desafios para o financiamento das políticas culturais ms. selma santiago

22
Desafios para o financiamento das polticas culturais Ms. Selma Santiago

Upload: eric-pedroso-beltrao

Post on 07-Apr-2016

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

Desafios para o financiamento das politicas culturais

Ms. Selma Santiago

Page 2: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

Breve Histórico ➢ O apoio de entidades privadas e publicas (empresas, igreja e

governos) e de pessoas fisicas as artes e a cultura e pratica conhecida como mecenato.

➢ A Historia Ocidental nos remonta ao Imperio Romano, quando o auxiliar o imperador Octavio Augustus, Gaius Mecenas, o convenceu da necessidade de o Poder instituido financiar o desenvolvimento artistico cultural.

➢ No chamado Renascimento, o Vaticano torna-se o grande mecenas na promocao de artistas como Michelangelo.

➢ Pulando alguns seculos, nos EUA do inicio do seculo XX ja aparecia a figura do filantropo cultural, empresarios que destinavam parte de seus lucros a atividades artistico culturais. Sao os mesmos empresarios que fundaram universidades e centros de pesquisa e que criaram os maiores fundos de amparo assistencial do mundo

Page 3: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

Leis e mecanismos de fomento e incentivo a cultura

Nacional – SNC• PRONAC – Programa Nacional de Apoio a Cultura • Fundo Nacional de Cultura – FNC Mecenato (incentivo fiscal)

Ficart (nao regulamentado)

Municipios e Estados • Fundos estaduais e municipais• Diversos estados e municipios possuem mecanismos próprios de

fomento e incentivo as atividades culturais de seus cidadaos. • Nao existe um modelo unico, mas a maioria dos programas trabalha

com incentivos fiscais, como a isencao do ICMS (estados).

Page 4: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

Lei 8313 - Lei Rouanet

Page 5: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago
Page 6: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago
Page 7: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago
Page 8: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago
Page 9: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago
Page 10: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago
Page 11: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago
Page 12: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

Fundo Nacional de Cultura • Fundo publico constituido de recursos destinados exclusivamente a

execucao de programas, projetos ou acoes culturais. • O MinC pode conceder este beneficio atraves de programas

setoriais realizados por edital por uma de suas secretarias, ou apoiando propostas que, por sua singularidade, nao se encaixam em linhas especificas de acao, as chamadas propostas culturais de demanda espontanea

• A Secretaria de Incentivo e Fomento a Cultura (SEFIC) realiza processo seletivo de propostas de demanda espontanea para receber apoio atraves do FNC, mediante a celebracao de convenio ou de contrato de repasse.

• Todas as orientacoes sobre a apresentacao de projetos, criterios de selecao, documentos a serem apresentados, podem ser obtidas no Portal de Convenios (SICONV).

Page 13: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

ProCultura Distorcoes da Lei Rouanet O histórico da Lei mostra que a maioria dos recursos publicos aplicados em cultura se meio por meio do incentivo fiscal Consequencia: o mercado, ao longo dos anos, decidiu o que bem ou produto cultural apoia, quando e como quiser, utilizando-se, para tanto, de recurso publico A falta de criterios publicos e sociais nas regras da CNIC levou ao patrocinio, com recurso de isencao fiscal, de espetaculos lucrativos que, por sua qualidade ou fama, ja nao precisariam de recurso publico para acontecer – ex.: Cirque du Soleil O mesmo motivo, do determinismo do mercado sobre as acoes publicas em cultura leva a uma concentracao de recursos destinados a produtores e empresas culturais situados no eixo Rio-Sao Paulo

Page 14: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

ProCultura Distorcoes da Lei Rouanet Nao se formou, no Brasil, uma cultura de mecenato por filantropia – ou seja, ha patrocinadores, mas nao doadores de boa vontade ou financiadores privados da cultura Setores culturais e expressoes artisticas os mais diversos, que por leis e tratados internacionais ratificados pelo Brasil deveriam ter incentivo a sua reproducao imaterial, mas que, por alguma razao nao interessavam ao mercado apoiar, ficaram alijados, a margem da politica publica por anos.

