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5 NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA DEFINIÇÃO DE CRIMINALÍSTICA "É a disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrínsecos, relativos ao crime ou à identidade do criminoso" (I Congresso Nacional de Polícia Técnica, realizando em 1961). “Conjunto de conhecimentos que, reunindo as contribuições das várias ciências, indica os meios para descobrir crimes, identificar os seus autores e encontrálos, utilizandose de subsídios da química, da antropologia, da psicologia, da medicina legal, da psiquiatria, da datiloscopia, etc., que são consideradas ciências auxiliares do Direito penal”. (ENCICLOPÉDIA SARAIVA DE DIREITO, v. 21, 1997:486). LEGISLAÇÃO APLICADA À PERÍCIA (ARTIGOS 155 A 184 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL); DA PROVA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil. Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. §1 o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. §2 o Considerase fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. §3 o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. CAPÍTULO II DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo suprilo a confissão do acusado. Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. §1 o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. §2 o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. (

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  

DEFINIÇÃO DE CRIMINALÍSTICA  "É a disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e  interpretação dos  indícios materiais extrínsecos, 

relativos  ao  crime  ou  à  identidade  do  criminoso"  (I  Congresso Nacional  de  Polícia  Técnica,  realizando  em 1961). 

“Conjunto  de  conhecimentos  que,  reunindo  as  contribuições  das  várias  ciências,  indica  os meios  para descobrir  crimes,  identificar  os  seus  autores  e  encontrá‐los,  utilizando‐se  de  subsídios  da  química,  da antropologia,  da  psicologia,  da medicina  legal,  da  psiquiatria,  da  datiloscopia,  etc.,  que  são  consideradas ciências auxiliares do Direito penal”. (ENCICLOPÉDIA SARAIVA DE DIREITO, v. 21, 1997:486). 

 

 LEGISLAÇÃO APLICADA À  PERÍCIA  (ARTIGOS  155 A  184 DO  CÓDIGO DE  PROCESSO PENAL); 

 DA PROVA CAPÍTULO I 

DISPOSIÇÕES GERAIS  Art. 155. O  juiz formará sua convicção pela  livre apreciação da prova produzida em contraditório  judicial, 

não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos  informativos colhidos na  investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 

Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil. 

 Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes 

e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;  II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir 

dúvida sobre ponto relevante.   Art. 157. São  inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas  ilícitas, assim entendidas 

as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.  § 1o São  também  inadmissíveis as provas derivadas das  ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de 

causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte  independente das primeiras.  

§  2o  Considera‐se  fonte  independente  aquela  que  por  si  só,  seguindo  os  trâmites  típicos  e  de  praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.  

§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada  inadmissível, esta  será  inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.  

 CAPÍTULO II 

DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL  Art.  158. Quando  a  infração  deixar  vestígios,  será  indispensável  o  exame  de  corpo  de  delito,  direto  ou 

indireto, não podendo supri‐lo a confissão do acusado.  Art.  159. O  exame  de  corpo  de  delito  e  outras  perícias  serão  realizados  por  perito  oficial,  portador  de 

diploma de curso superior.  § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma 

de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.  

§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.  

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MATEMÁTICA                          

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  6

§ 3o Serão  facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.  

§  4o O  assistente  técnico  atuará  a  partir  de  sua  admissão  pelo  juiz  e  após  a  conclusão  dos  exames  e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.  

§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:  I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o 

mandado  de  intimação  e  os  quesitos  ou  questões  a  serem  esclarecidas  sejam  encaminhados  com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;  

II –  indicar assistentes  técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser  fixado pelo  juiz ou ser inquiridos em audiência.  

§  6o  Havendo  requerimento  das  partes,  o  material  probatório  que  serviu  de  base  à  perícia  será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.  

§ 7o Tratando‐se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder‐se‐á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.  

 Art. 160. Os peritos elaborarão o  laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e 

responderão aos quesitos formulados.  Parágrafo  único. O  laudo  pericial  será  elaborado  no  prazo máximo  de  10  dias,  podendo  este  prazo  ser 

prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.   Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.  Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 

sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não 

houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante. 

 Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora 

previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena 

de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem  indique a sepultura, ou de encontrar‐se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto. 

 Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na 

medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.   Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo 

do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.  Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder‐se‐á ao reconhecimento pelo 

Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando‐se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações. 

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver. 

 Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova 

testemunhal poderá suprir‐lhe a falta.  Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder‐se‐á a 

exame complementar por determinação da autoridade policial ou  judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. 

§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a  fim de suprir‐lhe a deficiência ou retificá‐lo. 

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§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime. 

§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.  Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará 

imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.  

Parágrafo  único.  Os  peritos  registrarão,  no  laudo,  as  alterações  do  estado  das  coisas  e  discutirão,  no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.  

 Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova 

perícia. Sempre que  conveniente, os  laudos  serão  ilustrados  com provas  fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. 

 Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por 

meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado. 

 Art.  172.  Proceder‐se‐á,  quando  necessário,  à  avaliação  de  coisas  destruídas,  deterioradas  ou  que 

constituam produto do crime. Parágrafo  único.  Se  impossível  a  avaliação  direta,  os  peritos  procederão  à  avaliação  por  meio  dos 

elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências.  Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo 

que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato. 

 Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar‐se‐á o seguinte: I ‐ a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada; II ‐ para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem 

sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida; III ‐ a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem em arquivos 

ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados; IV  ‐  quando  não  houver  escritos  para  a  comparação  ou  forem  insuficientes  os  exibidos,  a  autoridade 

mandará que a pessoa escreva o que  lhe  for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em  lugar certo, esta última  diligência  poderá  ser  feita  por  precatória,  em  que  se  consignarão  as  palavras  que  a  pessoa  será intimada a escrever. 

 Art. 175. Serão sujeitos a exame os  instrumentos empregados para a prática da  infração, a fim de se  lhes 

verificar a natureza e a eficiência.  Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência.  Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far‐se‐á no juízo deprecado. Havendo, porém, 

no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante. Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na precatória.  Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição, juntando‐

se ao processo o laudo assinado pelos peritos.  Art. 179. No caso do § 1o do art. 159, o escrivão lavrará o auto respectivo, que será assinado pelos peritos e, 

se presente ao exame, também pela autoridade. Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser datilografado, será subscrito 

e rubricado em suas folhas por todos os peritos.  

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MATEMÁTICA                          

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  8

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos,  serão  consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um  redigirá separadamente o seu  laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos. 

 Art.  181.  No  caso  de  inobservância  de  formalidades,  ou  no  caso  de  omissões,  obscuridades  ou 

contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.  Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, 

se julgar conveniente.  Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá‐lo ou rejeitá‐lo, no todo ou em parte.  Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, observar‐se‐á o disposto no art. 19.  Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida 

pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.   

Levantamentos periciais em  locais de crime (conceituação, classificação,  isolamento e preservação) 

 LOCAL DE CRIME ‐ CONCEITUAÇÃO 

 Segundo Alberi  Spíndula,  local de  crime pode  ser definido,  genericamente,  como  sendo uma  área  física 

onde ocorreu um fato  ‐ não esclarecido até então  ‐ que apresente características e/ou configurações de um delito. 

Mais  especificamente,  local  de  crime  é  todo  espaço  físico  onde  ocorreu  a  prática  de  infração  penal. Portanto, entende‐se como local de crime qualquer área física, que pode ser externa, interna ou mista. 

Para robustecermos o nosso conteúdo e chamar a atenção logo de início para a importância que representa uma perícia em um  local de crime,  incluiremos uma sábia definição em forma de parábola do mestre Eraldo Rabelo, um dos maiores especialistas peritos do Brasil. 

"Local de crime constitui um  livro extremamente frágil e delicado, cujas páginas por terem a consistência de poeira, desfazem‐se, não raro, ao simples toque de mãos imprudentes, inábeis ou negligentes, perdendo‐se desse modo para sempre, os dados preciosos que ocultavam à espera da argúcia dos peritos." 

O início de qualquer procedimento para o esclarecimento de um delito será o local onde ocorreu o crime. Nesse  sentido,  é  necessário  que  a  polícia  tome  conhecimento  de  imediato,  a  fim  de  providenciar  as necessárias investigações daqueles fatos. 

Um  desses  procedimentos  é  verificar  se  realmente  ocorreu  um  crime  naquele  local  e  inteirar‐se  da existência de vestígios para que a perícia seja acionada. 

É a porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no qual é constatado o fato, se estenda de modo a abranger  todos os  lugares em que, aparente, necessária ou presumivelmente, hajam sido praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou posteriores, à consumação do delito, e com estes diretamente relacionados. (Eraldo Rabelo) 

 CLASSIFICAÇÃO: 

 1 ‐ De acordo com a natureza do crime:  Ex: Homicídio, latrocínios, Suicídio, infanticídio, Furto, incêndio, Atropelamento, Etc.  2 ‐ De acordo com a natureza da área: 

 a)  Local  Interno:  É  aquele que  é  coberto, podendo  ter ou não  sua  área  confinada por paredes,  cuja 

importância reside no fato de que os vestígios, porventura nele existentes, ficarão protegidos contra a ação de agentes atmosféricos (sol, chuva, vento) 

Ex: residências, casas comerciais, escritórios, etc.  

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b)  Local  Externo:  É  aquele  situado  fora  das  habitações  e  que  está  sujeito  às  influencias  do  tempo, podendo acarretar alterações ou destruições às evidencias físicas. 

Ex: Vias públicas, quintais, terrenos baldios, etc.  c) Relacionado: É aquele em que o fato ocorre em dois ou mais  locais, bastante distante um do outro, 

podendo ser, tanto internos com externos, ou ainda, locais em veículos cada um com seus ambientes imediato e mediato. 

Ex: Falsificação de selos, atentado terrorista, sequestros, etc.  Cada local compreende a área do fato propriamente dita, ou seja, aquele onde ocorreu o fato, que recebe a denominação de "ambiente imediato", e as áreas adjacentes, constituídas pela área intermediária entre o local do fato e o grande ambiente exterior, que recebe a denominação de "ambiente mediato”.  3 ‐ Quanto à Preservação: 

 a) Local Idôneo, Preservado ou Não Violado: 

É aquele que não sofreu alterações, que foi devidamente isolado e preservado, tal como foi deixado após a consumação do  fato, permitindo um completo e eficiente exame pericial. Pode acontecer em alguns casos, que o agente(s), após a prática do delito, procure propositadamente provocar alterações no aspecto geral do local,  com o  intuito de prejudicar  as  investigações ou dar  conotação  ambígua para o  caso,  retirando‐lhe  a originalidade. 

 b) Local Inidôneo, Não Preservado ou Violado: 

É aquele que foi mal protegido, isolado inadequadamente, alterado, culminando em prejuízo par o exame pericial, uma vez que  com a destruição  total ou parcial dos elementos  formadores da evidência  física, esta perderá sua autenticidade. 

  Isolamento e Preservação  Um dos grandes e graves problemas das perícias em  locais onde ocorrem  crimes, é a quase  inexistente 

preocupação das autoridades em isolar e preservar adequadamente um local de infração penal, de maneira a garantir as condições de se realizar um exame pericial da melhor forma possível. 

No Brasil, não possuímos uma cultura e nem mesmo preocupação sistemática com esse importante fator, que é um correto isolamento do local do crime e respectiva preservação dos vestígios naquele ambiente. 

 Essa problemática abrange três fases distintas.  A primeira  compreende o período entre  a ocorrência do  crime  até  a  chegada do primeiro policial. Esse 

período  é  o mais  grave  de  todos,  pois  ocorrem  diversos  problemas  em  função  da  curiosidade  natural  das pessoas em verificar de perto o ocorrido, além do total desconhecimento (por parte das pessoas) do dano que estão causando pelo fato de estarem se deslocando na cena do crime. 

 A  segunda  fase  compreende o período desde  a  chegada do primeiro policial  até o  comparecimento do 

delegado de polícia. Esta  fase, apesar de menos grave que a anterior,  também apresenta muitos problemas em razão da falta de conhecimento técnico dos policiais para a importância que representa um local de crime bem  isolado e adequadamente preservado. Em razão disso, em muitas situações, deixam de observar regras primárias que poderiam colaborar decisivamente para o sucesso de uma perícia bem feita. 

 E, a terceira fase, é aquela desde o momento que a autoridade policial já está no local, até a chegada dos 

peritos  criminais.  Também  nessa  fase  ocorrem  diversas  falhas,  em  função  da  pouca  atenção  e  da  falta  de percepção  ‐ em muitos  casos  ‐ daquela autoridade quanto à  importância que  representa para ele um  local bem preservado, o que irá contribuir para o conjunto final das investigações, da qual ele é o responsável geral como presidente do inquérito. 

 (...)  isolamento  é  a  proteção  a  fim  de  que  o  local  permaneça  sem  alteração,  possibilitando, 

consequentemente, um levantamento pericial eficaz. (GARCIA, 2002: 324). 

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  10

(...) diante da  sensibilidade que  representa um  local de  crime,  importante destacar que  todo  elemento encontrado naquele ambiente é denominado de  vestígio, o qual  significa  todo material bruto que o perito constata  no  local  do  crime  ou  faz  parte  do  conjunto  de  um  exame  pericial  qualquer,  que,  somente  após examiná‐los  adequadamente  é  que  poderemos  saber  se  este  vestígio  está  ou  não  relacionado  ao  evento periciado.  Por  essa  razão,  quando  das  providências  de  isolamento  e  preservação,  levadas  a  efeito  pelo primeiro policial, nada poderá ser desconsiderado dentro da área da possível ocorrência do delito (ESPINDULA, 2002: 3). 

Dispõe o artigo 169 do Código de Processo Penal Brasileiro: Para efeito de exame de local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. 

 Técnicas operacionais para preservação de local do crime  1) Sempre o local de que deve ser isolada é área onde estiver a maior concentração de vestígios;  2) Não se esquecer de arrolar testemunhas;  3) Acionar imediatamente o órgão policial e a empresa o mais rápido possível;  4) Isolar e delimitar área onde ocorreu o delito, com fita zebrada, cordas, cavaletes, sinalizadores, cones ou 

qualquer outro tipo de obstáculos que impeça o trânsito livre de pessoas e veículos;  5) Não permitir o trânsito de pessoas dentro da área delimitada, desta forma evita‐se furtos no interior do 

patrimônio;  6)  Em  casos  de  acidente  de  trânsito  dentro  da  área  interna  da  empresa,  se  a  vitima  estiver  com  vida, 

providenciar os primeiros socorros, paralisar ou desviar o trânsito no local do acidente, preservando também a vida dos socorristas no local, se possível solicitar apoio para os demais agentes de portaria ou até mesmos aos funcionários da empresa; 

 7) Em casos de crime contra a pessoa (homicídio, tentativa de homicídio, latrocínio, lesões corporais leves, 

medias e graves, suicídio, disparo de arma de fogo). Quando a vitima estiver viva, providenciar os primeiros socorros, aguardar a chegada dos paramédicos, solicitar informações tipo nome da vitima, endereço, telefone de contato, entre outras  informações, e depois repassar tal  informações para o policial ou outra autoridade competente  no  local,  não  se  esquecer  de  confeccionar  ocorrência  administrativa  ou  B.O  (Boletim  de Ocorrência) se for necessário; 

 8) Em casos de crime contra a pessoa em que a vitima estiver sem vida, não mexer, mudar ou alterar a 

posição do corpo em hipótese nenhuma;  9) Em casos de crime contra o patrimônio  (arrombamento,  furto,  roubo de residências e veículos, danos 

materiais e etc.), o  local deve  ficar  isolado e não pode haver qualquer  tipo de mudança no  layout do  local, deve permanecer intacto. Deve ser avisado o proprietário do local também, Toda atenção para prevenir a ação de saqueadores. 

 10)  Em  casos  de  incêndio  em  empresas,  somente  os  veículos  autorizados  podem  adentrar  no  local  do 

sinistro. Especial atenção para eventuais saques que podem ocorrer durante e depois do incêndio.  

VESTÍGIOS, EVIDÊNCIAS E INDÍCIOS (DEFINIÇÕES, CLASSIFICAÇÕES);  Vestígios,  indícios  e  evidências  são  palavras  que  aparecem  no  jargão  criminalístico  que,  apesar  de 

possuírem suas particularidades, nem sempre são compreendidas.  Reproduzo um trecho adaptado de um artigo publicado na Revista dos Tribunais sobre o assunto: "Esses termos são frequentemente utilizados como sinônimos. Porém, num contexto criminalístico, existe 

uma diferenciação importante em suas semânticas formais. Enquanto o vestígio abrange, a evidência restringe e o indício circunstancia. Como se nota a seguir. 

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O Código de Processo Penal brasileiro traz que, na presença de vestígios, o exame de corpo de delito será indispensável sob pena de nulidade.  

O objetivo primo do exame referido é a comprovação dos elementos objetivos do tipo, essencialmente no que diz respeito ao resultado da conduta delituosa, através de vestígios.  

Em termos periciais, o conceito de vestígio mantém a característica abrangente do vocábulo que  lhe deu origem, podendo  ser definido  como  todo e qualquer  sinal, marca, objeto,  situação  fática ou ente  concreto sensível, potencialmente relacionado a uma pessoa ou a um evento de relevância penal, e/ou presente em um local de crime, seja este último mediato ou imediato, interno ou externo, direta ou indiretamente relacionado ao fato delituoso. 

