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1 ACASSIO BORGES DESEMPENHO DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE (Lactuca sativa L.) Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso ao Curso de Agronomia da Faculdade Centro Mato-grossense FACEM, para obtenção do título de Bacharel em Agronomia sob a orientação do Prof. Kater Jacomasso. SORRISO MT 2014

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ACASSIO BORGES

DESEMPENHO DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE (Lactuca sativa L.)

Monografia apresentada como

Trabalho de Conclusão de Curso ao

Curso de Agronomia da Faculdade Centro

Mato-grossense – FACEM, para obtenção

do título de Bacharel em Agronomia sob a

orientação do Prof. Kater Jacomasso.

SORRISO – MT 2014

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DEDICATORIA

Dedico este trabalho a minha mãe Marineiva que tantas vezes compartilhou comigo o árduo caminho de ensinar e aprender, em busca de novas conquistas, novos conhecimentos que hoje se traduzem na beleza, na alegria e na emoção do dia a dia, a minha noiva Gezislaine Cristina que me incentivou nas horas mais difíceis e aos educadores que sempre nos apoiam o meu muito obrigado pela paciência apoio e dedicação.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por

me dar força e saúde para que eu pudesse concluir essa jornada, pois sem ele nada seria possível, a todos aquele que, diretamente ou indiretamente, contribuíram para a realização deste TCC (Trabalho de conclusão de curso) e inicio de um sonho que se realiza. A minha família pela presença nos momentos mais difíceis da minha vida. (Sem vocês nada disso teria acontecido). A minha querida noiva que me apoiou e incentivou para realização de mais uma etapa de conquistas em minha vida, obrigado pela compreensão e por estar ao meu lado. Deixo aqui os meus agradecimentos pelas pessoas que fizeram parte da minha conquista. Ao orientador Kater que não mediu esforços para me orientar.

Enfim não existem palavras que possa expressar toda a felicidade, por ter vivido momentos inesquecíveis ao lado de pessoas maravilhosas e pelos conhecimentos adquiridos nesses quatro anos e meio. Obrigado!

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Cada sonho que você deixa pra trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir.

Steve Jobs

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RESUMO

A alface é a mais popular das hortaliças folhosas, e é cultivada em quase todas as regiões do globo terrestre. Este trabalho teve como objetivo testar cinco diferentes tipos de substratos, sendo: Tropstrato® HT Hortaliças; Tecnomax® HFM; Substrato Orgânico; Tropstrato® HT Hortaliças + Substrato Orgânico e o Tecnomax® HFM + Substrato Orgânico. O Delineamento utilizado foi o Inteiramente Casualizado, 5 tratamentos e 4 repetições. Medindo-se o desempenho na produção de mudas de alface. Cada bloco foi constituído por uma bandeja de isopor composta por 288 células onde foram distribuídos os cincos substratos. As parcelas foram compostas de 48 células. As avaliações foram realizadas aos 27 dias após a germinação. Em cada avaliação foram retiradas ao acaso 7 plantas de cada parcela as quais foram avaliadas a altura, peso da massa fresca e tamanho de raízes. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Houve uma maior eficiência na produção de mudas de alface nas mudas cultivadas nos substratos dos tratamentos 1, 2 e 4. Sobressaindo em relação aos demais substratos, quanto aos parâmetros avaliados. Palavras chave: Lactuca sativa L., substratos, mudas de alface.

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ABSTRACT

Lettuce is the most popular of leafy vegetables, and is grown in almost all regions of the globe. This study aimed to test five different types of substrates, being: Tropstrato ® HT Vegetables; Tecnomax ® HFM; Organic substrate; Tropstrato ® HT Vegetables + Organic Substrate and Tecnomax ® HFM + Organic Substrate. The experimental design was randomized, 5 treatments and 4 replications. Measuring the performance in the production of lettuce seedlings. Each block was comprised of a plate of foam which comprises 288 cells were distributed all five substrates. Each plot consisted of 48 cells. Evaluations were performed at 27 days after germination. At each assessment were taken at random from each plot 7 plants which were evaluated height, weight and size of the fresh weight of roots. Data were subjected to analysis of variance and means were compared by Tukey test at 5% probability. There was a greater efficiency in the production of lettuce seedlings grown in the substrates of treatments 1, 2 and 4 seedlings. Emerging compared to other substrates, as the parameters evaluated.

