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1 Acadêmico Marcelo Adriano Kuffel de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail:[email protected] 2 Prof. Orientadora, Engenheira Civil, Esp., do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail:[email protected] 1 GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL UNIVERSIDADE PARANAENSE, CAMPUS DE TOLEDO/PR TRABALHO FINAL DE CURSO - TFC DESEMPENHO TÉRMICO DO TIJOLO MODULAR DE SOLO CIMENTO EM COMPARAÇÃO COM TIJOLO CERÂMICO E BLOCOS DE CONCRETO Marcelo Adriano Kuffel 1 Kamille da Costa Tomim 2 RESUMO Aspirando à crescente incorporação de soluções sustentáveis na construção civil, o trabalho apresenta o desempenho térmico do tijolo modular de solo cimento, apontando comparativos com os sistemas de alvenaria cerâmica e blocos de concreto, primeiramente empregados com sua cor natural, e em seguida com pintura externa uniforme, trazendo dados para a qualificação do sistema modular ecológico, bem como caracterizando de forma quantitativa seu desempenho. A obtenção de dados se deu a partir de avaliações experimentais comparativas com a construção de protótipos em escala reduzida. Para a coleta de dados, procedeu-se com o monitoramento de 14 dias durante 24 horas/dia da temperatura com um sistema de sensor termômetro e armazenamento de dados, (datalogger). Os resultados alcançados apontam que, na aplicação prática da construção civil, o desempenho térmico entre os diferentes tipos de alvenaria estudados são análogos, não apresentando diferenciação significativa. Palavras-chave: Alvenaria cerâmica. Isolamento térmico. Sustentáveis. Tijolo modular de solo cimento. ABSTRACT Aspiring the growing incorporation of sustainable solutions in the civil construction, the work presents the thermal performance of the modular brick of cement soil, pointing out comparative with the ceramic masonry systems and concrete blocks, firstly employed with their natural color, then with uniform external paint . Thus, data for the qualification of the ecological modular system, as well as quantitative characterization of its performance. The data were obtained from comparative experimental evaluations with the construction of small scale prototypes. For the data collection we proceeded with the monitoring of 14 days during 24 hours / day of the temperature with a thermometer sensor system and data storage, (datalogger). The results obtained indicate that in the practical application of the civil construction the thermal performance between the different types of masonry studied are similar, not showing significant differentiation. Keywords: Ceramic masonry. Thermoacoustic insulation. Sustainable. Modular brick of cement soil.

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Page 1: DESEMPENHO TÉRMICO DO TIJOLO MODULAR DE SOLO … · térmica (CAMACHO, 2006). Diante disto, faz-se necessário o entendimento das propriedades de absortância, refletância e condutividade

1 Acadêmico Marcelo Adriano Kuffel de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail:[email protected] 2 Prof. Orientadora, Engenheira Civil, Esp., do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail:[email protected]

1

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

UNIVERSIDADE PARANAENSE, CAMPUS DE TOLEDO/PR

TRABALHO FINAL DE CURSO - TFC

DESEMPENHO TÉRMICO DO TIJOLO MODULAR DE SOLO CIMENTO EM

COMPARAÇÃO COM TIJOLO CERÂMICO E BLOCOS DE CONCRETO

Marcelo Adriano Kuffel1

Kamille da Costa Tomim2

RESUMO

Aspirando à crescente incorporação de soluções sustentáveis na construção civil, o trabalho

apresenta o desempenho térmico do tijolo modular de solo cimento, apontando comparativos

com os sistemas de alvenaria cerâmica e blocos de concreto, primeiramente empregados com

sua cor natural, e em seguida com pintura externa uniforme, trazendo dados para a qualificação

do sistema modular ecológico, bem como caracterizando de forma quantitativa seu

desempenho. A obtenção de dados se deu a partir de avaliações experimentais comparativas

com a construção de protótipos em escala reduzida. Para a coleta de dados, procedeu-se com o

monitoramento de 14 dias durante 24 horas/dia da temperatura com um sistema de sensor

termômetro e armazenamento de dados, (datalogger). Os resultados alcançados apontam que,

na aplicação prática da construção civil, o desempenho térmico entre os diferentes tipos de

alvenaria estudados são análogos, não apresentando diferenciação significativa.

