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DESEMPENHO DA VALE EM 2015

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DESEMPENHO DA VALE

EM 2015

www.vale.com

[email protected]

Tel.: (55 21) 3814-4540

Departamento de Relações com

Investidores

Rogério T. Nogueira

André Figueiredo

Carla Albano Miller

Fernando Mascarenhas

Andrea Gutman

Bruno Siqueira

Claudia Rodrigues

Mariano Szachtman

Renata Capanema

BM&F BOVESPA: VALE3, VALE5

NYSE: VALE, VALE.P

HKEx: 6210, 6230

EURONEXT PARIS: VALE3, VALE5

LATIBEX: XVALO, XVALE

3

Desempenho da Vale em 2015

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2016 – A Vale S.A. (Vale) obteve um sólido desempenho

operacional, alcançando diversos recordes anuais de produção em 2015, tais como: (a)

oferta anual de minério de ferro de 345,9 Mt; (b) produção de Carajás de 129,6 Mt; (c)

produção de níquel de 291.000 t; (d) produção de cobre de 423.800 t.

A receita bruta totalizou US$ 26,047 bilhões em 2015, significando uma redução de US$

12,189 bilhões em comparação com 2014, em função de menores preços de finos de minério

de ferro (US$ 8,614 bilhões), pelotas (US$ 2,030 bilhões), níquel (US$ 1,394 bilhões) e

outros. A redução na receita em função da queda nos preços foi parcialmente mitigada por

maiores volumes de venda (US$ 2,060 bilhões).

A receita bruta trimestral totalizou US$ 5,986 bilhões no 4T15, uma redução de US$ 632

milhões em relação ao 3T15, como resultado de menores preços de finos de minério de ferro

(US$ 739 milhões), níquel (US$ 112 milhões) e outros, parcialmente mitigados por maiores

volumes de venda (US$ 325 milhões).

Os custos e despesas, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 18,846 bilhões em 2015,

reduzindo em US$ 5,908 bilhões em relação a 2014. Ocorreram as seguintes reduções no

ano de 2015 em comparação ao de 2014: (a) de custos em US$ 4,223 bilhões (20%); (b) de

SG&A1 e outras despesas em US$ 1,260 bilhão (65%); (c) de P&D

2 em US$ 257 milhões

(35%); (d) de despesas pré-operacionais e de parada em US$ 168 milhões (19%).

Os custos e despesas trimestrais, líquidos de depreciação, somaram US$ 4,595 bilhões no

4T15, praticamente em linha com os US$ 4,649 bilhões registrados no 3T15. Os custos

foram elevados em US$ 65 milhões (2%), principalmente devido ao aumento de volumes de

vendas dos segmentos de negócios de Ferrosos e Metais Básicos. SG&A e outras despesas

reduziram-se em US$ 105 milhões (63%), principalmente devido ao efeito positivo não

recorrente de ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos3 (ARO) registrados no

4T15. P&D reduziu-se em US$ 2 milhões (2%) e as despesas pré-operacionais e de parada

foram reduzidas em US$ 12 milhões (7%) no 4T15 em comparação 3T15.

O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica para os finos de minério de ferro ex-

royalties alcançou o marco mais baixo da indústria de minério de ferro: US$ 11,9/t no 4T15

contra US$ 12,7/t no 3T15. A redução do custo caixa C1 foi alavancada principalmente pela

depreciação do Real (BRL) e pelas iniciativas de redução de custos em curso.

1 Despesas gerais e administrativas

2 Pesquisa e Desenvolvimento

3 Provisão para fechamento de mina e de outros ativos

4

O EBITDA ajustado foi de US$ 7,081 bilhões em 2015, 47% inferior ao de 2014,

principalmente em função dos menores preços de venda que impactaram o EBITDA

negativamente em US$ 14,005 bilhões. Os maiores volumes de vendas e menores custos e

despesas compensaram parcialmente o impacto dos menores preços no EBITDA em US$

1,237 bilhão e US$ 6,746 bilhões, respectivamente. A margem EBITDA ajustada foi de

27,7% em 2015.

O EBITDA ajustado trimestral foi de US$ 1,391 bilhão no 4T15, 26% inferior ao do 3T15,

principalmente em função dos menores preços de venda que impactaram o EBITDA

negativamente em US$ 943 milhões. Maiores volumes de vendas e menores custos4 e

despesas compensaram parcialmente o impacto dos menores preços no EBITDA em US$ 57

milhões e US$ 334 milhões, respectivamente. A margem EBITDA ajustada foi de 23,6% no

4T15.

O EBITDA ajustado do trimestre foi positivamente impactado pelo efeito one-off do ARO

mencionado acima (US$ 331 milhões) e negativamente impactado por decisões e/ou eventos

registrados em trimestres anteriores com efeitos no 4T15, como: (a) hedge contábil de

bunker oil nos finos de minério de ferro (US$ 134 milhões); (b) ajuste do preço provisório de

cobre (US$ 60 milhões); (c) ajuste de preço provisório de minério de manganês (US$ 28

milhões); (d) pela baixa contábil de estoque de materiais de metais básicos (US$ 31

milhões).

Os investimentos totalizaram US$ 2,193 bilhões no 4T15 e US$ 8,401 bilhões em 2015,

significando uma redução de US$ 3,578 bilhões em comparação com 2014. Os

investimentos na execução de projetos totalizaram US$ 1,366 bilhão e US$ 5,548 bilhões no

4T15 e em 2015, respectivamente, enquanto os investimentos na manutenção das

operações existentes somaram US$ 827 milhões e US$ 2,853 bilhões no 4T15 e em 2015,

respectivamente. Os investimentos totais no ano excederam a última previsão em US$ 200

milhões, em função da execução melhor do que esperada do projeto S11D e de sua logística

associada.

A venda de ativos totalizou US$ 3,525 bilhões em 2015: US$ 1,316 bilhão proveniente da

venda de doze navios VLOCs (very large ore carriers) para armadores chineses; US$ 1,089

bilhão da venda de 36,4% das ações preferenciais da MBR; US$ 900 milhões de mais uma

transação de goldstream; e US$ 97 milhões da venda de ativos de energia. No 4T15, a Vale

vendeu quatro navios VLOCs com capacidade de 400.000 t para o ICBC Financial Leasing

em uma transação de US$ 423 milhões.

O prejuízo líquido foi de US$ 12,129 bilhões em 2015 contra um lucro líquido de US$ 657

milhões em 2014. A redução de US$ 12,786 bilhões no lucro líquido deveu-se principalmente

4 Efeito líquido em custos após ajustes para maiores volumes

.

5

aos maiores impairments registrados em 2015 e ao efeito negativo nos resultados financeiros

da depreciação ponta a ponta de 47% do real (BRL) contra o dólar norte-americano (USD)

em 2015. O prejuízo básico recorrente foi de US$ 1,689 bilhão em 2015, contra um lucro

básico recorrente de US$ 4,419 bilhões em 2014.

Os impairments de ativos e de investimentos5 e o reconhecimento de contratos onerosos

totalizaram US$ 9,372 bilhões em 2015. O aumento no valor dos impairments de US$ 8,189

bilhões em relação a 2014 deveu-se principalmente à redução mais significativa nas

premissas de preço usadas para os testes de impairment.

O prejuízo líquido trimestral foi de US$ 8,569 bilhões no 4T15 comparado a um prejuízo

líquido de US$ 2,117 bilhões no 3T15. A redução de US$ 6,452 bilhões deveu-se

principalmente aos impairments, os quais foram parcialmente mitigados pelo efeito nos

resultados financeiros de variação cambial. O prejuízo básico recorrente foi de US$ 1,032

bilhão no 4T15, contra um prejuízo básico recorrente de US$ 961 milhões no 3T15.

A dívida bruta totalizou US$ 28,853 bilhões em 31 de dezembro de 2015, registrando um

pequeno aumento em comparação aos US$ 28,675 bilhões de 30 de setembro de 2015,

porém mantendo-se em linha com os US$ 28,807 bilhões de 31 de dezembro de 2014. Após

o pagamento de dividendos no valor de US$ 1,5 bilhão em 2015, a dívida líquida totalizou

US$ 25,234 bilhões contra US$ 24,685 bilhões em 31 de dezembro de 2014 e US$ 24,213

bilhões em 30 de setembro de 2015. A posição de caixa em 31 de dezembro de 2015

totalizou US$ 3,619 bilhões. O prazo médio da dívida foi de 8,1 anos com um custo médio de

4,47% por ano.

O EBITDA do segmento de Minerais Ferrosos decresceu em 15% no 4T15 devido aos

menores preços realizados, apesar dos maiores volumes e reduções em custos e

despesas

O EBITDA Ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 5,899 bilhões em 2015,

47,9% abaixo do registrado em 2014, principalmente como resultado de menores

preços de vendas (-US$ 11,414 bilhões), que foram parcialmente compensados por

aumento real de competitividade de US$ 3,477 bilhões tais como: (a) iniciativas

comerciais e de marketing (US$ 680 milhões); (b) maiores volumes de vendas (US$

1,599 bilhão); (c) favoráveis renegociações de contratos de afretamento (US$ 300

milhões); (d) iniciativas em andamento de corte de custos (US$ 898 milhões).

O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos no 4T15 foi de US$ 1,409 bilhão, ficando

US$ 243 milhões abaixo do US$ 1,652 bilhão alcançado no 3T15, principalmente

como resultado dos menores preços realizados de venda (US$ 782 milhões), que

5 Em coligadas e joint ventures .

6

foram parcialmente compensados por maiores volumes de venda (US$ 62 milhões),

menores despesas6 (US$ 245 milhões) e menores custos

7 (US$ 188 milhões).

O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting da

Vale, uma vez que toda exposição remanescente de bunker oil registrada neste

programa foi liquidada no 4T15. O programa de hedge accounting da Vale para os

finos de minério de ferro teve um impacto negativo de US$ 134 milhões no 4T15 e de

US$ 412 milhões em 2015.

O fluxo de caixa conforme mensurado pelo EBITDA ajustado8 menos investimentos

em projetos de capital e manutenção, foi de US$ 363 milhões no 4T15.

O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (ex-

ROM) reduziu-se em US$ 10,9/t, passando de US$ 56,0/t no 3T15 para US$ 45,1/t

no 4T15, enquanto o preço CFR/FOB em base úmida (wmt) de finos de minério de

ferro (ex-ROM) foi reduzido em US$ 9,3/t, passando de US$ 46,5/t no 3T15 para

US$ 37,2/t no 4T15, após o ajuste de umidade e o efeito do menor preço das vendas

FOB em 32% do total do volume de vendas.

A qualidade do produto medida pelo conteúdo de Fe melhorou de 63,5% no 3T15

para 63,7% no 4T15, principalmente devido aos ramp-ups das minas de N4WS e

N5S e dos projetos Itabiritos.

O custo unitário do frete de minério de ferro, excluindo o impacto do hedge

accounting, foi de US$ 14,1/t no 4T15, ficando US$ 2,3/t abaixo dos US$ 16,4/t

registrados no 3T15.

Os custos caixa e despesas unitários de finos de minério de ferro entregues na

China (ajustados pela qualidade e umidade e após excluir o efeito positivo não-

recorrente de ajustes de ARO) diminuíram de US$ 34,2/t no 3T15 para US$ 32,0/t

no 4T15 em base seca.

Os investimentos correntes de finos de minério de ferro foram de US$ 178 milhões

(US$ 2,3/ wmt) no 4T15, ficando US$ 0,8/ wmt abaixo do 3T15.

S11D alcançou 80% de avanço físico na mina e usina, 57% na ferrovia e porto, e

81% no ramal ferroviário.

6 A redução em despesas deveu-se, principalmente ao efeito positivo não-recorrente de ajustes de Obrigações para

Desmobilização de Ativos (ARO).

7 Efeito líquido em custos, após ajuste de impactos de volume.

8 Considera o EBITDA ajustado, excluindo o efeito positivo não-recorrente de ajustes de Obrigações para Desmobilização de

Ativos (ARO).

7

O EBITDA do segmento Metais Básicos diminuiu como resultado dos menores preços

de níquel e cobre

As receitas de venda alcançaram US$ 1,458 bilhão no 4T15, ficando US$ 103

milhões acima do 3T15, devido a maiores volumes que foram parcialmente

compensados por menores preços da LME de níquel e cobre.

Os preços realizados foram impactados negativamente em US$ 60 milhões por

ajustes de preço provisório de cobre.

O EBITDA ajustado foi de US$ 111 milhões no 4T15, ficando US$ 82 milhões abaixo

do 3T15, principalmente como resultado: (a) de menores preços (US$ 158 milhões),

incluindo o efeito negativo mencionado acima de ajustes de preço provisório de

cobre; (b) do efeito negativo da baixa de estoques de materiais no 4T15 (US$ 31

milhões).

O EBITDA ajustado foi impactado pelo EBITDA negativo de VNC de –US$ 107

milhões no 4T15.

O EBITDA de Salobo ficou em linha com o 3T15 em US$ 75 milhões, a despeito de

menores preços de cobre como resultado do recorde de produção de 42.000 t no

4T15.

Salobo deve atingir a sua capacidade nominal de produção no 2S16, à medida que a

chuva diminua e que as frentes de lavra da mina com maior teor sejam acessadas.

O EBITDA do segmento de Carvão diminuiu como resultado de efeitos não-recorrentes

em custos e menores preços

O EBITDA ajustado de carvão foi de -US$ 149 milhões no 4T15 contra -US$ 129

milhões no 3T15, principalmente como resultado de menores preços e maiores

custos na Austrália.

Os custos em Moçambique no 4T15 ficaram em linha com o 3T15, após o ajuste de

efeitos para maiores volumes, enquanto os custos na Austrália aumentaram no 4T15

devido à baixa de custos no desenvolvimento de mina.

Moatize II alcançou 99% de avanço físico com investimentos de US$ 196 milhões,

enquanto o Corredor Logístico Nacala alcançou 97% de avanço físico com

investimentos de US$ 259 milhões no 4T15.

8

O EBITDA do segmento de Fertilizantes apresentou melhoras em 2015 devido,

principalmente, a menores custos e despesas

O EBITDA ajustado de Fertilizantes aumentou para US$ 567 milhões em 2015

quando comparado aos US$ 278 milhões em 2014. O aumento de US$ 289 milhões

deveu-se, principalmente ao efeito positivo de variações no câmbio e às iniciativas

comerciais e de corte de custos.

O EBITDA ajustado de Fertilizantes diminuiu para US$ 117 milhões no 4T15 contra

os US$ 197 milhões registrados no 3T15, principalmente devido aos menores

volumes de vendas (US$ 86 milhões) como resultado da sazonalidade do mercado.

Em 2015, conseguimos com sucesso reduzir custos e despesas, progredimos com a

implementação dos nossos projetos de capital essenciais e avançamos com o nosso plano

de desinvestimentos mantendo nossa posição de dívida bruta estável.

Apesar de todos os esforços, nossas realizações foram ofuscadas pela ruptura da barragem

de rejeitos da Samarco no início de novembro de 2015. Temos trabalhado diligentemente

com a Samarco desde o início e continuaremos totalmente comprometidos com o suporte às

regiões e comunidades afetadas, bem como com a sua recuperação socioambiental.

Reconhecemos os desafios adicionais trazidos pelo declínio dos preços das commodities e

seu impacto direto na nossa geração de fluxo de caixa. No entanto, estamos confiantes na

nossa habilidade de ultrapassar esses tempos mais difíceis com base em nossa disciplina

operacional e na coragem para executar as ações estratégicas que se fizerem necessárias.

Indicadores financeiros selecionados

US$ milhões 2015 2014 2013 2012 2011

Receita operacional bruta 26.047 38.236 47.486 48.753 62.345

Receita operacional líquida 25.609 37.539 46.767 47.694 60.946

EBIT ajustado 2.734 8.497 17.576 14.430 28.748

Margem EBIT ajustado (%) 10,7 22,6 37,6 30,3 47,2

EBITDA ajustado 7.081 13.353 22.560 19.178 33.730

Margem EBITDA ajustado (%) 27,7 35,6 48,2 40,2 55,3

Lucro líquido (prejuízo) (12.129) 657 585 5.197 22.652

Lucro líquido básico (1.698) 4.419 12.269 10.365 23.015

Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação)

(0,33) 0,86 2,38 2,03 4,39

Dívida bruta total 28.853 28.807 29.655 30.546 23.143

Caixa e equivalente 3.619 4.122 5.324 6.078 3.531

Dívida líquida total 25.234 24.685 24.331 24.468 19.612

Dívida bruta/EBITDA ajustado (x) 4,1 2,2 1,3 1,6 0,7

Investimentos 8.401 11.979 14.233 16.196 16.252

9

Indicadores financeiros selecionados US$ milhões 4T15 3T15 4T14

Receita operacional bruta 5.986 6.618 9.226

Receita operacional líquida 5.899 6.505 9.072

EBIT ajustado 320 834 856

Margem EBIT ajustado (%) 5,4 12,8 9,4

EBITDA ajustado 1.391 1.875 2.187

Margem EBITDA ajustado (%) 23,6 28,8 24,1

Lucro líquido (prejuízo) (8.569) (2.117) (1.849)

Lucro líquido básico (1.032) (961) (251)

Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) (0,20) (0,19) (0,05)

Investimentos 2.193 1.879 3.747

10

Receita Operacional

A receita operacional bruta em 2015 totalizou US$ 26,047 bilhões, o que significou uma

redução de 31,8% em comparação aos US$ 38,236 bilhões registrados em 2014. A

diminuição na receita de vendas ocorreu, principalmente, devido a menores preços de venda

de finos de minério de ferro (US$ 8,614 bilhões), pelotas (US$ 2,030 bilhões) e níquel (US$

1,394 bilhão), os quais foram parcialmente mitigados por maiores volumes de venda de

minério de ferro e pelotas (US$ 1,869 bilhão) e metais básicos (US$ 666 milhões).

A receita operacional bruta no 4T15 totalizou US$ 5,986 bilhões, significando uma redução

de 9,5% em comparação com o 3T15. A diminuição na receita de vendas ocorreu,

principalmente, devido a menores preços de venda (US$ 956 milhões), que foram

parcialmente mitigados por maiores volumes de venda (US$ 325 milhões).

As tabelas abaixo mostram a receita operacional bruta por destino e por segmento de

negócios, com os seguintes destaques:

A receita operacional bruta por destino em 2015 permaneceu em linha com 2014 e

as vendas para a Ásia representaram 51,3% do total de vendas.

A contribuição na receita operacional bruta por segmento de negócios foi marcada

por: (a) aumento da participação do segmento de metais básicos e fertilizantes para

23,7% e 9,2% em 2015 e de 20,1% e 6,8% em 2014, respectivamente; (b)

diminuição da participação do segmento de ferrosos para 64,6% em 2015 em

comparação com 68,4% em 2014.

Receita operacional bruta por destino US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %

América do Norte 450 409 642 2.008 7,7 2.771 7,2

EUA 168 188 278 855 3,3 1.368 3,6

Canadá 279 206 361 1.123 4,3 1.393 3,6

México 3 15 3 31 0,1 10 -

América do Sul 964 1.289 1.769 4.807 18,5 7.308 19,1

Brasil 871 1.191 1.645 4.396 16,9 6.624 17,3

Outros 93 98 124 411 1,6 684 1,8

Ásia 3.189 3.550 4.798 13.371 51,3 19.590 51,2

China 2.180 2.556 3.091 9.096 34,9 12.65 33,1

Japão 460 498 848 1.959 7,5 3.627 9,5

Coreia do Sul 186 171 300 790 3,0 1.555 4,1

Outros 363 325 559 1.526 5,9 1.751 4,6

Europa 1.144 1.114 1.556 4.663 17,9 6.697 17,5

Alemanha 355 332 442 1.437 5,5 2.111 5,5

Itália 111 104 130 461 1,8 849 2,2

Outros 678 678 985 2.765 10,6 3.737 9,8

Oriente Médio 170 227 288 969 3,7 1.266 3,3

Resto do mundo 69 29 173 230 0,9 605 1,6

Total 5.986 6.618 9.226 26.04 100,0 38.236 100,0

11

Receita operacional bruta por área de negócio

US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %

Minerais ferrosos 3.883 4.367 6.213 16.82 64,6 26.14 68,4

Minério de ferro - finos 2.956 3.290 4.593 12.38 47,5 19.439 50,8

ROM 14 27 42 111 0,4 233 0,6

Pelotas 806 908 1.308 3.717 14,3 5.424 14,2

Manganês 4 24 92 101 0,4 226 0,6

Ferroligas 10 3 51 82 0,3 218 0,6

Outros 93 115 127 428 1,6 600 1,6

Carvão 108 127 201 526 2,0 739 1,9

Carvão Metalúrgico 98 115 181 480 1,8 661 1,7

Carvão Térmico 10 12 20 47 0,2 78 0,2

Metais básicos 1.458 1.355 1.948 6.172 23,7 7.694 20,1

Níquel 782 785 1.064 3.412 13,1 4.468 11,7

Cobre 413 368 556 1.728 6,6 2.122 5,5

PGMs 96 59 152 404 1,6 564 1,5

Ouro 122 115 115 477 1,8 418 1,1

Prata 8 7 11 31 0,1 37 0,1

Outros 37 22 50 119 0,5 85 0,2

Fertilizantes 513 747 607 2.386 9,2 2.585 6,8

Potássio 33 47 45 147 0,6 169 0,4

Fosfatados 387 588 432 1.818 7,0 1.904 5,0

Nitrogenados 76 92 108 355 1,4 411 1,1

Outros 17 20 22 66 0,3 101 0,3

Outros 24 22 257 143 0,5 1.078 2,8

Total 5.986 6.618 9.226 26.047 100,0 38.236 100,0

12

Custos e despesas

DESEMPENHO ANUAL

Os custos e despesas diminuíram para US$ 22,875 bilhões em 2015 contra US$ 29,042

bilhões registrados em 2014, principalmente devido: (a) ao impacto de variação cambial no

CPV e no SG&A (US$ 4,9 bilhões); (b) a iniciativas de redução de custo (US$ 1,8 bilhão); (c)

ao efeito positivo não recorrente da transação de goldstream registrado no 1T15 (US$ 0,2

bilhões) e ao efeito positivo não recorrente de ajuste de Obrigações para Desmobilização de

Ativos (ARO)9 registrado no 4T15 (US$ 0,3 bilhão); (d) à redução em despesas excluindo os

efeitos positivos não recorrentes já mencionados acima (US$ 0,7 bilhão). Estas reduções

foram parcialmente compensadas por maiores volumes realizados (US$ 1,0 bilhão) e pelo

impacto negativo decorrente de perdas do programa de hegde accounting de bunker oil para

finos de minério de ferro (US$ 0,4 bilhão).

