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1 DELIBERAÇÕES DA III CONFERÊNCIA. ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DO PARANÁ. GRUPO TEMÁTICO 1 REDUÇÃO DAS CAUSAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS 1.AGRICULTURA 1.1.1 Incentivar, subsidiar e fornecer apoio técnico para a agricultura familiar e agroecológica, com preferência para o mercado institucional, com linha de crédito específica para a conversão da agricultura convencional para agricultura orgânica. 1.1.2 Assegurar a disponibilidade de terra de cultivo para famílias indígenas. 1.1.3 Incentivar os proprietários rurais e fornecedores que cumpram a legislação ambiental ou penalizar os que não cumprem, através de: - Redução e/ou isenção de impostos (ITR e outros); - Juros diferenciados para crédito; - Isenção, redução ou acréscimos nas taxas de outorga e uso da água; - Legislação ambiental de compensação. 1.1.4. Desenvolver uma nova matriz tecnológica baseado na agroecologia, substituindo de forma gradativa a agropecuária e agricultura convencional, apoiando pesquisas e tecnologias para a substituição do sistema convencional. 1.1.4.1 Construir uma nova matriz tecnológica introduzindo a agroecologia como política pública (por ser primordial para todas as regiões), com incentivos financeiros e técnicos, dos governos federais, estaduais e municipais. As práticas agroecológicas trazem entre outros benefícios, a retenção de: CO2, de água no sistema, o aumento da biodiversidade e a permanência do ser humano no campo, fazendo com que se produza mais alimentos e com melhor qualidade. 1.1.5 Incentivar a organização de cooperativas para que o processo produtivo possa incluir principalmente os pequenos produtores. 1.1.6 Proibir novas áreas de lavoura para o biocombustível, ou seja, aproveitar a área existente. Incorporar outras tecnologias para uso de novas culturas não comestíveis para produção de biodiesel.

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DELIBERAÇÕES DA III CONFERÊNCIA. ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DO PARANÁ. GRUPO TEMÁTICO 1

REDUÇÃO DAS CAUSAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

1.AGRICULTURA 1.1.1 Incentivar, subsidiar e fornecer apoio técnico para a agricultura familiar e agroecológica, com preferência para o mercado institucional, com linha de crédito específica para a conversão da agricultura convencional para agricultura orgânica. 1.1.2 Assegurar a disponibilidade de terra de cultivo para famílias indígenas. 1.1.3 Incentivar os proprietários rurais e fornecedores que cumpram a legislação ambiental ou penalizar os que não cumprem, através de:

- Redução e/ou isenção de impostos (ITR e outros); - Juros diferenciados para crédito; - Isenção, redução ou acréscimos nas taxas de outorga e uso da água; - Legislação ambiental de compensação.

1.1.4. Desenvolver uma nova matriz tecnológica baseado na agroecologia, substituindo de forma gradativa a agropecuária e agricultura convencional, apoiando pesquisas e tecnologias para a substituição do sistema convencional. 1.1.4.1 Construir uma nova matriz tecnológica introduzindo a agroecologia como política pública (por ser primordial para todas as regiões), com incentivos financeiros e técnicos, dos governos federais, estaduais e municipais. As práticas agroecológicas trazem entre outros benefícios, a retenção de: CO2, de água no sistema, o aumento da biodiversidade e a permanência do ser humano no campo, fazendo com que se produza mais alimentos e com melhor qualidade. 1.1.5 Incentivar a organização de cooperativas para que o processo produtivo possa incluir principalmente os pequenos produtores. 1.1.6 Proibir novas áreas de lavoura para o biocombustível, ou seja, aproveitar a área existente. Incorporar outras tecnologias para uso de novas culturas não comestíveis para produção de biodiesel.

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1.1.7 Realizar estudos de impacto ambiental, considerando a emissão de GEE para programas de produção de biocombustível em grandes empreendimentos agropecuários, limitando a área de plantio, com percentual por propriedade. 1.1.8 Orientar para que o planejamento de instalação de usinas deva ser microrregional, e com a participação dos trabalhadores nos lucros das indústrias do setor biocombustível. Utilizar fontes alternativas de energia, como energia solar, eólica para evitar o desmatamento e diminuição das áreas de produção de alimentos. Não utilizar áreas de preservação permanente já regeneradas ou preservadas. 1.1.9Fomentar a pesquisa e financiar a implantação de fontes alternativas de energia. 1.1.10 Proibir a queima de cana em qualquer situação, estabelecendo um limite de prazo para a eliminação total desse procedimento. 1.1.10.1 Reduzir os impostos e reinvestir em centro tecnológico para melhoria do processo de colheita de cana. 1.1.10.2 Limitar, por meio de zoneamento, as áreas destinadas à cultura da cana e oleaginosas, exigindo-se que a implantação dessa cultura só seja aprovada mediante o cumprimento integral das obrigações sociais, e ambientais legais, como manutenção da reserva legal, proteção das áreas de preservação permanente e mata ciliar. 1.1.11 Proibir o desmatamento para todos e quaisquer fins, procurando utilizar as áreas já abertas de forma mais efetiva, visando à maximização da eficiência e a redução dos impactos ambientais no processo de produção. 1.1.12 Utilizar tratores movidos a gás metano e energia elétrica e construir biodigestores.

1.1.13 Difundir as práticas recomendadas do plantio direto para áreas agrícolas, como uso adequado do solo e irrigação; adotando medidas punitivas aos agricultores que não procedem à conservação e proteção adequada dos recursos naturais em suas propriedades. Aumentar a fiscalização ambiental em todos os níveis. Executar políticas públicas isentas de influência do grande capital, estruturando o setor público ambiental e de extensão rural com recursos humanos e materiais suficiente e adequado para cumprir com suas funções.

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1.1.14 Incentivar a reconstituição de reserva legal e áreas de preservação permanente degradadas, através de medidas fiscais e financeiras, diminuindo a burocracia com respeito à documentação para averbação da reserva legal. 1.1.15 Regulamentar mecanismos de compensação ou transferência de reserva legal obrigatória de áreas florestadas excedentes, mediante arrendamento, venda ou outras formas de transferência de direitos ou ainda através de “bolsa verde” de negociação de cotas de reserva legal. 1.1.16 Elaborar, implantar e fiscalizar a efetivação de um Plano de Desenvolvimento Sustentável que tenha como diretriz o Zoneamento Ecológico Econômico - ZEE, por tipo de solo e clima, para que o município gerencie melhor suas atividades econômicas e evitem a monocultura (deserto verde). 1.1.17 Incluir na reforma tributária a variável ambiental, desonerando propriedades rurais que utilizem práticas agroecológicas e/ou as que mantenham cobertura de mata nativa. 1.1.18 Fortalecer a fiscalização rigorosa do uso de agrotóxico. 1.1.19 Proibir, principalmente em área urbana o uso de herbicida 2,4 D. 2 EDIFICAÇÕES 1.2.1 Criar como política pública, nas instituições de ensino, programas de formação continuada, e campanhas na grande mídia, sobre os impactos ambientais causados pela exploração industrial da energia elétrica e sobre as vantagens de outras fontes limpas a serem utilizadas (ex. energia solar), com vistas a uma concepção de sustentabilidade do uso dos recursos naturais. 1.2.2 Divulgar princípios básicos de bioarquitetura e conceitos de auto sustentabilidade e estimular projetos de edificações visando à eficiência energética de forma sustentável, inclusive através de incentivo fiscal. O incentivo deverá contemplar a isenção ou diminuição de alíquotas nos órgãos municipais, estaduais e federais a serem revertidos em projetos com uso de tecnologias ambientalmente corretas nas edificações populares. 1.2.3 Incentivar a implantação do uso de coletores de energia eólica e solar nas cidades e no campo. 1.2.4 Capacitar o coletor de materiais recicláveis como agente de educação ambiental, trabalhando o potencial energético e financeiro da gestão de resíduos em espaços públicos e privados. 1.2.5 Incorporar nas construções o uso de materiais alternativos e o aproveitamento de fontes que economizem e otimizem o uso energia.