Palavras-chave: Alvenaria cerâmica. Isolamento térmico. Sustentáveis. Tijolo modular de solo

cimento.

ABSTRACT

Aspiring the growing incorporation of sustainable solutions in the civil construction, the work

presents the thermal performance of the modular brick of cement soil, pointing out comparative

with the ceramic masonry systems and concrete blocks, firstly employed with their natural

color, then with uniform external paint . Thus, data for the qualification of the ecological

modular system, as well as quantitative characterization of its performance. The data were

obtained from comparative experimental evaluations with the construction of small scale

prototypes. For the data collection we proceeded with the monitoring of 14 days during 24 hours

/ day of the temperature with a thermometer sensor system and data storage, (datalogger). The

results obtained indicate that in the practical application of the civil construction the thermal

performance between the different types of masonry studied are similar, not showing significant

differentiation.

Keywords: Ceramic masonry. Thermoacoustic insulation. Sustainable. Modular brick of

cement soil.

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1 INTRODUÇÃO

A construção civil é um segmento parametrizado por normas de desempenho. No que

concerne a qualidade de conforto térmico, menos de 70% das edificações avaliadas se mostram

de acordo com os requisitos mínimos no desempenho térmico estabelecidos pela Agência

Brasileira de Normas Técnicas ABNT NBR 15.575:2013 - Edificações habitacionais -

Desempenho (FERREIRA, 2015). Segundo Bernardes (2013), as construções evoluíram, com

a adoção de materiais menos pesados e esbeltos, resultando em obras de estruturas mais leves

e econômicas, contudo perdeu-se qualidade de isolamento térmico.

Nesse contexto, busca-se ampliar o conhecimento sobre o desempenho de isolamento

térmico da tecnologia construtiva modular de tijolos de solo-cimento que se caracteriza como

uma técnica que vem contribuir com a otimização desse cenário, haja vista que é uma solução

atrativa no âmbito sustentável, pois são constituídos de cerca de noventa por cento de solo, e

dez por cento de cimento. Seu processo de fabricação é de baixo consumo energético. O mesmo

consiste em classificar, peneirar e triturar o solo, fazer a mistura na proporção ideal de solo,

cimento e água. Em seguida, esse composto segue para uma prensa com energia de

compactação que garante forma e resistência ao elemento, de acordo com a ABNT NBR

10833:2012(Fabricação de tijolo e bloco de solo-cimento com utilização de prensa manual ou

hidráulica — Procedimento). Findando o processo, acontece a cura do tijolo à sombra por 28

dias, não sendo necessário nenhum processo de queima, como acontece com os tijolos

cerâmicos (PISANI, 2016).

Além disso, o consumo de cimento em relação aos blocos de concreto é reduzido, visto

que a produção do cimento envolve o processo de alto forno que requer grande emprego

energético. Outra vantagem, é a possibilidade de as instalações elétricas e hidráulicas serem

embutidas por seus furos verticais e horizontais, evitando cortes em paredes e geração de

resíduos (PISANI, 2016).

O presente trabalho vem apresentar o estudo da capacidade de isolamento térmico das

edificações de tijolo modular de solo cimento em relação aos modelos construtivos

convencionais difundidos no mercado, blocos estruturais de concreto e tijolos cerâmicos.

Objetiva-se com este, quantificar o desempenho térmico do sistema construtivo modular

citado bem como a influência da pintura externa, de maneira a disponibilizar, para a sociedade

civil e técnica, grandezas quantitativas que venham auxiliar na tomada de decisões em relação

à escolha da tecnologia construtiva. Visa a ampliar a disponibilidade de informações sobre o

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produto em questão, buscando elucidar e trazer parâmetros confiáveis para que haja, na

sociedade, uma busca crescente pelo tijolo modular de solo cimento, consequentemente um

melhoramento da eficiência enérgica, economia e sustentabilidade no segmento da construção

civil.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Alvenaria estrutural armada de solo cimento.

