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ENCARTE DO INFORMA˙ÕES AGRONÔMICAS N” 105 MAR˙O/2004 1 INFORMA˙ÕES AGRONÔMICAS N” 105 MAR˙O/2004 ENCARTE TÉCNICO 1. INTRODU˙ˆO D esde os anos 50, trabalhos de pesquisa realizados pelo Instituto de Pesquisa IRI-IBEC (apoiado pela Fundaçªo Rockfeller) e pelo Instituto Agronômico de Campinas IAC jÆ haviam detectado respostas das culturas aos micronutrientes. Na dØcada de 70, dois eventos tiveram grande influŒncia na compreensªo sobre o status dos micronutrientes nos solos brasileiros: a criaçªo da EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuÆria e o primeiro le- vantamento completo sobre a fertilidade do solo da regiªo do cerrado, feito por Al- fredo Scheid Lopes, que coletou e anali- sou 518 amostras da superfície do solo virgem sob vegetaçªo de cerrado nos Es- tados de Minas Gerais, GoiÆs e Tocantins. Na dØcada de 90, a expansªo da Ærea plantada de soja dentro da regiªo do cerra- do (caracterizada por solos de baixa fertili- dade) e o trabalho de alguns consultores agrícolas muito experientes e influentes re- novaram o interesse no estudo da adu- baçªo balanceada. Fundaçıes privadas, mantidas principalmente por produtores de sementes e agricultores de ponta, tornaram-se forças motoras na busca da produçªo mÆxima econômica. Nªo hÆ dœvida de que a adoçªo do sistema plantio direto e de outras prÆticas de manejo, junto com sementes melhoradas e adubaçªo balanceada, foram as principais causas do aumento da produtividade na agricultura brasileira. 2. OCORR˚NCIA Fageria et al. (2002) mencionam que a deficiŒncia de micro- nutrientes estÆ muito generalizada (por todo o mundo) devido a (1). aumento na demanda de micronutrientes por prÆticas intensi- vas de manejo e adaptaçªo de cultivares altamente produtivos, que podem ter maior exigŒncia de micronutrientes; (2). aumento na pro- duçªo de culturas em solos marginais com baixos níveis de nutrien- tes essenciais; (3). maior uso de fertilizantes concentrados com menor quantidade de contaminaçªo por micronutrientes; (4). dimi- nuiçªo do uso de estercos animais, compostos e resíduos de cultu- ras; (5). uso de solos com baixa reserva nativa de micronutrientes e (6). envolvimento de fatores naturais e antropogŒnicos que limitam a adequada disponibilidade para as planta e criam desequilíbrios entre os nutrientes. Esses fatores tambØm existem na agricultura brasileira. Revisªo atualizada sobre Micronutrientes na Agricultura Brasileira: evoluçªo histórica e futuro foi feita por Lopes e Abreu (2000), onde eles mencionam a ocorrŒncia de deficiŒncias de micro- nutrientes desde as dØcadas de 50 e 60 em milho, soja, pastagens, algodªo e cafØ, prin- cipalmente a de zinco. Os Anais dos Sim- pósios sobre Micronutrientes na Agricul- tura Brasileira, editados por Borkert e Lant- mann (1988); por Ferreira e Cruz (1991) e por Ferreira et al. (2001), sªo importantes fontes de informaçªo sobre o assunto para os leitores interessados em detalhes mais específicos que os apresentados neste pre- sente trabalho. Malavolta (1994) resume na Tabe- la 1 a extensªo das deficiŒncias de micro- nutrientes no Brasil. Para cada cultura hÆ um nœmero que expressa uma idØia aproximada da sua freqüŒncia. A escala Ø de 1:10. Por exemplo, no caso do cafØ, B e Zn representam a maior freqüŒncia e Mo a menor freqüŒncia. Pode-se observar que as deficiŒncias de B e Zn sªo as mais comuns na agricultura brasileira. A deficiŒncia de Mn Ø observada principalmente nas Æreas com excesso de cala- gem. Mo Ø importante principalmente para as culturas legumino- sas, com fixaçªo biológica de nitrogŒnio, e tambØm para a couve- flor e o repolho. Cu Ø importante para prevenir macho-esterilidade em trigo. 3. DETEC˙ˆO 3.1. AnÆlise de solo Na prÆtica, a anÆlise de solo Ø a ferramenta mais importante para diagnóstico da deficiŒncia de micronutrientes. Como jÆ men- cionado, um dos primeiros trabalhos que revelou com clareza o esta- DEFICI˚NCIAS DE MICRONUTRIENTES, OCORR˚NCIA, DETEC˙ˆO E CORRE˙ˆO: o sucesso da experiŒncia brasileira 1 1 Traduçªo para o portuguŒs da palestra apresentada no IFA International Symposium on Micronutrients, New Delhi, India, 23-25/02/2004. 2 Engenheiro Agrônomo, Doutor, Diretor da POTAFOS. E-mail: [email protected] Tsuioshi Yamada 2 Nªo hÆ dœvida de que a adoçªo do sistema plantio direto e de outras prÆticas de manejo, junto com sementes melhoradas e adubaçªo balanceada, foram as principais causas do aumento da produtividade na agricultura brasileira

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ENCARTE DO INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 1

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004

ENCARTE TÉCNICO

1. INTRODUÇÃO

Desde os anos 50, trabalhos de pesquisa realizadospelo Instituto de Pesquisa IRI-IBEC (apoiado pelaFundação Rockfeller) e pelo Instituto Agronômico

de Campinas � IAC já haviam detectado respostas das culturasaos micronutrientes. Na década de 70, dois eventos tiveram grandeinfluência na compreensão sobre o status dos micronutrientes nossolos brasileiros: a criação da EMBRAPA � Empresa Brasileira dePesquisa Agropecuária � e o primeiro le-vantamento completo sobre a fertilidadedo solo da região do cerrado, feito por Al-fredo Scheid Lopes, que coletou e anali-sou 518 amostras da superfície do solovirgem sob vegetação de cerrado nos Es-tados de Minas Gerais, Goiás e Tocantins.

