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DESAFIOS NA ELABORAÇÃO E EFETIVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (P.P.P): UM ESTUDO DE CASO CHALLENGES IN THE ELABORATION AND PROPORTION OF THE PEDAGOGICAL POLITICAL PROJECT (P.P.P): A CASE STUDY Veruzia Medeiros de Oliveira RESUMO O Projeto Político Pedagógico é a própria organização do trabalho pedagógico da escola como um todo, sendo construído e vivenciado, em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo escolar. Neste contexto, surgiu a seguinte problemática: quais os desafios na elaboração e efetivação de um P.P.P? Diante do exposto, este artigo tem o objetivo de analisar como se dá o desenvolvimento e aplicabilidade do Projeto Político Pedagógico na Unidade escolar no Centro Integrado de Educação de Patos (CIEP II) Anésio Leão/Miguel Motta PB. Para tanto, o estudo se caracterizar como do tipo exploratória e qualitativo. A coleta de dados ocorreu a partir de um levantamento de campo com a aplicação do método grupo focal, foram entrevistadas seis docentes. Os resultados mostraram que o conceito de PPP é compreendido perante as docentes entrevistadas. No entanto, a escola em estudo não desenvolve de forma democrática o P.P.P Palavras-chave: Educação, Projeto Político Pedagógico, Gestão Democrática, Centro Integrado de Educação de Patos (CIEP II) Anésio Leão/Miguel Motta PB. ABSTRACT The Political Pedagogical Project is the very organization of the pedagogical work of the school as a whole, being built and experienced at all times by all involved with the school educational process. In this context, the following problems arose: what are the challenges in the preparation and execution of a P.P.P? In view of the above, this article has the objective of analyzing how the development and applicability of the Pedagogical Political Project in the School Unit in the Integrated Center of Education of Ducks (CIEP II) Anésio Leão / Miguel Motta - PB. For this, the study is characterized as exploratory and qualitative type. Data collection took place from a field survey with the application of the focal group method, six teachers were interviewed. The results showed that the concept of PPP is understood by the teachers interviewed. However, the school under study does not democratically develop P.P.P Keywords: Education, Political Pedagogical Project, Democratic management, Integrated Center of Education of Patos (CIEP II) Anésio Leão / Miguel Motta PB.

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DESAFIOS NA ELABORAÇÃO E EFETIVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO (P.P.P): UM ESTUDO DE CASO

CHALLENGES IN THE ELABORATION AND PROPORTION OF THE

PEDAGOGICAL POLITICAL PROJECT (P.P.P): A CASE STUDY

Veruzia Medeiros de Oliveira

RESUMO

O Projeto Político Pedagógico é a própria organização do trabalho pedagógico da escola como um

todo, sendo construído e vivenciado, em todos os momentos, por todos os envolvidos com o

processo educativo escolar. Neste contexto, surgiu a seguinte problemática: quais os desafios na

elaboração e efetivação de um P.P.P? Diante do exposto, este artigo tem o objetivo de analisar como

se dá o desenvolvimento e aplicabilidade do Projeto Político Pedagógico na Unidade escolar no

Centro Integrado de Educação de Patos (CIEP II) Anésio Leão/Miguel Motta – PB. Para tanto, o

estudo se caracterizar como do tipo exploratória e qualitativo. A coleta de dados ocorreu a partir de

um levantamento de campo com a aplicação do método grupo focal, foram entrevistadas seis

docentes. Os resultados mostraram que o conceito de PPP é compreendido perante as docentes

entrevistadas. No entanto, a escola em estudo não desenvolve de forma democrática o P.P.P

Palavras-chave: Educação, Projeto Político Pedagógico, Gestão Democrática, Centro Integrado de

Educação de Patos (CIEP II) Anésio Leão/Miguel Motta – PB.

