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DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE SISTEMAS PARTE 1 Prof. Iury V. de Bessa Departamento de Eletricidade Faculdade de Tecnologia Universidade Federal do Amazonas

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Page 1: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE SISTEMAS PARTE 1 de Controle/SC-A2.pdf · a saída (a partir de 0) é excitada unicamente pela entrada a partir de 0. Neste caso, podemos descrever a saída

DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE

SISTEMAS – PARTE 1

Prof. Iury V. de Bessa

Departamento de Eletricidade

Faculdade de Tecnologia

Universidade Federal do Amazonas

Page 2: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE SISTEMAS PARTE 1 de Controle/SC-A2.pdf · a saída (a partir de 0) é excitada unicamente pela entrada a partir de 0. Neste caso, podemos descrever a saída

Agenda

Modelagem de sistemas dinâmicos

Descrição Entrada-Saída

Integral de Convolução

Consequências da linearidade e da

invariância temporal

Funções de transferência

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Modelagem de sistemas dinâmicos

Modelagem Física: baseada nas leis da

física relativas à natureza do sistema

• Leis de Newton (sistemas mecânicos)

• Leis de Kirchhoff (circuitos elétricos)

• Leis da conservação de massa e energia

• Leis da Termodinâmica

• Entre outras...

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Modelagem de sistemas dinâmicos

Modelagem Experimental: obtida a partir

de dados experimentais por meio de

técnicas de identificação ou estimação de

parâmetros e modelos

• Modelagem caixa-cinza

• Modelagem caixa-preta

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Modelo de um circuito RLC

~ Output

R L C u(t)

i(t)

~ Input

~

• Entrada: 𝑢(𝑡)

• Saída: 𝑦(𝑡)

• Estados: tensão no capacitor (𝑣𝐶 𝑡 ) e corrente

no indutor (𝑖(𝑡))

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Modelo de um circuito RLC

~ Output

R L C u(t)

i(t)

~ Input

~

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Modelo de um circuito RLC

~ Output

R L C u(t)

i(t)

~ Input

~

Com o uso da Lei de

Kirchhoff das tensões um

equação diferencial pode

ser obtida para descrever o

comportamento da saída em

relação a entrada

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Modelo de um circuito RLC

~ Output

R L C u(t)

i(t)

~ Input

~

Com o uso da Lei de

Kirchhoff das tensões um

equação diferencial pode

ser obtida para descrever o

comportamento da saída em

relação a entrada

𝐿𝑑2

𝑑𝑡2𝑖 𝑡 + 𝑅

𝑑

𝑑𝑡𝑖 𝑡 +

1

𝐶𝑖 𝑡 =

𝑑

𝑑𝑡𝑢(𝑡)

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Modelo de um circuito RLC

~ Output

R L C u(t)

i(t)

~ Input

~

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Modelo de um circuito RLC

~ Output

R L C u(t)

i(t)

~ Input

~

A transformada de Laplace

pode ser utilizada

(considerando condições

iniciais nulas) para a

obtenção de uma função de

transferência

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Modelo de um circuito RLC

~ Output

R L C u(t)

i(t)

~ Input

~

A transformada de Laplace

pode ser utilizada

(considerando condições

iniciais nulas) para a

obtenção de uma função de

transferência

𝐺 𝑠 =𝐼 𝑠

𝑈 𝑠=

𝐶𝑠

𝐿𝐶𝑠2 + 𝑅𝐶𝑠 + 1

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Modelo de um circuito RLC

~ Output

R L C u(t)

i(t)

~ Input

~

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Modelo de um circuito RLC

~ Output

R L C u(t)

i(t)

~ Input

~

De forma diferente,

podemos escrever

equações diferenciais de

primeira ordem para cada

variável de estado

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Modelo de um circuito RLC

~ Output

R L C u(t)

i(t)

~ Input

~

De forma diferente,

podemos escrever

equações diferenciais de

primeira ordem para cada

variável de estado

𝑑

𝑑𝑡𝑣 𝑡 =

1

𝐶𝑖 𝑡

𝑑

𝑑𝑡𝑖 𝑡 = −

𝑅

𝐿𝑖 𝑡 −

1

𝐿𝑣 𝑡 +

1

𝐿𝑢(𝑡)

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Modelo de um circuito RLC

~ Output

R L C u(t)

i(t)

~ Input

~

De forma diferente,

podemos escrever

equações diferenciais de

primeira ordem para cada

variável de estado

𝑣 𝑖 =

01

𝐶

−1

𝐿−𝑅

𝐿

𝑣𝑖+

01

𝐿

𝑢

𝑦 = 0 1𝑣𝑖+ 0 𝑢

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Descrição Entrada-Saída

• Sistemas dinâmicos

contínuos podem ser

descritos por equações

diferenciais que relacionam

suas entradas 𝑢 e suas

saídas 𝑦. Para sistemas

lineares, por exemplo:

Sistema 𝑢(𝑡) 𝑦(𝑡)