Na década de 90, a expansão da áreaplantada de soja dentro da região do cerra-do (caracterizada por solos de baixa fertili-dade) e o trabalho de alguns consultoresagrícolas muito experientes e influentes re-novaram o interesse no estudo da adu-bação balanceada. Fundações privadas, mantidas principalmentepor produtores de sementes e agricultores de ponta, tornaram-seforças motoras na busca da produção máxima econômica.

Não há dúvida de que a adoção do sistema plantio direto ede outras práticas de manejo, junto com sementes melhoradas eadubação balanceada, foram as principais causas do aumento daprodutividade na agricultura brasileira.

2. OCORRÊNCIA

Fageria et al. (2002) mencionam que a deficiência de micro-nutrientes está muito generalizada (por todo o mundo) devido a(1). aumento na demanda de micronutrientes por práticas intensi-vas de manejo e adaptação de cultivares altamente produtivos, quepodem ter maior exigência de micronutrientes; (2). aumento na pro-dução de culturas em solos marginais com baixos níveis de nutrien-tes essenciais; (3). maior uso de fertilizantes concentrados commenor quantidade de contaminação por micronutrientes; (4). dimi-

nuição do uso de estercos animais, compostos e resíduos de cultu-ras; (5). uso de solos com baixa reserva nativa de micronutrientes e(6). envolvimento de fatores naturais e antropogênicos que limitama adequada disponibilidade para as planta e criam desequilíbriosentre os nutrientes. Esses fatores também existem na agriculturabrasileira.

Revisão atualizada sobre �Micronutrientes na AgriculturaBrasileira: evolução histórica e futuro� foi feita por Lopes e Abreu(2000), onde eles mencionam a ocorrência de deficiências de micro-

nutrientes desde as décadas de 50 e 60 emmilho, soja, pastagens, algodão e café, prin-cipalmente a de zinco. Os Anais dos Sim-pósios sobre Micronutrientes na Agricul-tura Brasileira, editados por Borkert e Lant-mann (1988); por Ferreira e Cruz (1991) epor Ferreira et al. (2001), são importantesfontes de informação sobre o assunto paraos leitores interessados em detalhes maisespecíficos que os apresentados neste pre-sente trabalho.

Malavolta (1994) resume na Tabe-la 1 a extensão das deficiências de micro-

nutrientes no Brasil. Para cada cultura há um número que expressauma idéia aproximada da sua freqüência. A escala é de 1:10. Porexemplo, no caso do café, B e Zn representam a maior freqüênciae Mo a menor freqüência. Pode-se observar que as deficiências deB e Zn são as mais comuns na agricultura brasileira. A deficiênciade Mn é observada principalmente nas áreas com excesso de cala-gem. Mo é importante principalmente para as culturas legumino-sas, com fixação biológica de nitrogênio, e também para a couve-flor e o repolho. Cu é importante para prevenir macho-esterilidadeem trigo.

3. DETECÇÃO

3.1. Análise de soloNa prática, a análise de solo é a ferramenta mais importante

para diagnóstico da deficiência de micronutrientes. Como já men-cionado, um dos primeiros trabalhos que revelou com clareza o esta-

DEFICIÊNCIAS DE MICRONUTRIENTES,OCORRÊNCIA, DETECÇÃO E CORREÇÃO:

o sucesso da experiência brasileira1

1 Tradução para o português da palestra apresentada no IFA International Symposium on Micronutrients, New Delhi, India, 23-25/02/2004.2 Engenheiro Agrônomo, Doutor, Diretor da POTAFOS. E-mail: [email protected]

Tsuioshi Yamada2

Não há dúvida de que a adoção dosistema plantio direto e de outras

práticas de manejo, junto comsementes melhoradas e adubaçãobalanceada, foram as principais

causas do aumento da produtividadena agricultura brasileira

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do da fertilidade do solo da região do cerrado foi realizado por AlfredoScheid Lopes, pesquisador da Universidade Federal de Lavras, nosanos 70. Ele coletou e analisou 518 amostras da superfície de solosvirgens do cerrado do Brasil Central e observou que 95% deles esta-vam deficientes em Zn, 70% em Cu e 37% em Mn (Tabela 2).

Galrão (2002) menciona que a recomendação de micronu-trientes com base na análise química do solo está ainda muito limi-tada devido aos poucos estudos de calibração para esses nutrientes.Porém, como tentativa, ele apresenta na Tabela 3 os níveis críticospara a região do cerrado, para extração com Mehlich 1. Para os Esta-dos sulinos de Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, a extração deCu e de Zn é feita com HCl 0,1 mol L-1 (Tabela 4). No Estado de SãoPaulo usa-se DTPA como extrator para Cu, Fe, Mn e Zn (Tabela 5).Todas essas regiões usam água quente para extração de B.

3.2. Sintomas visuais e análise da plantaNo campo, a detecção da deficiência de micronutriente para

uma determinada cultura é feita rotineiramente também pelos sinto-mas, que são sempre específicos para cada nutriente, ou pela análi-se do tecido da planta.

Uma chave simplificada para a diagnose visual dos sinto-mas de deficiência e de toxidez é dada na Figura 1.

Fotografias ilustrando os sintomas típicos da deficiência demicronutrientes são apresentadas nas Figuras 2, 3 e 4.

O teor adequado de micronutrientes na amostra foliar paraas principais culturas brasileiras pode ser visto na Tabela 6.

Tabela 2. Resumo do conteúdo de alguns micronutrientes em 518 amos-tras coletadas da superfície de solos virgens do cerrado noBrasil Central.

Intervalo Média- - - (mg dm-3) - - -

Cobre 1,0 70 0,0-9,7 0,6

Zinco 1,0 95 0,2-2,2 0,6

Manganês 5,0 37 0,6-92,2 7,6

Ferro - - 3,7-74,0 32,5

Fonte: LOPES e COX (1977); Lopes (1983), citado por LOPES e ABREU(2000).

