democracia dilma anuncia pacto pelo brasil · camila domingues/palácio piratini artigo ......

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INFORMATIVO ELETRÔNICO DO MANDATO - 477 - 28/06/2013 Assembleia Legislativa do RS - Praça Marechal Deodoro, 101 - Gab. Parlamentar, sala 1001 - 10 0 andar- (51) 3210.1370 Siga o Villa - Site: www.adaovillaverde.com.br | Twitter: @_villa13_ | Facebook: adaovillaverde Dilma anuncia pacto pelo Brasil E m reunião com ministros, gover- nadores e prefeitos de diversas re- giões do Brasil, a presidenta Dilma Rousseff anunciou, na segunda-feira (25), um pacto que busca atender as demandas dos manifestantes que fo- ram às ruas clamar por uma sociedade melhor. O pacto é composto por cinco itens: destinação dos royalties do petróleo para a educação; investimentos em saúde; melhoria do transporte público; respon- sabilidade fiscal; e constituinte para re- forma política no país. “Quero, nesse momento, propor um debate sobre a convocação de um ple- biscito popular. Devemos também dar prioridade ao combate à corrupção de forma ainda mais contundente do que já vem sendo feito em todas as esfe- ras. Nesse sentido, uma iniciativa fun- Roberto Stuckert Filho/PR damental é uma nova legislação que classifique a corrupção dolosa como equiva- lente a crime hediondo, com penas muito mais severas”, afirmou ela. Saiba mais em http://migre.me/faKNZ DEMOCRACIA Tarso recebe manifestantes no Palácio Piratini E m meio à onda de protestos pela redução das pas- sagens em todo o Brasil, o governador Tarso Gen- ro recebeu, na noite de quinta-feira (27), no Palácio Piratini, integrantes do movimento Bloco de Luta pelo Transporte Público. Uma parte dos manifestantes - que se reuniram na Praça da Matriz - apresentou uma sé- rie de reivindicações: a redução das tarifas dos trans- portes coletivos, o aprofundamento das investigações de grupos neonazistas infiltrados no movimento e pos- síveis excessos cometidos pela Brigada Militar. Acompanhado pela cúpula do secretariado, Tarso reiterou as medidas adotadas pelo Governo do Estado - como o anúncio do passe livre estudantil para a Região Metropolitana (veja mais detalhes na página 10 e a criação da Câmara de Justiça Restaurativa - e destacou as mudanças na atuação das forças policiais gaúchas. “Tem casos pontu- ais que têm que ser corrigidos, nós sabemos disso. A Brigada Militar está numa posição de mudança de cultura, de polícia cidadã, que é incomparável com os procedimentos de outros Estados”. Sobre a atuação de grupos neonazistas inflitrados no movimento, o governador garantiu que a Polícia Civil acompanha as ações. “Pediram de maneira formal que nós aprofundássemos a investigação de movimentos neonazistas aqui no RS. Vou verificar, mas tenho a informação de que isso vem sendo feito com acompanhamento da Polícia Civil. Me comprometi de até semana que vem de dar uma resposta por escrito para as demandas que eles apresentaram”. Camila Domingues/Palácio Piratini ARTIGO Em artigo publi- cado nesta sex- ta-feira no jor- nal Zero Hora, Villa aborda os movimentos so- ciais salientan- do as conexões entre o “espaço do ciberspaço e o espaço públi- co urbano real”. Leia o texto na íntegra na página 3

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Page 1: DEMOCRACIA Dilma anuncia pacto pelo Brasil · Camila Domingues/Palácio Piratini ARTIGO ... presidenta Dilma propôs os pac-tos pela qualidade do transporte ... (25), “en-tendo

INFORMATIVO ELETRÔNICO DO MANDATO - 477 - 28/06/2013

Assembleia Legislativa do RS - Praça Marechal Deodoro, 101 - Gab. Parlamentar, sala 1001 - 100 andar- (51) 3210.1370Siga o Villa - Site: www.adaovillaverde.com.br | Twitter: @_villa13_ | Facebook: adaovillaverde

Dilma anuncia p acto pelo BrasilEm reunião com ministros, gover-

nadores e prefeitos de diversas re-giões do Brasil, a presidenta DilmaRousseff anunciou, na segunda-feira(25), um pacto que busca atender asdemandas dos manifestantes que fo-ram às ruas clamar por uma sociedademelhor.

O pacto é composto por cinco itens:destinação dos royalties do petróleo paraa educação; investimentos em saúde;melhoria do transporte público; respon-sabilidade fiscal; e constituinte para re-forma política no país.

“Quero, nesse momento, propor umdebate sobre a convocação de um ple-biscito popular. Devemos também darprioridade ao combate à corrupção deforma ainda mais contundente do quejá vem sendo feito em todas as esfe-ras. Nesse sentido, uma iniciativa fun-

Roberto Stuckert Filho/PR

damental é uma nova legislação que classifique a corrupção dolosa como equiva-lente a crime hediondo, com penas muito mais severas”, afirmou ela. Saiba maisem http://migre.me/faKNZ

DEMOCRACIA

Tarso recebe manifest antes no Palácio PiratiniEm meio à onda de protestos pela redução das pas- sagens em todo o Brasil, o governador Tarso Gen-ro recebeu, na noite de quinta-feira (27), no PalácioPiratini, integrantes do movimento Bloco de Luta peloTransporte Público. Uma parte dos manifestantes - quese reuniram na Praça da Matriz - apresentou uma sé-rie de reivindicações: a redução das tarifas dos trans-portes coletivos, o aprofundamento das investigaçõesde grupos neonazistas infiltrados no movimento e pos-síveis excessos cometidos pela Brigada Militar.