Keywords: Lactuca sativa L., substrates, lettuce seedlings.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8 1 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 11 1.1 BANDEJAS ......................................................................................................... 11 1.2 SUBSTRATOS .................................................................................................... 11 1.3 TIPOS DE ALFACE ............................................................................................ 12 1.4 MUDAS ............................................................................................................... 13 1.5 NUTRIÇÃO ......................................................................................................... 13 1.6 ESTRUTURA DE PRODUÇÃO .......................................................................... 14 2 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 15 2.1 DATA E IMPLANTAÇÃO DO EXPERIMENTO .................................................. 15 2.2 MATERIAIS UTILIZADOS .................................................................................. 15 2.3 CROQUI .............................................................................................................. 16 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 17 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 23 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25 ANEXOS ................................................................................................................... 28

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INTRODUÇÃO

A alface (Lactuca sativa L.) pertence a maior família das dicotiledôneas, a

Asteraceae (Compositae), da subfamília Cichorioideae e do gênero Lactuca

(LOPES, 2002).

Originária da Ásia e trazida pelos portugueses no século XVI, é a mais

popular das hortaliças folhosas e é cultivada em quase todas as regiões do globo

terrestre (RESENDE et al., 2003).

É uma planta anual, originária de clima temperado, uma das hortaliças mais

consumidas no Brasil e no mundo. Praticamente todas as cultivares de alface

desenvolvem-se bem em climas ameno. Ela apresenta ciclo curto e possibilidade de

vários ciclos de produção durante o ano todo, com rápido retorno financeiro. É uma

hortaliça de folhas comestíveis, as mesmas podem ser lisas ou crespas, com ou sem

formação de cabeça. Também existem alfaces com folhas roxas. A alface é uma

importante fonte de sais minerais, principalmente de cálcio, deve ser colhida antes

do início do pendoamento, pois a partir deste momento as folhas começam a

apresentar um sabor amargo característico. O plantio em local definitivo é feito por

mudas semeadas em bandejas (CATÁLAGO BRASILEIRO DE HORTALIÇAS –

EMBRAPA HORTALIÇAS, 2010).

Atualmente a alface é produzida em bandejas, método que segundo

Filgueira (2000), proporciona um melhor rendimento operacional em quantidade de

sementes, uniformização das mudas, manuseio no campo, controle fitossanitário,

condições as quais permitem colheitas precoces.

Em razão da grande diversidade dos substratos e da dificuldade em obter

um produto com a adequada estrutura física, aeração, retenção de umidade, pH

entre outros atributos, torna-se difícil escolher o melhor substrato ou a melhor

mistura dos mesmos, que atenderá as condições para o crescimento das plantas.

A produção de mudas de hortaliças constitui-se numa das etapas mais

importantes do sistema produtivo (MINAMI et al., 1995). Dela depende o

desempenho final das plantas nos canteiros de produção, tanto do ponto de vista

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nutricional, quanto do tempo necessário para a colheita e, consequentemente, do

número de ciclos possíveis por ano (CARMELLO, 1995).

A produção de mudas, em canteiros e campo aberto, é um sistema pouco

eficiente quanto ao aspecto fitossanitário. As sementes ficam em condições

desuniformes (solo, chuvas, temperaturas extremas), e consequentemente, a

germinação, emergência e crescimento das plântulas também são irregulares,

levando à obtenção de estandes falhos e desuniformes (MINAMI, 1995).

O problema de produção de mudas em recipientes ou bandejas é o de

assegurar o crescimento e produção de biomassa aérea com volume limitado de

solo (SANCHO, 1988). Assim, quanto menor for o espaço disponível às raízes, mais

difícil será o suprimento de fatores de produção que garantam o crescimento

otimizado e desenvolvimento normal da muda (MENEZES JÚNIOR et al., 2000).

O tamanho do recipiente e o tipo do substrato são os primeiros aspectos a

serem investigados para que seja garantida a produção de mudas de boa qualidade.

