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1 Departamento de Desenvolvimento Profissional INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA ProfªAdriana Valente e-mail: [email protected] Rio de Janeiro, 1º semestre de 2017. Rua 1º de Março, 33 Centro Rio de Janeiro/RJ Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 [email protected] www.crc.org.br

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Departamento de Desenvolvimento Profissional

INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

ProfªAdriana Valente

e-mail: [email protected]

Rio de Janeiro, 1º semestre de 2017.

Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 [email protected] – www.crc.org.br

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O presente material foi estruturado exclusivamente para aplicação da aula

Contabilidade Tributária no Conselho Regional de Contabilidade (CRCRJ).

A parte conceitual foi extraída, principalmente, da Constituição da

República Federativa do Brasil, do Código Tributário Nacional, de Leis,

Normas e de bibliografias consagradas sobre o Tema.

A reprodução textual é apenas um resumo, cuja finalidade é auxiliar na

fixação dos assuntos aqui abordados e na resolução dos exercícios

propostos.

Os exercícios foram extraídos de livros, periódicos e de bancas

organizadoras de concurso público.

Caso o aluno tenha interesse em aprofundar seus conhecimentos sobre

qualquer tema abordado neste material, recomenda-se a participação em

cursos específicos oferecidos pelo CRC/RJ e/ou leitura complementar.

Bom Estudo!

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1 ESTRUTURA DO CURSO

1.1 Objetivos

Transmitir aos participantes os conhecimentos básicos necessários para

apuração dos seguintes impostos: Imposto de Renda Lucro Real, Lucro

Presumido, Lucro Arbitrado, Retenção do Imposto de Renda na Fonte,

ICMS, ISSQN, PIS e COFINS.

1.2 Carga Horária

12 Horas/aula.

1.3 Metodologia

Exposição teórica com aplicação de exercícios práticos.

1.4 Programa

1. Contabilidade Tributária

2. Sistema Tributário Nacional

3. Princípios Constitucionais Tributários

4. Tributos, Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria

5. Impostos de Competência dos Entes da Federação

6. Apuração do Imposto de Renda pela Modalidade Lucro Real

7. Apuração do Imposto de Renda pela Modalidade Lucro Presumido

8. Apuração do Imposto de Renda pela Modalidade Lucro Arbitrado

9. Apuração do Imposto de Renda Retido na Fonte

10. Apuração do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias - ICMS

11. Apuração do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza –

ISSQN

12. PIS e COFINS

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1. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

1.1 Introdução

A Contabilidade Tributária possui como principais objetivos o estudo da

teoria e aplicação prática dos princípios e normas da legislação tributária.

É responsável pelo cumprimento das obrigações principais e acessórias

determinadas pela legislação fiscal, buscando proteger, dessa forma, a

empresa de sanções e penalidades determinadas pelo fisco.

Algumas atribuições da Contabilidade Tributária: cálculo dos impostos,

confecção da guia de recolhimento, escrituração dos livros fiscais,

cumprimento das obrigações acessórias, dentre outras.

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2. SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

2.1 Introdução

A Organização Política Administrativa da Republica Federativa do Brasil,

conforme previsto no art. 18 da Constituição Federal do Brasil – CF/1988

compreende:

a União;

os Estados;

o Distrito Federal; e

os Municípios.

Os entes da federação são todos autônomos, nos termos da Constituição.

No que concerne ao poder de tributar, o art. 145 da CF/88, dispõe que a

União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir

os seguintes tributos: Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria.

A Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966, Código Tributário Nacional – CTN,

dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de

direito tributário aplicáveis à União, ao Distrito Federal, aos Estados e aos

Municípios.

Art. 6º do CTN - A atribuição constitucional de competência tributária

compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações

contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis

Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto no

CTN.

Art. 2º - O Sistema Tributário Nacional é regido pelo disposto

na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, em leis

complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das

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respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis

estaduais, e em leis municipais.

Conforme Art. 96, do CTN - A expressão "legislação tributária"

compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os

decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em

parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

Art. 7º do CTN - A competência tributária é indelegável, salvo

atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar

leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária,

conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra.

Conforme o art. 97, do CTN, somente a lei pode estabelecer:

I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;

II - a majoração de tributos, ou sua redução.

III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal;

IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo;

V - a cominação (fixação) de penalidades para as ações ou omissões

contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;

VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos

tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.

Exclusão São causas ou fatos que inibem a ocorrência do crédito

tributário, motivados por promulgação de lei que determina a sua não

exigibilidade por parte do Estado (WIKIPÉDIA, 2009). Pode ocorrer antes

ou após a ocorrência do crédito tributário ( TRETTIN, 2007).

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Modalidades previstas: isenção – art 176 CTN, é a dispensa do tributo;

anistia- concedida por lei – exclui a infração; imunidade – proibição legal

de tributar; remissão – exclui o tributo em caso de catastrofes.

Suspensão É a ocorrência de normas tributária que paralisem

temporariamente a exigibilidade da execução do crédito tributário, O

crédito tributário continua a existir apenas sua cobrança não é realizado,

este fato, não exime o contribuinte do seu dever e de suas obrigações

(TRETTIN, 2007 p.63).

Extinção É o ato ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação

ou lançamento do crédito tributário, extingue a própria obrigação

tributária.

Imunidade e Isenção Tributária

Imunidade é a vedação constitucional destinadas às entidades políticas

que detêm a competência tributária, de tributar determinadas pessoas,

seja pela natureza jurídica que possuem, pelo tipo de atividade que

desempenham ou ainda ligadas a determinados fatos, bens ou situações.

Já a isenção, não é a vedação, mais sim a dispensa legal do pagamento

do tributo.

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3. PRINCIPIO CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

São exemplos de princípios constitucionais tributários, por Roberto

Rodrigues de Morais:

1) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, que veda expressamente à União

Federal, aos Estados Membros – aqui inserido o Distrito Federal – e aos

Municípios exigir ou aumentar tributos(e contribuições) sem lei que o

estabeleça

2) PRINCÍPIO DA ISONOMIA (ou igualdade), que proíbe tratamento

desigual aos contribuintes que se encontram em situação equivalente,

assim como qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou

função por eles exercida, independente da denominação jurídica dos

rendimentos, títulos ou direitos. Visa coibir discriminação entre os

cidadãos, sendo sagrada a sua observação e cumprimento por todos os

brasileiros. Inegociável na prática democrática (2).

3) PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE – Por este princípio ficou

vedado à cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos

antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentados.

4) PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – Tanto do exercício seguinte

como da nonagesimalidade, garantia ofertada aos contribuintes o

conhecimento das alterações tributárias ANTES de sua vigência. Veda a

cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro (no caso brasileiro,

mesmo ano) e antes de decorridos 90 (noventa) dias em que houver sido

publicada a lei que instituiu ou aumento tributos e/ou contribuições. O

exercício financeiro, no Brasil, corresponde ao ano civil, de 01 de janeiro a

31 de dezembro. O principal objetivo deste princípio é não surpreender os

contribuintes.

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5) PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA – Por este princípio

os Impostos, sempre que possível, terão caráter pessoal e serão

graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, sendo

facultado à administração tributária, especialmente para conferir

efetividade a esse princípio, identificar – respeitados os direitos individuais

e nos estritos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades

econômicas do contribuinte. Tem a finalidade de não tirar mais do que

pouco possuir ou aufere rendimentos; Não usurpar o necessário à

sobrevivência do cidadão. A progressividade de certos tributos é a forma

de se cumprir este princípio.

6) PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO CONFISCO – Este princípio

constitucional prescreve que é vedado à utilização do tributo com efeito de

confisco, ou seja, impedindo assim o Estado que, com o pretexto de

cobrar tributo, se aposse indevidamente de bens (aqui leia-se também

dinheiro) do contribuinte. Aqui se vale do princípio da razoabilidade (6).

7) PRINCÍPIO DA LIBERADE DE TRÁFEGO – Pouco badalado e

comentado, este princípio constitucional visa vedar ao Estado estabelecer

limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos

interestaduais ou intermunicipais, ressalvado a cobrança de pedágio pela

utilização de vias conservadas pelo poder público. A norma tem como

destinatário principal o legislador. É a liberdade de ir e vir em ação (7).

8) PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA DOS IMPOSTOS – Essência da

democracia, a transparência é dos impostos ficou assegurada por este

princípio constitucional, que prevê que a lei determinará medidas para que

os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam

sobre mercadorias e serviços. No caso brasileiro nosso Congresso Nacional

deixou os cidadãos órfãos da citada lei por 25 anos.

9) PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA – Com o fito de

promover a integralidade do território nacional, este princípio veda à

União Federal instituir tributo que NÃO seja uniforme em todo o território

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nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao

Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a

concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do

desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.

Iguala os estados, embora com diferentes dimensões econômicas ou

territoriais, como SP = AP ou AM = SE (9).

10) PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE – É o princípio de garante que a

tributação deve ser maior ou menor dependendo da essencialidade do

bem. Este princípio possui aplicação obrigatória quanto ao IPI e facultativa

para o ICMS e o IPVA. Neste último o princípio é visível, a cada ano,

quando da divulgação da tabela do IPVA vigente em cada exercício

financeiro.

11) PRINCÍPIO DA NÃO-DIFERENCIAÇÃO TRIBUTÁRIA – É o

princípio que veda aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios

estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer

natureza, em razão de sua procedência ou destino. A guerra fiscal entre

os Estados Membros da Federação fere, diretamente, este princípio.

12) PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE – Um dos mais

conhecidos princípios, quanto ao ICMS, ao IPI e aos Impostos Residuais

da União Federal, deve-se compensar o que for devido em cada operação

relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o

montante cobrado nas operações anteriores pelo mesmo ou outro Estado

Membro ou pelo Distrito Federal. É o mais popular dos princípios entre os

gestores tributários.

13) PRINCÍPIO DAS IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Este princípio

veda à União Federal, aos Estados Membros, ao Distrito Federal e aos

Municípios instituir impostos sobre: Patrimônio, renda ou serviços, uns dos

outros, templos de qualquer culto, de partidos políticos, inclusive suas

fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de

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educação e assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos

da lei, livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.

14) PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA – Segundo o ex-ministro do STF e

Tributarista renomado Hugo de Brito Machado, a entidade tributária há de

restringir sua atividade tributacional àquela matéria que lhe foi

constitucionalmente destinada, ou seja, obediência irrestrita à

Constituição Federal.

OBS: Conforme a Emenda Constitucional nº 42/2003, o Imposto de

Importação (II), Imposto de Exportação (IE) e Imposto sobre Operações

Financeiras (IOF), não estão sujeitos ao princípio da anterioridade:

Esses impostos, existentes em todos os países, têm a função de regular

o comércio internacional, sempre sujeito às oscilações

conjunturais. Por isso, acham-se livres do princípio da anterioridade

tributária, a fim de propiciar ao governo da União flexibilidade no

exercício do poder ordinatório, através desses impostos Nesse

sentido, em sendo instituídos ou majorados ambos os impostos acima

referidos, mesmo que através de Medida Provisória, sua eficácia será

imediata desde sua edição, independentemente de ser convertida em lei,

que de acordo com Eduardo Sabbag (2011, p. 122), “havendo uma

medida provisória que altere, por exemplo, as alíquotas de um imposto de

importação, a incidência da norma majoradora será de imediato,

independentemente da conversão em lei”

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4. TRIBUTOS

Conforme art. 3º, do CTN, TRIBUTO é: toda prestação pecuniária

compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa exprimir, que não

constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante

atividade administrativa plenamente vinculada.

Prestação pecuniária compulsória: Decorre da lei. Trata-se de

um dever de pagar o tributo, não depende da vontade.

Prestação que não constitua sanção de ato ilícito: o tributo é

oriundo de fatos lícitos.

Prestação instituída em lei: a obrigação existe apenas em virtude

de lei.

Prestação cobrada mediante atividade administrativa

plenamente vinculada: independe da oportunidade e conveniência

da administração pública.

Os Tributos representam: os impostos, as taxas e as contribuições de

melhorias.

Imposto: É um tributo cuja exigência não tem qualquer vínculo com

uma atividade específica do Estado. Esta é a característica que o

diferencia dos demais tributos. Exemplos: ICMS, ISS.

Taxa: Tem a característica de ser cobrada em razão do poder de polícia

ou pela utilização, efetiva ou potencial de serviços públicos, prestados

ao contribuinte ou postos à sua disposição. Exemplos: taxa de água, lixo,

esgoto, etc.

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O poder de polícia limita ou disciplina atividade de interesse público,

como os direitos individuais e coletivos, mercado, higiene, tranqüilidade

pública.

Contribuição de Melhoria: Será devida, no caso de valorização de

imóveis de propriedade privada, em virtude de obras públicas que

representa acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas

beneficiadas direta ou indiretamente por essas obras. Exemplos:

pavimentação, iluminação, construção e ampliação de parques, campos de

desportos, pontes, túneis e viadutos, etc.

Contribuições Especiais: Também chamadas de Contribuição

Social ou Parafiscais, estão previstas nos artigos 149 e 149-A da

Constituição Federal, sendo tributos cuja característica principal é a

finalidade para a qual é destinada sua arrecadação. Podem ser: sociais, de

intervenção no domínio econômico, de interesse de categorias econômicas

ou profissionais e para custeio do serviço de iluminação pública (COSIP).

As contribuições especiais possuem finalidade e destino certo, definidos na

lei que institui cada contribuição.

Elementos Fundamentais que representam a obrigação tributária é a lei, o

objeto e o fato gerador.

A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador

da respectiva obrigação, sendo irrelevante para qualificá-la:

I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;

II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

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Sujeito Ativo (Art. 119. da Lei 5.172 de 25/10/1966): É a pessoa jurídica

de direito público, titular da competência para exigir o seu

cumprimento a União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Sujeito Passivo (Art. 121. da Lei 5.172 de 25/10/1966): É a pessoa

obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária,

podendo ser pessoa física e jurídica.

Fato Gerador: É a concretização da hipótese de incidência tributária

prevista em abstrato na lei, que gera (faz nascer) a obrigação tributária.

Exemplos:

Prestar serviços – ISS

Fazer circular mercadorias – ICMS

Receber renda – IR

Propriedade de automóvel - IPVA

O fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como

necessária e suficiente à sua ocorrência.

O fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma

da legislação aplicável, impõe à prática ou a abstenção de ato que não

configure obrigação principal.

Tributos Vinculados e não Vinculados

Vinculados: O tributo é pago vinculado a um serviço já prestado

ou a prestar. Exemplos: taxas, contribuição de melhoria e

contribuições sociais (INSS, PIS, COFINS e CSLL).

.

Não vinculados: Os Impostos, pois independe de qualquer

atividade estatal relacionada ao contribuinte.

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Os impostos são classificados em diretos e indiretos

Diretos: São os impostos que os governos (federal, estadual e municipal)

arrecadam sobre o patrimônio (bens) e renda (salários, aluguéis,

rendimentos de aplicações financeiras) dos trabalhadores. São

considerados impostos diretos, pois o governo arrecada diretamente dos

cidadãos.

Ex.: IR, IPTU, IPVA

Indiretos: São os impostos que incidem sobre os produtos e serviços que

as pessoas consomem. São cobrados de produtores e comerciantes,

porém acabam atingindo indiretamente os consumidores, pois estes

impostos são repassados para os preços destes produtos e serviços.

EX.: ICMS, IPI, ISS.

Impostos sobre a renda, patrimônio e consumo

Imposto sobre a renda: São os considerados sobre o produto do

capital, do trabalho e da combinação de ambos. Exemplos:

Contribuição social sobre o lucro, imposto de renda.

