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DEPEN PORTARIAS E DECRETO

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  • DEPEN

    PORTARIAS

    E

    DECRETO

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins

    comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao da StartCon Sistema de Ensino Online.

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    Contedo

    PORTARIAS E DECRETO ........................................................................................................................... 2

    DEPEN ......................................................................................................................................................... 2

    PROVA 28/06/2015 ...................................................................................................................................... 2

    I. PORTARIA INTERMINISTERIAL N 1, DE 2 DE JANEIRO DE 2014 ................................................ 3

    II. PORTARIA INTERMINISTERIAL N 210, DE 16 DE JANEIRO DE 2014 ........................................ 18

    III. DECRETO N 7.626, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011 ................................................................... 26

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins

    comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao da StartCon Sistema de Ensino Online.

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    PORTARIAS E DECRETO DEPEN

    PROVA 28/06/2015

    PORTARIA INTERMINISTERIAL N 1, DE 2 DE JANEIRO DE 2014, MINISTRIO DA SADE

    PORTARIA INTERMINISTERIAL N 210, DE 16 DE JANEIRO DE 2014, MINISTRIO DA JUSTIA

    DECRETO N 7.626, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011

    Ou voc se compromete com o objetivo da vitria ou no Ayrton Senna

    VDEO EXPLICATIVO SOBRE O EDITAL COM PROF. MARCELO ADRIANO:

    https://www.youtube.com/watch?v=EXL0XegytXs

    r PORTARIA INTERMINISTERIAL N 1, DE 2 DE JANEIRO DE 2014, MINISTRIO DA SADE

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins

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    I. PORTARIA INTERMINISTERIAL N 1, DE 2 DE JANEIRO DE 2014

    MINISTROS DE ESTADO DA SADE E DA JUSTIA, no uso da atribuio que lhe confere o inciso II do pargrafo

    nico do art. 87 da Constituio.

    Art. 87. Os Ministros de Estado sero escolhidos dentre brasileiros

    maiores de vinte e um anos e no exerccio dos direitos polticos.

    Pargrafo nico. Compete ao Ministro de Estado, alm de outras

    atribuies estabelecidas nesta Constituio e na lei:

    II - expedir instrues para a execuo das leis, decretos e

    regulamentos;

    Considerando a necessidade de reintegrao social das pessoas privadas de liberdade por meio da educao, do

    trabalho e da sade, de acordo com a Lei de Execuo Penal n 7.210, de 11 de julho de 1984;

    Considerando a Lei n 8.080, de 19 de setembro 1990, que dispe sobre as condies para a promoo, proteo

    e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes, e d outras providncias;

    Considerando a Lei n 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispe sobre a proteo e os direitos das pessoas

    portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em sade mental;

    Considerando o Decreto n 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei n 8.080, de 1990;

    Considerando a Portaria Interministerial n 1.777/MS/MJ, de 9 de setembro de 2003, que aprova o Plano Nacional

    de Sade no Sistema Penitencirio;

    Considerando a Portaria n 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a

    organizao da Rede de Ateno Sade no mbito do Sistema nico de Sade (SUS);

    Considerando a Portaria n 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Poltica Nacional de Ateno

    Bsica (PNAB), estabelecendo a reviso de diretrizes e normas para a organizao da Ateno Bsica, para a

    Estratgia Sade da Famlia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitrios de Sade (PACS);

    Considerando a Portaria Interministerial n 1.679/MS/MJ/MDS/SDH/SPM/SEPPIR, de 12 de agosto de 2013, que

    institui o Grupo de Trabalho Interministerial para elaborao da Poltica Nacional de Sade no Sistema Prisional e

    o Comit Tcnico Intersetorial de Assessoramento e Acompanhamento da Poltica Nacional de Sade no Sistema

    Prisional;

    Considerando as recomendaes e moes constantes nos relatrios finais da 12, 13 e 14 Conferncia Nacional

    de Sade;

    Considerando a importncia da definio e implementao de aes e servios que viabilizem uma ateno

    integral sade da populao compreendida pelo sistema prisional brasileiro;

    Considerando os princpios constitucionais e a responsabilidade do Estado pela custdia das pessoas e a

    autonomia do arranjo inter federativo no campo da sade pblica e da justia;

    Considerando que responsabilidade do SUS oferecer suporte tcnico e operacional para o desenvolvimento de

    prticas preventivas e ateno primria de carter geral referentes a aes e servios de sade, bem como o

    acesso aos procedimentos diagnsticos e teraputicos; e Considerando a pactuao ocorrida na 7 Reunio

    Ordinria da Comisso Intergestores Tripartite (CIT), em 26 de setembro de 2013, resolvem:

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    1. Finalidade da portaria

    Instituir a Poltica Nacional de Ateno Integral Sade das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional

    (PNAISP) no mbito do Sistema nico de Sade (SUS).

    2. Pessoas privadas de liberdade no sistema prisional

    Entende-se por pessoas privadas de liberdade no sistema prisional aquelas com idade superior a 18 (dezoito) anos

    e que estejam sob a custdia do Estado em carter provisrio ou sentenciados para cumprimento de pena

    privativa de liberdade ou medida de segurana, conforme previsto no Decreto-Lei n 3.689, de 3 de outubro de

    1941 (Cdigo Penal) e na Lei n 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execuo Penal).

    Priso cautelar: uma medida cautelar (ocorre antes do trnsito em julgado da sentena para proteo

    da sociedade) de constrio liberdade do indiciado ou ru, por razes de necessidade, respeitados os

    requisitos estabelecidos em lei.

    Pena: Em uma concepo mais conservadora, penas so castigos que o Estado imps queles

    transgressores das normas, o modo de represso, pelo poder pblico, violao da ordem social. a

    conseqncia jurdica principal que deriva da infrao penal que em regra culmina em uma restrio de

    direitos e bens impostas aqueles definitivamente condenados por cometem crimes.

    Medida de segurana: A medida de segurana constitui uma providncia do poder poltico que impede

    que determinada pessoa, ao cometer um ilcito-tpico e se revelar perigosa, venha a reiterar na infrao,

    necessitando de tratamento adequado para a sua reintegrao social. Segundo NUCCI (2007), uma

    forma de sano penal, com carter preventivo e curativo, visando a evitar que o autor de um fato havido

    como infrao penal, inimputvel ou semi-imputvel, mostrando periculosidade, torne a cometer outro

    injusto e receba tratamento adequado.

    3. PNAISP (Poltica Nacional de Ateno Integral Sade das Pessoas Privadas de Liberdade)

    3.1. Princpios:

    I - respeito aos direitos humanos e justia social;

    II - integralidade da ateno sade da populao privada de liberdade no conjunto de aes de promoo,

    proteo, preveno, assistncia, recuperao e vigilncia em sade, executadas nos diferentes nveis de ateno;

    III - equidade, em virtude de reconhecer as diferenas e singularidades dos sujeitos de direitos;

    IV - promoo de iniciativas de ambincia humanizada e saudvel com vistas garantia da proteo

    dos direitos dessas pessoas;

    V - corresponsabilidade interfederativa quanto organizao dos servios segundo a complexidade das aes

    desenvolvidas, assegurada por meio da Rede Ateno Sade no territrio; e

    VI - valorizao de mecanismos de participao popular e controle social nos processos de formulao

    e gesto de polticas para ateno sade das pessoas privadas de liberdade.

    RAS (Redes de Ateno Sade)

    As Redes de Ateno Sade (RAS) so arranjos organizativos de

    aes e servios de sade, de diferentes densidades tecnolgicas que,

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    integradas por meio de sistemas de apoio tcnico, logstico e de

    gesto, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministrio da

    Sade, 2010 portaria n 4.279, de 30/12/2010).

    3.2. Diretrizes da PNAISP:

    Constituem-se diretrizes da PNAISP:

    I - promoo da cidadania e incluso das pessoas privadas de liberdade por meio da articulao com os

    diversos setores de desenvolvimento social, como educao, trabalho e segurana;

    II - ateno integral resolutiva, contnua e de qualidade s necessidades de sade da populao privada de

    liberdade no sistema prisional, com nfase em atividades preventivas, sem prejuzo dos servios

    assistenciais;

    III - controle e/ou reduo dos agravos mais frequentes que acometem a populao privada de liberdade no

    sistema prisional;

    Agravos: Entende-se, aqui como agravos a sade os danos a

    integridade fsica, mental e social dos indivduos, provocados por

    doenas ou circunstancias nocivas, como acidentes, intoxicaes,

    abuso de drogas e leses auto ou heteroinfligidas.

    IV - respeito diversidade tnico-racial, s limitaes e s necessidades fsicas e mentais especiais, s

    condies econmicosociais, s prticas e concepes culturais e religiosas, ao gnero, orientao sexual e

    identidade de gnero; e

    V - intersetorialidade para a gesto integrada e racional e para a garantia do direito sade.

    3.3. Objetivo geral da PNAISP

    objetivo geral da PNAISP garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional ao cuidado

    integral no SUS.

    3.4. Objetivos especficos da PNAISP:

    So objetivos especficos da PNAISP:

    I - promover o acesso das pessoas privadas de liberdade Rede de Ateno Sade, visando ao cuidado

    integral;

    II - garantir a autonomia dos profissionais de sade para a realizao do cuidado integral das pessoas privadas

    de liberdade;

    III - qualificar e humanizar a ateno sade no sistema prisional por meio de aes conjuntas das reas da

    sade e da justia;

    IV - promover as relaes intersetoriais com as polticas de direitos humanos, afirmativas e sociais bsicas,

    bem como com as da Justia Criminal; e

    V - fomentar e fortalecer a participao e o controle social.

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    3.5. Beneficirios da PNAISP

    Os beneficirios da PNAISP so as pessoas que se encontram sob custdia do Estado inseridas no sistema prisional

    ou em cumprimento de medida de segurana.