Os custos não serão mais impactados pelo programa de hedge accounting uma vez que os

contratos de derivativos de bunker oil foram liquidados no 4T15. Após a dedução dos efeitos

não recorrentes já mencionados acima e o impacto do programa de hedge accounting de

bunker oil para finos de minério de ferro, os custos e despesas diminuíram em US$ 6.0

bilhões, representando uma redução de 20,7%.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

Os custos e despesas diminuíram para US$ 5,579 bilhões no 4T15 em relação aos US$

5,671 bilhões registrados no 3T15, principalmente devido: ao efeito positivo não recorrente

do ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos (US$ 331 milhões) e ao impacto da

variação cambial no CPV e no SG&A (US$ 210 milhões). Tais reduções foram parcialmente

compensadas por maiores volumes de venda (US$ 282 milhões) e pelo aumento em outras

despesas operacionais (US$ 154 milhões).

Custos e despesas US$ million 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Custos 5.119 5.040 6.892 20.513 25.064

Despesas 460 631 1.324 2.362 3.978

Custos e despesas totais 5.579 5.671 8.216 22.875 29.042

Depreciação 984 1.022 1.242 4.029 4.288

Custos e despesas sem depreciação 4.595 4.649 6.974 18.846 24.754

9 A revisão anual das provisões de fechamento de mina e de outros ativos gerou um impacto positivo, como resultado da vida

útil de algumas minas e da revisão de escopo dos trabalhos necessários para o fechamento dos ativos.

13

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV)

DESEMPENHO ANUAL

O CPV10

foi de US$ 20,513 bilhões em 2015, significando uma redução de US$ 4,6 bilhões

em comparação com os US$ 25,064 bilhões registrados em 2014, a despeito do aumento em

volumes de venda de finos de minério de ferro, pelotas e metais básicos em 2015. No ano de

2015 em comparação com o de 2014, houve redução dos seguintes custos: de Minerais

Ferrosos em US$ 3,041 bilhões, Fertilizantes em US$ 510 milhões, Metais Básicos em US$

318 milhões e Carvão em US$ 214 milhões.

Após ajustados pelos efeitos de volumes de venda, os custos caíram US$ 5,5 bilhões em

2015 contra 2014. As reduções de custos ocorreram principalmente devido à depreciação do

BRL contra o USD (US$ 4,2 bilhões) e ao resultado positivo das iniciativas de redução de

custos (US$ 1,8 bilhão), especialmente no segmento de Minerais Ferrosos, suportado pela

redução do frete de finos de minério de ferro e pelotas, pelos ramp-ups da mina de N4WS,

da extensão de N5S e dos projetos de Vargem Grande Itabiritos e de Conceição Itabiritos I e

II.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O CPV11

foi de US$ 5,119 bilhões no 4T15, aumentando US$ 79 milhões em comparação

com os US$ 5,040 bilhões registrados no 3T15, devido ao aumento dos volumes de venda

de finos de minério de ferro e de metais básicos no 4T15.

Após ajustados pelos efeitos de volumes de venda, os custos caíram US$ 203 milhões no

4T15 em relação ao 3T15. As reduções de custo ocorreram, principalmente, devido à

depreciação do BRL contra o USD (US$ 186 milhões) e ao resultado positivo das iniciativas

de redução de custos em finos de minério de ferro (US$ 153 milhões), que foram

parcialmente compensadas pelo aumento de custos em outros segmentos de negócios.

Maiores detalhes no desempenho de custos podem ser encontrados na seção “O

desempenho dos segmentos de negócios”.

10

A exposição cambial do CPV em 2015 foi composta por: 49% em reais, 34% em dólares americanos, 13% em dólares

canadenses, 1% em dólares australianos e 3% em outras moedas.

11 A exposição cambial do CPV no 4T15 foi composta por: 45% em reais, 37% em dólares americanos, 13% em dólares

canadenses, 2% em dólares australianos e 3% em outras moedas.

14

CPV por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %

Ferrosos 2.846 2.813 4.278 11.75 57,3 14.80 59,0

Metais básicos 1.551 1.406 1.718 5.863 28,6 6.181 24,7

Carvão 296 239 285 977 4,8 1.191 4,8

Fertilizantes 386 536 492 1.763 8,6 2.273 9,1

Outros 40 46 119 151 0,7 619 2,5

CPV total 5.119 5.040 6.892 20.51 100,0 25.064 100,0

Depreciação 875 861 1.122 3.529 3.857

CPV, sem depreciação 4.244 4.179 5.770 16.984 21.207

Despesas

DESEMPENHO ANUAL

As despesas totais diminuíram para US$ 2,362 bilhões em 2015 comparadas aos US$ 3,978

bilhões alcançados em 2014, principalmente devido a: (a) redução de outras despesas12

(US$ 851 milhões); (b) SG&A (US$ 447 milhões); (c) P&D (US$ 257 milhões). Após

deduzidos os efeitos da transação de goldstream no 1T15 e o efeito positivo não recorrente

de ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) no valor de US$ 331 milhões

registrado no 4T15, as despesas caíram em US$ 1,1 bilhão, representando uma redução de

26.5%.

O SG&A foi de US$ 652 milhões em 2015, representando uma diminuição de 40,7% contra o

US$ 1,099 bilhão alcançado em 2014. As despesas com SG&A, líquidas de depreciação,

diminuíram US$ 357 milhões em 2015 em comparação com 2014, devido à depreciação do

real (BRL) e do dólar canadense (US$ 179 milhões) e, também, à simplificação da estrutura

corporativa (US$ 178 milhões).

Despesas com P&D alcançaram US$ 477 milhões em 2015, representando uma redução de

35,0% em relação aos US$ 734 milhões registrados em 2014. Despesas com P&D foram

concentradas, principalmente, em minério de ferro e pelotas (US$ 128 milhões) e níquel

(US$ 103 milhões).

Despesas pré-operacionais e de parada alcançaram US$ 1,027 bilhão em 2015,

representando uma queda de 5,6% em relação ao US$ 1,088 bilhão registrado em 2014. A

queda nas despesas pré-operacionais de VNC, S11D e Vargem Grande Itabiritos13

foi

parcialmente compensada pelo aumento de Long Harbour e Nacala.

12

Inclui os efeitos positivos não recorrentes de US$ 230 milhões da transação de goldstream registrada no 1T15 e de US$

331 milhões do ajuste no ARO registrado no 4T15. 13

O projeto de Vargem Grande foi concluído em 2014.

15

Outras despesas operacionais14

caíram para US$ 767 milhões em 2015, ficando 27,4%

abaixo do US$ 1,057 bilhão em 2014.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

As despesas totais caíram para US$ 460 milhões no 4T15 quando comparadas aos US$ 631

milhões alcançados em 3T15, principalmente devido ao efeito positivo não recorrente de

ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) no valor de US$ 331 milhões,

que foi parcialmente compensado pelo aumento verificado em outras despesas operacionais

(US$ 154 milhões) e SG&A (US$ 36 milhões).

O SG&A foi de US$ 167 milhões no 4T15, representando um aumento de 27,5% em relação

aos US$ 131 milhões alcançados no 3T15 e uma diminuição de 45,4% em comparação com

os US$ 306 milhões alcançados no 4T14. As despesas com SG&A, líquidas de depreciação,

aumentaram US$ 29 milhões no 4T15 contra o 3T15, apesar do impacto positivo da

depreciação do real (BRL) e do dólar canadense (US$ 5 milhões), principalmente devido: (a)

ao ganho na reversão da provisão para devedores duvidosos no 3T15 (US$ 10 milhões); (b)

ao impacto do acordo coletivo de trabalho nas funções corporativas e de vendas localizadas

no Brasil (US$ 4 milhões); (c) maiores despesas nos contratos globais de serviços de TI

(US$ 3 milhões); (d) à suspensão de contratos corporativos na Austrália (US$ 2 milhões).

Despesas com P&D alcançaram US$ 119 milhões no 4T15, ficando em linha com os US$

121 milhões do 3T15, e caíram 49,4% em relação aos US$ 235 milhões do 4T14. Despesas

com P&D foram concentradas, principalmente, em minério de ferro e pelotas (US$ 27

milhões) e níquel (US$ 30 milhões).

Despesas pré-operacionais e de parada alcançaram US$ 238 milhões no 4T15, ficando

10,5% abaixo dos US$ 266 milhões registrados no 3T15, e representando uma redução de

18,5% em relação aos US$ 292 milhões alcançados no 4T14. As menores despesas com

VNC foram as principais responsáveis pela redução ocorrida no 4T15 em comparação com o

4T14.

Outras despesas operacionais aumentaram para US$ 267 milhões no 4T15, ficando 136,3%

acima dos US$ 113 milhões do 3T15, principalmente devido à baixa de ativos e liquidação de

sinistros, e representando uma redução de 45,6% em relação aos US$ 491 milhões do 4T14.

14

Após deduzir os efeitos da transação de goldstream no 1T15 e o efeito positivo não recorrente de ajuste de Obrigações

para Desmobilização de Ativos (ARO) no valor de US$ 331 milhões registrado no 4T15.

16

Despesas US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %

SG&A sem depreciação 129 100 247 519 876

SG&A 167 131 306 652 27,6 1.099 27,6

Administrativas 150 132 292 603 25,5 1.019 25,6

Pessoal 55 56 118 267 11,3 436 11,0

Serviços 33 26 53 113 4,8 196 4,9

Depreciação 38 31 59 133 5,6 223 5,6

Outros 24 19 62 90 3,8 164 4,1

Vendas 17 (1) 14 49 2,1 80 2,0

P&D 119 121 235 477 20,2 734 18,5

Despesas pré-operacionais e de parada¹

238 266 292 1.027 43,5 1.088 27,4

VNC 93 97 141 394 16,7 549 13,8

Long Harbour 47 65 42 278 11,8 125 3,1

S11D 14 11 15 52 2,2 29 0,7

Moatize 14 25 10 62 2,6 16 0,4

Outros 70 68 84 241 10,2 369 9,3

Outras despesas operacionais² (64) 113 491 206 8,7 1.057 26,6

Despesas totais 460 631 1.324 2.362 100,0 3.978 100,0

Depreciação 110 161 120 501 431

Despesas sem depreciação 350 470 1.204 1.861 3.547

¹ Inclui US$ 67 milhões de depreciação no 4T15, US$ 83 milhões no 3T15, US$ 61 milhões no 4T14, US$ 314 milhões em 2015 e US$ 209 milhões em 2014.

2 Inclui os efeitos positivos não recorrentes de US$ 230 milhões da transação de goldstream registrada no 1T15 e

de US$ 331 milhões do ajuste de ARO registrado no 4T15.

17

Lucros antes de juros, impostos,

depreciação e amortização15

DESEMPENHO ANUAL

O EBITDA ajustado foi de US$ 7,081 bilhões em 2015, 47% menor do que os US$ 13,353

bilhões registrados em 2014, principalmente em função de menores preços de vendas de

minerais ferrosos (-US$ 10,734 bilhões) e dos metais básicos (-US$ 2,195 bilhões). Menores

custos e despesas compensaram parcialmente o impacto de menores preços em US$ 6,746

bilhões. A margem do EBITDA ajustado foi de 27,7% em 2015.

O EBITDA ajustado foi impactado pelos seguintes efeitos one-off: (a) ganhos na transação

de goldstream registrada no 1T15 (US$ 230 milhões); (b) o ajuste nas Obrigações para

Desmobilização de Ativos (ARO)16

que reduziu despesas no 4T15 (US$ 331 milhões); (b) o

hedge accounting relacionado a custo de frete que aumentou os custos de finos de minério

de ferro (-US$ 412 milhões).

O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting já que

todos os contratos de combustível de navio (bunker oil) registrados em tal programa foram

concluídos no 4T15.

O EBIT ajustado foi de US$ 2,734 bilhões em 2015, 67,8% menor do que em 2014.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O EBITDA ajustado foi de US$ 1,391 bilhão no 4T15, 25,8% menor do que no 3T15,

principalmente como resultado de menores preços de venda na maioria de nossas

commodities o que impactou o EBITDA negativamente em US$ 943 milhões. Menores custos

e despesas compensaram parcialmente o impacto de menores preços em US$ 334 milhões.

A margem do EBITDA ajustado foi de 23,6% no 4T15.

O EBITDA ajustado do trimestre foi positivamente impactado pelo efeito one-off do ARO

mencionado acima (US$ 331 milhões) e negativamente impactado por decisões e/ou eventos

registrados em trimestres anteriores com efeitos no 4T15, como: (a) hedge contábil de

bunker oil nos finos de minério de ferro (US$ 134 milhões); (b) ajuste do preço provisório de

cobre (US$ 60 milhões); (c) ajuste de preço provisório de minério de manganês (US$ 28

15

Receita líquida menos custos e despesas, líquidos de depreciação, mais dividendos recebidos.

16 A revisão anual para a provisão de fechamento de minas e outros ativos gerou um impacto positivo como resultado da

extensão do tempo de vida de algumas minas e uma revisão no escopo dos trabalhos necessários para o fechamento de

ativos.

18

milhões); (d) pela baixa contábil de estoque de materiais de metais básicos (US$ 31

milhões).

O EBIT ajustado foi de US$ 320 milhões no 4T15, ficando 61,6% menor do que no 3T15.

EBITDA ajustado US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Receita operacional bruta 5.986 6.618 9.226 26.047 38.236

Receita operacional líquida 5.899 6.505 9.072 25.609 37.539

CPV (5.119) (5.040) (6.892) (20.513) (25.064)

Despesas com vendas, gerais e administrativas (167) (131) (306) (652) (1.099)

Pesquisa e desenvolvimento (119) (121) (235) (477) (734)

Despesas pré-operacionais e de parada (238) (266) (292) (1.027) (1.088)

Outras despesas operacionais 64 (113) (491) (206) (1.057)

EBIT ajustado 320 834 856 2.734 8.497

Depreciação, amortização e exaustão 984 1.022 1.242 4.029 4.288

Dividendos recebidos 87 19 89 318 568

EBITDA ajustado 1.391 1.875 2.187 7.081 13.353

EBITDA ajustado por segmento US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2.015 2.014

Minerais ferrosos 1.409 1.652 1.702 5.899 11.321

Carvão (149) (129) (204) (508) (669)

Metais básicos 111 193 582 1.388 2.521

Fertilizantes 117 197 75 567 278

Outros (97) (38) 32 (265) (98)

Total 1.391 1.875 2.187 7.081 13.353

19

Lucro líquido

DESEMPENHO ANUAL

A Vale reportou um prejuízo líquido de US$ 12,129 bilhões em 2015 contra um lucro líquido

de US$ 657 milhões em 2014. A queda de US$ 12,786 bilhões foi causada principalmente

por: (a) menor EBITDA (-US$ 6,272 bilhões); (b) maior impairment em ativos, contratos

onerosos e investimentos17

(-US$ 8,189 bilhões) e (c) maiores perdas em variações

monetárias e cambiais (-US$5,280 bilhões). Esta redução foi parcialmente compensada por

impostos diferidos maiores (US$ 5,638 bilhões) e menores despesas financeiras (US$ 1,681

bilhão).

O lucro líquido básico ficou negativo em US$ 1,698 bilhão em 2015 devido: (a) ao impacto de

um EBITDA menor (-US$ 6,272 bilhões); (b) as perdas financeiras em derivativos18

(-US$

975 milhões) e (c) a perda em equivalência patrimonial das empresas coligadas (-US$ 439

milhões). Os impactos negativos no lucro líquido básico foram parcialmente compensados

pelos impostos diferidos (US$ 5,489 bilhões).

Os impairments de ativos e de investimentos19

e o reconhecimento de contratos onerosos

totalizaram US$ 9,372 bilhões em 2015. O aumento no valor dos impairments foi

principalmente devido à redução mais significativa nas premissas de preço usadas para os

testes de impairment.

Os impairments em ativos e o reconhecimento de contratos onerosos (excluindo impairments

em investimentos) totalizaram US$ 8,926 bilhões em 2015 e foram principalmente causados

pelo impacto: (a) da queda no preço de minério de ferro no Sistema Centro-Oeste e a

consequente revisão do plano de produção (US$ 522 milhões em ativos e US$ 357 milhões

em contratos onerosos); (b) da decisão de não se reiniciar as plantas de pelotização no

Sistema Norte (US$ 55 milhões); (c) dos menores preços de carvão e da revisão de planos

de mineração nas minas de carvão na Austrália (US$ 635 milhões); (d) dos menores preços

de carvão e do aumento nos custos de logística em Moçambique (US$ 2,403 bilhões); (e)

menores preços de níquel Nova Caledônia (US$ 1,462 bilhão) e em Newfoundland e

Labrador (US$ 3,460 bilhões); (f) das menores expectativas na recuperação dos valores

investidos no projeto de potássio de Rio Colorado (US$ 548 milhões). Estes valores de

impairment foram parcialmente compensados por reversões de impairments, causadas pelo

impacto de: (a) uma recuperação da produção de níquel de Onça Puma (US$ 252 milhões);

(b) uma depreciação do BRL contra o USD que beneficiou as operações de fosfatados no

Brasil (US$ 391 milhões).

17

De subsidiárias e joint ventures

18 Composto principalmente de commodities e bunker oil

19 De subsidiárias e joint ventures

20

Impairment de ativos US$ milhões

Total de impairments em

2015 (US$ milhões)

Reconhecimento de contratos

onerosos em 2015

Valor do ativo depois do

impairments Dez 31, 2015

Minerais ferrosos

Minério de ferro Sistema Centro-Oeste

522 357 -

Plantas de pelotização 55 - -

Outros 58 - -

Carvão

Ativos em Moçambique 2.403 - 1.729

Ativos na Austrália¹ 635 - 74

Metais básicos

Vale Nova Caledônia (VNC) 1.462 - 3,725

Vale Newfoundland e Labrador (VNL)

3.460 -

2.353

Onça Puma (252) - 2,331

Outros 62 - -

Fertilizantes

Ativos de fosfato (391) - 3.842

Projeto Rio Colorado (PRC) 548 - 20

Outros 7 - -

Total 8.569 357 14.000 1 Incluindo ativos intangíveis de US$ 81 milhões.

Os impairments em investimentos de subsidiárias e joint ventures totalizaram US$ 446

milhões, composto por US$ 132 milhões relacionados à Samarco e US$ 314 milhões

relacionados à Teal Minerals, uma joint venture da Vale e ARM, com participação na

operação de cobre de Lubambe. Os impairments nos investimentos da Samarco mencionado

acima se referem à parte da Vale nos dividendos e royalties já declarados, mas não pagos.

Impairment em investimentos US$ milhões

Total de impairments em 2015

(US$ milhões)

Valor depois do impairments Dez 31, 2015

Minério de ferro

Samarco 132 -

Metais básicos

Teal Minerals 314 -

Total 446 0

O resultado financeiro líquido registrou uma perda de US$ 10,801 bilhões em 2015 contra

uma perda de US$ 6,069 bilhões em 2014. Os principais componentes do resultado

financeiro líquido foram: (a) despesas financeiras (-US$ 1,112 bilhão); (b) receita financeira

(US$ 268 milhões); (c) perdas nas variações monetárias e cambiais (-US$ 7,480 bilhões); (d)

perdas nos swaps de moeda e taxa de juros (-US$ 1,502 bilhão); (e) perdas com outros

derivativos (-US$ 975 milhões), composto principalmente de perdas com derivativos de

bunker oil de US$ 742 milhões.

21

Em 2015, a depreciação de 47% do BRL em relação ao USD levou a uma perda de US$

8,666 bilhões dos quais US$ 7,164 bilhões vieram da exposição da posição líquida de US$

16,720 bilhões de passivos denominados em USD no e de ativos denominados em USD

registrados principalmente no balanço da Vale S.A. (empresa controladora), e a uma perda

de US$ 1,502 bilhão da marcação a mercado de transações de swap implementadas para

converter instrumentos de dívida em USD. Em 2014, a depreciação do BRL em relação ao

USD, da ordem de 13%, causou uma perda de US$ 2,802 bilhões.

No final de 2014, a legislação fiscal brasileira foi alterada pela Lei no 12.973/13, que entrou

em vigor em 2015. Nos termos da legislação alterada, as receitas de controladas no exterior

passaram a ser reconhecidas pelo regime de competência para fins tributários brasileiros.

Impostos adicionais serão aplicáveis no Brasil até a taxa societária brasileira padrão de

imposto de 34%. Em conformidade com a legislação brasileira, com base nos prejuízos

fiscais sofridos em controladas no exterior e em projeções econômicas e financeiras, US$

2,952 bilhões foram registrados como ativos fiscais diferidos no 3T15.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

A Vale reportou um prejuízo líquido de US$ 8.569 bilhões no 4T15 contra um prejuízo líquido

de US$ 2,117 bilhões no 3T15. O aumento da perda de US$ 6,452 bilhões foi ocasionado

principalmente pelos impairments em ativos, contratos onerosos e investimentos citados

anteriormente de US$ 9,372 bilhões, que foi parcialmente compensado por ganhos na

variação cambial e monetária de US$ 5,290 bilhões. O lucro líquido básico ficou negativo em

US$ 1,032 bilhão no 4T15 depois de excluídos os efeitos one-off, devido principalmente a um

menor resultado de despesas financeiras de US$ 246 milhões e as perdas financeiras em

derivativos20

de US$ 289 milhões.