Imposto sobre o patrimônio: Cobrado sobre o Patrimônio das

pessoas físicas e jurídicas. Exemplo: IPTU, IPVA, ITBI.

Imposto sobre o consumo: São considerados os que incidem sobre

a cadeia produtiva. Exemplos: IPI, ICMS, ISS, PIS, COFINS.

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Elisão e Evasão Fiscal são duas formas de evitar o pagamento

de tributos.

A evasão fiscal é o uso de meios ilícitos para evitar o pagamento

de taxas, impostos e outros tributos. Entre os métodos usados para evadir

tributos estão a omissão de informações, as falsas declarações e a

produção de documentos que contenham informações falsas ou

distorcidas, como a contratação de notas fiscais, faturas, duplicatas etc.

A elisão fiscal configura-se num planejamento que utiliza métodos legais

para diminuir o peso da carga tributária num determinado orçamento.

Respeitando o ordenamento jurídico, o administrador faz escolhas prévias

(antes dos eventos que sofrerão agravo fiscal) que permitem minorar o

impacto tributário nos gastos do ente administrado.

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5. IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS ENTES DA FEDERAÇÃO

Compete à União instituir impostos sobre (Art. 153)

I - importação de produtos estrangeiros; II

II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

IE

III - renda e proventos de qualquer natureza;

IV - produtos industrializados; IPI

V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou

valores mobiliários; IOF

VI - propriedade territorial rural; ITR

VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. IGF

Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre

(Art. 155)

I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

ITCMD

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre

prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e

de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no

exterior; ICMS

III - propriedade de veículos automotores. IPVA

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Compete aos Municípios instituir impostos sobre (Art. 156)

I - propriedade predial e territorial urbana; IPTU

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens

imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis,

exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; ITBI

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, da

CRFB, definidos em lei complementar. ISSQN

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Exercícios Sobre Competência para Instituir Impostos

1. Considere os seguintes impostos:

I - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

II - Imposto sobre importação de produtos estrangeiros - II

III - Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana - IPTU

IV - Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e

sobre prestações de serviços de transporte interestadual, internacional e

de comunicação - ICMS.

V - Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros, ou relativo a

títulos ou valores mobiliários – IOF.

Assinale, na tabela abaixo, a opção que apresenta corretamente a

relação entre cada imposto e a esfera governamental responsável por sua

cobrança:

FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

(A) I IV e V II e III

(B) III I e II IV e V

(C) I e V III e IV II

(D) II e V I e III IV

(E) I, II e V IV III

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A seguir são listadas as principais alterações na legislação tributária

para 2017, que podem impactar no dia a dia da sua empresa:

IPI: Nova TIPI 2017 – Decreto nº 8.950 de 29/12/2016. O Governo Federal

aprovou a nova Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados

(TIPI), com validade a partir de 2017.

ECD: Novas regras para substituição do arquivo – Com a publicação

da Instrução Normativa RFB nº 1679, de 27/12//2016, de acordo com as novas

regras da , depois de autenticados somente poderão ser substituídos os livros

que contenham erros que não possam ser corrigidos por meio de lançamentos

extemporâneos, nos termos das Normas Brasileiras de Contabilidade.

ISS: Alteração de regras e lista de serviços – Lei Complementar nº 157 de

29/12/2016. Essa Lei Complementar estabeleceu alíquota mínima de 2% para o

ISS, manteve cobrança do imposto para as operações de franquia e incluiu vários

serviços na lista da Lei Complementar nº 116 de 31/07/2003.

DIFAL: Emenda Constitucional nº 87, de 16/04/2015, altera o § 2º do Art.

155 da Constituição Federal e inclui o Art. 99 no Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias – Alteração da partilha entre as unidades da

Federação.

Ganho de Capital: Alíquota será maior para empresas optantes pelo Simples

Nacional, conforme regulamentado pela Lei nº 13.259 de 16/03/2016.

ECD: Será exigida das empresas Optantes pelo Simples Nacional - Resolução

CGSN nº 131 de 06/12/2016 - A pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional

na condição de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) que

receber aporte de capital deverá manter Escrituração Contábil Digital (ECD).

DIRF 2017: Prazo de entrega 15/02/2017 - Regulamentado pela Instrução

Normativa RFB nº 1671 de 22/11/2016.

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Inativas e Empresas do Simples Nacional devem apresentar a

DCTF: Devido à publicação da Instrução Normativa RFB nº 1646, de

30/05/2016, a partir do ano-calendário de 2017, todas as informações relativas

à inatividade deverão ser informadas apenas na Declaração de Débitos e Créditos

Tributários Federais (DCTF).

Bloco K: Alterado o calendário de início da obrigatoriedade - Ajuste SINIEF 25,

09/12/2016, que dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital (EFD).

CEST: Obrigatório a partir de 1º de julho de 2017 - Regulamentado

pelo Convênio ICMS 90 de 12/09/2016.

Mostruário e treinamento: Operação ganhou CFOP específico - Ajuste SINIEF

18, de 09/12/2016, estendeu a utilização de CFOPs, até então utilizados apenas

nas operações de remessa e retorno de mercadorias ou bens em demonstração,

para as operações de mostruário e treinamento.

NF-e– CT-e: Emissor gratuito será fornecido pelo SEBRAE - A Secretaria da

Fazenda do Estado de São Paulo firmou parceria com o Serviço Brasileiro de

Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) para atender uma parcela de

contribuintes que ainda utiliza os emissores gratuitos de Nota Fiscal Eletrônica

(NF-e) e do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e).

A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ-SP) transferirá

ao SEBRAE a solução gratuita e, a partir de julho de 2017, a instituição passará a

disponibilizar e atualizar as versões do aplicativo para as empresas. Até essa

data a SEFAZ-SP manterá o aplicativo em funcionamento.

Débitos Federais de pessoas físicas e jurídicas poderão ser liquidados

por meio do PRT: Com a publicação da Medida Provisória nº 766, de

04/01/2017, poderão ser quitados os débitos de natureza tributária ou não

tributária vencidos até 30/11//2016, de pessoas físicas e jurídicas, inclusive

objeto de parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos, em discussão

administrativa ou judicial, ou ainda provenientes de lançamento de ofício

efetuados após a publicação da Medida Provisória, desde que o requerimento se

dê no prazo estabelecido nesta norma.

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SEFAZ-SP

ICMS: Governo do Estado de São Paulo regulamenta pacote de medidas de

incentivo aos contribuintes -Decreto nº 62.312, Decreto nº 62.313, Decreto

nº 62.314 e Decreto nº 62.315, esses de 16/12/2016.

Os referidos decretos têm o objetivo de viabilizar e de facilitar a utilização de

saldo credor do ICMS passível de apropriação nos termos do Artigo 71 do

Regulamento do ICMS (RICMS/2000) e do Crédito Acumulado doICMS já

apropriado nos termos da legislação de regência, quando destinados à realização

de investimento para modernização, ampliação de planta industrial ou

construção de novas fábricas, desenvolvimento de novos produtos ou ampliação

dos negócios neste Estado.

SEFAZ-SP: Alteradas as regras para redução da carga tributária de produtos

listados no Artigo 34 do Anexo II do RICMS/2000. O governo do Estado, por

meio do Decreto nº 62.386, de 27/12/2016 alterou as regras de redução da base

de cálculo do ICMS nas saídas internas de perfumes, cosméticos e produtos de

higiene pessoal realizadas por fabricante e atacadista.

ICMS-ST: Procedimentos para ressarcimento a partir de 2017 em São Paulo - A

partir de 2017 os contribuintes paulistas substituídos tributários devem solicitar

ressarcimento de ICMS Substituição Tributária (ICMS-ST) mediante os

procedimentos estabelecidos na Portaria CAT 158 de 28/12//2015.

Fique atento às alterações de regras; alíquota do ICMS e Fundo de Erradicação e

Combate à Pobreza junto aos estados. No que tange aos documentos eletrônicos

(NF-e, NFC-e e CT-e) acompanhe as novas regras e versões de validação.

Fonte: Siga o Fisco.

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6. IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS - IRPJ

Conforme a CFRB/88, o Imposto sobre a renda possui as seguintes

características:

Generalidade: Toda e qualquer forma de renda ou provento

Universalidade: Todos que auferirem renda

Progressividade: Cobra-se mais de quem tem mais e vice- versa

A pessoa jurídica é tributada de acordo com as seguintes

modalidades:

Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Simples Nacional

Período de apuração:

Lucro Real – Trimestral ou Mensal (Estimado)

Lucro Presumido - Trimestral

Lucro Arbitrado - Trimestral

Simples Nacional – Mensal

O que é ECD?

A Escrituração Contábil Digital (ECD) é parte integrante do projeto SPED e tem por objetivo a substituição da escrituração em papel pela escrituração transmitida via arquivo, ou seja, corresponde à obrigação de transmitir, em versão digital, os seguintes livros: I - Livro Diário e seus auxiliares, se houver; II - Livro Razão e seus auxiliares, se houver; III - Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos (Sped).

“A exigência da ECD para a ME e EPP é mais um avanço na complexidade das obrigações acessórias, que promete contribuir para distanciar o Simples Nacional do seu propósito inicial”.

24

6.1 Lucro Real – Apuração Trimestral

Conceito

O Lucro Real é o resultado (Lucro ou Prejuízo) do período de apuração

(antes de computar a provisão para o imposto de renda), ajustado pelas

adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela

legislação do imposto sobre a renda.

Verifica-se de imediato que, como ponto de partida para determinação

do lucro real é o resultado líquido apurado na escrituração

comercial. As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real são

obrigadas a mantê-la em boa ordem e guarda, com a estrita observância

das leis comerciais e fiscais e dos princípios contábeis geralmente aceitos.

Estão obrigadas à tributação com base no Lucro Real, as pessoas

jurídicas:

Até 31/12/2013 – R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões). A

partir de 01/01/2014 - Receita bruta igual ou superior a R$

78.000.000 (setenta e oito milhões), e proporcional de R$

6.500.000 (seis milhões e quinhentos mil reais);

Cujas atividades sejam bancos comerciais, bancos de investimentos,

bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de

créditos, financiamentos e investimentos, sociedades de crédito

imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e

câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de

arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de

seguros privados e de capitalização e entidades de previdência

privada aberta;

25

Que tiverem lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do

exterior;

Notas:

Não confundir rendimentos ou ganhos de capital oriundos do

exterior com receitas de exportação. As exportadoras podem optar

pelo Lucro Presumido, desde que não estejam nas hipóteses de

vedação. A restrição deste item alcança aquelas empresas que

tenham lucros gerados no exterior (como empresas Offshore, filiais

controladas e coligadas no exterior, etc.).

A prestação direta de serviços no exterior (sem a utilização de filiais,

sucursais, agências, representações, coligadas, controladas e outras

unidades descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam

assemelhadas) não obriga á tributação do lucro real.

Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de

benefícios fiscais relativos à isenção ou redução de impostos;

Nota: como exemplo de benefícios fiscais: o

programa BEFIEX (isenção do lucro de exportação), redução do IR

pelo Programa de Alimentação do Trabalhador, projetos incentivados

pela SUDENE e SUDAM, etc.

Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado

pagamentos mensal por estimativa ou tenham reduzido ou

suspendido o pagamento mensal por estimativa, mediante

levantamento do balanço ou balancete específico para esse fim;

Nota: o regime de estimativa é a opção de pagamento mensal,

estimado, do Imposto de Renda, para fins de apuração do Lucro Real

26

em Balanço Anual.

Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de

serviços de assessoria de crédito, seleção e riscos,

administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos

creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação

de serviços (factoring).

Notas:

1ª As pessoas jurídicas que não se enquadrarem nas hipóteses acima

poderão optar, por ocasião do pagamento do imposto correspondente

ao 1º trimestre do ano-calendário em vigor, pela tributação com base

no lucro presumido.

2ª considera-se receita bruta total, para fins de determinação do limite

referido, o somatório:

a) receita bruta total;

b) demais receitas e ganhos de capital;

c) ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados

de renda variável;

d) rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de

renda fixa;

e) parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas

vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder

ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da

Instrução Normativa SRF nº 38, e 30/04/1997.

27

3ª os agentes autônomos de seguros (corretores de seguros) não são

considerados instituições financeiras e, portanto, não são obrigados à

tributação com base no Lucro Real.

4ª a pessoa jurídica que auferir receita de exportação de mercadorias

e/ou prestação direta de serviços ao exterior não está enquadrada na

hipótese já mencionada, ou seja, lucros, rendimentos e ganhos de capital

oriundos do exterior.

Lucro Contábil e Lucro Fiscal/Real

Lucro Contábil – É o lucro líquido do exercício apurado de acordo com

Práticas Contábeis Brasileiras.

Lucro Fiscal/Real – É o lucro apurado após adições, exclusões e

compensações permitidas pela legislação tributária. Constitui-se base de

cálculo para o pagamento do imposto de renda com base no lucro real.

Condições de Dedutibilidade dos Custos e Despesas

Para que um custo ou uma despesa possa ser considerado dedutível, é

necessário o atendimento das seguintes condições (art. 299 – RIR 99):

*Ser necessário para a atividade da empresa e a manutenção da

respectiva fonte produtora de receitas.

28

* Ser normal e usual.

* Estar documentado e devidamente contabilizado.

* Não constituir inversão de capital. (aquisição de bens de capital -

Ex. imobilizado)

OBS.: A despesa é dedutível no regime de competência, ou seja, no

momento em que é considerada incorrida – quando ocorre o fato gerador

– independe de pagamento.

Apuração do Lucro Fiscal/Real

Exemplo:

Lucro antes do Imposto de Renda (LAIR)

(+) Adições ao Lucro Líquido

(-) Exclusões ao Lucro Líquido

(=) Lucro antes da Compensação do Prejuízo Fiscal

(-) Compensação do Prejuízo Fiscal

(=) Lucro Real ou Lucro Tributável

Adições – são despesas realizadas (contabilizadas) pelas empresas, mas

não consideradas como dedutíveis para apuração da base de cálculo

para pagamento do Imposto de Renda. Exemplo: multa de trânsito.

Exclusões – são as receitas auferidas (contabilizadas) pelas empresas,

mas que não são tributadas pela legislação. Exemplo: dividendos

recebidos pela participação societária em outras empresas avaliadas pelo

Método do Custo.

Compensações – A legislação admite que, prejuízos fiscais apurados

anteriormente possam ser compensados com lucros futuros. Essa

compensação está limitada a 30% (trinta) do lucro fiscal apurado no

período base.

29

Notas:

I. O Prejuízo Fiscal não poderá ser compensado se, entre a data da

apuração e da compensação do prejuízo fiscal, ocorrer, cumulativamente,

modificação do controle societário e modificação do ramo de atividade.

II. Não há prazo para prescrição do Prejuízo Fiscal.

Parte B – controla as diferenças temporárias, ou seja, todos os

lançamentos que podem afetar a base fiscal de períodos posteriores.

Assim, todas as despesas que representem adições temporárias devem

ser registradas na parte B, pois em algum período seguinte, esta

despesa será dedutível para fins fiscais e, com o adequado controle na

parte B , a exclusão pode ser feita sem nenhuma preocupação.

Exemplos de resultados passivos de controle na parte B: Prejuízos a

Compensar, Depreciação Acelerada Incentivada.

Adições e Exclusões Temporárias – são consideradas, na pratica como

despesas dedutíveis e receitas tributadas, mas apenas nos próximos

períodos.

Alguns exemplos de Adições definitivas e temporárias, para

apuração do Lucro Real:

Adições Definitivas - Uma despesa que não é aceita agora, nem será

num período futuro. Representam despesas não necessárias às

operações, tais como: multas fiscais não compensatórias, multa de

trânsito, despesas particulares de diretores, resultado de equivalência

patrimonial (despesas), despesas com brindes.