ABSTRACT

The Political Pedagogical Project is the very organization of the pedagogical work of the school as a

whole, being built and experienced at all times by all involved with the school educational process. In

this context, the following problems arose: what are the challenges in the preparation and execution of

a P.P.P? In view of the above, this article has the objective of analyzing how the development and

applicability of the Pedagogical Political Project in the School Unit in the Integrated Center of

Education of Ducks (CIEP II) Anésio Leão / Miguel Motta - PB. For this, the study is characterized as

exploratory and qualitative type. Data collection took place from a field survey with the application of

the focal group method, six teachers were interviewed. The results showed that the concept of PPP is

understood by the teachers interviewed. However, the school under study does not democratically

develop P.P.P

Keywords: Education, Political Pedagogical Project, Democratic management, Integrated Center of

Education of Patos (CIEP II) Anésio Leão / Miguel Motta – PB.

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INTRODUÇÃO

Na circunstância atual da educação no país, para a construção de projetos,

no tocante ao sentido político-participativo, são vislumbradas novas possibilidades

de mudanças na elaboração e na execução de projetos que conduzem as atividades

educacionais como uma forma de deixar de lado a inquietude e a passividade muitas

vezes observada nas escolas como consequência de projetos políticos pedagógicos

equivocadamente delineados.

Etimologicamente, o termo projeto tem origem no latim projectus, que, por sua

vez, é particípio passado do verbo projicere, que significa “lançar para diante”.

Plano, intento, desígnio (VEIGA, 2000). Ou seja, o projeto é uma ação futura de

ideias desenvolvidas no presente. É o resultado de um planejamento obtido por meio

de investigações da realidade atual com aspirações para obtenção de resultados

almejados nesse processo.

Gadotti (2000), no debate sobre as questões que envolvem as dificuldades e

os limites no processo de implantação da gestão colegiada em uma escola, revela:

Para a real efetivação dos mesmos, é preciso que a escola esteja impregnada de

uma certa atmosfera que respira a “circulação de informações, na divisão do

trabalho, no estabelecimento do calendário escolar, na distribuição das aulas, no

processo de elaboração ou de criação de novos cursos, ou de novas disciplinas, na

formação de grupos de trabalho, na capacitação de recursos humanos” (GADOTTI,

2000).

É o plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistematização,

nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e

se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se

quer realizar. É um instrumento teórico-metodológico para a intervenção e mudança

da realidade. É um elemento de organização e integração da atividade prática da

instituição neste processo de transformação (VASCONCELOS, 2004, p. 169).

Diante do expostos, diversos estudos de casos vem sendo desenvolvido com

o objetivo de constatar se as escolas brasileiras estão colocando em prática o

desenvolvimento de um P.P.P. que se atenha as reais necessidades da

comunidade, aluno, ensino/aprendizagem levando em consideração o local no qual

a escola se encontrar, a exemplo Santos e Leão (2017) que desenvolveram um

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estudo de caso escola nucleada de Sambaituba – ilhéus, que teve o de verificar se a

comunidade escolar compreende a diferença entre Educação do Campo como

política pública e Educação do Campo como política emancipatória e, também, de

identificar as especificidades contidas em um Projeto Político Pedagógico para uma

escola do campo que tenha como pressuposto teórico a emancipação humana.

Silva e Camzubá (2015) também desenvolver um estudo de caso com o

objetivo de analisar como se dá o processo de construção coletiva do P.P.P em uma

unidade de ensino. A pesquisa foi realizada em uma escola pública municipal de

São Gonçalo dos Campos – BA. Outros estudos de casos a respeito da aplicação e

construção de um P.P.P em unidades de ensinos podem ser encontrados em

Cavalcante (2017); Robaert et al. (2015); Schultz et al. (2015); Santos (2009).

Dessa forma, a presente pesquisa considera a hipótese de que apenas com o

desenvolvimento de uma gestão focada na democracia e no envolvimento de todas

as esferas escolares é que se alcança efetivamente um P.P.P que auxiliará na ação

via ensino-aprendizagem de forma satisfatória.

Como bem relata Veiga (2000), o Projeto Político Pedagógico é a própria

organização do trabalho pedagógico da escola como um todo, sendo construído e

vivenciado, em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo

educativo escolar.