O resultado financeiro líquido registrou um ganho de US$ 353 milhões no 4T15 contra uma

perda de US$ 7,176 bilhões no 3T15. Os principais componentes do resultado financeiro

líquido foram: (a) despesas financeiras (-US$ 326 milhões); (b) receitas financeiras (US$ 80

milhões); (c) ganhos nas variações monetárias e cambiais sobre a dívida denominada em

USD (US$ 173 milhões); (d) ganhos nos swaps de moeda e taxa de juros (US$ 715 milhões)

como resultado da marcação a mercado do total de dívida da Vale causado pelo aumento no

Credit Default Swap (CDS) da Vale; (e) perdas em outros derivativos (-US$ 289 milhões),

compostas principalmente de perdas com derivativos de bunker oil no total de US$ 212

milhões.

Diferentemente da depreciação de 28% do BRL em relação ao USD no 3T15 que causou

uma perda de US$ 6,221 bilhões, a apreciação de 2% do BRL contra o USD no 4T15 levou a

um ganho de US$ 970 milhões. Deste total, US$ 255 milhões vieram da diferença de US$

20

Composta principalmente de bunker oil e commodities

22

17.402 bilhões de passivos denominados em USD e de ativos denominados em USD21

no

balanço financeiro da Vale (empresa controladora) e US$ 715 milhões da marcação a

mercado de transações de swap implementadas para converter instrumentos de dívida em

USD.

Resultado de equivalência patrimonial

DESEMPENHO ANUAL

O resultado de equivalência patrimonial registrou uma perda de US$ 439 milhões em 2015,

contra um resultado positivo de US$ 505 milhões obtido em 2014. As principais contribuições

para o resultado de equivalência patrimonial negativo foram dadas pela CSP (US$ 307

milhões) e pela Samarco (US$ 167 milhões) devido ao impacto da depreciação do BRL na

dívida denominada em USD dessas empresas, e pela Teal Minerals (US$ 129 milhões).

Contribuições positivas para a equivalência patrimonial vieram das usinas de pelotização em

Tubarão (US$ 106 milhões), da Aliança Geração Energia (US$ 50 milhões), VLI (US$ 46

milhões), MRS (US$ 43 milhões) e da MRN (US$ 40 milhões).

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O resultado de equivalência patrimonial registrou uma perda de US$ 37 milhões no 4T15

contra um resultado negativo de US$ 349 milhões no 3T15. As principais contribuições

negativas para a equivalência patrimonial foram provenientes da Teal Minerals (-US$ 99

milhões) e da CSA (-US$ 20 milhões). As contribuições para o resultado de equivalência

patrimonial vieram das usinas de pelotização de Tubarão (US$ 26 milhões), da Aliança

Geração Energia (US$ 24 milhões), da MRN (US$ 20 milhões), da VLI (US$ 14 milhões) e da

MRS (US$ 11 milhões).

21

O ganho de US$ 216 milhões incluiu o impacto da apreciaç ão do BRL em: (a) a dívida denominada em USD registrada

como resultado financeiro (US$ 134 milhões); (b) outros ativos e passivos (US$ 82 milhões).

23

Lucro líquido básico milhões de US$ 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Lucro líquido básico (1.032) (961) (251) (1.698) 4.419

Itens excluidos do lucro líquido básico

Impairment em ativos e investimentos (9.372) - (378) (9.372) (1.152)

Ganho (perda) no valor justo dos ativos de longo prazo

(29) (48) (167) 61 (167)

Imposto de renda diferido - Subsidiárias no exterior

- 2.990 - 2.990 -

Debêntures participativas 252 75 62 963 (315)

Variação cambial 255 (5.025) (1.186) (7.164) (2.119)

Variação monetária (82) (92) (71) (316) (81)

Swaps de moedas e taxas de juros 715 (1.196) (524) (1.502) (683)

Fair value de instrumentos financeiros (80) 29 17 (69) (115)

Ganho (perda) na venda de investimentos - - - 97 (61)

Ganho (perda) de variação cambial na equivalência patrimonial

- - - - (159)

Efeitos no imposto sobre impairments 1.164 - 70 1.164 (57)

Imposto sobre os itens excluídos (360) 2.111 579 2.716 1.147

Lucro líquido (prejuízo) (8.569) (2.117) (1.849) (12.129) 657

Resultado financeiro US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Despesas financeiras (326) (352) (502) (1.112) (2.936)

Juros brutos¹ (229) (239) (259) (891) (1.148)

Contingências fiscais e trabalhistas (19) 10 (22) (59) (91)

Outros² 43 15 (56) 386 (1.014)

Despesas financeiras (REFIS) (121) (138) (165) (547) (683)

Receitas financeiras 80 92 55 268 401

Derivativos 426 (1.799) (1.087) (2.477) (1.334)

Swaps de moedas e taxas de juros 715 (1.196) (524) (1.502) (683)

Outros (bunker oil, commodities, etc) (289) (603) (563) (975) (651)

Variação cambial 255 (5.025) (1.186) (7.164) (2.119)

Variação monetária (82) (92) (71) (316) (81)

Resultado financeiro líquido 353 (7.176) (2.791) (10.801) (6.069)

¹ A capitalização de juros sobre o imobilizado em construção totalizou US$ 193 milhões no 4T15, US$ 195 milhões no

3T15, US$ 96 milhões no 4T14, US$ 761 milhões em 2015 e US$ 588 milhões em 2014.

² Outras despesas financeiras incluem a marcação a mercado das debêntures participativas que foi de US$ 253 milhões no

4T15, US$ 75 milhões no 3T15, US$ 62 milhões no 4T14, US$ 964 milhões em 2015 e -US$ 315 milhões em 2014.

24

Efeitos da volatilidade do câmbio

no desempenho financeiro da Vale

DESEMPENHO ANUAL

Em 2015, o real (BRL), de ponta a ponta, depreciou 47% em relação ao dólar Americano

(USD) passando de BRL 2,66/USD, em 30 de dezembro de 2014, para BRL 3,90/USD, em

30 de dezembro de 2015. Considerando a média trimestral, a taxa de câmbio foi depreciada

em 42%, de uma média de BRL 2,35/USD em 2014, para uma média de BRL 3,34/USD em

2015.

Apesar da Vale informar seu desempenho financeiro em USD, a depreciação do BRL

impacta seus resultados, pois a moeda funcional da empresa controladora Vale S.A. é o

BRL.

A depreciação, de ponta a ponta, do BRL em relação ao USD e a outras moedas produziu

principalmente perdas não caixa de US$ 8,666 bilhões no nosso lucro antes do imposto de

renda em 2015, causadas pelos seguintes impactos.

• Da diferença nos passivos denominados em USD e outras moedas e nos ativos

denominados em USD e outras moedas (contas a receber, caixa etc) – a qual sofreu uma

perda de US$ 7,164 bilhões em 2015, registrada nas demonstrações financeiras como

“Variações monetárias e cambiais”.

• Dos derivativos de forward e swaps usados para reduzir a volatilidade do nosso fluxo de

caixa em USD. Em 2015, as mudanças na marcação a mercado do valor e liquidação dos

swaps cambiais de BRL e outras moedas para USD causaram uma perda não recorrente

de US$ 1,502 bilhão.

A depreciação média anual do BRL também gerou efeitos positivos nos nosso fluxo de

caixa. Em 2015, a maioria de nossas receitas foi denominada em USD, enquanto o nosso

CPV foi 49% denominado em BRL, 34% em USD e 13% em dólares canadenses (CAD).

Cabe lembrar ainda que cerca de 75% dos nossos investimentos foram denominados em

BRL. A depreciação do BRL e de outras moedas em 2015 diminuiu o nosso CPV e

despesas em US$ 4,862 bilhões.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

No 4T15, o real (BRL), de ponta a ponta, apreciou 1,7% em relação ao dólar americano

(USD) passando de BRL 3,97/USD, em 30 de setembro de 2015, para BRL 3,90/USD, em

30 de dezembro de 2015. Considerando a média trimestral, a taxa de câmbio foi depreciada

25

em 8,7%, de uma média de BRL 3,54/USD no 3T15, para uma média de BRL 3,84/USD no

4T15.

A apreciação, de ponta a ponta, do BRL em relação ao USD e a outras moedas produziu

principalmente ganhos não caixa de US$ 970 milhões no nosso lucro antes do imposto de

renda no 4T15, causadas pelos seguintes impactos:

• Da diferença nos passivos denominados em USD e outras moedas e os ativos

denominados em USD e outras moedas (contas a receber, caixa etc) – a qual sofreu um

ganho de US$ 255 milhões no 4T15, registrada nas demonstrações financeiras como

“Variações monetárias e cambiais”.

• Dos derivativos de forward e swaps usados para reduzir a volatilidade do nosso fluxo de

caixa em USD. No 4T15, as mudanças na marcação a mercado do valor e liquidação dos

swaps cambiais de BRL e outras moedas para USD causaram um ganho não recorrente

de US$ 715 milhões.

A depreciação média trimestral do BRL também gerou efeitos positivos nos nosso fluxo de

caixa. No 4T15, a maioria de nossas receitas foi denominada em USD, enquanto o nosso

CPV foi 45% denominado em BRL, 37% em USD e 13% em dólares canadenses (CAD).

Cabe lembrar ainda que cerca de 75% dos nossos investimentos foram denominados em

BRL. A depreciação do BRL e de outras moedas no 4T15 diminuiu o nosso CPV e despesas

em US$ 210 milhões.

26

Investimentos

Os investimentos totalizaram US$ 8,401 bilhões em 2015, sendo compostos por US$ 5,548

bilhões em execução de projetos e US$ 2,853 bilhões em investimentos correntes na

manutenção das operações. Os investimentos foram reduzidos em US$ 3,578 bilhões em

2015 quando comparados aos US$ 11,979 bilhões gastos em 2014. O investimento anual

excedeu o guidance anteriormente dado por US$ 200 milhões, como resultado de uma

execução melhor do que esperada do projeto S11D e de sua logística associada.

No 4T15, os investimentos realizados pela Vale totalizaram US$ 2,193 bilhões compostos

por US$ 1,366 bilhão em execução de projetos e US$ 827 milhões em investimentos

correntes.

Investimento total por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %

Minerais ferrosos 1.087 1.099 2.382 4.946 58,9 7.140 59,6

Carvão 464 333 555 1.539 18,3 2.336 19,5

Metais básicos 533 370 608 1.556 18,5 1.604 13,4

Fertilizantes 97 55 122 257 3,1 320 2,7

Energia 10 16 59 78 0,9 160 1,3

Aço 3 6 15 22 0,3 222 1,8

Outros - - 8 3 - 195 1,6

Total 2.193 1.879 3.749 8.401 100,0 11.979 100,0

Execução de projetos

Os investimentos da Vale em execução de projetos foram reduzidos de US$ 7,920 bilhões

em 2014 para US$ 5,548 bilhões em 2015, com a conclusão de projetos, a otimização de

escopo e o impacto positivo da depreciação do BRL.

Os segmentos de minerais ferrosos e de carvão representaram, respectivamente, cerca de

65% e 32%,do total investido na execução de projetos no 4T15.

Execução de projetos por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %

Minerais ferrosos 894 878 1.523 3.878 69,9 4.836 61,1

Carvão 431 311 510 1.472 26,5 2.184 27,6

Metais básicos 16 10 149 54 1,0 462 5,8

Fertilizantes 13 11 27 45 0,8 63 0,8

Energia 9 16 56 77 1,4 155 2,0

Aço 3 6 15 22 0,4 222 2,8

Total 1.366 1.232 2.279 5.548 100,0 7.920 100,0

27

MINERAIS FERROSOS

Cerca de 85% dos US$ 894 milhões investidos no segmento de minerais ferrosos no 4T15

referem-se às iniciativas de crescimento no negócio de minério de ferro, especificamente ao

projeto S11D e sua expansão de logística associada (US$ 760 milhões).

Área de montagem entre o Sistema 4 e a casa de transferência 01

O projeto S11D (incluindo mina, usina e logística associada – CLN S11D) alcançou 67% de

avanço físico consolidado no 4T15, sendo composto por 80% de avanço físico na mina e 57%

na logística. O ramal ferroviário alcançou 81% de avanço físico e as obras civis de fundação

na expansão do porto alcançaram 99% de avanço físico. A capacidade da ferrovia existente

aumentou para 147 Mtpa com a duplicação de 59 km e a conclusão de 8 segmentos.

EFC (Estrada de Ferro Carajás) expansão da ferrovia - Ponte sobre o rio Cajuapara

O projeto Cauê Itabiritos, com capacidade nominal de 7 Mtpa de sinter feed e 16 Mtpa de

pellet feed está em processo de ramp-up e com os tie-ins em estágio final. O projeto foi

28

entregue dentro do prazo e do orçamento, com investimentos totais de US$ 926 milhões e

avanço físico de 95% até o fim do trimestre.

A 5ª linha de Brucutu concluiu seu ramp-up no 3T15, as plantas de Conceição I e Vargem

Grande Itabiritos concluíram seus ramp-ups no 4T15. Conceição Itabiritos II teve seu start-up

no 2T15, progredindo conforme planejado.

CARVÃO

A Vale investiu US$ 196 milhões no projeto de Moatize II e US$ 259 milhões em sua logística

associada – o Corredor Nacala no 4T15.

O projeto de Moatize II alcançou 99% de avanço físico no 4T15 com o comissionamento do

handling system e os testes com carga em uma linha da CPP (Coal Preparation Plant)

iniciados. As duas linhas estão programadas para completar os testes com carga até março.

A revitalização das seções brownfield da ferrovia foi concluída no 4T15. Já o Corredor

Logístico de Nacala (CLN) transportou e embarcou com sucesso 523.000 toneladas de

carvão no porto de Nacala e realizou quatro embarques até janeiro de 2016.

Descrição e status dos principais projetos

Projeto Descrição Capacidade (Mtpa)

Status

Projetos de minerais ferrosos

Carajás Serra Sul S11D

Desenvolvimento da mina e usina de processamento, localizadas na Serra Sul de Carajás, Pará

90 Entrega dos eletrocentros da mina e da planta em andamento

Linha de transmissão que liga Carajás a Canaã foi energizada

CLN S11D Duplicação de 570 km da estrada de ferro, incluindo a construção de um ramal ferroviário com 101 km.

Aquisição de vagões, locomotivas e expansões on-shore e off-shore no terminal marítimo da Ponta da Madeira.

(80)a Obras civis de fundação da

ampliação do porto em andamento – estaqueamento no berço norte off-shore 99% concluído.

Duplicação da ferrovia alcançou 41% de avanço físico

Ramal ferroviário alcançou 81% de avanço físico

CSPb Desenvolvimento de uma planta de

placas de aço em parceria com Dongkuk e Posco, localizada no Ceará.

1.5 Montagem das estruturas metálicas alcançou 97% de avanço físico

Obras civis alcançaram 99% de avanço físico

Projetos de carvão

Moatize II Nova mina e duplicação da CHPP de Moatize, assim como da infraestrutura relacionada, localizadas em Tete, Moçambique.

11 Montagem eletromecânica alcançou 99% de avanço físico

Comissionamento das correias transportadoras foi iniciado

Testes na linha da CHPP foram iniciados

29

Indicadores de progresso22

Capex de manutenção das operações existentes

Os investimentos na manutenção das operações foram reduzidos de US$ 4,059 bilhões em

2014 para US$ 2,853 bilhões em 2015.

Em uma comparação trimestral, os investimentos na manutenção das operações

aumentaram devido à sazonalidade. Os investimentos somaram US$ 827 milhões no 4T15,

aumentando US$ 180 milhões quando comparados com o 3T15. Os segmentos de metais

básicos e de minerais ferrosos somaram 62% e 23%, respectivamente, do total investido na

manutenção das operações no 4T15.

Os investimentos correntes das operações do segmento de minerais ferrosos incluíram, entre

outros: (a) substituição e aquisição de novos equipamentos (US$ 94 milhões); (b) melhorias

nos padrões atuais de saúde e segurança e proteção ambiental (US$ 23 milhões); (c)

manutenção, melhorias e expansão das barragens de rejeitos (US$ 17 milhões); (d) melhoria

22

Na tabela a seguir, não incluímos as despesas pré-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas

estejam incluídas na coluna de capex estimado total, em linha com o nosso processo de aprovação pelo Conselho de

Administração. Além disso, nossa estimativa para o capex do ano é revisada a penas uma vez por ano.

a Capacidade l íquida adicional.

b Relativo à participação da Vale no projeto.

Projeto Capacidade

(Mtpa)

Data de start-up

estimada

Capex realizado (US$ milhões)

Capex estimado (US$ milhões) Avanço

físico 2015 Total 2016 Total

Projetos de minerais ferrosos

Carajás Serra Sul S11D

90 2S16 1.163 4.655 921 6.405c 80%

CLN S11D 230 (80)b

1S14 a 2S18

1.814 4.467 1.372 7.850d 57%

CSPa 1,5 1S16 - 1.055 188 1.224

e 97%

Projetos de carvão

Moatize II 11 1S16 558 1.942 105 2.068f 99%

a Relativo à participação da Vale no projeto.

b Capacidade l íquida adicional.

c Capex original orçado de US$ 8,089 bilhões.

d Capex original orçado de US$ 11,582 bi lhões.

e Capex original orçado de US$ 2,734 bilhões; Do capex original - US$ 1,491 bilhão será financiado diretamente pelo projeto CSP.

f Capex original de US$ 2,068 bilhões somados de US$ 0,45 bi lhões de material rodante

30

operacional (US$ 20 milhões). Manutenção de ferrovias e portos que servem nossas

operações de mineração no Brasil e na Malásia totalizou US$ 65 milhões.

Os investimentos correntes em finos de minério de ferro, excluindo investimentos correntes

em plantas de pelotização, somaram US$ 178 milhões no 4T15, equivalentes a US$ 2,3/wmt

de volume vendido no 4T15, representando uma redução de 25,8% em relação aos US$

3,1/wmt no 3T15 refletindo otimizações no escopo, impacto positivo da depreciação do BRL

e efeito de maiores volumes.

Os investimentos correntes das operações de metais básicos foram dedicados

principalmente: (a) à melhoria operacional (US$ 371 milhões); (b) a melhorias nos padrões

atuais de saúde e segurança e proteção ambiental (US$ 69 milhões); (c) à substituição e

aquisição de novos equipamentos (US$ 48 milhões); (d) à manutenção, melhoria e expansão

das barragens de rejeitos (US$ 21 milhões).

Os investimentos correntes no segmento de metais básicos referentes à melhoria

operacional ficaram 52,9% acima do 3T15. Este aumento resultou, principalmente, de

maiores pagamentos de serviços realizados em Long Harbour no 4T15, de acordo com a

sazonalidade típica e com o orçamento de 2015. Long Harbour alcançou um marco

importante no 4Q15, quando começou a operar exclusivamente com o feed de Voisey’s Bay.

Para 2016, o orçamento de investimentos correntes do segmento de metais básicos ficou

aproximadamente 25% abaixo do orçamento do ano de 2015.

Investimento realizado por tipo - 4T15

US$ milhões Minerais Ferrosos

Carvão Metais

Básicos Fertilizant

es TOTAL

Operações 114 14 419 54 601

Pilhas e Barragens de Rejeitos 17 3 21 7 48

Saúde & Segurança 19 1 65 8 92

Responsabilidade Social Corporativa 10 - 5 10 25

Administrativo & Outros 35 15 7 4 61

Total 194 33 517 83 827

Investimento em manutenção realizado por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %

Minerais ferrosos 193 221 859 1.068 37,4 2.305 56,7

Carvão 33 22 46 67 2,3 153 3,8

Metais básicos 517 360 459 1.502 52,6 1.144 28,2

Fertilizantes 83 44 95 212 7,4 258 6,4

Energia 1 - 3 1 0,1 5 0,1

Outros - - 8 3 0,1 197 4,8

Total 827 647 1.470 2.853 100,0 4.061 100,0

31

Gestão de portfólio

A Vale vendeu quatro navios VLOCs (very large ore carriers) com capacidade de 400.000

toneladas para a ICBC Financial Leasing no 4T15. A transação totalizou US$ 423 milhões.

As vendas de ativos somaram US$ 3,525 bilhões em 2015, com US$ 1,316 bilhão

proveniente da venda de 12 navios VLOCs para empresas chinesas, US$ 1,089 bilhão da

venda de 36,4% das ações preferenciais MBR, US$ 900 milhões de outra transação de

goldstream e US$ 97 milhões da venda de ativos de energia.

Responsabilidade social corporativa

Os investimentos em responsabilidade social corporativa totalizaram US$ 366 milhões no

4T15, dos quais US$ 269 milhões foram destinados à proteção e conservação ambiental e

US$ 97 milhões dedicados a projetos sociais.

32

Indicadores de Endividamento

A dívida bruta totalizou US$ 28,853 bilhões em 31 de dezembro de 2015, ficando levemente

superior aos US$ 28,675 bilhões em 30 de setembro de 2015, principalmente em função: (a)

da distribuição de dividendos no montante de US$ 500 milhões em outubro; (b) do impacto

na variação cambial do BRL na dívida denominada em USD23

. Estes impactos foram

compensados parcialmente pelos recursos de caixa no valor de US$ 423 milhões oriundos

da venda de navios no 4T15. A dívida bruta permaneceu em linha com os US$ 28,807

bilhões em 31 de dezembro de 2014. A dívida líquida aumentou em US$ 1,021 bilhão se

comparado ao 3T15, totalizando US$ 25,234 bilhões, baseada numa posição de caixa de

US$ 3,619 bilhões em 31 de dezembro de 2015.