Ao chamar uma coisa qualquer de vestígio, se está admitindo que sua situação foi originada por um agente ou um evento que a promoveu. Um vestígio, portanto, seria o produto de um agente ou evento provocador. Nesta dinâmica, pressupõe‐se que algo provocou uma modificação no estado das coisas de forma a alterar a localização e o posicionamento de um corpo no espaço em relação a uma ou várias referências fora e ao redor do dele.  

O correto e adequado  levantamento de  local de crime, por exemplo, revela uma série de vestígios. Estes são  submetidos  a  processos  objetivos  de  triagem  e  apuração  analítica  dos  quais  resultam  diversas informações. Uma  informação de  relevância primordial é aquela que atesta ou não o vínculo de  tal vestígio com o delito em questão. Uma vez confirmado objetivamente este liame, o vestígio adquire a denominação de evidência.  

Nas  palavras  de  Mallmith  (2007),  "as  evidências,  por  decorrerem  dos  vestígios,  são  elementos exclusivamente  materiais  e,  por  conseguinte,  de  natureza  puramente  objetiva".  Portanto,  evidência  é  o vestígio  que,  após  avaliações  de  cunho  objetivo,  mostrou  vinculação  direta  e  inequívoca  com  o  evento delituoso. Processualmente, a evidência também pode ser denominada prova material. 

Porém,  ao  contrário do  vestígio  e da  evidência, o  indício  apresenta uma  conceituação  legal prevista no Código  de  Processo  Penal  brasileiro.  Neste  sentido,  indício  seria  uma  circunstância  conhecida,  provada  e necessariamente  relacionada  com  o  fato  investigado,  e  que,  como  tal,  permite  a  inferência  de  outra(s) circunstância(s).  O  termo  "circunstância"  é  aqui  utilizado  como  expressão  próxima,  semanticamente,  de "conjuntura", como a combinação ou concorrência de elementos em situações, acontecimentos ou condições de tempo, lugar ou modo. 

Considerando  a  definição  legal,  é  de  se  reparar  que  um  indício,  sendo  uma  circunstância,  autoriza  a conclusão indutiva de outros indícios, também circunstanciais. Nos termos da lei, a circunstância conhecida e provada  seria uma premissa menor,  ao passo que  a  razão e  a experiência  seriam uma premissa maior; da comparação  entre  as  premissas menor  e maior  emerge  a  conclusão  indutiva  de  que  trata  o  texto  legal (Mirabete, 2003).  

Via  de  regra,  essa  premissa menor  vem  apresentada  de  forma  objetiva  por  se  tratar  de  "circunstância conhecida  e  provada".  Cumpre  consignar  que  o  indício  se  reveste  de  uma  situação  circunstancial,  cuja interpretação  pode  ser  objetiva  ou  subjetiva,  ainda  que  relativamente.  Nesses  termos,  a  premissa menor referida  acima  coincide  com  a  evidência, por  se  afastar do  caráter  subjetivo  e,  consequentemente, por  se revestir de objetividade. 

A subjetividade potencial do indício é a ele inerente dado o momento pós‐pericial de sua gênese. O indício surge num instante processual, quando às evidências foram agregados fatos apurados pela autoridade policial (quando do  inquérito) ou ministerial  (quando da denúncia). Então,  toda  informação que  tem  relação com o relevante penal é um  indício,  seja ela objetiva ou  subjetiva. Entretanto, o  indício  se aparta das  conclusões periciais quando puramente subjetivo. Logo, o indício originário de uma evidência é sempre decorrente de um procedimento pericial e, portanto, objetivo. Na processualística penal, há quem intitule o indício resultante de subjetividade de prova indiciária (Mazzilli, 2003). 

Assim  sendo,  podemos  deduzir  que  a  evidência  é  o  vestígio  que,  mediante  pormenorizados  exames, análises  e  interpretações  pertinentes,  se  enquadra  inequívoca  e  objetivamente  na  circunscrição  do  fato delituoso. Ao mesmo  tempo,  infere‐se que  toda  evidência  é um  indício, porém o  contrário nem  sempre  é verdadeiro, pois o segundo incorpora, além do primeiro, elementos outros de ordem subjetiva." 

 Literatura Citada 

MALLMITH,  Décio  de  Moura.  Corpo  de  delito,  vestígio,  evidência  e  indício.  2007. MAZZILLI,  Hugo  Nigro.  O  papel  dos  indícios  nas  investigações  do  Ministério  Público.  2003. MIRABETE, Julio Fabbrini. Código de Processo Penal interpretado. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 

 

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O VESTÍGIO ENCAMINHA, O INDÍCIO APONTA.  Vestígio verdadeiro:   O vestígio verdadeiro é uma depuração total dos elementos encontrados no  local do crime. Somente são 

verdadeiros aqueles produzidos diretamente pelos autores da  infração e, ainda, que sejam produtos diretos das ações do cometimento do delito em si. 

 Vestígio ilusório:   O vestígio ilusório é todo elemento encontrado no local do crime que não esteja relacionado às ações dos 

atores da infração e desde que a sua produção não tenha ocorrido de maneira intencional.   Vestígio forjado:   Por vestígio forjado entende‐se todo elemento encontrado no local do crime, cujo autor teve a intenção de 

produzi‐lo,  com  o  objetivo  de  modificar  o  conjunto  dos  elementos  originais  produzidos  pelos  atores  da infração.  

 Resumindo pode‐se concluir que:   Vestígio é  todo objeto ou material bruto  constatado e/ou  recolhido em um  local de  crime para análise 

posterior.   Evidência  é  o  vestígio,  que  após  as  devidas  análises,  tem  constatada,  técnica  e  cientificamente,  a  sua 

relação com o crime.   Indícios é uma expressão utilizada no meio  jurídico que significa cada uma das  informações  (periciais ou 

não) relacionadas com o crime.   

PRINCIPAIS VESTÍGIOS ENCONTRADOS EM LOCAIS DE CRIME:  a) Em locais de Crime Contra a Pessoa;   Nesta classificação de crimes, procura‐se colocar todos os tipos de delitos perpetrados contra as pessoas. 

Assim, poderemos ter aqui ocorrências que vão desde uma tentativa contra a pessoa até a morte da vítima. Podemos colocar vários exemplos de crimes contra a pessoa, no entanto, os mais comuns, ou aqueles que 

ocorrem com mais frequência, são os homicídios e os suicídios, envolvendo a morte da vítima; e, as tentativas de consumação de homicídios e os disparos de arma de fogo em geral, dentre aqueles em que a vítima não veio a falecer. 

O estudo e metodologia dos exames periciais nos locais onde ocorreram esses tipos de crimes, fazem parte de  estudo  autônomo  em  face  da  sua  complexidade  e  cuidados  que  devem  ser  observados  pelos  peritos criminais.  

Eis alguns vestígios encontrados em locais de crime contra a pessoa: a) vestígios  (resíduo  de  arma  de  fogo,  resíduo  de  tinta,  vidro  quebrado,  produtos  químicos 

desconhecidos, drogas);  b) impressões digitais, pegadas e marcas de ferramentas;  c) fluidos corporais (sangue, esperma, saliva, vômito);  d) cabelo e pelos;  e) armas ou evidências de seu uso (facas, revólveres, furos de bala, cartuchos);  f) documentos  examinados  (diários,  bilhetes  de  suicídio,  agendas  telefônicas;  também  inclui 

documentos eletrônicos tais como secretárias eletrônicas e identificadores de chamadas).  g) Sinais de luta h) Sinais de violência i) Reação de defesa j) Tipos de ferimentos 

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b) Em locais de Crime Contra o Patrimônio;   Os crimes contra o patrimônio, o próprio nome sugere, são  todos os delitos praticados cuja  intenção do 

autor era a de obter vantagem (ilícita) pecuniária ou patrimonial, por  intermédio da apropriação de objetos, bens ou valores. 

Além  dos  crimes  tradicionais  e mais  comuns  ocorridos  contra  o  patrimônio,  nesta  classificação  estarão todos os demais exames periciais externos, excetuando‐se os de acidente de tráfego e os de crimes contra a pessoa. 

Nesta  classificação  podemos  incluir  os  casos  de  arrombamentos;  furto  ou  roubo  de  veículos;  danos materiais; local de lenocínio (prostituição); exercício ilegal da profissão; jogos de azar; exercício arbitrário das próprias  razões; maus  tratos  contra  animais;  alteração de  limites; parcelamento  irregular de  solo;  furto de energia, telefone, água e TV a cabo; furto de combustíveis; incêndio, meio‐ambiente, etc. 

Eis alguns vestígios encontrados em locais de crime contra o patrimônio: a) Impressões digitais b) Objetos abandonados c) Móveis e objetos desarrumados d) Imagens de circuito de TV e) Vidros quebrados f) Ferramentas e suas marcas de arrombamento g) Cartuchos deflagrados h) Vestígios biológicos i) Marcas de escaladas j) Pegadas e marcas de pneus k) Marcas de objetos furtados l) Depoimentos de pessoas 

c) Em locais de Crime de Trânsito;   Os  locais  onde  ocorreram  os  acidentes  de  tráfego  trazem  uma  série  de  informações  materiais,  que 

propiciam a realização ‐ na sua grande maioria ‐ de uma perícia capaz de oferecer toda a dinâmica e a causa determinante do acidente. 

A  quantidade  de  ocorrências  nessa  área  é muito  grande,  em  função  de  uma  série  de  interferentes  no sistema  de  trânsito,  desde  a  má  conservação  das  nossas  vias  até  ‐  e  principalmente  ‐  a  imprudência  e descumprimento das leis por parte dos motoristas. 

Gostaríamos de chamar a atenção de todos para um cuidado que devemos ter nas ocorrências de trânsito. Tradicionalmente dentro da Polícia e da própria Perícia, costuma‐se generalizar essas ocorrências, nominando‐as com a expressão "acidente de trânsito". 

Já aconteceram diversos casos em todo o Brasil, e certamente outros vão ocorrer, da perícia ser requisitada para atender um "acidente de trânsito" que, na realidade, após os peritos examinarem o  local, constataram que  se  tratava de um homicídio e às vezes de um  suicídio. Assim, os peritos  já adotam o procedimento de chegar num local de ocorrência de trânsito sem qualquer pré‐julgamento dos fatos. 

Eis alguns vestígios encontrados em locais de crime de trânsito: a) Presença ou ausência de marcas de arrasto, derrapagem e frenagem b) Posição de impacto c) Marcas de fricção d) Marcas de sulcagem e) Desfragmentação f) Condições inadequadas de veículos g) Inadequação ou Falta de sinalização h) Condições inadequadas de rodovias i) Objetos dentro dos veículos j) Pneus estourados k) Peças danificadas l) Condições físicas dos condutores 

  

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  14

d) Em locais de Crimes Sexuais.  Eis os tipos de crimes sexuais: a) estupro (art. 213); b) violação sexual mediante fraude (art. 215);  c) assédio sexual (art. 216‐A) d) estupro de vulnerável (art. 217‐A);  e) corrupção de menores (art. 218);  f) satisfação de lascívia mediante a presença de criança ou adolescente (art. 218‐A) g) favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável (art. 218‐B) h) lenocínio  e  do  tráfico  de  pessoa  para  fim  de  prostituição  ou  outra  forma  de  exploração  sexual 

mediação para servir a lascívia de outrem (art. 227) i) favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual  (art. 228) j) casa de prostituição (art. 229);  k) rufianismo (art. 230);  l) tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual (art. 231); m) tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual (art. 231‐A); n) ato obsceno (art. 233); o) escrito ou objeto obsceno (art. 234);  

Eis alguns vestígios encontrados em locais de crime de sexuais: a) Sangue b) Roupas c) Objetos sexuais d) Sêmen e) Computadores f) CDs e DVDs com imagens ou vídeos g) Revistas pornográficas h) Casas de prostituição i) Documentos sequestrados 

 

O Exame Perinecroscópico: feridas contusas, punctórias, incisas e mistas; ferimentos especiais  (esgorjamento,  degola,  decaptação);  efeitos  primários  e  secundários  em ferimento produzidos por projéteis propelidos por disparo de arma de fogo. 

 FERIDAS CONTUSAS 

 São causadas por  instrumentos de saliência obtusa, (que não é agudo, arredondado) e de superfície dura 

que  se  chocam  com  violência  contra  o  corpo  humano.   A  lesão  pode  ser  superficial  (edema)  ou  profunda (fratura). Podem ser causadas de três formas:  

a) ativa: o objeto (agente lesivo) se move em direção ao corpo (vítima); b) passivo: o corpo (vítima) se projeta em direção do instrumento contundente (quedas); c) mista, ou biconvergentes, vítima e objeto estão em movimento.  Instrumentos contundentes ‐ Os instrumentos mais comuns utilizados na produção de ferimentos contusos 

são: pedra, bastão, coronha de arma de fogo, barra metálica, martelo, etc.  Características:  São  geralmente  causadas  por  objeto  não  cortante.  Acontecem  por  compressão, 

apresentam bordas irregulares, alterações na borda, fungo irregular, vertentes irregulares, são mais compridas que  profundas  e  de  difícil  coaptação. Geralmente  deixam  cicatrizes  largas  e  irregulares,  como  no  caso  de esmagadura e agressões sexuais. 

    

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FERIDAS PUNCTÓRIAS   São lesões que produzem feridas com um orifício de entrada, um trajeto e ocasionalmente, um orifício de 

saída. São produzidas por  instrumentos perfurantes, alongados, finos e pontiagudos como: agulhas, estiletes ou mesmo picadas de cobras. As principais causas jurídicas são: homicídio e os acidentes.  Instrumentos perfurantes ‐ Entre os inúmeros instrumentos perfurantes, podemos citar: estiletes, agulhas, 

pregos, etc.  Características: Sua exteriorização é em forma de ponto; abertura estreita, pouco sangramento; pequenas 

machas  na  pele,  geralmente  de menor  diâmetro  que  a  do  instrumento  causador,  devido  à  elasticidade  e retrabilidade dos tecidos cutâneos.  

FERIDAS INCISAS:  As  lesões  incisas  são  produzidas  por  instrumentos  cortantes.  Elas  podem  ser  cirúrgicas,  de  defesa,  em 

retalho, mutilantes e autoproduzidas. As mais comuns são:  a) incisa:  quando  o  instrumento  penetra  os  tecidos  em  direção  mais  ou  menos  perpendicular  à 

superfície do corpo;  b) com retalho: quando o instrumento deixa pendente um retalho no corpo, corte de maneira oblíquo;  c) mutilante:  quando  o  instrumento  atravessa  os  tecidos  de  lado  a  lado,  destacando  certa  posição 

saliente do corpo (geralmente orelhas, dedos, nariz etc)  Instrumentos  cortantes  ‐ Os  instrumentos mais  comuns  do  tipo  cortante  são:  faca,  navalha,  lâmina  de 

barbear, bisturis, secções de vidro, etc.   Características:  Predominância do comprimento sobre a profundidade;  Nitidez na lisura das bordas, sem irregularidades nem sinais de contusão;  Afastamento das bordas devido à elasticidade e tonicidade dos tecidos, neste caso, há a coaptação perfeita, 

ou seja, quando aproximamos as bordas elas se fecham perfeitamente;  Presença de “cauda” (de escoriação, fim do corte, é a parte menos profunda), o instrumento cortante não 

penetra por igual em toda a extensão da ferida, nas extremidades esta é menos profunda que no centro, tanto menos profunda quanto mais próxima de seu início ou término. 

 FERIDAS MISTAS: 

 Corto‐contundentes ‐ São os ferimentos ocasionados pelos instrumentos que, mesmo sendo portadores de 

gume ou corte, são influenciados pela ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem maneja. Tais lesões quase sempre graves, pois atingem planos profundos, inclusive ossos.  

 Instrumento  corto‐contundentes  ‐  Como  instrumentos  corto  ‐  contundentes,  temos:  foice,  machado, 

facões, facas especiais, etc.  Instrumentos  lacero‐contundentes  ‐  Como  exemplo mais  prático  de  instrumentos  causador  de  lesões 

lacerantes e contusas temos o veículo automotor, em caso de atropelamento, com superposição do mesmo em relação à vítima, isto é, passagem das rodas do veículo sobre o corpo. 

 Instrumentos  corto‐dilacerantes  ‐  Quando  um  instrumento  cortante  produzir,  além  da  ferida  incisa, 

dilaceração  dos  tecidos  devemos  caracterizá‐lo  como  instrumento  corto  ‐  dilacerante. Assim  sendo,  lesões produzidas por fragmentos de vidro (cacos de vidro) decorrentes da quebra de objetos de conformação roliça, na maioria das vezes apresentam aspectos corto ‐ dilacerantes. 

 Lesões  perfuro‐cortantes  ‐  São  causadas  por  um  mecanismo  de  ação  que  perfura  e  contunde  por 

instrumentos  pontiagudos  com  gume,  esses  instrumentos  agem  por  pressão  e  secção  geralmente  os 

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  16

instrumentos possuem 1 gume (faca, peixeira, canivete etc.), 2 gumes (punhal e alguns tipos de facas etc.) ou 3 gumes (lima). 

 Instrumentos  corto‐perfurantes  ‐  Entre  os  instrumentos  corto‐perfurantes  podemos  citar:  punhal, 

canivete, espada, etc.  Instrumentos perfuro‐contundentes ‐ O instrumento perfuro ‐ contundente típico é o projétil de arma de 

fogo.   

