doenças em lactuca sativa l

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Doenças em Lactuca sativa L. Leonardo Minaré Braúna Mestrando

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Page 1: Doenças em lactuca sativa l

Doenças em Lactuca sativa L.

Leonardo Minaré Braúna

Mestrando

Page 2: Doenças em lactuca sativa l

Introdução

• A alface é uma planta herbácea, com um caule diminuto ao qual se prendem as folhas

• verde-amarelado até o verde escuro e também pode ser roxa

• Família Cichoriaceae

• Classificada como Americana, Crespa, Lisa, Mimosa e Romana

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• Cultivares – crespa: Gizele (Topseed), Grand Rapids(Hortec), Hortência (Hortec), Marianne-Orgânica(Horticeres), Marisa (Horticeres), PiraRoxa(Tecnoseed), Red Fire (Takii), Renata (Hortec), Veneza Roxa (Sakata), Vera (Sakata), Verônica (Sakata), Vanda (Sakata); americana: Irene (Eagle), Laurel (Sakama), Lorca, Lucy Brown (Seminis),Raider (Seminis), RaiderPlus (Seminis), Tainá (Sakata); lisa: Elisa (Sakata), Karla (Hortec), Lídia (Sakata), Luisa-Orgânica (Horticeres), Regina (Hortec, Sakata e Topseed);mimosa: Roxane(Sakata), Salad Bowl (Sakata, Seminis, Topseed), SaladBowl Green (Hortec); romana: Lente a Monter(Sakama), Mirella (Sakata), Paris Island Cos (FerryMorse).

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• Época de plantio: pode ser plantado o ano todo, de acordo com as exigências climáticas de cada cultivar.

• Espaçamento: 0,20 a 0,30 m x 0,20 a 0,30 m, de acordo com as características botânicas de cada cultivar.

• Sementes necessárias: sementes peletizadas -110.000 unidades/ha; sementes nuas - 0,6 a 4 kg/ha (semeadura direta) e 0,4 kg/ha (transplante).

• Controle da erosão: curvas de nível, patamares, terraços e canteiros em nível.

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Canteiros construídos em

curvas de nível, no plantio de alface.

Mudas de alface em bandejas

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• Calagem: aplicar calcário para elevar a saturação por bases do solo a 80%.

• Adubação orgânica: aplicar 40 a 60 t/ha de esterco de curral curtido ou a quarta parte dessa quantidade de esterco de galinha.

• Adubação mineral de plantio: aplicar 40 kg/ha de N, 200 a 400 kg/ha de P2O5, 50 a 150 kg/ha de K2O e 1 kg/ha de Boro, conforme análise de solo.

• Adubação de cobertura: aplicar 60 a 90 kg/ha de N, parcelando em 3 vezes aos 15, 30 e 45 dias após a germinação (semeadura direta) ou aos 7, 14 e 21 dias após o transplante ( sistema de mudas)

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Cultivo comercial de alface em túnel baixo

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• Irrigação: por aspersão ou localizada, de acordo com as necessidades. Os canteiros devem ser preparados de acordo com o sistema de irrigação a ser utilizado.

• Outros tratos culturais: eliminação de plantas com vírus e controle de plantas daninhas.Princípios ativos registrados para controle químico de plantas daninhas : glufosinato de amônio, clethodim + fenaxaprop-P-ethyl e fluazifop-p-butil.

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Fungos Septoriose (Septoria lactucae)

– Sintomas: lesões necróticas no limbo foliar. Seca nas folhas devido a coalescência de muitas manchas resultando em danos na formação das sementes;

– Etiologia: produção de conídios filiformes, multiseptadose hialinos no interior de picnídios.

– Epidemiologia: A penetração ocorre pela abertura estomatal com condições favoráveis para o desenvolvimento da doença são alta umidade e temperatura na faixa de 10 a 280C

– Controle: sementes sadias, rotação de culturas por três ou mais anos, pulverização das plantas em desenvolvimento com fungicidas

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lesões necróticas circulares

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Mildio – Bremia lactucae

– Sintomas: folhas com áreas cloroticas, de tamanho variável, tornando-se necróticos, de cor parda. Na face inferior, formam-se frutificações do fungo de aspecto branco, constituído de esporangioforos e esporângios.

– Etiologia: este oomiceto hiberna, principalmente, na forma de micélio, no interior dos tecidos infectados, e com menor frequência, na forma de oósporos

– Epidemiologia: sensível ao calor e a baixa umidade do ar, via abertura estomatal. Na ausência de filme de água não ha germinação dos esporângios, nem formação de zoósporos no interior dos mesmos.

– Controle: solo bem drenado, rotação da cultura, fungicidas sistêmicos.