Posição da dívida

Após transações de swap de moedas e juros, a dívida bruta da Vale em 31 de dezembro de

2015 foi composta por 24% de dívidas a taxas de juros flutuantes e 76% a taxas de juros

fixas, sendo que 93% de nossa dívida estavam denominados em dólares norte-americanos.

O prazo médio da dívida foi reduzido ligeiramente para 8,1 anos. O custo médio da dívida,

após as operações de hedge mencionadas anteriormente, aumentou para 4,47% ao ano em

31 de dezembro de 2015 em relação a 4,37% em 30 de setembro de 2015.

23

No 4T15, do início ao final do período o BRL apreciou 1,7% em relação ao dólar (USD).

33

O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM24

EBITDA ajustado/LTM

pagamento de juros, foi de 4,8x em 31 de dezembro de 2015 contra 5,3x em 30 de setembro

de 2015.

A alavancagem, medida pela relação da dívida bruta/LTM EBITDA ajustado, foi de 4,1x em

31 de dezembro de 2015. Embora a maior parte dos nossos acordos de financiamento não

contenham covenants financeiros, a Vale tem 21% do total da dívida no final de 2015 com

esta medida de alavancagem como um covenant financeiro em contratos com o BNDES e

outras agências de exportação e desenvolvimento. Como medida preventiva, a Vale

concretizou acordos, durante o último trimestre, para aumentar o limite superior do covenant

financeiro de dívida bruta por EBITDA ajustado de 4,5x para 5,5x até o final de 2016. Este

tipo de medida garante mais flexibilidade durante o período no qual a Vale finaliza seu ciclo

de investimento.

Indicadores de endividamento

US$ milhões 4T15 3T15 4T14

Dívida bruta 28.853 28.675 28.807

Dívida líquida 25.234 24.213 24.685

Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado (x) 4,1 3,6 2,2

LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros (x) 4,8 5,3 8,6

24

Últimos 12 meses.

34

O desempenho dos segmentos de

negócios

O EBITDA ajustado do segmento de minerais ferrosos diminuiu para 83.3% em 2015 contra

84,8% em 2014, enquanto o do segmento de metais básicos aumentou para 19,6% em

comparação com os 18,9% do ano anterior. A parcela do segmento de fertilizantes aumentou

para 8,0% se comparada à contribuição de 2,1% em 2014. A contribuição dos segmentos de

Carvão e Outros passou de -5,0% em 2014 para -7,2% em 2015 e de -0,7% em 2014 para -

3,7% em 2015, respectivamente.

A contribuição do segmento de minerais ferrosos no EBITDA ajustado foi de 101,3% no

4T15, seguido pelo segmento de fertilizantes, que contribuiu com 8,4%. O EBITDA ajustado

do segmento de metais básicos representou 8,0% do total, enquanto os segmentos de

Carvão e Outros contribuíram negativamente com -10,7% e -7,0% do EBITDA ajustado total,

respectivamente.

Informações dos segmentos ― 2015, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis

Receita operacional Despesas

US$ milhões Bruta Líquida Custos SG&A

e outras

P&D Pré-

operacional e de parada

Dividendos EBITDA

Ajustado¹

Minerais ferrosos 16.821 16.562 (10.241) (380) (128) (169) 255 5.899

Minério de ferro - finos

12.382 12.330 (7.604) (398) (121) (124) 22 4.105

ROM 111 102 (50) 0 0 0 0 52

Pelotas 3.717 3.600 (2.121) 9 (4) (24) 225 1.685

Outros 428 368 (291) 8 (3) (2) 8 88

Mn & ferroligas 183 162 (175) 1 0 (19) 0 (31)

Carvão 526 526 (839) (140) (22) (61) 28 (508)

Metais básicos 6.170 6.163 (4.296) 44 (111) (412) 0 1.388

Níquel2 4.693 4.693 (3.393) (154) (103) (411) 0 632

Cobre3 1.478 1.470 (903) 198 (8) (1) 0 756

Fertilizantes 2.386 2.225 (1.469) (37) (82) (70) 0 567

Outros 143 133 (139) (160) (134) 0 35 (265)

Total 26.047 25.609 (16.984) (673) (477) (712) 318 7.081

¹ Excluindo efeitos não-recorrentes.

² Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel 3 Incluindo subprodutos das operações de cobre

Informações dos segmentos – 2015, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis.

35

Informações dos segmentos ― 4T15, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis

Receita operacional Despesas

US$ milhões Bruta Líquida Custos SG&A

e outras

P&D¹ Pré-

operacional e de parada

Dividendos EBITDA

Ajustado¹

Minerais ferrosos 3.883 3.830 (2.497) 120 (27) (61) 44 1.409

Minério de ferro - finos

2.956 2.945 (1.924) 128 (26) (50) 22 1.095

ROM 14 13 (4) - - - - 9

Pelotas 806 780 (453) (7) (1) (5) 22 336

Outros 93 79 (71) (4) - (1) - 3

Mn & ferroligas 14 13 (45) 3 - (5) - (34)

Carvão 108 108 (260) (9) (4) (12) 28 (149)

Metais básicos 1.458 1.458 (1.131) (95) (32) (89) - 111

Níquel2 1.107 1.107 (892) (74) (30) (89) - 22

Cobre3 351 351 (239) (21) (2) - - 89

Fertilizantes 513 481 (319) (14) (22) (9) - 117

Outros 24 22 (37) (63) (34) - 15 (97)

Total 5.986 5.899 (4.244) (61) (119) (171) 87 1.391 1 Excluindo efeitos não-recorrentes.

² Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel 3 Incluindo subprodutos das operações de cobre

Informações dos segmentos – 4T15, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis.

36

Minerais ferrosos

O EBITDA Ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 5,899 bilhões em 2015, 47,9%

abaixo do registrado em 2014, principalmente como resultado de menores preços de vendas

(-US$ 11,414 bilhões), que foram parcialmente compensados por aumento real de

competitividade de US$ 3,477 bilhões tais como: (a) iniciativas comerciais e de marketing

(US$ 680 milhões); (b) maiores volumes de vendas (US$ 1,599 bilhão); (c) favoráveis

renegociações de contratos de afretamento (US$ 300 milhões); (d) iniciativas em andamento

de corte de custos (US$ 898 milhões).

Iniciativas comerciais, de marketing e operacionais atingiram US$ 680 milhões, impactando

positivamente as vendas em 2015. As iniciativas foram principalmente: (a) o incremento na

média do prêmio negociado de finos de minério de ferro; (b) o incremento no preço realizado

dos contratos de vendas FOB realizados; (c) a mudança no portfólio de produtos; (d) o

incremento na qualidade dos produtos.

Variação EBITDA

37

Minério de ferro

DESEMPENHO ANUAL

EBITDA

O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro foi de US$ 4,105 bilhões em 2015, ficando

49,2% menor do que em 2014 e impactando negativamente o EBITDA ajustado em US$

3,971 bilhões, principalmente em razão de menores preços de vendas.

O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting da Vale

uma vez que a exposição a contratos de bunker oil foi liquidada no 4T15. O programa de

hedge accounting teve um impacto negativo de US$ 412 milhões no EBITDA ajustado de

2015.

RECEITA E VOLUMES DE VENDAS

A receita líquida das vendas de finos de minério de ferro, excluindo pelotas e Run of Mine

(ROM), totalizou US$ 12,330 bilhões em 2015, ficando 36,1% abaixo de 2014. A queda se

deve, sobretudo, aos preços menores de venda de minério de ferro (US$ 8,549 bilhões), em

parte compensados pelos maiores volumes de vendas, os quais contribuíram com US$ 1,578

bilhão na receita em comparação com 2014.

Os principais fatores que contribuíram para o aumento do volume de vendas de finos de

minério de ferro de 255,9 Mt em 2014 para 276,4 Mt em 2015 foram a oferta anual recorde

de 345,9 Mt de finos de minério de ferro (incluindo compra de terceiros) e o aumento da

aquisição de minério de ferro de terceiros (12,5 Mt). As vendas de ROM atingiram 14,1 Mt

em 2014.

O preço25

médio realizado CFR/FOB do minério de ferro foi de US$ 44,6 por tonelada métrica

em 2015, significativamente menor do que os US$ 75,4 realizados em 2014.

CUSTOS E DESPESAS

Os custos dos finos de minério de ferro alcançaram US$ 7,604 bilhões (ou US$ 8,720 bilhões

incluindo depreciação) em 2015 contra US$ 9,532 bilhões em 2014. Após deduzidos os

efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 1,023 bilhão) e variação cambial (-US$ 1,442

bilhões), os custos reduziram-se em US$ 1,510 bilhão na comparação com 2014. Isto

ocorreu, principalmente devido às iniciativas recorrentes de redução de custos e ao ramp-up

das minas de N4WS e extensão N5S, Conceição Itabiritos II e Vargem Grande Itabiritos.

25

O preço realizado CFR/FOB wmt é o preço médio ponderado das vendas CFR e FOB da Vale.

38

O custo operacional total no porto (mina, planta, ferrovia e porto, excluindo royalties) foi de

US$ 3.825 bilhões. O custo caixa foi apurado descontando do CPV: (a) os custos do frete de

minério de ferro (US$ 2.825 bilhões); (b) depreciação (US$ 1,116 bilhão); (c) minério de ferro

adquirido de terceiros (US$ 210 milhões); (d) hedge de bunker oil contabilizado como “hedge

accounting” (US$ 412 milhões). O custo operacional por tonelada métrica (excluindo ROM e

royalties) em 2015 foi de US$ 14,4/t, significativamente inferior aos US$ 20,8/t de 2014.

SG&A26

e outras despesas diminuíram significativamente para US$ 398 milhões, ficando

68,4% menor do que em 2014, após o ajuste para os efeitos não recorrentes de Obrigações

para Desmobilização de Ativos (ARO) de US$ 322 milhões.

Despesas pré-operacionais² diminuíram para US$ 124 milhões, ficando 25,5% abaixo de

2014, como resultado do ramp-up N4WS, extensão N5S, Conceição itabiritos II e Vargem

Grande.

A margem EBITDA ajustado dos finos de minério de ferro (excluindo ROM e minério de

terceiros) foi de US$ 14,7/t em 2015

DESEMPENHO TRIMESTRAL

EBITDA

O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro no 4T15 foi de US$ 1,095 bilhão, ficando

US$ 127 milhões abaixo do US$ 1,222 bilhão alcançado no 3T15, principalmente em função

de menores preços de vendas (-US$ 738 milhões), os quais foram parcialmente

compensados por maiores volumes de vendas (US$ 125 milhões), menores custos de SG&A

(US$ 258 milhões) e, ainda, em decorrência do impacto dos efeitos não recorrentes de

Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) de US$ 322 milhões em outras despesas.

O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting da Vale,

uma vez que toda a exposição aos contratos de bunker oil foi liquidada no 4T15. O programa

de hedge accounting teve impacto negativo de US$ 134 milhões no EBITDA ajustado de

2015.

RECEITA E VOLUMES DE VENDAS

A receita líquida das vendas de finos de minério de ferro totalizou US$ 2,945 bilhões no

4T15, ficando 10,1% abaixo do 3T15 devido aos menores preços de vendas. A receita de

venda de Run of Mine (ROM) foi de US$ 13 milhões no 4T15.

A produção própria de minério de ferro da Vale, excluindo o minério de ferro adquirido de

terceiros e a produção atribuível à Samarco, foi de 85,4 Mt no 4T15, ficando 2,4Mt acima do

26

Líquido de depreciação.

39

4T14 e representando um recorde de produção para um quarto trimestre. O bom

desempenho operacional ocorreu em razão dos ramp-ups de N4WS e da extensão da mina

de N5S, de Conceição Itabiritos II e de Vargem Grande Itabiritos.

O volume de vendas de finos de minério de ferro alcançou 79,2 Mt no 4T15, ficando 12,3%

acima do 3T15 e 6,2% acima do 4T14, suportado: (a) pela produção de 85,4 Mt; (b) pela

aquisição de 3,1 Mt de minério de ferro de terceiros; (c) pela dedução de 11,6 Mt de finos de

minério de ferro utilizado na produção de pelotas; (d) pelo consumo de 3,9 Mt do estoque; (e)

pela dedução de 1,6 Mt de vendas de ROM.

As vendas CFR de finos de minério de ferro aumentaram de 44,9 Mt no 3T15 para 53.6 Mt

no 4T15, representando 68% das vendas no 4T15. Este aumento pode ser explicado pelo

maior volume de vendas para a China, que são principalmente negociadas em base CFR.

Receita operacional líquida por produto US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Minério de ferro - finos 2.945 3.278 4.568 12.330 19.301

ROM 13 24 42 102 215

Pelotas 780 883 1.270 3.600 5.263

Manganês e Ferroligas 13 26 131 162 392

Outros 79 101 105 368 526

Total 3.830 4.312 6.116 16.562 25.697

Volume vendido mil toneladas 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Minério de ferro - finos 79.213 70.530 74.603 276.393 255.877

ROM 1.627 3.546 3.552 12.269 14.075

Pelotas 10.837 11.961 12.686 46.284 43.682

Manganês 568 448 828 1.764 1.879

Ferroligas 12 3 36 69 150

PREÇOS REALIZADOS

As vendas de minério de ferro no 4T15 foram distribuídas em três sistemas de precificação:

(a) 47% baseadas nos preços trimestrais, mensais e diários correntes, incluindo as vendas a

preços provisórios que foram liquidadas dentro do trimestre; (b) 42% baseadas em preços

provisionados com liquidação pelo preço no momento da entrega (que ainda não tinham sido

liquidadas no final do trimestre); (c) 11% relacionadas a preços passados (trimestre

defasado).

O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM)

caiu em US$ 10,9/t, passando de US$ 56,0/t no 3T15 para US$ 45,1/t no 4T15 e ficando

US$ 1,6/t menor do que a média do índice Platts IODEX 62% de US$ 46,7/t no 3T15.

40

O preço CFR/FOB wmt de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM), caiu em US$ 9,3/t

passando de US$ 46,5/t no 3T15 para US$ 37,2/t no 4T15 após o ajuste pelo efeito das

vendas FOB, que somaram 32% do total de vendas e de umidade.

A realização de preço no 4T15 foi impactada pelos seguintes motivos:

Preços provisórios no final do 3T15 de US$ 51,5/t, que mais tarde foram reajustados

com base no preço de entrega do 4T15, impactaram negativamente os preços do

4T15 em US$ 1,0/t contra um negativo de US$ 0,7/t no 3T15 curva do IODEX com

tendência de queda no 4T15.

Preços provisórios estabelecidos no final do 4T15 de US$ 41,0/t contra a média

IODEX de US$ 46,7/t no 4T15, impactaram negativamente os preços no 4T15 em

US$ 2,4/t contra um impacto negativo de US$ 1,1/t no 3T15.

Contratos com preços defasados (lagged) no trimestre, precificados a US$ 56,6/t,

baseados nos preços médios de jun-jul-ago, impactaram positivamente os preços no

4T15 em US$ 1,1/t contra o impacto positivo de US$ 0,2/t no 3T15.

No 4T15, as vendas de minério de ferro de 33,3 Mt, ou 42% do mix de vendas da Vale, foram

registradas sob o sistema de preços provisional, fixado no final do 4T15 em US$ 41/t. Os

preços finais destas vendas serão determinados e registrados no 1T16.

A diminuição no preço do bunker oil reduziu os custos de frete, logo impactando

positivamente a liquidação dos preços FOB no 4T15 em US$ 1,0/t contra uma redução de

US$ 1,3/t no 3T15. Os preços do bunker oil impactaram os preços de venda FOB, uma vez

que a diminuição nos preços do bunker oil levou a uma dedução inferior ao preço de

referência IODEX CFR usado para determinar o preço FOB.

41

Realização de preços – finos de minério de ferro

Preço médio de vendas US$ por tonelada 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Minério de ferro - Metal Bulletin 65% index 50,09 62,11 82,90 62,12 105,82

Minério de ferro - Platts's 62% IODEX 46,65 54,90 74,28 55,50 96,70

Preço de referência de finos de minério de ferro CFR (dmt)

45,10 56,00 75,50 54,60 92,70

Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB

37,18 46,48 61,21 44,61 75,43

ROM 7,99 6,77 11,82 8,31 15,28

Pelotas CFR/FOB 71,98 73,80 100,11 77,78 120,48

Manganês 7,04 52,14 111,11 56,44 118,15

Ferroligas 750,00 836,67 1.083,33 904,16 1.125,83

CUSTOS E DESPESAS

Os custos de minério de ferro totalizaram US$ 1,924 bilhão (ou US$ 2,183 bilhões incluindo

depreciação) no 4T15. Os custos reduziram-se em US$ 131 milhões quando comparados

com os do 3T15 após a dedução dos efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 280

milhões) e das variações cambiais (-US$ 63 milhões). O decréscimo foi causado,

principalmente, por menores custos de frete (-US$ 122 milhões), menores custos de

materiais (-US$ 17 milhões) e menores custos de energia (-US$ 9 milhões).

Os custos de energia (eletricidade, óleo diesel e gás) das nossas operações atingiram US$

118 milhões no 4T15 contra US$ 112 milhões no 3T15. Custos com combustível, mais

42

especificamente, na forma de óleo diesel totalizaram US$ 108 milhões no 4T15 em relação

aos US$ 92 milhões do 3T15. A realização de custos aumentou US$ 13 milhões no 4T15,

após a exclusão dos efeitos de maiores volumes (US$ 10 milhões) e variação cambial (-US$

7 milhões). A queda dos preços de petróleo teve um impacto positivo limitado nos custos

com combustíveis, uma vez que os preços do diesel no Brasil não estão diretamente

correlacionados aos preços internacionais do petróleo.

Os custos de frete marítimo, que foram integralmente contabilizados como custos dos

produtos vendidos, atingiram US$ 757 milhões no 4T15, demonstrando uma queda de US$

122 milhões quando comparados com os do 3T15 após o ajuste pelos maiores volumes de

vendas (US$ 143 milhões), em função de menores taxas de afretamento e menores preços

de bunker oil.

O custo unitário de frete de minério de ferro por tonelada métrica foi de US$ 14,1/t no 4T15,

ficando US$ 2,3/t abaixo dos US$ 16,4/t registrados no 3T15. A redução de US$ 2,3/t está

explicada pelo impacto positivo de menores preços de bunker oil em nossos contratos de

afretamento e maior exposição ao mercado spot. A variação nos preços de bunker oil foi de

US$ 296.6/t no 3T15 para US$ 235,0/t no 4T15.

O impacto das posições abertas de hedge de bunker oil contabilizadas como “hedge

accounting” no custo unitário de frete da Vale foi de US$ 2,5/t, com a execução de contratos

derivativos de bunker oil de 472.500 toneladas de um total de 472.500 toneladas em

contratos que estavam em aberto no final de setembro de 2015, totalizando um impacto no

EBITDA de US$ 134 milhões. O EBITDA deve aumentar no próximo ano sendo que não

haverá impactos do hedge accounting em 2016. Para maiores detalhes, consultar a seção “O

impacto de Hedging do Bunker Oil no Desempenho Financeiro da Vale” na página 53.

O custo do minério de ferro de terceiros alcançou US$ 44 milhões nos 2,8 Mt vendidos no

4T15. Em uma base por tonelada métrica, o custo do minério de ferro adquirido de terceiros

caiu de US$ 17,7/t no 3T15 para US$ 15,9/t no 4T15. Outros custos operacionais totalizaram

US$ 160 milhões, uma redução dos US$ 177 milhões registrados no 3T15.

43

CPV MINÉRIO DE FERRO - 3T15 x 4T15

Principais variações

US$ milhões 3T15 Volume Variação Cambial

Outros Variação total

3T15 x 4T15 4Q15

Pessoal 185 20 (14) 4 10 195

Serviços contratados e materiais

274 31 (17) (8) 6 280

Energia (Eletricidade, diesel & gás)

112 12 (9) 3 6 118

Aquisição de produtos

40 9 - (5) 4 44

Manutenção 205 22 (19) 28 31 236

Frete martiimo 736 143 - (122) 21 757

Bunker oil hedge 109 21 - 4 25 134

Outros operacionais 177 22 (4) (35) (17) 160

Custos totais antes de depreciação e amortização

1.838 280 (63) (131) 86 1.924

Depreciação 269 30 (18) (22) (10) 259

Total 2.107 310 (81) (153) 76 2.183

CUSTO CAIXA C1

O custo caixa total C1 FOB no porto (mina, planta, ferrovia e porto, após royalties) foi de US$

906 milhões após a exclusão da depreciação de US$ 259 milhões. O custo de minério de

ferro adquirido de terceiros foi de US$ 44 milhões, o custo com frete foi de US$ 757 milhões

e o efeito do bunker oil hedge accounting foi de US$ 134 milhões.

O custo caixa C1 FOB no porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro excluindo

ROM e royalties foi de US$ 11,9/t no 4T15 contra US$ 12,7/t no 3T15, representando uma

redução de US$ 0,8/t impulsionada pela depreciação do BRL em relação ao USD. O custo

caixa C1 FOB porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro foi reduzido passando

de R$ 45,2/t no 3T15 para R$ 45,6/t no 4T15 (ou R$ 44,9/t após a exclusão do efeito

negativo de R$ 55,5 milhões do Acordo Coletivo de Trabalho assinado com os nossos

empregados no Brasil).

As despesas com minério de ferro, excluindo depreciação e o efeito positivo do ARO

(Obrigações para Desmobilização de Ativos) de US$ 322 milhões, foram de US$ 270 milhões

no 4T15 contra os US$ 218 milhões registrados no 3T15. As despesas aumentaram em US$

62 milhões quando comparadas com o 3T15, após o ajuste dos efeitos de variação cambial (-

US$ 10 milhões). As despesas com P&D foram de US$ 26 milhões, mesmo valor do 3T15.