    Fique atento: Os trabalhadores em servios penais, os familiares e demais pessoas que se relacionam com as

    pessoas privadas de liberdade sero envolvidos em aes de promoo da sade e de preveno de agravos no

    mbito da PNAISP.

    Observao importante: Sero preferencialmente assistidas nos servios da RAS

    1) Pessoas custodiadas nos regimes semiaberto e aberto; e

    2) Pessoas submetidas medida de segurana, na modalidade tratamento ambulatorial.

    3.6. Aes de sade ofertadas

    As aes de sade sero ofertadas por servios e equipes interdisciplinares, assim definidas:

    I - Ateno bsica: ser ofertada por meio das equipes de ateno bsica das Unidades Bsicas de Sade

    definidas no territrio ou por meio das Equipes de Sade no Sistema Prisional (ESP), observada a pactuao

    estabelecida; e

    II - Demais aes e servios de sade: ser prevista e pactuada na Rede de Ateno Sade.

    Observao: A oferta de aes de sade especializada em servios de sade localizados em complexos

    penitencirios e/ou unidades prisionais com populao superior a 1.000 (mil) pessoas privadas de liberdade ser

    regulamentada por ato especfico do Ministro de Estado da Sade.

    3.7. Servios de sade nas unidades prisionais

    Os servios de sade nas unidades prisionais sero estruturados como pontos de ateno da Rede de Ateno

    Sade e cadastrados no Sistema Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade (SCNES).

    O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade - CNES base para

    operacionalizar os Sistemas de Informaes em Sade, sendo estes

    imprescindveis a um gerenciamento eficaz e eficiente. Propicia ao gestor o

    conhecimento da realidade da rede assistencial existente e suas

    potencialidades, visando auxiliar no planejamento em sade, em todos os

    nveis de governo, bem como dar maior visibilidade ao controle social a ser

    exercido pela populao.

    O CNES, visa disponibilizar informaes das atuais condies de infra-

    estrutura de funcionamento dos Estabelecimentos de Sade em todas as

    esferas, ou seja: Federal, Estadual e Municipal.

    3.8. Assistncia farmacutica

    A assistncia farmacutica no mbito desta Poltica ser disciplinada em ato especfico do Ministro de Estado da

    Sade.

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    3.9. Avaliao psicossocial e monitoramento das medidas teraputicas aplicveis s pessoas

    com transtorno mental

    A estratgia e os servios para avaliao psicossocial e monitoramento das medidas teraputicas aplicveis s

    pessoas com transtorno mental em conflito com a lei, institudos no mbito desta Poltica, sero regulamentados

    em ato especfico do Ministro de Estado da Sade.

    3.10. Critrios para adeso PNAISP do Estado e do Distrito Federal

    A adeso PNAISP ocorrer por meio da pactuao do Estado e do Distrito Federal com a Unio, sendo

    observados os seguintes critrios:

    I - assinatura de Termo de Adeso, conforme modelo constante no anexo I a esta Portaria;

    II - elaborao de Plano de Ao Estadual para Ateno Sade da Pessoa Privada de Liberdade, de

    acordo com o modelo constante no anexo III a esta Portaria; e

    III - encaminhamento da respectiva documentao ao Ministrio da Sade para aprovao.

    Observaes:

    1) A adeso estadual, uma vez aprovada pelo Ministrio da Sade, ser publicada no Dirio Oficial da Unio

    por ato especfico do Ministro de Estado da Sade.

    2) Ao Estado e ao Distrito Federal que aderir PNAISP ser garantida a aplicao de um ndice para

    complementao dos valores a serem repassados pela Unio a ttulo de incentivo, que ser objeto de ato

    especfico do Ministro de Estado da Sade.

    3.11. Critrios para adeso municipal PNAISP

    A adeso municipal PNAISP ser facultativa, devendo observar os seguintes critrios:

    I - adeso estadual PNAISP;

    II - existncia de populao privada de liberdade em seu territrio;

    III - assinatura do Termo de Adeso Municipal, conforme modelo constante no anexo II a esta Portaria;

    IV - elaborao de Plano de Ao Municipal para Ateno Sade da Pessoa Privada de Liberdade, de acordo

    com o modelo constante no anexo III; e

    V - encaminhamento da respectiva documentao ao Ministrio da Sade para aprovao.

    Observaes:

    1) A adeso municipal, uma vez aprovada pelo Ministrio da Sade, ser publicada no Dirio Oficial da Unio

    por ato especfico do Ministro de Estado da Sade.

    2) Ao Municpio que aderir a PNAISP ser garantida a aplicao de um ndice para complementao dos

    valores a serem repassados pela Unio a ttulo de incentivo financeiro, que ser objeto de ato especfico

    do Ministro de Estado da Sade.

    3.12. Papel da unio

    Compete Unio:

    I - por intermdio do Ministrio da Sade:

    a) elaborar planejamento estratgico para implementao da PNAISP, em cooperao tcnica com

    Estados, Distrito Federal e Municpios, considerando as questes prioritrias e as especificidades regionais, de

    forma contnua e articulada com o Plano Nacional de Sade e instrumentos de planejamento e pactuao do SUS;

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    O Plano Nacional de Sade (PNS) um conjunto de orientaes,

    recomendaes e aes concretas, de carter estratgico, destinadas a

    capacitar e promover o empowerment do Sistema de Sade para

    cumprir o seu potencial.

    b) garantir a continuidade da PNAISP por meio da incluso de seus componentes nos Planos

    Plurianuais e nos Planos Nacionais de Sade;

    c) garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento de programas e aes na rede de ateno

    sade nos Estados, Distrito Federal e Municpios, transferindo de forma regular e automtica, os recursos do

    Fundo Nacional de Sade;

    d) definir estratgias para incluir de maneira fidedigna as informaes epidemiolgicas das populaes

    prisionais nos sistemas de informao do Ministrio da Sade;

    e) avaliar e monitorar (DF e Municpios) as metas nacionais de acordo com a situao epidemiolgica e as

    especificidades regionais, utilizando os indicadores e instrumentos que sejam mais adequados;

    f) prestar assessoria tcnica e apoio institucional (Secretaria de Sade) no processo de gesto,

    planejamento, execuo, monitoramento e avaliao de programas e aes da PNAISP na rede de ateno

    sade;

    g) apoiar a articulao de instituies, em parceria com as Secretarias de Sade dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios, para capacitao e educao permanente dos profissionais de sade para a gesto,

    planejamento, execuo, monitoramento e avaliao de programas e aes da PNAISP no SUS;

    h) prestar assessoria tcnica (Secretaria de Sade) aos Estados, Distrito Federal e Municpios na implantao

    dos sistemas de informao em sade que contenham indicadores especficos da PNAISP;

    i) apoiar e fomentar a realizao de pesquisas consideradas estratgicas no contexto desta Poltica, mantendo

    atualizada uma agenda de prioridades de pesquisa para o SUS;

    j) promover, no mbito de sua competncia (Secretaria de Sade e Municpios + DF), a articulao

    intersetorial e interinstitucional necessria implementao das diretrizes da PNAISP;

    k) promover aes de informao, educao e comunicao em sade (Municpios + DF), visando

    difundir a PNAISP;

    l) propor estratgias para o desenvolvimento de habilidades necessrias dos gestores e profissionais atuantes no

    mbito da PNAISP, por meio dos processos de educao permanente em sade, em consonncia com as diretrizes

    nacionais e realidades locorregionais;

    m) estimular e apoiar o processo de discusso sobre as aes e programas em sade prisional, com participao

    dos setores organizados da sociedade nas instncias colegiadas e de controle social, em especial no Conselho

    Nacional de Sade (CNS), no Conselho Nacional de Justia (CNJ) e no Conselho Nacional de Poltica Criminal e

    Penitenciria (CNPCP); e

    n) apoiar, tcnica e financeiramente (Secretaria de Justia) a construo, a ampliao, a adaptao e o

    aparelhamento das unidades bsicas de sade em estabelecimentos prisionais; e

    II - por intermdio do Ministrio da Justia:

    a) executar (- MS) as aes de promoo, proteo e recuperao da sade, no mbito da ateno bsica,

    em todas as unidades prisionais sob sua gesto;

    b) elaborar o plano de acompanhamento em sade dentro dos instrumentos de planejamento e gesto para

    garantir a continuidade da PNAISP, considerando as questes prioritrias e as especificidades regionais de forma

    contnua e articulada com o SUS;

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    c) repassar informaes atualizadas ao Ministrio da Sade acerca da estrutura, classificao dos

    estabelecimentos prisionais, nmero de trabalhadores do sistema prisional e de pessoas privadas de liberdade,

    dentre outras informaes pertinentes gesto;

    d) disponibilizar o acesso s informaes do Sistema de Informao Penitenciria para as gestes

    federais, estaduais, distritais e municipais da rea prisional e da sade com o objetivo de subsidiar o

    planejamento das aes de sade;

    e) apoiar a organizao e a implantao dos sistemas de informao em sade a serem utilizados pelas gestes

    federais, estaduais, distritais e municipais da rea prisional e da sade;

    f) assistir tcnica e financeiramente, no mbito da sua atribuio, na construo, na reforma e no aparelhamento

    do espao fsico necessrio unidade de sade dentro dos estabelecimentos penais;

    g) acompanhar a fiel aplicao das normas sanitrias nacionais e internacionais, visando garantir as condies de

    habitabilidade, higiene e humanizao das ambincias prisionais;

    h) elaborar e divulgar normas tcnicas sobre segurana para os profissionais de sade dentro dos

    estabelecimentos penais;

    i) incentivar a incluso dos agentes penitencirios nos programas de capacitao/sensibilizao em sade para a

    populao privada de liberdade; e

    j) colaborar com os demais entes federativos para a insero do tema "Sade da Pessoa Privada de Liberdade"

    nos espaos de participao e controle social da justia, nas escolas penitencirias e entre os custodiados.