OBS.: As multas por infrações fiscais, como regra geral, não são

dedutíveis como custo ou despesa operacional. Entretanto, poderão ser

30

dedutíveis as multas de natureza compensatória e as impostas por

infrações de que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de

tributo (RIR/1999, art. 344, §5 o ).

A multa de natureza compensatória destina-se a compensar o sujeito

ativo da obrigação tributária pelo prejuízo suportado em virtude do atraso

no pagamento que lhe era devido. É penalidade de caráter civil, posto que

comparável à indenização prevista no direito civil. Em decorrência disso,

nem a própria denúncia espontânea é capaz de excluir a responsabilidade

por esses acréscimos, usualmente chamados moratórios.

Porém, nem todos os acréscimos moratórios previstos na legislação

tributária podem ser considerados compensatórios. A multa moratória

somente terá natureza compensatória quando, cumulativamente,

preencher as seguintes condições:

Adições Temporárias - Uma despesa que não é aceita pelo fisco num

período, por não reencher determinados requisitos, que será preenchido

em outro período. Representa provisões (contingências trabalhistas e

outras), exceto provisões para férias, 13º salário e técnicas,

Exclusão Definitiva - Uma receita que não é tributada agora nem será

tributada em períodos futuros. Exemplos: Receita auferida pela

Equivalência Patrimonial, Receita de dividendos recebidos pela

avaliação do investimento pelo método de custo.

Exclusão Temporária - Uma despesa que o fisco aceita como dedução

fiscal antes do seu reconhecimento contábil, representará uma

dedução antecipada do IR devido, gerando um ajuste extracontábil no

LALUR, para reduzir o lucro tributável. Quando ocorrer o efetivo

registro na contabilidade, esta despesa não poderá ser aceita pelo fisco,

31

uma vez que já foi considerada dedutível no período anterior. Exemplo:

Despesa com a exploração do petróleo cru, mesmo antes de

registrar a despesa.

Alíquotas Aplicáveis para o cálculo do Imposto de Renda (IR) e

Adicional de Imposto de Renda.

IR – 15%

Adicional – 10%

Adicional do Imposto de Renda

Representa a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$

60.000,00 (sessenta mil reais), no trimestral e R$ 240.000,00 para

apuração anual. No caso de início de atividades, o limite trimestral será

proporcional ao número de meses, ou seja, R$ 20.000,00 (vinte mil

reais).

Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL

A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída

pela Lei 7.689/1988.

Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento

estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a

base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei 8.981,

de 1995, artigo 57).

A pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado deverá

recolher a Contribuição Social sobre o Lucro pela modalidade escolhida de

tributação.

Não é possível, por exemplo, a empresa optar por recolher o IRPJ

pelo Lucro Real e a CSLL pelo Lucro Presumido.

32

Alíquota - 9%

Base de Cálculo: É o lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e

compensações previstas na legislação.

O mesmo procedimento, aplicado para apuração da base de cálculo do IR,

será aplicado para o cálculo da CSLL. Assim, quando do cálculo desse

imposto, haverá também adições e exclusões, compensações que serão

controladas.

Caso haja em algum período base de cálculo negativa da CSLL, está

poderá ser compensada em períodos futuros, limitada ao máximo de

30% do lucro líquido ajustado. Não existe prazo de prescrição para a

compensação.

Prazo Para Pagamento

O Imposto de Renda devido e a Contribuição Social, apurados

trimestralmente, serão pagos em quota única, até o último dia útil do mês

subseqüente ao do encerramento do período de apuração.

À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três

quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três

meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que

corresponder, observado o seguinte:

a) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o

imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em

quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento

do período de apuração;

33

b) as quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa

Selic, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês

subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia

do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do

pagamento.

RESUMO

O lucro real será determinado a partir do lucro líquido do período de

apuração, obtido na escrituração comercial (antes da provisão para o

imposto de renda) e demonstrado no Lalur, observando-se que:

1) serão adicionados ao lucro líquido:

a) os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e

quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido

que, de acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na

determinação do lucro real (exemplos: resultados negativos de

equivalência patrimonial; custos e despesas não dedutíveis);

b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores

não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a

legislação tributária, devam ser computados na determinação do

lucro real (exemplos: ajustes decorrentes da aplicação dos métodos

dos preços de transferência; lucros auferidos por controladas e

coligadas domiciliadas no exterior);

2) poderão ser excluídos do lucro líquido:

a) os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária

e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do

período de apuração (exemplo: depreciação acelerada incentivada);

b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores

incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a

34

legislação tributária, não sejam computados na determinação do

lucro real (exemplos: resultados positivos de equivalência

patrimonial; dividendos);

3) poderão ser compensados, total ou parcialmente, à opção do

contribuinte, os prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores,

desde que observado o limite máximo de trinta por cento do lucro líquido

ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação tributária. O

prejuízo compensável é o apurado na demonstração do lucro real de

períodos anteriores e registrado no Lalur (Parte B).

Como são apurados, controlados e compensados os prejuízos

fiscais não operacionais?

Os prejuízos não-operacionais apurados somente poderão ser

compensados nos períodos subsequentes ao da sua apuração (trimestral

ou anual) com lucros da mesma natureza, observado o limite de 30%

(trinta por cento) do referido lucro.

Conforme a IN SRF nº 11, de 1996, art. 36, os resultados não

operacionais de todas as alienações de bens do ativo permanente

ocorridas durante o período de apuração deverão ser apurados

englobadamente entre si.

No período de apuração de ocorrência de alienação de bens do ativo

permanente, os resultados não operacionais, positivos ou negativos,

integrarão o lucro real.

A separação em prejuízos não operacionais e em prejuízos das demais

atividades somente será exigida se, no período, forem verificados,

35

cumulativamente, resultados não operacionais negativos e lucro real

negativo (prejuízo fiscal).

Verificada esta hipótese, a pessoa jurídica deverá comparar o prejuízo não

operacional com o prejuízo fiscal apurado na demonstração do lucro real,

observado o seguinte:

a) se o prejuízo fiscal for maior, todo o resultado não operacional negativo

será considerado prejuízo fiscal não operacional e a parcela excedente

será considerada, prejuízo fiscal das demais atividades;

b) se todo o resultado não operacional negativo for maior ou igual ao

prejuízo fiscal, todo o prejuízo fiscal será considerado não operacional. Os

prejuízos não operacionais e os decorrentes das atividades operacionais

da pessoa jurídica deverão ser controlados em folhas específicas,

individualizadas por espécie, na parte B do Lalur, para compensação, com

lucros da mesma natureza apurados nos períodos subsequentes.

O valor do prejuízo fiscal não operacional a ser compensado em cada

período-base subsequente não poderá exceder o total dos resultados não

operacionais positivos apurados no período de compensação.

A soma dos prejuízos fiscais não operacionais com os prejuízos

decorrentes de outras atividades da pessoa jurídica, a ser compensada,

não poderá exceder o limite de 30% (trinta por cento) do lucro líquido do

período-base da compensação, ajustado pelas adições e exclusões

previstas ou autorizadas pela legislação do imposto de renda.

No período-base em que for apurado resultado não operacional positivo,

todo o seu valor poderá ser utilizado para compensar os prejuízos fiscais

não operacionais de períodos anteriores, ainda que a parcela do lucro real

36

admitida para compensação não seja suficiente ou que tenha sido apurado

prejuízo fiscal.

Neste caso, a parcela dos prejuízos fiscais não operacionais compensados

com os lucros não operacionais que não puder ser compensada com o

lucro real, seja em virtude do limite de 30% (trinta por cento) ou de ter

ocorrido prejuízo fiscal no período, passará a ser considerada prejuízo das

demais atividades, devendo ser promovidos os devidos ajustes na parte B

do Lalur;

37

Exercícios - Apuração do Imposto de Renda Lucro Real

1. O Imposto de Renda é um imposto:

a) de competência residual;

b) indireto;

c) de competência comum;

d) direto.

2. Em face da Constituição Federal, o imposto sobre a renda e

proventos de qualquer natureza tem as seguintes características:

a) universalidade e progressividade;

b) generalidade e seletividade;

c) comutatividade e essencialidade;

d) não-cumulatividade e seletividade;

e) progressividade e seletividade.

3. As alíquotas aplicáveis sobre a base de cálculo apurada na

forma do lucro real, presumido ou arbitrado, para determinar o

imposto de renda e a contribuição social devido pela pessoa

jurídica em cada período-base, a partir do ano-calendário de 1996

é:

(A) 27,5% e 8% (B) 19,0% e 12% (C) 1,2%; e 15%

(D) 15,0% e 9% (E) 4,8%. e 12%

38

4. Com base nas informações abaixo, calcule e contabilize e IR e

a CSLL na modalidade de Lucro Real trimestral.

PARTE A DO LALUR

Trimestres Jan a mar Abr a Jun Jul a Set Out a

Dez

LAIR (lucro contábil) 1.000 1.000 1.000 1.000

(+) Adições 200 100 400 1.000

(-) Exclusões (400) (1.500) (200) (600)

(=) Resultado antes da

compensação do prejuízo

fiscal

800 (400) 1.200 1.400

(-) Compensação do

prejuízo Fiscal

- -

Resultado Real/Fiscal

IR 15%

Adicional de IR 10%

Despesa com IR

39

Controle do Prejuízo Fiscal = PARTE B DO

LALUR

Valores

Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

Trimestres

Jan a mar

Abr a Jun

Jul a Set

Out a Dez

LAIR 1.000 1.000 1.000 1.000

(+) Adições 200 100 400 1.000

(-) Exclusões (400) (1.500) (200) (600)

(=) Resultado antes da

compensação

800 (400) 1.200 1.400

(-) Compensação da Base de

Cálculo Negativa

(=) Base de Cálculo

CSLL

40

Controle da Base de Cálculo Negativa da CSLL Valores

5. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/2-2012/Q.49) Uma sociedade

anônima que iniciou suas atividades em março de 2014, sujeita à

tributação pelo lucro real e optante pela tributação em bases trimestrais,

informou um lucro, no primeiro trimestre/2014, apurado na parte “A” do

LALUR, de R$ 300.000,00.

Considerando exclusivamente as informações recebidas e as

determinações da legislação tributária vigente, o imposto de renda devido

por essa sociedade, em reais, é

(A) 45.000,00 (B) 69.000 (C) 71.000,00 (D) 73.000,00 (E) 75.000,00

41

6. (Fundação Cesgranrio/com adaptações) Uma empresa tributada

pelo lucro real fez a opção do pagamento trimestral para o ano de 2012.

Obteve lucro tributável de R$ 300.000,00 no primeiro trimestre, de R$

150.000,00 no segundo trimestre, apresentou prejuízo fiscal no terceiro

trimestre de R$ 100.000,00 e resultado positivo no quarto trimestre de R$

200.000,00. Assim, terminou o ano com um resultado fiscal de R$

550.000,00.

Considerando as informações acima, o total de Imposto de Renda a ser

pago pela empresa, referente ao ano de 2012, em reais, será:

(A) 119.500,00 (B) 129.500,00 (C) 137.000,00

(D) 141.500,00 (E) 147.500,00

42

RESOLUÇÃO

Trimestres Jan a mar Abr a Jun Jul a Set Out a Dez

LAIR (lucro contábil)

(+) Adições

(-) Exclusões

Resultado antes da

Compensação do PF

Compensação do PF

Base de Cálculo do IR

Alíquota – 15%

Adicional do IR

Despesa com IR

7. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/Q.44) Os contribuintes sujeitos à

Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) são as pessoas jurídicas

domiciliadas no Brasil, bem como aquelas que a elas são equiparadas pela

legislação fiscal do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (RIR/1999).

O fato gerador da CSLL, nos termos da Constituição Federal/1988, é o(a)

(A) lucro (B) receita bruta (C) receita líquida (D) venda de mercadorias

(E) venda de mercadorias e serviços

43

8. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/Q. 45) O Imposto de Renda de

uma pessoa jurídica, com mais de dez anos de atividades ininterruptas,

tributada pelo lucro real, optante pelo lucro real trimestral, será

determinado pela aplicação da alíquota de 15% sobre o lucro

(A) antes do imposto de renda, apurado na demonstração do resultado,

acrescido de R$ 240.000,00.

(B) líquido contábil ajustado por adições e subtrações, deduzido da

compensação de prejuízos fiscais, mais 10% sobre o imposto excedente a

R$ 20.000,00.

(C) real, apurado no LALUR, menos 10% aplicados sobre R$ 240.000,00.

(D) real, apurado no LALUR, mais 10% aplicados sobre o lucro que

exceder a R$ 60.000,00.

(E) real, apurado no LALUR, mais 10% sobre o lucro excedente a R$

240.000,00.

9. Analise as afirmações a seguir em relação às formas de

tributação sobre o lucro.

I - Uma empresa com receita total no valor de 50 milhões de reais, em

2004, sendo 5% oriunda de resultado positivo, com participação em

controladas (MEP), será obrigada a utilizar, em 2005, o lucro real como

forma de tributação sobre o lucro, estando impedida de utilizar o lucro

presumido em 2005, mesmo que a receita total fique abaixo de 48

milhões de reais nesse ano.

II - No lucro real, o prejuízo fiscal apurado poderá ser compensado nos

anos seguintes, mas com limitação de 30% da soma algébrica de receitas

e despesas apuradas na contabilidade, sem qualquer ajuste de adições ou

exclusões.

44

III - A empresa que vender seus produtos ao exterior, ainda que através

de empresa comercial exportadora, estará, automaticamente, obrigada ao

lucro real, qualquer que seja sua receita total no ano anterior.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões):

(A) I

(B) II

(C) I e II

(D) I e III

(E) II e III

10. Determinada empresa comercial iniciou suas atividades em

janeiro de 2013, sendo tributada pelo lucro real trimestral. No

primeiro trimestre, apresentou prejuízo contábil de R$ 15.000,00,

com despesas não dedutíveis no valor de R$ 1.000,00 incluídas no

resultado. No 2o trimestre, obteve lucro contábil de R$ 90.000,00,

incluindo receitas não tributáveis de R$ 10.000,00. Considerando

as alíquotas vigentes no país (alíquota básica de 15% e adicional

de 10% sobre a parcela que ultrapassar R$ 240.000,00/ano ou R$

20.000,00/mês), o imposto de renda devido pela empresa

referente ao 2o trimestre, em reais, é:

(A) 9.600,00 (B) 9.900,00 (C) 10.000,00 (D) 10.500,00

(E) 15.500,00

45

1º TRIM 2º TRIM

RESULTADO CONTABIL (15.000) 90.000

46

Lucro Real Anual - Base Estimativa – Apuração Mensal

A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real,

alternativamente à sistemática de sua apuração trimestral, poderá optar

pelo pagamento mensal do imposto por estimativa e determinar o lucro

real apenas em 31 de dezembro do ano calendário.

Nota: A opção pelo pagamento por estimativa ou trimestral será

irretratável para todo o ano calendário e será manifestada com o

pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou no primeiro

trimestre.

Para cálculo do IR mensal, na modalidade de lucro estimado, será apurado

de acordo com o percentual definido pela legislação tributária para cada

atividade, conforme tabela abaixo:

Atividade Base para o

IR

Base para a

CSLL

Revenda de Combustíveis 1,6% 12%

Serviços hospitalares / transporte de cargas 8,0% 12%

Serviços com faturamento anual de até $ 120.000 16,0% 32%

Demais Serviços 32,0% 32%

Intermediação de negócios, administração de imóvel, locação de administração de bens

móveis.

32,0% 32%

Comércio e Indústria 8,0% 12%

OBS.: Empresas com mais de uma atividade aplica-se o % correspondente a

cada atividade.