Nível crítico(mg dm-3)

Abaixo donível crítico (%)

Micronutriente

Tabela 1. Freqüência relativa de deficiências de micronutrientes noBrasil por cultura e por elemento.

Cultura B Cu Fe Mn Mo Zn

Abacaxi 3 0 10 0 0 0Alface 5 3 0 0 2 0Algodão 3 0 0 0 0 3Alho 7 3 0 0 0 3Amendoim 3 0 0 0 1 0Arroz 2 2 0 0 0 10Banana 3 0 0 0 0 3Batata 5 0 0 0 0 0Cacau 5 0 3 0 0 6Café 10 8 3 2 1 10Cana-de-açúcar 3 8 2 4 0 nCebola 1 4 0 0 0 0Cenoura 2 0 0 0 0 0Citros 6 7 0 10 1 10Couve-flor 10 0 0 0 10 0Dendê 4 4 0 0 0 4Eucalipto 4 0 0 0 0 4Feijão 3 0 0 2 3 0Girassol 3 0 0 0 0 2Maçã 3 0 0 0 0 3Mamão 4 0 0 0 0 0Mandioca 0 0 0 2 0 7Manga 0 0 0 0 0 1Maracujá 0 0 0 2 0 0Melão 0 0 1 0 3 0Milho 1 0 0 0 0 7Pastagem leguminosa 3 0 0 0 2 nPera 0 0 0 0 0 4Pessego 0 0 0 0 0 4Repolho 7 0 0 0 7 0Seringueira 2 2 0 0 0 6Soja 3 2 0 2 4 6Sorgo 0 0 7 0 0 7Tomate 5 0 0 0 0 6Trigo 3 10 0 0 0 8Uva 4 0 0 0 0 2

n = desconhecido.Fonte: MALAVOLTA (1994).

Tabela 3. Interpretação da análise de solo do cerrado (extração comMehlich 1).

B1 Cu2 Mn2 Zn2

- - - - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - - - -

Baixo 0-0,2 0-0,4 0-1,9 0-1,0

Médio 0,3-0,5 0,5-0,8 2,0-5,0 1,1-1,6

Alto > 0,5 > 0,8 > 5,0 > 1,6

1 Água quente.2 Mehlich 1 (HCl 0,05 mol L-1 + H

2SO

4 mol L-1), relação solo:solução 1:10.

Fonte: GALRÃO (2002).

Nível

Tabela 4. Interpretação da análise de solo para os Estados de Rio Grandedo Sul e de Santa Catarina.

B1 Cu2 Zn2

- - - - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - - - -

Baixo < 0,1 < 0,2 < 0,2

Médio 0,1-0,3 0,2-0,5 0,2-0,5

Alto > 0,3 > 0,5 > 0,5

1 B em água quente.2 HCl 0,1 mol L-1.Fonte: COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO RIO GRANDE DOSUL E SANTA CATARINA (1994).

Nível

Tabela 5. Interpretação da análise de solo para o Estado de São Paulo(extração DTPA).

B1 Cu2 Fe2 Mn2 Zn2

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Baixo 0-0,20 0-0,2 0-4 0-1,2 0-0,5

Médio 0,21-0,60 0,3-0,8 5-12 1,3-5,0 0,6-1,2

Alto > 0,60 > 0,8 > 12 > 5,0 > 1,2

1 Água quente.2 DTPA.Fonte: GALRÃO (2002).

Nível

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ENCARTE DO INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 3

Figura 1. Chave simplificada para diagnose visual da deficiência de nutrientes (RÖMHELD, 2003).

4. CORREÇÃO

Experimentos com micronutrientes realizados nos anos 70mostraram maiores respostas somente para zinco (Tabela 7), razãoporque as formulações com alta concentração de Zn foram as maisvendidas desde aquela época até o início da década de 90.

Trabalhos mais recentes feitos pela Fundação MT com cul-turas altamente produtivas provaram a importância da adubaçãobalanceada (Tabela 8). Embora, entre os micronutrientes, a deficiên-cia de zinco provoque a maior redução na produção (- 17%), essaredução ainda é maior com a omissão de todos os micronutrientes(- 34%).

Estudando os efeitos residuais de doses de zinco em solosdo cerrado, Ritchey et al. (1986) observaram que 3 kg ha-1 de Zneram suficientes para manter a produção de milho próxima da máxi-ma por, pelo menos, quatro safras consecutivas (Figura 5). Em umsegundo experimento com doses de Zn e calcário, eles observaramque o aumento no pH diminuiu a produção de milho.

Resposta contrária foi observada por Silva (1983) em algo-dão, onde a calagem permitiu melhor resposta ao boro e reduziu atoxidez de boro quando este foi aplicado em doses maiores (Figura 6).

O cultivo de batata em solo orgânico mostrou resposta so-mente a B (Tabela 9), com 50% de aumento na produção e aumentono teor foliar de B de 28 ppm (testemunha) para 40 ppm (+ B).

Resposta ao Cu em Latossolo Vermelho Amarelo na regiãodo cerrado foi observada somente no segundo ano de aplicação, adespeito de seu baixo conteúdo no solo (< 0,1 mg dm-3) (Tabela 10).A dose de 2 kg ha-1 de Cu aplicada a lanço no primeiro ano foisuficiente para manter os efeitos residuais para os quatro cultivosconsecutivos do experimento (GALRÃO, 2002).

Galrão (2002) menciona que para trigo (Tabela 11) a dose de2 kg ha-1 de Cu aumentou a produção em 1 tonelada e reduziu amacho-esterilidade de 18,4% (- Cu) para 4,3% (+ Cu).

Sabe-se que a resposta da planta ao manganês é muitoinfluenciada pela calagem. Bom exemplo desse efeito pode ser vistona Figura 7, onde os autores mencionam que o aumento na produ-ção de girassol com a calagem pode ser explicado pela redução natoxicidade de Mn.