Alvenaria estrutural armada de solo-cimento é a tecnologia na qual existe a combinação

de blocos modulados e vergalhões de aço instalados em pontos específicos, passantes por entre

as cavidades horizontais e verticais existentes na alvenaria e atuando nos esforços de tração

(Figura 1), que são preenchidos com microconcretos, denominados graute (CAMACHO, 2006).

Seu assentamento é realizado através de encaixes sucessivos macho e fêmea de simples

nivelamento e alinhamento, sendo recomendado para a união dos elementos construtivos

argamassa de assentamento de piso e cola PVA, na proporção respectiva de 20/1 e podendo ser

utilizado como alvenaria aparente, recebendo somente uma pintura de impermeabilização, ou

ser revestido com reboco e texturas (ALROMA, 2018).

Figura 1 – Obra de alvenaria estrutural armada

O emprego de solo para a construção de edificações que atendam às necessidades de

segurança e bem-estar do ser humano, possui históricos milenares, distribuídos em todo o

mundo (Figura 2). Fazem parte desses referenciais: residências, castelos, igrejas e monumentos

históricos construídos a dezenas, centenas e alguns deles a milhares de anos. Na atualidade, um

Fonte: Sua Obra, 2017

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terço da população mundial ainda vive em obras executadas a base de solo, sendo elas do tipo

adobe, taipas e as mais atuais em BTC (blocos de terra compactados). Este número representa

a durabilidade e qualidade que pode ser alcançada com o emprego de solo como material

construtivo (MARTINS, 2011).

Figura 2 - Obras com emprego de solo Shibam Iêmen

Fonte: Shibam, 2015.

As temperaturas no interior de ambientes estão diretamente relacionadas à radiação

térmica (CAMACHO, 2006). Diante disto, faz-se necessário o entendimento das propriedades

de absortância, refletância e condutividade térmica.

2.2 Irradiação térmica

A irradiação ou radiação térmica é o fenômeno de propagação de calor por ondas

magnéticas. De acordo com Amorim (2011), todo corpo emite ondas de irradiação térmica: os

corpos frios emitem ondas infravermelhas e os corpos aquecidos emitem luz branca. Quando

essas ondas atingem um corpo uma parte dessa energia é absorvida e outra parcela é refletida,

chamada respectivamente como fenômenos de absorbância e refletância, sendo a irradiação

solar o principal fenômeno causador das variações térmicas em edificações.

2.2.1 Absortância

A absortância é a definição dada para a absorção de irradiação térmica. Está é uma

propriedade particular que os materiais possuem de absorver as radiações em dadas frequências.

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Por exemplo: a luz solar inserida sobre a superfície de um corpo qualquer, a parcela de energia

que não é refletida, acaba sendo absorvida pelo mesmo, e o aquece, provocando agitação dos

átomos, estes, por sua vez, irão transferir parte de suas vibrações para os átomos vizinhos

encontrando um corpo menos aquecido, acontecendo uma transferência da energia. (YUNG;

FREEDMAN, 2008)

2.2.2 Refletância

Trata-se da fração de ondas magnéticas de calor provenientes da radiação térmica que

são refletidas para o meio atmosférico de origem após atingirem um dado corpo, dessa forma

não sendo absorvida. Considera-se uma escala de 0 a 1 para a classificação dos corpos em

relação a sua cor. O valor igual a 1 é o corpo negro, o qual absorve toda a energia inserida sobre

ele e, consequentemente, possui o maior aquecimento por radiação. As superfícies claras e com

alto brilho se encontram na escala próximo de 0, admitindo uma alta refletância e,

consequentemente, baixa absorção de energia proveniente de ondas magnéticas, possuindo

pequena variação de temperatura pelo fenômeno de irradiação térmica, conforme ilustra a

Figura 03.

Figura 03 – Refletância de radiação em diferentes cores

Fonte: Staff Writer, 2017.