FERIMENTOS ESPECIAIS:  Esgorjamento:   É a lesão na parte anterior ou lateral do pescoço produzida por instrumento cortante. Situa‐se entre o osso 

heóide (abaixo da mandíbula) e a laringe. Sua profundidade é variável, podendo até chegar à coluna vertebral.  Nos casos de suicídio, quando o agente usa a mão direita, predomina a direção transversal ou oblíqua ( \ ); 

no homicídio, é mais  frequente a posição descendente para a esquerda  (  /  ), mas  também poderá  ser por acidente.  No  homicídio  e  suicídio  a  pessoa  morre  por  hemorragia,  embolia  gasosa  (ar  dentro  do  vaso sanguíneo), asfixia (sangue inunda traqueia e brônquios). 

 Degola:   É a  lesão na parte posterior do pescoço  (nuca) produzida por  instrumento cortante e a morte se dá por 

hemorragia quando são atingidos vasos calibrosos ou pela secção da medula. As consequências jurídicas mais importantes são o homicídio e suicídio.  

 Decaptação:   É  uma  agressão  incisa  na  região  do  pescoço,  que  SEPARA  a  cabeça  do  tronco. 

Decapitação:  a  cabeça  é  decepada  do  corpo  (pelo  machado  ou  guilhotina)  ‐  SEPARADA Decapitação é incisão completa, na região cervical (pescoço), separando a cabeça do corpo.  

 EFEITOS  PRIMÁRIOS  E  SECUNDÁRIOS  EM  FERIMENTO  PRODUZIDOS  POR  PROJÉTEIS  PROPELIDOS  POR DISPARO DE ARMA DE FOGO: 

 Esses ferimentos são resultantes de passagem de projéteis de chumbo, os quais podem ser caracterizados 

por formas distintas, dependendo de sua apresentação no corpo da vítima, característicos de entradas ou de saídas de projéteis.  

São  identificadas como perfuro‐contusas ou perfuro‐contundentes por evidenciar a contusão da pele e a penetração no corpo, quando atinge sua vítima. Do que diz Genivaldo Veloso de França, constata‐se a ação dupla do projétil, ao atingir seu alvo, quando declara que: “As feridas perfuro‐contusas são produzidas por um mecanismo de ação que perfura e contunde ao mesmo tempo”. 

 Efeitos no alvo humano 

 Os disparos por armas de fogo provocam efeitos diversos no alvo humano. De um modo geral esses efeitos podem ser divididos em (Jacobs, 2007):  I. Efeitos primários:   Inclui  a  chamada  ação  direta,  provocada  pelo  impacto  do  projétil  contra  os  tecidos  do  corpo  e  a  ação 

indireta, que dependerá de fatores fisiológicos ou psicológicos do oponente atingido.  Ambas as ações – direta e indireta – são responsáveis em maior ou menor grau, pelos efeitos primários dos 

projéteis no alvo humano e pelo fenômeno de incapacidade imediata. 

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A ação direta manifesta‐se pelos chamados mecanismos de martelo e cunha, provocados pelo impacto do projétil, que empurra e rasga os tecidos, deslocando‐os. 

A ação indireta inclui dois tipos básicos de lesões.  O primeiro é conhecido como cavidade permanente, que é o ferimento provocado pelo projétil ao romper 

os tecidos; caracteriza‐se por uma área de necrose localizada, proporcional ao tamanho do projétil que atingiu os tecidos.  

O segundo é denominado cavidade temporária, produzida pelo intenso choque do projétil na massa líquida dos tecidos.  

Os tecidos elásticos como os músculos, vasos sanguíneos e pele são retraídos após a passagem do projétil voltando depois à sua posição normal (De Bakey, 2004; Morris & Wood, 2000). 

A dimensão da área frontal do projétil é um fator major no tamanho da cavidade que cria. O projétil pode criar uma cavidade temporária 20 a 25 vezes superior à área frontal. 

O tamanho e a forma das cavidades temporária e permanente não são necessariamente dependentes do calibre da arma; o tamanho destas cavidades é determinado primeiramente pela natureza do tecido atingido.  

Os  tecidos menos  elásticos  (como  é  o  exemplo  do  cérebro  comparativamente  com  a  pele  e músculos) produzem áreas de cavitação maiores (Shkrum & Ramsay, 2007). 

 II. Efeitos secundários:   Segundo Domingos Tochetto, os efeitos secundários são os que resultam, nos tiros encostados ou à curta 

distância,  da  ação  dos  gases,  seus  efeitos  explosivos,  de  resíduos  da  combustão  da  pólvora  e  de microprojeteis. Estes efeitos não têm nenhuma relação com o poder de  incapacitação do projétil, estando o seu estudo restrito à medicina legal e às práticas forenses. 

Os gases da deflagração, expelidos pela boca do cano com alta pressão e elevada temperatura, expandem‐se e arrefecem logo a seguir e seus efeitos cessam de se produzir à distância bastante curta da boca do cano. 

A  região  espacial  varrida  pelos  elementos que  constituem os  efeitos  explosivos  compreende  três  zonas distintas: 

 Zona de Chama:  A  zona de  chama,  também denominada  zona de  chamuscamento ou  zona de queimadura,  é produzida 

pelos gases superaquecidos e  inflamados que se desprendem por ocasião dos  tiros encostados e atingem o alvo, produzindo queimadura da pele da região, dos pelos e das vestes.  

Esta zona circunda o orifício de entrada, nos tiros perpendiculares e está presente nos tiros encostados ou muito próximos.  

A  zona  de  chama  serve  para  o  diagnóstico  do  orifício  de  entrada,  da  distância  e  direção  do  tiro,  da quantidade de carga (pólvora) e do ambiente em que foi realizado o tiro. 

 Zonas de Esfumaçamento:  A zona de esfumaçamento é produzida pelo depósito de fuligem oriunda da combustão ao redor do orifício 

de entrada. A  zona  de  esfumaçamento  é  formada  pelos  resíduos  finos  e  impalpáveis  que,  sob  a  forma  de 

pequeníssimas partículas, ficam aderidos ao plano do alvo, sendo facilmente removidos por lavagem. Suas dimensões e  seu grau de  concentração proporcionam elementos para  fundamentar uma  convicção 

quanto à direção e distância do tiro em relação ao alvo. A zona de esfumaçamento está presente nos tiros à curta distância. Se a região atingida estiver coberta por 

vestes, estas poderão reter o depósito de fuligem.  Zona de Tatuagem:   A zona de tatuagem é produzida pelos grãos de pólvora combusta, ou não que, ao atingirem o alvo, nele se 

incrustam ao redor do orifício de entrada. A  zona  de  tatuagem  é  determinada  pelos  resíduos  maiores  (sólidos)  de  pólvora  incombusta  ou 

parcialmente comburida e pequenos fragmentos que se desprendem do projétil. 

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Devido à maior massa e à maior força viva, vencem maior distância e penetram no material do alvo como microprojeteis, incrustando neste de forma mais ou menos profunda, não sendo removíveis por lavagem. 

 Sinal de Hofmann:  Aparece  em  disparos  efetuados  com  a  boca  do  cano  encostada  à  pele. A  expansão  dos  gases  ocorrerá 

dentro de um túnel aberto pelo projétil, em que as bordas da  lesão  ficam dilaceradas, devido ao refluxo de gases, e voltadas para fora.  

Internamente o efeito explosivo se manifesta por intensa devastação de tecidos, formando‐se no trajeto a chamada “câmara de mina de Hofmann”. 

 Sinal de Puppe‐Werkgartner:  Aparece em disparos efetuados com a boca do cano encostada. Ao redor do orifício de entrada fica a marca 

do cano da arma, formado por queimadura.  Sinal de Benassi:   Encontrado na tábua óssea do crânio e de arcos costais, em disparos encostados à pele ou bem próximos. 

O cone de impurezas e fuligem forma uma deposição ao redor do orifício na tábua óssea.  Poder lesivo das armas de fogo:  Existem múltiplos fatores que determinam o poder lesivo das armas de fogo; são eles (Pérez et al, 2006): • Distância a que se efetua o disparo:  • Energia cinética (Ek) do projétil disparado (EK=1/2massa x velocidade2).  • Forma do projétil. • Localização do orifício de entrada. • Trajetória do projétil. • Cavidade temporária. • Desaceleração  Morfologia das LAF  De uma maneira  esquemática  têm que  se  considerar nas  Lesões por Armas de  Fogo  ‐  LAF o orifício de 

entrada (OE), o trajeto e eventualmente o orifício de saída (OS). Disparar  no  dorso  de  um  indivíduo  que  se  encontra  em  fuga  versus  no  tórax  de  alguém  que  se  tenta 

defender de um ataque destaca a  importância de diferenciar os orifícios de entrada dos orifícios de  saída. Felizmente a aplicação de alguns conceitos básicos permite a diferenciação do OE e do OS (Denton et al, 2006).  

Lesão de entrada: geralmente é única por cada disparo, embora também possa ser múltipla (por exemplo uma bala que atinge o tórax depois de ter atravessado um braço ou se a bala se fragmenta antes de atingir o alvo) (Calabuig, 2001; Tokdemir, 2006). 

Relativamente à  lesão de entrada têm que se considerar  isoladamente 2 componentes: o orifício e o seu contorno, chamado habitualmente de tatuagem. 

 Orifício de entrada:   A  sua  forma  é  habitualmente  arredondada  ou  ovalada.  Nas  lesões  feitas  a  grande  distância,  o  orifício 

adopta a forma oval ou de fenda linear, fazendo lembrar lesões provocadas por objetos perfurantes ou corto‐perfurantes. Nos disparos feitos a curta distância, a  lesão adquire um aspecto rasgado, em estrela, devido à ação dos gases que se difundem com violência sob a pele (Calabuig, 2001). 

As dimensões do OE são variadas, dependendo da forma do projétil, da distância a que é feito o disparo e da força que o projétil possui ao embater na pele (Calabuig, 2001). 

O  local anatómico do OE é utilizado para suportar ou refutar a maneira de morte e as suas circunstâncias (Blumenthal,  2007).  Também o número de OE pode dar  informações  importantes  relativas  à natureza dos 

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disparos.  Assim,  no  caso  de  disparos  múltiplos  a  probabilidade  de  se  tratar  de  suicídio  fica  diminuída (Tokdemir et al, 2006). 

 Tatuagem:   Recebem  este  nome  as  formações  resultantes  do  disparo  que  se  desenham  à  volta  do OE  e  fornecem 

importantes indicações diagnósticas médico‐legais.  É necessário considerar dois componentes da tatuagem – o halo de contusão e a tatuagem propriamente 

dita  O halo de contusão é  limitado, apenas com 1mm ou pouco mais, apresenta coloração escura e às vezes 

enegrecida pela pólvora.  Constitui um elemento característico do OE, quando o disparo é feito a distância que inclua o limite de ação 

do projétil.  O OS pode excepcionalmente apresentar halo de contusão quando o corpo se encontrava encostado a uma 

superfície dura como é o caso de uma parede ou cadeira. O halo pode adoptar uma forma circular que rodeia todo o orifício (disparos perpendiculares) ou forma semi‐lunar (disparos oblíquos),  indicando neste último, o ângulo de choque do projétil sobre o alvo.  

Na sua formação intervêm vários mecanismos: • A contusão da pele, pela bala durante o choque. • A erosão que a distensão da pele originará antes de provocar perfuração e verdadeiras roturas das fibras 

cutâneas. • O arranhão do projétil sobre a pele deprimida em dedo de luva  Trajeto:   Pode ser único ou múltiplo, se o projétil se fragmenta durante a sua passagem pelos tecidos.  Podem ser retilíneos se seguem a direção do disparo ou com desvio se embatem em superfícies ósseas. O diâmetro do trajeto não costuma ser uniforme e alarga‐se devido a deformações sofridas pelo projétil e 

sobretudo consequência dos  fragmentos ósseos e corpos estranhos que o projétil mobiliza e arrasta na sua passagem.  

É  característico  o  interior  do  trajeto  preencher‐se  de  sangue,  de  modo  que  no  cadáver  o  trajeto  se reconhece pela linha de sangue que marca a passagem do projétil.  

Encontrar e recolher o projétil tem um interesse e importância capital nos procedimentos médico‐legais.  Para  facilitar  a  localização  do  projétil,  deverá  recorrer‐se  a  alguma  técnica  imagiológica,  seja  ela  uma 

radiografia  simples,  uma  radioscopia  ou  técnicas  que  fornecem  maior  pormenor,  como  a  tomografia computorizada (TC) ou a ressonância nuclear magnética (RNM). 

Outro procedimento possível é a passagem de coágulos sanguíneos encontrados nas cavidades abdominais, torácicas, etc., por um  filtro,  com o objetivo de encontrar os projéteis que muitas  vezes  ficam englobados neles (Calabuig, 2001). 

 Orifício de saída (OS):   É por definição inconstante e não existe quando o projétil fica retido nos tecidos. A sua forma e dimensões 

variam muito.  Depende  primeiramente  dos  planos  que  o  projétil  atravessou;  se  passou  unicamente  por tecidos moles  o  OS  pode  ser  circular  ou  oval,  de  diâmetro  idêntico  ou  pouco maior  que  o  OE  ou  ainda apresentar uma configuração de fenda longitudinal (Calabuig, 2001).  

Para  alguns  autores  é  mesmo  considerado  um  equívoco  comum  dizer  que  o  OS  deverá  apresentar dimensões maiores  que  o OE;  não  deverá  ser  a  dimensão  do  orifício mas  sim  a  ausência  da margem  de abrasão que distingue um OS de um OE (Denton et al, 2006).  

Os  seus bordos  costumam estar evertidos e por  vezes  apresenta  gordura do  tecido  celular  subcutâneo, arrastado pelo projétil. Se o projétil tiver sido deformado, então o OS será maior e mais irregular.  

Quando  o  projétil  atravessa  o  tecido  ósseo,  os  fragmentos  desprendidos  e  arrastados  saem  pelo  OS, produzindo lesões grandes e irregulares com desprendimento e laceração dos tecidos. 

A produção do OS depende somente da passagem do projétil e não  intervêm os restantes elementos do disparo, carece de halo de contusão e tatuagem, sendo estes elementos negativos fundamentais para o seu diagnóstico (Calabuig, 2001). 

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  20

Por razões de claridade e consistência, deverá sempre descrever‐se o trajeto do projétil como se o corpo da vítima estivesse na posição anatómica padrão quando foi feito o disparo, isto é, como se a vítima estivesse na posição de ortostatismo, com os membros superiores em extensão e com as palmas das mãos viradas para a frente (Denton et al, 2006). 

Numa revisão de suicídios e homicídios por LAF cranianas, foi possível observar OS em cerca de metade dos suicídios e em 20% dos homicídios (Shkrum & Ramsay, 2007). 

Ocasionalmente, maior  número  de OS  que OE  podem  ser  observados  quando  existe  fragmentação  ou explosão dos projéteis dentro do corpo humano (De Giorgio & Raimio, 2007). 

 

MORTE PRODUZIDA POR QUEIMADURA  

A maioria  das  pessoas  pensa  que  o  calor  é  a  única  causa  de  queimaduras, mas  algumas  substâncias químicas e a corrente elétrica também podem provocá‐las. Apesar da pele ser, normalmente, a parte do corpo que se queima, os tecidos que se encontram por baixo também podem ser afetados e até, por vezes, podem ficar queimados os órgãos internos mas não a pele. Por exemplo, o fato de se ingerir um líquido muito quente ou uma substância cáustica, como o ácido, pode queimar o esôfago e o estômago. A inalação de fumo e de ar quente provenientes do fogo de um edifício em chamas pode queimar os pulmões. 

Os tecidos queimados podem morrer. Quando os vasos sanguíneos ficam danificados por uma queimadura, escapa‐se líquido do seu interior e isso provoca inchaço. Numa queimadura extensa, a grande perda de líquido a partir do funcionamento anormal dos vasos sanguíneos pode provocar um quadro de choque. Nesta grave situação, a tensão arterial baixa tanto que muito pouco sangue chega ao cérebro e a outros órgãos vitais.  

As  queimaduras  provocadas  pela  eletricidade  podem  ser  devidas  a  temperaturas  de mais  de  5000ºC, geradas  pela  passagem  de  uma  corrente  elétrica,  desde  a  fonte  de  energia  até  ao  corpo.  Este  tipo  de queimaduras,  por  vezes  chamadas  queimaduras  de  arco  elétrica,  costumam  destruir  e  carbonizar completamente a pele no ponto em que a corrente entra no corpo. Como a resistência (capacidade do corpo para  deter  ou  desacelerar  o  fluxo  de  corrente)  no  ponto  onde  a  pele  entra  em  contato  com  a  fonte  de eletricidade é alta, grande parte dessa energia converte‐se em calor e, por isso, queima a superfície.  

A  maioria  das  queimaduras  provocadas  pela  eletricidade  também  danificam  gravemente  os  tecidos localizados sob a pele. Estas queimadura variam em extensão e profundidade e podem afetar uma área muito maior do que a pele queimada sugere. Os grandes choques elétricos podem paralisar a respiração e alterar o ritmo cardíaco, provocando batimentos perigosamente irregulares (arritmias).  

As  queimaduras  por  agentes  químicos  podem  ser  provocadas  por  produtos  irritantes  e  venenosos, incluindo ácidos e alcalis fortes, fenóis e cresóis (solventes orgânicos), gás mostarda e fósforo. Estas lesões são capazes de provocar a morte do tecido, que pode progredir lentamente durante horas, inclusivamente depois da queimadura.  