Neste contexto, surgiu a seguinte problemática: quais os desafios na

elaboração e efetivação do PPP? E diante deste questionamento, objetivo geral

desta pesquisa é analisar o desenvolvimento e aplicabilidade do Projeto Político

Pedagógico na Unidade escolar no Centro Integrado de Educação de Patos (CIEP

II) Anésio Leão/Miguel Motta – PB.

1. Materiais e Métodos

1.1 Caracterização da área em estudo

A pesquisa tem como área de estudo o Centro Integrado de Educação de

Patos (CIEP II) Anésio Leão/Miguel Motta. O Centro Integrado de Educação de

Patos (CIEP II) Anésio Leão/Miguel Motta, foi a primeira a ser construída no Bairro

da Vila Cavalcante, localizada na Rua Pedro Saraiva Moura, S/N, foi fundado na

Administração do Prefeito José Cavalcante em 1974.

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A estrutura inicial da escola possuía 02 (duas) salas de aula, 01 (uma)

diretoria, 01 (uma) cozinha, 02(dois banheiros, e 01 (um) depósito de merenda, e 01

(um) pátio coberto que servia como área de recreação). A escola apresentava 10

(dez) funcionários, sendo: 01 (uma) diretora, 04 (quatro) professores, 04 (quatro)

auxiliares de serviço, e 01 (um) vigia, atendendo manhã e tarde nas séries iniciais.

1.2 Método para coleta de dados

De acordo com o tipo de procedimento utilizado para a coleta de dados, a

pesquisa se classifica como estudo de caso.

Com base na definição de Yin (2001, p.28) o estudo de caso é considerado

como uma estratégia de pesquisa que possui uma vantagem específica quando:

“faz-se uma questão tipo ‘como’ ou ‘por que’ sobre um conjunto contemporâneo de

acontecimentos sobre o qual o pesquisador tem pouco ou nenhum controle”.

A coleta de dados foi feita com a aplicação do método de grupo focal.

Segundo Morgan (1997), grupos focais podem ser definidos como uma técnica de

pesquisa que tem o propósito de coletar dados através das interações grupais ao

discutir-se uma temática em especial sugerida ou abordada pelo pesquisador

(entrevistador).

Gondim (2001) destaca que a técnica de grupo focal ocupa uma posição

intermediária entre a observação participante e as entrevistas em profundidade.

Podendo a técnica ser caracterizada como um ótimo recurso para facilitar a

compreensão dos processos, na construção das percepções, atitudes e, ainda, nas

representações sociais de grupos humanos.

A noção de grupos focais está apoiada no desenvolvimento das entrevistas

grupais (Lazarsfeld, 1972). Segundo Gondim (2003) a diferença recai no papel do

entrevistador e no tipo de abordagem.

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2. Resultados

2.1 Percepções a respeito da temática Projeto Político Pedagógico

O exposto pelas entrevistadas ao longo do desenvolvimento desta questão

sintetiza todo o assunto abordado diante do diálogo que fomentou o método grupo

focal. Uma vez que, de forma complementar, a discussão acerca da temática P.P.P.

desencadeou as questões posteriores.

Logo, no que se refere à compreensão das entrevistadas quando questionado

a respeito do conceito de Projeto Político Pedagógico, observa-se que a

Entrevistada A, que abre as falas do diálogo, denota uma certa confusão em relação

aos tipos de documento, plano de curso e P.P.P.:

“O Plano Político Pedagógico, plano de curso, é o ponto de partida”. (Entrevistada A).

De acordo com Gadotti (2000) (Dimensão política do projeto pedagógico da

escola, p.1), termos como plano e planejamento são frequentemente mencionados

nas escolas, porém seus conceitos não são discutidos, logo suas diferenças não

ficam claras. O que, de maneira geral, pode justificar tal desentendimento de

significados por parte dos próprios docentes.