    3.13. Papel dos Estados Membros e do Distrito Federal

    Compete ao Estado e ao Distrito Federal:

    I - por intermdio da Secretaria Estadual de Sade:

    a) executar (-MS), no mbito da ateno bsica, as aes de promoo, proteo e recuperao da sade

    da populao privada de liberdade, referenciada em sua pactuao;

    b) coordenar e implementar (Municpios + DF) a PNAISP, no mbito do seu territrio, respeitando suas

    diretrizes e promovendo as adequaes necessrias, de acordo com o perfil epidemiolgico e as especificidades

    regionais e locais;

    c) elaborar o plano de ao (Municpios + DF) para implementao da PNAISP junto com a Secretaria de

    Justia e a Administrao Penitenciria ou congneres, considerando as questes prioritrias e as especificidades

    regionais, de forma contnua e articulada com o Plano de Sade do Estado ou do Distrito Federal e instrumentos

    de planejamento e pactuao do SUS;

    d) implantar e implementar (Municpios + DF) protocolos de acesso e acolhimento como instrumento de

    deteco precoce e seguimento de agravos, viabilizando a resolutividade no acompanhamento dos agravos

    diagnosticados;

    e) participar do financiamento (Secretaria de Justia) para o desenvolvimento das aes e servios em

    sade de que tratam esta Portaria;

    f) prestar assessoria tcnica e apoio institucional (MS) aos Municpios e s regies de sade no processo de

    gesto, planejamento, execuo, monitoramento e avaliao da PNAISP;

    g) desenvolver mecanismos tcnicos (Municpios + DF) e estratgias organizacionais de capacitao e

    educao permanente dos trabalhadores da sade para a gesto, planejamento, execuo, monitoramento e

    avaliao de programas e aes no mbito estadual ou distrital, consoantes a PNAISP, respeitando as diversidades

    locais; e

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    comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao da StartCon Sistema de Ensino Online.

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    h) promover, no mbito de sua competncia (MS e Municpios + DF), as articulaes intersetorial e

    interinstitucional necessrias implementao das diretrizes da PNAISP, bem como a articulao do SUS na esfera

    estadual ou distrital; e

    II - por intermdio da Secretaria Estadual de Justia, da Administrao Penitenciria ou congnere:

    a) executar (-MS), no mbito da ateno bsica, as aes de promoo, proteo e recuperao da sade

    em todas as unidades prisionais sob sua gesto;

    b) assessorar os Municpios, de forma tcnica, junto Secretaria Estadual de Sade, no processo de discusso

    e implantao da PNAISP;

    c) considerar estratgias de humanizao que atendam aos determinantes da sade na construo e na

    adequao dos espaos das unidades prisionais;

    d) garantir espaos adequados nas unidades prisionais a fim de viabilizar a implantao e implementao da

    PNAISP e a salubridade dos ambientes onde esto as pessoas privadas de liberdade;

    e) adaptar as unidades prisionais para atender s pessoas com deficincia, idosas e com doenas crnicas;

    f) apoiar, tcnica e financeiramente (MS), a aquisio de equipamentos e a adequao do espao fsico para

    implantar a ambincia necessria ao funcionamento dos servios de sade no sistema prisional, seguindo as

    normas, regulamentos e recomendaes do SUS e do CNPCP;

    g) atualizar e compartilhar os dados sobre a populao privada de liberdade com a Secretaria Municipal de

    Sade;

    h) participar do financiamento (Secretaria de Justia) das aes e servios previstos na Poltica;

    i) garantir o acesso, a segurana e a conduta tica das equipes de sade nos servios de sade do sistema

    prisional;

    j) apoiar intersetorialmente a realizao das aes de sade desenvolvidas pelas equipes de sade no sistema

    prisional;

    k) garantir o transporte sanitrio e a escolta para que o acesso dos presos aos servios de sade internos e

    externos se realize em tempo oportuno, conforme a gravidade;

    l) participar do planejamento e da realizao das aes de capacitao de profissionais que atuam no sistema

    prisional; e

    m) viabilizar o acesso de profissionais e agentes pblicos responsveis pela realizao de auditorias,

    pesquisas e outras formas de verificao s unidades prisionais, bem como aos ambientes de sade prisional,

    especialmente os que tratam da PNAISP.

    3.14. Papel do Distrito Federal e dos Municpios

    Compete ao Distrito Federal e aos Municpios, por meio da respectiva Secretaria de Sade, quando aderir

    PNAISP:

    I executar (-MS), no mbito da ateno bsica, as aes de promoo, proteo e recuperao da sade

    da populao privada de liberdade referenciada em sua pactuao;

    II - coordenar e implementar a PNAISP (Secretaria de Sade), no mbito do seu territrio, respeitando suas

    diretrizes e promovendo as adequaes necessrias, de acordo com o perfil epidemiolgico e as especificidades

    locais;

    III - elaborar o plano de ao (Secretaria de Sade) para implementao da PNAISP junto com a Secretaria

    Estadual de Sade e a Secretaria de Justia, Administrao Penitenciria ou congneres, considerando as questes

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    11

    prioritrias e as especificidades regionais de forma contnua e articulada com os Planos Estadual e Regionais de

    Sade e os instrumentos de planejamento e pactuao do SUS;

    IV - cadastrar, por meio dos programas disponveis, as pessoas privadas de liberdade no seu territrio,

    assegurando a sua identificao no Carto Nacional de Sade;

    V - elaborar e executar as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica;

    VI - implantar e implementar (Secretaria de Sade) protocolos de acesso e acolhimento como instrumento

    de deteco precoce e seguimento de agravos, viabilizando a resolutividade no acompanhamento dos agravos

    diagnosticados;

    VII - monitorar e avaliar, de forma contnua, os indicadores especficos e os sistemas de informao da sade,

    com dados produzidos no sistema local de sade;

    VIII - desenvolver mecanismos tcnicos (Secretaria de Sade) e estratgias organizacionais de capacitao

    e educao permanente dos trabalhadores da sade para a gesto, planejamento, execuo, monitoramento e

    avaliao de programas e aes na esfera municipal e/ou das regionais de sade, com especial ateno na

    qualificao e estmulo alimentao dos sistemas de informao do SUS;

    IX promover (MS), junto populao do Distrito Federal ou do Municpio, aes de informao, educao e

    comunicao em sade (MS), visando difundir a PNAISP;

    X - fortalecer a participao e o controle social no planejamento, na execuo, no monitoramento e na avaliao

    de programas e aes no mbito do Conselho de Sade do Distrito Federal ou do Municpio e nas demais

    instncias de controle social existentes no municpio; e

    XI - promover, no mbito de sua competncia (MS e Secretaria de Sade), a articulao intersetorial e

    interinstitucional necessria implementao das diretrizes da PNAISP e a articulao do SUS na esfera municipal.

    3.15. Monitoramento e a avaliao da PNAISP, dos servios, das equipes e das aes de sade

    O monitoramento e a avaliao da PNAISP, dos servios, das equipes e das aes de sade sero realizados pelo

    Ministrio da Sade e pelo Ministrio da Justia por meio da insero de dados, informaes e documentos nos

    sistemas de informao da ateno sade.

    3.16. Grupo Condutor da PNAISP

    1) mbito: cada Estado e do Distrito Federal

    2) Componentes:

    Secretaria de Sade;

    Secretaria de Justia ou congnere;

    Administrao Prisional ou congnere;

    Conselho de Secretrios Municipais de Sade (COSEMS) do respectivo Estado e pelo Apoio

    institucional do Ministrio da Sade.

    3) Atribuies:

    I - mobilizar os dirigentes do SUS e dos sistemas prisionais em cada fase de implantao e implementao

    da PNAISP;

    II - apoiar a organizao dos processos de trabalho voltados para a implantao e implementao da

    PNAISP no Estado e no Distrito Federal;

    III - identificar e apoiar a soluo de possveis pontos crticos em cada fase de implantao e

    implementao da PNAISP; e

    IV - monitorar e avaliar o processo de implantao e implementao da PNAISP.

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    4. Trabalho das pessoas privadas de liberdade nos servios de sade

    As pessoas privadas de liberdade podero trabalhar:

    Nos servios de sade implantados dentro das unidades prisionais;

    Nos programas de educao e promoo da sade; e

    Nos programas de apoio aos servios de sade.

    1) Requisitos para que o preso trabalhe nos programas de educao e promoo da sade do SUS

    e nos programas de apoio aos servios de sade ser da pessoa sob custdia:

    Voluntariedade;

    Anuncia e superviso do servio de sade no sistema prisional.

    2) Benefcios possveis (proposta ao Juzo da Execuo Penal)

    Remio de pena para as pessoas custodiadas que trabalharem nos programas de educao e promoo da sade

    do SUS e nos programas de apoio aos servios de sade.

    5. Prazo para os entes federativos efetuarem as medidas necessrias de adequao

    Os entes federativos tero prazo at 31 de dezembro de 2016 para efetuar as medidas necessrias de adequao

    de suas aes e seus servios para que seja implementada a PNAISP conforme as regras previstas nesta Portaria.

    Enquanto no efetivada a implementao da PNAISP conforme as regras previstas nesta Portaria, os entes

    federativos mantero o cumprimento das regras previstas na Portaria Interministerial n 1.777/MS/MJ, de 9 de

    setembro de 2003.

    Segundo a portaria interministerial (ministrios da Justia e da Sade) n 1, de 2 de janeiro de 2014,

    que instituir a Poltica Nacional de Ateno Integral Sade das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema

    Prisional (PNAISP) no mbito do Sistema nico de Sade (SUS), julgue os itens a seguir:

    Entende-se por pessoas privadas de liberdade no sistema prisional aquelas que, independente de idade, estejam

    sob a custdia do Estado em carter provisrio ou sentenciados para cumprimento de pena privativa de liberdade

    ou medida de segurana, conforme previsto no Decreto-Lei n 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Cdigo Penal) e

    na Lei n 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execuo Penal).

