desenvolvimento de produtos duplicador

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  • CENTRO UNIVERSITRIO POSITIVO

    DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO DE DUPLICADOR

    DE VAGA DE GARAGEM PARA AUTOMVEIS LEVES

    CURITIBA

    2007

  • ALYSON SOLTOVSKI

    CHRISTIAN CARRALON

    DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO DE DUPLICADOR

    DE VAGA DE GARAGEM PARA AUTOMVEIS LEVES

    Trabalho de concluso de curso apresentado para obteno do ttulo de Engenheiro Mecnico, no Curso de Graduao em Engenharia Mecnica do Centro Universitrio Positivo. Orientador: Prof. Dario Mechi

    CURITIBA

    2007

  • ii

    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS ............................................................................................... v

    LISTA DE TABELAS .............................................................................................vii

    RESUMO...............................................................................................................viii

    1 INTRODUO ..................................................................................................... 1

    1.1 APRESENTAO DO PROBLEMA..................................................................2

    1.2 OBJETIVO GERAL............................................................................................2

    1.3 DELIMITAO DO TRABALHO........................................................................2

    1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ..........................................................................3

    1.5 METODOLOGIA APLICADA .............................................................................5

    2 REVISO BIBLIOGRFICA ................................................................................ 6

    2.1 PESQUISA DA ATUAL CONJUNTURA DA DEMANDA DE

    ESTACIONAMENTOS.............................................................................................6

    2.2 USO COMERCIAL DOS ESTACIONAMENTOS...............................................9

    2.3 APRESENTAO DO SISTEMA DUPLICADOR DE VAGAS DE

    ESTACIONAMENTO.............................................................................................10

    2.4 FABRICANTES ESTRANGEIROS ATUANTES NO MERCADO EXTERNO ..12

    2.5 SISTEMA FUTURISTA DE ESTACIONAMENTOS.........................................16

    2.6 METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO.............................18

    2.7 PROJETO EM CAD.........................................................................................22

    2.7.1 Elementos finitos ..........................................................................................22

    2.7.2 Metodologia dos elementos finitos aplicados a rigidez de estruturas ...........24

    3 FUNDAMENTAO DA METODOLOGIA DE PROJETO ................................ 26

    3.1 BENCHMARKING DO PRODUTO ..................................................................26

    3.2 CASA DA QUALIDADE (QFD) ........................................................................28

    3.3 REQUISITOS DE PROJETO...........................................................................31

    3.4 BRAINSTORMING ..........................................................................................31

    3.5 PESQUISA MERCADOLGICA......................................................................33

    3.6 FMEA...............................................................................................................34

    3.6.1 Tipos de FMEA.............................................................................................35

    3.6.2 Metodologia do FMEA ..................................................................................35

    3.7 ERGONOMIA APLICADA A PRODUTOS.......................................................39

    4 LEVANTAMENTO DAS SOLUES EXISTENTES E SEUS PARMETROS 41

  • iii

    5 PESQUISA MERCADOLGICA........................................................................ 44

    5.1 SELEO DA AMOSTRA ...............................................................................44

    5.2 RESULTADO DA PESQUISA .........................................................................45

    5.3 NECESSIDADES DOS CLIENTES .................................................................49

    5.3.1 Cliente interno...............................................................................................49

    5.3.2 Cliente externo..............................................................................................49

    5.4 REQUISITOS DE PROJETO...........................................................................51

    5.5 DESDOBRAMENTO CASA QUALIDADE (QFD) ............................................53

    5.6 ESPECIFICAO DE PROJETO DO PRODUTO...........................................54

    6 GERAO DE CONCEPES ......................................................................... 59

    6.1 RESULTADO DO BRAINSTORM....................................................................59

    6.2 AVALIAO DAS CONCEPES..................................................................61

    6.3 ESTRUTURA PRELIMINAR DO PRODUTO...................................................61

    7 RESULTADO FMEA DE PROJETO E DE PROCESSO.................................... 63

    8 ELABORAO DO PROJETO ......................................................................... 64

    8.1 PRODUTO DETALHADO................................................................................64

    8.2 LISTA DE COMPONENTES............................................................................70

    8.3 LEVANTAMENTO DE CUSTOS DE FABRICAO .......................................73

    9 DIMENSIONAMENTO........................................................................................ 75

    9.1 ANLISE CAE .................................................................................................75

    10 COMENTRIOS E CONCLUSES ................................................................. 82

    10.1 PROPOSTA PARA FUTUROS ESTUDOS ...................................................83

    GLOSSRIO ......................................................................................................... 84

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..................................................................... 85

    APNDICE 1 PESQUISA MERCADOLGICA RESIDENCIAL ........................ 88

    APNDICE 2 PESQUISA MERCADOLGICA COMERCIAL........................... 91

    APNDICE 3 APLICAO CASA DA QUALIDADE ........................................ 94

    APNDICE 4 FMEA DE PRODUTO DUPLICADOR DE VAGA DE GARAGEM96

    APNDICE 5 FMEA DE PROCESSO DUPLICADOR DE VAGA DE GARAGEM

    ............................................................................................................................ 101

    APNDICE 6 DESENHO DIMENSIONAL DUPLICADOR DE VAGA DE

    GARAGEM .......................................................................................................... 103

    ANEXO 1 PROPOSTA COMERCIAL DA EMG ............................................... 106

  • iv

    ANEXO 2 PROPOSTA COMERCIAL IMPORTADORA .................................. 109

  • v

    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1 QUANTO CUSTA ESTACIONAMENTO POR HORA EM OUTRAS

    METRPOLES.................................................................................................... 8

    FIGURA 2 COMPONENTES BSICOS DUPLICADOR DE VAGAS..................... 10

    FIGURA 3 DUPLICADOR DE VAGA DUAS COLUNAS - FABRICANTE DBL PARK

    .......................................................................................................................... 13

    FIGURA 4 DUPLICADOR DE VAGA QUATRO COLUNAS - FABRICANTE

    AMERICANS PRIDE ........................................................................................ 14

    FIGURA 5 DUPLICADOR DE VAGA UMA COLUNA - FABRICANTE LANZONI.. 15

    FIGURA 6 SISTEMA DE ESTACIONAMENTO AUTOMATIZADO........................ 16

    FIGURA 7 SISTEMA DE ESTACIONAMENTO AUTOMATIZADO (MULTIPARKER

    720) ................................................................................................................... 17

    FIGURA 8 ETAPAS DO PROCESSO DE PROJETO SEGUNDO PAHL & BEITZ 19

    FIGURA 9 DEFINIO DA TAREFA: ENTRADAS, FERRAMENTAS E SADAS. 19

    FIGURA 10 PROJETO CONCEITUAL: ENTRADAS, FERRAMENTAS E SADAS

    .......................................................................................................................... 20

    FIGURA 11 PROJETO PRELIMINAR: ENTRADAS, FERRAMENTAS E SADAS 21

    FIGURA 12 PROJETO DETALHADO: ENTRADAS, FERRAMENTAS E SADAS 22

    FIGURA 13 CONSTANTE ELSTICA DA MOLA.................................................. 24

    FIGURA 14 PROCESSO DO BENCHMARKING DE CINCO ESTGIOS............. 27

    FIGURA 15 TABELAS QUE COMPEM A CASA DA QUALIDADE..................... 29

    FIGURA 16 CRUZAMENTO DAS TABELAS REQUISITOS DOS CLIENTES COM

    CARACTERISTICAS DA QUALIDADE ............................................................. 29

    FIGURA 17 RESULTADO DE PEQUISA COM GASTOS DE LOCAO DE

    GARAGEM........................................................................................................ 46

    FIGURA 18 GRFICO DE PARETO PESQUISA QUANTITATIVA RESIDENCIAL

    .......................................................................................................................... 47

    FIGURA 19 GRFICO DE PARETO PESQUISA QUANTITATIVA COMERCIAL. 47

    FIGURA 20 GRFICO DE PARETO RESULTADO GLOBAL PESQUISA

    QUANTITATIVA ................................................................................................ 48

    FIGURA 21 CROQUI ESTRUTURA PRELIMINAR DO PROJETO....................... 62

  • vi

    FIGURA 22 ISOMTRICO PROJETO DEFINITIVO.............................................. 65

    FIGURA 23 DETALHE DAS TRAVAS DE LOCOMOO NA PLATAFORMA ..... 66

    FIGURA 24 ALOJAMENTO DAS CORRENTES ................................................... 66

    FIGURA 25 MOVIMENTO BRAO ARTICULADO ............................................... 67

    FIGURA 26 DETALHE DO REFORO DA ARTICULAO DO BRAO............. 67

    FIGURA 27 DETALHE TRAVESSA INFERIOR TRASEIRA COM A ESRTUTURA

    LATERAL .......................................................................................................... 68

    FIGURA 28 DETALHE TRAVESSA INFERIOR DIANTEIRA COM A ESRTUTURA

    LATERAL .......................................................................................................... 69

    FIGURA 29 ARRANJO RODA DENTADA MOTORA E ESTICADORES DA

    CORRENTE ...................................................................................................... 69

    FIGURA 30 SIMULAO DE ELEVAO COM UM MODELO DE VECULO DE

    PASSEIO........................................................................................................... 70

    FIGURA 31 DIVISO EM SUBCONJUNTOS DO EQUIPAMENTO...................... 71

    FIGURA 32 CONDIES DE CONTORNO NO CONJUNTO PLATAFORMA ..... 76

    FIGURA 33 ANLISE DE DEFORMAES NA PLATAFORMA.......................... 77

    FIGURA 34 LOCALIZAO DA TENSO MXIMA ............................................. 78

    FIGURA 35 ANLISE DAS TENSES NA PLATAFORMA ................................. 78

    FIGURA 36 ANLISE DAS DEFORMAES NOS TRILHOS ............................. 79

    FIGURA 37 ANLISE DAS TENSES NOS TRILHOS ........................................ 79

    FIGURA 38 ANLISE DAS TENSES NAS ARTICULAES ........................... 80

    FIGURA 39 ANLISE DA DEFORMAO NA ARTICULAO........................... 80

  • vii

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 1: DADOS TCNICOS FABRICANTES DE DUPLICADORES DE VAGAS

    .......................................................................................................................... 15

    TABELA 2: FALHAS EM POTENCIAL ..................................................................... 37

    TABELA 3: CRITRIOS DE AVALIAO DE RISCOS............................................ 37

    TABELA 4: NDICE DE OCORRNCIA.................................................................... 38

    TABELA 5: DETECO........................................................................................... 38

    TABELA 6: CARACTERSTICAS DAS SOLUES EXISTENTES POR

    FABRICANTES ................................................................................................. 42

    TABELA 7: CARACTERSTICAS DAS SOLUES EXISTENTES POR

    FABRICANTES ................................................................................................. 43

    TABELA 8: ESPECIFICAES DE PROJETO DE PRODUTO............................... 55

    TABELA 9: ESPECIFICAO DE PROJETO DE PRODUTO ................................. 56

    TABELA 10: ESPECIFICAO DE PROJETO DE PRODUTO ............................... 57

    TABELA 11: ESPECIFICAO DE PROJETO DE PRODUTO ............................... 58

    TABELA 12: CONCEPES E AVALIAES DO BRAINSTORM ......................... 60

    TABELA 13: DADOS DO FMEA............................................................................... 64

    TABELA 14: LISTA DE COMPONENTES ESTRUTURA ......................................... 71

    TABELA 15: LISTA DE COMPONENTES PLATAFORMA....................................... 72

    TABELA 16: LISTA DE COMPONENTES MECANISMO DE TRANSMISSO........ 72

    TABELA 17: LISTA DE COMPONENTES BRAOS ARTICULADOS...................... 73

    TABELA 18: QUADRO COMPARATIVO DE CUSTOS............................................ 74

    TABELA 19: PROPRIEDADES DO MATERIAL ASTM A-36.................................... 77

  • viii

    RESUMO

    Buscando-se apresentar uma soluo vivel para a otimizao de espaos,

    destinados ao abrigo de veculos leves (garagens), expe-se o desenvolvimento de

    um produto destinado a duplicar vagas de estacionamentos e/ou garagens.