Segundo o autor, o P.P.P. insere-se no planejamento escolar, uma vez que

implica em ações que visam o melhoramento futuro do ensino-aprendizagem. Em

suas palavras, “planejar é um processo político-pedagógico que implica diagnosticar

uma situação e tomar decisões em função de um determinado fim” Gadotti

(Dimensão política do projeto pedagógico da escola, p.1).

Ainda no âmbito da compreensão do que é o P.P.P., a entrevistada B expõe

que além da maior parte dos professores desconhecer o seu conceito e a sua

finalidade. Os pais, agentes que também deveriam participar do projeto, não sabem

das suas existência e função. O que, no final das contas, acaba por tornar o

documento do P.P.P. uma cópia de modelos prontos, em que são implantados

objetivos opostos à realidade da escola em estudo:

“[...] Por que quem elabora não sabe. Ou seja, professores, pais né, que devem estar presentes na elaboração do P.P.P. eles quase não sabem nem o que significa, e professores também não sabem. Então, assim se colocam, geralmente se pegam um modelo de P.P.P. pronto certo, como na

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maioria dos casos acontece. E coloca os objetivos que as vezes não tem nada a ver com objetivos que a escola se propõe a desenvolver. Então muito certo, eu digo por que eu trabalhei o P.P.P. na outra escola que eu estava, nós trabalhamos o projeto de intervenção na outra escola. E que precisava que pais estivessem presentes também já que também devem – se constar pais na elaboração do P.P.P. da escola que na época não tinha. Os pais não sabem, a comunidade não sabe o que é, nem pra que é, nem o que deve ter ali. E a maioria dos professores também não sabe. Então eles pegam o modelo pronto de outras escolas, de outros estados, de outros lugares e simplesmente se jogam ali, e aí depois ninguém sabe o que foi colocado lá e nem também a maioria não tem interesse de procurar, de olhar o P.P.P. da escola” (Entrevistada B).

Santos (2012) desenvolveu um estudo acerca da temática P.P.P e cultura

escolar. De acordo com os resultados obtidos pelo autor, com base em entrevistas a

docentes, um dos entrevistados da pesquisa afirmou que o P.P.P deveria ser um

instrumento que integra, mas o círculo está aberto, fragmentado, não existe uma

unidade e esta falta de unidade está expressa no cotidiano escolar. Alerta que há

falta de consciência da equipe escolar do compromisso de todos para a elaboração

do PPP.” Outro docente entrevistado pelo autor supracitado relatou que: a rotina

escolar, as tarefas, os problemas pessoais e profissionais do dia a dia, tomavam

todo o tempo e o P.P.P ficava a margem, sem função. Que ela sentia-se presa,

levada pelo cotidiano sem tempo para pensar. Ainda outro docente entrevistado por

Santos (2012) ressaltou que não existe tempo para organização escolar. Que a

forma como o sistema está organizado impede uma ação coletiva e sistematizada.

Tais argumentos e resultados mostram que existe um certo comportamento

em comum no meio educacional entre as comunidades educacionais. Dessa forma,

percebe-se que, muitas vezes, os próprios docentes não fazem ideia de como

desenvolver um P.P.P ao mesmo tempo que outras atividades acabam demandando

mais tempo que normal, impedindo a construção ou desenvolvimento de um P.P.P.

Dessa forma, percebe-se que o meio educacional precisa ser repensando para os

professores possam desenvolver suas atividades de forma planejada. No entanto,

fica a dúvida, será essa falta de planejamento em função do não desenvolvimento

de um P.P.P ou de fato os professores estão sobrecarregados de funções e

atribuições o que os impede de desenvolver suas atividades rotineiras e também

necessária para a comunidade educacional?

No entanto, indo contra esse pensamento, Robaert et al. (2015) observou, em

um estudo de caso em uma escola de educação básica, que os docentes e gestores

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entrevistados apresentaram um boa visão a respeito do P.P.P para uma escola, indo

contra o que vem sendo observado na presente pesquisa e por Santos (2012).

