decreto n° 11.689, de 21 de outubro de 2.011

Upload: andre-melges-martins

Post on 01-Mar-2016

22 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Regulamenta a Lei nº 5.852, de 23 de dezembro de 2.009, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão ambientalmente correta dos resíduos da construção civil e dispõe sobre as sanções e penalidades aplicáveis ao Decreto.

TRANSCRIPT

  • 1

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    NDICE DO DECRETO N 11.689, DE 21 DE OUTUBRO DE 2.011

    CAPTULO I - DAS DISPOSIES GERAIS

    CAPTULO II - DAS DEFINIES

    CAPTULO III - DO PLANO INTEGRADO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL

    CAPTULO IV - DO PROGRAMA MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL

    CAPTULO V - DOS DEVERES DOS GERADORES

    SEO I - Dos pequenos geradores

    SEO II - Dos mdios geradores

    SEO III - Dos grandes geradores

    CAPTULO VI - DOS PROJETOS DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL

    CAPTULO VII - REA DE DESTINAO DOS RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL

    SEO I - Pontos de entrega para pequenos volumes

    SEO II - reas receptoras de grandes volumes

    CAPTULO VIII - DAS RESPONSABILIDADES

    SEO I - Da disciplina dos geradores

    SEO II - Da disciplina dos transportadores

    SEO III - Da disciplina dos receptores

    CAPTULO IX - DOS PROCEDIMENTOS PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

    CAPTULO X - DA DESTINAO DOS RESDUOS

    CAPTULO XI - DA REUTILIZAO DOS RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL E DO USO PREFERENCIAL DE

    AGREGADOS RECICLADOS EM OBRAS E SERVIOS PBLICOS

    CAPTULO XII - DA GESTO E FISCALIZAO

    CAPTULO XIII - DOS INCENTIVOS

    CAPTULO XIV - DAS AES EDUCATIVAS

    CAPTULO XV - DAS SANES ADMINISTRATIVAS E PENALIDADES

    SEO I - Disposies gerais

    SEO II - Do procedimento administrativo

    SEO III - Das penalidades

    CAPTULO XVI - DAS DISPOSIES FINAIS

  • 2

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    DECRETO N 11.689, DE 21 DE OUTUBRO DE 2.011

    P. 55.749/11 Regulamenta a Lei n 5.852, de 23 de dezembro de 2.009,

    que estabelece diretrizes, critrios e procedimentos para a

    gesto ambientalmente correta dos resduos da construo

    civil e dispe sobre as sanes e penalidades aplicveis ao

    Decreto.

    O PREFEITO MUNICIPAL DE BAURU, no uso de suas atribuies legais, conferidas pelo art. 51 da Lei

    Orgnica do Municpio de Bauru,

    CONSIDERANDO a Lei Municipal n 5.852, de 23 de dezembro de 2.009, que estabelece diretrizes, critrios e

    procedimentos para a gesto ambientalmente correta dos resduos da construo civil, bem como a

    Lei Municipal n 4.362, de 12 de janeiro de 1.999, que disciplina o Cdigo Ambiental de Bauru, a

    Lei Municipal n 5.631, de 22 de agosto de 2.008 que institui o Plano Diretor Participativo do

    Municpio de Bauru e a Lei Municipal n 5.837, de 15 de dezembro de 2.009, a qual institui a

    Poltica Municipal de Limpeza Urbana e de Gerenciamento de Resduos Slidos.

    CONSIDERANDO o art. 225 da Constituio Federal; os art. 191 e 192 da Constituio Estadual; a Lei Federal n

    12.305, de 02 de agosto de 2.010 que institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos e seu Decreto

    regulamentador; a Lei Estadual n 12.300, de 16 de maro de 2.006 que institui a Poltica Estadual

    de Resduos Slidos e seu Decreto regulamentador; a Lei n 9.605, de 12 de Fevereiro de 1.998,

    que institui a Lei de Crimes Ambientais e seu decreto regulamentador; a Lei n 9.795, de 27 de

    abril de 1.999, que institui a Poltica Nacional de Educao Ambiental e seu decreto

    regulamentador; bem como as Resolues do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente)

    n 307, de 05 de julho de 2.002; n 348, de 16 de agosto de 2.004 e n 431, de 24 de maio de 2.011,

    que tratam de resduos da construo civil;

    CONSIDERANDO os aprimoramentos necessrios para se garantir o direito a construirmos uma cidade mais

    sustentvel, entendida pelo exerccio da sadia qualidade de vida no espao urbano, incluso

    social, ao direito terra urbana, moradia, ao saneamento ambiental, infraestrutura urbana, ao

    transporte e aos servios pblicos, ao trabalho e ao lazer, para s presentes e futuras geraes,

    conforme disposto na Lei n 10.257, de 10 de julho de 2.001 que estabelece diretrizes gerais da

    poltica urbana;

    CONSIDERANDO a necessidade de implementao de diretrizes para a efetiva reduo dos impactos ambientais

    gerados pelos resduos oriundos da construo civil;

    CONSIDERANDO que a disposio de resduos da construo civil em locais inadequados contribui para a degradao

    da qualidade ambiental;

    CONSIDERANDO que os resduos da construo civil representam um significativo percentual dos resduos slidos

    produzidos diariamente na rea urbana de Bauru;

    CONSIDERANDO que os geradores de resduos da construo civil devem ser responsveis pelos resduos das

    atividades de construo, reforma, reparos e demolies de estruturas e estradas, bem como por

    aqueles resultantes da remoo de vegetao e escavao de solos;

    CONSIDERANDO a viabilidade tcnica e econmica de produo e uso de materiais provenientes da reutilizao e da

    reciclagem de resduos da construo civil; e

    CONSIDERANDO que a gesto integrada de resduos da construo civil dever proporcionar benefcios de ordem

    social, econmica e ambiental em prol do desenvolvimento sustentvel;

    D E C R E T A

    CAPTULO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 1 A gesto dos Resduos da Construo Civil, no mbito do Municpio de Bauru, deve obedecer ao disposto

    neste Decreto.

  • 3

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    Art. 2. Fica regulamentado o Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil do Municpio de

    Bauru o qual estabelece diretrizes, critrios e procedimentos para a gesto municipal dos resduos da

    construo civil em conformidade com a Resoluo CONAMA n 307, de 05 de julho de 2.002, CONAMA

    n 348, de 16 de agosto de 2.004, CONAMA n 431, de 24 de maio de 2.011, com a legislao estadual e

    municipal pertinente e outras que vierem a complement-las ou suced-las.

    1 Os geradores devero ter como objetivos prioritrios a no gerao de resduos e, secundariamente, a

    reduo, a reutilizao, a reciclagem dos mesmos, sendo responsveis pela segregao adequada dos resduos

    gerados desde sua origem, passando por seu transporte at a destinao final ambientalmente adequada.

    2 Os Resduos da Construo Civil gerados no municpio, nos termos do Plano Integrado de Gerenciamento de

    Resduos da Construo Civil, devem ser destinados s reas indicadas no captulo VII deste Decreto,

    visando triagem, reutilizao, reciclagem, reservao ou destinao mais adequada e no podem ser

    dispostos em:

    I - reas de bota fora;

    II - encostas;

    III - corpos dgua;

    IV - lotes vagos;

    V - passeios, vias e outras reas pblicas;

    VI - reas no licenciadas;

    VII - reas protegidas por lei;

    VIII aterros de resduos domiciliares;

    IX outras reas nas quais possam vir a causar riscos ao meio ambiente, a sade, ao fluxo de pessoas, aos recursos hdricos ou a paisagem.

    Art. 3 Ficam regulamentados de acordo com as diretrizes constantes deste Decreto:

    I - o Plano Integrado de Gerenciamento dos Resduos da Construo Civil;

    II - o Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil;

    III - os Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil;

    IV - a responsabilidade dos geradores, da municipalidade, dos transportadores e receptores de Resduos

    da Construo Civil;

    V o procedimento de licenciamento ambiental das reas de recepo de resduos;

    VI - o uso de caamba ou containers estacionrias, o transporte de resduos da construo civil, o

    convnio e cadastramento dos transportadores;

    VII - a destinao dos resduos da construo civil;

    VIII o dever da Prefeitura Municipal de Bauru em utilizar preferencialmente agregados reciclados em obras e servios pblicos e, dentre estes, aqueles em cuja produo haja participao de

    organizaes associativas e sociais, com apoio a incluso social e emancipao econmica de

    catadores de materiais reutilizveis e reciclveis;

    IX - a gesto e fiscalizao;

    X os incentivos;

  • 4

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    XI - as aes educativas;

    XII - as sanes administrativas e penalidades.

    CAPTULO II

    DAS DEFINIES

    Art. 4 Para efeitos deste Decreto, so adotadas as seguintes definies:

    I - Agregados Reciclados: material granular proveniente do beneficiamento de resduos da construo

    civil de natureza mineral (concreto, argamassas, produtos cermicos e outros), designados como

    classe A, que apresenta caractersticas tcnicas adequadas para aplicao em obras de edificao,

    infra-estrutura ou outras obras de engenharia, conforme especificaes da norma tcnica aplicvel;

    II - rea de Reciclagem de Resduos da Construo Civil: estabelecimento destinado ao recebimento

    e transformao de resduos da construo civil designados como classe A, j triados, para

    produo de agregados reciclados conforme especificaes das normas tcnicas aplicveis;

    III - rea de Transbordo e Triagem de Resduos da Construo Civil (ATT): rea destinada ao

    recebimento de resduos da construo civil, gerados e coletados por agentes pblicos ou privados,

    cuja rea, sem causar danos sade pblica e ao meio ambiente, deve ser usada para triagem dos

    resduos recebidos e posterior remoo para adequado beneficiamento ou disposio, conforme

    especificaes das normas tcnicas aplicveis;

    IV - rea de Destinao de Resduos: so reas destinadas ao beneficiamento ou disposio final de

    resduos;

    V - Aterro de Resduos da Construo Civil: estabelecimento onde so empregadas tcnicas de

    disposio de resduos da construo civil de origem mineral, designados como classe A, visando a

    reservao de materiais de forma segregada que possibilite seu uso futuro ou ainda, a disposio

    destes materiais, com vistas futura utilizao da rea, empregando princpios de engenharia para

    confin-los ao menor volume possvel, sem causar danos sade pblica e ao meio ambiente,

    conforme especificaes da norma tcnica aplicvel;