Acompanhado pela cúpula do secretariado, Tarsoreiterou as medidas adotadas pelo Governo do Estado - como o anúncio do passe livre estudantilpara a Região Metropolitana (veja mais detalhes na página 10 e a criação da Câmara de JustiçaRestaurativa - e destacou as mudanças na atuação das forças policiais gaúchas. “Tem casos pontu-ais que têm que ser corrigidos, nós sabemos disso. A Brigada Militar está numa posição de mudançade cultura, de polícia cidadã, que é incomparável com os procedimentos de outros Estados”.

Sobre a atuação de grupos neonazistas inflitrados no movimento, o governador garantiu que a PolíciaCivil acompanha as ações. “Pediram de maneira formal que nós aprofundássemos a investigação demovimentos neonazistas aqui no RS. Vou verificar, mas tenho a informação de que isso vem sendo feitocom acompanhamento da Polícia Civil. Me comprometi de até semana que vem de dar uma resposta porescrito para as demandas que eles apresentaram”.

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ARTIGO

Em artigo publi-cado nesta sex-ta-feira no jor-nal Zero Hora,Villa aborda osmovimentos so-ciais salientan-do as conexõesentre o “espaçodo ciberspaço eo espaço públi-co urbanoreal”. Leia otexto na íntegrana página 3

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O que parecia impossível estáse mostrando possível com a lutae a mobilização das ruas.

Atenta ao clamor das ruas, apresidenta Dilma propôs os pac-tos pela qualidade do transportepúblico, pela saúde, pela educa-ção, pela responsabilidade fiscale pela reforma política, e destra-vou a pauta política com a propo-sição do plebiscito.

Pressionado, o Congresso Na-cional rejeitou a PEC 37, que li-mita os poderes de investigaçãodo Ministério Público.

Outra conquista da sociedadefoi a aprovação do projeto quedestina 75% dos royalties do pe-tróleo para a educação e 25% paraa saúde

DEMOCRACIA

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Plebiscito já e reforma política para atender clamor das ruas

Para Villa não se discute que aConstituição Federal brasileira é

a baliza legal de regramentos do Es-tado democrático de direito consti-tucional. Mas o momento que vive-mos, com a singular mobilização pe-

las ruas do país, com ban-deiras e conclamações nãoregressivas, portanto pro-gressistas, requer que to-dos, além de defender aConstituição, “ouçam osanseios e os desejos dasruas”.

“Por isso”, disse Villa,na tribuna da sessão plená-ria de terça-feira (25), “en-tendo que a presidentaDilma pode enviar a propos-ta de um projeto de plebis-cito ao Congresso e este vaifazer sua opção: apoia eaprova o plebiscito e dá ascondições para chamá-lo ou

assume a responsabilidade frente àsgrandes mobilizações das ruas denosso país, fazendo uma profundareforma política, na qual são ques-tões centrais o fim do financiamen-to privado de campanhas, o voto em

lista, a proporcionalidade, a fideli-dade partidária...

Para Villa, diante de tudo isto, nun-ca esteve tão na ordem do dia “a ne-cessidade de uma reforma no siste-ma político e nas instituições brasi-leiras, revelada já há algum tempopela enorme crise de representaçãodo próprio Estado moderno”.

Por isto, Villa defende uma amplareforma política, eleitoral, adminis-trativa e jurídica no Estado “absolu-tamente para valer, capaz de ir docontrole social sobre os cargos eletivose os orçamentos, passando pelo for-talecimento dos partidos e chegandoa uma maior profissionalização nasfunções públicas de Estado, eliminan-do a lógica das nomeações via cargosde confiança”.

Mas, segundo Villa, isto só pode-rá ocorrer através de uma urgentecampanha por um plebiscito que ouçaa sociedade.

Marcelo Bertani/Ag. ALRS

CONQUISTA SOCIAL

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ARTIGO

DESINTERDIÇÃO DA PAUTA POLÍTICA 1

Os jovens inconformados e, porque não, os indignados que

ocupam as ruas do mundo já há al-gum tempo tomaram os espaços pú-blicos de cidades brasileiras, numsingular processo, afirmando e re-afirmando que rejeitam governos,partidos, instituições, a grandemídia, empresas, entidades, entreoutras formas de representação oude sua delegação.

Os protestos manifestam carac-terísticas absolutamente comunsentre si. De um lado, movem-se re-velando uma enorme insatisfaçãocom um modo de vida altamentesacrificante imposto pela tragédiaurbana diária de viveremassardinhados em transportes cole-tivos caros, de baixa qualidade e dehorários incertos, ou no caos da fal-ta de mobilidade, oscilando numacorrida só, entre casa, emprego eestudos, restando escasso tempopara o sono e muito menos para olazer.

