depreciação aspecto societário e fiscal: um estudo de...

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Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2015. Depreciação Aspecto Societário e Fiscal: Um Estudo de Caso dos Impactos na Empresa MBS Vivian Barbosa Monteiro 1 Prof. Msc. Ricardo Pereira Rios 2 RESUMO De acordo com as normas contábeis vigentes referentes à depreciação, recomenda-se que as empresas definam a vida útil e valor residual do ativo imobilizado, porém, para as empresas do Lucro Real, essa depreciação não é aceita para fins fiscais. A Receita Federal do Brasil estabelece as taxas de depreciação admissíveis para apuração do Imposto de Renda e Contribuição sobre o Lucro Líquido. O objetivo deste artigo foi demonstrar e analisar como a empresa em estudo trata a depreciação fiscal e societária. Para fazer essa análise, realizou-se uma pesquisa do tipo exploratória e documental, através de relatórios e uma entrevista informal com a empresa em estudo. Os resultados foram evidenciados por meio de um estudo de caso na empresa MBS. Ao final deste estudo de caso, constatou-se que a empresa realiza a depreciação societária conforme normas contábeis vigentes e também realiza a depreciação fiscal. As dificuldades encontradas referem-se aos métodos de controle e ao conhecimento dos profissionais da área. Constatou-se também que para a MBS seria vantajoso se a depreciação societária fosse aceita pela Legislação Fiscal, pois pagaria menos impostos. Palavras-chave: Depreciação Societária; Depreciação Fiscal; Ativo Imobilizado. INTRODUÇÃO No Brasil, a introdução da Lei nº 11.638/2007 gerou algumas modificações na Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas) harmonizando as Normas 1 Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque, 2015. 2 Mestre em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, Pós Graduado em Gestão Empresarial pela Universidade Nove de Julho, Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque. Atua na área Contábil Tributária há 20 anos. Professor Universitário, atuando também como docente em cursos e palestras com temas voltados área contábil tributária há mais de 05 anos. Coordenador do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque. Co-autor do livro: "Normas e Práticas Contábeis: Uma introdução", obra premiada na categoria Livro de Contabilidade no "Troféu Cultura Econômica 2012" – Rio Grande do Sul.

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Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2015.

Depreciação Aspecto Societário e Fiscal: Um Estudo de

Caso dos Impactos na Empresa MBS

Vivian Barbosa Monteiro1

Prof. Msc. Ricardo Pereira Rios2

RESUMO De acordo com as normas contábeis vigentes referentes à depreciação, recomenda-se que as empresas definam a vida útil e valor residual do ativo imobilizado, porém, para as empresas do Lucro Real, essa depreciação não é aceita para fins fiscais. A Receita Federal do Brasil estabelece as taxas de depreciação admissíveis para apuração do Imposto de Renda e Contribuição sobre o Lucro Líquido. O objetivo deste artigo foi demonstrar e analisar como a empresa em estudo trata a depreciação fiscal e societária. Para fazer essa análise, realizou-se uma pesquisa do tipo exploratória e documental, através de relatórios e uma entrevista informal com a empresa em estudo. Os resultados foram evidenciados por meio de um estudo de caso na empresa MBS. Ao final deste estudo de caso, constatou-se que a empresa realiza a depreciação societária conforme normas contábeis vigentes e também realiza a depreciação fiscal. As dificuldades encontradas referem-se aos métodos de controle e ao conhecimento dos profissionais da área. Constatou-se também que para a MBS seria vantajoso se a depreciação societária fosse aceita pela Legislação Fiscal, pois pagaria menos impostos.

Palavras-chave: Depreciação Societária; Depreciação Fiscal; Ativo Imobilizado.

INTRODUÇÃO

No Brasil, a introdução da Lei nº 11.638/2007 gerou algumas modificações na

Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas) harmonizando as Normas

1 Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque, 2015.

2 Mestre em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, Pós Graduado em Gestão Empresarial pela Universidade Nove de Julho, Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque. Atua na área Contábil Tributária há 20 anos. Professor Universitário, atuando também como docente em cursos e palestras com temas voltados área contábil tributária há mais de 05 anos. Coordenador do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque. Co-autor do livro: "Normas e Práticas Contábeis: Uma introdução", obra premiada na categoria Livro de Contabilidade no "Troféu Cultura Econômica 2012" – Rio Grande do Sul.

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Internacionais de Contabilidade. A fim de facilitar o entendimento e aplicação destas,

surgiu o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Entre os Pronunciamentos

emitidos, o que trata sobre o Imobilizado é o CPC 27 Ativo Imobilizado e as principais

mudanças são: definição da vida útil e valor residual de cada bem, sendo assim, as

taxas de depreciação utilizadas pelas empresas na maioria dos casos são diferentes

das estabelecidas e aceitas pela Receita Federal, para fins de apuração do imposto

de renda, havendo a necessidade das empresas em manter dois controles: um para

atender as normas contábeis vigentes, e outro para atender o Fisco na apuração,

declarações e pagamento dos tributos.

Este tema foi escolhido para contribuir com a comunidade acadêmica e o

trabalho procurará responder: Qual o impacto da depreciação em seu aspecto

societário e fiscal para a empresa MBS? O objetivo geral do trabalho é verificar o

tratamento aplicado em relação à depreciação e analisar como a empresa MBS realiza

e controla a depreciação fiscal e societária. O objetivo especifico é levantar bibliografia

sobre o tema e realizar uma pesquisa junto à empresa MBS para verificar a

depreciação no seu aspecto societário e fiscal.