Interação positiva da calagem com a adubação com Mn foiobservada por Marinho (1988) que justificou esse resultado peloconteúdo muito baixo de Mn no solo (Tabela 12).

O efeito positivo do molibdênio na fixação biológica denitrogênio é muito comum na literatura, como mostrado na Tabe-la 13, de Campo e Hungria (2002), com resposta de 17% no trata-mento inoculação + Mo, comparado ao tratamento com só ainoculação.

Em geral, as respostas da soja ao Mo são maiores semcalagem do que com ela, devido ao aumento na disponibilidade deMo no solo com o aumento do pH. Tal efeito pode ser visto naFigura 8, feita com dados obtidos de Quaggio et al. (1991), ondeobserva-se menores respostas ao Mo nas doses de calcário acimade 4 t ha-1.

A Tabela 14 resume os resultados de 64 experimentos deadubação foliar conduzidos por Reis Jr. (2004) com soja, milho ealgodão na região do cerrado, no ano agrícola 2003/2004, com osmelhores resultados para algodão.

4.2. Recomendação de micronutrientes

4.2.1. Aplicação no solo

A recomendação da correção do solo com micronutrientesobservada na Tabela 15 para soja (EMBRAPA, 2003) pode ser tam-bém aplicada a culturas como milho, algodão, café, citros e outras,com efeitos residuais esperados para cinco anos.

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Figura 2. Sintomas de deficiência de B.

Eucalyptus: morte das gemas apicais e axilares pela deficiência de B(SILVEIRA et al., 2001).

Eucalyptus: folhas normais (acima) e com deficiência de B (abaixo)(SILVEIRA et al., 2001).

Eucalyptus: plantas com deficiência de B quebram-se facilmente(SILVEIRA et al., 2001).

Eucalyptus: deficiência de B causa perda da dominância apical esuperbrotamento (SILVEIRA et al., 2001).

Cafeeiro: deficiência de B (à direita) causa morte da gema terminal esuperbrotamento (MALAVOLTA et al., 2003).

Algodoeiro: escurecimento interno na base dos frutos (SILVA et al.,1995).

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Deficiência de Cu em cana-de-açúcar: folhas encurvadas (ORLANDOFILHO et al., 1994).

Deficiência de Cu em cafeeiro: folhas encurvadas para baixo (MA-LAVOLTA et al., 1993).

Deficiência de Fe em cana-de-açúcar: clorose uniforme nas folhas(ORLANDO FILHO et al., 1994).

Deficiência de Fe em cafeeiro: clorose uniforme nas folhas (MA-LAVOLTA et al., 1993).

Deficiência de Mn em milho: clorose internerval (COELHO e FRAN-ÇA, 1995).

Deficiência de Mn em soja: clorose internerval (BORKERT et al.,1994).

Figura 3. Sintomas de deficiência de Cu, Fe e Mn.

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Figura 4. Sintomas de deficiência de Zn e Mo.

Deficiência de Zn em milho: clorose internerval (COELHO e FRAN-ÇA, 1995).

Deficiência de Zn em citros: clorose internerval (MALAVOLTA etal., 1994).

Deficiência de Zn em soja: clorose internerval (BORKERT et al.,1994).

Deficiência de Zn em cafeeiro: internódios curtos, folhas jovens maisestreitas (MALAVOLTA et al., 1993).

Deficiência de Mo em soja: clorose generalizada refletindo deficiên-cia de N (BORKERT et al., 1994).

Deficiência de Mo em cafeeiro: manchas amareladas entre as ner-vuras secundárias, margens encurvadas para baixo (MALAVOLTA etal., 1993).

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4.2.2. Recomendação foliarNo caso de deficiência, a recomendação geral é pulverizar a

cultura com 0,5% de bórax ou 0,3% de ácido bórico, 0,5% de sulfatode cobre, 0,5% de sulfato de manganês e 0,5% de sulfato de zinco,usando cerca de 400 litros de solução por hectare (GALRÃO, 2002).

4.2.3. Tratamento de sementesMo e Co são recomendados no tratamento de sementes de

soja nas doses de 12-20 g ha-1 de Mo e 2-3 g ha-1 de Co (EMBRAPA,2003).

Uma alternativa à aplicação de cobre via adubação corretivaou de plantio é o seu fornecimento através do tratamento da sementena dose de 3,0 kg de CuO por 80 kg de grãos de soja (GALRÃO, 2002).

5. A BEM SUCEDIDA EXPERIÊNCIA BRASILEIRA

O sucesso do Brasil no uso de micronutrientes pode seravaliado por: (1) melhoria do nível de micronutrientes nas amostrasde solo, (2) crescente consumo de micronutrientes pela agriculturabrasileira, (3) balanço positivo (entrada � saída) no solo e (4) cons-tante aumento da produtividade agrícola brasileira.

Table 6. Teor adequado de micronutrientes na análise foliar para algumas culturas na região do cerrado.

B Cu Fe Mn Mo Zn- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - mg kg-1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

PERENESAbacate1 50-100 5-15 50-200 30-650 - 30-150Abacaxi1 30-40 9-12 100-200 50-200 - 10-15Acerola2 25-100 5-15 50-100 15-50 - 30-50Banana2 10-25 6-30 80-360 200-2.000 - 20-50Café1 40-100 6-50 70-300 50-300 0,1-0,5 10-70Cana-de-açúcar6 (planta) 10-30 6-15 40-250 25-250 0,05-0,20 10-50Citros1 35-100 5-20 50-200 25-500 0,1-1,0 25-200Eucalipto7 30-50 7-10 150-200 400-600 0,5-1,0 35-50Goiaba4 - 10-16 144-162 202-398 - 28-32Mamão2 20-30 4-10 25-100 20-150 - 15-40Manga2 50-100 10-50 50-200 50-100 - 20-40Maracujá2 40-100 10-15 120-200 40-250 1,0-1,2 25-60Pinus7 12-25 4-7 100-200 250-600 - 30-45Pupunha6 12-30 4-10 40-200 30-150 - 15-40Seringueira6 20-70 10-15 50-120 40-150 - 20-40