De outro, mesmo com os avan-ços das políticas públicas do Esta-do brasileiro, registram que a saú-de, a educação, a segurança, a ha-bitação, o meio ambiente e a mobi-lidade urbana poderiam estar em

VILLA2

muito melhores condições, se recur-sos públicos não fossem drenadospara investimentos privados daCopa, cujos jogos aindainviabilizam a presença do povo porpreços completamente inacessíveis.

Mas a grande novidade destasmovimentações, envolvendo mi-lhões de corações e mentes no Bra-sil e no mundo, são as conexõesentre o “espaço público dociberespaço” e o espaço públicourbano real. Onde as ruas fazememergir das trágicas condições ur-banas de nossas grandes metrópo-les aquelas dúvidas a dividir, suasinquietudes, suas esperanças, suasindignações e as preocupações ne-cessárias com seu futuro. Identifi-cando as cidades, cada dia um pou-co mais, como gelatinosas áreas deinsegurança, de incerteza, de vio-lência e de ausência de perspecti-vas.

Isto revela que os modelos teóri-co-práticos que norteiam a socie-dade e orientaram e embalaramnossa geração são insuficientespara explicar o presente e anteci-par o futuro, num acelerado cená-rio de revolução técnico-científicana era da microeletrônica e da

1Artigo publicado no jornal Zero Hora em 28

de junho de 2013.2Professor, engenheiro e deputado estadual

(PT-RS)

O QUE É PLEBISCITO E REFERENDOO governo, atento às manifestações sociais das ruas, defende a convocação

de um plebiscito para ouvir os anseios da população. Na contramão, a oposiçãoprega a ideia do referendo em que a população sem protagonismo só se mani-festa depois do Parlamento. Abaixo, explicamos o que é cada um.

PLEBISCITO = é uma consulta ao povo antes de uma lei ser constituída, de modoa aprovar ou rejeitar as opções que lhe são propostas.

REFERENDO = é uma consulta ao povo após a lei ser constituída, em que o povoratifica (“sanciona”) a lei já aprovada pelo Estado ou a rejeita.

LEI 9709

O artigo primeiro da Lei 9709determina que a soberania popu-lar é exercida por sufrágio univer-sal e pelo voto direto e secreto,com valor igual para todos, nostermos desta Lei e das normasconstitucionais pertinentes. Leia aíntegra da lei acessando

http://migre.me/fdRh1

nanotecnologia.Foi em sintonia com as vozes das

ruas pedindo mudanças, que apresidenta Dilma apresentou ospactos pela qualidade do transpor-te público, pela saúde, pela educa-ção e desinterditou a pauta da re-forma política, dando vazão aosanseios dos movimentos, através daproposta do plebiscito e da pressãosobre o Congresso. Evidenciandoque o que parecia impossível semostra possível, através da luta eda mobilização das ruas.

Por isto, é gratificante ver a ge-ração do livre espaço público dainternet nos espaços reais dos vo-láteis contornos de nossos frágeisterritórios, materializando sonhose desejos e, quem sabe, estimulan-do consciências utópicas, que nãoterminam confundidas apenas commedíocres desejos de consumo. Queestes protestos aprofundem este ca-minho!

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http://migre.me/fc7Yx

ARTIGO

Dar as cost as, ou exercit ar a hegemonia? 1

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As imensas manifestações realizadasna última quinta-feira permitiram

vislumbrar de forma mais clara, o quan-to este extraordinário movimento soci-al de indignação está em disputa. Todasas evidências mostram que não há ape-nas um “grande movimento”, mas umaconfluência de muitas contestações ecausas que encontraram nos aumentosdos preços das passagens urbanas o seuponto de encontro, o estopim necessá-rio para ganhar massivamente as ruas.

Uma confluência tão vigorosa, quan-to instável. Os atos são relevantes por-que capazes de reunir multidões emmuitos lugares. Vistos de forma pano-râmica, compõem uma coesa massacontra “tudo o que está aí”. Ao pene-trar no seu interior, no entanto, é pos-sível perceber o quanto esta “coesão”abriga muita diversidade de objetivose posturas. É exatamente essa diversi-dade que dá identidade ao movimento,razão pela qual fracassaram, até ago-ra, todas as tentativas de reduzir seussignificados a qualquer uma das partesdeste imenso mosaico.

Ao ficar evidente que grupos comfortes características neofascistas, es-timulados pelo culto da depredação ten-taram colocar no centro do movimentoo ódio contra os partidos e as organiza-ções populares, o que se viu é que agrande maioria dos presentes se afas-tava ou ativamente tentava impediressas ações. Eram grupos, de modogeral, encapuzados que agiam de for-ma organizada e violenta em direção apessoas identificadas com alguma or-ganização popular; outros se afastavamda massa para vandalizar e saquear deforma cada vez mais distante do ânimoda maioria. Esses não representam amanifestação. São fragmentos de ex-trema direita, cujos bandos há muitoatuam em grandes cidades, batendo emprostitutas, negros, judeus, que seinfiltraram nas manifestações; e/ousetores anarquistas que nunca se sen-tem representados por nada e, também,não representam nada socialmente. Ouseja, compreender que esses setores

são capazes de sequestrar essas imen-sas manifestações e, portanto, lhes daro sentido e direção é fazer doimpressionismo, ou imprecisão, os prin-cipais elementos da avaliação política.