A metodologia utilizada nesse trabalho será de uma pesquisa do tipo

exploratória, que tem como objetivo aumentar a familiaridade do pesquisador para

realização de pesquisas futuras e esclarecer conceitos. O método utilizado será o

dedutivo a fim de explicar o conteúdo das premissas. Para abordagem dos problemas

serão utilizadas pesquisas qualitativas e quantitativas. (MARCONI e LAKATOS,

2003).

A pesquisa será elaborada com base em materiais já publicados, como livros,

internet, teses e outras fontes e será necessário realizar uma pesquisa documental

com material da empresa em estudo.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

Aborda-se a seguir, o referencial teórico sobre o tema.

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1.1. ATIVO IMOBILIZADO ASPECTO SOCIETÁRIO

O tratamento contábil aplicado ao Ativo Imobilizado tem como base o

Pronunciamento Técnico CPC 27, tendo como objetivo estabelecer o procedimento

contábil para o imobilizado, de forma que os usuários das demonstrações contábeis

enxerguem com clareza as informações sobre os investimentos e mutações ocorridas

no imobilizado. (PRONUNCIAMENTO TÉCNICO 27, 2009)

Os principais assuntos abordados pelo CPC 27 na contabilização do

imobilizado são: “[…] o reconhecimento dos ativos, a determinação dos seus valores

contábeis e os valores de depreciação e perdas por desvalorização a serem

reconhecidas em relação aos mesmos. ” (PRONUNCIAMENTO TÉCNICO 27, 2009,

p.2)

De acordo com Marion et. al. (2012, p.259) conforme o Art. 179, IV da Lei n°

6.404/76, com as alterações da lei n° 11.638/07 e Lei n° 11.941/09 o Ativo Imobilizado

é definido da seguinte forma:

Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.)

O ativo imobilizado de acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis

(2009, p.3) é definido da seguinte forma:

Ativo imobilizado é o item tangível que: (a) É mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviço, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) Se espera utilizar por mais de um período.

Segundo essa definição, subtende-se que para classificar um item como

imobilizado ele deve ser tangível, fazendo parte da operação da empresa, deve-se ter

o controle do bem assumindo os riscos e benefícios e se espera também que seja de

caráter permanente, ou seja, utilizar mais que um ano.

De acordo com Iudícibus et. al. (2010) cada grupo do imobilizado deve ser

classificado em suas contas específicas, para registrar o seu custo, as depreciações

acumuladas e perdas estimadas por redução ao valor recuperável.

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Conforme os autores o imobilizado é separado em dois grupos:

Bens em operação: recursos que já estão sendo utilizados, em atividades na entidade.

Imobilizado em Andamento: recursos que ainda não estão em operação.

1.1.1 MENSURAÇÃO INICIAL

Segundo Marion et. al. (2012) só deve ser reconhecido o custo de um

imobilizado, se for realmente provável que ele vá gerar benefícios econômicos futuros

para a entidade, se seu custo for mensurável e confiável, se a empresa utilizá-lo por

mais de um ano e se for menos de um ano deve ser registrado como despesa. Todos

os custos incorridos para adquirir ou construir um ativo imobilizado devem ser

reconhecidos. Segundo o Pronunciamento Técnico 27 (2009, p.6), esses custos são:

(a) Seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;

(b) Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;

(c) A estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção de item e de restauração do local (sítio) no qual está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

1.1.2 MENSURAÇÃO APÓS O RECONHECIMENTO INICIAL

Conforme artigo da IOB, (s/d. d) quando a reavaliação for permitida por lei, a

entidade deve escolher o método de custo ou o de reavaliação, como sua política

contábil, devendo aplicar em toda a classe do ativo imobilizado.

No método de custo o ativo imobilizado deve ser apresentado pelo custo,

menos a depreciação e perda por redução ao valor recuperável Pronunciamento

Técnico CPC 01. (IOB, s/d. d.)

No método de reavaliação, o ativo imobilizado em que o valor justo possa ser

mensurado confiavelmente, pode ser apresentado pelo valor reavaliado, menos a

depreciação e perda por redução ao valor recuperável. A reavaliação deve ser

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confiável assegurando que o valor contábil do imobilizado não apresente diferenças

relevantes em relação ao seu valor justo. (IOB, s/d. d)

Conforme o Pronunciamento Técnico 27 (2009, p.3) o Valor Contábil e Valor

Justo são definidos como:

Valor Contábil: é o valor pelo qual um ativo é reconhecido após a dedução da depreciação e da perda por redução ao valor recuperável acumulada. Valor Justo: é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

De acordo com o artigo da IOB (s/d. d) a frequência das reavaliações, se

permitida pela lei, depende da mudança do valor justo. Quando estiver diferente do

valor contábil deve ser reavaliado novamente.

Em uma reavaliação, se o valor contábil do ativo aumentar deverá ser creditado

no grupo do Patrimônio líquido em uma conta específica, caso o valor contábil diminua

a redução deve ser reconhecida no resultado. (IOB, s/d. d)

Com a adoção da lei n° 11.638/07 a reavaliação de ativos que antes era

permitida no Brasil, recompondo o valor do imobilizado e patrimônio líquido, passou a

ser proibida, porém a entidade poderia fazer em uma única vez na adoção do CPC 27

a aplicação do custo atribuído o Deemed cost tendo como objetivo atribuir valor aos

bens de relevância que apresentavam valor contábil inferior ao valor justo, não sendo

permitido avaliações em períodos subsequentes. (CARDOSO, 2012)

1.1.3 DEPRECIAÇÃO

Depreciar significa perder valor, devido aos degastes por uso, ação da

natureza, ou obsolescência. Contabilmente a depreciação é lançada periodicamente

no resultado e subtraída do imobilizado correspondente. (MARION et. al. 2012)

A depreciação não apresenta uma despesa real. Os valores apresentam o

desgaste dos ativos tangíveis, não afetando o caixa.