O primeiro afeta diretamente o volume disponível para o desenvolvimento das raízes

e o segundo, exerce uma influência marcante na arquitetura do sistema radicular e

no estado nutricional das plantas, afetando profundamente a qualidade das mudas

(LATIMER, 1991).

Para Gruszynski (2002), os aspectos principais nas propriedades físicas de

um substrato são as propriedades das partículas que compõem a fração sólida,

forma e tamanho, superfície específica e característica de interação com a água,

molhabilidade e a geometria do espaço poroso formado entre essas partículas,

dependente das propriedades das partículas e da forma como o material é

manuseado, principalmente da densidade de enchimento no recipiente, que

determina a porosidade total e o tamanho dos poros.

Se por um lado o uso dos substratos possibilitou aos produtores uma série

de vantagens, como a racionalização de mão-de-obra, de insumos e de fertilizantes,

garantindo a formação de mudas com melhor arquitetura, por outro lado a grande

variabilidade de substratos e preços existentes no mercado, associados à falta de

uniformidade química e física entre os lotes de fabricação pode comprometer

parcialmente o planejamento da atividade, já que os transplantes das mudas podem

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ocorrer com atrasos que acarretam custos adicionais ao produtor. Para Luz et al.,

(2000), a modernização da agricultura e a segmentação do mercado, trouxeram a

especulação na atividade de produção de mudas, os substratos comerciais de boa

qualidade possuem custo elevado.

O presente trabalho teve como objetivo testar diferentes tipos de substratos,

avaliando seu desempenho na produção de mudas de alface.

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1 REVISÃO DE LITERATURA

Segundo Minami (1995), a produção de mudas, em canteiros ou em campo

aberto, é um sistema pouco eficiente quanto ao aspecto fitossanitário. As sementes

ficam em condições desuniformes devido aos problemas de solo, chuvas,

temperaturas extremas, e, consequentemente, a germinação, emergência e

crescimento das plântulas, também são irregulares, levando à obtenção de estandes

desuniformes. O sistema de bandejas proporciona um maior cuidado na fase de

germinação e emergência, além de proporcionar menor custo no controle de pragas

e doenças, possuí um alto índice de pegamento após o transplante e melhor

utilização do viveiro possibilitando assim maior numero de ciclos possíveis por ano.

1.1 BANDEJAS

Segundo Dematte & Souza (2002), sistemas de produção de mudas de

alface envolvem a utilização de bandejas de isopor com número variável de células,

sendo elas: 72; 128; 200 e 288 células, sendo possível a avaliação de diversos

fatores tais como fertilização, tipos de substratos, lâminas de irrigação e qualidade

de mudas.

Atualmente no mercado existem diversos modelos de bandejas com

diferentes números de células individuais, diferentes profundidades e volumes

diversos, também com formatos variáveis, podendo ser redondas, piramidais,

cilíndricas e com possibilidade de reutilização (MODOLO & TESSARIOLI NETO,

1999). Essas diferenças estão diretamente ligadas ao volume de substrato que será

utilizado nas bandejas.

1.2 SUBSTRATOS

A produção agrícola é altamente dependente da produção de insumos,

portanto os substratos têm se destacado devido à sua ampla utilização na produção

de mudas de hortaliças (SILVEIRA et al., 2002).

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O substrato é descrito como sendo um produto usado como meio de

crescimento de plantas. A qualidade de um substrato para o abastecimento de

bandejas depende de sua estrutura física e composição química (MIRANDA et al.,

1998), sendo sua principal função prover suporte às plantas nele cultivadas

(RÖBER, 2000).

Diversos materiais podem ser utilizados como substratos, sendo divididos

em duas grandes categorias: minerais, como por exemplo: areia, vermiculita e lã de

rocha, e os orgânicos, como por exemplo: turfa, casca de arroz, casca de café, palha

e serragens. Os substratos de origem mineral apresentam como maior vantagem

sua inércia química. Os de origem orgânica podem sofrer decomposição já que

estão diretamente em contato com as raízes das plantas. Essa decomposição se for

intensa, pode modificar o equilíbrio mineral do meio radicular (ANDRIOLO, 1999).

Prejudicando assim a qualidade das mudas.