As despesas pré-operacionais e de parada, líquidas de depreciação, totalizaram US$ 50

milhões, ficando US$ 27 milhões acima do dos US$ 23 milhões gastos no 3T15, devido

principalmente às despesas de parada no sistema sudeste em função do acidente na

barragem da Samarco.

44

O custo caixa unitário (ajustado por qualidade e umidade, excluindo minério de terceiros,

ROM e o efeito positivo do ARO) entregue na China foi reduzido de US$ 34.2/t no 3T15 para

US$ 32,0/t no 4T15.

Evolução do custo caixa de finos de minério de ferro, frete e despesas

Custos e despesas de finos de minério de ferro entregues na China

45

Custo unitário de finos de minério de ferro e frete

4T15 3T15 4T14 2015 2014

Custos (US$ milhões)

Custos, sem depreciação e amortização 1.924 1.838 2.831 7.604 9.532

Custos de minério adquirido de terceiros 44 40 89 210 443

Custos de frete marítimo 757 736 1.037 2.825 3.325

Bunker oil hedge 134 109 - 412 -

Itens não recorrentes - - 48 - 48

Custos FOB no porto (ex-ROM e adquirido de terceiros)¹

989 953 1.657 4.157 5.716

Custos FOB no porto (ex-ROM, adquirido de terceiros e royalties)

906 868 1.534 3.825 5.079

Volumes de vendas (Mt)

Volume total de minério de ferro vendido 80,8 74,1 78,2 288,7 270,0

Volume adquirido de terceiros 2,8 2,3 3,2 11,1 12,2

Volume total de ROM vendido 1,6 3,5 3,6 12,3 14,1

Volume vendido de minério próprio da Vale (ex-ROM)

76,4 68,3 71,4 265,3 243,7

% de Vendas CFR 68,0% 64,0% 64,2% 64,1% 57,4%

% de Vendas FOB 32,0% 38,0% 35,8% 35,9% 42,6%

Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB (US$/t)

11,9 12,7 21,5 14,4 20,8

Frete

Volume CFR (Mt) 53,6 44,9 47,9 177,1 146,9

Custo unitário de frete de minério de ferro (US$/t) 16,6 18,8 21,7 18,3 22,6

Custo unitário de frete de minério de ferro (ex- bunker oil hedge) (US$/t)

14,1 16,4 21,7 16,0 22,6

Custo unitário + despesas de finos de minério de ferro ajustados por qualidade entregue na China US$/t 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB (US$/t)

11,9 12,7 21,5 14,4 20,8

Custo de frete de finos de minério de ferro (ex-bunker oil hedge)

14,1 16,4 21,7 16,0 22,6

Despesa¹ & royalties de finos de minério de ferro 4,6 4,4 11,0 4,9 9,7

Ajuste de umidade de minério de ferro 2,6 2,8 4,7 3,0 4,8

Ajuste de qualidade de minério de ferro -1,1 -2,1 0,9 -1,9 0,9

Custo unitário + despesas de finos de minério de ferro entregue na China (US$/dmt)

32,0 34,2 59,8 36,4 58,9

¹ Líquido de depreciação, excluindo o efeito positivo não-recorrente do ARO

Custos e despesas de finos de minério de ferro em Reais R$/t 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Custos 45,6 45,2 54,5 47,9 50,1

Despesas¹ 12,9 10,8 16,0 12,2 22,6

Total 58,5 56,0 70,5 60,1 72,7

¹ Líquido de depreciação

46

Pelotas

DESEMPENHO ANUAL

O EBITDA ajustado das pelotas em 2015 foi de US$ 1,685 bilhão, ficando 43,5% menor do

que os US$ 2,981 bilhões em 2014. A redução de US$ 1,296 bilhão deveu-se,

principalmente, a menores preços de vendas (US$ 1,986 bilhão) os quais foram parcialmente

mitigados por maiores volumes de vendas (US$ 204 milhões), menores custos (US$ 163

milhões) e variação cambial (US$ 551 milhões).

A receita líquida das vendas das pelotas foi de US$ 3,600 bilhões em 2015, representando

uma redução de 31% em relação a 2014, principalmente devido à queda nos preços de

vendas, que passaram de US$ 124,48/t em 2014 para US$ 77,80 em 2015. Os preços de

vendas impactaram negativamente em 2015 a receita em US$ 1,986 bilhão em comparação

com 2014. Os volumes de vendas aumentaram para 46,28 Mt contra 43,68 Mt em 2014,

como resultado do ramp-up da planta de Tubarão VIII.

Os custos de pelotas atingiram US$ 2,121 bilhões em 2015 (ou US$ 2,436 bilhões com

encargos de depreciação). Após o ajuste para os efeitos de volumes (US$ 119 milhões) e

variação cambial (-US$ 540 milhões), os custos reduziram-se em US$ 162 milhões em

comparação com 2014. A queda deveu-se, principalmente, a menores custos de

arrendamento (-US$ 63 milhões), menores custos de combustíveis (-US$ 57 milhões) e

menores custos de materiais (-US$ 45 milhões).

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O EBITDA ajustado de pelotas no 4T15 foi de US$ 336 milhões, contra os US$ 382 milhões

no 3T15. O EBITDA ajustado foi impactado negativamente pelos preços de venda (-US$ 18

milhões), menores volumes de vendas (-US$ 32 milhões) e os maiores custos (-US$ 20

milhões) no 4T15 quando comparado ao 3T15. Os impactos negativos foram parcialmente

compensados pela variação cambial (US$ 22 milhões) e dividendos recebidos das plantas

pelotizadoras (US$ 22 milhões).

A receita líquida de pelotas alcançou US$ 780 milhões no 4T15, reduzindo-se em US$ 103

milhões contra US$ 883 milhões registrados no 3T15. A redução deveu-se, principalmente, a

menores preços de vendas (que diminuíram de US$ 73,8 por tonelada no 3T15 para US$

72,0 por tonelada no 4T15) e à queda de 1,2 Mt no volume de vendas para 10,8 Mt no 4T15

de um total de 12,0 Mt no 3T15. O volume de vendas foi reduzido em 1,8 Mt no 4T15 quando

comparado ao 4T14.

47

A produção de pelotas alcançou 10,4 Mt no 4T15, ficando 1,8 Mt abaixo do 3T15 devido a

paradas por manutenção planejadas.

Os preços CFR/FOB de pelotas foram reduzidos em US$ 1,8/t, passando de US$ 73,8 /t no

3T15 para US$ 72,0/t no 4T15 por tonelada métrica, enquanto o preço de referência de

minério de ferro Platts IODEX (CFR China) diminuiu em US$ 8,3/t no trimestre.

A queda do preço realizado da Vale foi menor do que a queda do Platts IODEX médio devido

ao maior prêmio de pelotas e ao impacto positivo do sistema de precificação.

As vendas CFR de 2,4 Mt no 4T15, representaram 23% do total das vendas de pelotas,

ficando 0,7 Mt menores do que as do 3T15. Vendas em base FOB diminuíram de 8,9 Mt no

2T15 para 8,5 Mt no 4T15.

O custo de pelotas totalizou US$ 453 milhões (ou US$ 524 milhões, considerando a

depreciação) no 4T15. Os custos aumentaram em US$ 20 milhões quando comparados ao

3T15 após serem ajustados pelos efeitos de menores volumes (-US$ 53 milhões) e variação

cambial (-US$ 22 milhões).

O aumento nos custos de pelotas deve-se, principalmente, a maiores custos de manutenção

(US$ 9 milhões) e maiores custos de arrendamento (US$ 7 milhões). Despesas pré-

operacionais e de parada totalizaram US$ 5 milhões no 4T15, ficando em linha com o 3T15.

A margem EBITDA de pelotas ex-Samarco foi de US$ 31,0/t no 4T15, ficando US$ 0,9/t

abaixo do 3T15, principalmente devido aos menores preços de vendas (-US$ 18 milhões).

Pellets - EBITDA ex-Samarco 4T15 3T15

US$ million US$/wmt US$ million US$/wmt

Receita Bruta / Preço Realizado 806 74,4 908 75,9

Receita Líquida / Preço Realizado 780 72,0 883 73,8

Dividendos recebidos (plantas de pelotização arrendadas) ex-Samarco

22 2,0 - -

Custo (Minério de ferro, arrendamento, frete, suporte, energia e outros)

(453) -41,8 (508) -42,5

Despesas (SG&A, P&D e outros) (13) -1,2 7 0,6

EBITDA ex-Samarco 336 31,0 382 31,9

48

Manganês e ferroligas

DESEMPENHO ANUAL

O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas em 2015 foi de US$ 31 milhões,

ficando US$ 126 milhões menor do que em 2014, principalmente em função de menores

preços (US$ 98 milhões), menores volumes (US$ 73 milhões) e maiores custos (US$ 46

milhões) que foram parcialmente compensados por variações cambiais (US$ 82 milhões) e

reduções de despesas (US$ 9 milhões).

A receita líquida de manganês diminuiu de US$ 222 milhões, em 2014, para US$ 100

milhões, em 2015, em função de menores preços (US$ 108 milhões) e menores volumes de

vendas (US$ 14 milhões). Em 2015, a produção de minério de manganês totalizou 2,441 Mt,

ficando acima do valor de 2014.

A receita líquida de ferroligas diminuiu em 2015 para US$ 62 milhões, em relação aos US$

170 milhões de 2014, principalmente devido ao efeito de menores volumes vendidos (US$

118 milhões) e menores preços. Em 2015, a produção de ferroligas foi de 99.000 t, ficando

significativamente abaixo de 2014.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas no 4T15 foi negativo em US$ 34

milhões, ficando US$ 23 milhões abaixo dos US$ 11 milhões negativos no 3T15,

principalmente devido ao impacto do preço provisionado de outros trimestres (-US$ 28

milhões) sendo parcialmente compensado pela variação cambial (US$ 2 milhões) e por

maiores volumes de vendas (US$ 1 milhão).

A receita líquida de manganês diminuiu para US$ 4 milhões em comparação com os US$ 23

milhões no 3T15 devido aos menores preços de venda. No 4T15, a produção de manganês

alcançou 651.000 t, contra 644.000 t no 3T15 e 723.000 t no 4T14.

A receita líquida de ferroligas foi de US$ 9 milhões, aumentando US$ 6 milhões em

comparação com os US$ 3 milhões registrados no 3T15, devido aos maiores volumes. A

produção de ferroligas diminuiu para 20.000 t no 4T15 dos 21.000 t registrados no 3T15.

Perspectiva de mercado – Minério de ferro

Os preços de minério de ferro ficaram em média de US$ 55/t em 2015, 42% abaixo do que

em 2014. A redução de preços deveu-se, principalmente, a uma sobre oferta de minério de

ferro em meio a uma produção de aço mais baixa do que esperada na China e no resto do

mundo.

49

O preço de minério de ferro diminuiu 15% dos US$ 54,90/t do 3T15 para US$ 46,65/t do

4T15, dado que a produção de aço diminuiu enquanto a oferta de minério de ferro aumentou

dada a sazonalidade típica.

De acordo com a World Steel Association (WSA), a produção mundial de aço totalizou 1.622

Mt em 2015, uma diminuição de 2,8% em relação a 2014. A produção chinesa totalizou

803,8 Mt, uma diminuição de 2,3% ano-a-ano. Esta foi a primeira diminuição da produção

anual desde 1981, como o país continua sua transição para uma economia mais dependente

de consumo e serviços domésticos.

O PIB da China cresceu 6,9% em 2015, desacelerando principalmente como resultado do

declínio nos investimentos em ativos fixos, que cresceu apenas 10% em 2015 em relação a

um crescimento de 15,7% em 2014. A demanda por aço chinês diminuiu, levando as

siderúrgicas a confiarem mais no mercado externo para manter seus níveis de produção. As

exportações líquidas de aço acabado atingiu um recorde de 100 Mt, subindo 25,5% ano-a-

ano em 2015.

As exportações crescentes da China impactaram a produção de aço em outras regiões como

o Oriente Médio, o Sudeste Asiático e a Europa, onde a produção contraiu-se 0,5%, 3,6% e

1,8% ano-a-ano, respectivamente, e, em certa medida Índia. O excesso de oferta com os

elevados volumes de exportação da China levou a preços mais baixos de aço em todo o

mundo.

A oferta transoceânica de minério de ferro totalizou aproximadamente 1.410 Mt em 2015, um

aumento de 30 milhões de toneladas, ou cerca de 2% ano-a-ano, como resultado da

produção adicional das grandes mineradoras de minério de ferro, especialmente do Brasil e

da Austrália. Brasil, Austrália, África do Sul e Peru aumentaram as suas exportações para a

China, enquanto todas as outras regiões em conjunto exportações reduzidas em 62 milhões

de toneladas, representando uma redução de 39% ano-a-ano.

2016 ainda deve ser um ano desafiador para os produtores de minério de ferro como

nenhum grande estímulo se espera do governo chinês para estimular investimentos. A

demanda por aço e produção deve permanecer estável, apresentando desafios adicionais

para os produtores de minério de ferro de custo mais alto.

50

Volume de vendas de minério de ferro e pelotas por destino mil toneladas métricas 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %

Américas 8.549 10.760 11.590 41.187 12,3 44.071 14,1

Brasil 7.346 9.363 10.078 35.665 10,6 37.623 12,0

Outros 1.203 1.397 1.512 5.522 1,6 6.448 2,1

Ásia 65.574 59.597 62.563 229.28 68,4 208.536 66,5

China 52.898 46.512 46.411 179.470 53,6 156.692 50,0

Japão 7.782 8.548 7.505 29.499 8,8 27.229 8,7

Outros 4.894 4.537 8.648 20.299 6,1 24.615 7,8

Europa 15.006 13.014 13.209 53.385 15,9 49.042 15,6

Alemanha 5.471 5.219 4.660 21.991 6,6 19.075 6,1

França 1.474 1.497 2.103 5.814 1,7 6.242 2,0

Outros 8.061 6.298 6.446 25.580 7,6 23.725 7,6

Oriente Médio 2.095 2.401 2.337 9.745 2,9 8.694 2,8

Resto do mundo 453 265 1.141 1.360 0,4 3.291 1,0

Total 91.677 86.037 90.841 334.946 100,0 313.634 100,0

Indicadores financeiros selecionados - Minerais ferrosos US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Receita líquida 3.830 4.312 6.116 16.562 25.697

Custos¹ (2.497) (2.447) (3.792) (10.241) (13.063)

Despesas¹ 120 (153) (504) (380) (1.289)

Despesas pré-operacionais e de parada¹ (61) (32) (48) (169) (221)

Despesas com P&D (27) (28) (117) (128) (329)

Dividendos recebidos 44 - 47 255 526

EBITDA ajustado 1.409 1.652 1.702 5.899 11.321

Depreciação e amortização (388) (402) (548) (1.669) (1.930)

EBIT ajustado 977 1.250 1.107 3.975 8.865

Margem EBIT ajustado (%) 25,5 29,0 18,1 24,0 34,5

¹ Excluindo depreciação e amortização

Indicadores financeiros selecionados - Finos de minério de ferro (excluindo minérios de terceiros) 4T15 3T15 4T14 2015 2014

EBITDA ajustado (US$ milhões) 1.040 1.180 1.060 3.912 7.759

Volume vendido (Mt) 76,432 68,261 71,394 265,313 243,650

EBITDA ajustado (US$/t) 13,61 17,29 14,84 14,75 31,85

Indicadores financeiros selecionados - Pelotas (excluindo Samarco) 4T15 3T15 4T14 2015 2014

EBITDA ajustado (US$ milhões) 336 382 526 1.539 2.579

Volume vendido (Mt) 10,837 11,961 12,686 46,284 43,682

EBITDA ajustado (US$/t) 31,00 31,94 41,46 33,24 59,04

Indicadores financeiros selecionados - Finos de minério de ferro e pelotas 4T15 3T15 4T14 2015 2014

EBITDA ajustado (US$ milhões) 1.376 1.562 1.586 5.451 10.338

Volume vendido (Mt) 87,269 80,222 84,080 311,598 287,332

EBITDA ajustado (US$/t) 15,77 19,47 18,86 17,49 35,98

51

A Vale promoverá mudanças em seus critérios de alocação a partir de 2016. Estas

mudanças não modificarão os níveis absolutos dos números, mas irão alterar a alocação de

custos e despesas por natureza ou segmento de negócios. O principal impacto dessas

mudanças será na alocação dos custos entre (a) no SG&A; (b) no ICMS; e (c) nos custos de

distribuição dentro das unidades de negócio. A seguir estão os impactos:

a) SG&A

Atualmente uma quantidade desproporcional de despesas de SG&A da Vale no Brasil é

atribuída à divisão de minerais ferrosos, principalmente para os finos de minério de ferro.

Após a reavaliação da alocação do SG&A em todos os segmentos de negócios, foi tomada a

decisão da utilização de diferentes critérios de alocação a partir do 1Q16.

b) ICMS

O ICMS é um imposto de valor agregado do Brasil. A Vale está exposta a diferentes regimes

fiscais de ICMS nos estados onde as operações estão localizadas. Geralmente, o ICMS é

creditado na aquisição de bens e serviços e é realizado com base nas vendas de produtos

para o mercado interno. As negociações de créditos são feitas com os governos e terceiros.

Historicamente, a Vale tem acumulado créditos de ICMS sem poder usá-los totalmente, dado

que as exportações do Brasil estão isentas da taxa de ICMS.

Em vista da acumulação contínua de ICMS sem uso, a Vale prejudica periodicamente os

créditos fiscais excessivos e registra as perdas em “outras despesas”.

A fim de refletir o caráter regular dos impairments créditos fiscais do ICMS, a Vale irá alocá-

los em Custo dos Produtos Vendidos (CPV) em uma base regular a partir do 1T16,

aumentando o CPV, porém, ao mesmo tempo, diminuindo o montante de “outras despesas”.

As mudanças mencionadas acima não irão alterar os níveis absolutos de custos e despesas

para os finos de minério de ferro (ou pelotas), sendo apenas uma realocação de montantes

absolutos das despesas para custos.

52

c) CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO

Atualmente, a Vale informa todos os custos de distribuição como custos caixa C1 FOB no

Brasil. No entanto, uma maior percentagem destes custos de distribuição está sendo

incorrida no exterior com a implantação da usina de pelotização em Omã, com o centro de

distribuição na Malásia e a utilização cada vez mais frequente dos portos na China para a

blendagem de minério de ferro.

De forma a ajustar essas mudanças recentes em sua cadeia de suprimentos, a Vale

reclassificará os custos de distribuição incorridos em Omã, Malásia, China e em outras

instalações fora do Brasil, alocando-os como um item separado, sob a designação de

“custos de distribuição”. Os custos de frete e de distribuição serão reportados

separadamente.

Custo unitário + despesas de finos de minério de ferro

ajustado por qualidade entregue na China – Após as

mudanças de alocação na contabilidade gerencial

US$/t 1T15 2T15 3T15 4T15 2015

Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-

royalties), FOB (US$/t) 18,6 16,1 13,1

12,1 14,6

Custo de frete de finos de minério de ferro (ex-

bunker oil hedge) 17,2 16,8

16,4

14,1

16,0

Custos de distribuição 0,4 0,5 0,3 0,5 0,4

Despesa¹ & royalties de finos de minério de ferro 4,6

4,2

3,6

3,9

4,1

Ajuste de umidade de minério de ferro 3,4

3,1

2,8

2,5

2,9

Ajuste de qualidade e condições comerciais de

minério de ferro2

(1,3) (2,0) (2,1) (1,1) (1,6)

Custo unitário + despesas de finos de minério

de ferro entregue na China (US$/dmt) 42,9 38,7 34,1 32,0 36,3

¹ Líquido de depreciação.

53

IMPACTO DO HEDGE DE BUNKER OIL NO

DESEMPENHO FINANCEIRO DA VALE

O efeito total dos preços de bunker oil no desempenho financeiro da Vale depende do

hedge de bunker oil feito pela Vale. Tão logo ficou clara a queda estrutural nos preços de

petróleo, a Vale interrompeu a contratação de novos contratos de hedge de bunker oil,

mas ainda é impactada pelas posições em aberto de hedge. Entretanto, os custos não

serão mais impactados em 2016 já que todas as posições em aberto de bunker oil

registradas como hedge accounting foram encerradas.

Os hedges de bunker oil são contabilizados da seguinte maneira:

a) O hedge relativo à exposição de bunker oil de nossas vendas FOB e domésticas é

contabilizado como despesa financeira, marcado a mercado a cada trimestre e

registrado como resultado financeiro.

b) O hedge relativo à exposição de bunker oil de nossas vendas CFR é registrado

como hedge accounting, sendo marcado a mercado a cada trimestre e registrado

em Outros resultados abrangentes e, por conseguinte, afeta o CPV somente na

data real de encerramento do derivativo.

Mais especificamente, o impacto das posições de hedge no resultado da Vale pode ser

sumarizado conforme abaixo:

a) Impacto nas demonstrações de resultado (DRE) relacionado à parcela do

programa de hedge accounting:

Impacto do hedge oil no desempenho financeiro da Vale

Conceito Impacto Atual Drivers do impacto futuro

Tipo de contrato de frete

Hedge accounting

Impacto das posições de derivativos

abertas no DRE

Impacto incorrido na DRE do 1T15

Tipo de instrumento

Posições abertas de derivativos

bunker oil (milhões toneladas)

Preço de exercício (US$/t)

CFR Sim Impacto no CPV

US$ 2,5/t (US$ 134 milhões) de

aumento do CPV do minério de ferro

NA 0 NA

FOB Não Impacto nas

despesas financeiras

US$ 242 milhões de diminuição nos

resultados financeiros

Forward 2.206 508

Zero Cost Collar

2.042 314 - 385

54

No 4T15: Os custos de frete aumentaram US$ 2,5/t devido ao

encerramento dos contratos de derivativos no 4T15, ocasionando o

aumento do CPV.

