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DEISY SUSANA SOARES A OCORRÊNCIA DOS NEVOEIROS EM LONDRINA/PR NO PERÍODO DE 1986 A 2005 ESTUDO GENÉTICO A PARTIR DA ANÁLISE RÍTMICA EPISÓDICA. LONDRINA 2007

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DEISY SUSANA SOARES

A OCORRÊNCIA DOS NEVOEIROS EM LONDRINA/PR

NO PERÍODO DE 1986 A 2005

ESTUDO GENÉTICO A PARTIR DA ANÁLISE RÍTMICA EPISÓDICA.

LONDRINA

2007

1

DEISY SUSANA SOARES

A OCORRÊNCIA DOS NEVOEIROS EM LONDRINA-PR

NO PERÍODO DE 1986 A 2005

ESTUDO GENÉTICO A PARTIR DA ANÁLISE RÍTMICA EPISÓDICA.

Monografia apresentada ao Curso de

Bacharelado em Geografia da Universidade

Estadual de Londrina, como requisito ao titulo

de bacharel em Geografia.

Orientadora: Profª Drª Deise Fabiana Ely.

Londrina

2007

2

DEISY SUSANA SOARES

A OCORRÊNCIA DOS NEVOEIROS EM LONDRINA-PR

NO PERÍODO DE 1986 A 2005

ESTUDO GENÉTICO A PARTIR DA ANÁLISE RÍTMICA EPISÓDICA.

Monografia apresentada ao Curso de

Bacharelado em Geografia da Universidade

Estadual de Londrina, como requisito ao título

de bacharel em Geografia.

COMISSÃO EXAMINADORA

Londrina,___ de ______________de 2007.

3

DEDICATÓRIA

A Deus, por ter me carregado e sustentado

nos momentos e caminhos mais difíceis.

4

AGRADECIMENTOS

A todos os amigos que direta e indiretamente contribuíram para a conclusão

deste trabalho. Não fosse a participação de indivíduos e instituições na origem

e evolução deste processo esta não se concretizaria.

As orientações da Prfª Drª Deise Fabiana Ely que encorajaram e que muito

contribuiu para a elaboração deste trabalho que foi enriquecido pelas

contribuições do Profº Dr. Oswaldo Coelho. E inúmeras pessoas que

colaboraram para atingir os objetivos propostos; a elas nosso agradecimento

pelo inestimável apoio e solidariedade.

A minha mãe Nilza, meus irmãos, ao Emerson, Aline e Edwylson meu terno

agradecimento pelo estímulo e companheirismo, que de forma particular

incentivaram, deram força e choramos juntos.

5

RESUMO

A presente monografia discute a ocorrência, freqüência e gênese dos

nevoeiros registrados na cidade de Londrina / Pr a partir da análise rítmica

episódica, considerando o período de registro de 1986 a 2005. Objetivou-se

analisar as características climáticas de Londrina por meio da bibliografia

disponível, a apresentação da variabilidade das temperaturas médias e dos

totais pluviométrico numa escala mensal e anual, bem como a quantificação

das ocorrências dos nevoeiros em Londrina, a análise dos fatores

condicionantes para a ocorrência dos mesmos, associada à identificação das

massas de ar geradoras dos respectivos fenômenos. A aplicação da

metodologia da análise rítmica episódica ao estudo dos nevoeiros, em

Londrina/Pr, possibilitou constatar a sua maior freqüência aos meses que

compreendem o outono e o inverno e destacar a ocorrência dos mesmos à

atuação da frente polar Atlântica e à instabilidade tropical.

Palavras-chave: Nevoeiro. Análise rítmica. Gênese.

6

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização da área urbana do município de

Londrina/PR..............................................................................................

26

Figura 2: Massas de ar que atingem a América do

sul..............................................................................................................

46

Figura 3: Trajetos das massas de ar que atingem os estados de

Paraná e São Paulo..................................................................................

54

Figura 4: Painel temporo-espacial da temperatura média mensal em

Londrina no período de 1974 a 2005........................................................

60

Figura 5: Painel temporo-espacial do total pluviométrico mensal em

Londrina no período de 1974 a 2005........................................................

62

Figura 6: Ocorrência e intensidade dos nevoeiros ocorridos nas

estações de outono e inverno em Londrina/PR, no período de 1986 a

2005..........................................................................................................

67

Figura 7: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 1994...............................................

69

Figura 8: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 1995...............................................

74

Figura 9: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 1996...............................................

77

Figura 10: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 1997...............................................

80

Figura 11: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 1998...............................................

85

Figura 12: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 1999...............................................

91

Figura 13: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 2000...............................................

95

Figura 14: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 2001...............................................

98

Figura 15: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 2002...............................................

103

7

Figura 16: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 2003...............................................

106

Figura 17: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 2004...............................................

110

Figura 18: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em

Londrina/PR no outono e inverno de 2005...............................................

116

8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Situação demográfica de Londrina...................................... 33

Tabela 2: Redução da cobertura florestal no estado do Paraná 1895

a 1980..................................................................................................

55

Tabela 3: freqüência da ocorrência de nevoeiros em Londrina/PR no

período de 1986 a 2005.......................................................................

64

Tabela 4: intensidades dos nevoeiros ocorridos em cada mês em

Londrina/PR no período de 1986 a 2005.............................................

64

9

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 10

1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ACERCA DOS MECANISMOS

METEOROLÓGICOS DE FORMAÇÃO DOS NEVOEIROS...............................

12

1.1 Metodologia....................................................................................... 19

2 - ÁREA DE ESTUDO....................................................................................... 25

2.1 O Processo de Ocupação e a Formação de

Londrina...................................................................................................

30

3 - O CLIMA DE LONDRINA E A OCORRÊNCIA DE NEVOEIROS................. 41

3.1 Detalhamento das Características Climáticas de

Londrina/Pr..............................................................................................................................

56

3.2 Freqüência e Ocorrências dos Nevoeiros em Londrina/PR no

Período de 1986 a 2005..........................................................................

63

3.3 Caracterização da Gênese dos Nevoeiros Ocorridos em

Londrina/PR no Período de 1994 a 2005...............................................

68

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 119

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 123

ANEXOS.............................................................................................................. 126

10

INTRODUÇÃO

O interesse no conhecimento da dinâmica dos nevoeiros em

Londrina / PR constitui a idéia principal do presente trabalho, considerando que

a freqüência e a ocorrência desse fenômeno motivaram os seus colonizadores

a denominá-la de “pequena Londres”.

Inicialmente, tinha-se como objetivo pesquisar se a ocorrência

e a freqüência do referido fenômeno vinha sofrendo alterações em função do

crescimento da cidade, das transformações no uso do solo urbano e de seu

entorno. Além de que tal temática também é alvo de discussão nos recentes

debates acerca das variações climáticas nas diversas escalas dos espaços

urbanos.

Entretanto, Londrina não dispõe de dados climáticos

sistematizados para períodos anteriores à década de 1970, fato que

impossibilitou a comparação entre diferentes períodos e a possibilidade de

verificação de mudanças na ocorrência e freqüência dos nevoeiros na cidade.

Conforme consulta aos arquivos de dados meteorológicos junto

ao Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), localizado em Londrina, foi

contatado que os episódios de nevoeiros passaram a ser registrados, por esse

instituto, somente a partir de 1986. Diante disso, definiu-se como recorte

temporal a ser analisado nessa pesquisa o período de 1986 a 2005 com o

objetivo de análise da ocorrência e freqüência dos nevoeiros em Londrina / Pr.

E para a identificação da gênese dos respectivos nevoeiros foram utilizadas

cartas sinóticas disponibilizadas no “site” do Ministério da Marinha, arquivadas

11

desde 1994 pela professora e pelos alunos do Grupo de Estudos em

Climatologia Geográfica (GEOCLIMA), da Universidade Estadual de Londrina

no Laboratório (UEL).

Ao discutir a ocorrência, freqüência e gênese dos nevoeiros

registrados na cidade de Londrina / PR, entende-se que tal temática é de

relevante interesse para o planejamento urbano, uma vez que em locais onde o

fenômeno ocorre com muita freqüência não é aconselhada a edificação de

aeroportos, autódromos, estádios etc.

Os nevoeiros ainda podem representar sérios riscos à saúde e

à vida, principalmente nas áreas industriais devido aos resíduos tóxicos

atmosféricos que se configuram como núcleos higroscópicos. Na agricultura os

nevoeiros podem ser nocivos, pois a sua presença assegura alta umidade

relativa do ar, condição necessária para o desenvolvimento de certas

patogêneses.

Por outro lado, a correta exploração do conteúdo de um

nevoeiro pode trazer benefícios às atividades humanas, como a coleta de água

líquida advinda do fenômeno.

Diante das importâncias salientadas desenvolveu-se a temática

geral em três capítulos: no primeiro foi elaborada a fundamentação teórica e a

metodologia do trabalho; o segundo capítulo aborda a apresentação detalhada

da geografia da área de estudo; no terceiro consta a análise episódica do

nevoeiro, bem como a discussão sobre a gênese dos nevoeiros registrados no

outono e inverno em Londrina / PR, no período de 1994 a 2005 e a análise

sintética dessas informações é apresentada nas considerações finais.

12

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ACERCA DOS MECANISMOS

METEOROLÓGICOS DE FORMAÇÃO DOS NEVOEIROS

A proposta de pesquisa ora apresentada se justifica pela

carência de estudos sobre a ocorrência de nevoeiros em Londrina-PR, mesmo

considerando que a ocorrência do “fog”, ou regionalmente conhecido como

nevoeiro, permitiu, no passado, as comparações de Londrina à capital dos

colonizadores (a pequena Londres).

O presente trabalho discute a ocorrência, freqüência e gênese

dos nevoeiros na cidade de Londrina, pois se entende que tal temática é

relevante para o planejamento urbano, uma vez que em locais em que o

fenômeno ocorre com muita freqüência não é aconselhada a construção de

aeroportos, autódromos, estádios etc.

Nesse sentido os nevoeiros podem trazer transtorno às

pessoas que freqüentam esses locais e ao transporte aéreo, pois os aeroportos

cancelam vôos quando há ocorrência do fenômeno, além de ser considerado

causador de acidentes quando encobrem rodovias e os trajetos marítimos.

Em áreas industriais, a sua formação pode representar sérios

riscos a saúde, ou a vida, pelo fato de que podem estar contaminados com

resíduos tóxicos. Na agricultura os nevoeiros podem ser nocivos na medida em

que sua presença assegura condições de umidade elevada muito favorável ao

desenvolvimento de certos patógenos. Por isso se torna importante conhecer o

seu processo de formação.

13

Segundo Sonnemaker (1994, p. 67), nevoeiros são

“Aglomerados de gotículas d’ água em suspensão na atmosfera; é uma nuvem

stratus junto à superfície”.

Para Tubelis; Nascimento (1984, p.183), “o nevoeiro é um

conjunto visível de partículas microscópicas de água líquida em suspensão na

atmosfera junto ao solo, capaz de reduzir a visibilidade horizontal”. Esse

fenômeno ocorre quando há muita umidade na atmosfera e as temperaturas

estão baixas, não atingindo o ponto de saturação para chover.

Segundo Sonnemaker (1994, p. 67), “É um fenômeno que

restringe a visibilidade para menos de 1.000m. É formado quando o vapor d’

água se condensa”.

Tubelis; Nascimento (1984, p. 183) afirmam, ainda, que os

nevoeiros se formam quando a massa de ar sobre um lugar se torna saturada

de vapor d’água, da mesma maneira que as nuvens. E isso pode ocorrer por:

“Resfriamento do ar - fazendo com que a temperatura do ar diminua até atingir

o ponto de orvalho”. (SONNEMAKER, 1994, p. 67)

Nevoeiros de resfriamento ocorrem devido ao resfriamento do

ar à superfície, em áreas oceânicas ou terrestres. O resfriamento pode ser

produzido por contato com o solo resfriado durante a noite, por contato do ar

quente e úmido em movimento com uma superfície (solo ou mar) mais fria,

sobre a qual se desloca e por ascensão adiabática do ar que se desloca,

subindo por um terreno elevado.

14

Também podem ocorrer por “acréscimo de vapor d’água ao ar,

evaporação das superfícies líquidas, de solo molhado, chuva caindo através do

ar”. (SONNEMAKER, 1994, p. 67)

Este acréscimo de vapor d’água ocorre devido ao aumento de

evaporação, que tende a elevar a umidade relativa e provocar a saturação do

ar à superfície e a condensação do vapor d’ água, com a conseqüente

formação de nevoeiro. O aumento da evaporação pode se dar por evaporação

de uma chuva quente em ar mais frio e evaporação de uma superfície líquida

mais quente em ar mais frio. Se a evaporação for suficiente para aumentar a

umidade relativa até tornar o ar saturado e houver núcleos de condensação na

atmosfera, ocorrerá a condensação do vapor d’água existente no ar e a

conseqüente formação do nevoeiro.

O autor ainda ressalta que a possibilidade de formação de

nevoeiros aumenta quando o ponto de orvalho coincide com a temperatura do

ar e quando a umidade do ar atinge valores entre 97% e 100%.

As condições atmosféricas mais propícias para a formação de

nevoeiros, segundo o autor citado, são aquelas em que os ventos são fracos, a

umidade relativa do ar é alta e quando há abundância de núcleos de

condensação na atmosfera. E, devido aos requisitos de temperaturas mais

baixas para a sua ocorrência, os mesmos são registrados com maior

freqüência no inverno.

Para Sonnemaker (1994, p. 67) existem dois tipos de

nevoeiros: os de massas de ar e os frontais.

15

Os nevoeiros de massa de ar “formam-se como resultado do

resfriamento do ar úmido, até a umidade relativa tornar-se elevada e a

temperatura do ar atingir o Ponto de Orvalho”. (SONNEMAKER, 1994, p. 67)

Os nevoeiros de massa de ar possuem duas gêneses:

A primeira, para Varejão-Silva (2006), está relacionada à perda

de radiação devido ao arrefecimento noturno do solo por emissão solar ou

energia radiante. O ar em contato com o solo perde calor por condução,

tornando-se, assim, mais frio que a camada da atmosfera que está próxima à

superfície, ou seja, a temperatura do ar aumenta conforme a distância do solo,

causando uma inversão térmica a certa altura e abaixo deste nível de inversão

térmica a camada atmosférica é estável. Se o resfriamento ultrapassar a

temperatura do ponto de orvalho ocorrerá à condensação de vapor.

O autor ainda ressalta que nevoeiros deste tipo ocorrem em

noites com poucas nuvens altas ou sem nuvens, o que facilita o resfriamento

do solo por irradiação. A presença de ventos fracos pode ampliar a espessura

da camada resfriada e conseqüentemente, dos nevoeiros.

Em áreas com grande poluição atmosférica é comum a

antecipação da formação de nevoeiros e o retardamento da dissipação, devido

à presença dos resíduos sólidos que aumentam a quantidade de substâncias

dissolvidas nas gotas que se concentram na camada atmosférica rente ao solo.

Em regiões de encostas o ar se resfria em contato com o solo e

tende a escoar e acumular nos vales, aumentando a probabilidade de

ocorrência de nevoeiro de radiação.

Sonnemaker (1994, p.68) complementa a explicação do

processo de formação dos nevoeiros de radiação ou de superfície escrevendo

16

que as condições mais favoráveis para a sua formação são: “céu claro, ventos

fracos, radiação terrestre, umidade relativa elevada. Não se formam sobre o

mar; às vezes formam–se em porções isoladas (bancos de nevoeiros)”.

(SONNEMAKER, 1994, p. 68)

A outra explicação para a origem dos nevoeiros de massa de

ar, também conhecidos como os de “advecção - é o deslocamento do ar quente

e úmido sobre uma superfície de terra ou água mais fria”. (SONNEMAKER,

1994, p. 68)

Este tipo de nevoeiro surge quando o ar frio escoa sobre uma

superfície fria (solo ou água). Por condução o ar vai perdendo calor para a

superfície que se arrefece de baixo para cima propiciando a formação de uma

camada estável justaposta à superfície. Em condições de vento fraco a

diferença entre a temperatura do ar e da superfície tende a diminuir e o

resfriamento atinge apenas uma camada atmosférica pouco espessa. Havendo

vento mais forte a mistura turbulenta do ar impossibilita o equilíbrio térmico,

mas aumenta a espessura da camada resfriada. Assim que a temperatura

dessa camada torna-se inferior a do ponto de orvalho inicial o fenômeno

ocorrerá. (VAREJÃO-SILVA, 2006)

Tipos de nevoeiros de advecção:

1- “Nevoeiro de vapor – o ar frio ao se deslocar sobre uma

superfície líquida mais aquecida. Formam-se sobre o mar, rios, pântanos.

Parece fumaça, elevando-se da superfície líquida” (SONNEMAKER, 1994, p.

68). O nevoeiro de vapor é resultado do movimento do ar muito frio sobre uma

superfície de águas mais quentes (de temperatura superior à do ar). Formam-

se quando a evaporação da superfície líquida aquecida produz vapor d’água

17

que se junta ao ar frio, o qual se torna saturado e provoca a condensação. O

nevoeiro de vapor eleva-se sobre a superfície do mar, sendo, por isso, também

denominado de fumaça do mar (“sea smoke”).

Como sabemos, a água tem um grau de calor específico maior

que o do ar. Por isso, é freqüente a ocorrência do nevoeiro de vapor no

inverno, quando o ar extremamente frio vindo da região dos pólos escoa sobre

mares mais quentes. E pelo fato das águas do mar estar mais quentes que o

ar, a evaporação é tão intensa que o vapor desprende-se da água, saturando o

ar frio e formando o nevoeiro.

2- Nevoeiros marítimos – ar quente que se move do continente para o mar frio; é de grande espessura devido à umidade do ar marítimo. 3- Nevoeiros orográficos (ou de encostas) - movimento do ar úmido que se resfria por expansão quando se move para cima de uma superfície terrestre em declive. Este resfriamento é dinâmico (adiabático). (SONNEMAKER, 1994, p. 68)

Os nevoeiros orográficos podem surgir quando o ar úmido e

estável se desloca ao longo de uma encosta e, adiabaticamente, expande-se e

conseqüentemente, resfria-se. Se o aclive for suficientemente extenso, o ar

ascendente se tornará saturado em determinada altura, deste ponto até o topo

da elevação haverá a formação do nevoeiro. (VAREJÃO-SILVA, 2006)

4- Nevoeiros de brisa marítima – ar mais aquecido do mar desloca-se sobre o litoral mais frio: somente ocorre em altas altitudes. 5- Nevoeiro glacial – ocorre nas regiões árticas, com temperaturas abaixo de -30°C; formado pela sublimação do vapor d’água. (SONNEMAKER, 1994, p. 68)

E por fim, os nevoeiros frontais associados ao desenvolvimento

de uma onda frontal, lembrando que uma frente é a superfície de contato entre

duas massas de ar, freqüentemente uma massa quente e outra fria. O ar

18

quente, sendo mais leve, subirá, resfriando-se adiabaticamente e provocando

condensação do vapor d’água nele existente e a precipitação. As gotas de

chuva, provenientes do ar quente superior, estão mais aquecidas que a

camada de ar frio superficial sob a frente; assim, a precipitação do ar quente

invasor se evapora quando desce através do ar frio e o satura, formando o

nevoeiro.

Os nevoeiros frontais ocorrem freqüentemente, no inverno e,

em geral, estão associados com frentes quentes, ocasionalmente formam-se

em frentes frias ou estacionárias. Formam-se rapidamente e muitas vezes,

cobrem extensas áreas. Estes só se formam quando a temperatura da água,

que se precipita do ar quente, é maior do que a do ar frio sob a frente. Isso

significa que este tipo de nevoeiro ocorre apenas em conexão com frentes

bastante intensas. Os nevoeiros frontais podem ser:

a) Nevoeiro pré-frontal – ocorre com as frentes quentes, cobre extensas áreas. Forma-se na massa de ar frio sob a superfície frontal quente, pela evaporação da chuva que cai através do ar frio; b) Nevoeiro post-frontal – ocorre após a passagem frente fria lenta. (SONNEMAKER, 1994, p. 68)

E a dissipação dos nevoeiros ocorre em função da

[...] radiação solar, que aquecendo a superfície, aquece o ar, promovendo a evaporação das gotículas de água. Enquanto este processo ocorre, o nevoeiro eleva-se da superfície dando origem a uma nuvem stratus baixa. O tempo necessário para a dissipação depende da espessura dos nevoeiros e da altura da camada de inversão. Para todos os nevoeiros formados, o aumento da velocidade do vento provoca o seu espessamento até o ponto de promover o seu transporte vertical, elevando-o do solo e formando uma nuvem stratus. (TUBELIS; NASCIMENTO, 1984, p.185)

19

Existem muitas preocupações por parte dos órgãos

gerenciadores dos meios de transportes aéreos, marítimos e rodoviários com a

ocorrência, freqüência e intensidade dos nevoeiros, pois muitas vezes eles

provocam a paralisação dessas atividades e acidentes graves ou, até mesmo,

fatais.

