desafio profissional do 4 semestre de g.p arquivo para postagem licitacoes

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP POLO DE SERTOZINHOCURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTO PUBLICA

EDILENE AP. MORATTA FURONIRA 9749446505

DESAFIO PROFISSIONAL DO 1 BIMESTREGESTO URBANA E DE SERVIOS PBLICOSLICITAES, CONTRATOS E CONVNIOS.

TUTOR EaD Camila Buba Nahas

TAQUARITINGA/SO PAULO2015

EDILENE AP. MORATTA FURONI

DESAFIO PROFISSIONAL DO 1 BIMESTRE

Relatrio final, apresentado a Universidade Anhanguera, como parte das exigncias para a obteno do ttulo de Tecnlogo de Gesto Pblica.

Orientadora: Camila A. Buba Nahas

TAQUARITINGA/SO PAULO2015

SUMRIO

INTRODUO12. DESENVOLVIMENTO22.1. Analisando o Papel do Administrador Pblico22.1.1. Princpios Aplicveis32.1.2. Princpios Constitucionais42.2. Compreendendo as diferentes pautas do direito cidade92.2.1. Mobilizaes no municpio de Taquaritinga112.2.1.1. DeGynnasio a Instituto de Educao "9 de Julho"112.2.1.2. Eleitores querem que vereadores de Taquaritinga recebam salrio mnimo132.2.1.3. Participao cidad e o municpio142.2.1.4. Gesto democrtica dos municpios152.2.1.5. A gesto oramentria participativa162.2.1.6. Controle172.2.1.7. Efeito vinculante das propostas da sociedade182.2.1.8. Democratizao da participao192.2.2. Avaliando as alteraes recentes nos Processos Licitatrios192.2.2.1. Objetivo e Contedo212.2.2.2. Normas ambientais elencadas neste guia prtico222.2.2.3. Utilizao222.2.2.4. Cautelas232.2.2.5. As principais mudanas promovidas pelo municpio no que se refere aos critrios de sustentabilidade para a realizao das compras pblicas.242.2.2.6. Identificao de um edital252.2.2.7. Procedimentos licitatrios passveis de providncia, se adotados os parmetros propostos pelo Guia.51RECOMENDAES FINAIS54REFERNCIAS55

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INTRODUOO presente trabalho visa a estudar as hipteses em que a Administrao Pblica pode realizar negcios jurdicos com os particulares sem o procedimento licitatrio, aplicando as causas de excees, regra tipificada, conforme o art. 2 da Lei 8.666/93, que so as hipteses de dispensa e inexigibilidade da licitao. Atravs deste estudo demonstramos a necessidade da Administrao Pblica aplicar o procedimento da licitao nos contratos administrativos, atravs de uma abordagem sucinta do tema. O instituto da licitao, consagrado pelaConstituioda Repblica de 1988, materializado pela citada legislao ordinria, o meio atravs do qual o Estado, em todas as suas esferas, realiza suas contrataes, seguindo os princpios basilares do direito administrativo. Entretanto, h casos em que tal premissa legal e constitucional no prevalece e a Administrao contrata dispensando ou inexigindo a realizao do certame. J no segundo captulo trataremos da definio de licitao, analisando as opinies de diversos autores do Direito Administrativo, acerca das diferentes aplicaes dos princpios inerentes ao procedimento licitatrio, sejam estes especficos (legais) ou constitucionais, destacando-se ainda as modalidades da licitao pblica, atravs de uma anlise minuciosa do tema. Ainda, abordaremos as normais legais de que dispe a Administrao Pblica para dispensar o procedimento licitatrio, (Excees). Tambm iremos analisar as hipteses de exceo do instituto da licitao, estudando cada requisito, tanto da dispensa como da inexigibilidade. Estes casos, em sua maioria, consagrados no artigo 24 do Estatuto das Licitaes, so o objeto deste artigo, haja vista a sua utilizao constante por parte dos entes pblicos, que, de exceo, passaram a utiliz-lo como regra. Isso portanto, tem como escopo a elucidao no da aplicao das regras de licitao, mas tambm das suas excees, sero vistos entendimentos dos principais autores do Direito Administrativo, detalhando os pontos de divergncia e convergncia, desses autores, bem como da jurisprudncia ptria sobre aplicabilidade da contratao direta na Administrao Pblica.

2. DESENVOLVIMENTOO Estado tem grande importncia na economia do pas, assim, deve-se ser levado em conta o tamanho e potencial de compra, para a realizao de obras pblicas, infraestrutura e a prpria manuteno da Administrao Pblica. Assim, para que haja o gerenciamento do poder de compra obedecendo ao princpio da moralidade administrativa e da eficincia, h necessidade de um regramento especfico, da surge necessidade do procedimento licitatrio.

2.1. Analisando o Papel do Administrador PblicoA Administrao pblica exerce dupla atividade, entre elas, a multifria e complexa, visando sempre atender o interesse pblico. Para que esse interesse seja alcanado, nasce a necessidade da realizao dos negcios jurdicos com particulares, sendo objeto da contratao a realizao de obras e prestao de servios fornecidos por terceiros. Segundo Hely Lopes Meireles, a licitao pblica um procedimento administrativo pelo qual selecionada a proposta mais vantajosa para a administrao pblica.Durante o processo licitatrio, so colocados vrios atos em prticas que proporcionam a igualdade entre os licitantes e interessados. O processo licitatrio sempre visa a escolha da melhor proposta, da mesma forma que feito no setor privado, porm com a particularidade que no privado a melhor proposta significa sobrevivncia da empresa no mercado. No setor pblico existe certo regramento para a escolha do contratado. Todos so iguais para a administrao pblica, tendo a mesma oportunidade de participar do processo e ser contratado. Assim evita-se que exista uma relao pessoal de vinculo com o contratante, amizade, relao eleitoral e outros fatores que poderiam influenciar no processo. O intuito do legislador de estabelecer normas para formao de contratos administrativos com empresas privadas ou terceiros, foi de resguardar o interesse pblico e tambm a legalidade dos atos administrativos, da no poderia de maneira alguma deixar a merc da livre escolha do Administrador Pblico o poder da discricionariedade sobre o instituto da licitao, pois caso ocorresse poderia acontecer escolhas imprprias por parte da Administrao Pblica sob comando de Administradores inescrupulosos visando fraudar o procedimento licitatrio. Visando evitar possveis riscos, o instituto da licitao veio para criar regras entre Administrador pblico e interessados a contratarem com Administrao Pblica. Sendo um procedimento anterior ao prprio contrato, permite que vrias pessoas ofeream suas propostas e como consequncia a permisso da escolha da proposta mais vantajosa para Administrao Pblica. A licitao no direito administrativo ptrio denomina-se ao um procedimento administrativo por meio do qual a Administrao Pblica seleciona a proposta mais vantajosa, destinando a garantir a fidelidade da execuo ao princpio constitucional da isonomia. Ainda com a concretizao dos princpios da igualdade entre os administrados, produzindo efeitos jurdicos dos negcios pactuados. A Constituio Federal em seu art. 37 inciso XXI trata da obrigatoriedade da licitao, ao tempo em que excepciona as hipteses previstas na Lei 8.666/93 que ao traar as normas gerais para as licitaes e contratos da Administrao Pblica, aperfeioa o princpio da competncia privativa da Unio conforme art. 22 c/c 37, XXI da Lei Maior. Assim, o legislador consagrou a licitao como regra para contratao por parte da Administrao Pblica Direta ou Indireta com particulares, neste caso, tratando do contrato administrativo os casos de dispensa e inexigibilidade devem ser considerados como excees de contrataes, sendo estas pactuadas de formas diretas, desde que estejam autorizadas em lei especfica.

2.1.1. Princpios AplicveisOs princpios aplicados s licitaes em suma, so reflexos dos princpios do direito administrativo que d a essncia da sua estrutura. Devendo o ente pblico obedecer aplicao desses princpios sob pena de inviabilidade do negcio jurdico a ser contratado. A Constituio da Cidadania, em seu art. 37, caput, estabelece aos princpios bsicos da administrao pblica esto consubstanciados em quatro regras de observncia permanente e obrigatria para que o ato administrativo seja vlido: legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade. Nesse sentido, constituem dizer, os fundamentos da ao administrativa. Neg-los desvirtuar a gesto dos negcios pblicos. A Carta Magna no se referiu expressamente ao principio da finalidade, mas admitiu sob a denominao de principio da impessoalidade.Art. 37 A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia (...). (BRASIL, 1988)Alm disso, a Lei Federal 8.666/93 que disciplina os institutos da Licitao e Contratos administrativos em seu art. 3 trs em srie a observncia de outros princpios a serem seguidos pelo ente pblico, visando probidade administrativa, vejamos abaixo:Art. 3 A licitao destina-se a garantir a observncia do princpio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administrao e ser processada e julgada em estrita conformidade com os princpios bsicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamento objetivo e dos que lhe so correlatos. (Lei Federal 8.666/2003)Toda e qualquer licitao estar sujeita a anlise dos princpios que so a base do instituto jurdico, servindo como bssola de orientao para o agente pblico, na interpretao e aplicao das disposies legais ao procedimento licitatrio. Tal procedimento, como j visto, deve ser aplicado aos preceitos constitucionais elencados no art. 37 e aqueles fixados em Lei Federal, para que a Licitao e o Contrato Administrativo sejam vlidos e eficazes.Nesse sentido o bom administrador pblico deve dar a importncia na aplicao de todos os princpios sejam estes constitucionais ou fixados por Lei Federal, abordaremos a seguir um estudo resumido sobre cada princpio.

