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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Alexandre Alberto Cardoso Rössmann Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre São Carlos 2012

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Alexandre Alberto Cardoso Rössmann

Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice Ultravioleta na

Superfície Terrestre

São Carlos

2012

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Alexandre Alberto Cardoso Rössmann

Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice Ultravioleta na

Superfície Terrestre

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

à Escola de Engenharia de São Carlos, da

Universidade de São Paulo

Curso de Engenharia Elétrica com ênfase

em Eletrônica

ORIENTADORA: Prof. Dra. Liliane Ventura

São Carlos

2012

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO,POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINSDE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Rössmann, Alexandre Alberto Cardoso R837d Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do

Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre / AlexandreAlberto Cardoso Rössmann; orientadora Liliane Ventura.São Carlos, 2012.

Monografia (Graduação em ) -- Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 2012.

1. Medidor de Índice Ultravioleta. 2. Radiação Ultravioleta. 3. Sensores UVB. 4. Sensores de ÍndiceUV. I. Título.

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Dedicatória

A Deus e à minha família, pela força e apoio em todas as horas.

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Agradecimentos

À Prof. Liliane Ventura, pela orientação, respeito e por ser parte importante da minha

formação profissional;

À minha família, pelo apoio e confiança no meu modo de seguir a minha vida;

À minha namorada, Juliana Parada, pelo amor e carinho em todos os momentos, pela

leitura e correção de erros de Português deste trabalho;

Aos amigos Marcio Mello, Luis Lopes, Matheus Figueiredo e Rodrigo Chaves, do

Laboratório de Instrumentação Oftálmica (LIO - Departamento de Engenharia Elétrica -

EESC - USP), pelas ajudas e pela paciência ao longo do trabalho;

Aos amigos Thallys Lima, Dellayne Grillo, Vinícius Campos e Fausto Rodrigues pela

amizade em todos os momentos;

Aos funcionários do Departamento de Engenharia Elétrica (EESC - USP), em especial

à Jussara Zoia, por todas as dúvidas sanadas e ajudas prestadas;

Aos Professores e técnicos do Departamento de Engenharia Elétrica (EESC - USP) por

terem contribuído em todos os aspectos da minha vida acadêmica e na minha formação

como Engenheiro Eletricista;

À FAPESP (processo 2011/06079-2) e ao Laboratório de Instrumentação Oftálmica,

pelo apoio financeiro deste projeto.

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Sumário

Lista de Figuras

Lista de Tabelas

Lista de Símbolos e Abreviaturas p. 21

Resumo p. 23

Abstract p. 25

1 Introdução p. 27

1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 28

1.2 Estrutura do Documento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 28

2 Estado da Arte p. 29

2.1 Radiação Solar e Atmosfera Terrestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 29

2.2 Radiação Ultravioleta (UV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 31

2.3 Fatores Determinantes da Radiação UV na Terra . . . . . . . . . . . . p. 32

2.3.1 Elevação do Sol ou Ângulo Solar Zenital . . . . . . . . . . . . . p. 32

2.3.1.1 Hora do Dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 34

2.3.1.2 Estação do Ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 34

2.3.1.3 Latitude Geográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 34

2.3.2 Nuvens e Névoa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 35

2.3.3 Altitude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 36

2.3.4 Reflexão de Superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 36

2.4 Interação da RUV e o Ozônio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 36

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2.5 Efeitos da Radiação UV nos Seres Humanos . . . . . . . . . . . . . . . p. 38

Espectro de Ação do Eritema . . . . . . . . . . . . . . . p. 38

2.6 Índice UV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 39

3 Materiais e Métodos p. 45

3.1 O Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 45

3.2 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 46

3.2.1 Sensor de Índice Ultravioleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 46

3.2.2 Protótipo da Fonte de Alimentação . . . . . . . . . . . . . . . . p. 49

3.2.3 Protótipo de Teste - PIC24FJ64GB002 . . . . . . . . . . . . . . p. 52

3.2.4 Protótipo de Teste - Bluetooth . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 56

3.2.5 Protótipo Final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 57

3.2.6 Programação - Protótipo Final . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 62

3.2.6.1 Programação dos módulos Bluetooth . . . . . . . . . . p. 62

3.2.6.2 Programação do PIC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 64

3.2.7 Placas Finais - Módulo 1 e Módulo 2 . . . . . . . . . . . . . . . p. 66

4 Resultados p. 69

4.1 Testes com o Protótipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 69

4.1.1 Testes com o Protótipo da Fonte de Alimentação . . . . . . . . p. 69

4.1.2 Testes com o Protótipo do Bluetooth . . . . . . . . . . . . . . . p. 69

4.1.3 Testes com o Protótipo Final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 72

4.2 Comparações com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais . . . . . p. 73

4.3 Discussão dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 76

4.4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 77

4.5 Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 77

Referências p. 79

Apêndices . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 81

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Apêndice A - Esquemático do protótipo da fonte de alimentação . . . . p. 81

Apêndice B - Esquemático do protótipo de teste do PIC24FJ64GB002 . p. 82

Apêndice C - Esquemático do protótipo de teste do Bluetooth . . . . . p. 83

Apêndice D - Esquemático da placa final do módulo 1 . . . . . . . . . . p. 84

Apêndice E - Esquemático da placa final do módulo 2 . . . . . . . . . . p. 85

Apêndice F - Código fonte do protótipo final . . . . . . . . . . . . . . . p. 86

Apêndice G - Dados obtidos pelo site do INPE . . . . . . . . . . . . . . p. 90

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Lista de Figuras

1 O espectro eletromagnético em relação à frequência em Hz [Alterada de

http://www.fisica.ufs.br/egsantana/cuantica/negro/espectro/espectro.

htm em 15/10/2012]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 30

2 Comparação entre radiação solar e corpo negro [2]. . . . . . . . . . . . p. 30

3 Delimitações da faixa do espectro eletromagnético no qual se encontra

a radiação ultravioleta [Alterada de: http://www.akarilampadas.com.

br/informacoes/desinfeccao-ultravioleta-uv.php]. . . . . . . . . p. 31

4 Fatores que afetam o nível de radiação ultravioleta que atinge a superfície

terrestre [Alterada de: WORLD HEALTH ORGANIZATION, Global

Solar UV-Index: A Pratical Guide]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 33

5 Geometria para medidas de ultravioleta solar[10]. . . . . . . . . . . . . p. 34

6 Nível de concentração do buraco na camada de ozônio é menor que a mé-

dia global [Alterada de: http://ozonewatch.gsfc.nasa.gov/facts/

dobson.html em 29/09/2012]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 38

7 Referência do espectro de ação do eritema adotados pela CIE e IEC. . . p. 39

8 Espectro de ação do Eritema simulado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 41

9 Aplicação da ponderação do eritema [Alterada de: KIEDRON, P. et al.,

Instantaneous UV Index and Daily UV Dose Calculations]. . . . . . . . p. 41

10 Curva típica de variação do índice UV ao longo do dia [Alterada de:

WORLD HEALTH ORGANIZATION, Global Solar UV-Index: A Pra-

tical Guide.]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 42

11 Classificação do IUV por cores [Retirada de: http://satelite.cptec.

inpe.br/uv/ em 07/11/2012]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 43

12 Tempo para queimar a pele em minutos de acordo com o tipo de pele

[Alterada de: VANICEK, K. et al., UV-Index for the Public.]. . . . . . p. 44

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13 Curso anual do IUV para diferentes latitudes ao meio-dia, em dias claros

e ao nível do mar. Curso diário de IUV para diferentes latitudes em

Junho e em dias claros [Alterada de: VANICEK, K. et al., UV-Index for

the Public.]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 44

14 Diagrama de blocos ilustrativo do protótipo para medição do índice ul-

travioleta na superfície terrestre desenvolvido no LIO. . . . . . . . . . . p. 46

15 Foto do sensor de IUV [Folha de dados do fabricante: http://www.

sglux.com/uploads/tx_ttproducts/datasheet/UV-Sensor_UV-Cosine.

pdf]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 47

16 Curva de ação eritêmica da CIE comparada ao do sensor de IUV [Folha de

dados do fabricante: http://www.sglux.com/uploads/tx_ttproducts/

datasheet/UV-Sensor_UV-Cosine.pdf]. . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 47

17 Ângulo de recepção do sinal, isto é, correção de cosseno do sensor de

IUV [Folha de dados do fabricante: http://www.sglux.com/uploads/

tx_ttproducts/datasheet/UV-Sensor_UV-Cosine.pdf]. . . . . . . . . p. 48

18 Circuito proposto pelo fabricante para a medição do IUV [Folha de da-

dos do fabricante: http://www.sglux.com/uploads/tx_ttproducts/

datasheet/UV-Sensor_UV-Cosine.pdf]. . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 49

19 PCI projetada e montada do protótipo da fonte de alimentação. . . . . p. 50

20 Montagem do protótipo da fonte de alimentação. . . . . . . . . . . . . p. 50

21 Diagrama de blocos ilustrativo do protótipo da fonte de alimentação. . p. 51

22 Encapsulamento do PIC24FJ64GB002 [Folha de dados do fabricante:

http://ww1.microchip.com/downloads/en/DeviceDoc/39940d.pdf]. p. 53

23 Comunicações realizadas pelo PIC24FJ64GB002 no módulo 1 e no mó-

dulo 2, respectivamente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 54

24 Configuração dos osciladores indicada pelo fabricante [Alterada da fo-

lha de dados do fabricante: http://ww1.microchip.com/downloads/

en/DeviceDoc/39940d.pdf]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 55

25 Placa de circuito impresso projetada para o protótipo de testes do PIC. p. 55

26 PCI com os componentes do protótipo de testes do PIC. . . . . . . . . p. 56

27 Diagrama de blocos do funcionamento interno do RN-41 [Folha de dados:

http://www.rovingnetworks.com/resources/download/18/RN_41]. . p. 56

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28 Pinagem do RN-41 [Folha de dados: http://www.rovingnetworks.com/

resources/download/18/RN_41]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 57

29 Frente e verso da PCI projetada para este protótipo de teste. . . . . . . p. 58

30 PCI com os componentes do protótipo de testes do Bluetooth. . . . . . p. 58

31 Módulo RN-42-SM [Folha de dados: http://www.rovingnetworks.com/

resources/download/20/RN_41_SM_RN_42_SM.] . . . . . . . . . . . . . p. 58

32 Diagrama de blocos do funcionamento do protótipo final. . . . . . . . . p. 59

33 Montagem do protótipo final. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 59

34 Modelo utilizado para simular o sensor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 61

35 Esquemático utilizado para a comunicação USB. . . . . . . . . . . . . . p. 61

36 Funcionamento dos LED’s e seu respectivo esquemático. . . . . . . . . p. 62

37 Diagrama de blocos representativo do software do PIC. . . . . . . . . . p. 65

38 Frente e verso do hardware final do módulo 1 com ênfase nos seus periféricos. p. 66

39 Frente e verso do hardware final do módulo 2 com ênfase nos seus periféricos. p. 67

40 Tensão de 12 V no protótipo da fonte de alimentação. . . . . . . . . . . p. 70

41 Tensão de 5 V no protótipo da fonte de alimentação. . . . . . . . . . . p. 70

42 Tensão de 3,3 V no protótipo da fonte de alimentação. . . . . . . . . . p. 71

43 Comunicação entre os rádios Bluetooth. . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 71

44 Comunicação USB entre o PIC e o PC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 72

45 Conexão entre os módulos Bluetooth. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 73

46 Comparação das medidas feitas com o CPTEC. . . . . . . . . . . . . . p. 75

47 Classificação das medidas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 75

48 Classificação das medidas obtidas no sítio do CPTEC. . . . . . . . . . . p. 76

49 Dados obtidos pelo site do INPE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 92

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Lista de Tabelas

1 Limites de duração de exposição à RUV em relação aos limites de expo-

sição [5]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 32

2 Latitudes das estações de medidas e valores máximos e mínimos de ângulo

solar zenital [18]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 33

3 Porcentagem de UVB e UVA recebidos diariamente durante vários pe-

ríodos de dias claros de verão. [6] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 35

4 Valores típicos de radiação UVB ambiente, diário e anual, expressos em

unidades de MED [6] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 35

5 Variação do valor de 1MED em relação ao tipo de pele, entre outros

fatores [3]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 38

6 Categorias de exposição da radiação UV. [2][4] . . . . . . . . . . . . . . p. 43

7 Variação do valor de 1MED em relação ao tipo de pele, entre outros

fatores [3]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 43

8 Resultados obtidos para cada valor de tensão do protótipo projetado. . p. 69

9 Medidas realizadas com o sensor de índice UV. Medidas foram compa-

radas com o INPE e com os dados do CPTEC para a cidade de São

Carlos-SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 74

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Lista de Símbolos e Abreviaturas

CIE Commission Internationale de l’Eclairage

CPTEC Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos

GMT Greenwich Mean Time

ICNIRP International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection

IEC International Electrotechnical Commission

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IUV Índice Ultravioleta

LED Light-emitting Diode

MED Minimal Erithemal Dose

OMS Organização Mundial de Saúde

PCI Placa de Circuito Impresso

RUV Radiação Ultravioleta

SMD Surface Mount Device

UNEP United Nations Environment Programme

UV Ultravioleta

UVI Ultraviolet Index

WHO World Health Organization

WMO World Meteorological Organization

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Resumo

O índice ultravioleta foi criado em vários locais do mundo para estabelecer padrões

únicos de divulgação de intensidade da radiação ultravioleta na superfície terrestre. Neste

trabalho foi desenvolvido um protótipo eletrônico para a medição do índice UV na su-

perfície terrestre, mais precisamente na área 1 do campus da USP em São Carlos (SP),

Brasil. O sistema consistiu de um sensor para radiação ultravioleta, com sensibilidade

espectral na faixa de 200 a 400 nm, com correção de cosseno para o ângulo solar zenital,

que integra a irradiância UV ao espectro de ação do eritema, segundo Comissão Interna-

cional de Iluminação, com um erro menor que 3%, fornecendo dados de índice UV numa

taxa de 0,115 V por índice UV. Consistiu, também, de dois módulos microcontrolados

com comunicação entre eles via Bluetooth, e do segundo com interface para o computador

via USB. Medidas foram obtidas com o sistema desenvolvido e os dados foram compara-

dos com os fornecidos pelo site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O

protótipo desenvolvido será posteriormente conectado a um painel eletrônico, que ficará

disponível ao público no Departamento de Engenharia Elétrica da EESC/USP.

Palavras-chave: Medidor de Índice Ultravioleta, Radiação Ultravioleta, Sensores UVB/Índice-

UV

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Abstract

The ultraviolet index (UVI) was created in several locations around the world to

establish unique patterns for dissemination of ultraviolet radiation intensity on earth’s

surface. We have developed an electronic prototype for the measurement of UV index on

Earth surface, more precisely at the USP campus in São Carlos (SP), Brazil. The system

consists of an ultraviolet sensor with spectral sensitivity range of 200 to 400 nm and

cosine correction for solar zenith angle, which integrates UV irradiance to the erythema

action spectrum, according to International Commission on Illumination, with an error

less than 3%, providing UV index data at a rate of 0.115 V by UVI. Consist also of two

microcontrolled modules with communication via Bluetooth, and the second interfaces

computer via USB. A few measurements were obtained with the developed system and

the results were compared with the provided by Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(INPE) website. The prototype will then be connected to an electronic panel and it will

be available to the public at the Departament of Electrical Engineering (EESC/USP).

Keywords: Ultraviolet Index Meter, Ultraviolet Radiation, UVB/UV-Index Sensors

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1 Introdução

A radiação ultravioleta (RUV) tráz muitos efeitos benéficos e, também, maléficos

se ultrapassarem os limites considerados seguros. Caso isso aconteça, os seres humanos

devem tomar medidas preventivas, particularmente, na pele e nos olhos [3]. Exposições

prolongadas à RUV podem causar à saúde humana efeitos agudos e crônicos na pele, nos

olhos e no sistema imunológico. A longo prazo, podem causar degenerações nas células, nos

tecidos fibrosos e nos vasos sanguíneos levando a um envelhecimento precoce. A radiação

UV pode causar, também, reações inflamatórias nos olhos, como as fotoqueratites. [4] [5]

[6] [2].

Entretanto, a exposição à RUV não tráz apenas efeitos maléficos à saúde humana e

dos animais, ela é indispensável à nossa saúde, mas em pequenas quantidades [4] [5] [6] [2].

Apenas 15 minutos de sol da primavera na palma das mãos é suficiente para a produção de

vitamina D (vitamina D3), que é transportada aos órgãos via corrente sanguínea [6]. Suas

ações principais envolvem: prevenção de raquitismo, liberação de hormônios, absorção de

nutrientes, dentre outros [5].

Os dois problemas de saúde pública principais relacionados à RUV são os cânceres

de pele e as cataratas, uma vez que ocorrem no mundo entre 2 a 3 milhões de casos de

cânceres de pele do tipo não-melanomas e cerca de 132 mil casos de cânceres de pele do

tipo melanoma a cada ano [4]. Enquanto os casos não-melanoma podem ser retirados

cirurgicamente e são raramente letais, os melanomas contribuem substancialmente para

as taxas de mortalidade. Outro dado alarmante é que entre 12 a 15 milhões de pessoas

são cegas devido a cataratas. De acordo com World Health Organization (WHO), mais de

20% destes casos podem ser decorrentes da exposição a longo prazo à radição solar, espe-

cialmente na Índia, no Paquistão e em outros países do "cinturão da catarata"(Cataract

Belt), próximos à linha do Equador. [4].