47

Como a empresa somente apurará o imposto de renda no final do ano

calendário, a diferença entre o imposto devido e o somatório das

importâncias pagas por estimativa será:

a) se positivo, pago em quota única até o último dia do mês de março do

ano subseqüente, acrescido de juros equivalentes (juros Selic mais

1%)

b) se negativo, compensado com o imposto devido a partir do mês de

janeiro do ano-calendário subseqüente, assegurada a alternativa de

requerer a restituição do montante pago a maior.

Suspensão ou Redução do Imposto de Renda Apurado por

Estimativa

A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto

mensal por estimativa, caso demonstre que os valores já pagos,

correspondentes a meses anteriores, excedem o valor do imposto,

inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso,

através da elaboração de balanços ou balancetes levantados para tal fim.

48

Considere a seguinte situação hipotética:

Mês Base Mês de

Recolhimento

Imposto

Mensal – R$

Valor

Acumulado - R$

Valor a

Recolher – R$

Janeiro Fevereiro 3.500,00 3.500,00 3.500,00

Fevereiro Março 2.500,00 6.000,00 2.500,00

Março Abril 4.000,00 10.000,00 ?

Se a pessoa jurídica levantar balanço ou balancete em 31 de março

(01/01 A 31/03) e apurar imposto devido, por exemplo, de R$ 5.000,00,

ela não precisará efetuar em abril o recolhimento por estimativa de R$

4.000,00, relativo ao mês de março (suspensão), pois já pagou até março

a importância de R$ 6.000,00, superior ao devido com base no balanço ou

balancete.

Redução do Imposto

Caso o valor do imposto devido, apurado no balancete ou balanço, tivesse

sido de, por exemplo, R$ 7.500,00, a pessoa jurídica poderia recolher

apenas R$ 1.500,00 em abril (redução), em vez dos R$ 4.000,00

calculados por estimativa, pois já recolheu R$ 6.000,00 até março e

bastaria complementar a diferença em relação ao imposto devido, ou seja,

(R$ 7.500,00 – R$ 6.000,00 = R$ 1.500,00).

49

Exercícios - Cálculo do Imposto de Renda Estimado

1. Considere a seguinte situação:

A empresa Indústria, Comércio e Assistência Técnica de Aparelhos

Náuticos Ltda. (Icatan) está obrigada à tributação pelo lucro real, tendo

escolhido a opção da apuração de lucro real anual. Mensalmente, apura e

recolhe o Imposto de Renda com base em estimativa sobre suas receitas.

Com base nas informações abaixo, apure e contabilize o Imposto de

Renda a recolher, com base no lucro estimado de outubro de 2014,

considerando que as vendas de mercadorias sofrem tributação de 8% e os

serviços prestados são tributados em 32%.

Indústria

Comércio

Serviços

Receitas brutas (as vendas de mercadorias

incluem o IPI)

600.000,00 40.000,00

Deduções das receitas brutas

Imposto sobre produtos industrializados - 30.000,00

Imposto sobre circulação de mercadorias 102.600,00

Imposto sobre serviços 2.000,00

Vendas canceladas e devoluções 10.000,00

Descontos incondicionais 4.000,00

Total das deduções 146.600,00 2.000,00

Receita Liquida 453.400,00 38.000,00

50

Memória de cálculo do Imposto

de Renda

Lucro Real Anual

Vendas de

Mercadorias

Prestação de

Serviços

51

Memória de cálculo para csll

Lucro Real Anual

Vendas de

Mercadorias

Prestação de

Serviços

52

Considere as informações abaixo para responder às questões de

nºs 2 e 3.

A Zelote S/A apresentou as seguintes informações parciais, em reais,

referentes ao mês de janeiro de 2006:

Itens Valores (R$)

Receita de vendas 1.800.000,00

Receita de aplicações financeiras 50.000,00

IR na Fonte s/aplicações financeiras 10.000,00

Ganho de equivalência patrimonial 120.000,00

Ganhos de capital 80.000,00

2. Considerando-se as informações parciais recebidas da Cia.

Zelote e a legislação tributária do Imposto de Renda, aplicável à

apuração do Imposto de Renda por estimativa (antecipações

mensais em bases estimadas), o valor do Imposto de Renda,

apurado por estimativa, em janeiro, em reais, é

(A) 21.600,00 (B) 46.000,00 (C) 47.100,00 (D) 54.000,00

(E) 58.500,00

53

3. Considerando-se as informações parciais recebidas da Cia.

Zelote e a legislação tributária do Imposto de Renda, aplicável à

apuração da contribuição social sobre o Lucro Líquido por

estimativa (antecipações mensais em bases estimadas), o valor da

Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), apurado por

estimativa, no mês de janeiro, em reais, é

(A) 13.940,00 (B) 19.440,00 (C) 21.140,00 (D) 30.240,00

(E) 31.140,00

54

4.(Fundação Cesgranrio/FINEP/ Q. 34 e 35) Considere os dados a

seguir para responder às questões de nos 4 e 5.

A Companhia Comercial H. S/A é tributada pelo Lucro Real anual, com

antecipações mensais em bases estimadas.

Apresentou as seguintes informações, referentes às receitas auferidas no

mês de fevereiro/2011:

Venda de mercadorias R$ 250.000,00

Serviços prestados a terceiros R$ 75.000,00

Considerando-se as informações recebidas da Companhia Comercial H.

S/A e as determinações da legislação fiscal do Imposto de Renda, para as

empresas tributadas pelo Lucro Real com antecipação mensal em bases

estimadas, o valor do Imposto de Renda a recolher, referente ao mês de

fevereiro, em reais, é

(A) 4.500,00 (B) 6.600,00 (C) 9.000,00 (D) 15.600,00

(E) 24.000,00

55

Memória de cálculo do Imposto de Renda

Lucro Real Anual

Vendas de

Mercadorias

Prestação de

Serviços

5. (Fundação Cesgranrio/FINEP/Q.35) Considerando-se as

informações recebidas da Companhia H. S/A e as determinações da

legislação fiscal do Imposto de Renda, para as empresas tributadas pelo

Lucro Real com antecipação mensal em bases estimadas, o valor da

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) a recolher, referente ao

mês de fevereiro, em reais, é

(A) 3.510,00 (B) 4.860,00 (C) 5.400,00 (D) 22.500,00 (E) 28.800,00

Memória de cálculo Da CSLL Vendas de

Mercadorias

Prestação de

Serviços

56

6. Levando em consideração que o regime de tributação

adotado pelo contribuinte é o Lucro Real Anual com levantamento

mensal de balanços ou balancetes, para fins de suspensão ou

redução do imposto de renda, os lançamentos no LALUR devem ser

feitos:

(A) anualmente apenas, em caso de lucro;

(B) mensalmente apenas, em caso de lucro;

(C) anualmente apenas, em caso de prejuízo;

(D) mensalmente em caso de lucro ou prejuízo;

(E) anualmente em caso de lucro ou prejuízo.

7. A Companhia Comercial Sulca S/A, enquadrada na tributação

pelo lucro real, ao final de um determinado exercício social,

apresentou as seguintes informações:

Custo das Vendas 300.000,00

Despesa de Depreciação 25.000,00

Perdas com Créditos 10.000,00

Despesas Comerciais 100.000,00

Despesas Financeiras Líquidas 80.000,00

Dividendo recebido, Investimento Avaliado pelo Custo 8.000,00

Ganho na Venda de Imobilizado 15.000,00

Perda pelo Método da Equivalência Patrimonial 20.000,00

Vendas Líquidas 800.000,00

Considerando as determinações de apuração do lucro real, quais foram os

valores apurados, em reais, referentes ao lucro contábil (LAIR) e ao lucro

FISCAL/ real, respectivamente?

57

(A) 288.000,00 e 300.000,00

(B) 280.000,00 e 290.000,00

(C) 288.000,00 e 310.000,00

(D) 288.000,00 e 318.000,00

(E) 300.000,00 e 298.000,00

RESOLUÇÃO

CONTAS LUCRO CONTÁBIL

LUCRO FISCAL/REAL

58

8. A parcela do lucro que exceder o valor resultante da

multiplicação de vinte mil reais pelo número de meses do

respectivo período de apuração, se sujeita à incidência de

adicional de imposto de renda à alíquota de dez por cento. Esta

regra é usada sobre a(s) seguinte(s) forma(s) de tributação:

(A) lucro real, presumido e arbitrado;

(B) lucro real e presumido, apenas;

(C) lucro presumido e arbitrado;

(D) lucro real e arbitrado;

(E) lucro real.

9. Julgue os itens abaixo em certos ou errados:

a) exercício social é determinado espaço de tempo no final do qual os

contribuintes pessoas jurídicas são obrigados a apurar seus resultados e

preparar as demonstrações contábeis, para efeitos comerciais, tributários

e societários. O exercício social deve ter a duração de um trimestre, com

exceção do primeiro ano de existência da empresa;

b) a data do término do exercício social deve ser fixada no estatuto ou

contrato social da pessoa jurídica;

c) ano-calendário é o período de 12 meses consecutivos, compreendido do

dia 1º de janeiro a 31 de dezembro, sendo que a legislação do Imposto de

Renda utiliza tal expressão para identificar o ano de ocorrência do fato

gerador da obrigação tributária;

d) período-base é a expressão que designa o período de incidência do

Imposto de Renda das pessoas jurídicas, ou seja, o período de apuração

59

da base de cálculo. O período-base de apuração definitiva do Imposto de

Renda das pessoas jurídicas pode ser:

a) trimestral, com base no lucro real, presumido ou arbitrado;

b) anual, com base no lucro real, no caso de opção pelos

pagamentos mensais por estimativas.

e) o montante do prejuízo fiscal que pode ser objeto de compensação com

o lucro real é aquele apurado e controlado no Livro de Apuração do Lucro

Real (LALUR);

f) no caso de apuração do Imposto de Renda e contribuição social pelo

lucro real trimestral, cada trimestre é considerado um período de

apuração distinto, sendo que o lucro tributável apurado num trimestre

pode ser compensado com prejuízos fiscais ou bases negativas de

contribuição social sobre o lucro de trimestres subsequentes;

g) a compensação do prejuízo fiscal está limitada ao máximo de 25% do

lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas em lei;

h) Não existe prazo de prescrição para a compensação do prejuízo fiscal.

i) as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem optar pela

apuração do lucro real anual, alternativamente pela apuração em cada

trimestre. No entanto, os recolhimentos dos tributos devem ser efetuados

uma vez por trimestre;

60

j) na opção pelo lucro real anual, as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro

real devem efetuar os recolhimentos mensais com base em estimativas.

A partir dessa opção, a empresa está obrigada à apuração do lucro real

anual, não podendo mudar a base de tributação pelo lucro presumido;

l) o Imposto de Renda pago mensalmente pelo critério de estimativa deve

ser calculado sobre a receita bruta do contribuinte, que é o somatório dos

montantes das vendas de mercadorias ou produtos e dos serviços

prestados, não devendo ser acrescidos os ganhos de capital, demais

receitas e resultados positivos.

m) se a opção for pela apuração do lucro real trimestral, este deve ser

determinado em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de

junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, com base no resultado líquido

de cada trimestre;

n) o Imposto de Renda trimestral será calculado mediante a aplicação da

alíquota normal de 15% (quinze por cento) sobre a totalidade da base de

cálculo, ou seja, 15% do lucro real e mais uma alíquota adicional de 10%

sobre a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 60.000,00

no trimestral;

o) no caso de início de atividades, o limite trimestral não será proporcional

ao número de meses.

61

10. Assinale a alternativa incorreta, com relação ao conceito de

lucro real:

a) a palavra real é usada pelo Código Tributário Nacional em oposição aos

termos presumido e arbitrado, com o principal objetivo de exprimir o que

existe de fato, verdadeiro, ou seja, o que não é presumido ou arbitrado;

b) contabilmente falando, pode-se concluir que o lucro real é aquele

realmente apurado pela contabilidade, com base na completa escrituração

contábil fiscal, com a estrita e rigorosa observância dos princípios de

contabilidade e demais normas fiscais e comerciais;

c) a legislação, ao introduzir a figura do lucro real, que é uma alternativa

de tributação opcional para algumas pessoas jurídicas, visou facilitar as

rotinas burocráticas e administrativas de algumas organizações,

geralmente algumas empresas de menor porte e menor nível de

estrutura;

d) a apuração do lucro real envolve maior complexidade na execução das

rotinas contábeis e tributárias, para a completa escrituração das

atividades e posterior apuração do lucro real, que é a base para cálculo

dos tributos com o Imposto de Renda e contribuição social sobre o lucro

das empresas que não podem optar pelo lucro presumido.

e) o lucro real é apurado com base na escrituração mercantil das

organizações, o que compreende a adoção de um conjunto de

procedimentos corriqueiros no ambiente profissional do contabilista.

62

11. Assinale a alternativa correspondente ao conceito de lucro

real:

a) É uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos

com o Imposto de Renda e da contribuição social, restritas aos

contribuintes que não estão obrigados ao regime de apuração de

tributação com base no estimado;

b) É um recurso utilizado pelas autoridades fiscais, quase sempre como

última alternativa, que se deve ser aplicado quando houver ausência

absoluta de confiança na escrituração contábil do contribuinte;

c) É uma opção do contribuinte, quando há falta ou insuficiência de

elementos concretos que permitam a identificação ou verificação da base

de cálculo utilizada na tributação pelo lucro presumido;

d) É o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial,

denominado lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e

compensações autorizadas pela legislação do Imposto de Renda.

63

Multa punitiva é aquela que é fundamentada no interesse público de punir

o inadimplente. É a multa proposta por ocasião do lançamento; aquela

cuja aplicação é excluída pela denúncia espontânea a que se refere o art.

138 do Código Tributário Nacional, onde o arrependimento da infração,

oportuno e formal, faz cessar o motivo de punir.

A multa de natureza compensatória, por sua vez, destina-se não a afligir o

infrator, mas a compensar o sujeito ativo pelo prejuízo suportado em

virtude do atraso no pagamento que lhe era devido. É uma penalidade de

caráter civil, posto que comparável à indenização prevista no direito civil.

Em decorrência disso, nem a própria denúncia espontânea é capaz de

excluir a responsabilidade por esses acréscimos, que são chamados de

moratórios.

12. Demonstração do resultado do exercício (em reais)

Resultado operacional 750.000,00

(-) Despesas de brindes (20.000,00)

(-) Despesas com vendas (200.000,00)

(-) Despesas Administrativas (220.000,00)

(-) Multas ambientais (10.000,00) = não é dedutível

(-) Multas por atraso no pagamento de impostos (5.000,00) é dedutível

(-) Lucro antes do Imposto de Renda 295.000,00

Considerando-se as informações recebidas e as determinações da

legislação fiscal, o Imposto de Renda devido pela companhia M, no 1o

trimestre/2013, em reais, é

(A) 48.750,00

(B) 49.500,00

(C) 72.750,00

(D) 75.250,00

(E) 76.500,00

64

13. (Petrobras/Cesgranrio/2014/Q.51) Uma companhia tributada

pelo lucro real apresentou as seguintes informações referentes ao 2o

trimestre de 2014:

I. Lucro apurado no 2o trimestre/2014 (abr./mai./jun.) = R$ 30.000,00

II. Valores inclusos no valor do lucro apurado no 2o trimestre/2014 (item

I.)

• Multa de INSS, por insuficiência de recolhimento = R$ 2.500,00.Punitiva

• Multa pelo recolhimento espontâneo do Imposto de Renda, em atraso =

R$ 3.500,00. Compensatória

Considerando exclusivamente as informações da companhia e as normas

tributárias vigentes, o valor da base de cálculo do imposto de renda, em

reais, é

(A) 29.000,00

(B) 30.000,00

(C) 32.500,00

(D) 33.500,00

(E) 36.000,00

65

7 APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA LUCRO PRESUMIDO

É uma modalidade optativa de apurar o lucro e, consequentemente, o

Imposto de Renda das pessoas jurídicas e a Contribuição Social sobre o

Lucro das empresas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro

real.

