desafios na avaliação de tecnologias para o enfrentamento ao aedes/zika/microcefalia
TRANSCRIPT
Desafios na Avaliação de Tecnologias para o Enfrentamento ao Aedes/Zika/Microcefalia
Webinar – 19/02/2016 – 14h (BSB)
Apresentação: Dr Tazio Vanni
Coordenador Geral de Avaliação de Tecnologias em Saúde
Link: http://paho.com/meet/hta
Contexto
• A Microcefalia/Zika é uma emergência internacional
• As redes de ATS devem se mobilizar com prontidão para apoiar a tomada de decisão quanto as diferentes tecnologias a serem empregadas para enfrentar o problema
• A integração das redes de ATS neste momento pode:– Mobilizar um maior pool de recursos humanos e materiais
– Evitar a duplicação de esforços
– Reduzir o tempo para fornecer evidências para a tomada de decisão
N° de Pesquisadores: 1.094
Nº de Comunidades: 101
Estrutura
• Transmissão e Clínica
• Epidemiologia
• Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia– Eixo 3 - Desenvolvimento tecnológico, educação e
pesquisa
• Tecnologias para o enfrentamento do Aedes/Zika/Microcefalia
• Desafios para a Avaliação de Tecnologias em Saúde
• Vetorial (Aedes)
• Perinatal
• Sexual
• Sangue e Saliva?
Transmissão
A fêmea do mosquito Aedes aegypti é aprincipal forma de transmissão do vírus Zika.
Center for Diseases Control, Dezembro 2015.
Mapa do Zika no mundo
Mapa do Zika nas Américas
Mapa do Zika no Brasil
Projeção de casos de Zika no Brasil
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis.Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika /Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
Fonte: Carlos Brito – Professor da Universidade Federal de Pernambuco (atualização em dezembro/2015)
80% das pessoas infectadas pelo Zika são assintomáticas
Maio de 2015Epidemia de Zikana região nordestedo Brasil.
22 de outubroPernambuconotifica 26casos demicrocefalia
23 de outubro
MS notificaa OMS
10 de novembro
Ativação do COES
11 de novembro Declarada Situação de Emergência em
Saúde Pública de Importância Nacional
(ESPIN)
17 de novembro O genoma do vírus é identificado no
líquido aminióticoem 2 fetos com
microcefalia
28 de novembro Sangue e
tecidos de RN com
microcefalia testaram
positivo para Zika
28 de novembro MS reconheceu a
relação entre a presença do vírus e
a ocorrência de microcefalias e
óbitos.
29 de novembro OMS é notificada
da potencial Emergência de
Saúde Pública de Importância Internacional
(ESPII).
5 de dezembro
Plano Nacional de Enfrentame
nto à Microcefalia
.
Janeiro - 2016•CDC testa amostras de 2 fetosabortados e 2 RNs com microcefalia quefaleceram. Os 4 casos foram positivospara o vírus Zika. Para os 2 RNs, o vírusestava presente no cérebro.
• ICC detecta vírus em amostra deplacenta de uma gestante da regiãonordeste.
1° de fevereiro OMS declara a epidemia de
microcefalia e sua possível relação com o
vírus Zika como Situação de
Emergência em Saúde Pública de Interesse
Internacional.
16 de fevereiroOMS publica o
documento Zika - Strategic
Response Framework &
Joint Operations
Plan
Mapa da microcefalia no Brasil
5.280 casos notificados 508 casos confirmados
Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia*
Objetivo: Aperfeiçoar as ações de atenção e vigilância em saúdepara o enfrentamento do aumento no padrão de ocorrência decasos de microcefalia no Brasil.
É constituído por três frentes de trabalho:
1. Mobilização e combate ao mosquito (7 ações)
2. Atendimento às pessoas (6 ações)
3. Desenvolvimento tecnológico, educação e pesquisa (5ações)
* Elaborado pelo Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades
Eixo 3Desenvolvimento tecnológico, educação e
pesquisa 1. Desenvolver tecnologias laboratoriais para o diagnóstico da
infecção por zika.