Outro aspecto importante também é que a radiação solar que atinge o solo é influen-

ciada por fatores astronômicos e geográficos, assim como pelas condições atmosféricas. As

atividades humanas alteram o ambiente, afetando a atmosfera, ou poluindo o ar, ou ainda

influenciando na espessura da camada de ozônio. A atuação humana introduz muitas

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variáveis nas medidas de radiação UV que diferem amplamente no tempo e no espaço.

Para simplificar o entendimento dessas variáveis e transmiti-lo ao público leigo foi criado

um parâmetro indicador de exposição à radiação UV, que foi chamado de Índice UV e

foi adotado por inúmeras instituições internacionais como WHO, já citada, World Me-

teorological Organization (WMO), United Nations Environment Programme (UNEP) e

International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection (ICNIRP) [3] [4] [5].

No presente trabalho pretende-se criar um protótipo para medição do índice ultravio-

leta na superfície terrestre e monitorar o Índice Ultravioleta na cidade de São Carlos-SP,

posicionada na latitude de 21.87° S, longitute de 47.90° W, altitude média de 856 metros,

e, a partir daí, comparar com o dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Cli-

máticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e com os dados

obtidos pelo satélite do mesmo.

1.1 Objetivos

Este trabalho tem como o objetivo a criação do hardware e do software para a imple-

mentação em um protótipo para medir o índice ultravioleta na superfície terrestre.

1.2 Estrutura do Documento

Este trabalho está organizado conforme segue. No Capítulo 1 é feita uma introdução

do trabalho e do objetivo do trabalho. No Capítulo 2 serão abordados os conceitos que

envolvem a radiação ultravioleta, a medida de índice UV, como é feita a apresentaçao ao

público, seus focos de pesquisa, dentre outros dados pertinentes ao trabalho. O Capítulo

3 tratará sobre o sistema de medição de índice UV proposto, todos os materiais envolvidos

no projeto e sua metodologia. O Capítulo 4 apresenta os testes e as montagens do sistema,

as medidas realizadas, as comparações com os padrões disponíveis e a conclusão referente a

todo o trabalho e aos resultados obtidos. Posteriormente, apresentar-se-ão as Referências

Bibliográficas utilizadas durante a pesquisa desenvolvida neste trabalho, os apêndices com

os algoritmos e circuitos desenvolvidos.

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2 Estado da Arte

Neste capítulo, serão discutidos os principais aspectos teóricos levados em consideração

para o embasamento e a elaboração do protótipo de medidas de índice ultravioleta.

2.1 Radiação Solar e Atmosfera Terrestre

No início dos estudos de óptica, havia duas teorias "rivais", a teoria corpuscular da luz

proposta por Newton, e a teoria ondulatória defendida por Huygens. A teoria corpuscular

foi convincentemente anulada pelo experimento da dupla-fenda de Young em 1801, e pela

interpretação de difração da onda introduzida por Fresnel em 1815. Posteriormente,

Maxwell, por meio de suas famosas equações publicadas em 1873, deu o embasamento

teórico que faltava a tais experimentos [17].

Em 1901, com a hipótese de Planck, a situação mudou. Quatro anos depois, em

1905, Einstein aplicou a teoria quântica de Planck para explicar o Efeito Fotoelétrico.

Mais tarde, o Efeito Compton, o Efeito Raman, dentre outros, provaram que a luz deve

consistir de pequenos pacotes de energia denominados por Max Planck de quantum, para

o caso do calor, e fóton, segundo Einstein, para o caso da luz. Estas ideias revolucionárias

deram as bases para a teoria quântica da luz e do átomo [17].

A equação 2.1 demonstrada por Max Planck mostra, dentre outras coisas, que a

energia da radiação eletromagnética de um quantum é inversamente proporcional ao com-

primento de onda.

E =h · cλ

(2.1)

No qual, E é a energia de um quantum (em J/m2), h é a constante de ação de Planck

(6.63×10−23 J ·s), c é a velocidade da luz no vácuo (2, 998×108 m/s), e λ é comprimento

de onda (em m).

Sabe-se que o comprimento de onda está intimamente ligado à frequência pela relação

da Equação 2.2.

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30

c = λ · f ⇔ λ =c

f(2.2)

Dessa maneira, no espectro eletromagnético, visto na Figura 1, quanto maior a frequên-

cia, menor o comprimento de onda.

Figura 1: O espectro eletromagnético em relação à frequência em Hz [Alteradade http://www.fisica.ufs.br/egsantana/cuantica/negro/espectro/espectro.htmem 15/10/2012].

De acordo com a lei de Planck, podemos aproximar o espectro da radiação solar ao de

um corpo negro emitindo energia a uma temperatura de 6000 Kelvin (K), como se pode

ver na Figura 2. Pode-se notar que a faixa do visível representa apenas uma pequena

parcela em comprimento de onda, no entanto, está no pico de energia fornecida pelo sol

[19].

Figura 2: Comparação entre radiação solar e corpo negro [2].

O fluxo de energia na superfície solar, que é de aproximadamente 5, 98× 107 W/m2,

varia de acordo com a lei do inverso do quadrado da distância. Assim, foi determinada

uma constante solar (CS), relativa à quantidade de energia recebida por unidade de área.

Esta constante CS varia de 1.322 W/m2 até 1.382 W/m2, e a maioria dos autores adota

o valor de 1.367 W/m2 [2].

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O estudo da radiação solar é importante, porque quase toda a vida na Terra depende,

de alguma forma, da energia fornecida pelo Sol [1]. Ele é responsável pelo desenvolvimento

e pela manutenção da vida na Terra, aquecendo por meio dos raios infravermelhos, atu-

ando nas correntes de ar e, o mais importante, a luz visível é essencial para a fotossíntese,

uma vez que dela as plantas derivam sua energia.

2.2 Radiação Ultravioleta (UV)

A radiação ultravioleta foi descoberta em 1801 por Johann Wilhelm Ritter (1776 -

1810) e constitui aproximadamente 7% da energia emitida pelo Sol [2]. Ela ocupa a

porção do espectro eletromagnético com comprimento de onda de 100 a 400 nanometros

[5]. Fotobiologistas definem e subdividem a RUV em três partes, basicamente: UVA,

UVB e UVC [3][5][4][6]. Essa divisão é bastante arbitrária e é feita de acordo com a ação

que cada faixa de comprimento de onda afeta os seres vivos. Em discussão sobre estes

efeitos biológicos, a Comissão Internacional de Iluminação (CIE) dividiu o espectro UV

em três bandas, nas quais a faixa espectral que vai de 315 a 380-400 nm é designada como

UVA, a faixa que vai de 280 a 315 nm como UVB, e a de 100 a 280 nm como UVC [CIE

1987, 1999]. Existe também a designação chamada UV-Vácuo, que compreende a faixa

de 100 nm a 180 nm [5]. Na Figura 3, pode-se ver a divisão adotada pela CIE e a maioria

dos órgãos.

Figura 3: Delimitações da faixa do espectro eletromagnético no qual se encontra aradiação ultravioleta [Alterada de: http://www.akarilampadas.com.br/informacoes/desinfeccao-ultravioleta-uv.php].

A radiação UV deve ser quantificada em termos de irradiância (em W/m2 ou W/cm2)

para exposição contínua, e em termos de exposição radiante ou dose (em J/m2 ou J/cm2)

para exposição por tempo limitado (ou pulsado), no olho ou na pele [5].

Outro fator importante em relação à exposição à RUV é a sua geometria, pois o olho,

por exemplo, é anatomicamente protegido contra a RUV do sol e os limites devem ser

aplicados a exposições diretamente perpendiculares às superfícies do corpo, medidos com

instrumentos com correção de cosseno [5], tema, este, que será abordado na seção 2.3.

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A Tabela 1, fornecida pelo ICNIRP, estabelece os limite de irradiância efetiva que

pode ser recebido de acordo com o tempo de exposição ao longo do dia. Nota-se que,

quanto menor o tempo, maior a irradiância efetiva que pode ser recebida pela pele. Para

uma pessoa que fica exposta por 8 horas ao Sol, ela pode receber uma irradiância efetiva

de 1 mW/m2

Tabela 1: Limites de duração de exposição à RUV em relação aos limites de exposição[5].

Duração da exposição Irradiância efetivapor dia Eeff (W/m2)8 h 0,0014 h 0,0022 h 0,0041 h 0,008

30 min 0,01715 min 0,03310 min 0,055 min 0,11 min 0,5

2.3 Fatores Determinantes da Radiação UV na Terra

É importante enfatizar que a radiação UV, que atinge a Terra, varia de acordo com

múltiplos fatores, dentre eles, astronômicos; geográficos; meteorológicos; geométricos; fí-

sicos e químicos. Nesta seção, serão discutidos os principais fatores. Na Figura 4, tem-se

uma breve introdução sobre o tema.

2.3.1 Elevação do Sol ou Ângulo Solar Zenital

A elevação do Sol pode ser definido como o ângulo entre o horizonte e a direção para

o Sol. O termo Ângulo Solar Zenital (ASZ) é geralmente utilizado no lugar de elevação

do Sol, que é o ângulo entre o zênite e a direção ao Sol [3].

Para se fazer medidas de radiação solar na superfície terrestre é necessário que o

medidor possua correção de cosseno em relação ao ângulo solar zenital (ASZ), ou ângulo

de Zenith [5][10].

A Figura 5 mostra o posicionamento de um detector (medidor) e a variação do ASZ.

A Tabela 2 mostra a latitude das estações de medidas do INPE, de onde foram feitas

medidas de UV-B Eritema, assim como, os máximos e mínimos anuais de ASZ. Desta

tabela, é interessante notar a variabilidade do ASZ em função da latitude.

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Figura 4: Fatores que afetam o nível de radiação ultravioleta que atinge a superfícieterrestre [Alterada de: WORLD HEALTH ORGANIZATION, Global Solar UV-Index: APratical Guide].

Tabela 2: Latitudes das estações de medidas e valores máximos e mínimos de ângulo solarzenital [18].

Regiões Latitude Máximo anual do Mínimo anual doângulo solar zenital ângulo solar zenital

Natal 5,84° 0° 30,7°La Paz 16,54° 3,8° 40,8°

Campo Grande 19,25° 1,7° 42,8°Ribeirão Preto 21,17° 0,33° 44,7°

Cachoeira Paulista 22,7° 0,38° 46,4°Blumenau 26,92° 4,3° 50,4°

Porto Alegre 30,47° 8,13° 54,2°Punta Arenas 53,2° 29,8° 76,7°

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Figura 5: Geometria para medidas de ultravioleta solar[10].

Foi constatado que a radiação UVB tem um caráter mais sazonal, seguindo o ciclo

anual do ângulo zenital, i.e., a maior variação imposta ao UVB não é a do ozônio (O3)

e sim a do ângulo solar zenital [18]. Sabendo, agora, que a irradiância UV depende

fortemente da elevação do Sol, podemos inserir subsequentemente os subtópicos, hora do

dia, estação do ano e latitude geográfica.

2.3.1.1 Hora do Dia

Quanto mais alto o Sol no céu, maior o nível de radiação UV [4]. Cerca de 20-30%

da radiação UV total diária é recebida entre 11 e 13 horas no verão e 75% entre 9 e 15

horas [6]. Mesmo que a latitude varie, esses valores têm uma variação mínima, conforme

exemplifica a Tabela 3.

2.3.1.2 Estação do Ano

Nas regiões temperadas do globo terrestre, a RUV biologicamente danosa se mostra

extremamente dependente da estação do ano. Próxima à linha do Equador, essa depen-

dência é muito menor, conforme mostra a Tabela 3 [3][6].

2.3.1.3 Latitude Geográfica

Quanto mais perto das regiões equatoriais, maior o nível de radiação UV [4]. Para

latitudes entre 20° e 60°, é possível estimar, grosseiramente, uma dose mínima eritêmica

(Minimal Erythema Dose - MED) anual para uma superfície sem sombra e horizontal. O

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Tabela 3: Porcentagem de UVB e UVA recebidos diariamente durante vários períodos dedias claros de verão. [6]

UVB[%] UVB[%] UVA[%] UVA[%]————— ————— ————— —————

Latitude (°N) 11 h - 13 h 9 h - 15h 11 h - 13 h 9 h - 15 h20 30 78 27 7340 28 75 25 6860 26 69 21 60

valor de 1 MED pode ser entendido como a quantidade de exposição da pele ao Sol que

causa uma leve percepção de vermelhidão após 24 horas [6].

MEDAnual = 2× 104 × e−|latitude|

20 (2.3)

Para a cidade de São Carlos-SP obter-se-ia a seguinte MED Anual aproximada:

MEDAnual = 2× 104 × e−21,87/20 ⇒MEDAnual ≈ 6700 (2.4)

É possível ver, na Tabela 4, alguns valores típicos de MED.

Tabela 4: Valores típicos de radiação UVB ambiente, diário e anual, expressos em unidadesde MED [6]

UVB Diurno (MED)———– ————————– ———

Latitude Geográfica Inverno Primavera/Outono Verão MED anual20°N, e.g., Havaí 14 20 25 600030°N, e.g., Flórica 5 12 15 4000

40°N, e.g., Espanha Central 2 7 12 250050°N, e.g., Bélgica 0.4 3 10 1500

2.3.2 Nuvens e Névoa

Os níveis de radiação UV são maiores em dias sem nuvens [3] [4] [6]. A absorção de

radiação UV pela nuvem depende, tanto da espessura, quanto do tipo, i.e., nuvens finas e

dispersas causam pouco efeito no UV que atinge a superfície [3]. Em alguns casos, nuvens

dispersas podem aumentar a refletância e, assim, aumentar o nível de UV comparado a

um céu totalmente claro [3][4].

Existe o risco de sobre-exposição ao Sol em dias de mormaço (Sol coberto por nuvens,

porém quente e abafado), pois a sensação de calor, causada pelos raios de infravermelho, é

amenizada. A cobertura completa de nuvens reduz a RUV terrestre pela metade, enquanto

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que, com nuvens pesadas, essa irradiância pode cair para valores menores que 10% e, para

condições de nuvens de tempestade, pode-se, virtualmente, anular esta irradiância [6].

Em casos em que há névoa (vapor d’água e aerosóis), a radiação é absorvida e, então,

diminuída, i.e., há um decréscimo na irradiância UV [3].

2.3.3 Altitude

Quanto maior a altitude, mais fina é a atmosfera. Karel Vanicek et al.(1999) e B. L.

Diffey (1991) dizem que a irradiância UV aumenta de 6 a 8% a cada 1000 metros que se

sobe. Já a Organização Mundial de Saúde (WHO) diz que há um aumento de 10 a 12%

a cada 1000 metros em altitude.

Locais na Terra, abaixo do nível do mar, recebem menos radiação UVB do que em

locais ao nível do mar [6].

2.3.4 Reflexão de Superfície

A reflexão da RUV da terra e do mar é, normalmente, menor que 7%. Já as areias

formadas de gipsita (areia branca de dunas) refletem cerca de 25%. Alguns autores, como

Doda e Green (1980 e 1981), afirmam que a neve clara reflete cerca de 30%, já outros,

como McCullough (1970), Blumthaler e Ambach (1985) relataram que excede os 80% [6].

A Organização Mundial da Saúde (WHO) relata que a neve excede 80%, a areia de

praia seca reflete 15% e a espuma do mar reflete cerca de 25% [4].

Karel Vanicek et al. relatam que superfícies comuns, como grama, solo e água refletem

menos que 10%. Superfícies com neve podem refletir acima de 80%. Durante a primavera

e com céu limpo, a reflexão da RUV em montanhas pode elevar a irradiância na superfície

a valores comparados com o verão, o que pode ser considerado também para as grandes

cidades, as quais prédios espelhados refletem a radiação. A areia pode refletir até 25% da

radiação UV e pode, por exemplo, aumentar a exposição na praia. Já, em relação à água,

há uma penetração de RUV de 95% e até 50% penetra a uma profundidade de 3 metros

[3].

2.4 Interação da RUV e o Ozônio

Christian Friedrich Schönbein (1799 - 1868), um químico de dupla nacionalidade

(alemã e suiça), durante suas experiências de eletrólise da água na Universidade de Basel,

notou um odor diferente. Odor este, semelhante ao de dias de fortes chuvas com trovo-

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adas, que fez com que ele percebesse a presença de uma nova substância. Devido a este

cheiro, Schönbein "batizou” este produto de Ozônio, do grego Ozein, que significa cheiro.

Ele descreveu sua descoberta em publicações de 1840 [14].

O Ozônio (O3) é criado na estratosfera, em altitudes entre 25 e 100km, pela dissociação

do oxigênio (O2) por RUV com comprimentos de onda (λ) inferiores a 242 nm. A absorção

de RUV com λ maior que 320 nm converte o O3 novamente em O2 e O, como mostram as

Equações 2.5 e 2.6. A dissociação do O3 é o mecanismo responsável por prevenir radiações

com λ menores que 290 nm de atingir a superfície terrestre [1][2][6].

O+2 + (EUV )→ O− +O− (2.5)

O− +O2 → O3 (2.6)

Em 1974, divugou-se que determinados gases utilizados em atividades humanas, den-

tre eles o clorofluorcarbono (CFCs), poderiam alterar o equilibrio natural da camada de

ozônio e levaria a uma depleção da mesma [15]. Em particular, pode-se citar o caso da

Nova Zelândia, onde os níveis de ozônio diminuíram mais de 5% nos últimos 16 anos,

dado à sua baixa latitude e relativa proximidade com o buraco na camada de ozônio que

se desenvolve anualmente sobre a Antártica.