    Por meio da metodologia de elaborao de projetos, o estudo adquire um

    carter tcnico, baseando-se em ferramentas que contribuem para indicadores e

    valores timos no processo de desenvolvimento do produto.

    Aplicando-se Benchmarking com produtos ofertados no mercado externo,

    obtm-se uma viso geral dos aspectos determinantes para o incio das concepes

    de projeto. Atravs da tratativa de vrias solues, os requisitos do produto inserem-

    se no modelo de Casa Qualidade, a partir dos quais obtm-se as caractersticas de

    maior importncia (em na escala de valores da ferramenta), as quais so analisadas

    aplicando-se Brainstorming. Para conhecer a opinio dos possveis usurios,

    apoiando-se nas informaes resultantes do processo de Brainstorming, realiza-se

    uma pesquisa mercadolgica para adequar possveis diretrizes vislumbradas por

    usurios em potencial.

    No contexto das diretrizes do projeto aplica-se outra ferramenta, destinada a

    anlise de possveis falhas que podem ser acometidas no funcionamento do

    produto, o FEMEA. Chega-se, desse modo, s especificaes e dimensionamentos

    de fora de elevao que se inserem no projeto virtual em CAD. Apoiando-se no

    recurso de um software de CAD-CAE, realizam-se simulaes e anlises da

    proposta escolhida para o produto.

    Dessa forma, encaminha-se para fornecedores informaes especficas de

    dimenses, sistemas de acionamento, e outras caractersticas essenciais para o

    levantamento de custo, prospectando-se assim o valor comercial do produto

    acabado.

  • 1 INTRODUO

    O envelhecimento dos centros urbanos, associados falncia da

    estrutura viria, tem apresentado grandes problemas para receber um sistema

    de trnsito cada vez mais agitado. A melhoria dos transportes coletivos e a

    implantao de polticas pblicas para a revitalizao dos centros urbanos

    podero reverter parte desse quadro, mas, em contrapartida, agrava-se o

    complexo problema de estacionamento de veculos nestas reas centrais.

    Um novo enfoque sobre essa questo e busca de solues para o

    problema de estacionamento se constituem no tema principal desse trabalho.

    Para se compreender melhor o impacto urbano provocado pelo uso do

    automvel, deve-se retroceder sua evoluo na histria, desde a sua criao,

    no final do sc. XIX, at o seu grande crescimento aps a Segunda Guerra

    Mundial.

    O volume de veculos foi se expandindo pelos continentes, aps a

    revoluo na produo em srie proposta por Henry Ford, com o qual tomaram

    espao na rua e no cotidiano social das cidades, modificando o trnsito urbano,

    antes predominantemente rural, devido a sua facilidade de aquisio.

    Recentemente, foram criadas polticas de rodzio nos grandes centros

    urbanos, com o objetivo de minimizar os impactos negativos do trnsito em

    determinadas reas. Para solucionar os problemas gerados, se faz necessrio

    buscar solues criativas, que privilegiem o aumento da densidade de

    armazenamento de veculos em determinados locais das cidades.

    A referncia para o estudo desse caso est na observao de pases

    com maior nvel de desenvolvimento, os quais j vivenciaram questes do

    gnero em pocas passadas.

    Atravs de benchmarking das solues que as grandes metrpoles

    empregaram ser realizado o desenvolvimento de um produto compatvel com

    a realidade e aos recursos brasileiros.

  • 2

    1.1 APRESENTAO DO PROBLEMA

    No contexto do recente crescimento populacional urbano, o ritmo de vida

    das pessoas est acelerado, tornando-se maior a necessidade de mais

    veculos em circulao. Com isso, vrios transtornos apresentam-se na rotina

    diria, tais como: trnsito catico e espaos destinados a estacionamentos

    sempre reduzidos. Assim, surge a necessidade de solues viveis que se

    enquadrem no contexto atual do ambiente urbano, para minimizar a carncia

    de vagas de estacionamento em shoppings centers, centros comerciais,

    condomnios residenciais, supermercados, entre outros setores que tambm

    exijam reas destinadas a um estacionamento compacto e de alta densidade.

    Em pases com maior grau de desenvolvimento, o emprego de solues

    para o aumento do nmero de vagas de garagem j est expandido, devido ao

    alto custo, surge um novo nicho de mercado, o qual a base inicial de idias

    para o desenvolvimento deste trabalho, analisando tambm o custo de

    implantao do projeto no mercado brasileiro.

    1.2 OBJETIVO GERAL

    Desenvolver o projeto de um duplicador de vagas de garagem,

    destinado a veculos de passeio, e que possam ser instalados em locais com

    demanda de estacionamento compacto, observando padres de qualidade

    adequados s necessidades dos clientes, aliado a um custo competitivo com

    equipamentos importados.

    1.3 DELIMITAO DO TRABALHO

    O produto foi baseado em metodologia de desenvolvimento de projeto,

    empregando-se diversas ferramentas como: Pesquisa Mercadolgica,

    Benchmarking, Casa Qualidadede, Brainstorming, FMEA. Atravs desses

    recursos foi concebido o modelo virtual (conceitual), em sistema CAD/CAE. A

  • 3

    anlise do desenvolvimento do produto ser realizada atravs da teoria e

    equaes de resistncia dos materiais nos elementos estruturais com enfoque

    no dimensionamento esttico com o emprego do software CATIA. A partir do

    modelo gerado, o equipamento simples e no automatizado acessvel ao

    mercado brasileiro, foi orado para fabricao.

    No esto previstos no escopo do projeto o dimensionamento de

    sistemas e acessrios, tais como: motores, unidades hidrulicas, acabamento

    superficial, montagem, embalagem e transporte, sistemas de unies e

    transmisso de movimento, bem como as anlises dinmicas do produto, alm

    disso, ressalta-se que devido complexidade do produto, no ser

    desenvolvido qualquer tipo de prottipo ou modelo real do equipamento.

    A soluo ideal ainda inexistente, que executaria todas as funes

    necessrias de elevao e acomodao do veculo sem implicar em

    desvantagens ou aumento dos custos. Apesar de raramente poder ser atingida,

    deve ser uma meta de desenvolvimento

    1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

    Este trabalho composto por 7 captulos:

    Captulo 1 Introduo

    Este captulo apresenta o tema, a exposio do problema, os objetivos,

    as limitaes, a estrutura do TCC e metodologia de projeto adotada para o

    desenvolvimento do trabalho.

    Captulo 2 Reviso Bibliogrfica

    Neste captulo so apresentadas algumas informaes de artigos

    referentes ao problema de vagas de estacionamento nas grandes cidades, bem

    como uma pesquisa de mercado dos fornecedores de duplicadores de vagas

    no setor de sistemas de estacionamento, procurando, desta forma, estabelecer

    parmetros e requisitos para o desenvolvimento do novo produto.

  • 4

    Captulo 3 Fundamentos da Metodologia de Projeto

    So apresentadas as teorias das ferramentas e metodologias utilizadas

    no decorrer do trabalho.

    Captulo 4 Levantamento das Solues Existentes

    So apresentadas neste captulo as diversas solues existentes no

    mercado, avaliando-se as caractersticas de cada produto, mediante aspectos

    relevantes do equipamento.

    Captulo 5 Pesquisa Mercadolgica

    Neste captulo apresentam-se o impacto mercadolgico e a viso dos

    possveis clientes em relao ao produto. Bem como, os requisitos de projetos

    e as caractersticas mais relevantes para os clientes em potencial. Juntamente

    com a avaliao com as especificaes de produtos similares para se definir,

    assim, os itens mais importantes para o desenvolvimento do duplicador de

    vagas.

    Captulo 6 Gerao de concepes

    So apresentadas algumas tcnicas para gerao de idias, que

    contribuem de maneira significativa, a fim de alcanar alternativas com base

    nas informaes do grupo.

    Captulo 7 Resultado FMEA

    Este captulo contempla o resultado do estudo para a eliminao de

    falhas em potencial no desenvolvimento do projeto do produto.

    Captulo 8 Elaborao do projeto

    Uma vez determinados e calculados os pontos crticos no projeto, na

    fase final do trabalho foi realizado o projeto detalhado e o levantamento de

    custo do produto, visando futura aprovao de viabilidade e fabricao.

    Captulo 9 Dimensionamento

    Neste captulo apresenta-se as dimenses do produto, as deformaes

    devidas a carga e as tenses atuantes no conjunto.

  • 5

    Captulo 10 Comentrios e Concluses

    Neste captulo apresentam-se comentrios e concluses sobre o produto

    comparando-o com solues existentes, e firmando a sua viabilidade

    econmica no contexto do Brasil.

    Referncias Bibliogrficas

    Foram relacionadas s referncias bibliogrficas adotadas como base

    para o desenvolvimento deste projeto.

    1.5 METODOLOGIA APLICADA

    Para atingir o objetivo proposto, foi realizado o levantamento dos

    duplicadores de vagas existentes no mercado externo (devido ao predomnio

    do desenvolvimento de modelos customizados), identificando-se as

    necessidades e expectativas do cliente com relao ao produto, avaliando-se

    os principais requisitos tcnicos.

    Aps a definio da fase informativa, necessrio garantir a integridade

    conceitual do equipamento, avaliando-se caractersticas tcnicas, econmicas

    e funcionais.

    Aps a base conceitual do novo equipamento definido, partiu-se para os

    primeiros modelos do produto, no qual foram avaliados conceitos como:

    ergonomia, valor agregado, facilidade de manuteno e confiabilidade para o

    usurio.

    A partir desses dados foi desenvolvida uma anlise de viabilidade

    econmica, permitindo-se que haja uma nacionalizao do produto (visto que

    os concorrentes so predominantemente do mercado externo), de acordo com

    os recursos disponveis de matria-prima e processos de fabricao.