Depreciação segundo o Pronunciamento Técnico: “É a alocação sistemática do

valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil”. (PRONUNCIAMENTO

TÉCNICO, 2009, p. 3)

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Conforme o Pronunciamento Técnico 27 a depreciação deve ser reconhecida

no resultado, mas o seu valor também pode ser incluído no custo de um produto, pois,

os benefícios econômicos futuros do ativo, podem ser absorvidos para a produção de

outros ativos, por exemplo, a depreciação de uma máquina utilizada na produção é

incluída no custo de produção de um item de estoque.

1.1.4 VALOR DEPRECIÁVEL E PERÍODO DE DEPRECIAÇÃO

O valor depreciável para o Pronunciamento Técnico 27 é determinado após a

redução do seu valor residual, representando o valor estimado que a empresa obteria

com a venda de um ativo ao final da sua vida útil. O valor residual geralmente não é

significativo, para o cálculo de depreciação ele é imaterial. (MARION et. al. 2012)

Os bens que não sofrem desgastes, não depreciam, pois o seu valor residual

pode ser igual ou maior que o se custo de aquisição. Terreno é um exemplo.

A depreciação de um bem só deve ser iniciada quando o bem estiver em

operação. (MARION et. al. 2012)

Vida útil é o tempo estimado que a entidade usará o bem, ou o número de

produção ou semelhantes que a empresa espera gerar pelo uso do ativo. Isso

independente da Legislação Fiscal. (PRONUNCIAMENTO TÉCNICO 27, 2009)

Ainda conforme o Pronunciamento Técnico 27, alguns fatores são importantes

para a determinação da vida útil, pois os benefícios econômicos futuros do ativo

geralmente são consumidos pela entidade por meio do seu uso, mas há outros fatores

como o desgaste físico, manutenção e reparos, obsolescência técnica ou comercial,

limites legais, que afetam a avaliação da vida útil.

A determinação da vida útil é questão de julgamento da empresa, devendo ser

realizada além da revisão da vida útil o valor residual ao final de cada exercício. Se as

expectativas mudarem em relação às estimativas anteriores essa mudança deve ser

reconhecida como mudança de estimativa contábil e aplicada posteriormente, não

alterando a depreciação dos exercícios passados. (PRONUNCIAMENTO TÉCNICO

27, 2009)

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1.1.5 CÁLCULO DO VALOR RESIDUAL

De acordo com Marion et. al. (20012) o valor residual é o valor estimado que o

bem terá ao final da sua vida útil para a empresa. Ele é definido junto com a vida útil.

O valor depreciável é o valor do bem deduzido do seu valor residual, exemplo:

QUADRO 1. Informações do exemplo: Máquina 100.000 Vida Útil 5 anos Valor Residual 10.000

Fonte: Marion et. al. (2012, p. 297)

QUADRO 2. Depreciação anual e valor residual:

Fonte: Marion et. al. (2012, p.297)

O valor contábil do bem ao final da vida útil será exatamente o valor residual.

1.1.6 MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO

Segundo Iudícibus et. al. (2010) existem vários métodos de depreciação. O

método escolhido deve refletir o consumo pela entidade dos benefícios econômicos

futuros, gerados pelo imobilizado. Da mesma forma que a determinação da vida útil e

valor residual, o método de depreciação deve ser revisado no mínimo uma vez ao

ano.

a) Método das quotas constantes ou depreciação linear:

Esse método divide o valor do bem do ativo pelo tempo de vida útil, obtendo a

quota de depreciação anual, sendo o valor que deve ser reconhecido como despesa

a cada exercício (MARION et. al. 2012)

1°ano 2°ano 3° ano 4° ano 5° ano Valor do Bem 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 Valor Residual 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 Valor Depreciável 90.000 90.000 90.000 90.000 90.000 Depreciação do Exercício

18.000 18.000 18.000 18.000 18.000

Depreciação Acumulada

18.000 36.000 54.000 72.000 90.000

Valor Contábil 82.000 64.000 46.000 28.000 10.000

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Exemplo:

QUADRO 3. Informações do exemplo: Valor de Aquisição 100.000,00 Vida Útil 5 anos Taxa Depreciação Linear

100% / vida útil

Taxa 20% a. a Fonte: Marion et. al. (2012, p. 293)

QUADRO 4. Depreciação método Linear: 1° ano 2° ano 3° ano 4°ano 5°ano Valor do bem 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 Depreciação do exercício 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 Depreciação acumulada 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 Valor contábil 80.000 60.000 40.000 20.000 0

Fonte: Marion et. al. (2012, p. 293)

O valor de R$ 20.000,00 deve ser transferido para o resultado em 5 anos.

b) Depreciação em função das unidades produzidas:

Segundo Marion et. al. (2012) esse método é em função da capacidade de

produção. Exemplo:

QUADRO 5. Informações do exemplo: Valor Máquina 400.000 Capacidade Produtiva Estimada 1.000.000 unid. 1° ano Capacidade Produtiva 100.000 unid. 2° ano Capacidade Produtiva 150.000 unid. 3° ano Capacidade Produtiva 200.000 unid. 4° ano Capacidade Produtiva 250.000 unid. 5° ano Capacidade Produtiva 300.000 unid.

