Brandão, 2009)
6
Desta forma, um edifício que pertença a um só individuo e cujos andares estejam arrendados
não constitui um condomínio.
2.3. Evolução histórica e enquadramento legal
O conceito de domínio, ou propriedade, não foi sempre igual ao longo da História, tendo sofrido
várias alterações e evoluções a par das mutações sociais que ocorreram.
Na Antiguidade
Segundo Mendes (1968) citando Vasquez (1954), “(…) a propriedade de uma casa, dividida de
tal maneira que os seus diferentes pisos pertençam a diferentes proprietários é um facto muito
antigo, embora haja de reconhecer-se que as manifestações que de tal instituição se
encontram na Antiguidade têm carácter excecional”.
O mesmo autor apresenta investigações históricas que revelam que há cerca de 2000 anos
Antes de Cristo, se realizavam na Babilónia, vendas de frações divididas de casas, “(…)
existindo mesmo uma ata do tempo de Immeroum, rei de Sippar que relata a venda do rés-de-
chão de uma casa, enquanto o andar superior continuava a pertencer ao vendedor.” (Mendes,
1968 citando Vasquez,1954)
Miranda (1971) afirma que nos direitos grego e greco-egípcio há também notícia da divisão de
partes de edifícios entre os diversos titulares através da communio pro diviso1 do solo.
Fundamenta a sua afirmação, em textos de papiros que se referiam a casos de comunhão pro
diviso em solo edificado ou em solo não edificado.
A escassez de documentação não permite ir muito além relativamente à instituição da
propriedade horizontal na Antiguidade, mas Mendes (1968) alerta para o facto de que outros
povos do antigo Oriente tiveram nas suas cidades formas de propriedade horizontal,
nomeadamente na Síria, devido à sua configuração geográfica, “(…) apertadas entre o
Mediterrâneo e elevações paralelas à costa.”, o que pode indicar o desenvolvimento da
propriedade por andares.
A possibilidade da existência de propriedade horizontal em Roma, não é consensual entre
diversos autores. Isto porque não há regulamentação jurídica sobre este instituto referenciada
“(…) nas obras jurídicas clássicas e post-clássicas”. (Mendes, 1968)
Miranda (1971) afirma que em Roma há evidências de construção de edifícios divididos por
andares e entre diferentes proprietários, tendo por base a análise de fragmentos do Digesto2,
considerando admissível a comunhão pro diviso de edifícios. Contudo, de acordo com Lopes
(2000), embora existam essas evidências, os romanos “(…) não conheceram a divisão de
1 Co-propriedade sobre uma coisa, geralmente imóvel, com a divisão espacial entre os co-proprietários 2 Compilação de leis romanas, organizada por ordem do imperador Justiniano
7
propriedade com o mesmo carácter do instituto de propriedade horizontal (...)”, isto é, os factos
demonstrados no Digesto não indicam a divisão do edifício como forma de propriedade distinta
sobre cada um dos andares, mas sim como formas de superfície. O que segundo Mendes
(1968) vai ao encontro de Gonçalves (1956) que entende que não podia ter existido
propriedade horizontal, por ser contraditória a sua existência “(…) com o valor absoluto do
accessio romana”, sendo que um dos princípios de direito de propriedade em vigor era a
“superfícies solo cedit3”.
Período Intermédio
Existem indícios da existência de propriedade por andares durante os últimos séculos da Idade
Média. Segundo Mendes (1968), a cidade medieval estava “apertada” entre as muralhas
conferindo um espaço muito limitado para a construção, o que evidencia a necessidade de
construir em altura.
A partir do século XVII começa a surgir as primeiras regulamentações acerca da propriedade
horizontal, e é através “(…) dos costumes reduzidos a escrito de numerosas cidades francesas
e flamengas, que se pode avaliar a difusão da propriedade por andares” (Mendes, 1968). O
mesmo autor refere que o costume mais conhecido é o costume de Orleans, pois encara a
regulamentação do instituto com a preocupação de resolver prováveis conflitos entre os
condóminos, disciplinando especialmente a repartição de despesas da conservação e das
obrigações de fazer obras nas partes comuns.
O artigo 215º deste costume é citado por Mendes (1968) e dispõe: “se uma casa está dividida
de tal maneira que um tem o baixo e outro o alto, o que tem o baixo está obrigado a sustentar e
a conservar o edificado por baixo do 1º andar (…); e o que tem o alto está obrigado a sustentar
e conservar o telhado e o edificado debaixo dele até ao dito 1º andar […]”
Segundo Racciatti (1982) é em 1720, em França, que se dá a primeira revolução da
constituição deste instituto, tendo como motivo, um grande incêndio ocorrido em Rennes que
destruiu perto de um milhar de edifícios. A reconstrução da cidade impôs aos proprietários
vítimas do incêndio maiores despesas, pelo que adotaram voluntariamente o regime da
propriedade por andares, evitando assim o pagamento de um edifício inteiro.
Durante e após a Primeira Guerra Mundial
A propriedade horizontal teve uma crescente importância a partir da Primeira Guerra Mundial
devido ao agravamento da crise habitacional. O desenvolvimento industrial das grandes
metrópoles europeias levou ao êxodo rural das famílias para os centros urbanos, que num
3 Princípio romano, que refere que tudo o que era plantado ou edificado no solo, passava a pertencer ao proprietário do
solo.
8
momento pós-guerra provocou a estagnação quer do ponto de vista do desenvolvimento, quer
a nível de construção. (Brandão, 2009)
Brandão (2009) revela que a escassez do solo e o progressivo encarecimento dos terrenos,
aliado ao desenvolvimento de novas técnicas e materiais utilizados na construção, resulta na
necessidade das cidades crescerem verticalmente, desenvolvendo-se o conceito associado à
construção de amplos complexos residenciais. Este conceito de residência foi-se expandindo
ao longo do século XX com a contínua migração das famílias para a cidade, “(…)
aperfeiçoando-se no tipo de ofertas e expressando-se com novas linguagens”.
A propriedade horizontal em Portugal
Em Portugal, os antepassados históricos do instituto da propriedade horizontal estão
associados aos edifícios existentes antes do século XVII, estando declarado no Livro I das
Ordenações Filipinas, com o seguinte parágrafo:
“Se uma casa for de dois senhorios de maneira que um deles seja o sótão e do outro o
sobrado, não poderá aquele, cujo for o sobrado, fazer janela sobre o portal daquele cujo for
o sótão, ou loja, nem outro edifício algum.” (Mendes, 1968)
Mais tarde, através do Código de Seabra (Código Civil de 1867), seguiu-se o modelo adotado
pelo costume de Orleans, onde o artigo 2335º passou a regular o modo de repartição de
despesas de conservação e obrigações de manutenção do edifício:
“Se os diversos andares de um edifício pertencerem a diversos proprietários, e o modo
de reparação e conserto se não achar regulado nos seus respetivos títulos, observar-
se-á o seguinte:
1º - As paredes comuns e os tetos serão reparados por todos, em proporção do valor
que pertence a cada um.
2º - O proprietário de cada andar pagará a despesa do conserto do seu pavimento e
forro.
3º - O proprietário do primeiro andar pagará a despesa do conserto da escada de que
se serve; o proprietário do segundo, a parte da escada de que igualmente se serve a
partir do patamar do primeiro andar, e assim por diante.” (Mendes, 1968)
Com o rescaldo da Primeira Guerra Mundial, estava previsto a revisão deste artigo,
estabelecendo a propriedade de casas por andares, contudo só a 14 de Outubro de 1955 foi
publicado o Decreto-Lei nº40333, com 37 artigos que apresenta uma pormenorizada disciplina
sobre o instituto de propriedade horizontal:
“A propriedade horizontal é, por conseguinte, a propriedade exclusiva duma habitação
integrada num edifício comum. O direito de cada condómino em conjunto é o direito
sobre um prédio, portanto, sobre uma coisa imobiliária, e como tal é tratado
9
unitariamente pela lei; mas o objecto em que incide é misto – é constituído por uma
habitação exclusiva, que é o principal, e por coisas comuns, que são o acessório”
(Decreto-Lei n.º 267/94 de 25 de Outubro)
Com a entrada em vigor do Código Civil Português em 1966, os propósitos do regime de
propriedade horizontal foram melhorados, passando a fazer parte do capítulo VI do título II do
livro III deste Código Civil. Desde então as alterações sofridas procuram preservar as
disposições do Código Civil, não esquecendo o estudo atento das jurisprudência que sobre
esta matéria ao longo do tempo se têm vindo a pronunciar, destacando-se os Decreto-Lei
268/94 (estatuí sobre matérias estranhas à natureza do Código Civil e têm carácter
regulamentar) e Decreto-Lei 269/94 (criação de disposições regulamentares sobre mecanismos
que permitem o aforro dos condóminos proprietários, visando a conservação e beneficiação
dos edifícios em regime de propriedade horizontal), ambos de 25 de Outubro de 1994.
2.4. O Título Constitutivo da propriedade horizontal
Para um edifício estar constituído em propriedade horizontal, tem que haver um documento
com validade jurídica (formalizado através de escritura notarial) que ateste que o edifício em
causa possui todas as condições para que seja enquadrado no conceito em causa. (Brandão,
2009)
Esse documento que institui o edifício em propriedade horizontal, ou seja, em frações
autónomas (enquanto unidades independentes) e partes comuns, é denominado de título
constitutivo. Neste documento devem constar, obrigatoriamente, a descrição detalhada das
diversas frações e o valor atribuído a cada uma delas em termos de percentagem ou
permilagem. (Castelo, 2009)
Conforme o artigo 1418º do Código Civil4, o título constitutivo pode ainda conter:
A menção do fim a que se destina cada fração ou parte comum;
O Regulamento do Condomínio, elucidando o uso e conservação das partes comuns e
das frações autónomas;
A previsão do compromisso arbitral para a resolução de problemas do condomínio.
Convém referir que as partes comuns não têm que estar incluídas no título constitutivo da
propriedade horizontal, dado que não são de uso exclusivo de cada um dos condóminos.
Contudo, devem constar do título, zonas das partes comuns que estejam afetas ao uso
exclusivo de um condómino (por exemplo, a cobertura de um edifício) para que o mesmo possa
usufruir dela sem constrangimentos. (Brandão, 2009)
4 Todos os artigos citados no presente capítulo, salvo seja enunciado, pertencem ao atual Código Civil português (www.1).
10
Todas as indicações expressas no título constitutivo são incontornáveis e perante o acórdão do
Supremo Tribunal de Justiça, de 11 de Junho de 1986, foi decidido que o título constitutivo gera
a autonomização das frações do imóvel e define o estatuto da propriedade horizontal. O título
constitutivo prevalece sobre quaisquer fatos que tenham ocorrido antes de ter sido constituída
a propriedade horizontal, dada a sua natureza de estatuto real. Isto significa que todos os
proprietários das frações são obrigados a respeitar as regras estabelecidas no título
constitutivo. (Rodrigues, 2013)
Segundo o artigo 1419°, os elementos do título constitutivo só podem sofrer alterações,
nomeadamente no que se refere à composição e valor das frações, com a total concordância
dos proprietários das frações, sendo posteriormente realizada uma nova escritura notarial.
2.5. Regulamento do condomínio
O Regulamento do condomínio é um documento que visa disciplinar o uso, fruição e
conservação das partes comuns e também das autónomas, tratando-se assim de um conjunto
de regras devidamente estabelecidas pelos condóminos, a que todos estão obrigados a
cumpri-las. Citando o mesmo autor, este documento deverá conter: (Brandão, 2009)
“ (…)
Forma de convocação de assembleias, prazos para a mesma e quórum
necessário para deliberações específicas, nomeadamente para a alteração do
próprio regulamento;
Forma e prazo para a aprovação de despesas ordinárias e extraordinárias;
Valor de quota do condomínio a pagar e definição de critérios para a sua
atualização;
Forma de utilização deste valor;
Parte a colocar na conta poupança condomínio;
Escolha e destituição da administração/corpo de gestão do condomínio;
Atribuições/autonomia específicas da administração/corpo de gestão do
condomínio (de acordo com o título constitutivo);
Métodos de cumprimento das funções do administrador, caso este se ausente;
Normas de utilização de zonas e equipamentos comuns (comportamento
adequado à finalidade de cada um dos espaços, horários, usos aceites para
cada fração para além de habitação se tal for considerado, etc.);
Definição de limitações de uso da fração independente (alterações que possam
interferir com as zonas comuns, logo, com a propriedade comum;
Sanções e penalidades aplicáveis em caso de desobediência ao mesmo.”
Segundo o artigo 1429º- A, em todos os prédios com mais de quatro condóminos é obrigatória
a existência do regulamento do condomínio. Caso este não faça parte do título constitutivo
11
(porque à data de escritura era inexistente ou por desígnio) deve ser elaborado pela
assembleia de condomínios ou pelo administrador do condomínio com a devida aprovação da
assembleia. Este documento pode, sempre que necessário, ser editado, através da introdução
de novas regras, desde que devidamente aprovadas pela assembleia.
Segundo Brandão (2009), existem vantagens na inclusão do regulamento do condomínio no
título constitutivo, pois o facto de este poder fazer parte da escritura, torna-o juridicamente mais
rigoroso e, como tal mais “eficaz”.
2.6. Partes comuns do edifício
Neste capítulo já se introduziu o conceito de compropriedade enquanto direito de propriedade
das partes comuns do edifício. O facto destas zonas pertencerem a todos os proprietários das
frações autónomas, significa que existe propriedade comum ou compropriedade, cuja definição
é expressa no n.º1 do artigo 1403º: “Existe propriedade comum ou compropriedade, quando
duas ou mais pessoas são simultaneamente titulares do direito de propriedade sobre a mesma
coisa”.
Assim, interessa definir quais são as partes comuns do edifício, sendo que a legislação em
vigor distingue-as entre: partes necessariamente comuns (as que nenhum título constitutivo de
propriedade horizontal pode considerar como pertencente a um condómino) e partes
presumivelmente comuns (caso o título constitutivo nada indique em contrário). (Passinhas,
2006 citado por Brandão, 2009)
Assim sendo, segundo o artigo 1421º (partes comuns do prédio):
“1. São comuns as seguintes partes do edifício:
O solo, bem como os alicerces, colunas, pilares, paredes-mestras e todas as partes
restantes que constituem a estrutura do prédio;
O telhado ou os terraços de cobertura ainda que destinados a uso de qualquer fração;
As entradas, vestíbulos, escadas e corredores de uso ou passagem comum a dois ou
mais condóminos;
As instalações gerais de água, eletricidade, aquecimento, ar condicionado, gás,
comunicações e semelhantes.
2. Presumem-se ainda comuns:
a) Os pátios e jardins anexos ao edifício;
b) Os ascensores;
c) As dependências destinadas ao uso e habitação do porteiro;
d) As garagens e outros lugares de estacionamento;
e) Em geral, as coisas que não sejam afetadas ao uso exclusivo de um condómino.”
12
Ao abrigo do nº2 do artigo 1420º, o facto de o edifício estar constituído em propriedade
horizontal, implica que os condóminos não podem renunciar ao direito que têm sobre as partes
comuns do edifício, dado que o direito à propriedade exclusiva e às partes comuns é incindível.
Contudo, em relação ao direito à propriedade comum, o artigo 1403.º refere que “(…) os
direitos dos consortes ou comproprietários sobre a coisa comum são qualitativamente iguais,
embora possam ser quantitativamente diferentes; as quotas presumem-se, todavia,
quantitativamente iguais na falta de indicação em contrário do título constitutivo.”
2.7. Deveres dos condóminos
Embora os condóminos tenham direito não só ao uso da sua fração como também das partes
comuns do edifício, também lhes estão associados um conjunto de deveres, tais como:
(www.2)
Participar nas despesas associadas às partes comuns do prédio (com exceção
daquelas cujo uso esteja atribuído só a alguns condóminos;
Não prejudicar a segurança nem a linha arquitetónica ou o arranjo estético do prédio,
quer por fazer obras novas incorretas, quer por deixar de fazer reparações
necessárias;
Não destinar a fração a usos ofensivos dos bons costumes;
Não dar à sua fração fim diverso daquele a que é destinado;
Celebrar e manter atualizado o seguro contra os riscos de incêndio da respetiva fração
e das partes comuns do prédio;
Exercer o cargo de administrador, ou administrador provisório, quando lhe competir por
lei;
Comunicar, por escrito, ao administrador o seu domicílio, ou do seu representante, no
caso de não residir no prédio;
Não praticar atos que tenham sido proibidos pelo título constitutivo ou por deliberação
da assembleia de condóminos aprovada sem oposição;
Quaisquer outros deveres consignados em regulamento de condomínio.
2.7.1. Despesas do condomínio
A comparticipação nas despesas das partes comuns do edifício é um dos deveres associados
aos condóminos, tratando-se de um tema que gera muitos conflitos. Assim sendo, as despesas
têm que ser qualificadas para se poder saber de forma concreta quais os condóminos
responsáveis por esses pagamentos. A Figura 1 esquematiza os principais tipos de despesa
dos condomínios.
13
Figura 1: Tipos de despesa do condomínio (adaptado de (Trindade, 2011))
Despesas de utilização
As despesas de utilização estão relacionadas com o dia-a-dia do edifício, nomeadamente com
os custos que resultam da utilização das partes comuns, dos quais se destaca, o pagamento
associado a: (Trindade, 2011)
o Luz, água e saneamento das partes comuns do prédio;
o Pequenas reparações como substituição de lâmpadas e vidros;
o Compra de artigos de limpeza;
o Material necessário à gestão do condomínio (recibos, livros, correspondência).
Despesas de serviços de interesse comum
São todas as despesas associadas à contratação de serviços prestados por empresas ou
cidadãos individuais, como é o caso da companhia de seguros, da porteira, do jardineiro, das
empresas de manutenção de instalações mecânicas (elevadores, bombas de água,
mecanismos de abertura de portões, etc.). (Trindade, 2011)
A própria administração pode ser remunerada, sendo considerada como um serviço de
interesse comum.
Despesas de conservação
São despesas referentes a obras e reparações que se têm de fazer para o edifício não se
degradar, como a limpeza e pintura de fachadas e de outras partes comuns. Considera-se
assim, que neste tipo de despesas, não se incluem os gastos necessários para o
funcionamento do dia-a-dia. (Trindade, 2011)
Despesas com inovações
São despesas associadas a intervenções que trazem ao edifício a aplicação de elementos
novos, que antes não existiam. Pode ser o caso de renovação de instalações ou equipamentos
por imposição de novos regulamentos da construção, ou a instalação de painéis solares
fotovoltaicos.
Tipos de Despesas dos Condomínios
Utilização (ou Fruição)
Serviços de Interesse Comum
Conservação Inovações
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Segundo o nº1 do artigo 1424º, salvo disposição em contrário (como por exemplo, no título
constitutivo, no regulamento do condomínio ou em deliberação na assembleia), “(…)as
despesas necessárias à conservação e fruição de partes comuns do edifício e ao pagamento
de serviços de interesse comum são pagas pelos condóminos em proporção do valor das suas
frações.” O nº2 do mesmo artigo refere ainda “(…) que as despesas relativas ao pagamento de
serviços de interesse comum podem, mediante disposição do regulamento de condomínio,
aprovado sem oposição por maioria representativa de dois terços do valor total do prédio, ficar
a cargo dos condóminos em partes iguais ou em proporção à respetiva fruição, desde que
devidamente especificadas e justificadas os critérios que determinam a sua imputação.”
Em relação às despesas relativas a elevadores e outras partes comuns que sirvam
exclusivamente alguns condóminos, só as deve pagar quem efetivamente se serve dessas
partes comuns.
Em relação às obras de inovação, estas regem-se nos termos fixados do nº1 do artigo 1425.º,
considerando-se ainda que mesmo quem não concorde com essa despesa, tem
obrigatoriamente de pagar a sua parte, salvo se a recusa for judicialmente havida como
fundada.
Nesses casos, ao abrigo do artigo 1426.º, o condómino cuja recusa tenha sido dada como
fundada, não intervêm no pagamento da obra, mas também não tem direito ao usufruto da
mesma. Caso posteriormente, decida usufruir da inovação, deve para o efeito, pagar a quota
correspondente às despesas de execução e manutenção da obra.
2.7.2. Fundo Comum de Reserva
O fundo comum de reserva é obrigatório por nos termos do Decreto-Lei nº 268/94 e serve para
“(…) estimular os condóminos na mobilização dos recursos necessários à conservação ou
reparação extraordinária de imóveis em regime de propriedade horizontal”.
Segundo o artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 268/94, todos os condóminos comparticipam com um
valor a depositar neste fundo para ajudar a pagar as obras de conservação que sejam
necessárias efetuar no futuro. Esse valor é fixado pela assembleia, contudo nunca pode ser
menos de 10% da quota-parte de cada condómino nas despesas correntes do condomínio.
Trindade (2011) considera benéfico o aumento da comparticipação para o fundo de reserva,
antes de se realizar obras com custos significativos, pois permite ao condomínio angariar um
valor elevado que cubra os custos associados à obra pretendida.
Segundo o Decreto-Lei n.º 269/84, no mesmo diploma, o valor destinado ao Fundo Comum de
Reserva deve ser aplicado numa conta poupança-condomínio sob a forma de depósito a prazo
com a duração mínima de 1 ano renovável, se a assembleia assim o entender.
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O saldo desta conta só pode ser utilizado para obras de conservação, não devendo ser
utilizado para custear obras que constituam inovações, contudo cabe à assembleia decidir
como financiar este tipo de obras. (Trindade, 2011)
2.7.3. Seguros
O seguro de risco contra incêndios é obrigatório, quer para as frações autónomas, quer para as
partes comuns. Segundo o Decreto-Lei n.º 268/84, a atualização anual do seguro é obrigatória,
sendo da responsabilidade da assembleia deliberar o seu montante. Mais informa que o
administrador do condomínio é responsável pela verificação de existência de seguro contra
incêndio de todas as frações, e caso os condóminos não hajam feito o seguro, dentro do prazo
e pelo valor que, para o efeito, tenha sido fixado em assembleia de condóminos, o
administrador deve efetuá-lo, nas mesmas condições, ficando com o direito de reaver deles o
respetivo prémio.
2.8. Administração das partes comuns do edifício
O nº1 do artigo 1430º estabelece que a administração das partes comuns do edifício compete à
assembleia de condóminos e ao administrador.
Tanto a assembleia de condóminos como o administrador são considerados órgãos
administrativos do condomínio, com carácter obrigatório e necessário, cujas suas atribuições
estão ligadas à sua função como expressão de todos os condóminos. Estes têm o poder de
realizar atos jurídicos vinculativos para o condomínio. (Passinhas, 2000)
Assim sendo, considera-se que estes dois órgãos constituem a estrutura necessária e
adequada para satisfazer as exigências organizativas do condomínio: os condóminos, reunidos
em assembleia, formam uma vontade, e o administrador executa essa vontade. (Passinhas,
2000)
Acrescenta-se o facto que a estrutura administrativa do condomínio não pode ser modificado,
nem se pode criar órgãos especiais.
2.8.1. Assembleia de Condóminos
A assembleia de condóminos é constituída por todos os condóminos e pelo administrador e
tem funções essencialmente deliberativas, isto significa que a assembleia é caraterizada pela
tomada de decisões tendo em conta as vontades distintas dos condóminos na organização e
gestão da vida condominial, sendo que essas deliberações vinculam todos os condóminos.
(Passinhas, 2006)
A assembleia de condóminos deve tomar decisões sobre as seguintes questões: (Trindade,
2011)
Aprovação do regulamento do condomínio;
Decisão do uso das partes comuns;
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Aprovação da introdução de inovações nas partes comuns;
Aprovação da alteração da linha arquitetónica do edifício;
Eleição do administrador;
Controlo das dívidas;
Aprovação de contas e orçamentos;
Fiscalização do administrador.
Reuniões de assembleia de condóminos
O nº 1 do artigo 1431º refere que a assembleia deverá reunir obrigatoriamente durante a
primeira quinzena de Janeiro de cada ano, “(…) para discussão e aprovação das contas
respeitantes ao último ano e aprovação do orçamento das despesas a efetuar durante o ano”.
O nº2 do mesmo artigo refere ainda, que para além desta reunião, o administrador ou
condóminos que representem, pelo menos, vinte e cinco por cento do valor do edifício, podem
convocar reuniões extraordinárias.
Convocação da assembleia
Segundo o nº2 do artigo 1432º, a convocação da assembleia de condóminos deve informar
sobre os assuntos cujas deliberações só podem ser tomadas por unanimidade dos votos. No
mesmo artigo ainda se refere que a convocação deve ser feita por meio de carta registada e
enviada com dez dias de antecedência, ou mediante aviso convocatório feito com a mesma
antecedência, desde que haja recibo de receção assinado pelos condóminos.
Funcionamento da assembleia
Nos termos do nº3 do artigo 1432º “(…) as deliberações são tomadas, salvo disposição
especial, por maioria dos votos representativos do capital investido.”, isto significa que não se
podem tomar decisões em reuniões de assembleia, sem que estejam presentes os condóminos
que representem cinquenta por cento do valor total do edifício.
Numa segunda convocatória, derivada da falta de quórum da reunião transata, a assembleia
pode deliberar mais uma vez por maioria de votos dos condóminos, desde que represente vinte
e cinco por cento do valor total do prédio.
O nº3 do artigo 1432º indica que as deliberações são tomadas por maioria, salvo casos
especiais, isto quer dizer que há assuntos que implicam exigências específicas à assembleia. A
Tabela 1 pretende resumir essas exigências presentes na lei consoante a importância dos
assuntos a tratar.
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Tabela 1: Exigência mínima de votação para deliberação em assembleia (adaptado de artigo 1432º)
Exigência Mínima
da Votação Tipo de Assunto
Exigência Mínima da
Representação da Assembleia
Unanimidade - Alteração do título Constitutivo
- Obras de reconstrução do edifício 2/3 do valor do edifício
Unanimidade - Destruição do edifício 75% do valor do edifício
2/3 do valor do edifício
representado em
assembleia
- Obras de inovação
- Obras que alterem a linha arquitetónica do
edifício
- Alteração do fim a que se destina uma fração
2/3 do valor do edifício
Ao contrário do título constitutivo, que está inscrito no registo predial e só pode ser modificado
pelo acordo de todos os condóminos, as deliberações não estão sujeitas a registo e a todo o
momento poderão ser suprimidas ou alteradas pela assembleia. (Passinhas, 2006)
As deliberações tomadas sobre assuntos que requerem unanimidade da assembleia, ainda
ficam sob consideração da vontade dos condóminos ausentes. Estes têm que ser notificados
através de carta registada com aviso de receção e têm noventa dias para comunicar por
escrito, à assembleia de condóminos o seu assentimento ou a sua discordância. Se não
responderem, considera-se que aprovam a decisão tomada.
Reclamação da deliberação da assembleia
No caso, da assembleia tomar alguma decisão que algum condómino considere que é contra a
lei ou regulamento do condomínio que tenha sido aprovado, este pode impugnar essas
deliberações.
Ao abrigo do nº2 do artigo 1433º, o condómino tem 10 dias, a contar a partir da deliberação ou
comunicação (a condóminos ausentes), para exigir ao administrador a convocação de uma
assembleia extraordinária para anulação dessa decisão, sendo que o administrador deve
convocá-la num prazo de 20 dias.
Atas da assembleia
As atas são documentos que descrevem todo o procedimento das assembleias. Estas devem
ser claras, transcrevendo as decisões com rigor, para não criar dubiedade na interpretação das
deliberações. (Trindade, 2011)
Para além das deliberações da assembleia, as atas devem conter a ordem de trabalhos e
qualquer outro assunto pertinente para o condomínio, bem como a data e o local da reunião.
De referir ainda, que as atas devem ser assinadas por todos os condóminos que tenham
estado presente na reunião de assembleia.
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2.8.2. Administrador
O administrador enquanto órgão do condomínio tem uma competência institucional com um
quadro próprio de funções e que não pode ser reduzido pela assembleia de condóminos.
(Passinhas, 2006)
Segundo o artigo 1435º, o administrador é eleito pela assembleia e pode ser um condómino
como pode ser qualquer pessoa ou empresa que não seja dona de nenhum andar. Em caso de
necessidade, os tribunais podem intervir, nomeando um administrador para o condomínio. O
mesmo artigo refere ainda o problema de continuidade do cargo, dizendo que o “(…) período
de funções é, salvo disposição em contrário, de um ano, renovável.”. Ainda se acrescenta, que
para evitar problemas associados à gestão do condomínio, “(…) o administrador mantém-se
em funções até que seja eleito ou nomeado o seu sucessor.”
A lei específica que o cargo de administrador é remunerável, mesmo que seja exercido por um
condómino. Nesse caso cabe à assembleia decidir se esse cargo é remunerável e se for,
quanto deve o administrador receber. Uma das formas de recompensar o administrador
condómino, é libertá-lo do pagamento da quota do condomínio. (Trindade, 2011)
Administrador provisório
Em caso de necessidade absoluta, quando a assembleia não elege um administrador, ou este
não tenha sido nomeado judicialmente, as correspondentes funções, são obrigatoriamente
desempenhadas por um administrador provisório nos termos do nº1 artigo 1435º - A.
A não ser que um condómino manifeste vontade de exercer o cargo, deve ser escolhido o
condómino que tenha mais percentagem ou permilagem do valor do prédio. Na eventualidade
de haver mais do que um condómino em igualdade de circunstância, o disposto no n.º2 do
artigo 1435º - A refere que “(…) as funções recam sobre aquele a que corresponda a primeira
letra na ordem alfabética utilizada na descrição das frações constante do registo predial.”.
Funções do administrador
As funções do administrador estão plasmadas no artigo 1436.º e citando Trindade (2011), estas
são:
“
Convocar a assembleia de condóminos;
Elaborar os orçamentos anuais de receitas e despesas;
Cobrar as receitas e efetuar as despesas comuns;
Exigir dos condóminos a sua quota-parte nas despesas aprovadas pela assembleia;
Prestar contas à assembleia;
Providenciar duas contas bancárias do condomínio: uma para as contas correntes e
outra para o Fundo Comum de Reserva;
Executar as deliberações da assembleia;
19
Realizar as reparações no prédio e outros atos necessários à conservação dos bens
comuns;
Regular o uso das coisas comuns e a prestação dos serviços de interesse comum;
Representar o condomínio perante as autoridades administrativas e em ações judiciais;
Verificar a existência de seguro contra risco de incêndio, ou propor à assembleia o
montante do capital a segurar;
Assegurar a execução do regulamento e das disposições legais e administrativas
relativas ao condomínio;
Guardar e manter todos os documentos que digam respeito ao condomínio;
Transmitir aos condóminos todas as notificações que venham a receber das
autoridades administrativas;
Dar uma cópia do Regulamento do Condomínio a todas as pessoas que vivam no
prédio, mesmo que não sejam proprietárias dos andares, como é o caso dos inquilinos;
Transmitir aos condóminos não residentes todos os factos relevantes da vida do
condomínio.”
Constata-se que estas funções conferem um carácter essencialmente executivo e prático, mas
também conferem autonomia ao administrador nas suas funções, sem nunca pôr em causa o
direito de compropriedade de cada condómino sobre as partes comuns. (Passinhas, 2006)
2.9. Conclusão de capítulo
Ao longo do capítulo, abordou-se a evolução do conceito de condomínio, concluindo com a
descrição da atual legislação em vigor que rege o instituto de propriedade horizontal. A
propriedade horizontal e o condomínio têm o mesmo significado jurídico.
O regime de propriedade horizontal sofreu grandes mutações ao longo da História, esta foi
sendo adaptada tendo em conta as vivências da época histórica. Com a evolução das cidades,
o êxodo rural, a concentração de edificado e aquisição de habitações, urge a necessidade de
criar um suporte legal para a boa convivência dos residentes, bem como uma forma
administrativa e judicial para a resolução de problemas.
Da análise histórica, a legislação portuguesa, acerca da propriedade horizontal não tem sofrido
muitas alterações, do que está instituído no Código Civil de Portugal. Apesar da lei ser objetiva
para todos os elementos envolvidos na gestão de condomínios, dá sempre lugar a
subjetividade quando nela não se revê todas as situações de conflito entre condóminos e as
suas razões. A atual lei também não regula a atividade da administração e gestão de
condomínios e esse é um fator que deve ser regulado legalmente.
20
Todavia o manual legislativo é um instrumento imprescindível para o cumprimento das regras e
normas instituídas, sendo que a mesma permite delegar direitos e deveres a cada membro do
condomínio para uma correta convivência no mesmo espaço.
21
3. A Gestão de Condomínios
3.1. Nota introdutória
Na legislação que rege o instituto da propriedade horizontal, um dos órgãos administrativos do
condomínio é o administrador. Esse interveniente é visto como o gestor do condomínio e tem
funções importantes com o intuito de promover uma correta utilização do edifício. Neste
capítulo pretende-se conhecer a realidade da administração de condomínios em Portugal, e o
papel da administração enquanto gestora de um edifício.
A gestão de um condomínio contempla tarefas que vão além do controlo das despesas
correntes dos condóminos. Esta tem que ter em conta a gestão integrada de todo o edifício,
visto que se trata de um bem / património que necessita ser conservado por estar suscetível à
ocorrência de problemas técnicos, económicos e funcionais.
Desta forma, pretende-se analisar todas as atividades que estão associadas à gestão de
edifícios, nomeadamente a manutenção por ser uma área que tem verdadeiro impacto na
qualidade e desempenho do edifício, e consequentemente na valorização do edificado.
Neste capítulo ainda se pretende abordar o efeito das novas tecnologias na gestão de
condomínio, de modo a analisar as suas funcionalidades e o impacto que estas têm no controlo
de um bem tão complexo e dinâmico como os edifícios.
3.2. A realidade dos condomínios em Portugal
Apesar de os condomínios apresentarem uma antiguidade formal de quase 50 anos, são
escassas as informações sobre os resultados desta forma de cooperação. Os dados
disponíveis referem-se principalmente a relatórios simplificados e notícias divulgadas por
empresas de gestão de condomínios e associações respetivas, ou seja, as informações
disponíveis são sobretudo divulgadas por entidades responsáveis pelo incentivo e extensão
desta atividade, sendo raras as informações ou estudos de cariz mais científico.
De acordo com os resultados dos Censos 2011, na última década verificou-se um forte
crescimento do parque habitacional, sendo que o número de edifícios5 existentes situa-se nos
3.544.389 (correspondente a um aumento de 12,2% face a 2001) e o número de alojamentos
situa-se nos 5.878.756 (um aumento de 16,3% face a 2001). (INE, 2012)
5 Construção independente, compreendendo um ou mais alojamentos, divisões ou outros espaços destinados à habitação de pessoas, coberta e incluída dentro de paredes externas ou paredes divisórias, que vão das fundações à cobertura, independentemente da sua afetação principal ser para fins residenciais, agrícolas, comerciais, industriais, culturais ou de prestação de serviços.
22
Os Censos 2011 não apresentam dados concretos de edifícios em regime de condomínio,
contudo apresenta uma variável denominada “edifícios construídos estruturalmente para
possuírem 3 ou mais alojamentos”. Atendendo a que um condomínio existe, quando está
dividido em várias frações de diferentes proprietários, pretende-se estimar com grandes
reservas6 um valor para o número de condomínios existente, através da análise a edifícios
principalmente residenciais7 com 3 ou mais alojamentos.