Transformar a menor parte no todo,pode ser uma forma cômoda de evitarpensar e agir sobre aquilo que ainda nãoentendemos direito, mas representauma energia social imensa que se mo-vimenta por causas capazes de produ-zir efetivos avanços sociais. As ruas sãoo lugar por excelência da luta democrá-tica, tanto para impulsionar seus avan-ços, quanto para defendê-la contraaqueles que a atacam. Não podem, por-tanto, ser esvaziadas por aqueles quequerem aprofundar as conquistas docampo democrático e popular. Commuito mais razão, ainda, se houver al-gum indício golpista no ar.

O Brasil vive numa democracia polí-tica, que especialmente nos últimos dezanos, vêm avançando também na de-mocratização social e econômica. Eladeve ser defendida não apenas pelo quejá conquistamos nestes 28 anos, desdeo fim da ditadura, mas pelo muito queainda precisamos avançar para tornar-mos o Brasil um país mais justo social,econômica, ambiental e culturalmente.

Cada avanço foi conquistado emduras lutas, muitas vencidas e tantasoutras interditadas por uma correlaçãode forças política e social desfavorável,incapaz de ser alterada sem mobilizaçãosocial. Um belo exemplo é o de que atéa alguns dias atrás era impossível can-celar o aumento das passagens urba-nas e as lutas convocadas realizadas peloMPL, assim que ganhou essa extraordi-nária adesão, tornou possível o que atéentão era inalcançável. Quantas outrascausas favoráveis ao campo democrá-tico e popular que são impossíveis ago-ra podem tornar-se possíveis a partirdesta gigantesca energia social emmovimento? Interessa ou não para ocampo democrático e popular uma re-composição mais favorável da correla-ção de forças entre os campos que dis-putam a hegemonia na sociedade? O

certo é que as lutas sociais intensasoferecem oportunidades de ouro paratodos e, assim como no futebol, na lutade classes ninguém ganha por WO.

Os ruralistas e a sua pauta regressi-va em relação à proteção ambiental, porexemplo, estão há quase duas décadastentando impor a desregulamentação daproteção ambiental, assegurada peloCódigo Florestal. Quando construírammaioria no Congresso, a reação contraessas tentativas produziu um amplomovimento, organizado pelas redes so-ciais, que exerceu uma fortecontrapressão e exigia o “veta Dilma”.Ao dirigir sua exigência para a presi-dente da república, o movimento ma-nifestava também a confiança de que oGoverno Federal não é uma mera ex-tensão dos interesses dos ruralistas, oque possibilitou que a presidente Dilmativesse condições políticas muito maisfavoráveis para fazer aquilo que efeti-vamente fez: vetar os pontos queregrediam e praticamente impediam aproteção dos cursos de água e encos-tas, além de anistiar as agressõesambientais realizadas.

A eleição do deputado Feliciano para apresidência da Comissão de Direitos Hu-manos da Câmara dos Deputados, por suavez, produziu uma reação democráticacontra a captura da agenda de direitoshumanos por um setor que ostensivamen-te pretende transformar em norma legalas suas crenças religiosas, impondo seusvalores e costumes à sociedade, como a“cura gay” e o “estatuto do nascituro”. Areação contra este retrocesso e o avançonas conquistas de um Estado laico – queassegure a defesa da livre orientação se-xual, do direito das mulheres não seremcriminalizadas por abortarem fetos gera-dos por meio de violência (numa inaceitá-vel inversão da culpa) -, é amplamenteimportante e progressista.

GERSON ALMEIDA2

1Artigo publicado no jornal eletrônico Sul21

em 24 de junho de 20132Sociólogo e ex-secretário do Meio Ambiente

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http://migre.me/fcTnb

O FACE, A ESTANCIEIRA E O HERÓI ZAPATA 1

Ainda é cedo, mas algo já é possíveldizer sobre as atuais manifestações

de rua no Brasil. Por exemplo: só haverácerteza de que o Brasil mudou quando for-mos a um supermercado e não encontrar-mos lá, no seu estacionamento lotado,um caminhonetão ocupando duas vagas.Ou quando estivermos em uma fila qual-quer, de lançamento de um livro ou nocaixa do banco, e não testemunharmosalguém, lá na frente, furando a fila.

É um equívoco pensar que os políti-cos vão virar anjos sem que antes mudea sociedade que os pós-graduou comodiabos, no seio da qual os pequenosdelitos do quotidiano são aceitos comonormais. Enquanto continuarem existin-do cidadãos que passam com o carri-nho abarrotado em caixa de 10 volu-mes (quando os que estão corretos es-peram), não haverá mudança. É umcontrassenso exigir que essa transfor-mação ocorra de lá para cá, sem antespassar pelo cidadão comum que será opolítico de amanhã.

É legítima a indignação com os diri-gentes da Fifa e com as suas reprová-veis formas de atuação. Mas as Copasdo Mundo só existem porque torcedo-res, todas as semanas, deixam nos es-tádios boa parte de seus salários. Semcontar o desatino por andarem fardadospelas ruas como se fossem jogadoresprontos para o jogo, num quadro de maugosto que só o fanatismo explica. É pre-ciso entender que uma Copa do Mundo éorganizada porque a nossa população seocupa de futebol dia e noite, num infer-no passional que nem o próprio medo-nho das trevas suportaria.