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Área abaxial da folha com frutificação (esporangiósporos e esporângios; estrutura esbranquiçada) na ponta do indicador

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Bactérias

MANCHA BACTERIANA - Pseudomonas cichorii

– Sintomas: manchas necróticas isoladas no centro ou bordos do limbo foliar, extensas áreas da nervura central. Inicialmente as lesões apresentam encharcamento e coloração escura, passando, depois, a cor parda a preta, com a seca dos tecidos.

– Etiologia: gram-negativa, bastonetiforme, colônias lisas e esbranquicada. Penetração nos tecidos por ferimentos por insetos e aberturas naturais. A disseminação na cultura ocorre por respingos de água de chuva e irrigação.

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manchas necróticas isoladas

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– Epidemiologia: Sementes e mudas contaminadas são responsáveis pela disseminação a longas distancias. Alta umidade e temperatura amena, em torno de 250C, são favoráveis a ocorrência dessa doença. grande numero de hospedeiros, entre as cucurbitaceas, solanaceas, aliaceas e leguminosas.

– Controle: sementes sadias; rotação de culturas com plantas não hospedeiras; eliminação de plantas doentes e restos de cultura e favorecimento de ventilação das plantas. Evitar o encharcamento do solo.

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Vírus

MOSAICO – “Lettuce mosaic virus” - LMV

– Sintomas: mosqueado, distorção e amarelecimento foliares, do cultivar - necrose de nervuras resultando na má

formação ou distorção das cabeças. Clareamento de nervuras e mosaico são comuns em plantas jovens e adultas.

– Etiologia: Potyvirus - Potyviridae, possuindo particulas de estrutura filamentosa e flexuosa, medindo 730 nm de comprimento por 13 nm de diametro; hospedeiros (121 especies, 60 generos, 17 familias): Aizoaceae, Amaranthaceae, Asteraceae, Boraginaceae, Brassicaceae, Caryophyllaceae, Chenopodiaceae, Cucurbitaceae, Geraniaceae, Lamiaceae, Leguminosae, Malvaceae, Martymaceae, Papilionaceae, Polygonaceae, Primulaceae e Solanaceae.

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Sintoma de mosqueado por Lettuce mosaic virus

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– Epidemiologia: A disseminação do LMV pode ocorrer através da semente ou por afídeos (Myzus persicae). A taxa de transmissão é baixa com variação entre e dentro de cultivares.

• transmitido por pólen ou ovulo. Vetores de maneira não-persistente.

– Controle: sementes livres, desenvolvimento de cultivares resistentes, eliminação de plantas daninhas hospedeiras.

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VIRA-CABEÇA – Tospovirus

– Sintomas: Manchas necróticas e bronzeamento em folhas, em um lado da planta. A infecção sistêmica é caracterizada por uma murcha marginal, amarelecimento e bronzeamento de folhas internas e da nervura.

– Etiologia: causada por um vírus do gênero Tospovirus, da família Bunyaviridae. (TSWV)

– Controle: rotação da cultura com plantas não suscetíveis, lavoura suscetível nas adjacências e controle de hospedeiros alternativos do vírus e do vetor.

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Manchas necróticas

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Nematóides

Meloidogyne sp

– Sintomas: formação de galhas nas raízes

– Etiologia: penetração das raízes por estadiosjuvenis

– Epidemiologia: atacam em reboleiras

– Controle: rotação de culturas, eliminação de plantas daninhas.

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Alface infectada por M. hapla

Junvenil (J2) de M. hapla

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Colheita e produtividade• Colheita: efetuá-la quando a planta ou "cabeça"

atingir o desenvolvimento máximo, porém, com as folhas tenras e sem indício de pendão floral (pendoamento). Em geral é feita entre 50 e 70 dias após a semeadura. A colheita é manual, cortando-se as plantas logo abaixo das folhas basais (saia).

• Produtividade normal: 80.000 a 120.000 plantas/ha em campo.

• Rotação: repolho, cenoura, couve-flor, beterraba e feijão-vagem. Evitar cultivos sucessivos de alface, a fim de reduzir a ocorrência de podridão de esclerotínia, queima da saia, míldio , bacterioses e nematóides.

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• Pragas: pulgões, lagartas, mosca-branca, cochonilha, paquinhas, grilo, lesmas, caracóis, tatuzinhos, tripes do fumo, tesourinha e besouro preto.

• Doenças: septoriose, mancha de cercospora, tombamento de mudas, podridão de esclerotinia (mofo-branco), queima da saia, míldio, mancha bacteriana, mancha de alternaria, mofo cinzento, ferrugem, podridão mole, antracnose (mancha em anéis), oídio, mosaico (LMV), vira cabeça, podridão da base das folhas externas e nematóides (Meloidogyne).

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OBRIGADO