Não haverá impacto no EBITDA 1T16 e nos trimestres subsequentes.

b) Impacto nas demonstrações de resultado (DRE) da parcela do programa que não

é hedge accounting:

No 4T15: foi reconhecido, no resultado financeiro do 4T15, um

impacto negativo de US$ 242 milhões, decorrente das perdas

realizadas nos contratos encerrados no período e da marcação a

mercado das posições de derivativos em aberto em 31 de

dezembro de 2015.

No 1Q16 e nos trimestres subsequentes: os resultados financeiros

serão impactados pelas variações das marcações a mercado das

posições de derivativos em aberto ao final de cada trimestre e

pelos ganhos ou perdas relativos aos contratos de derivativos

encerrados no trimestre.

55

Ruptura da barragem de rejeitos da

Samarco

Em 5 de novembro de 2015, uma das barragens da Samarco (Fundão) colapsou

inesperadamente, lançando 32 Mm3 de rejeitos arenosos e atingindo várias comunidades,

incluindo a comunidade do distrito de Bento Rodrigues, onde viviam cerca de 600 pessoas. A

ruptura da barragem resultou em 17 fatalidades, com duas pessoas ainda desaparecidas, e

causou extenso dano às propriedades e ao meio ambiente das regiões afetadas nos Estados

de Minas Gerais e Espírito Santo.

Imediatamente após a ruptura da barragem de rejeitos, junto com a Defesa Civil, o Corpo de

Bombeiros, a Polícia Militar e outras autoridades, a Samarco providenciou primeiros

socorros, comida, água, estadia, assistência social e suporte financeiro para centenas de

famílias e indivíduos afetados. Até o presente momento, a Samarco: (a) finalizou a

recuperação de todas as sete pontes impactadas pela ruptura da barragem; (b) acomodou

todas as 369 famílias que perderam suas casas; (c) distribuiu 2.907 cartões de suporte

financeiro para os residentes das cidades afetadas (75% do total das famílias afetadas); (d)

providenciou atendimento psicossocial para 1.185 famílias; (e) distribuiu 553 milhões de litros

de água potável e 59 milhões de litros de água mineral. Tanto a Vale quanto a BHP Billiton,

acionistas da Samarco, têm se envolvido ativamente no suporte à Samarco durante esta

crise.

Além das ações civis, a Samarco tem monitorado a região afetada e realizado trabalhos de

emergência para conter movimentos adicionais de rejeitos, reforçando as estruturas das

barragens para garantir a segurança da região.

Além de cooperar com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, Polícia Federal e

Ministério Público Federal, a Samarco, em conjunto com seus acionistas, também contratou

uma firma especializada para conduzir uma investigação externa. Dada a complexidade do

evento, ainda não é possível definir uma data para a divulgação.

Com o fim de avaliar os impactos ambientais e socioeconômicos da ruptura da barragem e

auxiliar no desenvolvimento de um plano de remediação, a Samarco contratou duas

empresas externas: uma consultoria de classe mundial em engenharia, meio ambiente e

emergências ambientais e outra empresa de reputação internacional especializada em

serviços ambientais, de saúde e segurança e sociais. O plano de remediação elaborado

também incluirá ações para recuperação da atividade econômica regional.

Os impactos da ruptura da barragem nas atividades da Samarco levaram à imediata

56

paralisação de suas atividades de mineração no Estado de Minas Gerais. A operação da

Vale no Complexo de Mariana, próximo à área de mineração da Samarco, também foi

impactada negativamente pela destruição da principal correia transportadora.

Consequentemente, a produção da Vale na região de Mariana foi 3 Mt menor no 4T15 (cujas

perdas foram parcialmente compensadas pelo aumento de produção em outras minas) e,

provavelmente, será 9 Mt menor em 2016 (cujas perdas serão parcialmente compensadas

pelo aumento de produção em outras minas). A Vale também interrompeu as vendas de

ROM para a planta de processamento da Samarco em Minas Gerais.

Como consequência do rompimento da barragem de Fundão, a Samarco incorreu em

despesas, baixa de ativos e reconheceu provisões para remediação, que afetou seu balanço

patrimonial e demonstração de resultado. A Vale reconhece os resultados da Samarco pelo

método de equivalência patrimonial e, portanto, os impactos do rompimento da barragem da

Samarco no balanço patrimonial e na demonstração de resultado estão limitados à

participação da Companhia no capital social da Samarco, de acordo com a legislação

societária brasileira. O investimento da Vale na Samarco foi reduzido para zero e nenhum

passivo foi registrado nas demonstrações contábeis da Vale. O rompimento da barragem não

teve efeito no fluxo de caixa da Vale no exercício findo em 31 de dezembro de 201527

.

Em função do evento, a Vale S.A foi citada na ação civil pública ajuizada na 12ª Vara Federal

de Belo Horizonte pela União, pelos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e outras

instituições. A ação, contra a Samarco S.A (“Samarco”) e seus acionistas, BHP Billiton Brasil

Ltda. (“BHP”) e Vale requisitou: (a) a indisponibilidade das licenças das três rés para a lavra

de minério, sem contudo limitar as suas atividades de produção e comercialização e (b) a

remediação dos danos causados pela ruptura da barragem. Foi atribuído à causa o valor de

R$ 20,2 bilhões. A Vale tem adotado as medidas necessárias para assegurar seu direito de

defesa.

Para mais detalhes sobre efeitos contábeis favor recorrer às Demonstrações Financeiras da Vale de 31 de dezembro de

2015, nota 4.

57

Metais Básicos

DESEMPENHO ANUAL

O EBITDA ajustado de metais básicos foi de US$ 1,388 bilhão em 2015, representando uma

redução de US$ 1,133 bilhão dos US$ 2,521 bilhões registrados em 2014. A redução deveu-

se, principalmente, aos menores preços dos metais básicos (US$ 2,195 bilhões) e maiores

custos (US$ 137 milhões), que foram parcialmente compensados por variações cambiais

favoráveis (US$ 594 milhões) e maiores volumes (US$ 498 milhões).

RECEITA E VOLUMES DE VENDA

A receita bruta de metais básicos e seus subprodutos totalizaram US$ 6,172 bilhões em

2015 contra os US$ 7,694 bilhões em 2014. A redução foi ocasionada, principalmente, por

menores preços de níquel (US$ 1,394 bilhão) e de cobre (US$ 641 milhões), que foram

parcialmente compensados por maiores volumes de venda de níquel (US$ 338 milhões) e de

cobre (US$ 246 milhões).

A produção de níquel atingiu novo recorde anual de 291.000 t, ficando 16.000 t acima de

2014, como resultado da maior produção em VNC e Onça Puma. A produção de cobre,

devido ao ramp-up de Salobo, atingiu 423.800 t, ficando 44.100 t acima de 2014 e batendo

um novo recorde anual. A produção de ouro atingiu uma produção recorde de 420.100 onças

troy (oz) em 2015, representando um recorde histórico, com o avanço do ramp-up de Salobo.

CUSTOS E DESPESAS

Os custos de metais básicos foram de US$ 4,296 bilhões (ou US$ 5,863 bilhões incluindo

depreciação). Após o ajuste pelos efeitos de volume (US$ 168 milhões) e variações cambiais

(-US$ 594 milhões), os custos aumentaram US$ 137 milhões em relação a 2014. A principal

razão do aumento de custo foi a crescente alocação de despesas pré-operacionais de VNC

ao CPV.

SG&A e outras despesas, excluindo depreciação, apresentaram resultado positivo em US$

44 milhões em 2015 devido ao efeito positivo de US$ 230 milhões da transação de

goldstream registrada no 1T15. SG&A e outras despesas, excluindo os efeitos positivos de

seguros em 2014 (US$ 276 milhões) e da transação de goldstream no 1T15, ficaram estáveis

em 2015 se comparadas a 2014.

Despesas pré-operacionais e de parada, excluindo depreciação, totalizaram US$ 412

milhões, ficando US$ 117 milhões abaixo de 2014, principalmente como reflexo de menores

despesas em VNC (US$ 129 milhões) e em Salobo (US$ 15 milhões), que foram

parcialmente mitigadas por maiores despesas em Long Harbour (US$ 26 milhões).

58

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O EBTIDA ajustado foi de US$ 111 milhões no 4T15, diminuindo US$ 82 milhões em relação

ao 3T15, principalmente como resultado dos menores preços (US$ 158 milhões), pela baixa

contábil de materiais relacionados com a construção inicial de Onça Puma e Salobo de -US$

31 milhões que foram parcialmente compensados por maiores volumes de vendas (US$ 93

milhões) e variação cambial favorável (US$ 30 milhões) no 4T15. O EBITDA ajustado foi

impactado negativamente pelo EBITDA de VNC de -US$ 107 milhões e pelos ajustes de

preço provisório de cobre de -US$ 60 milhões.

RECEITAS E VOLUMES DE VENDAS

A receita bruta das vendas de níquel totalizou US$ 782 milhões no 4T15, ficando em linha

com o 3T15. O impacto negativo de menor preço realizado de níquel no 4T15 (US$ 112

milhões) foi compensado por maiores volumes de vendas (US$ 109 milhões). Os volumes de

vendas foram de 84 kt no 4T15, ficando 12 kt acima do 3T15.

A receita bruta das vendas de cobre totalizou US$ 413 milhões no 4T15, aumentando 12,2%

em relação ao 3T15, principalmente como resultado de maiores volumes (US$ 54 milhões).

Os volumes de vendas totalizaram 108 kt no 4T15 em relação às 94 kt no 3T15.

A receita bruta das vendas de PGMs (metais do grupo da platina) totalizou US$ 96 milhões

no 4T15, aumentando 65,5% em relação ao 3T15, em função dos maiores volumes de

vendas de 140 koz no 4T15 contra 83 koz no 3T15. Os volumes de vendas de PGMs

aumentaram com Sudbury operando sem a grande parada de manutenção ocorrida no

terceiro trimestre.

A receita bruta das vendas de ouro totalizou US$ 122 milhões no 4T15, ficando 6,1% acima

do 3T15 como resultado dos maiores volumes de 114 koz no 4T15, contra 105 koz no 3T15.

Receita operacional líquida por produto US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Níquel 782 785 1.064 3.412 4.468

Cobre 413 368 556 1.728 2.122

PGMs 96 59 152 404 564

Ouro 122 115 115 477 418

Prata 8 7 11 31 37

Outros 37 22 50 120 85

Total 1.458 1.355 1.948 6.172 7.694

PREÇO REALIZADO DE NÍQUEL

O preço realizado de níquel foi de US$ 9.310/t, ficando US$ 127/t abaixo da média do preço

de níquel na LME de US$ 9.437 no 4T15.

59

Os produtos de níquel da Vale são divididos em duas categorias, níquel refinado (pelotas,

powders, catodos, FeNi, Utility Nickel™ e Tonimet™) e intermediários (concentrados, matte,

NiO e NHC).

Os produtos refinados de níquel possuem mais níquel contido, obtendo tipicamente um

prêmio sobre a média do preço LME, enquanto os produtos intermediários de níquel

apresentam menos pureza já que eles são apenas parcialmente processados. Por essa

diferença, os produtos intermediários são vendidos com desconto. O montante do desconto

irá variar de acordo com a quantidade de processamento que ainda se faz necessária, a

forma do produto e o nível de impurezas. O mix de produtos vendidos também é um

importante fator na realização de preço do níquel. As vendas de níquel refinado

representaram 87% do total de vendas de níquel no 4T15; com vendas de intermediários

representando o restante. Essa foi a mesma proporção do 3T15.

O preço realizado de níquel diferiu da média do preço LME no 4T15 baseado nos seguintes

impactos:

Prêmio para produtos acabados de níquel refinado com média de US$ 313/t, com um

impacto agregado no preço realizado de US$ 270/t;

Desconto para produtos intermediários de níquel com média de US$ 2.943/t, com um

impacto agregado no preço realizado de -US$ 397/t.

Realização de preço - níquel

PREÇO REALIZADO DE COBRE

O preço realizado de cobre foi de US$ 3.824/t, ficando US$ 1.068/t abaixo da média do preço

de cobre na LME de US$ 4.892/t no 4T15. Os produtos de cobre da Vale são formas

60

intermediárias de cobre, predominantemente na forma de concentrado que é vendido com

desconto em relação ao preço LME. Estes produtos são vendidos a preços provisórios

durante o trimestre, sendo os preços finais determinados em um período futuro, geralmente

de um a quatro meses adiante28

.

O preço realizado de cobre diferiu da média do preço LME no 4T15 baseado nos seguintes

impactos:

Ajustes de precificação do período atual: marcação a mercado das faturas ainda em

aberto no trimestre baseada em preços de cobre na curva de preço futuro29

ao fim do

trimestre (-US$ 317/t).

Ajustes de preço de períodos anteriores: variação entre o preço utilizado nas faturas

finais (e na marcação a mercado das faturas de trimestres anteriores ainda em

aberto ao final do trimestre atual) e os preços provisórios usados nas vendas dos

trimestres anteriores (US$ -239/t).

TC/RCs, penalidades, prêmios e descontos para produtos intermediários (-US$

512/t).

Realização de preço – cobre

O impacto total do sistema de preço provisório (marcação a mercado de faturas em aberto e

diferenças entre preços provisórios e finais) nas receitas das vendas foi de US$ 60 milhões

como resultado líquido de: (a) ajuste de preço do período atual para a marcação a mercado

28

Em 31 de dezembro de 2015 a Vale tinha 81.229 toneladas de cobre precificado provisoriamente baseado na curva de

preço futuro da LME de US$ 4.710/t, sujeito a precificação final nos próximos meses.

29 Inclui um pequeno montante de faturas finais que foram precificadas provisionalmente e finalizadas no próprio trimestre.

61

das faturas ainda em aberto no final do trimestre com base na curva de preço futuro (-US$

317/t em 108 kt30

de volume de vendas, resultando em -US$ 34 milhões); e (b) ajustes de

preço de períodos anteriores com base na variação entre o preço usado na fatura final e os

preços provisórios usados em trimestres anteriores (-US$ 239/t em 108 kt de volume de

vendas, resultando em -US$ 26 milhões).

Preço médio realizado US$ por tonelada 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Níquel - LME 9.437 10.561 15.799 11.807 16.867

Cobre - LME 4.892 5.259 6.624 5.494 6.862

Níquel 9.310 10.866 15.420 11.684 16.426

Cobre 3.824 3.892 5.842 4.353 6.015

Platina (US$ por onça troy) 818 1.005 1.225 1.020 1.262

Ouro (US$ por onça troy) 1.064 1.095 1.190 1.123 1.193

Prata (US$ por onça troy) 10,00 13,49 14,16 12,63 19,42

Cobalto (US$ por lb) 8,55 14,54 9,34 9,95 10,67

DESEMPENHO DE PRODUÇÃO

A produção de níquel alcançou o recorde de 82.700 t no 4T15, 15,4% acima do 3T15, como

resultado de maior produção de níquel acabado nas operações do Canadá, Indonésia, Nova

Caledônia e Brasil.

A produção de cobre alcançou o recorde trimestral de 112.500 t no 4T15, 13,4% acima do

3T15, como resultado de maior produção nas operações do Canadá e do ramp-up de Salobo

II.

A produção de ouro alcançou o recorde trimestral de 117.500 oz no 4T15, 17,6% acima do

3T15, como resultado do contínuo ramp-up de Salobo.

Volume vendido mil toneladas 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Operações de Níquel & Subprodutos

Níquel 84 72 69 292 272

Cobre 43 32 37 148 156

Ouro ('000 oz) 15 15 20 79 103

Prata ('000 oz) 582 374 574 1.655 1.431

PGMs ('000 oz) 140 83 168 519 577

Cobalto (metric ton) 1.433 468 1.311 3.840 3.188

Operações de Cobre & Subprodutos

Cobre 65 62 58 249 197

Ouro ('000 oz) 99 90 76 346 248

Prata ('000 oz) 178 154 182 648 458

30

A produção de cobre inclui 43 k t nas operações de níquel do Norte Atlântico e 65 kt nas operações de cobre do Atlântico

Sul.

62

CUSTOS E DESPESAS

Os custos alcançaram US$ 1,131 bilhão no 4T15 (ou US$ 1,551 bilhão incluindo

depreciação). Após o ajuste para os efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 168

milhões) e variação cambial (-US$ 30 milhões), os custos diminuíram US$ 45 milhões contra

o 3T15, principalmente em função da maior diluição de custos fixos em Sudbury (US$ 42

milhões).

CPV METAIS BÁSICOS - 3T15 x 4T15

Principais variações

US$ milhões 3T15 Volume Exchange

Rate Others

Total Variation 3Q15 x 4Q15

4Q15

Pessoal 205 37 (7) (7) 23 228

Serviços contratados e materiais

218 39 (7) (7) 25 243

Energia (Eletricidade, diesel & gás)

137 25 (4) (4) 17 154

Aquisição de produtos

106 - - (15) (15) 91

Manutenção 236 43 (8) (8) 27 263

Outros operacionais 136 24 (4) (4) 16 152

Custos totais antes de depreciação e amortização

1.038 168 (30) (45) 93 1.131

Depreciação 368 2 (11) 61 52 420

Total 1.406 170 (41) 16 145 1.551

As despesas de SG&A e Outras despesas, excluindo depreciação, foram de US$ 95 milhões

no 4T15, sendo impactadas negativamente pela baixa contábil de inventários de materiais

no 4T15 (US$ 31 milhões).

As despesas pré-operacionais e de parada, excluindo depreciação, totalizaram US$ 89

milhões, permanecendo US$ 8 milhões abaixo do 3T15 e refletindo principalmente menores

despesas em VNC (US$ 7 milhões) e Long Harbour (US$ 2 milhões).

63

Performance por operação

Os detalhes dos componentes do EBITDA de Metais Básicos por operação estão detalhados

abaixo.

Desempenho do EBITDA de Metais Básicos – 4T15

US$ millions Atlântico

Norte PTVI VNC Sossego Salobo

Onça

Puma Outros

1

Total

Metais

Básicos

Receita Líquida 729 177 84 103 248 64 53 1,458

Custos2 (490) (145) (113) (83) (156) (55) (89) (1,131)

SG&A e outras despesas (11) 2 (10) (3) (17) (19) (36) (95)

P&D (18) (5) (3) (3) - (0) (3) (32)

Pré-operacional & parade (23) (65) - - (1) (89)

EBITDA 187 28 (107) 14 75 (10) (76) 111

Vendas de Ni (kt) 43 23 10 - - 7 2 84

Vendas de Cu (kt) 43 - - 23 42 - - 108 1 Inclui os off- takes de PTVI e VNC, vendas intercompany , compras de níquel de terceiros e o centro corporativo de metais básicos

2 Custos sem créditos de subprodutos

Metais básicos – EBITDA por operação

Metais básicos – EBITDA por tonelada por operação

EBITDA

Os detalhes do EBITDA ajustado de Metais Básicos por operação são os seguintes:

(a) O EBITDA das operações do Atlântico Norte foi de US$ 187 milhões, aumentando

em US$ 48 milhões em comparação com o 3T15, principalmente como resultado de

menores custos e despesas (US$ 81 milhões) e maiores volumes (US$ 66 milhões),

e por terem sido parcialmente compensados por menores preços (US$ 91 milhões).

US$ milhões 4T15 3T15 4T14

Operações do Atlântico Norte1 187 139 435

PTVI 28 57 91

VNC (107) (115) (118)

Onça Puma (10) 12 5

Sossego 14 36 58

Salobo 75 77 71

Outros2 (76) (14) 40

Total 111 193 582

1 Inclui operações no Canadá e no Reino Unido

2 Inclui off- takes de PTVI e VNC, vendas intercompany e compra de níquel acabado, recei tas da transação de goldstream e o centro

corporativo de metais básicos

US$ million 4T15 3T15 4T14

Operações do Atlântico Norte1 2.179 1.961 5.764

PTVI 1.231 2.543 4.483

Onça Puma (1.405) 2.291 1.000

Sossego 614 1.397 2.191

Salobo 1.790 2.099 2.240 1 Inclui operações no Canadá e no Reino Unido

64

(b) O EBITDA de PTVI foi de US$ 28 milhões, diminuindo US$ 29 milhões em

comparação com o 3T15, principalmente como resultado de menores preços (US$

30 milhões) enquanto custos e despesas permaneceram estáveis no 4T15 em

relação ao 3T15.

(c) O EBITDA de VNC foi de -US$ 107 milhões, aumentando US$ 8 milhões em

comparação ao 3T15, principalmente como resultado de menores custos e despesas

(US$ 13 milhões).

(d) O EBITDA de Onça Puma foi de -US$10 milhões, diminuindo em US$ 22 milhões em

comparação com o 3T15, como resultado de maiores despesas (US$ 25 milhões),

que foram principalmente associadas com o efeito não-recorrente da baixa contábil

de US$ 16 milhões relacionada aos estoques de materiais comprados durante a

construção.

(e) O EBITDA de Sossego foi de US$ 14 milhões, diminuindo em US$ 22 milhões,

principalmente como resultado dos maiores custos e despesas (US$ 22 milhões),

relacionados a 10,2% de queda de produção em função de menores teores de cobre

e a uma baixa de estoques no valor de US$ 2 milhões.

(f) O EBITDA de Salobo foi de US$ 75 milhões, diminuindo US$ 2 milhões em

comparação com o 3T15, principalmente como resultado do efeito não-recorrente da

baixa contábil relacionada aos estoques de materiais comprados durante a

construção (US$ 13 milhões) e menores preços de venda (US$ 3 milhões). Esses

impactos negativos foram parcialmente compensados por maiores volumes de

vendas (US$ 17 milhões) e impactos positivos de variação cambial (US$ 12

milhões).