    VI Beneficiamento de resduos: o ato de submeter os resduos operao que permite que sejam reutilizados ou a processos que tenham por objetivo dot-los de condies que permitam que sejam

    utilizados como matria-prima ou produto;

    VII - Capacidade de recebimento: capacidade mxima de recebimento de resduos da construo civil,

    da rea, do empreendimento ou atividade, a qual dever ser informada levando-se em conta a

    capacidade de processamento dos equipamentos e sistemas instalados. A capacidade de recebimento

    dever ser expressa necessariamente na unidade explicitada no texto descritivo do porte do

    empreendimento ou atividade;

    VIII - Controle de Transporte de Resduos (CTR): documento emitido pelo transportador de resduos

    da construo civil, que fornece informaes sobre gerador, origem, quantidade e descrio dos

    resduos e seu destino, conforme especificaes das normas tcnicas aplicveis;

    IX - CTR Social: documento para ser utilizado pelos coletores de resduos da construo civil, que

    atuem no municpio, que sejam cadastrados como pequenos transportadores e utilizem de veculos

    de trao animal, para sistematizao das informaes sobre gerador, origem, quantidade e

    descrio dos resduos e seu destino, conforme especificaes das normas tcnicas aplicveis;

    X - Equipamentos de Coleta de Resduos da Construo Civil: dispositivos utilizados para a coleta e

    posterior transporte de resduos, tais como caamba ou containers metlicas estacionrias, caamba

    ou containers basculantes instaladas em veculos autopropelidos, carrocerias para carga seca e

    outros, includos os equipamentos utilizados no transporte do resultado de movimento de terra;

  • 5

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    XI - Geradores de Resduos da Construo Civil: pessoas fsicas ou jurdicas, pblicas ou privadas,

    proprietrias ou responsveis pelo imvel, ou responsveis por atividades ou empreendimentos que

    gerem os Resduos definidos neste decreto;

    XII Grande Gerador: os geradores responsveis por atividades que produzam a partir de 15 m3 (quinze metros cbicos),ou 20 toneladas, dos resduos definidos neste decreto, em uma nica obra;

    XIII Mdio gerador: os geradores responsveis por atividades que produzam entre 1 m3 (um metro cbico), (ou 1,5 toneladas), e 15 m3 (quinze metros cbicos), (ou 20 toneladas), dos resduos

    definidos neste decreto, em uma nica obra, dentro de um perodo de at 120 (cento e vinte) dias;

    XIV - Pequeno Gerador: os geradores responsveis por atividades que produzam at 1 m3 (um metro

    cbico), ou 1,5 toneladas, dos resduos definidos neste decreto, em uma nica obra, dentro de um

    perodo de at 120 (cento e vinte) dias;

    XV - Obras: todas as atividades de construo civil, tais como reforma, ampliao, demolio,

    movimentao de terra, dentre outras;

    XVI - Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil: instrumento para a

    implementao e coordenao de responsabilidade do Municpio, para a gesto dos resduos da

    construo civil;

    XVII - Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil: instrumento

    integrante do Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil que estabelece

    diretrizes tcnicas e procedimentos para o exerccio das responsabilidades dos pequenos geradores,

    em conformidade com os critrios tcnicos do sistema de limpeza urbana local;

    XVIII - Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil: instrumento que estabelece

    procedimentos necessrios para o manejo e destinao ambientalmente adequados dos resduos das

    atividades da construo civil, conforme a regulamentao vigente.

    XIX - Ponto de Entrega para Pequenos Volumes: equipamento pblico denominado Ecoponto

    destinado ao recebimento de pequenos volumes de Resduos da Construo Civil, gerados e

    entregues pelos muncipes, podendo ainda ser coletados e entregues por pequenos transportadores

    diretamente contratados pelos pequenos geradores, equipamentos esses que, sem causar danos

    sade pblica e ao meio ambiente, devem ser usados para a triagem de resduos recebidos, posterior

    coleta diferenciada e remoo para adequada disposio. Devem atender s especificaes das

    normas tcnicas aplicveis;

    XX - Receptores de Resduos da Construo Civil: pessoas jurdicas, pblicas ou privadas, operadoras

    de reas ou empreendimentos, cuja funo seja o recebimento e manejo adequado de Resduos da

    Construo Civil em pontos de entrega, reas de triagem, reas de reciclagem e aterros, entre outras;

    XXI - Reservao de Resduos: processo de disposio segregada de resduos triados para reutilizao ou

    reciclagem futura;

    XXII - Resduos da Construo Civil: provenientes de construes, reformas, reparos e demolies de

    obras de construo civil, e os resultantes da preparao e da escavao de terrenos, tais como:

    tijolos, blocos cermicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e

    compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfltico, vidros, plsticos, tubulaes,

    fiao eltrica etc., comumente chamados de entulhos de obras. Devem ser classificados, conforme

    o disposto na Resoluo Conama n 307, nas classes A, B, C e D;

    XXIII - Resduos Domiciliares Reciclveis: resduos provenientes de residncias ou de qualquer outra

    atividade que gere resduos com caractersticas domiciliares ou a estes equiparados, constitudos

    principalmente por embalagens e que podem ser submetidos a um processo de reaproveitamento;

    XXIV - Reutilizao: o processo de reaplicao de um resduo, sem transformao do mesmo;

  • 6

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    XXV - Reciclagem: o processo de reaproveitamento de um resduo, aps ter sido submetido

    transformao;

    XXVI - Transportadores de Resduos da Construo Civil: pessoas fsicas ou jurdicas, conveniados e

    devidamente cadastradas na SEMMA que exercem a atividade de coleta e do transporte dos

    resduos entre as fontes geradoras e as reas de destinao.

    CAPTULO III

    DO PLANO INTEGRADO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL

    Art. 5 O Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil instrumento que regulamenta a

    implementao, a coordenao da responsabilidade do Municpio e de todos os geradores, na gesto dos

    resduos da construo civil.

    1 O Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil deve conter, no mnimo:

    I - regras, diretrizes e aes relativas a reas para recepo de pequenos, mdios e grandes volumes de

    resduos da construo civil;

    II diretrizes relativas a informao, orientao e educao ambiental dos muncipes, promovidas com apoio das empresas de comercializao de materiais de construo, de construo civil, de

    engenharia e arquitetura, de transporte de materiais ou resduos, associaes civis e de classe,

    empresas de comunicao, rgos e entidades pblicas e outros;

    III - regras, diretrizes e aes de controle e fiscalizao.

    2 A SEMMA poder atualizar e aprimorar as aes previstas neste Plano Integrado de Gerenciamento de

    Resduos da Construo Civil atravs de resolues especficas.

    3 A SEPLAN dever incluir, nos Alvars de construo, ou outro documento autorizativo, a exigncia dos

    geradores, pblicos ou privados, em promover a correta gesto de seus resduos da construo civil e a

    necessidade da apresentao de documentao idnea comprovando o descarte em reas de recepo

    licenciadas pela SEMMA, para a expedio do Termo de Habite-se.

    CAPTULO IV

    DO PROGRAMA MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL

    Art. 6 O Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, que elaborado e implementado

    pelo Municpio, atravs da SEMMA, definindo as responsabilidades dos pequenos geradores, dever adotar

    as seguintes diretrizes tcnicas e procedimentos:

    I So diretrizes tcnicas:

    a) melhorar a limpeza e o saneamento ambiental urbano;

    b) possibilitar o exerccio dos direitos e definir as responsabilidades dos pequenos geradores de

    resduos da construo civil, principalmente em relao ao transporte e descarte adequado dos

    resduos gerados, fomentando a reduo, a reutilizao, a reciclagem e a correta destinao dos

    mesmos.

    II So procedimentos bsicos relacionados aos pequenos geradores:

    a) destinar seus resduos, gratuitamente, nos Ecopontos administrados pela Prefeitura Municipal;

    b) utilizar-se de pequenos transportadores movidos a trao animal, alm dos veculos

    automotores de pequeno ou mdio porte;

    c) o uso de Controle de Transporte de Resduos Social para comprovar seus descartes, quando se

    servir de pequenos transportadores movidos a trao animal;

  • 7

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    d) o registro e recebimento, nos Ecopontos, de comprovante de descarte dos resduos ali

    depositados.

    CAPTULO V

    DOS DEVERES DOS GERADORES

    Seo I

    Dos pequenos geradores

    Art. 7 O Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil integrado pelos pequenos

    geradores, responsveis por atividade ou obra de construo civil, que produza at 1 m3 (um metro cbico),

    ou 1,5 toneladas, dos resduos definidos neste decreto, em uma nica obra, dentro de um perodo de at 120

    (cento e vinte) dias.

    1 Os resduos, mencionados no caput deste artigo, previamente segregados, podero ser encaminhados para os

    Ecopontos, ou para as reas para recepo de grandes volumes.

    2 A segregao, coleta, o transporte e destinao dos resduos mencionados no caput deste artigo sero de

    responsabilidade do gerador.

    Seo II

    Dos mdios geradores

    Art. 8 Os mdios geradores, definidos no art.4, inciso XIII, deste decreto, que realizem exclusivamente obras de

    reforma, esto dispensados da apresentao dos Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil

    devendo, no entanto, utilizar e manter arquivados, por 12 (doze) meses, os documentos de Controle de

    Transporte de Resduos -CTR de sua obra.

    1 Os mdios geradores que promoverem construo ou demolio, que promovam ampliao ou reduo na

    rea construda do imvel, devem declarar isto no CTR, para que a SEMMA proceda a devida comunicao a

    SEPLAN.

    2 vedado aos mdios geradores a utilizao dos Ecopontos, devendo segregar seus resduos no prprio

    canteiro de obras e encaminh-los rede de reas receptoras de grandes volumes.

    3 O transporte dos resduos da obra do mdio gerador, somente pode ser realizado pelo prprio gerador ou por

    transportador devidamente conveniado, conforme art. 39 e portando o Controle de Transporte de Resduos CTR, respeitadas as etapas anteriores e as normas tcnicas vigentes para o transporte de resduos.

    4 A responsabilidade pela segregao, coleta, transporte, destinao e disposio final do resduo do prprio

    gerador mencionado no caput.