2.1.2. Princpios ConstitucionaisLegalidade o princpio-base de todo ato administrativo. Seu conceito real, que o administrador pblico no pode prevalecer sua vontade pessoal, sua atuao deve seguir os critrios da lei (Ato vinculado); Nesse sentido, por mais simples que seja o ato administrativo que venha a ser praticado o ente pblico, este dever ser baseado e protegido por uma norma, caso contrrio, este ato no ter eficcia.Moralidade e da Impessoalidade O princpio da moralidade administrativa exige que o administrador esteja revertido de tica. Esse princpio expressamente representado pela Constituio Federal e a Lei. 8.666/93, sendo alvo de crtica por parte da doutrina. Por exemplo podemos citar a tese da Ilustre autora Maria Silvia Di Pietro que defende o no-reconhecimento desse princpio, considerando o mesmo como um Princpio vago e impreciso, ou que acaba por ser absorvido pelo prprio conceito de legalidade. (DI PIETRO, Maria Silvia, 2000).Nesse sentido o autor Hely Lopes resume seu entendimento como O princpio da impessoalidade referido na Constituio Federal nada mais que o clssico princpio da finalidade, o qual impe ao administrador que s pratique o ato para seu fim legal. o fim legal unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente com objetivo do ato de forma impessoal. (MEIRELES, Hely Lopes, 2007).Com todo respeito a opinio dos referidos autores citados anteriormente, o princpio da moralidade constitui-se um importante norte para que o bom administrador pblico gerencie a licitao e tambm os contratos administrativos. O que deve ser levado em conta no princpio da moralidade administrativa a boa-f dos atos praticados pelo administrador pblico. Como ensina Maria Silvia Di Pietro que o princpio deve ser observado no apenas pelo administrador, mais tambm pelo particular que se relaciona com administrao pblica.(DI PIETRO, Maria Silvia, 2000). O princpio da impessoalidade guarda ntima relao entre o princpio da moralidade, porm o tal princpio nada mais que aplicao do princpio da finalidade, na qual impe ao administrador pblico que s pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal unicamente aquele que a norma de Direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal, devendo ser entendido para excluir a promoo pessoal de servidores ou autoridades pblicas sobre suas realizaes administrativas. Como mostra a tese defendida pelo mestre Jos dos Santos Carvalho Filho: (...) as pessoas com idntica situao so tratadas de modo diferente, e portanto, no-impessoal, a conduta administrativa estar sendo ao mesmo tempo imoral. (...).(FILHO, Carvalho, Jos dos Santos, 2006) Existem autores ainda, que defendem que o princpio da impessoalidade est ligado ao princpio da igualdade, visto que a Constituio Federal disciplina a competio entre os licitantes de forma igualitria, devendo o ente pblico tratar todos os administrados de forma isonmica impedindo assim favorecimento.Princpio da Igualdade O princpio da igualdade ou da isonomia tem sua origem na Constituio Federal em seu art. 5, como direito fundamental, devendo a administrao pblica dispensar idntico tratamento aos administrados que se encontrem na mesma situao jurdica. (FILHO, Carvalho, Jos dos Santos, 2006) A igualdade na licitao deve ser revertida que todos os administrados possuem igualdade de condies para competio, no devendo ocorrer, favorecimento. Tal princpio est ligado ao da impessoalidade, pois esse princpio visa oferecer igualdade de oportunidadea todos os interessados, na qual a administrao pblica dever trat-los de forma impessoal.Princpio da Publicidade: Impe a transparncia no procedimento. Tal princpio no s se refere apenas divulgao do procedimento para conhecimento de todos os interessados, como tambm aos atos praticados da Administrao nas vrias fases do procedimento, que podem e devem ser abertas aos interessados, para assegurar a todos a possibilidade de fiscalizar sua legalidade. Assim, podemos citar como exemplos a exigncia de publicao do aviso do instrumento convocatrio; das decises tomadas pela comisso julgadora, garantindo o acesso dos participantes ao processo administrativo.A publicidade tanto maior quanto maior for a competio propiciada pela modalidade de licitao; ela a mais ampla possvel na concorrncia, em que o interesse maior da Administrao o de atrair maior nmero de licitantes, e se reduz ao mnimo no convite, em que o valor do contrato dispensa maior divulgao. (DI PIETRO, Maria Silvia, 2000).Em suma, objetivo do princpio da publicidade visa permitir alm da participao dos interessados, de estes fiscalizarem os atos da licitao. A Lei 8.666/91 confere ao cidado o poder de denunciar irregularidades e pedir instauraes de investigaes administrativas no sentido de verificar se existe fraude na licitao.Princpio da Probidade Administrativa:Consiste na honestidade em proceder ou na maneira criteriosa em cumprir todos os deveres conferidos pelo administrador pblico atravs da lei.Na verdade o exerccio honrado, honesto, probo, da funo pblica leva confiana que o cidado deve ter em seus dirigentes.(FILHO, Carvalho, Jos dos Santos, 2006apudMENDES, Raul Armando,1991).Princpio da Veiculao do Instrumento Convocatrio:A vinculao ao instrumento convocatrio a garantia que tanto o administrado e o administrador que respeitem as regras do jogo, ou seja, as normas traadas para o procedimento devem ser fielmente obedecidas sob pena da licitao se tornar invlido e suscetvel, tornando-se corrigida administrativamente ou judicial.O referido princpio constitui a lei interna da licitao vinculando tanto o administrador e administrado. Para Di Pietro(...) trata-se de um princpio essencial cuja inobservncia enseja nulidade do procedimento(DI PIETRO, Maria Silvia, 2000) porm no pensamento de Hely Lopes oprincpiobsico de toda licitao. (MEIRELES, Hely Lopes, 2007)Princpio do Julgamento objetivo:Tal princpio corolrio do princpio da vinculao ao instrumento convocatrio e tambm ao princpio da legalidade. Assim, o julgamento das propostas h de ser feito de acordo com os critrios fixados no edital. Conforme o art. 45 da Lei 8.666/01 estipula que o julgamento das propostas ser objetivo, devendo a Comisso de licitao ou responsvel pelo convite realiz-lo em conformidade com os tipos de licitao, os critrios previamente estabelecidos no ato convocatrio e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferio pelos licitantes e pelos rgos de controle.Princpio da Eficinciacaracteriza como o dever satisfazer os interesses da coletividade, visando a prestao do ato administrativo ou da administrao de forma clere e de qualidade.O Decreto n 7.257/2010, que rege o Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec), estabelece a conceituao desses termos:Desastre:resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnervel, causando danos humanos, materiais ou ambientais e consequentes prejuzos econmicos e sociais;Situao de emergncia:situao anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuzos que comprometam parcialmente a capacidade de resposta do poder pblico do ente atingido;Estado de calamidade pblica:situao anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuzos que comprometam substancialmente a capacidade de resposta do poder pblico do ente atingido.Ambas as situaes podem ser decretadas tanto pelo prefeito quanto pelo governador. Todavia, se forem decretadas pelo prefeito, precisam de homologao do governador e reconhecimento do Ministro da Integrao Social para ter validade estadual e federal, respectivamente.Em caso de desastre, imperioso que o poder pblico municipal institua de imediato ao menos duas frentes de trabalho: uma que ter atuao junto s comunidades afetadas, prestando atendimento s vtimas, e outra que dar suporte administrativo para atuao da primeira, cuidando de todas as questes legais, necessrias para que as compras, as obras e os servios sejam realizados em estrita obedincia legislao. A integrao dessas duas equipes fundamental para a eficcia da operao e obteno dos objetivos buscados. A situao de emergncia ou de estado de calamidade pblica ter sua publicidade concretizada com a publicao de um decreto. A expedio desse ato necessria para que o municpio tenha sua situao reconhecida por outros entes (Estado e Unio) e possa receber recursos provenientes desses para recuperao das reas atingidas. Primeiramente, a equipe administrativa deve levantar as demandas de atendimento imediato.Situaes decorrentes de desastres pressupem adoo de certas medidas para que compras, servios e obras sejam contratados na forma da lei. H de se verificar se os contratos em vigor podem ser utilizados como reforo para a recuperao das reas atingidas e tambm se dever ser realizada alguma contratao mediante processo de licitao ou sua dispensa. Importante destacar que os objetos desses contratos devem guardar pertinncia com as aes decorrentes da situao calamitosa como, por exemplo, medicamentos, locao de mquinas e equipamentos e fornecimento de materiais de construo. A Lei n 8.666/1993, conhecida como Lei de Licitaes, autoriza que em algumas situaes o gestor pblico contrate sem que previamente realize procedimento licitatrio. No caso de situao de emergncia ou de calamidade pblica, possvel a dispensa de licitao, devendo ser cumpridas as formalidades dispostas no art. 24, inciso IV e art. 26 caput e pargrafo nico da Lei 8.666/1993. Mas, cabe um alerta: mesmo dispensada a licitao, a contratao deve respeitar algumas formalidades, como as que citamos a seguir:a) Comprovao da urgncia da contratao (emergncia ou calamidade pblica), capaz de ocasionar prejuzo ou comprometer a segurana de pessoas, obras, servios, equipamentos e outros bens, pblicos ou particulares.b) Correta caracterizao do objeto a ser contratado.c) Exposio do motivo da escolha do contratado;d) Justificativa de preo;e) Manifestao favorvel da Assessoria Jurdica do Municpio (art. 38, VI da Lei 8.666/1993);f) Ratificao da contratao direita pela autoridade competente (3 dias);g) Publicao da ratificao da contratao direta na imprensa oficial (5 dias);h) Prazo mximo da contratao de 180 (cento e oitenta) dias contados no da contratao, mas da ocorrncia da emergncia ou calamidade.i) Proibio da prorrogao dos contratos.Aps a realizao da licitao ou da sua dispensa, os municpios em situao de emergncia ou de calamidade devero seguir todas as rotinas normais em relao ao empenho, liquidao e pagamento das despesas, ou seja, as fases da despesa pblica devero ser respeitadas e a execuo do objeto (compra, servio, obra) deve ser precedida da contratao. possvel que os recursos a serem empregados sejam provenientes de convnios ou instrumentos congneres firmados com outros entes. Neste caso, o aplicador dos recursos dever prestar ateno s regras estabelecidas pelo ente repassador dos recursos, j que qualquer irregularidade poder acarretar responsabilidade pessoal do agente pblico para a devoluo dos recursos recebidos. Em seu artigo 37, inciso IX, a Constituio Federal estipula que a lei poder estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender necessidade temporria de excepcional interesse pblico. No caso de emergncia ou de calamidade pblica, em ocorrendo a necessidade temporria de excepcional interesse pblico, o municpio dever providenciar a elaborao de lei contendo a autorizao para essas contrataes, descrevendo as hipteses autorizativas. Convm lembrar que compete ao gestor, ao aplicar a lei, comprovar que aquela contratao, alm de se enquadrar em hiptese constante da lei do municpio, encontra-se em consonncia com o artigo 37, inciso IX, da Constituio Federal. A lei municipal dever estabelecer, de maneira razovel, os prazos mximos da durao dos contratos, as funes a serem desempenhadas com a respectiva escolaridade exigida, a remunerao, seus direitos e deveres, e ainda dispor quanto possibilidade ou no da prorrogao do contrato. Antes de proceder s assinaturas dos contratos, dever providenciar a respectiva dotao oramentria.