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1.2.6 Utilizar manta térmica feita de material reciclável em edificações antigas e novas, tanto para resfriar o ambiente, quanto para proteger da baixa temperatura. 1.2.7 Adequar as edificações públicas e os projetos de habitação popular e orientar para as construções particulares sobre o uso da energia solar, utilização de materiais recicláveis e captação de água de chuva. 1.2.8 Elaborar estudos para a efetiva implantação de geração de energia eólica, captação das águas pluviais e seu reaproveitamento para fins não potáveis. 1.2.9 Implantar equipamentos para captação de energia solar (energia renovável limpa), utilizando materiais alternativos (garrafas pet), para aquecimento de água em edificações residenciais, conjuntos habitacionais, prédios públicos e prédios comerciais;. 1.2.10 Formar agentes municipais como técnicos de meio ambiente com conhecimentos de gestão e gerenciamento, para a fiscalização efetiva de obras e emissão de resíduos. 1.2.11 Instituir programa oficial de crédito para financiamento da aquisição de equipamentos de energia e aquecimento solar, preferencialmente de materiais recicláveis. 1.2.12 Criar política de incentivo fiscal para empresas de grande porte, visando diminuir os gastos com energia, poupando o meio ambiente de fontes de energias nocivas. 1.2.13 Elaborar lei para: -Obrigar que os projetos de edificações públicas e particulares acima de 100 m2 adotem técnicas de aproveitamento da luz natural e das águas pluviais, bem como o reuso das águas servidas. -Obrigar que em edificações já construídas, a adoção de técnicas de aproveitamento da luz natural pelos estabelecimentos comerciais e industriais. -Constar nos códigos de obra dos municípios a obrigação de dispositivos para aproveitamento de luz solar nas edificações (desde clarabóias zenitais até aquecedores solares), implantação de abertura de ventilação de teto nas edificações e a melhoria da arquitetura dos edifícios urbanos e rurais com a descrição já no projeto dos itens que reduzem o consumo de energia, com a obrigatoriedade das concessionárias elétricas de fiscalizarem cada obra nova. -Inserir no plano diretor a obrigatoriedade do uso da energia solar e eólica. Adequar a arquitetura dos edifícios urbanos e rurais com a descrição no projeto dos itens que reduzem o consumo de energia.

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1.2.14 Prever a obrigatoriedade de plano de drenagem sustentável para todas as cidades, garantindo nos imóveis uma área mínima permeável que permita a infiltração d’água no solo, simulando a condição do ambiente natural e diminuindo a intensidade dos alagamentos, com efetiva fiscalização para seu cumprimento. 1.2.15 Desenvolver, com o apoio do Ministério das Cidades, Planos de Drenagem Sustentável para todos os municípios. 1.2.16 Considerar prioridade a recuperação do ciclo hidrológico, estimulando a infiltração com redução do escoamento superficial, promotor de enchentes e poluição difusa nos mananciais. 1.2.17 Otimizar o uso da água tratada e do tratamento de esgoto com tecnologias alternativas com o objetivo de economizar energia. 1.2.18 Incorporar o uso de técnicas de suficiência energética e conforto térmico sustentável. 1.2.19 Desenvolver projetos de reutilização de entulhos, com reaproveitamento do material das demolições com acompanhamento técnico ambiental nos projetos de reutilização e destinação dos resíduos . Buscar novas tecnologias em materiais de construção através de pesquisa e desenvolvimento de novos materiais com o apoio dos órgãos públicos competentes. 1.2.20 Incentivar e/ou prever nos projetos de planejamento urbano a obrigatoriedade da construção de calçadas ecológicas, obrigando também os novos loteamentos. 3 ENERGIA 1.3.1 Determinar a implantação de coleta de água pluvial nos prédios públicos atualmente em construção e em até dois anos nos prédios já existentes, a partir de 300 metros quadrados, visando reduzir o uso de água tratada. 1.3.2 Investir em pesquisa de espécies alternativas para a produção de biocombustível como alternativa de renda para agricultura familiar e, promover o uso de biocombustível (etanol) em substituição a combustíveis fósseis. 1.3.3 Incentivar a bioenergia, como política de governo, obedecendo a critérios sócios ambientais, definidos em zoneamento ecológico-econômico, evitando riscos como o aumento das fronteiras agrícolas, o que acarretaria em aumento de áreas desmatadas, ou ainda na substituição da produção de alimentos por bioenergia. 1.3.4 Retornar aos municípios de origem o ICMS dos produtos industrializados quando da instalação de indústria de biodiesel, para que possam desenvolver toda a região produtora e não somente o município em que se encontra instalada a indústria.

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1.3.5 Incentivar o emprego da biomassa para geração de energia pública e privada, adotando sistemas de co-geração para maximizar a produção, utilizando-se tanto o calor quanto o vapor d’água resultante do sistema. 1.3.6 Substituir o carvão por gás ou biomassa nas termoelétricas. 1.3.7 Divulgar e informar através de campanha aos usuários, sobre o uso racional de energia com incentivo à instalação de aquecedores solares. 1.3.8 Realizar estudos de viabilidade quanto à implantação de modelo de energia com em base fonte natural (a exemplo da eólica e biodigestores). Investir neste modelo e divulgar as técnicas (subsidiando e efetivando seu consumo) inclusive as de adaptações arquitetônicas para aproveitamento de luz natural. 1.3.9 Avaliar a pertinência da energia elétrica e melhorar a sua eficiência no fornecimento e distribuição. 1.3.10 Proibir a construção de barragens hidroelétricas no Rio Tibagi. 1.3.11 Regulamentar e promover o uso racional de energia nos prédios públicos, dos governos federal, estadual e municipal, como exemplo a ser seguido. 1.3.12 Diferenciar a taxa de consumo de energia elétrica para os produtores rurais e empresários, contribuindo assim para a permanência das pessoas no campo. 1.3.13 Incentivar os setores produtivos para: -Readequação de instalações e substituição de máquinas e equipamentos de baixo consumo de energia. -Para a melhoria e eficiência de seus equipamentos elétricos; -Desenvolver campanhas para readequação de moradias e mudanças de hábitos pessoais, visando menor consumo de energia. 1.3.14 Adotar a geração distribuída de energia elétrica, segundo as características de cada região, como estratégia para diversificação da matriz energética, com a utilização de biodigestores para captação de gás metano e CO2, principalmente da suinocultura e aterros sanitários. 1.3.15 Estimular a diversificação da matriz energética brasileira, excluindo a energia nuclear e a carvão.

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1.3.16 Estimular a produção de sistemas de aquecedor solar com o objetivo de aumentar o uso e baratear o custo, vincular sua instalação aos projetos e programas governamentais (conjuntos habitacionais, instituições públicas, escolas e creches), bem como viabilizar recursos para sua implantação no uso doméstico, em pequenas propriedades, entidades sociais, empresas, possibilitando o acesso a todos os cidadãos e cidadãs. 1.3.17 Incentivar a utilização de geradores de energia elétrica que utilizam resíduos agroindustriais. 1.3.18 Reduzir os impostos dos aparelhos que tenham selo “A” do PROCEL, visando a diminuição do seu preço final. 1.3.19 Implementar políticas públicas para o uso racional da matriz energética, com isenção de impostos para aquisição de equipamentos que reduzam os impactos ambientais, tais como: aquecedor solar, cisterna, biodigestor e outros. 1.3.20 Realizar, em âmbito estadual e federal, estudos profundos, ouvindo a sociedade civil e Universidades, para implantação de usinas hidrelétricas previstas e/ou aprovadas, investindo-se prioritariamente no melhor aproveitamento da energia elétrica já disponível. Exigir, dentro do processo de licenciamento ambiental, estudo sobre quantificação das emissões, redução e compensação destas em hidroelétricas. 1.3.21 Promover a redução de alíquota no Imposto de Renda de entidades físicas ou jurídicas que invistam em políticas ambientais. 1.3.22 Elaborar lei que:

-Determine que a agroenergia só deverá ser produzida de forma diversificada e complementar à produção de alimentos, e que a produção de energia não possa, de modo algum, substituir ou colocar em risco a produção de alimentos, nem ser determinada pela lógica do mercado e pelos interesses de lucro das empresas petrolíferas, automobilísticas e do agronegócio.

-Determine um modelo energético popular e descentralizado, que expresse as necessidades sociais e as características e potencialidades locais e regionais, e proponha a produção e gestão na forma de pequenas usinas cooperativadas, comunitárias ou familiares sob controle dos camponeses e trabalhadores.

-Garanta a União a normatização e controle da política de soberania energética e defina instrumentos, políticas e instituições públicas com controle social que garantam o papel efetivo do Estado para gerir todo o processo de produção e comercialização de agroenergia no Brasil.

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-Determine um modelo energético sustentável e diversificado, onde a agroenergia seja uma das alternativas, ao lado de medidas de eficiência e outras fontes de energia renovável e sustentável.

-Determine que a agroenergia deve ser produzida para garantir a soberania energética do povo e não para ser exportada com o objetivo de abastecer os países ricos e gerar lucros para o agronegócio e as grandes empresas privadas e transnacionais.

4 - FLORESTAS 1.4.1 Criar no SINIMA cadastro de índices de árvores por habitantes das cidades. 1.4.2 Estabelecer prazo para as concessionárias adequarem as redes de transmissão elétrica urbana convencional para redes ecológicas isoladas. 1.4.3 Estabelecer incentivo fiscal para produtores que possuam reserva legal e áreas de preservação permanente, que implementem Reservas Particulares do Patrimônio Natural - RPPN, Unidades de Conservação e, reflorestamento com espécies nativas. 1.4.4 Implementar subsídio para construção de palanques e arame para pequenos produtores para o isolamento das áreas de preservação permanente e de Reserva Legal. 1.4.5 Elaborar lei que:

-vise o manejo de árvores (araucárias) para construção dentro de áreas de pequenas propriedades rurais e que, proíba o reflorestamento com espécies exóticas nas áreas de preservação permanente;

-estabeleça que cada município contrate número de técnicos em meio ambiente, proporcional a quantidade de propriedades que possuir, priorizando a agricultura familiar e comunidades tradicionais, implantando assistência técnica, visitas e fiscalização de todas as propriedades do Município, auxiliando no plantio da mata ciliar e implantação de sistemas agro-florestais.