    Seo III

    Dos grandes geradores

    Art.9 Os grandes geradores, definidos no art.4 inciso XII, deste decreto, cujos empreendimentos requeiram a

    expedio de alvar de aprovao e execuo de edificao nova, de reforma ou reconstruo, de demolio e

    de muros de arrimos, perante a SEPLAN, nos termos da legislao municipal, devem elaborar e implementar

    Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, em conformidade com as diretrizes da

    Resoluo CONAMA n 307, de 05 de julho de 2.002, estabelecendo os procedimentos especficos da obra

    para o manejo e destinao ambientalmente adequados dos resduos.

    Pargrafo nico. A SEPLAN dever incluir em suas diretrizes, para a emisso dos alvars supracitados, o Projeto de

    Gerenciamento de Resduos da Construo Civil.

    Art.10 Os geradores de grandes volumes de resduos da construo civil, pblicos ou privados, devem:

  • 8

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    I - especificar nos seus projetos, em conformidade com as diretrizes da legislao municipal, os

    procedimentos a serem tomados para a correta segregao, transporte e destinao de outros

    resduos eventualmente gerados tais como os resduos domiciliares, servios de sade, industriais

    ou de podas, provenientes de sanitrios, ambulatrios, refeitrios, setores administrativos, garagem

    dos veculos, dos maquinrios, e outras reas, estruturas ou equipamentos porventura existentes

    para atender a obra, obedecidas as legislaes e normas tcnicas especficas;

    II - quando contratantes de servios de transporte, triagem e destinao de resduos, devero especificar

    em seus Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, os agentes responsveis por

    estas etapas, definidos entre os agentes devidamente conveniadosjunto ao Poder Pblico;

    III - quando entes pblicos, na impossibilidade de cumprimento do disposto no inciso II em decorrncia

    de certame licitatrio ainda no iniciado, devero apresentar, junto aos Projetos de Gerenciamento

    de Resduos da Construo Civil, um Termo de Compromisso de Contratao de agente

    conveniadopara a execuo dos servios de transporte, e agente licenciado para a triagem e

    destinao de resduos, em substituio temporria sua identificao.

    Pargrafo nico. Os geradores especificados no caput podero, a seu critrio, substituir, a qualquer tempo, os agentes

    responsveis pelos servios de transporte, triagem e destinao de resduos por outros, desde que legalmente

    habilitados junto ao Poder Pblico.

    CAPTULO VI

    DOS PROJETOS DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL

    Art. 11 O Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil - PGRCC, que elaborado e implementado

    pelos geradores definidos em lei dever adotar, no mnimo, as seguintes diretrizes tcnicas:

    I - Deve permanecer exposto e disponvel, em local de fcil acesso, em todos os canteiros de obras,

    para monitoramento e fiscalizao de seu cumprimento, ao longo de todas as etapas da obra;

    II - O controle do transporte de resduos parte integrante do Projeto de Gerenciamento de Resduos da

    Construo Civil;

    III - Os mdios geradores ficam isentos da elaborao do PGRCC, desde que comprovem, por meio do

    controle de transporte de resduos ou comprovante emitido por rea de recepo licenciada, que

    realizaram o descarte ambientalmente adequado dos resduos gerados, devendo manter tais

    comprovantes por perodo, mnimo de 12 (doze) meses ou at a concluso da reforma.

    Pargrafo nico. O Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil deve conter, no mnimo, as informaes

    presentes no modelo constante do Anexo II, integrante deste Decreto.

    Art. 12 Os Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil devem apresentar a caracterizao dos

    resduos e os procedimentos a adotar para sua minimizao e para o manejo correto nas etapas de triagem,

    acondicionamento, transporte e destinao.

    Pargrafo nico. Os Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil devem contemplar as seguintes etapas:

    I - caracterizao - etapa em que o gerador deve identificar e quantificar os resduos de construo e

    demolio gerados no empreendimento;

    II - triagem - deve ser realizada preferencialmente pelo gerador, na origem, ou ser realizada nas reas de

    destinao licenciadas, respeitadas as classes de resduos estabelecidas em legislao especfica;

    III - acondicionamento - o gerador deve garantir o acondicionamento adequado dos resduos desde a

    gerao at a etapa de transporte, assegurando, em todos os casos possveis, as condies de

    reutilizao e de reciclagem;

  • 9

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    IV - transporte - deve ser realizado pelo prprio gerador ou por transportador devidamente conveniado e

    cadastrado pelo Poder Pblico, respeitadas as etapas anteriores e as normas tcnicas vigentes para o

    transporte de resduos;

    V - destinao - deve ser prevista e realizada em reas de destinao licenciadas e estar documentada

    nos Controles de Transporte de Resduos, de acordo com o disposto no Captulo VII, Seo II,

    deste Decreto.

    Art. 13 Os Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil com atividades de demolio devem incluir a

    identificao dos componentes da construo e sua posterior desmontagem seletiva, respeitadas as classes

    estabelecidas pela Resoluo CONAMA n 307, de 05 de julho de 2.002, visando:

    I - a minimizao dos resduos a serem gerados;

    II - a potencializao das condies de reutilizao e reciclagem de cada uma das classes de resduos

    segregados;

    III - e a sua correta destinao.

    Art.14 Toda obra submetida licitao pblica deve:

    I Apresentar, para a assinatura do contrato, comprovao da regularidade dos agentes responsveis pelas atividades de transporte, triagem e destinao de resduos, definidos entre os legalmente

    habilitados pelo Poder Pblico;

    II - Manter registros e comprovantes do transporte e destinao corretos dos resduos sob sua

    responsabilidade.

    Art. 15 O Poder Executivo deve regulamentar os procedimentos de anlise dos Projetos de Gerenciamento de

    Resduos da Construo Civil para as obras pblicas e privadas.

    1 Os responsveis por empreendimentos e atividades no enquadradas na legislao como objeto de

    licenciamento ambiental, devero encaminhar a SEMMA o projeto citado no caput, na ocasio da solicitao

    do alvar de aprovao e execuo de edificao nova, de reforma ou reconstruo, de demolio e de muros

    de arrimos;

    2 O Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil ser submetido anlise da equipe tcnica da

    SEMMA.

    Art. 16 A implementao do Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil pelos geradores pode ser

    realizada mediante a contratao de servios de terceiros, desde que discriminadas as responsabilidades das

    partes.

    1 A contratao dos servios de triagem, transporte ou destinao de resduos da construo civil deve ser

    documentado entre as partes, devendo cada uma delas manter cpia arquivada, por no mnimo 05 (cinco)

    anos, para controle e fiscalizao.

    2 Todos os executores contratados para a realizao das etapas previstas no Projeto de Gerenciamento de

    Resduos da Construo Civil devem estar legalmente habilitados junto aos rgos pblicos competentes.

    Art. 17 A Prefeitura Municipal de Bauru dever, atravs de seu departamento responsvel pela Informtica, e sob

    orientao da SEMMA, publicar e manter para acesso pblico em sua pgina na rede mundial de

    computadores, no mnimo as seguintes informaes:

    I tabela com as definies das classes de geradores vigentes no municpio e suas respectivas responsabilidades;

  • 10

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    II - o cadastro vlido e atualizado dos transportadores devidamente conveniados para atuar no

    municpio;

    III o cadastro vlido e atualizado das reas licenciadas, para reutilizao, reciclagem ou disposio dos resduos da Construo Civil no municpio, nominando seus respectivos responsveis e meios de

    contato;

    IV as infraes e suas respectivas penalidades;

    V como denunciar problemas relacionados a m gesto dos resduos da construo civil no municpio.

    Art. 18 A emisso de Habite-se ou Certido de Construo para os empreendimentos dos geradores de grandes

    volumes de resduos de construo civil ficar condicionado, aps concluso da obra, apresentao de

    documentos comprobatrios do transporte e destinao correta dos resduos.

    Art. 19 Os executores de obra, submetidos a contratos com qualquer rgo, entidade ou autarquia do Poder Pblico,

    devem comprovar durante a execuo do contrato, e no seu trmino, o cumprimento das responsabilidades

    ora regulamentadas e definidas no Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, incluindo

    cpia dos documentos de Controle de Transporte de Resduos devidamente preenchidos, para possibilitar a

    comprovao da destinao final dos resduos.

    Pargrafo nico. Entre as responsabilidades previstas no caput deve dar-se especial ateno quelas relativas correta triagem

    no prprio canteiro de obras, transporte, destinao e disposio final dos resduos gerados.

    CAPTULO VII

    REA DE DESTINAO DE RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL

    Seo I

    Pontos de entrega para pequenos volumes

    Art. 20 Os Ecopontos integram o Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, sendo

    definidas nesta lei:

    I - sua qualificao como servio pblico de coleta;

    II - sua implantao e operacionalizao adequada so responsabilidade da SEMMA.

    1 Para a instalao dos Ecopontos devem ser ocupadas reas pblicas ou reas viabilizadas pelo Poder Pblico

    Municipal.

    2 Os Ecopontos devem ser implantados pelo Poder Pblico Municipal, de modo a atender a sua

    sustentabilidade tcnica, ambiental e econmica, observada a legislao pertinente ao uso e ocupao do solo.

    3 A quantidade e a localizao dos Ecopontos devem ser definidos pela SEMMA, visando garantir solues

    eficazes de captao e destinao dos resduos da construo civil, combatendo o descarte indevido dos

    mesmos.

    Art. 21 Os Ecopontos podem receber resduos da construo civil exclusivamente dos pequenos geradores, descartes

    de resduos de construo, reforma e demolio, previamente triados, garantindo posterior transbordo e

    destinao adequada dos diversos componentes.

    Art. 22 vedado aos Ecopontos receber a descarte de resduos domiciliares no-inertes, oriundos do preparo de

    alimentos; resduos industriais ou resduos dos servios de sade.

    Art. 23 Nos ecopontos, os resduos da construo civil, identificados na Resoluo Conama 307, como sendo Classe

    B, devem ser segregados de forma a facilitar sua coleta para reuso ou reciclagem.

  • 11

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    Art. 24 As aes de educao ambiental, de controle e fiscalizao, necessrias ao bom funcionamento dos

    Ecopontos, fazem parte do Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil.

    Pargrafo nico. Caber a SEMMA a coordenao das aes previstas no caput.