𝑑𝑛

𝑑𝑡𝑛𝑦 𝑡 + 𝑎1

𝑑𝑛−1

𝑑𝑡𝑛−1𝑦 𝑡 + 𝑎2

𝑑𝑛−2

𝑑𝑡𝑛−2𝑦 𝑡 +⋯+ 𝑦 𝑡

= 𝑏0𝑑𝑚

𝑑𝑡𝑚𝑢 𝑡 + 𝑏1

𝑑𝑚−1

𝑑𝑡𝑚−1𝑢 𝑡 + 𝑏2

𝑑𝑚−2

𝑑𝑡𝑚−2𝑢 𝑡 +⋯+ 𝑢 𝑡

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Consequência da Linearidade

Sistema Relaxado: um sistema é dito relaxado em 𝑡0 𝑠𝑠𝑒 a saída (a partir de 𝑡0) é excitada unicamente pela entrada a partir de 𝑡0. Neste caso, podemos descrever a saída como:

𝑦 𝑡 = 𝐻 𝑢 𝑡

Onde 𝐻 é um operador que permita calcular apenas 𝑦 𝑡 em função de 𝑢 𝑡

Um sistema relaxado é dito linear 𝑠𝑠𝑒 ele satisfaz ao princípio da superposição para qualquer constantes reais 𝛼1 e 𝛼2, ou seja:

𝐻 𝛼1𝑢1 + 𝛼2𝑢2 = 𝛼1𝐻 𝑢1 + 𝛼2𝐻 𝑢2 , ∀𝑢1, 𝑢2

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Consequência da Linearidade

Um sistema é dito invariante no tempo se para

todo e qualquer deslocamento 𝜏: 𝑦1 𝑡 ≔ 𝐻 𝑢1 𝑡 ↔ 𝑦2 𝑡 ≔ 𝐻 𝑢1 𝑡 − 𝜏 = 𝑦1(𝑡 − 𝜏)

Considere o pulso estreito 𝑝Δ 𝑡 definido por:

𝑝Δ 𝑡 = 1

Δ, 0 ≤ 𝑡 ≤ Δ

0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜

Considere que a resposta do sistema para 𝑝Δ(𝑡) seja definida como ℎΔ(𝑡). Desta forma, supondo

linearidade, a resposta a Δ𝑢 𝑘Δ 𝑝Δ 𝑘Δ é

Δ𝑢 𝑘Δ ℎΔ 𝑡 − Δ𝑘

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Consequência da Linearidade

Portanto, a resposta total a uma série de pulsos

estreitos (deslocados) no instante 𝑡, é:

𝑦 𝑡 = Δ𝑢 𝑘Δ ℎΔ 𝑡 − Δ𝑘

𝑘=0

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Consequência da Linearidade

Quando Δ → 0, o pulso se torna mais estreito e alto mantendo a mesma área, e é denominado p impulso unitário (delta de Dirac) 𝛿 𝑡 , com as seguintes propriedades

𝛿 𝑡 = 0, ∀𝑡 ≠ 0

𝛿 𝑡 𝑑𝑡 = 1∞

−∞

Sendo assim, se o sistema é LIT, a sua resposta pode ser calculada por:

𝑦 𝑡 = 𝑢 𝜏 ℎ 𝑡 − 𝜏 𝑑𝜏∞

−∞

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Funções de Transferência

Considere que 𝑌(𝑠) seja a transformada de

Laplace de 𝑦(𝑡):

𝑌 𝑠 = ℒ 𝑦 𝑡 = 𝑦 𝑡 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡∞

0

𝑌 𝑠 = 𝑢 𝜏 ℎ 𝑡 − 𝜏 𝑑𝜏∞

0

𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡∞

0

𝑌 𝑠 = 𝑢 𝜏 ℎ 𝑡 − 𝜏 𝑒−𝑠 𝑡−𝜏 𝑑𝑡∞

0

𝑢 𝜏 𝑒−𝑠𝜏𝑑𝜏∞

0

𝑌 𝑠 = ℎ 𝜈 𝑒−𝑠𝜈𝑑𝜈∞

0 𝑢(𝜏)𝑒−𝑠𝜏𝑑𝜏∞

0

𝑌 𝑠 = 𝐻 𝑠 ⋅ 𝑌 𝑠

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Teoremas da Transformada de Laplace

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Transformada Inversa

Frações Parciais (consulta a tabela)

Teoria dos Resíduos

𝑓 𝑡 =1

2𝜋𝑗 𝐹 𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑑𝑠𝜎+𝑗∞

𝜎−𝑗∞

= Res 𝐹 𝑠 𝑒𝑠𝑡

𝑝𝑜𝑙𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐹(𝑠)

Considere ℘ o conjunto de polos de 𝐹 𝑠 , onde o 𝑖-ésimo polo 𝑝𝑖 apresenta multiplicidade 𝑚𝑖:

𝑓 𝑡 = 1

(𝑚𝑖−1)!lim𝑠→𝑝𝑖

𝑑𝑛−1

𝑑𝑠𝑛−1𝑠 − 𝑝𝑖

𝑚𝑖𝐹 𝑠 𝑒𝑠𝑡

𝑝𝑖∈℘

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Exemplo: modelo de suspensão

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Exemplo: modelo de suspensão