Fonte: Marion et. al. (2012, p. 295)

QUADRO 6. Depreciação por unidades produzidas: Ano Produção Taxa de Depreciação

1 100.000 10% 2 150.000 15% 3 200.000 20% 4 250.000 25% 5 300.000 30%

Fonte: Marion et. al. (2012, p. 295)

c) Método de quotas decrescentes:

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Segundo Marion et. al. (2012) a despesa com manutenção em uma máquina

nova no seu primeiro ano é baixa, mas ao longo da sua vida útil é crescente. Depreciar

decrescente equilibra os gastos com manutenção com os valores de depreciação.

Exemplo:

QUADRO 7. Informações do exemplo: Valor Máquina 90.000 Vida útil 5 anos Soma dos Dígitos 1+2+3+4+5=15

Fonte: Marion et. al. (2012, p.296)

QUADRO 8.Cálculo dos Fatores de Depreciação Anuais e Quotas Ano Fator Valor do bem Quota

1° 5/15 X R$ 90.000 = R$ 30.000 2° 4/15 X R$ 90.000 = R$ 24.000 3° 3/15 X R$ 90.000 = R$ 18.000 4° 2/15 X R$ 90.000 = R$ 12.000 5° 1/15 X R$ 90.000 = R$ 6.000

Fonte: Marion et. al. (2012, p.296)

QUADRO 9.Tabela Depreciação Acumulada e Valor Contábil: 1° ano 2° ano 3° ano 4° ano 5° ano Valor do bem 90.000 90.000 90.000 90.000 90.000 Depreciação do exercício 30.000 24.000 18.000 12.000 6.000 Depreciação acumulada 30.000 54.000 72.000 84.000 90.000 Valor contábil 60.000 36.000 18.000 6.000 0

Fonte: Marion et. al. (2012, p.297)

1.1.7 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL

O termo valor recuperável é definido pelo Pronunciamento Técnico 27 (2009,

p.3) da seguinte forma: “Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo menos

os custos de venda de um ativo e seu valor em uso”.

Os bens do ativo imobilizado devem ser revisados para avaliar se seu valor é

mesmo recuperável. Quando acontecer essa queda o valor contábil deve ser reduzido

para o valor recuperável, reconhecendo essa perda no resultado como despesa não

operacional. (IOB, s/d. e)

Para avaliar se há itens do ativo imobilizado com parte de seu valor

irrecuperável a empresa deve aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução

ao Valor Recuperável. (IOB, s/d. d)

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1.2 IMOBILIZADO E DEPRECIAÇÃO ASPECTO FISCAL

De acordo com a Receita Federal (s/d) conforme o Regulamento do Imposto

de Renda - RIR (99) Art. 305 a depreciação do imobilizado poderá ser reconhecida

como custo ou encargo, no período de apuração. Esse valor representa a diminuição

do ativo por desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência.

Ainda segundo o Regulamento em seu Art. 307 a depreciação não será

admitida referente à:

I - terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções; II - prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção dos seus rendimentos ou destinados à revenda; III - bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte ou antiguidades; IV - bens para os quais seja registrada quota de exaustão.

Segundo (IOB, s/d. c) p.5) não precisa ser registrado no imobilizado, para

posterior depreciação, pois pode ser reconhecido como custo ou despesa o custo de

aquisição de:

(a) bens cujo prazo de vida útil não ultrapasse o período de um ano, qualquer que seja o seu custo de aquisição; b) bens cujo custo unitário de aquisição não seja superior a R$ 326,61, relativamente às aquisições ocorridas até 31.12.2014, e a R$ 1.200,00, relativamente aos bens adquiridos a partir de 1º01.2015, ainda que o prazo de vida útil seja superior a 1 ano.

A taxa de depreciação é fixada tendo como base o prazo do que se espera

com a utilização econômica do bem. A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)

estabelece a vida útil e as taxas de depreciação admissíveis. (IOB s/d. c) As principais

taxas são:

QUADRO 10. Taxas de Depreciação: Bem Taxa Anual de Depreciação Prazo de Vida Útil Veículos 20% ao ano 5 anos Motociclos 25% ao ano 4 anos Tratores 25% ao ano 4 anos Máquinas e Equipamentos 10% ao ano 10 anos Edificações 4% ao ano 25 anos Instalações 10% ao ano 10 anos

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Móveis e Utensílios 10% ao ano 10 anos Equipamentos de Informática 20% ao ano 5 anos

Fonte: modificado pela autora com base o artigo da IOB (s/d c.p.2) As empresas têm o direito de utilizar taxas diferentes da estabelecida pela

Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) desde que comprove essa adequação.

Só é realizada a alteração por decisão administrativa superior ou sentença judicial

baseado em laudo técnico adequado. Enquanto não houve decisão prevalecem as

taxas estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). (IOB S/D. c.

p. 2)

Exemplo, de Cálculo da Depreciação Fiscal:

QUADRO 11. Cálculo Depreciação fiscal Máquina 96.000,00 Taxa Anual 10% Depreciação Anual 9.600,00 Depreciação Mensal 800,00

Fonte: (IOB, s/d. c. p.12)

Para a depreciação fiscal a base de cálculo é o valor de aquisição do bem,

aplicando as taxas fiscais estabelecidas pela Receita Federal do Brasil (RFB).

1.2.1 TRATAMENTO FISCAL DAS DIFERENÇAS DA DEPRECIAÇÃO

Em 2008 foi criado o Regime Tributário de Transição (RTT) a fim de “Neutralizar

os impactos dos novos métodos e critério contábeis introduzidos pela lei n° 11638, de

28 de dezembro de 2007, na apuração das bases de cálculos de tributos federais”.