    Art. 25 Para a implantao, e operao, dos Ecopontos devem ser atendidas as seguintes condies:

    I - isolamento da rea: deve dar-se mediante instalao de porto, cercamento do permetro e, sempre

    que possvel, implantao de cerca viva;

    II - preparao de locais para disposio diferenciada dos resduos: o equipamento deve contar com

    reas especficas, fisicamente isoladas, que possibilitem a disposio, em separado, de resduos de

    caractersticas e densidades diversas, bem como rea coberta para acomodar resduos da classe D;

    III infraestrutura: no mnimo 4 (quatro) caamba ou containers, escritrio e banheiro;

    IV - identificao do Ecoponto e dos resduos que podem ser recebidos: o local deve ser sinalizado com

    placa de identificao visvel, junto sua entrada, na qual devem constar, tambm, os tipos de

    resduos recebveis e os proibidos;

    V controle dos resduos recebidos: a SEMMA deve adotar procedimentos para controlar a quantidade de resduos recebidos mensalmente em cada um dos Ecopontos;

    VI controle dos resduos retirados: a mencionada Secretaria deve implementar procedimentos para o controle da quantidade e o destino dos diversos tipos de resduos triados e retirados do local.

    Art. 26 A operao dos Ecopontos deve obedecer s seguintes condies gerais:

    I - Todos os Ecopontos devero receber resduos da construo civil;

    II Os Ecopontos podero receber, conforme vier a ser estipulado pela SEMMA, diferentes qualidades e quantidades de outros tipos resduos,

    III - os resduos, ao serem descarregados, devem ser integralmente triados pelo depositante;

    III - os resduos devem ser acondicionados separadamente nos locais estabelecidos;

    IV - o acondicionamento dos materiais descarregados ou armazenados temporariamente deve ser

    efetuado de modo a impedir a proliferao de vetores;

    V - a remoo de resduos dos Ecopontos deve ocorrer com periodicidade tal que impea o acmulo e

    deve ocorrer de acordo com normas tcnicas vigentes para o transporte dos mesmos.

    Seo II

    reas receptoras de grandes volumes

    Art. 27 A implantao e operao das reas para recepo de grandes volumes, deve ocorrer em plena obedincia as

    normas legais pertinentes e as deliberaes emanadas dos rgos competentes.

    Art. 28 As reas receptoras de grandes volumes esto representadas por:

    I - reas de Transbordo e Triagem de Resduos da Construo Civil (ATT);

    II - reas de Reciclagem;

    III - e Aterros de Resduos da Construo Civil;

  • 12

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    IV reas de melhoria, conforme previsto no art.1, pargrafo segundo da Lei Municipal n 5.852, de 23 de dezembro de 2.009.

    Art. 29 Os empreendedores interessados na implantao de rea de Transbordo e Triagem de Resduos da

    Construo Civil devem seguir resolues publicadas pela SEMMA em Dirio Oficial local e normas

    tcnicas aplicveis.

    Art. 30 Os resduos recebidos nas reas de Transbordo e Triagem de Resduos da Construo Civil, conforme o

    Controle de Transporte de Resduos a que se refere o Anexo I, integrante deste Decreto, devem ser

    controlados cumulativamente quanto:

    I - a procedncia;

    II - a quantidade;

    III - a classificao e identificao do resduo.

    Pargrafo nico. Mensalmente, o responsvel pela rea de Transbordo e Triagem de Resduos da Construo Civil deve

    apresentar a SEMMA, em formato impresso e digital e at o 5 dia til do ms seguinte, relatrios contendo:

    I classificao e quantidade de resduos recebidos no respectivo ms;

    II - quantidade dos diversos tipos de resduos triados e destino, com os respectivos comprovantes;

    III - relao de geradores e transportadores no ms vigente.

    Art. 31 A operao das reas de Transbordo e Triagem de Resduos da Construo Civil deve estar em conformidade

    com a norma tcnica aplicvel, notadamente em relao s seguintes condies gerais:

    I - a unidade deve receber apenas resduos da construo civil;

    II - s devem ser aceitas expedies de veculos com a devida cobertura dos resduos neles

    acondicionados;

    III - os resduos descarregados na rea de Transbordo e Triagem de Resduos da Construo Civil

    devem:

    a) estar acompanhados do respectivo Controle de Transporte de Resduos, fornecido pelo

    transportador, em conformidade com o Anexo I, integrante deste Decreto;

    b) ser integralmente triados, evitando-se o acmulo de material no triado;

    IV - os resduos devem ser classificados pela sua natureza e acondicionados em locais adequados e

    diferenciados;

    V - o acondicionamento dos materiais descarregados ou armazenados temporariamente deve impedir o

    acmulo de gua;

    VI - os rejeitos que eventualmente estejam na massa de resduos recebidos devem ter destino adequado;

    VII - a remoo de resduos da rea de Transbordo e Triagem de Resduos da Construo Civil deve

    estar acompanhada pelo respectivo Controle de Transporte de Resduos, conforme Anexo I, emitido

    em 4 (quatro) vias.

    Art. 32 Os resduos da construo civil designados como classe A pela legislao federal especfica, excludos os

    produtos base de amianto, devem ser:

    I - reutilizados;

  • 13

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    II - reciclados na forma de agregados;

    III - ou encaminhados aos Aterros de Resduos da Construo Civil.

    Pargrafo nico. Os demais tipos de resduos da construo civil (classes B, C e D) devem, obedecidas as normas brasileiras

    especficas, serem encaminhados:

    I - reutilizao;

    II - reciclagem;

    III - armazenagem;

    IV - ou a aterros adequados.

    Art. 33 A limpeza das vias, em decorrncia do trfego de cargas de resduos nos acessos e no entorno da rea de

    Transbordo e Triagem de Resduos da Construo Civil, de responsabilidade do receptor.

    Pargrafo nico. A obrigao prevista no caput deve constar do respectivo projeto, sujeitando-se o receptor de resduos,

    quando em desacordo, s sanes legais aplicveis.

    Art. 34 A transformao dos materiais triados somente pode ser realizada na prpria rea de Transbordo e Triagem

    de Resduos da Construo Civil se a rea possuir licenciamento especfico para essa atividade.

    Art. 35 Os resduos da construo civil oriundos de eventos de grande porte (grandes demolies e escavaes,

    calamidades e outros), aps consulta a SEMMA podem ser encaminhados diretamente para as reas

    receptoras de grandes volumes correspondentes, para:

    I - triagem;

    II - reutilizao;

    III - reservao segregada e futura utilizao;

    IV - ou para constituio de espaos com utilidade urbana definida em projeto prprio.

    Art. 36 Os responsveis por reas de Reciclagem e por Aterros de Resduos da Construo Civil devem seguir as

    diretrizes:

    I - definidas nos processos de licenciamento pelos rgos ambientais competentes;

    II - estabelecidas nas normas tcnicas brasileiras aplicveis.

    Art. 37 As reas de Transbordo e Triagem Pblicas, reas de Reciclagem Pblicas e Aterros de Resduos da

    Construo Civil Pblicos, destinadas recepo de resduos da construo civil oriundos de aes pblicas

    de limpeza, devem seguir todas as diretrizes definidas neste Decreto e normas tcnicas aplicveis.

    CAPTULO VIII

    DAS RESPONSABILIDADES

    Seo I

    Da disciplina dos geradores

    Art. 38 Os Geradores de Resduos da Construo Civil devem ser fiscalizados e responsabilizados pelo uso incorreto

    dos equipamentos disponibilizados para a captao disciplinada dos resduos da construo civil gerados.

  • 14

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    1 Os pequenos volumes de Resduos da Construo Civil, limitados ao volume de 1 m3 (um metro cbico) ou

    1,5 toneladas dos resduos definidos neste decreto, podem ser destinados rede de Ecopontos, onde os

    depositantes devem ser responsveis por sua disposio diferenciada.

    2 Os mdios e grandes volumes de Resduos da Construo Civil, superiores ao volume de 1 m3 (um metro

    cbico) ou 1,5 toneladas dos resduos definidos neste decreto, devem ser destinados rede de reas para

    Recepo de Grandes Volumes, onde devem ser objeto de triagem e destinao adequada.

    3 Os geradores citados no caput s podem utilizar caamba ou containers metlicas estacionrias e outros

    equipamentos de coleta para a disposio exclusivamente de resduos da construo civil, quando forem

    encaminhados s respectivas reas receptoras.

    4 Os resduos depositados no podero ultrapassar os limites das dimenses das caamba ou containers ou

    outros equipamentos de coleta, no podendo, assim, haver projees externas, conforme Lei Municipal n

    3.982, de 12 de dezembro de 1.995.

    5 Os geradores podem transportar seus prprios resduos e, quando usurios de servios de transporte, ficam

    obrigados a utilizar exclusivamente os servios de remoo de transportadores conveniados junto ao Poder

    Pblico Municipal.

    Seo II

    Da disciplina dos transportadores

    Art. 39 Os Transportadores de Resduos da Construo Civil, reconhecidos como ao privada de coleta de resduos

    urbanos, submetida s diretrizes e ao gestora do Poder Pblico Municipal de Bauru, devendo constar de

    cadastro sistematizado pela SEMMA, conforme art. 51, e subordinados ao determinado no art. 95 da Lei

    Municipal n 4.362, de 12 de janeiro de 1.999 que disciplina o Cdigo Ambiental do Municpio.

    1 As caambas ou containers cuja sinalizao de contedo as identificar como sendo para a coleta de Resduos

    da Construo Civil devem obedecer normas especficas e, para serem encaminhadas para as reas de

    recepo de resduos da construo civil e no podem conter resduos de outra origem, devendo o gerador

    que requisitar tais equipamentos promover a segregao dos resduos em sua origem, sendo-lhe vedado

    utilizar ou permitir - que tais equipamentos sejam utilizados como coletores de lixo domstico.

    2 Estando sinalizadas para transporte de resduos da construo civil, caso ocorra o transporte indevido de

    resduos de outra origem, que no da construo civil, tanto o gerador quanto o transportador podem ser

    responsabilizados por culpa concorrente e penalizados conforme estabelece este decreto.

    3 Caambas ou containers, ou outros meios de transporte, utilizadas para descarte ou coleta de madeiras, ou

    demais resduos Classe B, devem ser destinados prioritariamente para empreendimentos que possibilitem o

    reuso ou reciclagem destes, em local devidamente licenciado.