2.2. Compreendendo as diferentes pautas do direito cidadeNo Brasil, os desastres tm sido crises sociais de particular intensidade, pois fundem aquilo a que Agamben denominaestado de exceoevida nua. Isso porque, por um lado, a decretao de emergncia pelo gestor municipal respalda a adoo de um tipo de gesto pblica excepcional, que suscita a reorientao das prioridades que foram acordadas anteriormente com os eleitores, viabiliza o fluxo mais clere de recursos pblicos destinados a aes no rotineiras e sobre os quais h menor controle social local. Ademais, o contexto de emergncia tem propiciado crescentemente as prticas de reorganizao territorial do municpio, favorecendo mais as aes de expulso de moradores empobrecidos indesejveis, sob a alegao de que esses se encontram em rea de risco, do que propriamente a priorizao na reverso dos riscos que incidem nestes espaos. A leitura predominantemente objetivista do meio tcnico-operacional sobre os riscos tende a descartar o exame do processo de urbanizao excludente. H valorizao da elaborao cartogrfica dereas de riscoe se "l os processos sociais de ocupao dessas reas como fruto daignornciaou dodescuidoda populao", o que suscita a formao de uma opinio pblica socialmente intolerante aos grupos sociais que habitam as periferias, encostas e beiras de rios. A base legal atual exige que todas as unidades da federao e o distrito federal tenham o mapa de risco de seu territrio, o qual serve como uma ferramenta monolgica, que inviabiliza a reivindicao da famlia moradora em ali permanecer quando a informao cartogrfica desfavorvel a isso; silenciados por tal ferramenta, os moradores so desumanizados, passveis a uma submisso integral a essa tecnicalidade. Contudo, h um recorte de classe subjacente a adoo da classificao da rea como sendo de risco: os setores afluentes tendem a legitimar a referida classificao quando a mesma respalda a prtica tcnica de deslocamento compulsrio dos moradores indesejveis da localidade ao mesmo tempo em que tais setores se sentem em condies polticas de exercerem seu poder de negociao sobre a ao tcnica de cartografizao do risco para que os seus imveis, que apresentam melhor padro construtivo e em reas com melhor infraestrutura, ainda que sob as condies hidrolgicas ou geolgicas no propcias, sejam poupados de uma similar avaliao tcnica desfavorvel.Ilustrativamente, h o caso do municpio de Terespolis, cujo desastre deflagrado no ano de 2011 desencadeou intensa ao tcnica de derrubada de moradias e demais instalaes (incluindo estabelecimentos pblicos de ensino) e, passados trs anos, as solues definitivas de moradias para os que esto sob o apoio de auxlio-moradia, despregados de seus vnculos comunitrios, alguns dos quais com parte da famlia falecida ou desaparecida no episdio, ainda no existem. A via principal que interliga, neste municpio, os bairros da Cascata do Imbu, Posse e Campo Grande, bastante afetados na ocasio, d bem a medida da ao tcnica que se pauta pela seletividade da classe social para distinguir quem pode ficar ou no no lugar, independente da proximidade com o rio e do acentuado aclive, que so as alegaes tcnicas para pr abaixo as moradias "subnormais" ou "menos requintadas". O mesmo se pode dizer em relao resoluo da questo fundiria que envolve grupos sociais tradicionais no campo, indgenas e outros. Nos desastres, o sofrimento social dos grupos mais afetados resulta essencialmente das tenses entre as esferas privada e pblica da vida social, em que prolifera toda a sorte de violncias. E, ao aniquilar-se a esfera privada da vida, retira-se a liberdade essencial para a preservao da substantividade do ser. A administrao pblica tem lidado com o problema atravs da naturalizao da intruso tcnica e violao do espao domstico, no por coincidncia, dos empobrecidos e, dentre esses, especialmente no das famlias desabrigadas. Estudos sociolgicos demonstram que, nos abrigos provisrios, tcnicos arbitram sobre o sistema de objetos e de aes concernentes esfera privada, sujeitando as famlias a certos padres de atendimento de suas necessidades vitais e a uma subordinao inconteste da estrutura de autoridade familiar ao comando externo. A concepo de cuidado integral e de acolhimento, na qual o sujeito na sua integralidade se torna o foco principal da ateno, ainda sofre resistncia das prticas profissionais de diversos setores, incluso no de sade. Desqualifica-se a singularidade das demandas individuais. Famlias que, sem opo de acolhimento, dirigem-se aos abrigos vivenciam constante sensao de intimidao defronte a atuao tcnica de defesa civil e por uma assistncia social mais burocrtica, voltada mais para tarefas de mltiplos cadastramentos do que para lidar diretamente com os dramas socais que ali se desenvolvem. A degradao da esfera social se explicita, entre outros, pela desconsiderao dos tcnicos para com as necessidades de preservao da intimidade pessoal e familiar, pelo desrespeito aos vnculos sociais das famlias com o lugar de moradia, pela negao do valor subjacente aos laos de coeso da vizinhana, enfim, pela facilidade em desvincular as famlias e suas respectivas comunidades da sua prpria histria.

2.2.1. Mobilizaes no municpio de Taquaritinga2.2.1.1. DeGynnasio a Instituto de Educao "9 de Julho"

A data de 8 de dezembro tem um significado todo especial para ns taquaritinguenses, em especial para a educao da populao de nossa cidade. Nessa data, isto , 8 de dezembro de 1927, vrios educadores se reuniram e resolveram fundar uma escola. Participaram dessa reunio os cidados Dr. Jos de Magalhes, Dr. Oliveira Pinto, Dr. Satyro de Mello, Dr. Aimone Salerno, Dr. Alpio Corra Leite, Professor major Savrio Calderazzo e Antonio Cosentino. Essa reunio ocorreu na redao do jornal semanrio A REFORMA, que circulava em nossa cidade. O objetivo principal era fundar um estabelecimento de ensino primrio e secundrio. Apresentadas as bases do novo empreendimento, a idia foi aprovada e a 2 de janeiro de 1928, o GYNNASIO TAQUARITINGA iniciou suas atividades. A primeira Diretoria coube ao Dr. Jos Magalhes e passou a funcionar rua General Glicrio (que poca se chamava Francisco Glicrio) n 13, e se localizava no quarteiro entre as Ruas Duque de Caxias e Marechal Deodoro. Ali tiveram comeo as aulas, com os professores lecionando as seguintes matrias:Dr. Jos Magalhes portugus, latim e aritmtica;Dr. Juvenal de Toledo Ramos instruo moral e cvica;Dr. Oliveira Pinto fsica, qumica, histria natural e desenho;Dr. Satyro de Mello ingls;Dr. Aimone Salerno francs, histria universal e histria do Brasil;Dr. Alpio Corra Leite geografia, corografia do Brasil (descrio de uma regio) , cosmografia e lgebra;Professor Savrio Calderazzo italiano, geometria e trigonometria.O internato masculino funcionava rua Duque de Caxias n 52, onde residia o Diretor. O setor feminino, rua General Glicrio n 13, tornando-se este local a sede oficial do Ginsio, a fiscalizao federal era exercida pelo Dr. Mximo de Albuquerque. Durante a primeira gesto de Carlos de Oliveira Novaes no cargo de Prefeito Municipal (de 18-01-1931 a 2-10-1932), encampou o estabelecimento de ensino, que era, at ento, particular e estava ameaado de fechamento, por dificuldades financeiras. No ano de 1939, foi inaugurado o prdio da Escola Normal, localizado na antiga Praa 9 de Julho, atual Praa Dr. Horcio Ramalho, onde funciona parte do ITES. Pelo Decreto n 14.855, de 9 de julho de 1945, assinado por Dr. Fernando Costa, Interventor Federal em So Paulo, o Ginsio e a Escola Normal, que eram municipais, passaram para a esfera estadual. Em 1951, o ento Prefeito Municipal, Dr. Ara Leo e o Professor Mrio Rosrio Lapenta, Diretor da Escola receberam um telegrama da Diretoria dos Servios de Prdios Escolares do Governo do Estado comunicando que havia sido aprovada a construo do prdio para o funcionamento do Colgio Estadual e Escola Normal de Taquaritinga, dentro do Plano Quadrienal de Construes da Diretoria de Obras Pblicas. Diante dessa notcia, aqui em Taquaritinga o ento Prefeito Municipal, Sr. Ernesto Salvagni, pelo Decreto Municipal n 15, de 29-12-1952, declarou ser de utilidade pblica uma rea de terreno constituda de 10.842 m2 , destinada construo do prdio. Essa rea estava encravada na Fazenda Contendas, paralela antiga rua Riachuelo, atual Major Calderazo. Pelo Processo n 52 / 53, de 28-06-1953, o Prefeito pedia Cmara Municipal a abertura de um crdito especial, de Cr$ 55.000,00 (cinqenta e cinco mil cruzeiros) para ocorrer ao pagamento da desapropriao. Em agosto de 1953, o Deputado Estadual por nossa cidade, Dr. Ademar Carvalho Gomes Dr. Mazinho apresentou Assemblia Legislativa um projeto de Lei, transformando o Colgio Estadual em Instituto de Educao. Em 7 de outubro de 1953, o Diretor do Estabelecimento de Ensino Professor Mrio Rosrio Lapenta -, acompanhado por uma comisso de vereadores e educadores, foram recebidos pelo Governador do Estado, Lucas Nogueira Garcs, e entre outras reivindicaes, estava a construo do prdio do Estabelecimento. A 15 de agosto de 1957, deu-se assentamento solene da pedra fundamental da construo do prdio. Esteve presente solenidade o coronel Jos Vicente de Faria Lima, Secretrio de Viao e Obras Pblicas do Estado. A 15 de novembro de 1963, durante as solenidades das comemoraes do Dia da Proclamao da Repblica, ocorreu a inaugurao do prdio, onde funciona atualmente. O Instituto Estadual de Educao 9 de Julho localiza-se no Bairro Jardim Contendas, rua Mrio Rosrio Lapenta, uma homenagem a quem exerceu o cargo de Diretor da Escola por vrios anos. As ruas que circundam o prdio receberam os nomes de Major Calderazzo, Dr. Jos Magalhes e Caetano lvares Pastore.

2.2.1.2. Eleitores querem que vereadores de Taquaritinga recebam salrio mnimo

Um grupo de moradores emTaquaritinga(SP) promove um abaixo-assinado com o intuito de reduzir o valor dos salrios dos vereadores e do vice-prefeito para um salrio mnimo. Atualmente, os vencimentos chegam a R$ 2,9 mil e a R$ 3 mil, respectivamente. Eles tambm querem a reviso da remunerao do prefeito, passando o valor de R$ 12 mil para R$ 1.650.Segundo o presidente da Cmara, a discusso sobre os salrios dos parlamentares positiva, mas os gastos da casa de leis em Taquaritinga so considerados baixos, fato que no justifica a reduo.Procurada, a Prefeitura de Taquaritinga informou que s vai comentar o assunto quando for comunicada oficialmente sobre o pedido de reduo de salrios. De acordo com o tecnlogo de produo Diego Henrique Soares, um dos organizadores do abaixo-assinado, foram recolhidas 800 das duas mil assinaturas necessrias para fazer com que o pedido vire um projeto de lei de iniciativa popular. O total referente a 5% do eleitorado do municpio. Soares explica que a ideia de reduzir os salrios segue uma tendncia nacional, inspirada por cidades como Santo Antnio da Plantina (PR) e Jacarezinho (PR), que diminuram os subsdios dos parlamentares aps presso popular. Estamos passando por uma crise econmica. verdade que entre os salrios dos vereadores da nossa regio, o menor o de Taquaritinga. Mas ns pensamos que justamente por conta dessa crise econmica ns devemos economizar, diz. Para o veterinrio Samir Ribeiro de Souza, tambm frente do movimento, o abaixo assinado representa um desejo da populao por mudanas. Essas assinaturas no mais so que a voz da populao. Acho que ser contra o que est dito nestes papeis ir contra o prprio voto. Acho que poltica literalmente no profisso. Poltica amor ao prximo, poltica cuidado do prximo. Os organizadores afirmam que se a proposta for aceita, ao fim de quatro anos a Cmara ter economizado R$ 1,3 milho com a folha de pagamento.Para o presidente da Cmara Luis Jos Bassoli (PT), o movimento interessante porque exige mais transparncia das cmaras e mais dilogo com a populao. Porm, Bassoli afirma que esse tipo de reduo desnecessrio, uma vez que os custos com os vereadores j so baixos. uma Cmara enxuta, temos apenas 15 funcionrios. Podemos gastar 6% do oramento da Cmara e gastamos 1,4%. Nenhum vereador tem assessor particular, carro, o vereador no recebe por sesses extraordinrias, ou seja, um salrio bastante razovel para que o vereador possa exercer o seu mandato com independncia, diz.Bassoli afirma que a reviso do subsdio para um salrio mnimo pode criar o que chamou de precarizao do trabalho do vereador. Eu creio que a questo do salrio mnimo perigosa, porque, ns temos vereadores que so borracheiros, barbeiros, e esse vereador vai ter que ser menos vereador e continuar na sua profisso.A Prefeitura de Taquaritinga informou que no foi comunicada oficialmente sobre o pedido e que no iria se pronunciar. O Presidente da Cmara defende a no reduo dos salrios, pois j esto trabalhando com baixos custos.

