desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

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Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento sistemático das empresas incubadas do programa de incubação de empresas de base tecnológica do Instituto de Tecnologia de Pernambuco. Amanda dos Santos Galindo 1 José Geraldo Pimentel Neto 2 Geraldo de Magela Souza Catão 3 José Augusto Menezes de Santana 4 Ederson Rodrigues de Melo 5 1 Graduada em Engenharia Química e Mestre em Engenharia Mecânica pela UFPE. Especialista em Análise de Risco pela Petrobrás. Assessora Técnica no Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do ITEP Av. Prof. Luís Freire, 700, Cidade Universitária. Recife-PE. (81) 3183-4381. [email protected]. 2 Graduado e Mestre em Geografia pela UFPE. Doutorando em Desenvolvimento pela UFPE. Coordenador do NIT do ITEP. [email protected]. 3 Graduado em Engenharia civil pela UFPE. Especialista em Quality control for American Society. Gerente do Programa da INCUBATEP do ITEP. [email protected] 4 Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco. Assessor Técnico da INCUBATEP do ITEP. [email protected]. 5 Graduado em Administração e Especialista em Gestão empresarial pela Uninassau. Coordenador da INCUBATEP do ITEP.[email protected].

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Page 1: Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

sistemático das empresas incubadas do programa de incubação de

empresas de base tecnológica do Instituto de Tecnologia de

Pernambuco.

Amanda dos Santos Galindo1

José Geraldo Pimentel Neto2

Geraldo de Magela Souza Catão3

José Augusto Menezes de Santana4

Ederson Rodrigues de Melo5

1Graduada em Engenharia Química e Mestre em Engenharia Mecânica pela UFPE. Especialista em

Análise de Risco pela Petrobrás. Assessora Técnica no Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do ITEP –

Av. Prof. Luís Freire, 700, Cidade Universitária. Recife-PE. (81) 3183-4381.

[email protected]. 2Graduado e Mestre em Geografia pela UFPE. Doutorando em Desenvolvimento pela UFPE.

Coordenador do NIT do ITEP. [email protected]. 3Graduado em Engenharia civil pela UFPE. Especialista em Quality control for American Society.

Gerente do Programa da INCUBATEP do ITEP. [email protected] 4Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco. Assessor Técnico da INCUBATEP

do ITEP. [email protected]. 5 Graduado em Administração e Especialista em Gestão empresarial pela Uninassau. Coordenador da

INCUBATEP do [email protected].

Page 2: Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

Resumo

O Instituto de tecnologia de Pernambuco (ITEP) possui a incumbência de monitorar

quatro incubadoras de base tecnológica, localizadas nos Arranjos Produtivos Locais –

APL’s – do estado, sendo eles: confecção e moda de Caruaru, caprinovinocultura em

Serra Talhada, fruticultura e vitivinicultura em Petrolina e a Região Metropolitana de

Recife. O Itep gerencia respectivamente as seguintes incubadoras nos APL’s citados:

ITAC, Incubadora do Pajeú, INVASF e INCUBATEP. Devido à impossibilidade de

realizar visitas constantes em todas as incubadoras, ocasionada primordialmente por

cortes de eficientização monetária, estruturou-se uma metodologia que monitora tanto

as incubadoras quanto as empresas nelas incubadas, proporcionando, além disso, a

padronização da estrutura gerencial. A metodologia baseia-se nos cinco eixos

estabelecidos pelo Centro de Referência para Apoio de Novos Empreendimentos

(CERNE) – Gestão, Capital, Tecnologia, Mercado e Empreendedor. Consiste na

aplicação periódica de formulários de avaliação dos incubados e rondas sistematizadas a

serem executadas pelas incubadoras a fim de corroborar a boa conservação das

estruturas físicas bem como o bom relacionamento com as empresas nelas incubadas.

