de sinopiano a sinopense - unemat – campus sinop |...

12
DISCURSO E IDENTIDADE: O PAPEL DO JORNAL O SINOPEANO NA CONSTRUÇÃO DE UM IMAGINÁRIO DO MUNICÍPIO DE SINOP E DA POSIÇÃO SUJEITO SINOPENSE Tânia Pitombo de Oliveira Sandra Luzia Wrobel Straub Cristinne Leus Tomé Kênya Karoline Ribeiro Sodré RESUMO Este artigo disserta sobre o papel da mídia impressa jornalística na construção dos processos de identificação e de como a nossa sociedade produz saberes sobre si e sobre o outro em diferentes suportes tecnológicos. O texto a seguir é resultado das reflexões do Grupo de Estudos Educação e Linguagem no desenvolvimento do Projeto de Pesquisa TECER DE UMA DISCURSIVIDADE NA REGIÃO NORTE MATO-GROSSENSE DA AMAZÔNIA LEGAL: contextos e possibilidades de desenvolvimento frente à sustentabilidade na área da Análise de Discurso e tem como corpus de análise o funcionamento discursivo das primeiras edições do jornal denominado O Sinopeano, que nos primeiros anos de fundação e emancipação do município de Sinop no Estado de Mato Grosso, foi o principal/único instrumento tecnológico de produção e circulação de notícias locais. Em 1972, vieram para a região do Norte do Mato Grosso os primeiros imigrantes que deram origem as cidades de Sinop, Santa Carmen, Vera e Cláudia, a Gleba Celeste. Neste caso específico, esta análise se propõe a refazer o trajeto histórico do jornal impresso O SINOPEANO em suas primeiras publicações que circularam nos anos de 1979 a 1985. Como recorte de análise, trabalhamos as edições 15/1980 e 57/1984 na construção dos processos de identificação do sujeito sinopense nos aspectos religioso, econômico, social, pesquisa e desenvolvimento. Durante a colonização na Gleba Celeste, a empresa Colonizadora, ancorada nos processos de formação imaginária, constrói/marca/fixa um imaginário do que é ser sujeito sinopense nos primeiros anos de fundação e emancipação do município de Sinop/MT. Palavras-chave: Mídia impressa, Formação Imaginária, Processos de Identificação

Upload: vuongquynh

Post on 11-Jan-2019

223 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

DISCURSO E IDENTIDADE: O PAPEL DO JORNAL O SINOPEANO NA

CONSTRUÇÃO DE UM IMAGINÁRIO DO MUNICÍPIO DE SINOP E DA POSIÇÃO

SUJEITO SINOPENSE

Tânia Pitombo de Oliveira

Sandra Luzia Wrobel Straub

Cristinne Leus Tomé

Kênya Karoline Ribeiro Sodré

RESUMO

Este artigo disserta sobre o papel da mídia impressa jornalística na construção dos

processos de identificação e de como a nossa sociedade produz saberes sobre si e

sobre o outro em diferentes suportes tecnológicos. O texto a seguir é resultado das

reflexões do Grupo de Estudos Educação e Linguagem no desenvolvimento do

Projeto de Pesquisa TECER DE UMA DISCURSIVIDADE NA REGIÃO NORTE

MATO-GROSSENSE DA AMAZÔNIA LEGAL: contextos e possibilidades de

desenvolvimento frente à sustentabilidade na área da Análise de Discurso e tem

como corpus de análise o funcionamento discursivo das primeiras edições do jornal

denominado O Sinopeano, que nos primeiros anos de fundação e emancipação do

município de Sinop no Estado de Mato Grosso, foi o principal/único instrumento

tecnológico de produção e circulação de notícias locais. Em 1972, vieram para a

região do Norte do Mato Grosso os primeiros imigrantes que deram origem as

cidades de Sinop, Santa Carmen, Vera e Cláudia, a Gleba Celeste. Neste caso

específico, esta análise se propõe a refazer o trajeto histórico do jornal impresso O

SINOPEANO em suas primeiras publicações que circularam nos anos de 1979 a

1985. Como recorte de análise, trabalhamos as edições 15/1980 e 57/1984 na

construção dos processos de identificação do sujeito sinopense nos aspectos

religioso, econômico, social, pesquisa e desenvolvimento. Durante a colonização na

Gleba Celeste, a empresa Colonizadora, ancorada nos processos de formação

imaginária, constrói/marca/fixa um imaginário do que é ser sujeito sinopense nos

primeiros anos de fundação e emancipação do município de Sinop/MT.