Por outro lado, a correta exploração do conteúdo de água

líquida de um nevoeiro pode trazer benefícios às atividades humanas, como

por exemplo, “no Chile, que se coleta cerca de 7000 litros de água por dia

através de 50 coletores de 48 m² de área de base”. (KENSKI, 2005, p. 45)

1.1 Metodologia

Para a quantificação e classificação genética dos nevoeiros

foram utilizados dados diários de umidade relativa do ar, radiação, temperatura,

ventos, precipitação, pressão atmosférica, visibilidade e o registro da

ocorrência de nevoeiros produzidos e fornecidos pela estação

agrometeorológica do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), que vem

registrando a ocorrência e intensidade dos nevoeiros em Londrina-Pr nos

últimos 20 anos, ou seja, desde 1986. Como nosso trabalho foi iniciado no ano

de 2006 não foi possível acrescentar esse ano na análise, pois não teríamos os

dados do ano inteiro, portanto nossas análises abordam dados até o ano de

2005.

20

A metodologia para a quantificação das ocorrências e

freqüências dos nevoeiros em Londrina constitui uma adaptação da

metodologia desenvolvida por Lacativa (1983), considerando que a dinâmica

dos nevoeiros varia “com a estação do ano e com as características do relevo

do local”. (TUBELIS; NASCIMENTO, 1984, p.183)

Lacativa (1983) teve como um dos seus objetivos determinar os

setores regionais de ocorrência de geadas e sua gênese numa tentativa de

vincular a ocorrência desse fenômeno meteorológico com a geomorfologia no

estado de São Paulo, bem como a análise das massas de ar associadas à

formação das mesmas. A referida autora concluiu que as áreas com maior

ocorrência do fenômeno estão relacionadas à altitude, além dos fatores

meteorológicos condicionantes do mesmo.

A relação entre as mudanças do uso do solo no município de

Londrina com os dados meteorológicos foi estabelecida a partir da leitura do

trabalho de Ladeia (1992), cujo objetivo foi agrupar e sistematizar os dados

meteorológicos/ climáticos e traçar o padrão das características climáticas de

Londrina, procurando contrapor a relação do homem com a natureza por meio

da história e da apropriação do espaço realizada desde os pioneiros,

propiciando a análise da evolução das tendências do clima local. A autora

concluiu que o clima de Londrina apresenta um aumento gradativo das

temperaturas médias mínimas, gerando uma diminuição da freqüência de

ocorrências de geadas e a intensidade das precipitações e dos vendavais.

Segundo Ribeiro (1993), as técnicas estatísticas empregadas

na geografia também são comumente aplicadas à climatologia, que visa à

análise da variabilidade ou regularidade e irregularidade dos fenômenos

21

climáticos e são apresentados em tabelas ou representações cartográficas.

Para a elaboração das tabelas do presente trabalho foi necessário a

organização dos dados meteorológicos brutos obtidos no IAPAR de forma a

agrupá-los por mês e ano, posteriormente foi feita a tabulação das ocorrências

anuais dos nevoeiros e, em seguida, as mensais, visando à obtenção da

freqüência absoluta do fenômeno analisado, que constitui “o número de vezes

que determinado evento ocorre”. (GALVANI, 2005, p. 180)

Em seguida, foi calculada, conforme Galvani (2005, p.180), a

freqüência percentual (fp), entendida como o percentual de ocorrências dos

nevoeiros em cada mês (fa) em relação ao número total de ocorrências (NT),

calculada pela seguinte fórmula:

fp = fa . 100 NT

Para a elaboração do painel temporo-espacial foram utilizados

os dados mensais e diários de temperatura média e o total da precipitação. O

painel temporo-espacial nos permitiu analisar a variabilidade sazonal da

temperatura média e do total pluviométrico, alem de identificar os seus padrões

predominantes numa escala anual e mensal para o período de 1976 a 2005.

Sant’anna Neto (1990) destaca que a grande vantagem do painel temporo-

espacial é de representar concomitantemente a variação temporal dos

fenômenos climáticos num eixo espacial, tornando possível a visualização de

diferentes feições, dos elementos climáticos representados para uma

determinada série histórica, o que contribui para a análise sistemática do

espaço geográfico.

22

Para a manipulação dos dados meteorológicos brutos obtidos

no IAPAR foi utilizada a planilha eletrônica Excel a partir da qual foi feito o

cálculo das médias diárias da temperatura, após a transferência destes dados

para outra planilha, foi elaborada uma tabela para a construção do painel

temporo-espacial da temperatura média mensal de Londrina.

Para confecção do painel temporo-espacial da pluviosidade

foram calculados os totais mensais.

A identificação e classificação genética dos nevoeiros ocorridos

em Londrina somente foi possível para o período de 1986 a 2005, visto que o

IAPAR de Londrina possui banco de dados desse fenômeno somente a partir

do ano de 1986 e, para esta análise, foi utilizada a metodologia da análise

rítmica proposta por Monteiro (1971). Esse autor esclarece que o ritmo

climático pode ser mapeado pela “representação dos elementos fundamentais

do clima em unidades de tempo cronológicas pelo menos diárias, compatíveis

com a representação da circulação atmosférica que se sucedem e constituem o

fundamento do ritmo”. (MONTEIRO, 1971, p. 9)

A elaboração do gráfico de análise rítmica consiste na

montagem de um gráfico de representação simultânea dos elementos

climáticos numa escala diária e a representação gráfica dos diferentes

sistemas atmosféricos atuantes por meio da análise das cartas sinóticas1

obtidas junto ao “site” do ministério da Marinha e disponível no laboratório de

arranjos territoriais e climatologia geográfica (LATEC).

1 As cartas sinóticas constituem a representação das isóbaras e a localização de sistemas atmosféricos

específicos sobre um determinado lugar e horário, possibilitando a identificação das massas de ar

atuantes. Optou-se pela apresentação em anexo, de algumas cartas sinóticas para o conhecimento do

leitor, pois foram analisadas 254 cartas para a elaboração do presente trabalho. As cartas sinóticas dos

anos anteriores a 2000 foram mais difíceis de serem analisadas devido a sua qualidade (anexo 1), já as de

anos mais recentes apresentavam uma qualidade melhor (anexo 2).

23

Segundo Flores (1995), o gráfico de análise rítmica permite

uma visão de conjunto dos elementos atmosféricos geradores dos tipos de

tempo, dando uma idéia do ritmo climático, que auxilia no entendimento da

seqüência dos estados do tempo. Sua utilização está relacionada com o

caráter dinâmico necessário para a representação da idéia de ritmo climático.

Assim, os elementos do clima de Londrina, para o período em

questão, foram representados nos gráficos de análise rítmica em unidades

diárias de tempo, apresentando a circulação atmosférica regional, a variação

da pluviosidade, os dados diários de pressão atmosférica, umidade relativa do

ar, temperaturas máximas, médias e mínimas, direção e velocidade dos ventos,

nebulosidade, e a intensidade dos nevoeiros.

Para a análise da circulação atmosférica predominante em

Londrina foram utilizadas as cartas sinóticas de superfície de 12h00 TMG,

disponibilizadas no “site” do ministério da Marinha, bem como os trabalhos de

Monteiro (1963) Nimer (1989) e Baldo (2006) que apresentam a síntese dos

tipos de tempo associados aos centros de ação e as massas de ar na América

do sul e conseqüentemente no Brasil, no norte do Paraná e em Londrina.

Identificou-se que a maior ocorrência e freqüência dos

nevoeiros em Londrina aconteceram nas estações do outono e do inverno e

devido a essa concentração, esse período sazonal foi escolhido para o

detalhamento de nossa análise. Assim, foi feita a seleção dos dias a serem

analisados. Os critérios utilizados para a escolha foram o dia de ocorrência de

nevoeiro forte e o dia anterior, pois a análise seqüencial das cartas sinóticas

anteriores facilitou o reconhecimento do sistema atmosférico atuante; quando

uma seqüência de nevoeiros acontecia e entre eles era verificada a ocorrência

24

de um nevoeiro moderado ou forte, estes também constituíram parte da

análise.

Por meio desta análise seqüencial das cartas sinóticas foi

possível estabelecer a atuação dos principais sistemas atmosféricos em

Londrina e a sua participação na gênese dos nevoeiros, posteriormente estas

informações sinóticas foram plotadas no gráfico de análise rítmica que,

segundo Monteiro (1971), detalhado ao nível do tempo revela a gênese dos

fenômenos climáticos pela interação dos elementos e fatores de uma realidade

climática regional, capaz de oferecer condições válidas para a consideração

dos variados e diferentes problemas geográficos.

A leitura dos gráficos de análise rítmica foi feita observando-os

no sentido vertical, iniciando de baixo para cima, ou seja, primeiro eram

analisados os dados acerca dos nevoeiros, em seguida os sistemas

atmosféricos, a nebulosidade, a direção e a velocidade dos ventos, a

precipitação, temperaturas, umidade relativa do ar, e por fim, a pressão

atmosférica, sendo analisados todos os dias em que foi registrada a ocorrência

de nevoeiros.

25

2. A ÁREA DE ESTUDO

O município de Londrina (figura 1), que incorpora a área

estudada, está localizado no norte do Paraná, no terceiro planalto com altitudes

que variam de 610 a 450 metros acima do nível do mar, tendo como latitude

23º 20’ 10’’ sul e longitude 51º 09’ 15’’ oeste de Greenwich. (LADEIA, 1992,

p.11)

Localizado na porção meridional brasileira, o estado do Paraná,

segundo Machado (2005), possui uma pequena faixa, ao norte do estado, que

está acima do Trópico de Capricórnio e a faixa litorânea pertencendo ao clima

tropical, mas possui grande parte do seu território sob a influência do clima

subtropical.

26

Figura 1 – A área hachurada destaca a localização da área urbana do município de Londrina – PR (ELY; CHAVES, 2002, p. 4).

De acordo com a classificação climática proposta por Köppen,

cuja sistemática é fundamentada nos regimes térmicos, pluviométricos e na

distribuição das associações vegetais, o tipo climático predominante na região

norte do Paraná é o “Cfa – mesotérmico úmido”, ou seja, “clima subtropical

úmido, com chuvas em todas as estações, podendo ocorrer seca no período de

inverno.” (CORRÊA, 1982, p. 12)

27

Enquanto que a classificação de Thornthwaite, que define o

clima segundo índices de umidade, eficiência térmica e variações estacionais

dos mesmos, insere Londrina num clima úmido mesotérmico com pequena

amplitude térmica anual, não chegando a apresentar deficiência hídrica no

período do inverno (CORRÊA, 1982, p. 12). Este tipo climático propicia a

formação de nevoeiros devido às estações úmidas que mantém a umidade

relativa do ar alta e a gradativa diminuição das temperaturas no decorrer do

outono e do inverno, condicionantes para que o fenômeno aconteça.

Sobre a caracterização climática do norte do Paraná, Maack

(1981) destaca que “[...] até a década de trinta, quando a mata pluvial e

subtropical ainda se apresentavam exuberantes, a região possuía um clima

com temperaturas amenas e distribuição uniforme das chuvas ao longo do

ano.” Após o processo de desmatamento para a introdução da cafeicultura

passaram a ser registrados episódios mais intensos de ocorrência de geadas, o

decréscimo dos totais pluviométricos e a concentração maior de chuvas.

(SAMPAIO, 1996)

Segundo Sampaio (1996) a média pluviométrica anual de

Londrina está em torno de 1600 mm, sendo que os meses mais chuvosos são

os de janeiro, seguido do mês de dezembro, enquanto o mês de agosto é o

mais seco.

A precipitação contribui para a elevação da umidade relativa do

ar que, ao se deslocar para uma superfície mais aquecida, contribui para a

formação do fenômeno estudado associado à perda radioativa e o resfriamento

da superfície.

28

Segundo as observações de temperatura efetivadas junto à

estação agrometeorológica do IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná), o mês

de janeiro é o mais quente do ano em Londrina e o mês de julho é o mês mais

frio. Destaca-se que a ocorrência de nevoeiros pode ser observada tanto no

mês mais quente quanto no mais frio, pois o referido fenômeno tem condições

favoráveis para a sua formação desde que a superfície terrestre esteja com

temperatura diferente da atmosfera logo acima, ou seja, enquanto a superfície

terrestre está fria a temperatura do ar deve estar quente, ou ao contrário, para

que ocorra a inversão térmica e a formação de nevoeiros. Devido ao fato de

Londrina ter um verão chuvoso com altas taxas de umidade relativa do ar, o

referido fenômeno pode acontecer nas manhãs de verão quando as

temperaturas são mais amenas. Entretanto, as condições mais favoráveis para

a sua formação em Londrina são propiciadas pelo outono e pelo inverno, se as

taxas de umidade relativa do ar se mantiverem altas.

A partir da leitura de bibliografias que abordam o processo de

ocupação do norte do Paraná, destaca-se que um dos principais

condicionantes para a organização territorial dessa região foi o relevo de

planalto e a disposição dos cursos hídricos, pois as cidades foram construídas

nos espigões e seus lotes partiam das estradas, que se localizavam nos topos

em direção ao fundo de vale, obedecendo ao sistema longitudinal, permitindo

que os lotes disponibilizassem de estradas e de fontes de água.

Segundo Machado (2005, p. 70), “devido ao contexto geológico

e geomorfológico, os rios paranaenses são predominantemente de planalto,

apresentando grande potencial hídrico”.

29

Os cursos d’água contribuem para a formação de nevoeiros em

suas proximidades, desde que haja um deslocamento de ar frio sobre suas

superfícies líquidas mais quentes. Ou, então, pela liberação de uma massa de

ar úmido e frio que, entrando em contato com uma superfície terrestre mais

quente forma uma inversão térmica propiciando a formação de nevoeiros,

principalmente no período noturno.

O município de Londrina localiza-se no Terceiro Planalto ou

Planalto de Guarapuava onde “os derrames de lavas basálticas atingem até

1.750 m de espessura e as altitudes declinam da Serra do Cadeado em direção

ao rio Paraná”. (MACHADO, 2005, p 72)

Segundo Stipp (2000), a região é constituída por rochas ígneas

básicas da formação Serra Geral, pertencentes ao grupo São Bento e possui

dois grandes grupos de solos, os latossolos nos espigões e o nitossolo nas

encostas. A cidade de Londrina teve sua ocupação ordenada sobre o tipo de

relevo mencionado

[...] denominado por Maack (1981) como terceiro Planalto ou Planalto de “trapp” do Paraná ou de Guarapuava, o qual compreende uma paisagem de espigões e chapadas dos derrames basálticos. Segundo o autor, os vales dos rios Tibagi, Ivaí, Piquirí e Iguaçu dividem o Terceiro Planalto em quatro regiões geográficas naturais. Londrina pertence ao bloco norte, denominado Planalto de Apucarana... É sobre as rochas da Formação Serra Geral, ou seja, na área central da Bacia Sedimentar do Paraná e sobre os latossolos e a terra roxa que a área urbana do município de Londrina está assentada e, devido às características de sua colonização, ocuparam primeiro os espigões suavemente arredondados estendendo-se, hoje, até as margens dos fundos de vales. (ELY; CHAVES, 2002, p.11)

Segundo Maack (1981), o norte do Paraná era ocupado pela

mata pluvial tropical dos planaltos, mas com o rápido desenvolvimento das

30

atividades agrícolas e a urbanização, do início do século XX, propiciaram a

redução dos espaços da mata natural.

A vegetação original da área em estudo foi classificada por

Maack (1981) como regiões das matas de Araucária. Originalmente as matas

cobriam mais de ¾ da superfície do estado, ou seja, 168.482 km² dos 201.203

km² totais, conforme Machado (2005, p. 76). Com a intensificação da ocupação

a partir de 1930, grandes matas cederam lugar à agricultura e a pastagem.

O desmatamento pode gerar impactos diretos e indiretos ao

ambiente. Entre os impactos diretos está a perda da biodiversidade, a invasão

por espécies exóticas e a fragmentação da biota. Já os indiretos provocam a

diminuição da capacidade de armazenamento hídrico no subsolo e as raízes

auxiliam na infiltração e na retenção de águas no solo, pois sem elas o

assoreamento dos corpos hídricos e os processos erosivos são acelerados

Machado (2005, p.75). Além da diminuição da evapotranspiração e,

conseqüentemente, da manutenção por um período maior das taxas de

umidade relativa do ar na atmosfera.

2.1 O Processo de Ocupação e a Formação de Londrina.

As missões jesuítas tiveram importante papel na conquista e

ocupação no norte do Paraná, pois os padres chegaram até o rio Tibagi, onde

nas suas margens implantaram suas missões. O grande desenvolvimento das

missões no rio da Prata, no séc. XVII despertou ente os religiosos o interesse

31

de fundar um estado independente, o que gerou conflitos entre os espanhóis e

portugueses (MAACK, 1981, p.37). Com os bandeirantes vindos de São Paulo

a coroa portuguesa estabeleceu os limites claros de domínio das coroas

espanhola e portuguesa e dizimou o movimento jesuíta. O que deixou a área

num estado de esquecimento por quase dois séculos, sendo as aldeias

abandonadas ocupadas por índios do grupo Gê. (MENDONÇA, 1994, p. 73)

Em meadas do séc. XVII a população do estado estava toda

fixada no litoral em função da mineração e do tropeirismo e alguns núcleos ao

sul, devido à extração de erva-mate. A fundação da colônia militar de Jataí, em

1855, no norte do estado constituiu num importante fato para a ocupação das

terras a margem do rio Tibagi.

No século XX, o ciclo econômico que deu origem a formação

acumulativa do capital nacional foi à cafeicultura, que já estava se

desenvolvendo no estado de São Paulo e, em 1917, ultrapassou o rio

Paranapanema.

Com a primeira guerra Mundial, que foi uma conseqüência das

lutas de diferentes potências para a dominação do mercado, as nações

vitoriosas (Inglaterra) tentaram expandir as áreas do seu domínio. A convite do

então presidente Arthur Bernardes, um grupo de ingleses veio ao Brasil estudar

a situação financeira, econômica e comercial para a reformulação do sistema e

consolidação da dívida brasileira para com a Inglaterra. O referido grupo de

ingleses chegou ao Brasil em 1923 e em 1924, fundaram a Brazil Plantations

Syndicate Limited responsável pela produção de algodão nas terras obtidas no

norte do Paraná. (COMPANHIA MELHORAMENTOS NORTE DO PARANÁ-

32

CMNP, 1975, p. 42) Nessa época o norte do Paraná era praticamente uma

floresta, salvo as cidades de Cambará, Jacarezinho e Sertanópolis.

Com o insucesso do algodão devido aos baixos preços obtidos

no mercado mundial, os ingleses redirecionaram os seus planos e fundaram a

Paraná Plantations Limited, sendo no Brasil conhecida como a Companhia de

Terras Norte do Paraná (CTNP) de colonização e loteamento de terras e de

produção de café, considerando que São Paulo orientava sua economia para o

desenvolvimento da indústria. A área adquirida pela companhia correspondia a

1/16 do estado do Paraná ou 1.318.941 hectares. (MENDONÇA, 1994, p.74)

A Companhia de Terras Norte do Paraná, com o intuito de

colonização do norte do estado, implantou uma estrutura fundiária baseada em

pequenas propriedades (entre 10 e 50 hectares) e realizou um planejamento

para a formação de cidades que obedeceriam a funções diferenciadas de

acordo com a sua localização. A implantação das cidades seguiu uma lógica

em que, a cada intervalo de 20 km de distância, foram fundadas cidades

menores, intercaladas a cada 100 km por cidades de funções centralizadoras

que, posteriormente, se tornaram grandes centros econômicos e populacionais.

(CMNP, 1975, p.75)

O plano de colonização também garantiu um eficiente sistema

urbano viário que teve na ferrovia um dos seus agentes mais importantes para

a colonização regional, pois se constituiu na base do escoamento da produção

cafeeira.

Londrina foi fundada no ano de 1929, sendo elevada à

condição de município no ano de 1934 e foi, inicialmente, projetada para

comportar 20.000 habitantes, mas este número foi rapidamente superado,

33

ainda nos seus primeiros 20 anos de existência, pois teve um crescimento

populacional rápido, atingindo, atualmente 447.065 habitantes segundo dados

do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) do ano de 2000 e

conforme a tabela 1. Hoje, Londrina é considerada uma das maiores cidades

do sul do Brasil em importância econômica e em população.