Sintomas  A gravidade de uma queimadura depende da quantidade de  tecido afetado e da profundidade da  lesão, 

que se descreve como de primeiro, de segundo ou de terceiro grau.   As queimaduras de primeiro grau são as menos graves. A pele queimada torna‐se vermelha, dorida, muito 

sensível ao tacto e úmida ou  inchada. A área queimada torna‐se branca ao tocá‐la  ligeiramente, mas não se formam bolhas. 

 As queimaduras de segundo grau provocam um dano mais profundo. Formam‐se bolhas na pele, cuja base 

pode ser vermelha ou branca, as quais estão cheias de um líquido claro e espesso. A lesão, dolorosa ao tacto, pode tornar‐se branca ao tocá‐la.  

 As queimaduras de  terceiro  grau provocam uma  lesão  ainda mais profunda. A  superfície  cutânea pode 

estar branca e amolecida ou negra, carbonizada e endurecida. Como a zona queimada pode ter uma coloração pálida, pode‐se confundi‐la com pele normal nas pessoas de tez clara, embora não se torne branca ao tacto. Os  glóbulos  vermelhos  danificados  da  zona  lesionada  podem  fazer  com  que  a  mesma  adquira  uma  cor vermelha intensa.  

 

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Em  certos  casos,  na  pele  queimada  aparecem  bolhas  e  os  pelos  desta  zona  costumam  ser  facilmente arrancados pela raiz. A área afetada perde a sensibilidade ao tacto. Geralmente, as queimaduras de terceiro grau não doem, porque os terminais nervosos da pele ficam destruídos.  

 

MORTE PRODUZIDA POR ASFIXIA   As definições propostas pelos diversos autores sobre asfixia convergem para a  interrupção da respiração. 

As diversas modalidades de morte por asfixia podem ser englobadas na classificação seguinte:  Enforcamento:   Ação mecânica por laço, promovendo constrição do pescoço. O laço é acionado pela ação do próprio peso 

do indivíduo.  Estrangulamento:   Na morte por estrangulamento o laço é acionado, não pelo peso da vítima, mas por força diversa.  Esganadura:   Na maioria dos casos, devido ao emprego das mãos na consumação do fato, restam vestígios de equimoses 

e escoriações produzidas pela pressão violenta dos dedos e unhas.   Sufocação:   A  sufocação  consiste  na  conclusão  das  vias  respiratórias.  A  presença,  local,  de  panos  impregnados  de 

líquidos biológicos, como saliva, vômito, etc., pode, às vezes, indicar este tipo de asfixia.   Soterramento:  A morte por soterramento ocorre o ar presente nas vias respiratórias é substituído por elementos sólidos, 

geralmente areia. Há um processo de asfixia que, pela duração e dimensão do agente produtor, leva à morte. Os  sinais  característicos  são a presença de estranhas nas  cavidades bucal e nasal bem  como na  traquéia e brônquios. 

 Afogamento:  É uma asfixia mecânica que ocorre na transição do meio gasoso para outro tipo de meio, no caso líquido. A 

morte por afogamento, quando criminosa, via de negra, apresenta vestígios característicos, como: presença de peso  amarrado  à  vítima,  para  facilitar  a  submersão,  colocação  de  amarras  às mãos,  etc.,  exceto  quando afogamento for por imersão e não submersão. 

 MORTE PRODUZIDA POR PRECIPITAÇÃO. 

 A morte provocada por precipitação, seja da janela do alto de um edifício, de um terraço ou sacada, seja de 

uma  ribanceira, apresenta  sérios obstáculos para a determinação de  sua  causa  jurídica,  isto é, para que  se verifique se se trata de homicídio, suicídio ou acidente, embora nenhuma das hipóteses seja insolúvel. 

Nos  exames  de  locais  dessa  natureza,  nem  sempre  o  Perito  encontra  elementos  seguros  para  fazer  a diferenciação,  porque  para  nenhuma  das  hipóteses,  como  procuraremos  mostrar,  a  rigor,  existem características específicas. 

O homicida pode  lançar o corpo de sua vítima de um plano superior, não só para simular suicídio, como para sugerir um acidente. E não resta dúvida que poderia apenas estar tentando ocultar o corpo de sua vítima. 

Normalmente,  as  injúrias  que  podem  ser  observadas  em  casos  desse  tipo  são multiformes,  variadas  e atípicas.  Em  não  havendo  vestígios  seguros  de  outras  causas  de  morte,  como  o  envenenamento, 

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  22

enforcamento, estrangulamento, esganadura,  ferimentos  letais produzidos por arma de  fogo ou provocados pela utilização de arma branca, o diagnóstico se torna extremamente difícil. 

Mas, de qualquer forma, existem certos indícios que bem observados podem orientar o Perito, sendo certo mesmo  que  a  conjugação  da  perinecroscopia  com  o  resultado  da  necrópsia  é  altamente  proveitosa,  não podendo mesmo, dissociarem‐se esses dois procedimentos periciais. 

No corpo de um  indivíduo que,  rolando de uma  ribanceira, vem a perecer, além das  lesões mortais, são encontradas outras que, bem  interpretadas, podem mostrar, não  só que  foram produzidas em vida,  como, também, ensejam o estudo da direção ou sentido seguido pelo corpo na queda. 

É bem verdade que essas escoriações também podem ser verificadas no corpo que é projetado sem vida. Mas não será difícil determinar‐se a sua origem "post‐mortem", a menos que a queda se processe logo após a cessação  da  vida.  Nesta  última  circunstância,  o  que  agrava  o  problema,  os  ferimentos  "intra‐vitam"  se confundem com os "post‐mortem". 

Para tentar uma solução, o Perito deve levar em consideração os seguintes elementos: o indivíduo que cai, acidentalmente, na sua trajetória, realiza, sempre, movimentos  instintivos de defesa. Esses movimentos, que são  traduzidos por um esforço  ingente de  se agarrar em alguma  cousa que detenha a  sua queda, provoca lesões nas mãos. 

Nas  quedas  acidentais  de  ribanceira,  via  de  regra,  são  encontradas  nas mãos  da  vítima  arranhaduras, cortes,  isso quando em sua mão não permanecem tufos de vegetação. Sob as unhas, podem ser verificadas porções de terra e até mesmo pequenos gravetos. 

Quando a vítima é arremessada, se antes não tiver sido privada do sentido e não for apanhada de surpresa, via de regra, seu corpo cai pesadamente, sem rolar pela encosta da ribanceira, dai porque raramente  ficam registrados os  sinais de defesa. A  verificação do ponto de onde  a queda  teve  início  é  bastante proveitosa porque os sinais de luta ‐ vegetação pisada, arbustos quebrados, etc ‐ podem denunciar o homicídio. 

O indivíduo que se suicida se atirando do alto de uma ribanceira, geralmente, atinge o fundo sem tocar nas suas paredes, e por isso os sinais de defesa e rolamento não existem. Por outro lado, no local onde a vítima se atirou não são encontrados vestígios de luta. 

Na queda do alto de um edifício, o exame do  local dá parca contribuição. Nem sempre são encontrados sinais  de  luta,  denunciadores  do  homicídio, mesmo  porque  eles  podem  ter  sido  suprimidos  pelo  próprio homicida. Mas  o  exame  do  corpo  da  vítima,  tanto  na  perinecroscopia  como  na  necropsia,  pode  revelar  a natureza da ocorrência. 

Nos casos de queda acidental, no percurso entre o ponto de  início da precipitação e o  impacto contra o solo, a vítima procura se agarrar em saliências, como peitoril de  janelas,  terraços, platibandas, provocando, nas mãos, ferimentos característicos de defesa. Via de regra, a vítima cai muito perto do perfil do prédio. O exame das  roupas da vítima poderá mostrar o atritamento do  corpo  contra a parede do edifício, deixando vestígios de tinta, caliça e outras sujidades. 

No homicídio,  além dos  sinais de  luta que poderão  ser  encontrados no  interior do  ambiente do qual  a vítima foi projetada no espaço, no seu corpo, via de regra, externamente, não são encontrados ferimentos de defesa. Se a vítima não estiver privada da consciência, é claro que procurará evitar sua queda e, com o esforço, seu corpo não percorre pequena distância na horizontal para então  iniciar a queda vertical. Em razão disso, seu corpo ficará, no solo, a uma distância maior do prédio do que no primeiro caso. Ainda em consequência disso, a vítima não tem possibilidade de tentar se agarrar em saliências do prédio para  impedir sua queda. A não ser no caso em que, impossibilitada de reagir, ela seja empurrada pelo homicida. Neste caso, a sua queda se  dará  em  sítio  bem  próximo  do  prédio,  como  se  tratasse  de  queda  acidental. Mas,  dado  o  estado  de inconsciência, a vítima não executa movimentos instintivos de defesa e mesmo que seu corpo passe próximo de obstáculos, ela não pode deles se valer para amparar sua queda. 

No primeiro caso, o exame detido das suas vestes poderá mostrar vestígios de  luta, como arrancamento dos botões, rasgaduras e outros que não poderiam resultar da simples queda do corpo e nem do seu impacto contra  o  solo.  No  exame  do  corpo,  também  poderão  ser  constatadas  violências  estranhas  à  queda,  que denunciam a ação de terceiros para aquele resultado. 

Finalmente, no  suicídio, a vítima  salta do plano  superior e não procura deter a queda, caindo como um peso morto. Seu corpo, entretanto, dado o impulso do salto, cairá bem longe do perfil da construção. Nas suas vestes e no seu corpo inexistem vestígios que indicam luta ou tentativa de defesa, a menos que no percurso, o despertar do  instinto de conservação, a  tenha  levado a procurar evitar a queda, arrependendo‐se do gesto impensado. 

  

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EXERCÍCIOS  

NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 1  

01. A ação ou omissão  ilícita,  tipificada na norma penal como  tal, atingindo desta  forma algum valor  social significativo em determinado momento histórico da vida de relações define: 

a) Local de crime b) Fraude c) Crime d) Infração 

 02. São os três pressupostos indispensáveis que constituem um crime, exceto: 

a) Arma b) Criminoso c) Local dos acontecimentos d) Vítima  

 03. A porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no qual é constatado o fato, se estenda a abranger  todos os  lugares que, aparente, necessária ou presumivelmente, hajam  sido praticados pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou posteriores, à consumação do delito e com estes diretamente relacionados, define: 

a) Local mediato b) Local de crime c) Local dos acontecimentos d) Local imediato   

04. São elementos que compõem o local de crime, exceto: a) Corpo de delito b) Vestígios c) Indícios d) Localização única 

 05. O conceito mais adequado de feridas contusas é: 

a)  São  lesões  que  produzem  feridas  com  um  orifício  de  entrada,  um  trajeto  e  ocasionalmente,  um orifício de saída. 

b) São causadas por instrumentos de saliência obtusa e de superfície dura que se chocam com violência contra o corpo humano. 

c) São lesões incisas produzidas por instrumentos cortantes. d) São os ferimentos ocasionados pelos instrumentos que, mesmo sendo portadores de gume ou corte, 

são influenciados pela ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem maneja. 

 06. Marque a afirmativa incorreta: 

a) Local mediato é a área adjacente ao  local  imediato, geograficamente  ligada a ele e em que haja a possibilidade de serem encontrados vestígios de interesse criminalístico relativos ao fato investigado.  

b) Local relacionado é qualquer  lugar sem  ligação geográfica com o  local de crime, mas que possa ser relacionado a ele ou venha a contribuir com o contexto do exame pericial.  

c) Local Imediato é aquela porção de espaço ocupada pelo corpo de delito e seu derredor aproximado. É no local imediato que no mais das vezes, se concentram os vestígios de maior valia para os exames periciais.  

d) Em termos espaciais Local de crime se divide em imediato, mediato, relacionado e idôneo.       

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  24

07. Quando deverá ser feita perícia criminalística em um local de crime: a) A critério dos peritos. b) A critério da autoridade policial c) Quanto a prática da infração penal deixar vestígios d) A critério dos juízes 

 08. Marque a afirmativa incorreta: 

a)  Criminalística  é  a  disciplina  que  tem  por  objetivo  o  reconhecimento  e  interpretação  dos  indícios materiais extrínsecos, relativos ao crime ou à identidade do criminoso. 

b) São  inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas  ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 

c) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri‐lo a confissão do acusado. 

d) O exame de corpo de delito e outras perícias sempre serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. 

 09. Marque a afirmativa correta: 

a) O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá‐lo ou rejeitá‐lo, no todo ou em parte. b) Não será facultada ao ofendido a indicação de assistente técnico. c) O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 30 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em 

casos excepcionais, a requerimento dos peritos. d) A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 

sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. e) O exame de corpo de delito só poderá ser feito durante o dia. 

 10. Marque a afirmativa incorreta: 

a) A exumação para exame cadavérico de ser previamente marcada e lavrado um auto circunstanciado. b) Havendo  dúvida  sobre  a  identidade  do  cadáver  exumado,  proceder‐se‐á  ao  reconhecimento  pelo 

Instituto de  Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela  inquirição de  testemunhas, lavrando‐se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações. 

c) Os cadáveres não poderão ser  fotografados na posição em que  forem encontrados, bem como não poderão ser fotografadas as lesões externas devendo isso ser feito apenas na autópsia. 

d) Não  sendo  possível  o  exame  de  corpo  de  delito,  por  haverem  desaparecido  os  vestígios,  a  prova testemunhal poderá suprir‐lhe a falta. 

 11. Marque a alternativa incorreta: 

a) Após finalizado o auto de corpo de delito, o mesmo não poderá ser alterado. b) Para o efeito de exame do  local onde houver sido praticada a  infração, a autoridade providenciará 

imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos. c) Nas perícias de  laboratório, os peritos guardarão material  suficiente para a eventualidade de nova 

perícia. d) Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio 

de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios,  indicarão  com que  instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado. 

 12. Marque a afirmativa correta: 

a) A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência. b) Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio dos elementos existentes 

nos autos e dos que resultarem de diligências. c) Os  peritos  registrarão,  no  laudo,  as  alterações  do  estado  das  coisas  e  discutirão,  no  relatório,  as 

consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.  d) No  caso  de  incêndio,  os  peritos  serão  substituídos  por  profissionais  do  corpo  de  bombeiros,  que 

verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou  para  o  patrimônio  alheio,  a  extensão  do  dano  e  o  seu  valor  e  as  demais  circunstâncias  que interessarem à elucidação do fato. 

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13. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar‐se‐á o seguinte, EXCETO: a) a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada. b)  para  a  comparação,  poderão  servir  quaisquer  documentos  que  a  dita  pessoa  reconhecer  ou  já 

tiverem  sido  judicialmente  reconhecidos  como  de  seu  punho,  ou  sobre  cuja  autenticidade  não houver dúvida. 

c)  a  autoridade,  quando  necessário,  requisitará,  para  o  exame,  os  documentos  que  existirem  em arquivos  ou  estabelecimentos  públicos,  ou  nestes  realizará  a  diligência,  se  daí  não  puderem  ser retirados; 

d) quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade não mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado.  

 14. Marque a afirmativa incorreta: 

a) A autoridade não poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente. 

b)  Serão  sujeitos  a  exame  os  instrumentos  empregados  para  a prática  da  infração,  a  fim  de  se  lhes verificar a natureza e a eficiência. 

c) Não  será necessário, à avaliação de  coisas destruídas, deterioradas ou que  constituam produto do crime. 

d) Não será facultada ao ofendido a indicação de assistente técnico.  15. Julgue e marque a afirmativa incorreta: 

a) Os  elementos  formadores  da  evidência  física  perderão  sua  autenticidade  quando  o  local  não  foi isolado adequadamente. 

b) Local idôneo é aquele que não sofreu alterações, que foi devidamente isolado e preservado, tal como foi deixado após a consumação do fato, permitindo um completo e eficiente exame pericial. 

c) Local  relacionado é aquele em que o  fato ocorre em dois ou mais  locais, bastante distante um do outro. 

d) O  local onde ocorreu o  fato  recebe a denominação de "ambiente mediato", e as áreas adjacentes, constituídas pela  área  intermediária  entre o  local do  fato  e o  grande  ambiente  exterior  recebe  a denominação de "ambiente imediato”. 

 16. O isolamento do local observa 3 fases distintas. Em relação ao assunto, marque a alternativa correta: 

a) A primeira compreende o período entre a ocorrência do crime até a chegada do perito criminal. b) A segunda fase compreende o período desde a chegada do perito criminal até o comparecimento do 

delegado de polícia. c) A terceira fase é aquela desde o momento que a autoridade policial já está no local, até a chegada dos 

peritos criminais. d) A segunda fase compreende o período desde a chegada do primeiro policial até o comparecimento 

do perito criminal.  17. Marque a afirmativa incorreta: 

a) Vestígio é todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para análise posterior.  

b) Indícios é uma expressão utilizada no meio jurídico que significa cada uma das informações (periciais ou não) relacionadas com o crime.  

c) Evidência é o vestígio, que após as devidas análises, tem constatada, técnica e cientificamente, a sua relação com o crime.  

d) O vestígio aponta, o indício encaminha.  18. É instrumentos corto‐contundente: 

a) Foice. b) punhal. c) Arma de fogo. d) Martelo. 