-estabeleça que 1% do valor do faturamento líquido das empresas transportadoras de cargas e coletivos, aéreos e terrestres, seja convertido em compra de mudas de essências florestais nativas para reflorestamento, nos estados de origem do recurso.

- regulamente o controle do capital estrangeiro sobre a economia, a terra, os recursos naturais e as fontes de energia do Brasil.

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1.4.6 Estruturar com recursos humanos e tecnológicos o IAP, a EMATER, o ITCG, a SEAB, a COPEL, a SANEPAR, a SUDERHSA e demais órgãos ambientais, para atender as comunidades, fornecendo mais orientações, acompanhamento e apoio, tanto informativo quanto financeiro, e aplicando sanções severas aos agentes que promovam queimadas e a incineração de resíduos. 1.4.7 Ampliação dos viveiros florestais do IAP e dos municípios na produção de mudas de árvores nativas. 1.4.8 Garantir por meio de instrumentos legais e previsão no Plano Diretor, a criação e manutenção de áreas verdes urbanas, a adoção de planos de arborização urbana e de calçadas ecológicas como forma de mitigar as emissões no setor de construção. 1.4.9 Responsabilizar os municípios pela promoção, preservação e fiscalização ambiental. Da mesma forma, estes também devem ser responsabilizados pela emissão de resíduos que impactem diretamente as nascentes e tributários das microbacias em propriedades urbanas, em especial dentro de áreas protegidas, impedindo novas construções próximas a estes locais. 1.4.10 Conservar as florestas já existentes, ampliar as áreas de reserva natural, parques e unidades de conservação e a recuperação dos campos nativos e áreas degradadas: -pela introdução de biotecnologia; -por meio da criação de áreas protegidas em conjunto com a adoção de medidas e/ou investimentos que solucionem os impactos sociais e econômicos das populações existentes nessas áreas e entornos; -intensificando a fiscalização contra o desmatamento, disponibilizando recursos humanos em quantidade e qualidade suficientes. 1.4.11 Implementar programas:

-de incentivo a criação da floresta energética, reduzindo a pressão sobre as florestas nativas; -de zoneamento, levando-se em consideração a aptidão agro-florestal da região; -de captação de carbono na região sul; -de sustentabilidade para as comunidades, visando a preservação da biodiversidade, propiciando ao agricultor o manejo sustentável da área. 1.4.12 Incrementar reflorestamentos: -com espécies nativas e exóticas, desde que previamente autorizados pelo órgão ambiental, para aumentar a captação de carbono. Evitar o corte de nativas remanescentes, garantindo que não haja perda de biodiversidade pelo plantio excessivo de exóticas.

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- INDÚSTRIA 1.5.1 Divulgar os impactos ambientais causados pelas práticas de produção animal e os danos à saúde humana, com a adequação do modelo produtor-consumidor, reduzindo o consumismo e a produção animal. 1.5.2 Diminuir o tempo de duração dos processos de licenciamento ambiental. 1.5.3 Incentivar: -programas de incubadoras de pesquisa tecnológica dirigida à diversificação de processo produtivo; -o desenvolvimento pelas indústrias de equipamentos elétricos mais eficientes e baratos; -programas de educação ambiental nas indústrias; -implantação de sistemas de co-geração de energia com o aproveitamento dos excedentes de calor das caldeiras industriais e outros geradores de energia; 1.5.4 Determinar que os órgãos ambientais aumentem a fiscalização para cumprimento da legislação em vigor, e capacitem os integrantes das CIPAs para que fiscalizem e orientem os trabalhadores e as trabalhadoras nas empresas sobre cuidados com o meio ambiente. 1.5.5 Viabilizar linhas de créditos especiais e incentivos fiscais para a modernização das indústrias, proporcionando valor agregado (selo ambiental) ao produto em todo o seu processo. Implementar orientações sobre a reutilização de resíduos, imprimindo a estes novas tecnologias e/ ou destinação final adequada. 1.5.6 Estabelecer critérios para certificação de indústrias que façam neutralização de suas emissões de GEEs, bem como critérios para recebimento de créditos de ICMS e IPI para indústrias que reduzem seus impactos, com criação de selo de qualidade ambiental. 1.5.7 Proibir a extração mineral, em áreas de mata atlântica, através de lei. 1.5.8 Determinar que as empresas potencialmente poluidoras tenham programa de gestão ambiental que apóiem aos municípios, com cotas e materiais que devem ser encaminhados aos órgãos competentes em âmbito municipal. Incentivando inclusive, programas ambientais como arborização urbana, educação ambiental e outros. 1.5.9 Incentivo à substituição de materiais descartáveis, como copos, talheres e pratos por materiais permanentes.

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1.5.10 Adotar o princípio do poluidor-pagador para as indústrias, como forma desta investirem na produção de embalagens ambientalmente correta. No caso de indústrias que produzam materiais cujo resíduo final seja materiais não recicláveis, que estas tenham aumento de alíquota de impostos. Que os recursos para mitigar o aquecimento global advenham em maior quantidade das indústrias que poluem e lucram com esta poluição. 1.5.11 Implantar projetos prévios de instalação de indústrias, prevenindo danos ambientais. 1.5.12 Compensar a emissão de CO2 por meio de recuperação florestal com plantio de espécies nativas nos processos industriais e/ou portuários.

6 - RESÍDUOS

1.6.1 Instituir nos municípios unidades para triagem de materiais recicláveis, onde o trabalho seja realizado por associações ou cooperativas devidamente registradas, visando à diminuição do volume disperso de resíduos e gerando emprego e renda. 1.6.2 Viabilizar apoio efetivo dos órgãos municipais e estadual na instalação de Associações/Cooperativas de catadores de materiais recicláveis, com fornecimento de locais apropriados (centrais) e de equipamentos para operação, bem como de cursos artesanais e capacitação técnica e educação geral sobre a reutilização dos materiais recicláveis gerados. 1.6.3. Instituir incentivos fiscais para a instalação de biodigestores nas áreas de criação de gado bovino e suíno, com informação e apoio tecnológico dos órgãos competentes. Onde não for economicamente viável, que sejam viabilizadas alternativas de produção menos impactantes, como leito seco de dejetos para a suinocultura e pecuária ao ar livre. 1.6.4 Implantar a coleta seletiva em todo o Estado, com destinação adequada dos resíduos e aproveitamento do metano gerado a partir do material orgânico, com apoio das cooperativas de coletores. 1.6.5 Implantar política de coleta seletiva e de gestão de materiais destinados à reciclagem, inclusive resíduos orgânicos destinados a compostagem, resíduos da construção civil e de demolição, pilhas, baterias e lâmpadas, dentre outros, com aproveitamento de biogás para geração de energia e, programas de conscientização da população para evitar a queima/incineração de resíduos e promover sua separação e capacitação de pessoal para o gerenciamento de resíduos sólidos. O repasse de verbas para os municípios para a implantação do sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos deverá ser realizado através de fundo especifico, com fiscalização e publicização da destinação dessas verbas.

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1.6.6 Implantar os consórcios para operação e manutenção de aterros sanitários em municípios que estejam dentro de um círculo com raio de ação de 25 km aproximadamente. 1.6.7 Garantir investimento do governo federal para o financiamento de usinas de reciclagem e tratamento (compostagem dos resíduos orgânicos o, aproveitamento dos gases por biodigestores e o reaproveitamento de resíduos sólidos urbanos.) tornando obrigatória sua implantação e a de aterros sanitários em todos os municípios dos Estados e/ou, a organização de consórcios municipais. 1.6.8 Incentivar: a redução do consumo; a implantação de sistemas alternativos de tratamento de esgotos domésticos e industriais; a utilização de caixas decompositoras como uma solução para a redução de lixo orgânico produzido nas residências e condomínios, com a diminuição do chorume nos aterros sanitários. 1.6.9 Implantar e fiscalizar o PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde), visando efetivar a separação dos materiais infectantes e perfuro cortantes dos demais materiais, para minimização de danos ao meio ambiente e a comunidade. 1.6.10 Investir na fiscalização e divulgação da lei sobre o retorno dos resíduos para as empresas que os produzem, obrigando aos fabricantes e fornecedores a receberem os mesmos e criar departamentos responsáveis pela coleta destes materiais com serviço especifico de atendimento à população. Aplicar com rigor as sanções previstas na legislação aos agentes e empresas geradoras de resíduos perigosos (pilhas, baterias, lâmpadas, componentes eletroeletrônicos, resíduos radioativos, entre outros) que não procederem à coleta, reciclagem e destinação final ambientalmente correta de seus resíduos. Estas empresas devem ainda adotar política de embalagens retornáveis. 1.6.11 Efetivar convênio entre município/Estado/União para que seus órgãos de pesquisa e fiscalização obtenham melhores resultados nas vistorias, objetivando o mapeamento e localização dos pontos de impacto ambiental a fim de realizar ações efetivas para solucionar os problemas e monitorar as condições de destinação final dos resíduos sólidos, em especial dos produtos contaminantes de resíduos hospitalares, postos de combustível, raios-X, despejos industriais, etc... Com apresentação de relatórios mensais aos órgãos ambientais e conselhos municipais de saúde e de meio ambiente.