Retomando a fala da Entrevistada A quanto ao conceito do P.P.P., a mesma

menciona a “escola democrática”, ao tempo em que questiona a relação direta entre

o P.P.P. e a comunidade na qual a escola se insere:

“É o ponto de partida da escola democrática de hoje, né? Tudo funciona a partir dele, os objetivos traçados no P.P.P em prol da comunidade, né? Onde da comunidade, em mãos duplas, indo e voltando”. (Entrevistada A).

A importância da comunidade na construção do P.P.P. também é citada pela

entrevistada C, quando diz:

“Mas se fosse cobrado pra tá ali colocando em prática né, que a gente vai de acordo com a realidade. Você sabe que o P.P.P. vai de acordo com a realidade da comunidade escolar, com a comunidade de bairro, né? ” (Entrevistada C).

Para esta realidade citada pelas entrevistadas A e C, Veiga (2001, p.62 apud

Kolarik et al., 2017, p.48) indica que “o projeto político-pedagógico da escola, ao se

identificar com a comunidade local, busca alternativas que imprimam dimensão

política e social à ação pedagógica”.

Segundo Malavasi (apud Lopes, Online, 2010) a chave para a realização de

um P.P.P. autêntico e claro perante suas intenções, é a forma com que é

estruturado. É quando todos os agentes da escola, sejam eles gestores,

funcionários, pais e alunos estão inseridos na elaboração do projeto, de forma

participativa e colaborativa, de modo a terem conhecimento acerca dos objetivos da

instituição para a busca da melhoria no processo do ensino (VEIGA, 2011, p 13

apud SILVA, 2017, p.11).

O que leva a compreensão de que a essência do P.P.P. se insere em um

sistema amplo, em que o processo do ensino deve ir muito além da sala de aula. Ele

deve considerar a realidade do aluno a partir de seu ambiente familiar.

Para Gadotti (Dimensão política do projeto pedagógico da escola, p.1), o

P.P.P. “pode representar a grande oportunidade que a comunidade tem para definir

coletivamente o seu futuro”.

Contudo, para se chegar a este ideal participativo no Brasil, é preciso romper

com o modelo de gestão pública baseada no próprio cenário político do país, que se

caracteriza nos moldes da hierarquia e do poder (PARO, 1998a; LÜCK, 2006 e

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CHAUÍ, 1995 em Desafios da gestão democrática na educação pública: 20 anos de

LDB/96, p.382)

Além da dificuldade existente quanto à compreensão do conceito do P.P.P.,

conferida a partir do que foi exposto pelas entrevistadas A e B. As entrevistadas

foram inserindo suas colocações perante os entraves no desenvolvimento do Projeto

Político Pedagógico, no que tange a falta de interesse imposta pelos próprios

professores em se analisar o documento. Conforme relatam as entrevistadas E, A e

C:

“Esse plano se todos desenvolvessem da forma que é para ser, todas as escolas seriam quase perfeitas, só que a gente sabe que eles vão ficando engavetados. E a cada ano a gente se depara com a escola fazendo novo plano, que não era pra ser feito um novo plano, era pra ser acrescentado neste plano é algo a mais, esse plano não é pra morrer. Ele é uma sequência, então ele tinha que ser apenas alimentado de acordo com o ano letivo, com as turmas que se vão. Mas a gente sabe que aqui em Patos cada escola constrói um no ano seguinte” (Entrevistada E).

Resultado semelhante encontrou Santos (2012) em relação ao interesse dos

professores ao entrevistar um docente. Segundo um dos professores entrevistados

pelo autor: a fragmentação da escola, onde não há espaço para o trabalho coletivo.

O PPP deveria possibilitar a organização escolar, dando unidade, mas nem é

conhecido e muito menos elaborado pelo conjunto. Salienta que em muitos

momentos não há Escola. “Pode existir unidade de ensino sem integração?”

Como bem relata o autor, que a pergunta da professora expressa uma

angústia vivida por muitos profissionais de educação. Uma insatisfação com o

modelo atual de educação e aponta que ainda há esperanças, ainda há pelo que e

“com” quem lutar.