Segundo INE (2012) existem cerca de 379 335 edifícios principalmente residenciais existentes
com mais de 3 alojamentos (independentemente do número de pisos), o que representa cerca
de 10.7% dos edifícios existentes em Portugal. O mesmo estudo refere ainda que que neste
tipo de edifícios:
Residem cerca de 4 306 392 pessoas;
Existem 1 752 475 famílias clássicas8;
Existem cerca de 1 731 597 alojamentos.
Assim constata-se que cerca de 40% da população residente em Portugal vive em alojamentos
caraterizados como condomínios, e analisando grosseiramente, se cada fração (alojamento)
corresponder a proprietários diferentes, estima-se a existência do número de condóminos igual
ao número de alojamentos.
Os Censos 2011 ainda apresentam um dado importante, associado aos proprietários, ou seja,
potenciais condóminos. Este estudo refere que 73.24% dos alojamentos familiares clássicos
são ocupados pelos proprietários, sendo que cerca de 20% estão arrendadas e nas restantes
situações estão associadas a empréstimos/cedências. (INE, 2012)
Um fator que também interessa analisar e que tem implicações na gestão de condomínios está
relacionado com o tipo de estrutura do edifício (em regime de propriedade horizontal). Existem
certos parâmetros que têm influência direta na política de gestão de condomínios praticada,
tais como a época de construção e os elementos constituintes do edifício.
Os edifícios antigos são compostos por materiais cada vez mais em desuso e não foram
projetados, por exemplo, para terem elevador (elemento com grande preponderância no
orçamento de um condomínio), contudo são edifícios que à partida estão mais suscetíveis à
realização de obras de reparação (a necessidade de obras e a sua realização também estão
diretamente relacionados com a gestão de condomínios). Os edifícios recentes são
caraterizados sobretudo por terem uma estrutura em betão armado, e têm regulamentos
6 O facto de o edifício conter mais de 3 alojamentos, não implica que esteja sob regime de propriedade horizontal. O edifício pode ter inúmeras frações que pertençam a um só proprietário, não sendo constituído um condomínio nessas situações. 7 Edifício em que a maior parte da sua área útil (mais de 50%) está destinada à habitação. Pode conter garagens, lojas e outro tipo de fração. 8 Conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco (de direito ou de facto) entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte do alojamento. Considera-se também como família clássica qualquer pessoa independente que ocupe uma parte ou a totalidade de uma unidade de alojamento (INE, 2011)
23
0
10000
20000
30000
40000
50000
Edifícios construídos estruturalmente para possuir 3 ou mais alojamentos segundo a época de construção
Figura 2: Edifícios construídos segundo a época de construção
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
Edifícios segundo a época de construção, por principais materiais utilizados na construção
Betão Armado
Paredes de alvenariacom placaParedes de alvenariasem placa
Figura 3: Edifícios segundo a época de construção, por principais materiais utilizados na construção
específicos que devem ser tidos em conta na fase de projeto, como as instalações prediais
(ex.: elevadores, instalação de gás, instalação contra incêndios, etc.). Assim, considera-se que
estes parâmetros têm influência na gestão de condomínios e devem ser abordados nesta
análise estatística.
Constata-se através do gráfico da Figura 2, que a construção de edifícios caraterizados como
condomínios teve maior destaque nas décadas de 1970 e de 1980, nomeadamente com a
construção de 46 880 e 47 115 edifícios, respetivamente.
Importa referir que este progresso está diretamente relacionado com o aumento significativo da
utilização de betão armado na estrutura da construção, tal como se pode ver na Figura 39.
9 A Figura 3 faz referência a todo o tipo de edifício e como tal os valores não são alvo de análise.
24
Segundo os Censos 2011 existem: (INE, 2012)
22 801 Edifícios com 3 ou mais pisos10 construídos em betão armado
3 298 Edifícios com 3 ou mais pisos construídos com parede de alvenaria com placa
165 Edifícios com 3 ou mais pisos construídos com parede de alvenaria sem placa
Tal como foi dito, um dos fatores que está associado à gestão de condomínios é o estado de
conservação dos condomínios e segundo os dados obtidos através dos Censos 2011,
constata-se que a necessidade de reparação é maior quanto mais antigo for o edifício. A
Tabela 2 pretende demonstrar a percentagem de edifícios com necessidade de reparação,
consoante a época de construção.
Tabela 2: Percentagem de edifícios que necessitam de reparação consoante idade de construção
Época de Construção
Antes de
1919
1919 -
1945
1946 -
1960
1961 -
1970
1971 -
1980
1981 -
1990
1991 -
1995
1996 -
2000
2001 -
2005
2006 -
2011
% Edifícios com
necessidade de
reparação (%)
51.67 78.52 87.77 75.65 77.97 53.35 17.83 13.31 8.02 3.96
Convém referir que esta análise é feita para todos os edifícios mas as conclusões tiradas
podem-se adaptar aos condomínios.
Outro componente que ainda se pode analisar e já foi referido como exemplo, é a existência de
elevador no edifício. Segundo dados de INE (2012), existem cerca de 93 027 edifícios
“estruturalmente construídos para ter 3 ou mais alojamentos” (caraterizados como condomínio)
que têm elevadores, o que obriga a uma gestão cuidada, devido aos custos de manutenção
que estão associados.
Por fim, verifica-se que a dimensão média dos edifícios (número médio de alojamentos por
edifício) tem vindo sempre a crescer ao longo das décadas, podendo-se estimar o aumento de
habitações em condomínio e, com isso, oportunidades crescentes de negócio para as
empresas que se dedicam a esta atividade. (Malheiro, 2013)
10 Consoante as variáveis existentes, considera-se com algumas reservas, que o edifício é caraterizado
como edifício quando possui 3 ou mais pisos.
25
3.3. O gestor de condomínios
Como foi anteriormente referido em relação à administração do condomínio, ao abrigo do artigo
1435º, a administração do condomínio pode ser feita por um dos condóminos ou por uma
entidade externa especializada no mesmo.
Apesar de não se ter conhecimento ao certo destes valores, Malheiro (2013) refere que um
terço dos condomínios em Portugal tem administrações constituídas pelos próprios
condóminos.
Contudo, através de uma sondagem realizada no website “Gestão de Condomínios” em 2013,
num universo de 394 pessoas, 72.8% dos inquiridos ainda vive num condomínio gerido por um
dos condóminos, sendo que os restantes 27.2% indicam uma empresa como sendo a
responsável pela administração do seu condomínio. (www.3)
A falta de rigor e de estudos científicos não permite tirar conclusões acerca da relação
existente ao certo, entre o tipo de administração praticada em Portugal.
3.3.1. Administrador de condomínio particular
Segundo Chu et al (2012), pelo facto de estarem bem cientes das dificuldades, os proprietários
dos condomínios são muitas vezes resistentes a integrarem a administração e consequente
gestão da propriedade comum. Muitos condóminos consideram este exercício uma fonte de
problema, sendo que, quanto maior é a dimensão de um condomínio, maior é a relutância
encontrada entre os condóminos para assumirem as responsabilidades da sua gestão.
São várias as razões apresentadas para a dificuldade dos condóminos em gerirem a sua
propriedade, tais como não terem um conhecimento adequado das práticas e das leis que
regem os condomínios, não terem as necessárias competências de gestão, sentirem-se
confusos quanto ao que é necessário fazer ou simplesmente não terem disponibilidade de
tempo, nem de recursos necessários a essa prática. (Gao et al, 2011).
3.3.2. Empresa gestora de condomínios
Com o grande dinamismo gerado através da construção das últimas década, e através da
relutância dos condóminos em gerirem internamente o seu condomínio, a criação de uma
entidade externa que administre o condomínio tem-se expandido ao longo dos anos, vendo
nesta atividade uma forma de negócio com grandes vantagens.
De acordo com Malheiro (2013) referenciando dados da Associação Nacional de Gestores e
Administradores de Condomínios (ANGAC), existem cerca de 14.000 empresas dedicadas a
esta atividade em Portugal. Mas não deixa de ser interessante, que através de um estudo
26
realizado pelo mesmo autor que resultou na pesquisa de empresas de gestão de condomínios
(concretamente 70 empresas na zona do Porto e Lisboa), concluiu-se que não existe empresas
que se destaquem pela diferenciação dos seus serviços.
Embora a escolha de uma empresa para administração do condomínio, seja para evitar
problemas, a prática desta atividade resulta muitas vezes em situações de conflito entre a
empresa e os condóminos. A maioria das reclamações recebidas estão relacionadas com
questões contratuais entre o condomínio e a empresa, o incumprimento do prazo na marcação
das assembleias gerais de condóminos, a falta na prestação de contas ou a não resolução de
anomalias nas partes comuns do prédio. (Malheiro, 2013)
Muitos dos problemas citados, devem-se à não regulamentação da atividade de gestão e
administração de condomínios, tema esse que está a ser debatido e projetado e que visa
estabelecer um regime jurídico de licenciamento das empresas que se dedicam (de forma
profissional) à atividade de gestão e administração de condomínios. Segundo Fernando
Oliveira Silva, presidente do Instituto da Construção e do Imobiliário (InCi), numa entrevista
dada ao “Jornal i”, refere que é importante a regulamentação desta atividade uma vez que é
“(…) exercida, muitas vezes, por empresas e empresários que não oferecem garantias de
idoneidade e de capacidade técnica para o efeito”. (www.4)
Segundo Vítor Amaral, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e
Administração de Condomínios (APEGAC) o pré-projeto de lei prevê obrigações para
administradores profissionais e particulares. Sendo que “(…) para um administrador particular
não deverá ser exigido um alvará, seguro de responsabilidade civil ou caução.” (www.4)
3.4. Atividades da gestão de edifícios
Tratando-se ou não, de condomínios, interessa abordar os edifícios do ponto de vista do seu
funcionamento enquanto administrador, visto que possuem valor económico, estético e
funcional que importa ser gerido de forma a garantir a disponibilidade dos equipamentos, o
conhecimento dos custos e necessidades, o conforto e segurança dos seus utilizadores.
(Trindade, 2011)
A gestão de edifício engloba um conjunto de ações e procedimentos que é necessário afetar a
um edifício após a sua construção de forma a otimizar o seu desempenho e obter durante o
máximo de tempo possível (e ao menor custo) a resposta funcional para que foi previsto.
Segundo Calejo (2001), a gestão de edifícios pode ser dividida em três atividades
fundamentais, como se demonstra na Figura 4.
27
Gestão de edifícios
Técnica Económica Funcional
Figura 4: Atividades da gestão de edifícios
3.4.1. Atividade técnica
Citando (Calejo, 2001):
“A atividade técnica engloba os processos relacionados com o desempenho do edifício,
dos seus elementos e componentes.”
Esta atividade engloba diferentes processos de avaliação, intervenção e correção de qualquer
alteração ao suposto correto funcionamento dos elementos constituintes do edifício. Esses
trabalhos estão relacionados e integrados no que, correntemente, se designa por Manutenção
de Edifícios11. (Maurício, 2011)
Segundo Arbizzani (1991) citado em Flores (2002), “a gestão da manutenção deve ter uma
sequência lógica e não estar limitada a atividades temporais, incluindo a programação da
gestão e da manutenção, levantamento e diagnóstico dos fenómenos patológicos, gestão
técnico-económica das intervenções e monitorização dos trabalhos de execução.”
O papel de gestor da área técnica pode ser da responsabilidade do proprietário da habitação,
como de um administrador de condomínio ou através de uma entidade responsável pela
manutenção.
Os processos que estão inerentes à gestão técnica agrupam-se da seguinte forma: (Calejo,
2001)
Manutenção;
Limpeza e Higiene;
Emergências;
Segurança;
Ajuste Funcional;
Cumprimento Legal.
A “Manutenção” consiste em ações de prevenção e correção de patologias, sendo que o gestor
responsável pela manutenção, deve estar atento às ocorrências no edifício e escolher uma
entidade indicada para efetuar a reparação e fiscalizar o processo de execução.
11 A Manutenção de Edifícios vai ser abordada num sub-capítulo próprio para o efeito
28
A “Limpeza e Higiene” decorrem da normal utilização do edifício e devem corresponder às suas
necessidades específicas. Apesar de parecer uma intervenção sem relevância ao correto
funcionamento dos elementos do edifício, é um processo de extrema importância, e citando
Trindade (2011), “(…) manter o edifício limpo e apresentável previne o desleixo e aumenta o
sentido de comunidade entre os utentes”.
As “Emergências” podem se dividir em técnicas e acidentais. As emergências técnicas resultam
da falha de qualquer elemento do edifício e compromete a continuidade do seu desempenho,
como a falta de luz ou avaria no elevador. As emergências acidentais resultam de fenómenos
pontuais cujas consequências não são calculáveis, como incêndios e inundações. Apesar de
não serem programadas, as intervenções perante os dois tipos de emergência devem estar
planeadas.
A “Segurança” reporta às condições de bem-estar que devem ser proporcionadas, como a
prevenção à intrusão e o correto uso dos espaços, bem como à prevenção de acidentes face
às caraterísticas da construção.
O “Ajuste Funcional” identifica a promoção de alterações dos hábitos dos utilizadores e dos
próprios edifícios a novas formas de uso.
O “Cumprimento Legal” é o processo utilizado para garantir que o edifício esteja de acordo com
as disposições legais aplicáveis, servindo de exemplo os trâmites legais associados às
alterações de consumo energético e fornecimento de gás.
3.4.2. Atividade económica
Citando (Calejo, 2001):
“A atividade Económica integra todos os processos financeiros ou contabilísticos
relativos aos encargos de funcionamento do edifício.”
Os custos associados a um edifício não se prendem unicamente com os custos de
investimento inicial. Também se tem que ter em conta a despesa associada à fase de
exploração do edifício, que porventura ultrapassam em larga escala os custos associados à
fase de conceção e execução do edifício. Isto significa que os custos diferidos ao longo da vida
do edifício são cada vez mais revelantes no investimento global em torno do mesmo. (Tavares,
2009)
Segundo Calejo (2001), são vários os custos a suportar durante a fase de exploração do
edifício, e é no âmbito desses custos que se centra a atividade económica do gestor do
edifício, dividindo-se em:
Manutenção;
Exploração;
Utilização;
Financeiros;
29
Fiscais.
Os custos de “manutenção” decorrem sobretudo do processo de manutenção em si,
nomeadamente das operações envolvidas quer seja através de uma intervenção corretiva ou
preventiva.
Os custos de “exploração” são custos que resultam das necessidades para o desenvolvimento
das atividades associadas para o qual o edifício é utilizado.
Os custos de “utilização” resultam da necessidade de manter o edifício em serviço, ou seja, são
os custos que se justificam para que o edifício cumpra os requisitos mínimos de utilização.
Os custos “financeiros” são aqueles que têm a ver com o custo de capital, empréstimos e
aforros para o fundo de reserva.
Os custos “fiscais” resultam da implementação do edifício e prendem-se com responsabilidades
fiscais (impostos) associados ao edifício.
Nesta atividade, o gestor também deve fazer uma análise contínua do fluxo económico gerado
pela utilização do edifício e deve-se estabelecer um balanço entre as necessidades financeiras
para a concretização de operações e as contribuições dos proprietários através do pagamento
de quotas. (Brandão, 2009)
3.4.3. Atividade funcional
Citando (Calejo, 2001):
“A atividade Funcional assume todas as questões decorrentes da utilização do edifício
num determinado contexto que se pode caracterizar pelos utentes, pela legislação,
pelas relações com próximos, etc.”
Através da citação enunciada, constata-se que esta atividade está sobretudo relacionada com
a definição por parte do gestor dos direitos e deveres dos utilizadores, regulamentando-os com
vista a uma correta utilização do edifício.
Segundo Calejo (2001), o papel do gestor de edifícios em edifícios de habitação multifamiliar
(condomínios) “(…) prende-se fundamentalmente com a definição do modo de utilização das
zonas comuns”, mas também passa pela capacidade de assumir um papel de coordenação
social, e impulsionar uma boa relação entre os diferentes utilizadores.
Brandão (2009) refere ainda, que o gestor deve promover a comunicação entre os utilizadores
com vista à implementação de atividades associadas à gestão do edifício.
30
3.5. Manutenção de edifícios
3.5.1. Génese e significado
O conceito de manutenção surge pela primeira vez normalizada no Reino Unido, durante a 2ª
Guerra Mundial, no fabrico de produtos ligados à atividade industrial bélica. Ou seja, a primeira
norma internacional relacionada com a manutenção, denominada BS 3811, é específica para o
sector industrial. Esta norma define manutenção como “a combinação de todas as ações
técnicas e administrativas, incluindo o seu controlo, necessárias à reposição de determinado
elemento num estado no qual este possa desempenhar a preceito a funcionalidade
pretendida”.
Tal como afirma Calejo (2001), a manutenção industrial veio a tornar-se historicamente mais
avançada que a manutenção dos edifícios, embora esta última seja mais complexa, pois
baseia-se na satisfação das exigências funcionais do edifício.
Assim, dada a sua importância, o conceito de manutenção começou também a ser aplicado
especificamente na construção, como é descrita na Norma BSI 8210 de 1986, que define que
uma construção é um edifício ativo que precisa de manutenção para assegurar que o seu valor
não é depreciado. A norma define manutenção como o conjunto de operações, excluindo as
limpezas diárias, necessárias para um eficaz desempenho do edifício e de modo a proteger a
saúde e a segurança das pessoas no seu interior e exterior.
A relevância da manutenção, fez com que o conceito fosse revisto e aplicado em várias normas
ao longos dos anos, sendo que mais recentemente, o Instituto Português da Qualidade (I.P.Q)
publicou a versão portuguesa da Norma Europeia EN 13306:2001, intitulada “Terminologia da
Manutenção” (NP EN 13306, 2007), a qual define manutenção como “a combinação de todas
as ações técnicas, administrativas e de gestão, durante o ciclo de vida de um bem, destinadas
a mantê-lo ou repô-lo num estado em que ele pode desempenhar a função requerida”.
Nesta norma, a definição de manutenção introduz o conceito de ciclo de vida, que não está
descrito nas outras normas acima referidas. O ciclo de vida é descrito como o “intervalo de
tempo que se inicia com a conceção e termina com a sua eliminação”.
Pelo que foi descrito, convêm clarificar que a manutenção tem como principal objetivo, no
decorrer da sua vida útil, garantir que o nível de desempenho de determinado bem, através da
combinação de todas as ações técnicas e administrativas, seja igual aquele para o qual foi
concebido e nunca superior, pois nesse caso aplica-se o conceito, também ele normalizado, de
reabilitação.
3.5.2. Manutenção vs reabilitação
A manutenção está bastante associada à conservação do elemento e também à sua
reabilitação, mas de facto são ações com significado distinto, que em situação corrente podem
ser caracterizadas com o mesmo significado.
31
O termo conservação tem vindo a ser substituído por “manutenção”, existindo quem o
empregue relativamente a ações corretivas de patologias, deixando para ações preventivas o
termo manutenção. (Calejo, 1989)
A manutenção e a reabilitação devem entender-se como ações distintas a conferir aos
elementos constituintes do edifício. A manutenção é um termo associado às ações necessárias
a manter os níveis de exigência e de qualidade à data da respetiva construção, enquanto a
reabilitação tem como objetivo o aumento do nível de exigência de desempenho e de qualidade
do elemento construtivo a intervir para níveis atuais. (Ferreira, 2009)
Assim, o termo reabilitação pode conjugar a recuperação de elementos pré-existentes numa
dada edificação, com a beneficiação geral dos mesmos. Ou seja, pode reutilizar as
arquiteturas, a estrutura e os elementos construtivos dos edifícios antigos, mas adaptando-os a
necessidades e exigências de uso atuais, tendo sempre presente os seus valores históricos,
estéticos, arquitetónicos e urbanísticos. (Paiva et al, 2006)
Neste contexto, convêm referir que num processo de reabilitação, tem que se ter em conta o
tipo de intervenção possível no que se refere a soluções construtivas, nomeadamente a
intervenção no sistema construtivo assim como na arquitetura da edificação. Em edificações
com valores históricos e arquitetónicos não determinantes, poder-se-á optar por intervenções
mais profundas no que se refere a soluções construtivas, do que num edifício com valores
arquitetónicos e históricos essenciais. Para avaliar e determinar o valor estético da edificação
existe o regime jurídico da reabilitação urbana (RJRU)
Os conceitos de manutenção e reabilitação, podem ser analisados através do gráfico
apresentado na Figura 5.
Figura 5: Sintetização de conceitos de manutenção adaptado de (Ferreira, 2009)
Da análise do gráfico, pode observar-se que a variável “Padrão de qualidade” tem três pontos
significativos, P0, P1 e P2.
“P0” corresponde ao padrão de qualidade abaixo do qual a solução é demolir;
“P1” corresponde à qualidade do edifício na data da construção
“P2” corresponde a um padrão de qualidade superior.
32
Por sua vez ao longo do tempo podem ser realizadas obras de conservação (C) ou
melhoramento (B) e até mesmo a recuperação total (R), quando o ciclo de vida útil
termina e consequentemente se cria um novo ciclo.
O tempo estimado para cada obra de manutenção é um dos temas mais importantes, sendo
que se procura obter a melhor relação entre as duas variáveis presentes no gráfico, bem como
o custo associado a cada ação interventiva.
3.5.3. Intervenientes no processo de manutenção
Segundo Johnson et al (1999), durante a vida útil de um edifício, muitos problemas
relacionados com a falta de qualidade devem-se a erros de projeto, execução e à falta de
ações de manutenção.
As ações de manutenção, são desenvolvidas numa fase de utilização do edifício, contudo
essas ações têm que ser pensadas e planeadas numa fase embrionária de todo o processo de
desenvolvimento do edifício, para colmatar possíveis problemas que afetam o desempenho do
edifício. Isto é, considera-se que questões de durabilidade, manutenção e utilização do edifício
têm que ser consciencializadas pelos agentes intervenientes no sector da construção como
sendo uma parte integrante ao longo de todo o processo de empreendimento, desde a vontade
de construir, à execução da obra e até à utilização do mesmo. (Barros,2008)
Este processo é caracterizado por um conjunto de ações indispensáveis à execução do
empreendimento, sendo que esse processo se pode dividir nas seguintes fases:
Promoção e Planeamento;
Conceção e Projeto;
Produção de Materiais e Componentes;
Construção;
Utilização e Manutenção;
Demolição/Desconstrução.
Em todas estas fases do processo de empreendimento torna-se relevante evidenciar a
importância da variável manutenção, tendo presente todos os intervenientes que nele
participam, com responsabilidade e funções distintas, mas que de um modo geral contribuem
para uma correta manutenção do edifício.
A Tabela 3 pretende sintetizar para as diferentes fases do processo de empreendimento, as
principais funções dos diferentes intervenientes no âmbito da manutenção.
33
Tabela 3: Intervenientes no processo de manutenção
Fase Interveniente Principais Funções no Âmbito da Manutenção
Promoção e Planeamento
Dono de Obra Define estratégia de manutenção a seguir e acompanha o seu
desempenho
Conceção e Projeto Projetista
Elabora as ações de manutenção necessárias tendo em conta as
características do edifício estabelecidas: fatores que envolvem
custos diferidos da manutenção em função do nível financeiro dos
utentes como a acessibilidade, possibilidade de substituição e
desempenho adequado dos elementos constituintes do edifício.
Produção de Materiais e
Componentes Fabricante Fornece os materiais e componentes a utilizar, sendo esta uma
das chaves para garantia da qualidade e durabilidade
Construção
Empreiteiro Geral Coordena os trabalhos Esta fase pretende garantir a
execução de acordo com o
projeto, para garantir os níveis
de durabilidade e de qualidade
exigidas. Erros de conceção
originam problemas com
repercussões indesejáveis na
fase de utilização e portanto
têm influência na manutenção
do edifício.
Empreiteiro de Serviços
Especializados
Executa atividades específicas
Fiscal Acompanha e verifica a
realização da obra
Especialista em Inspeções e Ensaios
Recolhe as informações
necessárias à conceção da
intervenção
Utilização e Manutenção
Utentes
Conhecem o edifício.
Com documentação específica no âmbito da manutenção
poderão controlar o estado de conservação do edifício.
Como é dito por Barros (2008), todos os intervenientes no processo de empreendimento
contribuem para uma correta manutenção.
3.5.4. Estratégias de manutenção
As intervenções feitas num edifício, no âmbito da manutenção, pretendem otimizar o seu
desempenho na fase de utilização e prolongar a sua vida útil, evitando a degradação precoce
do próprio edifício. (Flores, 2010)
Essas intervenções variam consoante a estratégia de manutenção delineada e adotada para
cada caso, variando em função do que se pretende conservar, mas tendo também em conta o
interesse dos utentes e da sua disponibilidade financeira na escolha da estratégia de
manutenção, pois cada estratégia envolve recursos a utilizar e custos, que são diferentes entre
si. (Barros,2008)
De facto, existem várias metodologias dedicadas à generalidade das ações de manutenção
possíveis de realizar durante a fase de utilização do edifício, e que podem ser escolhidas para
contemplar no plano de manutenção afeto à conservação do elemento em causa. Assim, de
acordo com o esquema representado na Figura 6, as estratégias de manutenção podem-se
dividir em dois grandes grupos: pró-ativa (preventiva e preditiva) e reativa/corretiva. (Flores,
2002)
34
Estratégias de Manutenção
Manutenção pró-activa
Manutenção preventiva
Manutenção predictiva
Manutenção correctiva
Figura 6:Estratégias de manutenção (Flores, 2002)
3.5.4.1. Manutenção corretiva
Este tipo de estratégia é caracterizada por ficar dependente da ocorrência da degradação do
elemento e de situações imprevistas de anomalias, para depois tomar medidas e intervir na
ação de reparação do elemento afetado. (Barros, 2008)
Segundo a norma NP EN 13306:2007, a manutenção reativa (ou corretiva) é definida como
“manutenção efetuada depois da deteção de uma avaria e destinada a repor um bem no
estado em que pode realizar uma função requerida.”
Assim, uma das variáveis mais importantes a ter em conta é o estado de degradação do
elemento, pois o grau de deterioração tem bastante influência no processo de correção do
mesmo.
Pelo facto de nesta estratégia, a manutenção periódica ser inexistente, considera-se importante
para a eficácia desta, a capacidade de resposta perante uma necessidade de intervenção.
Com o intuito de melhorar esse aspeto devem ser definidas fichas de reparação que permitam
atuar de acordo com a situação existente, onde se representa as ações corretivas
correspondentes às diferentes anomalias detetadas nos elementos do edifício, permitindo
assim, minorar problemas associados ao planeamento das ações corretivas. (Morgado, 2012)
Devido ao pouco conhecimento de causa em relação a políticas de manutenção, muitos
utilizadores adotam esta estratégia por não considerar prioritário suportar custos de
manutenção quando não se vislumbra problemas no correto funcionamento do edifício,
considerando esta estratégia como uma solução mais económica. (Barros, 2008)
Contudo esta metodologia, introduz um acréscimo aos custos de manutenção do
empreendimento, devido a vários inconvenientes que lhe estão associados e que são de
seguida enumerados: (Flores, 2010)
Devido ao facto de se tratar de ações não planeadas, existe dificuldade em interceder
em mais do que uma intervenção de carácter urgente.
35
O facto de só se intervir na sequência de reclamações por parte dos utentes pode
indicar que o elemento já apresente um nível de degradação acentuado, o que origina
intervenções mais complexas, que naturalmente ficam mais dispendiosas.
O carácter de urgência pode levar ao recurso de materiais e técnicas inadequadas,
quando não existem meios capazes de dar respostas atempadas. Além dos custos
associados à contratação da empresa para intervenção, pode levar ao aparecimento
das mesmas anomalias e outras que possam estar relacionadas e que precisam de ser
novamente corrigidas, envolvendo mais custos de manutenção.
3.5.4.2. Manutenção pró-ativa
Uma estratégia de manutenção pró-ativa (ao contrário da corretiva) pretende agir antes da
ocorrência da anomalia e consequente mecanismo de degradação, diminuindo a probabilidade
de deterioração e mesmo rotura dos elementos de construção. Engloba pois, ações planeadas
de acordo com critérios prescritos, que minimizam a perda de desempenho durante o ciclo de
vida e ao mesmo tempo permite melhorar a alocação dos custos. (Flores, 2010)
Esta estratégia pode ser estratificada em manutenção preventiva (sistemática) e manutenção
preditiva (condicionada).
Manutenção preventiva
A estratégia de manutenção preventiva é definida, pela mesma norma já citada, NP EN
13306:2007, como a “Manutenção efetuada a intervalos de tempo pré-determinados, ou de
acordo com critério prescritos, com a finalidade de reduzir a probabilidade de avaria ou de
degradação do funcionamento de um bem.”.
Este tipo de manutenção consiste em estabelecer e executar atividades de manutenção com
periodicidades fixas, caracterizando-se por atuar antes do aparecimento das anomalias
seguindo um planeamento de ações de manutenção pré – estabelecido sobre os elementos
constituintes do edifício.
Assim, de acordo com Barros (2008), o facto de se atuar antes do aparecimento da anomalia
torna fundamental conhecer o desempenho dos elementos a operar e a definição da sua vida
útil, visto que se pretende otimizar os intervalos de tempo entre as operações de manutenção,
tornando mais eficaz a intervenção no que diz respeito ao desempenho do elemento mas
também aos custos associados.
As medidas de manutenção preventiva, nomeadamente os planos de inspeção e intervenção
devem ser implementados na fase de projeto, no caso de edifícios novos, ou em fase de
utilização, no caso de edifícios existentes.
Assim, segundo Flores (2010) esta política de manutenção permite planear as operações de
manutenção e os seus custos, reduzindo os trabalhos não previstos e os seus sobrecustos,
embora exija uma análise detalhada e atualizada dos elementos alvos de manutenção.
36
Manutenção preditiva
Assim como a preventiva, assenta sobre um planeamento, onde recorre a uma calendarização
de inspeções periódicas de modo a verificar o nível de desempenho dos vários elementos que
são alvo de manutenção, e não das atividades a executar. (Morgado, 2012)
Uma estratégia de manutenção preditiva, trata-se de uma “manutenção preventiva baseada na
vigilância do funcionamento do bem e/ou parâmetros significativos desse funcionamento,
integrando as ações dai decorrentes” de acordo com a mesma norma.
Ou seja, este tipo de intervenção está dependente do diagnóstico realizado para se decidir as
ações de manutenção adequadas. O que segundo Flores et al (2008), pode constituir um
problema pelo facto dos critérios de decisão para a escolha do tipo de intervenção estar
dependente dos vários intervenientes, que podem apresentar perspetivas diferentes, dando
mais relevância a uns critérios do que a outros.
Tal como na manutenção preventiva, as medidas preditivas devem ser definidas na fase de
projeto, no caso de edifícios novos e na fase de utilização, no caso de edifícios existentes.
Esta política de manutenção por depender de inspeções periódicas para avaliar o desempenho
do elemento, exige que o método de diagnóstico seja válido e fiável na caracterização do
estado do mesmo, pois avalia a evolução do estado de degradação dos elementos alvos de
manutenção, sendo que o rigor das análises feitas são fundamentais para detetar a
necessidade e o tipo de intervenção.
Assim considera-se necessário otimizar os custos de inspeção em comparação com os custos
de reparação nesta estratégia de manutenção. Da mesma forma considera-se importante que o
plano de inspeções comece relativamente cedo na vida útil do elemento para se conseguir uma
melhor caracterização do elemento e obter assim uma taxa de degradação real do mesmo.
Assim, torna-se uma estratégia bastante vantajosa economicamente e na prolongação da vida
útil dos elementos. (Flores, 2010)
Neste procedimento é definido uma periodicidade das inspeções a realizar, tendo em conta o
elemento a avaliar mas também tendo em conta o período de vida útil deste. (Flores, 2002)
O mesmo autor refere três períodos distintos para a realização de inspeções:
Período inicial – inspeções após a construção, com o objetivo de avaliar os
fenómenos pré-patológicos e eventuais anomalias resultantes de erros de
conceção;
Período intermédio – Inspeções com o objetivo de controlo de qualidade e
avaliar o comportamento esperado do elemento e a evolução do estado de
desempenho do elemento;
37
Período final – Inspeções com o objetivo de avaliar a possibilidade de ser
atingido o nível mínimo de qualidade e respetiva proximidade ao “estado de
rotura iminente”.
Segundo Flores (2002), a aplicação de um plano de manutenção mista integrada dos dois tipos
de manutenção pró-ativa torna-se uma mais-valia. Nomeadamente, porque o conhecimento
inicial do estado de degradação dos elementos é bastante reduzido. Assim este plano
contempla ações de manutenção preventiva, prevendo possíveis anomalias e preditivas com
vista à inspeção do comportamento em serviço desses elementos.
3.5.5. Operações de manutenção
Para que a manutenção de edifícios seja eficaz é necessário que esta integre procedimentos
base, de natureza corretiva ou preventiva, de modo a avaliar e corrigir o desempenho dos
elementos do edifício e a garantir os níveis de qualidade, retardando o processo de
degradação dos elementos construtivos. (Flores, 2003)
É possível definir as estratégias de manutenção, tendo por base as seguintes ações de
manutenção: inspeção, limpeza, medidas pró-ativas, medidas corretivas e substituições.
Operações de inspeção
Para qualquer planeamento tem que se definir uma operação de inspeção, com o intuito de
avaliar o estado de desempenho dos elementos constituintes do edifício, sendo que no caso de
deteção de anomalia, estabelecer onde, quando e como se deve atuar. (Leite, 2009)
Esta operação de manutenção vai ao encontro da estratégia adotada, pois pode ser realizada
devido a uma reclamação por parte de um utilizador, no caso de uma estratégia de
manutenção corretiva, ou a uma tarefa pré-estabelecida num plano de manutenção, com
periodicidade definida, quando se trata de uma estratégia preditiva. (Erdly, 2004 citado por
Morgado, 2012)
A inspeção está dividida em três tipos: corrente, técnicas e especiais. (Morgado, 2012)
Inspeção corrente caracteriza-se pela simples avaliação do desempenho do
edifício;
Inspeção técnica é orientada para a verificação do desempenho do estado de
funcionamento de equipamentos e instalações. A periodicidade deste tipo de
intervenções deve ser definida pelos fabricantes, no caso de equipamentos, e pelo
plano de manutenção no caso de instalações;
As inspeções especiais têm o objetivo de complementar as inspeções correntes
para a conclusão de uma análise mais detalhada e aprofundar um diagnóstico do
elemento fonte de manutenção. Não deverá existir uma periodicidade fixa, devendo
ser realizadas apenas quando se verifica a necessidade de avaliar com maior rigor
o comportamento dos elementos construtivos.
38
A realização destas operações fica ao cargo dos proprietários, em casos simples, e de técnicos
de manutenção especializados, contudo, Silva et al (2009) afirma que em Portugal, o
procedimento desta operação realiza-se sem apoio técnico na maior parte dos casos,
resultando em deficientes avaliações resultantes da inspeção e na falha de um plano de
manutenção com procedimentos de inspeções técnicas estabelecidas. A falta de apoio técnico
resulta da escassa informação sobre o edifício, as dificuldades de acesso aos locais e os
custos intrínsecos às deslocações dos peritos.