    Com os resultados das etapas de desenvolvimento do projeto

    (resultados de benchmarking, pesquisas, customizaes, entre outros) ser

  • 6

    realizado no software CATIA, o modelamento tridimensional e anlise do

    duplicador de vagas.

    Para garantir o perfeito andamento do projeto, bem como assegurar que

    sejam atendidos os requisitos e caractersticas do novo produto, foram

    utilizados o mtodo de PAHL e BEITZ no desenvolvimento de produto e das

    ferramentas da qualidade. Estas ferramentas, por sua vez, alcanaram uma

    maior eficincia nos resultados, visando eliminar erros conceituais de projeto.

    2 REVISO BIBLIOGRFICA

    Nesta etapa foram realizados o levantamento e a pesquisa do problema

    de vagas de estacionamento, bem como a demonstrao das as atuais

    solues do mercado para o problema em questo.

    2.1 PESQUISA DA ATUAL CONJUNTURA DA DEMANDA DE

    ESTACIONAMENTOS

    As pesquisas mostram que a taxa de crescimento de Curitiba e sua

    regio metropolitana nos anos 90 foi bastante alta, chegando a 3,17% ao ano,

    muito superior ao crescimento populacional mdio nacional no mesmo perodo

    (1,63% ao ano de acordo com o IBGE, 2001). Atualmente, a cidade abriga

    cerca de 1,8 milhes de habitantes de acordo com PPUC, 2005, em uma rea

    de 434,97 km2, tornando-se pequena para absorver este crescimento, sendo a

    maioria das novas ocupaes urbanas, direcionadas para os demais

    municpios metropolitanos.

    De acordo com dados coletados no site WIKIPDIA (MEDIAWIKI, 2007),

    na regio central da capital paranaense, existem 105 agncias bancrias,

    4,848 casas comerciais, 12 flats, 68 hotis, 669 indstrias ou sedes de

    indstrias, 555 restaurantes, 4 shoppings e no total so 17.489 atividades

    econmicas no centro.

  • 7

    Estima-se que a cada ano, um percentual de 6% de novos veculos

    acrescentado ao trnsito da cidade, um nmero que no parece to

    impactante, mas, ao se considerar que, em cinco anos, segundo os dados do

    DETRAN/PR (2005), a frota cresceu em 1.080.959 novos veculos no Paran,

    os dados aumentam de proporo. De modo que em Curitiba, 900 mil veculos

    so registrados pelo mesmo rgo. Dividindo-se a quantidade de veculos, pela

    populao da cidade tem-se uma mdia de 51,68 veculos para cada cem

    habitantes, ou ento 1,8 habitante por veculo, conforme artigo eletrnico

    publicado pelos alunos do curso de comunicao social no Jornal

    Comunicao da Universidade Federal do Paran (UFPR, 2005).

    Conforme matria publicada no jornal GAZETA DO POVO em

    28/09/2003, existe um comrcio altamente lucrativo baseado no contingente de

    veculos e na escassez de vagas de estacionamento nas vias pblicas, que

    representa um problema enfrentado em todos os grandes centros urbanos.

    Em matria apresentada na revista VEJA (Junho/2004) o tema tratado

    como fbrica de dinheiro, devido alta explorao da necessidade de um lugar

    para estacionar, o qual gera um mercado altamente lucrativo; os

    estacionamentos pagos. Mediante a alta demanda e o baixo nmero de vagas

    disponveis, os custos so elevados.

    Na engarrafada So Paulo, onde circulam 5,7 milhes de veculos,

    todos os nmeros relacionados a estacionamentos impressionam. De acordo

    com o SINDEPARK (Sindicato das empresas do setor), existem atualmente

    9.000 garagens, que oferecem um total de 800.000 vagas. Alugadas a preo de

    ouro, nos ltimos cinco anos, foram inaugurados nada menos que 1.500

    estacionamentos isso sem contar os 3.000 que, calcula-se, operam na

    clandestinidade. (Veja, Junho 2004)

    Os preos das grandes capitais podem ser comparados aos cobrados

    em reas nobres de Paris e Roma, que podem chegar ao preo de 12 reais

    pela primeira hora, uma das tarifas recordistas da capital (ver figura 1).

  • 8

    FIGURA 1 QUANTO CUSTA ESTACIONAMENTO POR HORA EM OUTRAS METRPOLES

    FONTE: REVISTA VEJA, JUNHO 2004

    Conforme observado na figura 1, o custo para locao de uma vaga de

    estacionamento nos pases mais desenvolvidos significativo, o que refora a

    necessidade de um investimento no aumento da capacidade de

    estabelecimentos que abrigam veculos.

    Em contrapartida aos altos preos praticados, os donos de

    estacionamentos reclamam dos gastos fiscais com aluguel e IPTU que

    correspondem a 35% do faturamento, os custos com mo-de-obra atingem

    32% e impostos, manuteno e despesas administrativas consomem mais

    25%.

    Com base nestas informaes fundamental aumentar a quantidade de

    vagas oferecidas de estacionamento, para diminuir custos e aumentar a

    rentabilidade dos estacionamentos dos grandes plos industriais.

    Como no h espao para o aumento fsico do nmero de

    estacionamentos, surge a necessidade de aumentar suas capacidades,

    empregando assim uma customizao do espao atravs do uso de

    equipamentos que propiciem a duplicao de uma vaga de estacionamento.

  • 9

    2.2 USO COMERCIAL DOS ESTACIONAMENTOS

    Com o intuito de analisar o mercado mais provvel para a aplicao do

    duplicador de vaga, foi feito um levantamento ,na cidade de Curitiba, da atual

    distribuio de recursos de estacionamento, especialmente no comrcio.

    Os shoppings centers, particularmente, costumam dar uma ateno

    especial ao projeto e operao do estacionamento j que nele em que ocorre

    o primeiro contato dos clientes com o estabelecimento. Para isso, importante

    o correto dimensionamento do nmero de vagas, considerando-se, ainda, de

    acordo com PORTUGAL & GOLDNER (2003), que isso interfere: a) Na

    satisfao do cliente; b) Na facilidade de acesso vaga; c) Em no

    desestimular os compradores a visitar o estabelecimento, seja pelas filas e

    demoras provenientes de um nmero insuficiente de vagas, ou ainda, pelo

    excesso de vagas, que pode ser visto pelos clientes e lojistas potenciais como

    um empreendimento mal sucedido; d) Em manter uma boa relao com a

    vizinhana que tem suas vagas nas vias preservadas, podendo-se evitar

    inclusive conflitos com o trfego de passagem; f) Em proporcionar segurana

    ao cliente. Essas so, portanto, caractersticas essenciais para a atrao de um

    maior nmero de clientes para o shopping e, conseqentemente, para a sua

    viabilidade.

    A demanda por estacionamento, segundo CRDENAS (2003), varia

    conforme: facilidade de acesso, densidade demogrfica, uso do solo adjacente,

    atitudes dos clientes, padres de viagens, atratividade local, nmero e tamanho

    do estabelecimento, natureza do mercado e caractersticas socioeconmicas

    dos clientes. Para JONES (1969), ao se implantar um estacionamento, deve-se

    levar em conta a (o):

    Quantidade de clientes vindos por transporte particular;

    Nmero de clientes por carro (taxa de ocupao veicular);

    Rotatividade das vagas;

    Proporo por tipo de lojas;

    Incidncia e amplitude dos picos.

  • 10

    2.3 APRESENTAO DO SISTEMA DUPLICADOR DE VAGAS DE

    ESTACIONAMENTO

    Em metrpoles de pases europeus e norte-americanos os sistemas de

    duplicao de vagas de estacionamento e/ou garagens j so amplamente

    empregados, e assim so modelos de referncia para o desenvolvimento de

    um produto tropicalizado, em sintonia com a disponibilidade de materiais

    nacionais, para atender a crescente demanda em grandes centros urbanos

    brasileiros.

    No contexto de sistemas de elevao de automveis j difundidos no

    Brasil, os quais so comumente encontrados em auto-centers (lojas de

    servios de manuteno) foi inserido o equipamento de duplicao de vagas de

    garagem, o qual pode ser representado de forma simplificada na figura 2.

    FIGURA 2 COMPONENTES BSICOS DUPLICADOR DE VAGAS

    FONTE: JUMA, 2007

    Conforme apresentado, o produto basicamente composto por uma

    base (B), responsvel pela sustentao do sistema e a sua fixao no solo. A

    A

    B C

    D

    E

  • 11

    base est unida s torres (D) que delimitam o curso do equipamento e a

    trajetria vertical do deslocamento. A plataforma de elevao (C) montada

    junto ao sistema de transmisso movimento (E), que transforma a energia

    mecnica de um motor ou unidade de fora (A) em deslocamento vertical do

    conjunto.

    Alm dos dispositivos principais, existem outros subsistemas que atuam

    em conjunto para permitir o controle do deslocamento, velocidade, estabilidade,

    segurana (dispositivos de sensoriamento, travas, bloqueios) que em conjunto

    permitem que o equipamento opere com eficincia e confiabilidade.

    Devido ao risco que o equipamento apresenta, foi percebida a

    necessidade de prever um sistema de segurana contra falha eltrica e

    mecnica, para prevenir que possveis falhas comprometam a integridade fsica

    do usurio, bem como danos materiais aos veculos.

    Sistema de Elevao

    Atravs de uma interface que converte energia mecnica ou eltrica em

    movimento linear, a unidade responsvel pela entrada de fora necessria

    para o deslocamento vertical do conjunto. Os recursos mais empregados no

    mercado atualmente so atravs de motores eltricos e bombas hidrulicas.

    Base

    Dispositivo que suporta toda estrutura dinmica de elevao, alm de

    manter a estabilidade, permite a fixao do conjunto no solo.

    Plataforma

    Regio destinada a receber o veculo que ser elevado, acoplada a um

    dispositivo que permite a movimentao vertical do conjunto associado ao

    mecanismo de elevao.

    Colunas

    Estrutura que orienta o movimento ascendente e descendente do

    conjunto, e permite a comunicao do sistema de transmisso com a

    plataforma.

  • 12

    Sistema de Transmisso

    Subconjunto que permite a interao entre a unidade de fora (Sistema

    de elevao) e a plataforma transformando um deslocamento angular em

    linear, ou transferncia de um movimento linear que permite a elevao da

    plataforma.

    2.4 FABRICANTES ESTRANGEIROS ATUANTES NO MERCADO EXTERNO

    No intuito de conhecer como est sendo resolvido o problema de falta de

    vagas nas grandes cidades estrangeiras, foram realizadas pesquisas entre os

    maiores e mais importantes fornecedores de duplicadores de vagas para

    veculos leves. As pesquisas realizadas pelos autores, basearam-se em

    informaes obtidas atravs de artigos e pginas na Internet dos respectivos

    fabricantes.