O custo unitário nas Operações do Atlântico Norte diminuiu no 4T15 em função dos maiores

volumes de vendas, maior entrega de subprodutos e a diluição de custos fixos. O custo caixa

em Onça Puma foi impactado positivamente pela depreciação do BRL. Sossego apresentou

aumento de custos em função de menores teores de cobre.

65

Metais básicos – custo caixa unitário das vendas, líquidos dos créditos de subprodutos1

Conforme anteriormente divulgado, a operação de VNC estava sujeita a um teste de

produção que deveria ter sido alcançado em 31 de dezembro de 2015, de acordo com o

acordo de acionistas entre a Vale e a Sumic Nickel Netherlands B.V., (Sumic) uma joint

venture entre a Sumitomo Metal Mining Co., Ltd. e Mitsui & Co.., Ltd,. Ainda que VNC tenha

alcançado um novo recorde de produção no quarto trimestre produzindo 9.600 t de níquel, a

operação não alcançou o patamar requerido pela Sumic para permanecer como acionista em

VNC. Em relação ao teste que tinha um patamar a ser alcançado para a produção de óxido

de níquel e para a produção total de níquel, VNC alcançou 93% do nível requerido de óxido

de níquel e 77% da produção total de níquel. A Sumic irá sair de VNC em 31 de março de

2016 e a Vale irá pagar um valor de US$ 135 milhões em março de 2017 por sua

participação acionária. A Vale irá, então, controlar 95% das ações de VNC. Um valor

adicional de US$ 218 milhões é devido à Sumic em março de 2017 pelo financiamento da

dívida que eles providenciaram à VNC.

Perspectiva de mercado – Metais Básicos

Os preços de metais básicos foram impactados negativamente no quarto trimestre, refletindo

a desaceleração do crescimento da produção industrial e dos gastos de consumidores na

China.

NÍQUEL

O preço de níquel na LME diminuiu durante o 4T15, principalmente em função do

enfraquecimento da demanda na China, que resultou em contínua diminuição da produção

de aço inoxidável. A média dos preços de níquel na LME foi de US$ 9.437/t no trimestre,

representando uma queda de 10,6% em relação ao 3T15 e uma queda de 40,3% em relação

ao 4T14. Os estoques de níquel nas maiores bolsas de metais aumentaram de 478kt no fim

do 3T15 para 493kt ao fim do 4T15, em função da adição de estoques à SHFE.

Os embarques de minério das Filipinas para a China diminuíram 1,7 Mt (18%) no 4T15 em

relação ao 4T14 enquanto os estoques de minério diminuíram 1,2 Mt durante o quarto

US$ / t 4T15 3Q15 4Q14

NÍQUEL

Operações do Atlântico Norte (níquel) 3.582 6.242 5.267

PTVI (níquel) 6.326 6.157 7.990

Onça Puma (níquel) 7.710 8.596 13.831

COBRE

Sossego (cobre) 2.840 2.301 3.668

Salobo (cobre) 1.571 1.520 2.218 1 Números do Atlântico Norte incluem custos de refine em Clydach e Acton enquanto PTVI inclui apenas os custos de suas operaçõe s

66

trimestre, indicando menor produção de NPI. As importações líquidas de níquel acabado na

China permaneceram relativamente altas, com 91kt de importação no 4T15 em relação às

exportações de 2,7kt no mesmo período em 2014. Já as importações líquidas de ferro-níquel

no 4T15 também foram altas, com 28kt de níquel contido em relação aos 20kt no 4T15.

Ao mesmo tempo em que persiste a incerteza sobre a duração da fraqueza atual dos preços,

mais da metade das operações de níquel hoje têm fluxo de caixa negativo em razão dos

preços atuais. Espera-se que a oferta mundial diminua em 2016 em função da queda de

produção de NPI e da queda esperada de produção de níquel refinado fora da China,

conforme os produtores se tornem incapazes de sustentar prejuízos. A expectativa de

demanda relativamente estável junto à redução de produção poderá impactar os preços

positivamente conforme o mercado se movimenta rumo a um déficit em 2016.

COBRE

O preço de cobre na LME diminuiu no 4T15, com média de US$ 4.892/t. Os preços

declinaram 7% em relação ao 3T15 e 26% em relação ao 4T14. Os estoques nas três

grandes bolsas de metais diminuíram durante o trimestre, com total de estoques terminando

o trimestre em 484kt em relação aos 520kt no início do período. Importações de concentrado

de cobre na China foram fortes, aumentando 11% no ano enquanto importações de cobre

refinado diminuíram ligeiramente (-0,6%) no mesmo período. Mais de 100kt em cortes de

produção relacionados aos preços foram anunciados no quarto trimestre, com a postergação

de vários projetos, incluindo projetos de expansão em minas importantes na América Latina.

No entanto, durante o mesmo período novas unidades de cobre foram adicionadas à oferta,

resultando em um aumento líquido ano a ano e levando o mercado a uma sobre oferta em

2015. Em 2016, com demanda relativamente estável, espera-se que o mercado permaneça

sobre ofertado.

Indicadores financeiros selecionados - Metais Básicos US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Receita líquida 1.458 1.347 1.953 6.163 7.692

Custos¹ (1.131) (1.038) (1.205) (4.296) (4.587)

Despesas¹ (95) 7 15 44 89

Despesas pré-operacionais e de parada¹ (89) (97) (136) (412) (530)

Despesas com P&D (32) (26) (45) (111) (143)

EBITDA ajustado 111 193 582 1.388 2.521

Depreciação e amortização (484) (437) (563) (1.840) (1.791)

EBIT ajustado (373) (244) 19 (452) 730

Margem EBIT ajustado (%) (25,6) (18,1) 1,0 (7,3) 9,5

¹ Excluindo depreciação e amortização

67

Carvão

DESEMPENHO ANUAL

O EBITDA ajustado do negócio de Carvão foi -US$ 508 milhões em 2015, se comparado a -

US$ 669 milhões em 2014. O aumento de US$ 161 milhões foi causado principalmente pela

parada definitiva das operações de Integra e Isaac Plains, por menores despesas e pela

desvalorização do dólar australiano, que foram parcialmente compensadas por menores

preços.

A receita bruta de carvão metalúrgico diminuiu para US$ 480 milhões em 2015, em

comparação com os US$ 661 milhões em 2014. A diminuição de US$ 181milhões ocorreu

devido a menores preços (US$ 108 milhões) e menores volumes de venda (US$ 73 milhões)

em 2015 como resultado da parada definitiva das operações de Integra e Isaac Plains. A

receita bruta da venda de carvão térmico caiu para US$ 46 milhões em 2015 contra US$ 78

milhões em 2014, principalmente como resultado de menores preços (US$ 12 milhões) e

menores volumes de venda (US$ 20 milhões).

O volume de vendas de carvão metalúrgico alcançou 5,6 Mt em 2015, diminuindo em 716 kt

em comparação com 2014, enquanto o volume de vendas de carvão térmico atingiu 892 kt

em 2015, diminuindo 260 kt em relação a 2014, como resultado de parada definitiva das

operações de Integra e Isaac Plains.

Os custos de carvão alcançaram US$ 839 milhões (ou US$ 977 milhões incluindo

depreciação) em 2015, diminuindo US$ 232 milhões em comparação com US$ 1,071 bilhão

registrado em 2014. Após o ajuste para os efeitos de menores volumes (US$ 134 milhões) e

para a depreciação do dólar australiano (US$ 84 milhões), os custos diminuíram em US$ 14

milhões.

As despesas de carvão, excluindo depreciação, reduziram-se em US$ 142 milhões do total

de US$ 365 milhões em 2014 caindo para US$ 223 milhões em 2015. A diminuição ocorreu

principalmente devido ao menor ajuste de estoques de carvão térmico em Moçambique.

Desempenho anual por operação

Os destaques por operação são os seguintes:

Austrália

O EBITDA ajustado das operações na Austrália foi negativo em US$ 28 milhões em

2015 contra US$ 191 milhões negativos em 2014. O aumento de US$ 163 milhões

em relação a 2014 decorreu principalmente da parada definitiva das operações não

68

rentáveisde Integra e Isaac Plains e da melhor performance operacional de

Carborough Downs, que foi parcialmente compensado por menores preços, pela

baixa de ativos e de gastos de desenvolvimento de mina.

O fluxo de caixa livre das operações na Austrália foi de US$ 24 milhões em 2015,

após a dedução dos eventos não caixa de baixa de ativos.

Os custos sem depreciação na Austrália totalizaram US$ 256 milhões em 2015,

representando uma diminuição de US$ 261 milhões quando comparados a 2014.

Após o ajuste dos efeitos de menores volumes (-US$ 134 milhões) e depreciação do

dólar australiano (-US$ 84 milhões), os custos diminuíram US$ 43 milhões com a

parada definitiva das operações de Integra e Isaac Plains e as iniciativas de

reduções de custo em Carborough Downs.

Moçambique

O EBITDA ajustado das operações em Moçambique foi negativo em US$ 508

milhões em 2015 em linha com os US$ 506 milhões negativos em 2014. O impacto

negativo de menores preços de vendas foi compensado por menores despesas.

Os custos sem depreciação em Moçambique totalizaram US$ 583 milhões em 2015,

representando um aumento de US$ 29 milhões, que foi decorrente da remoção de

estéril durante a parada para manutenção no 3T15 e de maiores custos de

manutenção, que foram parcialmente compensados por menores custos logísticos.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O EBITDA ajustado do negócio de Carvão foi de -US$149 milhões no 4T15, se comparado

aos –US$ 129 milhões no 3T15. A diminuição de US$ 20 milhões foi causada principalmente,

por menores preços e maiores custos na Austrália.

A receita bruta de carvão metalúrgico diminuiu para US$ 98 milhões no 4T15, se comparada

aos US$ 115 milhões no 3T15. A diminuição de US$ 17 milhões ocorreu devido a menores

preços (US$ 11 milhões) e menores volumes de venda (US$ 6 milhões) no 4T15 como

resultado de movimentação de longwall em Carborough Downs. A receita bruta da venda de

carvão térmico caiu para US$ 10 milhões no 4T15 dos US$ 12 milhões no 3T15,

principalmente como resultado de menores preços (US$ 1 milhão) e menores volumes de

venda (US$ 1 milhão).

O volume de vendas de carvão metalúrgico alcançou 1,3 Mt no 4T15, diminuindo em 90 kt

em relação ao 3T15 como resultado da já mencionada movimentação de longwall em

Carborough Downs. A redução foi parcialmente compensada por maiores volumes de vendas

69

em Moçambique. O volume de vendas de carvão térmico foi de 226 kt no 4T15, ficando 17 kt

menor do que no 3T15 como resultado da priorização de transporte de carvão metalúrgico.

Os custos de carvão alcançaram US$ 260 milhões (ou US$ 296 milhões incluindo

depreciação) no 4T15, aumentando US$ 53 milhões em comparação com os US$ 207

milhões registrados no 3T15. Após ajustar para os efeitos de menores volumes na Austrália

(-US$ 23 milhões) e de maiores volumes em Moçambique (US$ 28 milhões), os custos

aumentaram em US$ 48 milhões, principalmente como resultado do efeito não recorrente da

baixa de gastos de desenvolvimento de mina na Austrália.

As despesas de carvão, excluindo depreciação, diminuíram em US$ 24 milhões, passando

de US$ 49 milhões no 3T15 para US$ 25 milhões no 4T15. A diminuição ocorreu

principalmente devido ao impacto positivo de uma reinvindicação de seguro na Austrália.

Desempenho trimestral por operação

Os destaques por operação são os seguintes:

Austrália

O EBITDA ajustado das operações australianas foi de -US$ 33 milhões no 4T15 em

comparação com os -US$ 4 milhões no 3T15. A diminuição de US$ 29 milhões em

relação ao 3T15 ocorreu, principalmente, devido ao efeito não recorrente da baixa de

gastos de desenvolvimento de mina em Carborough Downs mencionado acima.

Os custos líquidos de depreciação nas operações australianas alcançaram US$ 84

milhões no 4T15, aumentando em US$ 25 milhões contra o 3T15. Após o ajuste

pelos efeitos de menores volumes (-US$ 23 milhões), os custos aumentaram em

US$ 48 milhões como resultado da já mencionada baixa de gastos em Carborough

Downs.

O fluxo de caixa livre para as operações na Austrália totalizou US$ 8 milhões no

4T15.

Moçambique

O EBITDA ajustado de Moçambique foi de -US$ 144 milhões no 4T15 em

comparação com os -US$ 125 milhões registrados no 3T15. A diminuição de US$ 19

milhões em relação ao 3T15 ocorreu, principalmente, em razão dos menores preços.

Os custos em Moçambique líquidos de depreciação alcançaram US$ 176 milhões no

4T15, aumentando US$ 28 milhões em relação ao 3T15 como resultado de maiores

volumes de vendas.

70

Perspectiva de mercado – carvão metalúrgico

Os preços de premium hard coking coal low vol FOB Australia diminuíram 8,9% no trimestre,

passando de US$ 89/t no 3T15 para US$ 81/t no 4T15, enquanto os preços de PCI

diminuíram 2,8%, passando de US$ 71/t no 3T15 para US$ 69/t no 4T15.

A demanda transoceânica chinesa diminuiu 22% para 48 Mt em 2015 quando comparada a

62 Mt em 2014, o que foi parcialmente compensado pelo aumento de 14% na demanda da

Índia que passou de 40Mt em 2014 para aproximadamente 46Mt em 2015. A redução de 4%

na importação global de carvão metalúrgico em 2015 contribuiu para pressionar ainda mais o

preço do carvão metalúrgico.

Os produtores australianos se beneficiaram do baixo custo de frete, e aumentaram a oferta

de carvão metalúrgico no mercado do Atlântico. Dados preliminares mostram que a Austrália

exportou aproximadamente 186 Mt de carvão metalúrgico em 2015, ficando um pouco abaixo

de 2014, enquanto as exportações dos Estados Unidos alcançaram 38Mt, representando

uma queda de 28% em relação a 2014. O mercado aguarda maiores cortes na oferta, com

consolidações dos produtores norte-americanos, enquanto a depreciação nas moedas dos

países exportadores de carvão contribui para desacelerar as reduções de oferta fora dos

EUA.

A demanda tende a permanecer fraca e cortes adicionais na oferta serão necessários para

balancear o mercado em 2016.

Desempenho do segmento de carvão

Receita operacional líquida por produto US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Carvão metalúrgico 98 115 181 480 661

Carvão térmico 10 12 20 47 78

Total 108 127 201 526 739

Preço médio realizado US$ por tonelada 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Carvão metalúrgico 73,75 81,22 99,72 85,55 104,37

Carvão térmico 44,19 48,24 64,52 52,42 67,65

Volume vendido mil toneladas 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Carvão metalúrgico 1.329 1.419 1.815 5.614 6.330

Carvão térmico 226 243 310 891 1.152

Total 1.555 1.662 2.125 6.505 7.482

71

Indicadores financeiros selecionados - Carvão US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Receita líquida 108 127 201 526 739

Custos¹ (260) (207) (249) (839) (1.071)

Despesas¹ (9) (17) (164) (140) (309)

Despesas pré-operacionais e de parada¹ (12) (25) (10) (61) (38)

Despesas com P&D (4) (7) (10) (22) (18)

Dividendos recebidos 28 - 28 28 28

EBITDA ajustado (149) (129) (204) (508) (669)

Depreciação e amortização (41) (80) (36) (192) (120)

EBIT ajustado (218,0) (209,0) (268,0) (728,0) (817,0)

Margem EBIT ajustado (%) (202) (165) (133) (138) (111)

¹ Excluindo depreciação e amortização

72

Fertilizantes

DESEMPENHO ANUAL

O EBITDA ajustado do negócio de Fertilizantes aumentou para US$ 567 milhões em 2015

dos US$ 278 milhões em 2014. O aumento de US$ 289 milhões em relação a 2014 ocorreu

principalmente: (a) pelo positivo impacto do câmbio (US$ 248 milhões); (b) pelas iniciativas

de corte de custos (US$ 83 milhões); (c) pelos ganhos no preço realizado em razão das

iniciativas comerciais (US$ 74 milhões); (d) pelas reduções de despesas31

(US$ 45 milhões).

Este aumento foi parcialmente mitigado: (a) pela inflação32

(US$ 79 milhões); (b) pelos

menores volumes (US$ 37 milhões); (c) pelas maiores despesas com P&D33

(US$ 23

milhões); (d) por menores preços de mercado (US$ 22 milhões).

A receita bruta de vendas de potássio totalizou US$ 147 milhões em 2015, diminuindo em

US$ 22 milhões em 2015 em relação a 2014. Os volumes de venda diminuíram de 475 kt em

2014 para 463 kt em 2015, devido a menores teores na mina, impactando a produção. Os

preços realizados diminuíram de US$ 356/t em 2014 para US$ 318/t em 2015, junto com a

redução dos preços internacionais de potássio.

A receita bruta das vendas de produtos fosfatados totalizou US$ 1,818 bilhão em 2015, US$

86 milhões abaixo do registrado em 2014, como resultado de menores volumes de venda

(US$ 39 milhões) e menores preços realizados (US$ 47 milhões), que foram impactados pela

redução dos preços internacionais.

A receita bruta das vendas de nitrogenados totalizou US$ 355 milhões em 2015 em relação

aos US$ 411 milhões em 2014, como resultado de menores volumes de vendas (US$ 28

milhões) e menores preços de vendas (US$ 28 milhões).

Apesar da redução nos volumes de venda em 2015, o segmento de fertilizantes aumentou

sua participação no mercado brasileiro.

Os custos de fertilizantes, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 1,469 bilhão em 2015

(ou US$ 1,763 bilhão com depreciação), diminuindo US$ 416 milhões em comparação com

2014. Após a exclusão dos efeitos de menores volumes (-US$ 60 milhões) e variação

cambial (-US$ 343 milhões), os custos diminuíram US$ 13 milhões, uma vez que as

iniciativas de corte de custos (US$ 83 milhões) foram parcialmente mitigadas pela inflação

(US$ 70 milhões).

31

SG&A e outras despesas, despesas pré operacionais e de parada, após o ajuste do efeito da variação cambial.

32 Inclui US$ 96 milhões de inflação nos custos, -US$ 26 milhões da diminuição do preço de mercado da amônia e do enxofre

e US$ 9 milhões de inflação nas despesas.

33 Após o ajuste do efeito da variação cambial.

73

O SG&A e outras despesas, líquidos de depreciação, diminuíram para US$ 37 milhões em

2015 comparado aos US$ 94 milhões em 2014, devido à depreciação do real (BRL) (US$ 19

milhões) e à inciativas de redução de despesa (US$ 30 milhões), que foram parcialmente

mitigadas pela inflação (US$ 9 milhões). Despesas com P&D totalizaram US$ 82 milhões em

2015, um aumento de 14% dos US$ 72 milhões registrados em 2014, principalmente devido

às maiores despesas no estudo do projeto Kronau. Despesas pré-operacionais e de parada

totalizaram US$ 70 milhões em 2015, uma diminuição de US$ 15 milhões em relação a 2014,

principalmente como resultado da redução nas despesas de parada (US$ 17,5 milhões).

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O EBITDA ajustado do negócio de Fertilizantes diminuiu para US$ 117 milhões no 4T15 dos

US$ 197 milhões no 3T15. A diminuição dos US$ 80 milhões em relação ao 3T15 deveu-se,

principalmente, por menores volumes (US$ 86 milhões), de acordo com a sazonalidade usual

do mercado.

A receita bruta de vendas de potássio alcançou US$ 33 milhões no 4T15, diminuindo em

US$ 14 milhões no 4T15 em relação ao 3T15. Os volumes de venda diminuíram de 155 kt no

3T15 para 114 kt no 4T15, devido à sazonalidade típica do mercado. Os preços realizados

diminuíram de US$ 302/t no 3T15 para US$ 293/t no 4T15, junto com a redução dos preços

internacionais de potássio.

A receita bruta das vendas de produtos fosfatados totalizou US$ 387 milhões no 4T15, US$

201 milhões abaixo do registrado no 3T15 como resultado de menores volumes de venda.

Os volumes de venda diminuíram devido à sazonalidade típica do mercado.

A receita bruta das vendas de nitrogenados totalizou US$ 76 milhões no 4T15 em relação

aos US$ 92 milhões no 3T15, como resultado de menores volumes de vendas.

Os custos de fertilizantes, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 319 milhões no 4T15 (ou

US$ 386 milhões com depreciação), diminuindo US$ 125 milhões em comparação com o

3T15. Após a exclusão dos efeitos de menores volumes (-US$ 130 milhões) e variação

cambial (-US$ 19 milhões), os custos aumentaram em US$ 24 milhões, principalmente como

resultado da capacidade ociosa (US$ 10 milhões), ajustes de estoque (US$ 6 milhões) e

maior imposto com frete (US$ 3 milhões).

O SG&A e outras despesas, líquidos de depreciação, aumentaram para US$ 14 milhões no

4T15 comparado aos US$ 5 milhões no 3T15. Despesas com P&D totalizaram US$ 22

milhões no 4T15, em linha com os US$ 23 milhões registrados no 3T15. Despesas pré-

operacionais e de parada totalizaram US$ 9 milhões no 4T15, uma diminuição de US$ 20

milhões em relação ao 3T15, principalmente como resultado da redução nas despesas de

parada.

74

Perspectiva de mercado - Fertilizantes

O segmento de fertilizantes registrou mais um trimestre de fraca demanda, como resultado

de preços inferiores aos esperados das commodities agrícolas. A demanda no Brasil foi

prejudicada ainda pela depreciação do real (BRL) frente ao dólar (USD) e a escassez de

crédito para os agricultores. A demanda na Índia foi impactada negativamente pelo consumo

de estoques.