A maior parte dos produtores faz uso de substratos orgânicos ou organo-

minerais, sendo mais utilizados os substratos compostos de uma mistura de casca

de pinus, turfa e vermiculita, com a adição ainda de adubos variados.

Segundo Miner (1994), a importância das características físicas dos

substratos é tão importante que para alguns autores, consideram até mais

importantes do que as propriedades químicas, pois as propriedades físicas vão

determinar características importantes, como aeração e capacidade de retenção de

água, e não podem ser modificadas durante o seu uso.

1.3 TIPOS DE ALFACE

Comunicado Técnico 75 da EMBRAPA (2009), consta que as cultivares de

alface disponível atualmente no mercado podem ser agrupadas em cinco tipos

morfológicos, com base na formação de cabeça e tipo de folhas:

I. Repolhuda Lisa: apresenta folhas lisas, delicadas e macias, com nervuras

pouco salientes, com aspecto oleoso “manteiga”, formando uma cabeça

típica e compacta.

II. Repolhuda Crespa ou Americana: folhas crespas, consistentes e

crocantes, cabeça grande e bem compacta.

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III. Solta Lisa: folhas lisas e soltas, relativamente delicadas, sem formação de

cabeça compacta.

IV. Solta Crespa: folhas grandes e crespas, textura macia, mas consistente,

sem formação de cabeça; pode ter coloração verde ou roxa.

V. Tipo Mimosa: é uma cultivar que recentemente vem adquirindo certa

relevância.

VI. Tipo Romana: folhas tipicamente alongadas, duras, com nervuras claras,

com uma cabeça fofa e alongada, na forma de cone.

Quanto à escolha da região de implantação a alface prefere temperatura

amena para o seu desenvolvimento vegetativo. Sendo de origem Europeia e

asiática, é melhor cultivada nas temperaturas noturnas inferiores a 15°C, mas não

abaixo de 7°C. Temperaturas acima de 25°C aceleram o ciclo, resultando em

plantas menores portes (FILGUEIRA, 1982).

1.4 MUDAS

A produção de mudas de qualidade é uma das etapas mais importantes no

cultivo de hortaliças (SILVA JÚNIOR et al., 1995), pois delas depende o

desempenho final das plantas nos canteiros de produção (CARMELLO, 1995).

Para a obtenção de uma muda saudável e viável, é fundamental a utilização

de um substrato, que reúna em sua composição características químicas adequadas

ao pleno desenvolvimento da muda da alface, tais como isenção de fitopatógenos,

baixo custo, alta disponibilidade de nutriente e longa durabilidade (MINAMI, 1995).

1.5 NUTRIÇÃO

É importante ainda que se conheçam as exigências do híbrido ou variedade

que se pretende cultivar, segundo Haag & Minami (1988), notaram ao avaliar dois

cultivares diferentes de alface, que existem diferenças em exigências nutricionais.

É importante a nutrição de mudas de alface, principalmente no que diz

respeito à interação entre nutrientes e o desenvolvimento de parte aérea e raízes,

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segundo Masson et al., (1991), que estudaram as interações entre doses de

nitrogênio e crescimento do sistema radicular e da parte aérea.

1.6 ESTRUTURA DE PRODUÇÃO

A olericultura requer alta tecnologia e está em constante evolução. Exige

artifícios tecnológicos, que são considerados antieconômico em outros tipos de

exploração. Como podemos citar: produção de mudas em bandejas; transplante;

irrigação por gotejamento; emprego da fertirrigação; construção de estufa de

polietileno e hidroponia; número de tratos culturais. Também é comum a utilização

de insumos modernos. Além disso, é necessários a utilização de instalações

agrícolas, equipamentos e implementos especializados, como estufas, bancadas,

bandejas, mão-de-obra, entre outras (FILGUEIRA, 2000).

A característica mais marcante da olericultura é o fato de ser uma atividade

agroeconômica altamente intensiva em seus mais variados aspectos, em contraste

com outras atividades agrícolas extensivas. Sua exploração econômica exige alto

investimento na área trabalhada, em termos físicos e econômicos. Em contrapartida,

possibilita a obtenção de elevada produção física e de alto rendimento bruto e

líquido por hectare cultivado e por hectare/ano.