A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação com base

no lucro presumido deverá manter escrituração contábil nos termos da

legislação comercial. No entanto, poderá ficar dispensada da

escrituração contábil a pessoa jurídica que, no decorrer do ano-

calendário, mantiver Livro Caixa, no qual deverá ser escriturada toda

a movimentação financeira, inclusive bancária. É preciso esclarecer,

entretanto, que essa dispensa de escrituração é apenas para fins de

legislação do imposto de renda, sendo que nada impede que, por

exemplo, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) exija

escrituração contábil com o objetivo de apurar a contribuição patronal

devida à previdência social.

Em qualquer caso a pessoa jurídica deverá:

a) Caso se dedique a atividades industriais ou comerciais, escriturar o

Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar os estoques

existentes de cada produto no término do ano-calendário.

b) Manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo

decadencial e não prescritas eventuais ações que lhe sejam pertinentes,

todos os livros obrigatórios por legislação específica, bem como todos

os documentos e demais papéis que serviram de base para a

escrituração comercial e fiscal.

66

Apuração do Imposto

O lucro presumido será o montante determinado pela soma das

seguintes parcelas:

a) o valor resultante da aplicação de percentuais, variáveis

conforme o ramo de atividade da pessoa jurídica, sobre a receita bruta

auferida nos trimestre civis de cada ano-calendário;

b) os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos

em aplicações financeiras e todos os resultados positivos decorrentes

de receitas de atividades acessórias da pessoa jurídica.

Atividade Alíquota

IR

Alíquota

CSLL

Revenda de Combustíveis 1,6% 12%

Serviços hospitalares / transporte de cargas 8% 12%

Serviços com faturamento anual de até $ 120.000 16% 32%

Demais Serviços 32% 32%

Intermediação de negócios, administração de imóvel,

locação de administração de bens móveis.

32% 32%

Comércio e Indústria 8% 12%

Nota: Empresa com mais de uma atividade: aplica-se o % correspondente a cada

atividade

67

OBS.:

1 Na opção pelo lucro presumido não há compensação de prejuízo fiscal

apurado pelo lucro real em períodos anteriores. A compensação poderá

ocorrer quando a empresa retornar ao lucro real.

2 O imposto de renda pago como antecipação poderá ser compensado

do valor do imposto apurado.

Da receita bruta deverá ser deduzido:

Vendas canceladas, devolvidas ou anuladas.

Descontos incondicionais

IPI, quando registrado como receita de vendas.

ICMS substituição tributária

Resultados que serão adicionados à base de cálculo:

Ganho na venda dos ativos investimentos, imobilizado e intangível;

Rendimentos e ganhos auferidos em aplicação financeira de renda

fixa e variável;

Receita de Juros sobre o capital próprio;

Receita de locação de imóvel, quando este não for o objeto da

empresa;

Rendimentos e ganhos contratos de mútuo;

Juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de

Liquidação e Custódia – Selic, para os títulos federais que serão

restituídos compensados;

Outros, conforme legislação em vigor.

68

Prazo Para Pagamento

O Imposto de Renda devido e a Contribuição Social, apurados

trimestralmente, serão pagos em quota única, até o último dia útil do mês

subseqüente ao do encerramento do período de apuração.

À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três

quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três

meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que

corresponder, observado o seguinte:

a) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o

imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em

quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento

do período de apuração;

b) as quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa

Selic, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês

subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia

do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do

pagamento.

69

Exercícios - Apuração do IR modalidade Lucro Presumido

1. Com base nas informações abaixo, calcule e contabilize o IR e a CSLL na

modalidade Lucro Presumido.

IR Comércio e

Indústria

Serviços Posto de

Gasolina

Receita Bruta 800.000 800.000 800.000

% da atividade 8% 32% 1,6%

Lucro Presumido por

Atividade

Ganho na venda de

Imobilizado

6.000 6.000 6.000

Rendimentos Financeiros 13.000 13.000 13.000

Lucro Tributável 83.000 275.000 31.800

Alíquota IR 15%

Adicional

Despesa com IR

IRRF – Antecipação

(pagamento de IR

antecipado)

IR a Pagar

70

CSLL Comércio e

Indústria

Serviços Posto de

Gasolina

Receita Bruta 800.000 800.000 800.000

% da atividade 12% 32% 12%

Lucro Presumido

Ganho na venda de Imobilizado 6.000 6.000 6.000

Rendimentos Financeiros 13.000 13.000 13.000

Resultado Tributável

CSLL - Alíquota 9%

CSLL a pagar

71

2. (Fundação Cesgranrio/Transpetro/2-2012/ Q. 22 e 23)

Considere as seguintes informações para responder às questões

de nos 2 e 3.

Admita que a empresa comercial PP optou pela tributação pelo lucro

presumido, por estar enquadrada nas determinações da legislação fiscal, e

apresentando a seguinte Demonstração do Resultado, em reais, apurado

no quarto trimestre de 2011:

Receita Operacional de Bruta 2.400.000,00

Venda de mercadorias 2.000.000,00

Prestação de serviços 400.000,00

(−) Deduções (380.000,00)

ICMS (360.000,00)

ISS (20.000,00)

(=) Receita Operacional Líquida 2.020.000,00

(−) Custo das vendas e serviços (920.000,00)

(=) Lucro operacional bruto 1.100.000,00

(−) Despesas operacionais (520.000,00)

Comerciais (180.000,00)

Administrativas (390.000,00)

Receitas financeiras 50.000,00

(+) Equivalência patrimonial 20.000,00

(=) Lucro antes IRPJ e CSLL 600.000,00

Considerando-se as informações recebidas e as determinações da

legislação fiscal quanto à apuração do Imposto de Renda com base no

Lucro Presumido, o Imposto de Renda (IR) devido pela comercial PP, no

4o trimestre de 2011, em reais, é de

72

(A) 42.000,00 (B) 66.000,00 (C) 78.500,00 (D) 84.500,00

(E) 90.000,00

Considerando-se as informações recebidas e as determinações da

legislação fiscal quanto à apuração da Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido (CSLL) com base no Lucro Presumido, a CSLL devida pela

comercial PP, no 4o trimestre de 2011, em reais, é de

(A) 33.120,00 (B) 37.620,00 (C) 54.000,00 (D) 69.120,00

(E) 73.620,00

IR COMERCIO SERVIÇOS

73

CSLL COMERCIO SERVIÇOS

3. Julgue os itens abaixo em certos ou errados:

a) a empresa optante pela tributação pelo lucro presumido pode estar

recolhendo desnecessariamente mais tributos, visto que, se fosse

efetuada a escrituração contábil, esta poderia demonstrar uma situação

de prejuízo real, ou seja, não haveria lucro real para servir como fato

gerador dos tributos;

b) optando pelo lucro presumido, a base de cálculo do Imposto de Renda

e contribuição social é o faturamento da pessoa jurídica, o que facilita a

apuração dos tributos e representa, sempre, a opção mais vantajosa para

o contribuinte;

c) a introdução pelo fisco do conceito de lucro presumido visou facilitar a

apuração da base de cálculo, para algumas empresas, para apuração e

recolhimento dos tributos do Imposto de Renda e contribuição social;

74

d) as pessoas jurídicas que podem se utilizar dessa opção para a

tributação estariam dispensadas, para efeitos somente de apuração do

valor do Imposto de Renda e contribuição social, da obrigatoriedade da

escrituração contábil e levantamento periódico das demonstrações

contábeis.

4. Lucro Presumido é uma modalidade optativa de apurar o

lucro que: Julgar em certo ou errado.

(A) estima o pagamento mensal do IRPJ apurando a base de cálculo em

31 de dezembro do ano-calendário ou na data de encerramento de

atividades e efetua o ajuste entre os dois valores na declaração de

rendimentos correspondentes.

(B) estima o lucro a ser tributado a partir de valores globais da receita,

dispensando a escrituração contábil, exceto a do livro registro de

inventário e do livro caixa, observados determinados limites e condições.

(C) considera o resultado líquido do período de apuração, sem o imposto

de renda, ajustado por adições, exclusões e compensações determinadas

pela legislação tributária.

(D) serve de base para cálculo de benefícios fiscais de isenção ou redução

do IRPJ.

(E) corresponde ao produto da diferença com perdas de ativos ou com

constituição de obrigações cujo fato gerador contábil já tenha ocorrido,

não podendo ser medidas com exatidão, tendo, portanto, caráter

estimativo.

75

8. APURAÇÃO DO IR PELA MODALIDADE LUCRO ARBITRADO

O arbitramento do lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do

Imposto de Renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte,

se conhecida à receita bruta.

Hipóteses de Arbitramento

A pessoa jurídica, inclusive a empresa individual equiparada, terá o seu

lucro arbitrado, quando ocorrerem às situações examinadas a seguir:

a) Falta de Escrituração

A pessoa jurídica tributada com base no lucro real é obrigada a

manter escrituração contábil completa, de acordo com as leis

comerciais e fiscais.

b) Escrituração com falhas

Quando a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar

evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências

que a tornem imprestável para identificar a efetiva movimentação

financeira, inclusive bancária, ou determinar o lucro real.

c) Recusa da Apresentação de Livros ou Documentos

Quando a pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido deixar de

apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da

escrituração comercial e fiscal, ou o livro Caixa, nos quais deverá

ser escriturada toda a movimentação financeira, inclusive a

bancária.

76

d) Opção Indevida pelo Lucro Presumido

O contribuinte que optar indevidamente pelo lucro presumido estará

sujeito a ter o seu lucro arbitrado.

e) Livro Razão

As empresas tributadas pelo lucro real estão obrigadas a manter,

em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro

razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta e

subconta, os lançamentos efetuados no Diário. Caso não atendam a

esse requisito, poderão ter o seu lucro arbitrado.

Aplicação do Arbitramento

Regra geral, a iniciativa do arbitramento do lucro compete à

autoridade fiscal. No entanto, o contribuinte poderá antecipar-se à

ação do Fisco, procedendo ao auto-arbitramento do lucro, desde que

a receita bruta seja conhecida e esteja enquadrada em quaisquer das

hipóteses citadas no item anterior.

Período de Apuração

O imposto de renda com base no lucro arbitrado abrangerá todo o

ano-calendário, sendo devido trimestralmente, em períodos de

apuração encerrados em 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12, assegurada, ainda,

a tributação com base no lucro real ou presumido relativa ao trimestre

não submetidos ao arbitramento, se a empresa:

a) dispuser de escrituração comercial que demonstre o lucro real dos

períodos não abrangidos pelo arbitramento; ou

77

b) puder optar pelo lucro presumido.

No caso do lucro real, a pessoa jurídica poderá apurar o lucro

trimestralmente, ou anualmente com pagamentos mensais por estimativa,

sem considerar os períodos em que se sujeitou ao lucro arbitrado.

O IRPJ e a CSLL pagos sob a forma de arbitramento será definitivo, não

podendo o contribuinte, em qualquer hipótese, compensá-los com

recolhimentos futuros.

Determinação do Lucro Arbitrado

Ocorrida qualquer das hipóteses que ensejam o arbitramento, o lucro

arbitrado será determinado, em cada trimestre, por uma das formas

examinadas a seguir:

Receita Bruta Conhecida

Inicialmente, deverá ser determinada a parcela resultante da aplicação do

percentual correspondente sobre a receita bruta da atividade da empresa

auferida no trimestre.

Percentuais Aplicáveis para o IR

9,6%

Revenda de mercadorias, venda de produtos de fabricação própria, prestação de

serviços hospitalares, transporte de carga, representação comercial por conta

própria, atividade imobiliária, atividade rural, industrialização por encomenda,

venda através de agentes ou representantes de empresa estrangeira.

38,4 Prestação de serviços em geral, inclusive profissão legalmente regulamentada,

intermediação de negócios, administração, locação ou cessão de bens móveis e

imóveis, administração de consórcios de bens duráveis, cessão de direitos de

qualquer natureza, factoring, construção por administração ou por empreitada

unicamente de mão-de-obra.

1,92 Revenda para consumo de combustível, derivado de petróleo, álcool etílico

carburante e gás natural.

1,92 Demais serviços de transporte.

78

As empresas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja

receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00, poderão utilizar, para

determinação do lucro arbitrado trimestral, o percentual de 19,2%. Essa

redução não se aplica as prestadoras de serviços de profissão legalmente

regulamentada.

Receita Bruta não Reconhecida

Quando a receita bruta da pessoa jurídica for desconhecida, a autoridade

lançadora, poderá de acordo com a natureza do negócio arbitrar o lucro

mediante a utilização de uma das seguintes alternativas de cálculo.

1,5 Do lucro real referente ao último período em que a pessoa

jurídica manteve escrituração de acordo com as leis

comerciais e fiscais.

0,12 Do ativo total existente no último balanço

0,21 Do valor do capital

0,15 Do patrimônio líquido constante do último balanço

0,4 Das compras das mercadorias efetuadas no último trimestre

0,4 Da soma, em cada trimestre, dos valores da folha de

pagamento dos empregados e das compras de matérias-

primas, produtos intermediários e materiais de embalagens.

0,8 Da soma dos valores devidos no trimestre a empregados.

79

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

No caso de arbitramento, aplica-se à contribuição social sobre o lucro

líquido as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas

para pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Presumido.

Observe-se que a alíquota da CSLL é a normal, ou seja, não existe o

majoramento como no Imposto de Renda.

Atividade Alíquota

CSLL

Revenda de Combustíveis 12%

Serviços hospitalares / transporte de cargas 12%

Serviços com faturamento anual de até $ 120.000 32%

Demais Serviços 32%

Intermediação de negócios, administração de imóvel,

locação de administração de bens móveis.

32%

Comércio e Indústria 12%

Compensação de Prejuízos

O regime de tributação com base no lucro arbitrado não prevê a hipótese

de compensar prejuízos fiscais apurados em períodos de apuração

anteriores nos quais a pessoa jurídica tenha sido tributada com base no

lucro real.

Entretanto, tendo em vista que não existe mais prazo para a

compensação de prejuízos fiscais, caso a pessoa jurídica retorne ao

sistema de tributação com base no lucro real poderá nesse período

compensar, desde que mantenha o controle desses valores no Lalur, Parte

B, os prejuízos fiscais anteriores, obedecidas as regras vigentes no

período de compensação.

80

Exercícios - Lucro Arbitrado

1.

(I) Quando o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis

comerciais e fiscais, a que estiver obrigado, e deixar de elaborar as

demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, será ele

tributado obrigatoriamente pelo lucro _arbitrado__________.

(II) Quando conhecida a receita bruta o _fisco ou o próprio contribuinte _

poderá calcular o imposto com base naquela modalidade.

As lacunas acima são corretamente preenchidas, respectivamente, com as

seguintes expressões:

a) real - o fisco;

b) arbitrado - o fisco ou o próprio contribuinte;

c) presumido - o próprio contribuinte;

d) apurado - o fisco;

e) real - o próprio contribuinte.