Este crescimento populacional teve sua origem vinculada,

basicamente, pela ampla produção agrícola, principalmente da economia

cafeeira que gerou uma atração de capitais para a região de Londrina e que

serviu de base econômica até os anos de 1970.

. Tabela 1 - Situação Demográfica de Londrina

Fonte: Censo Demográfico do Paraná. (1936 – 2000).

Anos Rural Urbano Total

1936 - - 16.351

1940 56.196 19.100 75.296

1950 37.182 34.230 71.412

1960 57.439 77.382 134.821

1970 64.573 163.528 288.101

1980 34.771 266.940 301.711

1991 - - 360.378

2000 - - 447.065

34

Na década de quarenta, os ingleses, forçados pelas inúmeras

dificuldades criadas pelo governo de Getúlio Vargas e pela segunda Guerra

Mundial, venderam a empresa de colonização a um grupo de capitalistas

brasileiros que passaram a denominá-la de Companhia de Melhoramentos do

Norte do Paraná (CMNP).

Após a década de 50, quando a estrutura econômica brasileira,

passava por mudanças e que nos anos posteriores a 1955, foram ampliados

propiciando uma mudança nos planos de investimentos do Estado na

economia urbano-industrial, em detrimento da economia agrário-exportadora.

Isto se deu pela demanda do mercado mundial, que requeria a implantação de

indústrias multinacionais, e que foram instaladas no Brasil após o período do

Governo de Juscelino Kubitschek (1955-1960), quando foi realizada a

internacionalização da economia brasileira que facilitou a entrada de capital

estrangeiro no país.

O Estado brasileiro, pressionado pelas empresas

multinacionais que necessitavam de mercado consumidor, redirecionou seus

investimentos, empréstimos e financiamentos para o setor agrícola de forma

que privilegiasse as culturas de fácil mecanização em detrimento das culturas

que não apresentavam uma mecanização facilitada, a exemplo do café. Com

isso, a cultura do café foi drasticamente reduzida em todas as áreas onde era

cultivado, assim como no norte do estado Paraná onde a erradicação foi

impulsionada pela ocorrência de fortes geadas, principalmente a que ficou

conhecida como "grande geada de 1974".

Após os anos de 1970, o percentual de população rural decaiu

rapidamente em decorrência do acelerado crescimento da população urbana.

35

Isto ocorreu em função de vários fatores, dentre eles, a passagem do cultivo de

café (com baixa mecanização e grande quantidade de mão-de-obra) para

culturas como a soja, o trigo, o milho e o algodão (que exigem uma intensa

mecanização em todo o período de desenvolvimento dos cultivos e,

conseqüentemente, dispensam o emprego de mão-de-obra abundante). Aliado

a forte concentração de terras, que foi ampliada nesta época, devido aos

intensos custos para mecanização do campo e que levou ao endividamento

dos produtores junto ao capital financeiro, provocando a perda de suas terras

e, ainda, principalmente pela necessidade de mão-de-obra no crescente setor

terciário e na nascente indústria londrinense. Houve, então, uma intensa

migração rural-urbana que culminou com o crescimento acelerado e a

complexificação do espaço urbano de Londrina.

Na década de 40, em Londrina, as estradas eram precárias, os

veículos precisavam ser acorrentados para conseguir transitar pelas principais

avenidas, tamanha era a quantidade de barro. Com o crescimento da cidade, a

expansão do cultivo do algodão, do café e da agropecuária, Londrina logo

ganhou a fama de Capital Mundial do Café e, com isso, o fluxo de pessoas e

negócios na cidade também se intensificou.

A rede Hoteleira de Londrina foi iniciada com o primeiro hotel

Planejado dentro da planta da futura cidade, o Hotel Luxemburgo, inaugurado

em maio de 1932, no mesmo dia da chegada dos trilhos. Assim como a

primeira estação rodoviária de Londrina foi construída em 1934. Depois, em

1935, ela foi mudada de lugar, em 1952, foi construído o terminal rodoviário

projetado pelo arquiteto Vilanova Artigas, considerado de arquitetura moderna.

Com o desenvolvimento da cidade e a maior concentração de pessoas, em 25

36

de Junho de 1988, foi inaugurado o Terminal Rodoviário “José Garcia Villar”,

projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Londrina desde 1943 dispõe de aeroporto, mas nessa época

restringia-se a um campo de pouso. A primeira linha comercial regular teve

início em 1947. Na época, os aviões que operavam de pequeno porte e

transportavam os interessados na compra de terras.

Entre o final da década de 50 e início da década de 60, a

região Norte do Paraná se desenvolveu aceleradamente, devido ao avanço do

cultivo do café para o interior do país. Isso trouxe à Londrina, muitos

empresários de São Paulo que dispunham apenas do transporte aéreo para

chegar à cidade, pois as rodovias existentes que partiam da cidade eram

precárias.

Em 1958, o aeródromo alcançou a terceira posição em volume

de pessoas, superado apenas por Congonhas, em São Paulo, e Santos

Dumont, no Rio de Janeiro. Com a crise do café o movimento do tráfego de

passageiros caiu consideravelmente.

Desde o início Londrina se destacava no setor comercial, com

uma área central que congrega compras e serviços em que muitas pessoas se

dirigiam para o centro principalmente em busca de lazer. No início dos anos 50,

a Avenida Paraná passou a ter calçamento em paralelepípedo, além de ser o

local onde a verticalização da cidade se iniciou. (FRESCA, 2000)

A partir dos anos 50, uma nova configuração urbana passou a

se orientar em Londrina com o desenvolvimento de um processo de extensão e

verticalização da cidade. Um dos fatos que motivou a verticalização na cidade

foi a busca da concretização de uma imagem de modernidade e de metrópole,

37

a “capital do interior” e também da necessidade de satisfazer os consumidores

deste tipo de moradia.

Desse modo, a confiança dos investidores, era afirmada,

quando a cidade não parou mais de crescer, ocupando suas áreas periféricas.

Este crescimento provocou a modernização de sua arquitetura, desenvolvida a

partir de uma base nacionalista moderna advinda das correntes arquitetônicas

de São Paulo.

O processo de verticalização teve inicio primeiramente, no

centro da cidade voltada a servir a classe social de maior poder aquisitivo, já

que este tipo de moradia era considerado uma forma de status. Nos anos 60 a

partir da consolidação das praticas fordistas de consumo em massa, essa

situação mudou e a classe social que, anteriormente vivia nos residenciais

verticais do centro, mudou-se para áreas mais afastadas, dotadas de áreas de

lazer, segurança e estacionamento.

Os primeiros conjuntos habitacionais de Londrina, situados a

distâncias de 6 a 7 km do centro da cidade são da década de 60. Estes núcleos

habitacionais foram construídos pela Companhia de Habitação de Londrina

(COHAB), órgão criado em agosto de 1965 pelo então prefeito José Hosken de

Novaes voltados às camadas mais necessitadas da população. Futuramente,

esses conjuntos habitacionais transformaram-se em quase outra cidade, dentro

de Londrina. Os conjuntos habitacionais foram dispostos estrategicamente em

áreas distantes, do centro da cidade, visando à especulação imobiliária já que

havia no interior da área urbana cerca de 60% de lotes vazios. Além de criar

problemas de infra-estrutura, possibilitou-se a valorização imobiliária de "vazios

urbanos".

38

Durante os anos de 1970 Londrina foi administrada a partir de

políticas de caráter populistas apoiadas numa política habitacional do governo

federal que motivou a formação de conjuntos habitacionais populares que

serviriam para habitação das camadas da população de rendimentos mais

modestos. Isto gerou uma atração maior de população para a cidade de

Londrina, atraídas pela "oportunidade" de conquistar o "sonho da casa própria”.

Processo que motivou a formação de áreas residenciais de padrões muito

baixos, em situações precárias, que abrigaram esta população excedente,

constituídas principalmente por favelas e assentamentos urbanos.

O norte da cidade é uma das regiões com grande crescimento

que e conforme Silva (2002, p. 123) “Possui uma variedade grande de

equipamentos urbanos, comércio, serviços, linhas de ônibus, entre outros”.

Lentamente nessa região foram sendo implantando meios de consumo coletivo

motivados pelas reivindicações da população local. Para o abastecimento da

população residente na zona norte de Londrina vários estabelecimentos

comercias e prestadores de serviços foram ali instalados e que hoje são

considerados subcentros. Primeiramente, esses estabelecimentos eram de

propriedade dos moradores locais, mas com o melhoramento da implantação

de infra-estrutura, a região foi sendo valorizada e estabelecimentos que já

existiam no Centro Principal instalaram ali suas filiais.

A Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, ao colonizar

esta região e nela implantar a cidade de Londrina, preservou algumas áreas

florestais. Entre elas, a que margeia o Ribeirão Cambé, onde a Companhia de

Terras, através da Empresa Elétrica de Londrina, sua subsidiária, aproveitou o

potencial hidráulico do Ribeirão e instalou a primeira usina hidrelétrica para a

39

produção de energia elétrica para abastecer a cidade. Depois de 28 anos de

funcionamento ela foi desativada.

Em 1975, o então prefeito José Richa, gestionou junto a

Companhia e a obteve a como doação para o município. A área originalmente

doada, acrescida de outras provindas dos processos de loteamentos vizinhos e

de desapropriações feitas pelo município, resulta hoje num total de 85,47

hectares e constitui o Parque Arthur Thomas, cuja área está destinada ao

plantio de árvores frutíferas, recreação, horto florestal, mini-zoológico e

manutenção da área de floresta como reserva ecológica.

Outro Parque Ecológico de Londrina é o Dr. Daisaku Ikeda,

criado em 24 de novembro de 1999 e inaugurado em 14 de setembro de 2000,

localizado a aproximadamente 12 quilômetros do centro da cidade com uma

área total de 51,28 alqueires preserva um pouco da história de Londrina, pois

abriga a Usina Três Bocas, segunda hidrelétrica do município atualmente

desativada.

O município ainda abriga uma das últimas reservas naturais de

mata nativa do norte do Paraná, a mata dos Godoy. Pertenceu à Família

Godoy até 1989, quando foi transformada em Parque Estadual. Possui,

atualmente, 790 hectares e localiza-se no Patrimônio Regina, a 15 km do

centro de Londrina.

Na região central da cidade encontra-se o Bosque Municipal,

ocupando duas quadras com algumas espécies remanescentes da cobertura

vegetal primitiva. Essa área foi doada pela Companhia de Terras

Melhoramentos Norte do Paraná e passou por varias reformas nos últimos

anos, mas ainda mantém as arvores de grande porte.

40

Uma das mais belas áreas de lazer de Londrina é o Lago

Igapó, cujo nome, na língua tupí, significa transvazamento de rios. O Lago foi

projetado em 1957, na gestão de Antonio F. Sobrinho, como uma solução para

o problema da drenagem do ribeirão Cambezinho, dificultada por uma

barragem natural de pedra.

O lago Igapó foi inaugurado em 10 de dezembro de 1959,

juntamente com a estação de saneamento da cidade. Após um período de

certo abandono, foi elaborado um projeto de revitalização do Lago, quando

foram construídos o Zerão (Área de Lazer Luigi Borguesi) e Centro Social

Urbano. Em 1996, o lago foi esvaziado, limpo e teve suas margens

revitalizadas, ganhando a ciclovia, o Teatro do Lago e Jardins.

41

3. O CLIMA DE LONDRINA E A OCORRÊNCIA DE NEVOEIROS.

Para Mendonça (1994, p.5) a revolução industrial trouxe novos

estudos relativos à qualidade de vida urbana, mas que só constituiu uma

discussão marcante na sociedade a partir da segunda guerra mundial, no

século XX. Somente em meados dos anos de 1960 e 1970 que vários

estudiosos se voltaram para a importância deste debate.

O fato é que ao longo de cinco milênios de organização urbana na face da Terra, nunca foram assumidas as proporções de expressão espacial e dinâmica funcional que caracterizam a organização urbana a partir de meadas do século XX. Seja pela implosão demográfica, seja pela explosão das atividades, os espaços urbanos passaram a assumir a responsabilidade do impacto máximo da atuação humana sobre a organização na superfície terrestre e na deterioração do meio ambiente. (MONTEIRO, 1976, p. 54)

No Brasil a urbanização se desenvolveu de forma rápida e

desordenada, se intensificando com o processo do êxodo rural após os anos

cinqüenta, o que gerou novas cidades ou a expansão da área de outras,

resultando em vários problemas no âmbito ambiental, político, social, estrutural,

entre outros.

No final do século XX os gestores de cidades dos países em

desenvolvimento passaram a ser cobrados, em função da aplicação de leis

ambientais em vigor, para a elaboração de estudos do ambiente urbano,

principalmente as cidades de médio e pequeno porte, que ainda estão em

franco processo de desenvolvimento e com áreas de expansão passiveis de

serem melhor planejadas; considerando que a cidade de Londrina no presente

42

estudo é entendido como de porte médio, mesmo se muitas características a

habilite a ser considerada como uma cidade grande. Do ponto de vista regional

ela pode ser considerada como grande uma vez que, “de 25ª mais habitada do

sul do Brasil, passou para a 3ª posição a partir de 1970 atrás apenas de Porto

Alegre e Curitiba” (LONDRINA, 1989, p. 9). Porém, do ponto de vista da nação

brasileira onde as áreas metropolitanas têm aproximadamente um milhão de

habitantes, Londrina, com seu quase meio milhão de habitantes, pode ser

considerada de porte mediano, pois “hoje para ser cidade média uma

aglomeração deve possuir população em torno de 100.000 habitantes”

(SANTOS, 1993 p.70) e a cidade a ser estudada, Londrina, se encaixa nessa

categoria.

Segundo Ribeiro (1993), o estudo do comportamento

atmosférico tem como orientação a compreensão de sua extensão, ou o seu

espaço, e de sua duração, ou seu tempo, em que o clima representa a união

de vários fenômenos que se fundem tanto no tempo quanto no espaço, com

diferentes tipos de tamanho e duração. Vários são os fatores geográficos que

influenciam no clima e estes elementos tem relação com a escala em que os

mesmos atuam.

Segundo Mendonça (1994) a escala do clima urbano, dentro

das grandezas climáticas, constitui-se em um aspecto polêmico entre

climatologistas, pois existe discordância das abrangências espaciais do

fenômeno. Ressalta ainda que a definição para a escala do clima urbano

dependerá dos fatores que os definem como a extensão da cidade

(megalópole, metrópole, grande, porte médio ou pequeno) e sua posição no

43

relevo, nestes casos o termo clima regional, local, meso e topoclima podem ser

relacionados ao ambiente urbano.

Em mesoclimatologia a configuração do terreno, o tipo de solo e sua cobertura vegetal são consideradas como feições da localidade, apenas as pequenas mudanças no tempo, determinando o clima que predomina em determinado lugar, da ordem de centenas de quilômetros quadrados e pode ser chamado de clima local. (OLIVER & FAIRBRIDGE, 1987 apud RIBEIRO, 1993, p. 290).

As variações do clima regional podem ser caracterizadas pelas

feições fisiográficas ou as antrópicas:

Das características fisiográficas responsáveis pela modificação da circulação regional, destaca-se o papel do relevo, que cria situações de barlavento e sotavento, o que influencia o fluxo da circulação de superfície (...). Por outro lado, as diferenciações altimétricas apresentam, em mesoescala, papel destacado na distribuição da radiação líquida, na retenção de vapor de água e armazenamento de calor sensível. A atuação conjunta desses parâmetros é suficiente para provocar variações no clima regional, gerando as feições dos climas locais. (RIBEIRO, 1993, p. 290)

No tocante a escala de ocorrência dos nevoeiros, destaca-se

que esses fenômenos podem ser do âmbito do clima local, ou mesoclima, até a

escala do microclima. E para o entendimento de sua gênese, faz-se necessário

o conhecimento da dinâmica atmosférica.

Assim, o clima da América do sul é comandado por várias

zonas de pressão que originam diversas massas de ar e que definem os tipos

de tempo na escala local.

Pela posição latitudinal, a América do Sul é atravessada pelas principais "zonas” de pressões do globo, desde o sistema equatorial da linha de convergência dos alísios (ou frente intertropical-FIT) com os enclaves de doldrums, passando pelas altas subtropicais, bem individualizadas em duas amplas células semifixas e permanentes sobre o oceano, até a das baixas subpolares. Graças a suas formas estreitas,

44

circundadas por grandes oceanos, os processos de esfriamento e aquecimento, que se produzem sazonariamente, não geram células de pressão de origem térmica destacadas. O Brasil meridional estaria particularmente afeto às células anticiclonais oceânicas, entretanto graças à particularidade de forma e disposição das linhas de relevo, que fomentam as trocas meridianas entre aquelas células, os demais centros de ação do continente direta ou indiretamente em maior ou em menor escala interferem na circulação atmosférica da região. (MONTEIRO, 1963, p. 117)

As principais características da circulação e dinâmica

atmosférica do continente sul-americano são os sete centros de ações que dão

origem e controlam a movimentação das massas de ar, ou sistemas

atmosféricos, definidores de diferentes tipos climáticos. Os centros de ação que

influenciam na América do sul segundo Monteiro (1963, p. 118) são:

Anticiclone do atlântico: de ação direta sobre a costa leste do

Brasil; Anticiclone do Pacífico: de pouca influência no interior do continente; o

Anticiclone dos Açores: de influência remota, interfere apenas quando impelido

pela Frente polar do hemisfério boreal, no nordeste do continente; o Anticiclone

migratório polar: atraído pelo gradiente térmico dirigido para o Equador, com

propagação facilitada para o norte através do litoral e do corredor formado

pelas planícies de interior e sobre o planalto brasileiro, migra constantemente,

e quando se depara com a cordilheira dos Andes, bifurca-se em duas vertentes

uma atlântica e outra pacífica. Este último anticiclone tem grande ação no clima

do continente, principalmente no sul.

Depressão do Chaco: notável centro de ação negativa,

diretamente ligado à dinâmica ondulatória da Frente Polar Atlântica, é

fundamental na atração dos sistemas intertropicais do sul.

Depressão do mar de Weddel: de pouca influência, só quando

reforçada pelo eixo da frente polar.

45

E os Centros Equatoriais: formados pela convergência das

frentes intertropicais, especialmente sobre os oceanos, entre os anticiclones

oceânicos dos dois hemisférios e o cinto de doldrums, localizados no interior da

planície amazônica, pela divergência de alísios.

Segundo Monteiro (1963), a região sul do Brasil é o campo de

atuação das massas de ar da vertente atlântica da América do Sul guiada pelos

sistemas de circulação do hemisfério Sul, orientada pelo relevo, resultando em

três grandes perturbações que atravessam a região conforme a figura 2.

46

Figura 2: Massas de ar que atingem a América do Sul.

Fonte: BOIN. 2000.

Com base em Monteiro (1963), Nimer (1989) e Baldo(2006), os

sistemas atmosféricos atuantes no sul do Brasil e no norte do Paraná são os

descritos a seguir:

47

RFPA – Repercussão da frente polar atlântica: é um

“prenúncio” da entrada de uma frente polar antártica. O céu fica parcial ou

totalmente encoberto, há um aumento na umidade relativa do ar e um leve

declínio na temperatura quando se registra pluviosidade, seu valor, é

relativamente baixo.

FPA – Frente polar atlântica: é um dos sistemas frontais mais

importantes que se deslocam sobre o Brasil, pois é responsável pela geração

de pluviosidade e mudança de temperatura no Centro-Sul e, principalmente, na

região sul. Sua atuação sempre resulta numa queda significativa da

temperatura do ar, aumentando a nebulosidade e a umidade relativa do ar e,

conseqüentemente, na geração de precipitação pluviométrica.

O desenvolvimento da FPA está associado à Frente polar.

Essa ultima, no continente-sul americano, compreende dois ramos (Atlântico e

Pacifico), dotada de grande mobilidade, flutua latitudinalmente com intensidade

diferente no decorrer do ano, mas interferindo, indubitavelmente, na circulação

intertropical.

A FPA, graças às condições geográficas da vertente atlântica

da América do Sul, é caracteristicamente móvel. Seu eixo principal pode ser

localizado, medianamente, pela latitude do Rio da Prata. Sua potencialidade de

avanço na zona intertropical é dada pelas suas condições de frontogênese,

intimamente relacionada à Frente Polar Pacífica.