1.6.12 Instituir nos órgãos públicos a utilização do papel eco eficiente e ou reciclado. 1.6.13 Implementar programas integrados de saneamento municipal para locais afastados dos centros urbanos, como comunidades de ilhéus

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e outras áreas continentais do litoral paranaense e vilas rurais, com tratamento de esgotos realizados com processos ecologicamente corretos (exemplo: tratamento por zona de raízes). Implementar nessas áreas política de gestão de resíduos da construção civil e demolição. 1.6.14 Exigir em todos os processos de licenciamento ambiental a implantação de planos de redução de emissões de GEE. 1.6.15 Criar e implementar programa estadual de reaproveitamento do óleo vegetal comestível utilizado nas residências e comércio, transformando em biodiesel para ser utilizado no transporte coletivo urbano e também nos veículos dos governos municipal, estadual e federal. 1.6.16 Estimular a redução da geração de resíduos sólidos urbanos; estimular a reciclagem e preferencialmente a utilização de materiais e embalagens retornáveis. Taxar as empresas que utilizam embalagens não recicláveis ou que apresentem dificuldades logísticas ou tecnológicas para serem recicladas, responsabilizando os geradores pelo seu recolhimento e destino. 1.6.17 Incentivar a adoção de ações ambientais urbanas adequadas, tais como: coleta e destinação de resíduos urbanos e industriais; plantio e manejo de arborização urbana, de remanescentes florestais; proteção de recursos hídricos, maximização da permeabilidade do solo, dentre outras Possibilitar a adoção de ações ambientais alternativas (não usuais ou não previstas em lei e normas), quando adequadas, na solução de problemas ambientais urbanos. 1.6.18 Promover a construção de sistemas de coleta e tratamento de esgotos em todos os municípios através da viabilização de recursos.

7 - TRANSPORTES

1.7.1 Produzir etanol, revendo o processo de produção da cana, evitando queimadas freqüentes. Incentivar a fabricação de veículos movidos a etanol nas montadoras do Paraná, aumentando seu uso. 1.7.2 Promover o uso de biocombustível em substituição ao combustível fóssil e aumentar a adição de biodiesel ao diesel. 1.7.3 Criar metas progressivas para a substituição de combustíveis fósseis nos carros de empresas e do poder publico. Que as novas aquisições de veículos públicos se limitem a veículos movidos a energia renovável (biodiesel, elétricos, etc.). 1.7.4 Criar política governamental de incentivo a troca de carros impróprios para uso por veículos movidos a biodiesel com redução de impostos e incentivar o transporte urbano ecologicamente correto.

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1.7.5 Incentivar investimentos em transporte coletivo elétrico e estimular o desenvolvimento tecnológico de veículos elétricos e outros sem combustão interna tanto para uso coletivo como individual. 1.7.6 Adequação dos meios urbanos e rurais para o uso de bicicletas, promovendo a acessibilidade universal, onde pessoas com mobilidade reduzida, principalmente idosos, cadeirantes e carrinhos de bebê, encontrem caminhos isentos de obstáculos, incentivando a redução de uso de veículos, mitigando o consumo de combustíveis fósseis e aliviando a descarga de poluentes atmosféricos. 1.7.6.1 Promover e difundir a prática do ciclismo em nosso estado, em especial na região litorânea, facilitada pela topografia predominantemente plana e implantar ciclo-faixas no sistema viário urbano, com conseqüente aumento da malha de ciclovias. 1.7.6.2 Elaborar emenda na Lei referente ao vale transporte, no sentido de que os recursos referentes a este benefício, sejam repassados também para os funcionários que optem por ir trabalhar de bicicleta. 1.7.7 Investir na expansão da malha ferroviária nacional de passageiros e de transporte de carga, adequando os veículos para tecnologias modernas, bem como equipar tais veículos com motores a hidrogênio, incentivando financeiramente Universidades e pesquisadores para concretizar esse objetivo. 1.7.8 Ampliar o acesso ferroviário para escoamento da produção agrícola, interligando as regiões oeste, centro-oeste e noroeste do Estado do Paraná ao Porto de Paranaguá. 1.7.9 Aumentar a fiscalização de ônibus em terminais e rodoviárias e de transporte pesado (caminhões), criando legislação que torne obrigatório ao motorista desligar o motor enquanto o veiculo estiver parado. 1.7.10 Implantar nos planos diretores dos municípios a melhoria do transporte público, com planejamento do transporte como um todo e o planejamento urbano com vistas à redução de deslocamentos. 1.7.11 Viabilizar rodízios a partir do ano de 2008, conforme a frota de veículos dos municípios e de veiculo por proprietário, investindo no transporte coletivo de qualidade, criando legislação que contemple o estudo no ano seguinte (2009). 1.7.12 Estabelecer disposição legal que determine que as empresas de transporte de carga e de passageiros se responsabilizem por plantar e manter reservas florestais correspondentes ao número de veículos utilizados.

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1.7.13 Estabelecer políticas alternativas para o transporte, conscientizando, incentivando e priorizando o transporte coletivo urbano e intermunicipal em todos os municípios, abrangendo os pequenos municípios, melhorando a sua qualidade, bem como a das estradas e barateando os pedágios, como forma de diminuir a quantidade de veículos nas ruas e nas rodovias, diminuindo a poluição sonora, além de colaborar para a fluidez do tráfego.

GRUPO TEMÁTICO 2

ADAPTAÇÃO AOS IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

SAÚDE HUMANA

2.1.1 Proteger os lençóis freáticos com a eliminação de “poços mortos” e instalação de fossas sépticas, combinada com filtro de fluxo inverso – ambos blindados, ou seja, impermeáveis, com o qual se elimine 60% da carga orgânica. 2.1.2 Estimular a pesquisa e a adoção de tecnologias para esgotamento sanitário em comunidades rurais afastadas, acelerando o processo de certificação das mesmas (ABNT). 2.1.3 Implantar o uso obrigatório de alimento escolar proveniente de produtores que adotam técnicas agroecológicas.

-RECURSOS HÍDRICOS 2.2.1 Implantar o programa Agenda 21 nos comitês de Bacias Hidrográficas do Paraná, como instrumento de planejamento e articulação, acelerando a implementação do sistema estadual de gestão de recursos hídricos 2.2.2 Exigir e incentivar, através dos mecanismos de tributação, financiamento e descontos, a racionalização do uso, coleta e reutilização das águas pluviais em construções urbanas, rurais, escolas, órgãos públicos, bem como na agricultura, com o estímulo à captação e tanques de armazenamento para consumo. 2.2.3 Realizar zoneamento ecológico econômico nas bacias hidrográficas, definindo as áreas de risco, reassentando as famílias que ocupam essas áreas, e fiscalizando com maior rigor as construções em áreas ribeirinhas e litorâneas. 2.2.4 Realizar diagnósticos de qualidade e quantidade dos corpos hídricos pertencentes às sub-bacias hidrográficas em nível municipal. 2.2.5 Intensificar o programa mata ciliar com processo de educação ambiental. 2.2.6 Fazer cumprir a legislação ambiental no que se refere à proteção de nascentes, matas ciliares e encostas, exigindo a recuperação daquelas que

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estejam alteradas. Envolver, além dos órgãos ambientais, as secretarias de agricultura, de educação, ONGS e toda a sociedade civil nessas ações. 2.2.7 Determinar que os órgãos governamentais fiscalizem com mais intensidade as áreas de preservação permanente, em especial as matas ciliares, as reservas legais e que as monoculturas sejam passíveis de licenciamento ambiental, estabelecendo medidas mitigadoras e compensatórias. 2.2.8 Apoiar com incentivo fiscal o agricultor que possua matas em regeneração ou recuperadas. 2.2.9 Intensificar os programas de conscientização para o agricultor, sobre o manejo correto dos solos e água. 2.2.10 Definir, através dos órgãos governamentais, a prioridade de área da cultura a ser plantada. 2.2.11 Instituir programa de proteção a nascentes, incluindo o controle da abertura de poços freáticos, artesianos e ou tubulares profundos e fiscalizar o atendimento da legislação de outorga e controle, junto à ação de empresas, tal bem como do setor público, e/ou pessoas, de forma que se cumpra a legislação. 2.2.12 Inventariar a ictiofauna dos rios paranaenses e formular leis, decretos e portarias para proteger a fauna aquática especialmente nas épocas da piracema.