    Foram filtradas informaes construtivas, dimensionais e caractersticas

    tcnicas de duplicadores para dois veculos leves. Essas informaes sero

    utilizadas posteriormente para auxiliarem na definio dos padres de

    qualidade e objetividade para o produto em desenvolvimento neste projeto. A

    seguir foram listados trs fornecedores de vrios pases. Os duplicadores de

    vagas foram divididos com relao ao nmero de colunas presentes na

    estrutura, podendo ser: uma, duas ou quatro e ao tipo de sistema de elevao.

    A empresa DBL Park Mechanical Parking System, localizada na Turquia,

    atualmente exporta seus produtos para pases como os Estados Unidos da

    Amrica e Alemanha, e vm atuando na ampliao de vagas em prdios

    residenciais, prdios comerciais, hotis, estacionamentos pblicos e privados.

    A gama de produtos do DBL park composta por 4 tipos distintos de

    duplicadores de vagas, diferenciando pela capacidade de armazenamento de

    veculos variando entre dois, trs e at quatro veculos. Como um dos seus

    produtos mais requisitados, destaca-se o DBL - LW, que segundo o fabricante,

    um equipamento compacto, porttil e modular, com capacidade para dois

    automveis e sistema de elevao hidrulico que utiliza dois cilindros em cada

  • 13

    extremidade da rampa. Sua capacidade de 2500 kg (ver figura 3). (Demais

    caractersticas tcnicas consultar a tabela 1).

    FIGURA 3 DUPLICADOR DE VAGA DUAS COLUNAS - FABRICANTE DBL PARK

    FONTE: DBL PARK, 2007

    Outro fabricante que se destaca no ramo de duplicadores de vagas a

    empresa Americans Pride, com trinta e cinco anos no mercado, localizada nos

    Estados Unidos, e que vem atuando no ramo de equipamentos de oficinas e

    multiplicadores de vagas. Seus produtos so compostos basicamente por trs

    modelos para estacionamento e garagens. Segundo a empresa Americans

    Pride, o duplicador de quatro postes modelo PP4E o mais econmico e o

    mais requisitado (ver figura 4), e que apresenta capacidade de armazenamento

    de dois veculos e sistema de elevao com um cilindro hidrulico que traciona

    cabos de ao localizados nas extremidades de cada um dos quatro postes,

    podendo erguer veculos de at 4080 kg. (Demais caractersticas tcnicas

    consultar tabela 1).

  • 14

    FIGURA 4 DUPLICADOR DE VAGA QUATRO COLUNAS - FABRICANTE AMERICANS PRIDE

    FONTE: AMERICA`S PRIDE, 2007

    O fabricante Lanzoni, localizado na Itlia, vem trabalhando no ramo de

    equipamentos automotivos desde 1963, destinado ao mercado europeu,

    desenvolvendo solues alternativas no ramo de equipamentos para

    estacionamentos.

    O modelo Lanzoni MC-2500 se destaca pela sua versatilidade, pois

    utiliza apenas uma coluna para levantar o automvel, permitindo que o

    motorista tenha um dos lados completamente livre para efetuar manobras com

    o automvel (ver figura 5). Pode ser empregado em ambientes relativamente

    pequenos e de terrenos com perfis irregulares. O sistema de elevao

    composto basicamente por um cilindro telescpico hidrulico e proporciona a

    capacidade de erguer veculos at 2500 kg (Ver dados tcnicos na tabela 1).

  • 15

    FIGURA 5 DUPLICADOR DE VAGA UMA COLUNA - FABRICANTE LANZONI

    FONTE: LANZONI, 2007

    TABELA 1: DADOS TCNICOS FABRICANTES DE DUPLICADORES DE VAGAS

    DBL (LW)AMERICANS PRIDE

    (PP4E)LANZONI (MC-2500)

    DIMENSO COMPRIMENTO 3700 mm 4420 mm 4247 mm

    DIMENSO LARGURA 2320 mm 3067 mm 2562 mm

    MXIMA ALTURA 2000 mm 1780 mm 2000 mm

    ESTRUTURA / COLUNAS 2 COLUNAS 4 COLUNAS 1 COLUNAS

    CAPACIDADE ELEVAO 2500 kg 4082 Kg 2500 kg

    ACIONAMENTO 2 CIL. HIDRULICO 1 CIL. HIDRULICO 1 CIL. HIDRULICO

    SISTEMA DE ELEVAO - CABO AO CORRENTE

    POTNCIA MOTOR 2HP (1,5 kW) 1HP (0,75 kW) 2HP (1,5 kW)

    ENERGIA ALIMENTAO 220 VOLTS 220 VOLTS 220 VOLTS

    TEMPO DE ELEVAO 40 -75 s 45 - 60 s 45 - 60 s

    ITENS DE SEGURANA HIDR. / MECNICO PNEUM./ MECNICO HIDRULICO

    FABRICANTE / MODELO

    CARACTERSTICAS

    FONTE: DBL PARK, 2007 E OUTROS

  • 16

    2.5 SISTEMA FUTURISTA DE ESTACIONAMENTOS

    Existem diferentes formas de se levantar o estado da arte, tais como:

    entrevistas com usurios lderes ou avanados, pesquisa bibliogrfica,

    pesquisa em banco de patentes, pesquisa na internet, benchmarking, entre

    outros. Devido natureza do problema a ser resolvido, sendo o mesmo ainda

    incipiente no pas, a pesquisa foi formulada atravs do uso de internet e

    pesquisa bibliogrfica, conforme executado na pesquisa de solues.

    Obteve-se como sendo a soluo mais completa e avanada para o

    problema de duplicador de vagas, um sistema automatizado de

    estacionamento.

    A Whr um dos lderes em fabricao de sistemas de estacionamentos

    para carros na Alemanha. Nos ltimos 45 anos, desde o comeo do aumento

    dos nmeros de carros nas ruas, a Whr tem desenvolvido e instalado

    sistemas de estacionamento. E por ser especializada em sistemas dessa

    finalidade, atualmente a empresa que possui a maior gama de produtos na

    Europa.

    FIGURA 6 SISTEMA DE ESTACIONAMENTO AUTOMATIZADO

    FONTE: WOHR, 2007

    A Whr oferece sistemas mecnicos de estacionamentos e sistemas

    automatizados de estacionamento, se destacando em seus produtos. No

  • 17

    sistema automatizado, o motorista deixa o carro na rea de transferncia do

    estacionamento; isto quer dizer que o carro automaticamente colocado na

    prateleira (ver figura 6).

    O Multiparker 720 (ver figura 7) se destaca em seus produtos por ser um

    sistema de 4 a 20 andares de vagas de estacionamento, proporcionando um

    melhor aproveitamento do terreno, diminuindo-se despesas fixas com

    impostos. Suas principais vantagens, segundo o fabricante Multiparker, so:

    Capacidade de 40 a 100 carros, construdos em estrutura metlicas;

    Reduo de despesas com iluminao, funcionrios e ventilao;

    No necessita de construo de rampas de acessos;

    Pode ser dimensionado para acomodar carros com dimenses

    especiais;

    Pode se automatizar o sistema de pagamento com cartes magnticos.

    FIGURA 7 SISTEMA DE ESTACIONAMENTO AUTOMATIZADO (MULTIPARKER 720)

    FONTE: WOHR, 2007

  • 18

    2.6 METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO

    A sistemtica adotada para a realizao do projeto em questo baseia-

    se na proposta de PAHL e BEITZ (2005). Esta metodologia enfoca, alm dos

    aspectos processuais dos projetistas, aspectos como descobertas e resoluo

    dos problemas de projeto. O objetivo do desenvolvimento do produto tratado

    como uma ferramenta tcnica, que transforma pesquisas, materiais e

    informaes em processo funcional e mais objetivo.

    Estes autores estabelecem o processo de projeto em quatro fases

    principais, (conforme ilustrado na figura 8), etapa por etapa, indicando as aes

    e resultados de cada etapa: 1 Fase: estudo da proposta de desenvolvimento

    de produto; 2 Fase: projeto conceitual; 3 Fase: projeto preliminar; 4 Fase:

    projeto detalhado (BACK, 1995).

    1 Fase: Definio da tarefa;

    Nesta etapa da definio da tarefa importante a elaborao de uma

    lista de requisitos que servir de base para fixar a idia e a funo do produto.

    A lista de requisitos a referncia a ser utilizada pela equipe de

    desenvolvimento de produtos. Nela devem estar retratadas todas as restries

    de projeto e todos os objetivos a serem alcanados pelo produto. Na sua

    elaborao, devem ser estabelecidas as condies a serem obedecidas em

    quaisquer circunstncias (requisitos obrigatrios) e aquelas que, na medida do

    possvel, devem ser consideradas (requisitos desejveis) (BACK, 1983).

    Uma definio clara e exata do problema ou da tarefa a ser cumprida

    pelo futuro produto, um dos primeiros e mais importantes passos para o

    sucesso da soluo encontrada. uma fase em que se deve valorizar o

    trabalho de busca de informaes junto a clientes, em produtos concorrentes,

    em produtos similares, em patentes existentes. Tambm indispensvel um

    contato efetivo e rotineiro com quem props o problema (BACK, 1983).

    A figura 9 mostra a forma de entradas, as ferramentas aplicadas e

    sadas necessrias para a concluso desta etapa.

  • 19

    FIGURA 8 ETAPAS DO PROCESSO DE PROJETO SEGUNDO PAHL & BEITZ

    FONTE: ADAPTADO DE PAHL, BEITZ, 2005

    FIGURA 9 DEFINIO DA TAREFA: ENTRADAS, FERRAMENTAS E SADAS

    FONTE: ADAPTADO DE PAHL, BEITZ, 2005

  • 20

    2 Fase: projeto conceitual;

    A concepo a etapa do processo de desenvolvimento do produto que

    procura solues para estabelecer a funo global exigida para o produto e

    para atender da melhor forma os requisitos definidos na etapa anterior. Tem

    como resultado uma ou mais concepes de soluo (BACK, 1983). Esta fase

    depende fundamentalmente da criatividade e inovao da equipe envolvida no

    projeto, buscando-se fugir de conceitos pr-estabelecidos e emoldurados,

    (etapas descritas na figura 10). Nesta fase inovadora importante observar

    aspectos importantes como segurana, viabilidade tcnica e econmica.

    FIGURA 10 PROJETO CONCEITUAL: ENTRADAS, FERRAMENTAS E SADAS

    FONTE: ADAPTADO DE PAHL, BEITZ , 2005

    3 Fase: projeto preliminar;

    No projeto preliminar, a concepo inicial do produto j passa a tomar

    formas definitivas. O trabalho depende muito do produto a ser desenvolvido,

    mas em geral se inicia pela configurao dos mdulos principais, onde devem-

    se concentrar os esforos no sentido de dar formas, estabelecer dimenses,

    definir medidas bsicas, selecionar materiais e processos de fabricao, bem

    como testar a compatibilidade, (seqncia conforme figura 11). A configurao

    de cada modelo deve ser submetida avaliao segundo critrios tcnicos e

    econmicos (BACK, 1983).