Segundo Gadotti (2000), não se constrói um projeto sem uma direção política,

um norte, um rumo. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é também político.

O projeto pedagógico da escola é, por isso mesmo, um processo inconcluso, uma

etapa em direção a uma finalidade que permanece como horizonte da escola.

Contudo as entrevistas levantaram alguns questionamentos e afirmativas

importantes perante o comportamento dos professores e gestores da escola:

“[...] E se ele está engavetado, não é por que a gestão deixou engavetado, somos nós que no planejamento, nós não pedimos. Somos nós que no início do ano, não estamos ali pra ver as etapas que deram certo e as que nem foram tentadas. Não é culpa de gestão. É culpa de nós quanto professor que não procuramos. Até por que deva ter uma gestão ou outra que vai dizer eu não sei. Eu não vi. Mas a gente não faz a pressão. (Entrevistada A).

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“No caso, se a supervisora fosse trabalhada para puxar por ele (P.P.P.), por que professor só vai quando é cobrado né? É acomodado, mas você tem que ter alguém [...]. Que puxe! Se a supervisão fosse cada planejamento ou uma vez por mês, vamos dá uma olhadinha no P.P.P. Quais foram os objetivos alcançados? Qual foi a metodologia exigida? Implantada nesse bimestre, né? Mas ali vai passando, vai amornando, amornando e no final vai ficando, vai passando um ano, dois anos”. (Entrevistada C).

Entretanto, essa iniciativa por parte da gestão, conforme comentada pela

entrevistada C é, na verdade, algo que segundo Vasconcellos (1995, p.143 apud

BRITO et al., 2017, p.453 e p.454) insere-se em um processo democrático dentro do

qual, cada indivíduo participante tem uma função. Portanto, a motivação para o

andamento do P.P.P. não é tarefa de um único agente em específico, a exemplo da

gestão, e sim, de toda a comunidade escolar inserida em um trabalho coletivo.

Já para a entrevistada D, o P.P.P. é um documento onde deveriam ser

acrescentadas novas medidas para a melhoria da educação escolar, em suas

variadas vertentes. De modo que este documento sempre estivesse sendo

renovado. Porém, de acordo com a entrevistada, muitos profissionais sequer têm

conhecimento do que está escrito nele, o deixando arquivado.

Essa renovação colocada pela entrevistada D vai de encontro ao tempo de

planejamento e reflexão indicado por Veiga (2001, p.62 apud Kolarik et al., 2017,

p.48), que equivale ao amadurecimento do conteúdo inserido no P.P.P. e sua

consequente compreensão por parte dos agentes inseridos nesse processo contínuo

de ações.

A entrevistada E ainda acrescenta:

“Eu acho que o P.P.P. começa errado desde o início do ano. Antes de começarem as aulas tem que ter montado. Por que ele devia ser montado depois que a gente conhecesse nossa clientela, depois de um mês de aula, é que deveria ser montado. Por que a gente ia conhecer a clientela e saber o que a clientela precisa” (Entrevistada E).

De acordo com o exposto pela entrevistada E, sendo o processo “alimentado

de acordo com o ano letivo, com as turmas que se vão”, as escolas seriam “quase

perfeitas”. Ou seja, se a produção do documento P.P.P. fosse sequenciada a cada

novo ano letivo, as avaliações dos anos anteriores não se encontrariam esquecidas

e poderiam estar sendo trabalhadas.

Dadas as respostas para a primeira questão do debate, pode-se perceber que

com exceção da entrevistada A, as demais participantes se detêm à forma como o

P.P.P. é ou como deveria ser conduzido, por parte da comunidade escolar.

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Deixando subtendida a sua real compreensão perante o sumo conceito do Projeto

Político Pedagógico.

2.2 Quem são os agentes mais significativos no processo de elaboração do

Projeto Político Pedagógico

Nesta questão o diálogo ocorreu entre o entrevistador e as entrevistadas A e

B. Quando a entrevistada A colocou que os agentes mais importantes no processo

de elaboração do P.P.P. são o docente e a comunidade.