A produção de alface, mesmo em pequenas áreas, permite o consórcio com

espécies eficientes na utilização dos recursos de produção como espaço, nutrientes,

água e luz. O consórcio entre espécies de hortaliças pode ser adotado,

possibilitando maior diversidade biológica e maior produção por unidade de área

proporcionando renda extra ao agricultor e menor impacto ambiental em relação à

monocultura.

A alface pode ser consorciada com outras espécies de interesse comercial

ou que apresentem outras funções, como atração de inimigos naturais, repelente de

insetos e fornecedora de nutrientes. Entretanto, deve-se sempre considerar a

afinidade entre as culturas, pois a alface possui plantas companheiras e

antagonistas. É importante observar quais espécies se desenvolvem melhor quando

associadas à alface e vice-versa (CIRCULAR TÉCNICA 56 - EMBRAPA

HORTALIÇAS, 2007).

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2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 DATA E IMPLANTAÇÃO DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido na chácara Nossa Senhora da Aparecida,

conhecida comercialmente como Horticultura Sorriso em Sorriso-MT (12º32’S;

55º44’O), em estufa com cobertura plástica e telas laterais, com irrigação por micro

aspersão, a semeadura foi realizada 10/01/2014, com duas sementes por célula, foi

realizado o desbaste aos 7 dias após a semeadura (DAS), mantendo-se uma planta

ou muda por célula.

2.2 MATERIAIS UTILIZADOS

No Experimento foram utilizados 5 tratamentos: 1) – Tropstrato® HT

Hortaliças (Casca e serragem de pinus, cinza, esterco e cama de aves, fibra

recuperadora(fibra de papel), vermiculita expandida, carvão vegetal, fibra de coco,

enriquecido com macro e micronutrientes de liberação lenta); 2) – Tecnomax® HFM

(Vermiculita expandida, casca de pinus, cinza, fibra de coco, carvão vegetal, esterco

e cama de aves); 3) – Substrato Orgânico (60% terra preta, 20% esterco e 20%

serragem) ou seja, na proporção 3:1:1; 4) – Tropstrato® HT Hortaliças + Substrato

Orgânico, 50% de cada; 5) – Tecnomax® HFM + Substrato Orgânico, 50% de cada.

O Delineamento utilizado foi o Inteiramente Casualizado - DIC, 5x4, ou seja,

5 tratamentos e 4 repetições. Cada bloco foi constituído por uma bandeja de isopor

composta por 288 células e dimensões de 67,8 X 34,1 X 4,7 cm, onde foram

distribuídos os cincos substratos. As parcelas foram compostas de 48 células, onde

foram semeadas a cultivar Vera, cultivar crespa resistente ao florescimento

prematuro, resultante do cruzamento entre as cultivares Verônica e Slow Bolting.

Cada bandeja continha 5 parcelas, com 4 fileiras de 12 células totalizando

48 células para cada substrato diferente, para a separação das parcelas, uma linha

de 12 células foram inutilizadas, totalizando 4 linhas para separações, conforme

pode ser observado na Figura 01 em Anexos.

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As avaliações foram realizadas no dia 10/02/2014, aos 27 dias após a

germinação, totalizando 30 dias após a semeadura. Em cada avaliação foram

retiradas ao acaso 7 plantas de cada parcela as quais foram avaliadas, mensurando:

a altura, peso da massa fresca e tamanho de raízes. Altura e o tamanho de raízes

foram obtidos com o auxílio de uma régua graduada em milímetros, conforme pode

ser observado na Figura 22, em Anexos. Para obtenção do peso da massa fresca,

foram retiradas as raízes, utilizando uma tesoura, na altura do coleto, região onde

havia a separação do substrato e massa fresca. E foi utilizada uma balança de

precisão Diamond Model 500, conforme pode ser observado na Figura 23, em

Anexos. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias

comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade pelo software

estatístico Genes.