(MARION et. al. 2012, p.4).

Inicialmente em 2008 e 2009 o Regime Tributário de Transição era optativo. A

partir do ano de 2010 as pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido e lucro real,

estavam obrigadas a optar por ele. (MARION et. al. 2012).

Conforme artigo da IOB (s/d. c) as diferenças no cálculo da depreciação

decorrentes das alterações pela lei n° 11.638/07 e n°11.941/09 não têm efeitos para

a apuração do lucro real da pessoa jurídica sujeita ao Regime Tributário de Transição

(RTT). Essas diferenças devem ser apontadas no Controle Fiscal Contábil de ransição

(FCont) e no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) para considerar os encargos

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de depreciação fiscal. O Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) é um Livro Fiscal

obrigatório para as empresas de Lucro Real. Sua função é ajustar o lucro líquido do

período com adições e exclusões para obter uma base de cálculo para o imposto de

renda. O Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont) é uma escrituração eletrônica

em que todos os lançamentos devem ser feitos pelo método de partidas dobradas.

Atualmente foi introduzida a lei n° 12.973/14 (substituindo a MP 627/13)

acabando com o Regime Tributário de Transição (RTT) que fazia a ligação entre o

lucro contábil e o lucro fiscal, sendo obrigada a sua adoção a partir de 2015. A lei tem

como objetivo disciplinar a relação entre a contabilidade e o fisco, contendo questões

que o Regime Tributário de Transição (RTT) também tratava, como por exemplo, os

encargos de depreciação. As empresas devem seguir as regras contábeis

determinando a vida útil dos bens, sendo assim as taxas utilizadas na maioria dos

casos são diferentes das permitidas pelo Fisco. (IOB, s/d. b). A seguir um exemplo

das diferenças da depreciação:

QUADRO 12. Demonstrativo do ajuste no LALUR – Depreciação Fiscal Depreciação Societária: Imobilizado Valor Anos

Societária Depr. Societária Mês

Anos Depr. Fiscal Mês

Depr. Ajuste LALUR

Computador 3.000,00 2 125,00 5 50,00 +75,00 Veículo Diretoria 60.000,00 10 500,00 5 1.000,00 -500,00 Veículo Vendedor 30.000,00 2 1.250,00 5 500,00 +750,00 Maquinismo 90.000,00 15 500,00 10 750,00 -250,00 Caminhão 81.000,00 8 843,75 5 1.350,00 -506,25 Total Depreciação 3.218,75 3.650,00 431,25

Fonte: Equipe Afixcode Gestão Patrimonial, 2013, p. 2

A diferença da depreciação Societária para a Fiscal é de 431,25 a ser ajustada

no Livro de Apuração do Lucro Real como exclusão.

2. METODOLOGIA DO ESTUDO DE CASO

Utilizou-se a metodologia de uma pesquisa do tipo exploratória. As pesquisas

exploratórias têm como finalidade, criar hipóteses, aumentar a familiaridade do

pesquisador para a realização de pesquisas precisas futuras, ou mudar e deixar claros

conceitos. (MARCONI e LAKATOS, 2003)

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O método utilizado foi o dedutivo “ [...] o dedutivo tem o propósito de explicar o

conteúdo das premissas” (MARCONI e LAKATOS, 2003, p.92).

A abordagem utilizada foi quantitativa e qualitativa. Para os autores a

abordagem quantitativa está ligada ao método estatístico das informações a

abordagem qualitativa está relacionada à qualidade, à análise das opiniões em

estudo.

Para a elaboração da pesquisa foi necessário realizar uma pesquisa

documental “[...] a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda

um tratamento analítico ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os

objetivos da pesquisa. ” (GIL, 2009, p.45)

2.1 ESTUDO DE CASO

A empresa na qual foi desenvolvida este estudo é uma indústria nacional do

ramo metalúrgico, com mais de 60 anos no mercado. Está localizada na região de

Araçariguama, porém preferiu não divulgar o seu nome. Será identificada como MBS.

A MBS possui 2 unidades Matriz e Filial. Sua Matriz é uma metalúrgica que

trabalha com a produção de alumínio secundário, e a Filial trabalha com a

transformação de resíduo industrial gerado pela produção do alumínio secundário, por

tanto o processo de produção e o ambiente de cada uma delas são diferente.

Seus principais clientes são do ramo automotivo e atualmente o regime de

apuração da MBS é o Lucro Real.

2.1.1 COLETA DE DADOS

A coletas das informações ocorreu durante os meses de janeiro a abril, foi

analisada a depreciação societária e fiscal referente ao ano de 2014 da empresa MBS

da sua unidade Matriz e Filial e uma análise global consolidando as informações. A

empresa em estudo disponibilizou relatórios do programa patrimonial fiscal e

societário, forneceu um relatório do tipo analítico, que demonstra os valores originais

dos bens, taxa de depreciação utilizada, valor residual e valor contábil. Forneceu um

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relatório do tipo sintético, que demonstra o resumo da depreciação dos grupos do

imobilizado durante o ano, e também forneceu um balancete referente ao ano de 2014.

Foi realizado uma entrevista informal com a responsável pelo assunto

estudado, as perguntas foram sobre o controle da depreciação, importância da

avaliação da vida útil e etc.

3.RESULTADOS

Aborda-se a seguir, os resultados obtidos.