No entanto, mais uma vez a questão referente a ausência dos pais na vida

escolar do aluno foi coloca em chegue. O que remete mais uma vez à necessidade

do P.P.P. ser desenvolvido dentro da realidade da comunidade onde se insere e a

importância da escola na vida do aluno, como meio de mudança social.

Partindo do que diz Veiga (2002) ao abordar a construção do P.P.P. através

“dos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização

do magistério”. Este último é caracterizado por Sacristan (2001, p.58 e 59) como um

trabalho de humanização.

Estando a escola na condição de instituição social, como já mencionado no

texto, e sendo o professor, o principal agente junto à comunidade, conforme

sugerem as entrevistadas. Entende-se que o papel desse docente na vida do aluno,

que não tem apoio familiar, vai além da função de educador. Se tornando o próprio

orientador na busca pelo crescimento pessoal e social desse aluno enquanto

cidadão.

2.3 Como o Projeto Político Pedagógico contribui com o trabalho da gestão

escolar

Com base nos comentários das entrevistadas, entende-se que a gestão tem a

função de garantir que todo o processo que envolve a escola funcione e que o

resultado disso seja o rendimento escolar do aluno, refletido em sua aprovação.

A partir do exposto pela entrevistada C quando esta fala:

“Por que no caso da gestão é o que? É o desenvolvimento da escola. O que a comunidade escolar pode retribuir pra gente? A aprendizagem, a aprovação do aluno né?” (Entrevistada C).

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Visando um pouco diferente da encontrar por Robaert et al. (2015) em um

estudo de caso em uma escola de educação básica. Os autores questionaram a

sobre a importância do PPP para a gestão Escolar, os Gestores colocaram que “o

PPP é a expressão da comunidade escolar e é fundamental, pois a Escola é um

contexto que tem que ser projetado […] quando você faz coisas pensadas, a

tendência é surtir um efeito bem mais interessante” (GESTOR 1). O Gestor 2 teve

um entendimento semelhante acerca do PPP, no sentido de que ele é “fundamental

para a Escola pois nele está a Escola que temos, nossos desejos e nossas

propostas para avançar”.

Desse modo, percebe-se que existe uma divergência no entendimento da

importância do P.P.P quando comparando a visão da Entrevista C com os

resultados observados por Robaert et al. (2015). Pois o P.P.P tem uma importância

aquém de apenas aprovar o aluno. Lembrando que o aluno é quem se aprova, à

medida que estuda para os simulados, provas e desenvolvendo as atividades que o

docente passa em sala de aula.

Percebe-se também, quase como unanimidade pelos entrevistadas, que a

aprendizagem é tida como uma maior importância em relação as metas e objetivos

de um P.P.P.Logo, a melhoria na qualidade do ensino, que abrange a aprendizagem

do aluno, é para Gadotti (1994, p. 579 apud VEIGA, 2011, p. 12 em Silva, 2017) o

princípio norteador do P.P.P.

Visto que as entrevistadas têm consciência que o fator de maior importância

no processo educativo é a aprendizagem e que este é o foco do P.P.P. E ainda que

parte dos alunos não possuam apoio de suas famílias. Existe um outro lado que vai

estar disposto a conhecer a vida escolar do seu filho e que, se convidado, irá

contribuir com o desenvolvimento do P.P.P. Tal como expõe a entrevistada B:

Tal como expõe a entrevistada A:

“Com o P.P.P. pode conseguir até apoio dento da comunidade, por que a comunidade sempre tem o que oferecer”. Por que quem coloca o filho dentro da escola, coloca justamente pra isso. Pra o filho aprender é quando a escola oferece não oportunidades de aprendizagem, não só aquela tradicional do quadro. O objetivo é mais fácil de ser alcançado” (Entrevistada A).

Logo as entrevistadas passam a dialogar sobre a forma com que o P.P.P.

pode ser desenvolvido, indicando alterações em relação a construção do P.P.P. A

entrevistada E sugere: que P.P.P. tem que ser planejado após um mês de aula. Para

que a professora conheça melhor os seus alunos e um pouco da comunidade.