    4 Os resduos Classe D so os resduos perigosos oriundos do processo de construo, tais como: tintas,

    solventes, leos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolies, reformas e reparos de clnicas

    radiolgicas, instalaes industriais e outros e devem ser destinados adequadamente de acordo com as

    legislaes vigentes.

    5 vedado aos transportadores:

    I - sujar as vias pblicas durante a operao com os equipamentos de coleta de resduos;

    II - fazer o deslocamento de resduos sem o respectivo documento de Controle de Transporte de

    Resduos (CTR) quando transportarem mais de 1 m3 (um metro cbico) ou 1,5 toneladas, de

    resduos da construo civil;

  • 15

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    III - fazer o deslocamento de resduos no horrio entre s 20:00h e s 6:00h, sem a devida autorizao

    especial para transporte noturno a ser solicitada com antecedncia mnima de 3 (trs) dias teis, de

    maneira fundamentada, junto a SEMMA;

    IV retirar do gerador e transportar as caambas ou containers para a coleta de resduos da construo civil quando estiverem preenchidas com volume superior ao limite permitido ou com resduos

    indevidos, de tal forma que impossibilite sua segregao.

    6 Os transportadores de resduos da construo civil ficam obrigados a:

    I - fornecer aos geradores atendidos, o documento de Controle de Transporte de Resduos (CTR) e

    identificando a correta destinao dada aos resduos coletados;

    II - utilizar dispositivos de cobertura de carga em caamba ou containers metlicas estacionrias ou

    outros equipamentos de coleta, durante o transporte dos resduos;

    III - fornecer documento simplificado de orientao aos geradores, usurios de seus equipamentos,

    quando operarem com caambas ou containers metlicas estacionrias, ou outros tipos de

    dispositivos, e veculos automotores, conforme o disposto no item 6 do Anexo I a este Decreto. Este

    documento deve orientar, no mnimo, sobre:

    a) os tipos de resduos que podem ser descartados nas caamba ou containers, para

    transporte e destinao correta,

    b) instrues sobre posicionamento da caamba ou container e volume a ser respeitado;

    c) instrues sobre o preenchimento dos CTR Controle de Transporte de Resduos; d) tipos de resduos admissveis nas caambas ou containers;

    e) prazo de utilizao da caamba ou container;

    f) proibio de contratar os servios de transportadores no conveniados;

    g) penalidades previstas em lei e outras instrues que julgue necessrias.

    IV - Usar equipamentos devidamente identificados com numerao, capacidade (em metros cbicos) e

    tipo de resduo a ser transportado, contemplando tambm quesitos exigidos na Lei Municipal n

    3.982, de 12 de dezembro de 1.995.

    7 A presena de transportadores irregulares, e a utilizao irregular das reas de destinao ou dos

    equipamentos de coleta devem ser coibidas pelas aes de fiscalizao.

    Art. 40 Os Transportadores de Resduos da Construo Civil devero ser conveniados para constar no cadastro

    especfico na SEMMA, cabendo-lhes a atender as seguintes obrigaes, sob pena de suspenso ou cassao

    cadastral, em caso de falta ou reincidncia no descumprimento das obrigaes do transportador, conforme

    aplicao das penalidades definidas neste Decreto.

    1 Submeter SEMMA, no ato do cadastramento e anualmente no ms de dezembro, a relao detalhada de

    seus equipamentos, veculos e maquinrios, de coleta e transporte de resduos da construo civil, tais como

    caminhes, caamba ou containers, ps carregadeiras e outros.

    2 Obter, junto a SEMMA, o nmero de identificao e controle de cada caamba ou container que a empresa

    utilizar, bem como manter esta identificao visvel, em conformidade com o prescrito no anexo IV deste

    decreto.

    3 As caambas ou containers devero indicar ao lado de seu nmero de identificao sua capacidade de transporte, indicando a mesma em metros cbicos.

    4 O pequeno transportador, fica obrigado a, quando adentrar em rea de recepo de resduos, apresentar

    documento oficial de identificao pessoal, com foto, bem como, quando operar rotineiramente com veculos

    movidos a trao animal ele fica obrigado a conveniar-se para obter a devida autorizao para transportar

    junto a SEMMA, para constar do cadastro de pequenos transportadores, bem como adotar o uso do CTR

    Social (anexo V) e deixar cpia deste com o pequeno gerador que contratar seus servios.

  • 16

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    5 Os pequenos veculos automotores particulares, sero aceitos para descartar nos Ecopontos quando

    provenientes de pequenos geradores, desde que atuem eventual e esporadicamente.

    6 Quando um veculo, pessoa fsica ou jurdica, descartar com regularidade superior a um descarte dentro do

    perodo de 120 (cento e vinte) dias, ele ser identificado como transportador de resduos da construo civil

    e, para continuar a exercer a atividade dever obter conveniar-se para obter a devida autorizao e constar do

    cadastro de transportadores da SEMMA, ficando proibido de descartar nos Ecopontos.

    Seo III

    Da disciplina dos receptores

    Art. 41 Os receptores de resduos da construo civil devem promover o manejo dos resduos nas reas para

    Recepo de Grandes Volumes, definindo-se:

    1 So reas para Recepo de Grandes Volumes:

    I - reas de Transbordo e Triagem de Resduos da Construo Civil;

    II - reas de Reciclagem;

    III - Aterros de Resduos da Construo Civil;

    IV reas de melhoria, conforme identificadas no art. 1, pargrafo 2, da Lei Municipal n 5.852, de 23 de dezembro de 2.009.

    2 Os operadores, pblicos ou privados, das reas referidas no 1 devem receber, obedecidas as diretrizes do

    seu licenciamento, atendendo sua capacidade de recebimento, os resduos oriundos de geradores ou

    transportadores de Resduos da Construo Civil.

    3 Os Resduos da Construo Civil recebidos nas reas elencadas no 1 devem ser previamente triados e as

    diferentes classes de resduos devem receber a destinao definida em legislao especfica, priorizando-se

    sua reutilizao ou reciclagem.

    4 No so admitidas nas reas citadas no 1 a descarga de:

    I - resduos de transportadores que no estejam devidamente conveniados com o Poder Pblico

    Municipal;

    II - resduos domiciliares no-inertes, resduos industriais e resduos dos servios de sade.

    Art. 42 O Poder Pblico Municipal, por meio da SEMMA, deve criar procedimento de registro e licenciamento para

    que proprietrios de reas de at 1.000 m2 (mil metros quadrados), volume total igual ou inferior a 1000 m3

    (mil metros cbicos), que necessitem de regularizao topogrfica, sem fins de edificao, possam execut-la

    com resduos Classe A, obedecidas as normas tcnicas aplicveis.

    Pargrafo nico. As reas a serem regularizadas, citadas no caput:

    I - devem receber resduos previamente triados, dispondo-se neles exclusivamente os Resduos da

    Construo Civil de natureza mineral, designados como classe A pela Resoluo CONAMA n 307,

    de 05 de julho de 2.002;

    II expressamente proibido o recebimento de resduos de construo provenientes de outros municpios, excetuando-se o caso em que os responsveis pela rea a ser regularizada sejam,

    comprovadamente, os geradores dos resduos dispostos.

  • 17

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    CAPTULO IX

    DOS PROCEDIMENTOS PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

    Art. 43 Para o licenciamento ambiental de reas de beneficiamento ou e de disposio final de resduos da construo

    civil, devero ser observadas as seguintes diretrizes:

    I - O atendimento s exigncias dos rgos ambientais competentes;

    II Legislao, Resoluo ou norma tcnica aplicvel.

    Art. 44 Os procedimentos para o licenciamento Ambiental de reas de Triagem e Transbordo, junto ao Municpio

    devero seguir as seguintes etapas:

    I - O cadastro ambiental de reas de triagem e transbordo dever ser realizado junto SEMMA.

    II Para o cadastro o requerente dever apresentar:

    a) RG, CPF ou CNPJ do solicitante;

    b) Requerimento devidamente preenchido;

    c) Projeto do empreendimento contendo os requisitos estabelecidos em norma tcnica aplicvel.

    CAPTULO X

    DA DESTINAO DOS RESDUOS

    Art. 45 Caber aos geradores e aos transportadores, o destino adequado dos resduos da construo civil, que devero

    estar segregados conforme disposto neste regulamento e serem encaminhados para:

    I - reas de Transbordo e Triagem de Resduos da Construo Civil (ATT);

    II - reas de Reciclagem;

    III - Aterros de Resduos da Construo Civil.

    IV reas de melhoria, conforme identificadas no art. 1, pargrafo 2, da Lei Municipal n 5.852, de 23 de dezembro de 2.009

    1 Nos locais referidos no caput, os resduos devem:

    I - ser armazenados separadamente;

    II - ser objeto de transbordo, se necessrio;

    III - visar sua reutilizao, reciclagem ou reservao segregada;

    IV - seguir as especificaes das normas tcnicas aplicveis.

    2 As reas de melhoria, conforme identificadas no art. 1, pargrafo 2, da Lei Municipal n 5.852 de 23 de

    dezembro de 2.009, podem armazenar exclusivamente resduos reutilizados, da classe A.

    Art. 46 Os Resduos da Construo Civil devem ser integralmente triados por seus geradores, ou nas reas receptoras,

    ou pelos transportadores de pequenos volumes quando do descarte nos ecopontos, segundo a classificao

    definida pelas Resolues CONAMA n 307, de 05 de julho de 2.002 e CONAMA n 431, de 24 de maio de

    2.011, em classes A, B, C e D e devem receber a destinao prevista nestas e em normas tcnicas aplicveis.

  • 18

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    1 Os Resduos da Construo Civil de natureza mineral, designados como classe A pela Resoluo CONAMA

    n 307, de 05 de julho de 2.002, devem ser prioritariamente reutilizados ou reciclados, salvo se inviveis estas

    operaes, situao em que devem ser conduzidos a Aterros de Resduos da Construo Civil licenciados.

    2 Nos casos de reutilizao dos resduos da Construo Civil de natureza mineral, designados como classe A

    pela Resoluo CONAMA n 307, de 05 de julho de 2.002, estes devem prioritariamente ser destinados as

    reas de melhoria, identificadas no art. 1, pargrafo 2, da Lei Municipal n 5.852, de 23 de dezembro de

    2.009.