Page 15: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago
Page 16: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago
Page 17: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

E o que propoe a nova lei? PROCULTURA

• O Fundo Nacional de Cultura – FNC passa a ser o principal mecanismo de financiamento da cultura e dele sera feito o trabalho de distribuicao dos recursos disponiveis, de acordo com as propostas de projetos avaliadas pela CNIC, que usara criterios e pesos para aprovar e enquadrar os projetos.

• O que antes era utilizado somente para o mecanismo do Incentivo fiscal. Hoje, parte da renuncia sera revertida para compor o Fundo Nacional de Cultura – FNC, o qual sera administrado pela CNIC. Na pratica, isto significa, nao a diminuicao dos recursos da renuncia fiscal, mas a tentativa de desconcentracao dos recursos nas maos de poucos, podendo, a partir dos criterios e da diversificacao de faixas de renuncias, mais projetos e iniciativas serem contemplados.

Page 18: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

E o que propoe a nova lei? PROCULTURA

• Sao detalhadas as faixas de deducao do IR para enquadramento dos projetos propostos, que no PL preve uma ampliacao escalonada entre 30%, 40%, 60%, 70%, 80% e 100%, de acordo com os criterios e pesos.

• Ampliacao e potencializacao do grau de importancia dado a CNIC – Comissao Nacional de Incentivo e Fomento a Cultura. A Comissao foi ‘remodelada’ na sua composicao, agora mais paritaria, tendo tambem as CNICs Setoriais, pelas linguagens artisticas, etc.

• Contracao e pareceristas selecionados por editais publicos vindos de diversas regioes e formacoes, para fazerem as analises dos projetos com criterios previamente estabelecidos

Page 19: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

E o que propoe a nova lei? PROCULTURA

• Fundos Setoriais: das Artes Visuais; das Artes Cenicas; da Musica; do Acesso e Diversidade; do Patrimonio e Memória; do Livro, Leitura, Literatura e Humanidades; de Acoes Transversais e Equalizacao; do Audiovisual e de Incentivo a Inovacao do Audiovisual,

• Novas formas de aplicacao dos recursos do Fundo Nacional de Cultura – FNC – uso de premios, bolsa e convenios, como financiamento e transferencia de fundos publicos aos estados e municipios, contratos de parcerias, emprestimos, incentivos a fundos privados, e associacao a empresas culturais, com associacao de retorno comercial.

Page 20: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

Novos arranjos e o desafio da sustentabilidade das politicas culturais*

• O primeiro ponto e a questao das condicoes politico-institucionais que deve o Estado propiciar para gestores, artistas e financiadores para que possam interagir regidos por uma orientacao de politica publica capaz de criar um ambiente sólido sem estar sujeito aos sabores das mudancas de governo ou dos animos dos mercados.

• O segundo ponto que tambem envolve o Estado, e o trabalho sistematico e permanente que este deve ter, junto aos seus órgaos federais, estaduais e municipais no sentido de realizarem programas de sensibilizacao e intercambio com as empresas e sociedade em seu dominio federativo, buscando efetivar um dialogo permanente e transparente no sentido formarem alianca que propicie contribuicao neste espectro que e o financiamento para a Cultura.

*(Raquel Moreira)

Page 21: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

Novos arranjos e o desafio da sustentabilidade das politicas culturais*

• O terceiro ponto e a questao da formacao e profissionalizacao dos agentes publicos e privados de gestao da cultural, leia-se empreendedores, produtores, agentes culturais e o profissional que lida com o assunto nas empresas, este ultimo a comecar por inserirem nos seus departamentos responsaveis, um profissional da area cultural, produtor ou gestor cultural de formacao ou que tenha se especializado no assunto.

• O quarto ponto e que os investidores precisam aderir a uma mudanca de postura face ao tema do investimento para a Cultura: uma atitude mais arrojada incluindo o risco na sua agenda de investimentos, criando linhas de investimentos. Isto inclui nao apenas os departamentos de marketing nas empresas, mas os bancos e agencias de financiamento e desenvolvimento a exemplo do BNDES e do Banco do Nordeste.

*(Raquel Moreira)

Page 22: Desafios para o financiamento das políticas culturais Ms. Selma Santiago

Grata por tua atencã[email protected]