  

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MATEMÁTICA                          

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  26

19. É instrumento contundente: a) Machado b) Navalha c) Agulhas d) Bastão de beisebol 

 20. É instrumento perfuro‐contundente: 

a) Canivete. b) Arma de fogo c) Facões. d) Prego. 

 21. É instrumento punctório: 

a) Estilete b) Coronha de arma c) Lâmina de barbear d) Facas especiais 

 22. Marque a alternativa errada: 

a)  os  efeitos  primários  provocados  por  arma  de  fogo  inclui  a  chamada  ação  direta,  provocada  pelo impacto do projétil contra os tecidos do corpo. 

b) os efeitos secundários são os que  resultam, nos  tiros encostados ou a curta distância, da ação dos gases, seus efeitos explosivos, de resíduos da combustão da pólvora e de microprojeteis. 

c) A zona de chama, também é denominada zona de chamuscamento ou zona de queimadura. d) A distância não interfere no poder lesivo das armas de fogo. 

 

GABARITO 

01. C  02. A  03. D  04. D  05. B  06. D  07. C  08. D  09. B  10. C 

11. A  12. D  13. D  14. A  15. D  16. C  17. D  18. A  19. D  20. B 

21. A  22. D                 

   

                      

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 2  01. Está relacionado ao conceito de criminalística, exceto: 

a) Interpretação dos indícios materiais extrínsecos. b) Reúne contribuições das várias ciências. c) É uma ciência. d) Indica os meios para descoberta de crimes. 

 02. A respeito do código de processo penal, marque a alternativa falsa: 

a) O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial. b) A prova da alegação incumbirá a quem a fizer. c) São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas. d) São admissíveis as provas derivadas das ilícitas. 

 03. A respeito do corpo de delito, marque a alternativa falsa: 

a) Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas. b) O exame de corpo de delito pode ser direto ou indireto. c) Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. d) Às partes serão facultadas a formulação de quesitos e a indicação de assistente técnico. 

 04. Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia, exceto: 

a) Requerer a oitiva dos peritos. b) Apresentar quesitos ou questões a serem esclarecidas desde que encaminhados com antecedência 

mínima de 30 (trinta) dias. c) Indicar assistentes técnicos. d) O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz. 

 05. A respeito do laudo pericial, marque a alternativa incorreta: 

a)  Os  peritos  elaborarão  o  laudo  pericial,  onde  descreverão minuciosamente  o  que  examinarem,  e responderão aos quesitos formulados.  

b) O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.  

c) O exame de corpo de delito poderá ser feito apenas durante o dia. d) A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 

sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.  06. A respeito do laudo pericial, marque a alternativa certa: 

a) Nos casos de morte violenta, em casos específicos, bastará o simples exame externo do cadáver. b) Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados. c)  Também,  na medida  do  possível,  deverão  ser  fotografados  todas  as  lesões  externas  e  vestígios 

deixados no local do crime.  d) Não  sendo  possível  o  exame  de  corpo  de  delito,  por  haverem  desaparecido  os  vestígios,  a  prova 

testemunhal poderá suprir‐lhe a falta.  07.  A respeito do laudo pericial, marque a incorreta: 

a)  Em  caso  de  lesões  corporais,  se  o  primeiro  exame  pericial  tiver  sido  incompleto,  proceder‐se‐á  a exame complementar. 

b) No exame complementar, os peritos não precisarão do auto de corpo de delito inicial. c) O laudo complementar tem a finalidade de suprir a deficiência ou retificar o laudo inicial. d) A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal. 

      

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  28

08. Com relação a preservação do local, marque a incorreta: a) O local de crime é onde houver sido praticada a infração. b) A autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada 

dos peritos. c) Os peritos não registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas, discutindo as consequências 

dessas alterações na dinâmica dos fatos. d) Os peritos poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.  

 09. Com respeito a atividade pericial, marque a alternativa falsa. 

a) Nas perícias de  laboratório, os peritos guardarão material  suficiente para a eventualidade de nova perícia. 

b) Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios. 

c) No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado. d) Proceder‐se‐á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que constituam 

produto do crime apenas de forma direta.  10. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, marque a afirmativa falsa: 

a) Para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer. b) A autoridade mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado, fato que deverá ser cumprido pela 

pessoa. c) Uma última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa 

será intimada a escrever. d) A pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato. 

 11. Marque a afirmativa incorreta: 

a) Não serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de se lhes verificar a natureza e a eficiência. 

b) No exame por precatória, a nomeação dos peritos far‐se‐á sempre no juízo deprecado.  c) O exame pericial será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição, juntando‐se ao processo o 

laudo assinado pelos peritos. d) o laudo será subscrito e rubricado em suas folhas por todos os peritos. 

 12. Marque a afirmativa correta: 

a) O juiz ficará adstrito ao laudo. b) O juiz não poderá aceitar ou rejeitar o laudo, no todo ou em parte. c) Salvo o caso de exame de corpo de delito, o  juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida 

pelas partes, quando for necessária ao esclarecimento da verdade. d) A autoridade poderá  também ordenar que  se proceda a novo exame, por outros peritos,  se  julgar 

conveniente.  13. A respeito do local de crime, marque a afirmativa incorreta: 

a) Local de crime é todo espaço físico onde ocorreu a prática de infração penal. b) Entende‐se como local de crime apenas a área física onde ocorreu a infração penal. c) Local de crime pode ser definido, genericamente, como sendo uma área física onde ocorreu um fato ‐ 

não esclarecido até então ‐ que apresente características e/ou configurações de um delito. d) O  início de qualquer procedimento para o esclarecimento de um delito será o  local onde ocorreu o 

crime.  14. De acordo com a natureza do crime os locais de crimes se classificam exceto em: 

a) Homicídio b) Furto c) Atropelamento d) Interno 

  

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15. De acordo com a natureza da área os locais de crime se classificam exceto em: a) Próximo b) Interno c) Relacionado d) Externo 

 16. De acordo com a preservação os locais de crime se classificam exceto em: 

a) Idôneo. b) Violado, inidôneo ou não preservado. c) Inviolável. d) Preservado ou não violado.  

17. Marque a afirmativa incorreta: a)  Um  dos  grandes  e  graves  problemas  das  perícias  em  locais  onde  ocorrem  crimes,  é  a    grande 

preocupação das autoridades em isolar e preservar adequadamente um local de infração penal. b)  isolamento  é  a  proteção  a  fim  de  que  o  local  permaneça  sem  alteração,  possibilitando, 

consequentemente, um levantamento pericial eficaz. c)  Para  efeito  de  exame  de  local  onde  houver  sido  praticada  a  infração,  a  autoridade  providenciará 

imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos. d)  Em  um  local  de  crime,  importante  destacar  que  todo  elemento  encontrado  naquele  ambiente  é 

denominado de vestígio.  18. São técnicas para preservação de local de crime, exceto: 

a) Acionar imediatamente o órgão policial e a empresa o mais rápido possível. b) É dispensável arrolar testemunhas. c) Não permitir o trânsito de pessoas dentro da área delimitada. d) não mexer, mudar ou alterar a posição do corpo em hipótese nenhuma. 

 19. A respeito dos indícios, evidências e vestígios, marque a afirmativa falsa: 

a) O vestígio abrange, a evidência restringe e o indício circunstancia. b) O Código de Processo Penal brasileiro traz que, na presença de vestígios, o exame de corpo de delito 

será indispensável sob pena de nulidade.  c)  o  vestígio  é  a  evidência  que,  após  avaliações  de  cunho  objetivo,  mostrou  vinculação  direta  e 

inequívoca com o evento delituoso. d) O vestígio verdadeiro é uma depuração total dos elementos encontrados no local do crime 

 20. São tipos de vestígios, exceto: 

a) Vestígio verdadeiro b) Vestígio ilusório c) Vestígio forjado d) Vestígio independente 

  

GABARITO 

01. C  02. D  03. A  04. B  05. C  06. A  07. B  08. C  09. D  10. B  

11. A  12. D  13. B  14. D  15. A  16. C  17. A  18. B  19. C  20. D 

         

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MATEMÁTICA                          

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  30

NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 3  01. Assinale a alternativa correta.  

a) A Criminalística não estuda as circunstâncias do crime cometido.  b) A Criminalística se relaciona com todas as ciências, menos com Medicina Legal.  c) A Criminalística se relaciona com todas as ciências.  d) A Criminalística não é necessária nas investigações policiais.  e) O exame de local de crime não revela vestígio.   

02. Assinale a alternativa correta.  a) Os exames periciais podem determinar a identidade do criminoso.  b) A identidade do criminoso só pode ser realizada pelas provas testemunhais.  c) O “modus operandi”, ou seja, a maneira e a espécie como foi praticado o delito não tem importância 

na investigação policial.  d) A testemunha é o elemento sobre o qual incide a ação criminosa.  e) A identidade de uma pessoa é determinada somente pelo exame de DNA.  

 03. Uma das funções da perícia é  

a) não permitir a violação do local  b) não determinar o instrumento do crime.  c) não determinar a maneira como o crime foi perpetrado.  d) não elaborar o laudo pericial.  e) não promover a preservação do local.  

 04. Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas. (    ) Objetos encontrados num  local de crime não devem ser manuseados por policiais ou curiosos, antes da chegada dos peritos. (    )  O  primeiro  policial  que  chega  ao  local  do  fato  deve  efetuar  busca  em  qualquer  veículo  que  esteja relacionado com o crime, sem esperar a conclusão dos trabalhos periciais. (  )  A  coleta  dos  indícios,  no  local  de  crime,  deve  ocorrer  após  a  tomada  das  fotografias.   A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a  

a) V F V  b) F F F  c) V V F  d) V V V  e) F V F 

  05. Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas. (  )  As  manchas  de  sangue  em  local  de  crime  não  podem  ser  consideradas  como  indícios.  (   ) A viatura deve ser estacionada o mais próximo possível do cadáver para facilitar o trabalho dos peritos, nos casos de homicídio. (   ) O policial, para verificar se a vítima tem sinais vitais, deve se aproximar por um caminho e se afastar por outro, de modo a garantir a integridade e preservação dos indícios.   A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a  

a) V V V  b) F F F  c) V F V  d) F V F  e) V V F  

     

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06. Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas. (     ) O retrato falado, elaborado pelo perito, é uma prova totalmente objetiva. (    )  Policiologia  e  Polícia  Científica  são  dois  outros  nomes  pelos  quais  se  conhece  a  Criminalística.  (    ) A Criminalística acompanha a evolução de cada uma das ciências que a integram, incorporando cada novo avanço  e/ou  descoberta  para  atingir  seu  objetivo  de  determinar  a  origem  comum  dos  indícios.   A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a  

a) F F V  b) V V F  c) V V V  d) F V V  e) F F F  

 07. Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas. (  )  Tecnicamente,  o  tiro  só  é  acidental  quando  efetuado  sem  o  acionamento  do  gatilho.  (  )  A  simples  comparação  visual  do  projétil  já  permite  a  identificação  individual  da  arma.  (  )  Chamuscamento,  esfumaçamento  e  tatuagem  são  indicativos  de  tiro  à  curta  distância.   A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a  

a) V V V  b) V F V  c) F F V  d) F V F  e) V F F  

 08.  O  Código  de  Processo  Penal  brasileiro  descreve  uma  série  de  procedimentos  que,  adequadamente empregados,  conferem  qualidade  ao  serviço.  Entretanto,  existem  outros  fatores  relacionados  à processualística penal que influenciam em sua qualidade e que, por isso, são considerados importantes focos de estudo para a melhoria desse serviço. O objetivo maior da perícia criminal é caracterizar o delito e, se possível, identificar o autor do fato. Para isso, utiliza um conjunto de procedimentos científicos  relacionados à elucidação de um evento delituoso. Acerca desses procedimentos em local de crime, assinale a alternativa correta. 

a) A cadeia de custódia é o local utilizado para guardar e documentar as evidências usadas em processos judiciais. 

b) A cadeia de custódia inicia‐se no laboratório de análise, após o registro do material, quando, então, o perito criminal analisa e procede à prova pericial científica. 

c) A qualidade desses procedimentos depende de uma  série de  cuidados  a  serem  tomados, desde  a requisição de exame pericial até a análise do laudo pericial por parte da autoridade judiciária. Faz‐se necessário  então  entender  sobre  a  cadeia  de  custódia.  A  legislação  brasileira  não  contém sistematicamente a cadeia de custódia de forma precisa. 

d)  Somente  alguns  procedimentos  relacionados  à  evidência,  como  a  coleta,  exigem  cuidados  e condições mínimas de segurança. 

e) Não é necessário que se estabeleça um controle sobre as fases iniciais desses processos.             

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09. Um dos  aspectos mais desafiadores da prática  forense é  a manutenção da  cadeia de  custódia durante todas as suas fases, com ênfase em acondicionamento, transporte e entrega da amostra, pois essas fases se referem ao decurso de tempo em que a evidência é manuseada,  incluindo‐se também aí cada pessoa que a manuseou. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta. 

a) É  imperativo que a evidência seja tratada pelo máximo de pessoas necessárias para a conclusão da análise forense. 

b) Para cada uma das etapas da cadeia de custódia, não há necessidade de ser feito registro, pois não há dúvida  em  relação  ao  tratamento  e  à  manipulação  dos  vestígios,  caso  haja  confronto  com declarações de pessoas envolvidas na investigação. 

c) A adoção de numeração única para cada espécime ou elemento de prova a ser definida no momento da entrada no centro de custódia e a manutenção daquela numeração inicial podem ser um sistema funcional para a retirada da cadeia de custódia. 

d) Cada vez que um caso criminal for iniciado, vários arquivos do mesmo caso deverão ser criados, com a  finalidade  de  conter  a  documentação  desse  arquivo  pelo  espaço  de  tempo  requerido  pela  lei prevalente. 

e) A cadeia de custódia ideal é aquela que envolve dois indivíduos: uma pessoa que coleta e transporta a evidência, e outra que a analisa. 

 10. Local do crime não se constitui apenas a região onde o fato tenha sido constatado, mas todo e qualquer local onde existam vestígios relacionados com o evento, que sejam capazes de  indicar uma premeditação do fato  ou  uma  ação  posterior  para  ocultar  provas,  que  seriam  circunstâncias  qualificadas  do  crime  em investigação. Acerca desse tema, julgue os itens a seguir. 

I. Em algumas situações, a área de  interesse policial pode ser  limitada a um pequeno cômodo de uma casa;  a  equipe  policial  deve  considerar  o  local  do  crime  uma  área  menos  abrangente,  cujos elementos materiais, às vezes despercebidos, tornam‐se importantes vestígios para o laudo pericial. 

II. Para que seja obtido resultado conclusivo oriundo de  levantamento de  locais de crime, é de pouca importância a preservação da área a ser examinada e dos itens relacionados com o evento ocorrido (objetos diversos, manchas, cheiros etc.). 

III. Em alguns casos, é possível detectar a não preservação do  local, devido à  impossibilidade de certos vestígios  terem  sido posicionados, em um movimento  impensado da vítima e(ou) do autor para o ponto em que tenha sido encontrado, quando dos exames periciais. Em caso de adulteração, o perito sempre poderá determinar as circunstâncias em que  tenha ocorrido o  fato delituoso e  retornar as peças aos seus locais de origem. 

IV. A boa preservação do local de crime dará suporte aos peritos para efetuar o seu trabalho da melhor maneira possível, para que se possa chegar de modo mais abrangente e concreto às circunstâncias e a autoria do crime, e para que se possa instruir, da melhor maneira possível, os inquéritos policiais, que são a peça administrativa que dará início à respectiva ação penal. 

 Assinale a alternativa correta. 

a) Nenhum item está certo. b) Apenas um item está certo. c) Apenas dois itens estão certos. d) Apenas três itens estão certos. e) Todos os itens estão certos. 

 11.  Provar  se  houve  ou  não  a  infração  penal,  demonstrar  a  ação  do  sujeito  ativo  na  ação  penal,  fornecer subsídios de conhecimento técnico, científico e artísticos necessários à tipificação penal, comprovar o nexo de causalidade entre o sujeito ativo e a infração penal trata‐se de 

a) requisição de exames de corpo de delito. b) modalidades de exames de corpo de delito. c) isolamento e preservação de local de crime. d) importância do exame de corpo de delito. e) classificação de local de crime. 

   

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12. Qual tipo de perícia busca a identificação das pessoas mediante estudo das impressões papilares? a) Engenharia Legal b) Entomologia c) Papiloscopia d) DNA e) Documentoscopia 

 13. A doutrina criminalística estabelece que balística forense 

a) é uma disciplina integrante da criminalística, que estuda as armas de fogo, sua munição e os efeitos dos  tiros  por  elas  produzidos,  sempre  que  tiverem  uma  relação  direta  ou  indireta  com  infrações penais, visando esclarecer e provar sua ocorrência. 

b) não é uma disciplina  integrante da criminalística, pois somente está  ligada ao estudo das armas de fogo, suas munições e os efeitos dos tiros por elas produzidos. 

c)  tem  por  finalidade  o  estudo  das  armas  de  fogo,  sua  munição  e  os  efeitos  dos  tiros  por  elas produzidos, visando à melhoria do desenvolvimento dos armamentos. 

d)  não  tem  por  objetivo  servir  como meio  de  prova,  já  que  a  condenação  de  um  acusado  de  ter cometido uma infração penal com arma de fogo independe das perícias realizadas nesta. 

e) tem por objetivo desenvolver técnicas que permitam às indústrias fabricantes de munição e armas de fogo um melhor aproveitamento das características da queima da pólvora. 