    3 Os resduos Classe B devero ser reutilizados, reciclados, ou ainda armazenados, podendo ser destinados

    coleta seletiva municipal ou ao aterro adequado.

    4 Os resduos Classe C devero ser encaminhados para disposio final adequada, conforme legislao e

    normas tcnicas aplicveis.

    5 Fica proibido o recebimento de resduos Classe D nas reas receptoras de resduos da construo civil,

    devendo os mesmos ser encaminhados e transportados de acordo com legislao vigente.

    Art. 47 terminantemente proibida a disposio de resduos da construo civil em reas no licenciadas, sendo os

    infratores sujeitos s penalidades previstas no Captulo XV.

    CAPTULO XI

    DA REUTILIZAO DOS RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL E DO USO DE AGREGADOS RECICLADOS EM

    OBRAS E SERVIOS PBLICOS

    Art.48 Em conformidade com o estabelecido no Art. 1, 2, da Lei n 5.852, de 23 de dezembro de 2.009, ficam

    definidas as condies para reutilizao dos resduos da construo civil e do uso de agregados reciclados, ou

    dos produtos que os contenham, na execuo das obras e servios listados a seguir:

    I - a Prefeitura Municipal de Bauru utilizar tal material:

    a) em melhorias de estradas rurais,

    b) em melhorias de eroses urbanas,

    c) em outros usos nobres do material.

    II O uso de agregados reciclados, ou de produtos que os contenham, deve ocorrer:

    a) na execuo de sistemas de drenagem urbana ou suas partes, em substituio aos agregados

    convencionais utilizados a granel em lastros, nivelamentos de fundos de vala, drenos ou

    massas;

    b) na execuo de obras sem funo estrutural como muros, passeios, contrapisos, enchimentos,

    alvenarias etc.;

    c) na preparao de concreto sem funo estrutural para produo de artefatos como blocos de

    vedao, tijolos, meio-fio (guias), sarjetas, canaletas, briquetes, moures, placas de muro etc.;

    d) na execuo de revestimento primrio (cascalhamento) ou camadas de reforo de subleito, sub-

    base e base de pavimentao em estacionamentos e vias pblicas, em substituio aos

    agregados convencionais utilizados a granel;

    e) na execuo de servios internos de aterros sanitrios, desde que apresentados na forma

    mencionada no caput.

  • 19

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    1 O uso destes materiais deve dar-se tanto em obras contratadas como em obras executadas pela Administrao

    Pblica Direta ou Indireta.

    2 Podem ser dispensadas desta exigncia as obras de carter emergencial ou contratadas com dispensa de

    licitao em perodos de calamidade, observado o disposto na legislao vigente, em especial a Lei n 8.666,

    de 21 de junho de 1.993.

    3 H dispensa desta exigncia no caso de inexistncia de oferta de agregados reciclados, por produtor instalado

    no municpio ou em raio de at 30 km (trinta quilmetros) do local da obra.

    4 As dispensas de que tratam os 2 e 3 devem ser atestadas pelo dirigente do rgo municipal executante ou

    contratante e pelo rgo ambiental municipal.

    5 A aquisio de materiais e a execuo dos servios com agregado reciclado devem ser feitas com obedincia

    s normas tcnicas aplicveis.

    6 Na seleo do material para reutilizao ou na aquisio de materiais e a execuo dos servios com

    agregados reciclados deve-se privilegiar aqueles em cuja produo haja participao de organizaes

    associativas e sociais, com apoio a incluso social e emancipao econmica de catadores de materiais

    reutilizveis e reciclveis.

    7 As disposies deste artigo ficam condicionadas existncia de preos inferiores para os agregados

    reciclados, em relao aos agregados naturais, e sujeitas aos termos da legislao que rege os contratos e

    licitaes pblicas.

    CAPTULO XII

    DA GESTO E FISCALIZAO

    Art. 49 A SEMMA responsvel pela fiscalizao e coordenao das aes previstas no Plano Integrado de

    Gerenciamento de Resduos da Construo Civil.

    Pargrafo nico. A SEMMA deve:

    I - realizar o controle dos agentes envolvidos na gesto dos resduos da construo civil por meio dos

    processos de cadastro e fiscalizao;

    II - realizar reunies quando necessrio com representantes dos agentes geradores, transportadores e

    receptores de resduos, visando o compartilhamento de informaes para a sua gesto adequada.

    Art. 50 Cabe a SEMMA, no mbito de sua competncia, o cumprimento das normas estabelecidas neste Decreto e

    aplicao de sanes por eventual inobservncia.

    Pargrafo nico. Ocorrendo inobservncias cuja competncia para fiscalizar ou punir seja de outra secretaria ou rgo, dever

    a SEMMA requisitar a presena de fiscal, ou autoridade, competente no local ou oficiar ao mesmo sobre os

    fatos.

    Art. 51 Os procedimentos administrativos deste Decreto sero regulamentados atravs de resolues da SEMMA,

    publicadas no Dirio Oficial do Municpio.

    Art. 52 No cumprimento da fiscalizao, a SEMMA deve:

    I - inspecionar os geradores, transportadores e receptores de Resduos da Construo Civil quanto s

    normas deste Decreto;

    II - vistoriar obras de construo civil, documentos relativos a gesto dos resduos, o transporte de

    resduos da construo civil, equipamentos acondicionadores de resduos e locais onde ocorra

    descarte;

  • 20

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    III - expedir autos de constatao, notificao, advertncia, multa, cassao da licena e/ou convnio, ou

    outros, conforme a gravidade de cada caso;

    IV - enviar aos rgos competentes, os autos que no tenham sido pagos, para fins de inscrio na

    Dvida Ativa;

    V - oficiar aos rgos competentes eventuais irregularidades constatadas que no sejam de sua

    competncia.

    Art. 53 Quando julgado necessrio por agente designado pela SEMMA, o mesmo poder solicitar, atravs de

    advertncia, informaes ou documentos.

    CAPTULO XIII

    DOS INCENTIVOS

    Art. 54 O Municpio de Bauru estabelecer mecanismos de incentivos para a reduo na gerao de resduos, para a

    reutilizao de resduos, para a destinao dos resduos para a reciclagem e para a utilizao de agregados

    reciclados nas obras particulares, bem como de reconhecimento s pessoas fsicas ou jurdicas que

    contriburem para a implantao ou adotarem prticas adequadas para o gerenciamento dos resduos da

    construo civil.

    CAPTULO XIV

    DAS AES EDUCATIVAS

    Art. 55 O Municpio em parceria com os demais agentes envolvidos dever elaborar materiais instrucionais e

    informativos sobre o Plano Integrado de Gerenciamento dos Resduos da Construo Civil de Bauru, bem

    como relativos a informao, orientao e educao ambiental relacionadas aos resduos da Construo Civil.

    1 As Secretarias Municipais de Educao e de Sade devem anualmente desenvolver campanhas de educao

    ambiental relacionadas aos resduos da construo civil, visando contribuir para a que o indivduo e a

    coletividade construam valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competncias voltadas para a

    correta gesto dos resduos, visando a conservao do meio ambiente, essencial sadia qualidade de vida e

    sua sustentabilidade.

    2 As Secretarias Municipais de Obras, de Planejamento, das Administraes Regionais, bem como o DAE Departamento de gua e Esgoto de Bauru, a EMDURB Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru e a FUNPREV Fundao de Previdncia dos Servidores Pblicos Municipais Efetivos de Bauru, devem, anualmente, desenvolver atividades de educao ambiental relacionadas aos resduos da

    construo civil, visando contribuir para a que seus funcionrios construam e apliquem em suas funes e

    operaes, valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competncias voltadas para a correta gesto

    dos resduos da construo civil.

    3 Os materiais instrucionais mencionados no caput e pargrafo primeiro deste artigo devero ser

    disponibilizados em meios de comunicao e locais acessveis coletividade, em especial em locais

    vinculados ao ramo da construo civil, bem como aqueles de significativa abrangncia, como instituies

    pblicas, universidades, associaes, igrejas, sindicatos, conselhos, entre outros.

    CAPTULO XV

    DAS SANES ADMINISTRATIVAS E PENALIDADES

    Seo I

    Disposies gerais

    Art. 56 Considera-se infrao administrativa toda ao ou omisso, praticada a ttulo de dolo ou culpa, que viole as

    disposies estabelecidas neste Decreto, conforme estabelecido no Anexo III, e nas normas dele decorrentes.

  • 21

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    Art. 57 Por transgresso do disposto neste Decreto e nas normas dele decorrentes, consideram-se infratores:

    I o gerador,

    II - o transportador;

    III o receptor.

    Art. 58 Considera-se reincidncia o cometimento de nova infrao dentre as tipificadas neste Decreto, ou em normas

    dele decorrentes, dentro do prazo de doze meses aps a data de aplicao de penalidade por infrao anterior.

    Art. 59 No caso de os efeitos da infrao terem sido sanados pelo Poder Pblico, o infrator dever ressarcir os custos

    incorridos, em dinheiro, ou, a critrio da autoridade administrativa em atividades de melhoria ou recuperao

    ambiental.

    Seo II

    Do procedimento administrativo

    Art. 60 A fiscalizao do cumprimento das disposies deste Decreto e das normas dele decorrentes ser realizada

    pelos agentes de proteo ambiental e pelos demais servidores pblicos para tal fim designados.

    Art. 61 Consideram-se para os fins deste captulo os seguintes conceitos:

    I - advertncia: a intimao do infrator para fazer cessar a irregularidade sob pena de imposio de

    outras sanes;

    II - auto de constatao: registra a irregularidade constatada no ato da fiscalizao, atestando o

    descumprimento preterido ou iminente da norma ambiental e adverte o infrator das sanes

    administrativas cabveis;

    III - auto de infrao: registra o descumprimento de norma ambiental e consigna a sano pecuniria

    cabvel;

    IV - fiscalizao: toda e qualquer ao de agente fiscal credenciado visando ao exame e verificao do

    atendimento s disposies contidas na legislao ambiental, neste regulamento e nas normas dele

    decorrentes;

    V - infrao: o ato ou omisso contrrio legislao ambiental, a este regulamento e s normas deles

    decorrentes;

    VI - infrator: a pessoa fsica ou jurdica cujo o ato ou omisso, de carter material ou intelectual,

    provocou ou concorreu para o descumprimento da norma ambiental;

    VII - multa: a imposio pecuniria singular diria ou administrativa de natureza objetiva a que se

    sujeita o administrado em decorrncia da infrao cometida;

    VIII - notificao: a intimao do infrator para fazer cessar a irregularidade sob pena de imposio de

    outras sanes;

    IX - poder de polcia: a atividade da administrao que, limitando ou disciplinando direito, interesse,

    atividade ou empreendimento, regula a prtica de ato ou absteno de fato, em razo de interesse

    pblico concernente proteo, controle ou conservao do meio ambiente e a melhoria da

    qualidade de vida no municpio de Bauru;

  • 22

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    X - reincidncia: a perpetrao de infrao da mesma natureza ou de natureza diversa, pelo agente

    anteriormente autuado por infrao ambiental. No primeiro caso tratando-se de reincidncia

    observar um prazo mximo de 12 (doze) meses entre uma ocorrncia e outra.