Quando a frontogênese na Frente polar pacífica é acentuada

(graças à oposição que a massa Pp encontra no seu avanço para o norte pela

posição mais próxima da fonte da massa Tropical Pacífica (TP)) o

desenvolvimento ciclogenético que daí decorre contribui para reforçar o

48

acumulo de ar frio na vertente do Atlântico. Isto se dá através de sucessivas

oclusões, que extravasam o ar polar sobre os Andes Meridionais para a

Patagônia. Este reforço acentua as condições de frontogênese da FPA. Ao se

iniciarem as primeiras ondulações no eixo desta frente (começo da

ciclogênese), há uma definição dinâmica da depressão do Chaco que

desencadeia uma onda de calor do NW, reforçando as condições de

frontogênese na FPA. Assim dinamizada, a FPA inicia seu avanço para o norte,

podendo continuar, ao mesmo tempo, a evolução do seu sistema de ciclones.

Nesta evolução, o contraste térmico (continente - oceano) do litoral, bem como

o sistema orográfico, tem decidida influência. Como a canalização do ar frio é

mais facilitada no corredor de planícies interiores do que na borda litorânea do

Planalto Brasileiro, a disposição do eixo da FPA é geralmente, orientada WNW-

ESSE.

Durante o inverno os avanços da FPA são mais vigorosos. No

verão a energia frontal é, geralmente, fraca. Dificilmente se aproxima do

Trópico de Capricórnio, avançando, em geral, até o Rio Grande do Sul. No

outono, as condições de frontogênese ainda são fracas, mas, devido ao forte

gradiente térmico, desenvolve acentuada ciclogênese (ondas frontais), quando

os sistemas intertropicais, sendo bastante ativos, fazem-na regredir.

FPAE - Frente Polar Atlântica Estacionária: como o próprio

nome diz, este sistema estaciona por três ou mais dias na região sul do Brasil

ou no norte do Paraná, provocando chuva leve e contínua, o céu fica

totalmente nublado, registra-se queda na temperatura, mas a umidade relativa

do ar fica elevada.

49

A FPA pode se desdobrar em dois eixos complementares (eixo

principal e Reflexo) na latitude do Trópico de Capricórnio:

FPR (Rec.FPA) - Frente Polar Reflexa ou Recuo da Frente

Polar Atlântica: denota a separação entre o ar polar já modificado sobre a

parte subtropical da vertente atlântica, proveniente de um avanço anterior

(polar Velha) e o ar tropical marítimo. Este ramo induzido se mantém sempre

mais ligado ao litoral (onde a mudança de direção da linha da costa e o sistema

orográfico fomentam a frontogênese mais ativas do que no interior). Sendo um

reflexo do eixo principal da FPA (esse passou e agora o tempo é controlado por

um eixo secundário da FPA, que nem sempre está representado nas cartas

sinóticas, mas é identificado pelas condições do tempo atmosférico registradas

na área estudada) sua existência acusa um marcado contraste com as

condições daquele. Quando o eixo principal entra em frontogênese, o eixo

reflexo (secundário) entra em frontólise, recua em sua direção ou mesmo se

apaga (dissipa) no inverno. Quando, ao contrário, o eixo principal está em

frontólise, o eixo reflexo (secundário) entra em frontogênese acentuada e

adquire maior dinamismo, oscilando entre sua posição normal na latitude do

Trópico até o Espírito Santo - verão.

FPAD - Frente Polar Atlântica em dissipação: é uma sombra

da FPA, depois de sua passagem sobre a área de estudo. O céu se mantém

quase todo encoberto, a umidade relativa do ar se mantém elevada, a

temperatura começa a elevar gradativamente e são registrados baixos valores

pluviométricos.

PA - Polar Atlântica: possui maior atividade no outono e

inverno e tem sua origem associada ao anticiclone Polar atlântico. As

50

características do tempo sob a atuação desse sistema são: rápido declínio da

temperatura e, conseqüentemente, maiores amplitudes térmicas, umidade

relativa do ar muito baixa, céu limpo e claro, pressão atmosférica em elevação,

tempo ensolarado e, dependendo das condições atmosféricas, pode-se

registrar a ocorrência de geadas.

PT - Polar Atlântica Topicalizada ou polar velha: a atuação

desta na área em estudo é percebida quando um sistema Polar, depois de

deslocar-se pelo continente, vai perdendo suas características originais, ou

seja, é uma PA modificada, alterada profundamente devido à permanência em

latitudes mais baixas. A temperatura e a umidade começam a elevar-se

gradativamente. Geralmente a PT encontra-se entre uma frente em frontólise

nas latitudes baixas e uma frontogênese nas proximidades do rio da Prata.

TA - Tropical Atlântica: é originária do anticiclone semifixo do

Atlântico Sul que atua constantemente nas regiões Leste, Sul e Centro-Oeste

do Brasil. Devido ao seu sentido de circulação anti-horário, penetra para o

interior. Sua propriedade de origem é a de uma massa quente e úmida com

tendência à estabilidade, promovendo temperaturas que variam entre 20 e 30°

C, ventos fracos a moderados de direção leste e sudoeste, céu claro ou

parcialmente encoberto.

TAC - Tropical Atlântica Continentalizada: é a TA, porém

modificada. Durante seu deslocamento pelo continente ela vai se

transformando e perdendo suas características originais. Os ventos

predominantes nesta situação sinótica são de direção norte e nordeste, há

queda significativa nos valores de umidade relativa do ar, a temperatura se

eleva e o tempo sempre fica estável e com céu claro.

51

TC - Tropical Continental: tem sua origem vinculada à

depressão do Chaco ou resultante de anticiclone que precede a FPA, com

atuação bem definida no verão. Constituída de uma circulação ciclônica na

superfície, de forte convergência. Entretanto, a baixa umidade relativa do ar

associada à forte subsidência da alta superior, dificultando a formação de

nuvens de convecção e trovoadas, sendo responsável, portanto, por tempo

quente e seco. Os ventos predominantes são de oeste e noroeste. O tempo

fica quente e abafado, a pressão permanece baixa, não ocorrem chuvas e a

temperatura fica acima de 30°C. Sua atuação contínua é responsável pelos

veranicos, ou seja, 15 dias consecutivos ou mais sem chuva, muito comuns na

primavera e no verão na área de estudo.

EC - Equatorial Continental: tem sua fonte de origem na

planície amazônica, tende a avançar para o interior do continente sul-

americano nos sentidos NW, SE e para ESSE, de acordo com a posição da

FPA. Esse sistema se forma sobre o continente aquecido, onde dominam os

ventos fracos, sobretudo no verão. Sua repercussão na área de estudo gera

alta umidade relativa do ar, temperatura do ar acima de 30° C, queda na

pressão atmosférica, ventos de direção norte, noroeste e oeste e instabilidade

atmosférica.

IT - Instabilidade Tropical, Linhas de Instabilidade ou

Calhas Induzidas: geralmente esse sistema atmosférico antecede a entrada

de uma FPA. Este sistema é responsável pela formação de tempo instável,

aumento na nebulosidade e na umidade relativa do ar, gerando um curto

período de chuvas fortes, concentradas no tempo e no espaço.

52

ZCAS - Zona de Convergência do Atlântico Sul: é um

importante fenômeno na escala intrazonal que ocorre, principalmente, durante

o verão na América do Sul. Esse sistema atmosférico pode ser identificado na

interpretação de composições de imagens de satélite com o uma larga e

extensa banda de nebulosidade de orientação noroeste/sudeste, estendendo-

se desde o sul da região Amazônica até a região central do oceano Atlântico

Sul. Geralmente estaciona sobre a região Sudeste, sobre o Brasil Central, o

Norte do Paraná e sobre o Sul da Bahia, permanecendo sobre essas regiões

por mais de quatro dias.

Zavatini (1983), em seu estudo sobre ritmo o pluvial do eixo

Araçatuba – Presidente - Prudente – Londrina, identificou a forte influência da

frente polar atlântica na região sul do Brasil.

O referido autor destaca que o norte do estado do Paraná,

onde localiza-se Londrina, no período de dezembro a janeiro é influenciado

pelo ângulo de incidência da radiação solar que alcança a latitude máxima de

22° 30’ sul, ou seja, incide perpendicularmente sobre o norte do Paraná.

Segundo Maack (1981, p.90) essa variação no ângulo de

incidência das radiações tem influência direta na pressão atmosférica do

estado, com afastamento do sol do Trópico de Capricórnio rumo ao Equador,

as pressões baixas das massas de ar tropicais se localizarão sobre o estado.

De abril a setembro o anticiclone do Atlântico sul desloca-se com orientação

para o norte, provocando a infiltração de massas de ar frio e da frente polar.

Mendonça (1994, p. 102) destaca que o estado possui uma

distribuição pluvial anual com chuvas concentradas de setembro a abril com

tendência ao regime tropical na porção norte e noroeste, sendo que “o período

53

de maior aquecimento do estado vai de dezembro a janeiro e fevereiro (com

temperaturas máximas atingindo os 40°C), coincidindo com o solstício de

verão, enquanto o mais frio vai de junho (solstício de inverno, com

temperaturas mínimas negativas) a agosto”.

A direção predominante dos ventos retrata a influência do

direcionamento dos sistemas atmosféricos de origem atlântica na formação dos

tipos climáticos do norte do Paraná. Entre os meses de abril e setembro a

orientação dos ventos é de sudeste para oeste mostrando importante

participação do sistema polar atlântico, do equatorial continental e do tropical

continental, conforme Mendonça (1994).

Para Zavatini (1983) a região norte do Paraná se configura

numa localidade que apresenta consideráveis dificuldades quando se quer

precisar a classificação de seu tipo climático, o que o levou a classificá-la como

uma área de transição climática em que, ao seu norte e oeste, atuam

principalmente os sistemas intertropicais (clima Cwa) e os extratropicais ao sul

(clima Cfa). E, como Londrina está localizada exatamente neste limite sul da

faixa transicional, também foi considerada por Monteiro (1968) como

pertencendo ao grupo dos climas controlados por massas tropicais e polares

(figura 3).

54

Figura 3: Trajetos das massas de ar que atingem os estados do Paraná e São Paulo.

Fonte: BOIM. 2000.

A região norte do Paraná, conforme relatado no capítulo

anterior passou por um rápido processo de ocupação e de transformação das

atividades econômicas que promoveu a retirada da vegetação natural. Mas,

como é sabido, a vegetação exerce influência fundamental na caracterização

climática de um local e o desmatamento causa profundas alterações.

[...] em tais circunstâncias a alteração no balanço de radiação gera maiores amplitudes térmicas e também redução da umidade do ar, já que o ciclo hidrológico sofre bruscas transformações. A elevação da velocidade dos ventos é outra conseqüência direta do desmatamento no aspecto climático, pois, sem as barreiras naturais formadas pelos conjuntos de árvores o ar movimenta-se quase que livremente, restando somente ao relevo e as cidades a ação freadora. (MENDONÇA, 1994, p.104)

55

Maack (1981) observou as alterações climáticas no norte do

Paraná baseado no acelerado e intenso desmatamento regional ocorrido nas

décadas de 50 e 60. Verificou também que, com o desmatamento, ocorre uma

elevação no índice de precipitação, ou seja, o regime pluvial tende a ser mais

concentrado e intenso, tendendo a aridificação climática.

Conforme os dados da tabela 2 verificam-se uma redução de

mais de 60% da cobertura natural do estado nos anos de colonização e

ocupação regional.

Tabela 2 - Redução da cobertura florestal no estado do Paraná 1895-1980.

Fonte: MENDONÇA, 1994, p. 104.

ANO ÁREAS COM MATAS NATIVAS Absoluto (ha) % S/ Estado

1895 16.782.400 84,1 1930 12.902.400 64,7 1937 11.802.200 59,1 1950 7.983.400 39,7 1955 6.913.600 34,4 1960 5.563.600 27,7 1965 4.813.600 23,5 1980 1.015.206 5,1

56

3.1 Detalhamento das Características Climáticas de Londrina/Pr.

O sítio urbano de Londrina localiza-se num relevo de altitudes

moderadas que influencia na sua formação climática.

As modestas cotas altimétricas da área (média de 600 m) minimizam a ocorrência de temperaturas muito baixas, fato comum na porção leste-sudeste-sul do estado; e o efeito da continentalidade se faz sentir na redução pluvio-higrométrica da estação de inverno e acentua as amplitudes térmicas diárias e sazonais, enquanto o efeito da maritimidade (a cidade se localiza a aproximadamente 300 km – em linha reta - do oceano Atlântico) impede que os extremos climáticos atinjam níveis muito elevados. (MENDONÇA, 1994, p. 105)

Outro fator determinante na caracterização climática

londrinense, abordada por Mendonça (1994), são as atividades agrícolas, que

têm em seu calendário agrícola regional duas safras anuais principais , ou seja,

o solo da área rural encontra-se pelo menos duas vezes ao ano desnudo para

a preparação da terra e para o plantio das culturas de inverno, entre março e

julho (ex. trigo) e dos cultivos de verão, entre agosto e setembro (ex. soja).

Londrina, que tem como principal tipo de solo a terra roxa estruturada, que nos

períodos de entressafra permanece com os solos desprotegidos de cobertura

vegetal e demonstram uma elevada inércia termal em relação à cidade, quando

se encontra seca ou úmida. Nas entressafras, o processo de calor sensível que

se desenvolve sobre eles intensifica o aquecimento atmosférico que,

posteriormente, é transportado pelos ventos para a cidade, que já estoca seu

calor devido às diferentes propriedades dos materiais que a constituem.

Mendonça (2000) ainda destaca que a topografia e a exposição

das vertentes interferem na configuração do clima local, concluindo que os

57

locais mais aquecidos coincidem com os mais elevados e que possuem

orientação predominante das vertentes de leste a norte e oeste e as áreas ao

sul, menos elevadas, são menos aquecidas. O referido autor constatou

também que, a partir da análise de imagens de satélite, a temperatura dos

solos na área rural de Londrina, na estação do verão e em condições de tempo

com céu limpo, encontra-se mais aquecida e com baixa inércia termal,

resultando em uma diferença térmica entre estas superfícies de 15°C.

Ladeia (1992), ao elaborar uma análise da evolução do clima

de Londrina no século XX, complementou o estudo desenvolvido por Maack

(1981) providenciando uma análise climática até 1991 e chegou à conclusão de

que a média térmica do período apresentou elevação de 0,3°C, atingindo 21°C;

a média das máximas caiu para 27°C e a média das mínimas subiu 0,1°C,

portanto para 15,5°C, sendo que a média pluviométrica no período de 1962 a

1991 foi de 1609,5mm.

O período analisado pela autora apresentou uma grande

irregularidade na distribuição das chuvas, com períodos de anos com muita

umidade alternada com períodos de anos secos, com tendências claras de

umidificação e aquecimento. Como exemplo dos anos de maior índice

pluviométrico, Ladeia identificou os anos de 1972 com 2.229,8 mm anuais e

1980 com 2.223,2 mm anuais. Ocorreram grandes precipitações mensais e

diárias em 1972, bem como grandes precipitações fora do período de chuvas,

como no outono e inverno, demonstrando que as referidas estações vêm se

umidificando.

Os períodos em que ocorreu redução pluviométrica constituem

os anos de 1967 (1090,8 mm), 1979 (1.213,7 mm), 1984 (1.204,5 mm) e 1985,

58

com 1.177,7mm anuais e que confirmam as idéias de Maack que, com o

desmatamento, o regime pluviométrico tende a ter um período mais

concentrado e intenso de chuvas e outra fase de queda da precipitação.

Outro fator que é bastante expressivo na determinação do

clima local é aquele ligado às atividades urbanas, pois os processos de

urbanização de Londrina reduziram os espaços verdes, aumentaram a

concentração de edificações, asfaltos, associados à posição elevada no relevo

regional, intensa circulação de pessoas e veículos e a exposição norte das

vertentes passando a atestar as mais diferentes e expressivas temperaturas e

umidade relativa do ar. (MENDONÇA, 2000)

A figura 4 apresenta a variação das temperaturas médias

mensais registradas em Londrina no período de 1976 a 2005 e podemos

observar que o período do ano relacionado às estações de verão (janeiro,

fevereiro, março) e primavera (outubro, novembro, dezembro) apresenta

temperaturas quentes, com uma média variando de 20° C a 26° C; nestas

estações são encontradas elevadas médias de temperatura variando de 25° C

a 26° C, como em janeiro e fevereiro de 1984, dezembro de 1985, janeiro de

1998 e em março de 2002.

A análise da referida figura também permite a observação de

outro período do ano relacionado às estações de outono (abril, maio, junho) e

inverno (julho, agosto, setembro) com temperaturas mais baixas, com médias

variando de 14°C a 20°C, sendo que as temperaturas entre 14°C e 15°C foram

registradas em julho de 1990 e julho de 2000, confirmando as análises

59

apresentadas pelo IAPAR, citadas anteriormente, que o mês de janeiro é o

mais quente do ano e julho é o mais frio.

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

Figura 4: Painel temporo-espacial da temperatura média mensal em Londrina no período de 1976-2005

14-15 15-16 16-17 17-18 18-19 19-20 20-21 21-22 22-23 23-24 24-25 25-26

61

O painel temporo-espacial de pluviosidade total mensal de

Londrina do período de 1976 a 2005 (figura 5) permite observar que no período

de abril a setembro há uma diminuição da pluviosidade, entretanto existem

períodos secos em outros meses considerados chuvosos como, por exemplo,

em fevereiro de 1990, março de 1997, novembro de 1998, outubro de 2002. No

referido período foram registradas chuvas, (maio de 1983) com um total

pluviométrico ultrapassando os 300 mm e em junho de1997 a pluviosidade

chegou a 424,5mm, em maio de 1992 foi de 286,6 mm, em setembro de 1998

de 316,6 mm, em maio de 2002 registrou-se 315,7mm e em maio de 2004

chegando a 245,9mm. A partir destas análises pode-se confirmar o que Ladeia,

anteriormente, já apontou, ou seja, que Londrina convive com grande

irregularidade nas distribuições das chuvas, com períodos de anos com

elevadas precipitações, alterados com anos de grandes períodos de seca.

A análise da figura 5 permite a verificação de que o mês de

agosto é o mês mais seco do ano e os meses mais chuvosos são os de janeiro

e dezembro, corroborando com o que foi exposto anteriormente por Sampaio

(1996).

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

Figura 5: Painel temporo-espacial do total pluviométrico mensal em Londrina no período de 1974-2005

0-50 50-100 100-150 150-200 200-250 250-300 300-350 350-400 400-450

63

3.2 Freqüência e Ocorrências dos Nevoeiros em Londrina/PR no Período

de 1986 a 2005.

Os dados meteorológicos analisados no presente trabalho

foram coletados na estação agrometeorológica do IAPAR que desenvolve suas

observações em três horários 12h00, 18h00 e 24h00 TMG (tempo médio de

Greenwich) e que correspondem às 09h00, 15h00 e 21h00 hora local, seguindo

recomendações da Organização Meteorológica Mundial (OMM). A estação está

a 575 m de altitude localizada a partir das seguintes coordenadas geográficas

latitude 23° 21’S e longitude 51°10’W.

O período de 1986 a 2005 foi escolhido para o estudo da

ocorrência de nevoeiros em Londrina pelo fato do IAPAR possuir banco de

dados digitalizados apenas deste período e como nosso trabalho foi iniciado no

ano de 2006 não seria possível acrescentar o ano, pois não teríamos os dados

do ano inteiro.

A tabela 3 apresenta a freqüência mensal e sazonal da

ocorrência de nevoeiros em Londrina-Pr, no período de estudado e possibilita

observar que o mês com maior ocorrência desse fenômeno é o de junho, com

98 episódios. Depois vem o mês de maio, registrando 15,72% da ocorrência de

nevoeiros, ou seja, 64 dias em que o fenômeno foi registrado no mês. O mês

de julho é o terceiro com 57 episódios, totalizando 14%, ou seja, em Londrina a

maior ocorrência do fenômeno se concentra no outono e inverno. Totalizando

uma freqüência absoluta de 305 episódios dos 407 nevoeiros ocorridos em

Londrina no período.

64

Tabela 3 - Freqüência da ocorrência de nevoeiros em Londrina/PR no período de 1986 - 2005.

Fonte: Dados climáticos da estação Agrometeorológica do Iapar – Londrina. FA: Freqüência Absoluta FP: Freqüência Percentual

Tabela 4 - Intensidades dos nevoeiros ocorridos em cada mês em Londrina/PR, no período de 1986-2005.

Fonte: Dados climáticos da estação meteorológica do Iapar Londrina. NNM: número total de nevoeiros por mês NT: número total de dias com nevoeiro por intensidade.

E MESES FA FP (%)

Ver

ão

Janeiro 22 5,41 Fevereiro 24 5,90

Março 29 7,13 O

uton

o Abril 23 5,65 Maio 64 15,72 Junho 98 24,08

Inve

rno Julho 57 14,00

Agosto 30 7,37 Setembro 33 8,11

Prim

av.