Como o ozônio é o principal absorvente de radiação UVB, a intensidade deste na

superfície depende fortemente da quantidade total de O3 na atmosfera, i.e., a espessura

da camada [3]. Criou-se, assim, a Unidade Dobson (Dobson Unit - DU) para medir a

concentração de ozônio, que é o número de moléculas de ozônio que seriam necessárias

para criar uma camada de puro O3 de 0.01 milímetros a uma temperatura de 0° Celcius e a

uma pressão de 1 Atmosfera. De outra maneira, uma coluna de ar com uma concentração

de 1 DU teria cerca de 2, 69 × 1016 moléculas de O3 para cada centímetro quadrado de

área na base da coluna. Na superfície terrestre, a camada de Ozônio tem cerca de 300

DU, o que equivale a uma camada de 3 mm de espessura [16].

Ao contrário do que se pensa, o ozônio não está situado apenas na estratosfera, mas

sim disperso em toda a atmosfera, porém, é encontrado em maior concentração naquela.

Os sensores de satélites e outros medidores de ozônio medem a concentração deste para

uma coluna inteira de atmosfera, assim, a Unidade Dobson é uma maneira de descrever

a quantidade de O3 que teria na coluna se ela fosse comprimida em uma única camada.

O buraco na camada de ozônio na Antártica tem uma concentração média de 100 DU, o

que formaria um layer de apenas 1 mm de espessura. A Figura 6 exemplifica a situação

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[16].

Figura 6: Nível de concentração do buraco na camada de ozônio é menor que a mé-dia global [Alterada de: http://ozonewatch.gsfc.nasa.gov/facts/dobson.html em29/09/2012].

2.5 Efeitos da Radiação UV nos Seres Humanos

Os efeitos da RUV nos seres humanos podem ser classificados em agudos e crônicos.

No primeiro, os sintomas aparecem rapidamente e têm curta duração, enquanto que, no

segundo, os sintomas aparecem gradualmente e têm longa duração. Algumas das reações

consideradas agudas são: o eritema, o bronzeamento e a produção de vitamina D. Já, as

consideradas crônicas são, por exemplo, o fotoenvelhecimento, a hiperplasia epidérmica e

o cancêr de pele [6].

Espectro de Ação do Eritema Nota-se, na Figura 7, que a radiação UVA (315 a 400

nm) é muito menos eritemicamente ativa do que a radiação UVB (280 a 315 nm). Sabe-se,

também, que esta penetra em menor quantidade na atmosfera, dessa maneira, e.g., em

um dia de verão, a RUV do tipo A contribui com cerca de 15 a 20% da queimadura do

sol sobre a pele [6].

Alguns dos fatores que influenciam o desenvolvimento de eritema são: a cor da pele,

do cabelo, do olho e a presença, ou não, de sardas. Existem diversos tipos de tabelas

considerando tais parâmetros e suas respectivas reações à radiação solar, como mostra a

Tabela 5, proposta por Karel Vanicek et al., abaixo:

Tabela 5: Variação do valor de 1MED em relação ao tipo de pele, entre outros fatores [3].Tipo de Pele Bronzeia Queima Cor do Cabelo Cor do Olho 1MED

I nunca sempre ruivo azul 200 J/m2

II às vezes às vezes loiro azul/verde 250 J/m2

III sempre raramente castanho cinza/castanho 350 J/m2

IV sempre nunca preto castanho 450 J/m2

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Figura 7: Referência do espectro de ação do eritema adotados pela CIE e IEC.

2.6 Índice UV

O índice UV (IUV) foi criado para representar com um único número a radiação UV

(RUV) que é potencialmente danosa à pele [13]. Segundo os autores Karel Vanicek et

al., o índice UV foi formulado em vários países e utilizado em programas para informar

a população sobre a RUV. A definição foi, posteriormente, padronizada e publicada em

conjunto pelos órgãos: World Health Organization (WHO), World Meteorological Orga-

nization (WMO), United Nations Environment Programme (UNEP) e pelo International

Commission on Non-Ionizing Radiation (ICNIRP) [3].

Acredita-se que o aumento da incidência de cânceres de pele nas pessoas de pele clara

em todo o mundo esteja associado à exposição excessiva da RUV, tanto natural, como

o sol, quanto artificial, como as câmaras de sol [4]. Sendo assim, o IUV é um meio

extremamente importante para a conscientização da população [3] quanto à necessidade

do uso de medidas de proteção, medidas estas que diminuiriam a exposição das pessoas

à radiação, evitando seus efeitos danosos e, por consequência, haveria um decréscimo

significativo dos custos com saúde.

No estado da arte atual, existem alguns dispositivos que medem a irradiância UV e,

por conseguinte, o índice UV. O espectrofotômetro Brewer, o Biômetro [18] e o radiômetro

UV [11], são exemplos importantes. No entanto, estes dispositivos são extremamente caros

e inacessíveis à população em geral. Tais aparelhos são destinados à pesquisa científica

e, na maioria dos casos, não fornecem dados imediatos aos leigos para a prevenção e o

conhecimento em relação aos danos causados pela RUV [11].

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Além do mais, o IUV é um meio educacional de grande importância, que deveria

ser utilizado como um componente integral para informar a população sobre os riscos à

saúde e as maneiras de se proteger contra a RUV. Dever-se-ia veicular dados alarmantes

como, queimaduras, câncer de pele, envelhecimento precoce da pele e efeitos no olho e

no sistema imunológico, principalmente para os grupos de risco, como os turistas e as

crianças. Deve-se enfatizar, também, que a proteção em dias normais ao longo da vida é

tão importante quanto nas férias [4].

O índice UV é definido pela Equação 2.7 [11] e é uma padronização da irradiância

eritêmica, definida por uma escala numérica, em que 1 IUV equivale a 25 mW/m2.

IUV =1

25mW

m2

∫ 400nm

286.5nm

I(λ) · w(λ)dλ (2.7)

De tal maneira que, I(λ) é a irradiância dada em mW/m2/nm e w(λ) é a função de

ponderação, que representa a resposta da pele humana para a radiação UV, proposta por

McKinlay & Diffey [8], dada pela Equação 2.8:

w(λ) =

1 250 < λ ≤ 298

100.094·(298−λ) 298 < λ ≤ 328

100.015·(139−λ) 328 < λ ≤ 400

0 400 < λ

(2.8)

É interessante notar que, devido ao coeficiente 1/25, o índice UV não possui unidade.

Outra questão bem interessante é que a definição proposta por McKinlay-Diffey apresenta

uma descontinuidade em 328 nm, que, apesar de pequena, pode ter sido um descuido do

autor [11].

A curva de ponderação proposta por McKinlay & Diffey, já vista na subseção 2.5 é

também chamada de Curva (ou Espectro) de Ação do Eritema [2][5][6][8][18]. Os dados

da Equação 2.8 foram inseridos na plataforma MATLAB para simulação (Figura 8).

Na Figura 9, é possível ver três curvas: a curva em vermelho representa as medidas

feitas pelo espectrofotômetro Brewer, a segunda, em azul, mostra a irradiância obtida por

meio da ponderação com a terceira curva, em rosa [11].

O espectro de ação do eritema nos mostra que, para radiações com comprimento

de onda entre 250 nm e 298 nm, o efeito da radiação UV é máximo, i.e., toda ela está

afetando biologicamente a pele humana. Pode-se dizer que o peso é maior, porque o efeito

biológico causado ao ser vivo é maior [2]. Existem outras curvas de ponderação, e as mais

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Figura 8: Espectro de ação do Eritema simulado.

Figura 9: Aplicação da ponderação do eritema [Alterada de: KIEDRON, P. et al., Ins-tantaneous UV Index and Daily UV Dose Calculations].

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importantes para o uso comum são a eritêmica, a de absorção de DNA e o espectro de

ação do câncer não-melanoma [3]. Como visto na Figura 9, estabelece-se uma relação

entre a irradiância absoluta e a curva de ação para se obter a irradiância ponderada e,

assim, fazer um estudo concentrado na sua área de atuação.

Outra definição importante é a Dose Diária de UV, do inglês daily UV dose (DUVD),

ou somente Dose, e é calculado por meio da integral do índice UV no tempo à luz do dia

[11], conforme a Equação 2.9. A Dose pode ser entendida como a quantidade de energia

a que uma determinada pessoa foi exposta num processo de irradiação [4].

Dose =

∫ t2

t1

IUV (t)dt =1

25mW

m2

∫ t2

t1

∫ 400nm

286.5nm

I(λ) · w(λ)dλdt (2.9)

Em que, t1 é a hora do nascer do sol e t2 é a hora do pôr-do-sol.

A Dose é dada em índice UV hora (IUVh), para limites de integração de tempo na

unidade hora. Para converter de IUVh para kJ/m2, deve-se multiplicar por um fator de

0, 09 = 25× 3, 6/1000 [11].

Na Figura 10, pode-se ver uma curva típica de índice UV ao longo do dia, na qual se

nota que, por volta de meio-dia, obtém-se o maior índice UV.

Figura 10: Curva típica de variação do índice UV ao longo do dia [Alterada de: WORLDHEALTH ORGANIZATION, Global Solar UV-Index: A Pratical Guide.].

A classificação de índice UV adotada pela Organização Mundial de Saúde (WHO),

dentre outros órgãos, pode ser vista na Tabela 6.

O INPE adota a classificação de cores, como mostra a Figura 11.

O termo Dose Eritêmica Mínima, ou MED, do inglês Minimal Erithemal Dose, deve

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43

Tabela 6: Categorias de exposição da radiação UV. [2][4]Classificação Valor do IUV

Baixo 0 a 2Moderado 3 a 5

Alto 6 a 7Muito Alto 8 a 10Extremo maior ou igual a 11

Figura 11: Classificação do IUV por cores [Retirada de: http://satelite.cptec.inpe.br/uv/ em 07/11/2012].

ser complementarmente definido, porque é amplamente utilizado entre os cientistas. Ele

é usado para descrever a RUV potencialmente eritêmica. O valor de 1 MED é definido

como a dose UV efetiva que causa uma perceptível vermelhidão em uma pele humana

que não foi previamente exposta à RUV [3][6]. A pigmentação da pele é uma variável

desta equação, pois cada pessoa tem uma proteção natural diferente da outra. Entre os

europeus, 1 MED varia numa faixa de 200 a 500 J/m2. Existem estudos para a variação

dos MED’s para cada tipo de pele [3]. A Tabela 7 mostra alguns valores de MED em

relação ao tipo de pele, cor de cabelo e cor do olho, como já visto anteriormente.

Tabela 7: Variação do valor de 1MED em relação ao tipo de pele, entre outros fatores [3].Tipo de Pele Bronzeia Queima Cor do Cabelo Cor do Olho 1MED

I nunca sempre ruivo azul 200 J/m2

II às vezes às vezes loiro azul/verde 250 J/m2

III sempre raramente castanho cinza/castanho 350 J/m2

IV sempre nunca preto castanho 450 J/m2

A Figura 12 fornece um gráfico, definido pela norma DIN-5050, com o tempo aproxi-

mado em Minutos para queimar cada tipo de pele de acordo com o IUV [3].

É possível ter uma visão geral da variação do IUV durante o ano e durante o dia para

diversas latitudes, como mostra a Figura 13.

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44

Figura 12: Tempo para queimar a pele em minutos de acordo com o tipo de pele [Alteradade: VANICEK, K. et al., UV-Index for the Public.].

Figura 13: Curso anual do IUV para diferentes latitudes ao meio-dia, em dias claros e ao

nível do mar. Curso diário de IUV para diferentes latitudes em Junho e em dias claros

[Alterada de: VANICEK, K. et al., UV-Index for the Public.].

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45

3 Materiais e Métodos

Foram apresentados alguns conceitos em relação à radiação UV e à medida do índice

UV.

Os principais desafios na medição do índice UV são a escolha adequada do sensor para

medidas de índice UV e dos componentes eletrônicos envolvidos, para que se tenha um

sistema robusto em que se possa adicionar, a posteriori, num painel eletrônico e no Totem

UV, já desenvolvido pelo Laboratório de Instrumentação Oftálmica - LIO.

Neste capítulo serão feitas todas as considerações, análises e cálculos utilizados para

a confecção do protótipo de medidas de índice ultravioleta, assim como, a metodologia

adotada para a realização do mesmo.

3.1 O Sistema

O sistema, como um todo, consiste em um sensor de ultravioleta, sensível à região

espectral de 280 a 400 nm; um circuito que receba este sinal e trate o sinal; um programa

que transforme o dado recebido em IUV; e uma interface para disponibilizar ao usuário o

resultado do dado, no formato de IUV, numa escala de 1 a 16, para o Brasil.

Para isso, o LIO adquiriu o sensor de UV, importado da Alemanha , modelo UV-

Cosine da marca SGLUX, que já possui a correção do cosseno, para que a cada posição

do Sol durante o dia, tenhamos o resultado da irradiação já corrigido. Este sensor é apro-

priado para uso externo, com proteção contra chuva, dentre outras intempéries. Possui

um cabo de 1,5m de comprimento para enviar o sinal para um circuito que pode ficar

abrigado, sem estar exposto ao tempo.

O diagrama de blocos da Figura 14 ilustra o funcionamento do sistema. Os passos

abaixo explicam o funcionamento de cada bloco.

1. O sensor de índice UV envia um sinal de tensão para o conversor AD (CAD) do

microcontrolador;

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46

2. a conversão de analógico para digital é feita;

3. o dado convertido é enviado pelo canal serial RS-232 (TX) em nível CMOS para o

Bluetooth (BT);

4. o rádio Bluetooth recebe a informação no canal serial (RX);

5. o dado recebido é ecoado do módulo 1 para o módulo 2 pelo rádio BT;

6. o BT repassa a informação pela serial (TX) para o microcontrolador;

7. o microcontrolador recebe os dados em seu canal serial (RX) e os processa;

8. e, finalmente, repassa os dados via comunicação USB para o computador.

Figura 14: Diagrama de blocos ilustrativo do protótipo para medição do índice ultravioletana superfície terrestre desenvolvido no LIO.

3.2 Metodologia

Nesta seção, falar-se-á de cada passo envolvido na criação do protótipo de medidas

de índice ultravioleta.

3.2.1 Sensor de Índice Ultravioleta

O sensor escolhido para o projeto foi o UV-Cosine da marca SGLUX que, além de

ser à prova d’água, possui correção de cosseno. A foto dele pode ser vista na Figura 15.

Um ponto importante para a escolha do sensor de IUV foi a sua resposta espectral.

Ele precisaria integrar a irradiância UV com uma curva bem próxima ao espectro de

ação eritêmica para que o transdutor pudesse devolver o índice UV, ou em tensão, ou em

corrente. Na Figura 16 pode ser visto a resposta do sensor comparada à resposta de ação

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Figura 15: Foto do sensor de IUV [Folha de dados do fabricante: http://www.sglux.com/uploads/tx_ttproducts/datasheet/UV-Sensor_UV-Cosine.pdf].

eritêmica adotada pela CIE. Segundo a folha de dados do fabricante, este sensor possui

um erro menor que 3% para cada medida de IUV. Este sensor também possui correção de

cosseno, como pode ser visto na Figura 17, item este obrigatório para qualquer medidor,

segundo a ICNIRP, devido às variações do ângulo zenital [5].

Figura 16: Curva de ação eritêmica da CIE comparada ao do sensor de IUV [Folhade dados do fabricante: http://www.sglux.com/uploads/tx_ttproducts/datasheet/UV-Sensor_UV-Cosine.pdf].

Este sensor já possui uma amplificação de transimpedância integrada e fornece num

intervalo de 0 a 5 Volts (V) o índice ultravioleta, onde para cada índice se soma 0,115

V, i.e., a tensão para índice UV de 1 é 0,115 V. Dessa maneira, o máximo índice que

o sensor mediria seria de 5/0, 115, que é igual a, aproximadamente, 43, valor este que

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Figura 17: Ângulo de recepção do sinal, isto é, correção de cosseno do sensor de IUV [Folhade dados do fabricante: http://www.sglux.com/uploads/tx_ttproducts/datasheet/UV-Sensor_UV-Cosine.pdf].

não é possível de ser atingido na superfície da Terra, teoricamente. A Figura 18 mostra o

circuito proposto pelo fabricante para as ligações do sensor. O sensor pode ser alimentado

com uma tensão DC entre 7 e 24 V e seu consumo máximo de corrente é de 30 mA. A

conexão do sensor é feita via quatro fios coloridos como descritos a seguir:

1. Branco: +V.

2. Marrom: Ground, ou terra.

3. Preto: Shield, ou blindagem.

4. Verde: Sinal.

O fabricante recomenda que o fio preto (Shield) seja conectado junto ao GND da

Placa de Circuito Impresso (PCI) para que a blindagem seja adequada. Isso evita que

ruídos espúrios sejam introduzidos na medição.

Decidiu-se alimentar o sensor de IUV com 12 Volts, por isso, criou-se uma fonte de

alimentação genérica para se iniciar os testes.

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Figura 18: Circuito proposto pelo fabricante para a medição do IUV [Folha de dados dofabricante: http://www.sglux.com/uploads/tx_ttproducts/datasheet/UV-Sensor_UV-Cosine.pdf].