  • 21

    Estando configurados os mdulos principais, a preocupao passa a ser

    com o conjunto, ou seja, com a ligao definitiva entre todos os mdulos e suas

    partes, analisando-os sob os pontos de vista de segurana, de ergonomia, de

    fabricao e de montagem (PAHL, BEITZ, 2005).

    FIGURA 11 PROJETO PRELIMINAR: ENTRADAS, FERRAMENTAS E SADAS

    FONTE: ADAPTADO DE PAHL, BEITZ , 2005

    4 Fase: projeto detalhado;

    O projeto detalhado complementa o projeto preliminar estabelecendo as

    descries definitivas para a disposio de elementos, para a forma, para o

    acabamento das superfcies, para a especificao de materiais, para a

    documentao de processos, de desenhos e de todos os detalhes que possam

    ajudar no seu perfeito entendimento. E detalhes do processo (ver figura 12).

    So elaborados os documentos finais do projeto na forma de desenhos que

  • 22

    possibilitam a realizao fsica das solues. Faz-se o uso de uma srie de

    normas e procedimentos padres (BACK, 1995)

    FIGURA 12 PROJETO DETALHADO: ENTRADAS, FERRAMENTAS E SADAS

    FONTE: ADAPTADO DE PAHL, BEITZ , 2005

    2.7 PROJETO EM CAD

    No objeto de estudo desse trabalho foi empregada como ferramenta um

    software de Engenharia Assistida por Computador (Computer Aided

    Engineering CAE).

    O CATIA, desenvolvido pela Dessault Systmes, foi a ferramenta que

    permitiu realizar os estudos estruturais do projeto, atravs do Mdulo de

    Anlise Estrutural (Structural Analysis).

    Em sua essncia, o CAE emprega o desenvolvimento do mtodo de

    Anlise por Elementos Finitos (FEA).

    2.7.1 Elementos finitos

    Todo projeto idealizado passa, em dado momento, por uma srie de

    anlises particulares de acordo com a necessidade a qual o objeto se destina,

    como por exemplo, uma lmpada, que dentre vrios testes, um deles a

    durabilidade da sua vida til.

  • 23

    No caso de um produto estrutural, esse estudo e anlises foram

    empregados atravs de clculos e simulaes de sua resistncia estrutural,

    tendo como pontos macros de influncia a composio do seu material, sua

    forma geomtrica e carregamentos submetidos. Os mtodos analticos

    clssicos demonstram o resultado exato nos infinitos pontos de uma estrutura,

    porm, certas solues so conhecidas somente para alguns casos. Um

    caminho alternativo aos procedimentos clssicos origina o Mtodo de

    Elementos Finitos, que um Mtodo Aproximado de Clculo de Sistemas

    Contnuos.

    A estrutura do corpo contnuo subdividida em um nmero finito de

    partes (os Elementos), conectados entre si por intermdio de pontos discretos,

    denominados ns. A unio dos Elementos tem seu comportamento

    especificado por nmero finito de parmetros, caracterizando-se assim os

    dados para a anlise.

    A versatilidade uma das principais vantagens desse mtodo, a que

    permite ser empregado em diversos problemas, carga e condio de contorno.

    Atravs de um modelo tridimensional computacional gerado com o apoio

    de um software CAD (Desenho assistido por computador), pode-se realizar

    uma simulao do comportamento do objeto de estudo, por meio de um

    procedimento numrico utilizado para resolver problemas mecnicos com uma

    preciso aceitvel. A geometria espacial concebida no CAD ento

    decomposta em determinado nmero de elementos geomtricos mais simples,

    produzindo um objeto separado em elementos finitos conectados por ns,

    gerando a malha que o define.

    Todos os pontos (ns) da rede gerada pelo software, no caso CATIA,

    sero empregados como dados de entrada na anlise de estrutura, os quais

    permitem uma interao com o modelo, definindo-se as restries do sistema,

    como por exemplo, os carregamentos o quais a geometria estar submetida.

    O software realiza ento a anlise do modelo por elementos finitos e

    apresenta as informaes de tenses, deslocamentos, deformaes nos

    diversos pontos da malha fornecida.

  • 24

    2.7.2 Metodologia dos elementos finitos aplicados a rigidez de estruturas

    Conforme apresenta AVELINO ALVES FILHO (2000), o interesse em

    uma anlise de estruturas est voltado para a determinao da Configurao

    Deformadora da estrutura. A rigidez da estrutura contabilizada a partir da

    rigidez de cada um de seus elementos.

    As diversas classes de problemas discretizados, que envolvem a

    montagem de elementos finitos, e como conseqncia, a obteno das

    relaes matemticas que permitem a resoluo do problema, esto

    assentadas em algumas Leis Fundamentais.

    Uma estrutura em equilbrio satisfaz trs Leis ou Relaes

    Fundamentais:

    - Equilbrio de Foras;

    - Compatibilidade dos deslocamentos;

    - Lei do Comportamento do Material.

    Para analisar cada n individualmente AVELINO (2000) apresenta que

    cada um possui at seis graus de liberdade, que so as possveis formas de

    rotao ou translao em relao a um eixo coordenado. Assim, pode-se dizer

    que a relao matemtica que descreve a fora em relao ao deslocamento

    denominada Lei de Hooke (ver equao (1)).

    FIGURA 13 CONSTANTE ELSTICA DA MOLA

    0 x

    F

    FONTE: HALLIDAY, 2002

  • 25

    xKF *= (1)

    Sendo:

    F = Fora [N];

    K = Constante de rigidez [N/m];

    x = Deslocamento [m].

    Cada elemento est vinculado a uma constante K, calculada em funo

    do mdulo de elasticidade, comprimento e rea da transversal, conforme figura

    13. Cada conexo ou n analisado de forma independente conforme descrito

    por ALVEZ (2000). Diante disso, cada elemento fornece uma matriz 4x4

    representada na equao (2).

    (2)

    Sendo:

    K = Constante de Rigidez Elementar [N/m];

    E = Mdulo de Elasticidade [MPa];

    A = rea da seo transversal [m2];

    L = Comprimento do elemento [m].

    Para a confeco da matriz de rigidez global, so empregadas as

    constantes de cada elemento discretizado. Com a insero das condies de

    contorno, aplicadas a matriz global, resultam equaes e incgnitas que sero

    a base para o clculo das deformaes e deslocamentos angulares em cada

    elemento.

    =

    11

    11*

    *

    L

    AEK

  • 26

    3 FUNDAMENTAO DA METODOLOGIA DE PROJETO

    3.1 BENCHMARKING DO PRODUTO

    O benchmarking pode ser definido como um indicador que representa

    uma referncia para a avaliao de desempenho. um padro usado para

    comparao.

    Benchmarking o processo contnuo e sistemtico de avaliao de

    produtos, servios e processos de trabalho, de organizaes que

    reconhecidamente praticam as melhores tcnicas com a finalidade de melhoria

    organizacional (SPENDOLINI, 1993).

    Segundo LEIBFRIED e KATHLEEN (1994), o ponto de partida para se

    alcanar a excelncia o cliente. Quer externo ou interno organizao, o

    cliente fixa as expectativas de desempenho, sendo derradeiro juiz da

    qualidade.

    SPENDOLINI (1993) defende que o benchmarking competitivo envolve a

    identificao dos produtos, servios e processos de trabalho dos concorrentes

    diretos de sua organizao. O objetivo identificar informaes especficas

    sobre os produtos, processos e resultados de negcios de seus concorrentes e

    depois comparar com aquelas mesmas informaes de sua prpria

    organizao.

    Segundo SPENDOLINI (1993), o modelo resultante de benchmarking

    est ilustrado na figura 14. Os cinco estgios do processo so:

    Determinar o que fazer: Este primeiro estgio do processo serve para

    identificar os clientes para as informaes do benchmarking que ser feito.

    Depois podem ser identificados e obtidos os recursos exigidos no projeto.

    Formar equipe: Os papis e as responsabilidades especficas so

    atribudos a membros da equipe. As ferramentas de gerenciamento de projeto

    so introduzidas para garantir que as atribuies do benchmarking sejam

    claras para todos aqueles envolvidos, e que sejam identificados as principais

    macros do projeto.

  • 27

    FIGURA 14 PROCESSO DO BENCHMARKING DE CINCO ESTGIOS

    FONTE: SPENDOLINI, 1993

    Identificar os parceiros: O terceiro estgio do processo envolve a

    identificao das fontes de solues que sero usadas para coletar

    informaes. Neste estgio tambm est includo o processo de identificao

    das melhores prticas da indstria e organizao.

    Coletar e analisar informaes: Durante este processo, so

    selecionados os mtodos especficos de coleta de informaes. As

    Informaes de benchmarking so analisadas segundo os requisitos originais

    do cliente, e as recomendaes de aes so produzidas.

    Agir: A ao tomada pode variar da produo de um relatrio ou

    apresentao at a produo de um conjunto de recomendaes, ou mesmo

    at a implementao real de mudana, com base nas informaes coletadas

    na investigao.

  • 28

    3.2 CASA DA QUALIDADE (QFD)

    Segundo CHENG (1995), o QFD foi criado para auxiliar o processo de

    gesto de desenvolvimento do produto denominada ao gerencial do

    planejamento da qualidade.

    O QFD tem como objetivo alcanar o enfoque da garantia da qualidade

    durante o desenvolvimento de produtos e subdividido em desdobramento da

    qualidade e desdobramento da funo qualidade no sentido restrito. (CHENG,

    1995).

    A casa qualidade visa desdobrar a qualidade, utilizando a lgica da

    causa e efeito, de forma sistematizada. O desdobramento parte da voz do

    cliente, passando-se por caractersticas da qualidade do produto at chegar a

    um determinado valor de um parmetro de controle Padro Tcnico de

    Processo PTP.

    A casa da qualidade obtida pelo cruzamento da tabela dos requisitos

    do cliente (ou da qualidade exigida) com a tabela das caractersticas de

    qualidade (AKAO, 1996), como ilustrado na figura 15. O resultado obtido deste

    cruzamento , portanto, demonstrado na figura 16. O tringulo A e a aba C

    compem a tabela dos requisitos dos clientes. O tringulo B e a aba D

    compem a tabela das caractersticas de qualidade. O quadrado Q,

    interseo das duas tabelas, denominado matriz de relaes.

    A casa da qualidade pode ser definida como a matriz que tem a

    finalidade de executar o projeto da qualidade, sistematizando-se as qualidades

    verdadeiras exigidas pelos clientes por meio de expresses lingsticas,

    convertendo-as em caractersticas substitutas e mostrando-se a correlao

    entre essas caractersticas substitutas (caractersticas de qualidade) e aquelas

    qualidades verdadeiras (AKAO, 1996).

  • 29

    FIGURA 15 TABELAS QUE COMPEM A CASA DA QUALIDADE

    FONTE: OTELINO,1999

    FIGURA 16 CRUZAMENTO DAS TABELAS REQUISITOS DOS CLIENTES COM CARACTERISTICAS DA QUALIDADE

    A Q

    D

    C

    B

    FONTE: OTELINO,1999

    Os requisitos dos clientes so as expresses lingsticas dos clientes

    convertidas (qualitativamente) em necessidades reais (AKAO, 1996 e CHENG

    1995). Devem ser obtidos, segundo AKAO (1996); em pesquisas de mercado e

    em publicaes tcnicas.