Outubro 11 2,70 Novembro 2 0,49 Dezembro 14 3,44

NT 407 100,00

MESES FORTE MODERADO FRACO NNM Janeiro 12 5 5 22

Fevereiro 17 2 5 24 Março 15 6 8 29 Abril 19 1 3 23 Maio 47 9 8 64 Junho 73 10 15 98 Julho 47 7 3 57

Agosto 19 7 4 30 Setembro 25 3 5 33 Outubro 10 0 1 11

Novembro 1 0 1 2 Dezembro 10 2 2 14

NT 296 52 60 407

65

Na tabela 4 são visualizadas as intensidades dos nevoeiros

ocorridos em Londrina, no período em questão. Observa-se que o fenômeno

ocorre em todos os meses do ano tanto nos meses mais quentes e frios como

nos úmidos e secos, pois existem condições atmosféricas para que eles

aconteçam, como foi discutido no primeiro capítulo.

Verifica-se também que, em Londrina, ocorrem nevoeiros de

intensidades fracas, moderadas e fortes, ou seja, são considerados nevoeiros

de fraca intensidade quando a visibilidade é de 500 à 1000m; nevoeiros de

média intensidade ou moderados são aqueles em que a visibilidade cai para

200 a 500m e os nevoeiros de forte intensidade são aqueles em que a

visibilidade cai para abaixo de 200m.

Em todo o período estudado a intensidade forte ocorre em

maior quantidade, mesmo na soma de cada mês ou na anual, enquanto que o

moderado soma 52 episódios e o fraco 60.

A figura 6 apresenta um detalhamento da ocorrência e

intensidade dos nevoeiros ocorridos nas estações de outono e inverno em

Londrina - PR, no período de 1986 a 2005 e pode-se observar os dias em que

o fenômeno ocorreu e sua intensidade, conforme as cores do preenchimento.

Nota-se que existem meses em que o fenômeno acontece

isolado e com freqüências variadas, como por exemplo, no dia 20 de maio de

1986 quando o fenômeno ocorreu uma única vez, esse foi o único nevoeiro

registrado no outono desse ano com intensidade forte. Também pode-se notar

um episódio isolado de fraca intensidade em 17 de abril de 1990 e outro único

episódio de média intensidade em 09 de maio de 1991.

66

Há meses em que acontece uma freqüência maior do

fenômeno, variando de forte a moderada intensidade, como em agosto de 1986

nos dias 1, 21, 22, 23, 24; em maio de 1992 nos dias 2, 5, 7, 8, 15, 16, 21, 22,

24, 30, 31 e em agosto de 2004 quando a freqüência do fenômeno se deu nos

dias 2, 3, 5, 6, 7, 9, 10, 11, 12, 14, 15.

67

Figura 6: ocorrência e intensidade dos nevoeiros ocorridos nas estações de outono e inverno em Londrina/PR, no período de 1986 a 2005.

Ano 1986 1987 1988 1989 1990 1991 Meses Dias

Out

ono Abr 2 3 28 30 17 14 25

Mai 20 13 19 20 29 30 3 4 20 22 4 25 15 16 9 Jun 3 4 13 20 22 29 9 10 24 29 9 14 17 19 25 26 27 7 19 22 25 26

Inve

rno Jul 8 9 10 11 13 30 15 16 18 19 2 3 14

Ago 1 21 22 23 24 21 31 20 Set 6 6 10 8

Ano 1992 1993 1994 1995

Meses Dias

Out

ono Abr 23 30 2 10 20

Mai 2 5 7 8 15 16 21 22 24 30 31 6 7 19 20 28 12 14 16 24 25 29 6 9 11 12 29 Jun 3 28 29 30 6 7 8 16 19 20 21 22 23 24 26 2 9 11 22 23 24 9 17

Inve

rno Jul 1 5 16 17 28 29 30 8 9 10 11 9 20

Ago 23 6 16 20 23 24 25 Set 1 2 12 19 9 10 14 15 20

Ano 1996 1997 1998 1999 2000

Meses Dias

Out

ono Abr 16 1 3 4 21 8 17 13 16

Mai 16 19 22 23 16 25 5 6 12 27 Jun 5 6 11 22 24 3 4 11 12 13 14 21 28 30 8 16 22 23 30 2 7 19 26 27 28

Inve

rno Jul 27 2 17 22 1 20 23 24 8 2 22

Ago 1 6 10 11 12 13 14 20 29 17 31 Set 10 5 6 7 9 20 21

Ano 2001 2002 2003 2004 2005

Meses Dias

Out

ono Abr 4 29

Mai 10 23 29 1 16 29 31 4 23 24 27 1 Jun 6 8 9 10 14 15 30 5 18 4 5 6 7 28 1 2 3 11 17 26 28 1 18 19 26 27 29 30

Inve

rno Jul 9 13 15 24 2 3 10 18 2 3 5 6 7 9 10 11 12 14 15 2 9 11

Ago 24 25 27 29 Set 25 13 9 12 13 17

Legenda Nevoeiros de fraca intensidade Nevoeiros de média intensidade Nevoeiros de forte intensidade

68

3.3 Caracterização da Gênese dos Nevoeiros Ocorridos em Londrina/PR

no Período de 1994 a 2005.

O entendimento da gênese dos nevoeiros ocorridos em

Londrina/PR no período de 1994 a 2005 foi efetivada por meio da interpretação

dos gráficos de analise rítmica, confeccionados para os episódios de nevoeiros

na estação de outono e inverno para cada ano.

Episódios de nevoeiros registrados em Londrina-Pr no outono e inverno de

1994 (figura 7).

- MAIO:

Sob a influência da massa equatorial continental foi registrada

a ocorrência de um nevoeiro moderado em Londrina no dia 12. Neste dia

predominavam ventos de noroeste com velocidade de 2,2 m/s, o céu estava

totalmente encoberto com precipitações de 3,2 mm e umidade relativa do ar em

92,5%, com temperaturas médias de 18°C. Devido a essas condições

atmosféricas e conforme as referências de Sonnemaker (1994) e Varejão-Silva

(2006) esse nevoeiro tem sua origem ligada à advecção, pois se constata que

há o deslocamento do ar quente oriundo da massa de ar quente sobre a

superfície fria.

Set

Figura nº 7 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 1994.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Sistemas

Vento

Maio740

735

730

725

720

715

710

705

700

Pre

ssã

o (

mb)

11 12 13 14 15 16 23 24 25 26 27 28 29 1 2 8 9 10 11 21 22 23 24

Junho

14 15

11 12 13 14 15 16 23 24 25 26 27 28 29

100

95

90

85

80

75

70

65

60

55

Um

idade R

ela

tiva (

%)

1 2 8 9 10 11 21 22 23 24 14 15

1511 12 13 14 16 23 24 25 26 27 28 29 1 2 8 9 10 11 21 22 23 24 14 15

30

25

20

15

10

5

0

35

Tem

pera

tura

(°C

)

1111 12 13 14 15 16 23 24 25 26 27 28 29 1 2 8 9 10 21 22 23 24 14 15

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Pre

cip

itação

(mm

)

Velocidade

E NWSW W W SE NE NE W NE NE NE W NESW S SE SE SE NENW W NE SW NEDireção

Nebulosidade

Atmosféricos

1511 12 13 14 16 23 24 25 26 27 28 29 1 2 8 9 10 11 21 22 23 24 14 15

1511 12 13 14 16 23 24 25 26 27 28 29 1 2 8 9 10 11 21 22 23 24 14 15

1511 12 13 14 16 23 24 25 26 27 28 29 1 2 8 9 10 11 21 22 23 24 14 15

1511 12 13 14 16 23 24 25 26 27 28 29 1 2 8 9 10 11 21 22 23 24 14 15

Nevoeiros

N

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

70

No dia 14 foi registrado um nevoeiro moderado correlacionado

com a influência do recuo da frente polar atlântica e o predomínio dos ventos

de oeste com velocidade de 1,9 m/s, o céu estava parcialmente encoberto, com

umidade relativa de 70,3% e temperatura média em 15,9°C. Segundo os

autores citados esse nevoeiro é de origem post-frontal, considerado como

aqueles nevoeiros que ocorrem após a passagem de uma frente fria lenta.

No dia 16 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência de uma instabilidade tropical, quando predominavam ventos de

sudeste com velocidade de 1,9 m/s, o céu estava encoberto, com precipitação

de 5,5 mm, a umidade relativa do ar era de 80,5% e a temperatura média do ar

de 15,7°C. Conforme estas características esse nevoeiro é de gênese pré-

frontal, pois se formou na massa de ar fria sobre uma superfície frontal quente.

No dia 24 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade

correlacionado com a repercussão da frente polar atlântica. Esse dia Londrina

estava sob o predomínio de ventos de nordeste com velocidade de 2,1 m/s,

houve registro de 5,5 mm de precipitação, a umidade relativa foi de 94,1% e

temperatura média com 17,2 °C; Portanto esse nevoeiro é de origem pré-

frontal, pois se formam devido ao deslocamento da frente polar atlântica que

aciona a energia do ar tropical, quente e úmido, proporcionando a formação

dos nevoeiros.

No dia seguinte (25) deflagrou-se em Londrina outro nevoeiro

forte associado à influência da aproximação da frente polar atlântica, com

ventos predominantes de oeste e velocidade de 1,9 m/s, com altas

precipitações (84 mm) e umidade relativa de 79,9% e temperatura média do ar

de 20,7 °C. Sendo a origem do nevoeiro registrado frontal identificada como,

71

pois o ar quente, sendo mais leve, foi elevado e resfriou-se adiabaticamente e

provocou a condensação do vapor d’água nele existente e a precipitação. As

gotas de chuva, provenientes do ar quente superior, estão mais aquecidas que

a camada de ar frio superficial sob a frente; assim, a precipitação do ar quente

invasor se evapora quando desce através do ar frio e o satura, formando o

nevoeiro.

No dia 29 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade devido à

influência da massa de ar polar atlântica. Neste dia ocorreram ventos

predominantes de oeste com velocidade de 1,5 m/s, o céu estava parcialmente

encoberto, a umidade relativa do ar era 78,4% e a temperatura média de

19,5°C. Segundo os autores esse nevoeiro é caracterizado como de origem de

radiação.

- JUNHO:

Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no

dia 2 correlacionado com o recuo da frente polar atlântica. Nesse dia os ventos

tinham direção predominante de sudoeste e velocidade de 1,3 m/s, o céu

estava limpo, a umidade relativa do ar era de 83,2% e a temperatura média de

19,8°C. Estas características permitem dizer que esse nevoeiro é de gênese

post-frontal.

No dia 9 também foi registrado a ocorrência de um nevoeiro

forte também sob a influência do recuo da frente polar atlântica quando a

direção predominante dos ventos era de sudeste com velocidade de 1,6m/s, o

céu estava parcialmente encoberto, a com umidade relativa do ar em 80,6% e

a temperatura média de 15,8 °C. Diante desta situação sinótica e segundo os

autores citados esse nevoeiro é de origem post-frontal.

72

No dia 11 ocorreu um nevoeiro fraco, também sob a influência

do recuo da frente polar atlântica, com o predomínio dos ventos de sudeste

com velocidade de 2,6 m/s, o céu estava limpo, a umidade relativa era de

78,1% e a temperatura média do ar de 16,8°C. Portanto, mais um nevoeiro de

origem post-frontal.

Sob a influência da frente polar atlântica, foi registrada a

ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina no dia 22. Neste dia

predominavam ventos de noroeste com velocidade de 1,9 m/s, o céu estava

totalmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 88,9% e as temperaturas

médias de 17,2°C. Devido a essas condições atmosféricas e a revisão

bibliográfica esse nevoeiro é reconhecido como frontal.

No dia 23 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade

correlacionado com o recuo da frente polar atlântica que deflagrou ventos de

direção predominante de oeste e velocidade de 1,5m/s, o céu estava

encoberto, com umidade relativa de 88,4% e a temperatura média de 14,9 °C,

caracterizando um nevoeiro post-frontal.

Outro nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 24,

quando Londrina estava sob a atuação da repercussão da frente polar

atlântica, com ventos de direção de nordeste e velocidade de 1,5 m/s, umidade

relativa do ar de 88% e a temperatura média de 17,1°C. Permitindo afirmar que

esse nevoeiro é de origem pré-frontal.

- SETEMBRO:

No dia 15 Londrina esteve sob a influência da frente polar

atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse

dia os ventos eram de direção nordeste com velocidade de 2,2 m/s, o céu

73

estava limpo, a umidade relativa do ar era de 94% e a temperatura média de

18,2°C, caracterizando um nevoeiro de origem frontal.

Episódios de nevoeiros ocorridos em Londrina-Pr no outono e inverno de 1995

(figura 8).

- ABRIL:

Sob a influência da massa de ar tropical atlântica, no dia 10 foi

registrada a ocorrência de um nevoeiro de forte intensidade em Londrina.

Nesse dia predominavam ventos de nordeste com velocidade de 2,0 m/s, o céu

estava parcialmente encoberto, com a umidade relativa do ar em 72,3% e as

temperaturas médias de 23°C; devido a essas condições atmosféricas e

conforme os dados bibliográficos esse nevoeiro é de advecção. O nevoeiro

ocorrido neste dia teve relação com a introdução de umidade do ar do dia

anterior , quando foi registrado o prenúncio da frente polar atlântica, mas no dia

10 essa estava se deslocando para o litoral do Rio Grande do Sul, não

atingindo Londrina. Desse modo, para que a FPA se deslocasse ela demandou

o ar tropical originário da depressão do Chaco e do anticiclone tropical atlântico

que foram os responsáveis pela introdução de umidade do ar em Londrina,

mantendo a temperatura média em 23° C e a formação do nevoeiro.

0

Direção

740,0

735,0

730,0

725,0

720,0

715,0

710,0

705,0

700,0

Pre

ssã

o (

mb)

9 10 8 9 19 20

100,0

95,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,0

Um

idade R

ela

tiva (

%)

9 10 8 9 19 20

30

25

20

15

10

5

0

35

Tem

pera

tura

(°C

)

9 10 8 9 19 20

VentoVelocidade

90

80

70

60

50

40

30

20

10

Pre

cip

itação (

mm

)

9 10 8 9 19 20

NE NE NW E NE NE

Nebulosidade

Sistemas

Atmosféricos

Abril Julho

9 10 8 9 19 20

9 10 8 9 19 20

9 10 8 9 19 20

9 10 8 9 19 20

NevoeirosN

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Figura nº 8 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de1995.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

75

O mês de junho de 1995 foi desconsiderado para a análise,

pela falta de cartas sinóticas do período.

- JULHO:

No dia 9 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência da massa polar atlântica, quando a direção predominante dos ventos

era de leste a velocidade de 3,2 m/s, o céu estava encoberto, houve registro de

precipitação de 2,7 mm, a umidade relativa do ar era de 96,1% e a temperatura

média de 14,1°C. Devido à atuação da massa polar atlântica em Londrina e

pelo fato do céu estar coberto gerou um nevoeiro de advecção. Este tipo de

nevoeiro surge quando o ar frio escoa sobre uma superfície fria (solo ou água).

Por condução o ar vai perdendo calor para a superfície que se arrefece de

baixo para cima, propiciando a formação de uma camada estável justaposta à

superfície.

No dia 20 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência da frente polar atlântica, com o predomínio de ventos de nordeste e

velocidade de 2,3 m/s, foram registradas precipitações de 4,1 mm, umidade

relativa de 84,1% e temperatura média do ar de 15,4 °C, caracterizando um

nevoeiro frontal.

76

Leitura da figura 9, gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros

registrados em Londrina/PR no ano de 1996.

- ABRIL:

Sob a atuação da frente polar atlântica, no dia 16 foi registrado

um nevoeiro de forte intensidade em Londrina. O tempo meteorológico

apresentava ventos de nordeste com velocidade de 1,5m/s, precipitações de

7,4mm, umidade relativa do ar de 97,1% e temperatura média de 20,4°C,

gerando um nevoeiro frontal.

- MAIO:

No dia 16 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência de uma instabilidade tropical, com predomínio de ventos de noroeste

e velocidade de 1,0 m/s, o céu estava encoberto, as precipitações foram de

4,2mm, a umidade relativa do ar de 81,6% e a temperatura média de 18,3°C,

gerando um nevoeiro pré-frontal.

Sob a influência da frente polar atlântica, no dia 19 foi

registrado a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Neste dia

predominavam ventos de noroeste com velocidade de 0,9 m/s, o céu estava

totalmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 80,2% e as temperaturas

médias de 17,7°C; devido a essas condições atmosféricas e conforme os

dados bibliográficos sua gênese é frontal.

26 27

NE NE W NW E E NW SE SE SEW NE E SW NE W NE SW

2218 191515 16 16 17 4 5 6 10 11 21 23 24 26 27

0

25

Abril Maio JulhoJunho

95,0

Vento

Velocidade

Direção

Nebulosidade

SistemasAtmosféricos

740,0

735,0

730,0

725,0

720,0

715,0

710,0

705,0

700,0

Pre

ssão (

mb)

1515 16 16 17 18 19 4 5 6 10 11 21 22 23 24 26 27

100,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,0

Um

idade R

ela

tiva (

%)

1515 16 16 17 18 19 4 5 6 10 11 21 22 23 24

30

20

15

10

5

35

Tem

pera

tura

(°C

)

1515 16 16 17 18 19 4 5 6 10 11 21 22 23 24 26 27

2218 19

30

20

10

0

90

80

70

60

50

40

Pre

cip

itação

(mm

)

1515 16 16 17 4 5 6 10 11 21 23 24 26 27

2218 191515 16 16 17 4 5 6 10 11 21 23 24 26 27

2218 191515 16 16 17 4 5 6 10 11 21 23 24 26 27

2218 191515 16 16 17 4 5 6 10 11 21 23 24 26 27

Nevoeiros

N

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Figura nº 9 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - Pr no outono e inverno de1996.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

78

- JUNHO:

No dia 5 foi registrado um nevoeiro de fraca intensidade em

Londrina, quando o tempo meteorológico estava sob a influência da

repercussão da frente polar atlântica, com ventos predominantes de sudeste

com velocidade de 1,3 m/s, o céu estava totalmente encoberto, com

precipitações de 5,3mm, a umidade relativa do ar era de 87,7% e temperatura

média de 16,6 °C, propiciando a formação de um nevoeiro pré-frontal.

No dia 6 aconteceu um nevoeiro de forte intensidade quando

Londrina estava sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, com

ventos de direção predominante de oeste e velocidade de 1,1 m/s, o céu

estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 69,2%, as

temperaturas médias eram de 16,5 °C, configurando um nevoeiro pré-frontal.

Sob a influência da massa de ar tropical atlântica, no dia 11 foi

registrada a ocorrência de um nevoeiro de forte intensidade em Londrina.

Neste dia predominavam ventos de nordeste com velocidade de 1,7 m/s, a

umidade relativa do ar estava em 63,3% e as temperaturas médias em 16,1°C,

gerando um nevoeiro de advecção. Este tipo de nevoeiro surge quando o ar frio

escoa sobre uma superfície fria (solo ou água) e, por condução, o ar vai

perdendo calor para a superfície que se arrefece de baixo para cima

propiciando a formação de uma camada estável justaposta à superfície.

No dia 22 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência da massa polar atlântica, os ventos eram de sudoeste com

velocidade de 1,8 m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa do ar de

86,6% e a temperatura média em 15°C, formando um nevoeiro de radiação.

79

No dia 24 também ocorreu um nevoeiro de forte intensidade,

mas agora Londrina estava sob a influência da massa polar atlântica, com

predomínio de ventos de oeste e velocidade de 1,4 m/s, o céu estava

totalmente encoberto, a umidade relativa do ar em 89,3% e a temperatura

média em 16,2°C, o que propiciou a formação de um nevoeiro de radiação.

- JULHO:

A atuação da frente polar atlântica em Londrina, no dia 27,

propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade associado com

ventos de sudoeste e velocidade de 2,3m/s, com precipitações de 2,8 mm,

umidade relativa do ar de 89,6% e temperatura média de 16,8°C, ocasionando

um nevoeiro frontal.

Episódios de nevoeiros registrados no outono e inverno de Londrina-Pr, no ano

de 1997 (figura 10).

- ABRIL:

No dia 1 ocorreu nevoeiro de forte intensidade em Londrina sob

a influência de uma instabilidade tropical, com predomínio de ventos de oeste e

velocidade de 1,7 m/s, o céu estava encoberto, as precipitações foram de 28

mm, a umidade relativa do ar de 79,9% e a temperatura média de 20,5°C,

gerando um nevoeiro pré-frontal.