3.1 COMPOSIÇÃO DO IMOBILIZADO

Para classificar um bem como ativo imobilizado a empresa adota os critérios

Contábeis do Pronunciamento Técnico 27, verifica-se, se o bem irá trazer benefícios

econômicos futuros, e se irá durar mais que um ano; isto independente do seu valor

contábil.

Em seu imobilizado em operação, a MBS possui um grupo denominado de

imobilizado técnico, ele é composto pelo valor original dos bens, referentes aos

seguintes subgrupos:

Quadro 13. Grupo Imobilizado Técnico Terrenos Edificações Paisagismo e Pavimentação Máquinas e Equipamentos Instalações Veículos Móveis e Utensílios Instalações de Recicláveis; Hardware e Software

Fonte: elaborado pela autora c/ base nos dados coletados

Também possui um grupo de Reavaliação que é composto pelo saldo da antiga

reserva de reavaliação que era permitida por lei. O grupo de reavaliação é composto

por:

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Quadro 14. Grupo Imobilizado Reavaliação Edificações Máquinas e Equipamentos Veículos Móveis e Utensílios Hardware e Software

Fonte: elaborado pela autora c/ base nos dados coletados

O custo atribuído (Deemed cost) foi aplicado pela empresa na adoção do

Pronunciamento Técnico 27. Este grupo é composto por:

Quadro 15. Grupo Imobilizado Custo Atribuído Edificações Máquinas e Equipamentos Veículos Terrenos

Fonte: Elaborado pela Autora c/ Base nos Dados Coletados

A MBS possui também um grupo de imobilizado em andamento que referem a

novos projetos ou reformas com valor significante e que aumentam a vida útil dos

bens. Este grupo não está sujeito à depreciação enquanto o ativo não estiver em

operação.

3.2 POLÍTICA DA EMPRESA X DEPRECIAÇÃO

A depreciação é calculada pelo método linear, pois nunca foi revisto outro tipo

de método. São utilizadas as taxas estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal

do Brasil (RFB) e as taxas societárias referentes aos ativos avaliados por laudo.

A empresa até o momento aplicou três laudos para avaliação do seu

imobilizado, por meio, de uma empresa especializada para este serviço.

Em 2010 foi realizado o primeiro laudo. Neste foi aplicado o custo atribuído

(deemed cost), perda por redução ao valor recuperável, avaliação da vida útil e valores

residuais. No segundo e terceiro laudos foram avaliados apenas a vida útil e valores

residuais. A seguir o grupo do Imobilizado Avaliado no Laudo:

Quadro 16. Grupo Imobilizado Avaliado por Laudo Edificações Máquinas e Equipamentos

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Veículos Terrenos

Fonte: elaborado pela autora c/ base nos dados coletados

A empresa definiu desde 2010 até o momento avaliar apenas os grupos de

relevância, pois compõem a maior parte de seu imobilizado, mas quando acha

importante adotar uma taxa para um item de outro grupo, ela aplica a nova taxa.

Na execução do laudo do imobilizado a empresa responsável, visita a MBS

para verificar a atual situação dos ativos. Além disso realiza uma pesquisa para saber

a futura manutenção, quantidade de produção, perspectivas de compras de novos

ativos, substituições e vendas e com esses dados chega-se à conclusão das taxas e

valores residuais para cada componente do ativo.

Atualmente a MBS possui 2 sistemas patrimoniais um para atender à

contabilidade societária e outro para atender ao Fisco. Nas exigências para fins de

apuração do imposto de renda, o programa permite ao usuário consultar a data de

aquisição dos bens, taxas utilizadas, valor residual, depreciação mensal e acumulada,

valor original, valor de reavaliação e o custo atribuído.

O valor depreciável na base societária é o custo de aquisição menos impostos

Recuperáveis: Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviço

(ICMS); Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição Para o Financiamento da

Seguridade Social (COFINS), menos o valor residual.

O valor depreciável na base fiscal é o custo de aquisição menos impostos

Recuperáveis: Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviço

(ICMS); Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição Para o Financiamento da

Seguridade Social (COFINS).

A MBS disponibilizou as taxas utilizadas e estabelecidas pela Secretaria da

Receita Federal do Brasil (RFB), as taxas estabelecidas pelo laudo em sua matriz e

filial referente ao ano de 2014, e a porcentagem dos bens que estão sendo

depreciados com as respectivas taxas:

Quadro 17. Taxas Fiscais: Taxa

Fiscal Anual

ANOS % DO IMOBILIZADO DEPR. C/ AS TAXAS

MATRIZ FILIAL

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Edificações 4% 25 anos 20% 31%

Paisagismo e Pavimentações 4% 25 anos 100% 100%

Máquinas e Equipamentos 10% 10 anos 65% 15%

Instalações 10% 10 anos 100% 100%

Veículos 20% 5 anos 50% 64%

Moveis e Utensílios 10% 10 anos 100% 100%

Ferramentas 10% 10 anos 100% 100%

Instalações de Recicláveis 10% 10 anos 100% 100%

Hardware e Software 20% 5 anos 100% 100%

Fonte: elaborado pela autora c/ base nos dados coletados

Quadro 18.Taxas Societárias:

Fonte: elaborado pela autora c/ base nos dados coletados

No quadro 17 são apresentadas as taxas fiscais utilizadas. Mesmo o grupo de

Edificações, Máquinas e Equipamento e Veículos sendo avaliados por laudo existem

bens que depreciam com as taxas fiscais, principalmente os bens que foram

adquiridos após a avaliação do laudo. Nesses casos a empresa aguarda até a nova

avaliação para fazer as mudanças e inclusão de residual nos bens.