    Identificao do grau de importncia - Cliente. Consiste na identificao

    do grau de importncia que os clientes do a cada requisito. Normalmente

    obtido diretamente com os clientes, que atribuem uma nota a cada requisito.

    Essa nota obedece a uma escala numrica pr-determinada, que segundo

    AKAO (1996), pode ser relativa ou absoluta. A escala relativa quando o

    cliente indica a importncia de cada requisito em comparao aos demais (este

  • 30

    requisito mais importante que aquele). A escala absoluta quando o cliente

    analisa a influncia de cada requisito em sua deciso de compra do produto,

    sem compar-lo com os demais.

    Peso absoluto dos requisitos. Esse peso determinado pela

    multiplicao do grau de importncia pela taxa de melhoria e pelo

    argumento de vendas. Representa a prioridade de atendimento de cada

    requisito sob a lgica de que os esforos de melhoria devem ser concentrados

    em trs pontos: nos requisitos mais importantes, nos requisitos que esto em

    consonncia com a estratgia da empresa e nos requisitos que a empresa

    precisa melhorar bastante (OTELINO, 1999).

    Peso relativo dos requisitos. Esse peso determinado pela converso

    do peso absoluto em percentagem, atravs da diviso do peso absoluto de

    cada requisito pelo resultado da soma de todos os pesos absolutos. Os pesos

    relativos tm por objetivo facilitar a rpida percepo da importncia relativa

    dos requisitos (OTELINO, 1999).

    O telhado da Casa da Qualidade, correspondente ao triangulo B da

    figura 16, uma matriz que apresenta o inter-relacionamento de todos os RQ's,

    identificando seus graus de dependncia. Esse cruzamento permite a

    visualizao de como a mudana em uma caracterstica do produto influncia a

    outra. Essa relao pode ser positiva ou negativa (AKAO, 1990).

    Segundo (AKAO, 1990), a utilizao da casa qualidade (QFD) para o

    desenvolvimento de um novo produto tem duas funes:

    Serve para direcionar o processo de desenvolvimento do novo produto,

    de modo que este se aproxime, cada vez mais, das necessidades dos

    consumidores;

    Serve para filtrar o desenvolvimento, permitindo o prosseguimento

    restrito das alternativas que se aproximam da meta estabelecida, descartando

    as demais.

  • 31

    3.3 REQUISITOS DE PROJETO

    A definio de requisitos para um projeto extremamente importante

    para proporcionar o entendimento e a descrio do problema de forma

    qualitativa, quantitativa e de forma funcional. Esta etapa base para a criao

    dos critrios de avaliao e tomada de deciso no decorrer do processo de

    projeto (BACK,1995).

    Por sua vez JURAN (1991), descreve como outro aspecto importante, a

    questo de qualidade do produto, na qual o grau de qualidade de um produto

    eficientemente medido pelo comprometimento do produto com os desejos e

    necessidades dos clientes.

    Os requisitos do projeto se baseiam em trs passos bsicos (JURAN,

    1991):

    Estudo e identificao das necessidades do cliente;

    Definio de requisitos gerais para satisfao do cliente;

    Elaborao das especificaes de projeto.

    Durante a execuo da identificao das necessidades do cliente, deve-

    se sempre procurar direcionar esta tarefa para o atendimento de um grupo de

    pessoas ou de uma organizao. No entanto, nem sempre estas necessidades

    so facilmente identificadas ou mesmo expressas pelos clientes (BACK, 1995)

    Segundo BACK (1995), conhecidas as necessidades dos clientes, o

    prximo passo a definio dos requisitos ou caractersticas que o produto

    dever possuir para corresponder s necessidades e expectativas dos clientes.

    3.4 BRAINSTORMING

    O brainstorming um termo cunhado por ALEX OSBORN em 1953,

    autor do livro Applied Imagination (traduzindo em portugus como O Poder

    Criador da Mente), responsvel pela grande difuso dos mtodos de

    criatividade, em todos os ramos de atividades (BAXTER, 2000).

  • 32

    Segundo BACK (1983), o brainstorming pode ser aplicado em qualquer

    fase do desenvolvimento do produto.

    A tcnica baseada no princpio da associao e tem como objetivo

    bsico estimular um grupo de pessoas a detectar problemas ou produzir idias

    e solues para questes existentes de maneira rpida e direta. Esse grupo

    deve ter de quatro a doze membros, embora seis seja um numero ideal (BACK,

    1983).

    BACK (1983) sugere que o tempo ideal para uma sesso de

    brainstorming de 30 a 45 minutos.

    Por sua vez BAXTER (2000), destaca que o papel do lder estar

    sempre orientando o grupo e explicando qual o problema. Ele deve fazer

    perguntas e lanar desafios, com o intuito de descobrir o que pode ser

    eliminado adicionado ou invertido no produto.

    Uma vez em reunio, o coordenador deve agir da seguinte forma

    (BAXTER, 2000):

    Orientao: consiste em determinar a verdadeira natureza do problema,

    propondo-o por escrito e descrevendo-se os critrios para aceitao da soluo

    proposta. A maneira como o problema proposto condiciona o trabalho do

    grupo, que pode limitar-se a procurar solues restritas (fronteiras estreitas) ou

    mais criativas (amplas).

    Preparao: consiste em reunir os dados relativos ao problema, como

    outros produtos existentes, concorrentes, existncia de peas e componentes,

    materiais e processos de fabricao, preo, canais de distribuio e outros.

    Anlise: a anlise permite examinar melhor a orientao e preparao

    verificando se ela foi completa, assim como determinar as causas e efeitos do

    problema e, inclusive, se vale a pena prosseguir.

    Ideao: a fase criativa, propriamente dita, quando so geradas as

    alternativas para a soluo do problema. Nesta fase importante o papel de

    lder, estimulando a gerao de idias na direo pretendida e coibindo os

    julgamentos, que devem ser adiados. Durante a ideao, a mente pula de uma

    idia para outra, usando o mecanismo das analogias.

  • 33

    Incubao: Freqentemente, a idealizao entra na fase de frustrao,

    quando a fluncia das idias vai diminuindo. Nesse ponto, a sesso pode ser

    suspensa, para um afastamento deliberado do problema, por um perodo de

    um dia ou mais. Aps esse perodo de relaxamento pode surgir a iluminao,

    quando a soluo poder aparecer mais facilmente.

    Sntese: consiste em analisar as idias, juntando as solues parciais

    em uma soluo completa do problema.

    Avaliao: finalmente, as idias so julgadas, fazendo-se uma seleo

    das mesmas com o uso dos critrios definidos na etapa de orientao.

    No processo do brainstorming as idias iniciais geralmente so mais

    bvias e aquelas melhores e mais criativas costumam, aparecer na parte final

    da sesso. Se elas forem consideradas insatisfatrias, deve se retornar ao

    processo, aps um perodo de incubao Baxter (2000),

    3.5 PESQUISA MERCADOLGICA

    A Pesquisa Mercadolgica, uma pesquisa realizada a qualquer tempo

    do processo e no se restringe pesquisa de apenas um tipo de problema

    mercadolgico, mas a todos os fatos relacionados aos problemas (BODY e

    WESTFALL, 1979).

    Para se obter xito no processo da pesquisa necessrio que todos os

    passos sejam antecipados. Algumas atividades so indispensveis para a

    antecipao dos passos:

    formular o problema;

    determinar as fontes de informao;

    preparar os formulrios de coleta de dados;

    projetar a amostra;

    coletar a informao no campo;

    editar, codificar, tabular e analisar os resultados;

  • 34

    preparar o relatrio de pesquisa;

    Para o levantamento de informaes ser utilizada uma pesquisa

    qualitativa, que segundo MALHOTRA (2001), se faz necessria quando se

    necessita compreender o problema e seus fatores subjacentes. A pesquisa

    qualitativa desestruturada e de natureza exploratria, baseada em amostras

    pequenas, e pode utilizar tcnicas qualitativas conhecidas como grupos de

    foco, associao de palavras (pedir que os entrevistados indiquem suas

    primeiras respostas a palavras de estmulo) e entrevistas de profundidade

    (entrevistas individuais que sondam em detalhe os pensamentos dos

    entrevistados).

    O formulrio a tcnica de coleta de dados em que o pesquisador

    formula questes previamente elaboradas e anota as respostas do entrevistado

    (GIL, 1995).

    Segundo GIL (1995), quando o objetivo , alm de uma coleta de dados

    uma pesquisa de opinio, o formulrio passa a ser a tcnica mais adequada,

    sendo por isso o meio escolhido na realizao deste trabalho. A aplicao

    desta tcnica envolve a elaborao prvia de um questionrio que, por sua vez,

    aplicado durante a realizao de uma entrevista.

    Do ponto de vista estatstico, o teorema do limite central diz que: "

    medida que se aumenta o tamanho da amostra, a distribuio de amostragem

    da mdia se aproxima da forma da distribuio normal, qualquer que seja a

    forma da distribuio da populao; em termos prticos, isto significa que a

    distribuio de amostragem da mdia pode ser considerada como

    aproximadamente normal, sempre que o tamanho da amostra for maior ou

    igual a 30". (KAZMIER, 1982).

    3.6 FMEA

    Segundo os manuais da QS 9000 (1997), a metodologia de Anlise do

    Tipo e Efeito de Falha, conhecida como FMEA (do ingls Failure Mode and

    Effect Analysis), uma ferramenta que busca, em princpio, por meio da

  • 35

    anlise das falhas potenciais e propostas de aes de melhoria, evitar que

    ocorram falhas no projeto do produto ou do processo. Este o objetivo bsico

    desta tcnica, ou seja, detectar falhas antes que se produza uma pea e/ou

    produto.

    A norma QS 9000 especifica o FMEA como um dos documentos

    necessrios para um fornecedor submeter uma pea/produto aprovao da

    montadora. Este um dos principais motivos para divulgao desta tcnica.

    Deve-se, no entanto, implantar o FMEA em uma empresa, visando-se os seus

    resultados e no simplesmente para atender a uma exigncia da montadora.

    3.6.1 Tipos de FMEA

    Conforme enunciado por OLIVEIRA e ROZENFELD (1997), esta

    metodologia pode ser aplicada tanto no desenvolvimento do projeto do produto

    como do processo. As etapas e a maneira de realizao da anlise so as

    mesmas, ambas diferenciando-se somente quanto ao objetivo. Assim as

    anlises FMEAs so classificadas em dois tipos:

    FMEA DE PRODUTO: na qual so consideradas as falhas que podero

    ocorrer com o produto dentro das especificaes do projeto. O objetivo desta

    anlise evitar falhas no produto ou no processo decorrentes do projeto.

    comumente denominada tambm de FMEA de projeto.