Se no mundo, em especial no Brasil,não houvesse essa espécie de histeriapelo futebol, e toda essa energia emo-cional e financeira fosse dirigida ao te-atro, por exemplo, não há dúvida de quea Fifa estaria, hoje, aqui, com outronome, realizando outro tipo de evento.Protestar contra a Copa e seussubprodutos é legítimo. Mas não custapensar que este cenário consumista,

sustentado pela histeria dos amantesda bola, é um terreno fértil para quecircule tanto dinheiro no entorno de umaCopa. Se é uma revolução, a mudançapode ser iniciada por um envolvimentomenor com o produto que dá lucro àFifa. Ela não terá tanto poder e perde-rão aqueles governantes que usam ofutebol para agradar às massas.

Louvemos o despertar do gigante.Mas, para o bem do seu futuro, já é pre-ciso ir entendendo essas questões delógica pura. Para se evitar que a revolu-ção não se resuma a casos hilariantes,como o da jovem estancieira gaúcha quecompartilhou no Facebook frases deEmiliano Zapata para criticar o governoDilma. Ou para que não sobre para a his-tória a imagem de um gigante que foidormir de ki-chute e acordou de Nike,mas sem um cérebro capaz de sacar aimportância dessa mudança de status.

1Artigo publicado no jornal Zero Hora em 25

de junho de 2013.2Escritor

TAILOR DINIZ2

ARTIGOS

Algo está acontecendo por aí 1

Ouve-se um urro vindo das ruas. Algoestá acontecendo por aí e nada foi

previsto nas análises dos especialistas.Algo está acontecendo por aí e não seenquadra no figurino das interpretaçõespolíticas acadêmicas. Algo está aconte-cendo por aí e tem a força de um tsunami,a violência, por vezes, do ressentimen-to, a alegria, quase sempre, das festascolossais e inesquecíveis, a criatividadedos momentos de ruptura e a persistên-cia, quem sabe, fugaz, mas devastado-ra, de uma avalanche, de um tornado, deum terremoto, de uma lava subterrâneaincontrolável e que encontrou o caminhoda superfície, de uma tempestade deverão, uma verão fora de época, no ou-tono, no inverno, que supera os seus li-mites, inventa novas realidades, semeiapoesia, utopia e acende esperanças.

Algo está acontecendo por aí e tem amarca das redes, essas cadeias sociaisque até há pouco nem existiam, a marca

JUREMIR MACHADO2

da democracia direta, aquém e além dospartidos, aquém e além dos poderes cons-tituídos, aquém e além das sombras si-lenciosas, um rugido, um rastilho de vo-zes, um clamor, uma indignação contra ovelho, contra o falso novo e contra osoportunistas que tentam infiltrar o velhono novo. Algo está acontecendo por aí ese volta contra a sociedade “midíocre”,conservadora, reacionária, moralista eamiga do poder econômico que funcionacomo sistema de hierarquia social. Algoestá acontecendo por aí e pode ser visto,talvez, como mais um sinal da “passa-gem ao hiperespetacular”, um grito con-tra a espetacularização da política pormeio de uma aceleração, um basta à gre-ve das metamorfoses ancorado no retor-no das massas ao palco da vida, as ruas.

Algo está acontecendo por aí e não setrata, como desejam alguns, de uma nos-talgia da ditadura, nem de uma confis-são de amor ao egoísmo e ao horror eco-

nômico do neoliberalismo caduco,tampouco de uma adesão tardia ao “me-lhor dos mundos” marxista, muito me-nos de um repúdio aos avanços sociaisduramente conquistados pelo Brasil. Algoestá acontecendo por aí e não se trata deum diagnóstico de que estamos em nos-so pior momento, mas, possivelmente,de que mesmo no melhor temos tanto dopior, esse pior historicamente reproduzi-do, que chegou a hora de tomar as réde-as e exigir o grande salto sobre o abismodas desigualdades, da hipocrisia, dosconchavos, dos formalismos jurídicosaplicados quando convenientes e da poli-ticagem fétida em nome dagovernabilidade.

1Artigo publicado no jornal Correio do Povo

em 27 de junho de 20132Jornalista

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ENTREVISTA CARTA CAPITAL

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Para Rui Falcão, as manifest ações abremcampo p ara discutir a reforma do sistema eleitoral

CC: Mas só agora, após três sema-nas de protestos?

RF: Inicialmente, o foco era São Pau-lo, e as nossas instâncias municipal eestadual se manifestaram claramente.Logo no segundo dia, teve uma nota daExecutiva Municipal, da Juventude doPT. Você pode ter notado uma maiorvisualização de militantes de outrospartidos, mas o núcleo do MovimentoPasse Livre, boa parte deles são eleito-res do prefeito Fernando Haddad. Nãotêm filiação partidária, mas são sim-patizantes do PT. Havia certa resistên-cia, no início, à ostentação de bandei-ras partidárias. Nós não queríamos pas-sar uma ideia de aparelhamento. Agorao cenário é outro, há liberdade para aparticipação de todos.