No quadro 18 são demonstradas as taxas utilizadas pela empresa atualmente,

que foram aplicadas no ano de 2013. O laudo do imobilizado referente ao ano de 2014

até o momento da pesquisa não estava concluído.

Também foi disponibilizado um relatório resumido total da depreciação

societária e fiscal, da Matriz e Filial durante o ano de 2014:

Quadro 19. Depreciação Societária e Fiscal Matriz ano 2014:

MATRIZ FILIAL

Edificações Anos % Do Imobilizado Depr. C/ As Taxas

Edificações Anos % Do Imobilizado Depr. C/ As Taxas

2% 50 Anos 5% 2,5% 40 Ano 34%

2,5% 40 Anos 2% 3,33% 30 Anos 34%

3,33% 30 Anos 25%

5% 20 Anos 51%

Máquinas E Equi

Anos % Do Imobilizado Depr. C/ As Taxas

Máquinas E Equi

Anos % Do Imobilizado Depr. C/ As Taxas

8,33% 12 Anos 1% 14,29% 7 Anos 10%

12,50% 8 Anos 10% 16,67% 6 Anos 26%

20% 5 Anos 23% 20% 5 Anos 37%

100% 1 ano 1% 25% 4 Anos 11%

100% 1 ano 1%

Veículos Anos % Do Imobilizado Depr. C/ As Taxas

Veículos Anos % Do Imobilizado Depr. C/ As Taxas

10% 10 anos 15% 14,28% 7 anos 9%

12,5% 8 anos 26% 25% 4 anos 27%

26,5% 4 anos 9%

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Fonte: elaborado pela autora c/ base nos dados coletados

No ano de 2014 na Matriz da MBS a depreciação societária foi menor do que a

fiscal. A depreciação fiscal no total foi de 2.547.738,78, contabilmente foi de

2.359.140,47. A diferença anual foi de 188.598,88, desta forma a MBS deve excluir

essa diferença no Livro de Apuração do Lucro Real. A seguir será demonstrada a

depreciação no ano de 2014 da empresa Filial:

Quadro 20. Depreciação Societária e Fiscal Filial ano 2014

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRL MAIO JUNHO

Total Deprec. Fiscal

190.287,82

191.555,63

192.302,13

194.811,75

194.921,26

196.994,07

Total Deprec.

Societária

167.970,62

169.238,46

169.985,04

172.461,17

177.082,94

179.155,13

Total Ajuste Exclusão

LALUR

-22.317,20

-22.317,17

-22.317,09

-22.350,58

-17.838,32

-17.838,40

JULHO AGOSTO SETEBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL ANO

Total

Depre.

Fiscal

201.325,59

235.253,08

235.130,84

236.851,04

237.935,48

240.370,09

2.547.738,78

Total depr.

Societária

190.158,23

225.037,81

224.571,74

226.291,94

227.376,38

229.810,91

2.359.140,47

Total

Ajuste

Exclusão

LALUR

-11.167,36

-10.215,27

-10.559,10

-10.559,10

-10.559,10

-10.559,18

-188.598,88

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRL MAIO JUNHO

Total Deprec. Fiscal

226.116,42

225.762,81

225.735,65

225.658,66

225.887,21

226.687,29

Total deprec. Societária

266.324,80

265.971,19

265.844,04

265.462,51

266.333,31

268.427,03

Total Ajuste Adição

LALUR

40.208,30

40.208,30

40.108,31

39.803,77

40.446,02

41.739,66

JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL ANO

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Fonte: elaborado pela autora c/ base nos dados coletados

Na Filial da MBS houve o inverso do que aconteceu na Matriz. A depreciação

contábil é maior do que a fiscal. Contabilmente a depreciação total foi de 3.223.556,87

e fiscalmente a depreciação total foi de 2.731.475,06, desta forma a MBS deve fazer

um ajuste de uma adição de 492.081,25 no Livro de Apuração do Lucro Real.

Consolidando a Depreciação total referente ao ano de 2014 e o ajuste a ser

tem – se:

Quadro 21. Depreciação Societária e Fiscal Resumo Consolidado

Fonte: elaborado pela autora c/ base nos dados coletados

Consolidando a Matriz e Filial a diferença anual é de 303.483,50 que deve ser

adicionada no Livro de apuração do lucro real, pois a empresa depreciou mais do que

o Fisco permite, sendo assim deve-se realizar a “reversão da depreciação”.

Na empresa em estudo a Filial é uma indústria em que o ambiente é mais

agressivo, o que reflete no aumento das taxas de depreciação, diminuindo a vida útil

dos bens, já na matriz o ambiente é menos agressivo, as taxas são menores, ou seja,

a vida útil dos bens é maior, porém consolidando as informações a depreciação total

societária é maior do que a depreciação total fiscal.

Total Depre.

Fiscal

227.421,54

228.946,25

229.045,25

229.109,94

230.509,03

230.595,01

2.731.475,06

Total deprec.

Societária

269.032,42

271.078,47

270.856,93

270.691,58

271.796,21

271.738,38

3.223.556,87

Total Ajuste

Adição

LALUR

41.610,80

42.132,22

41.811,68

41.581,64

41.287,18

41.143,37

492.081,25

DEPRECIAÇAO TOTAL ANO

Total Deprec. Fiscal 5.279.213,84

Total Deprec. Societária 5.582.697,34

Total Ajuste Adição LALUR

303.483,50

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3.3 DEPRECIAÇÃO X DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

O imobilizado consolidado da MBS referente ao ano de 2014 representa 56 %

do total do ativo da empresa. Os itens de grande relevância se encontram no grupo

de Máquinas e Equipamentos, Edificações e Veículos.