Existe um grande potencial do uso da tinta em relação ao desempenho térmico das

edificações. Envelopamentos com tintas claras com alta propriedade de refletância contribuem

com um menor aquecimento interior, bem como pinturas de envelopamento foscas e escuras

são indicadas para regiões frias onde se deseja o aproveitamento da radiação solar para o

aquecimento de ambientes. (DORNELLES, CARAM e SICHIERI, 2013).

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2.2.2 Condutividade térmica

A condutividade térmica é a propriedade que os materiais possuem de conduzirem calor.

Materiais que são bons condutores de calor possuem alta condutividade térmica, o inverso

também se faz verdade. A condutividade térmica é dada a partir da quantidade de calor Q

transmitida por uma espessura L em direção normal de uma área superficial qualquer de um

corpo, sendo a unidade de medida expressa como W/ (mK), Watt/ metro Kelvin. (CARNOT,

2010).

2.3 - Referenciais

No campo científico, de acordo com Marques, Castro e Issac (2009), a condutividade

térmica para o tijolo modular de solo estabilizado com cimento é de 0,41 a 0,55 W/(m.K). Para

os tijolos cerâmicos, tem-se uma condutividade térmica fixada entre 0,7 a 1,5 W/(m.K). E para

blocos de concreto 1,75 W/(m.K). Segundo a ABNT NBR 15.220-1 2003 de desempenho

térmico de edificações, os requisitos mínimos de condutividade térmica para paredes externas,

é inferior ou igual a 2,2 W/(m.K), apontando dessa forma, satisfação em todas as tecnologias

citadas. Porém, o modelo ecológico demonstra-se com a menor condução térmica, ou seja,

maior resistividade térmica.

Trazendo esses valores para o campo prático, um bom parâmetro de avaliação é o atraso

térmico, sendo este o intervalo de tempo necessário para que uma variação térmica se manifeste

no lado oposto da superfície ao qual foi inserida. Segundo Kappaun (2012), em estudos

realizados sobre conforto térmico, os valores para o atraso térmico de blocos estruturais de

concreto são de 3:40 horas, e para blocos estruturais cerâmicos o atraso térmico é de 3:20 horas.

Já para as edificações modulares de solo cimento, esse valor é aproximadamente 4:40 horas de

acordo com Didoné, Milaní e Alves (2015).

Outro parâmetro significativo a respeito da propriedade térmica das edificações é a

inércia térmica. Trata-se das propriedades físicas relacionadas com densidade, espessura e calor

específico que os diferentes materiais construtivos oferecem em relação à variação de

temperatura: quanto maior a inércia térmica menor a variação térmica. Portanto, esta é uma

característica que classifica o desempenho térmico através da variação térmica interior das

edificações (PASPST, 1999).

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2.3 METODOLOGIA

2.3.1 – Dados referenciais

Para o levantamento de dados experimentais da pesquisa em questão, realizou-se a

construção de três protótipos de dimensões análogas. As edificações foram alocadas em

ambiente aberto, sem influência de sombra, diferença de exposição ao vento e exposição solar,

pois os mesmos foram construídos aproximadamente alinhados sobre o eixo da orientação

cardeal norte sul, desta forma, não havendo a possibilidade de uma construção sombrear a

edificação adjacente. Estes modelos foram projetados com redução em proporção de área e

volume interno para as medidas de 1 m² de área e altura de 1m, sendo mantidos os elementos

construtivos na escala 1:1.

Os materiais empregados na construção são os mesmos empregados nos projetos do

cotidiano. Este método foi aplicado por Simpson e McPherson (1997), no estudo de caso de

pintura em telhados residências com tintas de alto índice refletivo, no centro de estudos

agrícolas na universidade do Arizona, Estados Unidos. As dimensões dos protótipos são

semelhantes e proporcionais às empregadas por Lima et al. (2017), no estudo comparativo de

desempenho térmico de blocos estruturais cerâmicos e blocos estruturais de concreto, no estado

de Santa Catarina, Brasil.