    Errado

    As aes de sade sero ofertadas por servios e equipes interdisciplinares assim definidas: Ateno bsica, ser

    ofertada por meio das equipes de ateno bsica das Unidades Bsicas de Sade definidas no territrio ou por

    meio das Equipes de Sade no Sistema Prisional (ESP), observada a pactuao estabelecida; demais aes e

    servios de sade ser prevista e pactuada na Rede de Ateno Sade.

    Certo art. 9

    Compete Unio, por intermdio do Ministrio da Sade, elaborar planejamento estratgico para

    implementao da PNAISP, em cooperao tcnica com Estados, Distrito Federal e Municpios, considerando as

    questes prioritrias e as especificidades regionais, de forma contnua e articulada com o Plano Nacional de Sade

    e instrumentos de planejamento e pactuao do SUS;

    Certa art. 15

    As pessoas privadas de liberdade no podero, em regra, trabalhar nos servios de sade implantados dentro das

    unidades prisionais, nos programas de educao e promoo da sade e nos programas de apoio aos servios de

    sade. Havendo essa possibilidade, a deciso de trabalhar nos programas de educao e promoo da sade do

    SUS e nos programas de apoio aos servios de sade ser do diretor, no havendo necessidade de se consultar a

    pessoa custodiada.

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    Errado art. 20

    ANEXO III

    DIRETRIZES PARA O PLANO DE AO ESTADUAL/MUNICIPAL PARA A POLTICA NACIONAL DE

    ATENO INTEGRAL SADE DAS PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE NO SISTEMA PRISIONAL

    1. Apresentao

    Apresentar as justificativas para o Plano, problematizao e anlise dos cenrios estadual e municipal pertinentes

    s questes prisionais e scio-sanitrias, caracterizao das redes existentes e principais aspectos da sua gesto.

    2. Instncias e responsabilidades:

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    14

    Definio das instituies participantes e de suas responsabilidades pela gesto, operacionalizao e apoio,

    levando-se em considerao as responsabilidades consignadas nesta Portaria.

    3. Objetivos:

    3.1. Objetivo Geral

    3.2. Objetivos Especficos

    4. Abrangncia e Pblico Alvo:

    Caracterizao e quantificao do pblico alvo;

    Definio das unidades prisionais e territrios de abrangncia.

    5. Caractersticas da PNAISP no Estado e no(s) Municpio(s) de abrangncia

    5.1 Contratualizao

    Definir formas de sensibilizao e mobilizao de gestores das polticas setoriais do Estado, bem como dos

    Municpios que possuam prises em seus territrios. Estabelecer, aqui, a lgica de pactuao e territorializao,

    levando em conta as redes prioritrias, as aes da ateno bsica e o compartilhamento de responsabilidades

    na ateno. Esclarecer, tambm, quais os critrios para seleo, pactuao e gesto com os Municpios.

    5.2 Constituio de Grupo Condutor Estadual Definir as instncias que participaro, bem como a forma de

    estruturao, gesto e funcionamento do Grupo Condutor Estadual.

    5.3 Utilizao dos sistemas de informaes em sade:

    Indicar como sero utilizados os seguintes mdulos: cadastramento dos usurios, pronturios eletrnicos,

    sistemas de produo das equipes, epidemiolgicos e de gesto.

    5.4 Financiamento e Repasse de Recursos

    Apresentar quadro com os recursos dispensados para os servios implantados.

    6. Definio de padres mnimos de qualidade, eficcia e efetividade do Plano de Ao

    A - Planejamento e gesto

    1) Quanto s perspectivas e modalidades de gerenciamento.

    Qual o ponto de partida: a lgica da justia criminal ou do SUS? H coerncia com os princpios do SUS?

    2) Quais as responsabilidades pela elaborao dos Relatrios de Gesto? A UF atende aos prazos e critrios para

    elaborao e envio do RAG?

    3) Verificar Planos de Controle, Regulao, e Avaliao pactuadas - entre os nveis de governo.

    4) Quais os instrumentos existentes?

    5) Negociaes intergestores para pactuao de aes, agendas e recursos. Como atuam as Comisses

    Intergestores Bipartite CIB? H cmaras temticas relacionadas ao tema?

    6) Quanto participao das administraes municipais:

    - os gestores municipais contemplam, em suas iniciativas, a poltica em questo?

    - a lgica de contratualizao (pactos de gesto) tem sido observada?

    - h esforo oramentrio nesse sentido?

    - h participao direta das equipes de ateno bsica?

    - como as aes de mdia e alta complexidade so tratadas na PPI ? Como tem sido a pactuao de aes de

    mdia e alta complexidades, em nveis estadual e local?

    7) H um plano de comunicao no mbito das administraes prisionais e sanitrias? Como realizada tal

    estratgia?

    8) Como so programadas e executadas as agendas das equipes de sade nas unidades? As agendas so

    articuladas aos diversos servios existentes, no mbito da unidade, e publicadas?

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    15

    B - Oramento e finanas

    9) Analisar o fluxo de gesto do incentivo financeiro.

    10) Verificar valores anuais e mensais de convnios e repasses fundo-a-fundo.

    11) Quando o incentivo financeiro chega ao FES, como e para qual instncia feito o seu repasse: Secretarias e

    fundos beneficirios dos recursos - verificar, tambm, fundo-a-fundo para os municpios.

    12) Verificar deliberaes das CIB, atos deliberativos dos Conselhos Estaduais de Sade (CES), Portarias e

    Resolues a respeito das prioridades e formas de aplicao dos recursos.

    13) Qual o esforo oramentrio das UF:

    - ver planejamento e execuo oramentrios;

    - ver contrapartidas estaduais e municipais (quando houver);

    - verificar se h um "oramento matricial", com composio oramentria por parte de outras polticas setoriais -

    h agenda em outros oramentos?

    C - Ambincia e infraestrutura

    14) Caracterizar as unidades penais que dispem de estrutura para ateno sade: quais unidades contam com

    tais estruturas?

    Comparar cada estrutura existente s Resolues CNPCP ns 06/2006 e 09/2011, do anexo II da PI n

    1.777/2003 e da RDC Anvisa n 50/2002.

    15) Verificar equipamentos existentes: comparar PI n 1.777/2003.

    16) H laudo da Vigilncia Sanitria?

    17) Forma de destinao e coleta de Resduos/Rejeitos;

    18) Servios de apoio; Servios Especializados; Servios e Classificao.

    D - Gesto do trabalho

    19) Quais as reas responsveis pela gesto de RH no mbito da Secretaria Estadual de Sade, da Secretaria de

    Administrao Penitenciria (ou congnere) e das Secretarias Municipais de Sade?

    20) Como contribuem para a gesto das equipes de sade nas unidades penitencirias? Quais so as ferramentas

    de gesto de RH?

    21) H planejamento de necessidades de RH?

    22) Como e quando vm sendo realizados os concursos e os processos seletivos?

    23) Quem contrata a equipe de sade no sistema penitencirio: Secretaria Estadual de Sade; da Secretaria de

    Administrao Penitenciria (ou congnere); das Secretarias Municipais de Sade; ONG, etc;

    24) Qual o vnculo da contratao dos profissionais das equipes de sade: CLT, estatutrio, precrio ou outro

    (especificar qual)?

    25) Quantas equipes esto efetivamente atuando? Quais e quantas unidades prisionais?

    - Avaliar as informaes do SCNES e verificar sua compatibilidade com a realidade de cada unidade penal e

    equipes que efetivamente atuam.

    - Qual a jornada de trabalho de cada profissional de sade contratado (mdico (a), enfermeiro (a), assistente

    social, psiclogo (a), dentista, auxiliar de consultrio dentrio, auxiliar de enfermagem)?

    - Caracterizar as equipes existentes cadastradas no CNES;

    26) H diagnsticos de necessidades de capacitao deRH?

    27) H programa de educao permanente?

    28) A capacitao em sade destinada aos agentes de segurana e aos demais cargos? Como?

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    29) Como se d o acompanhamento e o apoio em sade do trabalhador em servios penais? Qual o rgo

    estadual/municipal responsvel?

    30) H sistema de gesto e avaliao de desempenhos? Quais os marcos legais?

    F - Organizao dos servios e fluxos de assistncia

    31) Quanto Logstica de Transporte e Segurana:

    - caractersticas da movimentao e segurana e do transporte sanitrio;

    - veculos disponibilizados;

    - responsveis pelo acompanhamento ao sentenciado;

    - observa-se o disposto na legislao referente aos procedimentos para movimentao e conduo de presos e

    pessoas que cumprem medidas de segurana?

    - segurana no estabelecimento de sade durante o atendimento externo?

    32) quanto realizao de procedimentos de ateno sade: N 2, sexta-feira, 3 de janeiro de 2014 21 ISSN

    1677-7042

    Este documento pode ser verificado no endereo eletrnico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,

    pelo cdigo 00012014010300021

    Documento assinado digitalmente conforme MP no - 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a

    Infraestrutura de Chaves Pblicas Brasileira - ICP-Brasil.

    1- como so realizadas as aes de difuso de informaes junto aos servidores e as pessoas privadas de

    liberdade? - quais so as aes de ateno sade dedicadas aos familiares? feito acompanhamento peridico?

    h atividade de orientao e preveno? h apoio para insero na rede assistencial local? - como a oferta de

    ateno sade do egresso? h atividade de orientao e preveno? h apoio para insero na rede assistencial

    e de sade local? A famlia apoiada?

    33) Como as equipes de sade das unidades articulam-se rede assistencial do Municpio?