81

2. Assinale a alternativa incorreta, com relação ao lucro arbitrado:

a) o arbitramento do lucro é, via de regra, uma prerrogativa das

autoridades fiscais. O arbitramento do lucro representa, quase sempre,

maior carga tributária para a pessoa jurídica;

b) o fisco não pode se valer da alternativa do arbitramento do lucro

quando o contribuinte obrigado à apuração do lucro real optar

indevidamente pela tributação pelo lucro presumido;

c) o fisco pode desconsiderar a escrituração contábil se houver indícios de

utilização de documentos comprobatórios falsos e manipuláveis no

faturamento;

d) o fisco pode-se valer da alternativa do arbitramento do lucro quando o

contribuinte recusar-se a apresentar os livros e documentos contábeis e

fiscais;

e) o fisco pode-se valer da alternativa do arbitramento do lucro quando o

contribuinte não mantém um sistema de custos integrado e coordenado

com a contabilidade, são apuradas significativas fraquezas nos controles

de estoques, nos bens do imobilizado, falta de escrituração do LALUR do

registro de inventário físico ou mesmo o atraso na escrituração contábil e

fiscal.

82

9. RETENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA NA NOTA FISCAL

Conforme a natureza do serviço prestado, os rendimentos pagos a pessoa

jurídica sofrerão retenção na nota fiscal, de acordo com o determinado no

Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) e abaixo especificado:

Alíquota de 1,5%

Serviços constantes da lista de serviços - art. 647 do RIR/99. Exemplos:

advocacia; análises técnicas; consultoria; desenho técnico; elaboração de

projetos; engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e

obras assemelhadas); geologia; administração de bens ou negócios em

geral.

Alíquota de 1,0%

Prestação de serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e por

locação de mão-de-obra, art. 649 do RIR/99.

Outros serviços a alíquota de 1,5%

Mediação de negócios, propaganda e publicidade art. 651 do RIR/99.

Pagamentos a cooperativas de trabalho e associações profissionais ou

assemelhadas, art. 652 do RIR/99.

Por meio da Lei 10.833 de 29/12/2003, as pessoas jurídicas que

efetuarem pagamentos a outras pessoas jurídicas de direito privado, pela

prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança,

vigilância transporte de valores e locação de mão-de–obra, pela prestação

de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,

seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, bem como

pela remuneração de serviços de profissão legalmente regulamentada,

83

estão sujeitas a retenção na fonte da Contribuição Social (1%), da

COFINS (3%) e da Contribuição para o PIS/PASEP (0,65%).

Exemplo de registro contábil quando dessas retenções:

PRESTADORA DO SERVIÇO

DÉBITO CRÉDITO

NOTA FISCAL

Total dos serviços prestados R$ 100.000,00

Retenções

IRRF – 1,50% = R$ 1.500,00

CSLL – 1,0% = R$ 1.000,00

PIS – 0,65% = R$ 650,00

COFINS – 3,0% = R$ 3.000,00

Total da Nota Fiscal R$ 100.000,00

Líquido a pagar R$ 93.850,00

84

TOMADOR DO SERVIÇO

DEBITO CREDITO

1. (Fundação Cesgranrio/PTB/01/20111/Q.44) A Comercial Roer

contratou duas outras empresas para a realização dos serviços

profissionais listados na tabela abaixo.

Serviço Valor (em R$)

Administração de bens 40.000,00

Vigilância 50.000,00

Considerando exclusivamente a retenção do Imposto de Renda na Fonte,

nos termos da legislação fiscal em vigor, o valor líquido total a ser pago

pela Comercial Roer a estas empresas prestadoras dos serviços, em reais,

é

(A) 90.000,00 (B) 89.100,00 (C) 88.900,00 (D) 88.850,00 (E) 88.650,00

Alíquota Retenção

Administração Bens

Vigilância

85

Retenção Líquido NF

Administração de Bens

Vigilância

2. (Fundação Cesgranrio/FINEP /Q36) Em 20 fev. 2011, a

Companhia N. S/A registrou a nota fiscal de serviços, emitida pela C.

Ltda., referente ao contrato de prestação de serviços de consultoria

contábil e fiscal, no valor de R$ 20.000,00, com vencimento para o dia 28

fev. 2011.

Considerando-se as determinações societárias e fiscais (Imposto de

Renda), o registro contábil feito no dia 20 fev. 2011, pela Companhia N.

S/A, em reais, foi

(A) D: Despesa Administrativa 20.000,00

C: Contas a Pagar 20.000,00

(B) D: Despesa Financeira 20.000,00

C: Contas a Pagar 20.000,00

(C) D: Despesa Administrativa 20.000,00

C: Contas a Pagar 19.800,00

C: IRRF a Recolher 200,00

(D) D: Despesa Administrativa 20.000,00

C: Contas a Pagar 19.700,00

C: IRRF a Recolher 300,00

(E) D: Despesa Administrativa 20.000,00

C: Contas a Pagar 17.000,00

C: IRRF a Recolher 3.000,00

86

3. Sempre que se manifestar a necessidade do contratante, pessoa

jurídica, proceder à retenção do Imposto de Renda na Fonte

(IRRF), quando da prestação de serviços por outra pessoa jurídica,

o fato gerador da retenção se manifesta no

(A) início do trabalho em decorrência da assinatura do contrato.

(B) pagamento efetivo em dinheiro do serviço contratado, somente.

(C) crédito ou pagamento dos serviços, dos dois o que ocorrer primeiro.

(D) encerramento do trabalho, quando o contratante aceitar o trabalho

realizado.

(E) momento da realização do crédito determinado pelo encerramento do

trabalho.

87

10. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E

SERVIÇOS – ICMS

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de

Serviços) é um tributo de competência dos Estados e do Distrito

Federal.

O ICMS

será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada

operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de

serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou

outro Estado ou pelo Distrito Federal;

poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias

e dos serviços;

por meio de resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente

da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria

absoluta de seus membros estabelecerá as alíquotas aplicáveis às

operações e prestações, interestaduais e de exportação.

É facultado ao Senado Federal:

a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante

resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta

de seus membros;

b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver

conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante

resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços

de seus membros;

88

O imposto incide sobre a circulação de mercadorias, serviços de

transporte interestadual e intermunicipal, de comunicações, de

energia elétrica, de entrada de mercadorias importadas e aqueles

serviços prestados no exterior.

O ICMS é regulamentado pela Lei Complementar 87/1996, a chamada

"Lei Kandir". Cada Estado possui autonomia para estabelecer suas

próprias regras de cobrança do imposto, respeitando as regras previstas

na lei.

O ICMS é um imposto não-cumulativo, ele incide sobre cada etapa da

circulação de mercadorias separadamente. Em cada uma dessas etapas,

deve haver a emissão de nota ou cupom fiscal. Isso é necessário

devido ao fato de que esses documentos serão escriturados e serão

através deles que o imposto será calculado e arrecadado pelo governo.

Na maioria dos casos, as empresas repassam esse imposto ao

consumidor, embutindo-o nos preços dos produtos. As mercadorias são

tributadas de acordo com sua essencialidade. Assim, para produtos

básicos, como o arroz e o feijão, o ICMS cobrado é menor do que no caso

de produtos supérfluos, como cigarros e perfumes, por exemplo.

Do fato gerador

O ICMS tem como fato gerador a operação relativa à circulação de

mercadoria e à prestação de serviço de transporte interestadual e

intermunicipal e de comunicação, ainda que a operação ou a prestação se

inicie no exterior.

89

Direito ao Crédito

O direito de crédito, para efeito de compensação com débito do imposto,

reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou

para o qual tenham sido prestados os serviços, está condicionado à

idoneidade da documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e

condições estabelecidos na legislação.

A legislação tributária estadual disporá sobre o período de apuração do

imposto. As obrigações consideram-se vencidas na data em que termina o

período de apuração e são liquidadas por compensação ou mediante

pagamento em dinheiro.

Vedação de Crédito

Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de

serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não

tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à

atividade do estabelecimento.

É vedado o crédito relativo à mercadoria entrada no estabelecimento ou a

prestação de serviços a ele feita:

I – para integração ou consumo em processo de industrialização ou

produção rural, quando a saída do produto resultante não for tributada ou

estiver isenta do imposto, exceto se tratar-se de saída para o exterior;

II – para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a

prestação subseqüente não forem tributadas ou estiverem isentas do

imposto, exceto as destinadas ao exterior.

90

Prescrição do Crédito

O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos

contados da data de emissão do documento (parágrafo único do art. 23 da

LC 87/96).

As alíquotas aplicadas internamente

A alíquota interna é determinada individualmente em cada Estado pela

legislação estadual. Regra geral é de 17%, porém alguns Estados utilizam

a alíquota de 18%.

Exemplos de Alíquotas Aplicadas no Estado do Rio de Janeiro

Regra Geral: 19%, sendo que 1% destinado ao adicional do Fundo da Lei

estadual nº 4.056/2002.

7% - Cesta básica

26% - Bebida alcoólica, exceto cerveja, chope e aguardente de cana e de

melaço, sendo que 1% será destinado ao adicional do Fundo da Lei

estadual nº 4.056/2002.

12% - Fornecimento de alimentação, incluídos os serviços prestados,

promovido por restaurante, lanchonete, bar, café e similares.

Convênios do ICMS

Nos termos do artigo 100, inciso IV, do Código Tributário Nacional (CTN),

os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal

e os Municípios, são normas complementares das leis, dos tratados e das

convenções internacionais e dos decretos.

91

Uma vez firmado um Convênio entre dois ou mais Estados ou DF, o

mesmo deverá ser, ratificado (ou não) pelas respectivas Assembléias

Estaduais.

Só após aprovados legislativamente, os convênios passam a ter eficácia,

pois é o Poder Legislativo de cada Estado e do Distrito Federal que,

ratificando o Convênio, o estabelecem como válido naquele Estado ou DF.

CONFAZ

É de responsabilidade do CONFAZ - Conselho Nacional de Política

Fazendária - promover a celebração de convênios, para efeito de

concessão ou revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais do

imposto.

O Conselho é constituído por representante de cada Estado e Distrito

Federal e um representante do Governo Federal.

Base de Cálculo

Na apuração da base de cálculo de Operações com Mercadorias, deverá

ser considerado:

inclusão de frete, seguro e de mais importâncias pagas; e

exclusão das vendas canceladas e dos descontos incondicionais.

Base de Cálculo do ICMS quando houver Imposto sobre Produtos

Industrializados - IPI

Quando ocorrer venda da indústria para contribuinte do ICMS, o

IPI não integra a Base de Cálculo do ICMS.

92

Quando da venda de indústria para consumidor final/consumo

final, o IPI deve ser incluído na base de cálculo do ICMS, inclusive

quando na compra de imobilizado.

IPI - será seletivo, em função da essencialidade do produto; será não

cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o

montante cobrado nas anteriores.

Nota: Na base de cálculo do IPI considera o ICMS, frete e o seguro, mas

não se deduz os descontos incondicionais. (Decreto 4.544/2002, art.131)

Aprovada nova Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, válida a partir de 2017.

O governo federal, por meio do Decreto nº 8.950/2016 (DOU de 30/12/2016) aprovou a nova Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, válida a partir de 2017.

A TIPI é a matriz de alíquotas referenciais para incidência do IPI sobre produtos industrializados no mercado interno ou importados. Ela é organizada de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e precisou ser atualizada em razão da edição da Resolução Camex nº 125, de 15 de dezembro de 2016, que altera a NCM para adaptação às modificações do Sistema Harmonizado 2017 (SH-2017), desenvolvido e atualizado pela Organização Mundial de Aduanas (OMA).

A Tabela é composta de 96 capítulos em que estão organizados todos os códigos de classificação de mercadorias, suas descrições e alíquotas próprias do IPI. A atualização de tal instrumento resultou na consolidação de 21 Decretos que tratavam do tema, e é de suma importância para todos os setores produtivos, na medida em que, tanto operações em território nacional quanto as operações de comércio internacional estão sujeitas à incidência do IPI.

De acordo com a Receita Federal, com a publicação da nova TIPI, o País se adianta no sentido de facilitar e simplificar a atividade dos operadores de comércio internacional e da indústria nacional, bem como de alinhar o paradigma de incidência do IPI à nova codificação adotada mundialmente.

O Decreto nº 8.950/2016 revogou a TIPI instituída pelo Decreto nº 7.660/2011.

93

ICMS - REGIME NORMAL DE TRIBUTAÇÃO

Adriana Valente 130

X

18%=180ICMS

X

18% =234,00

X

18%=270,00

RECOLHERECOLHE 180,00 180,00 54,0054,00

(234 -180)

1.000,00 1.000,00 1.300,001.300,00 1.500,001.500,00Vende porVende por

Fabricante Atacadista VarejistaConsumidor

Final

No regime normal de tributação

em cada uma destas etapas HÁ incidência normal do ICMS

36,0036,00(270-234)

Total recebido pelo Estado = 270,00 (180 + 54 + 36)(180 + 54 + 36)

ICMSNão-cumulatividadeNãoNão--cumulatividadecumulatividade

130

AUTOR: Heraldo da Costa Belo

Valor Agregado

1.000+300+200 = 1.500

1.500 x 18% = 270,00

94

ALÍQUOTAS INTERESTADUAL

Adriana Valente 125

REGIÃO NORTE:REGIÃO NORTE:AC, AM, AP, PA, RO, RR, TO

NORDESTENORDESTEAL, BA, CE, MA, PB, PE, PI,

RN, SE E ES

CENTROCENTRO--OESTE:OESTE:DF, GO, MS, MT

7%

12%12%

12%

• Interestadual para não contribuinte = % Interna

• Interestadual para contribuintes = % por regiãoResolução do Senado

Federal 22/89

ICMS Alíquotas Interestaduais

REGIÃO SUDESTE:

SP, RJ, MG

REGIÃO SUL:

PR, SC, RS

7%

125

AUTOR: Heraldo da Costa Belo

Na operação interestadual será aplicada a alíquota interna quando a

operação for para não contribuintes e será aplicada a alíquota

interestadual quando a operação for para contribuintes.

Diferencial de Alíquota

Haverá complementação do imposto na estrada do estabelecimento do

contribuinte de mercadoria recebida de outro estado e que for destinada a

consumo ou ativo imobilizado. O imposto a pagar será o valor resultante

da aplicação do percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna

e a interestadual sobre o valor da operação. (§2º da LC 87/96).

Exemplo:

Venda de mercadoria para uso e consumo do RJ (vendedor) para SP

(comprador), no valor de R$ 1.000,00.

95

ICMS destacado na NF do RJ = R$ 1.000,00 x 12% = R$ 120,00.

A empresa compradora da mercadoria, sediada em SP, é contribuinte do

ICMS, cuja alíquota é de 18%, assim, a empresa teria um ICMS de R$

1.000,00 x 18% = R$ 180,00.

O diferencial de alíquota representa a diferença entre a alíquota interna e

a alíquota interestadual. Assim SP complementaria o imposto, referente

ao diferencial de alíquota, no montante de R$ 60,00, que representa R$

1.000,00 x 6% (18% - 12%).

96

A partir de 1º de janeiro de 2017 muda o percentual de partilha do DIFAL instituído pela EC 87/2015 entre os Estados e o Distrito Federal.

O Estado de origem ficará com 40% do DIFAL e o destino 60%.

Para emissão correta dos documentos fiscais e a GNRE altere os parâmetros fiscais da operação interestadual destinada a pessoa não contribuinte do ICMS.

DIFAL - origem

Em 2015, através da Emenda Constitucional 87/2015 e Convênio ICMS 93/2015 o governo federal criou a figura do DIFAL, ICMS devido sobre as operações interestaduais destinadas a não contribuinte.

O novo Diferencial de Alíquotas - DIFAL, em vigor desde 1º de janeiro de 2016, é devido nas operações interestaduais destinadas a pessoa não contribuinte do ICMS e o valor do imposto cabe a unidade federada de destino da mercadoria ou serviço.