 14. Morte  violenta  produzida  por  asfixia,  em  que  o  laço  é  acionado  pelo  próprio  peso  da  vítima;  o  sulco produzido pelo  laço  se  apresenta oblíquo, de baixo para  cima,  interrompido  ao nível do nó  e  com bordos desiguais, sendo o bordo superior saliente; a suspensão pode ser completa ou incompleta, trata‐se de 

a) estrangulamento. b) esganadura. c) sufocação. d) fulminação. e) enforcamento. 

 15.  Na  reprodução  simulada  de  crimes,  aquelas  pessoas  que  tenham  participado  do  fato  delituoso,  na condição de vítima, acusada ou testemunha, são entendidas como 

a) sujeitos ativos da infração. b) terceiros envolvidos na infração. c) sujeitos passivos da infração. d) atores da infração. e) coadjuvantes da infração. 

 16.  O  procedimento  adotado  para  coleta  de  evidências  em  local  de  crime  deve  seguir  um  protocolo, objetivando a coleta adequada dos vestígios. A  respeito da coleta de vestígios em  local de crime, é correto afirmar que 

a) em caso de  suportes móveis e  transportáveis,  recomenda‐se que a coleta do vestígio  seja  feita no próprio local do crime. 

b) quando se tratar de suportes imóveis e não absorventes, recomenda‐se utilizar bisturi estéril e não o suabe. 

c) superfícies absorventes, como carpetes, cortinas, sofás, estofados, almofadas, colchões, entre outros, contendo amostras biológicas, serão recortadas. 

d)  quando  a  evidência  está  depositada  em  uma  superfície  absorvente,  não  é  possível  recuperá‐la, inviabilizando desse modo os exames laboratoriais. 

e) o uso do suabe é pouco recomendado para coleta de evidências em local de crime.       

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  34

17. Em local de alegado cometimento de suicídio, perpetrado mediante projétil disparado por arma de fogo, o perito criminal obrigatoriamente deverá 

a)  proceder  à  pesquisa  de  resíduos  de  tiro  nas mãos  da  vítima  e  pormenorizada  varredura,  visando localizar eventuais cartas ou bilhetes. 

b) confeccionar auto de exibição e apreensão de todos os objetos encontrados. c) elaborar reconhecimento visuográfico do evento. d) proceder à gravação em vídeo de todas as entrevistas realizadas. e) reduzir a termo todos os depoimentos obtidos. 

 18. Esgorjamento significa 

a) asfixia por aspiração de corpo estranho. b) lesão produzida por instrumento de ação contundente. c) envenenamento por via digestiva. d) morte por inibição reflexa. e) ferida por instrumento de ação cortante na face anterior do pescoço. 

 19. Quanto à conclusão dos laudos periciais, é correto afirmar que 

a) os peritos  criminais devem descrever, de  forma  clara, objetiva e  compreensível ao  leigo,  todos os exames que realizaram no conjunto da perícia, e as suas conclusões nem sempre necessitam estar baseadas em fatos e dados demonstrados ou comprovados. 

b)  por  ter  fé  pública,  o  perito  criminal,  ao  elaborar  o  laudo  pericial,  pode  fazer  afirmações  sem necessidade de serem comprovadas ou demonstradas técnica e cientificamente. 

c) o laudo pericial é uma peça técnica, fundamentada, na qual o perito criminal descreve e analisa o que foi encontrado, à luz dos conhecimentos técnico científicos, expondo e justificando as conclusões às quais chegou. 

d) o perito criminal poderá concluir ou fazer qualquer afirmação em seu  laudo, mesmo que não possa lastrear tal assertiva com uma justificativa técnico científica. 

e) a conclusão dos peritos deve fluir naturalmente, de acordo com o seu livre julgamento e o completo relato dos exames no corpo do laudo pericial. 

 20. Quanto à apresentação dos laudos periciais, é correto afirmar que 

a) os peritos criminais devem examinar rigorosamente, sob a ótica da metodologia científica, todas as nuanças possíveis dos vestígios materiais, para depois emitirem as suas opiniões pessoais acerca do fato. 

b) o laudo pericial deve ser rigoroso em sua montagem e na exposição das ideias, possuindo linguagem clara e objetiva, seguindo conceitos específicos do mundo das ciências sobrenaturais. 

c)  todos  os  exames  periciais  devem  seguir  critérios  rigorosamente  técnico‐criminalísticos  e  serem respaldados nas leis da ciência e nos depoimentos subjetivos colhidos no local do fato. 

d) o  laudo pericial deverá apresentar uma estrutura  rígida que não pode ser modificada para não ser considerado ilegal. 

e) sendo o exame pericial um trabalho científico, o perito criminal deverá seguir as etapas do método científico, na  condução do  seu  trabalho, e as normas de apresentação de  trabalhos  científicos, na elaboração do laudo pericial. 

 21.  Ao  realizar  o  levantamento  pericial  em  local  de  arrombamento  ocorrido  em  uma  residência,  o  perito depara com os seguintes fatos: 

a porta da sala apresentava vestígios de arrombamento; 

sobre um móvel da sala, havia vestígios da permanência prolongada de um televisor, que fora retirado; 

o portão do muro frontal não apresentava vestígios de arrombamentos; 

não  foram  constatados  vestígios  observáveis  de  escalada  em  nenhum  dos  muros  que protegiam as divisas do imóvel. 

 Em relação ao item modus operandi no laudo, o perito deveria relatar o seguinte. 

a) para adentrar ao imóvel, o meliante escalou e saltou por sobre o muro frontal; em seguida, arrombou a porta da sala de estar... 

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b) para adentrar ao imóvel, o meliante provavelmente escalou e saltou um dos muros que protegem as divisas do imóvel; em seguida, arrombou a porta da sala de estar... 

c) para  adentrar  ao  imóvel, o meliante utilizou  chave própria para  abrir o portão  instalado no muro frontal; em seguida, arrombou a porta da sala de estar... 

d) para adentrar ao imóvel, o meliante arrombou a porta da sala de estar.... e)  não  foram  constatados  vestígios  do  procedimento  adotado  pelo meliante  para  obter  acesso  ao 

interior do imóvel...  22.  Em  um  local  de  arrombamento,  o meliante manuseou  diversas  superfícies  de  difícil  levantamento  de impressões  latentes  com  o  pó  químico  de  que  o  perito  dispunha  no  local  (caixas  de  papelão,  sarrafo  de madeira, etc.). Nessa situação, como o perito deve proceder? 

a) Relatar no  laudo que não havia superfícies apropriadas para o  levantamento de  impressões, digitais latentes. 

b) Buscar levantar as impressões, utilizando o pó químico. c) Apenas fotografar os objetos e relatar no laudo que o meliante os manuseou. d) Coletar os objetos e enviar ao laboratório de papiloscopia forense do Instituto de Criminalística. e) Ignorar os objetos, não fazendo menção a eles no laudo. 

 23. Ao chegar a uma residência para realizar perícia de arrombamento seguido de furto, a proprietária informa ao perito não ser necessário proceder ao  levantamento, pois havia descoberto ter sido seu próprio filho que praticara o furto no local e o havia perdoado. Nesse caso, o perito deve 

a) proceder ao levantamento pericial normalmente. b)  retornar  ao  plantão  e  registrar  no  livro  de  ocorrências  especiais  o motivo  da  não  realização  do 

levantamento pericial. c) comunicar o fato à delegacia afeta e não efetivar o levantamento pericial. d) comunicar o fato ao chefe imediato, para que este tome as providências cabíveis. e) proceder apenas ao levantamento fotográfico do local. 

   

GABARITO 

01. C  02. A  03. A  04. A  05. B  06. A  07. B  08. C  09. C  10. C 

11. D  12. C  13. A  14. E  15. D  16. A  17. A  18. E  19. C  20. A 

21. C  22. D  23. D               

                     

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  36

NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 4  01. Marque a assertiva incorreta: 

a)  As  Polícias  Investigativas  mais  avançadas  priorizam  a  prova  pericial,  considerando  que,  por  ser científica, é mais difícil de ser refutada, contrariada. 

b)  Concebendo‐se  a  perícia  como  prova  primordial  para  a  elucidação  dos  delitos,  o  estudo  da Criminalística afigura‐se como de extrema relevância. 

c) Via de regra, a perícia é realizada na  fase policial, até porque muitas delas necessitam serem  feitas imediatamente ou logo após a prática do crime. 

d) a prova pericial é produzida a partir de fundamentação científica, enquanto que as chamadas provas subjetivas dependem do testemunho ou interpretação das pessoas, não existindo a possibilidade de distorção dos fatos para não se chegar a verdade. 

   02. Marque a assertiva incorreta: 

a) No Brasil não há hierarquia entre as provas e o Juiz pode decidir de acordo com a sua consciência, desde 

que o faça motivadamente. b) Ocorre  que  analisando  as  sentenças  criminais  verifica‐se  a  prevalência  da  prova  pericial  sobre  as 

demais, pelos motivos já estudados. c) Prova Criminal é aquela utilizada para demonstrar ao  Juiz a veracidade ou  falsidade da  imputação 

feita ao réu e das circunstâncias mas que não possam influir no julgamento da responsabilidade e na individualização das penas. 

d) A Criminalística é também denominada Polícia Científica, Polícia Técnica, e difere da Criminologia que estuda o perfil do criminoso, e os motivos que o levaram à prática do crime. 

 03. Sobre as provas marque a assertiva incorreta: 

a) As prova testemunhais são constituídas pelos depoimentos das testemunhas, abrangendo, no sentido amplo, as declarações das vítimas e o interrogatório dos suspeitos ou indiciados. 

b) ) Não há diferenciação entre corpo de delito e exame de corpo de delito. c) As provas técnicas são as perícias, realizadas por peritos criminais, e são  formadas pelas evidências 

materiais do crime. d) o exame de corpo de delito é um auto em que se descrevem as observações dos peritos e o corpo de 

delito é o próprio crime na sua tipicidade.  04. Marque a afirmativa incorreta: 

a) O exame de levantamento de local deve ser diferenciado de acordo com a natureza da ocorrência. b)  isolamento  é  a  proteção  a  fim  de  que  o  local  permaneça  sem  alteração,  possibilitando, 

consequentemente, um levantamento pericial eficaz. c) diante da sensibilidade que  representa um  local de crime,  importante destacar que  todo elemento 

encontrado naquele ambiente não é denominado de vestígio. d) após examiná‐los adequadamente é que poderemos saber se este vestígio está ou não relacionado ao 

evento periciado  05. Marque a afirmativa incorreta: 

a) Através do Laudo de Comparação Balística, tendo como objetos de exame o projétil e a arma de fogo de um suspeito, não é possível verificar se ele foi expelido pelo cano daquela arma. 

b) Quando das providências de isolamento e preservação, levadas a efeito pelo primeiro policial, nada poderá ser desconsiderado dentro da área da possível ocorrência do delito. c) As  fases de um bom  levantamento pericial  incluem  isolamento, observações prévias ou exame do 

local,  fotografia, desenho ou  croqui,  coleta e embalagem de evidências,  transporte de evidências, exame das evidências em laboratório, avaliação e interpretação, e redação de laudo. 

d) Na  busca  de  vestígios,  deve‐se  prever  especial  atenção  às  evidências  facilmente  destrutíveis,  tais como: marcas de solado, impressões em poeira, dentre outras. 

   

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06. Julgue e marque a assertiva incorreta: a) A fotografia é o mais perfeito dos processos de levantamento de local de crime, por tratar‐se de uma  

”reconstituição permanente da ocorrência, que irá permitir futuras consultas”. b)  O  croqui  é  o  desenho  do  local  do  crime,  devendo  sempre  ser  apresentado,  independente  da 

complexidade do local. c) As evidências não devem ser anotadas no croqui e fotografias antes da sua coleta. d) Todas as evidências devem ser coletadas de forma legal, visando à sua admissão como provas em um 

processo.  07.  Do  Código  de  Processo  penal  Brasileiro  delibera  quanto  aos  procedimentos  da  Polícia  Judiciária  na apuração dos delitos, exceto: 

a) Comparecimento e preservação do local. b) Apreensão dos instrumentos e todos os objetos relacionados com o fato. c) Coleta de todas as provas do fato e de suas circunstâncias. d) Oitiva do ofendido ou da vítima em todos os casos.  

08. Está afeta ao conceito de criminalística exceto: a) Trata da pesquisa, da coleta, da conservação e do exame dos vestígios, ou seja, da prova objetiva ou 

material no campo dos fatos processuais, cujos encargos estão afetos aos órgãos específicos, que são os laboratórios de Polícia Técnica. 

b) São disciplinas que integram a Criminalística, dentre outras, Locais de Crime, Medicina Legal, Balística Forense,  Papiloscopia,  Documentoscopia,  Odontologia  Legal,  Toxicologia  Forense  e  Hematologia Forense. 

c) Não cogita o reconhecimento e análise dos vestígios extrínsecos relacionados com o crime ou com a identificação de seus participantes. 

d) Sistema que se dedica à aplicação de faculdades de observação e de conhecimento científico que nos levem  a  descobrir,  defender,  pesar  e  interpretar  os  indícios  de  um  delito,  de  modo  a  sermos conduzidos à descoberta do criminoso, possibilitando à Justiça ou a aplicação da justa pena. 

 09. Marque a afirmativa incorreta: 

a) As perícias devem ser realizadas por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, escolhidas,  de  preferência,  entre  as  que  tiverem  habilitação  técnica  relacionada  à  natureza  do exame. 

b) A investigação policial tem como foco a obtenção de provas criminais que podem ser testemunhais e técnicas. 

c) Perícia é o conjunto de técnicas usadas, visando provar a materialidade do crime e apontar o autor.  d) Local de crime é toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a configuração de delito e que, 

portanto, exija as providências da polícia.  10. A Criminalística é uma ciência que tem por objetivos exceto: 

a) dar a materialidade do fato típico, não constatando a ocorrência do ilícito penal; b)  verificar  os  meios  e  os  modos  como  foi  praticado  um  delito,  visando  fornecer  a  dinâmica  do 

fenômeno; c) indicar a autoria do delito, quando possível; d) elaborar a prova técnica, através da indiciologia material. 

  

GABARITO 

01. D  02. C  03. B  04. C  05. A  06. C  07. D  08. C  09. A  10. A 

   

    

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MATEMÁTICA                          

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  38

NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 5  01. O material de trabalho da criminalística, o seu objeto de estudo, são os vestígios materiais encontrados na cena do crime, os quais o perito criminal os descobre, coleta, estuda e os  interpreta. Não  são objetivos da criminalística:  

a)  Demonstrar  técnica  e  materialmente  a  existência  do  fato  presumidamente  delituoso,  ou  seja, constatar a realidade do fato, do crime; 

b) Reconstruir o local, a cena do fato em apuração. O Perito parte de um local estático e pela leitura dos vestígios  reconstrói  a  dinâmica  do  evento,  assinalando  os  instrumentos  e  objetos  utilizados  e determinando suas posições e devidas participações; 

c) Trabalhar para a identificação da vítima; d)Trabalhar os vestígios recolhidos para a identificação dos autores e co‐autores, apenas de forma real 

(nunca de forma presumida), demonstrando materialmente por meio de provas técnico científicas, o grau de participação de cada um deles. 

 02.  O vestígio é definido como: 

a) Toda anormalidade constatada em um local de crime, sendo constituído por todos os objetos vivos e inanimados, sólidos, líquidos e gasosos. 

b) É uma expressão jurídica acerca das informações colhidas e um local de crime. c) É a prova já analisada técnico e cientificamente. d) Todas as opções acima. 

 03.  Quando  o  local  de  crime  for mantido  nas  condições  originais  em  que  foram  deixados  pelos  autores envolvidos, será considerado: 

a) Preservado e inidôneo. b) Não preservado e violado. c) Não violado e inidôneo. d) Preservado e idôneo. 

 04. O primeiro policial ao chegar em um local de crime deverá: 

a) Isolar o local e recolher os objetos para entregar posteriormente aos Peritos. b)  Isolar  o  local  e  não  permitir  o  acesso,  sob  nenhuma  hipótese,  de  pessoas  (incluindo  parentes  ou 

amigos da vítima) no interior da área. c) Isolar o local e providenciar a retirada do cadáver da área isolada. d) Nenhuma das respostas acima. 

 05. Marque a afirmativa CORRETA relativa aos exames de corpo de delito. 

a) Só poderão ser realizados durante o dia no período compreendido entre 6 e 18 horas. b) Só serão realizados naquelas localidades onde houver peritos criminais oficiais. c) Serão realizados quando a infração deixar vestígios. d) Só serão realizados na forma indireta. 

 06. Quem é responsável pelo isolamento e preservação do local de crime? 

a) A vítima. b) O perito criminal designado para a realização da perícia no local de crime. c) O primeiro policial a chegar no local de crime. d) Qualquer pessoa da comunidade que tomar conhecimento do crime. 

 07. Qual das alternativas abaixo é FALSA? 

a) Em caso de prisão em flagrante do autor não há necessidade de se proceder o levantamento técnico‐pericial do local; 

b) Não há supremacia entre provas objetivas e subjetivas,  já que ambas são muito  importantes para a investigação policial. 

c) A prisão em flagrante do autor não exclui a realização do levantamento técnico pericial do local. d) O  laudo pericial é o documento oficial que contem todo o relato daquilo que o Perito constatou no 

local durante o levantamento. 