2.2.1.3. Participao cidad e o municpio

Interessa a este trabalho a participao poltica da sociedade civil ou popular, especificamente no que tange participao do cidado nas aes e decises governamentais em nome da coletividade. Essa participao cidad nos governos locais, por sua vez, envolve a institucionalizao de mecanismos que combinam os princpios da democracia representativa com a democracia direta, mecanismos jurdico-administrativos que possibilitam a gesto democrtica no mbito municipal na busca de maior eficincia, transparncia e responsabilidade pblica dos governos locais. Ressalte-se que a participao da sociedade civil nas polticas pblicas pressuposto para que a reforma se operacionalize devidamente, para que passemos efetivamente a um modelo de administrao gerencial, voltado para a eficincia, transparncia e responsabilidade do Estado, construindo assim uma nova administrao voltada para o cidado. Para que isso ocorra, essa participao tem necessariamente que se verificar no plano ftico, e se essa efetividade no se der como produto de reivindicaes populares, dever ser, ento, ao menos promovida pelos governos, especialmente os municipais, mais suscetveis s demandas da sociedade.vComo clula poltica da organizao nacional mais prxima sociedade civil, no Municpio que se apresentam as condies favorveis efetiva participao da sociedade na gesto da coisa pblica, pela maior possibilidade de identificao dos interesses comuns e dos meios a serem utilizados para a sua realizao.

2.2.1.4. Gesto democrtica dos municpios

A gesto democrtica dos municpios envolve a submisso sociedade do planejamento, elaborao de leis e decises governamentais socialmente relevantes. Nesse sentido o art. 29, inciso XII da Carta Magna de 1988, determina a cooperao das associaes representativas da sociedade civil no planejamento municipal, sendo que este preceito deve estar contido na Lei Orgnica Municipal, permitindo, assim, a formulao, o planejamento e a execuo das polticas pblicas municipais de acordo com as prioridades locais eleitas pela sociedade civil. Importante ressaltar que a operacionalizao dos mecanismos que possibilitam a participao se d por meio do processo administrativo. Da a feliz lio de Justino de Oliveira ao afirmar que processo e participao so institutos indissociveis. Nesse sentido, entende Roberto Dromi que o processo administrativo a ferramenta idnea a regular as relaes entre governantes e governados.E ainda Dinamarco, para quem essa participao constitui postulado inafastvel da democracia e o processo em si mesmo democrtico e, portanto participativo, sob pena de no ser legtimo. Como principais instrumentos de planejamento municipal tm-se o Plano Plurianual de Investimentos, Lei de Diretrizes Oramentrias, Lei de Oramento Anual, Plano Diretor, Zoneamento ambiental, Disciplina do parcelamento, uso e ocupao do solo, Gesto Oramentria Participativa, Planos, programas e projetos setoriais, Planos de desenvolvimento econmico e social. Com o advento do Estatuto da Cidade (Lei 10.257 de 19 de julho de 2001) passou a ser responsabilidade do Municpio a gesto democrtica da cidade como eixo estratgico da implementao da poltica urbana integrada, promovendo a reforma urbana nos municpios brasileiros. Dessa forma, deve ser desenvolvido um sistema de planejamento democrtico que assegure a participao popular e integre os rgos da poltica setorial, como os Conselhos, Secretarias e Coordenadorias com os rgos regionalizados, como as subprefeituras, associaes de bairros e regies administrativas. A participao da sociedade deve compreender, dentre outros, o direito de iniciativa popular, de audincia pblica, oramento participativo, tribuna popular, participao por meio de ombudsman, apresentao de propostas e emendas aos instrumentos de planejamento oriundas de entidades, associaes ou sindicatos e demais instituies representativas locais; de consultas pblicas por meio de plebiscito e referendo mediante a solicitao da comunidade.

2.2.1.5. A gesto oramentria participativa

No que tange especificamente gesto oramentria participativa, ao cidado dado exercer o direito de fiscalizao das finanas pblicas, o que abrange a participao dos muncipes na elaborao e execuo dos oramentos pblicos, a obteno de informaes sobre as finanas pblicas e a participao na definio das prioridades. As leis oramentrias explicitam os planos de investimentos em longo e curto prazo, a previso de receita e as despesas do exerccio, portanto, no mbito do Estado Democrtico de Direito, intuitiva a necessidade de seus principais destinatrios participarem de seu processo elaborativo, bem como de sua execuo, fortalecendo a um s tempo a democracia, a cidadania e elevando o padro de eficincia e a autonomia dos municpios. Os mecanismos constitucionais de planejamento e execuo oramentrios so o Plano Plurianual (PPA) que contm um planejamento a ser realizado durante os quatro anos de mandato do Prefeito, a Lei de Diretrizes Oramentria (LDO) que compreende as metas e prioridades da administrao pblica para o ano subsequente e define o que vai ser apresentado na Lei Oramentria Anual (LOA). Esta por sua vez, apresenta a previso de receitas e despesas do municpio para o ano seguinte, demonstra o que a administrao pretende arrecadar e onde pretende investir os recursos arrecadados. Em observncia problemtica da efetivao da gesto municipal democrtica, o Estatuto da Cidade (Lei n 10.257/01) prev a realizao de debates, audincias e consultas pblicas nos processos de elaborao e discusso dos Planos Plurianuais, da Lei de Diretrizes Oramentrias e da Lei do Oramento Anual. No mesmo sentido, tambm a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que o poder executivo tem que permitir a participao da sociedade no processo de elaborao das leissuprareferidas, o que determina a necessidade de realizao de audincia pblica para que a sociedade seja ouvida. Da mesma forma a participao da sociedade deve se processar no mbito de atuao do Poder Legislativo em todos os atos que visem preparao do texto final das leis. Ocorre que enquanto na Lei de Responsabilidade Fiscal a realizao de audincias facultada para garantir a transparncia e o controle popular na gesto fiscal, o Estatuto da Cidade traz em seu Art. 44, a realizao de debates, audincias e consultas pblicas como exigncia, como condio de validade para a aprovao das referidas leis pela Cmara Municipal. No que tange obrigatoriedade da realizao de audincias pblicas e as consequncias de sua no realizao, Gustavo Henrique Justino de Oliveira leciona desde que obrigatria, a realizao da audincia pblica sercondio de validadedo processo administrativo em que est inserida. Caso no implementada, ao arrepio da determinao legal, o processo estar viciado, e a deciso administrativa correspondente ser invlida.(g.n.). No caso especfico da gesto oramentria em comento, Gilberto Nardi Fonsecaensina A no observncia deste princpio vicia o processo de feitura da lei oramentria, pois ter preterido formalidade essencial, padecendo de mal incurvel, pois se certo que a participao popular princpio constitucional, afront-lo enseja a invalidao de qualquer ato praticado sem a sua observncia. Desta feita, o referido autor sustenta que o prefeito que no garante a participao da sociedade civil na sua administrao, incorre em crime de responsabilidade definido no art. 1, XIV do Decreto-Lei n 201, vez que est negando execuo lei e constituio; pratica ainda ato de improbidade administrativa, previsto no art. 11 da Lei n 8.429/92, por atentar contra os princpios da administrao pblica. Quanto ao momento de participao no processo de elaborao das leis oramentrias Dinor Adelaide Musetti Grotti, adverte Ressalte-se, no entanto, que a participao popular no processo oramentrio ter verdadeira repercusso se realmente ocorrer na elaborao das trs leis oramentrias. No basta a populao ser consultada para a formao do projeto de lei oramentria, preciso ser chamada para a elaborao do plano plurianual e da lei de diretrizes oramentrias. Se a populao no participar dessas duas primeiras fases, a possibilidade de atuar decisivamente no projeto de lei oramentria anual ficar muito limitada, pois, nos termos constitucionais, ter que atender o definido por essas duas leis prvias.

2.2.1.6. Controle

A verificao da observncia ou no de tal dispositivo no pode ficar a cargo somente da sociedade, pois se assim o fosse, a inovao acabaria por perder a importncia, ao menos enquanto o controle social dos atos for insubsistente, como efetivamente o em nosso pas. Desta feita, as instituies pblicas de controle dos atos, tm o dever de fiscalizar a aplicao desse dispositivo, bem como dos demais dispositivos legais que permitam a participao da sociedade. Sendo assim, os Tribunais de Contas ao analisarem as contas anuais, tanto do poder executivo como do legislativo, devero exigir a comprovao de que a sociedade foi efetivamente consultada, por meio dos instrumentos jurdicos elencados no Estatuto da Cidade. Da mesma forma o Ministrio Pblico tambm deve se voltar para essa problemtica auxiliando no controle dos atos e garantindo o implemento da participao democrtica nas cidades. Isso porque a participao da sociedade, a despeito de ser um importantssimo princpio constitucional, que imprime legitimidade gesto, tornou-se conforme exposto, pressuposto obrigatrio nos processos de elaborao e discusso das Leis Oramentrias e Planos, sendo que o no cumprimento dessa exigncia, enseja a nulidade do processo legislativo.