Para os Estados e o Distrito Federal se adaptarem à nova regra, foi criado um período de transição, com início em 2016 e término em 2018. Neste período, o valor do DIFAL será partilhado entre a unidade federada de origem e destino (EC 87/2015 e Convênio ICMS 93/2015), conforme demonstra tabela:

Ano UF Origem UF destino

2016 60% 40%

2017 40% 60%

2018 20% 80%

A partir de 2019 - 100%

Contribuinte optante pelo Simples Nacional x DIFAL EC 87/2015

Em razão da suspensão pelo Supremo Tribunal Federal - STF da Cláusula 9ª do Convênio ICMS 93/2015, o DIFAL instituído pela EC 87/2015 não aplica aos contribuintes do ICMS optantes pelo Simples Nacional.

97

Exercícios - ICMS

1. Os impostos seletivos e não-cumulativos:

a) o ICMS e o IPVA;

b) o IPTU e o IPTR;

c) o IRPJ e o IPI;

d) o IPI e o ICMS;

e) o ICMS e o ISS.

2.(Fundação Cesgranrio/Casa da Moeda/Q.20) Bens foram

adquiridos de uma empresa industrial, cujo valor total da nota fiscal é de

R$ 12.000,00, incluindo 20% de IPI (calculado sobre o valor da

mercadoria) e 12% de ICMS (embutido no preço).

Tais bens devem ser contabilizados em uma empresa tipicamente

comercial (que utilizará tais bens para revenda), para efeito de

lançamento no estoque, como custo da mercadoria, no valor em reais, de

(A) 8.560,00 (B) 8.800,00 (C) 10.000,00 (D) 10.800,00 (E) 12.000,00

3. (Fundação Cesgranrio/Transpetro/2/2012/Q.26) A comercial MO

comprou a prazo um lote de produtos para seu próprio consumo, fora da

atividade operacional, no decorrer do próximo semestre, como segue:

Informações dos produtos

Valor dos produtos 20.000,00

IPI destacado na nota fiscal 2.000,00

(=) Total da Nota Fiscal 22.000,00

Outras informações

• Frete dos produtos cobrado diretamente pelo vendedor: 3.000,00

• ICMS (alíquota incidente na operação): 18%

98

Considerando-se as informações recebidas e as determinações fiscais para

o cálculo do ICMS, o valor do mesmo, a ser destacado nessa nota fiscal,

em reais, é de

(A) 3.600,00 (B) 3.780,00 (C) 3.960,00 (D) 4.140,00 (E) 4.500,00

4.(Fundação Cesgranrio/PTB/01/2011/Q.45) A Comercial Alegria,

do Espírito Santo, comprou mercadorias a prazo da Comercial Festa, do

Rio de Janeiro, por R$ 200.000,00 conforme Nota Fiscal da operação

realizada. Nenhuma das empresas está enquadrada no SIMPLES e as

alíquotas internas de ICMS são: Espírito Santo 17% e Rio de Janeiro 19%.

Considerando as determinações constitucionais referentes ao ICMS, o

valor do estoque registrado pela Comercial Alegria, relativo a esta

operação exclusivamente, em reais, é

(A) 200.000,00 (B) 186.000,00 (C) 176.000,00 (D) 166.000,00

(E) 162.000,00

5. (Fundação Cesgranrio/FINEP/Q.38) Uma empresa comercial

localizada no Rio de Janeiro/RJ adquiriu mercadorias de um fornecedor,

localizado em São Paulo/SP, nas seguintes condições:

Valor das mercadorias compradas R$ 180.000,00

Desconto incondicional auferido R$ 30.000,00

ICMS destacado na nota fiscal R$ 27.000,00

Considerando-se única e exclusivamente as informações acima, a alíquota

real de ICMS nessa operação é

(A) 12,00% (B) 15,00% (C) 17,64% (D) 18,00% (E) 21,95%

99

6. (Fundação Cesgranrio/BR Distribuidora/Q.34) A Companhia

Comercial Ontem, localizada no Espírito Santo, comprou a prazo da

Comercial Hoje, instalada no Rio de Janeiro, mercadorias no valor de R$

10.000,00, conforme nota fiscal.

Posteriormente, a Comercial Ontem vendeu essas mesmas mercadorias

para um consumidor final, não contribuinte do ICMS, localizado na Bahia,

por R$ 15.000,00 à vista, conforme nota fiscal.

Alíquotas internas de ICMS incidentes sobre tais mercadorias: Espírito

Santo 17%; Rio de Janeiro 19% e Bahia 18%.

Levando em consideração exclusivamente

• os aspectos técnico-conceituais vigentes atualmente no Brasil, com

relação ao ICMS, inclusive no que se refere às operações interestaduais;

• as operações realizadas pela Comercial Ontem;

• a inexistência na Comercial Ontem, de quaisquer saldos anteriores de

ICMS, o valor de ICMS a ser pago pela comercial Ontem, ao final das

operações, em reais, é de

(A) 600,00 (B) 650,00 (C) 850,00 (D) 1.100,00 (E) 1.850,00

100

7. A Companhia Industrial Alpha adquiriu matérias-primas para serem

utilizadas na produção. A nota fiscal do fornecedor continha os seguintes

dados:

- valor das matérias-primas $ 1.000 - IPI $ 200

- valor total da nota fiscal $ 1.200 - ICMS destacado na nota fiscal $ 170

Sabendo que o IPI e o ICMS são impostos recuperáveis para a empresa,

assinale a alternativa que contém o valor a que pode· ser computado no

custo das matérias-primas:

a) $ 630; b) $ 830; c) $ 1.030; d) $ 1.170; e) $ 1.200.

8. Uma empresa comercial adquiriu em abril mercadorias para

comercialização, como segue:

valor das mercadorias, incluindo o ICMS: $ 2.000.000

fretes pagos ao fornecedor: $ 20.000

IPI = 10%

ICMS destacado na nota: 18%

No mês de abril, a empresa revendeu 40% dessas mercadorias.

Com base nessas informações, assinale a alternativa correspondente ao

saldo em 30 de abril dos estoques de mercadorias para comercialização

supondo que não havia saldo anterior em estoques:

a) $ 1.200.000; b) $ 742.560; c) $ 993.840; d) $ 1.115.040;

e) $ 1.856.400.

101

RESOLUÇÃO

102

9. Considere as informações a seguir, relacionadas com as atividades do

mês de outubro, de uma empresa comercial.

$

Compras de 3.600 unidades de mercadorias para revendas,

diretamente do fabricante, incluindo 18% de ICMS

360.000

IPI de 15% destacado na nota fiscal do fornecedor 54.000

Total da nota fiscal do fornecedor, paga à vista 414.000

Vendas de 4.000 unidades, a $ 150 cada, incluindo ICMS, sendo

que 30% foram recebidas à vista e o restante a prazo

600.000

ICMS de 18% sobre as vendas 108.000

Em 30 de setembro havia um estoque de 800 unidades de mercadorias

para revendas, corretamente contabilizadas e valorizadas a $ 92,00 a

unidade.

Com base nessas informações:

a) contabilize as compras;

b) contabilize as vendas no mês, destacando o ICMS incidente;

c) utilizando a metodologia do custo médio para valorização dos estoques,

calcule o custo médio após a contabilização das compras, utilizando três

casas decimais;

d) demonstre o saldo em 31 de outubro dos estoques, em reais;

e) supondo que em 30 de setembro havia saldo a recuperar de ICMS ($

10.000), demonstre os saldos a recolher ou a recuperar do ICMS em 31

de outubro.

103

10. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s). Pode haver mais de uma:

a) nas empresas industriais, os tributos indiretos IPI e ICMS pagos pela

empresa compradora em decorrência da aquisição de matérias-primas,

materiais de embalagem e demais mercadorias utilizadas na produção

representam, de acordo com a legislação pertinente, créditos da empresa

compradora junto ao governo;

b) os valores dos impostos recuperáveis pagos na aquisição das matérias-

primas e demais materiais utilizados na produção devem compor o custo

de aquisição que serão incorporados aos estoques desses materiais;

c) uma empresa industrial adquiriu 3.000 quilos de matérias-primas para

uso na industrialização, pagando ao fornecedor o total de $ 201.219,51,

incluindo 18% de ICMS e $ 18.292,68 de IPI. Com base nessas

informações, o estoque de matérias-primas deve registrar como custo

unitário de compras o valor de $ 50,00;

104

11. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISSQN

A Lei Complementar nº 116 de 31/07/2003, dispõe sobre o Imposto Sobre

Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), de competência dos Municípios e

do Distrito Federal.

O Imposto tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da

lista anexa, da citada Lei, ainda que esses não se constituam como

atividade preponderante do prestador. O imposto incide também sobre o

serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado

no exterior do País.

A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço

prestado.

Conforme o Art. 3º, o serviço considera-se prestado, e o imposto, devido,

no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no

local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos

I a XXV, da LC 116/2003, com alteração dada pela LC 157/2016, quando

o imposto será devido no local.

Art. 4º, Considera-se estabelecimento prestador o local onde o

contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo

permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou

profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de

sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de

representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser

utilizadas.

Art. 5º - Contribuinte é o prestador do serviço.

Art. 6º - Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir

de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira

105

pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a

responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter

supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive

no que se refere à multa e aos acréscimos legais. -

Art. 7º - A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.

As alíquotas mínimas e máximas do Imposto Sobre Serviços de Qualquer

Natureza são as seguintes:

Mínima: Emenda Constitucional 37/2002 2%

Não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios

fiscais, que resulte, direta ou indiretamente, na redução da alíquota

mínima estabelecida no inciso I, da EC 37/2002.

Máxima: Lei complementar 116/2003 5%.

Governo federal sancionou Lei que altera regras do Imposto Sobre Serviços – ISS

Trata-se da Lei Complementar nº 157/2016 (DOU de 30/12), que alterou a Lei Complementar nº 116/2003 que dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras providências.

Com esta medida a alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

foi fixada em 2% (dois por cento), art. 8A.

A Lei Complementar nº 157/2016 é resultado do Projeto de Lei nº 386/2012

106

Exercícios - ISSQN

1. (Fundação Cesgranrio/PTB/01/2011/Q.53) O Imposto sobre

Serviços de Qualquer Natureza (ISS) é da competência dos Municípios nos

termos das determinações da Constituição Federal/88, em vigor.

Entretanto, apesar dessa atribuição constitucional de competência, o ISS

é regido, a partir de 2003, pela Lei Complementar no 116/2003, sendo

dela, também, a determinação da alíquota máxima permitida para a

cobrança desse imposto, que a fixou para jogos e diversão pública, no

percentual de

(A) 2%

(B) 3%

(C) 4%

(D) 5%

(E) 10%

2. (Fundação Cesgranrio/Transpetro/02/2012/Q.35) Por

prestação de serviços pode-se entender a transferência onerosa de um

bem imaterial, estando tal transferência sujeita à incidência do imposto

sobre serviços de qualquer natureza – ISS.

Com relação ao assunto, são contribuintes do ISS os prestadores de

serviços, somente, pessoas

(A) físicas

(B) jurídicas

(C) jurídicas exclusivamente com fins lucrativos

(D) físicas e pessoas jurídicas com estabelecimentos fixos

(E) físicas e pessoas jurídicas com ou sem estabelecimento fixo

107

3. Analise as seguintes afirmações em relação ao Imposto Sobre Serviços

de Qualquer Natureza – ISSQN:

I – a alíquota máxima do ISSQN definida na Lei Complementar n°

116/2003 é de 5% para os serviços em geral;

II – a base de cálculo do ISSQN é o preço do serviço prestado, sendo que

no município do Rio de Janeiro, a base pode ser por um valor fixo, no caso

das sociedades uniprofissionais, conforme previsto na legislação

municipal;

III – O ISS será sempre devido no município onde o contribuinte estiver

domiciliado.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões):

(A) I (B) II (C) I e II (D) I e III (E) II e III

4. Uma empresa negocia o recebimento de R$ 3.800,00, líquido de ISS

(alíquota de 5%), pela prestação de serviços, sendo 50% na emissão da

nota e o restante, 15 dias depois. O valor total do imposto devido nesta

operação, em reais, será de:

(A) 95,00 (B) 100,00 (C) 190,00 (D) 195,00 (E) 200,00

108

5.(Petrobras/Cesgranrio/2014/Q.49) O Imposto sobre Serviços de

Qualquer Natureza (ISS) é devido na prestação de serviços, constantes na

lista anexa à Lei Complementar no 116/2003, realizados por pessoas

físicas, sem vínculo empregatício, ou por pessoas jurídicas, e sua

incidência se manifesta na ocorrência do fato gerador.

Nos serviços realizados por pessoas jurídicas, atuando exclusivamente

como prestadoras de serviços, o ISS é devido quando o trabalho for

(A) contratado

(B) encomendado

(C) fornecido

(D) recebido

(E) vistoriado

109

12. PIS E COFINS

PIS/PASEP: PIS (Programa de Integração Social) e PASEP

(Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público). A

contribuição para o PIS/PASEP passa a financiar o seguro-desemprego, o

programa de desenvolvimento econômico (através do BNDES) e o

benefício do abono anual para empregados de baixa renda.

COFINS: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

A pessoa jurídica poderá estar sujeita ao Regime Cumulativo ou Não

Cumulativo para apuração do PIS/PASEP e da COFINS, em função do

regime de tributação adotado para pagamento do IR e da CSLL, da

atividade exercida ou das espécies de receitas auferidas.

Da atividade

As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas

jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu

faturamento.

O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita

bruta da pessoa jurídica.

Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se

refere o parágrafo anterior, excluem-se da receita bruta:

I - as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o IPI e

o ICMS na substituição tributária;

II - as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como

perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado

positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e

110

os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de

aquisição, que tenham sido computados como receita;

IV - a receita decorrente da venda de bens do ativo permanente;

V - a receita decorrente da transferência onerosa a outros contribuintes do

ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação,

conforme o disposto no inciso II do § 1 o do art. 25 da Lei Complementar

n o 87, de 13 de setembro de 1996.

Na hipótese das pessoas jurídicas referidas no § 1º do art. 22 da Lei nº

8.212, de 24 de julho de 1991, serão admitidas, para fins da COFINS, as

mesmas exclusões e deduções facultadas para fins de determinação da

base de cálculo da contribuição para o PIS/PASEP.

Alíquotas

As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no regime de

incidência cumulativa, são, respectivamente, de sessenta e cinco

centésimos por cento (0,65%) e de três por cento (3%).

Apuração e Pagamento

A apuração e o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins

serão efetuados mensalmente, de forma centralizada, pelo

estabelecimento matriz da pessoa jurídica.

O pagamento deverá ser efetuado até o último dia útil do 2º (segundo)

decêndio subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.

Regime Não Cumulativo

111

As pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real, salvo as exceções

do art. 10 da Lei 10.833/2003, estão obrigadas à apuração do PIS e

COFINS pelo método não cumulativo.

Base de cálculo

A base de cálculo da Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS, com a

incidência não-cumulativa, é o valor do faturamento mensal, assim

entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,

independentemente de sua denominação ou classificação contábil (Lei nº

10.637, de 2002, art 1º, §§ 1º e 2º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, §§

1º e 2º).

Os créditos do PIS e COFINS, escriturados por pessoa jurídica que tenha

auferido receitas submetidas ao regime de tributação não cumulativa

dessa contribuição (Lei 10.637/2002 e Lei 10.833/2003), poderão ser

utilizados na dedução, na escrita contábil da pessoa jurídica, dos débitos

da contribuição decorrentes de suas receitas tributadas.

Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência Não Cumulativa

do PIS e da COFINS, em relação apenas à parte de suas receitas, o

crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos, despesas e

encargos vinculados a essas receitas.

Em relação aos custos e despesas comuns às duas receitas, o crédito será

determinado, a critério da pessoa jurídica, pelo método de:

I – apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de

sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a

escrituração; ou

II – rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos

comuns a relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à

incidência não-cumulativa e a receita bruta total, auferidas em cada mês.