No dia 3 Londrina esteve sob a influência da frente polar

atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse

dia os ventos eram de direção noroeste com velocidade de 1,9 m/s, o céu

estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 71,6%, as precipitações de

1,4mm e a temperatura média de 22,5°C, caracterizando um nevoeiro frontal.

740,0

735,0

730,0

725,0

720,0

715,0

710,0

705,0

700,0

Pre

ssã

o (

mb)

31 1 2 3 4 20 21 24 25 2 3 4 10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30 1 2 21 22

31 1 2 3 4 20 21 24 25 2 3 4 10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30 1 2 21 22

100,0

95,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,0

Um

idade R

ela

tiva (

%)

31 1 2 3 4 20 21 24 25 2 3 4 10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30 1 2 21 22

15

30

25

20

10

5

0

35

Tem

pera

tura

(°C

)

31 1 2 3 4 20 21 24 25 2 3 4 10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30 1 2 21 22

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Pre

cip

itação

(mm

)

31 1 2 3 4 20 21 24 25 2 3 4 10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30 1 2 21 22

31 1 2 3 4 20 21 24 25 2 3 4 10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30 1 2 21 22

31 1 2 3 4 20 21 24 25 2 3 4 10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30 1 2 21 22

SE W E NW SW N W SE SE E E NE NE NE NE SE NE N NE NW N SW NE SE E NW W

Vento

Velocidade

Nebulosidade

Sistemas

Atmosféricos

Direção

Março Abril Maio Junho Julho

31 1 2 3 4 20 21 24 25 2 3 4 10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30 1 2 21 22

Nevoeiros

N

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Figura nº10 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 1997.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

81

Um nevoeiro de fraca intensidade foi registrado em Londrina no

dia 4 correlacionando com o recuo da frente polar atlântica. Nesse dia os

ventos tinham direção predominante de sudoeste e velocidade de 1,3 m/s, o

céu estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 78,1% e a

temperatura média de 22,1°C. Estas características permitem dizer que esse

nevoeiro é de gênese post-frontal.

No dia 21 ocorreu um nevoeiro forte, também sob a influência

do recuo da frente polar atlântica, com o predomínio dos ventos de oeste com

velocidade de 1,6 m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa do ar era de

76,6% e temperatura média do ar de 20,2°C. Portanto, também é um nevoeiro

de origem post-frontal.

- MAIO:

No dia 25 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte,

também sob a influência do recuo da frente polar atlântica, quando a direção

predominante dos ventos era de sudeste com velocidade de 2,5m/s, o céu

estava encoberto, com umidade relativa do ar em 78%, as precipitações de

28,1mm e a temperatura média de 15,7 °C. Diante desta situação sinótica esse

nevoeiro é de origem post-frontal.

- JUNHO:

No dia 3 ocorreu nevoeiro de fraca intensidade sob a influência

de uma instabilidade tropical, com predomínio de ventos de leste e velocidade

de 1,5 m/s, o céu estava encoberto, as precipitações foram de 10,5mm, a

umidade relativa do ar era de 93,8% e a temperatura média de 13,9°C, gerando

um nevoeiro pré-frontal.

82

No dia seguinte (04/06) ocorreu um nevoeiro de forte

intensidade, também sob a influência de uma instabilidade tropical, quando

predominava ventos de nordeste com velocidade de 2 m/s, o céu estava

encoberto, com precipitação de 21,3 mm, a umidade relativa do ar era de

98,8% e a temperatura média do ar de 13,9°C. Conforme estas características

esse nevoeiro é de gênese pré-frontal.

Sob a influência de uma nova instabilidade tropical, no dia 11

foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Neste dia

predominavam ventos de nordeste com velocidade de 1,6 m/s, o céu estava

totalmente encoberto a umidade relativa do ar era de 93,2% e as temperaturas

médias de 11,4°C, devido a essas condições atmosféricas esse nevoeiro é pré-

frontal.

No dia seguinte 12 deflagrou-se em Londrina outro nevoeiro

forte associado à aproximação da frente polar atlântica, com ventos

predominantes de nordeste e velocidade de 2,2 m/s, com precipitações de 34,8

mm, umidade relativa de 96,2% e temperatura média do ar de 15,2 °C. Tendo a

mesma origem do nevoeiro registrado no dia anterior, ou seja, frontal.

Sob a influência da frente polar atlântica em dissipação, no dia

13 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Neste dia

predominavam ventos de sudeste com velocidade de 1,3 m/s, o céu estava

parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 84,5% e as

temperaturas médias de 19,1°C; originando um nevoeiro de post-frontal.

Outro nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 14,

quando Londrina estava sob a atuação da frente polar atlântica, com ventos de

direção nordeste e velocidade de 3,1 m/s, com precipitações de 53 mm,

83

umidade relativa do ar de 96,2% e a temperatura média de 16,2°C, permitindo

afirmar que esse nevoeiro é de origem frontal.

No dia 21 também foi registrada a ocorrência de um nevoeiro

forte sob a influência do recuo da frente polar atlântica quando a direção

predominante dos ventos era de nordeste com velocidade de 1,8m/s, o céu

estava encoberto, com precipitações de 14,3 mm, a umidade relativa do ar

estava em 72,1% e a temperatura média de 21,9 °C. Diante desta situação

sinótica esse nevoeiro é de origem post-frontal.

No dia 28 ocorreu um nevoeiro forte, também sob a influência

do recuo da frente polar atlântica, com o predomínio dos ventos de norte com

velocidade de 2,5 m/s, o céu estava encoberto, com precipitações de 25 mm, a

umidade relativa era de 99,4% e a temperatura média do ar de 15,2°C,

caracterizando outro nevoeiro de origem post-frontal.

Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no

dia 30 também correlacionando com o recuo da frente polar atlântica. Nesse

dia os ventos tinham direção predominante de nordeste e velocidade de 1,1

m/s, o céu estava encoberto, precipitações de 15,5 mm, a umidade relativa do

ar era de 96,6% e a temperatura média de 14,1°C. Estas características

também permitem dizer que esse nevoeiro é de gênese post-frontal.

- JULHO:

Outro nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 2,

quando Londrina estava sob a atuação da instabilidade tropical, com ventos de

direção de leste e velocidade de 1,6 m/s, umidade relativa do ar de 77,6% e a

temperatura média de 17,3°C, permitindo afirmar que esse nevoeiro é de

origem pré-frontal.

84

No dia 22 Londrina esteve sob a influência da frente polar

atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse

dia os ventos eram de direção oeste com velocidade de 2,1 m/s céu estava

encoberto, a umidade relativa do ar era de 83,7% e a temperatura média de

14,6°C, caracterizando um nevoeiro de origem frontal.

Análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina-Pr no

outono e inverno de 1998 (figura 11).

- ABRIL:

No dia 8 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em

Londrina, sob a influência da frente polar atlântica, com o predomínio de ventos

de nordeste e velocidade de 1,2 m/s, foram registradas precipitações de 1,8

mm, a umidade relativa era de 85,4% e a temperatura média do ar de 19,7 °C,

caracterizando um nevoeiro frontal.

No dia 17 também ocorreu um nevoeiro forte mas agora havia

o sob a influência do recuo da frente polar atlântica, com o predomínio dos

ventos de noroeste com velocidade de 2,9 m/s, altas precipitações (47,9mm), o

céu estava encoberto, a umidade relativa era de 90% e a temperatura média do

ar de 20,7°C. Portanto esse nevoeiro é de origem post-frontal.

- MAIO:

No dia 5 foi registrado um nevoeiro forte correlacionado com a

influência do recuo da frente polar atlântica e o predomínio dos ventos de

sudoeste com velocidade de 1,4 m/s, precipitações de 0,7mm, o céu estava

encoberto, a umidade relativa era de 83,5 % e a temperatura média do ar de

16,9°C, propiciando a ocorrência de um nevoeiro post-frontal.

90

80

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50

40

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10

0

Pre

cip

itação

(mm

)

7 8 16 17 4 5 7 8 30 1 20 21 24 3122 23 1 9 10 11 12 19 20 4 5 6 7 8 9 19 20 21

7 8 16 17 4 5 7 8 30 1 20 21 24 3122 23 1 9 10 11 12 19 20 4 5 6 7 8 9 19 20 21

7 8 16 17 4 5 7 8 30 1 20 21 24 3122 23 1 9 10 11 12 19 20 4 5 6 7 8 9 19 20 21NE NE N NW E SW E NE SE E E E W NE SE E SE E NE NE W SE NE N NE SE E NE SE SE NE E

7 8 16 17 4 5 7 8 30 1 20 21 24 3122 23 1 9 10 11 12 19 20 4 5 6 7 8 9 19 20 21

VentoVelocidade

Direção

Nebulosidade

SistemasAtmosféricos

25

20

15

10

5

0

35

Tem

pera

tura

(°C

)

7 8 16 17 4 5 7 8 30 1 20 21 24 3122 23 1 9 10 11 12 19 20 4 5 6 7 8 9 19 20 21

30

100,0

95,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,0

Um

idade R

ela

tiva (

%)

7 8 16 17 4 5 7 8 30 1 20 21 24 3122 23 1 9 10 11 12 19 20 4 5 6 7 8 9 19 20 21

740,0

735,0

730,0

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720,0

715,0

710,0

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Pre

ssã

o (

mb)

7 8 16 17 4 5 7 8 30 1 20 21 24 3122 23 1 9 10 11 12 19 20 4 5 6 7 8 9 19 20 21

Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro

7 8 16 17 4 5 7 8 30 1 20 21 24 3122 23 1 9 10 11 12 19 20 4 5 6 7 8 9 19 20 21

Nevoeiros

N

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Figura nº 11 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiro registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 1998.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

86

- JUNHO:

No dia 8 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em Londrina

sob a influência de uma instabilidade tropical, com predomínio de ventos de

nordeste e velocidade de 1,5 m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa

do ar era baixa de 67% e a temperatura média do ar 16,8 °C, gerando um

nevoeiro pré-frontal.

- JULHO:

No dia 1 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade em

Londrina, quando estava sob a influência da repercussão da frente polar

atlântica, com ventos predominantes de leste com velocidade de 1,6 m/s, o céu

estava totalmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 77,7% e a

temperatura média de 18,9 °C, propiciando a formação de um nevoeiro pré-

frontal.

No dia 20 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte sob a

influência do recuo da frente polar atlântica, quando a direção predominante

dos ventos era de leste com velocidade de 1,7m/s, o céu estava parcialmente

encoberto, a umidade relativa do ar era de 81,3% e a temperatura média de

17,7 °C. Diante desta situação sinótica identifica-se mais um nevoeiro de

origem post-frontal.

A atuação da instabilidade tropical, em Londrina, no dia 23

propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade associado com

ventos de nordeste e velocidade de 2,1 m/s, o céu estava parcialmente

encoberto, com umidade relativa do ar de 78,2 % e temperatura média de

18,6°C, ocasionando um nevoeiro pré-frontal.

87

No dia 24 ocorreu nevoeiro de forte intensidade, também sob a

influência de uma instabilidade tropical, com predomínio de ventos de sudeste

e velocidade de 2,2 m/s, o céu estava parcialmente encoberto, a umidade

relativa do ar era de 79,8% e a temperatura média de 18,6°C, gerando um

nevoeiro pré-frontal.

- AGOSTO:

No dia 1 aconteceu um nevoeiro de forte intensidade, quando

Londrina estava sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, com

ventos de direção predominante de sudeste e velocidade de 2,1 m/s, o céu

estava parcialmente limpo, a umidade relativa do ar era de 74,4 %, as

temperaturas médias eram de 18 °C, configurando um nevoeiro pré-frontal.

Sob a atuação da instabilidade tropical, no dia 10, foi registrado

um nevoeiro de forte intensidade em Londrina, que apresentava ventos de

nordeste com velocidade de 2 m/s, precipitações de 2,1mm, a umidade relativa

do ar em 90,8% e temperatura média de 17,7°C, ocasionando um nevoeiro pré-

frontal.

No dia 11 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência da frente polar atlântica, com o predomínio de ventos de nordeste e

velocidade de 0,8 m/s, foi registrada precipitações de 1,1 mm, umidade relativa

em 94,6% e temperatura média do ar de 18,7 °C, caracterizando um nevoeiro

frontal.

No dia 12 também foi registrada a ocorrência de um nevoeiro

forte, sob a influência do recuo da frente polar atlântica quando a direção

predominante dos ventos era de oeste com velocidade de 1,1m/s, o céu estava

88

encoberto, precipitações de 6,5 mm, com umidade relativa do ar em 82,1% e a

temperatura média de 20,4 °C. Portanto tal nevoeiro possui origem post-frontal.

No dia 20 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência de uma instabilidade tropical, quando predominavam ventos de

nordeste em Londrina com velocidade de 0,9 m/s, o céu estava encoberto, a

umidade relativa do ar era de 79,9% e a temperatura média do ar de 21°C.

Conforme estas características esse nevoeiro é de gênese pré-frontal.

- SETEMBRO:

No dia 05 em Londrina foi registrada a ocorrência de um

nevoeiro de forte intensidade sob a atuação do recuo da frente polar atlântica,

quando os ventos tinham direção de nordeste e velocidade de 1,5 m/s, o céu

estava encoberto, houve precipitações de 9,1 mm, a umidade relativa do ar era

de 87,2% e a temperatura média de 18,4°C, caracterizando esse nevoeiro

como post-frontal.

No dia 6 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade

também correlacionado com o recuo da frente polar atlântica que deflagrou

ventos de direção predominante de sudeste com velocidade de 0,9 m/s, o céu

estava encoberto, com precipitações de 0,8 mm, a umidade relativa de 87,2% e

a temperatura média de 18,4 °C, caracterizando mais um nevoeiro post-frontal.

Outro nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 7,

quando Londrina estava sob a atuação da instabilidade tropical , com ventos de

direção de leste e velocidade de 3,1 m/s, com precipitações de 15 mm, a

umidade relativa do ar de 97,4% e a temperatura média de 17,1°C. Permitindo

afirmar que esse nevoeiro é de origem pré-frontal.

89

No dia 9 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte sob a

influência do recuo da frente polar atlântica com a direção predominante dos

ventos era de sudeste com velocidade de 1,4 m/s, o céu estava encoberto, com

precipitações de 24 mm, a umidade relativa do ar era de 80,9 % e a

temperatura média de 18 °C, a partir desta situação sinótica identifica-se o

nevoeiro como post-frontal.

A atuação da instabilidade tropical em Londrina, no dia 20,

propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade quando os ventos

eram de nordeste com velocidade de 1,8 m/s, o céu estava encoberto, foram

registradas precipitações de 49 mm, a umidade relativa do ar era de 95,7 % e a

temperatura média de 16,3°C, ocasionando um nevoeiro pré-frontal.

No dia 21 ocorreu nevoeiro de forte intensidade, também sob a

influência de uma instabilidade tropical, os ventos eram de leste com

velocidade de 1,5 m/s, o céu estava encoberto, houve 3,8 mm de precipitação,

a umidade relativa do ar estava em 75,3 % e a temperatura média em 17,7°C,

gerando um nevoeiro pré-frontal.

90

Análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina-Pr outono

e inverno de 1999 (figura 12).

- ABRIL:

No dia 13 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade

correlacionado com a repercussão da frente polar atlântica. Esse dia Londrina

estava sob o predomínio de ventos de sudeste com velocidade de 1,1 m/s,

houve registro de 82 mm de precipitações, o céu estava encoberto, a umidade

relativa foi de 82,9 % e a temperatura média do ar de 21,4 °C. Portanto,

reconhece-se tal nevoeiro como de origem pré-frontal.

No dia 16 outro nevoeiro forte foi registrado em Londrina,

associado à influência da aproximação da frente polar atlântica, com ventos

predominantes de nordeste e velocidade de 2,7 m/s, com altas precipitações

(87 mm), o céu estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 79,9% e a

temperatura média de 20,7 °C, observando que a origem do nevoeiro é frontal.

- MAIO:

No dia 6 Londrina esteve sob a influência da frente polar

atlântica, que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse

dia os ventos eram de direção nordeste com velocidade de 1,6 m/s, o céu

estava encoberto, as precipitações foram de 11,5 mm, a umidade relativa do ar

era de 97,4% e a temperatura média de 18°C, caracterizando um nevoeiro de

origem frontal.

12 13 14 15 16 5 6 11 12 15 16 21 22 23 29 30 7 8

12 13 14 15 16 5 6 11 12 15 16 21 22 23 29 30 7 8

12 13 14 15 16 5 6 11 12 15 16 21 22 23 29 30 7 8Atmosféricos

12 13 14 15 16 5 6 11 12 15 16 21 22 23 29 30 7 8

90

80

70

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0

Pre

cip

itação

(mm

)

12 13 14 15 16 5 6 11 12 15 16 21 22 23 29 30 7 8

100,0

95,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,0

Um

idade R

ela

tiva (

%)

12 13 14 15 16 5 6 11 12 15 16 21 22 23 29 30 7 8

Tem

pera

tura

(°C

)

30

25

20

15

10

5

0

35

12 13 14 15 16 5 6 11 12 15 16 21 22 23 29 30 7 8

740,0

735,0

730,0

725,0

720,0

715,0

710,0

705,0

700,0

Pre

ssã

o (

mb

)

12 13 14 15 16 5 6 11 12 15 16 21 22 23 29 30 7 8

Abril Maio Junho Julho

Vento

Velocidade

E SE NW SE NE W NE E NE E SE NW W SE NE SW SE WDireção

Nebulosidade

Sistemas

Nevoeiros

N

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Figura nº 12 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - Pr no outono e inverno de1999.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

92

Sob a influência da massa de ar tropical atlântica, no dia 12 foi

registrada a ocorrência de um nevoeiro de forte intensidade em Londrina.

Nesse dia predominavam ventos de nordeste com velocidade de 1,4 m/s, o céu

estava encoberto, com a umidade relativa do ar em 78,8% e as temperaturas

médias de 17,9°C; devido a essas condições atmosféricas esse nevoeiro é de

advecção. Este tipo de nevoeiro surge quando o ar frio escoa sobre uma

superfície fria (solo ou água). Por condução o ar vai perdendo calor para a

superfície que se arrefece de baixo para cima, propiciando a formação de uma

camada estável justaposta à superfície.

- JUNHO:

Foi registrado um nevoeiro de forte intensidade no dia 16,

quando Londrina estava sob a atuação da repercussão da frente polar

atlântica, com ventos de direção de sudeste e velocidade de 1,6 m/s, o céu

estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar em 87,7%, a

temperatura média de 14,5°C, situação sinótica que permite afirmar a origem

do nevoeiro é pré-frontal.

No dia 22 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade em

Londrina, que estava sob a influência da massa polar atlântica, gerando ventos

de direção predominante de oeste com velocidade de 1,1 m/s, o céu estava

parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 82,9% e a temperatura

média de 14,2°C; propiciando a geração do nevoeiro de radiação pois o ar em

contato com o solo perde por condução calor tornando-se, assim, mais frio que

a camada da atmosfera que está próxima a superfície, ou seja, a temperatura

do ar aumenta conforme a distância do solo, causando uma inversão térmica e

a formação do nevoeiro.

93

No dia seguinte 23 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade,

sob a influência da massa polar atlântica que continuava atuando no tempo

atmosférico londrinense, os ventos eram de sudeste com velocidade de 1,2

m/s, o céu estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 63%

e a temperatura média de 15,7°C, formando, novamente, um nevoeiro de

radiação.

A atuação do recuo da frente polar atlântica em Londrina no dia

30 propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade associado com

ventos de sudoeste e velocidade de 1,8m/s, o céu estava limpo, com

precipitações de 6,5 mm, umidade relativa do ar de 71,4% e temperatura média

de 14,4°C, ocasionando um nevoeiro post-frontal.

- JULHO:

Sob a influência da frente polar atlântica, no dia 8 foi registrada

a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Nesse dia predominavam

ventos de oeste com velocidade de 1,0 m/s, o céu estava totalmente encoberto,

a umidade relativa do ar era de 71,1% e as temperaturas médias de 16,3°C;

devido a essas condições atmosféricas sua gênese é identificada como sendo

um nevoeiro frontal.

94

Episódios dos nevoeiros registrados no outono e inverno em Londrina-Pr no

ano de 2000 (figura 13).

- JUNHO:

Sob a ocorrência massa de ar tropical atlântica, no dia 07 foi

registrado um nevoeiro forte em Londrina quando os ventos eram de nordeste

com velocidade de 1,7 m/s, o céu estava parcialmente encoberto e umidade

relativa do ar em 67,9%, com temperaturas médias de 18,8°C. Devido a essas

condições atmosféricas esse nevoeiro tem sua origem ligada à advecção, pois

o deslocamento do ar quente e úmido sobre uma superfície de terra ou água

mais fria onde, por condução o ar vai perdendo calor para a superfície que se

arrefece de baixo para cima propiciando a formação de uma camada estável

justaposta à superfície, assim que a temperatura dessa camada torna-se

inferior a do ponto de orvalho inicial o fenômeno acontece.

Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no

dia 19 correlacionado com o recuo da frente polar atlântica. Nesse dia os

ventos tinham direção predominante de leste e velocidade de 1,9 m/s, o céu

estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 82,9% e a

temperatura média de 16,6°C. Estas características permitem dizer que esse

nevoeiro é de gênese post-frontal.

0

Vento

Velocidade

Direção

6 7 18 19 25 26 27 16 17 30 3128

E NE N E N W N NE SE E NE NE

6 7 18 19 25 26 27 16 17 30 3128

Nebulosidade

6 7 18 19 25 26 27 16 17 30 3128

Sistemas

Atmosféricos

100,0

95,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,0

Um

idade R

ela

tiva (

%)

6 7 18 19 25 26 27 16 17 30 3128

30

25

20

15

10

5

35

Tem

pera

tura

(°C

)

6 7 18 19 25 26 27 16 17 30 3128

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Pre

cip

itação

(mm

)

6 7 18 19 25 26 27 16 17 30 3128

740,0

735,0

730,0

725,0

720,0

715,0

710,0

705,0

700,0

Pre

ssã

o (

mb

)

6 7 18 19 25 26 27 16 17 30 3128

Junho Agosto

6 7 18 19 25 26 27 16 17 30 3128

Nevoeiros

N

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Figura nº 13 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2000.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

96

No dia 26 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro moderado

sob a influência de uma instabilidade tropical, a direção predominante dos

ventos era de oeste com velocidade de 1,2 m/s, o céu estava parcialmente

encoberto, a umidade relativa do ar era de 86,8% e a temperatura média de

18,9 °C. Diante desta situação sinótica esse nevoeiro é de origem pré-frontal,

pois a instabilidade tropical ocorre associada a uma frente, introduzindo

umidade no ar, provocando a condensação do vapor d’água nele existente e a

precipitação. As gotas de chuva, provenientes do ar quente superior, estão

mais aquecidas que a camada de ar frio superficial sob a frente; assim, a

precipitação do ar quente invasor se evapora quando desce através do ar frio e

o satura, formando o nevoeiro.

Já no dia 27 foi registrado um nevoeiro forte ainda

correlacionado com o domínio meteorológico da instabilidade tropical, com

ventos de direção norte e de velocidade de 2,0 m/s, o céu estava encoberto,

com precipitação de 20,8 mm, com umidade relativa do ar em 80,2% e a

temperatura média de 19,9°C, conforme os dados apresentados e a

confrontação com a bibliografia consultada esse nevoeiro é de origem pré-

frontal.

No dia 28 ocorreu outro nevoeiro de forte intensidade, mas

agora Londrina estava, sob a influência da massa tropical atlântica, com o

predomínio de ventos de nordeste com velocidade de 1,6 m/s, o céu estava

limpo, a umidade relativa do ar era de 56,2% e a temperatura média do ar de

20,7°C, caracterizando um nevoeiro de advecção.

97

- AGOSTO:

No dia 17 Londrina esteve sob a influência de uma

instabilidade tropical que propiciou a formação de um nevoeiro de forte

intensidade. Nesse dia os ventos eram de direção leste com velocidade de 3,6

m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 92% e a

temperatura média de 15,7°C, caracterizando um nevoeiro pré-frontal.

Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no

dia 31 correlacionado com a repercussão da frente polar atlântica. Nesse dia os

ventos tinham direção predominante de nordeste e velocidade de 3,3 m/s, o

céu estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 96,8%, as precipitações

foram de 7mm e a temperatura média de 16,7°C, permitindo identificar esse

nevoeiro como pré-frontal.

Figura 14, gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados

em Londrina-Pr durante o outono e inverno de 2001.

- MAIO:

No dia 10 ocorreu nevoeiro de forte intensidade em Londrina

sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, com predomínio de

ventos de oeste e velocidade de 0,9 m/s, o céu estava encoberto, a umidade

relativa do ar em 79,7% e a temperatura média em 21,1°C, gerando um

nevoeiro pré-frontal.

Um

idade R

ela

tiva (

%)

100,0

95,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,09 10 22 23 28 29 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 29 30 23 24 25 26 27 24 25

30

25

20

15

10

5

0

35

Tem

pera

tura

(°C

)

9 10 22 23 28 29 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 29 30 23 24 25 26 27 24 25

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Pre

cip

itação

(mm

)

9 10 22 23 28 29 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 29 30 23 24 25 26 27 24 25

9 10 22 23 28 29 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 29 30 23 24 25 26 27 24 25

9 10 22 23 28 29 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 29 30 23 24 25 26 27 24 25

9 10 22 23 28 29 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 29 30 23 24 25 26 27 24 25

SW W NE E N W NE W N E E E SE E E W W E E E NE E NE E E NE

Vento

Velocidade

Direção

Nebulosidade

Sistemas

Atmosféricos

740,0

735,0

730,0

725,0

720,0

715,0

710,0

705,0

700,0

Pre

ssã

o (

mb

)

9 10 22 23 28 29 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 29 30 23 24 25 26 27 24 25

Maio Junho Agosto Set

9 10 22 23 28 29 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 29 30 23 24 25 26 27 24 25

Nevoeiros

N

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Figura nº 14 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2001.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

99

No dia 23 Londrina também esteve sob a influência da

repercussão da frente polar atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro

de forte intensidade. Nesse dia os ventos eram de direção leste com

velocidade de 1,4 m/s, o céu estava encoberto, as precipitações foram de 9,0

mm, a umidade relativa do ar era de 86,4% e a temperatura média do ar era de

17,3°C, caracterizando mais um nevoeiro pré-frontal.

Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no

dia 29 correlacionado com a ocorrência de uma instabilidade tropical. Nesse

dia os ventos tinham direção predominante de oeste e velocidade de 1,3 m/s, o

céu estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 83,3% e a

temperatura média de 19,8°C, permitindo identificar esse nevoeiro também

como pré-frontal.

- JUNHO:

No dia 6 ocorreu um nevoeiro forte sob a influência da massa

tropical atlântica com predomínio dos ventos de oeste e velocidade de 1,4 m/s,

o céu estava limpo, a umidade relativa do ar era de 80,8% e a temperatura

média do ar de 22,2°C, que gerou um nevoeiro de advecção.

No dia 8 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro moderado

sob influência de uma instabilidade tropical, a direção predominante dos ventos

era de leste com velocidade de 1,6 m/s, o céu estava encoberto, a umidade

relativa do ar em 84,8% e a temperatura média de 19,1 °C, pelo fato das

instabilidades tropicais estarem associadas à aproximação de uma frente fria

identifica-se que esse nevoeiro é de origem pré-frontal pois a frente vem

introduzindo umidade no ar, provocando a condensação do vapor d’água nele

existente e a precipitação. As gotas de chuva, provenientes do ar quente

100

superior, estão mais aquecidas que a camada de ar frio superficial sob a frente;

assim, a precipitação do ar quente invasor se evapora quando desce através

do ar frio e o satura, formando o nevoeiro.

No dia 9 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade, também sob

a influência de mais uma instabilidade tropical, com o predomínio de ventos de

leste e velocidade de 1,8 m/s, o céu estava parcialmente encoberto, a umidade

relativa do ar era de 84,1% e a temperatura média de 19°C, propiciando a

formação de outro nevoeiro pré-frontal.

No dia seguinte (10/06) ocorreu um nevoeiro de forte

intensidade também sob a influência da instabilidade tropical, quando

predominavam ventos de leste com velocidade de 1,4 m/s, o céu estava

parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 73,1% e a temperatura

média do ar de 18,4°C, propiciando a formação de outro nevoeiro pré-frontal.

Sob a influência da massa tropical atlântica, no dia 14 foi

registrada a ocorrência de um nevoeiro moderado em Londrina. Neste dia

predominavam ventos de oeste com velocidade de 1,3 m/s, o céu estava

parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 74,7% e as

temperaturas médias de 18,8°C, que propiciaram a formação de um nevoeiro

de advecção.

No dia seguinte (15/06) deflagrou-se em Londrina outro

nevoeiro, mas dessa vez foi identificado como forte pelo Iapar e associado à

influência da repercussão da frente polar atlântica, quando os ventos eram de

oeste com velocidade de 1,1 m/s, a umidade relativa do ar era de 69,1% e a

temperatura média do ar de 19,7 °C, caracterizando um nevoeiro pré-frontal.

101

Sob a influência da massa polar atlântica, no dia 30 foi

registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Neste dia

predominavam ventos de leste com velocidade de 1,8 m/s, o céu estava limpo,

a umidade relativa do ar era de 76,6% e as temperaturas médias de 15,3°C;

caracterizando um nevoeiro de radiação, pois o deslocamento do ar quente e

úmido sobre uma superfície de terra ou água mais fria onde, por condução o ar

vai perdendo calor para a superfície que se arrefece de baixo para cima

propiciando a formação de uma camada estável justaposta à superfície, assim

que a temperatura dessa camada torna-se inferior a do ponto de orvalho inicial

o fenômeno acontece.

- AGOSTO:

No dia 24 foi registrado um nevoeiro forte correlacionado com o

recuo da frente polar atlântica, quando predominava ventos de nordeste com

velocidade de 2,3 m/s, o céu estava encoberto, as precipitações registradas

foram de 3,0 mm, com umidade relativa do ar de 94,5% e temperatura média

de 16,4°C, identificando o nevoeiro como post-frontal.

No dia 25 também ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em

Londrina, que estava sob a influência de uma instabilidade tropical, quando

predominava ventos de leste com velocidade de 1,7 m/s, o céu estava

parcialmente encoberto, com precipitação de 9,6 mm, a umidade relativa do ar

era de 88% e a temperatura média do ar de 17,6°C, propiciando a formação de

um nevoeiro pré-frontal.

No dia 27 foi registrado um nevoeiro de moderada intensidade

correlacionado com a repercussão da frente polar atlântica. Nesse dia Londrina

estava sob o predomínio de ventos de leste com velocidade de 1,5 m/s, a

102

umidade relativa do ar era de 85,5% e a temperatura média de 18,4 °C,

caracterizando mais um nevoeiro de origem pré-frontal.

- SETEMBRO:

No dia 25 deflagrou-se em Londrina outro nevoeiro forte

associado atuação da uma instabilidade tropical, com ventos predominantes de

nordeste e velocidade de 2,4 m/s, com precipitações de 1,0 mm, umidade

relativa do ar de 95,4% e temperatura média do ar de 19,7 °C, gerando outro

nevoeiro pré-frontal.

Episódios de nevoeiros registrados em Londrina-Pr no outono e inverno de

2002. (figura 15)

- MAIO:

Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado no dia 1,

quando Londrina estava sob a atuação do recuo da frente polar atlântica, com

ventos de direção oeste e velocidade de 1,3 m/s, o céu estava parcialmente

encoberto, a umidade relativa do ar era de 66,2 % e a temperatura média de

21,9°C, possibilitando a formação do nevoeiro post-frontal.

No dia 16 Londrina esteve sob a influência de uma

instabilidade tropical que propiciou a formação de um nevoeiro de forte

intensidade. Nesse dia os ventos eram de direção norte com velocidade de 2,4

m/s, o céu estava encoberto e foram registrados 5,0 mm de precipitações, a

umidade relativa do ar era de 97,2% e a temperatura média de 18,9°C,

caracterizando um nevoeiro de origem pré-frontal.

100,0

95,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,0

Um

idade R

ela

tiva (

%)

30 1 15 16 28 29 17 18 8 9 10 11 12 13 14 15 23 24

30

25

20

15

10

5

0

35

Tem

pera

tura

(°C

)

30 1 15 16 28 29 17 18 8 9 10 11 12 13 14 15 23 24

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Pre

cip

itação

(mm

)

30 1 15 16 28 29 17 18 8 9 10 11 12 13 14 15 23 24

30 1 15 16 28 29 17 18 8 9 10 11 12 13 14 15 23 24NW W N N NE W SE W W SW NE W E W SW S N SE

Vento

Velocidade

Direção

30 1 15 16 28 29 17 18 8 9 10 11 12 13 14 15 23 24

Nebulosidade

30 1 15 16 28 29 17 18 8 9 10 11 12 13 14 15 23 24

SistemasAtmosféricos

30 1 15 16 28 29 17 18 8 9 10 11 12 13 14 15 23 24

Nevoeiros

740,0

735,0

730,0

725,0

720,0

715,0

710,0

705,0

700,0

Pre

ssã

o (

mb

)

30 1 15 16 28 29 17 18 8 9 10 11 12 13 14 15 23 24

Abril Maio Junho Julho

N

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Figura nº 15 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2002.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

104

Sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, no dia

29 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro de forte intensidade em Londrina.

Quando predominavam ventos de oeste com velocidade de 1,7 m/s, o céu

estava parcialmente encoberto, com a umidade relativa do ar em 71,7% e as

temperaturas médias em 17,5°C, devido a essas condições atmosféricas e

conforme os dados bibliográficos consultados, esse nevoeiro é de origem pré-

frontal.

- JUNHO:

No dia 18 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência da frente polar atlântica, quando a direção predominante dos ventos

era de oeste com velocidades de 1,9 m/s, o céu estava parcialmente

encoberto, a umidade relativa do ar era de 68,4% e a temperatura média de

19,8°C, propiciando a formação de um nevoeiro frontal.

- JULHO:

No dia 9 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência da massa polar atlântica, com o predomínio de ventos de sudoeste e

velocidade de 1,1 m/s, a umidade relativa do ar era de 65,7% e a temperatura

média de 11,6 °C, caracterizando um nevoeiro de radiação.

Sob a atuação do recuo da frente polar atlântica, no dia 13 foi

registrado um nevoeiro de forte intensidade em Londrina que apresentava

ventos de oeste com velocidade de 1,7m/s, o céu estava limpo, a umidade

relativa do ar era de 76,4% e a temperatura média de 13,5°C, gerando um

nevoeiro post-frontal.

No dia 15 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência da massa polar atlântica, com predomínio de ventos de direção sul

105

com velocidade de 1,1 m/s, o céu estava limpo, a umidade relativa do ar era de

63,6% e a temperatura média de 15,3°C, formando um nevoeiro de radiação.

Sob a influência da massa polar atlântica, no dia 24, também

foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Neste dia

predominavam ventos de sudeste com velocidade de 1,6 m/s, o céu estava

limpo, a umidade relativa do ar era de 69,5% e as temperaturas médias de

18,9°C; devido a essas condições atmosféricas esse nevoeiro também é

caracterizado como de radiação.

Análise genética dos episódios de nevoeiros registrados em Londrina-Pr no

outono e inverno do ano de 2003. (figura 16)

- JUNHO:

No dia 4 Londrina esteve sob a influência da frente polar

atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse

dia os ventos eram de direção sudoeste com velocidade de 1,8 m/s, o céu

estava encoberto, houve registro de precipitação de 12,5 mm, a umidade

relativa do ar era de 94,8% e a temperatura média de 18,2°C, caracterizando

um nevoeiro de origem frontal.

N

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Figura nº 16 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2003.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

100,0

95,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,0

Um

idade R

ela

tiva (

%)

3 4 5 6 7 1 2 3 9 10 17 18 8 9

30

25

20

15

10

5

0

35

Tem

pera

tura

(°C

)

3 4 5 6 7 1 2 3 9 10 17 18 8 9

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Pre

cip

itação

(mm

)

3 4 5 6 7 1 2 3 9 10 17 18 8 9

3 4 5 6 7 1 2 3 9 10 17 18 8 9

3 4 5 6 7 1 2 3 9 10 17 18 8 9

3 4 5 6 7 1 2 3 9 10 17 18 8 9

3 4 5 6 7 1 2 3 9 10 17 18 8 9

NESWNE NE NE E NWNE N SW SE E NE NE

Vento

Velocidade

Direção

Nebulosidade

SistemasAtmosféricos

Nevoeiros

740,0

735,0

730,0

725,0

720,0

715,0

710,0

705,0

700,0

Pre

ssã

o (

mb

)

3 4 5 6 7 1 2 3 9 10 17 18 8 9

Junho Julho Set

107

Sob a influência da massa de ar polar atlântica, no dia 5 foi

registrada a ocorrência de um nevoeiro de moderada intensidade em Londrina,

quando predominavam ventos de nordeste com velocidade de 1,5 m/s, o céu

estava encoberto, com as precipitações de 13,4 mm, a umidade relativa do ar

de 98,4% e as temperaturas médias de 17,3°C, devido a essas condições

atmosféricas e conforme os dados bibliográficos esse nevoeiro é de advecção,

pois o céu estava encoberto e este tipo de nevoeiro surge quando o ar frio

escoa sobre uma superfície fria (solo ou água). Por condução o ar vai perdendo

calor para a superfície que se arrefece de baixo para cima, propiciando a

formação de uma camada estável justaposta à superfície.

No dia 6 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência do recuo da frente polar atlântica, quando a direção predominante

dos ventos era de nordeste, a velocidade dos ventos de 1,4 m/s o céu estava

encoberto, houve registro de 3,4 mm de precipitações, a umidade relativa do ar

era de 86,7% e a temperatura média de 21,5°C, propiciando a formação de um

nevoeiro post-frontal.

No dia 7 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência de uma instabilidade tropical, os ventos predominantes em Londrina

eram de direção nordeste e velocidade de 1,0 m/s, a umidade relativa do ar era

de 81,3% e a temperatura média 21,3 °C, caracterizando um nevoeiro pré-

frontal.

- JULHO:

Sob a atuação da massa tropical atlântica, no dia 2 foi

registrado um nevoeiro de forte intensidade em Londrina, que apresentava

108

ventos de noroeste com velocidade de 1,5m/s, umidade relativa do ar de 66,6%

e temperatura média de 17,3°C, gerando um nevoeiro de advecção.

No dia seguinte (03/07) ocorreu nevoeiro de forte intensidade

também sob a influência da massa tropical atlântica, com predomínio de ventos

de nordeste e velocidade de 1,4 m/s, o céu estava limpo, a umidade relativa do

ar de 70,9 % e a temperatura média de 16,7°C, portanto outro nevoeiro de

advecção.

Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no

dia 10 correlacionado com a atuação da frente polar atlântica, que propiciou

ventos de direção sudoeste, com velocidade de 1,5 m/s, o céu estava

encoberto, precipitações de 14,8 mm, a umidade relativa do ar era de 97% e a

temperatura média de 16°C, gerando um nevoeiro frontal.

Outro nevoeiro de forte intensidade foi registrado no dia 18,

quando Londrina estava sob a atuação da massa polar atlântica, com ventos

de direção de sudeste e velocidade de 1,8 m/s, umidade relativa do ar de

83,8% e a temperatura média de 17°C, propiciando a formação do nevoeiro de

radiação.

- SETEMBRO:

No dia 9 Londrina esteve sob a influência da frente polar

atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse

dia os ventos eram de direção nordeste, com velocidade de 1,5 m/s, o céu

estava encoberto, precipitações de 15,8mm, a umidade relativa do ar era de

91,4% e a temperatura média de 19,3°C, caracterizando um nevoeiro de

origem frontal.

109

Análise rítmica dos episódios de nevoeiros registrados em Londrina-Pr no

outono e inverno do ano de 2004 (figura 17).

- ABRIL:

No dia 4 foi registrado um nevoeiro forte correlacionado com a

influência da massa tropical atlântica e o predomínio dos ventos de sudoeste,

com velocidade de 1,3 m/s, o céu estava encoberto, com umidade relativa do

ar de 70,6 % e temperatura média de 23,3°C, gerando o nevoeiro de advecção.

- MAIO:

No dia 4 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em Londrina

sob a influência da frente polar atlântica, com predomínio de ventos de direção

norte e velocidade de 2,2 m/s, o céu estava encoberto, com precipitações de

7,8 mm, com a umidade relativa do ar de 83,6% e a temperatura média de 20,5

°C, ocasionando um nevoeiro frontal.

No dia 23 foi registrado outro nevoeiro de forte intensidade em

Londrina, que estava sob a influência de uma instabilidade tropical, com ventos

predominantes de sudeste e velocidade de 1,5 m/s, o céu estava totalmente

encoberto, as precipitações foram de 1,2 mm, a umidade relativa do ar era de

97,9% e a temperatura média de 16 °C, propiciando a formação de um

nevoeiro pré-frontal.