    FMEA DE PROCESSO: so consideradas as falhas no planejamento e

    execuo do processo, ou seja, o objetivo desta anlise evitar falhas do

    processo, tendo como base as no conformidades do produto com as

    especificaes do projeto.

    3.6.2 Metodologia do FMEA

    A anlise conforme descrito por OLIVEIRA e ROZENFELD (1997),

    consiste basicamente na formao de um grupo de pessoas que identifica para

    o produto/processo em questo suas funes, os tipos de falhas que podem

  • 36

    ocorrer, os efeitos e as possveis causas desta falha. Em seguida so

    avaliados os riscos de cada causa de falha por meio de ndices e, com base

    nesta avaliao. so tomadas as aes necessrias para diminuir estes riscos,

    aumentando-se a confiabilidade do produto/processo.

    Para aplicar-se a anlise FMEA em um determinado produto/processo,

    portanto, forma-se um grupo de trabalho que ir definir a funo ou

    caracterstica daquele produto/processo; ir relacionar todos os tipos de falhas

    que possam ocorrer; descrever para cada tipo de falha suas possveis causas e

    efeitos; relacionar as medidas de deteco e preveno de falhas que esto

    sendo, ou que j foram tomadas, e, para cada causa de falha, atribuir ndices

    para avaliar os riscos e, por meio destes riscos, discutir medidas de melhoria.

    Conforme descrito no manual QS 9000 (1997), a anlise passa pelas

    seguintes etapas:

    Planejamento: esta fase realizada pelo responsvel pela aplicao da

    metodologia e compreende descrio dos objetivos e abrangncia da anlise:

    em que se identifica qual(ais) produto(s)/processo(s) ser(o) analisado(s);

    formao dos grupos de trabalho: em que define-se os integrantes do grupo,

    que deve ser preferencialmente pequeno (entre 4 a 6 pessoas) e

    multidisciplinar (contando com pessoas de diversas reas como qualidade,

    desenvolvimento e produo); planejamento das reunies: as reunies devem

    ser agendadas com antecedncia e com o consentimento de todos os

    participantes para evitar paralizaes; finalizando com a preparao da

    documentao.

    Anlise de falhas em potencial: esta fase realizada pelo grupo de

    trabalho que discute e preenche o formulrio FMEA de acordo com os passos

    agrupados na tabela 2.

  • 37

    TABELA 2: FALHAS EM POTENCIAL

    PASSO

    1

    2

    3

    4

    5

    Causa (s) possvel (eis) da falha

    Controles atuais

    AO

    Funo (es) caracterstica (s) do produto/processo

    Tipo (s) de falha (s) potencial (ais) para cada funo

    Efeito (s) do tipo de falha

    FONTE: OS AUTORES

    Avaliao dos Riscos: nesta fase so definidos pelo grupo, os ndices

    de severidade, ocorrncia e deteco para cada causa de falha, de acordo com

    critrios previamente definidos (um exemplo de critrios que podem ser

    utilizados apresentado na tabela 3, tabela 4, tabela 5). Depois so calculados

    os coeficientes de prioridade de risco, por meio da multiplicao dos outros trs

    ndices

    TABELA 3: CRITRIOS DE AVALIAO DE RISCOS

    NDICE SEVERIDADE

    1 Mnima O cliente dificilmente percebe que a falha ocorre

    2

    3

    4

    5

    678910

    CRITRIO

    Sistema deixa de funcionar e grande descontentamento do cliente

    Alta

    Muito Alta Idem ao anterior porm afeta a segurana

    PequenaLigeira deteriorao no desempenho com leve descontentamento do cliente

    ModeradaDeteriorao significativa no desempenho de um sistema com descontentamento do cliente

    FONTE: OS AUTORES

  • 38

    TABELA 4: NDICE DE OCORRNCIA

    NDICE OCORRNCIA PROPORO1 Remota 1:1.000.000

    2 1:20.000

    3 1:4.000

    4 1:1.000

    5 1:400

    6 1:80

    7 1:40

    8 1:20

    9 1:810 1:2

    Pequena

    Moderada

    Alta

    Muito Alta

    FONTE: OS AUTORES

    TABELA 5: DETECO

    NDICE OCORRNCIA1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    Certamente no ser detectado

    Pequena

    Muito Pequena

    CRITRIO

    Certamente ser detectado

    Grande probabilidade de ser detectado

    Provavelmente ser detectadoModerada

    Grande

    Muito Grande

    Provavelmente no ser detectado

    FONTE: OS AUTORES

    Estas medidas so analisadas quanto a sua viabilidade, sendo ento

    definidas as que sero implantadas. Uma forma de se fazer o controle do

    resultado destas medidas pelo prprio formulrio FMEA, por meio de colunas

    onde ficam registradas as medidas recomendadas pelo grupo, nome do

  • 39

    responsvel e prazo, medidas que devem ser realmente tomadas e a nova

    avaliao dos riscos.

    3.7 ERGONOMIA APLICADA A PRODUTOS

    GOMES (2003) refere-se a ergonomia como sendo, sempre a melhor

    adequao ou adaptao possvel do objeto aos seres vivos. Sobretudo ao que

    diz respeito a segurana, ao conforto e eficcia de uso ou operacionalidade

    dos objetos, mais particularmente, nas atividades e tarefas humanas.

    Segundo JURAN e GRYNA (1992), medida que os produtos tornam-se

    mais complexos, sua interao com os seres humanos assume maior

    importncia. A avaliao do projeto de um produto para garantir a

    compatibilidade com a capacidade dos seres humanos referida como

    ergonomia ou engenharia humana.

    A interao entre pessoa e produto, possui dois impactos em relao

    adequao ao uso:

    1-O efeito que um projeto tem na finalidade com que o usurio pode

    instalar, operar e manter o produto: Por exemplo, tem sido feito um trabalho

    extensivo aplicando-se princpios ergonmicos em terminais de vdeo e

    teclados de computadores. Isto envolve a anlise de atributos e capacidades

    fsicos para avaliar problemas de cansao visual, dores e fadiga excessiva,

    alm de estresse (JURAN e GRYNA, 1992).

    2-O efeito do projeto na confiabilidade do desempenho do ser humano

    que usa o produto: Algumas falhas de um produto devem-se a erros cometidos

    pelo usurio; outras, a projetos que tornam os erros humanos mais provveis

    (JURAN e GRYNA, 1992).

    Outro aspecto a ser considerado, segundo GOMES (2003), a

    segurana como um requisito de projeto, genericamente, a condio daquilo

    em que se pode confiar. Conceitua-se segurana como a utilizao segura e

    confivel dos objetos em relao s suas caractersticas funcionais,

    operacionais, perceptveis, de montagem, de fixao, sustentao, e outras,

  • 40

    fundamentalmente, contra riscos de eventuais acidentes que possam envolver

    a usurio ou um grupo de usurios.

    Os problemas ergonmicos relacionados a este fator dizem respeito

    proteo que o usurio deve ter das caractersticas da configurao formal dos

    objetos e seus dispositivos mecnicos, eletrnicos, pneumticos, hidrulicos,

    trmicos, sonoros e de informao, bem como dos aspectos de projeto mal

    resolvidos que induzem ao erro humano em relao ao comportamento de uso

    e/ou operacionalidade dos objetos (GOMES, 2003).

    O fator segurana sempre depende do tipo e da natureza do objeto. Em

    alguns produtos, a segurana uma condio crucial; em outros, apenas

    relativa e, em outros ainda, at inexistente (GOMES, 2003).

  • 41

    4 LEVANTAMENTO DAS SOLUES EXISTENTES E SEUS PARMETROS

    A partir da pesquisa preliminar de solues existentes, voltadas para

    solues completas para o produto e, tambm, para solues parciais, pode-se

    dividir o projeto em subconjuntos de importncia. Esta subdiviso serve para

    guiar a pesquisa detalhada de solues existentes.

    Para aprofundar as informaes das caractersticas das solues

    existentes, foi realizada uma pesquisa detalhada, consultando-se

    principalmente internet e manuais disponveis nos sites dos respectivos

    fabricantes.

    As informaes coletadas foram sintetizadas e categorizadas nas tabela

    6 e tabela 7, promovendo-se uma comparao entre os produtos disponveis

    no mercado.

  • 42

    TABELA 6: CARACTERSTICAS DAS SOLUES EXISTENTES POR FABRICANTES

    Empresa

    DBL Park

    Americans Pride

    Lanzoni

    Jamauto

    Modelo

    DBL - LW

    PP4E

    MC-2500

    DPG Boxtor

    Comprimento

    3700 mm

    4420 mm

    4247 mm

    3900 mm

    Distncia entre colunas

    2320 mm

    3067 mm

    2562 mm

    1944 mm

    Altura Mxima

    2000 mm

    1780 mm

    2000 mm

    2100 mm

    Nmero Colunas

    24

    12

    Peso Equipamento

    No Informado

    673 kg

    No Informado

    900 kg

    Estrutura / Material

    Chapa / Perfis

    Tubular

    Chapa Dobrada

    Chapa dobrada

    Mecanismo Elevao

    2 Cilindro Hidrulico

    1 Cilindro Hidrulico + Cabo de

    Ao

    1 Cilindro Hidrlico + Corrente

    2 Parafuso de Potncia +

    Corrente

    Nmero de Motor

    11

    11

    Motor [HP]

    2HP (1,5 kW)

    1HP (0,75 kW)

    2HP (1,5 kW)

    4HP (3,0 kW)

    Capacidade Elevao [kg]

    2500 kg

    4082 Kg

    2500 kg

    2000 kg

    Acionamento

    Botoeira com Chave Seletora

    de Emergncia

    Botoeira com Chave Seletora

    de Emergncia

    Botoeira com Chave Seletora

    de Emergncia

    Botoeira com Chave Seletora

    de Emergncia

    Dispositivo Segurana

    HIDR. / MECNICO

    PNEUM./ MECNICO

    Travamento Hidrulico

    Sensor

    FONTE: OS AUTORES

  • 43

    TABELA 7: CARACTERSTICAS DAS SOLUES EXISTENTES POR FABRICANTES

    Empresa

    DBL Park

    Americans Pride

    Lanzoni

    Jamauto

    Acessrios

    Gaveta queda leo / Gasolina

    No Possui

    Gaveta queda leo / Gasolina

    Gaveta queda leo / Gasolina

    Tem

    po Elevao

    40 -75 s

    45 - 60 s

    45 - 60 s

    60s

    Facilidade de Acesso

    Boa

    Regular

    Excelente

    Regular

    Aparncia

    Moderno

    Comum

    Inovadora

    Simples / Frgil

    Garantia

    5 anos

    No Oferece

    3 anos

    No Oferece

    Preo

    U$ 5000,00

    U$ 1695,00

    U$ 3000,00

    U$ 5300,00

    FONTE: OS AUTORES

  • 44

    5 PESQUISA MERCADOLGICA

    No presente captulo apresentam-se os passos que orientaram a

    conduo das tarefas no planejamento e na realizao da pesquisa de campo.