    - Como esto articuladas as estratgias de sade da famlia e dos agentes comunitrios de sade? H articulao

    com a ateno bsica municipal? Quais os indicadores?

    34) As pessoas privadas de liberdade so mobilizadas e capacitadas para atuarem como multiplicadores de sade

    nos seus espaos de convivncia? Como so identificados e preparados? As remies de pena so propiciadas?

    35) Quais so as doenas prevalentes e qual a sua proporo?

    - Como so realizadas e qualificadas as aes de ateno s doenas prevalentes?

    - So elaborados e adequados protocolos de atendimento?

    So utilizadas as "linhas-guia" e os protocolos para as aes de monitoramento aos sentenciados/pacientes?

    - Verificar os ndices de morbidade - H monitoramento e registro? Quais as causas mais recorrentes?

    36) Avaliar as linhas de ao e os indicadores epidemiolgicos e de procedimentos:

    - controle de tuberculose;

    - controle de hipertenso e diabetes;

    - dermatologia sanitria - hansenase;

    - sade bucal;

    - sade da mulher;

    - ateno sade materno-infantil;

    - diagnstico, aconselhamento e tratamento em DST/

    HIV/AIDS;

    - Ateno em sade mental;

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    - Verificar aes destinadas ao atendimento ao paciente judicirio;

    - Ateno a pessoas com deficincia;

    - protocolo mnimo para o diagnstico de sade e o desenvolvimento de aes de promoo da sade e de

    preveno de agravos por ocasio do ingresso da pessoa presa no sistema prisional ou ambulatorial.

    - programa de imunizaes: verificar se h garantia de cobertura vacinal. Como est estruturado o servio? Como

    so cumpridas as agendas e campanhas?

    - verificar aes pertinentes assistncia farmacutica bsica e aquisio de medicamentos. Qual o local de

    recebimento e dispensao dos medicamentos no Estado/Municpio.

    37) H promoo de educao sanitria, visando melhora de hbitos, das condies de higiene e da

    alimentao?

    38) Aes de vigilncia epidemiolgica, ambiental e sanitria.

    39) Em relao rede assistencial:

    - verificar a acessibilidade e a qualidade da assistncia hospitalar, de urgncia e emergncia no Estado/Municpio,

    bem como a forma de atendimento populao em questo;

    - verificar a capacidade de atendimento, no Municpio, em aes suplementares de mdia e alta complexidades,

    bem como as necessidades de encaminhamento para fora do Municpio (Tratamento Fora do Domiclio - TFD);

    - verificar as Programaes Pactuadas e os Planos de Aes

    Articuladas da Assistncia Social, bem como os fluxos de referncia da rede dos servios de mdia e alta

    complexidade;

    - como so trabalhadas, junto s demais instituies do SUS, as propostas de estruturao de redes de referncia

    especializadas para atendimento populao em questo? Como se dar a incluso e reviso das estratgias e

    aes para ateno pessoa privada de liberdade em planos municipais e estaduais de sade, bem com nos

    Contratos Organizativos da Ao Pblica da Sade (COAP).

    G - Tratamento de Informaes

    40) Elaborao de protocolos de ateno sade, com descrio das aes, servios e procedimentos a serem

    realizados pelas unidades prprias do Sistema Penitencirio e pelos servios referenciados, vinculados ao SUS.

    41) Sobre os sistemas de Informaes em Sade:

    - caracterizar as tecnologias de TI utilizadas pelas unidades (equipamentos, softwares, internet, etc.);

    - os custodiados so devidamente cadastrados e obtm seu carto nico do SUS? Sistemas utilizados - (CNES,

    SINAN, SIA/SUS, Carto SUS, SIAB, SISPrenatal, SISParto) - pelas Secretarias Estaduais de Sade/Secretarias

    Municipais de Sade e equipes das unidades penitencirias.

    - fazem uso (descentralizado) de tais sistemas?

    - so utilizados pronturios eletrnicos? Foi implantado o sistema E-SUS?

    42) Como so realizadas a coleta, o tratamento e o envio de informaes sobre as ocorrncias, as notificaes e a

    produo para a ateno bsica? Quais so os formulrios?

    43) H um monitoramento das informaes registradas?

    44) Quem faz o tratamento das informaes? Adm. Penitenciria? Secretaria Estadual de Sade? Unidades

    prisionais? Secretarias Municipais de Sade?

    45) So gerados relatrios analticos e gerenciais com base em tais informaes?

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    II. PORTARIA INTERMINISTERIAL N 210, DE 16 DE JANEIRO DE 2014

    PORTARIA INTERMINISTERIAL N 210, DE 16 DE JANEIRO DE 2014

    MINISTRIO DA JUSTIA

    GABINETE DO MINISTRO

    1. Funo

    Instituir a Poltica Nacional de Ateno s Mulheres em Situao de Privao de Liberdade e Egressas do Sistema

    Prisional - PNAMPE, com o objetivo de reformular as prticas do sistema prisional brasileiro, contribuindo para a

    garantia dos direitos das mulheres, nacionais e estrangeiras, previstos nos arts. 10, 14, 3, 19, pargrafo nico,

    77, 2, 82, 1, 83, 2 e 3, e 89 da Lei n 7.210, de 11 de julho de 1984.

    Lei n 7.210, de 11 de julho de 1984 (lei de Execues Penais)

    Art. 10. A assistncia ao preso e ao internado dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno

    convivncia em sociedade.

    Pargrafo nico. A assistncia estende-se ao egresso.

    (...)

    Art. 14. A assistncia sade do preso e do internado de carter preventivo e curativo, compreender atendimento

    mdico, farmacutico e odontolgico.

    1 (Vetado).

    2 Quando o estabelecimento penal no estiver aparelhado para prover a assistncia mdica necessria, esta ser

    prestada em outro local, mediante autorizao da direo do estabelecimento.

    3o Ser assegurado acompanhamento mdico mulher, principalmente no pr-natal e no ps-parto, extensivo ao

    recm-nascido. (Includo pela Lei n 11.942, de 2009)

    (...)

    Art. 19. O ensino profissional ser ministrado em nvel de iniciao ou de aperfeioamento tcnico.

    Pargrafo nico. A mulher condenada ter ensino profissional adequado sua condio.

    (...)

    Art. 77. A escolha do pessoal administrativo, especializado, de instruo tcnica e de vigilncia atender a vocao,

    preparao profissional e antecedentes pessoais do candidato.

    (...)

    2 No estabelecimento para mulheres somente se permitir o trabalho de pessoal do sexo feminino, salvo quando

    se tratar de pessoal tcnico especializado.

    (...)

    Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, dever contar em suas dependncias com reas e

    servios destinados a dar assistncia, educao, trabalho, recreao e prtica esportiva.

    (...)

    2o Os estabelecimentos penais destinados a mulheres sero dotados de berrio, onde as condenadas possam

    cuidar de seus filhos, inclusive amament-los, no mnimo, at 6 (seis) meses de idade. (Redao dada pela Lei n

    11.942, de 2009)

    3o Os estabelecimentos de que trata o 2o deste artigo devero possuir, exclusivamente, agentes do sexo

    feminino na segurana de suas dependncias internas.

    (...)

    Art. 89. Alm dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciria de mulheres ser dotada de seo para gestante e

    parturiente e de creche para abrigar crianas maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de

    assistir a criana desamparada cuja responsvel estiver presa. (Redao dada pela Lei n 11.942, de 82009)

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    comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao da StartCon Sistema de Ensino Online.

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    Pargrafo nico. So requisitos bsicos da seo e da creche referidas neste artigo: (Includo pela Lei n

    11.942, de 2009)

    I atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes adotadas pela legislao educacional e em

    unidades autnomas; e (Includo pela Lei n 11.942, de 2009)

    II horrio de funcionamento que garanta a melhor assistncia criana e sua responsvel. (Includo pela Lei

    n 11.942, de 2009)

    2. Diretrizes da PNAMPE

    So diretrizes da PNAMPE:

    I - preveno de todos os tipos de violncia contra mulheres em situao de privao de liberdade, em

    cumprimento aos instrumentos nacionais e internacionais ratificados pelo Estado Brasileiro relativos ao tema;

    II - fortalecimento da atuao conjunta e articulada de todas as esferas de governo na implementao da Poltica

    Nacional de Ateno s Mulheres em Situao de Privao de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional;

    III - fomento participao das organizaes da sociedade civil no controle social desta Poltica, bem como nos

    diversos planos, programas, projetos e atividades dela decorrentes;

    IV - humanizao das condies do cumprimento da pena, garantindo o direito sade, educao, alimentao,

    trabalho, segurana, proteo maternidade e infncia, lazer, esportes, assistncia jurdica, atendimento

    psicossocial e demais direitos humanos;

    V - fomento adoo de normas e procedimentos adequados s especificidades das mulheres no que tange a

    gnero, idade, etnia, cor ou raa, sexualidade, orientao sexual, nacionalidade, escolaridade, maternidade,

    religiosidade, deficincias fsica e mental e outros aspectos relevantes;

    VI - fomento elaborao de estudos, organizao e divulgao de dados, visando consolidao de informaes

    penitencirias sob a perspectiva de gnero;

    VII - incentivo formao e capacitao de profissionais vinculados justia criminal e ao sistema prisional, por

    meio da incluso da temtica de gnero e encarceramento feminino na matriz curricular e cursos peridicos;

    VIII - incentivo construo e adaptao de unidades prisionais para o pblico feminino, exclusivas,

    regionalizadas e que observem o disposto na Resoluo n 9, de 18 de novembro de 2011, do Conselho Nacional

    de Poltica Criminal e Penitenciria CNPCP. Entende-se por regionalizao a distribuio de unidades prisionais

    no interior dos estados, visando o fortalecimento dos vnculos familiares e comunitrios;

    IX - fomento identificao e monitoramento da condio de presas provisrias, com a implementao de

    medidas que priorizem seu atendimento jurdico e tramitao processual;

    X - fomento ao desenvolvimento de aes que visem assistncia s pr-egressas e egressas do sistema

    prisional, por meio da divulgao, orientao ao acesso s polticas pblicas de proteo social, trabalho e renda;

    3. Objetivos

    So objetivos da PNAMPE:

    I - fomentar a elaborao das polticas estaduais de ateno s mulheres privadas de liberdade e egressas do

    sistema prisional, com base nesta Portaria;

    II - induzir para o aperfeioamento e humanizao do sistema prisional feminino, especialmente no que concerne

    arquitetura prisional e execuo de atividades e rotinas carcerrias, com ateno s diversidades e capacitao

    peridica de servidores;

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins

    comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao da StartCon Sistema de Ensino Online.