3.2.2 Protótipo da Fonte de Alimentação

O sistema necessita de dois valores de tensão de alimentação, na qual o PIC e o

módulo Bluetooth são alimentados com 3,3 V DC e, decidiu-se alimentar o sensor com 12

V DC. Projetou-se, complementarmente, uma alimentação de 5 V, pensando em possíveis

mudanças no projeto, isso, porque é muito comum encontrar microcontroladores que

trabalham com 5 V, e.g., o PIC18F4550 da Microchip.

Utilizaram-se apenas reguladores da família LM78XX. Optou-se por utilizar o LM78L12

para a alimentação do sensor UV, pois este consome no máximo 30 mA. Este regulador

tem um encapsulamento TO-92, que é bem menor, comparado ao TO-220 do LM7805

e LM7833, e fornece, no máximo, 100 mA. Já para as alimentações de 5 V e 3,3 V

utilizaram-se os reguladores LM7805 e LM7833, respectivamente. Em ambos, o máximo

de corrente que eles fornecem é 1 A, no entanto, para a alimentação de 3,3 V, o máximo

de corrente que será consumida é de 400 mA, aproximadamente.

A placa projetada é de face simples para simplificar o método de produção e no

apêndice A é possível ver o esquemático completo. A PCI produzida e a montagem desta

podem ser vistas na Figura 19.

Na Figura 20 é possível ver a montagem do protótipo da fonte de alimentação.

O diagrama de blocos da fonte de alimentação proposto está apresentado na Figura

21.

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50

Figura 19: PCI projetada e montada do protótipo da fonte de alimentação.

Figura 20: Montagem do protótipo da fonte de alimentação.

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Figura 21: Diagrama de blocos ilustrativo do protótipo da fonte de alimentação.

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3.2.3 Protótipo de Teste - PIC24FJ64GB002

Escolheu-se trabalhar com o microcontrolador PIC24FJ64GB002 da Microchip com o

encapsulamento do tipo QFN de 28 pinos conforme a Figura 22. Ele foi escolhido, devido

às necessidades do Laboratório de Instrumentação Oftálmica de se criar sistemas mais

potentes. Ele possui as seguintes configurações:

1. Arquitetura de 16 bits;

2. velocidade da CPU de 16 MIPS (Million Instructions per Second);

3. tensão de operação na faixa de 2,0 a 3,6 V;

4. dois periféricos UART de comunicação digital;

5. sete entradas tolerantes a até 5,5 V;

6. quinze pinos reconfiguráveis (RPx);

7. onze entradas para sinal analógico (ANx);

8. e, uma USB 2.0 OTG (On-The-Go Full Speed).

Neste sistema não se utilizará toda a capacidade deste PIC, todavia, para futuras

atualizações, tais configurações podem ser úteis. Os diagramas de blocos na Figura 23

exemplificam as comunicações que o PIC fará com as outras partes do sistema, referentes

ao Módulo 1 e ao Módulo 2, respectivamente.

Decidiu-se criar uma placa de teste para o PIC, de maneira que se pudesse entender

cada parte do sistema antes de se projetar uma placa final, evitando erros de projeto,

desviando-se, assim, de problemas típicos de protótipos, principalmente aqueles, muito

vistos quando se usam protoboards. Um exemplo comum, é a quebra de fios.

O fabricante indica alguns pontos importantes a serem seguidos para o sucesso da

placa de circuito impresso. Eles são:

1. Todos os pinos de VDD e VSS devem estar conectados.

2. Capacitores cerâmicos de 0,1 µF de desacoplamento devem ser conectados a uma

distância máxima de 6 mm do pino de VDD.

3. O pino DISVREG deve ser ligado ao GND para habilitar o regulador interno do

PIC.

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Figura 22: Encapsulamento do PIC24FJ64GB002 [Folha de dados do fabricante: http://ww1.microchip.com/downloads/en/DeviceDoc/39940d.pdf].

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Figura 23: Comunicações realizadas pelo PIC24FJ64GB002 no módulo 1 e no módulo 2,respectivamente.

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4. Os pinos PGECx e PGEDx são usados para o In-Circuit Serial Programming (ICSP).

Optou-se pelo PGEC3 e PGED3.

5. Um capacitor de tântalo de 10 µF e 6,3 V em paralelo com um capacitor cerâmico

de 0,1 µF devem ser colocados no pino VCAP/VDDCORE e não devem ultrapassar a

distância de 6 mm do microcontrolador.

O fabricante também indica a utilização da seguinte conformação para os osciladores,

como mostra a Figura 24.

Figura 24: Configuração dos osciladores indicada pelo fabricante [Alterada da folha de

dados do fabricante: http://ww1.microchip.com/downloads/en/DeviceDoc/39940d.

pdf].

Observa-se na Figura 25 as trilhas a PCI projetada, na qual cada trilha possui uma

espessura de 0,3 mm.

Figura 25: Placa de circuito impresso projetada para o protótipo de testes do PIC.

Na Figura 26 vê-se a placa de testes do PIC montada com os componentes. Decidiu-

se pela utilização de resistores e capacitores SMD (Surface-mount Device), todos com

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footprint do código 0805, que possui tamanho de 2, 0 × 1, 3 mm. No apêndice B está

apresentado o esquemático desta placa.

Figura 26: PCI com os componentes do protótipo de testes do PIC.

3.2.4 Protótipo de Teste - Bluetooth

Escolheu-se trabalhar com o módulo classe 1 de rádio Bluetooth (BT) do tipo RN-41

da marca Roving Networks devido aos seus baixos fator de forma (small form factor -

SFF ), custo e potência. Ele é ideal para projetistas que querem adicionar capacidade

sem fio ao seu produto sem gastar tempo e dinheiro excessivo com desenvolvimento de

hardware e software para Bluetooth. O RN-41 suporta múltiplos protocolos de interface,

é de fácil projeto e totalmente certificado. Tal rádio é capaz de entregar dados a uma

velocidade acima de 3 Mbps a distâncias acima de 100 metros.

A Figura 27 mostra o diagrama de blocos do seu funcionamento interno.

Figura 27: Diagrama de blocos do funcionamento interno do RN-41 [Folha de dados:http://www.rovingnetworks.com/resources/download/18/RN_41].

Alguns parâmetros do RN-41 devem ser apresentados a este trabalho, pois foram

importantes para o projeto do protótipo da fonte de alimentação, por exemplo:

1. Tensão de alimentação: 3,0 a 3,6 V.

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2. Corrente de alimentação do RX: 35 a 60 mA.

3. Corrente de alimentação do TX: 65 a 100 mA.

Quando o módulo Bluetooth está no modo conectado com outro módulo, seu consumo

de corrente é máximo, que é, segundo o fabricante, de 30 mA. Dessa maneira, o consumo

máximo do protótipo proposto é de 130 mA, porque um BT só recebe ou, então, envia o

dado pela serial RS-232, nunca os dois ao mesmo tempo.

A pinagem do RN-41 pode ser vista na Figura 28.

Figura 28: Pinagem do RN-41 [Folha de dados: http://www.rovingnetworks.com/

resources/download/18/RN_41].

Projetou-se uma placa de propósito geral com o objetivo de se evitar problemas de

projeto e de se conhecer profundamente sobre o sistema proposto. Na Figura 29, é possível

ver as trilhas das duas faces da PCI projetada. Já na Figura 30, vê-se o protótipo do

BT projetado com os componentes soldados. No apêndice C é possível ver o esquemático

projetado.

3.2.5 Protótipo Final

Montou-se um protótipo final como consequência do trabalho feito até então. Desejava-

se com ele, inserir a comunicação USB ao trabalho. Neste momento do projeto, não se

necessitava de dois PIC’s, contudo, precisava-se de dois rádios Bluetooths para se testar

a comunicação. Para tal, utilizaram-se a PCI do Bluetooth prototipada na subseção 3.2.4

e um módulo Bluetooth classe 2 com os periféricos integrados como pode ser visto na

Figura 31. Utilizou-se, também, o protótipo do PIC visto na subseção 3.2.3.

O diagrama de blocos funcional do protótipo final pode ser visto na Figura 32 abaixo.

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Figura 29: Frente e verso da PCI projetada para este protótipo de teste.

Figura 30: PCI com os componentes do protótipo de testes do Bluetooth.

Figura 31: Módulo RN-42-SM [Folha de dados: http://www.rovingnetworks.com/resources/download/20/RN_41_SM_RN_42_SM.]

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Figura 32: Diagrama de blocos do funcionamento do protótipo final.

Como pode ser visto, na Figura 33, foi feita a montagem do sistema para se receber

dados via USB. Neste momento, utilizou-se um potenciômetro para variar a tensão na

entrada da porta AN11 do PIC. Esta foi utilizada para fazer a conversão do dado de

tensão analógica para digital, para que, depois, fosse enviada via Bluetooth do módulo 1

para o módulo 2.

Figura 33: Montagem do protótipo final.

O conversor AD (CAD, em português, ou ADC, em inglês) do PIC é de 10 bits, no

entanto, devido a sua capacidade de sobreamostragem (oversampling), pode-se usar uma

resolução de 65.472 =(210 − 1) × 26, o que aumenta o tempo de amostragem para 99,1

milisegundos. Esse aumento no tempo de amostragem não foi um problema, porque não

se necessitava de uma conversão rápida, pois cada dado de índice UV deve ser mostrado

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com uma média de no mínimo 5 minutos [4]. Com isso, pode-se analisar, tendo em mente

que o sensor trabalha com uma variação de 115 mV/IUV, como o CAD funciona.

1. VREF+ = 3,3 V, que é o valor em tensão da referência positiva do CAD.

2. VREF− = 0 V, que é o valor em tensão da referência negativa do CAD.

3. IUV1, que é IUV de 1 em tensão, i.e., 115 mV.

4. RES, que é a resolução do CAD, i.e., 65.472.

Com os dados mencionados, é possível calcular o passo de amostragem do CAD em

Volts, como pode ver-se na Equação 3.1.

PASSO =VREF+ − VREF−

RES=

3, 3− 0

65.472= 50, 40322580µV (3.1)

Conseguido o passo de amostragem, pode-se calcular o valor do CAD para índice UV

de 1 conforme Equação 3.2.

IUV1(CAD) =IUV1

PASSO=

115mV

50, 40322580µV= 2.281, 6 (3.2)

Com tal dado é possível, também, prever o máximo IUV que este sistema suporta,

como pode ser visto na Equação 3.3.

IUVMAX =RES

IUV1(CAD)=

65.472

2.281, 6= 28, 7 (3.3)

O IUV máximo pode ser calculado, arbitrariamente, pela Equação 3.4.

IUVMAX =VREF+ − VREF−

IUV1=

3, 3V

0, 115V= 28, 7 (3.4)

Conforme esperado, os valores são equivalentes.

O circuito utilizado no protótipo final para a simulação do CAD, pode ser visto na

Figura 34, que, como se vê, é apenas um potenciômetro ligado nas referências positiva e

negativa, e com seu terminal central conectado ao pino AN11 do PIC.

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Figura 34: Modelo utilizado para simular o sensor.

A Figura 35 mostra esquemático do circuito utilizado para a comunicação USB entre

PIC e PC. A tensão VCC de 5 Volts é fornecida pelo próprio computador via cabo USB.

Os pinos VBUS, D- e D+, ligam-se aos seus respectivos pinos do PIC.

Figura 35: Esquemático utilizado para a comunicação USB.

A partir deste momento, decidiu-se inserir LED’s (Light-emitting diodes) de alto brilho

para a sinalização da comunicação entre o PIC e o Bluetooth e entre o PIC e PC, como

se vê na Figura 36. Utilizaram-se três LED’s: um branco, para sinalizar o início da

comunicação serial RS-232 de nível CMOS entre o PIC e o Bluetooth; um vermelho, para

sinalizar o fim da comunicação serial RS-232 de nível CMOS entre o PIC e o Bluetooth;

e, finalmente, um LED azul, para sinalizar o início e o fim da comunicação USB entre o

PIC e o computador.

Com este sistema montado foi possível iniciar-se a parte de programação, item este

que será visto na subseção 3.2.6 seguinte.

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Figura 36: Funcionamento dos LED’s e seu respectivo esquemático.

3.2.6 Programação - Protótipo Final

Nesta subseção falar-se-ão dos algoritmos criados para funcionamento do protótipo

final.

3.2.6.1 Programação dos módulos Bluetooth

Os dispositivos Bluetooth da marca Roving Networks são programados numa lingua-

gem de comando ASCI simples que é similar ao protocolo padrão da industria Hayes AT.

Com o intuito de se programar os módulos Bluetooth, utilizou-se o terminal Blueterm,

disponível para Android. Os códigos foram implementados neste terminal no smartphone

Galaxy S2 modelo GT-I9100 da marca Samsung, devido à necessidade de se definir por

código se a programação poderia ser feita localmente ou remotamente, pois o default

do RN-41 é definido como remoto. Necessitava-se, assim, de um ambiente com Blueto-

oth para a primeira implementação de código. Poder-se-ia implementar este algoritmo

num computador com Bluetooth disponível, todavia, não havia nenhum disponível no

momento.

Para que um código implementado funcione, é necessário reiniciar o módulo. Sendo

assim, o algoritmo do Bluetooth não pode ser implementado de uma única vez. A taxa de

transmissão entre Bluetooths foi o primeiro passo a ser tomado, porque o default é 115.200

bauds. Pode-se tanto mudar este parâmetro via programação, quanto via hardware e,

neste caso, optou-se pela segunda.

Tendo a taxa de transmissão ajustada, imediatamente após ligar o módulo Bluetooth,

tem-se 60 segundos para estabelecer a conexão com o Terminal e, após estabelecida, tem-

se mais 60 segundos para se implementar o código no terminal. Ao digitar, primeiramente,

”$$$”, o Bluetooth responde com a palavra ”CMD”, dizendo, assim, que ele está disponí-

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vel para a inserção do código. O primeiro comando implementado, ”ST, 255”, serve para

que não haja mais este limite de 60 s, podendo, assim, programá-lo indefinidamente, tanto

localmente, quanto remotamente. O segundo comando, ”S−,MEDIDORUV 1”, muda o

nome do dispositivo e coloca o MAC do Bluetooth no fim, criando um nome único para o

dispositivo. Para o entendimento do código, ele foi escrito da maneira que se escreve no

terminal e a resposta obtida no terminal dada pelo Bluetooth. É importante acrescentar

que o comando −−−” deve ser digitado ao fim do código para que a implementação do

código seja feita, senão nada acontecerá após reiniciar o módulo. A resposta comum do

Bluetooth é AOK, como pode ser visto no código abaixo.

$$$ CMD

ST , 255

AOK

S−,MEDIDORUV1

AOK

−−−

Implementou-se o mesmo código no módulo RN-42, no entanto, com o nome alterado,

conforme descrito a seguir.

$$$ CMD

ST , 255

AOK

S−,MEDIDORUV2

AOK

−−−

Com os dois dispositivos disponíveis por tempo indeterminado, implementou-se no

módulo RN-42 um comando de aviso de conexão. Caso a conexão seja feita com outro

Bluetooth, ele envia pelo canal TX a mensagem desejada. O código implementado foi

"SO,MED\r\n". O código foi implementado desta maneira, para que o PIC entendesse o

que ele estava recebendo.

$$$ CMD

SO , MED\r\n

AOK

−−−

Finalmente foi possível implementar no terminal a comunicação do dois dispositivos.

Para isso, era importante implentar o código que o fizesse. O comando ”I, 30” faz uma

procura pelos dispositivos Bluetooth no ambiente por 30 segundo e, após isso, ele res-

ponde com o CODE de cada um, que é o endereço único que o BT possui. O comando

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”SR, 0006664219A3” foi utilizado para que ele armazenasse o CODE do MEDIDORUV2.

Implementou-se o comando de auto-conexão, ”SM, 3”, para que o MEDIDOR1 sempre

se conectasse automaticamente ao endereço armazenado do MEDIDOR2 e não pudesse

mais ser acessado.

$$$ CMD

I , 30

Inquiring

0006664219A3 , MEDIDOR2

SR ,0006664219 A3

AOK

SM , 3

AOK

−−−

Reiniciou-se ambos os dispositivos e, a partir daí, iniciou-se com a programação do

microcontrolador.

3.2.6.2 Programação do PIC

Utilizou-se o PICKIT3 da marca Microchip juntamente com o MPLAB IDE para se

programar o PIC24FJ64GB002 através do ICSP. O compilador utilizado, CCS C, tem

a vantagem de ser em um nível mais alto de programação na linguagem C, contudo,

ele ocupa uma maior área da memória do PIC. Apesar disso, ele se mostrou eficiente e

suficiente para que se obtesse mais rapidamente um código funcional.

Na Figura 37 é possível ver o diagrama de blocos representativo do programa criado

para o funcionamento do protótipo final. O Apêndice F mostra o código fonte completo

implementado no PIC.

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65

Figura 37: Diagrama de blocos representativo do software do PIC.

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66

3.2.7 Placas Finais - Módulo 1 e Módulo 2

Para a criação das PCI’s finais do módulo 1 e módulo 2, foi necessária a união do

conhecimento de desenvolvimento adquirido nos quatro protótipos das seções anteriores.

Não foi possível produzi-las fisicamente, somente teoricamente, conforme mostradas na

Figura 38 e na Figura 39. Ambas as figuras mostram as funcionalidades de cada região

da placa. Nos apêndices D e E é possível ver os esquemáticos completos do módulo 1 e

do módulo 2, respectivamente.