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Já a entrevistada A ressalta uma característica do P.P.P:

“E ele é flexível. Por que no momento que a gente está conversando aqui vem uma ideia, mas quando a gente começa a desenvolver esta ideia sujem outros, outros vem que direcionam” (Entrevistada A).

Porém, a entrevistada E faz uma observação importante quanto à posição dos

docentes perante esse processo:

“Olha, nós sabemos que é flexível, mas quantas vezes durante o ano a gente pega e diz: vamos mudar esta meta? Vamos mudar este projeto? Acho que aquele outro fica melhor. A gente sabe o que é pra fazer” (Entrevistada E).

Logo, a entrevistada A confirma:

“A gente não vivencia o P.P.P. na verdade” (Entrevistada A).

E a entrevistada E finaliza o diálogo desta questão reafirmando a condição de

documento “arquivado”, citada no início do debate, na qual se encontra o Projeto

Político Pedagógico da escola e a necessidade, também segundo as entrevistadas,

de se ter um gestor que as direcione na execução desse processo.

2.4 Que mudanças o Projeto Político Pedagógico pode provocar na

comunidade escolar

Sabendo que o Projeto Político Pedagógico é um processo que deve ser

“elaborado participativa e democraticamente” (VEIGA, 2005, p. 100 apud Kolarik, et

al., p.50) e observando o apresentado pelas entrevistadas na atual questão. Tem-se

que, o P.P.P. ao ser colocado em prática de acordo com suas premissas é, de fato,

um importante instrumento de transformação dentro da comunidade escolar.

As entrevistadas D e B ressaltam a importância do trabalho colaborativo entre

os participantes desse processo. No entanto, a entrevistada A questiona a falta de

continuidade desse P.P.P. à medida em que surge um novo ano letivo e novos

profissionais passam a fazer parte da equipe escolar. A entrevista chama atenção

para a questão referente a rotatividade dos professores, ou seja, a cada ano existe

uma equipe diferente de professores, o que pode corroborar para o não

desenvolvimento e aplicação do P.P.P.

E a partir do levantado pela entrevistada A, tem-se que o P.P.P. de acordo

com Marques (1990, p. 23 apud Veiga, 2002, p.2) deve ser conduzido como “um

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processo permanente de reflexão e discussão”, com a presença de todos os agentes

componentes da comunidade escolar. Assim como, coloca a entrevistada E sobre o

P.P.P., em resposta a primeira questão abordada nesse diálogo, que o plano nunca

deveria ser totalmente novo, deveria ser analisado e acrescentando melhorias ao

plano já existe, deveria ser um contínuo, ano após ano.

3. CONCLUSÃO

A partir do observado ao longo de todo o trabalho, substancialmente no que

tange a análise do método grupo focal, é possível perceber que, em termos gerais, o

conceito do Projeto Político Pedagógico é compreendido perante as docentes

entrevistadas. Porém, é perceptível que a escola em questão não desenvolve o seu

Projeto Político Pedagógico.

O termo gestão democrática, também parece ser pouco discutido e efetivado

no cotidiano da instituição. Foi observado o entendimento por parte dos docentes

sobre o temática gestão. Contudo, uma vez que o P.P.P não é colocado em prática,

o termo gestão democrática não passa de um mera formalização de conhecimento

por parte dos entrevistados. Esta realidade parece se repetir ao longo de todo o

território brasileiro. E caracteriza-se numa forma de gestão centralizadora e

detentora do poder de decisões. O que só vem a dificultar a realização do Projeto

Político Pedagógico no cotidiano das escolas públicas do país.

Com isso, percebe-se a necessidade urgente da queda desse sistema

hierárquico, de modo que os problemas venham a ser discutidos uniformemente

pelos agentes que compõe a escola, ou seja, gestão, professores, pais e alunos.

Tendo em vista as visões relatadas das entrevistadas em relação ao que pode ser

melhorado em relação a construção de um P.P.P.

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