ANUAISAlgodão1 40-100 8-20 50-250 50-350 1-2 20-60Amendoim1 20-60 10-50 50-300 50-350 0,1-1,4 20-150Arroz3 4-25 3-25 70-200 70-400 0,1-0,3 10-50Aveia3 5-20 5-25 40-150 25-100 0,2-0,3 15-70Cevada3 5-20 5-25 25-100 20-100 0,1-0,2 15-70Ervilha4 100-110 15-20 100-120 40-50 0,6-1,0 80-100Feijão5 15-26 4-20 40-140 15-100 0,5-1,5 18-50Girassol5 35-100 25-100 80-120 10-20 - 30-80Mandioca8 15-50 5-25 60-200 25-100 0,11-0,18 35-100Milho3 10-25 6-20 30-250 20-200 0,1-0,2 15-100Soja5 21-55 10-30 50-350 20-100 1,0-5,0 20-50Sorgo3 4-20 5-20 65-100 10-190 0,1-0,3 15-50Trigo1 5-20 5-25 50-150 25-100 0,1-0,2 15-70

FORRAGEIRASAndropogon9 10-20 4-12 50-250 40-250 - 20-50B. brizantha9 10-25 4-12 50-250 40-250 - 20-50B. decumbens9 10-25 4-12 50-250 40-250 - 20-50Coast-cross9 10-25 4-14 50-200 40-200 - 30-50Colonião9 10-30 4-14 50-200 40-200 - 20-50Guandu9 20-50 6-12 40-200 40-200 - 25-50Leucena9 25-50 5-12 40-250 40-150 - 20-50Napier9 10-25 4-17 50-200 40-200 - 20-50Soja perene9 30-50 5-12 40-250 40-150 - 20-50Stylosanthes9 25-50 6-12 40-250 40-200 - 20-50Tifton9 5-30 4-20 50-200 20-300 - 15-70

Fonte: 1 Bataglia (1991); 2 Quaggio et al. (1996); 3 Cantarella et al. (1996); 4 Malavolta et al. (1989); 5 Ambrosano et al. (1996); 6 Raij e Cantarella (1996);7 Gonçalves et al. (1996); 8 Lorenzi et al. (1996); 9 Werner et al. (1996), citados por GALRÃO (2002).

Culturas

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ENCARTE DO INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 8

Figura 6. Respostas do algodão a boro com e sem calagem (SILVA, 1983).

5.1. Melhoria do nível de micronutrientes no soloA análise química de 2.770 amostras de solo coletadas na

profundidade de 0-20 cm em propriedades agrícolas, pela FundaçãoMT, em 2002, mostraram que 56,7%, 80,1% e 87,9% das amostrasjá tinham alcançado altos níveis de Cu, Zn e Mn, respectivamente(Tabela 16), quando originalmente 95%, 70% e 37% delas tinhamdeficiências de Zn, Cu e Mn, respectivamente, como observado nolevantamento de Lopes. A única exceção foi o boro, com somente8,3% dentro do status de nível alto. Esta discrepância talvez possasugerir a necessidade de estudo de um melhor extrator para o B dosolo que a água quente.

Figura 5. Respostas do milho e da soja a doses de zinco aplicadas somenteno primeiro cultivo em Latossolo Vermelho Escuro argiloso(RITCHEY et al., 1986).

Table 10. Efeito do cobre na produção de soja em Latossol VermelhoAmarelo argiloso de cerrado.

Cu 1a colheita 2a colheita 3a colheita 4a colheita

(kg ha-1) - - - - - - - - - - - - - (t ha-1 de soja) - - - - - - - - - - - - - -

0 2,33 a 2,02 b 2,63 b 2,66 b

2 2,44 a 2,60 a 3,04 a 3,13 a

CV% 7,0 6,0 9,0 9,0

Fonte: GALRÃO (2002).

Tabela 9. Efeito do B na produção e no teor foliar de batata cultivada emsolo orgânico.

Tubérculos B foliar(t ha-1) (ppm)

NPK 14,8 a 28 a

NPK + B 22,3 b 40 b

NPK + Zn 14,1 a 29 a

NPK + Cu 14,5 a 20 a

NPK + Mo 13,9 a 28 a

NPK + Fe 15,2 a 29 a

NPK + Mn 12,1 a 30 a

NPK + Micro 25,7 b 38 b

CV% 10,7 10,8

NPK = 160 kg ha-1 de sulfato de amônio; 240 kg ha-1 de SSP; 150 kg ha-1 desulfato de potássio.Micronutrientes = 20 kg ha-1 de bórax, Cu, Fe e sulfato de Mn; 10 kg ha-1 desulfato de Zn e 0,5 kg ha-1 de molibdato de amônio.Fonte: HIROCE et al. (1971).

Tratamentos

Tabela 8. Efeitos do B, Cu, Mn, Zn e de uma mistura de todos os micro-nutrientes na produtividade da soja.

Produtividade

(kg ha-1) (%)

Completo (C) 3.492 100Completo � B 3.336 95Completo � Cu 3.242 93Completo � Mn 3.072 88Completo � Zn 2.910 83Completo � Micros 2.310 66

Fonte: FUNDAÇÃO MT/PMA (1999).

Tratamentos

Tabela 7. Produção de grãos de seis culturas (1976/77 a 1981/82)1 emLatossolo Vermelho Escuro argiloso com tratamento completoe com omissão individual de micronutrientes.

Soma das seis culturas Valor relativo(kg ha-1) (%)

�Completo� 17.170 100

� B 16.335 95� Co 17.191 100� Cu 17.650 103� Fe 16.928 98

� Mn 17.355 101� Mo 17.064 99� Zn 11.307 66

1 Seqüência de cultivo: arroz, arroz, milho, soja, milho e milho.Fonte: GALRÃO et al. (1984).

Tratamentos

Table 11. Efeitos do Cu na produção e na macho-esterilidade do trigo.