2. Ampliar e avaliar os resultados da utilização de novastecnologias de controle vetorial em complemento àatividade de rotina.
3. Fortalecimento da capacidade de produção de análisesepidemiológicas e desenvolvimento de projetos depesquisas prioritários.
4. Desenvolver vacina para o zika.
5. Capacitação de profissionais de saúde, educação,assistência social, defesa civil e militares.
Tecnologias Aedes/Zika/Microcefalia
Promoção e Prevenção
Diagnóstico
Tratamento e Prognóstico
Controle do Vetor
Intervenções na comunidade
Vacinação
Ambiental
Mecânico
Químico
Biológico
Genético
MIV
Inativada
Materiais educacionais Encontros educacionais
Visitas Educacionais
Campanha em mídia de massa
Atenuada
Recombinante
Combinada
Sindrômico
Biologia Molecular
Sorologia
Imunoterapia
Acompanhamento e apoio
Soros
Imunoglobulinas específicas
Baldacchino et al 2015
Controle do vetor - Ambiental
Redução de locais de reprodução:
• Vigilância participativa
• Campanhas de limpeza
• Cobertura de caixa d’água
Controle do vetor - Mecânico
• Ovitrampas letais
• Ovitrampas pegajosas
• BG Sentinela (armadilhas elétricas)
Controle do vetor - Químico
• Larvicidas (aplicação direta e autodisseminação) – ex: piriproxifeno, metopreno
• Adulticidas (dispersão aérea) – ex: piretróides
• Profilaxia pessoal– ex: DEET, EBAAP e Icaridina
• IRS (indoor residual spraying)
• ITMs (insecticide-treatedmaterials) – ex: mosquiteiros
Controle do vetor - Biológico
• Wolbachia
• Bacillus thuringiensisvar. israelensis
• Copépodes
• Peixes larvívoros
Controle do vetor - Genéticos
• RIDL (rearing of insectscarrying a dominant lethalallele)
• Esterilização (radiação e química)
Controle do vetor - MIV
Mapeamento de Risco e Modelagem matemática
• Georreferenciamentoapoiando a seleção delocais para implementaçãodas estratégias de controledo vetor.
• Modelagem matemáticapara projetar o impacto dediferentes combinações decontrole de vetor .
Honório et al 2009 e Luz et al 2011
Critérios de seleção e implementação para medidas de controle de vetores
1. Efetividade
2. Segurança
3. Facilidade no uso
4. Custo
5. Tempo e esforço necessário
6. Tipo de benefício
7. Aceitabilidade social – contexto local
8. Requisitos de suporte
Intervenções na comunidade
1. Materiais educacionais (impressos, eletrônicos e Apps)
2. Encontros educacionais (presenciais e EaD)
3. Visitas educacionais
4. Campanha em mídia de massa (jornal, rádio, TV, redes sociais)
Vacinação – fases desenvolvimento
1. Fase pré-clínica Vacina inativada Vacina atenuada Vacina recombinante Vacina combinada
2. Fase clínica Fase I Fase II Fase III
3. Avaliação de Custo-efetividade 4. Registro e incorporação5. Fase IV - farmacovigilância
Diagnóstico
1. Biologia molecular (RT-PCR, Multiplex, outros).
2. Sorologia (in-house, ELISA, outros).
3. Sindrômico (síndrome congênita e outras).
Protocolos do Ministério da Saúde
Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção Pelo Vírus Zika.
Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia. Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional – ESPIN
Protocolo para Implantação de Unidades Sentinelas para Zika vírus.
Tratamento e Prognóstico
• Limitadas evidências quanto a terapias antivirais
• Janela estreita para terapia imunológica (ainda não está disponível)
• Acompanhamento e apoio para os pacientes commicrocefalia
Desafios para as redes de ATS
• Mapear os estudos de ATS e grupos que possam desenvolvê-los.
• Elaborar projetos conjuntos.
• Buscar fontes de financiamento.
• Trabalhar junto com os tomadores de decisão