CC: Como o senhor avalia esse mo-vimento?

RF: Como eu tenho dito, o PT nãotem medo de povo nas ruas. Isso é umsinal muito claro de dois fenômenos. Pri-meiro, o fortalecimento da democraciano nosso país, que acelerou bastante nosúltimos dez anos. Segundo, resultado

Na quarta-feira (19) o presidente nacional do PT, Rui Falcão, publicou

uma nota para convocar a militânciapetista a aderir aos protestos que to-mavam as ruas do País. “Não podemospermitir que o movimento possa sercapturado por pautas criadas pela di-reita, pautas artificiais induzidas poruma certa mídia”, justificou, em en-trevista a CartaCapital. Durante os pro-testos, partidários e demais manifes-tantes entraram em conflito por contadas bandeiras ostentadas nos protes-tos; os primeiros foram chamados de“oportunistas”. A seguir, Falcão expli-ca as suas razões e defende os gover-nos de coalizão liderados por seu parti-do, também alvos das ruidosas e tur-bulentas manifestações.

CartaCapital: Por que o PT deci-diu convocar a militância para asruas?

Rui Falcão: O PT já participava dasmanifestações desde o início, por meioda sua juventude. Nós temos juventudeorganizada, no nível municipal, estadu-al e nacional. As manifestações se diri-giam para a questão da qualidade dotransporte, mas também refletem aspi-rações da juventude com relação ao es-paço urbano. Só que a repressão policialem São Paulo, na quinta feira 13, fezcom que houvesse uma adesão maior aosprotestos, e o partido agora procura ori-entar a nossa militância a prestar soli-dariedade. Ao mesmo tempo, não pode-mos permitir que o movimento possa sercapturado por pautas criadas pela direi-ta, pautas artificiais induzidas por umacerta mídia. Queremos estar lá agoracom as nossas bandeiras, com as nos-sas estrelas, como os outros partidos ofazem e têm todo direito de fazer.

“A sociedade quer avançarmais. É natural querer isso deimediato”

Rui Falcão

também de várias conquistas que a po-pulação pôde assegurar nesse período,graças aos governos Lula e Dilma, e es-sas conquistas fazem com que surjamnovas demandas. Isso é positivo. Todavez que você alcança um determinadopatamar de direitos, você quer conquis-tar novos direitos. O outro fato positivoque eu vejo nas manifestações é esserepúdio à violência policial.

CC: Mas o prefeito FernandoHaddad e o ministro da Justiça, JoséEduardo Cardozo, ambos do PT, che-garam a defender a atuação da polí-cia paulista, não é mesmo?

RF: O que a polícia deve combater,e fez residualmente, é a ação de pro-vocadores, de vândalos, daqueles quedepredam patrimônio público. Mas nãoreprimir aqueles que estão se expres-sando livremente, de forma democrá-tica e pacífica. No caso de São Paulo, apolícia atingiu até aqueles que não es-tavam se manifestando, agrediu jorna-listas no exercício de sua profissão.

LEIA+

Fábio R

odrigues P

ozzebom

/Agência B

rasil

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CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Fapergs inaugura nova sede

07

Mais de 100 pessoas, entre pesquisadores, pro-

fessores, estudantes, autori-dades de C&T e do meio am-biente, empresários de áre-as afins, superlotaram o es-paço reservado à cerimôniade inauguração da nova sededa Fapergs, no EdifícioUnião, no centro de Porto Ale-gre, simbolizando o que o re-presentante do governador,secretário de Ciência, Inova-ção e DesenvolvimentoTecnológico, Cleber Prodanov,e a diretora presidente daFundação de Amparo à Pes-quisa no RS, Nádya Pesce daSilveira, definiram como“prestígio emblemático donovo momento de otimismoda entidade, colocada no cen-tro da estratégia de desen-volvimento do governo, a

serviço da sociedade e doEstado” .

O secretário Prodanovdisse que o papel da Funda-ção está sendo valorizadopela vontade política do go-vernador Tarso Genro queconsidera a pequisa e a ino-vação como vitais para oavanço do Rio Grande do Sula partir da área na qual seunem a tradição, os profis-sionais qualificados, as uni-versidades e os empresários.

A professora Nádya des-tacou a relevância do passodado, mas também citou anecessidade de novas con-quistas como a implantaçãode um plano de cargos e sa-lários, para reconhecer equalificar a mão de obra daFundação. E animou-se a pro-jetar um futuro mais ampli-

Cerimônia contou com a presença de muitos representantes do setor

ado ainda que implicará em uma nova sede, ainda com maisespaço para a entidade.

Ex-secretário estadual de Ciência & Tecnologia, o deputadoVilla, que representou a Assembleia Legislativa no ato realizadono final da manhã de segunda-feira (24), no segundo pavimentodo prédio número 261 da avenida Borges de Medeiros, foi citadocomo parceiro histórico da fundaação e do colaborador impres-cindível setor da pesquisa, desenvolvimento e inovação. Villa foio autor da primeira lei de incentivo à inovação tecnológica (LIT),que inspirou a lei estadual de inovação em vigor no RS.