    20

    III - promover, pactuar e incentivar aes integradas e intersetoriais, visando complementao e ao acesso aos

    direitos fundamentais, previstos na Constituio Federal e Lei de Execuo Penal, voltadas s mulheres privadas

    de liberdade e seus ncleos familiares;

    IV - aprimorar a qualidade dos dados constantes nos bancos de dados do sistema prisional brasileiro,

    contemplando a perspectiva de gnero; e

    V - fomentar e desenvolver pesquisas e estudos relativos ao encarceramento feminino.

    4. Metas da PNAMPE

    So metas da PNAMPE:

    I - criao e reformulao de bancos de dados em mbito estadual e nacional sobre o sistema prisional, que

    contemplem:

    a) quantidade de estabelecimentos femininos e mistos que custodiam mulheres, indicando nmero de mulheres

    por estabelecimento, regime e quantidade de vagas;

    b) existncia de local adequado para visitao, frequncia e procedimentos necessrios para ingresso do visitante

    social e ntimo;

    c) quantidade de profissionais inseridos no sistema prisional feminino, por estabelecimento e rea de atuao;

    d) quantidade de mulheres gestantes, lactantes e parturientes;

    e) quantidade e idade dos filhos em ambiente intra e extramuros, bem como pessoas ou rgos responsveis

    pelos seus cuidados;

    f) indicao do perfil da mulher privada de liberdade, considerando estado civil, faixa etria, cor ou etnia,

    deficincia, nacionalidade, religio, grau de instruo, profisso, rendas mensais da famlia anterior ao

    aprisionamento e atual, documentao civil, tempo total das penas, tipos de crimes, procedncia de rea rural ou

    urbana, regime prisional e reiterao criminal;

    g) quantidade de mulheres inseridas em atividades laborais internas e externas e educacionais, formais e

    profissionalizantes;

    h) quantidade de mulheres que recebem assistncia jurdica regular, da Defensoria Pblica, outro rgo ou

    advogado particular, e frequncia desses procedimentos na unidade prisional;

    i) quantidade e motivo de bitos relacionados mulher e criana, no mbito do sistema prisional;

    j) dados relativos incidncia de hipertenso, diabetes, tuberculose, hansenase, Doenas Sexualmente

    Transmissveis - DST, Sndrome da Imunodeficincia Adquirida - AIDS-HIV e outras doenas;

    k) quantidade de mulheres inseridas em programas de ateno sade mental e dependncia qumica;

    l) quantidade e local de permanncia das mulheres internadas em cumprimento de medidas de segurana e total

    de vagas; e

    m) quantidade de mulheres que deixaram o sistema prisional por motivos de alvar de soltura, indulto, fuga,

    progresso de regime ou aplicao de medidas cautelares diversas da priso.

    II - incentivo aos rgos estaduais de administrao prisional para que promovam a efetivao dos direitos

    fundamentais no mbito dos estabelecimentos prisionais, levando em conta as peculiaridades relacionadas a

    gnero, cor ou etnia, orientao sexual, idade, maternidade, nacionalidade, religiosidade e deficincias fsica e

    mental, bem como aos filhos inseridos no contexto prisional, que contemplem:

    a) assistncia material: alimentao, vesturio e instalaes higinicas, incluindo itens bsicos, tais como:

    1. alimentao: respeito aos critrios nutricionais bsicos e casos de restrio alimentar;

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    21

    2. vesturio: enxoval bsico composto por, no mnimo, uniforme especfico, agasalho, roupa ntima, meias,

    chinelos, itens de cama e banho, observadas as condies climticas locais e em quantidade suficiente; e

    3. itens de higiene pessoal: kit bsico composto por, no mnimo, papel higinico, sabonete, creme e escova dental,

    xampu, condicionador, desodorante e absorvente, em quantidade suficiente;

    b) acesso sade em consonncia com a Poltica Nacional de Ateno Integral Sade das Pessoas Privadas de

    Liberdade no Sistema Prisional, a Poltica Nacional de Ateno Integral Sade da Mulher e as polticas de ateno

    sade da criana, observados os princpios e as diretrizes do Sistema nico de Sade - SUS, bem como o

    fomento ao desenvolvimento de aes articuladas com as secretarias estaduais e municipais de sade, visando o

    diagnstico precoce e tratamento adequado, com implantao de ncleos de referncia para triagem, avaliao

    inicial e encaminhamentos teraputicos, voltados s mulheres com transtorno mental.

    c) acesso educao em consonncia com o Plano Estratgico de Educao no mbito do Sistema Prisional e as

    Diretrizes Nacionais para a Oferta de Educao para Jovens e Adultos em Situao de Privao de Liberdade nos

    Estabelecimentos Penais, associada a aes complementares de cultura, esporte, incluso digital, educao

    profissional, fomento leitura e a programas de implantao, recuperao e manuteno de bibliotecas;

    d) acesso assistncia jurdica integral para garantir a ampla defesa e o contraditrio nos processos judiciais e

    administrativos relativos execuo penal, viabilizando o atendimento pessoal por intermdio da Defensoria

    Pblica, outro rgo, advogado particular ou pela realizao de parcerias;

    e) acesso a atendimento psicossocial desenvolvido no interior das unidades prisionais, por meio de prticas

    interdisciplinares nas reas de dependncia qumica, convivncia familiar e comunitria, sade mental, violncia

    contra a mulher e outras, as quais devem ser articuladas com programas e polticas governamentais;

    f) assistncia religiosa com respeito liberdade de culto e de crena; e

    g) acesso atividade laboral com desenvolvimento de aes que incluam, entre outras, a formao de redes

    cooperativas e a economia solidria, observando:

    1. compatibilidade das horas dirias de trabalho e estudo que possibilitem a remio; e

    2. compatibilidade da atividade laboral com a condio de gestante e me, garantida a remunerao, a remio e

    a licena maternidade para as mulheres que se encontravam trabalhando.

    h) ateno especfica maternidade e criana intramuros, observando:

    1. identificao da mulher quanto situao de gestao ou maternidade, quantidade e idade dos filhos e das

    pessoas responsveis pelos seus cuidados e demais informaes, por meio de preenchimento de formulrio

    prprio;

    2. insero da mulher grvida, lactante e me com filho em local especfico e adequado com disponibilizao de

    atividades condizentes sua situao, contemplado atividades ldicas e pedaggicas, coordenadas por equipe

    multidisciplinar;

    3. autorizao da presena de acompanhante da parturiente, devidamente cadastrada/o junto ao estabelecimento

    prisional, durante todo o perodo de trabalho de parto, parto e ps-parto imediato, conforme disposto no art. 19-J

    da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990;

    DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO E PS-PARTO IMEDIATO

    (Includo pela Lei n 11.108, de 2005)

    Art. 19-J. Os servios de sade do Sistema nico de Sade - SUS, da rede prpria ou conveniada, ficam obrigados a

    permitir a presena, junto parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o perodo de trabalho de parto, parto

    e ps-parto imediato. (Includo pela Lei n 11.108, de 2005)

    1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo ser indicado pela parturiente. (Includo pela Lei n 11.108,

    de 2005)

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    2o As aes destinadas a viabilizar o pleno exerccio dos direitos de que trata este artigo constaro do regulamento

    da lei, a ser elaborado pelo rgo competente do Poder Executivo. (Includo pela Lei n 11.108, de 2005)

    3o Ficam os hospitais de todo o Pas obrigados a manter, em local visvel de suas dependncias, aviso informando

    sobre o direito estabelecido no caput deste artigo. (Includo pela Lei n 12.895, de 2013)

    4. proibio do uso de algemas ou outros meios de conteno em mulheres em trabalho de parto e parturientes,

    observada a Resoluo n 3, de 1 de junho de 2012, do CNPCP;

    5. insero da gestante na Rede Cegonha, junto ao SUS, desde a confirmao da gestao at os dois primeiros

    anos de vida do beb;

    O que a Rede Cegonha?

    uma estratgia do Ministrio da Sade que visa implementar uma rede de cuidados para assegurar s mulheres o

    direito ao planejamento reprodutivo e a ateno humanizada gravidez, ao parto e ao puerprio, bem como

    assegurar s crianas o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudveis.

    Esta estratgia tem a finalidade de estruturar e organizar a ateno sade materno-infantil no Pas e ser

    implantada, gradativamente, em todo o territrio nacional, iniciando sua implantao respeitando o critrio

    epidemiolgico, taxa de mortalidade infantil e razo mortalidade materna e densidade populacional.

    Quais so os componentes da Rede Cegonha?

    So quatro os componentes da Rede Cegonha:

    I - Pr-natal;

    II - Parto e nascimento;

    III - Puerprio e ateno integral sade da criana; e

    IV - Sistema logstico (transporte sanitrio e regulao).