2.2.1.7. Efeito vinculante das propostas da sociedade

Em que pese a feliz inovao da participao da sociedade, observa-se que no foi previsto o efeito vinculante das propostas da sociedade aos planos, projetos, programas ou aes governamentais. Segundo regra geral estabelecida pela lei Lei Federal n 9.784/99 que regula o processo administrativo no mbito da Administrao Pblica Federal, no h atribuio expressa de efeito vinculante para a Administrao aos resultados das audincias, nem tampouco a obrigatoriedade da realizao das mesmas. Contudo, o disposto na lei de processo administrativo, no impede que leis especficas tornem a audincia obrigatria em determinados casos, como o faz o Estatuto da Cidade, j mencionado. Tambm no impede que essas leis determinem o efeito vinculante da audincia para a Administrao pblica. No caso do Art. 44 do Estatuto da Cidade, salvo melhor juzo, essa garantia da vinculao deveria ter sido prevista, vez que apenas garantir a participao da sociedade na fase instrutria sem garantir que suas decises e propostas sejam concretamente observadas ao final no ato de governo, possibilitaria no mximo uma maior transparncia da administrao, podendo transformar os instrumentos jurdicos de participao em simples mecanismos de homologao de decises, no permitindo efetivamente a gesto democrtica.Obviamente, para que essa vinculao possa se dar, ho de ser estabelecidos critrios e parmetros prprios, na busca de verdadeiro conserto entre o que se anseia e o que efetivamente a administrao pode realizar. Nesse contexto, ao menos as prioridades sociais locais deveriam ser observadas, dessa forma os governos mudariam, mas a comunidade continuaria a conformar as principais polticas pblicas e o planejamento s suas necessidades.

2.2.1.8. Democratizao da participao

No que tange as fases do processo de participao cidad na gesto democrtica, observa-se que a mesma deve perpassar todos os momentos, a saber: normatizao, execuo e fiscalizao das polticas pblicas. Desde o momento da identificao dos objetivos e necessidades e da discusso dos planos, projetos, programas, inclusive, das formas pelas quais a comunidade pode participar na implementao do que for decidido e, observando-se se foram ou no atendidas ao final, as demandas dos vrios atores sociais presentes no panorama municipal. Para que o processo de participao popular seja o mais democrtico possvel e consequentemente funcione melhor, devem ser includas as participaes de minorias (geralmente tribais, raciais ou religiosas), de grupos discriminados, e ainda, de grupos diretamente afetados, como associaes comunitrias representando interesse de grupos especficos, como bairros, unidades de vizinhana, distritos ou usurio de determinados servios. Conforme o exposto, garantir a participao popular na gesto dos Municpios apresenta-se como um desafio de grandes propores e de vrias dimenses, se levarmos em conta o fato de este ser, historicamente, um campo de conhecimento restrito aos especialistas, devido prpria estrutura da Administrao Pblica, aos termos tcnicos e complexidade da legislao. A breve caracterizao da problemtica e do cenrio atual nos indica que so amplos e diversos os desafios e as possibilidades colocados na ordem do dia gesto democrtica do Municpio.

2.2.2. Avaliando as alteraes recentes nos Processos LicitatriosConsiderando que a proteo ao meio ambiente diretriz com sede constitucional (artigo 225 da Constituio Federal de 1988), prevista inclusive como dever da Unio (artigo 23, inciso VI, da CF/88) e de todos aqueles que exercem atividade econmica (artigo 170, inciso VI, da CF/88), deve ser cada vez mais constante e consistente o esforo, por parte da Administrao Pblica, de assegurar a prevalncia de tal princpio em todos os ramos e momentos de sua atuao. Neste contexto, uma das oportunidades mais significativas para a implementao de medidas de defesa ao meio ambiente justamente atravs das licitaes e contrataes pblicas. A Administrao Pblica, ao exigir que a empresa que pretende com ela contratar cumpra parmetros mnimos de sustentabilidade ambiental na fabricao ou comercializao de seus produtos ou na prestao de seus servios, estar contribuindo de forma decisiva na consecuo de seu dever constitucional. Vale lembrar que a promoo do desenvolvimento nacional sustentvel atualmente um dos trs pilares das licitaes pblicas, ao lado da observncia do princpio constitucional da isonomia e da seleo da proposta mais vantajosa para a Administrao (artigo 3 da Lei n 8.666/93, na redao dada pela Lei n 12.349/2010). J o Decreto n 7.746/2012 foi editado para regulamentar tal dispositivo legal e estabelecer critrios, prticas e diretrizes gerais para a promoo do desenvolvimento nacional sustentvel por meio das contrataes realizadas pela administrao pblica federal direta, autrquica e fundacional e pelas empresas estatais dependentes. Conforme seu artigo 4, so diretrizes de sustentabilidade, entre outras:I menor impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e gua;II preferncia para materiais, tecnologias e matrias-primas de origem local;III maior eficincia na utilizao de recursos naturais como gua e energia;IV maior gerao de empregos, preferencialmente com mo de obra local;V maior vida til e menor custo de manuteno do bem e da obra;VI uso de inovaes que reduzam a presso sobre recursos naturais; eVII origem ambientalmente regular dos recursos naturais utilizados nos bens, servios e obras.Os critrios e prticas de sustentabilidade sero veiculados como especificao tcnica do objeto ou como obrigao da contratada (artigo 3), seja na execuo dos servios contratados ou no fornecimento dos bens e a premissa que preservem o carter competitivo do certame(artigo 2, pargrafo nico).

2.2.2.1. Objetivo e Contedo

O Guia Prtico de Licitaes Sustentveis da CJU/SP uma iniciativa que visa a auxiliar nossos rgos assessorados nessa tarefa. Este Guia Prtico tem por objetivo agrupar, num nico documento de fcil acesso, as informaes legais mais relevantes, do ponto de vista ambiental, sobre objetos que fazem parte do dia-a-dia das licitaes e contrataes de qualquer rgo pblico e, em diferentes nveis, acarretam algum tipo de impacto relevante no meio ambiente, seja na fase de fabricao, de utilizao ou de descarte. Assim, ao planejar e conduzir seus processos de licitao e contratao, o rgo dispor de um manual de consulta que lista, de forma direta, as providncias a serem tomadas para fins de assegurar o cumprimento legislao vigente e a diminuio ou anulao do impacto ambiental inerente a cada objeto. Damos destaque ao carter jurdico deste Guia Prtico, e no tcnico. Este seria um manual tcnico caso tivesse como finalidade indicar para a Administrao, dentre vrias opes de bens ou servios disponveis no mercado, aqueles que mais se adquam ao princpio de proteo ao meio ambiente e de sustentabilidade. Poderamos, por exemplo, recomendar aos nossos rgos assessorados que s adquiram lmpadas de baixo consumo energtico, ou s contratem construtoras que empreguem madeira certificada em suas obras, ou empresas que utilizem detergentes biodegradveis na prestao de servios de limpeza, e assim sucessivamente. No entanto, tais recomendaes revestem-se de cunho eminentemente tcnico. Isto significa que a deciso de comprar um produto com determinadas especificaes ambientais, em detrimento de outros disponveis no mercado, deve ser sempre pautada em justificativa tcnica, a ser elaborada com o auxlio de profissionais especializados. Um rgo de assessoramento jurdico, se adentrasse tal esfera, estaria extrapolando sua competncia legal e seu nvel de conhecimento. O presente Guia Prtico, pois, no possui tal pretenso. Trata-se, ao contrrio, de um compndio de normas jurdicas que j esto em vigor e, por seu efeito vinculante, devem ser obrigatoriamente cumpridas, independentemente de quaisquer justificativas tcnicas.

2.2.2.2. Normas ambientais elencadas neste guia prtico

De fato, dentre as normas jurdicas j vigentes em nosso ordenamento, encontram-se leis, decretos e, especialmente, portarias, instrues normativas e resolues editadas por rgos e entidades que integram o Sistema Nacional do Meio Ambiente notadamente o IBAMA e o CONAMA.O IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis , alm de suas atribuies nas reas de licenciamento ambiental e autorizao de uso dos recursos naturais, possui competncia para a edio de normas e padres de qualidade ambiental (Lei n 7.735,/89 e Decreto n 6.099/2007).J o CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente tambm possui competncia para estabelecer normas, critrios e padres relativos ao controle e manuteno da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, bem como compatveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial sadia qualidade de vida (Lei n 6.938/81 e Decreto n 99.274/90).Destarte, os atos emanados por tais entes, no exerccio de suas competncias legais, tambm possuem carter normativo e, como tal, devem ser respeitados pela Administrao Pblica, tal qual uma lei ou decreto. Neste contexto, esperamos que nosso manual auxilie os rgos assessorados na misso de coletar as normas ambientais pertinentes aos objetos de suas licitaes e contrataes, a fim de dar-lhes concreta aplicao e efetividade.

2.2.2.3. Utilizao

A utilizao deste Guia Prtico bastante simples. Ao elaborar qualquer procedimento licitatrio, o rgo deve previamente verificar se o respectivo objeto possui correspondncia nas tabelas que elencam, em ordem alfabtica, os principais itens abrangidos pela legislao ambiental vigente. Caso a resposta seja positiva, cada tabela deste Guia Prtico detalha informaes relativas ao diploma normativo aplicvel quele objeto e suas principais determinaes, bem como as providncias a serem tomadas na elaborao das minutas de edital e contrato e eventuais precaues envolvidas.Na grande maioria dos casos, o cumprimento das normas ambientais exige uma ou mais dentre as seguintes providncias:a) exigncia de determinadas especificaes tcnicas na descrio do objeto da licitao (o produto deve possuir caractersticas especiais, ou estar registrado junto ao rgo ambiental competente; os servios devem ser executados de forma especfica; etc.);b) exigncia de determinados requisitos de habilitao sobretudo habilitao jurdica e qualificao tcnica , especialmente: registro ou autorizao para funcionamento expedido pelo rgo ambiental competente (art. 28, V, da Lei n 8.666/93), registro ou inscrio na entidade profissional (art. 30, I), presena de membros da equipe tcnica com dada formao profissional (art. 30, II, e pargrafos), atendimento a requisitos previstos em leis especiais (art. 30, IV), etc.;c) imposio de obrigaes empresa contratada.