2.2.13 Disponibilizar recursos financeiros provenientes do orçamento geral do Estado ou do Fundo Estadual do Meio Ambiente, para a elaboração dos Planos de Gestão das Bacias Hidrográficas do Estado do Paraná. BIODIVERSIDADE

2.3.1 Elaborar e implementar um programa de recuperação da cobertura arbórea com espécies nativas, na faixa de domínio das rodovias federais e estaduais do Estado do Paraná. 2.3.2.Implantar nas áreas prioritárias para conservação definidas pelo Ministério do Meio Ambiente, a criação de Unidades de Conservação ou ampliação das já existentes. Fomentar a restauração ou recuperação das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal, e consolidar as Reservas Indígenas e as áreas de Populações Tradicionais, como por exemplo, quilombolas e faxinais. Instituir mecanismos de compensação para as áreas de florestas nativas excedentes 2.3.3 Fomentar programa de controle de espécies invasoras para fauna e flora, visando a manutenção e recuperação da biodiversidade local.

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2.3.4 Implantar um programa interinstitucional com a participação de todas as instituições de pesquisas no Paraná, para o conhecimento da biota existente no Estado, garantindo a continuidade dos projetos existentes. 2.3.5.Incentivar a formação de viveiros de espécies da flora nativas e de macro e microzoologia para atender à restauração ou recuperação de áreas degradadas e arborização das áreas urbanas e rurais. 2.3.6Implementar um programa de preservação dos manguezais e restingas nas baías e praias do litoral paranaense e a conservação com o uso sustentável de seus recursos naturais. 2.3.7 Ampliar o retorno de ICMS Ecológico para todos os Municípios que possuem unidades de conservação públicas e particulares, garantindo através de instrumentos legais a aplicação de 100% do mesmo para programas ambientais, sendo que deste total, uma parte seja direcionamento para o Fundo Municipal do Meio Ambiente e outra parte para as unidades de conservação. 2.3.8 Que os municípios disponibilizem locais e recursos para desenvolver os projetos para a conservação da biodiversidade. 2.3.9.Adequar e capacitar o efetivo da Força Verde visando desenvolver mais ações de fiscalização e combate à caça e pesca predatória, além de integrar as ações das instituições fiscalizadoras e gestoras (IAP, IBAMA e Municípios) e instituições de pesquisa (universidades, ONGs) que poderão contribuir com informações relevantes. IMPACTO DE EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS NAS POPULAÇÕES

2.4.1 Exigir a implantação (nos municípios onde ainda não existam) de Planos Diretores, levando em consideração, além dos aspectos relacionados ao saneamento básico, a ocupação racional do solo, os aspectos sócio-ambientais e ainda os possíveis impactos das mudanças climáticas. 2.4.2 Garantir que os Planos Diretores Municipais contemplem a exigência de implantação de toda a infra-estrutura necessária no licenciamento de loteamentos, condomínios e conjuntos habitacionais, parques industriais, tais como: projetos de arborização com espécies nativas, calçadas e imóveis com área mínima permeável, coleta e aproveitamento de água das chuvas, saneamento, aquecimento solar, etc, respeitando as normas de acessibilidade. Em áreas urbanas já consolidadas, que sejam destinados recursos provenientes da União, Estado e municípios para essas ações. 2.4.3 Priorizar a arborização pública e a revitalização de áreas verdes, preferencialmente com espécies nativas, conservando os ambientes protegidos. Evitar a eliminação indiscriminada de árvores exóticas sadias que façam parte da paisagem urbana das cidades, durante o seu ciclo natural de vida.

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2.4.4 Desenvolver e aprimorar o sistema de coleta e tratamento de dados climáticos, para elaboração de planos de prevenção e de emergência para eventos climáticos. E paralelamente, preparar e estruturar a defesa civil para a atuação em emergências ambientais. 2.4.5 Constituir um fundo para preparar a sociedade e fazer frente aos impactos decorrentes das mudanças climáticas, dirigido a toda população. 2.4.6. Criar mecanismos, inclusive de financiamento, para que as universidades apóiem efetivamente a sociedade na produção de conhecimento e sua divulgação através de atividades de extensão nas áreas de/ou para: a.Desenvolvimento sustentável; b.Arborização urbana; c.Biodiversidade; d.Desenvolvimento de modelos arquitetônicos mais bem adaptado às nossas condições econômicas e ambientais; e.Melhor aproveitamento das áreas urbanas; f.Adaptação para enfrentar fenômenos naturais como ciclones e furacões em todas as regiões. 2.4.7 Realizar censos de animais nos municípios. GRUPO TEMÁTICO 3

EDUCAÇÃO EM MUDANÇAS CLIMÁTICAS

3.1.1 Criar um programa de qualificação continuada para profissionais de todos os níveis e áreas de ensino, por meio de várias alternativas metodológicas, buscando o fortalecimento das habilidades, o estímulo a projetos interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar, por meio de parcerias com o setor público, privado e terceiro setor. 3.1.2 Cobrar das Universidades programa de formação sócio ambiental nas grades curriculares, de todos os cursos, com foco na temática Mudanças Climáticas 3.1.3 Incorporar no currículo do ensino fundamental, médio, e cursos técnicos, tratamento especial sobre o tema mudanças climáticas. E nas universidades que o tema seja incorporado de forma concreta nos cursos de engenharia e arquitetura, com conteúdos também sobre aproveitamento de energia solar e captação de águas pluviais nas edificações. 3.1.4 Desenvolver programa de capacitação e formação de pessoas de diferentes segmentos da sociedade, criando uma rede estadual de difusão da educação ambiental por meio de parcerias com as instituições de ensino superior, Secretaria de Estado da Educação, instituições governamentais e privadas, de modo a fortalecer a preservação das culturas locais com práticas sócio ambientais. Capacitar a todos sobre a temática mudanças climáticas e suas conseqüências para a humanidade e o planeta.

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3.1.5 Vincular as linhas de crédito com o nível de sustentabilidade (recuperação das matas ciliares, reservas legais e nascentes) das propriedades rurais, e a situação sócio ambiental e financeira do produtor. 3.1.6 Prever no orçamento valores específicos para a educação ambiental, além da criação de uma lei que incentive a apresentação de projetos ambientais pelas escolas e estimule os professores a desenvolverem, por meio de incentivo financeiro (bolsa de estudos), projetos extra classe, em parceria com as instituições de ensino superior. 3.1.7 Implantar no Estado uma política de educação ambiental, formal e não formal, responsabilizando também as administrações municipais. Desenvolver programa que vise à integração institucional, e a troca de experiências entre grupos organizados. 3.1.8 Estabelecer uma política de Estado de educação ambiental em parceria com o Ministério Público que deve ser executada pelas administrações publicas, como política permanente. 3.1.9.Desenvolver a Educação Ambiental em todo o Estado do Paraná, segundo os princípios e diretrizes previstas no Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global e na Agenda 21. Instituir e implementar a Agenda 21 em todos os Municípios. Implementação e integração dos programas da escola com a comunidade e vice versa. Fortalecer as ações da Coordenadoria de Educação Ambiental da SEMA 3.1.10 Criar planos municipais de desenvolvimento econômico sustentável em conjunto com a das Secretarias Municipais de Meio Ambiente estabelecendo parcerias com a comunidade. 3.1.11 Realizar diagnóstico sócio ambiental por município, para avaliar e definir ações. Para a execução, contratar e/ou capacitar técnicos na área ambiental, além dos funcionários da vigilância sanitária e líderes comunitários, através do órgão ambiental competente. 3.1.12.Criar, apoiar e fortalecer a Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental (CIEA) no Estado do Paraná, proporcionando a formação dos educadores e as ações favoráveis ao meio ambiente. 3.1.13 Implantar de forma efetiva, programas permanentes sobre produção, comercialização e consumo responsável, visando a diminuição dos impactos negativos sobre o meio ambiente. Promover ações que resultem na incorporação destes hábitos no cotidiano de cada cidadão:

- Criar na população a cultura por hábitos de consumo sustentável e alimentação saudável, através de programas de divulgação com este fim.