Os protótipos possuíam tal estrutura: fundação em piso radier de espessura igual a cinco

centímetros e forro de laje treliçada com lajota cerâmica de espessura de 12 centímetros. Em

relação às paredes, uma construção foi executada com fechamento de alvenaria de tijolo

modular de solo cimento, assentamento realizado com argamassa ACI, (Figura 4)O segundo

modelo foi executado com fechamento lateral de blocos de concreto, assentamento com

argamassa de cimento areia e cal (Figura 5), e o terceiro protótipo recebeu como fechamento

lateral tijolos cerâmicos, com o emprego de argamassa ACI para assentamento, (Figura 6).

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Figura 04 – Construção de protótipo com tijolos modulares de solo cimento.

Fonte: O autor, 2018.

Figura 05 – Construção de protótipo com bloco de concreto.

Fonte: O autor, 2018.

Figura 06 – Construção de protótipo com tijolos cerâmicos.

Fonte: O autor, 2018.

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Os tijolos modulares de solo cimento são provenientes de uma empresa situada na região

norte do Paraná, com dimensões 12,5x7x25cm. Já os blocos de concreto e tijolos cerâmicos,

são produzidos em fábricas localizadas no oeste do Paraná, com as respectivas dimensões,

14x19x 39cm e 11,5x14x29cm. A alvenaria cerâmica foi rebocada interna e externamente

resultando numa parede de 14 cm de largura, sendo de características semelhantes na qual ela

de fato é empregada.

A coleta dos dados de temperatura se deram em dois momentos distintos, sendo o

primeiro ciclo de coletas realizado com as construções na cor natural, Figura 7.Já para o

segundo ciclo de aferições, realizou-se a pintura uniforme dos protótipo com a tinta acrílica

Suvinil cor cinza crômio, de acordo com a Figura 8.

Figura 07 – Medição em protótipos com cor natural.

Fonte: O autor, 2018.

Figura 08 – Medição em protótipos com cor uniforme.

Fonte: O autor, 2018.

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As medições de temperaturas foram registradas através de uma unidade de aferição,

instalado em cada protótipo, e uma quarta unidade instalada no ambiente externo, munida de

um sensor termômetro e equipamento de armazenamento de dados (datalloger), marca Mi Sol,

(Figura 9), com precisão na medição de temperatura de 0,5º Celsius. As medições foram

realizadas a cada 15 minutos durante 24 horas diárias em um período de 7 dias para cada caso.

Figura 09 – Termômetros datalogger utilizados no estudo.

Fonte: O autor, 2018.

Objetivando a mínima influência de transferência de calor entre o meio externo e interno

dos protótipos através da circulação de ar, por aberturas ou fissuras, adotou-se para a instalação

do equipamento datalloger, e suas respectivas verificações, um sistema de abertura em formato

circular com diâmetro de 10 centímetros, munido de tampa de plástico celular rígido (EPS),

com formato ajustado para o perfeito encaixe e vedação do orifício ao qual ficou preso por um

fio de nylon de 50 centímetros o equipamento de coleta, graficamente apresentado na Figura 10

e 11.

Figura 10 – Vedação de EPS

Fonte: O autor, 2018.

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Figura 11 – Projeto dos protótipos

Fonte: O Autor, 2018.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Obtendo os dados após 7 (sete) dias de coleta com os protótipos em sua cor natural, foi

possível gerar o gráfico conforme Figura 12. Neste gráfico, interpreta-se um comportamento

semelhante das variações de temperatura entre os três elementos construtivos. Realizando a

avalição dos períodos nos quais foram registrados os picos máximos de temperatura, o tijolo de

solo cimento, bloco de concreto e tijolo convencional apresentaram as máximas temperaturas

nos mesmos períodos, ficando as linhas gráficas sobrepostas. Desta forma, não se identificou

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diferença significativa para o atraso térmico entre os três modelos estudados. Ainda sobre as

máximas temperaturas registradas, é possível observar que comumente as temperaturas

máximas no interior das construções se igualaram com a temperatura externa e até a superaram.

Figura 12 – Comportamento da temperatura cor natural.

Fonte: O Autor, 2018.