Figura 38: Frente e verso do hardware final do módulo 1 com ênfase nos seus periféricos.

Page 67: Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice ... · para Medição do Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola

67

Figura 39: Frente e verso do hardware final do módulo 2 com ênfase nos seus periféricos.

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68

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69

4 Resultados

4.1 Testes com o Protótipo

Nesta seção, serão abordados os resultados obtidos com o desenvolvimento deste pro-

tótipo.

4.1.1 Testes com o Protótipo da Fonte de Alimentação

Com este protótipo obtiveram-se alimentações de 3,3 V, de 5 V e de 12 V. Contudo,

só utilizou-se as alimentações de 3,3 V e 12 V, devido às necessidades do sistema, pois,

para o PIC, precisava-se de uma alimentação entre 2,0 e 3,6 V, para o Bluetooth uma

alimentação na faixa de 3,0 a 3,6 V e, para o sensor de IUV uma alimentação entre 7 e

24 V. É possivel ver, na Figura 40 o resultado obtido para a alimentação de 12 V. Para

a alimentação de 5 V obteve-se o resultado conforme a Figura 41 e para a alimentação

de 3,3 V o resultado pode ser visto na Figura 42. Os resultados vistos nas figuras abaixo

podem ser vistos, também, na Tabela 8.

Nota-se com estes testes que os resultados foram dentro da faixa estabelecida para o

projeto.

4.1.2 Testes com o Protótipo do Bluetooth

Após a implementação do software era preciso verificar a comunicação entre os mó-

dulos Bluetooth (BT). Para isso, utilizou-se o osciloscópio, pois, todo dado que um BT

Tabela 8: Resultados obtidos para cada valor de tensão do protótipo projetado.Protótipo Valor de Pico [V] Valor Médio [V]

Alimentação de 12 V 11,76 11,68Alimentação de 5 V 4,88 4,88Alimentação de 3,3 V 3,18 3,18

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70

Figura 40: Tensão de 12 V no protótipo da fonte de alimentação.

Figura 41: Tensão de 5 V no protótipo da fonte de alimentação.

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71

Figura 42: Tensão de 3,3 V no protótipo da fonte de alimentação.

recebe no pino de RX ele envia para o dispositivo ao qual ele está conectado, e que este

transmite tal dado pelo pino de TX. Na Figura 43 é possível ver em amarelo o rádio do

módulo 1 enviando o dado via serial RS-232 em nível CMOS e, após, 47,2 milisegundos o

rádio do módulo 2, em azul, repetindo o dado pela serial. Na serial do módulo 2 observa-se

duas bordas, em que a primeira é chamada de Packet Detect Signal (PKDET), que é uma

borda de descida para aviso de recebimento. Já o segundo dado é a informação oriunda

do módulo 1.

Figura 43: Comunicação entre os rádios Bluetooth.

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72

4.1.3 Testes com o Protótipo Final

Após estabeler-se a comunicação dos rádios Bluetooth, verificou-se a comunicação

USB entre o PIC e o computador, isto é, tudo que o PIC receber no seu RX, por meio

do TX do BT, deveria ser enviado via USB. Na Figura 44, vê-se os dados recebidos no

software TeraTerm, no qual o valor com três casas decimais é IUV calculado, seguidos do

IUV inteiro e do valor do ADC.

Figura 44: Comunicação USB entre o PIC e o PC.

Testou-se, também, o que aconteceria se a comunicação entre os BT’s cessasse. Para

isso foi implementado um código no BT, de maneira que ele enviasse um dado quando

a comunicação fosse estabelecida. É possível ver, na Figura 45 o dado enviado pelo

Bluetooth quando a conexão é estabelecida. Após a conexão, os dados de IUV e de ADC

são enviados pela USB.

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73

Figura 45: Conexão entre os módulos Bluetooth.

4.2 Comparações com o Instituto Nacional de Pesqui-sas Espaciais

Desejava-se com este protótipo, obter medidas de índice UV na cidade de São Carlos-

SP. Para isso, iniciou-se medidas diárias a partir do dia 15/10/2012 no horário de 15:00:00

GMT e a compará-los com o IUV médio atenuado (com nuvens) do Centro de Previsão

de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE. Na Tabela 9 estão as medidas re-

alizadas utilizando o sensor UV-Cosine da marca SGLUX. Na Figura 46, observa-se o

gráfico comparativo das medidas realizadas no Laboratório e dos dados obtidos no sítio

do CPTEC. Já, na Figura 47 e na Figura 48, vê-se as classificações das medidas de IUV,

segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO), realizado com o sensor UV-Cosine e

com os valores obtidos no sítio do CPTEC, respectivamente [2][3][4]. No apêndice G,

vê-se as imagens de satélite obtidas no sítio do INPE.

Page 74: Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice ... · para Medição do Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola

74

Tabela 9: Medidas realizadas com o sensor de índice UV. Medidas foram comparadas como INPE e com os dados do CPTEC para a cidade de São Carlos-SP

Dia/M

ês/Ano

Hora

Medida

emIU

VIU

VCategoria

IUV

IUV

Max

Condições

Observações

Tensao

[V]

Calc.

Inteiroatenuado

CPTEC

Atuais

INPE

Semnúvens

c/Nuvem

15:00G

MT

Previsão

CP

TE

C12:00

15/10/201212:01

0,9758,4782

8M

UIT

OA

LTO

1112

13D

iade

sols/nuvens.

17/10/201212:05

0,9798,5130

9M

UIT

OA

LTO

812

9C

hoveude

manhã.

Solenuvens.

18/10/201211:58

0,9708,4347

8M

UIT

OA

LTO

1013

9D

iade

solc/nuvens.

19/10/201211:59

0,5474,7565

5M

OD

ER

AD

O11

1311

Dia

desolc/

nuvens.20/10/2012

12:071,050

9,13049

MU

ITO

ALT

O12

1313

Dia

desolc/

poucasnuvens.

21/10/201213:12

0,6855,9565

6A

LTO

1213

12H

oráriode

verão.M

ormaço.

22/10/201213:52

0,9428,1913

8M

UIT

OA

LTO

1213

13D

iade

solc/poucas

nuvens.23/10/2012

13:320,785

6,82607

ALT

O10

1312

Choveu

dem

anhã.Sole

nuvens.31/10/2012

13:200,897

7,80008

MU

ITO

ALT

OS/

medida

S/m

edidaS/

medida

Dia

desolc/

poucasnuvens.

Page 75: Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice ... · para Medição do Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola

75

Figura 46: Comparação das medidas feitas com o CPTEC.

Figura 47: Classificação das medidas.

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76

Figura 48: Classificação das medidas obtidas no sítio do CPTEC.

4.3 Discussão dos Resultados

Conforme os testes mostram, o protótipo realiza as tarefas impostas no início deste

trabalho. A realização deste projeto mostrou-se extremamente desafiadora e, também,

útil para se entender amplamente sobre radiação ultravioleta, seus efeitos no ser humano,

e, principalmente, sobre as medidas de índice UV.

Antes do início do projeto deste protótipo, a coordenadora do LIO havia adquirido

um medidor de índice ultravioleta da SGLUX, próprio para comparação científica deste

projeto. Porém, ao testarmos o sistema, verificou-se que nos foi enviado descalibrado pela

empresa Alemã SGLUX e até o momento a coordenadora está em negociação para que

solucionem o problema e honrem a venda efetuada para a Universidade de São Paulo.

Assim, a única referência de comparação para este trabalho é o sítio do INPE.

Os autores Karel Vanicek et al., utilizam uma fórmula para determinar o índice UV,

assim como os satélites o fazem, i.e., o IUV atenuado, que é dado pela Equação 4.1 [3]

IUV = IUVO × FMN × (1 + 0, 008×∆H) (4.1)

em que, IUVO é o índice UV sem nuvens, FMN é o fator de modificação das nuvens

que varia de 0 a 1 para diferentes tipos de nuvens, i.e., quanto mais nuvens, menor esta

constante, e, ∆H é a diferença de altitude em quilômetros (km) de onde o IUVO se

refere[3].

Page 77: Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice ... · para Medição do Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola

77

Sabendo que os satélites se baseiam em algoritmos como a Equação 4.1, é interessante

notar a diferença entre as medidas obtidas com este projeto, e as medidas divulgadas pela

CPTEC. Enquanto que, a classificação obtida para a maioria das medidas realizadas com

o sensor UV-Cosine não passaram de MUITO ALTO, quase todas as medidas do sítio do

CPTEC foram classificadas como EXTREMO.

As observações da Tabela 9 são essenciais para explicar os resultados obtidos. Em

algumas medidas, nuvens sobre o sensor diminuiam muito o IUV, como, por exemplo, a

medida feita no dia 19/10/2012 às 11:59 h, na qual obteve-se uma medida de índice UV de

5, enquanto que a CPTEC obteve um IUV de 11. Contudo, tal nuvem estava passando na

região que estava o sensor, anulando, assim, a medida. Caso houvessem outros sensores

em outras regiões da cidade de São Carlos-SP, aquela poderia ser anulada, considerando

apenas as medidas dos outros sensores.

Tanto as medidas obtidas pelo sensor de IUV deste projeto, quanto as medidas do

sítio da CPTEC, nos fornecem um dado alarmante quanto ao índice UV na cidade. Para

valores de IUV medidos no horário de 15:00:00 GMT, cinco foram classificados como

MUITO ALTO, dois como ALTO e um MODERADO. Para tais valores, a Organização

Mundial da Saúde recomenda proteção extra, e.g., evitar ficar exposto ao Sol nos horários

próximos ao meio-dia, procurar sombras, usar camisas que protegem o braço, óculos de

Sol e protetor solar [4].

4.4 Conclusão

A construção deste sistema é fundamental para a equipe do Laboratório de Instru-

mentação Oftálmica - LIO/SEL/EESC/USP - ter conhecimento mais aprofundado sobre

índices de ultravioleta, uma vez que a coordenadora do grupo é uma das responsáveis por

revisar a norma brasileira para óculos de sol atual, NBR15111 (2004).

Os resultados obtidos, por meio do desenvolvimento de um dispositivo eletrônico que

permitisse realizar medições de índice ultravioleta na superfície terrestre e dos testes rea-

lizados, mostraram que o projeto, ainda em bancada, viabiliza a construção do protótipo

para ser fixado no alto de um dos prédios da área 1 do campus da USP de São Carlos.

4.5 Trabalhos Futuros

Deseja-se, futuramente, produzir um sistema finalizado com placas de circuito im-

presso profissionais em fibra de vidro, com máscara de solda, utilizando somente com-

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78

ponentes SMD, como as placas finais projetadas. No entanto, para se ter um sistema

mais robusto, seria interessante a utilização de rádios transmissores mais potentes, como,

por exemplo, o XBee-Pro da marca MaxStream, que em ambientes externos alcança 1600

metros.

Em relação à análise das figuras obtidas pelo satélite, não foi implementado nenhum

tipo de algoritmo para se obter o índice UV médio na cidade de São Carlos-SP. Seria

interessante fazer uma análise por visão computacional destas figuras para a região de

São Carlos-SP para a obtenção de tal valor, não ficando, assim, somente com conclusões

visuais. Tais figuras podem ser vistas no Apêndice G.

Outro ponto importante, que é um objetivo do Laboratório de Instrumentação Oftál-

mica - LIO - é a introdução deste equipamento no Totem UV, já desenvolvido em outros

trabalhos, criando uma plataforma interativa para o público leigo ter acesso aos dados

dessa pesquisa.

Page 79: Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice ... · para Medição do Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola

79

Referências

[1] WHARTON, D. A., Life at the Limits: Organisms in extreme environments.Cambridge University Press, 2002.

[2] SILVA, F. R., Estudo da Radiação Ultravioleta na Cidade de Natal-RN. Dissertação(Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Tecnologia.Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica, 2008.

[3] VANICEK, K. et al., UV-Index for the Public. Brussels: COST-713, 1999. 26p.

[4] WORLD HEALTH ORGANIZATION, Global Solar UV-Index: A Pratical Guide.Geneva: WHO/UNEP/ICNIRP, 32p, 2002. (WHO/SO2/OEH/02.2)

[5] INTERNATIONAL COMMISSION ON NON-IONIZING RADIATION PRO-TECTION, ICNIRP Guidelines: On limits of exposure to ultraviolet radiation ofwavelength between 100 nm and 400 nm (incoherent optical radiation). Publishedin: Health Physics 87(2), p.171-186, 2004.

[6] DIFFEY, B.L., Solar ultraviolet radiation effects on biological systems. Physics inMedicine and Biology, v36, n.3, p.299-328, 1991.

[7] BELMONTE, J. G., et al., Wireless sensor network development for measuringultraviolet radiation on human health application. U. N. R. Journal, Year 2, Volume2, Jun. 2010. p.613-621.

[8] McKINLAY, A. F.; DIFFEY, B. L., A reference action spectrum for ultraviolet-induced erythema in human skin. CIE Journal, 6-1, p.17-22, 1987.

[9] LIN, Y. et al., Application of Sun Protection Factor and Ultra Violet in AlarmingHat. The 33rd Annual Conference of the IEEE Industrial Electronics Society(IECON), Taipei, Taiwan, Nov. 5-8,2007.

[10] JOKELA, K.; HUURTO, L.; VISURI, R., Optical Test Results for SunburnUV-Meter Solar Light Model 500. Finnish Centre for Radiation and Nuclear Safety,Helsinki, Finland, CH2971-0/91/0000-0951$01.00, 1991.

Page 80: Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice ... · para Medição do Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola

80

[11] KIEDRON, P. et al., Instantaneous UV Index and Daily UV Dose Calculations.Retirado de: http://www.esrl.noaa.gov/gmd/grad/neubrew/docs/UVindex.pdf, 5p.,2007.

[12] GRAEME, J. G. et al., Photodiode Amplifier. Op Amp Solutions. New York:McGraw-Hill, 1996.

[13] FIOLETOV, V. E. et al., UV index climatology over the United States andCanada from ground-based and satellite estimates. J. Geophys. Res., 109, D22308,doi:10.1029/2004JD004820, 2004.

[14] RUBIN, M. B., The History of Ozone. The Schönbein Period, 1839-1868. Technion-Israel Institute of Technology, Bull. Hist. Chem., v.26, n.1, 2001.

[15] MOLINA, M. J.; ROWLAND F. S., Stratospheric sink for chlorofluormethanes:chlorine atom-catalyzed destruction of ozone. Nature, 1974.

[16] NEWMAN, P. A., Facts: What is a Dobson Unit?. Retirado de:http://ozonewatch.gsfc.nasa.gov/facts/dobson.html, 2008.

[17] FOX, M., Quantum Optics. An Introduction. Oxford University Press, 2006.

[18] KIRCHHOFF, V. W. J. H., A Variação Sazonal da Radiação Ultravioleta SolarBiologicamente Ativa. Brazilian Journal of Geophysics, Vol. 18(1), 2000.

[19] KIRCHHOFF, V. W. J. H., Introdução à Geofísica Espacial. São Paulo: NovaStella, Editora da Universidade de São Paulo: FAPESP, 1991.

[20] KIRCHHOFF, V. W. J. H., Ozônio e Radiação UV-B. Transtec Editorial, São Josédos Campos, 149p., 1995.