Os mercados de fosfato e nitrogênio permaneceram fracos, com reduções de oferta não

correspondentes com a lentidão da demanda. Menor demanda de fosfato também reduziu a

demanda por enxofre e amônia, matérias-primas mais relevantes para a produção de

nitrogênio e produtos fosfatados. Em geral, as condições nesses segmentos devem

estabelecer um nível de preços mais baixos para os mercados de nitrogênio e fosfato.

O mercado do potássio permanece com excesso de oferta com a demanda ainda fraca. No

entanto, apoiado pelos contratos anuais acordados com os compradores chineses no início

de cada ano, os preços dos fertilizantes potássicos permaneceu relativamente elevado para

as condições atuais de mercado, o que levou os compradores a esperarem para as novas e

futuras negociações de preços.

No curto prazo, o consumo pode permanecer fraco, especialmente no Brasil, já que

compradores de fertilizantes continuam a adiar compras com a expectativa de uma

recuperação do mercado de crédito e maiores preços das commodities agrícolas. O mercado

do potássio pode voltar ao equilíbrio no curto prazo com cortes de produção e nenhuma

capacidade adicional instalada em 2015. O fosfato pode também melhorar com cortes de

produção.

CPV FERTILIZANTES - 3T15 x 4T15

Principais variações

US$ milhões 3T15 Volume Exchange

Rate Others

Total Variation 3Q15 x 4Q15

4Q15

Pessoal 73 (18) (6) 1 (23) 50

Serviços contratados e materiais

269 (69) (8) (9) (86) 183

Energia (Eletricidade, diesel & gás)

56 (16) (3) - (19) 37

Manutenção 23 (4) (1) - (5) 18

Outros operacionais 23 (23) (1) 32 8 31

Custos totais antes de depreciação e amortização

444 (130) (19) 24 (125) 319

Depreciação 93 (25) (6) 5 (26) 67

Total 537 (155) (25) 29 (151) 386

75

Desempenho do segmento de fertilizantes

Receita operacional liquida por produto US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Potássio 33 47 45 147 169

Fosfatados 387 588 432 1.818 1.904

Nitrogenados 76 92 108 355 411

Outros 17 20 22 66 101

Total 513 747 607 2.386 2.585

Preço médio realizado US$ por tonelada 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Potássio 293,08 302,42 371,90 318,32 355,79

Fosfatados

MAP 496,45 505,21 550,70 511,70 542,44

TSP 394,48 391,50 448,41 398,05 428,98

SSP 212,88 197,17 217,14 204,45 212,61

DCP 514,90 536,10 584,94 554,88 591,51

Rocha fosfática 81,73 78,02 88,77 82,55 70,88

Nitrogenados 490,89 497,96 627,91 554,11 604,41

Volume vendido mil toneladas 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Potássio 114 155 121 463 475

Fosfatados

MAP 266 348 249 1.081 1.040

TSP 113 317 112 744 749

SSP 317 740 367 1.847 2.091

DCP 119 118 118 459 493

Rocha fosfática 811 769 935 3.193 3.259

Outros Fosfatados 68 74 71 330 271

Nitrogenados 154 185 172 641 680

Indicadores financeiros selecionados - Fertilizantes US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Receita líquida 481 698 569 2.225 2.415

Custos¹ (319) (444) (411) (1.469) (1.885)

Despesas¹ (14) (5) (29) (37) (95)

Despesas pré-operacionais e de parada¹ (9) (29) (34) (70) (85)

Despesas com P&D (22) (23) (20) (82) (72)

EBITDA ajustado 117 197 75 567 278

Depreciação e amortização (67) (99) (88) (310) (419)

EBIT ajustado 50 98 (13) 257 (141)

Margem EBIT ajustado (%) 10,4 14,0 (2,3) 11,6 (5,8)

¹ Excluindo depreciação e amortização

76

INDICADORES FINANCEIROS

SELECIONADOS DAS PRINCIPAIS

EMPRESAS NÃO CONSOLIDADAS

Indicadores financeiros selecionados das principais empresas não consolidadas estão

disponíveis nas demonstrações contábeis trimestrais da Vale, no website da Companhia,

www.vale.com/ Investidores/Resultados Trimestrais e Relatórios/Demonstrações Contábeis –

Vale.

TELECONFERÊNCIA / WEBCAST

No dia 25 de fevereiro, quinta-feira, serão realizadas duas conferências telefônicas e

webcasts. A primeira, em português, ocorrerá às 10 horas, horário do Rio de Janeiro. A

segunda, em inglês, às 12 horas do Rio de Janeiro, às 10 horas em Nova Iorque, às 15 horas

em Londres e às 23 horas em Hong Kong.

Acesso às conferências telefônicas/webcasts:

Conferência em português:

Participantes que ligam do Brasil: (55 11) 3193-1001 / (55 11) 2820-4001

Participantes que ligam dos EUA: (1 888) 700-0802

Participantes que ligam de outros países: (1 786) 924-6977

Código de acesso: VALE

Conferência em inglês:

Participantes que ligam do Brasil: (55 11) 3193-1001 / (55 11) 2820-4001

Participantes que ligam dos EUA: (1 866) 262-4553

Participantes que ligam de outros países: (1 412) 317-6029

Código de acesso: VALE

A instrução para participação nesses eventos está disponível no website da Vale,

www.vale.com/investidores. Uma gravação da teleconferência/ webcast estará disponível no

website da Vale durante o período de 90 dias posteriores ao dia 25 de fevereiro de 2016.

Esse comunicado pode incluir declarações que apresentem expectativas da Vale sobre eventos ou resultados futuros. Todas

as declarações quando baseadas em expectativas futuras, e não em fatos históricos, envolvem vários riscos e incertezas. A

Vale não pode garantir que tais declarações venham a ser corretas. Tais riscos e incertezas incluem fatores relacionados a:

(a) países onde temos operações, principalmente Brasil e Canadá, ( b) economia global, (c) mercado de capitais, (d) negócio

77

de minérios e metais e sua dependência à produção industrial global, que é cíclica por natureza, e (e) elevado grau de

competição global nos mercados onde a Vale opera. Para obter informações adicion ais sobre fatores que possam originar

resultados diferentes daqueles estimados pela Vale, favor consultar os relatórios arquivados na Comissão de Valores

Mobiliários – CVM, na Autorité des Marchés Financiers (AMF), na U.S. Securities and Exchange Commissio n – SEC e no The

Stock Exchange of Hong Kong Limited, e em particular os fatores discutidos nas seções “Estimativas e projeções” e “Fatores

de risco” no Relatório Anual - Form 20F da Vale.

78

ANEXO 1 - INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

SIMPLIFICADAS Demonstração de resultado US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Receita operacional bruta 5.986 6.618 9.226 26.047 38.236

Receita operacional líquida 5.899 6.505 9.072 25.609 37.539

Custo dos produtos vendidos (5.119) (5.040) (6.892) (20.513) (25.064)

Lucro bruto 780 1.465 2.180 5.096 12.475

Margem bruta (%) 13,2 22,5 24,0 19,9 33,2

Despesas com vendas, gerais e administrativas (167) (131) (306) (652) (1.099)

Despesas com pesquisa e desenvolvimento (119) (121) (235) (477) (734)

Despesas pré-operacionais e de parada (238) (266) (292) (1.027) (1.088)

Outras despesas operacionais 64 (113) (491) (206) (1.057)

Ganho (perda) na venda de ativos (29) (48) (167) 61 (167)

Impairment (8.926) - (378) (8.926) (1.152)

Lucro operacional (8.635) 786 311 (6.131) 7.178

Receitas financeiras 80 92 55 268 401

Despesas financeiras (326) (352) (502) (1.112) (2.936)

Ganho (perda) com derivativos 426 (1.799) (1.087) (2.477) (1.334)

Variações monetárias e cambiais 173 (5.117) (1.257) (7.480) (2.200)

Equivalência patrimonial (37) (349) 31 (439) 505

Resultado de alienação de participação em joint ventures e coligadas

- - 31 97 (30)

Impaiment nos investimentos (446) - (31) (446) (31)

Resultado antes de impostos (8.765) (6.739) (2.449) (17.720) 1.553

IR e contribuição social correntes (152) (100) 363 (389) (1.051)

IR e contribuição social diferido 74 4.603 106 5.489 (149)

Lucro líquido das operações continuadas (8.843) (2.236) (1.980) (12.620) 353

Loss attributable to noncontrolling interest 274 119 131 491 304

Lucro líquido (atribuídos aos acionistas da controladora)

(8.569) (2.117) (1.849) (12.129) 657

Lucro por ação (atribuídos aos acionistas da controladora - US$)

(1,66) (0,41) (0,36) (2,35) 0,13

Lucro por ação diluído (atribuídos aos acionistas da controladora - US$)

(1,66) (0,41) (0,36) (2,35) 0,13

Resultado de participações societárias US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 %

Minerais ferrosos 44 (65,0) 86 26 (5,9) 652 129,1

Carvão 3 (9,0) 5 (3) 0,7 32 6,3

Metais básicos (99) (10,0) (10) (132) 30,1 (36) (7,1)

Logística - - - - - 13 2,6

Siderurgia (21) (282,0) (3) (414) 94,3 (92) (18,2)

Outros 36 17,0 (47) 84 (19,1) (64) (12,7)

Total (37) (349,0) 31 (439) 100,0 505 100,0

79

Balanço patrimonial US$ milhões 31/12/2015 30/09/2015 31/12/2014

Ativo

Ativo circulante 15.473 17.701 20.234

Caixa e equivalentes de caixa 3.591 4.397 3.974

Investimentos financeiros 28 65 148

Instrumentos financeiros derivativos 121 158 166

Contas a receber 1.476 2.028 3.275

Partes relacionadas 70 343 579

Estoques 3.528 3.808 4.501

Tributos antecipados sobre o lucro 900 904 1.581

Tributos a recuperar 1.404 1.364 1.700

Outros 311 746 670

Ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada

4.044 3.888 3.640

Ativo não circulante 10.653 10.857 7.180

Partes relacionadas 1 23 35

Empréstimos e convênios a receber 188 194 229

Depósitos judiciais 882 838 1.269

Tributos a recuperar sobre o lucro 471 417 478

Tributos diferidos sobre o lucro 7.904 7.982 3.976

Tributos a recuperar 501 527 401

Instrumentos financeiros derivativos 93 133 87

Outros 613 743 705

Ativos fixos 62.366 70.467 89.075

Ativos Total 88.492 99.025 116.489

Passivo

Passivos circulante 10.545 10.226 10.737

Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros 3.365 3.482 4.354

Salários e encargos sociais 375 455 1.163

Instrumentos financeiros derivativos 2.076 1.422 1.416

Empréstimos e financiamentos 2.506 3.030 1.419

Partes relacionadas 475 141 306

Tributos sobre o lucro - Programa de refinanciamento 345 330 457

Tributos a recolher e royalties 250 261 550

Tributos sobre o lucro a recolher 241 217 353

Obrigações com benefícios de aposentadoria 68 69 67

Obrigações para desmobilização de ativos 89 81 136

Transações resgatáveis com não-controladores - 135 -

Outros 648 323 405

Passivos relacionados a ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada

107 280 111

Passivos não circulante 42.243 44.298 49.431

Instrumentos financeiros derivativos 1.429 2.808 1.610

Empréstimos e financiamentos 26.347 25.645 27.388

Partes relacionadas 213 76 109

Obrigações com benefícios de aposentadoria 1.750 1.881 2.236

Provisões para processos judiciais 822 858 1.282

Tributos sobre o lucro - Programa de refinanciamento 4.085 3.992 5.863

Tributos diferidos sobre o lucro 1.670 2.896 3.341

Obrigações para desmobilização de ativos 2.385 2.648 3.233

Debêntures participativas 342 603 1.726

Participação resgatável de acionistas não controladores - - 243

Operação de ouro 1.749 1.785 1.323

Outros 1.451 1.106 1.077

Total do passivo 52.788 54.524 60.168

Patrimônio líquido 35.704 44.501 56.321

Total do passivo e patrimônio líquido 88.492 99.025 116.489

80

Fluxo de caixa US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Fluxo de caixa das atividades operacionais:

Lucro líquido (prejuízo) de operações continuadas

(8.843)

(2.236)

(1.980)

(12.62

1) 353

Ajustes para reconciliar o lucro líquido provenientes de atividades operacionais continuadas:

Depreciação, exaustão e amortização 984 1.022 1.242 4.029 4.288

Redução ao valor recuperável de ativos não circulantes 9.372 - 409 9.372 1.183

Perda na mensuração ou venda de ativos não circulantes 29 48 167 (158) 167

Items dos resultados financeiros (2.007) 6.801 - 7.628 -

Outros 642

(4.365) 1.820

(5.013)

3.029

Variação dos ativos e passivos:

Contas a receber 985 343 107 1.671 2.546

Estoques (73) (331) (63) (304) (535)

Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros 491 422 503 740 1.013

Salários e encargos sociais (79) 53 53 (603) (77)

Tributos ativos e passivos, líquidos - (37) (701) (357) 312

Transação de goldstream - - - 532 -

Outros (166) (91) (369) (426) 705

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 1.335 1.629 1.188 4.491 12.984

Fluxos de caixa das atividades de investimento:

Adições em investimentos (12) (8) (24) (66) (244)

Aquisição de subsidiária - - - (90) -

Adições ao imobilizado e intangível (2.190) (1.870) (3.449) (8.371) (11.813)

Recursos provenientes da alienação de bens do imobilizado e de investimentos

423 472 - 1.456 1.246

Dividendos e juros sobre capital próprio recebidos de joint ventures e coligadas

87 19 89 318 568

Recebimentos da transação de goldstream - - - 368 -

Outros resgatados (aplicados) (36) 76 466 226 275

Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento (1.728) (1.311) (2.918) (6.159) (9.968)

Fluxos de caixa provenientes das atividades de financiamento:

Empréstimos e financiamentos:

Adições 1.045 1.066 962 4.995 2.341

Pagamentos

(1.012) (928) (842)

(2.826)

(1.936)

Pagamentos aos acionistas:

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas

(500) - (2.100) (1.500) (4.200)

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas não controladores

(3) - (55) (15) (66)

Outras transações com não controladores - 1.089 - 1.049 -

Caixa líquido provenientes das (utilizado nas) atividades de financiamento

(470) 1.227

(2.035) 1.703 (3.861)

Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa (863) 1.545

(3.765) 35 (1.022)

Caixa e equivalentes no início do período 4.397 3.158 7.882 3.974 5.321

Efeito de variações da taxa de câmbio no caixa e equivalentes

57 (306) (143) (418) (325)

Caixa e equivalentes de caixa no final do período 3.591 4.397 3.974 3.591 3.974

Pagamentos efetuados durante o período:

Juros de empréstimos e financiamentos (305) (381) (324) (1.462) (1.560)

Tributos sobre o lucro (162) (47) (197) (527) (504)

Tributos sobre o lucro - REFIS (86) (89) (111) (384) (494)

Derivativos recebidos (pagos), líquido (275) (167) (319) (1.202) -

Transações que não envolveram caixa:

Adições ao imobilizado com capitalizações de juros 193 195 184 761 588

81

ANEXO 2 – VOLUMES DE VENDAS,

PREÇOS E MARGENS

Volume vendido - Minérios e metais mil toneladas métricas 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Minério de ferro - finos 79.213 70.530 74.603 276.393 255.877

ROM 1.627 3.546 3.552 12.269 14.075

Pelotas 10.837 11.961 12.686 46.284 43.682

Manganês 568 448 828 1.764 1.879

Ferroligas 12 3 36 69 150

Carvão térmico 226 243 310 891 1.152

Carvão metalúrgico 1.329 1.419 1.815 5.614 6.330

Níquel 84 72 69 292 272

Cobre 108 94 95 397 353

Ouro ('000 oz) 114 105 97 425 351

Prata ('000 oz) 761 528 757 2.303 1.889

PGMs ('000 oz) 140 83 168 517 577

Cobalto (tonelada métrica) 1.433 468 1.311 3.840 3.188

Potássio 114 155 121 463 475

Fosfatados

MAP 266 348 249 1.081 1.040

TSP 113 317 112 744 749

SSP 317 740 367 1.847 2.091

DCP 119 118 118 459 493

Rocha fosfática 811 769 935 3.193 3.259

Outros Fosfatados 68 74 71 330 271

Nitrogenados 154 185 172 641 680

Preços médios US$/tonelada métrica 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Preço de referência de finos de minério de ferro CFR (dmt)

45,10 56,00 75,50 54,60 92,70

Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB

37,18 46,48 61,23 44,61 75,43

ROM 7,99 6,77 11,82 8,31 15,28

Pelotas CFR/FOB (wmt) 71,98 73,82 100,11 77,78 120,48

Manganês 7,04 52,14 111,11 56,44 118,15

Ferroligas 750,00 836,67 1.083,33 904,16 1.125,83

Carvão térmico 44,19 48,24 64,52 52,42 67,65

Carvão metalúrgico 73,75 81,22 99,72 85,55 104,37

Níquel 9.309,52 10.865,8 15.420,2 11.684,3 16.426,4

Cobre 3.823,90 3.891,78 5.842,10 4.352,94 6.015,47

Platina (US$ por onça troy) 817,60 1.004,75 1.224,87 1.020,14 1.261,87

Ouro (US$ por onça troy) 1.064,48 1.094,81 1.189,96 1.064,48 1.192,51

Prata (US$ por onça troy) 10,00 13,49 14,16 12,63 19,42

Cobalto (US$ por lb) 8,55 14,54 9,34 9,95 10,67

Potássio 293,08 302,42 371,90 318,32 355,79

Fosfatados

MAP 496,45 505,21 550,70 511,70 542,44

TSP 394,48 391,50 448,41 398,05 428,98

SSP 212,88 197,17 217,14 204,45 212,61

DCP 514,90 536,10 584,94 554,88 591,51

Rocha fosfática 81,73 78,02 88,77 82,55 70,88

82

Margens operacionais por segmento (margem EBIT ajustada) % 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Minerais ferrosos 25,5 29,0 18,1 24,0 34,5

Carvão (201,9) (164,6) (133,3) (138,4) (110,6)

Metais básicos (25,6) (18,1) 1,0 (7,3) 9,5

Fertilizantes 10,4 14,0 (2,3) 11,6 (5,8)

Total¹ 5,4 12,8 9,4 10,7 22,6

¹ excluindo efeitos não recorrentes

83

Anexo 3 – reconciliação de informações "NÃO-GAAP" e informações correspondentes em IFRS

(a) EBIT ajustado¹ US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Receita operacional líquida 5.899 6.505 9.072 25.609 37.539

CPV (5.119) (5.040) (6.892) (20.513) (25.064)

Despesas com vendas, gerais e administrativas (167) (131) (306) (652) (1.099)

Pesquisa e desenvolvimento (119) (121) (235) (477) (734)

Despesas pré-operacionais e de parada (238) (266) (292) (1.027) (1.088)

Outras despesas operacionais 64 (113) (491) (206) (1.057)

EBIT ajustado 320 834 856 2.734 8.497

¹ Excluindo efeitos não recorrentes

(b) EBITDA ajustado O termo EBITDA se refere a um indicador definido como lucro (prejuízo) antes de juros, impostos, depreciação e amortização. A Vale utiliza o termo EBITDA ajustado para refletir que este indicador exclui ganhos e/ou perdas na venda de ativos, despesas não recorrentes e inclui os dividendos recebidos de coligadas. Todavia, o EBITDA ajustado não é uma medida definida nos padrões IFRS e pode não ser comparável com indicadores com o mesmo nome reportados por outras empresas. O EBITDA ajustado não deve ser considerado substituto do lucro operacional ou medida de liquidez melhor do que o fluxo de caixa operacional, que são determinados de acordo com o IFRS. A Vale apresenta o EBITDA ajustado para prover informação adicional a respeito da sua capacidade de pagar dívidas, realizar investimentos e cobrir necessidades de capital de giro. O quadro a seguir demonstra a reconciliação entre EBITDA ajustado e fluxo de caixa operacional, de acordo com a sua demonstração de fluxo de caixa:

Reconciliação entre EBITDA ajustado x fluxo de caixa operacional US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

EBITDA ajustado 1.391 1.875 2.187 7.081 13.353

Capital de giro:

Contas a receber 985 343 107 1.671 2.546

Estoque (73) (331) (63) (304) (535)

Fornecedor 491 422 503 740 1.013

Salários e encargos sociais (79) 53 53 (603) (77)

Transação de goldstream - - - 532 -

Outros (414) (78) (257) (517) (167)

Ajuste para itens não-recorrentes e outros efeitos (112) 29 (332) (470) (477)

Caixa proveniente das atividades operacionais 2.189 2.313 2.198 8.130 15.656

Tributos sobre o lucro (162) (47) (197) (527) (504)

Tributos sobre o lucro - REFIS (86) (89) (111) (384) (494)

Juros de empréstimos e financiamentos (305) (381) (324) (1.462) (1.560)

Pagamento de debêntures participativas (26) - (60) (65) (112)

Recebimentos (pagamentos) de derivativos, líquido

(275) (167) (318) (1.201) (179)

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais

1.335 1.629 1.188 4.491 12.807

(c) Dívida líquida

Reconciliação entre dívida bruta e dívida líquida US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Dívida bruta 28.853 28.675 28.807 28.853 28.807

Caixa¹ 3.619 4.462 4.122 3.619 4.122

Dívida líquida 25.234 24.213 24.685 25.234 24.685

¹ Incluindo investimentos financeiros.

(d) Dívida total / LTM EBITDA

84

ajustado

US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

Dívida Total / LTM EBITDA ajustado (x) 4,1 3,6 2,2 4,1 2,2

Dívida Total / LTM Fluxo de Caixa Operacional (x) 6,4 6,6 2,2 6,4 2,2

(e) LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014

LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros (x)

4,8 5,3 8,6 4,8 8,6

LTM Lucro operacional / LTM Pagamento de juros (x)

(4,3) 2,0 4,7 (4,3) 4,7