    Art. 62 No exerccio da ao fiscalizadora sero assegurados aos agentes fiscais credenciados o livre acesso e a

    permanncia, pelo tempo necessrio, nos estabelecimentos pblicos e privados.

    Art. 63 Mediante requisio da SEMMA ao rgo competente, o agente credenciado poder ser acompanhado por

    fora policial no exerccio da ao fiscalizadora.

    Art. 64 Aos agentes de proteo ambiental designados compete:

    I - efetuar visitas e vistorias;

    II - verificar a ocorrncia da infrao;

    III - lavrar o auto correspondente fornecendo cpia ao autuado;

    IV - elaborar relatrio de vistoria;

    V - exercer atividade orientadora visando a adoo de atitude ambiental positiva.

    Art. 65 A fiscalizao e a aplicao de penalidades de que tratam este regulamento dar-se-o por meio de:

    I - auto de constatao;

    II - auto de infrao;

    Pargrafo nico. Os autos sero lavrados em 2 (duas) vias destinadas:

    a) a 1, ao autuado;

    b) a 2, ao processo administrativo.

    Art. 66 Constatada a irregularidade, ser lavrado o auto de infrao, com no mnimos os seguintes itens:

    I - o nome da pessoa fsica ou jurdica autuada, com respectivo endereo;

    II - o fato constitutivo da infrao e o local, hora e data respectivos;

    III - o fundamento legal da autuao;

    IV - a penalidade aplicada e, quando for o caso, o prazo para correo da irregularidade;

    V - a assinatura do autuante e do autuado;

    VI - o prazo para apresentao da defesa.

    Art. 67 A assinatura do infrator ou seu representante no constitui formalidade essencial validade do auto, nem

    implica em confisso, nem a recusa constitui agravante.

    Paragrafo nico. Se o infrator recusar-se a assinar o auto, tal circunstncia ser nele referida e atestada por duas testemunhas,

    que o assinaro.

    Art. 68 Do auto ser intimado o infrator:

    I - pelo autuante, mediante assinatura do infrator;

  • 23

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    II - por via postal, fax ou telex, com prova de recebimento;

    III - por edital, nas demais circunstncias.

    Pargrafo nico. O edital ser publicado durante 3 (trs) publicaes consecutivos, em rgo de imprensa oficial, ou em jornal

    de grande circulao.

    Seo III

    Das penalidades

    Art. 69 Os responsveis pela infrao ficam sujeitos s seguintes penalidades, que podero ser aplicadas

    independentemente:

    I - advertncia por escrito em que o infrator ser intimado para fazer cessar a irregularidade sob pena

    de imposio de outras sanes;

    II - multa simples, diria ou cumulativa;

    III suspenso temporria da atividade; IV - cassao de alvars, licenas e/ou convnios, e a conseqente interdio definitiva do

    estabelecimento autuado, a serem efetuadas pelos rgos competentes do Executivo Municipal;

    V - perda ou restrio de incentivos e benefcios fiscais concedidos pelo Municpio;

    VI - reparao, reposio ou reconstituio do recurso ambiental danificado, de acordo com suas

    caractersticas e com as especificaes definidas pela SEMMA, em conjunto com o COMDEMA.

    1 Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas ou mais infraes, ser-lhe-o aplicadas cumulativamente s

    penas cominadas.

    2 A aplicao das penalidades previstas neste Decreto no exonera o infrator das cominaes civis e penais

    cabveis.

    3 Sem obstar a aplicao das penalidades previstas neste artigo, o infrator obrigado, independentemente de

    existncia de culpa, a indenizar ou recuperar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por

    sua atividade.

    Art. 70 Se, o infrator punido pelo cometimento de infrao disposta neste Decreto, reincidir trs vezes na mesma

    infrao, salvo em casos de maior gravidade, de circunstncias agravantes, considerando os antecedentes do

    infrator, ser aplicada a pena de suspenso temporria da atividade, at que seja sanada a irregularidade.

    Pargrafo nico. Em caso de descumprimento da suspenso, ser aplicada a pena de cassao do alvar, licena e/ou convnio

    para execuo de obra ou para o exerccio de atividade.

    Art. 71 Se, o infrator punido pelo cometimento de infrao disposta neste Decreto, reincidir pela quarta vez na

    mesma infrao, salvo em casos de maior gravidade, de circunstncias agravantes, considerando os

    antecedentes do infrator, ser aplicada a pena de cassao do alvar , licena e/ou convnio para execuo de

    obra ou para o exerccio de atividade.

    Art. 72 O no cumprimento do expresso no Captulo VI, deste Decreto, por agentes submetidos a contratos com o

    Poder Pblico, determina a aplicao das penalidades previstas na Lei Federal n 8.666, de 21 de junho de

    1.993.

    Art. 73 s obras e servios referenciadas no Capitulo XI deste Decreto, aplicam-se, no que couber, as normas

    administrativas j em vigor, tanto as referentes ao seu andamento como aos profissionais e fiscalizao.

  • 24

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    Art. 74 As disposies estabelecidas neste Decreto enseja a aplicao das penalidades previstas no mesmo, sem

    prejuzo da aplicao da Lei Federal n 9.605, de 12 de fevereiro de 1.998, que dispe sobre os crimes

    ambientais, e do Decreto Federal n 6.514, de 22 de julho de 2.008, que a regulamenta, bem como de outras

    legislaes pertinentes.

    Pargrafo nico. Os valores previstos nas leis mencionadas no caput deste artigo sero reajustados de acordo com o

    estabelecido nas legislaes pertinentes.

    Seo IV

    Dos Recursos

    Art. 75 O autuado poder apresentar defesa no prazo de 15 (quinze) dias contados do recebimento do auto de

    infrao.

    Pargrafo nico. Decorrido o prazo de defesa e no havendo manifestao por parte do Autuado, o Auto de Infrao ser

    encaminhado para inscrio em Dvida Ativa em seu valor integral.

    Art. 76 A impugnao da sano ou da ao fiscal, instaura o processo de contencioso administrativo em primeira

    instncia.

    Pargrafo nico. A impugnao ser apresentada ao Protocolo Geral da Prefeitura, devendo mencionar:

    a) autoridade julgadora a quem dirigida;

    b) a qualificao do impugnante;

    c) os motivos de fato e de direito em que se fundamentar;

    d) os meios de prova a que o impugnante pretende produzir, expostos os motivos que as justifiquem.

    Art. 77 Oferecida a impugnao, o processo ser encaminhado ao fiscal autuante ou servidor designado pela

    SEMMA, que sobre ela dever se manifestar em 10 (dez) dias.

    Art. 78 Fica vedado reunir em uma s impugnao ou recurso referente a mais de uma sano ou ao fiscal, ainda

    que versem sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo infrator.

    Art. 79 O julgamento do processo administrativo, e os relativos ao exerccio do poder de polcia, ser de

    competncia:

    I - em primeira instncia, por uma Junta de Impugnao Fiscal, formada por 5 (cinco) membros, entre

    eles tcnicos e fiscais do poder executivo municipal;

    Pargrafo nico. O processo em primeira instncia ser julgado num prazo de 30 (trinta) dias.

    I - em segunda instncia e ltima instncia administrativa, pelo Secretrio Municipal do Meio

    Ambiente, aps prvio parecer do COMDEMA.

    1 Aps recebimento do processo em plenrio, o COMDEMA ter prazo de 30 dias para apresentar seu parecer,

    encaminhado ao Secretrio Municipal do Meio Ambiente que proferir deciso em igual perodo.

    2 Se o processo depender de diligncia, este prazo passar a ser contado a partir da concluso daquela.

    3 Fica facultado ao autuante e ao autuado juntar provas no decorrer do perodo em que o processo estiver em

    diligncia.

    Art. 80 As decises tanto em primeira quanto em segunda instncia devero ser fundamentadas.

  • 25

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    Ref. Dec. n 11.689/11

    Art. 81 Aps o trmino de todos os recursos administrativos, sendo os mesmos julgados improcedentes ou, na

    ausncia deles, o processo ser encaminhado a Secretaria de Negcios Jurdicos para os devidos

    procedimentos legais.

    CAPTULO XVI

    DAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 82 As especificaes tcnicas e editais de licitao para obras pblicas municipais referentes s atividades aqui

    previstas devem fazer, no corpo dos documentos, meno expressa a este Decreto e s condies e exigncias

    nele estabelecidas.

    Art. 83 As despesas com a execuo deste Decreto devem correr por conta de dotaes oramentrias prprias,

    suplementadas se necessrio.

    Art. 84 Estabelece-se o prazo de 06 (seis) meses para disseminao e implantao das determinaes deste decreto.

    Art. 85 As disposies deste Decreto no excluem as normas ambientais de carter Federal ou Estadual.

    Art. 86 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao.

    Bauru, 21 de outubro de 2.011.

    RODRIGO ANTONIO DE AGOSTINHO MENDONA

    PREFEITO MUNICIPAL

    MAURCIO PONTES PORTO

    SECRETRIO DOS NEGCIOS JURDICOS

    VALCIRLEI GONALVES DA SILVA

    SECRETRIO DO MEIO AMBIENTE

    Registrado no Departamento de Comunicao e Documentao da Prefeitura, na mesma data.