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81

Apêndices

Apêndice A - Esquemático do protótipo da fonte de alimentação

1 1

2 2

3 3

4 4

DD

CC

BB

AA

Title

Num

berR

evisionSize

A4

Date:

30/10/2012Sheet of

File:C

:\Users\..\alim

ent_modulo1_v1.SchD

ocD

rawn By:

Protótipo da Fonte de Alim

entação

1

1Alexandre A

. C. R

ossmann

1

D1

Diode 1N

4001D

2D

iode 1N4001

D3

Diode 1N

4001D

4D

iode 1N4001

GN

DA

C

GN

D

GN

DA

C

IN1

2

OU

T3

GN

D

U3

MC

7805AC

T0.1uF

C4

Cap

0.1uF

C6

Cap

1000uF

C1

Cap Pol1

0.33uF

C2

Cap

0.1uF

C3

Cap

GN

DG

ND

GN

DG

ND

GN

DG

ND

GN

D

GN

D

15VD

C15V

DC

15VD

C

IN3

2

OU

T1

GN

D

U1

MC

78L12AB

PRA

11

22

P2

11

22

P3

1000uF

C8

Cap Pol1

GN

D

11

22

P1

5VD

C

5VD

C

IN1

2

OU

T3

GN

D

U2

µA78M

33CK

C0.1uF

C7

Cap

GN

D 3V3D

C

GN

D

0.1uF

C5

Cap

GN

D

1000uF

C9

Cap Pol1

GN

D

3V3D

C

W1

Fusível 100mA

W2

Fusível 1A

W3

Fusível 500 mA

15VD

C

PIC101PIC102COC1

PIC201 PIC202COC2

PIC301 PIC302COC3

PIC401 PIC402COC4

PIC501 PIC502COC5

PIC601 PIC602COC6

PIC701 PIC702COC7

PIC801PIC802COC8

PIC901PIC902COC9

PID101 PID102COD1

PID201 PID202COD2

PID301 PID302COD3

PID401 PID402COD4

PIP101

PIP102

COP1PIP201

PIP202COP2

PIP301

PIP302COP3

PIU101

PIU102

PIU103 COU1

PIU201

PIU202

PIU203

COU2

PIU301

PIU302

PIU303

COU3

PIW101PIW102

COW1

PIW201PIW202

COW2

PIW301PIW302

COW3

PIC702

PIP302

PIU203

NL3V3DC

PIC602

PIP201

PIU303

NL5VDC

PID102PID202

PIW101

PIW201

PIW301NL15VDC

PIC102PIC201

PIC301

PIC401

PIC501

PIC601PIC701

PIC802

PIC902

PID301PID401

PIP301

PIU102PIU202 PIU302

PID201PID402

PIP102

PIC101PIC202

PIU103

PIW102

PIC302

PIP202

PIU101

PIC402PIC801

PIU301

PIW202

PIC502PIC901

PIU201

PIW302

PID101PID302

PIP101

Page 82: Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice ... · para Medição do Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola

82

Apêndice B - Esquemático do protótipo de teste doPIC24FJ64GB002

1 1

2 2

3 3

4 4

DD

CC

BB

AA

Title

Num

berR

evisionSize

A4

Date:

30/10/2012Sheet of

File:C

:\Users\..\v2.SchD

ocD

rawn By:

PGED

1/AN

2/C2IN

B/D

PH/R

P0/PMD

0/CN

4/RB

01

PGEC

1/AN

3/C2IN

A/D

MH

/RP1/PM

D1/C

N5/R

B1

2

AN

4/C1IN

B/D

PLN/SD

A2/R

P2/PMD

2/CN

6/RB

23

AN

5/C1IN

A/D

MLN

/RTC

C/SC

L2/RP3/PM

WR

/CN

7/RB

34

VSS

24

OSC

I/CLK

I/C1IN

D/PM

CS1/C

N30/R

A2

6

OSC

O/C

LKO

/PMA

0/CN

29/RA3

7

SOSC

I/C2IN

D/R

P4/PMB

E/CN

1/RB

48

SOSC

O/SC

LKI/T1C

K/C

2INC

/PMA

1/CN

0/RA

49

VD

D10

TMS/U

SBID

/CN

27/RB

511

VB

US

12

TDI/R

P7/PMD

5/INT0/C

N23/R

B7

13

TCK

/USB

OEN

/SCL1/R

P8/PMD

4/CN

22/RB

814

TDO

/SDA

1/RP9/PM

D3/R

CV

/CN

21/RB

915

DISV

REG

16

VCA

P/VD

DC

OR

E17

PGED

2/D+/V

PIO/R

P10/CN

16/RB

1018

PGEC

2/D-/V

MIO

/RP11/C

N15/R

B11

19

VU

SB20

AN

11/C1IN

C/R

P13/PMR

D/R

EFO/SESSEN

D/C

N13/R

B13

21

AN

10/C3IN

B/C

VREF/V

CPC

ON

/VB

USO

N/R

P14/CN

12/RB

1422

AN

9/C3IN

A/V

BU

SCH

G/R

P15/VB

USST/C

N11/R

B15

23

VSS

5

VD

D25

MC

LR26

PGED

3/AN

0/C3IN

C/V

REF+/ASD

A1/R

P5/PMD

7/CTED

1/VB

USV

LD/V

CMPST1/C

N2/R

A0

27

PGEC

3/AN

1/C3IN

D/V

REF-/ASC

L1/RP6/PM

D6/C

TED2/SESSV

LD/V

CMPST2/C

N3/RA

128

VSS

29

U1

PIC24FJ64G

B002-I/M

L

GN

DG

ND

22pF

C2

Cap

22pF

C1

Cap

OSC

IO

SCO

HC

49/U

12

X1

OSC

IO

SCO

VC

C

GN

D

10K

R1

Res2

220

R2

Res2

0.1uF

C3

Cap

0

12

34

SW1

GN

D

10uF

C4

Cap Pol1

0.1uF

C5

Cap

GN

DG

ND

VC

C

GN

D MC

LR_IC

SP

MC

LR

Any com

ponents associated with

the MC

LR pin should be placed

within 0.25 inch (6 m

m) of the pin.

The placement of this capacitor

should be close to VCA

P/VD

DC

OR

E. It is recom

mended that the trace

length not exceed 0.25 inch (6 mm

).

123456

P3ICSP

MC

LR

MC

LR_IC

SP

Do not use pull-ups on PG

C/PGD ?

they will disrupt the voltage levels, since

these lines have 4.7 kO pull-dow

n resistors in the debugger.D

o not use capacitors on PGC

/PGD

? they will prevent fast transitions on data

and clock lines during programm

ing and debug comm

unications.D

o not use capacitors on MCLR ?

they will prevent fast transitions of V

PP. Asim

ple pull-up resistor is generally sufficient.D

o not use diodes on PGC

/PGD

? they will prevent bidirectional

Com

munication

between the debugger and the target device. 1 = V

PP/MC

LR2 = V

DD

Target3 = V

SS (ground)4 = IC

SPDA

T/PGD

5 = ICSPC

LK/PG

C6 = LV

P

VC

C

GN

D

PGD

PGC

PGD

PGC

RB

0R

B1

RB

2R

B3

RB

1R

B2

RB

3

RB

0

RB

4

RB

5RA

4

RB

7R

B8

RB

4

RB

7

RB

5

RA4

RB

8

RB

9

RB

10R

B11

RB

13R

B14

RB

15

RB

10R

B11

RB

13R

B14

RB

15

123456

P2Header 6

RB

9

VB

US

VB

US

1234

P1Header 4

123456

P4Header 6

11

22

P5

VC

C

GN

D

0.1uF

C6

Cap

0.1uF

C7

Cap

0.1uF

C8

Cap

Protótipo de Teste para o PIC24FJ64G

B002 c/ encapsulam

ento QFN

de 28 pinos

11

1Alexandre R

össmann

1

PIC101 PIC102COC1

PIC201 PIC202COC2

PIC301 PIC302COC3

PIC401PIC402COC4

PIC501 PIC502COC5

PIC601 PIC602COC6

PIC701 PIC702COC7

PIC801 PIC802COC8

PIP101

PIP102

PIP103

PIP104 COP1

PIP201

PIP202

PIP203

PIP204

PIP205

PIP206 COP2

PIP301

PIP302

PIP303

PIP304

PIP305

PIP306 COP3

PIP401

PIP402

PIP403

PIP404

PIP405

PIP406 COP4

PIP501

PIP502

COP5PIR101 PIR102COR1

PIR201PIR202 COR2

PISW100

PISW101

PISW102

PISW103

PISW104

COSW1

PIU101

PIU102

PIU103

PIU104

PIU105

PIU106

PIU107

PIU108

PIU109

PIU1010

PIU1011

PIU1012

PIU1013

PIU1014

PIU1015

PIU1016

PIU1017

PIU1018

PIU1019

PIU1020

PIU1021

PIU1022

PIU1023

PIU1024

PIU1025

PIU1026

PIU1027

PIU1028

PIU1029 COU1

PIX101

PIX102

COX1

PIC101PIC201

PIC301

PIC402PIC501

PIC601PIC701

PIC801

PIP303

PIP501

PIU105

PIU1016

PIU1024

PIU1029

PIR201

PIU1026

NLMCLR

PIP301

PIR101PIR202

PISW103

NLMCLR0ICSP

PIC302PISW104

PIC401PIC502

PIU1017

PIP306

PISW100

PISW101

PISW102

PIC102

PIU106

PIX101

NLOSCI

PIC202

PIU107

PIX102NLOSCO

PIP305

PIU1028

NLPGCPIP304

PIU1027

NLPGD

PIP402

PIU109

NLRA4

PIP101

PIU101

NLRB0

PIP102

PIU102

NLRB1

PIP103

PIU103

NLRB2

PIP104

PIU104

NLRB3

PIP401

PIU108

NLRB4

PIP403

PIU1011

NLRB5

PIP405

PIU1013

NLRB7PIP406

PIU1014

NLRB8

PIP201

PIU1015

NLRB9

PIP202

PIU1018

NLRB10

PIP203

PIU1019

NLRB11

PIP204

PIU1021

NLRB13

PIP205

PIU1022

NLRB14

PIP206

PIU1023

NLRB15

PIP404

PIU1012

NLVBUS

PIC602PIC702

PIC802

PIP302

PIP502

PIR102

PIU1010

PIU1020

PIU1025

Page 83: Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice ... · para Medição do Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola

83

Apêndice C - Esquemático do protótipo de teste do Bluetooth

1 1

2 2

3 3

4 4

DD

CC

BB

AA

Title

Num

berRevision

Size

A4

Date:

20/09/2012Sheet of

File:C

:\Users\..\B

luetooth.SchDoc

Draw

n By:

RN

42

GN

D1

SPI_MO

SI2

PIO6

3

PIO7

4

RESET#

5

SPI_SCK

6

PCM_C

LK7

PCM_SY

NC

8

PCM_IN

9

PCM_O

UT

10

VD

D11

GN

D12

UA

RT_RX

13

UA

RT_TX14

UA

RT_RTS15

UA

RT_CTS16

USB

_D+

17

USB

_D-

18

PIO2

19

PIO3

20

PIO5

21

PIO4

22

SPI_CS#

23

SPI_MISO

24

GND28

GND29

AIO030

PIO831

PIO932

PIO1033

PIO1134

AIO135

M1

RN

42 Module

VD

D

0.1uF

C6

Cap

GN

D

Decoupling caps - B

luetooth e max3232

VD

D

RESET

RESET

CTS

CTS3.3

RTSRTS3.3

TX

TX3.3

RX

RX

3.3

GN

D

GN

DG

ND

VD

D

GN

D

11

22

P1

VD

D

GN

D

12345 6 7 8

S1SW-D

IP41K R

4

Res3

1) Os pinos 1, 12, 28 e 29 são G

ND

2) 25-27 são NC

- NEM

APA

REC

E.3) Factory reset PIO

4. It is a good idea to connect this pin to a sw

itch, or jumper, or

resistor, so it can be accessed. This pin can be used to reset the m

odule to FACTO

RY

D

EFAU

LTS and is often critical in situations w

here the module has been m

is-configured.4) PIO

5 is available to drive an LED, and

blinks at various speeds to indicate status.5) PIO

2 is an output which directly reflects the

connection state, it goes HIG

H w

hen connected, and LO

W otherw

ise.

PIO4

PIO5

1K R1

Res3

1K R3

Res3

1K R5

Res3

1K R7

Res3

PIO4

VD

D

12345 6789

1110

J1D C

onnector 9

PIO2

PIO5

PIO2

LY 5360-K

D1

220

R2

Res3

VD

D

220

R6

Res3

LS 5360-K

D2

GN

D

IMPO

RTAN

TE - Placing 3.3Vdc into the

PIO?s while they are set as outputs w

ill perm

anently damage the radio m

odules. The failure m

ode is short across GN

D and V

CC

. U

se a 10KO

resistor in series or a 10KO

pull up resistor for input and output PIO?s respectively.

Make sure to connect a com

mon ground w

hen using the external TX

, RX

inputs 0 ? 3.3Vdc.

For a 3 wire D

B-9 interface (tx, rx, gnd only)

connect/short CTS to RTS, Factory default is hardw

are flow control enabled CTS and R

TS connected.

When using a 5.0V

dc Input, PIO?s require a voltage divider. A

good choice is 10K ohm

series w

ith 20K to G

round. PIO?s are 0-3.3V

dc not 5 volt tolerant.

GN

D

GN

D

13

10 11

8

129

147

C1+

1

C2+

4

GN

D15

C1-

3V

CC

16

C2-

5

V-

6

V+

2

U1

MA

X3232EPE

TXRTS

RX

CTS

VD

D

GN

D

GN

D

GN

D

TX3.3

RTS3.3R

X3.3

CTS3.3

Pin 9 = VC

C ou V

+? = Decidido N

AD

A

1K R8

Res3

1K R9

Res3

PIO3

PIO6

PIO7

PIO4 = Factory R

ESETPIO

3 = Auto Pairing/D

CD

(sw

itch 2)PIO

6 = Set Bluetooth M

aster (high = auto-m

aster m

ode)/DSR

(sw 3)

PIO7 = CTS (sw

4) = baud (high = 9600, low

= 115k or firm

ware settings)

0.1uF

C7

Cap

PIO3

PIO6

PIO7

1234

P2Header 4

PIO8

PIO9

PIO10

PIO8

PIO9

PIO10

PIO11

10K

R10

Res3

10K

R11

Res3

10K

R12

Res3

PLACA

BLU

ETOO

TH R

N-41 c/ RA

DIO

2

11ALEX

AN

DR

E RO

SSMA

NN

SETTING

GPIO

8-9-10-11S*,<hexw

ord> = MA

SK[11..8]

VA

LUE[11..8]

For the upper 4 GPIO

, a single word

controls the mask and values, and

only the lower 4 bits of each byte are

used. The first time this com

mand is

used, all 4 GPIO

are driven as outputs and rem

ain so until a power cycle.

There is no powerup com

mand for

these bits, only the interactive one. Som

e modules do not offer these

GPIO

.Exam

ples:S*,0101 G

PIO-8 driven H

IGH

.S*,0100 G

PIO-8 driven LO

W.

S*,0202 GPIO

-9 driven HIG

H.

RN

-41 contains a 1k pullup to V

CC

, the polarity of reset on the R

N41 is A

CTIVE LO

W

A pow

er on reset circuit with

delay is OPTIO

NA

L on the reset pin of the m

odule. It should only be required if the input pow

er supply has a very slow

ramp, or

tends to bounce or have instability on pow

er up.Tântalo ou C

erâmico? = D

ecidido Cerâm

ico

Só comunicação B

luetooth PC

0.1uF

C1

Cap Sem

i

0.1uF

C3

Cap Sem

i0.1uF

C2

Cap Sem

i

0.1uF

C4

Cap Sem

i

SP_MO

SP_MO

SP_MI

SP_MI

SP_CK

SP_CK

SP_CS

SP_CS

1432

P3Header 4

Não terá opcional V

DD

e GN

D

1234

P4Serial TTL

W3

Jumper

W8Jum

per

W6

Jumper

W1

Jumper

W2

Jumper

W4

Jumper

W5

Jumper

W7

Jumper

RX_TTL

TX_TTL

RTS_TTLCTS_TTL

RX_TTL

TX_TTL

RTS_TTL

CTS_TTL

10K

R13

Res3

PIO11

10uF

C5

EKS00A

A210H

00

PIC101 PIC102COC1

PIC201 PIC202COC2

PIC301 PIC302COC3

PIC401 PIC402COC4

PIC501PIC502

COC5

PIC601 PIC602COC6

PIC701 PIC702COC7

PID101

PID102

COD1

PID201

PID202

COD2

PIJ101

PIJ102

PIJ103

PIJ104

PIJ105

PIJ106

PIJ107

PIJ108

PIJ109

PIJ1010

PIJ1011

COJ1

PIM101

PIM102

PIM103

PIM104

PIM105

PIM106

PIM107

PIM108

PIM109

PIM1010

PIM1011

PIM1012

PIM1013

PIM1014

PIM1015

PIM1016

PIM1017

PIM1018

PIM1019

PIM1020

PIM1021

PIM1022

PIM1023

PIM1024

PIM1028PIM1029

PIM1030PIM1031

PIM1032PIM1033

PIM1034PIM1035

COM1

PIP101

PIP102

COP1

PIP201

PIP202

PIP203

PIP204 COP2

PIP301

PIP302

PIP303

PIP304

COP3

PIP401

PIP402

PIP403

PIP404 COP4

PIR101PIR102

COR1

PIR201PIR202

COR2

PIR301PIR302

COR3

PIR401PIR402

COR4PIR501

PIR502COR5

PIR601PIR602

COR6

PIR701PIR702

COR7

PIR801PIR802

COR8

PIR901PIR902

COR9

PIR1001PIR1002

COR10

PIR1101PIR1102

COR11

PIR1201PIR1202

COR12

PIR1301PIR1302

COR13

PIS101

PIS102

PIS103

PIS104

PIS105

PIS106

PIS107

PIS108

COS1

PIU101

PIU102

PIU103

PIU104

PIU105

PIU106

PIU107

PIU108

PIU109

PIU1010

PIU1011

PIU1012

PIU1013

PIU1014

PIU1015

PIU1016

COU1PIW101

PIW102

COW1

PIW201PIW202

COW2

PIW301PIW302

COW3

PIW401PIW402

COW4

PIW501PIW502

COW5

PIW601PIW602

COW6

PIW701PIW702

COW7

PIW801PIW802

COW8

PIJ108

PIU108

NLCTS

PIR901

PIW102

NLCTS303

PIP404

PIW202

NLCTS0TTL

PIC201PIC401

PIC502PIC601

PIC701

PID202

PIJ105

PIJ1010

PIJ1011

PIM101

PIM1012

PIM1028PIM1029

PIP102

PIU1015

PIC101PIU103

PIC102PIU101

PIC202PIU102

PIC301

PIU105

PIC302PIU104

PIC402PIU106

PID102

PIR202PID201

PIR602

PIJ101

PIJ104

PIJ106

PIJ109

PIM107

PIM108

PIM109

PIM1010

PIM1013

PIW701

PIW801

PIM1014

PIW501

PIW601

PIM1015

PIW301

PIW401

PIM1016

PIW101

PIW201

PIM1017

PIM1018

PIM1030PIM1035

PIP201

PIR1002

PIP202

PIR1102

PIP203

PIR1202PIP204

PIR1302

PIR102

PIS101

PIR302

PIS102

PIR502

PIS103

PIR702

PIS104

PIR802PIU1012

PIR902

PIU109

PIM1019

PIR601NLPIO2

PIM1020

PIS107 NLPIO3

PIM1022

PIS108 NLPIO4

PIM1021

PIR201NLPIO5

PIM103

PIS106 NLPIO6

PIM104

PIS105 NLPIO7

PIM1031

PIR1001NLPIO8

PIM1032

PIR1101NLPIO9

PIM1033

PIR1201NLPIO10

PIM1034

PIR1301NLPIO11

PIM105

PIR402

NLRESET

PIJ107

PIU107

NLRTS

PIU1010

PIW302

NLRTS303

PIP403

PIW402

NLRTS0TTL

PIJ102

PIU1013

NLRX

PIR801

PIW802

NLRX303

PIP401

PIW702

NLRX0TTL

PIM106

PIP303

NLSP0CK

PIM1023

PIP302

NLSP0CS

PIM1024

PIP301

NLSP0MI

PIM102

PIP304

NLSP0MO

PIJ103

PIU1014NLTX

PIU1011

PIW602

NLTX303

PIP402

PIW502

NLTX0TTL

PIC501PIC602

PIC702

PID101

PIM1011

PIP101

PIR101

PIR301

PIR401PIR501

PIR701

PIU1016

Page 84: Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice ... · para Medição do Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola

84

Apêndice D - Esquemático da placa final do módulo 1

1 1

2 2

3 3

4 4

5 5

6 6

7 7

8 8

DD

CC

BB

AA

Title

Num

berR

evisionSizeA

3

Date:

02/11/2012Sheet of

File:C:\U

sers\..\modulo1.SchD

ocD

rawn By:

PGED

1/AN

2/C2IN

B/D

PH/R

P0/PMD

0/CN

4/RB

01

PGEC

1/AN

3/C2IN

A/D

MH

/RP1/PM

D1/C

N5/R

B1

2

AN

4/C1IN

B/D

PLN/SD

A2/R

P2/PMD

2/CN

6/RB

23

AN

5/C1IN

A/D

MLN

/RTC

C/SC

L2/RP3/PM

WR

/CN

7/RB

34

VSS

24

OSCI/C

LKI/C

1IND

/PMC

S1/CN

30/RA2

6

OSC

O/C

LKO

/PMA

0/CN

29/RA3

7

SOSC

I/C2IN

D/R

P4/PMB

E/CN

1/RB

48

SOSC

O/SC

LKI/T1C

K/C

2INC

/PMA

1/CN

0/RA4

9

VD

D10

TMS/U

SBID/C

N27/R

B5

11V

BU

S12

TDI/R

P7/PMD

5/INT0/C

N23/R

B7

13

TCK

/USB

OEN

/SCL1/R

P8/PMD

4/CN

22/RB

814

TDO

/SDA

1/RP9/PM

D3/R

CV

/CN

21/RB

915

DISV

REG

16

VCA

P/VD

DC

OR

E17

PGED

2/D+/V

PIO/R

P10/CN

16/RB

1018

PGEC

2/D-/V

MIO

/RP11/C

N15/R

B11

19

VU

SB20

AN

11/C1IN

C/R

P13/PMR

D/R

EFO/SESSEN

D/C

N13/R

B13

21

AN

10/C3IN

B/C

VR

EF/VC

PCO

N/V

BU

SON

/RP14/C

N12/R

B14

22

AN

9/C3IN

A/V

BU

SCH

G/R

P15/VB

USST/C

N11/R

B15

23

VSS

5

VD

D25

MC

LR26

PGED

3/AN

0/C3IN

C/V

REF+/A

SDA

1/RP5/PM

D7/C

TED1/V

BU

SVLD

/VC

MPST1/C

N2/RA

027

PGEC

3/AN

1/C3IN

D/V

REF-/A

SCL1/R

P6/PMD

6/CTED

2/SESSVLD

/VC

MPST2/C

N3/RA

128

VSS

29

U1

PIC24FJ64G

B002-I/M

L

GN

DG

ND

22pF

C7

Cap

22pF

C6

Cap H

C49/U

12

X1

VD

D

GN

D

10K

R2

Res2

220

R3

Res2

0.1uF

C10

Cap

GN

D

10uF

C8

Cap Pol1

0.1uF

C9

Cap

GN

DG

ND

VD

D

GN

D

Any com

ponents associated with

the MC

LR pin should be placed

within 0.25 inch (6 m

m) of the pin.

The placement of this capacitor

should be close to VCA

P/VD

DC

OR

E. It is recom

mended that the trace

length not exceed 0.25 inch (6 mm

).

123456

P3ICSP

1 = VPP/M

CLR

2 = VD

D Target

3 = VSS (ground)

4 = ICSPD

AT/PG

D5 = IC

SPCLK

/PGC

6 = LVP

VD

D

GN

D

1234

P1Header 4

0.1uF

C1

Cap

0.1uF

C2

Cap

0.1uF

C3

Cap

VD

D

0.1uF

C11

Cap

GN

D

Decoupling caps - Bluetooth

VD

D

GN

D

GN

DG

ND

VD

D

GN

D

12345 6 7 8

S1SW-D

IP4

1K R13

Res3

1K R8

Res3

1K R10

Res3

1K R11

Res3

1K R14

Res3

VD

D

LY 5360-K

D4

220

R9

Res3

VD

D

220

R12

Res3

LS 5360-K

D5

GN

D

1234

P4Header 4

10K

R15

Res3

10K

R16

Res3

10K

R17

Res3

10K

R18

Res3

LY 5360-K

D1

220

R1

Res3

LY 5360-K

D2

220

R4

Res3

LY 5360-K

D3

220

R5

Res3

VD

D

12

P2Header 2

VD

D

GN

D

0.1uF

C4

Cap

GN

D

GN

D

0.1uF

C5

Cap

GN

D

V12

VD

D

44

11

22

33

*1NX

1117C33Z

VD

D

RN

42

GN

D1

SPI_MO

SI2

PIO6

3

PIO7

4

RESET#

5

SPI_SCK

6

PCM

_CLK

7

PCM

_SYN

C8

PCM

_IN9

PCM

_OU

T10

VD

D11

GN

D12

UA

RT_R

X13

UA

RT_TX

14

UA

RT_R

TS15

UA

RT_C

TS16

USB

_D+

17

USB

_D-

18

PIO2

19

PIO3

20

PIO5

21

PIO4

22

SPI_CS#

23

SPI_MISO

24

GND28

GND29

AIO030

PIO831

PIO932

PIO1033

PIO1134

AIO135

M1

RN

42 Module

PIO5

PIO2

PIO5

PIO2

PIO4

PIO3

PIO6

PIO7

PIO8

PIO9

PIO10

PIO11

PIO8

PIO9

PIO10

PIO11

RX

_CM

OS

TX_C

MO

S

TX_C

MO

SR

X_C

MO

S

PIO3

PIO4

RESET

RESET

PIO6

PIO7

AN

11

MC

LRM

CLR

PGD

PGC

RB

5

RB

7R

B8

PGD

PGC

RB

0R

B1

RB

2R

B3

RB

0R

B1

RB

2R

B3

RB

5

RB

7

RB

8

D-

D+

MC

LR_IC

SP

OSCI

OSC

O

OSCI

OSC

O

MC

LR_IC

SP

12

P5Header 2

12

P6Header 2

UA

RT_TX

UA

RT_R

X

UA

RT_TX

UA

RT_R

X

11

22

P711

22

P8

AN

11G

ND

GN

D

V12

D6

Diode 1N

4001D

7D

iode 1N4001

D8

Diode 1N

4001D

9D

iode 1N4001

GN

D

GN

DA

C

15VD

C

1000uF

C12

Cap Pol1

0.33uF

C13

Cap

0.1uF

C14

Cap

GN

DG

ND

GN

DG

ND

15VD

CW

1

Fusível 500mA

J1Socket

J2SocketGN

DA

C

V12

IN1

2

OU

T3

GN

D

U2

µA7812CK

C

PI0101

PI0102

PI0103

PI0104

CO01

PIC101 PIC102COC1

PIC201 PIC202COC2

PIC301 PIC302COC3

PIC401 PIC402COC4

PIC501 PIC502COC5

PIC601 PIC602COC6

PIC701 PIC702COC7

PIC801PIC802

COC8

PIC901 PIC902COC9

PIC1001 PIC1002COC10

PIC1101 PIC1102COC11

PIC1201PIC1202

COC12

PIC1301 PIC1302COC13

PIC1401 PIC1402COC14

PID101

PID102

COD1

PID201

PID202

COD2

PID301

PID302

COD3

PID401

PID402

COD4

PID501

PID502

COD5

PID601 PID602COD6

PID701 PID702COD7

PID801 PID802COD8

PID901 PID902COD9

PIJ101

COJ1

PIJ201

COJ2

PIM101

PIM102

PIM103

PIM104

PIM105

PIM106

PIM107

PIM108

PIM109

PIM1010

PIM1011

PIM1012

PIM1013

PIM1014

PIM1015

PIM1016

PIM1017

PIM1018

PIM1019

PIM1020

PIM1021

PIM1022

PIM1023

PIM1024

PIM1028PIM1029

PIM1030PIM1031

PIM1032PIM1033

PIM1034PIM1035

COM1

PIP101

PIP102

PIP103

PIP104 COP1

PIP201

PIP202

COP2

PIP301

PIP302

PIP303

PIP304

PIP305

PIP306 COP3

PIP401

PIP402

PIP403

PIP404 COP4

PIP501

PIP502

COP5

PIP601

PIP602

COP6

PIP701

PIP702COP7

PIP801

PIP802COP8

PIR101PIR102

COR1

PIR201 PIR202COR2

PIR301PIR302 COR3

PIR401PIR402

COR4

PIR501PIR502

COR5

PIR801PIR802

COR8

PIR901PIR902

COR9

PIR1001PIR1002

COR10

PIR1101PIR1102

COR11

PIR1201PIR1202

COR12

PIR1301PIR1302

COR13

PIR1401PIR1402

COR14

PIR1501PIR1502

COR15

PIR1601PIR1602

COR16

PIR1701PIR1702

COR17

PIR1801PIR1802

COR18

PIS101

PIS102

PIS103

PIS104

PIS105

PIS106

PIS107

PIS108

COS1

PIU101

PIU102

PIU103

PIU104

PIU105

PIU106

PIU107

PIU108

PIU109

PIU1010

PIU1011

PIU1012

PIU1013

PIU1014

PIU1015

PIU1016

PIU1017

PIU1018

PIU1019

PIU1020

PIU1021

PIU1022

PIU1023

PIU1024

PIU1025

PIU1026

PIU1027

PIU1028

PIU1029 COU1

PIU201

PIU202

PIU203

COU2

PIW101PIW102

COW1PIX101

PIX102

COX1PID602

PID702PIW101

NL15VDC

PIP802

PIU1021

NLAN11

PIU1018 NLD0

PIU1019 NLD0

PI0101

PIC101PIC201

PIC301PIC401

PIC501

PIC601PIC701

PIC802PIC901

PIC1001

PIC1101

PIC1202PIC1301

PIC1401

PID502

PID801PID901

PIM101

PIM1012

PIM1028PIM1029

PIP303

PIP702

PIP801

PIU105

PIU1016

PIU1024

PIU1029

PIU202PID701PID902

PIJ201

PIR301PIU1026

NLMCLR

PIP201

PIP301

PIR201PIR302

NLMCLR0ICSP

PIC801PIC902

PIU1017

PIC1002PIP202

PIC1201PIC1302

PIU201

PIW102

PID102

PIR102PID202

PIR402PID302

PIR502

PID402

PIR902PID501

PIR1202

PID601PID802

PIJ101

PIM102

PIM106

PIM107

PIM108

PIM109

PIM1010

PIM1015

PIM1016

PIM1017

PIM1018

PIM1023

PIM1024

PIM1030PIM1035

PIP306

PIP401

PIR1502

PIP402

PIR1602

PIP403

PIR1702PIP404

PIR1802

PIR802

PIS101

PIR1002

PIS102

PIR1102

PIS103

PIR1402

PIS104

PIU108

PIU109

PIU1012

PIU1015

PIC602

PIU106

PIX101

NLOSCI

PIC702

PIU107

PIX102 NLOSCO

PIP305

PIU1028

NLPGCPIP304

PIU1027

NLPGD

PIM1019

PIR1201NLPIO2

PIM1020

PIS107 NLPIO3

PIM1022

PIS108 NLPIO4

PIM1021

PIR901NLPIO5

PIM103

PIS106 NLPIO6

PIM104

PIS105 NLPIO7

PIM1031

PIR1501NLPIO8

PIM1032PIR1601

NLPIO9

PIM1033PIR1701

NLPIO10PIM1034

PIR1801NLPIO11

PIP101

PIU101

NLRB0

PIP102

PIU102

NLRB1

PIP103

PIU103

NLRB2

PIP104

PIU104

NLRB3

PIR101

PIU1011

NLRB5

PIR401

PIU1013

NLRB7

PIR501

PIU1014

NLRB8

PIM105

PIR1302

NLRESET

PIP502

PIU1022 NLRX0CMOS

PIP602

PIU1023 NLTX0CMOS

PIM1013

PIP601 NLUART0RX

PIM1014

PIP501 NLUART0TX

PI0103

PIC502

PIC1402

PIP701

PIU203

NLV12

PI0102

PI0104

PIC102PIC202

PIC302PIC402

PIC1102

PID101

PID201

PID301

PID401

PIM1011

PIP302

PIR202

PIR801

PIR1001

PIR1101

PIR1301

PIR1401

PIU1010

PIU1020

PIU1025

Page 85: Desenvolvimento de um Protótipo para Medição do Índice ... · para Medição do Índice Ultravioleta na Superfície Terrestre Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola

85

Apêndice E - Esquemático da placa final do módulo 2

1 1

2 2

3 3

4 4

5 5

6 6

7 7

8 8

DD

CC

BB

AA

Title

Num

berR

evisionSizeA

3

Date:

02/11/2012Sheet of

File:C:\U

sers\..\modulo2.SchD

ocD

rawn By:

PGED

1/AN

2/C2IN

B/D

PH/R

P0/PMD

0/CN

4/RB

01

PGEC

1/AN

3/C2IN

A/D

MH

/RP1/PM

D1/C

N5/R

B1

2

AN

4/C1IN

B/D

PLN/SD

A2/R

P2/PMD

2/CN

6/RB

23

AN

5/C1IN

A/D

MLN

/RTC

C/SC

L2/RP3/PM

WR

/CN

7/RB

34

VSS

24

OSCI/C

LKI/C

1IND

/PMC

S1/CN

30/RA2

6

OSC

O/C

LKO

/PMA

0/CN

29/RA3

7

SOSC

I/C2IN

D/R

P4/PMB

E/CN

1/RB

48

SOSC

O/SC

LKI/T1C

K/C

2INC

/PMA

1/CN

0/RA4

9

VD

D10

TMS/U

SBID/C

N27/R

B5

11V

BU

S12

TDI/R

P7/PMD

5/INT0/C

N23/R

B7

13

TCK

/USB

OEN

/SCL1/R

P8/PMD

4/CN

22/RB

814

TDO

/SDA

1/RP9/PM

D3/R

CV

/CN

21/RB

915

DISV

REG

16

VCA

P/VD

DC

OR

E17

PGED

2/D+/V

PIO/R

P10/CN

16/RB

1018

PGEC

2/D-/V

MIO

/RP11/C

N15/R

B11

19

VU

SB20

AN

11/C1IN

C/R

P13/PMR

D/R

EFO/SESSEN

D/C

N13/R

B13

21

AN

10/C3IN

B/C

VR

EF/VC

PCO

N/V

BU

SON

/RP14/C

N12/R

B14

22

AN

9/C3IN

A/V

BU

SCH

G/R

P15/VB

USST/C

N11/R

B15

23

VSS

5

VD

D25

MC

LR26

PGED

3/AN

0/C3IN

C/V

REF+/A

SDA

1/RP5/PM

D7/C

TED1/V

BU

SVLD

/VC

MPST1/C

N2/RA

027

PGEC

3/AN

1/C3IN

D/V

REF-/A

SCL1/R

P6/PMD

6/CTED

2/SESSVLD

/VC

MPST2/C

N3/RA

128

VSS

29

U1

PIC24FJ64G

B002-I/M

L

GN

DG

ND

22pF

C7

Cap

22pF

C6

Cap H

C49/U

12

X1

VD

D

GN

D

10K

R2

Res2

220

R3

Res2

0.1uF

C10

Cap

GN

D

10uF

C8

Cap Pol1

0.1uF

C9

Cap

GN

DG

ND

VD

D

GN

D

Any com

ponents associated with

the MC

LR pin should be placed

within 0.25 inch (6 m

m) of the pin.

The placement of this capacitor

should be close to VCA

P/VD

DC

OR

E. It is recom

mended that the trace

length not exceed 0.25 inch (6 mm

).