Operações de limpeza
Segundo Ferreira (2009), embora seja muitas vezes negligenciada por parte dos utilizadores, a
limpeza é extremamente importante visto que previne e elimina algumas anomalias que
surgem na sequência da acumulação de sujidade e desenvolvimento microbiológico. Por
exemplo, a obstrução das caleiras, leva a uma drenagem insuficiente originando infiltrações
pela cobertura.
Esta operação de manutenção é considerada economicamente mais vantajosa, em
comparação com as ações de reparação e o seu planeamento contribui no aumento do
desempenho do edifício e do conforto visual.
Operações pró-Ativas
As operações pró-ativas caraterizam-se por ações de manutenção planeadas, prevenindo a
ocorrência de anomalias, ou seja, trata-se da realização de pequenos ajustes que visam
estender a vida útil dos elementos constituintes do edifício. Um exemplo associado a este tipo
de operação é a lubrificação de dobradiças das portas, prevenindo possíveis problemas no
funcionamento das respetivas portas.
Operações corretivas (reparações)
Estas operações são procedimentos corretivos que têm como objetivo solucionar determinadas
anomalias nos elementos afetados. Assim sendo, torna possível a reposição do desempenho
dos elementos sem que se proceda à substituição total dos mesmos. Esta operação além de
impedir a propagação da anomalia, e consequentemente o nível de degradação do elemento
afetado, quando bem executada, previne o aparecimento prematuro da mesma patologia no
futuro da vida útil.
Operações de substituição
Esta operação passa pela remoção do elemento danificado, por outro novo de iguais
características, repondo os níveis de desempenho inicial, ou caso seja pertinente, utilizar um
novo elemento com características diferentes que conferem um melhor desempenho que o
atual. Neste ultimo caso entra-se no âmbito da reabilitação. (Barros, 2008)
Neste caso, considera-se que o elemento chegou ao fim de vida útil e como tal deve-se
proceder à sua substituição, correspondendo assim ao começo de um novo ciclo de
39
manutenção. As causas para que tal situação ocorra dependem do tipo de agente agressor ou
então do período de vida estabelecido, que indica o fim do desempenho funcional do elemento.
A substituição pode ser do conjunto total do mesmo tipo de elemento, bem como a substituição
pontual de alguns elementos.
3.5.6. Relação entre estratégias de manutenção e operações de
manutenção
Como foi enunciado, as operações de manutenção efetuadas estão correlacionadas com o tipo
de estratégia adotada (manutenção corretiva e manutenção pró-ativa).
Dos métodos apresentados, as operações de inspeção e de limpeza têm uma característica
mais preventiva, e como tal estão mais associadas a uma estratégia pró-ativa, de forma a
evitar a degradação precoce do elemento construtivo. As medidas corretivas e de substituição
fazem face à ocorrência de anomalias, quando estas têm um nível de gravidade mais
acentuado, estabelecendo a melhor forma de intervenção para a sua reparação, sendo que a
substituição só tem lugar quando a correção não tem os efeitos desejáveis. (Barros, 2008)
O quadro da Tabela 4 pretende resumir e relacionar as principais operações que estão
associadas a cada uma das estratégias de manutenção.
Tabela 4: Relação entre estratégia de manutenção e operações de manutenção
Tipo de Estratégia Tipo de Operação Descrição
Estratégia Reativa
Inspeção Inspeção após deteção de anomalia de forma a classificá-la, a descobrir as suas causas e a propor uma proposta de intervenção adequada
Operações de limpeza Limpeza de elementos que desencadearam anomalias no edifício
Operações corretivas De acordo com as anomalias detetadas, realizam-se estas operações com intuito de melhorar o estado de degradação e desempenho do elemento
Operações de substituição
Estratégia Pró-ativa
Inspeção Inspeções periódicas com intuito de verificar o desempenho e estado de degradação do elemento
Operações de limpeza Operação periódica de prevenção de ocorrência de anomalias.
Operações pró-ativas Ações planeadas que visam estender a vida útil dos elementos.
Operações corretivas Operação que ocorre após a inspeção periódica e resulta de falta de desempenho não previsto do elemento
Operações de substituição
Substituição de elementos no seu fim de ciclo de vida
40
A criação de um plano de manutenção também tem o intuito de acompanhar o desempenho
dos diversos elementos construtivos e de prevenir a sua degradação prematura, o que está
associado à manutenção pró-ativa e à manutenção corretiva, visto que se deve projetar as
operações de manutenção, não só com o objetivo de eliminar as anomalias existentes, mas
também de prevenir o aparecimento de outras que possam vir a ocorrer posteriormente.
(Morgado, 2012)
Assim, nos edifícios existentes, a metodologia a aplicar no plano de manutenção começa na
realização de inspeções detalhadas, identificando os elementos e as respetivas anomalias,
bem como a causa das mesmas. Posteriormente, na realização de operações corretivas,
implementação de operações pró-ativas e na definição de periodicidades. O plano pode
igualmente englobar a previsão de vida útil, com indicação do período de vida restante dos
elementos inspecionados. (Morgado, 2012)
Um exemplo da estrutura do plano de manutenção é apresentada na Figura 7.
Edifícios Existentes
Inspeção detalhada
Identificação dos elementos fonte de manutenção
Anomalias detetadas
Classificação de anomalias
Proposta de Intervenção
Ações de manutenção
corretiva
De acordo com as anomalias detetadas durante a
inspeção, realizam-se as ações de manutenção, com
intuito de melhorar o estado de degradação
Plano de manutenção
pró-ativa
Definição de vida útil remanescente de cada elemento
Planeamento de ações de manutenção pró-ativa
(inspeções, limpezas, operações pró-ativas, corretivas e
de substituição) com as respetivas periodicidades Edif
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s N
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Figura 7: Estrutura de aplicação de um plano de manutenção de edifícios existentes, [adaptado de Morgado (2012)]
41
3.6. Softwares de gestão de condomínios
Atualmente, já existem ferramentas informáticas que auxiliam na gestão de condomínios, e que
são direcionadas sobretudo para as empresas de administração de condomínios, visto que
necessitam de uma maior organização das informações referentes aos condomínios que gerem
e por causa das obrigações a que estão sujeitas.
Segundo Pinho (2009) no caso da auto-gestão, os administradores particulares também estão
cada vez mais interessados numa ferramenta simples mas que acompanhe a evolução
tecnológica e com funcionalidades mais eficientes. Na maior parte dos casos, os
administradores particulares utilizam ferramentas básicas como o Microsoft Excel para
organizarem a informação financeira do seu condomínio, apresentando-se como uma solução
simples mas que pode tornar a gestão complexa com o aumento do número de condóminos.
De acordo com Brandão (2009), em 2009 os softwares mais utilizados eram o da “Improxy –
soluções de software imobiliário” e o da “Logout – loja virtual”, contudo esta afirmação pode
não representar a realidade atual e como tal, é necessário apurar quais as soluções que
existem atualmente no mercado.
Assim para a realização da pesquisa teve-se em conta as funcionalidades do software, sendo
que a análise não pretende ter em conta o “poder da marca”, a experiência da empresa no
mercado nacional, entre outras considerações, que se devem ter em conta num possível plano
de negócios para implementação da plataforma. No âmbito da dissertação, interessa sobretudo
conhecer as funcionalidades de cada software para posteriormente se comparar com as
caraterísticas da plataforma eletrónica que se pretende desenvolver.
3.6.1. Softwares existentes no mercado nacional
Segundo foi possível apurar através da pesquisa efetuada, existem 10 plataformas eletrónicas
que se podem considerar ferramentas de auxílio na gestão de condomínios e que, de uma
maneira ou de outra, se aproximam do conceito pretendido para a plataforma eletrónica a
desenvolver. As plataformas que se destacam12 na pesquisa efetuada são:
“Improxy Gecond – Gestão de condomínios”;
“Gocondomínios – Gestão Online de Condomínios”;
“T&T – Software de gestão”;
“gCondomínio”;
“Flexdomus”;
“SM condomínios – SoftManagement”.
Para além destas ferramentas de apoio à gestão de condomínios ainda existem no
mercado:
12 Na pesquisa realizada no Google ao inserir-se as palavras-chaves: “software”, “gestão”, “condomínios”, os primeiros resultados estavam associados às plataformas enumeradas.
42
“O Teu Condomínio”;
“SigCond”;
“Icondomínio”;
“CondoDominus”.
De seguida apresenta-se as informações recolhidas dos softwares enunciados. A análise feita
não pretende servir de base de comparação e a informação recolhida resulta da informação
disponibilizada pela empresa detentora da plataforma no seu website.
i. “Improxy Gecond – Gestão de Condomínios”
O software é desenvolvido por “Improxy – Software Imobiliário” e identifica como principais
caraterísticas a “(…) simplicidade e facilidade de utilização, que aliadas a um conjunto de
funcionalidades, o tornam numa poderosa ferramenta de gestão.”. (www.5)
Esta ferramenta está mais direcionada para o administrador e para a vertente financeira do
condomínio. Contudo a Improxy “disponibiliza módulos opcionais que podem ser integrados na
plataforma, que acrescentam “outras funcionalidades, como o acesso seguro dos condóminos
pela internet, a gestão dos processos de avarias e manutenção, a geração de referências
multibanco para pagamento de quotas, etc.”. (www.5)
No Anexo I são apresentadas todas as caraterísticas da plataforma.
ii. “GOcondomínios – Gestão Online de Condomínios”
Esta plataforma é desenvolvida pela Sopenfor que “(…) inclui todas as ferramentas
necessárias ao auxílio na gestão e administração de condomínios”. (www.6)
A plataforma foi lançada para o mercado no início de 2013 e está direcionada tanto para
empresas de gestão de condomínios como para condomínios com administração interna,
sendo que a plataforma também tem um registo para condóminos, para que estes possam
aceder às informações do condomínio. Esta plataforma disponibiliza ferramentas para apoiar
na gestão financeira, mas também para a gestão técnica (manutenção) do edifício.
Uma das grandes caraterísticas da plataforma é o facto de ser “(…) uma plataforma 100 por
online. Para a utilizar, basta uma ligação à internet e um browser (…) Não é necessário
qualquer tipo de instalação, está sempre disponível a ultima versão e os utilizadores não têm
necessidade de fazer qualquer tipo de segurança de dados.”. (www.6)
No Anexo I são apresentadas todas as caraterísticas da plataforma.
iii. “T&T – Softwares de Gestão”
A T&T é uma empresa que comercializa vários tipos de software, incluindo a gestão de
condomínios.
Embora se trate de uma ferramenta vocacionada para o administrador, recentemente foi criado
um portal eletrónico que permite aos condóminos acederem às informações do condomínio.
43
A empresa disponibiliza vários programas informáticos de gestão de condomínios, o que
significa que cada um tem as suas especificidades. Contudo as principais caraterísticas da
plataforma estão relacionadas com a vertente financeira, não sendo uma plataforma que tenha
caraterísticas substancialmente diferentes das plataformas que foram apresentadas.
iv. “gCondomínio”
A “gCondomínio” é um software direcionado unicamente para o administrador e o principal
objetivo da plataforma prende-se com a gestão financeira do condomínio.
v. Flexdomus
Esta plataforma assemelha-se à plataforma “GOcondomínios”, no que respeita às suas
caraterísticas e funcionalidades, isto porque também abrange a vertente técnica ao incluir o
registo da manutenção de equipamentos e o registo de obras no condomínio, e também porque
o acesso à plataforma é através da internet e permite o acesso a todos os seus condóminos
para verem a sua conta corrente e os dados gerais do condomínio.
vi. “OTeuCondomínio”
A “OTeuCondomínio” é uma plataforma 100% web, em que “(…) todos os condóminos podem
aceder ao sistema e consultar toda a informação relativa ao condomínio ou até mesmo fazer
pedidos de reparação.”. (www.7)
O website não refere todas as suas funcionalidades mas o grande destaque desta plataforma é
o facto de se poder adaptar a qualquer dispositivo, quer seja um computador, um tablet ou um
smartphone.
vii. “SIGCond”
Esta plataforma apresenta um conjunto de ferramentas bastante diversificado que apoiam na
gestão financeira e gestão técnica do edifício, mas também promove a gestão funcional do
condomínio. “O SIGCOND diferencia-se pelo facto de ser totalmente online, e desenvolvido de
forma a dinamizar a relação entre condóminos / administrador. Com esta plataforma, procuram-
se colmatar eventuais dificuldades de comunicação, transparência e rigor que, na maior parte
das vezes, se manifestam entre a administração e os condóminos, proporcionando,
simultaneamente, uma gestão simples, automatizada e integrada de todo o processo.” (www.8
SIGCond, 2010)
Assim, o grande destaque desta plataforma passa pela vertente social e comunicativa, através
da criação de um fórum e um chat interno do condomínio.
viii. “CondoDominus”
Esta plataforma é desenvolvida por N Portugal, é 100% web e permite o acesso aos
condóminos. Está sobretudo direcionada para a gestão financeira mas o maior destaque desta
plataforma e o que a distingue das outras plataformas é o facto de ter uma ferramenta para
44
pedido de orçamentos e concursos. “A plataforma está equipada com um sistema de criação
de pedidos de orçamento no qual os Administradores podem lançar pedidos de orçamento no
sistema sob a forma de concursos ou enviar o pedido de orçamento por email para
empreiteiros/fornecedores registados no sistema.” (www.9)
Adiante na dissertação, é realizado um estudo comparativo entre as várias plataformas.
3.6.2. Assembleia de Condomínio Virtual
A Assembleia de Condomínios é um órgão administrativo visada no Código Civil, como um dos
órgãos administrativos do condomínio e tem funções deliberativas cuja ação se centra nas
reuniões de condomínio criadas para a tomada de decisões.
A lei exige um número mínimo de condóminos presentes na assembleia para a deliberação de
diferentes propostas, mas verifica-se uma ausência de participação nas datas previstas, por
razões diversas: desinteresse, discordâncias, má relação de vizinhança e sessões demoradas.
Denota-se uma falta de motivação por parte dos condóminos em participar de forma ativa e
interativa sobre os assuntos diários do edificado, nomeadamente as partes comuns do prédio e
da qual são responsáveis pela boa gestão e manutenção do condomínio.
Um modelo que pretende revolucionar este órgão administrativo é a assembleia virtual, que
possibilita a tomada de decisões legais do condomínio através de uma plataforma eletrónica. A
aposta na criação de uma assembleia de condomínios virtual, no qual as reuniões e as
deliberações são feitas pela internet, pretende incentivar uma mudança de atitude por parte
dos condóminos, com o intuito de obter melhores índices de participação de voto nas questões
relacionadas com o condomínio.
As Assembleias Virtuais podem ter duas modalidades: totalmente virtual ou hibrida (presencial
e virtual). As reuniões de Assembleia de Condóminos são realizadas por via virtual e/ou
presencial (com recurso a webcam para interatividade com os condóminos presentes), contudo
cabe ao condómino decidir qual das vias vai optar (online ou presencial) para a sua
participação e interação, podendo mesmo optar por participar pelas duas vias sempre que lhe
convier. Para que este sistema funcione, é imprescindível saber qual a decisão do condómino
para que seja clarificado a sua posição aquando da sua participação na Assembleia, de modo
a validar o seu voto (presencial ou através de sistema eletrónico).
Desta forma, os condóminos podem assistir e participar nas reuniões da assembleia de
condomínio em qualquer lugar, tratando-se de uma facilidade que gera uma maior motivação
nos condóminos por não obrigar a deslocar-se e sentir-se obrigado a estar presente nas
reuniões.
A grande questão relacionada com esta ferramenta eletrónica é a capacidade de validação do
voto eletrónico, nomeadamente a capacidade de provar que é o próprio condómino a efetuar o
voto. Para estas situações é necessária a criação de um certificado digital para que seja
45
reconhecida e validada a assinatura digital do condómino de modo a exercer o seu direito com
clareza e transparência. Ou seja, é imprescindível a criação de mecanismos de segurança da
atividade virtual para que não haja dúvidas na identificação do condómino e do respetivo voto.
(www.10).
Outra questão está relacionada com a convocação dos condóminos para a realização da
assembleia, visto que quem opte por ser contatado por via eletrónica, existe a fragilidade de
não se saber se o mesmo recebe a informação atempadamente em relação à data de
realização da assembleia, o que não acontece se for enviada a correspondência com aviso de
receção por correio (www.11). Convém referir que a convocação da assembleia tem carácter
jurídico e refere explicitamente que o envio da convocatória é feitapor correio e deve indicar o
local da realização da reunião de condóminos., o que constitui uma barreira à utilização legal
deste mecanismo.
O quadro legislativo que serve de suporte à assembleia virtual é o sistema de voto através de
procuração eletrónica. Para isso, a plataforma eletrónica deve ter uma arquitetura estruturada
que permita o debate de ideias sobre o condomínio e que avise o condómino por e-mail, que
este deve enviar pelo sistema da plataforma, uma procuração eletrónica em seu nome com a
intenção de voto. Ou seja, a procuração é enviada ao administrador, contudo limita os seus
poderes, visto estar definida a intenção de voto do condómino na procuração. Apesar da base
para implementação da assembleia virtual ser o voto por procuração eletrónica, esta tem de ter
um suporte legal que apoie eficazmente este mecanismo.
O voto por procuração eletrónica, também conhecido como eletronic proxy voting, tem ganho
expressão em vários países e pode ser observado por exemplo em assembleias de acionistas
de grandes empresas, para além dos condomínios. (www.12)
Um estudo realizado por Dirk Zetzsche em 2008, pretendeu aferir se era legalmente exequível,
realizar uma assembleia13 inteiramente virtual. Para isso o autor pesquisou a legislação de
vários países como Reino Unido, Alemanha, Suíça, França, Canadá e Estados Unidos e
concluiu que a transição de uma assembleia para o mundo virtual ainda é um processo que
precisa de ser bem estruturado. O próprio autor considera que se devia criar uma “(…)
legislação única para autenticação e identificação dos acionistas na região.” (www.13)
O estudo realizado por Dirk Zetzsche analisou a situação em vários países, referindo que:
“Na Alemanha, na Suíça e na França, a procuração eletrónica é aceite, sob algumas
condições. Já o voto eletrónico é impedido nos dois primeiros e, na França, é válido
quando autorizado pelo estatuto social da empresa. No Reino Unido, a legislação abre
espaço para o voto eletrónico desde o início da década. Cabe à companhia a decisão
de adotá-lo ou não. Já no Canadá, a regulação é mais favorável para a realização de
uma assembleia exclusivamente virtual. Se a companhia disponibilizar meios que
permitam a comunicação entre acionistas durante a reunião e também o voto
13 Não está diretamente relacionado com a assembleia de condomínios.
46
eletrónico, é possível considerá-los parte de uma assembleia, ainda que não exista
qualquer encontro presencial.” (www.13)
No Brasil a assembleia de condomínios virtual está muito desenvolvid, e de acordo com uma
pesquisa realizada, constatou-se que somente 17% das pessoas compareciam nas
assembleias presenciais enquanto 85% dos condóminos participavam nas assembleias virtuais
De acordo com as estatísticas, a afluência dos condóminos nas reuniões ganhou uma elevada
expressão e este tipo de assembleia tornou-se uma realidade em expansão. (www.11).
Em Portugal este sistema de assembleia implica a alteração da legislação, que não comtempla
a validade de utilização de ferramentas eletrónicas para efeito de tomadas de decisão em
assembleia de condomínios, além de que implica a alteração de metodologias, aquisição de
equipamento informático e uma plataforma eletrónica adequada, funcional e exigente para
atingir com sucesso a adesão dos condóminos.
3.7. Conclusões de capítulo
Analisando as atividades em que se materializa o funcionamento de um condomínio, nota-se
que o gestor deve estar capacitado para atuar nas diversas áreas da gestão de condomínios, o
que implica conhecimentos específicos de contabilidade, engenharia, entre outros. Assim
sendo, o exercício desta atividade não é intuitiva.
O facto da administração do condomínio poder ser feita pelo próprio condómino ou por uma
qualquer entidade externa, revela que a figura do administrador, enquanto gestor de edifício,
pode manifestar-se uma solução ineficaz e incapaz de desempenhar corretamente as funções
exigidas, nomeadamente no que diz respeito à manutenção e conservação de edifícios. Esta
situação contribui para a degradação do parque habitacional português.
Neste contexto, a regulamentação da atividade da gestão de condomínios, e consequente
profissionalização desta atividade, sugere a prestação de um melhor serviço prestado por estas
entidades e como tal uma melhor capacidade para manter a qualidade e desempenho do
edifício.
Tendo em conta o objetivo da dissertação, considera-se que a utilização de uma ferramenta
informática pode tornar mais eficiente a gestão do condomínio e as ações de todos os
intervenientes participantes.
Apesar de já existirem alguns softwares no mercado, estas apresentam algumas lacunas, não
oferecendo ferramentas com apoio prático em todas as vertentes da gestão de condomínios.
Para além destes softwares se centrarem na sua maioria na vertente financeira, as empresas
de gestão de condomínios utilizam-nas na sua maioria em seu proveito, para a sua própria
gestão, sem terem em conta a colaboração dos condóminos.
Considera-se assim que existe margem para o desenvolvimento de uma plataforma eletrónica
que seja uma ferramenta útil em todos os processos envolvidos na gestão de condomínios, que
47
incentive a participação de todos os condóminos, de forma a melhorar a prática desta
atividade, e consequentemente a valorização do condomínio.
48
49
4. Modelo da Plataforma Eletrónica de Gestão de
Condomínios
4.1. Nota introdutória
Este é o primeiro capítulo do caso de estudo, cujo objetivo é desenvolver a arquitetura de uma
plataforma eletrónica de apoio à gestão de condomínios.
Antes de se desenvolver a arquitetura de uma plataforma eletrónica, é necessário conhecer
determinadas caraterísticas para se desenvolver um projeto com coerência, sendo que se deve
ter em conta: (Moreno, 2012)
Objetivos da plataforma eletrónica;
Conhecer o público-alvo;
Explicar a estrutura pretendida para a plataforma eletrónica;
Explicar os conteúdos e funcionalidades da plataforma eletrónica.
A abordagem de todos estes parâmetros permite identificar os requisitos necessários para a
implementação da plataforma eletrónica.
Assim, neste capítulo pretende-se definir o plano de trabalho para criar a arquitetura da
plataforma, descrevendo as suas principais caraterísticas, tendo por base todo o
enquadramento teórico abordado na dissertação.
No desenvolvimento do capítulo, dá-se destaque à organização dos conteúdos, para
posteriormente se implementar na plataforma, ou seja, pretende-se abordar as opções técnicas
e tecnológicas possíveis com vista a representação das principais caraterísticas da plataforma.
Após a definição do modelo, pretende-se apresentar o funcionamento dos principais serviços,
destacando-se a ferramenta e-procurement que gera todo o processo de contratação de
empresas para prestação de serviços.
Neste capítulo não se inclui caraterísticas associadas à plataforma eletrónica, ao nível de
programação eletrónica para a sua implementação.
4.2. Objetivos pretendidos para a plataforma eletrónica
Como se abordou no capítulo anterior, constata-se que a gestão de condomínios é uma área
bastante complexa, e dada a sua complexidade já foram criadas várias plataformas que
pretendem auxiliar sobretudo o administrador do condomínio.
A principal caraterística deste tipo de plataformas é a capacidade de conseguirem reunir a
informação associada às diversas atividades relacionadas com a gestão de edifícios,
organizando-as num único programa. Assim, considera-se que a utilização destas plataformas
é bastante vantajosa, pelo facto de se conseguir compilar num único sistema todos os dados
50
importantes na gestão de um condomínio, simplificando e tornando mais prático o exercício das
funções por parte do administrador.
A plataforma que se pretende implementar terá igualmente a capacidade de reunir e organizar
as informações do condomínio de modo a apoiar o seu administrador nas suas funções,
nomeadamente na gestão financeira e técnica do condomínio, contudo não será uma
ferramenta direcionada unicamente para o administrador, mas sim uma ferramenta criada para
todos os utilizadores de condomínio.
O administrador é o responsável pela gestão do condomínio, contudo as decisões são tomadas
por todos os condóminos em assembleia e é com esse intuito que a plataforma também é
desenvolvida: servir como um meio de comunicação entre todos os utilizadores de condomínio
e a administração, promovendo uma maior mobilização por parte destes intervenientes nas
atividades referentes à gestão do condomínio.
A plataforma também pretende incluir um conjunto de ferramentas que não estão diretamente
relacionadas com a gestão de um condomínio, mas que pretendem apoiar o condómino nas
suas escolhas, para tornar a gestão mais eficiente e produtiva. Neste contexto, um dos
objetivos que se pretende implementar na plataforma, é a criação de um meio de comunicação
entre o administrador (e/ou condóminos) e empresas prestadoras de serviços de diversas
áreas de atividade da gestão de condomínio, ou seja, pretende-se que a plataforma seja um
instrumento de mediação na contratação desses serviços.
Essa mediação é possível através de uma ferramenta de e-procurement, nomeadamente do
tipo “sourcing” em que o condómino indica o serviço que pretende, e as empresas que
demonstram interesse em prestar esse serviço apresentam as suas propostas.
Esta ferramenta tem caraterísticas diferentes dos instrumentos que estão envolvidos numa
plataforma de apoio à gestão de condomínios, sobretudo porque tem uma finalidade diferente,
cujas suas características e funcionalidades complementam a atividade exercida na gestão de
condomínios. Como tal, a plataforma terá uma vertente que explora todas as funcionalidades
exigidas para a administração e gestão de um condomínio (gestão financeira, técnica e
funcional) e terá outra vertente direcionada para estabelecer a interação entre os utilizadores
do condomínio que pretendem a prestação de um serviço, e as empresas que têm vontade de
as executar.
A Figura 8 pretende demonstrar um exemplo esquemático do processo básico pretendido para
a plataforma.
51
Tendo em conta a complexidade envolvida na gestão e administração de condomínios, esta
plataforma pretende ser uma ferramenta útil a todos os intervenientes que a utilizam.
4.3. Intervenientes na plataforma eletrónica
Uma das principais caraterísticas da plataforma é promoção da comunicação entre diferentes
utilizadores da plataforma. Assim, tendo em conta a complexidade envolvida na gestão de
condomínios e os objetivos pretendidos para a plataforma, destaca-se os seguintes utilizadores
representados na Figura 9.
Empresa de Gestão e Administração de Condomínios;
Administrador de Condomínio Particular;
Condómino;
Empresas Prestadoras de Serviços;
Administrador da Plataforma Eletrónica.
Figura 8: Esquema do processo de utilização da plataforma
52
Figura 9: Intervenientes na plataforma eletrónica
4.3.1. Administrador de condomínio particular
O condomínio pode ser gerido interinamente por um dos condóminos ou por uma empresa
especializada na gestão de condomínios, sendo que ambos terão à partida as mesmas
responsabilidades na sua gestão.
A plataforma eletrónica tem que ter em conta o papel do administrador de condomínio e como
tal terá que se criar uma conta com funcionalidades específicas para o utilizador que
represente a administração do condomínio na plataforma. O administrador terá ao seu dispor
um conjunto de opções exclusivas em relação às ferramentas disponibilizadas na plataforma.
Dentro dessas opções pode-se destacar a capacidade de gerir toda a informação associada ao
condomínio.
O utilizador responsável pelas funções de administrador da conta de condomínio na plataforma
deve ser o próprio administrador do condomínio. Caso não se verifique essa situação, as
funções devem ser delegadas a um condómino que tenha disponibilidade e capacidade para
trabalhar em conjunto com o administrador, para se poder delegar as funções desse
interveniente na plataforma. Neste último caso, a colaboração entre os intervenientes é
fundamental para se poder tirar proveito das funcionalidades que se pretendem desenvolver na
plataforma.
Plataforma Eletrónica
Empresas Administradoras de Condomínios/Administrador
de Condomínio Particular
Condómino
Empresas Prestadoras de Serviços
Administrador da Plataforma
Eletrónica
53
4.3.2. Empresa de gestão e administração de condomínios
As empresas administradoras de condomínio têm as mesmas funções que um condómino
administrador, contudo existe um ponto que diferencia estes dois tipos de intervenientes: as
empresas são desenvolvidas para terem capacidade de administrar mais do que um
condomínio.
Esta situação terá que ser tida em conta na plataforma e como tal, terá que se disponibilizar um
sistema que permita a gestão de mais do que um condomínio por parte deste interveniente.
Outro fator a ter em conta na utilização da plataforma por parte das empresas de gestão de
condomínio é a delegação da função de administrador da conta criada em nome da empresa.
Neste caso, existe a possibilidade de haver mais do que um utilizador a ter funções de
administrador, pois a empresa pode ter contrato com vários condomínios.
4.3.3. Condómino
Os condóminos são os utilizadores comuns do edifício e são eles que definem as principais
ações que se devem desenvolver no seu condomínio, ou seja, têm várias responsabilidades
associadas à gestão do mesmo. Assim, também se pretende a inclusão deste interveniente na
plataforma.
O condómino terá acesso a toda a informação disponibilizada pelo administrador da conta do
condomínio e também terá acesso a um conjunto de ferramentas cujo objetivo é a aproximação
do condómino às questões relacionadas com a gestão do seu condomínio.
4.3.4. Empresas prestadoras de serviços
As empresas prestadoras de serviços não estão diretamente relacionadas com a gestão do
condomínio. Estas surgem no âmbito da criação da ferramenta e-procurement e como tal,
assumem um papel importante e ativo no desenvolvimento da plataforma eletrónica.
As empresas têm funcionalidades bem distintas dos outros intervenientes enumerados. As
suas funções, cingem-se essencialmente à apresentação de propostas de execução de
serviços, a pedido dos condóminos e/ou administradores de condomínio. Em resultado, esta
plataforma surge como meio de comunicação com os outros intervenientes com o intuito de
estabelecerem relações comerciais.
4.3.5. Administrador da plataforma eletrónica
O administrador da plataforma eletrónica será o responsável por estabelecer a comunicação
entre todos os utilizadores da plataforma eletrónica e estará associado à empresa fabricante.
O administrador interage com o subsistema de back-office e é responsável pela manutenção e
toda a supervisão do sistema, que consiste na gestão dos utilizadores, na atualização e na
melhoria do serviço disponibilizado pela plataforma, garantindo assim, um melhor de
desempenho.
54
4.3.6. Relação entre os intervenientes na plataforma
Uma das principais caraterísticas da plataforma trata-se da capacidade de interação entre os
seus utilizadores. Assim, o esquema representado na Figura 10 pretende esquematizar os
tipos de relações que existem entre os principais intervenientes da plataforma.
Figura 10: Relação entre os intervenientes da plataforma
Denota-se no esquema representado na Figura 10 que os intervenientes usam meios distintos
para comunicarem entre si (Condomínio Virtual e Ferramenta “Sourcing”). São dois meios
distintos e com caraterísticas diferentes, cuja aplicação destas duas ferramentas na plataforma,
pretende melhorar todo o mecanismo envolto das atividades associadas à gestão de
condomínios, como foi referido anteriormente. Ainda se considera que a utilização destas duas
ferramentas permite encontrar um conjunto mais alargado de soluções, dentro da plataforma.
De referir que todos os intervenientes listados na Figura 10 também podem comunicar com o
administrador da plataforma eletrónica, para estabelecer a comunicação de questões
relacionadas com bom funcionamento da mesma.
4.4. Serviços e funcionalidades da plataforma eletrónica
Tendo em conta os objetivos da plataforma eletrónica, pretende-se incluir um conjunto de
serviços e ferramentas que tenham utilidade e benefícios para os intervenientes envolvidos.
Tal como já se abordou no subcapítulo “Relação entre os Intervenientes da Plataforma”,
através da análise do esquema representado na Figura 10, existem dois serviços principais na
plataforma. Esses serviços são:
Condomínio Virtual;
Empresa Administradora de
Condomínio/Administrador de Condomínio Particular
Empresas Prestadoras de serviço
Condómino
55
Portal “Sourcing” (Solução e-procurement).
Estes serviços estão direcionados para utilizadores diferentes e, consequentemente têm
funções diferentes.
4.4.1. Condomínio Virtual
O “Condomínio Virtual” pretende ser o meio de comunicação entre os condóminos e o/a
administrador do condomínio / empresa administradora do condomínio e ainda ser a
ferramenta indispensável para a gestão geral do condomínio.
Trata-se de um portal que pretende estreitar laços entre estes intervenientes, disponibilizando
um conjunto de funcionalidades que permitem a interação entre os utilizadores e a partilha de
informação referente ao condomínio. Resumidamente, trata-se de um sistema que pretende
representar a vivência do condomínio virtualmente.
De seguida destacam-se algumas funcionalidades que se consideram importantes para o
desenvolvimento deste portal.
Registo de Informações e Gestão do Condomínio
Trata-se da funcionalidade principal de gestão de condomínios. Pretende organizar toda a
informação do condomínio, desde informações referentes à sua situação contabilística e
financeira (registo de receitas e de despesas do condomínio, quotizações e orçamentos anuais
e emissões de recibos, etc.) e informações referentes à manutenção do edifício (obras
realizadas, contratos estabelecidos com empresas de manutenção, etc.). Também se pode
registar dados básicos relativos aos condóminos e às frações constituintes do condomínio, bem
como organizar, arquivar documentação relativa ao condomínio, tais como: projetos do
condomínio, certidões prediais e respetivo arquivo documental.
Comunicação interativa entre condóminos
Trata-se da criação de uma rede social afeta à comunidade do condomínio, que serve para
aproximar e estreitar a ligação entre os condóminos e a administração do condomínio. Esta
ferramenta permite a partilha de informações, ocorrência de anomalias, opiniões e sugestões
dos utilizadores.
A criação de um espaço interativo aberto a todos os utilizadores melhora a relação entre os
intervenientes envolvidos, facilita a divulgação e transmissão de informação entre os
condóminos, tornando-se num ato social eficaz e eficiente.
Apoio na decisão de obras a efetuar no condomínio
Em todos os edifícios é necessário realizar obras de manutenção, pois os elementos têm um
período de vida útil limitado. Nesse contexto, pretende-se incluir na plataforma uma ferramenta
que apoie os condóminos na escolha da altura ideal para a realização de obras de
conservação no seu edifício. A ferramenta incluirá uma lista de obras de intervenção comuns
56
aos edifícios e através do preenchimento de determinados dados técnicos, o utilizador simulará
a data da próxima intervenção e associará uma estimativa de custos relativos a essas obras.
Consulta de eventos a decorrer no condomínio
Esta ferramenta terá as funções de um calendário em que é possível visualizar todos os
eventos a decorrer no condomínio. Deste modo, pretende-se facilitar o acesso e divulgação da
informação a todos os utilizadores dos eventos e ações programadas e/ou previamente
planeadas.
Linha de contatos
Trata-se de um procedimento importante e imprescindível de acesso fácil, rápido e atualizado
de todos os contatos de telefone e correio eletrónico de entidades e linhas de apoio de
emergência, bem como de todos os intervenientes envolvidos com responsabilidade no
condomínio, por exemplo, da portaria, do administrador etc.
4.4.2. Portal “sourcing”
O portal “sourcing” é outro dos serviços principais da plataforma eletrónica. Trata-se de uma
ferramenta e-procurement que pretende ser um elo de ligação entre os utilizadores do
condomínio (ou as empresas gestoras de condomínio) e empresas prestadoras de serviços.
Sendo que este portal permite o desenvolvimento das mesmas ações por parte dos
condóminos / administrador de condomínio particular e empresas gestoras de condomínios
(que serão denominados “compradores” no decorrer da dissertação) no que respeita ao pedido
de propostas de prestação de serviços
De seguida destacam-se algumas das funcionalidades pretendidas para esta ferramenta.