- Elaborar programas para redução da produção de materiais descartáveis e para o consumo sustentável. E incrementar programas de seleção, reutilização e de reciclagem;

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- Informar através dos meios de comunicação, sobre a existência de

produtos que causam impacto ambiental, como pilhas e lâmpadas fluorescentes. Informar à população sobre a responsabilidade do fabricante no gerenciamento destes produtos, ampliar e divulgar de forma ampla os pontos de coleta;

- Elaborar lei que obrigue os fabricantes a acrescentarem aos rótulos de seus produtos, informações sobre o tempo de decomposição das embalagens, contribuindo assim para o consumo consciente;

- Inibir o comércio e utilização de embalagens descartáveis. Ampliar o programa de embalagens retornáveis e sacolas permanentes

- Promover campanhas e políticas de reuso da água . 3.1.14 Adotar a Agenda Ambiental na Administração Pública nas três esferas e instâncias de governo 3.1.15 Incentivar a pesquisa de um novo modelo de renda, com referencia no modo de produção sustentável. Popularizar a pesquisa científica que tenha relevância em questões ambientais, como a produção orgânica, a criação de espécimes nativos, a produção de plantas medicinais, bem como o investimento no desenvolvimento de tecnologias limpas. 3.1.16 Adotar nos colégios que possuem laboratório de informática, programas, métodos e materiais que incentivem os alunos a elaborar e entregar trabalhos na forma informatizada, reduzindo a utilização de papel. Aplicar a utilização, por exemplo de pen drive ou disquete. 3.1.17 Elaborar legislação que obrigue os setores produtivos, principalmente as empresas com elevado potencial poluidor, a contribuir em ações de educação ambiental, atendendo as demandas existentes, agindo em parceria com as escolas e garantindo qualidade de vida dentro da própria instituição. 3.1.18 Criar programas de incentivo para professores/as do ensino fundamental e médio para desenvolverem projetos de Educação Ambiental, com remuneração específica, em parceria com a iniciativa privada e com previsão de horas atividades para esse fim. 3.1.19 Criar prêmios de tecnologia sócio-ambiental, em âmbito estadual, incentivando todos os segmentos da sociedade a apresentarem projetos para a preservação de seu entorno. 3.1.20 Conferir maior clareza e objetividade à legislação ambiental no que diz respeito aos deveres individuais e coletivos do cidadão. 3.1.21 Incumbir e comprometer o Ministério Público e as Polícias Civil e Militar na aplicação da legislação ambiental. 3.1.22 Fiscalizar o cumprimento da legislação:

- No que diz respeito à Educação Ambiental e a implementação do Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), garantindo que tais questões sejam trabalhadas como conteúdos transversais e interdisciplinares nos currículos do Ensino Fundamental, Médio e Superior;

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- - Quanto ao descarte de lixo com alta toxicidade; - No controle da rotulagem de produtos que tenham em sua composição

organismos geneticamente modificados. 3.1.23 Incentivar e/ou subsidiar as propriedades que cumpram a legislação ambiental como a manutenção das áreas de preservação permanente, em especial as matas ciliares, e a reserva legal. 3.1.24 Contratar profissionais com habilitação na gestão de políticas públicas de meio ambiente 3.1.25 Proibir as queimadas nas lavouras de cana-de-açúcar no Estado do Paraná. 3.1.26 Vincular parte do ICMS Ecológico e os recursos advindos de multas ambientais a projetos de educação sócio ambiental (inclusive com práticas agroecológicas) com retorno direto aos municípios de origem e com definição do repasse do valor da parcela ou percentual do ICMS ecológico para esta finalidade. 3.1.27 Elaborar política permanente, assegurada em lei federal, tornando obrigatória e gratuita, a veiculação nos horários nobres, nos veículos de comunicação do Estado e ou em outros, de campanhas e programas , de formação, informação e sensibilização sobre a necessidade da preservação ambiental. Complementar essas informações e ações em um site que disponibilize estas e outras informações e serviços ambientais (disque denúncia, informações de licenciamento ambiental, links com entidades ambientalistas, etc). 3.1.28 Implantar e incentivar a Educação Ambiental em todas as áreas do conhecimento a ser trabalhada de forma transversal por meio de projetos e outras metodologias, com professores qualificados para tal, inclusive no ensino fundamental, médio, técnico, profissionalizante e superior. 3.1.29 Tornar a Educação Ambiental, interdisciplinar, obrigatória no currículo do ensino básico (1ª. A 4ª. Série) e do ensino fundamental (5ª. A 8ª. Série), garantida no Projeto Político Pedagógico das Escolas. 3.1.30 Trabalhar em todas as áreas do conhecimento as questões ambientais como conteúdo. 3.1.31 Criar jogos pedagógicos, filmes e outros materiais didáticos sobre questões ambientais, em especial alertando para as conseqüências do consumo/consumismo que têm como conseqüência às mudanças climáticas e seus efeitos para a humanidade e para o planeta. Estes materiais devem ser distribuídos em escolas das redes públicas de ensino. 3.1.32 Sensibilizar os alunos do ensino fundamental e médio, através de palestras nas escolas, se possível visitar todas as salas de aula, sobre ações anti ecológicas que têm como conseqüência as mudanças climáticas. Construir com os alunos, professores e demais pessoas das equipes

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pedagógicas das Escolas, comunidade e pais, conjunto de práticas de mudanças de atitude para a Escola e para a comunidade 3.1.33 Melhorar as condições físicas, humanas e ambientais de todas as escolas públicas do Paraná, proporcionando um ambiente saudável. 3.1.34 Exigir que a SEED-PR implante políticas de formação, informação e educação ambiental para alunos e professores, para a participação em conselhos e para o exercício do controle social. 3.1.35 Organizar fóruns permanentes de educação ambiental e cidadania em todas as escolas e universidades públicas e particulares do Estado, pelo menos uma vez por ano, para discutir as questões ambientais. 3.1.36 Promover a criação e o fortalecimento dos Conselhos de Meio Ambiente e formação de seus membros em todos os municípios do Estado do Paraná para que estes fiscalizem também, a implementação da Educação Ambiental e das diretrizes previstas na Agenda 21. 3.1.37 Organizar cursos de formação para associações de moradores, entidades eclesiais, pastorais, grupos de mães e de jovens, qualificando estes grupos, para que estes possam ser multiplicadores em métodos e metodologias de Educação Ambiental na comunidade. 3.1.38 Criar Centros Territoriais de Educação Ambiental para produtores e trabalhadores rurais onde se promova, capacitação sobre questões legais, técnicas, alternativas sustentáveis, assim como também, sobre a necessidade de reduzir o uso de agrotóxicos, e não utilizar sementes transgênicas na agricultura paranaense, mostrando os seus malefícios para o meio ambiente e para a saúde humana. 3.1.39 Incentivar e estabelecer parcerias entre instituições de ensino públicas e privadas, ongs, agricultores, empresários, cooperativas, comércio e sindicatos, setor de saúde dos municípios, entre outros, visando o desenvolvimento de projetos relacionados à educação ambiental, com incentivo fiscal. 3.1.40 Compartilhar a responsabilidade das instituições de ensino, através de parceria entre o poder público e as instituições, igrejas, associações de bairros, dentre outras, no trabalho de conscientização ambiental. 3.1.41 Incentivar a formação de pesquisadores em educação ambiental em todas as esferas, fornecendo bolsas de estudo e fomento para a realização das pesquisas, inclusive possibilitando acesso a material bibliográfico GRUPO TEMÁTICO 4 PESQUISA EM MUDANÇAS CLIMÁTICAS 4.1.1 Criar lei que possa garantir abatimentos nas contribuições de Imposto de Renda - IR a toda empresa que invista parcela de seu lucro em pesquisas

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. Possibilitando com isso, incentivo à participação como agentes financiadores de pesquisas ambientais, junto a Universidades e outras Instituições de Pesquisas. Desta forma essas empresas podem exercer seu dever de responsabilidade sócio-ambiental, dinamizando a tecnologia a favor da sociedade e do meio ambiente. 4.1.2.Implantar mecanismo legal para que os recursos provenientes de multas aplicadas em função de impactos ambientais negativos gerados pelos processos produtivos e de prestação de serviços sejam destinadas a pesquisas em prol de soluções ambientais em locais degradados, com indicadores de desempenho de resultado de projetos por região. 4.1.3.Priorizar pesquisas em educação ambiental, saúde e qualidade de vida. 4.1.4.Criar uma comissão estadual. Em parceria com entidades civis, escritórios municipais, regionais, estaduais e federal dos órgãos ambientais e das instituições de ensino (incentivando a integração e transversalidade da pesquisa) para análise de temas pertinentes ao meio ambiente Os resultados desta pesquisa devem ter divulgação em fóruns, feiras, congressos etc. possibilitando desta forma o acesso ao conhecimento por toda a sociedade. 4.1.5.Destinar recursos para estudos de viabilidade técnica e sua difusão quanto à aptidão produtiva dos solos e sistemas de cultivos alternativos, como os agroflorestais e outras opções agrícolas, bem como para zoneamento agroflorestal/agroecológico, de forma a garantir a preservação do meio ambiente, evitando a monocultura e buscando garantir o desenvolvimento sustentável do agricultor e da propriedade rural. 4.1.6 Que as instituições de ensino superior pública e privada, bem como as escolas profissionalizantes do Estado:

- prestem assessoria e orientação para a implantação de programas e projetos de coleta seletiva nos Municípios, promovendo a organização dos agentes ambientais (catadores) e a sua inclusão social;

- desenvolvam pesquisas para a reciclagem, reutilização e inserção de resíduos químicos, industriais e perigosos, com o intuito de evitar a sua disposição sem tratamento adequado diretamente no meio ambiente, e ainda, para a remediação de passivos ambientais existentes no Estado;

- desenvolvam e difundam tecnologias de compostagem de resíduos orgânicos de origem animal e vegetal, com o intuito de popularizar a compostagem e o emprego de compostos orgânicos na agricultura;

- desenvolvam projetos especialmente nas áreas de engenharia, arquitetura, e geociências, para habitação popular na condição de edificações sustentáveis, com sistemas de captação e reuso da água, uso da luz solar para aquecimento e emprego de dispositivos para aumentar a difusão de luz e o arrefecimento natural dos ambientes;

4.1.7.Que as instituições de ensino superior pública e as escolas profissionalizantes do Estado recebam recursos e aparelhagem, e as privadas, recebam incentivo para realizar pesquisas: -para o desenvolvimento de novos produtos e materiais a partir de resíduos provenientes da coleta seletiva do lixo domiciliar e da construção civil;

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-sobre os efeitos residuais de produtos agrotóxicos em alimentos, nos solos e na água; -para desenvolver motores automotivos com o emprego de biocombustíveis, obtidos de sementes oleaginosas, da fermentação de resíduos animais e vegetais e ainda de fontes alternativas, como energia elétrica e solar; -de plantas medicinais, objetivando o desenvolvimento de medicamentos naturais de fácil acesso à população; -para o desenvolvimento de novos produtos e materiais, a partir de resíduos provenientes da coleta seletiva do lixo domiciliar e da construção civil; 4.1.8.Criar centros de formação ambiental para disseminação dos conhecimentos e práticas alternativas . 4.1.9.Garantir maiores recursos para pesquisa e para a fiscalização dos órgãos ambientais. 4.1.10.Incentivar a pesquisa para:

- rever a monocultura de pinus, analisando impactos ambientais e sociais; - implementar formas de mineração ecologicamente corretas; - detectar e adotar o tipo de transporte mais viável para a região.