123456

P3ICSP

1 = VPP/M

CLR

2 = VD

D Target

3 = VSS (ground)

4 = ICSPD

AT/PG

D5 = IC

SPCLK

/PGC

6 = LVP

VD

D

GN

D

1234

P1Header 4

0.1uF

C1

Cap

0.1uF

C2

Cap

0.1uF

C3

Cap

VD

D

0.1uF

C11

Cap

GN

D

Decoupling caps - Bluetooth

VD

D

GN

D

GN

DG

ND

VD

D

GN

D

12345 6 7 8

S1SW-D

IP4

1K R13

Res3

1K R8

Res3

1K R10

Res3

1K R11

Res3

1K R14

Res3

VD

D

LY 5360-K

D4

220

R9

Res3

VD

D

220

R12

Res3

LS 5360-K

D5

GN

D

1234

P4Header 4

10K

R15

Res3

10K

R16

Res3

10K

R17

Res3

10K

R18

Res3

LY 5360-K

D1

220

R1

Res3

LY 5360-K

D2

220

R4

Res3

LY 5360-K

D3

220

R5

Res3

VD

D

12

P2Header 2

VD

D

GN

D

VB

US

1

D-

2

D+

3

GN

D4

J1787780-1

47k

R6

Res3

100k

R7

Res3

GN

D

GN

DG

ND

VC

C

0.1uF

C4

Cap

GN

D

GN

D

0.1uF

C5

Cap

GN

D

VC

C

VD

D

44

11

22

33

*1NX

1117C33Z

VD

D

RN

42

GN

D1

SPI_MO

SI2

PIO6

3

PIO7

4

RESET#

5

SPI_SCK

6

PCM

_CLK

7

PCM

_SYN

C8

PCM

_IN9

PCM

_OU

T10

VD

D11

GN

D12

UA

RT_R

X13

UA

RT_TX

14

UA

RT_R

TS15

UA

RT_C

TS16

USB

_D+

17

USB

_D-

18

PIO2

19

PIO3

20

PIO5

21

PIO4

22

SPI_CS#

23

SPI_MISO

24

GND28

GND29

AIO030

PIO831

PIO932

PIO1033

PIO1134

AIO135

M1

RN

42 Module

PIO5

PIO2

PIO5

PIO2

PIO4

PIO3

PIO6

PIO7

PIO8

PIO9

PIO10

PIO11

PIO8

PIO9

PIO10

PIO11

RX

_CM

OS

TX_C

MO

S

TX_C

MO

SR

X_C

MO

S

PIO3

PIO4

RESET

RESET

PIO6

PIO7

AN

11

MC

LRM

CLR

PGD

PGC

RB

5

RB

7R

B8

PGD

PGC

RB

0R

B1

RB

2R

B3

RB

0R

B1

RB

2R

B3

RB

5

RB

7

RB

8

D+

D-

D-

D+

VB

US

MC

LR_IC

SP

OSCI

OSC

O

OSCI

OSC

O

MC

LR_IC

SP

VB

US

12

P5Header 2

12

P6Header 2

UA

RT_TX

UA

RT_R

X

UA

RT_TX

UA

RT_R

X

PI0101

PI0102

PI0103

PI0104

CO01

PIC101 PIC102COC1

PIC201 PIC202COC2

PIC301 PIC302COC3

PIC401 PIC402COC4

PIC501 PIC502COC5

PIC601 PIC602COC6

PIC701 PIC702COC7

PIC801PIC802

COC8

PIC901 PIC902COC9

PIC1001 PIC1002COC10

PIC1101 PIC1102COC11

PID101

PID102

COD1

PID201

PID202

COD2

PID301

PID302

COD3

PID401

PID402

COD4

PID501

PID502

COD5

PIJ101

PIJ102

PIJ103

PIJ104

PIJ105

PIJ106

COJ1

PIM101

PIM102

PIM103

PIM104

PIM105

PIM106

PIM107

PIM108

PIM109

PIM1010

PIM1011

PIM1012

PIM1013

PIM1014

PIM1015

PIM1016

PIM1017

PIM1018

PIM1019

PIM1020

PIM1021

PIM1022

PIM1023

PIM1024

PIM1028PIM1029

PIM1030PIM1031

PIM1032PIM1033

PIM1034PIM1035

COM1

PIP101

PIP102

PIP103

PIP104 COP1

PIP201

PIP202

COP2

PIP301

PIP302

PIP303

PIP304

PIP305

PIP306 COP3

PIP401

PIP402

PIP403

PIP404 COP4

PIP501

PIP502

COP5

PIP601

PIP602

COP6

PIR101PIR102

COR1

PIR201 PIR202COR2

PIR301PIR302 COR3

PIR401PIR402

COR4

PIR501PIR502

COR5

PIR601PIR602

COR6

PIR701 PIR702COR7

PIR801PIR802

COR8

PIR901PIR902

COR9

PIR1001PIR1002

COR10

PIR1101PIR1102

COR11

PIR1201PIR1202

COR12

PIR1301PIR1302

COR13

PIR1401PIR1402

COR14

PIR1501PIR1502

COR15

PIR1601PIR1602

COR16

PIR1701PIR1702

COR17

PIR1801PIR1802

COR18

PIS101

PIS102

PIS103

PIS104

PIS105

PIS106

PIS107

PIS108

COS1

PIU101

PIU102

PIU103

PIU104

PIU105

PIU106

PIU107

PIU108

PIU109

PIU1010

PIU1011

PIU1012

PIU1013

PIU1014

PIU1015

PIU1016

PIU1017

PIU1018

PIU1019

PIU1020

PIU1021

PIU1022

PIU1023

PIU1024

PIU1025

PIU1026

PIU1027

PIU1028

PIU1029 COU1

PIX101

PIX102

COX1

PIU1021 NLAN11

PIJ103

PIU1018

NLD0 PIJ102

PIU1019

NLD0

PI0101

PIC101PIC201

PIC301PIC401

PIC501PIC601

PIC701

PIC802PIC901

PIC1001

PIC1101

PID502

PIJ104

PIJ105

PIJ106

PIM101

PIM1012

PIM1028PIM1029

PIP303

PIR701

PIU105

PIU1016

PIU1024

PIU1029

PIR301PIU1026

NLMCLR

PIP201

PIP301

PIR201PIR302

NLMCLR0ICSP

PIC801PIC902

PIU1017

PIC1002PIP202

PID102

PIR102PID202

PIR402PID302

PIR502

PID402

PIR902PID501

PIR1202

PIM102

PIM106

PIM107

PIM108

PIM109

PIM1010

PIM1015

PIM1016

PIM1017

PIM1018

PIM1023

PIM1024

PIM1030PIM1035

PIP306

PIP401

PIR1502

PIP402

PIR1602

PIP403

PIR1702PIP404

PIR1802

PIR802

PIS101

PIR1002

PIS102

PIR1102

PIS103

PIR1402

PIS104

PIU108

PIU109

PIU1015

PIC602

PIU106

PIX101

NLOSCI

PIC702

PIU107

PIX102NLOSCO

PIP305

PIU1028

NLPGCPIP304

PIU1027

NLPGD

PIM1019

PIR1201NLPIO2

PIM1020

PIS107 NLPIO3

PIM1022

PIS108 NLPIO4

PIM1021

PIR901NLPIO5

PIM103

PIS106 NLPIO6

PIM104

PIS105 NLPIO7

PIM1031

PIR1501NLPIO8

PIM1032PIR1601

NLPIO9

PIM1033PIR1701

NLPIO10PIM1034

PIR1801NLPIO11

PIP101

PIU101

NLRB0

PIP102

PIU102

NLRB1

PIP103

PIU103

NLRB2

PIP104

PIU104

NLRB3

PIR101

PIU1011

NLRB5

PIR401

PIU1013

NLRB7

PIR501

PIU1014

NLRB8

PIM105

PIR1302

NLRESET

PIP502

PIU1022 NLRX0CMOS

PIP602

PIU1023 NLTX0CMOS

PIM1013

PIP601 NLUART0RX

PIM1014

PIP501 NLUART0TX

PIR601

PIR702

PIU1012

NLVBUS

PI0103

PIC502

PIJ101

PIR602

PI0102

PI0104

PIC102PIC202

PIC302PIC402

PIC1102

PID101

PID201

PID301

PID401

PIM1011

PIP302

PIR202

PIR801

PIR1001

PIR1101

PIR1301

PIR1401

PIU1010

PIU1020

PIU1025

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Apêndice F - Código fonte do protótipo final

/∗−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−Bib l i o t e c a s−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−∗/

#inc lude <24FJ64GB002 . h>

#inc lude <s t r i n g . h>

#inc lude <math . h>

#inc lude <usb_cdc . h>

#inc lude <s td i o . h>

/∗−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−Conf igurações do uC−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−∗/

#dev i ce ICD=TRUE

#dev i ce PASS_STRINGS = IN_RAM

#FUSES NOWDT //No Watch Dog Timer

#FUSES NOJTAG //JTAG di sab l ed

#FUSES NOPROTECT //Code not protec t ed from read ing

#FUSES NOWRT //Program memory not wr i t e protec t ed

#FUSES NODEBUG //No Debug mode f o r ICD

#FUSES ICSP3 //ICD uses PGC3/PGD3 pins

#FUSES NOWINDIS //Watch Dog Timer in Window mode

#FUSES WPOSTS16 //Watch Dog Timer PostSca lar 1 :32768

#FUSES NOOSCIO //OSC2 i s c l o ck output

#FUSES PR //Primary O s c i l l a t o r

#FUSES PR_PLL //Primary O s c i l l a t o r with PLL

#FUSES PLL96MHZ

#FUSES PLLDIV5

#FUSES HS //High speed Osc (> 4mhz f o r PCM/PCH) (>10mhz f o r PCD)

#FUSES NOIOL1WAY //Allows mul t ip l e r e c o n f i g u r a t i o n s o f p e r i ph e r a l p ins

#FUSES NOWPCFG

#FUSES NOWPDIS

#use de lay ( c l o ck=32M)

/∗−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−Declarações−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−∗/

#de f i n e LED1 PIN_B5 // Def ine mnemônicos para os p inos RB5,RB7 e RB8.

#de f i n e LED2 PIN_B7

#de f i n e LED3 PIN_B8

unsigned int32 value1 = 0 ; // Var i áve i s g l o b a i s .

float32 value = 0 ;

/∗−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−Funções−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−∗/

void pisca_led1 ( void ) { // Função que p i s ca o LED azu l ind icando

output_low ( LED1 ) ; // o i n í c i o e o fim da comunicação USB.

delay_ms (500) ;

output_high ( LED1 ) ;

delay_ms (500) ;

}

void pisca_led2 ( void ) { // Função que p i s ca o LED branco indicando

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output_low ( LED2 ) ; // o i n í c i o comunicação s e r i a l

delay_ms (500) ; // RS−232 ent r e o PIC24F e o Bluetooth .

output_high ( LED2 ) ;

delay_ms (500) ;

}

void pisca_led3 ( void ) { // Função que p i s c a LED vermelho indicando

output_low ( LED3 ) ; // o fim da comunicação s e r i a l RS−232

delay_ms (500) ; // ent re o PIC24F e o Bluetooth .

output_high ( LED3 ) ;

delay_ms (500) ;

}

void iuv_inteiro ( void ) { // Função que pega o va l o r i n t e i r o do í nd i c e UV

f l o a t frac ; // Declaração de va r i á v e l l o c a l

frac = value − floor ( value ) ; // Pega o va lo r f r a c i o n á r i o ca l cu l ado

i f ( frac>=0.5) // Se o va lo r f r a c i o n á r i o f o r maior ou i gua l a meio

value = ( in t ) floor ( value ) + 1 ; // e s c o l h e o IUV supe r i o r

e l s e // senão

value = ( in t ) floor ( value ) ; // e s c o l h e o IUV i n f e r i o r .

}

#use rs232 ( baud=9600 , pa r i t y=N, xmit=PIN_B15 , rcv=PIN_B14 , b i t s =8, stream=batata )

// TxD es tá no pino

// B15 e RxD es tá no

// pino B14

#inc lude <input . c> // B ib l i o t e c a importante que f o i a l t e r ada para o

// funcionamento co r r e t o do s i s tema .

/∗−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−++++++++++++++++++++−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−∗/

/∗−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−+Programa Pr i n c i pa l+−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−∗/

/∗−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−++++++++++++++++++++−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−∗/

void main ( ) {

/∗−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−Declarações−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−∗/

unsigned int32 i , min , max ;

float32 indice1 ;

char recebe [60 ]= "" ;

output_high ( LED1 ) ; // Apaga os LED ' s .

output_high ( LED2 ) ;

output_high ( LED3 ) ;

/∗−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−"Setando" Comunicação USB−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−∗/

usb_cdc_init ( ) ; // Sta r t CDC.

usb_init ( ) ; // Star t USB.

/∗−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−"Setando" Conversor A/D−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−∗/

setup_adc_ports ( sAN11 ) ; // AN11 e s tá na porta B13 .

setup_adc ( ADC_CLOCK_INTERNAL | ADC_TAD_MUL_8 ) ; // Clock Externo e Tempo de

set_adc_channel (11) ; // aqu i s i ç ã o de 1 .6 microse−

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// gundos . Resolução r e a l de 11 b i t s

// e r e s o l u ção v i r t u a l de 65472 n í v e i s .

/∗−−−−−−−−−−−−−−−Cálculo do IUV f r a c i o n á r i o e i n t e i r o −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−∗/

pisca_led2 ( ) ; // I n í c i o da comunicação s e r i a l RS−232.

printf ( "Amostra : \n\ r " ) ; // Pr i n t f é uma função i n c l u s a na

// b i b l i o t e c a do RS−232.

do{ // Rotina que e s t ab e l e c e a conexão en−// t r e os do i s b luetooth ' s . O bluetooth

// envia o c a r a c t e r MED quando se

// e s t ab e l e c e a conexao .

get_string ( recebe , s i z e o f ( recebe ) ) ; // Pega s t r i n g "MED\ r " enviado pe lo BT.

// gets , f g e t s , getc , f g e t c não func iona .

// get_st r ing é a co r r e t a . A função

// get_st r ing f o i a l t e r ada na b ib l i o−// teca <input . c>.

usb_task ( ) ; // Testa USB

i f ( usb_enumerated ( ) ) { // Escreve no te rmina l .

printf ( usb_cdc_putc , "\ r \n%s" , recebe ) ;

delay_ms (250) ; // Delay embutido .

}

i f ( strcmp ( recebe , "D\ r " ) ) { // Compara o que e s tá no Buf f e r recebe

pisca_led1 ( ) ; // com a s t r i n g "D\ r " para saber se e l e

// já e sc reveu "MED\ r " , i e , se j á houve

// a conexão .

break ; // Sai do LOOP se sim .

}

} whi le ( TRUE ) ;

// Espera para e s t a b i l i z a r

// a conexão ent r e os do i s BT. Sem

// es sa rot ina , não func iona o s i s t e −// ma.

do { // Faz e s sa r o t i na i n f i n i t amen t e

min=65472;

max=0;

f o r ( i=0; i<=20; ++i ) { // Pega 20 amostras e os seus

// máximos e mínimos .

delay_ms (10) ; // Função de de lay embutida .

value = read_adc ( ) ; // Função para l e r CAD embutida ,

i f ( value<min ) // Rotina que pega os maiores

min=value ; // e os menores va l o r e s para ,

i f ( value>max ) // poster iormente , c a l c u l a r a

max=value ; // média .

}

indice1 = 2281 . 6 ; // Sensor t raba lha na f a i x a de

// 115 mV/IUV e o PIC24 nes te caso

// com Vref+ = 3 .3V e Vref−=0.

// ( Vref+ − Vref−)/Resolução =

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// = 3 .3V/65472 = 50 ,40322580 e−6 V.

// IUV_1 = 115mV/50 ,40322580 e−6 V

// IUV_1 = 2281 ,6 , i s t o é , para cada

// IUV in t e i r o , se t e rá um passo de

// 2281 ,6 , fornecendo , assim , um

// IUV máximo de 28 ,7 , aproximadamente .

value1 = ( int32 ) ( max+min ) ; // Cálculo f o i d i v i d i do em t r ê s pa r t e s

value1 = ( int32 ) value1 /2 ; // para não sob r e ca r r e ga r o micro . É

value = ( float32 ) value1/indice1 ; // f e i t a a média a r i tmé t i c a e e s s e

// va l o r é d i v i d i do por seu IUV_1 .

usb_task ( ) ; // Testa USB

i f ( usb_enumerated ( ) ) { // Rotina de impressão da média do

pisca_led1 ( ) ; // va l o r do ADC no termina l v ia USB.

printf ( usb_cdc_putc , "ADC: %Lu \ r \n\ r \n" , value1 ) ;

delay_ms (250) ;

}

printf ( "%2.3 f \ r \n" , value ) ; // Envia v ia s e r i a l o IUV ca l cu l ado .

//Não pode t e r delay , se não perde o dado

get_string ( recebe , s i z e o f ( recebe ) ) ; // Pega s t r i n g r eceb ida no RxD.

i f ( usb_enumerated ( ) ) { // Rotina de impressão do dado no

pisca_led1 ( ) ; // te rmina l v ia USB.

printf ( usb_cdc_putc , "%s \ r \n\ r \n" , recebe ) ;

delay_ms (250) ;

}

iuv_inteiro ( ) ; // Chama função que c a l c u l a o IUV i n t e i r o .

printf ( "%2.1 f \ r \n" , value ) ; // Envia v ia s e r i a l o IUV i n t e i r o .

//Não pode t e r delay , se não perde o dado

get_string ( recebe , s i z e o f ( recebe ) ) ;

i f ( usb_enumerated ( ) ) { // Rotina de impressão do dado no

pisca_led1 ( ) ; // te rmina l v ia USB.

printf ( usb_cdc_putc , "%s \ r \n\ r \n" , recebe ) ;

delay_ms (250) ;

}

pisca_led3 ( ) ; // Fim da comunicação s e r i a l RS−232 para

// o Bluetooth e da comunicação USB.

} whi le ( TRUE ) ;

}

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Apêndice G - Dados obtidos pelo site do INPE

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Figura 49: Dados obtidos pelo site do INPE.