Palavras-chave: Mídia impressa, Formação Imaginária, Processos de Identificação

Introdução

Este texto é resultado das reflexões do Grupo de Estudos Educação e

Linguagem no desenvolvimento do Projeto de Pesquisa TECER DE UMA

DISCURSIVIDADE NA REGIÃO NORTE MATO-GROSSENSE DA AMAZÔNIA

LEGAL: contextos e possibilidades de desenvolvimento frente à sustentabilidade na

área da Análise de Discurso e tem como corpus de análise o funcionamento

discursivo das primeiras edições do jornal denominado O Sinopeano, que nos

primeiros anos de fundação e emancipação do município de Sinop no Estado de

Mato Grosso, foi o principal/único instrumento tecnológico de produção e circulação

de notícias locais.

Refletir sobre a questão das Tecnologias envolve um grande número de

questões. E envolve, certamente, pensar a relação das tecnologias com as cidades

e qual o lugar destinado a esta relação na construção do processo de identificação

do cidadão da sociedade contemporânea. Este campo do conhecimento nos leva a

refletir sobre o papel da mídia, neste caso específico o jornal.

Quando o assunto é linguagem, e tomando Orlandi (1999a, p.15), os estudos

podem abrir-se em direções muito variadas. Podemos concentrar nossa atenção

sobre a língua enquanto um sistema de signos ou enquanto sistema de regras

formais e é isto que faz a Linguística; podemos conceber a língua como normas de

bem dizer e é isto que faz a Gramática Normativa; podemos considerar que há

muitas maneiras de significar e nos interessamos pela linguagem de uma maneira

peculiar e é isto que faz a Análise de Discurso.

Nesse sentido, procuramos compreender a mídia impressa jornal como

acontecimento discursivo conforme Pêcheux (1997) na construção e divulgação de

um imaginário e assim identificar o papel da mídia impressa na construção dos

processos de identificação de uma cidade que se iniciava e a relação com os

habitantes, seus efeitos e particularidades.

A Análise de Discurso materialista (AD) vai trabalhar sempre com a língua

como estrutura para chegar ao acontecimento discursivo. Para Orlandi (1994, p. 54),

a AD se apoia na reflexão sobre o sujeito e o sentido, propõe “uma forma de pensar

sujeito e sentido que se afasta tanto do idealismo subjetivista (sujeito individual)

como do objetivismo abstrato (sujeito universal)”.

Entendemos, a partir dos fundamentos teóricos da Análise de Discurso

materialista, que para ser acontecimento discursivo este tem que se inscrever e

produzir memória. A enunciação para Orlandi (2003, p. 28) é “um acontecimento de

linguagem, perpassado pelo interdiscurso, que se dá como espaço de memória no

acontecimento. É um acontecimento que se dá porque a língua funciona ao ser

afetada pelo interdiscurso”. E o sentido se apresenta no encontro da estrutura com a

língua produzindo o acontecimento.

Pêcheux (1997) trata como acontecimento discursivo o ponto de encontro de

uma atualidade a uma memória. Assim, segundo Romão e Gaspar (2008, p. 75), a

consistência do acontecimento discursivo “[...] se dá pela memória através do

movimento de si, numa dupla direção, em que há desestabilização, em virtude da

relação intrincada com o acontecimento, e também há estabilização, em virtude da

absorção e acomodação desse acontecimento”.

Os sentidos se estabelecem a partir de fatos vividos e o real da língua e o real

da história se entrecruzam entre o acaso e a necessidade produzindo gestos de

interpretação (ORLANDI, 1999b).

Neste sentido, o que nos interessa é o acontecimento do texto como discurso

procurando compreender como os sentidos trabalham nessa relação. Para Pêcheux

(1990), o discurso é efeito de sentidos entre locutores. Orlandi (2005, p.11) aborda

que o discurso é “um objeto sócio-histórico em que o linguístico está pressuposto”,

assim o texto é uma unidade significativa na ordem da língua enquanto sistema

significante e que segundo a autora (2007, p. 57) “a história ‘afeta’ a linguagem de

sentidos. Desse encontro resulta o texto, logo textualidade que é história, que faz

sentido”.