4.1.11 Fortalecer política e economicamente as secretarias e departamentos municipais de meio ambiente para que possam criar políticas de implantação de tecnologias existentes para solução de problemas locais que têm como conseqüência as mudanças climáticas, implementando também mecanismos fiscalizatórios. Fortalecer estes órgãos para que possam dentre outras ações, estimular a organização dos conselhos municipais do meio ambiente inclusive com capacitação dos conselheiros (para que estes atuem também a identificação dos agentes agressores locais responsáveis pelas mudanças climáticas) 4.1.12 Instrumentalizar as instituições de pesquisa, com investimento em aparelhagem técnica e capacitação de pessoal, atendendo as especificidades regionais e de educomunicação e às demandas da comunidade. 4.1.13.Promover a sensibilização e o envolvimento da sociedade nas questões ambientais, realizando também a divulgação dos resultados de pesquisas. 4.1.14 Implantar centros de pesquisa por unidades hidrográficas para atender ao desenvolvimento regional, ligados aos municípios e instituições de ensino, com enfoque nas questões ambientais locais, viabilizados por repasses de recursos, de multas ambientais e incentivos fiscais provenientes da União, Estados e Municípios e iniciativa privada. 4.1.15 Intensificar pesquisas focando as causas modificadoras dos fatores climáticos e a reabilitação de áreas degradadas. Garantir equilíbrio na distribuição de recursos para pesquisa e para as ações de recuperação ambiental. 4.1.16 Editar lei sobre destinação de recursos financeiros diretamente para pesquisas, determinando:

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- que as empresas montadoras de automóveis financiem pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias aplicadas no seqüestro de smog-fotoquimico;

- que o sistema financeiro (bancos) e empresas de telecomunicações (privadas) quando atingirem 30% de lucros, sejam obrigadas a destinar

- ½ % para projetos de pesquisas das Universidades; 4.1.17 Promover pesquisas e seminários, que aprimorarem o conhecimento ambiental e resultem em melhor aproveitamento dos recursos energéticos. GRUPO TEMÁTICO 5 CONTROLE SOCIAL DAS AÇÕES SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS 1 CONSELHOS DE MEIO AMBIENTE 5.1.1 Fortalecer os Conselhos de Meio Ambiente nas três esferas de Governo, com caráter deliberativo, consultivo e fiscalizador, como mecanismo de gestão e controle social na área ambiental e para a efetivação das medidas que devem ser adotadas. 5.1.2 Dar maior autonomia aos municípios na gestão do meio ambiente, independentemente do número de habitantes. 5.1.3 Elaborar Projeto de lei com diretrizes básicas sobre a formação dos Conselhos de Meio Ambiente, e que disponha pela implantação em todos os Municípios do Paraná de:

- Secretarias Municipais de Meio Ambiente; - Conselho Municipal de Meio Ambiente com funções deliberativa,

consultiva e fiscal definidas. - Fundo Municipal de Meio Ambiente

5.1.3.1 ELEIÇÃO DOS CONSELHOS AMBIENTAIS:

- A eleição dos conselheiros deve se dar de forma paritária e eqüitativa quanto ao gênero e aos setores integrantes das conferências do meio ambiente (sociedade civil, setor empresarial e setor governamental);

- Garantir que os conselheiros dos conselhos municipais, estaduais e

nacionais de meio ambiente sejam eleitos nas suas respectivas conferências de meio ambiente com a participação paritária de todos os setores da sociedade, conforme proporção deliberada na Conferência Nacional de Meio Ambiente: 50% sociedade civil, 30% setor empresarial, 20% setor governamental, contemplando a questão da paridade quanto ao gênero.

5.1.3.2 ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS AMBIENTAIS:

- Adotar os princípios da agenda 21 na atuação dos conselhos; - Incluir o tema aquecimento global nas pautas dos conselhos;

[

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- Adotar câmaras setoriais para discutir a preservação ambiental e o

desenvolvimento sustentável, envolvendo os diversos segmentos da sociedade.

- Criação de câmara setorial para acompanhamento das deliberações das Conferências de Meio Ambiente

5.1.3.3 RECURSOS E REPASSES DOS CONSELHOS AMBIENTAIS:

- Deliberar, gerir e fiscalizar o uso dos recursos dos Fundos Municipais, Estaduais e Federais de Meio Ambiente e de outras fontes destinadas a projetos ambientais nas esferas municipal, estadual e nacional;

- Destinar fundos por dotação orçamentária específica para estruturação

e manutenção dos conselhos e planejamento e implantação de projetos;

- Disciplinar que parte dos recursos dos Conselhos de Meio Ambiente sejam obtidos das empresas localizadas na respectiva bacia hidrográfica.

- Disciplinar que parte dos recursos de ICMS ecológico subsidiem as

ações dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente;

- Destinar 1% do Fundo de Participação dos Municípios - FPM (federal) e 10% do orçamento dos entes federados para os Fundos Municipais de Meio Ambiente, condicionada a implantação da Agenda 21 e a existência dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente;

- Descentralizar a aplicação dos recursos dos municípios através de

audiências públicas e aprovação nos Conselhos de Meio Ambiente;

- Estabelecer formas de participação dos Conselhos Municipais do Meio Ambiente no Plano de Aplicação de Recursos, no orçamento e no Plano Diretor e nos demais planos urbanísticos e de desenvolvimento.

- Que os recursos oriundos de multas ambientais sejam destinadas ao

Fundo Municipal de Meio Ambiente do município oriundo do recurso.

5.1.3.4 CAPACITAÇÃO: - Estabelecer política de capacitação e qualificação permanente e

continuada dos membros dos Conselhos e das comunidades, incluindo formação política e de gestão ambiental, através de cursos e outras atividades. Incluir curso de capacitação em todos os municípios para que a população e gestor possam exercer a função de conselheiro.

5.1.3.5 - DIVULGAÇÃO:

- Democratizar a legislação de comunicação, visando divulgar as informações sobre a legislação ambiental, as ações ambientais e as deliberações dos conselhos de meio ambiente;

- Assegurar espaço para divulgação na TV pública, das ações dos

conselhos, fóruns e das deliberações das Conferências de Meio Ambiente;

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- Divulgar o papel dos conselhos e órgãos ambientais através de

simpósios e seminários; - Ter reuniões periódicas divulgadas e seus atos disponíveis para

consulta permanente. 5.1.3.6 - INTEGRAÇÃO:

- Promover integração de ações e troca de informações e soluções dos problemas sócios ambientais entre os Conselhos Municipais e Regionais de Saúde, Meio Ambiente e outros.

5.1.3.7 AVALIAÇÃO:

- Instituir um marco regulatório, definindo o que um conselho deve atender, e, possibilitando a avaliação e o acompanhamento permanente da atuação do Conselho de Meio Ambiente e de outros Conselhos.

2 - CONFERÊNCIAS DO MEIO AMBIENTE 5.2.1 Institucionalizar, por lei, nos três níveis e instâncias de governo as Conferências do Meio Ambiente. Fortalecê-las como mecanismo de gestão e controle social na área ambiental, adotando medidas para sua efetivação. 5.2.2 Institucionalizar a Conferência do Meio Ambiente com periodicidade para sua realização de 2 ou 3 anos como um processo integrado e permanente, com realização nas instâncias municipal, regional, estadual e federal. Organizada por comissão organizadora independente e colegiada, e também permanente. A Lei deve prever ainda:

1) que as deliberações aprovadas devem ser amplamente divulgadas. 2) que deve ser criado mecanismo de acompanhamento da implementação

destas deliberações; 3) quais as funções da representação dos segmentos e suas

responsabilidades, 4) que os recursos financeiros, para a organização e realização das

Conferências devem estar previstos no PPA, na LDO, e na LOA, de Municípios, Estados e União.