    6. desenvolvimento de aes de preparao da sada da criana do estabelecimento prisional e sensibilizao dos

    responsveis ou rgos por seu acompanhamento social e familiar;

    7. respeito ao perodo mnimo de amamentao e de convivncia da mulher com seu filho, conforme disposto na

    Resoluo n 3 de 15 de julho de 2009, do CNPCP, sem prejuzo do disposto no art. 89 da Lei 7.210 de 11 de

    julho de 1984;

    Lei 7.210 de 11 de julho de 1984

    Art. 89. Alm dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciria de mulheres ser dotada de seo para gestante e

    parturiente e de creche para abrigar crianas maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade

    de assistir a criana desamparada cuja responsvel estiver presa. (Redao dada pela Lei n 11.942, de 2009)

    Pargrafo nico. So requisitos bsicos da seo e da creche referidas neste artigo: (Includo pela Lei n 11.942,

    de 2009)

    I atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes adotadas pela legislao educacional e em

    unidades autnomas; e (Includo pela Lei n 11.942, de 2009)

    II horrio de funcionamento que garanta a melhor assistncia criana e sua responsvel. (Includo pela Lei

    n 11.942, de 2009).

    8. desenvolvimento de prticas que assegurem a efetivao do direito convivncia familiar, na forma prevista na

    Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990;

    9. desenvolvimento de aes que permitam acesso e permanncia das crianas que esto em ambientes intra e

    extramuros rede pblica de educao infantil; e

    10. disponibilizao de dias de visitao especial, diferentes dos dias de visita social, para os filhos e dependentes,

    crianas e adolescentes, sem limites de quantidade, com definio das atividades e do papel da equipe

    multidisciplinar;

    i) respeito dignidade no ato de revista s pessoas que ingressam na unidade prisional, inclusive crianas e

    adolescentes;

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    j) implementao de aes voltadas ao tratamento adequado mulher estrangeira, observando:

    1. realizao de parcerias voltadas regularizao da sua permanncia em solo brasileiro, durante o perodo de

    cumprimento da pena;

    2. articulao de gestes entre as unidades prisionais e as embaixadas e consulados visando efetivao dos

    direitos da estrangeira em privao de liberdade;

    3. instituio de parcerias voltadas emisso de Cadastro de Pessoa Fsica - CPF provisrio, com vistas abertura

    de conta bancria e ao acesso a programas de reintegrao social e assistncia mulher presa;

    4. garantia de acesso informao sobre direitos, procedimentos de execuo penal no territrio nacional,

    questes migratrias, bem como telefones de contato de rgos brasileiros, embaixadas e consulados

    estrangeiros, preferencialmente no idioma materno;

    5. instituio de procedimentos que permitam a manuteno dos vnculos familiares, por meio de contato

    telefnico, videoconferncia, cartas, entre outros;

    6. incentivo do acesso educao distncia, quando disponibilizado pelo respectivo consulado, sem prejuzo da

    participao nas atividades educativas existentes na unidade prisional; e

    7. fomento viabilizao de transferncia das presas estrangeiras no residentes ao seu pas de origem,

    especialmente se nele tiverem filhos, caso haja tratados ou acordos internacionais em vigncia, aps prvia

    requisio e o consentimento da presa.

    l) promoo de aes voltadas presa provisria, observando:

    1. adoo de medidas adequadas, de carter normativo ou prtico, para garantir sua segurana e integridade

    fsica;

    2. garantia da custdia da presa provisria em local adequado, sendo vedada sua manuteno em distritos

    policiais; e

    3. adoo de medidas necessrias para viabilizao do exerccio do direito a voto.

    III - garantia de estrutura fsica de unidades prisionais adequada dignidade da mulher em situao de priso, de

    acordo com a Resoluo n 9, de 18 de novembro de 2011, do Conselho Nacional de Poltica Criminal e

    Penitenciria - CNPCP, com a implementao de espaos adequados efetivao dos direitos das mulheres em

    situao de priso, tais como sade, educao, trabalho, lazer, estudo, maternidade, visita ntima, dentre outros;

    IV - promoo de aes voltadas segurana e gesto prisional, que garantam:

    a) procedimentos de segurana, regras disciplinares e escolta diferenciados para as mulheres idosas, com

    deficincia, gestantes, lactantes e mes com filhos, inclusive de colo;

    b) desenvolvimento de prticas alternativas revista ntima nas pessoas que ingressam na unidade prisional,

    especialmente crianas e adolescentes; e

    c) oferecimento de transporte diferenciado para mulheres idosas, com deficincia, gestantes, lactantes e mes

    com filhos, sem utilizao de algemas.

    V - capacitao permanente de profissionais que atuam em estabelecimentos prisionais de custdia de mulheres,

    com implementao de matriz curricular que contemple temas especficos, tais como:

    a) identidade de gnero;

    b) especificidades da presa estrangeira;

    c) orientao sexual, direitos sexuais e reprodutivos;

    d) abordagem tnico-racial;

    e) preveno da violncia contra a mulher;

    f) sade da mulher, inclusive mental, e dos filhos inseridos no contexto prisional;

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    g) acessibilidade;

    h) dependncia qumica;

    i) maternidade;

    j) desenvolvimento infantil e convivncia familiar;

    k) arquitetura prisional; e

    l) direitos e polticas sociais.

    VI - promoo de aes voltadas s pr-egressas e egressas do sistema prisional, por meio de setor

    interdisciplinar especfico, observando:

    a) disponibilizao, no momento da sada da egressa do estabelecimento prisional, de seus documentos pessoais,

    inclusive relativos sua sade, e outros pertences;

    b) articulao da secretaria estadual de administrao prisional com os rgos responsveis, com vistas retirada

    de documentos; e

    c) viabilizao, por meio de parcerias firmadas pelo rgo estadual de administrao prisional, de tratamento de

    dependncia qumica, incluso em programas sociais, em cursos profissionalizantes, gerao de renda, de acordo

    com os interesses da egressa.

    5. Obrigaes aos rgos Estatais

    5.1.Para a efetivao dos direitos de que trata esta Portaria devero ser assegurados recursos humanos e

    espaos fsicos adequados s diversas atividades para a integrao da mulher e de seus filhos.

    5.2.Unidades prisionais: devero providenciar a documentao civil bsica que permita acesso das mulheres,

    inclusive das estrangeiras, educao e ao trabalho.

    5.3.DEPEN:

    Articular-se com os rgos estaduais de administrao prisional para que sejam constitudas comisses

    intersetoriais especficas para tratar dos assuntos relacionados s mulheres em situao de privao de

    liberdade e egressas do sistema prisional.

    Articular-se com os rgos estaduais de administrao prisional para que seja elaborado um planejamento

    institucional para o cumprimento gradual das estratgias estabelecidas nesta Poltica e nas polticas

    estaduais, com vistas melhoria de prticas voltadas s mulheres em situao de privao de liberdade e

    egressas do sistema prisional. Pargrafo nico - No mbito do DEPEN, o planejamento institucional ser

    coordenado pela Comisso Especial do Projeto Efetivao dos Direitos das Mulheres no Sistema Penal.

    Prestar apoio tcnico e financeiro aos rgos estaduais de administrao prisional, com nfase nas

    seguintes reas:

    I - educao e capacitao profissional de servidores, priorizando os projetos em estabelecimentos

    prisionais que custodiam mulheres;

    II - trabalho, disponibilizando maquinrios para oficinas laborais;

    III - sade, priorizando o aparelhamento de centros de referncia sade materno-infantil, bem como

    articulaes voltadas garantia da sade da mulher presa;

    IV - aparelhamento, incentivando o desenvolvimento de novas tecnologias que possam ser adaptadas ao

    ambiente prisional, voltadas s especificidades da mulher; e

    V - engenharia, elaborando projetos referncia para a construo de unidades prisionais especficas

    femininas.

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    6. Comit Gestor da PNAMPE

    6.1.Composio

    Fica institudo, no mbito do Ministrio da Justia, o Comit Gestor da PNAMPE, para fins de monitoramento e

    avaliao de seu cumprimento.

    O Comit Gestor de que trata o caput ser composto por representantes, titulares e suplentes, dos seguintes

    rgos:

    I - Departamento Penitencirio Nacional:

    a) Coordenao do Projeto Efetivao dos Direitos das Mulheres no Sistema Penal;

    b) Ouvidoria do Departamento Penitencirio Nacional;

    c) Coordenao-Geral de Reintegrao Social e Ensino;

    d) Coordenao-Geral do Fundo Penitencirio Nacional;

    e) Coordenao-Geral de Penas e Medidas Alternativas;

    f) Coordenao-Geral de Pesquisas e Anlise da Informao;

    g) Coordenao de Sade; e

    h) Coordenao de Educao;

    II - Secretaria de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica:

    a) Coordenao de Acesso Justia, da Secretaria de Enfrentamento Violncia contra as Mulheres.

    Sero convidados permanentes a integrar o Comit Gestor um representante de cada um dos seguintes rgos:

    I - Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica;

    II - Secretaria de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica;

    III - Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica;

    IV - Ministrio da Sade;

    V - Ministrio da Educao;

    VI - Ministrio do Trabalho e Emprego;

    VII - Ministrio da Cultura; VIII - Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome;

    IX - Ministrio do Esporte;

    Podero ser convidados a participar das reunies do Comit Gestor especialistas e representantes de outros

    rgos ou entidades pblicas e privadas, federais e estaduais, com atribuies relacionadas PNAMPE.

    Os representantes titulares e seus suplentes de que tratam os 1 e 2 do art. 10 desta portaria, sero

    designados por ato do Diretor-Geral do DEPEN, aps indicao dos rgos que representam.

    A participao no Comit Gestor considerada prestao de servio pblico relevante, no remunerada.

    6.2.Coordenao

    A coordenao do Comit Gestor ser exercida por um representante da Comisso Especial do Projeto Efetivao

    dos Direitos das Mulheres no Sistema Penal indicado pelo DEPEN, e um representante da Secretaria de

    Enfrentamento Violncia contra as Mulheres, indicado pela SPM.