Já no segundo ciclo de medições, após a pintura uniforme das construções, com o

objetivo de parear os fenômenos de absorbância e refletância da radiação solar, os dados deram

origem ao gráfico apresentado na Figura 13. Novamente, identificou-se um comportamento

bastante uniforme entre as temperaturas dos três modelos construtivos em teste. De acordo com

a simultaneidade dos picos máximos de temperatura no interior de cada modelo, não é notório

o maior atraso térmico para o tijolo modular de solo cimento, conforme dados mencionados de

Kappaun, Didoné, Milaní e Alves.

Seguindo com a avaliação das temperaturas máximas, nota-se que, para esse caso, em

nenhum momento a temperatura de registro interno das edificações se mostrou mais expressiva

que a máxima temperatura externa. Permite-se afirmar que pinturas claras, através do fenômeno

de refletância, tendem a proporcionar um menor aquecimento no interior das edificações,

conforme afirmado por Dornelles, Caram e Sichieri, em estudo anterior sobre cores de pinturas

e temperatura superficial.

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Figura 13 – Comportamento da temperatura cor uniforme.

Fonte: O Autor, 2018.

Para uma interpretação dos registros de modo particular em cada protótipo, segue a

Figura 14, onde são apresentadas as leituras das temperaturas médias para as construções na

sua cor natural. É notável que, para esse caso, as temperaturas médias mais elevadas foram

registradas nas construções de solo cimento, seguidas das edificações de bloco de concreto e a

média mais branda pertencendo ao tijolo cerâmico.

Figura 14 – Temperaturas médias dos primeiros 7 dias.

Fonte: O Autor, 2018.

20.50

21.00

21.50

22.00

22.50

23.00

23.50

T. Cerâmico B. de concreto T. Solo cimento Ambiente

Tem

per

atu

ra e

m °

C

Elementos construtivos

Protótipos com cor natural

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Após a pintura uniforme das construções, é possível afirmar que as temperaturas médias

mais elevadas foram registradas no interior das edificações de tijolo cerâmico, seguidas das

edificações de tijolo de solo cimento e por fim nas edificações de blocos de concreto, conforme

Figura 15.

Figura 15 – Temperaturas médias dos últimos 7 dias.

Fonte: O Autor, 2018.

Para o tratamento estatístico de dados deste estudo, fez se uso da análise de variância

ANOVA de fator único, modelo estatístico que analisa as variações entre as médias aritméticas

dos dados de dois ou mais grupos distintos, avaliando o desvio padrão e variância das relações

de dados. Para o caso em questão, adotou-se um nível de significância de 5%. Ou seja, os dados

gerados pelo modelo estatístico possuem sua confiabilidade fixada em 95%.

Apresentados abaixo na Figura 16, tem-se os resultados para a análise de dados

ANOVA, fator único com os dados de temperatura obtidos nas edificações na sua cor natural,

possuindo como parâmetro que a variação térmica é inversamente proporcional a capacidade

de isolamento térmico. Sendo assim, pode-se afirmar que, para esse caso, o melhor desempenho

térmico pertence ao tijolo cerâmico, com variação de 17,02%, seguido pelo solo cimento, com

variância fixada em 19,61% e, por fim, pelo bloco de concreto, com 19,82% de variação.

23.00

23.50

24.00

24.50

25.00

T. Cerâmico B. de concreto T. Solo cimento Ambiente

Tem

per

atu

ra e

m °

C

Elementos construtivos

Protótipos com cor uniforme

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Todos os dados foram considerados válidos, uma vez que F < F crítico. Embora tenha-

se obtido variação entre os grupos, o valor-P superior a 0,05 indica que a variação registrada é

insignificante para uma confiabilidade de 95%.

Figura 16 – Análise estatística, protótipos cor natural

Fonte: O Autor, 2018.