Constitui-se por 4 subsistemas de coleta de dados dos formulários e rondas de

avaliações dos incubados, sendo cada subsistema correspondente a uma das

incubadoras, além disso, possui uma planilha central que compila todos os dados,

possibilitando monitorar o desenvolvimento de todas as empresas incubadas, analisando

ao mesmo tempo o grau de maturidade das incubadas e o grau de gerenciamento das

incubadoras. Os formulários são preenchidos na plataforma do Google forms. As rondas

consistem em check-lists físicos a serem preenchidos no momento da visita do gerente

local da incubadora aos incubados. Todos os resultados devem ser atualizados nos

subsistemas e monitorados no sistema central, permitindo uma análise crítica geral para

a melhoria contínua do processo. Embora o sistema encontre-se ainda em fase de

implementação geral, os formulários já preenchidos pelos incubados tem possibilitado

aos coordenadores locais um papel bem mais ativo na percepção dos pontos de melhoria

que precisam ser trabalhados nas empresas incubadas e assim, já têm gerado a

requisição de cursos orientados a suprir as lacunas no desenvolvimento das empresas.

As limitações práticas se devem especialmente àquelas apresentadas na ferramenta

disponibilizada pelo Google forms, que limita, por exemplo, a impressão individual de

respostas do formulário. Toda ferramenta que possibilite o aprimoramento do processo

de incubação de empresas e de desenvolvimento das mesmas contribui para colocação

destas no mercado e consequentemente para maior movimentação de capital e geração

de empregos, impactando diretamente na sociedade. Como aspectos originais do

trabalho aponta-se que se trata não só de um sistema de monitoramento das empresas

incubadas, mas também de várias incubadoras ao mesmo tempo, tornando a

problemática mais complexa, porém possibilitando uma troca mútua de experiências

que possibilita uma melhoria multiestrutural consistente e promissora.

Palavras chave: Incubadora, gerenciamento de sistema de incubação, empresa de base

tecnológica, grau de maturidade, CERNE.

Page 3: Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

Introdução

Quando se trata do monitoramento das empresas incubadas, aspecto tratado na

implementação do CERNE 1, que foca no processo de incubação e desenvolvimento

dos empreendimentos, uma das dificuldades encontradas pela incubadora é a

segmentação dos dados a respeito dos incubados, dos graduados, das atividades de

acompanhamento, entre outras, que estão sendo desenvolvidas isoladamente ou em

pequenos grupos que compõem a equipe da incubadora.

Sistemas como o Macropus, desempenham eficientemente o papel de tutoria

quanto à evolução da incubadora e o arquivamento de materiais, porém, sentiu-se a

necessidade de haver cadastramento para ações mais pontuais. Para tanto, criou-se o

SISMEP/ITEP (Sistema de Monitoramento de Empresas Incubadas do ITEP),

formatado em Google Docs, capaz de ser acessado e editado por todos da equipe, a fim

de que as informações sobre dados e ações executadas com cada empresa incubada

fossem claramente transmitidas sem a necessidade de arcar com custos de instalações de

uma rede de acesso remoto.

Este trabalho consiste na descrição de uma série de boas práticas que

proporcionaram a criação de uma organização sistemática de dados e facilitaram o

trabalho conjunto da equipe que compõe a incubadora de empresas do Instituto de

Tecnologia de Pernambuco - ITEP. A figura 1 esquematiza o procedimento geral de

dados. O Sistema Subdivide-se em quatro segmentos, cada um dos quais,

correspondentes a uma das incubadoras do ITEP.

Page 4: Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

Figura 1: Funcionamento do Sistema SISMEP/ITEP

Desenvolvimento

Inicialmente, o SISMEP/ITEP foi implementado apenas na unidade de Recife, a

fim de servir de modelo de implementação das demais incubadoras atreladas. A figura 2

interface inicial.

Page 5: Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

Figura 2: Interface primária.

O sistema subdivide-se em 10 seções:

1. Incubados

Possui dados de todas as empresas, inclusive das já graduadas, como

responsável, contato, data de entrada da empresa na incubadora, status (pré, pós ou

incubada), ainda, há um alerta que é ativado quando determinada empresa precisa de

reavaliação de seu status devido ao tempo de permanência na incubadora. A figura 3

expõe formato da planilha.