5) que a Conferência do Meio Ambiente tenha caráter deliberativo e continuado, tendo por função, dentre outras, o planejamento e o acompanhamento da execução da política pública do meio ambiente.

6) que o tema definido como prioritário, deve ter como base o diagnóstico da realidade

7) que deve ser elaborado e implementado um programa de formação continuada dos participantes;

8) que devem ser realizadas campanhas de promoção dos direito e do dever do cidadão no que diz respeito ao controle social,

9) que deve ser elaborado um programa de capacitação continuada para conselheiros eleitos nos Conselhos de Meio Ambiente, nas três esferas;

10) que deve ser elaborada política de comunicação sobre a informação dos resultados.

5.2.3 Destinar rubrica específica no Plano Plurianual (PPA), e na Lei Orçamentária Anual (LOA) com dotação para a realização das Conferências do

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Meio Ambiente, e que este desembolso seja acompanhado pelos Conselhos de Meio Ambiente 5.2.4 Garantir através de qualificação ou pré-conferências o acesso da população aos temas propostos para as Conferências municipais. Estadual e Nacional 5.2.5 As Conferências Municipais devem eleger delegadas e delegados para as Conferências Regionais. 5.2.6 Realizar semestralmente, encontros ou fóruns, municipal, regional, e estadual, para acompanhar a implantação das propostas aprovadas nas Conferências. 5.2.7 Cumprir todas as propostas aprovadas nas duas primeiras Conferências Estadual e Nacional de Meio Ambiente. 5.2.8 Abrir espaço para divulgação dos resultados das Conferências do Meio Ambiente na TV pública. 3.TRANSPARÊNCIA, INFORMAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS AÇÕES AMBIENTAIS.

5.3.1 Realizar com transparência, informação e formação sobre as ações ambientais públicas, como instrumentos facilitadores de controle social. 5.3.2 Informar a população em geral quanto às causas e efeitos do aquecimento global e das formas possíveis da participação de cada um, especialmente através de palestras, em associações de moradores, e agricultores, em linguagem adequada, de forma que atinja a comunidade incluindo as diferentes instâncias do governo, movimentos sociais e sociedade civis organizada. 5.3.3 Ampliar a integração de ações dos Governos federal, estadual e municipal. 5.3.4 Estruturar um sistema de formação e informação que inclua criação de grupo de estudos sobre as questões ambientais por unidade hidrográfica. Utilização dos veículos públicos de comunicação e de espaços compulsórios nos meios privados, de pelo menos meia hora por dia, de espaço em jornais e revistas, em posição ou horário de destaque, para temas relacionados as questões ambientais e de adequação dos serviços públicos. 5.3.5 Rever legislação sobre implantação de meios de comunicação popular(jornais e rádios comunitárias) visando facilitar com condições adequadas o funcionamento destes veículos Disponibilizar pública e mensalmente informações sobre obras, finanças, investimentos, etc., para que os meios de comunicação popular possam utilizar nas suas atividades. Disponibilizar também em outros meios de acesso público.

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5.3.6 Incentivar a criação nos Municípios dos Comitês Gestores ou Conselhos da Juventude em Defesa do Meio Ambiente, garantindo aos jovens a participação na gestão das políticas de meio ambiente. 5.3.7 As autorizações ambientais relacionadas a resíduos devem ser analisadas pelo estado e pelos municípios e todas devem ser divulgadas em diário oficial. 5.3.8 Criar mecanismos que assegurem a total transparência na aplicação dos recursos públicos. 5.3.9.Elaborar emenda constitucional que garanta dotação orçamentária, específica para a execução da política pública de meio ambiente, assegurando a transparência dos recursos aplicados dentro de uma gestão participativa, democrática e eqüitativa. 5.3.10 Definir que os órgãos do meio ambiente e as instituições de ensino público e privado sejam os indutores e divulgadores das questões do meio ambiente. 5.3.11 Desenvolver oficinas, fóruns, e cursos para capacitação de forma a efetivar as práticas de educação ambiental. 4 FORTALECIMENTO DO SISNAMA 5.4.1 Implantar secretarias municipais de meio ambiente, com estrutura e orçamento próprios Fortalecer as suas ações nas áreas urbanas e rurais, com recursos materiais e humanos adequados e suficientes, priorizando a implantação da Agenda 21 local. 5.4.2 Incentivar a criação e a estruturação dos setores técnicos ambientais nas prefeituras. 5.4.2 Melhorar a estrutura dos órgãos componentes do Sistema Estadual de Meio Ambiente, especialmente com a contratação de pessoal, através de concurso público, para que possam atender as demandas com qualidade. 5.4.3 Fortalecer os órgãos ambientais federais, através de concursos e valorização das carreiras, investimento em equipamentos, veículos e infra-estrutura para fazer cumprir a legislação ambiental, combater com eficiência os crimes ambientais e atender às novas demandas decorrentes das mudanças climáticas. 5.4.4 Cumprir integralmente as deliberações das instâncias de participação da sociedade no SISNAMA (Conselhos e Conferências), especialmente no que diz respeito às duas Conferências.Nacionais do Meio Ambiente, anteriormente realizadas 5.4.5 Apoiar, inclusive financeiramente, a integração das comunidades indígenas e tradicionais nas instâncias de decisão (conselhos, conferências).

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5.4.6 Garantir a participação das comunidades: indígenas, ribeirinhos, faxinais e quilombolas nos fóruns de discussão e deliberação da política pública de meio ambiente, através do respaldo dos poderes públicos, inclusive com repasse de recursos e custeio financeiro. 5 - FÓRUM DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

5.5.1 Implantar instrumentos de controle social das políticas públicas sobre mudanças climáticas e garantir a divulgação das mesmas. 5.5.2 Divulgar as ações e estimular a participação dos vários segmentos da sociedade nos Fóruns Estaduais de Mudanças Climáticas. 5.5.3 Adotar uma sede itinerante para o Fórum Paranaense de Mudanças climáticas, descentralizar as suas ações e divulgar as suas atribuições e atividades.

6 - APLICAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS

5.6.1 Aplicar os recursos na área ambiental através dos fundos de meio ambiente, de forma transparente e definida com a participação direta dos Conselhos. 5.6.2 Promover dotação orçamentária específica para a política pública de meio ambiente, assegurando a transparência dos recursos aplicados, especialmente os repasses para terceiros (Ongs), através de gestão. participativa, democrática e eqüitativa, efetivada pelos Conselhos de Meio Ambiente. 5.6.3 Fortalecer os Fundos ambientais e aplicar recursos na capacitação e qualificação dos membros dos Conselhos e nas ações e políticas permanentes. 5.6.4 Garantir que as verbas de ICMS ecológico sejam destinadas para a efetivação de políticas públicas em meio ambiente, especialmente na conservação e preservação da biodiversidade e para subsidiar financeiramente os Conselhos Municipais de Meio Ambiente. 5.6.5 Aplicar o conceito e os princípios de ICMS ecológico para outras áreas ambientais além das unidades de conservação e mananciais de abastecimento, tais como lixo, esgoto, preservação das nascentes, recuperação de minas, etc. Incluir a destinação de tributos para a execução da política pública de meio ambiente na reforma tributária federal. 5.6.6 Efetivar ações para inibir a corrupção e ingerência política e outras atitudes que desestimulem a participação popular. Entre tais ações podemos destacar rigor nas punições, fiscalização rigorosa, efetivação da lei, melhorias nos equipamentos e recursos humanos. 5.6.7 Destinar 80% dos recursos oriundos de multas ambientais para o município de origem.

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5.6.8.Que os fundos de meio ambiente municipal, estadual, tenham gestão eqüitativa. Que seja previsto em lei que o desembolso para realização de políticas públicas proveniente do Fundo seja deliberado pelos Conselhos de Meio Ambiente 7 -PROPOSTAS DIVERSAS 5.7.1 Consolidar a aplicação da legislação nas áreas urbanas com a efetiva preservação dos fundos de vale, através de:

- Implantação e preservação das faixas de mata ciliar e fundo de vale, - Obrigatoriedade de no mínimo uma árvore no passeio das residências; - Destinação adequada de resíduos sólidos; - Mecanismo mais eficaz de fiscalização e de denúncias por telefone.

5.7.2 Adotar a obrigatoriedade do georeferenciamento de todas as propriedades rurais e urbanas sujeitas ao controle e monitoramento ambientais. 8 Propostas de Abrangência Regional

5.8.1 Organizar o Comitê da Bacia do Ivaí, com representantes de todos os segmentos, inclusive com a representação do Conselho de Desenvolvimento Rural . 5.8.2 Determinar que o Conselho Estadual do Meio Ambiente (CEMA) se posicione, justificando a proposta de inclusão do Médio Iguaçu no Comitê da Bacia do Rio Jordão, sem a prévia discussão com os integrantes do Comitê em formação do Médio Iguaçu. 5.8.3 Elaborar um plano de turismo verde, para a região sul do Paraná, como forma do Estado compensar os serviços ambientais da floresta existente. 5.8.4.Apresentação de um plano de trabalho para o controle de algas “cianobacterias” em Foz do Areia.