Publicação de concursos e envio de propostas
Este portal é considerado como o centro de atividade de auscultação comercial entre os
“compradores” que solicitam pedidos para prestação de serviços, e as empresas de prestação
de serviços que enviam orçamento para a execução dos mesmos.
Visualização de concursos a decorrer
Pretende-se incluir na plataforma, um centro de gestão de procedimentos de concursos que
permita aos utilizadores terem acesso a todos os detalhes referentes aos concursos que estão
disponíveis na plataforma.
Avaliação de empresas prestadoras de serviços
Esta é mais uma ferramenta que se pretende incluir na plataforma, e que consiste na avaliação
da empresa prestadora de serviço após a realização do procedimento celebrado com o
“comprador”.
A avaliação consiste no preenchimento de um simples questionário para qualificar a qualidade
do serviço prestado pela empresa em todo o procedimento.
57
Esta ferramenta faculta ao “comprador” mais um recurso para auxiliar na adjudicação da
empresa ao poder analisar não só o orçamento proposto pela empresa para a realização do
seu pedido, mas também ao poder ver o seu historial em pedidos anteriores.
Embora esta ferramenta possa ser encarada como um meio de comparação entre empresas,
não se pretende criar mecanismos de favorecimento de empresas, quer seja através de tabelas
de pontuações, ou através de quaisquer dados que possam servir de comparação. A avaliação
é feita unicamente com o propósito de auxiliar o “comprador” através da divulgação de
informação sobre o histórico das empresas que se candidatam aos seus concursos.
Aliás, o facto de se promover esta ferramenta, tem como objetivo que as empresas tenham
noção da importância da qualidade do serviço e do cumprimento das condições que foram
aprovadas na celebração do contrato de adjudicação, pois a atribuição de avaliações pouco
favoráveis pode ser um indicador bastante preponderante na altura de decisão por parte do
“comprador”, independentemente das condições propostas para a concretização do serviço.
4.4.3. Outros serviços associados à plataforma eletrónica
Embora se tenha destacado os dois principais serviços projetados para a plataforma, inclui-se
ainda mais alguns serviços que se consideram úteis e importantes para os utilizadores da
plataforma.
Aplicação para dispositivos móveis (Smartphones e Tablets)
Esta plataforma eletrónica é acessível via web, mas também pretende-se que seja uma
plataforma mobile-friendly, disponível para dispositivos móveis, para que seja possível aceder à
sua conta em qualquer lugar e a qualquer hora.
Tirando partido dessa vantagem, a aplicação pretende ser bastante intuitiva na sua utilização e
pretende dispor das principais funcionalidades pretendidas para cada interveniente. Neste
caso, sincroniza-se com o dispositivo certas informações, como por exemplo: lembretes
inseridos na agenda do dispositivo.
Newsletter
Pretende-se criar uma newsletter, que contenha artigos e notícias sobre todos os assuntos
relacionados com a plataforma eletrónica e outros que se considerem importantes no âmbito da
gestão e manutenção de condomínios.
Notícias
Divulgação e publicação de informação diária de notícias associadas à área de gestão de
condomínios, bem como a publicação de destaques e artigos sobre a plataforma eletrónica por
parte dos meios de comunicação.
Assim, estes são os conteúdos gerais que se devem enquadrar no modelo da plataforma,
sendo organizados de acordo com o seu contexto e funcionalidades.
58
4.4.4. As funcionalidades da plataforma e a legislação em vigor
Tal como enunciado no capítulo 2, o condomínio encontra-se representado juridicamente pelo
direito de propriedade horizontal e como tal tem que se ter sempre em conta a sua disciplina
jurídica.
Tendo presente os vários artigos legislativos e as suas considerações, torna-se importante
relacionar essas mesmas considerações com as funcionalidades associadas à plataforma, de
forma a perceber como é que o modelo da plataforma enquadra a disciplina jurídica referente
ao tema. Assim, a Tabela 5 demonstra como as funcionalidades da plataforma se adaptam à
legislação em vigor.
Tabela 5: Funcionalidades da plataforma associadas à legislaçãol em vigor
Enquadramento legal Funcionalidades da plataforma
Constituição do condomínio
Título Constitutivo
Disponibiliza cópia do documento em formato pdf para
consulta dos condóminos
Base de dados de frações autónomas, tendo em conta a
permilagem, fim a que se destina cada fração e proprietário
Regulamento do Condomínio Disponibiliza cópia do documento em formato pdf para
consulta dos condóminos
Direitos e encargos dos condóminos
Definição das partes comuns do edifício
Pode encontrar-se representado no regulamento do
condomínio
Despesas do condomínio
- Possibilidade de pagamento online de quotas
- Gestão e controlo do pagamento de quotas dos condóminos
- Possibilidade de controlar extrato das contas do condom.
Fundo Comum de Reserva Criação de conta para representar o fundo de maneio
Controlo de movimentos de conta bancária
Seguros
Base de dados com todos os seguros que envolvem o
condomínio
Serviço de alerta para notificar fim de validade do seguro
Administração das partes comuns do edifício
Assembleia de Condóminos
Reuniões de condóminos
Permite a discussão entre os condóminos de temas
associados ao condomínio
Serviço de inquéritos para aferir vontade dos condóminos
Convocação de assembleia Serviço de alerta via e-mail de reunião de condóminos
Atas da assembleia Disponibiliza cópia do documento em formato pdf para
consulta dos condóminos
Administração
Funções do administrador
Tem funcionalidades específicas para o administrador. Este
pode, elaborar orçamentos anuais, planos de vistoria, gerir
pagamentos, gerir obras e contratos, etc.
59
4.5. Análise comparativa de mercado
No sub-capítulo 3.6, intitulado “Softwares de Gestão de Condomínios”, foram apresentados
vários programas informáticos que operam no âmbito da gestão de condomínios e
consequentemente, o modelo que se pretende desenvolver está relacionado com esses
softwares. Assim, pretende-se comparar as funcionalidades dos diversos programas
enunciados ao longo desse capítulo com as funcionalidades pretendidas para a plataforma
eletrónica a desenvolver (e até agora enunciadas), de forma a averiguar as diferenças entre os
programas. O mapa comparativo encontra-se representado na Tabela 6.
Tabela 6: Mapa comparativo de softwares de gestão de condomínios
Mapa Comparativo de Softwares de Gestão de Condomínios
Funcionalidades da plataforma a desenvolver
Análise de funcionalidades abrangidas pelos softwares do mercado nacional
[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8]
Con
tab
ilida
de Registo de receitas/despesas
Gestão de quotas Orçamentos anuais
Emissão de recibo eletrónico ? ? ? ? ?
Ma
nute
nçã
o
Registo de obras ? ? ? ? ? Registo de contratos com empresas
de manutenção ? ? ? ?
Planos de vistoria ? ? ? ? Simulador de Obras Futuras
Dad
os d
o
Con
do
mín
io
Arquivar documentos do condomínio ?
Dados de frações Dados do edifício
Com
unic
açã
0
Inte
rativa
Ocorrência de anomalias ? ?
Fóruns de discussão ?
Serviços de Inquérito ? ? Jornal eletrónico Calendário do Condomínio ? ? ? ? ?
Linha de contactos ? ? ? ? ? ? ? ?
Portal Sourcing [b]
Ou
tro
s
Se
rviç
os
Aplicação para dispositivos móveis
[a]
Newsletter ?
Notícias ?
60
Tabela 6: Mapa comparativo de softwares de gestão de condomínios (continuação)
Notas:
Softwares Analisados:
[1] – Improxy Gecond – Gestão de Condomínios
[2] – GOcondomínios – Gestão Online de Condomínios
[3] – T&T – Softwares de Gestão
[4] – gCondomínio
[5] – Flexdomus
[6] – OteuCondomínio
[7] – SIGcond
[8] - CondoDominus
Símbolos do quadro:
- Tem esta funcionalidade
- Não tem esta funcionalidade
? – Não se sabe
[a] – Tem aplicação para aceder via facebook.
[b] – Este software tem um sistema de concursos para realização de obras no condomínio, mas o serviço está inoperacional
Através do mapa realizado, nota-se a predominância nas funcionalidades referentes à gestão
financeira e conclui-se que a plataforma pretende disponibilizar ferramentas únicas que não
existem no mercado nacional.
Convém salientar, que este mapa foi realizado com base nas principais funcionalidades do
modelo que se está a desenvolver, sendo que as plataformas enunciadas podem ter outras
funcionalidades que não foram listadas.
4.6. Análise SWOT
A análise SWOT é um processo através do qual os administradores das organizações
averiguam se os produtos que oferecem ao mercado podem alcançar o sucesso e quais são as
suas limitações. (Westwood, 1997)
Esta ferramenta subdivide-se em duas análises complementares entre si:
Análise externa (oportunidades e ameaças)
Análise interna (forças e fraquezas).
Assim, esta análise permite explorar os pontos fortes (Strenghts), identificar e superar as
fraquezas / pontos fracos (Weaknesses), agarrar as oportunidades (Opportunities) e defender-
se contra as ameaças (Threats). (Westwood, 2006)
Embora a análise SWOT seja uma ferramenta utilizada como base para a gestão e
planeamento estratégico de empresas, pretende-se fazer uma avaliação à criação da
plataforma eletrónica desenvolvida, segundo os parâmetros desta análise.
4.6.1. Oportunidades
No mercado eletrónico destaca-se o facto de se poder alcançar uma escala global, sem que
implique, necessariamente, um grande esforço financeiro, para além do investimento inicial.
61
Possibilita também o desenvolvimento de serviços focados nos consumidores finais,
eliminando toda a cadeia que envolve o processo burocrático antes da adjudicação de um
serviço. (www.14)
As oportunidades associadas às caraterísticas da plataforma e ao conjunto dos seus serviços,
nomeadamente a criação de um condomínio virtual e de um portal de mediação de serviços
afetos à gestão de condomínios (ferramenta de e-procurement da plataforma) são:
Evolução e adaptação do condomínio a um mundo tecnológico: a internet é um
meio cada vez mais acessível e com recursos ilimitados, isso implica uma maior
necessidade de informatizar os recursos, eliminando a organização documental de
informações em formato papel. Essa organização é bastante importante na gestão de
um condomínio e como tal essa necessidade pode ser colmatada com a plataforma.
Obrigatoriedade da constituição de condomínio: a existência de legislação que
obrigue a constituição de condomínio em edifícios com mais do que um proprietário,
gera a constituição de milhares de condomínios em Portugal e, consequentemente um
elevado número de potenciais utilizadores da plataforma. Esta é uma mais-valia, uma
vez que os condóminos podem ver na plataforma uma ferramenta ideal para a gestão
do seu condomínio.
Aumento do interesse por parte dos condóminos na gestão do condomínio: o
facto de a plataforma ter uma área interativa promovendo a intervenção dos
condóminos, motiva os mesmos a interessarem-se mais pelas atividades da gestão do
condomínio. É sabido que o contato presencial leva muitos condóminos a terem falta
de iniciativa para a discussão dos temas relacionados com a gestão de condomínio.
4.6.2. Ameaças
Um dos fatores que podem ameaçar a emergência do comércio eletrónico é a falta de
consciencialização das potencialidades do respetivo comércio e o receio da utilização de meios
eletrónicos para assuntos mais sérios por parte dos utilizadores. Por isso, num mundo cada
vez mais tecnológico, deve-se ter em conta a formação da comunidade para a utilização de
ferramentas informáticas.
Entre as possíveis ameaças associadas ao mercado eletrónico, podemos destacar:
Condóminos com dificuldade em aceder à plataforma: um condomínio poderá ter
utilizadores que não consigam ter acesso à plataforma por falta de acesso à internet,
ou pela falta de formação, limitações que inviabilizam o acesso e a utilização da
plataforma. Neste caso, a plataforma não consegue contemplar o registo de todos os
condóminos na plataforma.
Dependência do número de condóminos que aceitem a utilização da plataforma:
a plataforma é desenvolvida para todos os condóminos não fazendo sentido para um
número reduzido de utilizadores (embora não seja um requisito obrigatório, considera-
62
se que não explora as suas funcionalidades e vantagens). Como tal, a sua aceitação é
importante para o sucesso da plataforma.
Empresas gestoras de condomínios com software próprio e contrato com um
conjunto de empresas que colaboram nas atividades de gestão do condomínio:
as empresas gestoras de condomínio ao exercerem a sua atividade, terão que estar
preparadas para a organização documental de vários condomínios. Nesses casos, as
empresas podem ter software próprio que apoie a sua organização. Estas empresas
geralmente têm um conjunto de empresas com quem estabelecem uma parceria para
intervir quando ocorrem problemas no condomínio. Esse fator leva resulta na
necessidade de procurar empresas prestadoras de serviço na plataforma.
Infraestruturas de comunicação deficientes: a possível existência de deficientes
infraestruturas de comunicação, nomeadamente a capacidade da banda larga e
reduzido armazenamento da memória do sistema eletrónico, levará a incómodos ao
condómino na utilização da plataforma. A título de exemplo, se o condómino pretender
colocar na plataforma um projeto de grandes dimensões a partir de uma ligação fraca
ou com um computador com pouca capacidade, deparar-se-á com algumas
dificuldades.
Dependência das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC): a excessiva
dependência da plataforma face às referidas tecnologias, poderá levar, se bem que em
casos raros, a que uma prolongada falha na corrente elétrica impossibilite o normal
funcionamento da plataforma.
Cultura das empresas prestadoras de serviço em relação à utilização de
plataformas eletrónicas: o facto de potenciais empresas não possuírem
conhecimentos de informática, poderá ser uma condicionante à sua aceitação. Como
também poderá existir uma certa desconfiança acerca da fiabilidade e funcionamento
das plataformas.
A lei não prevê a Assembleia De Condomínios Eletrónica: Esta situação já foi
referida no capítulo anterior, e o facto de não se prever a validade deste mecanismo,
consititui um problema na informatização de processos relacionados com o
condomínio.
4.6.3. Pontos Fortes
Considera-se que são muitos os pontos fortes que surgem nesta plataforma eletrónica. De um
modo geral, apesenta-se como um modelo de plataforma inovador com um conjunto de
serviços apelativos que se complementam e tornam mais eficiente o exercício da atividade de
gestão de condomínio.
A estes pontos podem acrescentar-se ainda:
Plataforma permanentemente operacional: com a plataforma eletrónica, todos os
utilizadores passam a ter ao seu dispor um espaço operacional aberto 24 horas por dia.
63
Sendo que o espaço físico também não é um impedimento, visto poder estar acessível
em qualquer parte do mundo com ligação à internet.
Aumento da competitividade das empresas: a plataforma eletrónica permite às
empresas uma maior visibilidade por parte dos condóminos, traduzindo-se em
aumentos de competitividade para as empresas, tendo estas acesso a um leque de
serviços da sua especialidade muito superior ao normal; em consequência da
competitividade, o condómino sai beneficiado com a melhoria na qualidade do serviço
e com uma possível redução do preço da execução do serviço.
Aligeirar a cadeia burocrática antes de se iniciar o serviço e consequente
redução de custos: a plataforma eletrónica pode permitir um serviço mais eficiente,
tanto em termos de custos, como em termos de rapidez no serviço. Com um pedido
apenas, a informação é acessível a todos os interessados em submeter um orçamento.
Será de referir que não será necessário, por exemplo, a impressão repetida das várias
peças associadas a um projeto, ou contratos de adjudicação e ainda reuniões entre as
partes interessadas para discussão de assuntos relativos ao serviço e/ou para assinar
contratos. Este processo rotineiro resultará para as empresas numa significativa
redução de custos e de tempo, em consequência, estas poderão oferecer orçamentos
com preços inferiores.
Pouca concorrência em relação ao objetivo da plataforma eletrónica: o facto de
aliar dois serviços (condomínio virtual e portal sourcing) com caraterísticas distintas
mas que se completam, torna a plataforma num modelo distinto de todas as
plataformas criadas no âmbito da gestão de condomínios.
Vertente social da plataforma: a criação de uma rede social do condomínio é um fator
importante para aproximar a comunidade e a relação com a administração. Neste caso,
os condóminos têm uma posição mais proativa na gestão do condomínio.
Conjunto de ferramentas com funcionalidades específicas: a plataforma
disponibiliza um conjunto de ferramentas que facilita as funções do administrador.
Mediação global permitido pelo portal sourcing: os limites do portal não são
definidos geograficamente, o que permite aos condóminos procederem a uma escolha
global, e às empresas prestadoras de serviços terem conhecimento de um número
muito superior de potenciais serviços ao que normalmente têm acesso.
Dinamismo proporcionado pelo portal “sourcing”: esta plataforma procura
dinamizar o mercado da construção, gestão e outros setores que estejam relacionados
com a gestão de condomínios. Esta dinâmica possibilita um conhecimento vasto de
empresas no mercado, de diversas áreas, e consequentemente um maior número de
pedidos para prestação de serviços.
Website com aspeto visual apelativo e com funcionamento facilitado: pretende-se
que o website além do aspeto visual apelativo se revista de uma funcionalidade muito
facilitada permitindo um acesso rápido a todas as pessoas, mesmo aquelas que pouco
percebem das novas tecnologias.
64
4.6.4. Pontos Fracos
Em relação aos pontos fracos da plataforma, surgem inevitavelmente alguns pontos que são
difíceis de eliminar, por estarem associados ao conceito da plataforma eletrónica. Consideram-
se no entanto, como aceitáveis.
Processo de pedido de proposta interrompido: pode acontecer que os condóminos
após elaborarem o pedido, criem contato com as empresas, e após esse contato, não
terminem o procedimento na plataforma (até à adjudicação do serviço, em que
informam qual a empresa escolhida), deixando o procedimento incompleto, sendo que
na realidade já foi executado.
Impossibilidade de dar orçamentos sem visita ao local (em certas situações):
considera-se esta situação como um ponto fraco, mas depende da perspetiva, visto
que a apresentação de uma proposta sem reconhecer o local também pode deixar o
“comprador” apreensivo. De facto, se o “comprador” apresentar um pedido e todas as
respostas dadas pela empresa forem no sentido de visitar o local, isso implica a visita
por parte de vários técnicos para a realização do seu orçamento, o que pode não ser
do agrado do “comprador” (dependendo do número de orçamentos que se pretenda
avaliar). Para contrariar esta situação o comprador deve apresentar a melhor descrição
possível do serviço pretendido para que as empresas apresentem uma estimativa do
valor do orçamento.
4.7. Estrutura tecnológica da plataforma eletrónica
O modelo da plataforma eletrónica envolve toda a apresentação das caraterísticas
representadas no capítulo anterior e a estrutura pretendida do sistema eletrónico. Significa
assim, que a criação do modelo da plataforma está mais direcionada para a representação das
suas caraterísticas num ambiente informático, onde se destaca a acessibilidade e a
organização de conteúdos em website.
4.7.1. Acessibilidade
Uma das caraterísticas do modelo pretendido para a plataforma é que esta seja acessível via
web, isto é, pretende-se que a plataforma esteja acessível a partir de qualquer computador em
qualquer lado do mundo com ligação à internet, não sendo necessária a instalação de qualquer
software. Esse fator é uma das caraterísticas fundamentais do modelo preconizado para a
plataforma, porque a dependência da instalação de um programa torna a utilização da
plataforma pouco flexível e limitada.
65
4.7.2. Estrutura do sistema tecnológico associado à plataforma
Website (Página de Internet)
Por se tratar de uma plataforma Web, esta será composta por uma página eletrónica (website)
que disponibiliza os diversos serviços pretendidos para a plataforma eletrónica através de
menus. Estes são identificados e agrupados por contexto, de modo a permitir a divisão do
conteúdo requerido para a plataforma.
Áreas restritas de utilizadores da plataforma
Tendo em conta os intervenientes envolvidos e as suas funcionalidades, existe a necessidade
de se criar áreas restritas para estes utilizadores. Essas áreas irão contemplar as diversas
funções dos utilizadores, apresentando-se como o seu ambiente de trabalho e como tal, são as
áreas mais importantes da plataforma eletrónica. Em termos de organização, considera-se que
o acesso a estas áreas tem que ser feito através de login no website.
Assim, existem duas figuras distintas na plataforma: o utilizador registado e o utilizador
visitante.
O utilizador visitante interage com o sistema de uma forma limitada, sendo que não está sujeito
à necessidade de se identificar. Este utilizador tem acesso à informação disponível na página
inicial e nos itens dos menus criados, mas não pode tirar proveito das funcionalidades
permitidas pela plataforma.
O utilizador registado tem acesso diferenciado do utilizador visitante, tendo disponíveis todos
os serviços que o utilizador visitante tem, em conjunto com diversos serviços específicos.
No caso da plataforma desenvolvida existem três tipos de utilizador registado associado aos
principais intervenientes da plataforma:
o Utilizador registado enquanto condómino / administrador de condomínio
particular;
o Utilizador registado enquanto empresa gestora de condomínios;
o Utilizador registado enquanto empresa de prestação de serviços.
Cada um destes utilizadores tem funcionalidades específicas e, como tal é necessária a
criação de três áreas distintas de cliente da plataforma.
A Tabela 7 pretende resumir as principais funcionalidades associadas a cada utilizador.
66
Tabela 7: Principais funcionalidades de cada utilizador
Área de Utilizador Principais Funcionalidades
Condómino / Administrador de Condomínio
Particular
Aceder ao portal “Meu Condomínio”14
Aceder ao Portal “Sourcing” como comprador
Empresa Gestora de Condomínios Aceder ao portal “Os Nossos Condomínios”
Aceder ao Portal “Sourcing” como comprador
Empresa de Prestação de Serviços Aceder ao Portal “Sourcing” como fornecedor
Através da Tabela 7, constata-se que todos os utilizadores têm as suas particularidades nas
suas áreas de trabalho.
As empresas gestoras de condomínios tem a competência de gerir mais do que um
condomínio e como tal, tem que se criar um espaço que permita agregar mais do que um
condomínio, sendo essa a principal diferença para a área dos condóminos / administrador de
condomínio particular.
O Portal “Sourcing” tem que ser organizado tendo presente a função do utilizador no portal, isto
é, necessita de uma estrutura baseada nas funções do utilizador “comprador” e necessita de
uma estrutura baseada nas funções de utilizador fornecedor.
4.7.3. Usabilidade do portal “O Meu Condomínio”
A utilização deste portal é feita na área de condómino / administrador de condomínio particular
sendo relevante perceber como funciona este portal em termos tecnológicos, pois em ambas
as situações entra-se através do mesmo login, situação que não se verifica relativamente às
empresas gestoras de condomínios.
Identificação de administrador de condomínio na plataforma
O utilizador “Administrador de Condomínio” será aquele que criará uma conta de condomínio,
aquando do seu registo na plataforma ou posteriormente através da sua área de cliente. Assim,
ao efetuar o “login” com o seu email, o sistema de backoffice vai reconhecer esse utilizador
como “Administrador da Conta do Condomínio” 15.
A estrutura da área de cliente do administrador do condomínio e a estrutura da área de cliente
do condómino são iguais, contudo, estes intervenientes têm funcionalidades diferentes e por
isso, existem certos parâmetros que diferem nas áreas dos dois intervenientes. O administrador
da conta do condomínio é responsável pela criação, edição e disponibilização de documentos
na plataforma, enquanto o condómino pode visualizar esses documentos e interagir com outros
condóminos ou com a administração.
14 A secção “O Meu Condomínio” é o nome dado no modelo da plataforma para o serviço associado ao “Condomínio Virtual”. A mudança de nome prende-se com a vontade de associar de forma direta o serviço ao utilizador. 15 O administrador da conta do condomínio, pode não ser o próprio administrador do condomínio, contudo deve ser alguém próximo do mesmo para que o represente na plataforma.
67
Acesso ao portal “O Meu Condomínio”
Para o condómino poder ter acesso a esta área, tem que ser convidado pelo responsável pela
criação da conta do condomínio, pois esse utilizador será denominado como administrador.
O diagrama representado na Figura 11 esquematiza todo o processo de interação entre estes
dois intervenientes no acesso à secção “O Meu Condomínio”.
Figura 11: Esquema de acesso à secção “O Meu Condomínio” por parte dos diferentes intervenientes
Convém sublinhar que este procedimento é igual caso a administração esteja a cargo de uma
empresa gestora de condomínios.
Passagem de administração
Nos casos em que a gestão é feita por um dos condóminos, a administração é rotativa e tem
periodicidade normal de um ano. Assim a plataforma também desenvolve um mecanismo para
passagem de administração a outro utilizador, como se observa na Figura 12.
Utilizador ACria conta do
condomínio na plataforma
Utilizador A
=
Interveniente "Administrador da conta do condomínio"
Acesso a "O Meu Condomínio" (como
administrador)
Convida condóminos a registarem-se na plataforma
Utilizador BUtilizador CUtilizador D
...
Utilizador B,C,D,...
=
Interveniente "Condómino"
Acesso a "O Meu Condomínio" (como
condómino)
68
4.7.4. Usabilidade do portal “Sourcing”
O portal “Sourcing” pretende complementar as ações associadas à gestão de condomínios e
como tal, tem caraterísticas específicas que devem ser descritas para perceber o
funcionamento deste portal.
Como já foi referido, esta ferramenta pretende ser a ponte que liga os “compradores”
(condóminos16, administradores de condomínio e empresas gestoras de condomínio) e as
empresas prestadoras de serviço, sendo que as primeiras solicitam a prestação de um serviço
e as empresas que estão interessadas em executar esse serviço elaboram uma proposta que é
enviada aos compradores. O esquema representado na Figura 13 demonstra o funcionamento
desta ferramenta em específico.
No esquema representado na Figura 13, observa-se que o comprador para solicitar um
orçamento, tem que escolher o serviço que pretende.
16 Os Condóminos podem utilizar a plataforma para realizar obras na sua fração. No âmbito das tecnologias de informação, este portal deve ser distinguido para condóminos e administradores de condomínio. No decorrer da tese, este portal vai ser descrito como um meio único que congrega as funcionalidades para ambos os intervenientes.
Figura 13: Esquema de funcionamento do portal “sourcing”
Figura 12: Esquema de passagem de administração na plataforma
Administrador atual da conta de condomínio
Insere dados (e-mail de registo na
plataforma)do utilizador que vai
ocupar as suas funções na secção
indicada para o efeito
Envia o convite de passagem de
administração ao Utilizador B
Utilizador B recebe o
convite e aceita-o
Utilizador B=
Novo Administrador
da Conta do Condomínio
69
Para simplificar todo o processo envolvido neste portal, a plataforma disponibiliza todas as
categorias de serviços que se consideram relevantes no âmbito da gestão de condomínios.
Assim, pretende-se categorizar os serviços em diferentes pacotes, sendo que cada pacote
criado abrange uma área específica de atividade. Este processo de organização em “pacotes
de serviços” tem vantagens tanto para os “compradores”, como para as empresas.
Relativamente ao comprador a plataforma disponibiliza a lista de pacotes existentes com os
serviços que lhe estão associados, tornando a escolha do serviço mais intuitiva. No caso das
empresas, estas podem escolher os pacotes que representam a sua área de atividade, filtrando
assim, apenas os pacotes do seu interesse.
4.7.4.1. Pacotes de Serviços
A criação dos pacotes de serviços tem por base as diferentes áreas da gestão de condomínios,
das quais se destacam, as áreas financeiras, administrativas / jurídicas e técnicas.
A Figura 14 ilustra as áreas abrangidas pelos pacotes de serviços.
Figura 14: Tipos de pacotes de serviços
Assim, pretende-se incluir nos pacotes, todos os serviços associados às áreas representadas
na Figura 14.
4.7.4.2. Organização dos Pacotes de Manutenção de Edifícios
(área técnica)
A área que apresenta maior número de serviços disponíveis na plataforma é a área técnica
porque envolve toda a vertente de construção e manutenção de um edifício.
O edifício é composto por vários elementos que são alvos de manutenção, e dadas as
especificidades de cada elemento, as anomalias e o tipo de intervenção diferem de elemento
para elemento e consequentemente, requerem serviços específicos dentro de cada
especialidade. Por exemplo, a manutenção de uma piscina, não está minimamente relacionado
com a manutenção de ascensores (elevadores) e como tal devem pertencer a pacotes
distintos.
Pacotes de Serviços
Área Técnica
Manutenção e Conservação de Edifícios
Área Financeira
Auditoria e Consultadoria Fiscal
Área Administrativa e Jurídica
Administração de Condomínios
Advocacia e Solicitadoria
70
Devido ao número de serviços que estão associados à vertente técnica do edifício, optou-se
por organizar estes pacotes de duas formas diferentes para apoiar o “comprador” na escolha
do serviço pretendido:
o Pacotes organizados por especialidade (organização por serviços de cada ramo da
construção e manutenção de edifícios);
o Pacotes organizados pelo local onde pretende a intervenção.
Pacotes e Sub-Pacotes
Como foi descrito, os pacotes estão associados a um ramo específico da construção e
manutenção de edifícios, ou seja, cada pacote distingue-se pelas diferentes espécies de
trabalho que estão associadas aos diferentes elementos constituintes do edifício (instalações
de gás, eletricidade, ascensores, etc.)
Também são criados pacotes que são constituídos por serviços, que embora não estejam
associados a um elemento específico do edifício, apresentam soluções que podem ir de
encontro às necessidades dos condóminos, como por exemplo, serviços de limpeza, portaria e
controlo de pragas.
Assim sendo, a Figura 15 apresenta todas as categorias criadas no âmbito da gestão técnica
do edifício.
71
Paco
tes
de
Man
ute
nçã
o d
e Ed
ifíc
ios
Instalações
Prediais
Abastecimento e Drenagem de Águas
Gás
Elétrica
Iluminação
Telecomunicações
Climatização e Ventilação
Energias Renováveis
Contra Incêndios
Segurança e Proteção
Contra Intrusão
Videovigilância
Controlo de acessos
ArmazenamentoAscensores (Elevadores)
Portões e Automatismos
Condutas de Evacuação de Lixo
Espaços Sociais e
de Lazer
Jardins
Piscinas
Parques Infantis
Recintos DesportivosLimpeza e Conservação
Serviço Portaria
Controlo de Pragas e Desinfestação
Serviços de Obras
Pinturas
Impermeabilização
Isolamento
Carpintaria
Serralharia
Tetos Falsos
Construção Civil Geral
Fachada - Trabalhos em Altura
Zonas Comuns Interiores
Remodelação de Interiores
Mudanças
CoberturaCoberturas Planas (Terraço)
Coberturas Inclinadas
Figura 15: Pacotes gerais associados à manutenção do edifício
72
Cada um destes pacotes está dividido em sub-pacotes que pretendem diferenciar o tipo de
intervenção possível na categoria destacada no pacote.
A constituição dos diferentes sub-pacotes, varia consoante o pacote principal, mas o
fundamental para a sua divisão, tem em conta:
Estratégias de Manutenção (corretiva e pró-ativa);
Operações de Manutenção (inspeções, limpezas, correções e substituições);
Operações de Reabilitação (substituições por elementos com caraterísticas diferentes).
Assim, a Figura 16 pretende representar o esquema padrão dos sub-pacotes associados aos
pacotes principais e apresenta uma breve descrição de cada divisão.
Figura 16: Esquema de divisão dos pacotes em sub-pacotes
Assim sendo, após a escolha do pacote, que representa uma área específica no ramo da
manutenção de edifícios, o “comprador” escolhe um dos sub-pacotes consoante o objetivo e
tipo de intervenção que pretende.
A Tabela 8 representa um exemplo da organização de um dos pacotes criados.
Tabela 8: Exemplo de organização de pacote de serviços (Ascensores)
Pacote Sub-Pacote
Insta
lações
Pre
dia
is
Ascensores (Elevadores)
Plano de Manutenção de Ascensores
Plano de Manutenção Simples
Plano de Manutenção Completa
Reparação de Ascensores
Modernização de Ascensores
Consultadoria em Ascensores
•Realização de Projetos relativos ao elemento representado no pacote escolhido.
Projetos
•Consulta de opinião de entidade externa para análise das melhores soluções associadas ao elemento representado no pacote escolhido.
Consultoria
•Inspeções sem periodicidade, em que se pretende analisar o estado do elemento representado no pacote escolhido.
Inspeções
•Contratos de Manutenção Periódica associados ao elemento representado no pacote escolhido.
•Inclui inspeções, limpezas e pequenas reparações.
Plano de Manutenção Preventiva
•Reparações associadas ao elemento representado no pacote escolhido.
Reparações
•Montagens ou substituições associadas ao elemento representado no pacote escolhido.
Montagens/Substituições
•Aquisições de equipamentos ou produtos relacionados com o pacote escolhido.
Aquisições
73
Utilizando o exemplo da Tabela 8 pretende-se explicar a aplicação na plataforma através do
diagrama representado na Figura 17:
Figura 17: Exemplo de escolha de um serviço na plataforma
No Anexo II, está compilada a organização de todos os pacotes criados, desde as divisões em
sub-pacotes, a exemplos de serviços associados a esses sub-pacotes. Convém referir que se
pretende disponibilizar esses elementos na plataforma, de forma a apoiar e orientar o
comprador na escolha do serviço pretendido.
4.7.4.3. Organização de Pacotes de áreas Financeiras,
Administrativas e Jurídicas
Embora o objetivo deste portal esteja mais vocacionado para a vertente da manutenção de
edifícios, também se teve em conta a criação de pacotes referentes a outras áreas da gestão
de condomínios.
Trata-se de pacotes com uma estrutura mais simples, que também contêm sub-pacotes que
representam as opções associadas a cada pacote.
Os pacotes e sub-pacotes destas áreas estão representados na Tabela 9.
Comprador interessado em receber propostas para contratos de manutenção simples de
ascensores do edifício
Escolhe o Pacote "Instalações Prediais -
Ascensores"
Escolhe o Sub-Pacote "Planos de
Manutenção de Ascensores - Plano de Manutenção Simples"
74
Tabela 9: Pacotes criados em relação à área financeira, jurídica e administrativa
Pacote Sub-Pacote Exemplo de serviços associados ao Sub-Pacote
Seguros
Seguro Multirrisco Condomínios
Seguro com cobertura de zonas comuns
Seguro com cobertura de todo o edifício (zonas comuns e propriedades individuais)
Seguro para Habitação
Seguro com cobertura do imóvel e recheio
Consultoria Jurídica
Advocacia
Deslocação para participação em assembleias de condomínio para esclarecimento jurídicos e/ou apresentação de propostas
Mediação e resolução de conflitos
Elaboração e/ou análise de contratos do condomínio
Solicitadoria
Deslocação para participação em assembleias de condomínio para esclarecimento jurídicos e/ou apresentação de propostas
Mediação e resolução de conflitos
Elaboração e/ou análise de contratos do condomínio
Auditoria e Consultoria Fiscal
Apoio Contabilístico e Fiscal de
Condomínios
Apoio na gestão financeira do condomínio
Auditoria às contas do condomínio
Consultoria Técnica
Apoio na Gestão Técnica de
Condomínios
Apoio na escolha de orçamentos de obras
Fiscalização e acompanhamento de obras no condomínio
Administração de Condomínios Gestão e administração geral do condomínio
4.7.4.4. Processo de pedido de proposta
Pretende-se que o processo de envio de pedido de orçamentos seja simples e prático para o
“comprador”. Com isto, o diagrama representado na Figura 18, representa todo o procedimento
executado pelo “comprador”, desde a escolha do serviço, ao envio do pedido para a
plataforma.