Figura 3: Planilha com dados das empresas.

2. Monitoramento

Page 6: Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

Gráficos de dados por empresa, como faturamento médio e número de clientes.

Estes dados devem sempre ser monitorados para análise do desenvolvimento da

empresa semestre a semestre, conforme figura 4.

Figura 4: Monitoramento semestral das empresas.

3. PI-NIT

Contém marcas e patentes monitoradas pelo Núcleo de Inovação Tecnológica

atrelado à incubadora, cuja planilha é apresentada na figura 5.

Figura 5: Planilha de monitoramento NIT.

4. Treinamentos

Agenda (Figura 6) de treinamentos realizados ao longo do ano, sendo eles

internos ou externos, com a listagem dos participantes.

Page 7: Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

Figura 6: Agenda de treinamentos.

5. Ações

A planilha de monitoramento permitiu a organização das ações geradas por meio

de diversas entradas, como rondas, visitas às empresas, reclamações das próprias

empresas ou externas, a respeito de manutenções na estrutura, necessidade de auxílio

em uma etapa do processo, solicitações, entre outros.

Uma vez cadastradas, é dado um prazo às ações e estabelecido um responsável

pela execução, passado o prazo, o status muda de “No prazo”, em verde para “Fora do

prazo”, em vermelho, facilitando a visualização das ações emergenciais, conforme

apresentado na figura 7.

Figura 7: Monitoramento das ações de suporte aos incubados.

6. Gráficos das ações

A figura 8 expressa a porcentagem de execução das ações geradas, desta forma,

o ideal é que sempre se supere a meta de execução de pelo menos 80% das ações

geradas mensalmente.

Page 8: Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

Figura 8: % das ações corretivas resolvidas no prazo.

7. Rondas

As rondas consistem em check-lists a serem preenchidos toda vez que se visita

determinada empresa incubada (bimestralmente), a fim de que sejam observados os

vários aspectos que permitem determinar seu atual estado de evolução. É uma entrevista

com 20 perguntas, feita por um representante da incubadora a um representante da

empresa, onde são analisados desde aspectos de estrutura física e financeira da empresa

até aspectos de convivência com os demais colaboradores e o andamento do projeto.

É concedida uma nota de 0 a 10, proporcional ao número de respostas positivas,

conforme verifica-se na figura 9. Desta forma, pode-se constatar se a empresa tem

evoluído ao longo dos meses de avaliação.

Figura 9: Quantitativo e pontuação das Rondas realizadas.

8. Salas

A seção “Salas” permite visualizar quais as salas encontram-se ocupadas e por

quais empresas. Permite também acesso a um banco de dados com todos os móveis e

acessórios que pertencem ao patrimônio da sala, conforme figura 10.

Page 9: Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

Figura 10: Descrição de ocupação de salas.

9. Formulários

Os formulários consistem em um método de avaliação semestral em formato de

questionário, com 74 perguntas, que analisam os aspectos das empresas em todos os

eixos do CERNE. A figura 11 contém a página inicial do formulário de avaliação das

empresas.

Figura 11: Formulário de avaliação de empresas.

10. Nossa equipe

A última seção trata da apresentação da equipe (figura 12).

Page 10: Desenvolvimento de uma metodologia para o monitoramento

Figura 12: Equipe: contato e apresentação.

Conclusão

A ferramenta tem tornado a equipe mais homogênea quanto às informações

sobre as ocorrências geradas, eficientizando e agilizando a execução das tarefas, já que

as ações, uma vez cadastradas, passam a ser de conhecimento de todos e geram

cobranças entre os membros para cumprimento das metas de execução.

Referências

Cento de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (CERNE). Manual de

Implementação, Cerne 1 e 2. 2015.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). ISO 9001:2008. NORMA

BRASILEIRA. Sistema de gestão da qualidade – Requisitos. 2ª Edição, 2008.