2.2.2.4. Cautelas

A primeira cautela, obviamente, passa pela verificao da vigncia dos diplomas normativos listados neste Guia Prtico, bem como de sua efetiva aplicao ao rgo assessorado. Caso, por exemplo, uma lei ou decreto atinja apenas os rgos integrantes do Sistema de Servios Gerais SISG da Administrao Federal, os rgos militares, a princpio, no estaro obrigados a cumpri-la (embora possam aplic-la como parmetro).Como segunda cautela, apontamos que as indicaes deste Guia Prtico no so as nicas a serem adotadas pelo rgo, do ponto de vista tcnico. Por restringirem-se ao aspecto ambiental, no substituem as demais providncias tcnicas de qualquer licitao, incidentes especialmente na fase de planejamento: estudo do objeto, para proceder sua adequada descrio; estudo do mercado, a fim de verificar as condies de fornecimento tpicas; avaliao das exigncias de qualificao tcnica necessrias para assegurar a perfeita execuo contratual, etc. Portanto, o rgo deve proceder com os cuidados habituais ao determinar os elementos tcnicos da licitao, especialmente quanto aos requisitos de habilitao. Significa dizer que, caso este manual indique, quanto a dado objeto, a necessidade de comprovao de um requisito especfico de qualificao tcnica, no se tratar necessariamente do nico requisito aplicvel. perfeitamente possvel e provvel que um nico objeto envolva a conjugao de vrias condies distintas de habilitao, ou outras tantas de cunho tcnico, tais como autorizao para funcionamento, registro do produto junto ao rgo competente, inscrio da empresa ou do responsvel tcnico junto entidade fiscalizadora, etc. Como nosso foco ambiental, elencamos apenas as exigncias de tal natureza. As demais proteo sade, segurana, etc. ficaram de fora, mas continuam plenamente exigveis e devem ser cumuladas, conforme a legislao vigente aplicvel. Portanto, este Guia Prtico apenas indica as exigncias ambientais mais relevantes para cada objeto. Cabe ao rgo licitante, como sempre, certificar-se das demais disposies legais aplicveis do ponto de vista tcnico. Como terceira cautela, recomendamos que o rgo licitante sempre consulte diretamente as fontes legais citadas neste Guia Prtico leis, decretos, portarias, instrues normativas, resolues no processo de elaborao dos editais de licitao, a fim de incrementar o conhecimento e entendimento das regras aplicveis quele objeto. Dada a limitao de espao, nossos apontamentos so superficiais, restringindo-se s principais determinaes de cada norma. Todavia, no caso concreto, certamente se far necessria a anlise mais aprofundada de cada diploma, sobretudo por parte de um profissional com conhecimento tcnico sobre a matria, a fim de definir seus exatos limites de interpretao e aplicao.Por fim, como quarta cautela, tambm cabe ao rgo licitante verificar, caso a caso, as exigncias de licenciamento ambiental eventualmente incidentes. Como tal matria tratada em inmeros diplomas normativos, cada um limitado a uma atividade, bem como muitas vezes envolve providncias que no so propriamente ligadas ao processo de licitao em si e elaborao de minutas de editais e contratos, no h como inserir neste Guia Prtico as disposies relativas ao licenciamento; este, todavia, um instrumento de enorme importncia nos esforos de proteo ao meio ambiente e, destarte, deve ser considerado com zelo pela Administrao.

2.2.2.5. As principais mudanas promovidas pelo municpio no que se refere aos critrios de sustentabilidade para a realizao das compras pblicas.

Criar mecanismos de transparncia e controle, conforme previsto na Lei n 12.527/2011, que dispe sobre os procedimentos necessrios para facilitar o acesso informao. Instituir o Conselho Municipal de Transparncia e Controle Social, que ter como competncia central acompanhar a plena execuo da legislao relacionada ao tema e elaborar o Plano Municipal de Transparncia e Controle Social; Popularizar o Portal Transparncia, adequando sua linguagem e capacitando a sociedade civil para o acesso e a interpretao dos dados pblicos; Oferecer anualmente ao Ministrio Pblico, ao TCE e ao Conselho de Transparncia e Controle Social a declarao de bens de todos os ocupantes dos cargos de confiana; Implantar a Gazeta Digital Interativa, possibilitando ao leitor utilizar ferramentas de filtros de pesquisa, alertas automticos para palavras-chave especficas, newsletter, disponibilizao das ementas no twitter, facebook, dentre outros; Instituir a Casa dos Conselhos, onde se instalaro todos os conselhos de polticas em mbito municipal, os quais contaro com toda a logstica necessria para uma atuao qualificada e independente; Instituir o Conselho da Cidade; Promover o Oramento Participativo Municipal, com recursos especficos para o atendimento das demandas priorizadas pelas assembleias de bairros e encontros regionais; Implantar as solues disponibilizadas pelo Programa Governo Eletrnico Brasileiro, sobretudo aquelas relacionadas a acessibilidade, estrutura de dados abertos, compras eletrnicas, convnios, gesto de domnios, incluso digital, interoperabilidade e software livre. Incorporar gesto da cidade a utilizao das Mdias Sociais (Facebook, Orkut, etc.) como instrumento de governo participativo. Fortalecer e concentrar nas mos do poder pblicos os servios e produtos relacionados Tecnologia da Informao; Implantar o Observatrio de Resultados, com equipe qualificada para elaborar e acompanhar indicadores. Valorizar o Servidor Pblico Municipal de carreira, como protagonista do governo e da poltica de eficincia e resultados. Adotar, sempre que possvel, o princpio da progressividade nos tributos municipais, fazendo com que os menos favorecidos no sejam compelidos sacrificarem a qualidade de vida de suas famlias para atenderem s exigncias fiscais. Revisar as renncias fiscais concedidas levando em conta o efetivo retorno social que os beneficiados esto proporcionando ao municpio.

2.2.2.6. Identificao de um edital

EDITAL DE PREGO PRESENCIAL n 13/2.015

PREMBULO O Servio Autnomo de gua e Esgoto de Taquaritinga, atravs de seu superintendente Jos Roberto Ferreira, torna pblico que se acha aberta Licitao na modalidade PREGO PRESENCIAL, do tipo MENOR PREO GLOBAL Prego n 13/2015 - Processo n 15/2015, tendo por objeto a Contratao de empresa para prestao de servios tcnicos especializados de coleta e anlise laboratorial da gua para consumo humano, de poos e rios processados pelo SAAET, objetivando o controle da qualidade da gua e seu padro de potabilidade, em cumprimento a Portaria n 2914, de 12 de dezembro de 2.011 do Ministrio da Sade, CONAMA Resoluo n 357 de 17 de maro de 2.005, conforme os termos constantes no edital e anexos, que ser regida pela Lei federal n. 10.520, de 17 de julho de 2.002, aplicando-se subsidiariamente, no que couberem, as disposies da Lei Federal n 8.666, de 21 de junho de 1.993, LC 123/2006 e LC 147/2014 e demais normas regulamentares aplicveis espcie. As propostas devero obedecer as especificaes deste edital e anexos, que dele fazem parte integrante. A sesso de processamento do Prego ser realizada na sede administrativa do SAAET, localizado Rua Clineu Braga de Magalhes, n 911, Centro - Taquaritinga, iniciando-se no dia 18/06/2015, s 10 horas e ser conduzida pela Pregoeira com o auxlio da Equipe de Apoio, designados nos autos do processo em epgrafe. Os envelopes contendo a proposta e os documentos de habilitao sero recebidos no endereo acima mencionado, na sesso pblica de processamento do Prego, concomitante ao credenciamento dos interessados que se apresentarem para participar do certame. Os envelopes tambm podero ser remetidos via postal, obedecidos os termos e condies deste edital. Os recursos oramentrios para o atendimento das despesas decorrentes da presente licitao sero arcados pela seguinte dotao do oramento vigente: Dotao Oramentria n 17.512.0018.2049.00003.3.90.39.00 - Ficha 23 I DO OBJETO 1. A presente licitao tem por objeto: Contratao de empresa para prestao de servios tcnicos especializados de coleta e anlise laboratorial da gua para consumo humano, de poos e rios processados pelo SAAET, objetivando o controle da qualidade da gua e seu padro de potabilidade, em cumprimento a Portaria n 2914, de 12 de dezembro de 2.011 do Ministrio da Sade, CONAMA Resoluo n 357 de 17 de maro de 2.005, conforme os termos constantes no edital e anexos. Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] 1.1 Todas as atividades acima descritas esto melhor detalhadas conforme Memorial Descritivo(Anexo I) que integra o presente Edital, de acordo com a solicitao contida no Prego n 16/2014.