O acontecimento de linguagem no O Sinopeano, instala a relação entre as

tecnologias de informação e de comunicação tendo em vista o imaginário de um

município e do sujeito sinopense1. Assim, com essa mídia impressa procuramos

compreender como se estabelece o papel do jornal O Sinopeano na construção de

um imaginário do município de Sinop e da posição sujeito sinopense.

O Jornal O Sinopeano

1 A formulação sinopense é a denominação atual para o nascido em Sinop.

A mídia impressa se apresenta com a possibilidade de registro de sentidos

variados na temporalidade histórica, significando a sociedade. Para Dias (2009, p. 8)

na sociedade contemporânea, “o espaço urbano é o espaço material, no qual o

simbólico e o político, segundo Orlandi (2001), articulam-se produzindo efeitos no

modo como a linguagem se especializa”.

O jornal O Sinopeano, um jornal privado, foi durante os anos de 1979 e 1980

o único meio de divulgação existente no processo de fundação do município de

Sinop. Formatado em quatro páginas distribuídas em duas folhas, papel pardo em

letras verdes, editado em Curitiba e assinado pelo jornalista Bacilla Neto (SANTOS,

2007, p. 147), o jornal trazia manchetes de Sinop, do Brasil e do Mundo.

Os primeiros rasgos na Floresta Amazônica e que deram origem às ruas e

avenidas da nova cidade iniciou em 1972; os primeiros moradores foram os

trabalhadores braçais que durante o dia pilotavam seus tratores e esteiras, cortavam

as árvores em tábuas, traçavam as bases no chão das futuras casas que formavam

este novo núcleo de povoamento.

As perspectivas são - daquí para frente - muito mais

animadoras e há entre os sinopeanos já radicados e entre os

que procuram fixar-se no Município a convicção de que o

desenvolvimento continuará numa boa velocidade, ao ponto

em que a SINOP já começa a ser conhecida como a “Capital

Econômica” do norte do Mato Grosso.

(COLONIZADORA SINOP S.A., 1980, p.1).

Em 1974 o povoado é oficialmente fundado, na data de 14 de setembro. O

crescimento econômico desta pequena cidade no norte de Mato Grosso, em uma

“boa velocidade”, como destaca a notícia, é que deu origem à construção deste

sujeito sinopense como um sujeito trabalhador e vencedor, sujeito desbravador que

transforma a floresta hostil em pastagem para a pecuária ou plantações que

alimentam o Brasil.

Em outubro de 1980 o jornal publicado pela Colonizadora, de propriedade de

Enio Pipino e João Pedro Moreira de Carvalho, que deu nome à cidade de Sinop

destacava a importância econômica da cidade dentre as cidades mato-grossenses.

E a notícia “animadora”, tem uma história para os primeiros sinopeanos: os poucos

anos de colonização e povoamento entre o traçado da nova cidade e a intenção de

transformar-se na “Capital Econômica”.

Nos seis anos que separam a fundação da cidade e a nova “Capital

Econômica” estão representadas todas as investidas da Colonizadora SINOP em

manter esses imigrantes fixos em Sinop, com moradias, com trabalho, com as

necessidades cotidianas e familiares supridas. Este sinopeano, “radicado”,

vivenciava todas essas mudanças que ocorriam na cidade construída por ele, e o

jornal lhe mostrava a sua importância.

Até 1981 o único meio de comunicação de Sinop com as outras cidades era o

Correio, instalado na cidade em 1974. A visita do Presidente da República João

Batista Figueiredo em 1981 na cidade resultou na vinda de novas tecnologias e em

várias inaugurações nos meios de comunicação que á época eram: a rede

telefônica; a Rádio Nacional FM e a TV Nacional de Sinop (SANTOS, 2007).