2.3 CROQUI

T1 T2 T3 T4 T5

T4 T5 T1 T2 T3

T2 T4 T5 T3 T1

T5 T1 T3 T2 T4

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

De modo geral, houve diferença estatisticamente significativa nas mudas de

alface, cv. Vera em função dos cinco substratos. Através do programa estatístico

Genes (Aplicativo Computacional em Genética e Estatística Experimental), foi

possível obter as análises de variância das médias mensuradas. Sendo: tamanho de

raiz, tamanho e peso de massa fresca.

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL: Tamanho de Raiz ___________________________________________________________________ FV GL SQ QM F Probabilidade ___________________________________________________________________ BLOCOS 3 3.30196 1.100653 TRATAMENTOS 4 0.87873 0.219683 0.8498 100.0 RESÍDUO 12 3.102 0.2585 ___________________________________________________________________ TOTAL 19 7.2827 ___________________________________________________________________ MÉDIA 6.996 CV(%) 7.267424 MÍNIMO 6.14 MÁXIMO 8.59 DMS-Tukey(1%) 1.484613 DMS-Tukey(5%) 1.146507 ___________________________________________________________________

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL: Tamanho de Massa Fresca

___________________________________________________________________ FV GL SQ QM F Probabilidade ___________________________________________________________________ BLOCOS 3 4.36786 1.455953 TRATAMENTOS 4 27.54427 6.886067 17.1551 0.000066 RESÍDUO 12 4.8168 0.4014 ___________________________________________________________________ TOTAL 19 36.729 ___________________________________________________________________ MÉDIA 8.023 CV(%) 7.896814 MÍNIMO 5.86 MÁXIMO 10.41 DMS-Tukey(1%) 1.849999 DMS-Tukey(5%) 1.428681 ___________________________________________________________________

ANÁLISE DE VARIÂNCIA DA VARIÁVEL: Peso de Massa Fresca

___________________________________________________________________ FV GL SQ QM F Probabilidade ___________________________________________________________________ BLOCOS 3 0.297655 0.099218 TRATAMENTOS 4 1.29085 0.322713 3.7667 0.032957 RESÍDUO 12 1.0281 0.085675 ___________________________________________________________________ TOTAL 19 2.6166

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___________________________________________________________________ MÉDIAS DAS VARIÁVEIS

___________________________________________________________________ Tamanho de Raiz Tamanho de Folha Peso

7.2100 9.4900 1.5325 6.6250 9.0675 1.5325 6.9450 6.3500 1.0400 7.1775 8.1000 1.2525 7.0225 7.1075 0.9050

___________________________________________________________________

Através do programa estatístico Genes (Aplicativo Computacional em

Genética e Estatística Experimental) foi possível obter o teste de Tukey.

================================================================

Número de variáveis 3 Graus de Liberdade do Resíduo 12 Número de Repetições 4 Nível de Significância 5 Número de Tratamentos 5 ================================================================

Teste : Tukey VARIÁVEL: Raiz QMR: 0.2585 q : 4.51 DMS : 1.14651 ___________________________________________________________________ 1 Trat 1 7.21 a 1 7.21 a 4 Trat 4 7.1775 a 2 6.625 a 5 Trat 5 7.0225 a 3 6.945 a 3 Trat 3 6.945 a 4 7.1775 a 2 Trat 2 6.625 a 5 7.0225 a ___________________________________________________________________ VARIÁVEL: Folha QMR: 0.4014 q : 4.51 DMS : 1.42868 ___________________________________________________________________ 1 Trat 1 9.49 a 1 9.49 a 2 Trat 2 9.0675 a 2 9.0675 a 4 Trat 4 8.1 ab 3 6.35 c 5 Trat 5 7.1075 bc 4 8.1 ab 3 Trat 3 6.35 c 5 7.1075 bc ___________________________________________________________________ VARIÁVEL : Peso QMR: 0.0856 q : 4.51 DMS : 0.65976 ___________________________________________________________________ 1 Trat 1 1.5325 a 1 1.5325 a 2 Trat 2 1.5325 a 2 1.5325 a 4 Trat 4 1.2525 a 3 1.04 a 3 Trat 3 1.04 a 4 1.2525 a 5 Trat 5 0.905 a 5 0.905 a