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 08. A perícia médico legal: a) É realizada somente de forma direta. b) Pode geralmente ser substituída pela confissão do acusado. c) Somente é realizada em cadáveres. d) Pode ser realizada em qualquer dia e a qualquer hora. 

  09. Sobre a definição de Criminalística considere as seguintes afirmações.  

I. É a ciência que estuda o crime e o criminoso em tudo que for aplicável à elucidação de um crime ou de uma infração penal. 

II. É a ciência que estuda as  lesões corporais, visando a diagnosticar se ocorreu homicídio, suicídio ou acidente. 

III.  É  um  sistema  de  conhecimentos  técnico‐científicos  que  estuda  os  locais de  crimes  e  os  vestígios materiais,  localizados  superficialmente  ou  fora  do  corpo  humano,  visando  a  identificar  as circunstâncias e a autoria da infração penal. 

IV.  É  o  sistema  de  conhecimentos  científicos  que  estuda  os  vestígios materiais  extrínsecos  à  pessoa física,  visando  a  esclarecer  e  identificar  as  circunstâncias  do  crime  e  determinar  a  identidade  do criminoso. 

 Quais estão corretas? 

a) Apenas a I. b) Apenas a II. c) Apenas a II e a IV. d) Apenas a III e a IV. 

 10. Acerca da prova no direito processual penal, julgue os itens que se seguem. 

a)  Nos  crimes não  transeuntes,  a  confissão do  acusado poderá  suprir  a  falta do  exame de  corpo de delito direto ou indireto. 

b) Antes  da  realização  de  cada  perícia,  os  peritos  oficiais  têm  de  prestar  o  compromisso  de  bem  e fielmente desempenhar o encargo. 

c) Nos  casos de morte  violenta, quando não houver  infração penal que  apurar, ou quando  as  lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame  interno para a verificação de alguma circunstância relevante, bastará o simples exame externo do cadáver 

d)  Tratando‐se  de  perícia  complexa  que  abranja mais  de  uma  área  de  conhecimento  especializado, impor‐se‐á  a  atuação  de mais  de  dois  peritos  oficiais,  sendo  vedado  à  parte  indicar mais  de  um assistente técnico. 

   

GABARITO 

01. C  02. A  03. D  04. B  05. C  06. C  07. A  08. D  09. D  10. FFVF 

  

              

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  40

NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 6  01. Assinale a alternativa correta: A  área  física  onde  ocorreu  um  fato  não  esclarecido  até  então,  que  apresente  características  e/ou configurações de um delito, pode ser definida genericamente como: 

a) Local imediato b) Local mediato c) Local de crime d) Local idôneo e) Local de corpo de delito 

  02. _________________: quando são mantidos na integridade ou originalidade com que foram deixados pelo agente após a prática da infração penal, até a chegada dos peritos. 

a) Interno b) Externo c) Relacionado d) Idôneo e) Violado 

  03. Um dos requisitos essenciais para que os peritos possam realizar um exame pericial de maneira satisfatória é que o local esteja adequadamente ____________ e ___________, a fim de não se perder qualquer vestígio que tenha sido produzido pelos atores da cena do crime. 

a) Isolado e preservado b) Periciado e isolado c) Examinado e preservado d) Delimitado e preservado e) Analisado e periciado 

  04. Num local onde existam vítimas com vida a primeira preocupação do Policial será: 

a) Isolar o local b) Periciar o local c) Preservar o local d) Afastar a imprensa do local e) Socorrer as vítimas 

  05. Excetuando os casos previstos na lei 5.970 (acidente de trânsito), nos casos de homicídios em via pública a maior preocupação do Policial Militar será: 

a) Movimentar o cadáver b) Preservar vestígios c) Verificar documento de identificação d) Abandonar o local e) Socorrer a vítima   

06. Quando nos referimos a todo elemento material relacionado a um crime passível de um exame pericial, estamos falando de _______________. 

a) Vestígio b) Evidência c) Prova d) Corpo de delito e) Indício 

       

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07. Marque a alternativa incorreta: Através do exame de corpo de delito, há condições de: a) Provar se houve ou não infração penal; b) Demonstrar a culpabilidade do sujeito ativo; c) Oferecer a Polícia  Judiciária os primeiros elementos através da Polícia  técnica,  isto é, os elementos 

essenciais para que as autoridades possam orientar‐se eficazmente para o esclarecimento do fato e sua autoria; 

d) Fornecer  subsídios de natureza  técnica, científica ou artísticas necessárias à  tipificação da  infração penal; 

e) Comprovar o nexo de causalidade entre o sujeito e a infração penal pelo mesmo cometida.   08. Dentre os procedimentos genéricos abaixo elencados é incorreto afirmar: 

a) Socorrer a vítima (primeiros socorros) ou providenciar atendimento médico; b) Prender o infrator se possível; c) Permitir a entrada da imprensa na área imediata, antes da chegada da perícia; d) Interditar o local; e) Preservar o local. 

  09. Supondo que ao chegar a um  local de homicídio o policial militar encontre a mãe da vítima agarrada ao corpo da mesma, aos prantos, e ainda uma série de curiosos ao redor do  local. Diante de tal situação, o PM deverá: 

a) Deixar o local como encontrou sem efetuar sem efetuar seu isolamento; b) Isolar apenas o  local do acesso aos curiosos, porém, permitir que a mãe permaneça junto ao corpo, 

afinal o PM deve respeitar os sentimentos da mesma; c) Isolar o  local dos curiosos,  impedindo o acesso dos mesmos, e persuadir a mãe da vítima a deixar o 

local,  orientando‐a  que  com  seu  proceder  ela  estaria  dificultando  as  investigações  posteriores  na tentativa de  identificar o assassino de  seu próprio  filho; e  se ainda assim não  for o PM atendido, utilizar os meios necessários para isolar totalmente o local; 

d)  Isolar o  local  impedindo o acesso  tanto dos curiosos quanto da mãe, porém, permitir a entrada da imprensa caso solicitem ao PM sua entrada para filmagem. 

  10. Correlacione a coluna de cima com a coluna de baixo: 

(A) Vestígio (B) Indício (C) Evidência (D) Prova (E) Isolamento 

  (    ) Todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para análise posterior; (   ) É o vestígio que, após as devidas análises, tem constatada, técnica e cientificamente, a sua relação com o crime; (      ) É uma expressão utilizada no meio  jurídico que significa cada uma das  informações relacionadas com o crime;  (      ) Delimitar com a utilização de  faixa zebrada ou outro meio a área provável em que  tenha ocorrido  fato delituoso, impedindo o acesso de estranhos: (     ) Significa aquilo que serve para estabelecer uma verdade por verificação ou demonstração.  a) A, B, C, D, E b) A, C, B, E, D  c) C, A, B, D, E d) D, E, C, B, A        

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  42

11. Observe as assertivas a seguir: (12) No local de crime, não deverá o policial prestar informações ou emitir opiniões a não ser àqueles a 

quem por dever de ofício caiba informar sobre o fato. (5) Tanto os locais de crime internos como os externos se subdividem em ambiente imediato e ambiente 

mediato. (21) Em chegando ao  local de crime, caso o policial militar perceba que este  já não mais se encontra 

idôneo, não mais se fará obrigatório seu isolamento e preservação. (17) Em chegando o perito, o policial discorrerá a ele as circunstâncias em que encontrou o  local, e o 

caminho que fez para verificar se a vítima, em havendo, encontrava‐se ou não com vida. (4) Em caso de haver vestígios ou objetos a serem inutilizados por intempéries (chuva, vento, umidade, 

etc.), deverá o policial militar recolher tais vestígios ou objetos.  Somando‐se o valor das assertivas corretas, encontra‐se o número: 

a) 38 b) 34  c) 21 d) 17 e) 26 

  12.  Julgue os  itens que se seguem, colocando nos parênteses “V” se  julgar a afirmativa verdadeira e “F” se julgar falsa. 

(    )  Para  efeito  de  exame  do  local  onde  houver  sido  praticada  infração,  a  autoridade  não  precisa providenciar para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos. 

(   ) Havendo conflito entre a prova testemunhal e a prova técnica, PREVALECE A PROVA TÉCNICA, uma vez que a perícia incide sobre fatos, prevalecendo o elemento lógico e racional. 

(     ) “Não fumar e nem permitir que fumem, visto que palitos de fósforos, cinzas e pontas de cigarros, muitas vezes constituem elementos de valor criminalístico, porque se tiverem depositados no  local após  o  seu  isolamento,  poderão  confundir  os  peritos”,  estão  entre  uma  das  regras  de comportamento do policial militar no local de infração penal. 

 A sequência que melhor preenche os itens é: 

a) F,V,V  b) V,F,V c) F,F,V d) V,V,F 

  13. O local de infração penal é classificado segundo 03 (três) critérios: 

a) Quanto ao procedimento no local, quanto à natureza do fato e quanto ao fato em si. b) Quanto ao local em si, quanto ao exame do local e quando ao procedimento no local. c) Quanto á natureza do fato, quanto ao exame do local e quanto ao local em si. d) Quanto ao exame do local, quanto ao fato em si e quanto ao procedimento no local. 

  14. Quanto aos procedimentos em local de crime, observe as assertivas a seguir e marque a ERRADA: 

a) O policial militar deverá entrevistar, quando possível, as vítimas, testemunhas e suspeitos, buscando provas para a incriminação dos últimos. 

b) Se houver vestígios ou objetos a serem  inutilizados por  intempéries (chuva, vento, umidade, etc...), tais como manchas de sangue, pegadas, sulcos, marca de arrastamento de pneus, armas e outros, tais deverão ser protegidos cobrindo‐se com plástico, lona, lata, tábua, ou o que houver a mão. 

c) Nos casos de veículos envolvidos em fatos de  interesse criminalístico (extorsão mediante sequestro, homicídios, roubos, etc.), o policial militar que primeiro chegar ao local poderá mudar a posição do(s) veículo(s)  devendo  interditar  apenas  a  área  que  contenha  vestígios,  procurando,  tanto  quanto possível, não interromper o trânsito. 

d)  Poderão  ser  utilizadas,  para  isolamento  do  local,  tábuas,  caixotes,  latas,  folhas  de  zinco,  saca  de aninhagem,  arames  ou  quaisquer  outros  materiais  disponíveis.  É  válido  solicitar‐se  o  auxílio  de terceiros para obtenção do material necessário. 

  

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15. Nos crimes de extorsão mediante sequestro a vítima, normalmente, é localizada em um determinado local, enquanto a ação criminosa originou‐se em outro. Quanto ao exame do local podemos classificá‐lo como: 

a) Local Inidôneo b) Local Interno c) à Local Relacionado d) Local Mediato   

16. Marque a assertiva incorreta: a) Na ocorrência de  incêndio, auxiliar na evacuação do prédio ou  residência, conservando as pessoas 

“nas áreas mediatas” e abrir portas e janelas de modo a ventilar completamente o ambiente. b) à Tendo que optar entre o socorro à vítima e a prisão do criminoso, o socorro tem prioridade. c) Se houver cadáver, permanecer em suas proximidades sem mudar sua posição, observando, porém, a 

documentação de identificação contida nos bolsos ou carteira para auxílio ao perito. d) Nos  casos de acidente por vazamento de gás, deve‐se  fechar o  registro geral, acender  luzes, para 

melhor iluminação do ambiente, e retirar vítimas do local.   17. Em um dia chuvoso de patrulhamento, o setor “GOLF” de “Maré CINCO UNO” recebe o comunicado pela sala de operações que existe um cadáver, com 03 tiros na cabeça em um terreno baldio cercado com arame, próximo a um hospital,  sem os calçados. Em  relação ao  local onde estava o cadáver, a melhor classificação para o local de infração penal é: 

a) Externo, mediato, de suicídio e inidôneo. b) Externo, imediato, de homicídio e idôneo. c) à Interno, imediato, de homicídio e inidôneo. d) Interno, mediato, de suicídio e inidôneo. 

  18. Relativamente ao exame, o local de infração penal se apresenta sob as seguintes formas: 

a) Local em si, natureza do fato e violado. b) à Local Idôneo, Inidôneo e Relacionado. c) Interno, Externo e Adjacente. d) Imediato, Mediato e Relacionado. 

  19. Relativamente à natureza do fato, o local de infração penal se apresenta sob as seguintes formas: 

a) à Homicídio, Suicídio e Furto. b) Imediato, Mediato e Relacionado. c) Interno, Externo e Relacionado. d) Idôneo, Inidôneo e examinado. 

  20. Relativamente ao local em Si, a sua subdivisão se apresenta sob as seguintes formas: 

a) Homicídio e Suicídio. b) à Imediata e Mediata. c) Interna e Externa. d) Idônea e Inidônea.   

 

GABARITO 

01. C  02. D  03. A  04. E  05. B  06. A  07. D  08. C  09. C  10. B 

11. B  12. A  13. C  14. C  15. C  16. D  17. B  18. C  19. A  20. B 

        

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MATEMÁTICA                          

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  44

NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA 6  01. A ação ou omissão  ilícita,  tipificada na norma penal como  tal, atingindo desta  forma algum valor  social significativo em determinado momento histórico da vida de relações define: 

a) Local de crime b) Fraude c) Crime d) Infração 

 02. São os três pressupostos indispensáveis que constituem um crime, exceto: 

a) Arma b) Criminoso c) Local dos acontecimentos d) Vítima  

 03. A porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no qual é constatado o fato, se estenda a abranger  todos os  lugares que, aparente, necessária ou presumivelmente, hajam  sido praticados pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou posteriores, à consumação do delito e com estes diretamente relacionados 

a) Local mediato b) Local de crime c) Local dos acontecimentos d) Local imediato  

 04. São elementos que compõem o local de crime, exceto 

a) Corpo de delito b) Vestígios c) Indícios d) Localização única 

 05. O conceito mais adequado de feridas contusas é: 

a)  São  lesões  que  produzem  feridas  com  um  orifício  de  entrada,  um  trajeto  e  ocasionalmente,  um orifício de saída. 

b) São causadas por instrumentos de saliência obtusa e de superfície dura que se chocam com violência contra o corpo humano. 

c) São lesões incisas produzidas por instrumentos cortantes. d) São os ferimentos ocasionados pelos instrumentos que, mesmo sendo portadores de gume ou corte, 

são influenciados pela ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem maneja. 

 06. Marque a afirmativa incorreta: 

a) Local mediato é a área adjacente ao  local  imediato, geograficamente  ligada a ele e em que haja a possibilidade de serem encontrados vestígios de interesse criminalístico relativos ao fato investigado.  

b) Local relacionado é qualquer  lugar sem  ligação geográfica com o  local de crime, mas que possa ser relacionado a ele ou venha a contribuir com o contexto do exame pericial.  

c) Local Imediato é aquele porção de espaço ocupada pelo corpo de delito e seu derredor aproximado. É no local imediato que no mais das vezes, se concentram os vestígios de maior valia para os exames periciais.  

d) Em termos espaciais Local de crime se divide em imediato, mediato, relacionado e idôneo.   07. Quando deverá ser feita perícia criminalística em um local de crime: 

a) A critério dos peritos. b) A critério da autoridade policial c) Quanto a prática da infração penal deixar vestígios d) A critério dos juízes 

 

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08. Marque a afirmativa incorreta: a)  Criminalística  é  a  disciplina  que  tem  por  objetivo  o  reconhecimento  e  interpretação  dos  indícios 

materiais extrínsecos, relativos ao crime ou à identidade do criminoso. b) São  inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas  ilícitas, assim entendidas as 

obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. c) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, 

não podendo supri‐lo a confissão do acusado. d) O exame de corpo de delito e outras perícias sempre serão realizados por perito oficial, portador de 

diploma de curso superior.  09. Julgue as afirmativas abaixo: 

a) O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá‐lo ou rejeitá‐lo, no todo ou em parte. b) Não será facultada ao ofendido a indicação de assistente técnico. c) O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 30 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em 

casos excepcionais, a requerimento dos peritos. d) A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 

sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. e) O exame de corpo de delito só poderá ser feito durante o dia. 

 10. Marque a afirmativa incorreta: 

a)  A  exumação  para  exame  cadavérico  deve  ser  previamente  marcada  e  lavrado  um  auto circunstanciado. 

b) Havendo  dúvida  sobre  a  identidade  do  cadáver  exumado,  proceder‐se‐á  ao  reconhecimento  pelo Instituto de  Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela  inquirição de  testemunhas, lavrando‐se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações. 

c) Os cadáveres não poderão ser  fotografados na posição em que  forem encontrados, bem como não poderão ser fotografadas as lesões externas devendo isso ser feito apenas na autópsia. 

d) Não  sendo  possível  o  exame  de  corpo  de  delito,  por  haverem  desaparecido  os  vestígios,  a  prova testemunhal poderá suprir‐lhe a falta. 

 11. Marque a alternativa incorreta: 

a) Após finalizado o auto de corpo de delito, o mesmo não poderá ser alterado. b) Para o efeito de exame do  local onde houver sido praticada a  infração, a autoridade providenciará 

imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos. c) Nas perícias de  laboratório, os peritos guardarão material  suficiente para a eventualidade de nova 

perícia. d) Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio 

de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios,  indicarão  com que  instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado. 