Cu Grãos Esterilidade(kg ha-1) (t ha-1) (%)

0 3,28 a 18,4 a

2 4,29 b 4,3 b

CV% 11,2 23,3

Fonte: GALRÃO (2002).

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ENCARTE DO INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 9

Figura 7. Efeitos da calagem sobre a produção de girassol e na toxicidadede Mn (QUAGGIO et al., 1991).

5.2. Aumento no consumo de micronutrientespela agricultura brasileira

Outra forma de avaliar o sucesso brasileiro é pela demandapelos agricultores, como mostrado na Tabela 17, onde pode-se verque, no período de 1990 a 2003, o consumo de micronutrientes foimultiplicado em 13,3 vezes. Em 2003 o país consumiu 400.000 t deprodutos com micronutrientes, equivalentes em nutrientes a 3.600 tde B, 2.000 t de Cu, 18.000 t de Zn, 12.000 t de Mn e 360 t de Mo.

Figura 8. Resposta da soja à calagem e ao Mo em solo Podzol VermelhoAmarelo no Estado de São Paulo (QUAGGIO et al., 1991).

O cálculo da necessidade potencial de micronutrientes naagricultura brasileira para uma área plantada de 50 milhões dehectares, com doses médias anuais baseadas no nível médio daTabela 15 divididas por cinco anos de efeitos residuais, mostra ummercado potencial para 10.000 t de B, 15.000 t de Cu, 40.000 t de Mne 50.000 t de Zn.

Fontes da indústria estimam que cerca de 85% do total deprodutos micronutrientes são vendidos na forma granulada. Emtermos de solubilidade, algumas empresas trabalham com produtosde alta solubilidade em água como 70% para Zn, 90% para B, 100%para Cu e 75% para Mn. Tais produtos representam não mais que20% do total do mercado. A solubilidade média em água dos produ-tos chamados de �alta solubilidade� é de cerca de 50%.

O consumo de fertilizantes por culturas selecionadas em 2003 éapresentado na Tabela 18, mostrando que a soja, com 37% do total, é acultura mais importante na agricultura brasileira para a indústria NPK.E também para a de micronutrientes. Outras culturas importantes comrespeito ao uso de micronutrientes são algodão, café, citros e milho.

Tabela 13. Efeitos da inoculação, do Mo e do Co sobre a produção de soja.

Produtividade Aumento(kg ha-1) (%)

Sem inoculação 2.636 100 -Inoculação (IN) 3.085 117 100

IN + Mo 3.617 137 117IN + Mo + Co 3.720 141 120

Fonte: CAMPO e HUNGRIA (2002).

Tratamentos

Tabela 12. Resposta da cana-de-açúcar soca à calagem e a manganês noEstado de Alagoas.

Tratamentos Cana (t ha-1)

Testemunha 52,04 t ha-1 calcário 77,2

4 t ha-1 calcário + 7,5 kg ha-1 Mn 92,0

Fonte: MARINHO (1988).

Tabela 16. Níveis de micronutrientes em 2.770 amostras de solo coletadaspela Fundação MT em 2002.

B Cu Mn Zn- - - - - - - - - - - - (% do total) - - - - - - - - - - - - - -

Baixo 61,7 15,1 2,3 11,4Médio 30,0 28,2 9,8 8,5Alto 8,3 56,7 87,9 80,1

Médio (ppm) 0,3-0,5 0,5-0,8 2,0-5,0 1,1-1,6

Fonte: Leandro Zancanaro, Fundação MT, comunicação pessoal, Janeiro 2004.

Nível

Tabela 15. Recomendação de micronutrientes para soja, aplicados no solo,no Brasil Central, com efeitos residuais para cinco anos(EMBRAPA, 2003).

B Cu Mn Zn- - - - - - - - - - - - - (kg ha-1) - - - - - - - - - - - - -

Baixo 1,5 2,5 6,0 6,0Médio 1,0 1,5 4,0 5,0Alto 0,5 0,5 2,0 4,0

Nível

Tabela 17. Estimativa do consumo de produtos com micronutrientes e deelementos na agricultura brasileira.

Produto B Cu Zn Mn Mo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (t) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

1990 30.000 270 150 1.350 900 -1996 85.000 765 425 3.825 2.550 -1998 120.000 1.080 600 5.400 3.600 -2000 180.000 1.620 900 8.100 5.400 -2002 300.000 2.700 1.500 13.500 9.000 -2003 400.000 3.600 2.000 18.000 12.000 360

Fonte: estimativa feita com informações de 18 empresas produtoras demicronutrientes.

Ano

Tabela 14. Resposta da soja, do milho e do algodão à adubação foliar emChapadão do Sul-MS.

Soja Milho Algodão - - - - - - - - (% de aumento) - - - - - - - - -

B 6,0 9,5-16,1 8,8-29,9Cu 10,8 4,0-12,5 15,1-16,3Mn 13,4 6,8-21,6 12,1-21,9Zn - 6,1-12,7 11,6-35,6

Mistura de todos 5,0-22,4 3,8-9,5 7,2-28,0

Fonte: REIS Jr. (2004).

Respostas a

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ENCARTE DO INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 10

Os fertilizantes foliares com micronutrientes são comercia-lizados por 81 indústrias, com venda total de 45 milhões de litros evalor de US$ 77 milhões em 2002. Os principais mercados são paraas seguintes culturas: soja (45%), citros (28%), feijão (7%), milho(5,5%), café (4%), algodão (3,3%), hortaliças (4,4%), outras (3%).Em relação à composição, 35,5% tinham manganês, 21% com mistu-ra de micronutrientes, 19% com Zn, 9% com B, 7,3% com NPK +micronutrientes, 2,2% com Ca, 1,5% com Mo + Co e outros (Cu, Mge Fe) com 4,5% (Tabela 19).