Evidentemente, os dados que mais condizem com a realidade são as medições

provenientes das construções com suas cores externas uniformes. Para tanto, na Figura 17 é

apresentado a análise estatística das variações registradas nesse caso. Admitindo, como no caso

anterior, que a capacidade de isolamento térmico é inversamente proporcional à variação de

temperatura interna das edificação, é possível afirmar que o melhor isolamento pertence à

tecnologia de solo cimento com a taxa de variação de temperatura de 23,37%, seguida do

método construtivo de tijolo cerâmico com variância de 24,14% e se apresentando novamente

com a maior taxa de variância o bloco de concreto com variação de 24,25%, considerando-se

que todos os dados são válidos uma vez que F < F crítico. No entanto, novamente a variação

registrada é insignificante para uma confiabilidade de 95%. Já que as variações entre os grupos

apresentaram um valor-P maior que 0,05, configurando-se como insignificantes.

Anova: fator único

RESUMO

Grupo Contagem Soma Média Variância

Temperatura(°C) - T. cerâmico 672 15464.3 23.01235 17.02234

Temperatura(°C) - B. de concreto 672 15688.4 23.34583 19.82359

Temperatura(°C) - Solo cimento 672 15716.1 23.38705 19.61067

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 56.74174 2 28.37087 1.507576 0.221696 3.000195

Dentro dos grupos 37882.37 2013 18.81886

Total 37939.11 2015

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Figura 17 – Análise estatística, protótipos cor uniforme

Fonte: O Autor, 2018.

4 CONCLUSÃO

Os dados obtidos através deste estudo não alcançaram as expectativas, pois o

desempenho térmico entre as edificações construídas a partir de tijolos modulares de solo

cimento, blocos de concreto e tijolos cerâmicos, de acordo com os dados estatísticos, não

apresentam diferenças significativas. Ou seja, as diferenças das temperaturas internas entre as

construções foram de baixa amplitude, entendendo-se que qualquer das tecnologias em questão,

quando aplicadas nas edificações, resultará em desempenho térmico bastante similar.

A respeito do tijolo modular de solo cimento, constatou-se que seu desempenho térmico

é otimizado quando pintado com cores claras que diminuam a absorção de radiações solares. Já

no caso em questão onde o tijolo ecológico é de cor marrom escuro, característica herdada do

solo empregado na sua fabricação, quando aplicado em sua cor natural tende a degenerar o

desempenho térmico, apresentando inclusive temperaturas máximas no interior dos ambientes

mais elevadas do que a alvenaria de tijolos cerâmicos.

Desta forma, com a avaliação do desempenho térmico na aplicação prática do tijolo

modular de solo cimento em relação ao bloco de concreto e tijolo cerâmico, pode concluir-se

que as temperaturas internas se comportam de forma intimamente similar em todos os

elementos analisados. Pertencendo ao tijolo modular o diferencial de tecnologia sustentável,

sistema otimizado de encaixa macho e fêmea e bom acabamento quando aplicado como

Anova: fator único

RESUMO

Grupo Contagem Soma Média Variância

Temperatura(°C) - T. Cerâmico 672 16510.1 24.5686 24.1424

Temperatura(°C) - B. Concreto 672 16126 23.99702 24.25951

Temperatura(°C) - Solo cimento 672 16142.3 24.02128 23.37432

ANOVA

Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico

Entre grupos 140.4144 2 70.20718 2.934419 0.053389 3.000195

Dentro dos grupos 48161.85 2013 23.92541

Total 48302.26 2015

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alvenaria aparente. Por outro lado, sem desempenho superior aos demais modelos estudados no

que tange desempenho térmico.

Acredita-se que as semelhanças estatísticas entre os dados coletados a campo em relação

aos parâmetros referenciados, podem estar relacionadas pelo fato de os elementos construtivos

utilizados não serem reduzidos na mesma proporção de área e volume dos protótipos. Outro

fator que pode ter contribuído para o desvio dos dados é a utilização de laje cerâmica e telha de

fibrocimento, que não apresentam nenhum sistema de isolamento térmico, sendo que, de acordo

com Michels (2007), o telhado em construções horizontais é o responsável por receber a maior

parcela de radiação solar. Logo, pode ter ocorrido uma larga contribuição com a absortância de

radiação térmica pela cobertura, elevando a temperatura interna de todos os protótipos e

diminuindo a influência das paredes nos resultados coletados pelos termômetros. Desta forma,

não se obteve o pleno desempenho das paredes no que se refere desempenho térmico.

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