Diogo Baigorra

A inauguração da nova sede da FAPERGS foi destaque noJornal do Comércio de hoje, na página 12. A cerimônia ofi-cial ocorreu no fim da manhã de ontem e contou com aspresenças de Villa, representando a Assembleia Legislativa,do secretário de Ciência, Inovação e DesenvolvimentoTecnológico, Cleber Prodanov, e de diversos reitores e re-presentantes de entidades ligadas ao setor.

Ao lado, reproduzimos trecho da página 12 do periódico.

REPERCUSSÃO NA MÍDIA

A nova sede da Fapergs está dividida 17 salas:

FinanceiroAuxílios e BolsasPrestação de ContasGabineteDiretor AdministrativoDiretor PresidenteDiretor CientíficoProtocoloServiços Gerais

ESTRUTURA

Almoxarifado e PatrimônioRecursos HumanosTecnologia da Informação e ComunicaçãoAssessoria de ComunicaçãoAssessoria JurídicaAssessoria TécnicaReuniõesConselho Superior

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TELEFONIA

Sinttel debateinvestimentos no setor

Na manhã de quarta-feira (26), Villa reuniu-se com os membros da diretoria executiva do Sin-dicato dos Telefônicos do RS (Sinttel) para dis-cutir questões relacionadas às demandas da ca-tegoria, como os investimentos na manutençãodas redes telefônicas e a CPI da telefonia, quefoi tema de audiência pública na segunda-feira,no âmbito do Parlamento gaúcho.

Participaram do encontro, Gilnei PortoAzambuja, Flávio Rodrigues, Cleber Anderson deMoraes, Ingo Müller, Marcone Santana do Nasci-mento, Paulo Renato da Cunha, AlexsanderFerreira Avaly, Augusto Retamal Neto, CirceStroppa de Abreu de Matos, Dirceu Borges, Isra-el da Silva Nepomuceno, Itamar Prestes Russo,Juan Rodriguez Sanches, Mateus Pires Bagestan.

Ao fim do encontro, ficou encaminhada novareunião.

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Diogo Baigorra

Sindi-vigilantes doSul tem nova diretoria

No domingo (23), Villa, acompanhado pelo presidente daCentral Única dos Trabalhadores (CUT), Claudir Nespolo, parti-cipou do ato de posse da nova diretoria do Sindicato dos Vigi-lantes do Rio Grande do Sul, assumida pelo vigilante LoreniDias. Para Villa, Loreni assume em um grande momento delutas que necessita sintonizar Sindicato com as demandas dosvigilantes e a luta geral da categoria.

SINDICATO

CULTURA POPULAR

Audiência pública debateeconomia do carnaval

Na terça-feira (25), a Comissão de Cultura daCâmara dos Deputados realizou audiência públi-ca proposta pelo deputado Paulo Ferreira (PT)sobre “a cadeia produtiva da economia do car-naval, sua sustentabilidade e a necessidade dacriação de políticas públicas para o segmento”. Aatividade contou com grande participação de re-presentantes de entidades, de ligas, lideranças,militantes e ativistas da cultura popular de todoo Brasil.

Ferreira agradeceu a todos os presentes, des-tacando a importância do complexo cenário queé a cultura popular brasileira. “Obrigado por meconcederem este momento que, tenho certeza,trará significativos resultados aos lutadores e lu-tadoras, ativistas e militantes da nossa culturaresponsáveis por tantas alegrias e pela bela ima-gem que o Brasil conquistou fora das nossas fron-teiras”, reiterou ele.

Representando o mandato do Villa, o chefede gabinete do parlamentar, Gladimiro DantasMachado, esteve presente ao evento, destacandoa importância da realização da iniciativa que va-loriza a cultura popular e sua pluralidade.

Marcelo Antunes

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Comissão aprova LDOpara o próximo ano

Na manhã de quinta-feira (27), Villaparticipou da reunião da Comissão

de Finanças, Planejamento, Fiscalizaçãoe Controle, em que foi aprovado, porunanimidade, o parecer favorável ao PL105/2013. O projeto de lei, de autoriado Executivo, dispõe sobre a Lei de Di-retrizes Orçamentárias para 2014.

As emendas que receberam parecerfavorável e contrário do relator foramvotadas em bloco. O projeto segue ago-ra para apreciação em plenário e deveser devolvido ao Executivo até o dia 15de julho.

Das 93 emendas apresentadas pelosdeputados durante o período de pauta,10 contaram com o parecer favorável dorelator. A maioria, 55, receberam pare-cer contrário, e 28 foram prejudicadas.

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Grande Expediente dest aca importância do GHC

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Villa participou na tarde de terça-feira (25), do Grande Expediente da Assembleia Legislativa que teve como tema “GHC

– Um Novo Modelo de Saúde é Possível”. A iniciativa foi do deputadoJeferson Fernandes (PT), que prestou homenagem ao Grupo Hospi-talar Conceição, a maior instituição 100% SUS do Sul do país. Emsua fala, Villa destacou a importância da instituição no Estado. “Todoo trabalho realizado sob o comando da atual direção tem tambémnos servidores – muitos estão aqui – uma referência fundamentalpara que o nosso Grupo Hospitalar Conceição e todo o conjunto doshospitais que compõem o grupo sigam oferecendo esse serviço fun-damental e de qualidade, esse modelo de saúde pública aplicável noâmbito do Estado do Rio Grande do Sul, que é uma referência parao Brasil inteiro”, finalizou.