A estimativa de micronutrientes no calcário e no gesso foifeita com base em seu conteúdo médio nesses produtos (Tabela 20)multiplicado pelo seu consumo em 2003 e na quantidade de 27,5 mi-lhões de toneladas e 1,5 milhões de toneladas, respectivamente.

5.3. Balanço (entrada � saída) positivo de micronutrientesna agricultura brasileira

Considerou-se como entrada os micronutrientes contidosnos fertilizantes específicos mais os resíduos de micronutrientesexistentes no calcário, no gesso e nos fertilizantes fosfatados utili-zados na agricultura brasileira em 2003.

A estimativa dos micronutrientes em fertilizantes fosfatados(Tabela 23) foi calculada multiplicando-se seus teores nos fertili-zantes fosfatados (Tabela 21) pelo valor da soma da produção localmais a importação de cada um dos fertilizantes fosfatados em2003 (Tabela 22). A soma da contribuição do calcário, do gesso edos fertilizantes fosfatados na oferta de micronutrientes para a agri-cultura brasileira em 2003 é apresentada na Tabela 24.

A estimativa da exportação total de micronutrientes pela agri-cultura brasileira foi calculada multiplicando-se o conteúdo demicronutrientes no produto colhido (Tabela 25) pela quantidadecolhida no ano de 2003 (Tabela 26).

O balanço final (entrada � saída) é dado na Tabela 27 quemostra resultados positivos para todos os micronutrientes. Essebalanço positivo é importante na melhoria de seu nível no solo. Valea pena notar a importante contribuição do calcário e dos fertilizan-

Elemento

Tabela 20. Conteúdo médio de micronutrientes nos corretivos de soloutilizados no Brasil.

Calcário Gesso- - - - - - - - (mg kg-1) - - - - - - - -

B 30 3Co 25 2Cu 26 8Fe 4.599 670Mn 334 15Mo 1 16Ni 19 2Zn 46 9

Fonte: MALAVOLTA (1994).

Tabela 18. Fertilizantes entregues pela indústria para culturas selecionadasem 2003.

Cultura 1.000 t de produto % do total

Soja 8.165 37,0Milho 3.898 17,6

Cana-de-açúcar 2.640 12,0Café 1.320 6,0

Algodão 931 4,2Arroz 747 3,4Trigo 690 3,1Feijão 568 2,6Citros 383 1,7Outras 2.753 12,4

Total 22.095 100,0

Fonte: ANDA (2004).

Tabela 19. Principais culturas e formulações usadas na adubação foliar noBrasil em 2002.

Quantidade vendida

milhões litros % do total

Soja 20,0 45,0 Mo 15%, Co 1%Mn 14%

Mn 6%, Zn 2%, B 0,5%, Cu 1%

Citros 12,8 28,0 Zn 21%Mn 14%

Zn 9%, Mn 3%, B 1%

Feijão 3,0 7,0 Ca 8%, B 2%Ca 14%

NPK + Micros

Café 1,8 4,3 Zn 21%B 10%

Zn 6%, B 1,5%, Mg 3%

Algodão 1,5 3,3 B 10%Ca 8%, B 2%

Mn 5%, Zn 3%, Cu 1%

Milho 2,5 5,5 Zn 7%Zn 3,5%, Mn 3,5%

Hortaliças 2,0 4,4 Ca 8%, B 2%

Fonte: levantamento com 81 indústrias que comercializam fertilizantesfoliares.

Cultura Principais formulações

Tabela 22. Produção local e importação de fertilizantes fosfatados em 2003.

Local Importação Total

- - - - - - - - - - - - - (1.000 t) - - - - - - - - - - - - -

DAP 5 279 284MAP 1.000 1.901 2.901SSP 5.100 342 5.442TSP 500 871 1.371

Termo P 160 - 160

Fonte: ANDA (2004).

Produto

Tabela 21. Conteúdo médio de micronutrientes em fertilizantes fosfatados.

DAP MAP SSP TSP Termo P

- - - - - - - - - - - - - - - - mg kg-1 - - - - - - - - - - - - - - - -

B 100 100 30 110 6Co 11 3 4 2 -Cu 7 7 20 120 44Fe 6.565 38.410Mn 235 90 155 300 2.220Mo 11 14 3 9 7Ni 38 24 3.300Zn 122 78 810 374

Fonte: MALAVOLTA (1994).

Elemento

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ENCARTE DO INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 11

tes fosfatados como fontes de micronutrientes, correspondendo a50,4% de B, 48,5% de Cu, 160,6% de Mn, 46,2% de Mo e 42,0% deZn exportados pela colheita.

5.3. Constante aumento da produtividade daagricultura brasileira

Nos últimos 13 anos, a produção de grãos na agriculturabrasileira aumentou 112%, com somente 22% de aumento na áreaplantada (Figura 9). Em outras palavras, a produtividade das cultu-ras foi a principal causa para o grande aumento na produção de

Tabela 25. Conteúdo de micronutrientes no produto colhido.

B Cu Fe Mn Mo Zn

- - - - - - - - - - - - - - - - (g t-1) - - - - - - - - - - - - - - - - -

Algodão 33,00 10,00 243,00 14,60 0,15 12,30Arroz 4,40 6,30 60,90 25,20 0,16 40,90Batata 2,00 2,00 20,00 20,00 1,00 4,00Cacau 12,00 16,00 80,00 28,00 0,04 47,00Café 25,00 16,50 105,00 25,00 0,01 39,30Cana-de-açúcar 2,00 1,80 25,00 12,00 0,02 5,00Citros 2,20 1,20 6,60 2,80 0,01 0,90Feijão 70,00 10,00 0,00 17,00 1,00 30,00Mandioca 1,80 0,80 24,00 1,60 0,00 4,60Milho 1,50 8,00 40,00 8,00 1,00 40,00Soja 30,00 15,00 100,00 20,00 3,00 42,50Trigo 3,00 8,00 50,00 55,00 0,00 17,00

Fonte: vários autores citados por YAMADA e LOPES (1999).