Máquinas e Equipamentos no total representa 59.186.628 de valor original,

reavaliação e custo atribuído e depreciação acumulada no total de 25.424.420 valor

líquido de 33.762.208. Edificações no total representa 15.011.173 de valor original,

reavaliação e custo atribuído e depreciação acumulada no total de 2.057.200 valor

líquido de 12.953.973. Veículos que no total representa 3.097.361 de valor original,

reavaliação e valor justo, depreciação acumulada total de 1.865.160 valor líquido de

1.232.201. Os demais grupos representam 8% do total do imobilizado.

Devido a essa proporção, a empresa adotou a avaliação da vida útil e residual

para esses grupos, máquinas e equipamentos, veículos e edificações, com o objetivo

de demonstrar o imobilizado e seu custo de produção mais próximo da verdadeira

realidade da empresa, gerando informações mais confiáveis e fidedignas para os seus

usuários.

3.4 CONTROLE DA DEPRECIAÇÃO FISCAL

Conforme material levantado e apresentado durante a pesquisa, a MBS

deprecia vários bens com as taxas fiscais, pois os valores não são tão relevantes

quanto os outros grupos. Para controlar a depreciação são utilizados 2 sistemas

separados. O controle da depreciação fiscal passou a ser realizado no ano de 2014,

porém desde 2010 ela adota as taxas societárias para os grupos do imobilizado que

representam maior parte do ativo.

O controle das taxas de diferença de depreciação não era feito, por falta de

esclarecimento e entendimento dos profissionais da área e principalmente por

dificuldades no sistema patrimonial, e passou a ser controlado para atender às

exigências fiscais, apontando a diferença no Livro de Apuração do Lucro Real

(LALUR). Por se tratar de uma empresa do lucro real, a MBS deveria apontar essas

diferenças. Nos exercícios passados estava obrigada a adotar o Regime de Tributário

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de Transição (RTT) como não apontou as diferenças, em uma auditoria realizada no

ano de 2013 foi recomendado que passasse a realizar esse controle a partir de 2014.

Foi questionado se a empresa encontra dificuldades no controle fiscal, a

empresa conclui que fazer a contabilidade para o fisco é trabalhoso principalmente

em relação à depreciação, já que se trata de vários itens, mas como o fisco não admite

as taxas diferentes utilizadas pela empresa não há outra opção, principalmente agora

com introduções de novas obrigações acessórias eletrônicas.

3.5 IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA VIDA ÚTIL

Questionou-se a importância da avaliação da vida útil para a empresa, segundo

ela a avaliação da vida útil é de extrema importância, pois de fato o imobilizado deve

estar coerente com a realidade e condições da empresa. Não é admissível aceitar as

taxas que o fisco estabelece, como por exemplo, um equipamento que a empresa

prevê que irá durar 20 anos e não 10 anos, como diz o fisco, ou o inverso um

equipamento que a empresa prevê 5 anos, por se tratar de um ambiente agressivo e

fiscalmente é 10 anos.

A depreciação está evidente no resultado da empresa, mais um motivo para

que ela esteja próxima da realidade para um resultado e informações mais confiável.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considera-se após realizada esta pesquisa, que a empresa MBS realiza a

depreciação societária e fiscal. Parte do seu imobilizado de valores relevantes é

revisado para estabelecer a vida útil e valores residuais de acordo com a realidade da

empresa, e a outra parte de valores menos relevantes a empresa deprecia de acordo

com as taxas estabelecidas pelo Fisco.

Com os materiais coletados neste estudo de caso foi possível verificar que a

depreciação societária da matriz da MBS é menor do que a depreciação fiscal, já na

filial a depreciação societária é maior, pois o ambiente de produção é mais agressivo.

Consolidando a Filial e a Matriz, a depreciação societária da MBS é maior do que a

depreciação fiscal, ou seja, reduz o lucro da empresa. Para a MBS seria vantajoso em

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relação à base de cálculo dos impostos, pois ela pagaria menos impostos, já para o

fisco, que não aceita essa depreciação societária como dedutível para apuração dos

impostos, não seria vantajoso, pois reduzindo o lucro, também reduz os impostos,

portanto a empresa em estudo teria que adicionar no livro de apuração do lucro real a

depreciação que foi deduzida a mais que o fisco realmente permite.

Embora as Normas Internacionais já estejam presentes no Brasil em torno de

7 anos, as empresas brasileiras e profissionais da área contábil sofrem com alguns

procedimentos especificamente fiscais. A MBS adotou as normas contábeis vigentes

desde 2010 e inicialmente não realizava o controle da depreciação fiscal, pois nem

todos os profissionais da área compreendem este controle, e além disso nem sempre

é fácil manter esse controle. Existem sistemas patrimoniais que não estão aptos a

atender essas duas contabilidades, Societária e Fiscal.

Atualmente as empresas deverão manter o controle da depreciação societária

e fiscal de forma segura, devido à nova Lei n° 12.973/14 em que as diferenças da

depreciação deverão ser apontadas nas obrigações eletrônicas, através da

Escrituração Contábil Fiscal e o Sped Contábil em que o Fisco irá observar a

depreciação contábil utilizada pela empresa e a forma de cálculo utilizado para

apuração do Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.

Enfim a depreciação societária para a empresa MBS afeta o ativo e o resultado,

a depreciação fiscal afeta o lucro tributável, a base de cálculo do Imposto de Renda e

Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. Se a depreciação societária fosse aceita

pelo Fisco a empresa teria vantagens, pois pagaria menos impostos.

REFERÊNCIAS

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