112

O método eleito pela pessoa jurídica para determinação do crédito será

aplicado consistentemente por todo o ano-calendário.

Exclusões ou Deduções da Base de Cálculo

Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do

faturamento, quando o tenham integrado, os valores: (Lei nº 10.637, de

2002, art 1º, §3º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, § 3º; IN SRF nº 247,

de 2002, art. 24):

das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da

contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero);

das vendas canceladas;

dos descontos incondicionais concedidos;

do IPI;

do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor

dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto

tributário;

Não integra a base de cálculo:

das reversões de provisões e das recuperações de créditos baixados

como perdas, que não representem ingresso de novas receitas;

dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do

patrimônio líquido;

dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo

custo de aquisição, que tenham sido computados como receita; e

das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do

ativo permanente;

das receitas de revenda de bens em que a contribuição já foi

recolhida pelo substituto tributário;

das receitas excluídas do regime de incidência não-cumulativa,

constantes do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003.

113

Alíquotas

As alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, com a

incidência não cumulativa, são, respectivamente, de um inteiro e sessenta

e cinco centésimos por cento (1,65%) e de sete inteiros e seis décimos

por cento (7,6%).

Desconto de créditos

Dos valores de Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS apurados, a

pessoa jurídica submetida à incidência não cumulativa poderá descontar

créditos, calculados mediante a aplicação das alíquotas de 7,6% (COFINS)

e 1,65% (Contribuição para o PIS/PASEP), sobre os valores:

a. das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês;

b. das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados

como insumos na fabricação de produtos destinados à venda ou na

prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes;

c. dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda

tenha integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha

sido tributada no regime de incidência não-cumulativa;

d. das despesas e custos incorridos no mês, relativos:

à energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa

jurídica;

a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados

nas atividades da empresa;

OBS: É vedado o crédito relativo a aluguel de bens que já tenham

integrado o patrimônio da pessoa jurídica.

114

a contraprestação de operações de arrendamento mercantil

pagas a pessoa jurídica, exceto quando esta for optante pelo

Simples;

OBS: É vedado o crédito relativo contraprestação de arrendamento

mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa

jurídica.

armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos

casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo

vendedor;

dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês,

relativos a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados

ao ativo imobilizado adquiridos a partir de maio de 2004, para

utilização na produção de bens destinados à venda, ou na

prestação de serviços (Ver IN SRF nº 457, de 2004);

dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês,

relativos a edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de

terceiros, adquiridas ou realizadas a partir de maio de 2004,

utilizados nas atividades da empresa.

Observações:

O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos

meses subsequentes.

O valor dos créditos apurados não constitui receita bruta da pessoa

jurídica, servindo somente para dedução do valor devido da

contribuição.

115

A PARTIR DE 01.07.2015 A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas

financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração

não-cumulativa das referidas contribuições, serão de 0,65% e 4%, respectivamente.

AS RF FORMAM A BC DE PIS (0.65%) E COFINS (4%) PELO METODO NÃO

CUMULATIVO.

116

Exercícios - PIS e COFINS

1. (Fundação Cesgranrio/BR Distribuidora/Q.31) A contribuição

para o PIS/PASEP será apurada mensalmente pelas pessoas jurídicas de

direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto

de renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia

mista e suas subsidiárias; pessoas jurídicas de direito público interno;

entidades sem fins lucrativos discriminadas no art. 13 da Medida

Provisória no 2.037.

Para pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido, a alíquota do

PIS/Pasep incidente sobre o seu faturamento mensal é

(A) 0,165% (B) 0,650% (C) 1,000% (D) 1,650% (E) 3,000%

2. (Fundação Cesgranrio/EPE/Q.29) A legislação fiscal vigente

estabelece que a Cofins pode ser calculada pelo método cumulativo ou

pelo método não cumulativo, dependendo da forma de tributação das

empresas.

Estão sujeitas à Cofins calculada pelo método não cumulativo as empresas

tributadas pelo lucro

(A) real

(B) presumido

(C) real e presumido

(D) presumido, somente quando empresa de grande porte

(E) real, somente quando sociedades anônimas e empresa de grande

porte

117

3. (Fundação Cesgranrio/Transpetro/2-2012/Q.31) O PIS/Pasep

tornou-se um tributo não cumulativo a partir de 2002, mas, com a

permissão de empresas continuarem no método (sistema) antigo, hoje

estão em plena vigência os dois métodos; o cumulativo e o não

cumulativo.

O sistema não cumulativo, além da elevação da alíquota do PIS/Pasep, de

0,65% para 1,65% trouxe, paralelamente, um aumento significativo na

complexidade de sua aplicabilidade prática, notadamente no que se refere

às receitas que podem ser excluídas da sua base de cálculo.

Considere os tipos de receitas a seguir quanto à exclusão da base de

cálculo do PIS/Pasep pelo método não cumulativo.

I – Ganho na venda de bens pertencentes ao ativo permanente

II - Lucros e dividendos de investimentos avaliados pelo custo

III - Juros ativos e descontos financeiros obtidos

IV - Reversão da provisão de perdas em processos cíveis, trabalhistas e

fiscais

Excluem-se as seguintes receitas:

(A) I e II, apenas.

(B) III e IV, apenas.

(C) I, II e III, apenas.

(D) II, III e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

118

(Fundação Cesgranrio/PTB/01/2011/Q.48 e 49) Utilize as

informações a seguir para responder às questões de nos 4 e 5.

Operações com mercadorias realizadas pela Comercial X, em 30 maio

2015.

► Compra a prazo na Indústria Y, conforme detalhamento na Nota Fiscal:

Custo IPI Total

2.000,00 200,00 2.200,00

► Venda à vista das mesmas mercadorias para a Transportadora Z por R$

3.000,00

Informações complementares sobre as três empresas:

• são tributadas pelo lucro real

• estão submetidas ao método não cumulativo do PIS e COFINS

• não têm créditos tributários anteriores de nenhum imposto ou taxa

• estão localizadas no mesmo estado

• só operam no território nacional

• submetem-se às alíquotas da tabela abaixo.

ICMS IPI PIS COFINS

18% 10% 1,65% 7,6%

4. Considerando somente as operações apresentadas, as informações

recebidas e as determinações tributárias em vigor, a COFINS a ser paga

pela Comercial X, em reais, é

(A) 228,00

(B) 79,04

(C) 76,00

(D) 62,32

(E) 60,80

119

5. Considerando somente as operações apresentadas, as informações

recebidas e as determinações tributárias em vigor, o PIS a ser pago pela

Comercial X, em reais, é

(A) 10,23 (B) 13,20 (C) 13,53 (D) 16,50 (E) 49,50

6. (Fundação Cesgranrio/BR Distribuidora/Q.32) Uma empresa

sujeita à COFINS pelo regime de incidência cumulativa apresentou as

seguintes informações referentes a um determinado mês:

• Vendas 225.000,00

• Devolução de vendas 15.000,00

• Compras 80.000,00

• Descontos incondicionais concedidos 10.000,00

Considerando as informações recebidas e os procedimentos técnicos

referentes à COFINS cumulativa, o valor devido dessa empresa, ao final

do mês das operações apresentadas, em reais, é

(A) 3.900,0

(B) 0

(B) 4.350,00

(C) 6.000,00

(D) 9.880,00

(E) 15.200,00

120

7. Uma empresa mista, que tem em seu estatuto social previsão de

atividades comerciais e de prestação de serviços, é tributada pelo lucro

presumido. Ao final do 1o trimestre de 2015, apresenta as seguintes

contas de resultado, em reais:

• Receita Bruta de Vendas 100.000,00

• Receita de Prestação de Serviços 50.000,00

• Receitas Financeiras 2.000,00

• Despesas Dedutíveis 120.000,00

Considerando apenas as informações apresentadas e sabendo que a

alíquota utilizada no método cumulativo é de 3%, enquanto a alíquota

utilizada no método não cumulativo é de 7,6%, a Cofins devida pela

empresa, em reais, é:

(A) 4.500,00

(B) 4.560,00

(C) 5.320,00

(D) 5.472,00

(E) 11.552,00

8. O Supermercado Capixaba é uma empresa que fez a opção, em 2005,

pelo lucro presumido. Em janeiro, adquiriu R$ 200.000,00 em

mercadorias, além de ter R$ 100.000,00 de estoque inicial. A receita de

revenda de mercadorias montou R$ 400.000,00 no mês, com o

supermercado obtendo, ainda, receitas financeiras, no valor de R$

10.000,00. Sabendo-se que a alíquota da COFINS é de 7,6% para o

método não cumulativo e de 3% para o método cumulativo, a COFINS

devida pelo Supermercado Capixaba, em reais, referente ao mês de

janeiro de 2016, será:

121

(A) 7.600,00 (B) 8.360,00 (C) 12.000,00 (D) 12.300,00

(E) 14.950,00

9. Uma empresa tributada pelo lucro presumido apresentou os

seguintes dados, ao final do mês de janeiro de 2014:

Receita Bruta de Vendas R$ 1.200.000,00

Descontos Incondicionais Concedidos (N.Fiscal) R$ 60.000,00

Devolução de Vendas R$ 20.000,00

Perda na Venda de Bens do Ativo Imobilizado R$ 10.000,00

Considerando apenas as informações apresentadas e sabendo que a

alíquota do PIS/PASEP é de 0,65% para as empresas tributadas pelo lucro

presumido, o valor da contribuição, devido em janeiro de 2007, em reais,

monta a:

(A) 7.215,00 (B) 7.280,00 (C) 7.345,00 (D) 7.670,00 (E) 7.800,00

10. Uma empresa comercial tributada pelo lucro real apresentou as

seguintes informações no mês de outubro de 2016:

Em reais

Estoque Inicial 20.000,00

Compras de Mercadorias 100.000,00

Estoque Final 30.000,00

Vendas de Mercadorias 200.000,00

Despesas com Energia Elétrica 20.000,00

Receitas Financeiras 2.000,00

Despesas Financeiras 3.000,00

Sabe-se que a alíquota da Cofins para as empresas que estão no método

cumulativo é de 3% e de 7,6% para as empresas obrigadas a utilizar o

método não cumulativo.

122

Com base apenas nas informações apresentadas e na legislação tributária

vigente, a Cofins devida pela empresa referente ao mês de outubro de

2016 será, em reais:

(A) 6.060,00

(B) 6.080,00

(C) 6.840,00

(D) 6.992,00

(E) 6.160,00

123

13. Substituição Tributária

Conforme o art. 6º, da Lei Complementar nº 87 de 13/09/1996, conhecida

como Lei Kandir, a Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto

ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento,

hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário.

A Substituição Tributária (ST) é o regime pelo qual a responsabilidade

pelo ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) devido

em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a outro

contribuinte.

Assim temos na legislação duas modalidades de contribuintes:

1) Contribuinte Substituto: é aquele eleito para efetuar a retenção e/ou

recolhimento do ICMS;

2) Contribuinte Substituído: é aquele que, nas operações ou prestações

antecedentes ou concomitantes é beneficiado pelo diferimento do imposto

e nas operações ou prestações subsequentes sofre a retenção.

As operações ou prestações podem ocorrer da seguinte forma:

Antecedentes

Concomitantes

Subsequentes

A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente

sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes,

concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da

diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e

124

prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em

outro Estado, que seja contribuinte do imposto.

A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens

ou serviços previstos em lei de cada Estado.

O ICMS ST é cobrado na nota fiscal de clientes que comercializam

produtos de difícil fiscalização, tais como: cigarros, discos, peças, bebidas,

combustíveis, derivados de petróleo, carnes, etc.

A base de cálculo poderá ser por meio:

Imposto sobre o Valor Agregado – IVA – que representa a margem

média de lucro, estabelecida pelo fisco, em percentuais, de

determinados seguimentos de negócios; ou.

O preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador.

Base de cálculo praticada em relação ao tipo de operação e prestação:

em relação às operações ou prestações antecedentes ou

concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado pelo

contribuinte substituído; e

em relação às operações ou prestações subsequentes, obtida pelo

somatório das parcelas seguintes:

a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo

substituto tributário ou pelo substituído intermediário;

b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros

encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou

tomadores de serviço;

125

c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às

operações ou prestações subseqüentes.

Exemplo prático de operação subsequente:

IVA – Imposto sobre o valor agregado = 50%

A indústria vende para o atacado uma mercadoria por: R$ 1.000,00

O atacado vendo para o varejo a mesma mercadoria por: R$ 1.300,00

O varejo vende para o consumidor final a mercadoria por: R$ 1.500,00

Cálculo do ICMS substituição Tributária:

Indústria = R$ 1.000,00 x 18% = R$ 180,00

IVA = R$ 500,00 x 18% = R$ 90,00

ICMS na NF = R$ 180,00 + R$ 90,00 = R$ 270,00, que representa:

R$ 180,00 = Débito da indústria para como fisco

R$ 90,00 = Débito do atacado e do varejo para com a indústria, que

repassou para o fisco.

Notas:

O atacado tem que pagar a indústria o valor de R$ 54,00, destacado na

NF quando da compra da mercadoria, que representa 18% sobre R$

300,00 (valor agregado).

O varejo tem que pagar ao atacado o valor de R$ 36,00, destacado na

nota fiscal, que representa 18% sobre R$ 200,00 (valor agregado).

126

A indústria repassa para o fisco o valor de R$ 180,00 + R$ 90,00

(atacado + varejo).

Exercício - Substituição Tributária

1. A Cia São Caetano é uma indústria de biscoito localizada na cidade

do Rio de Janeiro e vende seus produtos para a Cia. Diadema, que é uma

empresa comercial varejista, localizada no mesmo estado. A Cia São

Caetano vendeu sorvetes para a Cia Diadema por R$ 2.000,00 mais um

frete de R$ 200,00, com um desconto incondicional de R$ 50,00, além da

inclusão do ICMS substituição tributária. Sabe-se que a alíquota do ICMS

substituição tributária, no Estado do Rio de Janeiro, é de 20% e que a

margem de lucro definida em lei, para fins de substituição tributária, é de

30%. O ICMS substituição tributária que será recolhido pela Cia. São

Caetano, referente à venda para a Cia Diadema, reais será:

a) 117,00 b) 120,00 c) 129,00 d) 132,00 e) 142,00

127

2.(Petrobras/Cesgranrio/2014/Q.44) Um atacadista, trabalhando

com produtos sujeitos à incidência do ICMS substituição tributária (ICMS

ST), apresentou, em reais, as seguintes informações de uma venda

realizada, em tal modalidade de ICMS:

• Valor dos produtos 4.200,00

• Margem de lucro (prevista em lei: pauta mínima)

4.200,00 x 25% 1.050,00

Total 5.250,00

Cálculos do ICMS, realizados pelo atacadista:

ICMS sobre a operação = 5.250,00 x 18% = 945,00

ICMS sobre o produto = 4.200,00 x 18% = 756,00

ICMS ST = 945,00 - 756,00 = 189,00

Considerando exclusivamente as informações recebidas, as determinações

fiscais e as normas contábeis inerentes ao assunto, o registro contábil

realizado pelo atacadista, em reais, no dia da operação, é

(A) Débito: Clientes 4.200,00

Crédito: Vendas 4.200,00

(B) Débito: Clientes 4.200,00

Débito: ICMS ST a Recuperar 189,00

Crédito: Vendas 4.389,00

(C) Débito: Clientes 4.389,00

Crédito: Vendas 4.389,00

(D) Débito: Clientes 4.389,00

Crédito: Vendas 4.200,00

Crédito: ICMS ST a Recolher 189,00

(E) Débito: Clientes 5.439,00

Crédito: Vendas 5.250,00

Crédito: ICMS ST a Recolher 189,00