 12. Marque a afirmativa incorreta: 

a) A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência. b) Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio dos elementos existentes 

nos autos e dos que resultarem de diligências. c) Os  peritos  registrarão,  no  laudo,  as  alterações  do  estado  das  coisas  e  discutirão,  no  relatório,  as 

consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.  d) No  caso  de  incêndio,  os  peritos  serão  substituídos  por  profissionais  do  corpo  de  bombeiros,  que 

verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou  para  o  patrimônio  alheio,  a  extensão  do  dano  e  o  seu  valor  e  as  demais  circunstâncias  que interessarem à elucidação do fato. 

     

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MATEMÁTICA                          

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  46

13. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar‐se‐á o seguinte, EXCETO: a) a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada. b)  para  a  comparação,  poderão  servir  quaisquer  documentos  que  a  dita  pessoa  reconhecer  ou  já 

tiverem  sido  judicialmente  reconhecidos  como  de  seu  punho,  ou  sobre  cuja  autenticidade  não houver dúvida. 

c)  a  autoridade,  quando  necessário,  requisitará,  para  o  exame,  os  documentos  que  existirem  em arquivos  ou  estabelecimentos  públicos,  ou  nestes  realizará  a  diligência,  se  daí  não  puderem  ser retirados; 

d) quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade não mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado.  

 14. Marque a afirmativa correta: 

a) A autoridade não poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente. 

b)  Serão  sujeitos  a  exame  os  instrumentos  empregados  para  a prática  da  infração,  a  fim  de  se  lhes verificar a natureza e a eficiência. 

c) Não  será necessário, à avaliação de  coisas destruídas, deterioradas ou que  constituam produto do crime. 

d) Não será facultada ao ofendido a indicação de assistente técnico.  15. Julgue e marque a afirmativa incorreta: 

a) Os  elementos  formadores  da  evidência  física  perderão  sua  autenticidade  quando  o  local  não  foi isolado adequadamente. 

b) Local idôneo é aquele que não sofreu alterações, que foi devidamente isolado e preservado, tal como foi deixado após a consumação do fato, permitindo um completo e eficiente exame pericial. 

c) Local  relacionado é aquele em que o  fato ocorre em dois ou mais  locais, bastante distante um do outro. 

d) O  local onde ocorreu o  fato  recebe a denominação de "ambiente mediato", e as áreas adjacentes, constituídas pela  área  intermediária  entre o  local do  fato  e o  grande  ambiente  exterior  recebe  a denominação de "ambiente imediato”. 

 16. O isolamento do local observa 3 fases distintas. Em relação ao assunto  marque a alternativa correta: 

a) A primeira compreende o período entre a ocorrência do crime até a chegada do perito criminal. b) A segunda fase compreende o período desde a chegada do perito criminal até o comparecimento do 

delegado de polícia. c) A terceira fase é aquela desde o momento que a autoridade policial já está no local, até a chegada dos 

peritos criminais. d) A segunda fase compreende o período desde a chegada do primeiro policial até o comparecimento 

do perito criminal.  17. Marque a afirmativa incorreta: 

a) Vestígio é todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para análise posterior.  

b) Indícios é uma expressão utilizada no meio jurídico que significa cada uma das informações (periciais ou não) relacionadas com o crime.  

c) Evidência é o vestígio, que após as devidas análises, tem constatada, técnica e cientificamente, a sua relação com o crime.  

d) O vestígio aponta, o indício encaminha.  18. É instrumentos corto‐contundente: 

a) Foice. b) punhal. c) Arma de fogo. d) Martelo. 

  

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19. É instrumento contundente: a) Machado b) Navalha c) Agulhas d) Bastão de beisebol 

 20. É instrumento perfuro‐contundente: 

a) Canivete. b) Arma de fogo c) Facões. d) Prego. 

 21. É instrumento punctório: 

a) Estilete b) Coronha de arma c) Lâmina de barbear d) Facas especiais 

 22. Marque a alternativa errada: 

a)  os  efeitos  primários  provocado  por  arma  de  fogo  inclui  a  chamada  ação  direta,  provocada  pelo impacto do projétil contra os tecidos do corpo. 

b) os efeitos secundários são os que  resultam, nos  tiros encostados ou à curta distância, da ação dos gases, seus efeitos explosivos, de resíduos da combustão da pólvora e de microprojeteis. 

c) A zona de chama, também é denominada zona de chamuscamento ou zona de queimadura. d) A distância não interfere no poder lesivo das armas de fogo.  

 

GABARITO 

01. C  02. A  03. B  04. D  05. B  06. D  07. C  08. D  09.CEECE 10. C 

11. A  12. D  13. D  14. B  15. D  16. C  17. D  18. A  19. D  20. B 

21. A  22. D                 

  

                      

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MATEMÁTICA                          

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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA Professor Santos  48

QUESTÕES SUBJETIVAS – NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA  

01. O QUE É CRIME?   É  toda a ação ou omissão  ilícita,  tipificada na norma penal como  tal, atingindo desta forma algum valor social significativo em determinado momento histórico da vida de relações.   02. O QUE É “TRIANGULO DO CRIME”?   São os três pressupostos  indispensáveis que constituem um crime, a saber: a vítima, o criminoso e o local dos acontecimentos.   03. O QUE É LOCAL? É uma porção demarcada do espaço.   04. O QUE É “LOCAL DE CRIME”? É o local onde ocorreu a prática de um crime.   05. QUAL O CONCEITO DE “LOCAL DE CRIME”? “É toda a área onde tenha ocorrido qualquer fato que reclame as providências da Polícia”. Carlos Kehdy. Ou “local de crime é a porção do espaço compreendida num  raio que,  tendo por origem o ponto no qual  é  constatado o  fato,  se  estenda  a  abranger  todos os  lugares que, aparente,  necessária  ou  presumivelmente,  hajam  sido  praticados  pelo  criminoso,  ou  criminosos,  os  atos materiais, preliminares ou posteriores, à consumação do delito e com estes diretamente relacionados”. Eraldo Rabello.   06. DE QUE ELEMENTOS SE COMPÕE UM “LOCAL DE CRIME”? Para fins didáticos, o “local de crime” pode ser decomposto em CORPO DE DELITO e VESTÍGIOS.   07. O QUE É CORPO DE DELITO?  É qualquer ente material relacionado a um crime no qual possa ser realizado um exame pericial.   08. O QUE  SÃO VESTÍGIOS? Em Criminalística,  vestígios  são quaisquer objetos, marca ou  sinal  sensível que possa ter relação com o fato investigado.   09. O QUE SÃO EVIDÊNCIAS? Em Criminalística, evidência é o vestígio que APÓS examinado pelos Peritos se mostra diretamente relacionado com o fato investigado.   10.  O  QUE  SÃO  INDÍCIOS?  São  a  fusão  do  conhecimento  extraído  pela  PERÍCIA  dos  elementos materiais relativos  a  determinado  fato  investigado,  com  as  conclusões  subjetivas  extraídas  pela  POLÍCIA  JUDICIÁRIA, acerca do mesmo fato.   11. EM TERMOS ESPACIAIS, COMO SE PODE DIVIDIR UM “LOCAL DE CRIME”? Em local imediato, local mediato e local relacionado.   12. O QUE  É  LOCAL  IMEDIATO?  É  aquele  porção  de  espaço  ocupada  pelo  corpo  de  delito  e  seu  derredor aproximado. É no  local  imediato que no mais das vezes,  se concentram os vestígios de maior valia para os exames periciais.   13. O QUE É LOCAL MEDIATO? É a área adjacente ao  local  imediato, geograficamente  ligada a ele e em que haja a possibilidade de serem encontrados vestígios de interesse criminalístico relativos ao fato investigado.   14. O QUE É LOCAL RELACIONADO? É qualquer  lugar sem  ligação geográfica com o  local de crime, mas que possa ser relacionado a ele ou venha a contribuir com o contexto do exame pericial.   15. QUANDO DEVERÁ  SER  FEITA  PERÍCIA  CRIMINALÍSTICA  EM UM  LOCAL DE  CRIME? Quando  a  prática  da infração penal deixar vestígios.   16. QUANDO DEVE O POLICIAL ADENTRAR A UM LOCAL DE CRIME? Sempre que for necessária a verificação da veracidade da comunicação da prática de uma infração penal.   17. COMO DEVE O POLICIAL ADENTRAR A UM LOCAL DE CRIME? O policial que adentrar a um  local de crime deverá fazê‐lo de tal forma que a trajetória do seu deslocamento seja o mais próximo possível de uma  linha 

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reta. Deve o policial entrar e sair pelo mesmo caminho e comunicar, ao Perito, informações exatas acerca da via de acesso utilizada.   18.  FEITA A PRIMEIRA VERIFICAÇÃO NO  LOCAL DE CRIME, COMO DEVERÁ O POLICIAL AGIR? Deverá evitar tocar ou movimentar qualquer objeto, sair pelo mesmo caminho que entrou e ISOLAR o local.   19. EXISTEM SITUAÇÕES QUE AUTORIZEM O POLICIAL A TOCAR OU MANUSEAR ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DE UM  LOCAL DE  CRIME?  Sim.  São  elas:  SOCORRO À  VÍTIMA,  PARA  CONHECIMENTO DO  FATO  (arrombar portas  e  janelas),  PARA  EVITAR  MAL  MAIOR  (ocorrências  de  trânsito)  TRABALHO  DOS  BOMBEIROS  EM RESGATE OU EXTINÇÃO DE FOGO.   20. QUAL A FUNÇÃO DO ISOLAMENTO DO LOCAL DE CRIME? É preservar os vestígios em um local de crime até a chegada da equipe de perícia.   21. ATÉ QUE MOMENTO O ISOLAMENTO DEVE SER MANTIDO? Via de regra, até o momento em que o Perito der  por  encerrado  seu  trabalho.  Existem,  porém,  casos  em  que  a  Autoridade  Policial  pode  entender imprescindível para a  investigação do  fato, a manutenção do  isolamento por  tempo  superior ao necessário para os trabalhos da perícia. Ou, ainda, por solicitação do Perito, quando da necessidade de efetuar trabalhos periciais complementares no local do delito.   22.  QUAL  DEVE  SER  A  ABRANGÊNCIA  DO  ISOLAMENTO  DE  UM  LOCAL  DE  CRIME?  A  maior  possível, respeitando‐se o bom senso. É de bom alvitre, quando possível, isolar, aqui no sentido de apartar, as eventuais testemunhas do  fato. Tal atitude, além de manter a segurança  física das  testemunhas presenciais, preserva também, através do silêncio, a estória que será por elas narrada.   23. APÓS COMPARECER A UM LOCAL DE CRIME, QUE DOCUMENTOS PODERÃO SER LAVRADOS PELO PERITO CRIMINALÍSTICO? Poderá ser  lavrado um “Laudo Pericial”, um “Levantamento Pericial” uma “Informação” ou um “Ofício‐Informação”. Convém lembrar que ao Papiloscopista compete a lavratura do “Laudo Papiloscópico” e do “Auto de Exame Para Verificação do Emprego de Violência”.   24. O QUE É UM “LAUDO PERICIAL”? É o documento lavrado em linguagem descritiva que, a partir de um local de crime, explana acerca do local, do corpo de delito e dos vestígios, oferecendo ainda, considerações técnicas conclusivas sobre da dinâmica dos fatos ali ocorridos. É firmado por dois Peritos, sendo um o Relator e o outro, o Revisor.   25. O QUE É UM “LEVANTAMENTO PERICIAL”? É uma peça essencialmente descritiva “VISUM ET REPERTUM” que não apresenta considerações técnicas conclusivas acerca dos fatos ocorridos no local que lhe deu origem. O Levantamento também é firmado por dois peritos, o Relator e o Revisor. O Levantamento Pericial é lavrado acerca de locais que não apresentam as condições necessárias para a feitura de um Laudo Pericial.   26. O QUE É UMA “INFORMAÇÃO”? É o documento lavrado frente à impossibilidade de resposta a um ou mais quesitos ou em qualquer outra hipótese de atendimento parcial à solicitação. A Informação é firmada por dois Peritos, o Relator e o Revisor.   27.  O  QUE  É  UM  “OFÍCIO‐INFORMAÇÃO”?  É  o  documento  lavrado  frente  à  impossibilidade  técnica  de atendimento à solicitação, é firmado por apenas um Perito.   28.  QUAL  É  O  CONCEITO  DE MORTE?  “Morte  é  um  processo  de  desequilíbrio  biológico  e  físico‐químico, culminando com o desaparecimento total e definitivo da atividade do organismo”.   29. EM TERMOS LEGAIS, COMO PODE A MORTE SER CLASSIFICADA? Em morte natural e morte violenta.   30. O QUE É MORTE NATURAL? É a morte que se dá devido à velhice ou em decorrência de doenças.   31. QUAL O  PROCEDIMENTO POLICIAL CABÍVEL  EM CASO DE MORTE NATURAL? Não havendo médico que ateste o óbito da vítima, cabe à Polícia, após a verificação do  local e constatação da ausência de vestígios de 

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MATEMÁTICA                          

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violência, providenciar no registro da ocorrência e, via Departamento Médico‐Legal, providenciar a remoção do corpo para a competente necropsia. Neste caso não há perícia criminalística.   32. O  TERMO  “MORTE  SÚBITA”  É  TECNICAMENTE  CORRETO?  Não. O  correto  é MORTE  SEM  ASSISTÊNCIA MÉDICA.   33.  O  QUE  É  MORTE  VIOLENTA?  É  a  morte  que  advém  de  fator  externo  tal  como  homicídio,  suicídio, ocorrências de trânsito.   34. QUAL  É  O  CONCEITO  DE  “TRÂNSITO”?  Trânsito  refere‐se  ao  conjunto,  ao  sistema  de  deslocamento  e movimentação de pessoas, veículos e animais pelas vias públicas, no sentido geral.   35. QUAL É O CONCEITO DE “TRÁFEGO”? Tráfego é o movimento de pedestre, veículo ou animal, sobre via terrestre, em missão de transporte ou deslocamento, considerando cada unidade de per si, ou seu conjunto, em um determinado ponto ou via.   36.  QUAL  É  O  CONCEITO  DE  “ACIDENTE”?  No  contexto  em  tela,  acidente  é  um  acontecimento  casual, imprevisto, fortuito, inesperado.   37. QUE ABRANGÊNCIA DEVE TER O  ISOLAMENTO DOS LOCAIS DE ACIDENTE DE TRÁFEGO COM MORTE? O isolamento deve  abranger os  veículos envolvidos  e  as  vítimas. Nesse  tipo de  local,  é de  suma  importância preservar as marcas de frenagem e arrasto.   

38.  É CABÍVEL NÃO FAZER ISOLAMENTO E NEM PERÍCIA EM LOCAIS? 

Sim. Para tomar tal atitude os policiais que acorrerem ao local deverão levar em conta o fluxo de veículos, as condições da estrada e do tempo, buscando sempre evitar riscos a terceiros e aos próprios policiais, peritos e demais técnicos envolvidos no atendimento de tais ocorrências.   39. SENDO, POR  INICIATIVA DA POLÍCIA, DESFEITO UM LOCAL DE ACIDENTE DE TRÁFEGO COM MORTE, QUE PROVIDÊNCIAS DEVERÃO  SER TOMADAS? Deverá  ser  feito o  registro da ocorrência,  as  vítimas deverão  ser removidas e os veículos para o local apropriado mais próximo, onde serão periciados.   40. EM QUE HORÁRIOS SÃO ATENDIDOS PELO DEPARTAMENTO DE CRIMINALÍTICA (DC) OS CASOS DE FURTO? Em qualquer horário, durante os sete dias da semana, haja vista ser esse tipo de atendimento atribuição do Plantão do DC.   41. COMO PROCEDER AO ISOLAMENTO NOS LOCAIS DE FURTO? Após a entrada em cena do primeiro policial, caberá  a  este  a  manutenção  do  local  até  a  chegada  da  equipe  do  Departamento  de  Criminalística  e  a permanência até o término do trabalho pericial.  

  

42. UMA VEZ COLETADA A  IMPRESSÃO PAPILAR, A QUAL PROCESSAMENTO TAL VESTÍGIO É SUBMETIDO? Os fragmentos são fotografados e arquivados, aguardando o momento em que a Polícia informe ao DC o nome do Suspeito  de  haver  cometido  o  delito.  Se  após  confrontadas  as  impressões  do  local  com  as  do  suspeito  o resultado for “POSITIVO” é lavrado o “Laudo Papiloscópico” informando o resultado e a motivação técnica que levou a ele. O Laudo Papiloscópico é lavrado pelo Papiloscopista e firmado por dois Papiloscopistas, sendo um o Relator e o outro, o Revisor.   43. O QUE SÃO QUESITOS? São as perguntas feitas pela autoridade solicitante no momento da requisição da perícia.   44. QUEM PODE  SOLICITAR A PERÍCIA? Normalmente  são  solicitadas pela Polícia Civil. O Departamento de Criminalística também atende ao Poder Judiciário e o Ministério Público.   45. A QUEM DEVE SER DIRIGIDA A SOLICITAÇÃO DE PERÍCIA? Ao Departamento de Criminalística.   

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46. QUE INFORMAÇÕES DEVEM CONTER A SOLICITAÇÃO DE PERÍCIA? A solicitação de perícia deve ser o mais completa e exata possível.   47. O QUE É PROVA TÉCNICA? É aquela obtida através de metodologia técnico‐científica precisa.   48. QUAL A FINALIDADE DA PERÍCIA? É a produção da prova técnica.