    5.1 SELEO DA AMOSTRA

    Conforme colocado no capitulo 1.3, a proposta do projeto desenvolver

    um produto dentro da realidade nacional. Para viabilizar a concepo de idias,

    definiu-se como universo de pesquisa a cidade de Curitiba, tomando como

    enfoque o emprego do produto nas reas comerciais e residenciais.

    Alm de definir o universo e o tamanho da amostra, foi preciso tambm

    definir as pessoas entrevistadas, Neste sentido, os critrios estabelecidos

    foram os seguintes:

    Entrevistar profissionais pertencentes especificamente a reas

    envolvidas com atividades de projeto, desenvolvimento de produtos,

    manuteno, gesto da qualidade e fabricao;

    Entrevistar pessoas com potencial de utilizao do equipamento, tanto

    na rea residencial quanto na comercial. Nesta entrevista foram

    abordados todos possveis usurios, sejam operadores, proprietrios ou

    de assistncia tcnica.

    A pesquisa foi realizada com 30 entrevistados, desta forma a utilizao

    deste tamanho e forma da amostra viabiliza a realizao do trabalho e ainda

    permite que, posteriormente, se utilizem as ferramentas que se baseiam em

    uma distribuio normal de probabilidade.

  • 45

    5.2 RESULTADO DA PESQUISA

    A partir dos dados recolhidos em campo, conforme modelo de

    questionrio residencial (ver apndice 1) e comercial (ver apndice 2) foram

    compiladas informaes para visualizao dos quesitos ponderados pelos dois

    pblicos. As perguntas dos questionrios foram idealizadas para abrangerem

    trs focos.

    O primeiro destinou-se a conhecer a aceitao e necessidade dos

    possveis clientes do produto duplicador de vaga de garagem.

    O segundo teve como objetivo visualizar quesitos qualitativos que o

    cliente espera do produto. Para isso se fez uso de questes abertas, conforme

    pode ser visto nos apndices 1 e 2 (questo 10).

    O terceiro foco foi obter resultados quantitativos de algumas

    caractersticas desejveis e de forma ponderada do produto, para que estes

    sejam utilizados posteriormente na ferramenta casa da qualidade, obtendo

    assim as necessidades dos usurios.

    O pblico residencial admite que o problema de estacionamento est em

    evidncia, conforme dados do apndice 1 , questes de 4 a 9, nas quais foi

    contabilizado que mais de 50% das opinies so favorveis a necessidade de

    se estender o nmero de vagas de garagem.

    Na rea de uso comercial (estacionamentos), os entrevistados possuem

    em mdia 250 vagas para veculos de pequeno e mdio porte. E geralmente,

    durante o horrio comercial, operam na sua capacidade mxima

    (estacionamentos localizados no centro da cidade de Curitiba).

    Segundo empresrios do setor, conforme apndice 2 (questes 4 a 9), a

    ampliao da capacidade do estabelecimento assunto em pauta para um

    mdio prazo, visto que a demanda do setor est aumentando. Medidas de

    expanso de capacidade so planejadas visando aumento do faturamento.

  • 46

    FIGURA 17 RESULTADO DE PEQUISA COM GASTOS DE LOCAO DE GARAGEM

    40%

    20%

    15%

    25%

    GASTO DE AT 50 REAIS

    GASTO DE 50 A 100 REAIS

    GASTO DE 100 A 200 REAIS

    NO ALUGAM GARAGEM

    FONTE: OS AUTORES

    Baseados nos dados coletados das questes relacionadas aceitao e

    necessidades dos clientes, percebe-se que cerca de 75% da amostragem

    possui algum gasto significativo com estacionamento (ver figura 17), e apenas

    25% no possui despesas relacionadas ao aluguel de garagens.

    A figura 18 representa as informaes quantitativas atribudas pelo

    pblico residencial, no qual esto contabilizados os graus de importncia de

    cada quesito. Pode-se notar que a questo segurana, fcil operao e

    durabilidade so as caractersticas mais importantes levantadas na pesquisa.

    Sendo a segurana do equipamento o item votado com grau de importncia 5

    por 100% da amostragem.

    A figura 19 ilustra os dados quantitativos coletados junto ao pblico

    comercial com suas necessidades ponderadas, pode-se concluir que os itens

    emisso de rudos, instalao do equipamento, reposio de peas e

    segurana so a maior parte das exigncias dos estabelecimentos

    (estacionamentos).

    Pode-se observar que os diferentes clientes possuem requisitos que se

    distinguem entre eles, como exemplo o item segurana, que no caso

    residencial uma caracterstica de extrema importncia, com pblico comercial

    este fator no fica to evidenciado.

  • 47

    FIGURA 18 GRFICO DE PARETO PESQUISA QUANTITATIVA RESIDENCIAL

    10,6 %

    7,7 %

    6,3 %

    9,3 %8,4 %

    6,7 %

    5,4 %

    8,4 %7,8 %

    6,6 %

    9,4 %

    8,2 %

    5,3 %

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    SEGURANA

    EMISSO DE RUDO

    ESTTICA

    FCIL OPERAO

    MANUTENO

    INSTALAO

    TRANSPORTE

    CUSTO AQUISIO

    CUSTO MANUTENO

    MUDANA DO LOCAL DE INSTALAO

    DURABILIDADE

    REPOSIO DE PEAS

    PRAZO DE ENTREGA

    Escala Satisfao do Cliente

    -1,0 %

    1,0 %

    3,0 %

    5,0 %

    7,0 %

    9,0 %

    11,0 %

    Taxa %

    ATRIBUTOS Taxa (%)

    FONTE: OS AUTORES

    FIGURA 19 GRFICO DE PARETO PESQUISA QUANTITATIVA COMERCIAL

    9,4 %10,3 %

    6,3 %6,4 %

    8,2 %

    9,6 %

    6,8 %7,2 %7,9 %

    4,3 %

    8,4 %

    10,6 %

    4,6 %

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    SEGURANA

    EMISSO DE RUDO

    ESTTICA

    FCIL OPERAO

    MANUTENO

    INSTALAO

    TRANSPORTE

    CUSTO AQUISIO

    CUSTO MANUTENO

    MUDANA DO LOCAL DE INSTALAO

    DURABILIDADE

    REPOSIO DE PEAS

    PRAZO DE ENTREGA

    Escala Satisfao do Cliente

    -1,0 %

    1,0 %

    3,0 %

    5,0 %

    7,0 %

    9,0 %

    11,0 %

    Taxa %

    ATRIBUTOS Taxa (%)

    FONTE: OS AUTORES

  • 48

    Como somatrio do grfico dos quesitos levantados pelos questionrios

    residenciais e comerciais (figura 18 e figura 19), resultou nas caractersticas

    que atendam os dois nichos (ver figura 20). Conforme se observam quesitos

    como segurana, durabilidade, reposio de peas e emisso de rudo so

    itens preponderantes que devem ser considerados no desenvolvimento do

    produto.

    FIGURA 20 GRFICO DE PARETO RESULTADO GLOBAL PESQUISA QUANTITATIVA

    10,1 %

    8,9 %

    6,3 %

    8,0 %8,3 %8,0 %

    6,0 %

    7,9 %7,8 %

    5,6 %

    8,9 %9,3 %

    5,0 %

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    SEGURANA

    EMISSO DE RUDO

    ESTTICA

    FCIL OPERAO

    MANUTENO

    INSTALAO

    TRANSPORTE

    CUSTO AQUISIO

    CUSTO MANUTENO

    MUDANA DO LOCAL DE INSTALAO

    DURABILIDADE

    REPOSIO DE PEAS

    PRAZO DE ENTREGA

    Escala Satisfao do Cliente

    -1,0 %

    1,0 %

    3,0 %

    5,0 %

    7,0 %

    9,0 %

    11,0 %

    Taxa %

    ATRIBUTOS Taxa (%)

    FONTE: OS AUTORES

    Com a quantificao das caractersticas dos clientes utilizar-se- a

    ferramenta casa qualidade (QFD) para gerar os requisitos do projeto do

    produto.

  • 49

    5.3 NECESSIDADES DOS CLIENTES

    A partir das entrevistas realizadas atravs das questes abertas dos

    apndices 1 e 2, definiu-se uma srie de necessidades dos clientes, as quais

    esto listadas e brevemente abordadas abaixo:

    5.3.1 Cliente interno

    Fabricao:

    Baixo custo de fabricao: para o cliente interno importante que no

    processo de fabricao no sejam necessrios processos ou materiais

    especiais que onerem o custo de fabricao.

    Facilidade de fabricao: para a produo necessrio que o produto

    seja fabricado empregando processos e recursos simples.

    Facilidade de Montagem: o produto precisa ter uma concepo que

    torne sua montagem simples, utilizando um menor espao possvel.

    5.3.2 Cliente externo

    Operacional:

    Fcil operao: o equipamento deve ser de fcil operao, exigindo um

    baixo nmero de operaes para a realizao da tarefa.

    Confiabilidade do sistema: necessrio que o sistema desempenhe

    integralmente sua funo de movimentao e no permita que possveis falhas

    de movimentao comprometam a segurana do usurio.

    Segurana:

    Itens de segurana: mecanismos que possibilitem o bloqueio do

    movimento a qualquer momento, travas de final de curso, travas de acesso e

  • 50

    travas de acionamento para garantir que usurio opere fora do alcance do

    sistema de elevao.

    Baixo nvel de rudo: como em qualquer equipamento, os clientes

    desejam que este tenha um baixo nvel de rudo.

    Ergonomia: evitar arestas cortantes ou dispositivos que possam trazer

    leses para o usurio ou que deixem seu uso desconfortvel.

    Econmico:

    Baixo custo de aquisio: todo cliente quer, essencialmente, um

    produto eficiente pelo menor custo possvel.

    Baixo tempo de amortizao: o retorno do investimento deve ser em

    curto prazo de tempo, no superior a dois anos, em caso de utilizao

    comercial.

    Baixo custo de manuteno: os clientes esto sempre em busca de

    produtos que tenham baixos custos de manuteno.

    Baixa complexidade de componentes: espera-se que os componentes

    utilizados na composio do produto sejam de fcil fabricao, e que portanto,

    sejam simples.

    Manuteno:

    Fcil manuteno: o equipamento deve apresentar uma operao

    confivel, de modo que a manuteno do produto, quando necessria, possa

    ser rpida e fcil.

    Durabilidade elevada: deseja-se sempre que o equipamento opere, de

    maneira eficiente, o maior tempo possvel, diminuindo dessa forma o tempo de

    amortizao do investimento.

    Fabricao:

    Facilidade de aquisio de peas: o cliente espera que os

    componentes que iro compor o equipamento e que devero ser comprados

    junto ao mercado sejam os mais padronizados possveis, a fim de reduzir

    custos.

  • 51

    Aparncia:

    Dimenses adequadas: os clientes esperam que o equipamento tenha

    formas apropriadas, que se adaptem ao espao de uma vaga de garagem e

    que possibilitem fcil acesso ao veculo.

    Design agradvel: o cliente requer que