MOMENTO HISTÓRICO

Refletindo sobre a nova conjuntura

Nesta sexta-feira ao meio dia, os mandatos do Villa e do deputado Paulo Ferreirapromoveram um encontro com vereadores petistas da Região Metropolitana para

debater questões ligadas ao desenvolvimento dos municípios, reforma política, con-juntura nacional das mobilizações que vêm tomando conta das ruas do Brasil e aposição da ULD frente a este novo contexto.

O potencial de organização e transformação sociais através das Redes Sociaistambém foi pauta do encontro. Segundo Villa, há uma necessidade das representa-ções políticas explorarem de forma maior as possibilidades de interatividade e cone-xão proporcionadas por essas ferramentas virtuais, aliando os conceitos de ciberespaçoe espaço público real. Em relação à reforma política, todos defendem que deve feitaatravés de um plebiscito, ouvindo atentamente o que diz a sociedade.

Participaram da reunião, os vereadores Engenheiro Carlos Comassetto e MauroPinheiro, ambos de Porto Alegre; o vereador Juliano Marinho, de Alvorada; o vereadorAlemão da Kipão, de Gravataí; e o vereador, agora titular da Secretaria de Captaçãode Recursos de Canoas, Paulo Accinelli.

Diogo B

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Quando presidente da AL, em 2011,Villa acompanhou o ministro daSaúde, Alexandre Padilha, na visitaao GHC, quando foi anunciadorecursos federais para o Grupo.

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GOVERNO TARSO

Sistema Est adual de Particip ação recebe prêmio da ONUNa Votação de Prioridades, os gaúchos integram-se ao processo de construção do Orçamento do Estado

O Sistema Estadual de Participa- ção Popular e Cidadã do Governodo Rio Grande do Sul recebeu, na quin-ta-feira (27), no Bahrein, o Prêmio dasNações Unidas (ONU) ao Serviço Públi-co. O sistema gaúcho de participação foia única experiência brasileira a obter oprimeiro lugar em uma das cinco cate-gorias do prêmio, considerado o maisimportante reconhecimento internacio-nal à excelência no serviço público.

O primeiro lugar à iniciativa do RioGrande do Sul foi conquistado na cate-goria 3, dirigida a “melhorar a partici-pação cidadã nos processos de decisõespúblicas através de mecanismos inova-dores”, para a América Latina e oCaribe. Em cada uma das cinco catego-rias, a ONU premia projetos represen-tantes dos cinco continentes. Entretan-to, a categoria em que o sistema esta-dual venceu foi a que registrou o me-nor número de experiências reconheci-das: cinco no total, incluindo dois pro-jetos da Ásia e Pacífico, mas nenhumainiciativa premiada na África.

A programação do evento, promovi-da pelo Fórum das Nações Unidas parao Serviço Público, começou já nesta se-gunda-feira (24), com uma série depalestras, oficinas e exposições. A ce-rimônia de entrega da premiação ocor-

re na próxima quinta-feira (27), às 17h(11h no horário local), na localidade deManama, no Bahrein. Participam do ato,como representantes do Rio Grande doSul, o diretor do Departamento de Par-ticipação Cidadã da Secretaria do Pla-nejamento, Gestão e Participação Ci-dadã, Davi Schmidt, e o presidente doFórum dos Coredes, Hugo Chimenes.

Além do sistema gaúcho, o Brasiltambém foi premiado na categoria 2,

destinada a “melhorar os serviços pú-blicos”, com o projeto Pacto pela Vida,do governo de Pernambuco, também noâmbito da América Latina e o Caribe.As informações completas e a relaçãode todos os vencedores podem ser ob-tidas no site oficial do órgão da ONU:www.unpan.org/unpsa.

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Foto: Alina Souza/Especial Palácio Piratinil

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GOVERNO TARSO

Governador anuncia p asse livre p ara a Região Metropolit ana

O governador Tarso Genro anun- ciou, a partir de 1º de agosto, ainstituição do passe livre para estudan-tes da Região Metropolitana.

O anúncio foi feito durante o encon-tro sobre Reforma Política, que aconte-ceu no Palácio Piratini na tarde de quin-ta-feira (27), reunindo, em rede digi-tal, manifestantes, jornalistas,blogueiros, e diversos segmentos dasociedade.

Além da Região Metropolitana, se-rão beneficiados estudantes que circu-lam entre as cidades do Litoral Norte,eixo Pelotas-Rio Grande e eixo Caxias

do Sul-Bento Gonçalves; e alunos queresidem em uma cidade e estudam emoutra, tanto do ensino médio quanto douniversitário.

De acordo com levantamentos inici-ais, o impacto nas contas do Estado seráde R$ 10 milhões anualmente. A pro-posta será regulamentada através deprojeto de lei, que será remetido emregime de urgência para AssembleiaLegislativa.

Foto: Palácio Piratini

Passe livre beneficiará estudantes de 63 municípiose será válido para estudantes do ensinofundamental, médio, suplementar e superior.

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