Figura 18: Processo de pedido de proposta na plataforma
Após o envio da proposta por parte do cliente, o sistema de backoffice da plataforma eletrónica
envia a descrição do pedido para as empresas que estão associadas ao pacote escolhido pelo
comprador.
Quero receber orçamentos para...
Escolher o sub-pacote
Descrever o serviço
pretendido num formulário
Escolher PacoteSubmeter pedido na
plataforma
75
5. Implementação do Modelo da Plataforma
Eletrónica
5.1. Nota introdutória
Após a definição das características pretendidas para a plataforma, este capítulo apresenta o
modelo e a arquitetura da plataforma eletrónica, destacando-se a organização de conteúdos e
serviços associados à mesma.
No contexto da arquitetura da plataforma dar-se-á relevância à estrutura das seguintes
secções:
Página Inicial da Plataforma Eletrónica;
Áreas Restritas dos Principais Intervenientes:
o Área de Cliente do Condómino / Administrador do Condomínio;
o Área de Cliente de Empresa Gestora de Condomínio;
o Área de Cliente de Empresa Prestadora de Serviços.
A estrutura do site está, também, relacionada com o aspeto visual e, para isso tem-se em conta
a criação e apresentação de imagens sugestivas para apoiar na interpretação do conteúdo
apresentado. Importa referir que, as imagens são criadas a pensar na capacidade de
organização do conteúdo que se pretende apresentar e não unicamente centrada no aspeto
gráfico da plataforma (Template). Não obstante, tenta-se apresentar uma sugestão que vá de
encontro às ideias e objetivos da arquitetura da plataforma. Também convém sublinhar que,
existe conteúdo que não justifica a utilização de imagens representativas para a interpretação
do mesmo.
5.2. Página Inicial da plataforma eletrónica
A página inicial do site apresenta-se como uma página de entrada na plataforma eletrónica,
que pretende mostrar o site e todo o seu conteúdo. Assim, a estrutura começa a ser definida
nesta página, com a criação de menus distintos (que permitem o acesso a diferentes serviços e
conteúdos) e pela mensagem direcionada aos visitantes da página.
5.2.1. Menus
A criação de menus é essencial para a navegação no website, assim sendo pretende-se criar
um menu de topo, que será o menu principal, que permite o acesso às principais
funcionalidades da plataforma.
Para além do menu de topo, pretende-se implementar mais menus com acesso a diversas
informações correlacionadas com o conceito da plataforma eletrónica.
No menu de topo da página principal, conforme apresentado na Figura 19, destaca os itens
principais, como o item “Serviços” que apresenta duas páginas distintas, compostas por
76
“Gestão de Condomínio” e “Sourcing (E-procurement)” que visa explicar cada funcionalidade
destes serviços. Opta-se por dividir, para não sobrecarregar a informação na mesma página e
também porque são dois serviços que apesar de se complementarem têm funcionalidades e
intervenientes distintos (ao interveniente “Empresa prestadora de serviços” apenas interessa a
informação respetiva à ferramenta “Sourcing (E-procurement)”).
Para melhor compreensão dos itens do Menu de Topo, apresenta-se a Tabela 10 que descreve
as funções e objetivos de cada item do menu.
Tabela 10: Itens do menu de topo
Item do Menu Funções
Início Permite ao utilizador aceder à página inicial.
Serviços Permite ao utilizador visualizar os serviços que a plataforma disponibiliza e está dividido em dois
Sub-Grupos.
Serviço –
Condomínio
Virtual
Nesta página descreve-se todas as funcionalidades associadas à gestão do condomínio como
as descritas no capítulo anterior (ex: informação predial, agenda do condomínio, orçamento
anual, etc).
Serviço –
E-procurement
(Sourcing)
Nesta página descreve-se como funciona a aquisição / prestação de serviços para os
intervenientes envolvidos e divulga os pacotes disponíveis e as suas sub-categorias.
Assim permite aos utilizadores terem acesso à informação sobre as diferentes categorias de
serviços mesmo antes de se inscreverem na plataforma.
Procedimentos a
Decorrer
Permite ao utilizador aceder a uma página que mostra os procedimentos a decorrer. Assim os
visitantes podem aferir sobre os pedidos que estão pendentes, tornando o contacto mais
próximo com a plataforma, seja um interessado em adquirir um serviço (condómino) ou
interessado em prestar um serviço (empresa prestadora de serviço).
Contactos Permite ao utilizador aceder a uma página que disponibiliza os contatos e informações
associadas à empresa administradora da plataforma.
Registo
Permite aos utilizadores efetuarem registo para terem acesso a áreas restritas. O utilizador terá
de preencher os campos obrigatórios e confirmar o seu registo para pertencer à base de dados
da plataforma.
O registo na plataforma tem três áreas distintas: Registo de condóminos; Registo de empresas
prestadoras de serviços e empresas de gestão de condomínios.
Esta divisão torna-se necessária para organização da base de dados e assim diferenciar três
intervenientes utilizadores da plataforma.
Login
Permite aos utilizadores entrarem na sua área restrita. O login na plataforma tem três áreas
distintas: Login de condóminos (acesso a área de condómino); Login de empresas prestadoras
de serviços (acesso a área de Empresas) e empresas de gestão de condomínios.
O menu lateral é desenhado numa coluna que pretende representar outras informações
associadas à plataforma como por exemplo: consulta de notícias, avaliações dadas pelos
intervenientes que utilizaram a plataforma (feedback).
A tabela 11 descreve sumariamente os itens deste menu.
Figura 19: Menu de topo
77
Tabela 11: Itens do menu lateral
Item do Menu Funções
Notícias Na página principal apenas se apresenta a introdução da notícia e caso se pretenda ler mais sobre
determinada notícia, seleciona o título da mesma e acede a uma página com a notícia completa.
Feedback
Avaliação da
Plataforma
Nesta secção os visitantes da plataforma podem visualizar a experiência dos utilizadores da
plataforma através de comentários sobre as funcionalidades da plataforma eletrónica.
Para além da apresentação dos menus, nesta página pretende-se divulgar o conceito e o
funcionamento da plataforma, bem como as vantagens associadas à utilização da mesma por
parte dos intervenientes. Esta é a porta de entrada dos visitantes e será a partir daqui que
estes terão a primeira impressão do que a plataforma poderá oferecer. Assim sendo, é
bastante importante a divulgação das características da plataforma nesta página.
O aspeto visual das características e vantagens da plataforma devem ser simples e intuitivas
para facilitar a interpretação dos visitantes do site.
5.3. Área de cliente dos intervenientes
Um dos itens do menu de topo é o “Log In”. Esse será o meio utilizado pelos utilizadores para
entrarem na sua área de cliente da plataforma.
Como foi enunciado anteriormente, existem três áreas de clientes distintas na plataforma:
Área do Condómino / Administrador de Condomínio Particular17;
Área de Empresa Gestora de Condomínios;
Área da Empresa Prestadora de Serviços.
5.4. Área de cliente do Condómino / Administrador de
Condomínio Particular
Após efetuar o login enquanto condómino, o utilizador tem acesso à sua área pessoal e restrita,
onde terá ao seu dispor um conjunto de ferramentas que permitem a organização de todas as
funcionalidades deste interveniente.
Para estruturar todos os serviços inerentes a esta área, existe um menu principal que será o
meio de navegação por toda a área de cliente.
5.4.1. Menu Principal
Tal como foi dito anteriormente, a arquitetura da área de cliente do condómino teve por base a
criação de um menu, devidamente estruturado, que pretende ser o meio de navegação pelas
várias categorias de funcionalidades disponibilizadas na área de cliente.
17 Cada um destes intervenientes tem uma área pessoal personalizada. Contudo, a estrutura dos serviços é a mesma e como tal quando se considere oportuno, apresenta-se as diferenças entre os utilizadores.
78
O menu principal será a ferramenta fundamental desta área de cliente, e a sua organização é
importante para permitir uma navegação simples e intuitiva por parte do utilizador.
Na criação do menu principal tem-se em conta a distinção entre os principais serviços da
plataforma: a ferramenta de apoio à gestão de condomínios e a ferramenta de e-procurment,
que permite ao utilizador estabelecer contato com empresas para a prestação de serviços.
Apesar de serem serviços distintos, considera-se que a grande vantagem da plataforma é
poder conciliar as duas ferramentas nesta área de cliente.
Assim, tendo em conta as principais funcionalidades do interveniente afeto a esta área
(condómino), o menu principal foi dividido da seguinte forma:
Página Principal da Área de Cliente;
O Meu Condomínio;
Portal Sourcing;
Centro de Mensagens;
Configurações.
Na Tabela 12 está representado de forma resumida os objetivos e as funções de cada item do
Menu Principal.
Tabela 12: Itens do menu principal da área de cliente “Condómino”
Item Funções
Página Principal da Área de Cliente
Apresenta de forma resumida as principais informações associadas à atividade do condomínio na plataforma.
O Meu Condomínio Apresenta toda a informação referente à gestão do condomínio, como assuntos relacionados com a contabilidade, manutenção, comunidade, entre outros.
Portal Sourcing Apresenta toda a informação referente aos pedidos de apresentação de propostas para prestação de serviços.
Centro de Mensagens Funciona como correio eletrónico da plataforma, que permite a comunicação com os diversos intervenientes do sistema.
Configurações Permite alterar configurações relativamente aos dados do utilizador e da conta criada na plataforma.
5.4.2. Página principal da área de cliente
Esta página será a porta de entrada do Condómino / Administrador de condomínio na
plataforma, após efetuar o log in no site da plataforma. Por ser a primeira página que o
utilizador visualizará, esta página pretende resumir as principais informações associadas à
atividade do utilizador e do seu condomínio, nomeadamente através de notificações, inquéritos
e próximos eventos do condomínio.
Serviço de notificações
O serviço de notificações pretende ser uma ferramenta útil ao utilizador, que será
disponibilizada imediatamente após efetuar o login.
79
Neste serviço pretende-se avisar o utilizador acerca de atividades recentes na plataforma, quer
seja sobre assuntos relacionados com o condomínio, quer seja relacionados com o portal de
sourcing a que o utilizador tem acesso (informações sobre propostas recebidas).
Assim, quando o utilizador entra na sua área de cliente, terá acesso imediato às novidades e
aos desenvolvimentos ocorridos desde a última vez que esteve conectado à plataforma,
facilitando a interação com o sistema e o acesso às informações mais recentes da atividade na
plataforma.
Serviço de inquéritos
Como se irá descrever adiante neste capítulo, a plataforma disponibiliza a criação de inquéritos
dentro da comunidade do condomínio. Caso hajam inquéritos, quer estejam em aberto ou
recentemente fechados, as informações sobre estes irão aparecer na página principal.
Próximos eventos
Como se irá descrever adiante neste capítulo, a plataforma disponibiliza a criação de uma
agenda do condomínio. A marcação de qualquer evento relativamente ao condomínio, será
visualizado na página principal a partir de um lembrete para notificar a proximidade desse
evento. A Figura 20, abaixo desenhada, ilustra as caraterísticas da página inicial da área de
cliente do condómino.
Figura 20: Página inicial da área de cliente do “Condómino”
80
5.4.3. “O Meu Condomínio”
Como foi referenciado no capítulo 4.7.3 “Usabilidade do Portal “O Meu Condomínio”” é nesta
secção que se notam as principais diferenças de funcionalidades entre os dois intervenientes
desta área de cliente: o condómino e o administrador da conta do condomínio na plataforma.
Este último, convém que seja o administrador do condomínio ou alguém próximo do mesmo
para poder ter acesso às particularidades na plataforma deste interveniente.
Este separador pretende compilar toda a informação associada ao condomínio, como
informações de carácter financeiro e técnico, ou seja, pretende constituir uma ferramenta de
apoio a todos os seus intervenientes na gestão do condomínio.
Para além disso, terá uma secção para promover a comunicação entre os condóminos e uma
secção de aquivo, onde serão reunidas as várias informações e documentos relacionados com
o condomínio.
Tendo em conta todas as especificidades envolvidas na gestão do condomínio, esta secção
divide-se em vários separadores como se pode verificar na Tabela 13.
Tabela 13: Separadores de “O Meu Condomínio”
Item do Menu Principal Separador
O Meu Condomínio
Dados do Condomínio
Gestão Financeira do Condomínio (Contabilidade)
Gestão Técnica do Condomínio (Manutenção)
Sala do Condomínio
Calendário do Condomínio
Arquivo
A Minha Área
5.4.3.1. Dados do condomínio
Nesta secção pretende-se incluir todas as informações do condomínio, tais como:
o Identificação do edificado (Idade do prédio, área ocupada, caracterização dos
elementos do edifício etc.;
o Identificação do condomínio (Morada, informações de contas bancárias
associadas);
o Identificação do administrador do condomínio (nome e contatos);
o Identificação de cada fração e informação do proprietário e/ou inquilino18
respetivo. (nº e andar da fração, tipo de fração19, permilagem, nome e contactos
do proprietário e/ou inquilino);
18 Tem que se ter em conta, que o morador da fração não tem que ser o próprio proprietário. Este pode arrendar a
casa, e assim, interessa incluir o inquilino para que este possa tirar partido das funcionalidades da plataforma. Contudo essa decisão depende do proprietário da fração. 19 O tipo de fração pode ser apartamento ou loja.
81
o Seguro associado ao condomínio e a cobertura abrangida nesse seguro.
Estas informações envolvem a criação de uma base de dados rigorosa que possa ser
constantemente atualizada. A Figura 21 pretende esquematizar a estrutura da base de dados
para agregação de várias informações do condomínio, que estão interligadas.
Figura 21: Esquema de base de dados de informações gerais do condomínio
Através da Figura 21 é possível visualizar a ramificação que está associada à base de dados.
Desta estrutura convém referir que o administrador, o proprietário e o inquilino são os que
sofrem maiores alterações. Contudo as frações também podem ser alteradas, embora seja
uma situação especial, e também pode acontecer o condomínio deixar de conter os mesmos
edifícios. Assim nota-se que a estrutura é muito importante para organizar todas as
informações, sendo que segue a ordem do esquema da Figura 21, sendo que também se pode
adaptar às empresas administradoras, cuja alteração resulta na criação de mais do que um
condomínio.
Todas estas informações são posteriormente preenchidas e editadas pelo responsável da
conta do condomínio, tais como criar e atualizar informações de frações e proprietários e
podem depois ser vistas por cada condómino.
A Figura 22 demonstra a organização dos dados associados a cada fração.
1 Admin Particular
1 Condomínio
Edifício 1
Fração A Fração B
Proprietário 1
Inquilino A1
Proprietário 2
Proprietário ...
Fração ...
Edifício 2 n Edifício
82
5.4.3.2. Gestão Financeira do condomínio
Esta área inclui todos os assuntos relacionados com a vertente contabilística do condomínio,
tais como, os movimentos da conta associado ao condomínio, a análise orçamental e as
despesas do condomínio. Torna-se imperioso que o condómino tenha acesso a estes
parâmetros para poder acompanhar os gastos do condomínio e comparar, sempre que queira,
o valor orçamentado com o real.
A Tabela 14 mostra todas as opções associadas ao separador “Gestão Financeira do
Condomínio” e as funcionalidades que estão subjacentes ao gestor da conta do condomínio.
Tabela 14: Gestão financeira do condomínio
Separador Opções do separador Funcionalidades do Administrador de Condomínio
Gestão Financeira
do Condomínio
Movimentos do Condomínio Editar, publicar e atualizar as informações de movimento das
contas associadas ao condomínio
Orçamento do Condomínio Editar e publicar na plataforma
Análise Orçamental Editar e publicar na plataforma
Mapa de Quotas Esta opção pode não ser publicada pelo administrador e ser
uma opção de acesso privado
Movimentos do condomínio
Nesta secção o utilizador tem acesso ao extrato bancário das contas do condomínio, onde são
registadas as despesas / pagamentos e as receitas / depósitos de verbas internas do
condomínio. A Figura 23 apresenta um exemplo associado a esta opção.
Figura 22: Frações e condóminos
83
Figura 23: Movimentos de conta
Para além destas ferramentas o administrador ainda terá ao seu dispor um sistema de emissão
de recibos, que atualiza automaticamente as receitas e despesas das contas do condomínio.
Este sistema permite aferir o saldo actual das contas bancárias e ainda se pode verificar o
incumprimento no pagamento das respetivas quotas do condomínio, bem como de outras
despesas do condomínio.
Da mesma forma os condóminos têm a possibilidade de pagar as suas quotas através da
plataforma, que disponibiliza um meio para efetuar esse pagamento. Assim considera-se que
estes procedimentos podem induzir menores custos e uma maior rapidez de processos.
Orçamento do condomínio
Nesta secção, o utilizador pode consultar os orçamentos anuais aprovados pelo condomínio. A
Figura 24 apresenta um exemplo desta secção.
84
A plataforma desenvolve por defeito uma ferramenta que permite ao administrador elaborar o
orçamento do condomínio. O próprio pode editar e acrescentar dados na ferramenta, de modo
a conseguir elaborar o orçamento com as especificidades do condomínio. A representação
dessa ferramenta encontra-se na Tabela 15
Tabela 15: Plano de orçamento do condomínio
Plano Orçamento
Despesas
Tipo de Despesas Descrição Valor
Despesas Gerais
Eletricidade (Partes Comuns)
Água (Partes Comuns)
Serviço Limpeza (Partes Comuns)
Material Elétrico (lâmpadas, etc)
Honorários Administração
Eletricidade do Jardim
Água Jardim
Aquisições Diversas
Expediente e Portes
Manutenção do Jardim
Manutenção dos Elevadores
Manutenção das Bombas
Reparações dos Elevadores
Figura 24: Orçamentos do condomínio
85
Tabela 15: Plano de orçamento do condomínio (continuação)
Despesas
Despesas Gerais
Reparações no Jardim (Sistema de Rega)
Reparações Diversas
Manutenção do Portão da Garagem
Reparações no Portão da Garagem
Telefone (Elevadores)
Outras Despesas
Seguros Seguro Obrigatório de Condomínio
Total Despesa
Receitas
Tipo de Despesas Descrição Valor
Receitas de Quotas
Receitas Extraordinárias
Total de Receita
Análise orçamental
Nesta secção, o utilizador pode comparar os valores orçamentados e os valores reais gastos
pelo condomínio, acedendo ao documento, tal como exemplifica a Figura 25.
Esta secção também terá uma ferramenta própria com os dados pré-estabelecidos na
ferramenta desenvolvida para “Orçamento do Condomínio” e calcula automaticamente o desvio
Figura 25: Análise orçamental do condomínio
86
entre os valores orçamentados e os valores reais (após estes serem inseridos). A
representação esquemática dessa ferramenta encontra-se na Tabela 16.
Tabela 16: Plano de análise orçamental
Plano Análise Orçamental
Despesas
Tipo de Despesas Descrição Valor
Orçamentado Valor
Despendido Desvio
Despesas Gerais
Eletricidade (Partes Comuns)
Água (Partes Comuns)
Serviço Limpeza (Partes Comuns)
Material Elétrico (lâmpadas, etc)
Honorários Administração
Eletricidade do Jardim
Água Jardim
Aquisições Diversas
Expediente e Portes
Manutenção do Jardim
Manutenção dos Elevadores
Manutenção das Bombas
Reparações dos Elevadores
Reparações no Jardim (Sistema de Rega) Reparações Diversas
Manutenção do Portão da Garagem Reparações no Portão da Garagem Telefone (Elevadores)
Outras Despesas
Seguros Seguro Obrigatório de Condomínio
Total
Receitas
Tipo de Despesas Descrição Valor
Orçamentado Valor
Despendido Desvio
Receitas de Quotas
Receitas Extraordinárias
Total
Mapa de quotas
Permite ao administrador organizar as informações relacionadas com o pagamento das quotas
de cada condómino. Esta ferramenta é atualizada pelo administrador da conta de condomínio e
pode configurá-la para tornar visível a todos os condóminos. A Figura 26 mostra uma
representação da organização do Mapa de Quotas.
87
Figura 26: Mapa de quotas
Convém referenciar que todas as ferramentas elaboradas, nomeadamente para elaborar o
orçamento e a análise orçamental, tem como finalidade exclusiva informar os condóminos, para
que estes se mantenham sempre informados.
5.4.3.3. Gestão Técnica do condomínio
A manutenção do condomínio é bastante importante, e por isso, pretende-se organizar esta
secção de modo a que o administrador da conta do condomínio disponibilize aos condóminos,
todas as atividades de manutenção que ocorrem no edifício. Como por exemplo: a listagem de
obras, ocorrências, empresas com contrato celebrado com o condomínio, entre outros.
A Tabela 17 mostra todas as opções associadas ao separador “Gestão Técnica do
Condomínio” e todas as funcionalidades do administrador, nesta secção em particular.
Tabela 17: Gestão técnica do condomínio
Separador Opções do separador Funcionalidades do Administrador de
Condomínio
Gestão Técnica do Condomínio
Contratos de Manutenção do Condomínio Criar, editar e publicar na plataforma
Vistorias Criar, editar e publicar na plataforma
Obras Criar, editar e publicar na plataforma
Simulador de obras futuras Editar e publicar na plataforma
Contratos de Manutenção do condomínio
Nesta secção, o utilizador tem acesso a informações relacionadas com os contratos de
manutenção celebrados com o condomínio.
A plataforma tem um esquema padrão, que permite organizar todas as informações sobre os
serviços prestados, complementando-as com uma agenda de manutenções do condomínio.
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Os contratos de manutenção representam uma área onde consta o tipo de atividade a
desenvolver, a empresa adjudicada, o contato, as data de início e término do contrato e por fim,
as condições do contrato onde se pode visualizar detalhadamente as formalidades do mesmo.
A agenda da manutenção permite atualizar toda a atividade da manutenção do condomínio
com os seguintes itens: próxima manutenção, descrição da manutenção, periocidade e por
último os registos de manutenção onde é possível visualizar a informação descriminada.
O esquema está representado na Figura 27 e Figura 28.
Figura 27: Contratos de manutenção
89
Vistorias
Nesta secção o utilizador tem acesso às informações relacionadas com as inspeções visuais
feitas nos diferentes espaços do condomínio pelo administrador ou por um técnico
especializado.
A plataforma tem uma ferramenta que permite ao administrador inserir dados relativamente às
vistorias feitas, promovendo uma manutenção próativa do edifício. O administrador pode ainda
criar e editar o plano de vistorias feito, sendo que por defeito criou-se a ferramenta ilustrada na
Tabela 18.
Considera-se que esta ferramenta é uma das principais funcionalidades que se deve destacar
no serviço disponível para dispositivos móveis.
Figura 28: Registos de manutenção associado aos contratos de manutenção
90
Tabela 18: Vistoria
Vistoria
Data:
Título:
Realizado por:
Plano de Vistoria
Elementos do Plano de Vistoria Escolher S/ Anomalia C/ Anomalia Descrição
Cobertura Plana 1. Estrutura de Suporte
2. Camada de Impermeabilização
3. Camada de Proteção
4. Sistema de Remates
5. Sistema de Drenagem
6. Outro
Cobertura Inclinada
1. Estrutura de Suporte
2. Revestimento
3. Sistema de Ventilação
4. Sistema de Drenagem
5. Sistema de Impermeabilização
6. Claraboias e Janelas
7. Outro
Fachada
1. Revestimento de Fachada
2. Vidros e Caixilharia
3. Portas
4. Elementos Saliente
5. Outro
Zonas Comuns Interiores 1. Parede
2. Revestimento de Pavimento
3. Tetos
4. Caixa de Escadas
5. Caixilharia e Portas
6. Garagens
Instalações Prediais 1. Instalação de Distribuição de Água
2. Instalação de Drenagem de Águas Residuais
3. Instalação de gás
4. Instalação elétrica e de iluminação
5. Instalação de Telecomunicação e Contra a Intrusão (Videovigilância e Videoporteiro)
6. Instalação de Ascensores
7. Instalação de Segurança Contra Incêndios
8. Instalação de Evacuação do Lixo
9. Portões e Automatismos
Jardins
Piscinas
Parque infantil
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Apesar do separador “Contratos de Manutenção” também ter serviços alvo de vistorias ao
prédio, este separador pretende diferenciar-se pelo facto de existirem vistorias a certas zonas
do condomínio, que não estão incluídas nos contratos de manutenção.
Estas vistorias podem ser periódicas e são promovidas pelo administrador, ou por um técnico
especializado, com o intuito de verificar o bom estado dos elementos constituintes do
condomínio.
Obras
Nesta secção o utilizador tem acesso ao registo de dados relativos a obras realizadas e/ou a
decorrer no condomínio.
Na ferramenta criada para esta secção, cada obra é composta por um conjunto de informações
específicas e também por uma caixa de ocorrências que permite ao administrador publicar a
evolução da obra no condomínio. Após o término da obra, o tópico referente à mesma é
encerrado mas permanecerá no histórico de obras.
A Figura 29 representa o esquema de organização das obras realizadas no condomínio.
Figura 29: Obras realizadas no condomínio
Simulador de Obras Futuras
Nesta secção, mais vocacionada para o administrador (mas que pode ser disponibilizada aos
condóminos) pretende incluir-se uma base de dados que permite informar o utilizador da
periodicidade recomendada para a realização de obras indispensáveis ao condomínio.
92
A ferramenta apresenta um conjunto de intervenções geralmente feitas no edifício, e o
administrador terá que fornecer algumas informações sobre os respetivos elementos
constituintes do edifício, como a data da última vez que foi realizada tal intervenção no edifício.
Com isto, a ferramenta informática apresentará informações sobre quando deve ser feita nova
intervenção e a respetiva periodicidade. Quando se aproximar a data gerada pela ferramenta, é
enviado um aviso ao administrador para averiguar a possibilidade de intervenção.
Esta ferramenta trata-se apenas de um simulador e pretende apoiar o utilizador na escolha da
altura ideal para a realização de obras de conservação, contudo não tem qualquer carácter
obrigatório ou indispensável. A simulação não engloba a ocorrência de problemas não
previstos no elemento, só é baseada no tempo de vida útil do elemento sem a ocorrência de
problemas graves.
A estrutura da ferramenta é apresentada na Tabela 19.
Tabela 19: Simulador de obras futuras
Tipo de Intervenção Periodicidade
[FONTE]
Data da última
intervenção
Estimativa da data da próxima
Intervenção
Custo unitário
aproximado [FONTE]
Renovação de
canalização hidráulica do
edifício
Em PVC 25 Anos (www.15) dd/mm/aa dd/mm/aa+25 11,01 €/m
Em aço galvanizado 15 Anos (www.15) dd/mm/aa dd/mm/aa+15 14,87€/m
Em cobre 80 Anos (www.15) dd/mm/aa dd/mm/aa+80 14,54€/m
Em chumbo Substituir o mais
rapidamente possível20
dd/mm/aa - -
Substituição de eletrobombas 25 Anos (www.17)
dd/mm/aa dd/mm/aa+25 4324,02€/ud
Renovação da instalação elétrica 30 Anos (www.16) dd/mm/aa dd/mm/aa+30 10,73€/m
Renovação da
instalação de gás
Em aço 15 Anos (www.15) dd/mm/aa 18,23€
Em cobre 80 Anos (www.15) dd/mm/aa 13,37€/m
Em polietileno 25 Anos (www.15) dd/mm/aa 10,57€/m
Modernizar os elevadores 20 Anos (www.18)
dd/mm/aa dd/mm/aa+20 14398€/m
Pintura e impermeabilização de fachada
8 Anos (RGEU)
dd/mm/aa dd/mm/aa+8 10€,39/m2
Cobertura plana
Substituição de ladrilhos cerâmicos
25 Anos (Barros, 2008)
dd/mm/aa dd/mm/aa+25 8€/m2
Substituição do isolamento térmico
50 Anos (Barros, 2008)
dd/mm/aa dd/mm/aa+50 -
30 Anos21 (Barros, 2008)
dd/mm/aa dd/mm/aa+30 -
Substituição de camada de
impermeabilização
20 Anos (Barros, 2008)
dd/mm/aa dd/mm/aa+20 -
15 Anos22 (Barros, 2008)
dd/mm/aa dd/mm/aa+15 -
Substituição do sistema de drenagem
15 Anos (Albano, 2005)
dd/mm/aa dd/mm/aa+15 -
20 A diretiva 98/83CE indica que o teor máximo de chumbo passa de 25 para 10 microgramas/litro a partir de 2013 21 Periodicidade de substituição de isolamento térmico, nos casos em que o sistema de impermeabilização é aplicado como material de proteção 22 Periodicidade de substituição de camada de impermeabilização, nos casos em que o sistema de impermeabilização é aplicado como material de proteção
93
Tabela 19: Simulador de obras futuras (continuação)
Tipo de Intervenção Periodicidade
[FONTE]
Data da última
intervenção
Estimativa da data da próxima
Intervenção
Custo unitário
aproximado [FONTE]
Cobertura Inclinada
Substituição do revestimento em telha cerâmica
30 Anos (Leite, 2009)
dd/mm/aa dd/mm/aa+30 15.11€/m2
(Raimundo, 2005)
Substituição do revestimento em
fibrocimento
20 Anos (Leite, 2009)
dd/mm/aa dd/mm/aa+20 -
Substituição do revestimento em chapa metálica
30 Anos (Barros, 2008)
dd/mm/aa dd/mm/aa+30 17,10€/m2
Substituição do revestimento plástico
20 Anos (Abate et al., 2009)
dd/mm/aa dd/mm/aa+20 -
Substituição do revestimento a telha
de microbetão
50 Anos (Abate et al., 2009)
dd/mm/aa dd/mm/aa+50 .
Reparação/substituição do suporte em
estriado argamassa
40 Anos (Barros, 2008)
dd/mm/aa dd/mm/aa+40 -
Reparação/substituição do suporte em
estriado de madeira
30 Anos (Barros, 2008)
dd/mm/aa dd/mm/aa+30 6.11€/m2
(Raimundo, 2005)
Reparação total de asna resistente de
aço
40 Anos (Barros, 2008)
dd/mm/aa dd/mm/aa+40 2,13€/kg
Substituição do sistema de ventilação
25 Anos (Barros, 2008)
dd/mm/aa dd/mm/aa+25 -
Substituição do sistema de drenagem
15 Anos (Morgado, 2012)
dd/mm/aa dd/mm/aa+15 27.01 €/m23 (Raimundo,
2005)
Substituição de sistema de
impermeabilização
20 Anos (Ferreira, 2009)
dd/mm/aa dd/mm/aa+20 25,24€/m
(Ferreira, 2009)
O administrador pode editar esta lista de modo a conter apenas intervenções associadas aos
elementos constituintes do seu edifício.
Os preços que não têm indicação de fonte, foram retirados da ferramenta eletrónica, “CYPE –
Gerador de Preços” (www.19). Ressalva-se que estes valores são meramente informativos,
visto que a estimativa do preço baseia-se para um caso específico e não tem em conta a
complexidade dos elementos envolvidos para a obtenção de um orçamento.
Esta ferramenta ao disponibilizar os preços não tem em conta a atualização de custos, um
factor importante visto que a periodicidade darealização de obras é elevado. Assim pretende-se
disponibilizar na plataforma, uma hiperligação para o gerador de preços, de modo a averiguar
tais valores.
5.4.3.4. Sala do Condomínio
A “Sala do Condomínio” é um portal interativo que promove a comunicação entre os
condóminos. Este portal é concebido para os condóminos participarem em todo o tipo de
assuntos relacionados com o condomínio e será composto pelas secções apresentadas na
Tabela 20.
23 Inclui substituição da caleira e de tubo de queda em PVC
94
Tabela 20: Sala do condomínio
Separador Opções do separador Funcionalidades do Administrador de Condomínio
Sala do Condomínio
Fórum do Condomínio - Organizar a apresentação do fórum; - Gerir a participação dos condóminos nos tópicos; - Bloquear e eliminar tópicos.
Livro de Ocorrências - Editar e responder a ocorrências registadas no livro.
Inquéritos do Condomínio - Criar, editar e publicar na plataforma; - Publicar resultados na plataforma.
Jornal do Condomínio - Criar ou delegar um utilizador para promover a edição do jornal
Fórum do condomínio
O “Fórum do Condomínio” é um espaço virtual da plataforma, criado para discussão de
assuntos específicos relacionados com o condomínio. Este espaço é gerido pelo administrador
da conta do condomínio, sendo que este pode também organizar o fórum por temas, contudo
essa opção é facultativa.
Nesta secção os condóminos podem escolher o tema em que desejam participar para além de
poderem responder às mensagens. O condómino também pode criar um novo assunto (tópico),
para ser comentado dentro da comunidade.
Uma sugestão do Fórum pode ser visualizado na Figura 30.
Figura 30: Fórum do condomínio
Livro de Ocorrências
Nesta secção é permitido o registo de ocorrências por parte dos condóminos, para informar o
administrador e outros condóminos de problemas e anomalias que ocorram no condomínio.
Assim, o objetivo desta secção, é permitir a rápida comunicação de anomalias no condomínio,
para se proceder à intervenção nos elementos que foram destacados pelo condómino.
95
Uma sugestão do livro de ocorrências pode ser visualizado na Figura 31.
Inquéritos do condomínio
Esta secção permite o desenvolvimento de inquéritos por parte do administrador para obter
informações sobre as opiniões dos condóminos. Trata-se de uma ferramenta útil de votação
que pode servir para projetar possíveis assuntos que precisam de aprovação em assembleia
de condóminos.
Será de ressalvar que esta ferramenta não pretende substituir as votações elaboradas na
reunião de condomínio, pretende simplesmente fazer uma sondagem de intenção de votos dos
condóminos.24
Jornal do condomínio
Pretende-se organizar um espaço que permita a divulgação de um jornal periódico que
divulgue notícias referentes ao condomínio e a outros assuntos de interesse para os
condóminos. Este jornal pode ser elaborado pelo administrador, ou por um condómino que
pretenda colaborar no mesmo. Caso se considere vantajoso, a plataforma pode disponibilizar
um esquema padrão para facilitar na edição do jornal eletrónico
24 Caso se pretenda intervir, tendo por base os resultados da sondagem, o administrador terá que ter
sempre presente a vontade de todos os condóminos na tomada de decisão e terá que ser registado em ata, como se fosse uma deliberação tomada pela assembleia do condomínio.
Figura 31: Livro de ocorrências
96
5.4.3.5. Calendário do condomínio
Esta secção pretende apresentar um calendário com todos os eventos do condomínio, quer
sejam obras, reuniões, inspeções, entre outros avisos, como corte temporário de água,
eletricidade e leitura de contadores.
O calendário é organizado e editado pelo administrador e acessível por todos os condóminos.
Estes podem visualizar o calendário, tal como é apresentado na Figura 32.
5.4.3.6. Arquivo
Nesta secção, pretende-se reunir um conjunto de documentos relacionados com o condomínio
dos quais se pode destacar os seguintes:
Atas;
Regulamentos do Condomínio;
Manual de Utilização e Manutenção do Condomínio;
Legislação.
Esta secção é organizada e editada pelo administrador, sendo este o responsável pela
divulgação dos documentos na plataforma de modo, a tornar acessível a todos os condóminos.
A Figura 33 ilustra um conjunto de documentos que podem estar inseridos nesta secção.
Figura 32: Calendário do condomínio
97
5.4.3.7. A Minha Área
Trata-se da área reservada de cada condómino, com acesso exclusivo de cada utilizador.