    GILMARA MEIRE DE SOUSA ARAJO

    DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAO E DOCUMENTAO

  • 26

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    ANEXO I

    CTR CONTROLE DE TRANSPORTE DE RESDUOS

    1. IDENTIFICAO DO TRANSPORTADOR

    Nome ou Razo Social:

    CPF ou CNPJ:

    Endereo:

    Fone:

    Nome do condutor:

    Convnio Municipal: Cadastro Municipal:

    Placa do veculo: Identificao da caamba:

    2. IDENTIFICAO DO GERADOR

    Nome ou Razo Social:

    CPF ou CNPJ:

    Endereo:

    Fone:

    Responsvel pela expedio do resduo:

    2.1 ENDEREO DA RETIRADA

    Rua/Av.:

    Bairro: Municpio:

    3. IDENTIFICAO DA REA RECEPTORA DE GRANDES VOLUMES

    Nome ou Razo Social:

    N da Licena de Funcionamento:

    Endereo:

    Fone:

    Responsvel pelo recebimento do resduo:

    Data: / / Horrio:

    4. IDENTIFICAO DO RESDUO

    Volume coletado (em m3) Podas Reforma

    Concreto/Argamassa/Alvenaria/

    Tijolos/Louas/ Gesso/ Telhas

    Limpeza de

    terreno/quintal

    com alterao

    da rea construda

    Madeira (tbuas, pisos, saibros,

    escoramentos)

    Solo

    Demolio

    Latas (de tinta, resinas

    Domiciliares Construo

    Especificar outros:

    5. INFORMAES ADICIONAIS RELEVANTES

    1 via - Gerador 2 via - Transportador 3 via - Destino 4 - Prefeitura

    6. ORIENTAO AO USURIO (de acordo com o Decreto Municipal n __ de ___ de ____ e sanes

    nele previstos, bem como Lei Municipal n 3982, de 12 de dezembro de 1995)

    a) o gerador proibido de misturar resduos da construo civil e outros, na mesma caamba ou container.

    b) o transportador proibido de coletar e transportar equipamentos com resduos domiciliares, industriais e

    outros, quando os mesmos forem destinados s reas de recepo de resduos da construo civil;

    c) o gerador s pode dispor resduos at o limite superior original do equipamento;

    d) o transportador obrigado a usar dispositivo de cobertura de carga dos resduos;

    e) as caambas ou containers devem ser estacionadas prioritariamente no interior do imvel;

    f) ao gerador proibido contratar transportador no conveniado a administrao municipal;

    g) o transportador tem o dever de entregar ao gerador, cpia deste CTR e da comprovao da correta

    destinao dos resduos coletados.

  • 27

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    ANEXO II DO DECRETO N 11.689, DE 21 DE OUTUBRO DE 2.011

    Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil

    (informaes bsicas obrigatrias)

    1. Caractersticas bsicas da obra (finalidade, prazo de execuo, reas, pavimentos e outras descries)

    2. Materiais e componentes bsicos utilizados em cada etapa (preparo de canteiro, fundaes, estrutura, vedaes,

    instalaes, revestimentos, cobertura etc.)

    2.1. Resduos classe A que sero gerados (descrio e quantidade estimada em m3 dos resduos de concreto, argamassas,

    alvenaria, produtos cermicos, solo e outros)

    2.2. Resduos classe B que sero gerados (descrio e quantidade estimada em m3 dos resduos de madeira, plsticos,

    papis e papeles, metais, vidros, gesso e outros)

    2.3. Resduos classe C que sero gerados (descrio e quantidade estimada em m3 dos resduos)

    2.4. Resduos classe D que sero gerados (descrio e quantidade estimada em m3 dos resduos de tintas, solventes,

    leos, instalaes radiolgicas ou industriais e outros resduos perigosos)

    3. Iniciativas para minimizao dos resduos (escolha dos materiais, orientao da mo de obra e responsveis,

    controles a serem adotados etc.)

    4. Iniciativas para absoro dos resduos na prpria ou em outras obras (reutilizao dos resduos de demolio,

    reutilizao nas diversas etapas etc.)

    5. Iniciativas para acondicionamento diferenciado e transporte adequado (forma de organizao dos resduos das

    quatro classes, dispositivos empregados etc.)

    6. Descrio do destino a ser dado aos resduos no absorvidos

    Classe A (transporte para

    rea de triagem, rea de

    reciclagem, aterro para

    reservao, aterro para

    regularizao de rea etc.)

    Classe B (transporte para

    rea de triagem, rea de

    reciclagem especfica,

    aterro adequado licenciado

    etc.)

    Classe C (transporte para

    rea de triagem, rea de

    reciclagem especfica, aterro

    adequado licenciado etc.)

    Classe D (transporte para

    rea de triagem, rea de

    reciclagem especfica, aterro

    adequado licenciado etc.)

  • 28

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    7. Descrio do destino a ser dado a outros tipos de resduos (eventuais resduos de ambulatrios, refeitrios,

    administrao etc.)

    8. Indicao dos agentes responsveis pelo fluxo posterior dos resduos (os agentes podem ser substitudos, a critrio

    do gerador, por outros, legalmente habilitados)

    8.1. Identificao do transportador

    Nome:

    _________________________________________

    Cadastro: ______________________________________

    End.: _________________________________________

    Tel.: __________________________________________

    8.2. Identificao da rea receptora dos resduos

    Nome: __________________________________________

    Licena: ________________________________________

    End.: ___________________________________________

    Tel.: ___________________________________________

    8.1. Identificao do transportador

    Nome:

    _________________________________________

    Cadastro: ______________________________________

    End.:

    __________________________________________

    Tel.: __________________________________________

    8.2. Identificao da rea receptora dos resduos

    Nome: __________________________________________

    Licena: ________________________________________

    End.: ___________________________________________

    Tel.: ____________________________________________

    Preencher quantos campos sejam necessrios

    9. Caracterizao dos responsveis

    9.1. Identificao do gerador

    Nome: ________________________________________

    CPF/CNPJ: ____________________________________

    End.: _________________________________________

    Tel.: __________________________________________

    Assinatura:................... (Local)...............

    (Data)...../...../.....

    9.2. Identificao do responsvel tcnico da obra

    Nome: ________________________________________

    CREA: _______________________________________

    End.: _________________________________________

    Tel.: __________________________________________

    Assinatura:..................... (Local)............. (Data)...../...../.....

    Podem ser includas, alm destas, outras informaes julgadas necessrias pelos geradores.

  • 29

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    ANEXO III

    TABELA ANEXA AO DECRETO N 11.689, DE 21 DE OUTUBRO DE 2.011

    Ref Natureza da infrao Valor da multa

    (em Reais)

    DOS GERADORES

    I Desrespeitar o limite de volume de caamba ou container estacionria por parte dos

    geradores 500

    II Acondicionar de resduos em desacordo com a identificao de contedo da

    caamba ou container por parte dos geradores 1200

    III Usar de transportadores no conveniados devidamente junto a SEMMA 4700

    IV

    Realizar obra sem o devido controle da destinao dos resduos da construo civil:

    a) quando o terreno da obra possuir rea at 125 m2 500

    b) quando o terreno da obra possuir rea acima de 125 m2 at 200 m2 800

    c) quando o terreno da obra possuir rea acima de 200 m2 at 500 m2 1000

    d) quando o terreno da obra possuir rea acima de 500 m2 5000

    V Manter canteiro de obras sem o devido projeto de gerenciamento dos RCC e ou sem

    sua devida aplicao do mesmo. 5000

    VI

    Despejar resduos da construo civil em locais proibidos ou no licenciados

    a) quando o veculo de transporte for carrinho de mo ou veculo movido a trao

    animal

    a) 100

    b)VECULOS LEVES correspondendo a ciclomotor, motoneta, motocicleta,triciclo, quadriciclo, automvel, utilitrio, caminhonete e camioneta.

    b) 500

    c)VECULOS MDIOS correspondendo a

    utilitrio, caminhonete e camioneta.

    c) 1000

    d)VECULOS PESADOS correspondendo a nibus, micronibus, caminho, caminho-trator, trator de rodas, trator misto, chassi-plataforma, motor-casa,

    reboque ou semireboque e

    d) 5000

    DO EXERCCIO DA ATIVIDADE DE TRANSPORTADOR

    VII Exercer atividade de transportador de resduos sem o devido convnio com a

    SEMMA 5000

    VIII Transportar resduos em desacordo com a identificao de contedo da caamba ou

    container 5000

    IX Desrespeitar do limite de volume de caamba ou container estacionria por parte

    dos transportadores 1200

    X Despejar resduos da construo civil em locais proibidos ou no licenciados 7000

    XI Transportar resduos da construo civil sem estar devidamente conveniado ou sem

    portar o obrigatrio documento de Controle de Transporte de Resduos (CTR) 1175

  • 30

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    devidamente preenchido suas combinaes.

    XII Realizar o transporte de resduos da construo civil sem o obrigatrio dispositivo

    de cobertura de carga 2500

    XIII No fornecer comprovao da correta destinao e documento com orientao aos

    usurios 2500

    XIV Usar de equipamentos em situao irregular sem a devida identificao 1200

    DOS RECEPTORES

    XV Recepcionar resduos no autorizados pela SEMMA 5000

    XVI Recepcionar resduos em rea no licenciada 5000

    Nota 1: a tabela no inclui as multas e penalidades decorrentes de infraes ao Cdigo Brasileiro de Trnsito (Lei Fed. 9.503,

    23/09/97)

    Nota 2: a tabela no inclui as multas e penalidades decorrentes de infraes Lei de Crimes Ambientais (Lei Fed. 9.605,

    12/02/98).

  • 31

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    ANEXO IV

    Caamba de resduos da construo civil

  • 32

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

    ESTADO DE SO PAULO

    ANEXO V

    CTR Social

    1. IDENTIFICAO DO TRANSPORTADOR

    Nome do transportador:

    RG:

    Endereo:

    Fone:

    2. IDENTIFICAO DO GERADOR

    Nome:

    Endereo (Rua, Avenida, Bairro, Nmero, etc):

    3. IDENTIFICAO DO RESDUO

    Podas

    Concreto/Argamassa/Alvenaria/

    Tijolos/Louas/ Gesso/ Telhas

    Limpeza de

    terreno/quintal

    Madeira (tbuas, pisos, saibros,

    escoramentos)

    Solo

    Latas (de tinta, resinas

    Domiciliares

    Especificar outros:

    4. INFORMAES ADICIONAIS RELEVANTES