No dia seguinte (24/05) foi registrada a ocorrência de um

nevoeiro forte ainda sob a influência da instabilidade tropical, quando a direção

predominante dos ventos era de leste com velocidade de 1,5m/s, o céu

mantinha-se encoberto, com as precipitações de 13,6 mm, umidade relativa do

ar de 96,9% e a temperatura média de 16 °C, contribuindo para a formação de

mais um nevoeiro pré-frontal.

N

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Figura nº 17 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2004.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

100,0

95,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,0

Um

idade R

ela

tiva (

%)

3 4 3 4 22 23 24 25 26 27 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 151 2 3 10 11 16 17 27 28

30

25

20

15

10

5

0

35

Tem

pera

tura

(°C

)

3 4 3 4 22 23 24 25 26 27 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 151 2 3 10 11 16 17 27 28

3 4 3 4 22 23 24 25 26 27 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 151 2 3 10 11 16 17 27 28

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Pre

cip

itação

(mm

)

SistemasAtmosféricos

Nevoeiros

3 4 3 4 22 23 24 25 26 27 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 151 2 3 10 11 16 17 27 28

3 4 3 4 22 23 24 25 26 27 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 151 2 3 10 11 16 17 27 28

3 4 3 4 22 23 24 25 26 27 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 151 2 3 10 11 16 17 27 28

3 4 3 4 22 23 24 25 26 27 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 151 2 3 10 11 16 17 27 28

Vento

Velocidade

Direção

Nebulosidade

N SE SW N SE SE E SESWSWSW E SE SE E NE NE NE E SW NESWNENW W SE E N NENWSW E SE NE NE

740,0

735,0

730,0

725,0

720,0

715,0

710,0

705,0

700,0

Pre

ssã

o (

mb)

3 4 3 4 22 23 24 25 26 27 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 151 2 3 10 11 16 17 27 28

Abril Maio Junho Julho

111

No dia 27 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência da massa polar atlântica, com ventos predominantes de sudoeste e

velocidade de 2,8 m/s, a umidade relativa do ar era de 74,1% e a temperatura

média do ar de 11,9 °C, caracterizando um nevoeiro de radiação.

- JUNHO:

A atuação do recuo da frente polar atlântica em Londrina no dia

primeiro propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade associado

sob ventos de leste e velocidade de 1,7 m/s, o céu estava encoberto, com

precipitações de 16,8mm, a umidade relativa do ar era de 88,4 % e a

temperatura média de 16,2°C, essa situação sinótica propiciou a formação de

um nevoeiro post-frontal.

No dia 2 ocorreu outro nevoeiro de forte intensidade, mas

agora Londrina estava sob a influência da frente polar atlântica, com ventos de

sudeste e velocidade de 0,9 m/s, o céu estava encoberto, houve precipitações

de 2,2mm, a umidade relativa do ar era de 96,5% e a temperatura média de

14,6°C, gerando um nevoeiro frontal.

No dia 3 aconteceu mais um nevoeiro de forte intensidade

quando, Londrina ainda estava sob a influência da frente polar atlântica, com

ventos de direção predominante de sudeste e velocidade de 0,8 m/s, o céu

estava encoberto, as precipitações foram de 14,4 mm, a umidade relativa do ar

era de 83,4 %, as temperaturas médias de 15,2 °C, configurando mais um

nevoeiro frontal.

Sob a atuação de uma nova frente polar atlântica no dia 11, em

Londrina, foi registrado um nevoeiro de forte intensidade, os ventos eram de

nordeste com velocidade de 2,1 m/s, precipitações de 14,8 mm, a umidade

112

relativa do ar de 96,7% e a temperatura média de 18,9 °C, gerando um

nevoeiro frontal.

No dia 17 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a

influência da repercussão da frente polar atlântica em Londrina, quando a

direção predominante dos ventos era de nordeste, com velocidade de 1,7 m/s,

a umidade relativa do ar era de 71,9% e a temperatura média do ar de 17,8 °C,

caracterizando um nevoeiro pré-frontal.

No dia 28 também foi registrada a ocorrência de um nevoeiro

forte sob a influência da repercussão da frente polar atlântica em Londrina,

quando a direção predominante dos ventos era de sudoeste, com velocidade

de 1,0m/s, o céu estava encoberto, precipitações de 1,2 mm, a umidade

relativa do ar em 95,1% e a temperatura média em 17,1 °C. Portanto, um

nevoeiro de origem pré-frontal.

- JULHO:

No dia 2 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em

Londrina, sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, com ventos

de sudoeste e velocidade de 1,4 m/s, o céu estava encoberto, a umidade

relativa do ar era de 75,8% e a temperatura média do ar de 19,5°C. Conforme

estas características esse nevoeiro é identificado como pré-frontal.

No dia seguinte (03/07) foi registrada a ocorrência de outro

nevoeiro de forte intensidade em Londrina, que estava sob a atuação da massa

tropical atlântica, com predomínio de ventos de nordeste e velocidade de 1,4

m/s, o céu estava limpo, a umidade relativa do ar era de 76,6% e a temperatura

média de 19°C, podendo identificá-lo como um nevoeiro de advecção.

113

Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no

dia 5 correlacionado com a repercussão da frente polar atlântica. Nesse dia os

ventos tinham direção predominante de oeste e velocidade de 1,2 m/s, o céu

estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 91,4% e a temperatura

média de 18,8°C. Estas características permitem dizer que esse nevoeiro é de

gênese pré-frontal.

No dia 6 ocorreu um nevoeiro forte sob a influência da frente

polar atlântica, com o predomínio dos ventos de sudeste e velocidade de 1,5

m/s, o céu estava encoberto, foram registradas precipitações de 17,5 mm a

umidade relativa do ar era de 88,6% e a temperatura média do ar de 18,2°C.

Portanto, esse também é um nevoeiro de origem frontal.

No dia 7 também foi registrado um nevoeiro forte sob a

influência da massa polar atlântica quando a direção predominante dos ventos

em Londrina era de leste, com velocidade de 1,1m/s, o céu estava

parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar em 85,4% e a temperatura

média em 19,2 °C, gerando um nevoeiro de radiação.

No dia 9 ocorreu outro nevoeiro de forte intensidade em

Londrina, que estava sob a influência da frente polar atlântica, com ventos

predominantes de nordeste e velocidade de 1,7 m/s, o céu estava encoberto,

as precipitações foram de 4,9 mm, a umidade relativa do ar de 85,6% e a

temperatura média de 17,5°C, gerando um nevoeiro frontal.

No dia seguinte (10/07) ocorreu mais um nevoeiro de forte

intensidade, também sob a influência da frente polar atlântica, quando

predominavam ventos de noroeste com velocidade de 1,6 m/s, o céu estava

encoberto, foram registradas precipitações de 17,5 mm, a umidade relativa do

114

ar era de 93,8% e a temperatura média de 15,9°C, caracterizando mais um

nevoeiro frontal.

Sob a influência de uma nova frente polar atlântica, foi

registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina no dia 11. Neste dia

predominavam ventos de sudoeste com velocidade de 2,2 m/s, o céu estava

limpo, mas foram registradas precipitações de 6,5 mm, a umidade relativa do ar

era de 77,3% e as temperaturas médias de 12,1°C, propiciando outro nevoeiro

frontal.

No dia seguinte (12/07) deflagrou-se em Londrina outro

nevoeiro forte, associado à influência da massa polar atlântica, com ventos

predominantes de leste e velocidade de 3,0 m/s, com umidade relativa do ar de

76,6% e temperatura média de 14,9 °C, propiciando a formação de um

nevoeiro de radiação.

Sob a influência da repercussão da frente polar atlântica foi

registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina no dia 14. Neste dia

predominavam ventos de nordeste, com velocidade de 1,9 m/s, o céu estava

parcialmente encoberto, as precipitações foram de 7,4mm, a umidade relativa

do ar era de 83,4% e as temperaturas médias de 19,8°C, ocasionando um

nevoeiro pré-frontal.

Outro nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 15,

quando Londrina estava sob a atuação de uma instabilidade tropical, com

ventos de direção nordeste e velocidade de 1,5 m/s, umidade relativa do ar de

73,9% e a temperatura média de 19,8°C, característica sinótica que permite

afirmar a origem pré-frontal do respectivo nevoeiro.

115

Caracterização genética dos episódios de nevoeiros registrados em

Londrina/PR no outono e inverno de 2005 (figura 18).

- ABRIL:

Em Londrina, no dia 29, foi registrado um nevoeiro de forte

intensidade devido à atuação da massa tropical atlântica, com ventos

predominantes de leste e velocidade de 1,6 m/s, o céu estava encoberto,

houve precipitações de 4,8 mm, a umidade relativa do ar era de 90,7% e a

temperatura média de 16,7°C, gerando um nevoeiro de advecção.

- MAIO:

No dia 1 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade

correlacionado com o recuo da frente polar atlântica, que deflagrou ventos de

direção predominante de sudeste e velocidade de 2,3 m/s, o céu estava limpo,

a umidade relativa do ar era de 63,5% e a temperatura média de 17,7 °C,

possibilitando a formação de um nevoeiro post-frontal.

- JUNHO:

Um nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 1,

quando Londrina estava sob a atuação da massa de ar tropical atlântica, com

ventos de direção de leste e velocidade de 2,4 m/s, a umidade relativa do ar

era de 79,8% e a temperatura média de 19,7°C, ocasionando um nevoeiro de

advecção.

N

S

EW

SE

NE

SW

NW

Direção

Figura nº18 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2005.

Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR

Equatorial Continental

0 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

Nebulosidade(Décimos)

Sistemas TropicaisSistemas Atmosféricos

Tropical Atlântica

Sistemas Polares

Polar Atlântica (PA)

Polar Tropicalizada

Sistemas Frontais

Frente Polar Atlântica

Repercussão da Frente PA

Recuo da Frente PA

Frente PA em Dissipação

Frente PA Estacionária

VentoVelocidade (m/s)

0

0,1 a 2

2,1 a 3

3,1 a 4

Legenda

Sistemas Individualizados

Linha de Instabilidade tropical

Nevoeiros

Sem ocorrência de nevoeiros

Nevoeiro fraco

Nevoeiro moderado

Nevoeiro forte

740,0

735,0

730,0

725,0

720,0

715,0

710,0

705,0

700,0

Pre

ssã

o (

mb

)

28 29 30 1 31 1 17 18 19 25 26 27 28 29 30 1 2 8 9 10 11

28 29 30 1 31 1 17 18 19 25 26 27 28 29 30 1 2 8 9 10 11

100,0

95,0

90,0

85,0

80,0

75,0

70,0

65,0

60,0

55,0

Um

idade R

ela

tiva (

%)

28 29 30 1 31 1 17 18 19 25 26 27 28 29 30 1 2 8 9 10 11

30

25

20

15

10

5

0

35

Tem

pera

tura

(°C

)

28 29 30 1 31 1 17 18 19 25 26 27 28 29 30 1 2 8 9 10 11

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Pre

cip

itação

(mm

)

28 29 30 1 31 1 17 18 19 25 26 27 28 29 30 1 2 8 9 10 11

Acima de 4

Vento

Velocidade

Direção

28 29 30 1 31 1 17 18 19 25 26 27 28 29 30 1 2 8 9 10 11

Nebulosidade

28 29 30 1 31 1 17 18 19 25 26 27 28 29 30 1 2 8 9 10 11

Sistemas

Atmosféricos

28 29 30 1 31 1 17 18 19 25 26 27 28 29 30 1 2 8 9 10 11

Nevoeiros

E E SW SE SE E W NW NESWNE NE NE NESW E W E E E E

Abril Maio Junho Julho

117

No dia 18 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte sob a

influência da repercussão da frente polar atlântica, quando os ventos

apresentavam direção predominante de noroeste, com velocidade de 2,1 m/s, o

céu estava encoberto, com precipitações de 14,8 mm, umidade relativa do ar

de 94,7 % e a temperatura média de 17,1 °C, originando um nevoeiro pré-

frontal.

A atuação da frente polar atlântica em Londrina no dia 19

propiciou a formação de outro nevoeiro de forte intensidade, com ventos de

nordeste e velocidade de 0,7 m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa

do ar era de 89,2 %, as precipitações de 1,0mm e a temperatura média de

19,1°C, ocasionando um nevoeiro frontal.

No dia 26, ocorreu em Londrina um nevoeiro de forte

intensidade sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, com

predomínio de ventos de nordeste e velocidade de 1,2 m/s, o céu estava limpo,

a umidade relativa do ar de 75,3% e a temperatura média de 17,2°C,

permitindo a geração de um nevoeiro pré-frontal.

No dia seguinte (27/06) foi registrado outro nevoeiro de forte

intensidade correlacionado com a atuação da massa tropical atlântica. Nesse

dia, Londrina estava sob o predomínio de ventos de nordeste, com velocidade

de 1,5 m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 68,2% e a

temperatura média de 17,9 °C, formando um nevoeiro de advecção.

No dia 29 foi deflagrado em Londrina outro nevoeiro forte

associado à influência da repercussão da frente polar atlântica, com ventos

predominantes de nordeste e velocidade de 1,7 m/s, com precipitações de

118

9,8mm, o céu estava encoberto, a umidade relativa em 97,9% e a temperatura

média do ar em 18 °C, originando um do nevoeiro pré-frontal.

No dia 30 Londrina esteve sob a influência do recuo da frente

polar atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade.

Nesse dia os ventos eram de direção sudoeste com velocidade de 1,0 m/s, o

céu estava parcialmente encoberto, as precipitações foram de 3,5 mm, a

umidade relativa do ar de 88% e a temperatura média de 20,3°C,

caracterizando um nevoeiro de origem post-frontal.

- JULHO:

Sob a influência da massa de ar polar atlântica, no dia 2

ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em Londrina, quando predominavam

ventos de oeste, com velocidade de 1,9 m/s, céu limpo, com a umidade relativa

do ar em 78,9% e as temperaturas médias de 20,7°C, geraram um nevoeiro de

radiação.

Foi registrado outro nevoeiro de forte intensidade no dia 9,

quando Londrina estava sob a atuação da massa polar atlântica, com ventos

de direção leste e velocidade de 5 m/s, o céu estava limpo, a umidade relativa

do ar em 62,8 % e a temperatura média de 14,9°C, permitindo a formação de

mais um nevoeiro de radiação.

Já no dia 11 foi registrado outro nevoeiro de forte intensidade

em Londrina, que estava sob a influência da massa polar atlântica, com a

direção predominante dos ventos de leste com velocidade de 2,4 m/s, com céu

limpo, a umidade relativa do ar era de 70,2% e a temperatura média de 17°C,

gerando novamente um nevoeiro de radiação.

119

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A aplicação da referida metodologia ao estudo dos nevoeiros

ocorridos na cidade de Londrina, no período de 1986 a 2005, revelou-se

satisfatória para a análise da ocorrência e freqüência do fenômeno, bem como

para a identificação dos tipos de nevoeiros gerados no outono e inverno no

período de 1994 a 2005.

As análises da variabilidade pluviométrica em Londrina indicam

que a distribuição das chuvas é irregular, com períodos de altas precipitações

alternados com períodos secos, corroborando com as conclusões que Ladeia

havia chegado em 1992, também foram constatadas precipitações elevadas

em períodos historicamente mais secos, ou seja, no outono e inverno,

demonstrando a ocorrência da umidificação nessas estações, confirmando as

idéias de Maack de que o regime pluviométrico tende a ter um período mais

concentrado e intenso de chuvas e outro de queda da precipitação, efeitos

correlacionados ao processo de desmatamento pelo qual passou a região de

Londrina.

A partir do período e dos dados analisados identificou-se que

os nevoeiros ocorrem com maior freqüência no mês de junho, com 24,08% dos

episódios e o mês de novembro, quando a ocorrência dos nevoeiros é menor,

com 0,49% do total dos episódios. Foi verificado que os nevoeiros ocorreram

em todos os meses do ano, mas foi observada sua maior freqüência nos

meses que compreendem o outono e o inverno, relacionada às estações mais

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frias, não excluindo as outras desde que as condições atmosféricas sejam

favoráveis à sua formação.

Constatou-se que em Londrina ocorrem nevoeiros de

intensidade forte, moderada e fraca, mas em todo o período estudado os de

forte intensidade ocorreram em maior quantidade, ou seja, foram registradas

296 ocorrências de nevoeiros de forte intensidade durante o período de 1986 a

2005; sendo que os moderados constituíram 52 episódios e os fracos 60.

A síntese dos dados atmosféricos correspondentes aos

episódios dos nevoeiros ocorridos em Londrina permitiu a verificação de que a

ocorrência desses episódios na cidade está ligada, primeiramente, à influência

da repercussão da frente polar Atlântica, associada, em geral, às temperaturas

médias variando de 14,5°C a 21,4°C, com umidade relativa do ar entre 69,1%

e 97,7%, quando os ventos tinham direção predominante de nordeste e

noroeste e a velocidade dos ventos variando entre 0,9m/s e 3,3m/s.

Já os nevoeiros ligados à atuação da massa polar Atlântica

foram estabelecidos em Londrina quando a temperatura média do ar variava

entre 11,6°C e 20,7°C, com os percentuais de umidade relativa do ar entre

62,8% a 98,4%, sendo que a direção dos ventos oscilava predominantemente

de sudeste e sudoeste e com velocidades variando entre 1,1m/s a 5m/s.

Os dados demonstraram que os nevoeiros instalados em

londrina, ligados à ocorrência da frente polar Atlântica, tiveram as temperaturas

médias variando entre 12,1°C e 22,5°C, a umidade relativa do ar entre 71,1% e

97,4%, com ventos de velocidade que oscilou entre 0,7m/s a 3,1 m/s.

A síntese dos dados atmosféricos associados à ocorrência dos

nevoeiros sob a influência da instabilidade tropical no período estudado esteve

121

associada às temperaturas médias que variaram de 11,4°C a 21,3°C, com

umidade relativa do ar entre 67% e 98,8% e velocidade dos ventos entre

0,9m/s e 3,6m/s.

Os nevoeiros ligados à atuação da massa tropical Atlântica

foram registrados quando as temperaturas médias variaram de 16,1°C a

23,3°C em Londrina, com umidade relativa do ar oscilando de 56,2% a 90,7%,

com ventos de direções variadas (norte, nordeste, noroeste, oeste, sudoeste e

leste) e a velocidade dos ventos entre 1,3m/s a 2,4m/s.

Também foram registrados nevoeiros sob a influência do recuo

da frente polar Atlântica em Londrina, quando as temperaturas médias estavam

entre 13,5°C e 22,1°C, a umidade relativa do ar entre 63,5% e 99,4%, sob

ventos de direções variadas, entretanto os nevoeiros ligados a essa gênese

não ocorreram quando os ventos tinham direção predominante de sul, mas

com velocidades entre 0,9m/s e 2,9m/s.

A partir da análise dos gráficos de análise rítmica observou-se

que a ocorrência do fenômeno esteve relacionada em maior número sob a

influência da frente polar Atlântica (21,42%), seguida da instabilidade tropical

(20%), da atuação do recuo da frente polar Atlântica (19,21%), da repercussão

da frente polar Atlântica, responsável pela formação de 15% dos nevoeiros

registrados em Londrina no período de 1994 a 2005, seguida da massa polar

Atlântica (12,85%), da massa tropical Atlântica (10%), da massa equatorial

continental e da frente polar Atlântica em dissipação, cada uma delas sendo

responsável por 0,71% dos nevoeiros registrados no respectivo período.

A análise da gênese meteorológica dos nevoeiros permitiu a

identificação de os nevoeiros que têm origem pré-frontal configuram 35% dos

122

episódios registrados em Londrina, no período estudado, estando associados à

influência da repercussão da frente polar Atlântica e da instabilidade tropical.

Os nevoeiros de origem frontal, sob a atuação da frente polar

Atlântica e os post-frontais, relacionados ao recuo da frente polar Atlântica e da

frente polar Atlântica em dissipação, congregam cada um 20% do total

analisado.

Já os nevoeiros de advecção, que ocorrem associados à

atuação das massas de ar tropical Atlântica, polar Atlântica e a equatorial

continental, constituem 12,14% dos fenômenos analisados.

Por último, os nevoeiros de radiação, que se instalam ligados à

massa polar Atlântica, representam 11,42% dos episódios.

Diante do exposto confirma-se que grande parte dos episódios

de nevoeiros registrados em Londrina /PR possui gênese ligada a atuação da

frente polar Atlântica e da instabilidade tropical.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS

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Anexo 1- carta sinótica de anos anteriores a 2000 que foram difíceis de serem analisadas devido a sua qualidade. Esta é de 16 de abril de 1996 às 12h00min (HMG) horário no meridiano de Greenwich.

128

Anexo 2- cartas sinóticas mais recentes que apresentavam boa qualidade. Esta é de 09 de julho de 2002 às 12h00min (HMG) horário no meridiano de Greenwich.