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No teste de Tukey, para variável tamanho de raiz os tratamentos que

obtiveram melhor desempenho foram 1, 4 e 5, sendo: o Tropstrato® HT Hortaliças, a

mistura de Tropstrato® HT Hortaliças + Substrato Orgânico e a mistura do

Tecnomax® HFM + Substrato Orgânico respectivamente. Não havendo diferenças

estatisticamente entre os 5 tratamentos, todos receberam letras iguais. Na variável

raiz vale ressaltar que o tratamento 2 obteve a pior média, sendo o ultimo na tabela

em relação aos 5 tratamentos, porem o tratamento 5, que é a mistura dos

tratamentos 2 e 3, obteve a sua melhor média sendo terceiro na tabela. O

tratamento 4, que é a mistura de 1 e 3, obteve sua melhor média sendo segundo na

tabela.

Segundo Menezes (1997), dentre os fatores que interferem nas

características das mudas está à fertilidade do substrato, que envolve componentes

como nutrientes, água, aeração, reação do solo, microrganismos, textura e

temperatura e, estes num estádio ótimo, conferem a fertilidade desejável. Souza &

Ferreira (1997), relatam que a produção de mudas de hortaliças constitui-se em uma

das etapas mais importantes do sistema produtivo, influenciando diretamente o

desempenho final das plantas.

Segundo Minami (1995), cita que quanto maior a quantidade de raízes,

maior a quantidade de nutrientes disponíveis no intervalo entre o transplante e a

formação de novas raízes. Um bom enraízamento é o reinício do desenvolvimento

da planta, após o choque do processo de transplante (FILGUEIRA, 2003). Portanto,

é imprescindível que o substrato proporcione a maior quantidade de raízes

possíveis, beneficiando assim de várias maneiras as mudas.

Figura 01: Gráficos das média do tamanho das raízes.

6,3000

6,4000

6,5000

6,6000

6,7000

6,8000

6,9000

7,0000

7,1000

7,2000

7,3000

Tratamento1

Tratamento2

Tratamento3

Tratamento4

Tratamento5

Raiz

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Menezes et al., (2000), verificaram que os substratos que têm na sua

composição material orgânico, apresentaram melhores propriedades físicas,

químicas para a produção de mudas de alface. Resultados semelhantes obtidos pelo

presente trabalho realizado onde os tratamentos 4 e 5 superaram as expectativas na

produção de raízes.

Segundo Silva Júnior e Giorgi (1992), a presença de esterco bovino no

substrato para produção de mudas de alface com níveis acima de 75% (1:3) é

desfavorável para o processo de desenvolvimento das mudas e no experimento

realizado foram utilizados 25%. Não excedendo assim no presente experimento o

recomendado.

Figura 02: Gráfico em colunas dos tratamentos.

Na variável tamanho de folhas, os tratamentos que obtiveram melhor

desempenho foram 1, 2 e 4, sendo: o Tropstrato® HT Hortaliças, Tecnomax® HFM e

a mistura de Tropstrato® HT Hortaliças + Substrato Orgânico respectivamente.

Houve diferença estatística como evidenciado na Tabela 3. Porém, o tratamento 4 e

5 receberam também uma segunda letra igual, sendo assim estatisticamente iguais.

E o tratamento 3 e 5 receberam também uma segunda letra igual, sendo assim

estatisticamente iguais.

0,0000

1,0000

2,0000

3,0000

4,0000

5,0000

6,0000

7,0000

8,0000

9,0000

10,0000

Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4 Tratamento 5

Peso

Folha

Raiz

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Segundo Setúbal et al., (2000), a matéria orgânica no processo de produção

de mudas deve ser oferecida de forma balanceada, além dos demais componentes

do substrato. Neste caso, as opções de substratos avaliadas, poderiam ser testadas

em outras proporções.

Figura 03: Gráfico das médias do tamanho de massa fresca.

Figura 04: Gráfico em Radar dos tratamentos.

Na variável peso de massa fresca sem raízes, os tratamentos que obtiveram

melhor desempenho foram 1, 2 e 4, sendo: Tropstrato® HT Hortaliças, Tecnomax®

HFM e a mistura de 50% Tropstrato® HT Hortaliças + 50% de Substrato Orgânico

respectivamente. Não havendo diferenças estatisticamente entre os 5 tratamentos.