II - DA PARTICIPAO EXCLUSIVO PARA ME/EPP Podero participar do certame todos os interessados do ramo de atividade pertinente ao objeto da contratao que preencherem as condies estabelecidas neste Edital ou satisfaam as disposies contidas nos incisos I e II do art. 3 da Lei Complementar n 123/2006 EXCLUSIVO PARA ME/EPP. III - DO CREDENCIAMENTO 1. Havendo interesse do licitante, por si ou seu procurador, em participar da sesso pblica do processamento do Prego, ser exigido o credenciamento da pessoa presente. 2. Para o credenciamento devero ser apresentados os seguintes documentos: a) em se tratando do representante legal, o estatuto social, contrato social ou outro instrumento de registro comercial, registrado na Junta Comercial, no qual estejam expressos seus poderes para exercer direitos e assumir obrigaes em decorrncia de tal investidura; b) tratando-se de procurador, a procurao por instrumento pblico ou particular, da qual constem poderes especficos para formular lances, negociar preo, interpor recursos e desistir de sua interposio e praticar todos os demais atos pertinentes ao certame, acompanhado do correspondente documento, dentre os indicados na alnea "a", que comprove os poderes do mandante para a outorga de acordo com o modelo estabelecido no Anexo II; 2.1 O representante legal e o procurador devero identificar-se exibindo documento oficial de identificao que contenha foto. 3. Ser admitido apenas 1 (um) representante credenciado para cada licitante. 4. Salvo autorizao expressa da Pregoeira, a ausncia do credenciado, em qualquer momento da sesso, importar precluso do direito de ofertar lances verbais e de manifestar inteno de recorrer, assim como na aceitao tcita das decises tomadas a respeito da licitao. IV - DA FORMA DE APRESENTAO DA DECLARAO DE PLENO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DE HABILITAO, DA PROPOSTA E DOS DOCUMENTOS DE HABILITAO 1. A apresentao da declarao de pleno atendimento aos requisitos de habilitao, da proposta e dos documentos de habilitao, poder se dar pelos meios seguintes: Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] a) entrega pessoal pelo representante credenciado a Pregoeira ou Equipe de Apoio, se presente sesso de processamento do Prego; b) por remessa postal, por carta registrada, aviso de recebimento, ou outro meio em que reste comprovado, de forma inequvoca, que Servio Autnomo de gua e Esgoto de Taquaritinga a tenha efetivamente recebido em tempo hbil para a devida apreciao. 2. A entrega pessoal dar-se- da seguinte forma: a) a declarao de pleno atendimento aos requisitos de habilitao, de acordo com o modelo estabelecido no Anexo III deste Edital, cuja entrega dever ser concomitante ao credenciamento dos interessados, e dever ser apresentada fora de envelopes ou quaisquer outros invlucros fechados que demandem a necessidade de sua abertura; b) a proposta de preo e os documentos para habilitao, cuja entrega dever se dar imediatamente aps o credenciamento do respectivo interessado, devero ser apresentados, separadamente, em 2 (dois) envelopes fechados e indevassveis contendo em sua parte externa, alm do nome da proponente, os seguintes dizeres: "Envelope n 1 - Proposta; Prego n ___; ", e, "Envelope n 2 - Habilitao; Prego n ____; " 3. A remessa via postal dever obedecer aos seguintes requisitos: 3.1 A proposta de preo e os documentos para habilitao devero ser apresentados, na forma estabelecida na alnea "b" do item anterior, e adicionalmente ao seguinte: a) referidos envelopes devero ser acondicionados num terceiro envelope, igualmente fechado e indevassvel; b) este terceiro envelope dever conter em sua parte externa os seguintes dizeres: "nome do licitante", "nmero da licitao", "nmero do processo", e, "data e horrio da sesso pblica dos procedimentos do Prego". 3.2 A declarao de pleno atendimento aos requisitos de habilitao, elaborada nos termos da alnea "a" do item anterior, ser apresentada fora dos Envelopes n 1 e n 2, porm encartada dentro deste terceiro envelope. 4. A remessa via postal implicar na renncia do licitante em credenciar preposto para represent-lo na sesso de procedimentos do Prego, assim como importar precluso do direito de ofertar lances verbais e de manifestao de inteno de recorrer, e, ainda, na aceitao tcita das decises tomadas na sesso respectiva. 5. Servio Autnomo de gua e Esgoto de Taquaritinga no se responsabiliza por eventuais atrasos ou extravios das correspondncias relativas s remessas via postal, a que no tenha contribudo, ou dado causa. 6. A proposta dever ser elaborada em papel timbrado da empresa e redigida em lngua portuguesa, salvo quanto s expresses tcnicas de uso corrente, com suas pginas numeradas seqencialmente, sem rasuras, emendas, borres ou entrelinhas e ser datada Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] e assinada pelo representante legal do licitante ou pelo procurador, juntando-se a procurao. 7. Os documentos necessrios habilitao devero ser apresentados em original, por qualquer processo de cpia autenticada por Tabelio de Notas ou cpia acompanhada do original para autenticao pela Pregoeira ou Equipe de Apoio. V - DO CONTEDO DO ENVELOPE "PROPOSTA 1. A proposta de preo dever conter os seguintes elementos: a) nome, endereo, CNPJ e inscrio estadual; b) nmero do processo e do Prego; c) descrio do objeto da presente licitao, com a indicao da procedncia, marca e modelo do produto cotado, em conformidade com as especificaes deste Edital; d) preo unitrio e total, por item, em moeda corrente nacional, em algarismo e por extenso, apurado data de sua apresentao, sem incluso de qualquer encargo financeiro ou previso inflacionria; e) prazo de validade da proposta de no mnimo 60 dias. 2. Nos preos propostos devero estar includos, alm do lucro, todas as despesas e custos, como por exemplo: transportes, tributos de qualquer natureza e todas as despesas, diretas ou indiretas, relacionadas com o fornecimento do objeto da presente licitao. 3. No ser admitida cotao inferior quantidade prevista neste Edital. 4. O preo ofertado permanecer fixo e irreajustvel. VI - DO CONTEDO DO ENVELOPE "DOCUMENTOS DE HABILITAO" 1. O Envelope "Documentos de Habilitao" dever conter os documentos a seguir relacionados os quais dizem respeito a: 1.1 Habilitao Jurdica a) registro comercial, no caso de empresa individual; b) ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado na Junta Comercial, em se tratando de sociedades comerciais; c) documentos de eleio dos atuais administradores, tratando-se de sociedades por aes, acompanhados da documentao mencionada na alnea "b", deste subitem; d) decreto de autorizao e ato de registro ou autorizao para funcionamento expedido pelo rgo competente, tratando-se de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no pas, quando a atividade assim o exigir. 1.2 Regularidade Fiscal Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] a) Prova de inscrio no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas do Ministrio da Fazenda (CNPJ); b) Prova de inscrio no Cadastro de Contribuintes Municipal, relativo ao domiclio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatvel com o objeto da presente licitao; c) Prova de inscrio no Cadastro de Contribuintes Estadual, relativo sede da licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatvel com o objeto do certame; d) Prova de regularidade na Fazenda Federal, emitida pela Receita Federal, e Certido Negativa de Inscrio de Dvida Ativa da Unio, emitida pela Procuradoria da Fazenda Nacional; e) Prova de regularidade na Fazenda Municipal da sede do licitante; f) Prova de regularidade na Fazenda Estadual da sede do licitante; g) Prova de regularidade no Instituto Nacional de Seguridade Social INSS; h) Prova de regularidade no Fundo de Garantia por Tempo de Servio FGTS; i) Certido negativa de dbitos trabalhistas. 1.3 Outras Comprovaes a) Declarao da licitante, elaborada em papel timbrado e subscrita por seu representante legal, de que se encontra em situao regular perante o Ministrio do Trabalho, conforme modelo constante do Anexo IV deste Edital; b) Declarao elaborada em papel timbrado e subscrita pelo representante legal da licitante, assegurando a inexistncia de impedimento legal para licitar ou contratar com a Administrao conforme modelo constante do Anexo V deste Edital; c) Prova de inscrio da pessoa jurdica e de seus responsveis tcnicos junto ao Conselho Regional de Qumica. 2. Na hiptese de no constar prazo de validade nas certides apresentadas, Servio Autnomo de gua e Esgoto de Taquaritinga, aceitar como vlidas as expedidas at 90 (noventa) dias imediatamente anteriores data de apresentao das propostas. VII - DO PROCEDIMENTO E DO JULGAMENTO 1. No horrio e local indicados no prembulo, ser aberta a sesso de processamento do Prego, iniciando-se com a declarao, pela Pregoeira, das licitantes que eventualmente encaminharam os documentos via postal e com o credenciamento dos representantes presentes sesso e interessados na participao do certame. Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] 1.1 Aberta a sesso, no sero aceitos e recepcionados documentos encaminhados via postal. 1.2 A sesso pblica ser nica. 1.3 Se, porm, a sesso pblica estender-se at o horrio de encerramento do expediente da promotora do certame, ser a mesma declarada suspensa pela Pregoeira, determinando-se a sua continuidade para o dia til imediatamente seguinte, no horrio do incio do expediente respectivo. 2. Concomitante aos respectivos credenciamentos, os representantes das licitantes entregaro a Pregoeira a declarao de pleno atendimento aos requisitos de habilitao, e, em envelopes separados, a proposta de preos e os documentos de habilitao. 2.2 Encerrado o credenciamento dos representantes presentes, este ser declarado pela Pregoeira e, por consequncia, no mais ser permitida a admisso de novos participantes no certame. 3. Abertos os envelopes proposta, a Pregoeira proceder anlise de seu contedo, verificando o atendimento das condies estabelecidas neste Edital e seus anexos, sendo desclassificadas as propostas: a) cujo objeto no atenda as especificaes, prazos e condies fixados no Edital; b) que apresentem preo baseado exclusivamente em proposta das demais licitantes. 3.1 No tocante aos preos, as propostas sero verificadas quanto exatido das operaes aritmticas que conduziram ao valor total orado, procedendo-se s correes no caso de eventuais erros, tomando-se como corretos os preos unitrios; as correes efetuadas sero consideradas para apurao do valor da proposta. 3.2 Sero desconsideradas ofertas ou vantagens baseadas nas propostas das demais licitantes. 4. As propostas no desclassificadas sero selecionadas para a etapa de lances verbais, com observncia dos seguintes critrios: a) seleo da proposta de menor preo e das demais com preos at 10% (dez por cento) superiores quela; b) no havendo pelo menos 3 (trs) preos na condio definida na alnea anterior, sero selecionadas as propostas que apresentarem os menores preos, at o mximo de 3 (trs); no caso de empate nos preos, sero admitidas todas as propostas empatadas, independentemente do nmero de licitantes. 4.1 Sero realizadas rodadas de lances verbais para o valor global das propostas de menor preo ofertadas por escrito. 5. A Pregoeira convidar individualmente os autores das propostas selecionadas a formular lances verbais de forma sequencial, a partir do autor da proposta de maior preo e os demais em ordem decrescente de valor, decidindo-se por meio de sorteio no caso de empate de preos. Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] 5.1 A licitante sorteada em primeiro lugar poder escolher a posio na ordenao de lances em relao aos demais empatados, e assim sucessivamente at a definio completa da ordem de lances. 6. Os lances verbais devero ser formulados em valores distintos e decrescentes, inferiores proposta de menor preo. 6.1 Obedecida a ordem seqencial, a desistncia da oferta de lance por um dos concorrentes importar a precluso de sua participao nas rodadas seguintes. 6.2 A etapa de lances verbais somente se encerrar quando houver expressa desistncia de sua formulao por todos os interessados selecionados. 7. Encerrada a etapa de lances, sero classificadas as propostas selecionadas e no selecionadas para a etapa de lances, na ordem crescente dos valores, considerando-se para as selecionadas o ltimo preo ofertado. 8. A Pregoeira poder negociar com o autor da oferta de menor valor com vistas reduo do preo. 9. Aps a negociao, se houver, a Pregoeira examinar a aceitabilidade do menor preo, decidindo motivadamente a respeito. 9.1 A aceitabilidade ser aferida a partir dos preos de mercado vigentes na data da apresentao das propostas. 10. Considerada aceitvel a oferta de menor preo, ser aberto o envelope contendo os documentos de habilitao de seu autor. 11. Constatado o atendimento dos requisitos de habilitao previstos neste Edital, a licitante ser habilitada e declarada vencedora do certame. 12. Se a oferta no for aceitvel, ou se a licitante desatender as exigncias para a habilitao, a Pregoeira examinar a oferta subsequente de menor preo, negociar com o seu autor, decidir sobre a sua aceitabilidade e, em caso positivo, verificar as condies de habilitao e assim sucessivamente, at a apurao de uma oferta aceitvel cujo autor atenda os requisitos de habilitao, caso em que ser declarado vencedor. VIII - DO RECURSO, DA ADJUDICAO E DA HOMOLOGAO 1. Declarada a proposta vencedora, a licitante que quiser recorrer dever manifestar imediata e motivadamente a sua inteno, que ser registrada na ata respectiva, abrindo-se ento o prazo de 3 (trs) dias para apresentao de razes de recurso, ficando as demais licitantes desde logo intimadas para apresentar contra-razes em igual nmero de dias, que comearo a correr no trmino do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos. 2. A ausncia de manifestao imediata e motivada da licitante importar: a) a decadncia do direito de recurso; Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] b) a adjudicao do objeto do certame pela Pregoeira licitante vencedora; e c) o encaminhamento do processo ao Superintendente do Servio Autnomo de gua e Esgoto de Taquaritinga Sr. Jos Roberto Ferreira para a homologao. 3. A no apresentao de razes ou de contra-razes de recurso no impedir o seu regular processamento e julgamento. 4. Interposto o recurso, a Pregoeira prestar as informaes que entender convenientes e o encaminhar ao superintendente do Servio Autnomo de gua e Esgoto de Taquaritinga para julgamento. 5. O recurso ter efeito suspensivo e o seu acolhimento importar apenas a invalidao dos atos insuscetveis de aproveitamento. 6. Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos praticados, ser adjudicado o objeto da licitao e homologado o procedimento pela autoridade competente. IX - DA CONTRATAO 1. A contratao decorrente desta licitao ser formalizada mediante assinatura de termo de contrato, cuja respectiva minuta constitui o Anexo VI deste Edital. 2. A Adjudicatria dever, no prazo de 3 (trs) dias, contados da data da convocao, comparecer ao Setor de Licitaes do Servio Autnomo de gua e Esgoto de Taquaritinga, situado Rua Clineu Braga de Magalhes, n 911, Centro, Taquaritinga-SP, para assinar o termo de contrato. 2.1 O simples silncio da Adjudicatria regular e inequvoca convocao importar em recusa assinatura do contrato. 3. Quando a Adjudicatria, convocada dentro do prazo de validade de sua proposta, se recusar a assinar o contrato, sero convocadas as demais licitantes classificadas, para nova sesso pblica de processamento do Prego, visando a celebrao da contratao. 3.1 A convocao das demais licitantes se dar por via postal com registro ou aviso de recebimento, fac-smile, e-mail, ou outra forma em que reste comprovado, de forma inequvoca, que os interessados a tenham recebido. 3.2 Essa nova sesso ser realizada em prazo no inferior a 2 (dois) dias teis, contados da divulgao da convocao. 3.3 Nessa nova sesso, respeitada a ordem de classificao, observar-se-o as disposies dos subitens 10 a 11, do item VII e todo o contedo do item VIII, deste Edital. X - DOS PRAZOS, DAS CONDIES E DO LOCAL DA EXECUO DAS OBRAS DA LICITAO Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] 1. O objeto desta licitao dever ser entregue Rua Clineu Braga de Magalhes, n. 911, no horrio das 8:00 s 16:00, de segunda sexta-feira. 2. O prazo de durao do objeto da licitao de 12 meses, a contar da assinatura do termo contratual ou da retirada do documento equivalente, podendo ser prorrogado por iguais e sucessivos perodos nos termos do inciso II do artigo 57 da lei 8.666/93. 3. O objeto desta licitao dever ser prestado nos locais onde o Servio Autnomo de gua e Esgoto de Taquaritinga solicitar e determinar, correndo por conta da Contratada todas as despesas de seguros, transporte, tributos, encargos trabalhistas e previdencirios, alm de outras decorrentes da locao.