Cultura

Tabela 23. Estimativa da quantidade total de micronutrientes em fertili-zantes fosfatados produzidos e importados pelo país em 2003.

DAP MAP SSP TSP Termo P- - - - - - - - - - - - - - - - - - (t) - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

B 28,4 290,1 163,3 150,8 1,0Co 3,1 8,7 21,8 2,7 0,0Cu 2,0 20,3 108,8 164,5 7,0Fe 0,0 0,0 35.726,7 52.660,1 0,0

Mn 66,7 261,1 843,5 411,4 355,2Mo 3,1 40,6 16,3 12,3 1,1Ni 0,0 0,0 206,8 32,9 528,0Zn 34,6 0,0 424,5 1.110,5 59,8

Elemento

Tabela 24. Estimativa do consumo anual de micronutrientes na agriculturabrasileira através de calcário, gesso e adubos fosfatados em 2003.

Calcário1 Gesso2 P-Fertilizantes Total- - - - - - - - - - - - - - (t do elemento) - - - - - - - - - - - - - -

B 825,0 4,5 633,5 1.463,0Co 687,5 3,0 36,3 726,8Cu 715,0 12,0 302,7 1.029,7Fe 126.472,5 1.005,0 88.386,8 215.864,3

Mn 9.185,0 22,5 1.937,8 11.145,3Mo 27,5 24,0 73,5 125,0Ni 522,5 3,0 767,7 1.293,2Zn 1.265,0 13,5 1.629,5 2.908,0

1 Calcário = 27,5 milhões t, 2 Gesso = 1,5 milhões t.

Elemento

Tabela 27. Balanço de micronutrientes na agricultura brasileira em 2003.

B Cu Fe Mn Mo Zn- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (t do elemento) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

ENTRADA (A)Dos adubos com micronutrientes 3.600,0 2.000,0 12.000,0 360,0 18.000,0Do calcário 825,0 715,0 12.647,2 9.185,0 27,5 1.265,0Do gesso 4,5 12,0 1.005,0 22,5 24,0 13,5

Dos adubos fosfatados 633,5 302,7 88.386,8 1.937,8 73,5 1.629,5

Total de entrada 5.063,0 3.029,7 89.391,8 23.145,3 485,0 20.908,0

SAÍDA (B) 2.893,4 2.098,3 19.120,7 6.926,9 218,6 6.897,1

Balanço (A � B) 2.169,6 931,4 70.271,1 16.218,4 266,4 14.010,9

Balanço

Tabela 26. Quantidade total de micronutrientes exportada pelas principais culturas brasileiras em 2003.

Área plantada Colheita1 B Cu Fe Mn Mo Zn

1.000 ha 1.000 t - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Exportado pela colheita (t) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Algodão 709,9 2.195 72,4 22,0 533,4 32,0 0,3 27,0Arroz 3.149,6 10.199 44,9 64,3 621,1 257,0 1,6 417,1Batata 149,9 3.070 6,1 6,1 61,4 61,4 3,1 12,3Cacau 581,2 171 2,1 2,7 13,7 4,8 0,0 8,0Café 2.405,2 1.970 49,3 32,5 206,9 49,3 0,0 77,4Cana-de-açúcar 5.342,8 387.130 774,3 696,8 9.678,3 4.645,6 7,7 1.935,7Citros 820,7 16.936 37,3 20,3 111,8 47,4 0,1 15,2Feijão 4.113,0 3.310 231,7 33,1 0,0 56,3 3,3 99,3Mandioca 731,1 22.236 40,0 17,8 533,7 35,6 0,0 102,3Milho 12.935,2 47.809 71,7 382,5 1.912,4 382,5 47,8 1.912,4Soja 18.469,4 51.532 1.546,0 773,0 5.153,2 1.030,6 154,6 2.190,1Trigo 2.488,1 5.900 17,7 47,2 295,0 324,5 0,0 100,3

Total 51.896,1 - 2.893,4 2.098,3 19.120,7 6.926,9 218,6 6.897,11 Fonte: IBGE. Disponível em <htpp://www.ibge.gov.br>

Cultura

Page 12: DEFICI˚NCIAS DE MICRONUTRIENTES, OCORR˚NCIA, DETEC˙ˆO E … · 2011. 10. 10. · ENCARTE DO INFORMA˙ÕES AGRONÔMICAS N” 105 Œ MAR˙O/2004 3 Figura 1. Chave simplificada para

ENCARTE DO INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 12

Figura 9. Evolução da produção de grãos, área plantada com grãos, NPK e consumo de micronutrientesno período de 1990-2003 (Fonte: IBGE/ANDA).

grãos. Entre os fatores responsáveis para esse sucesso podem sermencionados a melhoria de sementes, a adubação balanceada (au-mento do consumo de macronutrientes em 2,1 vezes e de micro-nutrientes em 13,3 vezes) e o melhor manejo da cultura.

6. CONCLUSÕES

6.1. O consumo de micronutrientes na agricultura brasileiratem aumentado constantemente nas últimas duas décadas, permi-tindo um balanço positivo entre a entrada através dos fertilizantese corretivos e a saída através da colheita, melhorando a fertilidadedo solo e promovendo espetacular aumento na produção agrícolaatravés da maior produtividade.

6.2. A despeito desse progresso, estudos adicionais são aindanecessários, principalmente sobre:

(a) melhor calibração para recomendação de micronutrientes;

(b) efeitos dos micronutrientes na incidência de pragas edoenças;

(c) efeitos dos micronutrientes na saúde humana e animal;

(d) efeitos dos herbicidas na nutrição mineral das plantas.

AGRADECIMENTO: Agradeço aos colegas da indústria de fertili-zantes que gentilmente cederam os dados sobre consumo demicronutrientes no Brasil.

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