Nesta área o condómino pode visualizar as opções apresentadas na Tabela 21.
Tabela 21: A minha área
Separador Opções de Separador Descrição
A Minha Área
Dados Pessoais Apresentação e edição de dados pessoais do utilizador (contactos, etc)
A Minha Fração Apresentação de informações referentes à sua fração (permilagem)
O Meu Mapa de Quotas Apresentação do plano de quotas do condómino Esta secção é atualizada pelo administrador e com acesso exclusivo de cada condómino
No separador “A Minha Área” do administrador da conta do condomínio existem mais duas
opções para este interveniente que são descritas na Tabela 22.
Tabela 22: A minha área de administrador
Separador Opções de Separador Descrição
A Minha Área
Passagem de Administração Permite a passagem das funções de administrador de conta a outro utilizador que venha a exercer essas funções no condomínio.
Utilizadores Administrativos Permite ao administrador nomear um utilizador que apoie na administração da conta do condomínio na plataforma
Figura 33: Arquivo
98
5.4.4. Portal Sourcing
Outro dos serviços permitidos na plataforma é o acesso a um portal de e-procurement. Este
portal serve de mediação entre o condómino / administrador de condomínios e empresas
prestadoras de serviços.
De salientar que o acesso a este portal é independente do utilizador estar registado num
condomínio formado na secção “O Meu Condomínio”. Qualquer utilizador pode se inscrever na
plataforma e só pretender aceder a este serviço.
Nesta área de cliente, o portal é composto pelos menus representados na Tabela 23.
Tabela 23: Portal sourcing
Item do Menu Principal Separador
Portal Sourcing (Gestão de Procedimentos)
Elaborar Pedido de Proposta
Propostas Recebidas
Histórico de Pedidos
Elaborar Pedido de Proposta
Neste separador o utilizador pode elaborar um pedido para a prestação de serviços.
Primeiramente, o utilizador escolhe o pacote de serviços (descrito no capítulo anterior) que se
enquadra com o tipo de serviços pretendido. Ao selecionar, poderá escolher o sub-pacote que
contém vários serviços relacionados com os mesmos. Assim, os primeiros passos para a
elaboração da proposta reflete-se na escolha de:
Pacote de Serviços;
Sub - Pacote associado ao pacote selecionado.
O utilizador ao entrar neste separador terá que preencher um formulário que contém os
seguintes tópicos:
Descrição Detalhada de Serviços Pretendidos;
Enviar Ficheiros (facultativo);
Data Limite para Apresentação de Propostas;
Orçamento Disponível (facultativo);
Localidade;
Dados Pessoais (especificar se é para condomínio ou particular, e contactos do
utilizador).
99
Assim que o formulário esteja devidamente preenchido, o registo é enviado para a plataforma
que entrará em contato com empresas prestadoras de serviços que estão associados ao
pacote e sub-pacote escolhido.
Propostas Recebidas
Este menu permite organizar o conjunto de propostas recebidas pelo utilizador, aos pedidos
efetuados.
O utilizador será comunicado por email da receção da proposta, mas a área de cliente do
utilizador, guarda automaticamente as propostas recebidas de cada pedido efetuado.
Neste separador destaca-se as opções apresentadas na Tabela 24.
Tabela 24: Propostas recebidas
Separador Opções de Separador Descrição
Propostas Recebidas
Aceitar Proposta Esta opção indica que o utilizador opta por aceitar a proposta selecionada
Rejeitar Proposta Esta opção indica que o utilizador opta por rejeitar a proposta selecionada
Terminar procedimento Esta opção indica que o utilizador opta por não querer receber mais propostas
Ver Anexos Esta opção permite ao utilizador visualizar documentos enviados
Ver / Solicitar Esclarecimentos Esta opção indica que o utilizador pode ver ou solicitar esclarecimentos acerca do pedido / proposta apresentada
A opção “Ver / Solicitar Esclarecimentos” é uma ferramenta criada sobretudo para auxiliar o
utilizador que elabora as propostas, visto que por vezes a informação fornecida pelo
condómino é escassa e insuficiente para a elaboração de uma proposta concreta e rigorosa.
Com isto, pretende-se criar uma caixa de diálogo que permita a comunicação bi-direccional
entre os principais intervenientes deste procedimento: quem solicita um pedido de serviços
(condómino) e quem apresenta orçamentos para a prestação do serviço (empresa prestadora
de serviço).
A caixa de diálogo é aberta a todos os intervenientes, isto é, as informações enviadas para
esse espaço de mensagens instantâneas podem ser visualizadas por todos os fornecedores de
serviços. Assim, o acesso à informação referente a um procedimento é igual para todos os
interessados, independentemente de quem peça o esclarecimento, visto que todas as
informações são fundamentais para elaboração de uma proposta.
Contudo apenas o autor do esclarecimento e o condómino que pediu a apresentação de
propostas podem intervir e escrever (e enviar documentos) nesse campo. Os restantes
intervenientes que pretendam apresentar propostas podem ler, mas para solicitar um
100
esclarecimento adicional terão que criar uma nova caixa de diálogo, não permitindo assim a
interação entre os utilizadores que apresentem propostas para a realização de um serviço. De
referir ainda que se pretende que a informação de quem pede o esclarecimento seja anónima,
e que esta ferramenta só seja usada unicamente para o esclarecimento de dúvidas do pedido
da proposta.
Para apoiar na interpretação da funcionalidade desta ferramenta, é apresentada a Figura 34
que pretende exemplificar a utilização da caixa de diálogo de esclarecimentos.
As propostas recebidas estão organizadas pelos seguintes dados:
Identificação do Pedido (Nome e ref.);
Nome da Empresa Prestadora de Serviços;
Data de envio.
Na Figura 35 está representada uma imagem sugestiva deste separador do portal de
e-procurement da plataforma.
Figura 34: Caixa de diálogo
Figura 35: Propostas recebidas
101
Histórico de Pedidos
Nesta secção o utilizador pode aceder a todo o seu historial de pedidos na plataforma.
5.4.5. Centro de Mensagens
Este item do menu principal permite ao utilizador aceder ao correio eletrónico da plataforma e
comunicar com outros intervenientes do sistema através de emails. Para isso, este centro de
mensagens estará associado a uma conta de correio eletrónico, incluído nos dados da
empresa aquando do registo.
Esta secção também permite ao utilizador gerir contatos resultantes da interação com outros
intervenientes, podendo guardá-los e acedê-los numa lista de contatos.
Entre outras funcionalidades desta secção, destaca-se sobretudo a possibilidade de enviar e
receber mensagens e guardar documentos. Assim a organização desta secção está
representada na Tabela 25 que demonstra também as suas principais funções.
Tabela 25: Centro de mensagens
Item Separador Funções
Centro de Mensagens
Lista de Contatos Permite ao utilizador gerir os seus contatos. Adicionar, remover, editar informações de outros utilizadores
Caixa de Entrada Permite ao utilizador aceder à caixa de mensagens recebidas
Mensagens Enviadas Permite ao utilizador aceder à caixa de mensagens enviadas
Documentos Permite ao utilizador guardar documentos
5.4.6. Configurações
Este item do menu principal serve sobretudo para comunicar com a administração da
plataforma eletrónica.
As opções deste separador estão representadas na Tabela 26.
Tabela 26: Configurações
Item do Menu Principal Separador
Configurações
Dados da Conta Pessoal
Mudar Senha
Contactar Administração da Plataforma
Dados da Conta Pessoal
Este separador pretende ser o centro de gestão da informação do utilizador. Nesta secção
estão presentes alguns dados como o nome do utilizador, os contactos, a morada, o email,
entre outros que se considerem oportunos acrescentar.
102
Alguns destes dados podem ser editados como os contatos, contudo algumas informações são
consideradas permanentes e em caso específico para alteração desses dados, terá que ser
pedido autorização à administração da plataforma, que tomará conta da ocorrência.
Mudar senha
Esta secção permite a alteração da palavra-passe do utilizador.
Contatar Administração da Plataforma
Este item permite o contacto com a administração da plataforma para tomar conta de
ocorrências, anomalias na plataforma e outros assuntos que o utilizador pretenda o apoio
técnico da administração da plataforma eletrónica.
5.5. Área de cliente da empresa de gestão de
condomínios
As empresas gestoras de condomínios também poderão criar a sua conta na plataforma e ter
acesso a todos os serviços existentes na mesma.
A sua interface é igual à área descrita para os condóminos / administradores de condomínios e
terá as mesmas funcionalidades que o administrador da conta do condomínio particular.
Contudo existe uma variância no menu principal, pelo facto destas empresas serem
direcionadas para a gestão de mais do que um condomínio. O Menu Principal desta área de
cliente, em vez de ter “O Meu Condomínio” vai ter o item “Os Nossos Condomínios” e nesse
separador pode-se escolher o condomínio que pretende consultar. A Tabela 27 faz referência a
essas diferenças no Menu Principal.
Tabela 27: Área de cliente da empresa de gestão de condomínios
Item Funções
Página Principal da Área de Cliente
Apresenta de forma resumida as principais informações associadas à atividade do condomínio na plataforma
Os Nossos Condomínios Apresenta toda a informação referente à gestão dos condomínios que tem sob
sua administração
Portal Sourcing Apresenta toda a informação referente aos pedidos de apresentação de propostas para prestação de serviços
Centro de Mensagens Funciona como correio eletrónico da plataforma, que permite a comunicação com os diversos intervenientes do sistema.
Configurações Permite alterar configurações relativamente aos dados do utilizador e da conta criada na plataforma.
Após entrar em “Os Nossos Condomínios”, o responsável pela conta da empresa terá que
identificar o condomínio que pretende visualizar e que se encontra na base de dados da
plataforma. Essa descrição apresenta-se na Figura 36.
103
5.6. Área da empresa prestadora de serviços
A empresa prestadora de serviços, também tem uma área específica e restrita que lhe dá
acesso ao seu conjunto de funcionalidades.
A interface da sua área é distinta das outras áreas de utilizadores, porque este tipo de
interveniente está associado unicamente à ferramenta de e-procurement e também porque as
suas funções na plataforma são diferentes dos outros utilizadores.
5.6.1. Menu principal
A arquitetura do espaço virtual da empresa teve por base a criação de um menu devidamente
estruturado que pretende ser o meio de navegação pelas várias categorias de funcionalidades
disponibilizadas na área de cliente.
Assim, o menu será a ferramenta principal desta área de cliente e a sua organização é
importante para permitir uma navegação simples e intuitiva por parte do utilizador. Tendo em
conta as principais funcionalidades do interveniente afeto a esta área (empresas prestadoras
de serviços), o menu principal foi dividido da seguinte forma:
Página Principal da Área de Cliente;
Centro de Mensagens;
Gestão de Procedimentos;
Histórico de Feedback Recebido;
Estatísticas;
Configurações.
Figura 36: Os nossos condomínios
104
Na Tabela 28 está representado de forma resumida os objetivos e as funções de cada item do
menu principal.
Tabela 28: Itens do menu principal da área de cliente da empresa prestadora de serviços
Item Funções
Página Principal da Área de Cliente Apresenta de forma resumida as principais informações associadas à atividade da empresa na plataforma
Centro de Mensagens Funciona como correio eletrónico da plataforma, que permite a comunicação com os diversos intervenientes do sistema
Gestão de Procedimentos Apresenta toda a informação referente ao processo de prestação dos serviços da empresa, desde aos procedimentos ganhos e aos que estão por responder
Histórico de Feedback Recebido Apresenta o historial de comentários e avaliações feitas por parte de utilizadores (Condóminos/Empresas Gestoras de Condomínio) acerca da prestação dos seus serviços
Estatísticas Apresenta estatísticas do historial da empresa na plataforma
Configurações Permite ao utilizador alterar configurações relativamente aos dados da empresa e da conta criada para representação da empresa na plataforma
5.6.2. Página Principal da área de cliente
Tal como nas outras áreas de utilizadores, esta área também terá uma página inicial, página
que será a porta de entrada no espaço restrito deste interveniente.
Esta página pretende resumir as principais informações associadas à atividade da empresa,
nomeadamente através de notificações e estatísticas da atividade da empresa na plataforma.
Serviço de notificações
O serviço de notificações pretende ser uma ferramenta útil ao utilizador, que será
disponibilizada imediatamente após efetuar o login.
Neste serviço pretende-se avisar o utilizador acerca de atividades recentes na plataforma,
como por exemplo, notificações sobre a entrada de novos pedidos, propostas aceites por parte
dos “compradores” e mensagens recebidas.
Assim, quando o responsável pela gestão da conta criada na plataforma, entra na sua área de
cliente, terá acesso imediato às novidades e aos desenvolvimentos ocorridos desde a última
vez que esteve conectado à plataforma, facilitando a interação com o sistema e o acesso às
informações mais recentes da atividade na plataforma.
Análise da atividade da empresa na plataforma
Nesta página principal, também se pretende destacar de forma simples e gráfica, o resumo da
atividade da empresa desde a criação da conta na plataforma. Nesta análise será abordada a
relação entre as propostas enviadas e as propostas ganhas, e ainda o balanço de propostas
enviadas e ganhas por mês, nos últimos 5 meses de atividade.
105
Figura 37:Página inicial da área de cliente das empresas prestadoras de serviços
Após a descrição das funcionalidades deste item do menu principal da área de cliente deste
interveniente, a Figura 37 pretende demonstrar uma sugestão gráfica simples do que se
pretende para a apresentação do conteúdo desta página inicial.
5.6.3. Centro de Mensagens
Esta ferramenta tem as mesmas características do “Centro de Mensagens” descritas para a
“Área de cliente de Condómino / Administrador de Condomínio”. Como tal só se representa a
Tabela 29 , que reúne a informação deste item.
Tabela 29: Itens do centro de mensagens e as suas funções
Item Separador Funções
Centro de Mensagens
Lista de Contatos Permite ao utilizador gerir os seus contatos. Adicionar, remover, editar informações de outros utilizadores
Caixa de Entrada Permite ao utilizador aceder à caixa de mensagens recebidas
Mensagens Enviadas Permite ao utilizador aceder à caixa de mensagens enviadas
Documentos
Permite ao utilizador, guardar documentos importantes, como por exemplo, modelos-tipo de contratos, documentos enviados por outros utilizadores, informações e catálogos de serviços ou produtos da empresa
106
De realçar que todas as mensagens trocadas entre utilizadores para esclarecimentos de
procedimentos, são guardados neste centro de mensagens, embora haja uma caixa de diálogo
na secção Gestão de Procedimentos, como se irá descrever adiante.
5.6.4. Gestão de Procedimentos
Esta será, porventura, a secção mais importante da área de cliente da empresa prestadora de
serviços, visto que grande parte do conceito da plataforma gira em torno deste serviço:
concorre a pedidos de serviços efetuados pelos compradores. Assim sendo, este separador
será explicado com maior detalhe.
Esta secção gere todo o fluxo de procedimentos que são colocados na plataforma, permitindo
ao utilizador tomar conhecimento e aceder a novos procedimentos, elaborar e apresentar
propostas, visualizar procedimentos expirados e aceder a todo o histórico de procedimentos a
que se candidatou. Todas estas funcionalidades estão descritas na Tabela 30 que pretende
demonstrar a divisão feita neste item do menu principal.
Tabela 30: Gestão de procedimentos
Procedimentos por responder
Este menu é considerado a caixa de entrada de novos procedimentos. Nesta secção estão
listados todos os pedidos de propostas cujo prazo de resposta ainda não terminou e que
aguarda apresentação de propostas para prestação do serviço.
De referir que o utilizador pode, previamente, selecionar os pacotes de serviços para os quais
pretende receber notificações (essa opção vai ser abordada adiante), filtrando os
procedimentos que aparecem neste menu.
Ao aceder a este menu, o utilizador vai ter acesso instantâneo aos procedimentos listados,
bem como a um conjunto de informações básicas sobre esses procedimentos que se
apresentam de seguida:
Identificação do Procedimento;
Nome do Condómino / E.G. Condomínios;
Nome do Pacote de Serviços e Sub - Pacote escolhido pelo Condómino / E.G.
Condomínio;
Prazo de Entrega de Propostas;
Item de Menu Principal Separador
Gestão de Procedimentos
Procedimentos por Responder
Procedimentos Respondidos
Histórico de Procedimentos
107
Estado de Elaboração de Proposta;
Notificação de Apresentação de Esclarecimentos por parte dos Intervenientes.
A Figura 39 pretende mostrar uma imagem sugestiva com o conteúdo desta seção quando
existem procedimentos por responder.
Perante este cenário, o utilizador ao optar por visualizar os pedidos, tem acesso a um conjunto
de informações mais detalhado que é fornecido pelo comprador, aquando da descrição do
pedido que este elaborou. Ou seja, o utilizador terá acesso ao formulário de envio de pedido de
propostas gerado pelo comprador.
Ao consultar o procedimento, o utilizador tem a possibilidade de optar por elaborar ou editar
uma proposta (caso já tenha começado a elaborar a proposta e pretenda continuar a
desenvolvê-la), ou não estando interessado, poderá recusar o procedimento. Ainda pode pedir
ou visualizar esclarecimentos acerca dos detalhes do procedimento.
Assim sendo, existem 4 opções de ações que o utilizador pode optar por escolher:
Elaborar / Editar Proposta;
Enviar Proposta;
Recusar Proposta;
Ver / Solicitar Esclarecimentos.
o Elaborar / Editar Proposta
Após visualizar o procedimento e caso queira elaborar uma proposta, é necessário ativar a
opção “Elaborar / Editar Proposta” e, desta forma, terá acesso a uma ferramenta de apoio à
constituição da plataforma.
Figura 38: Procedimentos por Responder
108
Esta ferramenta será composta por um conjunto de parâmetros a preencher pelo utilizador,
como se pode ver na Tabela 31.
Tabela 31: Itens do formulário para elaboração de proposta
Formulário para Elaboração de Proposta
Descrição
Informações Gerais da Empresa Área reservada aos dados de identificação da Empresa prestadora de serviços (nome da empresa, contactos, morada, entre outros)
Elementos da Proposta Área reservada à apresentação de elementos da proposta (documentos, e outras observações pertinentes em relação à proposta)
Enquanto se elabora a proposta, o utilizador pode guardar as informações do formulário e
aceder posteriormente para a alteração do conteúdo do formulário (edição de proposta).
A Figura 40 representa um exemplo de formulário para elaboração de proposta.
Formulário para Elaboração de Proposta
Dados Gerais
Responsável pela Apresentação da Proposta
(Especificar Nome do Representante da Empresa)
Empresa (Preenchido Automaticamente)
Morada (Preenchido Automaticamente)
Código Postal (Preenchido Automaticamente)
Telefone / Telemóvel (Preenchido Automaticamente)
Fax (Preenchido Automaticamente)
Utilizador da Plataforma (Preenchido Automaticamente)
Email (Preenchido Automaticamente)
Elementos da Proposta
Descrição da Proposta (Preencher pelo Utilizador)
Anexos (Inserir Anexos)
Condições de Pagamento (Especificar Condições de Pagamento)
Figura 39: Formulário para elaboração de proposta
o Enviar Proposta
A opção “Enviar Proposta” permite ao utilizador submeter a sua proposta ao procedimento em
causa. Após enviar, o procedimento irá para a secção “Procedimentos Respondidos”.
o Recusar Proposta
Esta opção permite, no caso de o utilizador não estar interessado, recusar o procedimento, e
assim filtrar a lista de procedimentos a aparecer na secção “Procedimentos por Responder”.
o Ver / Solicitar Esclarecimentos
Esta opção já foi destacada em “Área de Cliente do Condómino/Administrador de Condomínio
Particular” e como tal, não se considera necessário voltar a descrever esta opção.
Resumidamente esta opção possibilita ao utilizador pedir esclarecimentos em relação ao
pedido de proposta para o qual pretende elaborar uma proposta.
109
Procedimentos Respondidos
Esta secção apresenta o conjunto de procedimentos a que a empresa prestadora de serviços
se candidatou. Será o arquivo de propostas elaboradas e/ou enviadas por si, podendo servir de
apoio à elaboração de novas propostas.
Esta secção pode ser filtrada de duas maneiras:
o Procedimentos respondidos com prazo para apresentação de propostas em aberto
/ expirado;
o Procedimentos respondidos com propostas aceites / não aceite / por decidir.
Este filtro permite que o utilizador escolha o tipo de procedimentos que quer visualizar, dentro
da lista de procedimentos que respondeu. No caso de procedimentos respondidos com prazo
para apresentação de propostas em aberto, o utilizador pode acompanhar a evolução do
procedimento e esperar pela decisão do condómino.
Como referido na área de cliente do comprador, o utilizador dessa área pode interromper a
apresentação de propostas caso não queira receber mais propostas, e nesse caso, os
utilizadores vendedores, serão notificados do caso e o procedimento será marcado como
procedimento expirado.
Após o prazo de entrega de propostas, os procedimentos respondidos ainda podem estar a ser
alvo de análise e como tal, a lista de procedimentos pode ser filtrada tendo em conta o estado
da análise da proposta.
Poderão ser visualizadas as propostas que foram aceites, as que não foram aceites e aquelas
que o comprador ainda não tomou uma decisão final sobre a proposta que vai aceitar. De
referir que caso o “comprador” não se decida no espaço de 3 meses, o procedimento expira.
A Figura 41 representa o esquema desta secção.
Figura 40: Procedimentos respondidos
110
Histórico de Procedimentos
Nesta secção, o utilizador pode visualizar o histórico de todos os procedimentos da plataforma,
onde se inclui os que respondeu e os procedimentos para o qual não enviou proposta. Embora
já não possa responder nesses casos, o utilizador pode consultar o pedido efetuado.
5.6.5. Histórico do Feedback Recebido
Este separador permite ao utilizador responsável pela conta da empresa, consultar todos os
comentários feitos pelos compradores, acerca da experiência estabelecida com a empresa,
desde o contacto inicial via plataforma à prestação do serviço celebrado.
Esta ferramenta considera-se importante para o utilizador visto que permite ao mesmo, fazer
uma análise da qualidade do serviço prestado pela empresa e permite que receba conselhos
por parte dos compradores para o desenvolvimento qualitativo do serviço prestado pela
empresa.
A Figura 42 representa um esquema de apresentação desta secção.
5.6.6. Estatísticas
Este separador pretende apresentar um conjunto de dados estatísticos acerca da evolução da
empresa na plataforma. Alguns dados estatísticos são apresentados na página principal da
plataforma, mas podem ser apresentados mais dados para análise da empresa, como tal,
nesta secção podem-se incluir as seguintes variáveis para uma análise estatística.
Número de Procedimentos Respondidos;
Número de Procedimentos Ganhos;
Número de Procedimentos Não Respondidos.
Importa referir que estes dados são privados e não pretendem ser alvo de comparação com
outras empresas. A par do “Histórico de Feedback Recebido” esta ferramenta serve para o
Figura 41: Histórico do feedback recebido
111
utilizador poder analisar a evolução da atividade da empresa na plataforma, e apoiar o
utilizador na escolha da melhor estratégia a operar pela empresa na plataforma eletrónica.
5.6.7. Configurações
O item Configurações é um dos itens do menu principal e pretende organizar e gerir toda a
informação associada à empresa, desde informações técnicas à informação do registo na
plataforma.
Este item divide-se em 5 categorias como se pode ver na Tabela 32.
Tabela 32: Configurações
Configurações
Dados da Empresa
Gestão de Serviços
Utilizadores
Mudar senha
Contactar Administração da Plataforma Eletrónica
Dados da Empresa
Este separador pretende ser o centro de gestão da informação da empresa. Nesta secção
estão presentes alguns dados como o nome da empresa, os contactos, a morada, o email, o
número de identificação fiscal, o responsável pela criação da conta na plataforma, entre outros
que se considerem oportunos acrescentar.
Alguns destes dados podem ser editados como os contatos, contudo algumas informações são
consideradas permanentes e em caso específico para alteração desses dados, terá que ser
pedido autorização à administração da plataforma, que tomará conta da ocorrência.
Gestão de Serviços
Esta secção trata-se do centro de filtro e gestão dos pacotes de serviços disponibilizados na
plataforma. Isto é, nesta secção o utilizador terá acesso a todos os pacotes de serviços criados
na plataforma e faz uma seleção dos pacotes para os quais pretende receber notificações e
assim filtra a informação criada na sua área de cliente. Esta ferramenta apoia o utilizador na
organização e disposição de informação na sua área de cliente.
Para contextualizar esta ferramenta, apresenta-se a Figura 43 que ilustra um exemplo prático
do que o utilizador pode fazer com esta ferramenta.
112
Utilizadores
Nesta opção é possível criar / eliminar utilizadores que podem aceder à área de cliente da
empresa na plataforma. Ou seja, o acesso à área restrita da empresa não está privado a um
utilizador. De facto existe um administrador geral (responsável pela criação da conta da
empresa na plataforma) e esse pode delegar funções de administração da área de cliente a
mais do que um utilizador, permitindo o acesso a todas as funcionalidades da área de cliente.
Assim, a atividade da empresa não precisa de estar limitada a um utilizador, que por vezes
pode não ter disponibilidade para aceder à plataforma.
O esquema da Figura 44 pretende representar a hierarquia de estatutos dos utilizadores
administradores da área de cliente.
Figura 43: Estatutos do utilizador
Figura 42: Gestão de serviços
113
Mudar senha
Esta secção permite a alteração da palavra-passe do utilizador.
Contactar Administração da Plataforma
Este item permite o contacto com a administração da plataforma para tomar conta de
ocorrências, anomalias na plataforma e outros assuntos que o utilizador pretenda o apoio
técnico da administração da plataforma eletrónica.
114
115
6. Validação da Plataforma Eletrónica
6.1. Nota introdutória
O objetivo da dissertação não passa diretamente por apresentar a plataforma a uma amostra
do público-alvo (intervenientes na plataforma) e realizar um estudo que permita tirar conclusões
em relação à abordagem dos diversos intervenientes ao trabalho desenvolvido, embora se
considere que um estudo junto de todas as partes envolvidas é bastante importante caso a
plataforma seja inserida num plano de negócios com vista à sua implementação.
Mas considera-se relevante, após o desenvolvimento da arquitetura da plataforma, conhecer a
opinião de um potencial utilizador acerca das funcionalidades e caraterísticas da mesma. Essa
análise é bastante importante porque se trata da primeira avaliação e abordagem às
caraterísticas e funcionalidades da plataforma, feita por uma entidade externa e potencial
utilizadora da plataforma. Assim, esta análise permite tirar as primeiras conclusões acerca do
trabalho desenvolvido ao longo da dissertação e pretende ser um ponto de partida para
conhecer as verdadeiras potencialidades da plataforma no mercado através dos seus clientes.
O presente capítulo descreve todo processo para a obtenção da análise referida, como a
escolha da entidade para analisar a plataforma, o planeamento da reunião para apresentação e
discussão da plataforma e a realização da reunião.
6.1.1. Formalização e objetivos da reunião
O principal objetivo da reunião é recolher a opinião do trabalho desenvolvido e avaliar as
caraterísticas do modelo proposto, destacando as suas vantagens, os aspetos que se deve
melhorar e saber se tem potencial para ser implementado e distribuído no mercado nacional.
Essa análise é bastante importante porque se trata da primeira avaliação da plataforma, feita
por uma entidade externa e potencial utilizadora da plataforma.
6.1.1.1. Seleção da Entidade
Ao longo da tese identificou-se os principais intervenientes na plataforma: condómino,
empresas administradoras de condomínio e empresas prestadoras de serviços. Tendo em
conta os objetivos pretendidos para a realização da reunião considera-se que a entidade
indicada para analisar a plataforma trata-se de uma empresa de gestão de condomínios.
A escolha deste interveniente para analisar a plataforma, teve por base, o conhecimento e a
experiência neste ramo por parte desta entidade, para além de ser o principal utilizador de
plataformas de gestão de condomínio atualmente, o que se considera ser um fator bastante
importante para apresentação de uma análise mais rigorosa.
A avaliação por parte dos condóminos e empresas de serviços seria uma análise mais
complexa porque envolve preferências pessoais por parte dos condóminos e as empresas pelo
116
facto de exercerem em diferentes atividades, podem considerar as funcionalidades da
plataforma de maneira diferente.
Para analisar as funcionalidades e conteúdos da plataforma eletrónica, e tendo em conta os
requisitos pretendidos, foram contactadas várias empresas de gestão de condomínios, da qual
se obteve uma resposta positiva por parte da Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL)
6.1.1.2. Associação de Inquilinos Lisbonenses
“A Associação dos Inquilinos Lisbonenses é uma cooperativa do ramo de serviços com
o objetivo de intervir nas questões de habitação.
Podem ser associados (cooperadores), além dos inquilinos individuais ou outros,
também todos quantos sejam condóminos e condomínios.
Associando condóminos e condomínios a Associação dos Inquilinos Lisbonenses está
vocacionada para tratar de todas as questões que dizem respeito aos condomínios,
designadamente apoiar ou efetuar a respetiva administração.
Para o efeito a AIL montou e estruturou um serviço dedicado exclusivamente à
administração de condomínios, dotado de pessoal e meios próprios, podendo também
assessorar o administrador do condomínio.” (AIL)
Através de uma primeira abordagem junto de representantes da AIL, pôde-se aferir que esta
iniciou a atividade de administração de condomínios à cerca de 20 anos, tendo neste momento
cerca de 80 condomínios sobre sua administração. Ainda permitiu saber que esta associação
se dedica unicamente à administração, não complementando com qualquer serviço de limpeza
e outros serviços de manutenção.
6.1.2. Planeamento da reunião
A reunião pretendida envolve duas partes distintas. A primeira parte refere-se à apresentação
da arquitetura da plataforma desenvolvida, e a segunda parte envolve a realização de uma
entrevista, cujas perguntas estão essencialmente associadas à apresentação realizada.
Apesar do guião de perguntas ter sido elaborado pelo entrevistador, considera-se relevante
que o entrevistado tenha liberdade para desenvolver as respostas de uma forma flexível,
aprofundando aspetos que considere mais relevantes.
O facto de a reunião ter em conta dois parâmetros distintos, exige que seja bem preparada e
organizada, de forma a não dificultar e baralhar o entrevistado. O planeamento da reunião
apresenta-se no Anexo III.
6.1.3. Realização da reunião
A reunião foi realizada no dia 7 de Outubro de 2014 pelas 14h30, na sede da AIL, com o
responsável pela administração de condomínios, Fernando Monteiro, tendo a duração
117
aproximada de 2 horas. Não foi gravada, devido ao carácter informal que se pretendia
transmitir, tendo sido apenas retirado notas e breves comentários do entrevistado.
No início da reunião deu-se a conhecer o objetivo da mesma e o porquê de se pretender uma
reunião com uma entidade administradora de condomínios. Após a breve introdução, seguiu-se
a apresentação da plataforma em formato powerpoint criado para o efeito.
Posteriormente à apresentação seguiu-se a discussão da apresentação, conduzido
inicialmente a partir do guião de entrevista criado, contudo com o desenrolar da reunião, as
perguntas foram sendo feitas tendo em conta a sequência do pensamento do entrevistado, ou
seja procurando dar continuidade na conversação, isto porque a reunião ainda permitiu a
discussão do tema em geral, abordando vários aspetos relacionados com a gestão de
condomínios.
6.1.4. Análise da plataforma eletrónica
Tendo em conta a estrutura da entrevista descrita no ponto 4 do Anexo III, a análise e as
considerações do entrevistado vão ser apresentadas por tópicos de assuntos discutidos, visto
que a plataforma foi analisada no geral, mas também se analisou funcionalidades específicas
da plataforma e assim a apresentação da análise desta maneira permitir uma melhor perceção
da opinião do entrevistado em relação às diversas ferramentas da plataforma.
Análise geral da plataforma
“A plataforma explora diversas vertentes associadas ao condomínio, o que a torna numa
ferramenta interessante e funcional para apoiar na gestão do condomínio.”
(Fernando Monteiro)
Numa primeira análise à plataforma após a apresentação da plataforma, o entrevistado
considera que a plataforma apresenta um conceito inovador, com ferramentas que podem ser
úteis para o administrador e para os condóminos. Apesar de se estar a falar de uma arquitetura
da plataforma, e de não se poder ver o seu funcionamento na prática, o administrador
considera que a plataforma explora tanto a vertente financeira como a vertente técnica o que
considera ser uma mais-valia na gestão do condomínio. O entrevistado aprovou na
generalidade o conceito apresentado.
Gestão Financeira do condomínio
“As ferramentas da gestão financeira são adequadas, mas deve-se integrar um sistema
automático de atualização dos movimentos do condomínio para evitar a duplicação do
trabalho.”
O entrevistado, Fernando Monteiro, considera que as ferramentas apresentadas na secção
gestão financeira do condomínio são adequadas e representam toda a atividade nesta área em
particular da gestão do condomínio, contudo refere que a plataforma deve ter um sistema
118
integrado que permita o ajuste automático das contas bancárias, sempre que são efetuados
movimentos de pagamento ou recebimento, e assim saber sempre o saldo real de cada uma
das contas. Caso esse processo seja manual, duplica o trabalho visto que tem o trabalho de
emitir recibos e depois colocar manualmente todo esse processo na plataforma.
Outro fator destacado prende-se com o pagamento das quotas, nomeadamente na
identificação do condómino no ato do pagamento. Isto porque o entrevistado explica que por
vezes não se consegue identificar o condómino responsável pelo pagamento e acaba por ser
uma lacuna do sistema. Assim, considera que esta plataforma, pelo seu carácter interativo,
deve incentivar a apresentação de recibos por parte dos condóminos, ou identificação dos
mesmos no pagamento, sendo que a possibilidade de pagamento através da plataforma,
possibilita controlar esta situação. Nestas situações, facilita o trabalho do administrador que
consegue uma melhor organização em relação aos pagamentos das quotas.
Gestão Técnica do condomínio
“O livro de ocorrências é uma ferramenta simples mas que se torna um grande apoio para o
administrador, sobretudo quando se tem que gerir muitos condomínios”
O entrevistado considera que a vertente técnica é uma área pouco explorada na gestão do
condomínio, mas considera que esta ferramenta pode trazer grandes benefícios tanto para os
utilizadores como para os condóminos.
Em relação às ferramentas criadas, o utilizador refere que o livro de ocorrências é uma
ferramenta bastante prática, que embora não substitua a visita mensal (que muitas vezes não é
respeitada pelas empresas), permite uma organização de todos os problemas que ocorrem no
condomínio numa secção própria, e assim, o acesso imediato à informação, o que pode reduzir
os tempos de resolução de problemas.
Outro destaque feito nesta área dedicada à manutenção, é o plano de vistorias criado. O
entrevistado considera mesmo que esta ferramenta pela sua estrutura estandardizada podia
constituir uma vantagem para os administradores, apresentando um relatório completo das
atividades e vistorias feitas ao longo do ano, independentemente de quem realize a vistoria. O
administrador da AIL considera que esta situação de momento não pode ser feita na
associação, por falta de uma ferramenta com estas caraterísticas, visto que a vistoria pode ser
feita por vários administradores e que cada um apresenta a informação de maneira diferente,
sendo que isso implica falta de rigor na apresentação do relatório de vistoria na assembleia.