Assim como na variável tamanho de folha, na variável peso os tratamentos 3 e 5 não

obtiveram resultados satisfatórios.

0,0000

1,0000

2,0000

3,0000

4,0000

5,0000

6,0000

7,0000

8,0000

9,0000

10,0000

Tratamento1

Tratamento2

Tratamento3

Tratamento4

Tratamento5

Folha

0,0000

2,0000

4,0000

6,0000

8,0000

10,0000Tratamento 1

Tratamento 2

Tratamento 3Tratamento 4

Tratamento 5

Raiz

Folha

Peso

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Figura 05: Gráfico das médias dos pesos de massa fresca sem raízes.

Minami (2000), afirma que é necessário o conhecimento do valor nutricional

do substrato antes de usá-lo. Existem substratos que possuem uma pequena

quantidade de nutrientes capaz de atender a necessidade inicial das plantas. Sendo

assim, a utilização de substratos que contenham macro e micro nutrientes de

liberação lenta, que é o caso do Tropstrato®, sobressaí em relação aos demais

substratos.

Porém Barros Júnior (2001), constatou que os compostos orgânicos

resultaram em maior comprimento da massa fresca em comparação aos substratos

comerciais. No entanto, isso não ocorreu no presente trabalho. Porém muitos dos

substratos comerciais possuem diversos materiais em sua composição.

0,0000

0,2000

0,4000

0,6000

0,8000

1,0000

1,2000

1,4000

1,6000

1,8000

Tratamento1

Tratamento2

Tratamento3

Tratamento4

Tratamento5

Peso

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Figura 06: Gráfico em Linha dos tratamentos.

Em relação ao custo o substrato do tratamento 1, é o de maior valor

comercial, contudo foi o que melhor demonstrou resultados nas variáveis analisadas,

estando em primeiro em todas as análises. Isso acontece devido a sua formulação

complementar de macro e micro nutrientes de liberação lenta. A principal diferença

entre os substratos comerciais 1 e 2. Porém o tratamento 4 é a mistura de um

comercial (Tratamento 1) com um substrato orgânico, tornando-se uma opção a

mais ao produtor.

7,2100 6,6250 6,9450 7,1775 7,0225

9,4900 9,0675

6,3500 8,1000

7,1075

1,5325 1,5325

1,0400 1,2525 0,9050

Tratamento1

Tratamento2

Tratamento3

Tratamento4

Tratamento5

Raiz Folha Peso

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CONCLUSÃO

Conforme o experimento realizado pode-se destacar uma maior eficiência na

produção de mudas de alface, nos tratamentos 1, 2 e 4. Obtendo assim o melhor

desempenho em relação aos demais. Houve uma diferença estatística, onde os 3

tratamentos receberam letras iguais no teste de Tukey, diferentemente dos demais,

provando que ambos se sobressaíram. A mistura de um substrato comercial com um

substrato orgânico não atinge resultados tão satisfatórios como o tratamento 1, mas

conforme o presente trabalho, o mesmo não deixa de alcançar resultados positivos.

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ANEXOS

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Figura 01: Bandeja de isopor 288 células. Figura 02: Substrato Orgânico 1:3:1.

Figura 03: Mistura Substrato Orgânico. Figura 04: Preenchimento das bandejas.

Figura 05: Preenchimento total das bandejas. Figura 06: Sementes Vera.

Figura 07 e 08: Duas Sementes por célula e o uso de uma colher para aprofundar parcialmente as sementes e não totalmente.

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Figura 09 e 10: Cobrimento das bandejas com sacos até a emergência, evitando assim a movimentação das sementes quando irrigadas de duas a três vezes ao dia.

Figura 11: Emergência. Figura 12: Desbaste.

Figura 13: Uma muda por célula. Figura 14: mudas com 13 dias.

Figura 15 e 16: Mudas com 18 e 22 dias respectivamente.

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Figura 17 e 18: Mudas com 25 e 30 dias respectivamente.

Figura 19: Mudas com 30 dias. Figura 20: Transporte para avaliação.

Figura 21 e 22: Remoção do substrato e medição comprimento raiz.

Figura 23 e 24: Pesagem e avaliação das mudas de alface.

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