XI - DAS OBRIGAES DAS PARTES 1. Da Contratada: 1.1. Executar os servios em prazo no superior ao mximo estipulado no Edital e somente aps o recebimento da Ordem de Servio. 1.2. Prestar o servio de forma condizente ao estipulado no objeto e termo de referncia. 1.3. Executar todos os servios complementares julgados necessrios para que o local tenha condies de uso satisfatrio. 1.4. Corrigir e/ou refazer os servios e substituir os materiais/servios no aprovados pela Fiscalizao, caso os mesmos no atendam s especificaes constantes do Edital. 1.5. Fornecer, alm dos materiais especificados e mo-de-obra especializada, todas as ferramentas necessrias, ficando responsvel por sua guarda e transporte. 1.6. Cumprir as medidas de segurana, conforme legislao em vigor. 1.7. Usar uniformes e EPIs adequados execuo dos servios. 1.8. Responsabilizar-se por quaisquer danos, ao patrimnio do SAAET, causados por seus funcionrios em virtude da execuo dos servios. 1.9. Executar limpeza geral, ao final do servio, devendo o espao utilizado ser entregue em perfeitas condies de ocupao e uso. 1.10. Substituir qualquer funcionrio seu, por solicitao da Fiscalizao, com presteza e eficincia. 1.11. Empregar, na execuo dos servios, apenas materiais de primeira qualidade, que obedeam s especificaes, sob pena de impugnao destes pela Fiscalizao. 1.12. Obedecer sempre s recomendaes dos fabricantes na aplicao dos materiais industrializados e dos de emprego especial, pois caber Contratada, em qualquer caso, a responsabilidade tcnica e os nus decorrentes de sua m aplicao. 1.13. Proceder substituio, em 24 horas a partir da comunicao, de materiais, ferramentas ou equipamentos julgados pela Fiscalizao como deficientes para a execuo dos servios. 1.14. Entregar os servios sem instalaes provisrias e livres de entulhos ou quaisquer outros elementos que possam impedir a utilizao imediata do local, e ainda com todas as superfcies limpas. Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] 1.15. Comunicar por escrito Fiscalizao a concluso dos servios separados por item, para que seja feito a vistoria dos servios com vistas a sua aceitao provisria. 1.16. No caso da Contratada, como resultado das suas operaes, prejudicar reas includas ou no no setor do seu trabalho, dever recuper-las, deixando-as em conformidade com o seu estado original. 1.17. Responder pelas despesas relativas a encargos trabalhistas, de seguro de acidentes, impostos, contribuies previdencirias e quaisquer outras que forem devidas e referentes aos servios executados por seus empregados, uma vez que os mesmos no tm nenhum vnculo empregatcio com o SAAET. 1.18. Responder, integralmente, por perdas e danos que vier a causar ao SAAET ou a terceiros em razo de ao ou omisso, dolosa ou culposa, sua ou dos seus prepostos, independentemente de outras cominaes contratuais ou legais a que estiver sujeita. 1.19. Outras obrigaes constantes da Minuta de Contrato e nas Especificaes Tcnicas. 2. Do SAAET 2.1. Efetuar o pagamento no prazo estipulado neste Edital; 2.2. Fiscalizar a execuo do servio, conforme especificado neste Edital; 2.3. Demais obrigaes previstas na minuta contratual. XII - DAS CONDIES DE RECEBIMENTO DOS SERVIOS 1. Por ocasio da entrega do objeto desta licitao, a Contratada dever colher no comprovante respectivo a data, o nome, o cargo e a assinatura do servidor responsvel pelo recebimento. 1.1 O recebimento do objeto se dar provisoriamente, resguardando-se posterior conferncia, que dever ocorrer no prazo de at 1 (um) dia contados do recebimento provisrio. 1.2 Aps a conferncia, e verificado o atendimento integral da quantidade e das especificaes contratadas, ser fornecido pela Contratada recibo de entrega definitivo, no prazo de at 5 (cinco) dias contados do recebimento provisrio. 2. Constatadas irregularidades no objeto contratual, a Contratante poder: a) se disser respeito especificao, rejeit-lo no todo ou em parte, determinando sua substituio ou rescindindo a contratao, sem prejuzo das penalidades cabveis; b) se disser respeito diferena de quantidade ou de partes, determinar sua complementao ou rescindir a contratao, sem prejuzo das penalidades cabveis; Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] c) se disser respeito a incorrees nas notas fiscais/faturas, estas sero devolvidas Contratada para a devida substituio no prazo mximo de 5(cinco) dias. 2.1 Nas hipteses de substituio e/ou de complementao, a Contratada dever faz-la em conformidade com a indicao da Contratada no prazo mximo de 5(cinco) dias, contados da notificao por escrito, mantido o preo inicialmente contratado, sem prejuzo das penalidades impostas. XIII - DA FORMA DE PAGAMENTO 1. O pagamento ser efetuado na Tesouraria do SAAET ou depositado em conta corrente do licitante vencedor, de forma parcelada, ou seja, em 04(quatro) parcelas iguais, com vencimentos em 21 de dezembro de 2.015, 22 de fevereiro de 2.016; 22 de abril de 2.016 e 20 de junho de 2.016, acompanhado das respectivas notas fiscais. 2. O pagamento ser suspenso quando o contratado no entregar as obras em sua totalidade em que lhe devida, ou no refazer total ou parcialmente o objeto quando solicitado pela Administrao, ou estiver em pendncia de liquidao de obrigao financeira, em virtude de penalidade ou inadimplncia contratual XIV - DAS SANES PARA O CASO DE INADIMPLEMENTO 1. Ficar impedida de licitar e contratar com a administrao direta e indireta do Municpio de Taquaritinga-SP, pelo prazo de at 5 (cinco) anos, ou enquanto perdurarem os motivos determinantes da punio, a pessoa, fsica ou jurdica, que: a) deixar de entregar documentao ou apresentar documentao falsa exigida para o certame; b) convocada dentro do prazo de validade da sua proposta, no celebrar o contrato; c) comportar-se de modo inidneo ou cometer fraude fiscal; d) no mantiver a proposta, lance ou oferta; e) ensejar o retardamento da execuo do objeto da contratao; f) falhar ou fraudar na execuo do contrato. 2. A sano de que trata o subitem anterior poder ser aplicada juntamente com as multas previstas neste Edital, garantido o exerccio do direito de prvia e ampla defesa. 3. A aplicao das multas fica regulamentada pelo decreto municipal n 3.917, de 12 de abril de 2012, conforme anexo VII. XV - DAS DISPOSIES FINAIS Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] 1. As normas disciplinadoras desta licitao sero interpretadas em favor da ampliao da disputa, respeitada a igualdade de oportunidade entre as licitantes e desde que no comprometam o interesse pblico. 2. Das sesses pblicas de processamento do Prego sero lavradas atas circunstanciadas, a serem assinadas pela Pregoeira e pelos licitantes presentes. 2.1 As recusas ou as impossibilidades de assinaturas devem ser registradas expressamente na prpria ata. 3. Todos os documentos de habilitao cujos envelopes forem abertos na sesso e as propostas sero rubricadas pela Pregoeira e pelos licitantes presentes que desejarem. 4. Os envelopes contendo os documentos de habilitao das demais licitantes ficaro disposio para retirada no Setor de Licitaes situado na sede administrativa desta Autarquia, aps a celebrao do contrato. 5. Os casos omissos do presente Edital sero solucionados pela Pregoeira. 6. Integram o presente Edital: Anexo I - Termo de Referncia; Anexo II - Modelo de Procurao para Credenciamento; Anexo III - Declarao de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitao; Anexo IV - Cumprimento do disposto no art. 7, inciso XXXIII da Constituio Federal; Anexo V - Declarao de inexistncia de impedimento de licitar ou contratar com a administrao; Anexo VI Modelo de Minuta de Contrato; Anexo VII - Decreto Municipal N 3.917, de 12 de abril de 2012. . Taquaritinga, 03 de junho de 2.015. Jos Roberto Ferreira -Superintendente- Fone: (16) 3253 8400 Rua Clineu Braga de Magalhes, 911 - Centro CEP 15900-000 Taquaritinga SP [email protected] ANEXO I TERMO DE REFERNCIA I DO OBJETO DA LICITAO 1.1 - O objeto da presente licitao constitui-se na contratao de empresa para prestao de servios tcnicos especializados de coleta e anlise laboratorial da gua para consumo humano, de poos e rios processados pelo SAAET, objetivando o controle da qualidade da gua e seu padro de potabilidade, em cumprimento a Portaria 2914 de 12 de Dezembro de 2011 do Ministrio da Sade, CONAMA Resoluo n 357 de 17 de maro de 2.005. Abaixo discriminado: 1.2 - As coletas, preservaes e transporte de amostras, bem como o fornecimento de frascos e conservantes qumicos e ainda outros equipamentos necessrios, sero de responsabilidade da firma contratada. As coletas das amostras das guas a serem analisadas, sero realizadas por tcnico da empresa proponente vencedora do certame "in loco", acompanhado de funcionrio do SAAET destacado para este fim, nos seguintes locais, nmero de amostras e frequncia, assim estabelecidos: 1.2.1 - Captaes subterrneas: Coletas e anlises de 38 amostras de guas de poos segundo a Portaria 2914 de 12 de Dezembro de 2011 do Ministrio da