“As obras inesperadas não são detalhadas no orçamento, mas se se estimar um ano para a
realização dessas obras, já se pode apresentar no orçamento desse ano e aí a gestão torna-se
mais simples”
É desta maneira, que Fernando Monteiro aborda a ferramenta de simulação de obras futuras,
indicando que a ferramenta tem grande interesse na gestão do condomínio. O mesmo refere
que as obras de grande intervenção devem ser bem planeadas, e estimar o ano para a
119
realização dessas obras é um princípio que tem vantagens para os condóminos e para o
gestor. Esta pode “(…) apoiar na estruturação das contas do condomínio, através de uma
quota extraordinária dos condóminos antes da obra ocorrer, para que quando chegar a altura
de intervir, o condomínio tem o montante necessário para a realização da obra e não
sobrecarregar os condóminos.”.
Sala do Condomínio
“Muitas vezes os condóminos utilizam as assembleias para falar mal de quem não está
presente em vez de se discutir os assuntos para o qual foram convocados. Mas se essa
pessoa estiver presente, não tocam no assunto.”
Este é um dos problemas que o entrevistado vê na criação do fórum, pois pelo facto de estar
“protegido” atrás de um computador, pode promover discussões e mau estar entre os
condóminos e inclusivécom a própria administração. Considera que este portal tem vantagens
e desvantagens, mas se for utilizado com bom senso, pode ser uma ferramenta útil para
discussão de temas importantes, como a integração de novos serviços no edifício.
O entrevistado relaciona mesmo o fórum com a outra ferramenta, o jornal eletrónico do
condomínio, considerando que este último por ser uma ferramenta inovadora, pode fazer com
que os condóminos achem interessante e adiram a este tipo de comunicação, sem
desencadear possíveis conflitos entre os utilizadores.
Em relação ao serviço de inquéritos, o entrevistado considera que é uma boa ferramenta,
nomeadamente para a votação de assuntos a serem discutidos na assembleia. O
administrador refere que por vezes “(…) os condóminos não se interessam pelo planeamento
das reuniões e quando chegam à reunião levam outros assuntos que não estão na ordem de
trabalhos.”
Calendário do Condomínio
“Esta ferramenta pode indiretamente, aumentar o quórum da assembleia”
O calendário permite que os condóminos estejam a par das atividades do condomínio e
Fernando Monteiro relembra que a convocatória é feita com 10 dias de antecedência mas que
o facto de ter um serviço que mantenha a informação “viva” entre os condóminos, pode trazer
grandes vantagens como o aumento do quórum da assembleia. Atualmente no software
utilizado pela AIL o administrador refere que tem um serviço de SMS para relembrar os
condóminos, mas o sistema apresenta falhas na criação dos contatos telefónicos.
O calendário tem um serviço de alertas o que é uma boa ideia, sobretudo para as inspeções
obrigatórias. No caso da AIL, que administra 80 condomínios, o entrevistado considera que um
serviço de alertas facilita e torna mais eficiente o trabalho do próprio administrador.
120
Portal Sourcing
Em relação ao portal sourcing, o administrador considera que a ferramenta pode trazer
benefícios, nomeadamente para contrariar uma política de contratação que não vai de encontro
ao benefício do condomínio, cujos administradores particulares e outras entidades aproveitam
a realização de obras para retirarem uma comissão do valor orçamentado.
Na perspetiva da AIL e para Fernando Monteiro, no caso de os condóminos solicitarem o apoio
da associação para pedir orçamentos, este prefere ter em conta o facto de conhecer as
empresas com quem a associação colabora, pelo facto de conhecer o seu trabalho. Mas realça
que são os condóminos que escolhem a empresa e como tal, a ferramenta pode ser um apoio
prático e simples para escolherem uma entidade para realizar a obra. Segundo o entrevistado,
este ainda refere, que um dos inconvenientes é que os condóminos podem não possuir
valências para analisar os orçamentos apresentados e para perceber as diferenças entre os
mesmos, o que por vezes é melhor ser avaliado por um técnico especializado.
Melhorias na plataforma
Um dos aspetos que o entrevistado refere que se deve melhorar é a informação referente aos
seguros do condomínio, pois trata-se de uma situação importante e complexa, sobretudo para
o administrador, que tem obrigações e responsabilidades associadas a este tema. O
administrador é responsável pela verificação da existência de seguro em todas as frações e a
sua validade e por isso, considera que uma ferramenta que permita organizar a informação dos
seguros do condomínio, nomeadamente se é um seguro único para todos, ou se é por frações
e qual a sua validade, é bastante vantajoso para o administrador.
Abertura para implementação da plataforma na associação
O entrevistado refere que nunca foi pensado mudar o atual software de gestão, contudo esta
plataforma poderia ser uma aposta da AIL, caso todos os responsáveis concordassem com tal
situação. O mesmo refere que a plataforma tem potencial e que pelas suas caraterísticas
inovadoras pode melhorar o serviço prestado pelas empresas, e por isso pode ser um fator
para o sucesso no mercado dos programas informáticos de gestão do condomínio.
121
7. Conclusões e Desenvolvimentos Futuros
7.1. Considerações finais
A gestão de condomínios ainda é um tema que gera muitos conflitos e considera-se que tem
um grande impacto nos próprios condóminos e nas empresas administradoras de condomínios.
A passividade dos proprietários, referente aos problemas do condomínio, bem como a falta de
qualidade do serviço prestado pelas empresas, tem consequências no edifício, que é
património de todos, quer se trate de espaços comuns, quer se trate de frações autónomas e
assim, considera-se que os condomínios, da maneira como na sua generalidade são geridos,
não funciona corretamente.
O modelo da plataforma desenvolvida realça precisamente a vontade de querer tornar a gestão
do condomínio, numa atividade que consegue reunir no mesmo espaço os proprietários e a
administração, tornando-se num meio de comunicação que estreita a relação entre estes
intervenientes, sendo que de outra forma, só existe as escassas reuniões que se criam para as
deliberações da assembleia e que em muitos casos, se torna insuficiente pela falta de quórum
para a tomada de decisões. Assim, a plataforma procura colmatar eventuais dificuldades de
comunicação e transparência que, na maior parte das vezes, se manifesta entre a
administração e os condóminos, proporcionando, simultaneamente, uma gestão simples e
integrada de todo o processo.
De facto, o modelo pretendido abrange todas as áreas que se consideram relevantes na gestão
do condomínio, dando um destaque à manutenção do condomínio, que outras plataformas não
contemplam. Embora para a administração interessa mais a vertente financeira, esta não se
pode dissociar da vertente técnica, sendo esta área a principal fonte de despesas do
condomínio e que consequentemente também tem influência no valor patrimonial do edifício. A
criação de um meio que privilegie as ações de manutenção, e que alerta para a necessidade
de uma manutenção preventiva, pode ter consequências na política de manutenção adotada
pelos condóminos e administração, o que se pode revelar numa redução de custos de
manutenção e consequentemente uma redução nos encargos dos proprietários.
O facto de integrar uma ferramenta que permite o contacto com empresas prestadoras de
serviço, torna a plataforma um sistema ainda mais dinâmico e que ao mesmo tempo tem
vantagens para todos os intervenientes. A possibilidade de recolher informações de empresas
e pedir orçamentos de uma maneira simples e prática por parte do condomínio e o facto das
empresas poderem aceder a um vasto conjunto de serviços da sua área, torna a plataforma um
meio privilegiado para o estabelecimento de laços comerciais. Esta ferramenta permite a
redução de custos e de tempo por parte dos condóminos na escolha das empresas, o que
pode contribuir para uma maior sensibilidade para a importância das ações de manutenção.
122
A implementação da plataforma pode revolucionar o sistema de gestão de condomínios, e
considera-se que é uma ferramenta diferenciadora e inovadora, capaz de fazer frente à
concorrência, sendo detentora de meios que possibilitam uma redução de custos para os
condomínios e ao mesmo tempo possibilita a divulgação de empresas, provocando um maior
dinamismo do mercado da construção, manutenção e reabilitação.
7.2. Desenvolvimentos futuros
Ao longo da presente dissertação foi-se referenciando que o objetivo do tema passa pela
estruturação de um modelo de plataforma eletrónica, contudo, sendo esta uma ferramenta com
potencial para entrar no mercado nacional, deve-se realizar um plano de negócio para aferir a
viabilidade da sua implementação.
Desta forma, deve-se apresentar o conceito criado e fazer uma análise junto de todos os
intervenientes envolvidos, nomeadamente os condóminos, as empresas de gestão de
condomínios e as empresas de prestação de serviços, para avaliar as suas necessidades e
preferências no que diz respeito à gestão de condomínios e avaliar as considerações acerca da
plataforma desenvolvida. Para além disso, deve-se definir um plano de marketing que
desenvolva a política de divulgação da plataforma no mercado e também se deve realizar uma
análise financeira que permita aferir os custos gerais associados à implementação da
plataforma.
Ainda se considera que o conceito da plataforma é facilmente adaptável e pode-se aplicar num
mercado internacional, mas para isso é necessário estudar e analisar todos os aspetos
referentes ao tema em questão nos potenciais mercados internacionais.
Da mesma forma, e tal como foi apresentado na dissertação, considera-se que um dos temas
que merece uma abordagem futura e aliado ao conceito da plataforma eletrónica de gestão de
condomínios criada, é a viabilidade da implementação de uma assembleia virtual que tenha o
mesmo caráter de uma assembleia presencial.
Os resultados apresentados na dissertação e a corrente informatização dos procedimentos
atuais do quotidiano, sugere que este seja o futuro meio de comunicação para as deliberações
da assembleia do condomínio. Pensa-se mesmo que esta será uma das ferramentas que a
plataforma desenvolvida deverá abranger no futuro. Desta forma, sugere-se o desenvolvimento
de um estudo que permita conhecer as suas verdadeiras potencialidades e quais as barreiras
que se devem ultrapassar para tornar esta ferramenta viável em Portugal. E ainda se deve
fazer uma análise de sensibilidade junto dos intervenientes envolvidos. Considera-se assim,
que este pode ser um tema de mestrado a desenvolver no futuro.
123
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128
ANEXOS
ANEXOS
ANEXOS
Índice
ANEXO I - Softwares de Gestão de Condomínio
1. “Improxy Gecond – Gestão de Condomínios”
2. GOcondomínios – Gestão Online de Condomínios”
ANEXO II - Pacotes de Manutenção de Edifícios
1. Instalações Prediais 1.1 Abastecimento e Drenagem de Águas 1.2 Gás 1.3 Elétrica 1.4 Iluminação 1.5 Telecomunicações 1.6 Climatização e Ventilação 1.7 Energias Renováveis 1.8 Contra Incêndios 1.9 Segurança e Proteção 1.10 Ascensores 1.11 Portões e Automatismos 1.12 Condutas de Evacuação de Lixo 2. Espaços Sociais e de Lazer 2.1 Piscinas 2.2 Jardins 2.3 Parques Infantis 2.4 Recintos Desportivos 3. Limpezas e Conservação 4. Controlo de Pragas e Desinfestação 5. Serviços de Obras 5.1 Pinturas 5.2 Impermeabilização 5.3 Isolamento 5.4 Carpintaria 5.5 Serralharia 5.6 Tetos Falsos e Divisórias 6. Coberturas 6.1 Coberturas Planas 6.2 Coberturas Inclinadas 7. Fachada (Trabalhos em Altura) 8. Zona Comuns Interiores 9. Manutenção Geral do Edifício 10. Outros Pacotes
ANEXO III – Planeamento da reunião
ANEXO IV – Protótipo de plataforma eletrónica
ANEXOS
ANEXO I
ANEXO I
Softwares de gestão
de condomínios
ANEXO I
ANEXO 1
Softwares de gestão de condomínios
1. Gecond gestão de condomínios (Improxy, 2013)
Principais tabelas
Condomínios, zonas e frações;
Condóminos (proprietários, inquilinos e procuradores);
Terceiros, fornecedores e contactos;
Bancos e contas bancárias;
Rubricas.
Orçamento
Várias modalidades de atribuição e cálculo de quotas;
Previsão de despesas e receitas extraordinárias;
Atribuição automática ou manual das quotas das fracções;
Simulação de valores.
Fundo de reserva
Calculado como percentagem do orçamento ou introduzido manualmente;
Tratamento separado em termos de mapas e listagens de apresentação de contas.
Seguro
Cálculo automático das quotas de seguro;
Seguro individual ou colectivo;
Tratamento de situações especiais, como capital facultativo e coberturas adicionais;
Lista de irregularidades.
Processamentos
Orçamento, fundo de reserva, seguro e extraordinários (sem limite);
Processamentos repartidos e plurianuais;
Periódicos ou pontuais;
Possibilidade de processamento em lote.
Tipos de documentos
Avisos de cobrança;
Notas de crédito;
Recibos;
Notas de débito (receitas extraordinárias).
Correspondência
ANEXO I
Cartas de cobrança e circulares;
Impressão de registos dos CTT e de avisos de recepção;
Ligação ao Microsoft Word;
Geração de ficheiros de moradas para impressão em série;
Carta pagamento a fornecedores.
Listagens
Conta correntes de condóminos, fracções, processamentos e fornecedores;
Valores em atraso ou recebidos;
Justificação do orçamento;
Balanço das frações e fornecedores;
Análise do exercício;
Mapa de caixa;
Balanço do exercício;
Quadros de resumo mensal (receitas e despesas)
Listagem de cheques para bancos;
Listagem de fracções em contencioso.
Diversos
Tratamento de contencioso;
Mapa de presença em assembleias, convocatórias e procurações;
Impressão de cheques;
Multiutilizador com controlo de acesso por utilizador;
Utilitário para cópia de segurança.
Edições disponíveis
Monoposto: 5 condomínios, 25 condomínios e ilimitada;
Multiposto: 25 condomínios e ilimitada.
Módulos Opcionais
Módulo de contas bancárias O módulo de contas bancárias, é um módulo opcional do programa Gecond, que poderá ser ativado em qualquer altura. Permite efetuar a gestão das várias contas bancárias de cada um dos condomínios, possibilitando a movimentação automática das mesmas, sempre que são efetuados movimentos de pagamento ou recebimento. Desta forma saberá sempre o saldo real de cada uma das contas. Permite ainda efetuar a reconciliação com os extratos de conta, para conferência de todos os movimentos.
Módulo de Gestão de Ocorrências
ANEXO I
O módulo de gestão de ocorrências, é um módulo opcional do programa Gecond, o qual poderá ser activado em qualquer altura. Este módulo permite efectuar o registo e acompanhamento das avarias, reparações, intervenções e reclamações para cada condomínio. Imprime a ficha de ocorrência onde são registados os vários passos da intervenção, podendo, por exemplo, ser enviada por fax para fornecedores externos. As várias listagens permitem gerir eficazmente as várias ocorrências dos vários condomínios. Permite igualmente fazer o registo dos vários equipamentos de cada um dos condomínios, guardando informação relevante para a manutenção dos mesmos.
Cálculo de Penalizações
O módulo de cálculo de penalizações, é um módulo opcional do programa Gecond. Este módulo opcional pode ser activado em qualquer altura. Permite efectuar o cálculo automático de penalizações às fracções com quotas em atraso, de acordo com um conjunto alargado de parâmetros. Dispõe de três tipos de penalizações:
Juros de mora, calculados ao dia, de acordo com uma taxa anual;
Juros compensatórios, calculados ao dia, de acordo com uma taxa anual;
Penas pecuniárias que podem ter um valor fixo, serem calculadas ao dia, de acordo com uma taxa anual, ou terem uma taxa mensal, variável de mês para mês.
O cálculo das penalizações pode ser efectuado em lote, através dum processamento, ou calculado no momento da recepção de uma determinada fracção ou condómino.
Condomínios no Facebook
O Facebook é o local da Web onde os portugueses passam mais tempo.
As empresas de gestão de condomínios têm como novo desafio a necessidade de enriquecer a sua presença no Facebook e usar esta rede social para a fidelização e captação de novos clientes.
Pensando em si a IMPROXY lançou a aplicação Condomínios no Facebook inovadora que permite o acesso à Área de Cliente a partir do Facebook.Seja pioneiro!
Não perca esta oportunidade única de ser das primeiras empresas nacionais com este serviço na maior rede social do mundo.
Gecond Online
ANEXO I
O Gecond online permite disponibilizar o acesso seguro aos seus condóminos, a partir do seu website, 24 horas por dia, às principais informações e valores do condomínio.
As opções disponíveis para o condómino são:
- visualização dos documentos e mensagens criadas pelo administrador - consulta de dados pessoais - consulta dos seus avisos, créditos e recibos - consulta da informação geral do condomínio - consulta do orçamento e da análise orçamental (comparação entre o orçamentado e realizado) - lista de frações e quotas - situação das frações (valores globais em dívida); - balanço do exercício - lista de despesas; - consulta de ocorrências e registo de nova ocorrência - alterar palavra-passe
Como administrador pode: - definir que opções do menu ficam disponíveis aos utilizadores - ativar e desativar utilizadores - anexar a cada condomínio um conjunto de documentos para consulta, tais como relatórios, actas e formulários.
Este módulo pode ser disponibilizado de várias formas, sendo que, em qualquer uma das situações, o módulo terá de estar instalado num servidor da Improxy: - incluído num mini-site desenvolvido pela Improxy (veja alguns exemplos de mini-sites Gecond online) - integrado num website completo desenvolvido pela Improxy - ser chamado a partir dum website que o cliente já disponha.
ANEXO I
ANEXO 1
Softwares de gestão de condomínios
2. Go condomínios – (Pontos de Vista, 2013)
GOcondomínios é uma plataforma 100 por cento online. Para a utilizar, basta uma ligação à Internet e
um browser (Internet Explorer; Google Chrome; Mozila; entre outros).
Não é necessário qualquer tipo de instalação, está sempre disponível a última versão e os
utilizadores não têm necessidade de fazer qualquer tipo de segurança de dados. Existem dois tipos
de registo: condomínios particulares ou empresas de gestão de condomínios.
Para as empresas existe uma área específica que, resumidamente, tem as opções:
- Manutenção de tabelas comuns aos condomínios da Empresa:
- Centros; Rubricas e Entidades;
– Gestão de utilizadores;
– Gestão de condomínios: Criação; Entrada na área do condomínio.
No espaço de cada condomínio, tanto particulares como os condomínios das empresas, temos,
também muito resumidamente, as seguintes funcionalidades:
- Tabela das Frações;
– Tabela dos Condóminos. Cada condómino pode ter um inquilino. O inquilino pode participar no
pagamento de quotas, neste caso tanto o condómino como o inquilino terão uma conta corrente;
– Manutenção das tabelas: Centros, Rubricas, Contas Bancárias, Entidades;
– Orçamentos do Condomínio. Os orçamentos podem gerar plano de quotas, neste caso o sistema
gera automaticamente a quota associada ao orçamento. As quotas podem estar de acordo com as
permilagens;
– Criação de quotas de forma “manual” (não associadas a orçamento). As quotas podem ser
calculadas com base na permilagem ou introduzidas manualmente
– Recebimentos de condóminos ou inquilinos. Todos os pagamentos incrementam o saldo da conta
corrente. As quotas podem ser posteriormente dadas como pagas com base no saldo disponível da
ANEXO I
conta corrente;
– Gestão de Quotas. Permite dar as quotas como pagas, tendo como base o saldo da conta corrente.
Emissão de avisos de pagamento de quotas, possibilidade de envio automático por email;
– Recebimentos / pagamentos do condomínio. Diversas listagens / balanços;
– Manutenção do condomínio: Acompanhamento de obras; Tabela de zonas e equipamentos; Registo
de vistorias ao condomínio;
– Arquivo de documentos em formato PDF. Manutenção de minutas numa área com hipertexto.
Geração, com possibilidade de envio por email aos condóminos, de documentos com base nas
minutas.
ANEXO I
ANEXO II
ANEXO II
PACOTES DE SERVIÇOS
DA
PLATAFORMA ELETRÓNICA
ANEXO II
ANEXO II
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.1 Abastecimento e Drenagem de Águas Página 1 de 2
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
tala
çõ
es P
red
iais
Abaste
cim
ento
e D
renagem
de Á
guas
Canalização
Plano de Manutenção da Rede de Canalização
Inspeção e diagnóstico geral da coluna montante (e instalações individuais): Realização de testes de diagnóstico para verificação de fugas de água e avaliação das partes visíveis da instalação
Análise do funcionamento e lubrificação dos dispositivos de corte
Revisão das válvulas, em geral
Reparação / Substituição de partes danificadas
Reparação de fugas de água e infiltrações
Desentupimento de condutas e tubagens
Substituição de filtros de água doméstica
Limpeza preventiva de redes de esgotos de águas pluviais
Serviço de assistência técnica 24 horas
Projetos de Redes e Instalações
Elaboração de projetos de redes de abastecimento de água quente e fria
Elaboração de projetos de redes de águas pluviais
Elaboração de projetos de redes de águas sanitárias
Instalação / Renovação de Canalização
Instalação / Renovação de colunas e sistemas de abastecimento de água no edifício e/ou residências
Instalação ou renovação do sistema de drenagem de águas
Reparações / Substituições na Canalização
Reparação / Substituição de partes danificadas dos materiais
Reparação e deteção de fugas de água e infiltrações
Desentupimento de canalizações
Instalação e Substituições de Sistemas de Equipamentos para Cozinhas e WC
Instalação e substituições de louças de cozinha, sanitários WC e torneiras
Serviço de Emergência 24h Lista de empresas com serviço 24h
ANEXO II
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.1 Abastecimento e Drenagem de Águas Página 2 de 2
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
tala
çõ
es P
red
iais
Abaste
cim
ento
e D
renagem
de Á
guas
Sistema de Bombagem
Plano de Manutenção de Sistemas de Bombagem
Verificação do correto funcionamento do grupo de bombagem e equipamento de controlo
Verificação da ausência de humidade e fugas em algum ponto do grupo de bombagem, e o nível de isolamento no grupo de bombagem
Verificação do funcionamento e estanquidade das válvulas de corte e da válvula (ou válvulas) antirretorno
Limpeza e reparação se for o caso, dos elementos suscetíveis de maior deterioração.
Instalação de Sistemas de Bombagem
Instalação de bombas hidropressoras
Instalação de bombas de águas pluviais
Instalação de bombas de esgotos
Reparação de Sistemas de Bombagem
Reparação de bombas hidropressoras
Reparação de bombas de águas pluviais
Reparação de bombas de esgotos
Consultoria de Sistema de Bombagem Apoio na escolha de produtos e equipamentos
Análise do estado do sistema de bombagem atual
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
tala
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es P
red
iais
Gás
Plano de Manutenção da Rede de Gás
Diagnóstico geral da coluna montante (e instalações individuais): Realização de testes de diagnóstico e avaliação das partes visíveis da instalação
Verificação de equipamentos constituintes e tubagens
Verificação e limpeza das caixas de visita
Análise do funcionamento e lubrificação dos dispositivos de corte
Análise dos equipamentos de queima instalados
Apoio na elaboração de projetos novos de rede de gás
Serviço de preparação da instalação para certificação periódica
Serviço de assistência técnica 24 horas
Projetos de Redes e Instalações de Gás Elaboração de projetos para dimensionamento da instalação, pressões de distribuição, ligação à rede de distribuição, instalações no exterior e interior dos fogos
Instalação / Renovação da Rede de Gás Construção de instalações de gás no edifício (coluna montante para instalações coletivas e/ou instalações individuais)
Reparações / Substituições na Rede de Gás Reparação / Substituição de partes danificadas dos materiais
Reparação de fugas de gás
Equipamentos de Gás
Instalação de equipamentos de queima (esquentadores, caldeiras, etc)
Reparação de equipamentos de queima (esquentadores, caldeiras, etc)
Comprar equipamentos de queima
Serviço de Emergência 24h Lista de Empresas com serviço 24h
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.2 Gás Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
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iais
Elétrica
Execução de Projetos de Instalação Elétrica Projetos de redes elétricas domésticas
Projetos de redes elétricas prediais
Instalação / Renovação de Instalação Elétrica
Rede Predial e Doméstica
Instalação ou renovação residencial de circuitos e cabos elétricos
Instalação ou substituição de tomadas (TV, telefone e net) e extensões elétricas
Instalação ou renovação da coluna montante elétrica
Instalação ou substituição de quadros elétricos, disjuntores e interruptores
Mudança de local de contadores
Equipamento Elétrico do Edifício
Instalação de intercomunicadores e videoporteiro
Instalação de fechaduras elétricas
Instalação de campainhas
Outros Serviços Pretendidos
Instalação de sistema de proteção contra raio
Iluminação (pacote próprio)
Telecomunicações (pacote próprio)
Segurança e proteção (pacote próprio)
Climatização e ventilação (pacote próprio)
Energias renováveis (pacote próprio)
Consultoria de Sistema Elétrico
Análise de alteração de potência consumida no edifício
Análise de contrato de eletricidade de edifício
Análise de segurança e eficiência energética do edifício
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.3 Elétrica Página 1 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacote Exemplos de Serviços
Ins
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iais
Elétrica
Manutenção de Sistema Elétrico
Contrato de Manutenção Elétrica de Condomínios
Inspeção e reparação do circuito, cabos elétricos, quadros elétricos, disjuntores, etc
Inspeção e reparação de videoporteiros, intercomunicadores e interruptores
Inspeção e reparação no sistema de Iluminação de condomínio
Inspeção e reparação no sistema de telecomunicações do condomínio
Inspeção e reparação de sistema de proteção contra raio
Integração com outros serviços
Contrato de Manutenção Elétrica Residencial
Inspeção e reparação do circuito e cabos elétricos, tomadas, interruptores, etc
Inspeção e reparação de equipamentos elétricos
Integração com outros serviços
Reparação / Substituição no Sistema Elétrico
Rede Predial e Doméstica
Reparação de circuito elétrico
Reparação de disjuntores e interruptores
Reparação na coluna montante
Equipamento Elétrico do Edifício
Reparação de intercomunicadores e videoporteiros
Reparação de campainhas
Reparação de fechaduras elétricas
Eletrodomésticos Reparação de eletrodomésticos
Outros Serviços Pretendidos
Reparação de sistema de proteção contra raio
Iluminação (pacote próprio)
Segurança e Proteção (pacote próprio)
Climatização e Ventilação (pacote próprio)
Certificação de Instalações, Eletricidade e Telecomunicações Preparação das instalações para vistoria da CERTIEL
Lista de Empresas com Urgências 24H
Aquisição de Produtos Elétricos
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.3 Elétrica Página 2 de 2
ANEXO II
Pacotes Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
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iais
Iluminação
Iluminação Interior Instalação de balizadores e sanalizadores, downlights, plafoniers, etc
Iluminação Exterior Instalação de luminários rústicos, de pavimento, de parede, projectores,etc
Iluminação de Emergência Instalação de iluminação e indicação de saída de emergência
Iluminação de Piscinas Instalação de iluminação para piscinas
Sensores para Iluminação Instalação de detetores de presença e movimento
Instalação de interruptores crepusculares
Manutenção de Sistema de Iluminação
Substituição de lâmpadas
Reparação / Substituição de sensores de iluminação
Substituição de luzes de emergência
Substituição de interruptores
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.4 Iluminação Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
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Te
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nic
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es
Instalações no Sistema de Telecomunicações
Instalação de Ited / Itur
Instalação de antenas satélites e cabos RF
Instalação de terras de serviço
Instalação de TDT
Manutenção de Sistema de Telecomunicações Verificação do estado das antenas e suas fixações
Verificar estado de fixação e aparecimento de corrosão nas caixas de rede coletiva
Reparações no Sistema de Telecomunicações
Reparação de sistema ITED
Reparação de antenas satélites
Reparação do sistema de aterramento
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.5 Telecomunicações Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
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ção
Execução de Projetos de Climatização e Ventilação
Projetos de instalação de AVAC
Projetos de energia solar térmica
Projetos de licenciamento
Projeto de renovação e reabilitação energética
Consultoria de sistema de Climatização e Ventilação
Apreciação e revisão de projetos
Avaliação do sistema de climatização e ventilação instalado
Análise de segurança e eficiência energética do edifício
Instalação de Sistemas de
Climatização, A.Q.S e Ventilação
Água Quente Sanitária
Sistema de Energias Renováveis Instalação com painéis sistema solares térmicos
Sistema com Equipamentos de Acumulação
Instalação com termoacumuladores
Sistemas com Equipamentos Instantâneos
Instalação com esquentadores e caldeiras murais
Sistema por Bombas de Calor Instalação de sistema por bombas de calor
Aquecimento Central
Piso Radiante
Aquecimento por Água
Instalação sistema com bomba de calor
Instalação de sistema com caldeira de biomassa (sistema a pellets e lenha)
Instalação de sistema com caldeira de condensação
Instalação de sistema com painéis solares térmicos
Aquecimento Elétrico
Instalação de sistema com termostato regulável (sistema elétrico)
Radiadores
Aquecimento por Água
Instalação de sistema com caldeira de biomassa (sistema a pellets e lenha)
Instalação de sistema com caldeira de condensação
Instalação de sistema com painéis solares térmicos
Aquecimento Elétrico
Instalação de sistema combinado com sistema elétrico
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.6 Climatização e Ventilação Página 1 de 4
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
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, A
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ção
Instalação de Sistemas de
Climatização, A.Q.S e Ventilação
Sistemas circulação de ar (ar condicionado)
Ar condicionado Instalação de ar condicionado
Recuperadores de Calor Instalação de recuperadores de calor
Salamandras Instalação de salamandras
Acumulador de calor Instalação de acumulador de calor
Lareira Instalação de lareiras elétricas
Instalação de lareira a lenha
Sistema de Ventilação
Sistema de Ventilação Mecânica Controlada
Instalação/Renovação de sistema de ventilação mecânica controlada
Sistema de Ventilação Mecânica para Garagens
Instalação/Renovação de sistema de ventilação mecânica para garagens
Sistema de Ventilação Mecânica para Habitações
Instalação/Renovação de sistema de ventilação mecânica para habitações
Sistemas Integrados de AVAC
Unidade de Tratamento de Ar Instalação de unidade de tratamento de ar
Unidade Central de Climatização Instalação de unidade central de climatização
Plano de Manutenção de Sistemas de
Climatização, A.Q.S. e Ventilação
Plano de Manutenção de Sistema de A.Q.S
Verificação do estado de instalações e equipamentos
Verificação de efeitos patológicos (humidades, fugas, etc)
Plano de Manutenção de Sistema de Aquecimento Central por Radiadores
Verificação do estado de instalações e equipamentos
Verificação de efeitos patológicos (humidades, fugas, etc)
Revisão completa da instalação e circuito dos radiadores
Pequenas reparações na instalação e equipamentos
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.6 Climatização e Ventilação Página 2 de 4
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
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, A
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ção
Plano de Manutenção de Sistemas de
Climatização, A.Q.S. e Ventilação
Plano de Manutenção de Sistema de Aquecimento Central por Piso Radiante
Verificação do estado da instalação
Verificação de efeitos patológicos (humidades, fugas, etc)
Pequenas reparações na instalação
Plano de Manutenção de Sistemas de Circulação de Ar
Verificação do estado de equipamentos
Verificação de efeitos patológicos
Revisão completa da instalação e dos equipamentos
Plano de Manutenção de Sistemas Solares Térmicos
Verificação do estado da instalação e de equipamentos
Verificação de efeitos patológicos (humidades, fugas, etc)
Limpeza de coletor solar
Plano de Manutenção de Sistema de Ventilação
Verificar estado geral de equipamentos e condutas
Limpeza, lubrificações e afinações de peças
Limpeza de condutas de ventilação
Avaliação do funcionamento de ventiladores
Verificação de consumos de energia e programação da frequência de funcionamento
Pequenas reparações de equipamentos
Reparação / Substituição de
Componentes do Sistema de
Climatização, A.Q.S. e Ventilação
Reparação/Substituição nos sistemas de A.Q.S. e Aquecimento Central
Reparação de tubagens de água
Reparação/Substituição de Caldeiras e Esquentadores
Reparação de bombas de calor
Reparação de sistema solar térmico
Reparação de radiadores
Reparações de outros componentes de piso radiante
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.6 Climatização e Ventilação Página 3 de 4
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
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iais
Sis
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ati
zação
, A
.Q.S
e
Ven
tila
ção
Reparação / Substituição de
Componentes do Sistema de
Climatização, A.Q.S. e Ventilação
Reparação/Substituição nos Sistemas de Circulação de Ar
Reparação de ar condicionado
Reparação de componentes de recuperadores de calor
Reparação de componentes de salamandras e lareiras
Reparação/Substituição no Sistema de Ventilação
Reparação/Substituição de máquinas de ventilação
Substituição de filtros, grelhas e correias
Reparação / Substituição dos rolamentos da ventoinha
Certificação de instalações e sistemas Preparação das instalações de AVAC de edifícios para certificação energética
Certificação de edifícios
Lista de Empresas 24H
Aquisição de Equipamentos
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.6 Climatização e Ventilação Página 4 de 4
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
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En
erg
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en
ov
áveis
Energia Solar
Instalação e Manutenção de Sistema Solares Fotovoltaicos (conversão em energia elétrica)
Instalação de painéis solares fotovoltaicos para integração em edifício
Manutenção preventiva de sistema solar fotovoltaico
Instalação e Manutenção de Coletores Solares Térmicos (aquecimento de água)
Instalação de coletor solar térmico sobre cobertura inclinada
Instalação de coletor solar térmico sobre cobertura plana
Instalação de coletor solar térmico em fachada do prédio
Manutenção preventiva de sistema de coletores solares
Energia Eólica Instalação e Manutenção de Micro - Turbinas de Energia Eólica
(conversão em energia elétrica)
Instalação de micro - turbinas para integração no edifício
Manutenção preventiva de sistema de micro - turbinas eólicas
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.7 Energias Renováveis Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
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Execução de Projetos de Segurança
Contra Incêndios
Rede Estruturada Predial de Extinção de Incêndios Projeto de rede estruturada predial
Sistemas de Deteção e Extinção de Incêndios Automáticos Projeto de sistemas de deteção de incêndio convencional
Projeto de sistemas de deteção de incêndio analógico (endereçável)
Sinalização e Emergência Execução de planta de emergência e sinaléticas pretendidas
Consultoria em Segurança Contra Incêndios
Apreciação e revisão de projetos
Auditoria em segurança contra risco de incêndio
Análise de risco de incêndios
Avaliação do sistema de segurança instalado
Formação técnica sobre situações de incêndio
Instalação de Meios de
Segurança Contra Incêndios
Rede Estruturada Predial
Montagem de rede de incêndios armadas em edifício
Montagem de coluna seca
Montagem de sistemas de extinção fixos
Sistemas de Deteção de Incêndios Automático Instalação e configuração de sistemas de deteção de incêndios convencional
Instalação e configuração de sistemas de deteção de incêndios analógico
Sinalização e Emergência Instalação de iluminação de emergência
Construção de escadas de emergência
Plano de Manutenção de
Meios de Segurança Contra
Incêndios
Rede Estruturada Predial
Inspeção de R.I.A. e B.I.A
Teste verificação de mangueiras das bocas-de-incêndio
Inspeção na coluna seca
Inspeção dos componentes do sistema de extinção fixo
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.8 Contra Incêndios Página 1 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
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Co
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a I
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ên
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s
Plano de Manutenção de
Meios de Segurança Contra
Incêndios
Extintores Portáteis
Verificação de peso e pressão
Inspeção ocular do estado externo das partes mecânicas
Verificação do estado de conservação
Sinalização e Emergência Verificação de componentes de iluminação de emergência
Verificação do estado das escadas de emergência
Sistemas de Deteção de Incêndios Inspeção do sistema automático de deteção e alarme de incêndios
Inspeção do sistema manual de deteção e alarme de incêndios
Sistema de Proteção Passiva Inspeção de vedação de suporte de cabos, tubulações e juntas
Reparações / Substituições no
Sistema de Segurança Contra
Incêndios
Rede Estrutural Predial
Reparação / Substituição de rede de incêndios armada
Reparação / Substituição de componentes da coluna seca
Reparação / Substituição no sistema de extinção fixo
Sinalização e Emergência Substituição de componentes de iluminação de emergência
Reparações nas escadas de emergência
Extintores Portáteis Recarga de extintores
Sistemas de Deteção de Incêndios Automático
Reparação e/ou substituição no Sistema de Deteção de Incêndios convencional
Reparação e/ou substituição no Sistema de Deteção de Incêndios Endereçável
Aquisição de Produtos de Segurança Contra Incêndios
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.8 Contra Incêndios Página 2 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
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Seg
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Pro
teção
Contra Intrusão
Execução de Projetos de Segurança Contra Intrusão Projeto para implementação de sistema de alarme
Consultoria em Sistemas de Segurança Contra Intrusão
Análise de Risco e apreciação de projetos
Avaliação de sistema de segurança contra intrusão instalado
Aconselhamento na escolha de meios contra intrusão
Instalação de Meios de Segurança Contra Intrusão
Sistema de Alarme e Deteção de Intrusão
Instalação, configuração e validação do sistema de alarme
Cercas Elétricas Instalação de cercas elétricas
Muros e Vedações Instalação de vedações
Construção de muros de segurança
Outros Meios Contra Intrusão Instalação de outros meios contra intrusão
Plano de Manutenção de Meios de Segurança Contra
Intrusão
Sistema de Alarme e deteção de Intrusão
Verificação do sistema de central e inspeção geral do sistema
Monitoramento de alarmes
Cercas Elétricas Inspeção das componentes da cerca elétrica
Reparação de Meios de Segurança Contra Intrusão
Sistema de Alarme e Deteção de Intrusão
Reparação de componentes de sistema de alarme
Cercas Elétricas Reparação de componentes de cercas elétricas
Muros e Vedações Reparações em muros e vedações
Aquisição de produtos de segurança contra intrusão
Videovigilância
Execução de Projetos de Videovigilância Projeto para implementação de sistema de alarme
Consultoria em sistemas de videovigilância
Análise de risco e apreciação de projetos
Auditoria e avaliação de sistema de videovigilância instalado
Aconselhamento na escolha de meios de videovigilância
Instalação de sistema de videovigilância Instalação, configuração e validação do sistema de videovigilância
Instalação e configuração de software de gestão para sistema de videovigilância
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.9 Segurança e Proteção Página 1 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
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Seg
ura
nça e
Pro
teção
Videovigilância
Plano de Manutenção de Sistema de Videovigilância
Tratamento de dados de documentação legal exigível
Verificação do sistema de central e inspeção geral do sistema
Monitoramento profissional do sistema de videovigilância
Gravação remota de vídeos do sistema de videovigilância (backup)
Reparação de Sistema de Videovigilância
Reparação de componentes do sistema de videovigilância
Reparação de software de gestão instalado para sistema de videovigilância
Aquisição de Produtos de Videovigilância
Controlo de acessos
Consultoria em Sistemas de Controlo de Acessos Análise de risco e aconselhamento de meios de controlo de acessos
Auditoria e avaliação de sistema de videovigilância instalado
Instalação de Sistema de Controlo de Acessos Instalação de equipamentos de controlo de acessos
Instalação e configuração de software de gestão e controlo
Plano de Manutenção de Sistema de Controlo de Acessos Verificação do sistema de central e inspeção geral do sistema
Monitoramento profissional do sistema de controlo de acessos
Reparação de Sistema de Controlo de Acessos Reparação de componentes do sistema de controlo de acessos
Reparação de software de gestão instalado para sistema de controlo de acessos
Armazenamento
Aquisição e Instalação de Equipamentos de Armazenamento Aquisição e instalação de cofres-fortes
Aquisição de armários de segurança
Reparação de Equipamentos de Armazenamento Reparação de cofres fortes
Reparação de armários de segurança
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.9 Segurança e Proteção Página 2 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
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rias) Plano de
Manutenção de Ascensores
Plano de Manutenção Simples
Realização de trabalhos de conservação dos ascensores
Inspeção e revisão de equipamentos e instalação
Limpeza e lubrificação de componentes
Limpeza de poço e casa das máquinas
Resolução de avarias sem substituição de peças
Verificar funcionamento de sistema de comunicação bidireccional
Registo de manutenções realizadas
Preparação de ascensor para inspeção periódica
Serviço de emergência 24h
Plano de Manutenção Completa Inclui serviços de plano de manutenção simples
Substituição de peças ou componentes em caso de avaria
Reparação de Ascensores Substituição de peças ou componentes em caso de avaria
Modernização de Ascensores
Melhoria de componentes a nível estético, de segurança e de desempenho dos ascensores
Modernização de sistema de elevação e controlo (Regulador de velocidade, controlo movimento de ascensor, etc.)