    6.3.Reunies

    O Comit Gestor realizar reunies trimestrais, podendo ser convocada reunio extraordinria pela coordenao, e

    dever apresentar:

    I - no prazo de noventa dias, a contar da publicao desta Portaria, plano de trabalho de suas atividades com

    metas e prazos; e

    II - relatrios anuais de avaliao de cumprimento da PNAMPE, com sugestes de aperfeioamento de sua

    implementao.

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    6.4.Recursos

    O DEPEN e a Secretaria de Polticas para as Mulheres observaro a PNAMPE na celebrao de convnios e nos

    repasses de recursos aos rgos e entidades federais e estaduais do sistema prisional brasileiro.

    III. DECRETO N 7.626, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011

    A PRESIDENTA DA REPBLICA, no uso das atribuies que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alnea

    a, da Constituio, e tendo em vista o disposto nos arts. 17 a 21 e 4o do art. 83 da Lei no 7.210, de 11 de

    julho de 1984,

    Constituio Federal

    Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repblica:

    (...)

    IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir

    decretos e regulamentos para sua fiel execuo;

    (...)

    VI - dispor, mediante decreto, sobre:

    a) organizao e funcionamento da administrao federal, quando no

    implicar aumento de despesa nem criao ou extino de rgos

    pblicos;

    b) extino de funes ou cargos pblicos, quando vagos

    Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984 (LEP)

    Da Assistncia Educacional

    Art. 17. A assistncia educacional compreender a instruo escolar

    e a formao profissional do preso e do internado.

    Art. 18. O ensino de 1 grau ser obrigatrio, integrando-se no

    sistema escolar da Unidade Federativa.

    Art. 19. O ensino profissional ser ministrado em nvel de iniciao

    ou de aperfeioamento tcnico.

    Pargrafo nico. A mulher condenada ter ensino profissional

    adequado sua condio.

    Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convnio

    com entidades pblicas ou particulares, que instalem escolas ou

    ofeream cursos especializados.

    Art. 21. Em atendimento s condies locais, dotar-se- cada

    estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de

    reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didticos.

    (...)

    Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, dever

    contar em suas dependncias com reas e servios destinados a dar

    assistncia, educao, trabalho, recreao e prtica esportiva.

    (...)

    4o Sero instaladas salas de aulas destinadas a cursos do ensino

    bsico e profissionalizante.

    O decreto visa instituir o Plano Estratgico de Educao no mbito do Sistema Prisional - PEESP, com a

    finalidade de ampliar e qualificar a oferta de educao nos estabelecimentos penais.

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    comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao da StartCon Sistema de Ensino Online.

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    1. Amplitude do PEESP:

    O PEESP contemplar:

    Educao bsica na modalidade de educao de jovens e adultos;

    Educao profissional e tecnolgica; e

    Educao superior.

    2. Diretrizes do PEESP

    So diretrizes do PEESP:

    I - promoo da reintegrao social da pessoa em privao de liberdade por meio da educao;

    II - integrao dos rgos responsveis pelo ensino pblico com os rgos responsveis pela execuo

    penal; e

    III - fomento formulao de polticas de atendimento educacional criana que esteja em estabelecimento

    penal, em razo da privao de liberdade de sua me.

    Observao: Na aplicao do disposto neste Decreto sero observadas as diretrizes definidas pelo

    Conselho Nacional de Educao e pelo Conselho Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria.

    3. Objetivos do PEESP

    So objetivos do PEESP:

    I - executar aes conjuntas e troca de informaes entre rgos federais, estaduais e do Distrito Federal

    com atribuies nas reas de educao e de execuo penal;

    II - incentivar a elaborao de planos estaduais de educao para o sistema prisional, abrangendo metas e

    estratgias de formao educacional da populao carcerria e dos profissionais envolvidos em sua

    implementao;

    III - contribuir para a universalizao da alfabetizao e para a ampliao da oferta da educao no sistema

    prisional;

    IV - fortalecer a integrao da educao profissional e tecnolgica com a educao de jovens e adultos no

    sistema prisional;

    V - promover a formao e capacitao dos profissionais envolvidos na implementao do ensino nos

    estabelecimentos penais; e

    VI - viabilizar as condies para a continuidade dos estudos dos egressos do sistema prisional.

    Pargrafo nico. Para o alcance dos objetivos previstos neste artigo sero adotadas as providncias

    necessrias para assegurar os espaos fsicos adequados s atividades educacionais, culturais e de formao

    profissional, e sua integrao s demais atividades dos estabelecimentos penais.

    4. Coordenao e execuo do PEESP

    O PEESP ser coordenado e executado pelos Ministrios da Justia e da Educao.

    4.1. Responsabilidade do Ministrio da Educao na execuo do PEESP

    Compete ao Ministrio da Educao, na execuo do PEESP:

    I - equipar e aparelhar os espaos destinados s atividades educacionais nos estabelecimentos penais;

    II - promover a distribuio de livros didticos e a composio de acervos de bibliotecas nos

    estabelecimentos penais;

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins

    comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao da StartCon Sistema de Ensino Online.

    28

    III - fomentar a oferta de programas de alfabetizao e de educao de jovens e adultos nos

    estabelecimentos penais; e

    IV - promover a capacitao de professores e profissionais da educao que atuam na educao em

    estabelecimentos penais.

    4.2. Responsabilidade do Ministrio da Justia na execuo do PEESP

    Compete ao Ministrio da Justia, na execuo do PEESP:

    I - conceder apoio financeiro para construo, ampliao e reforma dos espaos destinados educao nos

    estabelecimentos penais;

    II - orientar os gestores do sistema prisional para a importncia da oferta de educao nos

    estabelecimentos penais; e

    III - realizar o acompanhamento dos indicadores estatsticos do PEESP, por meio de sistema informatizado,

    visando orientao das polticas pblicas voltadas para o sistema prisional.

    4.3. Participao dos entes federativos na execuo do PEESP

    O PEESP ser executado pela Unio em colaborao com os Estados e o Distrito Federal, podendo

    envolver Municpios, rgos ou entidades da administrao pblica direta ou indireta e instituies de

    ensino.

    Observaes:

    1) A vinculao dos Estados e do Distrito Federal ocorrer por meio de termo de adeso

    voluntria;

    2) A Unio prestar apoio tcnico e financeiro, mediante apresentao de plano de ao a ser

    elaborado pelos Estados e pelo Distrito Federal, do qual participaro, necessariamente, rgos com

    competncias nas reas de educao e de execuo penal.

    Esse plano de ao dever conter:

    I - diagnstico das demandas de educao no mbito dos estabelecimentos penais;

    II - estratgias e metas para sua implementao; e

    III - atribuies e responsabilidades de cada rgo do ente federativo que o integrar, especialmente

    quanto adequao dos espaos destinados s atividades educacionais nos estabelecimentos penais,

    formao e contratao de professores e de outros profissionais da educao, produo de material

    didtico e integrao da educao de jovens e adultos educao profissional e tecnolgica.

    3) Os Ministrios da Justia e da Educao analisaro os planos de ao referidos item

    anterior e definiro o apoio financeiro a partir das aes pactuadas com cada ente federativo.

    4) No mbito do Ministrio da Educao, as demandas devero ser veiculadas por meio do

    Plano de Aes Articuladas - PAR de que trata o Decreto no 6.094, de 24 de abril de 2007.

    Decreto no 6.094, de 24 de abril de 2007

    Art. 9o O PAR o conjunto articulado de aes, apoiado

    tcnica ou financeiramente pelo Ministrio da Educao, que visa

    o cumprimento das metas do Compromisso e a observncia das

    suas diretrizes.

    1o O Ministrio da Educao enviar ao ente selecionado

    na forma do art. 8o, 2o, observado o art. 10, 1o, equipe

    tcnica que prestar assistncia na elaborao do diagnstico da

    educao bsica do sistema local.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins

    comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao da StartCon Sistema de Ensino Online.

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    2o A partir do diagnstico, o ente elaborar o PAR, com

    auxlio da equipe tcnica, que identificar as medidas mais

    apropriadas para a gesto do sistema, com vista melhoria da

    qualidade da educao bsica, observado o disposto no art. 8o,

    3o e 4o.

    Art. 10. O PAR ser base para termo de convnio ou de

    cooperao, firmado entre o Ministrio da Educao e o ente

    apoiado.

    1o So requisitos para a celebrao do convnio ou termo

    de cooperao a formalizao de termo de adeso, nos moldes

    do art. 5o, e o compromisso de realizao da Prova Brasil.

    2o Os Estados podero colaborar, com assistncia tcnica

    ou financeira adicionais, para a execuo e o monitoramento dos

    instrumentos firmados com os Municpios.

    3o A participao dos Estados nos instrumentos firmados

    entre a Unio e o Municpio, nos termos do 2o, ser

    formalizada na condio de partcipe ou interveniente.

    Art. 11. O monitoramento da execuo do convnio ou

    termo de cooperao e do cumprimento das obrigaes

    educacionais fixadas no PAR ser feito com base em relatrios

    ou, quando necessrio, visitas da equipe tcnica.

    1o O Ministrio da Educao far o acompanhamento

    geral dos planos, competindo a cada convenente a divulgao da

    evoluo dos dados educacionais no mbito local.

    2o O Ministrio da Educao realizar oficinas de

    capacitao para gesto de resultados, visando instituir

    metodologia de acompanhamento adequada aos objetivos

    institudos neste Decreto.

    3o O descumprimento das obrigaes constantes do

    convnio implicar a adoo das medidas prescritas na

    legislao e no termo de cooperao.

    5) Para a execuo do PEESP podero ser firmados convnios, acordos de cooperao, ajustes ou

    instrumentos congneres, com rgos e entidades da administrao pblica federal, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios, com consrcios pblicos ou com entidades privadas.

    6) As despesas do PEESP correro conta das dotaes oramentrias an