Eletrificação da caixa (eco-eficiência)
Modernização de Sinalização (Interruptores de cabina e exterior, etc.))
Instalação de Porta automática
Modernização da Cabina (Iluminação LED, melhoria estética, etc.)
Instalação de Sistema Regenerativo de Energia
Inibição de acesso a determinados pisos
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.10 Ascensores Página 1 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
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Ascen
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rias) Instalação de Raíz de Ascensor
Instalação de ascensor de passageiros
Instalação de ascensor de automóveis
Instalação de elevador de escadas (cadeiras elevatórias)
Consultoria em Ascensores
Auditoria técnica de ascensor (Avaliação das condições de equipamentos e instalações, recomendações sobre substituição de peças e equipamentos, etc)
Análise e recomendações sobre propostas existentes
Assessoria em Modernizações de Ascensores
Assessoria contínua na Manutenção de Ascensores
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.10 Ascensores Página 2 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
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Fornecimento e Instalação de Portões
Fornecimento e instalação de portões seccionados
Fornecimento e instalação de portões basculantes
Fornecimento e instalação de portões de correr
Fornecimento e instalação de portões de fole
Fornecimento e instalação de portões de batente
Fornecimento e Instalação de Portas de Segurança
Fornecimento instalação e manutenção de portas corta fogo
Fornecimento, instalação e manutenção de portas blindadas
Fornecimento, instalação e manutenção de portas multiusos
Fornecimento e Instalação de Grades Fornecimento e instalação de grades de lagarta
Fornecimento e instalação de grades de enrolar
Fornecimento e Instalação de Automatismos
Instalação de Automatismos para Portões de Batente
Instalação de Automatismos para Portas Seccionadas e basculantes
Instalação de Automatismos para Grades de Enrolar
Instalação de Automatismos para Estores, janelas e claraboias
Instalação de automatismos para cancelas
Instalação de Automatismos para Portões de Correr
Plano de Manutenção de Portões e Automatismos
Verificação periódica do estado de portas, portões e automatismos do edifício
Substituição de molas partidas e cabos de aço desgastados
Reparação / Substituição de motores
Reparação / Substituição de comandos e outros acessórios
Assistência 24h
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.11 Portões e Automatismos Página 1 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
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Po
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Mudança de Fechaduras e Canhões
Montagem/Substituição/Reparação de fechaduras simples
Montagem/Substituição/Reparação de fechaduras de alta segurança
Montagem/Substituição/Reparação de fechaduras de de 2 e 4 trancas
Montagem/Substituição/Reparação de fechaduras automáticas
Montagem/Substituição/Reparação de canhões simples
Montagem/Substituição/Reparação de canhões de alta segurança
Mudança de Segredo de fechaduras
Amestragem de canhões (Mantem chaves originais)
Abertura de Portas Lista de Empresas 24h
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.11 Portões e Automatismos Página 2 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ins
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Co
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ação
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o
Projeto de Sistema de Evacuação d Lixo Realização de projetos de adaptação de sistemas de evacuação de lixo
Manutenção de Sistema de Evacuação de Lixo Inspeção geral a elementos constituintes do sistema
Desentupimento de condutas de evacuação de lixo
Reparação / Substituição no Sistema de Evacuação de Lixo Reparação / Substituição de elementos constituintes do sistema
Pacotes de Manutenção de Edifícios 1. Instalações Prediais
o 1.12 Condutas de Evacuação de Lixo Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacote Exemplo de Serviços
Esp
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Pis
cin
as
Plano de Manutenção de Piscinas
Análises de água da piscina
Limpeza e aspiração da Piscina
Assistência e reparação de equipamentos
Verificação do estado de equipamentos
Lavagem e mudança da areia do filtro
Verificar pressão do filtro
Tratamento de água da piscina
Limpar filtros
Reparação de Piscinas e Equipamentos
Reparação / Substituição de Equipamentos
Reparação ou substituição de bombas de piscina
Reparação / substituição de filtros de areia, válvulas seletoras e areias filtrantes
Reparação ou substituição de projetores ou quadro elétrico
Reparação ou substituição de tubos ou acessórios em PVC ou ABS danificados
Reparação ou substituição de sistemas de tratamento de água
Reparação / Recuperação de Piscinas
Reparação de fissuras da piscina
Reparação da tela, recolagem ou betumagem de revestimento
Pintura de piscinas
Lavagem do fundo e paredes de piscinas por alta pressão
Recuperação de piscinas antigas
Consultoria Técnica à Manutenção de Piscinas Propor correção de eventuais informidades
Aferir qualidade da manutenção prestada
Instalação de Equipamentos e Acessórios de Piscina
Instalação de material exterior de piscina
Instalação de material tanque de piscina
Instalação de filtros de piscina
Instalação de bombas de piscinas
Instalação de material de limpeza
Instalação de Material de iluminação e ornamentação
Instalação de coberturas e enroladores
Instalação de sistemas de segurança para crianças
Pacotes de Manutenção de Edifícios 2. Espaços Sociais e de Lazer
o 2.1 Piscinas Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplo de Serviços
Esp
aço
s S
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e d
e L
azer
Jard
ins
Plano de Manutenção de Jardins
Corte de relva, árvores e sebes
Tratamentos fitossanitários (controlo de doenças e pragas)
Aplicação de fertilizantes e químicos
Limpeza de arbustos, solos e ervas indesejáveis
Colocação de estacas e outras operações em arbustos e árvores
Verificação e regulação dos sistemas de rega
Reparação da rede de rega
Recolha do lixo proveniente dos trabalhos de jardinagem
Serviço de emergências 24horas
Projetos de Espaços Verdes Realização de projetos de espaços verdes
Realização de projetos de instalação de sistema de rega automático
Construção / Renovação de Espaços Verdes Construção / Renovação de jardins com descrição de serviços e equipamentos a utilizar
Instalação de Equipamentos para Jardins
Instalação de sistema de rega
Instalação de iluminação de jardim
Instalação de equipamentos para jardim
Instalação de mobiliário urbano (bancos, mesas, pérgolas, etc)
Reparação de Equipamentos de Jardim Reparação de sistema de rega
Reparação de iluminação de jardim
Pacotes de Manutenção de Edifícios 2. Espaços Sociais e de Lazer
o 2.2 Jardins Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplo de Serviços
Esp
aço
s S
oc
iais
e d
e L
azer
Parq
ue
s In
fan
tis
Plano de Manutenção de Parques Infantis
Verificação da inexistência de elementos soltos ou danos visíveis
Verificação de ausência de processos patológicos
Revisão e controlo dos equipamentos do parque infantil
Inspeção visual das ligações aparafusadas
Verificação de que as estacas estão firmemente fixadas ao solo
Renovação de elementos de proteção contra a intempérie
Substituição de elementos degradados e deteriorados
Construção de Parques Infantis Construção de parques infantis com descrição de serviços e equipamentos a utilizar
Reparação / Substituição de Elementos de Parques Infantis
Reparação de equipamentos de parque infantil
Reparação / Substituição de revestimentos
Reparação / Substituição de elementos estruturais
Reparação / Substituição de ligações aparafusadas
Pacotes de Manutenção de Edifícios 2. Espaços Sociais e de Lazer
o 2.3 Parques Infantis Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Esp
aço
s S
oc
iais
e d
e L
azer
Recin
tos
Desp
ort
ivo
s
Construção de Recintos Desportivos Construção de court de ténis
Construção de recinto de basquetebol e futebol, etc
Plano de Manutenção de Recintos Desportivos
Limpeza do recinto
Marcação e sinalização de pistas em caso de deterioração
Revisão e correção dos defeitos existentes
Verificação de ausência de falhas estruturais e de oxidações
Reparação ou substituição de materiais
Instalação de Equipamentos para Recintos Desportivos Montagem de equipamentos para recintos desportivos
Pacotes de Manutenção de Edifícios 2. Espaços Sociais e de Lazer
o 2.4 Recintos Desportivos Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Lim
pe
zas e
Co
ns
erv
ação
Plano de Manutenção de Limpezas Gerais
Zonas Comuns Interiores
Limpeza de escadas e corrimões
Limpeza de hall de entrada e patamares de acesso aos apartamentos
Limpeza do interior dos armários dos contadores
Limpeza de Portas de Entrada, caixa de correio e elevadores
Limpeza e lavagem de vidros
Zonas Comuns Exteriores
Limpeza de pátios
Limpeza de lixo no passeio em frente à entrada do condomínio
Inspeção dos parques de estacionamento para recolha de lixos soltos
Garagens Limpeza de garagens
Diversos Assistência de limpeza em inundações e entupimentos
Plano de Manutenção de Limpezas Específicas
Fachada Remoção de Grafittis
Lavagem e limpeza de fachada
Cobertura
Limpeza de caleiras e algerozes
Limpeza de chaminés
Limpeza de telhas
Canalização
Limpeza de tubagens
Limpeza da caixa de esgotos
Limpeza de condutas de evacuação de lixo
Conservação de Materiais
Tratamento periódico de elementos de madeira
Limpeza, lavagem e vitrificação de pedra
Limpeza e tratamento de material cerâmico
Limpeza e tratamento de outros materiais
Pacotes de Manutenção de Edifícios 3. Limpezas e Conservação Página 1 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Lim
pe
zas e
Co
ns
erv
ação
Plano de Manutenção de Limpezas Específicas
Diversos
Limpezas de final de obra
Limpeza de alcatifas, tapetes e carpetes
Limpeza e lavagem de sofás
Limpeza de estores, persianas e tetos
Limpeza de paredes
Serviços de Limpezas Ocasionais
Limpeza de alcatifas, tapetes e carpetes
Limpeza e lavagem de sofás
Limpeza de estores, persianas e tetos
Limpeza de paredes
Limpezas de final de obra
Limpezas de pavimento
Pacotes de Manutenção de Edifícios 3. Limpezas e Conservação Página 2 de 2
ANEXO II
Pacotes Sub-Pacotes Exemplo de Serviços
Co
ntr
olo
de
pra
ga
s e
de
sin
festa
ção
Plano de Manutenção de Controlo de Pragas e Desinfestação
Inspeções regulares com relatórios detalhados às instalações do edifício
Controlo e eliminação de pragas (desratização, desbaratização, desinfeção, desinsetização, etc)
Avaliação de riscos associados ao aparecimento de pragas
Programa proactivo para impedir aparecimento de pragas
Intervenção Corretiva / Eliminação de Pragas
Inspeções das instalações do edifício
Controlo e eliminação de pragas (desratização, desbaratização, desparasitação, desinsectização, etc)
Verificação do controlo efetivo e total da praga
Instalação de Sistema Anti-Praga Instalação de sistemas Anti-Pombos
Pacotes de Manutenção de Edifícios 4. Controlo de Pragas e Desinfestação Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Serv
iço
s d
e O
bra
s
Pinturas
Pinturas Exteriores Pintura de fachada
Pintura de muros
Pinturas Interiores Pintura de partes comuns do prédio
Pintura de residências
Pinturas em Elementos de Madeira Pintura de portas, mobília, etc
Pinturas em Elementos de Metais Pintura de gradeamento, portões, etc
Pinturas de Garagem Pintura pavimento de garagem
Marcação de lugares, número de lugar e setas de direção em garagem
Pinturas Específicas
Pintura de pavimentos de betão e sintéticos
Pintura sobre graffitis
Pintura decorativa
Pacotes de Manutenção de Edifícios 5. Serviços de Obras
o 5.1 Pinturas Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplo de Serviços
Serv
iço
de
Ob
ras
Imp
erm
eab
iliz
açõ
es
Consultoria de Técnicas de Impermeabilização
Aconselhamento de técnicas de impermeabilização adequados para o elemento pretendido
Avaliação do sistema de impermeabilização do edifício
Aplicação / Reparação de impermeabilização
Sistema de Coberturas e Empenas
Impermeabilização de terraços (coberturas planas)
Impermeabilização de Empenas
Impermeabilização de coberturas inclinadas
Impermeabilização de caleiras
Impermeabilização de algerozes
Impermeabilização de Juntas de Dilatação
Fachada e Varandas Impermeabilização de fachadas
Impermeabilização de varandas
Outras Impermeabilizações
Impermeabilização de Muros de Suporte
Impermeabilização de paredes interiores
Impermeabilização de caixas de elevador
Impermeabilização de garagens
Impermeabilização de Piscinas
Impermeabilização de Floreiras
Impermeabilização de Pavimentos
Pacotes de Manutenção de Edifícios 5. Serviços de Obras
o 5.2 Impermeabilização Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de serviços
Serv
iço
s e
Ob
ras
Iso
lam
en
to
Isolamento Térmico Fornecimento e Aplicação de Soluções Técnicas
para Isolamento Térmico
Isolamento de terraços e varandas
Isolamento de coberturas inclinadas
Isolamento de paredes interiores e fachadas
Isolamento de piscinas
Isolamento de claraboias
Isolamento de pavimentos
Isolamento Acústico
Fornecimento e Aplicação de Soluções Técnicas para Isolamento de Ruído Aéreo
Isolamento acústico de fachadas
Isolamento acústico de tubos de queda e tubagens
Isolamento acústico de coberturas
Fornecimento e Aplicação de Soluções Técnicas para Isolamento de Ruído de Percussão
Isolamento de pavimentos flutuantes
Isolamento de pavimentos cerâmicos
Pacotes de Manutenção de Edifícios 5. Serviços de Obras
o 5.3 Isolamento Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Serv
iço
s d
e O
bra
s
Carpintaria
Fabrico, Montagem e Instalação de Carpintarias
Portas interiores e exteriores
Roupeiros e móveis à medida
Escadas de madeira
Caixilharia exterior (madeira / madeira ou madeira / alumínio)
Apainelados
Pavimentos em madeira e flutuantes
Decks
Forros e Revestimento de paredes
Rodapés
Manutenção e Reparação de Carpintarias
Restauro de elementos
Reparação de elementos
Envernizamento de elementos
Tratamento anti-fúngico de elementos
Impermeabilização de elementos
Pacotes de Manutenção de Edifícios 5. Serviços de Obras
o 5.4 Carpintaria Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Serv
iço
s d
e O
bra
s
Serralharia
Consultoria Técnica de Soluções em Serralharia Aconselhamento técnico na escolha de soluções
Caixilharia de Alumínio e/ou PVC
Instalação / Reparação de janelas, portas e portadas
Instalação / Reparação de gradeamento
Instalação / Reparação de marquises e/ou jardins de inverno
Instalação / Reparação de claraboias
Instalação / Reparação de polibans e resguardos de banheira
Instalação / Reparação de varandas
Estores Instalação / Reparação de estores interiores
Instalação / Reparação de estores exteriores
Ferro
Instalação / Reparação de portas e portões
Instalação / Reparação de escadas e corrimãos
Instalação / Reparação de vedações, grades e gradeamentos
Projeto e execução de estruturas metálicas e coberturas
Inox Instalação / Reparação de portões e gradeamentos
Vidro Instalação / Reparação de vários tipos de vidro
Instalação / Reparação de cortina de vidro
Pacotes de Manutenção de Edifícios 5. Serviços de Obras
o 5.5 Serralharia Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Serv
iço
s d
e O
bra
s
Tetos Falsos e
Divisórias
Teto Falso Metálico Aplicação de teto falso metálico
Teto Falso em Gesso Cartonado Aplicação de teto falso em gesso cartonado
Teto Falso em Gesso Decorativo Aplicação de teto falso em gesso decorativo
Teto Falso em Fibras Minerais Aplicação de teto falso em fibras minerais
Teto Falso em Madeira Aplicação de teto Falso em madeira
Teto Falso em PVC Aplicação de teto falso em PVC
Divisórias com Estrutura em Alumínio Execução de divisórias com estrutura em alumínio
Divisórias em Gesso Cartonado Execução de divisórias em gesso cartonado
Divisórias em Madeira Execução de divisórias em madeira
Pacotes de Manutenção de Edifícios 5. Serviços de Obras
o 5.6 Tetos Falsos e Divisórias Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Co
be
rtu
ras
Coberturas Planas
(Terraços)
Plano de Manutenção Preventiva de Coberturas Planas
Inspeção-geral da cobertura com intuito de verificar a existência de anomalias
Inspeção e limpeza da zona corrente da cobertura (camada de impermeabilização e proteção)
Inspeção e limpeza do sistema de drenagem
Inspeção e limpeza do sistema de remates
Inspeção e conservação da estrutura de suporte
Intervenções ligeiras: Reparação de fissuras, empolamentos, descolamentos e desprendimentos localizados
Intervenções ligeiras: Reparação de pequenas infiltrações
Aplicação de produtos de proteção dos elementos
Lubrificação e reajuste dos elementos de fixação (apertos / folgas)
Reparação / Substituição de Elementos da
Cobertura
Estrutura de Suporte
Estrutura de Suporte em Madeira Reparação / Substituição de elementos da estrutura de suporte
Reforço da estrutura de suporte
Estrutura de Suporte em Betão Armado Reparação / Substituição de elementos da estrutura de suporte
Reforço da estrutura de suporte
Estrutura de Suporte Metálico Reparação / Substituição de elementos da estrutura de suporte
Reforço da estrutura de suporte
Camada de Impermeabilização Reparação / Substituição de elementos afetados da Camada de Impermeabilização
Substituição total da camada de impermeabilização
Isolamento Térmico Substituição da camada de isolamento térmico
Camada de Proteção Reparação / Substituição de elementos afetados da camada de proteção
Substituição total da camada de proteção
Sistema de Remates Reparação / Substituição de elementos afetados do sistema de remates
Sistema de Drenagem
Reparação / Substituição de caleiras, tubos de queda e ralos
Redimensionamento do sistema de drenagem
Substituição total do sistema de drenagem
Elementos de Fixação Reparação / Substituição de elementos afetados
Reforço dos elementos de serralharia
Pacotes de Manutenção de Edifícios 6. Coberturas
o 6.1 Coberturas Planas Página 1 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Co
be
rtu
ras
Coberturas Planas
(Terraços
Alvenaria da
Cobertura
Cerâmica
Reparação / Substituição de elementos afetados da alvenaria da cobertura Pedra Natural
Betão
Substituição total / Renovação de Cobertura Substituição global da cobertura
Consultoria e Inspeção da Cobertura Inspeção e verificação do estado geral dos elementos da cobertura
Apresentação de soluções vantajosas no desempenho de elementos da cobertura
Pacotes de Manutenção de Edifícios 6. Coberturas
o 6.1 Coberturas Planas Página 2 de 2
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Co
be
rtu
ras
Co
be
rtu
ras In
clin
ad
as
Plano de Manutenção Preventiva de Coberturas Inclinadas
Inspeção-geral da cobertura com intuito de verificar a existência de anomalias
Inspeção e limpeza do revestimento
Inspeção e limpeza superficial de claraboias e janelas
Inspeção e limpeza do sistema de drenagem
Inspeção e limpeza do sistema de remates
Inspeção e limpeza da estrutura de suporte
Inspeção e possível desobstrução dos pontos de ventilação
Intervenções ligeiras: Reparações pontuais de fissuras, empolamentos, descolamentos e desprendimentos
Intervenções ligeiras: Reparação de pequenas infiltrações
Aplicação de produtos de proteção dos elementos da cobertura (produtos anti-fungicidas, etc)
Lubrificação e reajuste dos elementos de fixação (apertos / folgas)
Lubrificar os órgãos de manobra e afinar os fechos de abertura de claraboias
Reparação / Substituição de Elementos da
Cobertura
Estrutura de Suporte
Estrutura de Suporte em Madeira
Reparação / Substituição de elementos da estrutura de suporte
Reforço da estrutura de suporte
Substituição total da estrutura de suporte
Estrutura de Suporte em Betão Armado
Reparação / Substituição de elementos da estrutura de suporte
Reforço da estrutura de suporte
Substituição total da estrutura de suporte
Estrutura de Suporte Metálico
Reparação / Substituição de elementos da estrutura de suporte
Reforço da estrutura de suporte
Substituição total da estrutura de suporte
Pacotes de Manutenção de Edifícios 6. Coberturas
o 6.2 Coberturas Inclinadas Página 1 de 3
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Co
be
rtu
ras
Co
be
rtu
ras In
clin
ad
as
Reparação / Substituição de Elementos da
Cobertura
Revestimento
Telha Cerâmica
Substituição de telhas danificadas / partidas
Recolocação de telhas e reforço dos elementos de fixação
Substituição total do revestimento
Telha de Micro – Betão
Substituição de telhas danificadas / partidas
Recolocação de telhas e reforço dos elementos de fixação
Substituição total do revestimento
Fibrocimento Reparação / Substituição de elementos danificados
Substituição total do revestimento
Metálico
Recolocação de revestimento e reforço dos elementos de fixação
Reparação / Substituição de revestimento corroído
Substituição total do revestimento
Plástico
Reparação / Substituição de elementos danificados
Recolocação de revestimento e reforço dos elementos de fixação
Substituição total do revestimento
Sistema de Ventilação Reparação / Substituição de pontos de ventilação
Sistema de Drenagem
Reparação / Substituição de caleiras, tubos de queda e ralos
Redimensionamento do sistema de drenagem
Substituição total do sistema de drenagem
Sistema de Remates Reparação / Substituição de elementos afetados do sistema de remates (juntas de dilatação, etc)
Sistema de Impermeabilização Reparação / Substituição do sistema de impermeabilização
Pacotes de Manutenção de Edifícios 6. Coberturas
o 6.2 Coberturas Inclinadas Página 2 de 3
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Co
be
rtu
ras
Co
be
rtu
ras In
clin
ad
as Reparação /
Substituição de Elementos da
Cobertura
Elementos de Fixação Reparação / Substituição de elementos afetados
Reforço dos elementos de serralharia
Claraboias e Janelas Reparação / Substituição de elementos partidos
Reparação no revestimento de caixilharia
Substituição total / Reabilitação da Cobertura Substituição global da cobertura
Consultoria e Inspeção da Cobertura Inspeção e verificação do estado geral dos elementos da cobertura
Apresentação de soluções vantajosas no desempenho de elementos da cobertura
Pacotes de Manutenção de Edifícios 6. Coberturas
o 6.2 Coberturas Inclinadas Página 3 de 3
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Fa
ch
ad
a -
Tra
ba
lho
s e
m A
ltu
ra
Plano de Manutenção de Fachadas
Inspeção geral de todos os elementos constituintes da fachada (revestimento, janelas, cantarias)
Verificação de efeitos patológicos (infiltrações, etc.)
Lavagem e pintura da fachada
Execução de pequenos reparos (reparação de fissuras, fixação de revestimentos, etc)
Manutenção de juntas de dilatação
Reabilitação de Fachadas
Reabilitação de fachadas por Etics
Substituição de caixilharia e envidraçados
Substituição de revestimento da fachada
Intervenção de Reparação / Conservação da Fachada
Limpeza
Limpeza da fachada
Limpeza de vidros
Lavagem de estores
Pinturas e Impermeabilização
Pintura e impermeabilização de revestimento da fachada
Pintura e impermeabilização de caixilharia exterior
Impermeabilização de varandas, cantarias e outros remates exteriores
Pintura e impermeabilização de juntas de dilatação
Pintura e impermeabilização de guarda fogos e rufos
Reparação do Revestimento da Fachada Fixação de revestimento
Reparação e tratamento de fissuras e fendas
Reparação / Substituição de Vidros e Caixilharia Substituição de vidros e janelas danificadas
Trocar silicones da janela
Reparação / Substituição de Portas Reparação / Substituição de portas de entrada
Pacotes de Manutenção de Edifícios 7. Fachada (Trabalhos em Altura) Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Zo
na
s C
om
un
s In
teri
ore
s Limpezas e Conservação
de Elementos
Limpeza Gerais
Limpeza de escadas e corrimões
Limpeza de hall de entrada e patamares de acesso aos apartamentos
Limpeza do interior dos armários dos contadores
Limpeza de Portas de Entrada, caixa de correio e elevadores
Limpeza e lavagem de vidros
Conservação de Elementos de Revestimento
Tratamento periódico de elementos de madeira
Limpeza, lavagem e vitrificação de pedra
Limpeza e tratamento de material cerâmico
Limpeza e tratamento de outros materiais
Reparação / Substituição de Elementos das Zonas
Comuns Interiores
Pavimentos Reparação / Substituição de pavimentos
Revestimento de Paredes e Teto Reparação de fissuras e/ou infiltrações
Pintura de paredes e tetos
Caixa de Escadas Reparação / Substituição de lance de escadas
Outros Reparação / Substituição de caixas do correio
Pacotes de Manutenção de Edifícios 8. Zona Comuns Interiores Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Ma
nu
ten
ção
Gera
l d
o
Ed
ifíc
io
Inspeção-geral do Edifício Inspeção-geral do edifício
Relatório completo de ações a promover no edifício
Manual de Utilização e Manutenção do Edifício Criação de Manual de Utilização e Manutenção do Edifício
Pacotes de Manutenção de Edifícios 9. Manutenção Geral do Edifício Página 1 de 1
ANEXO II
Pacote Sub-Pacotes Exemplos de Serviços
Seguros Seguro Multirrisco Condomínios
Seguro com cobertura de zonas comuns
Seguro com cobertura de todo o edifício (zonas comuns e propriedades individuais)
Seguro para Habitação Seguro com cobertura do imóvel e recheio
Consultoria jurídica
Advocacia
Deslocação para participação em assembleias de condomínio para esclarecimento jurídicos e/ou apresentação de propostas
Mediação e resolução de conflitos
Elaboração e/ou análise de contratos do condomínio
Solicitadoria
Deslocação para participação em assembleias de condomínio para esclarecimento jurídicos e/ou apresentação de propostas
Mediação e resolução de conflitos
Elaboração e/ou análise de contratos do condomínio
Auditoria e Consultoria Fiscal
Apoio Contabilístico e Fiscal de Condomínios Apoio na gestão financeira do condomínio
Auditoria às contas do condomínio
Consultoria técnica Apoio na Gestão Técnica de Condomínios Apoio na escolha de orçamentos de obras
Fiscalização e acompanhamento de obras no condomínio
Administração de Condomínios Gestão e administração geral do condomínio
Pacotes de Manutenção de Edifícios 10. Outros Pacotes Página 1 de 1
ANEXO III
ANEXO III
ANEXO III
PLANEAMENTO
DA
REUNIÃO
ANEXO 3
ANEXO 3
Anexo 3 – Planeamento da reunião
1. Apresentação inicial e fundamento da reunião
a. Agradecer a disponibilidade para a realização da entrevista
b. Apresentação formal e identificação como estudante no curso de Mestrado
Integrado em Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico
c. Explicar o conceito da dissertação e a importância da reunião no seu
desenvolvimento
2. Recolher informações sobre a atividade da entidade escolhida na administração de
condomínios
a. Data de início da atividade na administração de condomínios
b. Número de condomínios que atualmente administra
c. Quantos funcionários são responsáveis pela administração de condomínios
d. Utilização de software de apoio à gestão de condomínios
3. Apresentação em PowerPoint da plataforma eletrónica
a. Apresentação dos objetivos pretendidos para a plataforma
b. Identificação dos principais intervenientes
c. Apresentação das principais caraterísticas e funcionalidades da plataforma
d. Apresentação da área de cliente da empresa administradora de condomínios
e. Explicação das ferramentas desenvolvidas e disponibilizadas na área de
cliente
f. Exemplos de utilização da plataforma na gestão de condomínios
4. Realização de uma entrevista semiestruturada, com intuito de conhecer a opinião do
entrevistado em relação à utilidade da plataforma na gestão de condomínio
Estrutura e ordem de assuntos da entrevista
Perguntas
Análise geral da plataforma Qual é a primeira impressão da plataforma? Considera a plataforma uma ferramenta com utilidade?
Análise comparativa da plataforma
Que funcionalidades destaca que não tem no atual software da associação?
Gestão Financeira do condomínio
Considera que as ferramentas são uteis? Considera que devia ser implementada mais alguma ferramenta? A utilização de software na gestão é bastante importante na vertente financeira e contabilística do condomínio?
Gestão Técnica do Condomínio
Acha que esta vertente tem importância num software de gestão de condomínios? Qual a ferramenta que é mais eficiente?
Sala do Condomínio Considera benéfico existir um software interativo? O que considera da possibilidade de haver um fórum para os condóminos?
Calendário do Condomínio Considera interessante e funcional esta ferramenta?
Portal Sourcing
O que acha desta ferramenta? Acha que pode ter impacto positivo na qualidade do serviço contratado pelo condómino? Considera inovador? Utilizaria a ferramenta para a contratação de serviços?
Melhorias e recomendações para a plataforma
Quais os aspetos que se deve melhorar? Quais as ferramentas que acha que não deviam existir e que outras se podia implementar?
Abertura para a implementação da plataforma
na empresa
Consideraria a hipótese de utilizar esta plataforma na associação e como ferramenta de gestão dos condomínios?
ANEXO 3
ANEXO IV
ANEXO IV
PROTÓTIPO
DA
PLATAFORMA ELETRÓNICA
ANEXO IV
ANEXO IV
Anexo 4 – Protótipo da plataforma eletrónica
4.1 – Página Inicial (Website)
4.2 – Descrição de Serviços – Portal Sourcing
ANEXO IV
4.3 – Área de Cliente Condóminos/Admin. Condomínio Particular – Página
Principal
4.4 – Dados do Condomínio – Frações e Condóminos
ANEXO IV
4.5 – Gestão Financeira do Condomínio – Ferramenta para elaboração de
plano de orçamento
4.6 – Gestão Financeira do Condomínio – Mapa de Quotas
ANEXO IV
4.7 – Gestão Técnica – Contratos de manutenção
4.8 – Gestão Técnica – Ferramenta para elaboração de plano de vistoria
ANEXO IV
4.9 – Gestão Técnica – Simulador de obras futuras
4.10 – Descrição de Serviços – Portal Sourcing
ANEXO IV
4.11 – Sala do Condomínio – Fórum do Condomínio
4.12 – Portal Sourcing – Caixa para elaboração de pedido de proposta
ANEXO IV
4.13 – Portal Sourcing – Propostas recebidas
4.14 – Área de cliente de empresas de gestão de condomínios – Página
inicial
ANEXO IV
4.15 – Área de cliente de empresas de prestação de serviços – Página
inicial
4.16 – Gestão de procedimentos – Procedimentos por responder
ANEXO IV
4.17 – Gestão de procedimentos – Formulário para elaboração de
proposta
4.18 – Configurações – Formulário para filtro de serviços