Santos (2007, p. 147), ao apresentar a história do jornal O SINOPEANO, nos

traz que circulou por um período de seis anos, entre 1979 e 1985 como uma

publicação da Colonizadora SINOP S.A.,

O jornal era mensal e tinha como objetivo divulgar a ‘Gleba Celeste’, fazendo a cobertura de visitas de autoridades e empresários do Brasil e do exterior, que, na época, frequentemente eram convidados pelo colonizador Enio Pipino visando com isso, trazer investimentos oficiais e da iniciativa particular para desenvolver a cidade e a região.

Divulgar notícias do mundo em Sinop tanto quanto divulgar notícias de Sinop

para o mundo nestes anos iniciais era uma necessidade de socialização e de

incorporação da própria cidade, e de seus moradores, no mapa político-econômico

brasileiro.

Na edição de outubro de 1980, as notícias vinculadas são: “A rapidez do

crescimento da SINOP”, como título de abertura; “A Guerra Irã-Iraque”

contextualizada como mais uma oportunidade para que Sinop se destaque como

fornecedora de álcool extraído da mandioca, o novo combustível que abasteceria a

frota de veículos em substituição ao petróleo; “Ênio Pipino acompanha o Pres.

Figueiredo na viagem à cidade de Santiago do Chile” aponta para a proximidade do

colonizador de Sinop com o governo federal; a crescente plantação de mandioca na

região entre os novos agricultores era matéria com o título “Cuidados especiais com

o projeto Agrícola de mandioca vão garantir matéria prima para a Sinop Agro-

Química”; novas instalações na área da saúde “Assistência Médica Ambulatorial

Previdenciária será instalada no ano que vem na cidade SINOP”; com a matéria

“Consul Geral da França visita realizações da SINOP” destacava a importância da

cidade no contexto internacional; e, para fechar o jornal, um poema intitulado

“PASSADO, PRESENTE E FUTURO DE VOCÊ SINOP”, ovacionando a nova cidade

e aplaudindo as obras do colonizador Enio Pipino.

Vejamos o poema Passado, presente e futuro de você S I N O P, composição

do poema de LUIZ CARLOS PASTORIZZA. Aux. Adm. SINOP AGRO-QUÍMICA S.A,

O SINOPEANO: “Um sucesso que conquista quem a vê.

SINOP, você é tudo. SINOP, você é um hino, graças ao Sr.

ENIO PIPINO”

(COLONIZADORA SINOP S.A., 1980, p.4).

Encontramos já no título do poema a prática discursiva “Passado, presente e

futuro de você S I N O P”, em que a formulação “você S I N O P” personifica o

município em estreita relação de rima com “Sr. Enio Pipino”.

Na sequência encontramos os sentidos de “passado, presente e futuro” na

referência ao cidadão à época denominado sinopeano e a cidade de Sinop como

indicação de desenvolvimento rápido. No poema o autor expressa as aspirações

midiáticas dos moradores de Sinop em relação à temporalidade de um agora e de

um por vir.

A primeira figura é a última página

do Jornal O Sinopenano Edição

15/80 que fecha sua edição com o

poema Passado, Presente e Futuro

de Você S I N O P.

E vejo SINOP sorrindo com a telecomunicação chegando,

telefone, rádio e televisão. Tão esperado pelo povo aqui

instalado.

Os sentidos sobre as questões que envolvem o desenvolvimento sócio-

econômico e perpassam por todas as matérias contidas no jornal.

O funcionamento discursivo das manchetes do jornal

A grandiosidade das manchetes se encontra marcada pelas formulações

destacadas nos títulos e subtítulos das reportagens e carregam em suas

formulações propostas de um dinamismo necessário para estimular, convencer e

injetar um ritmo desejado de desenvolvimento e otimismo que movimentasse a

população na construção de um imaginário do município e região.

As formulações que se destacam são:

A RAPIDEZ NO CRESCIMENTO DA SINOP;

[...] em 06 anos, a cidade tornou-se “cabeça” de Município;

Com meia dúzia de anos, é a 17ª Exatoria de Rendas, das 58

existentes no Mato Grosso;

(COLONIZADORA SINOP S.A., 1980, p.1).

As práticas discursivas “rapidez no crescimento”, “com meia dúzia de anos

é...”, marca a questão da temporalidade, pois com apenas seis anos apresenta uma

rapidez no crescimento que a coloca em destaque.

Depois de 05 anos de estudos, debates, projetos e trabalhos a

Usina vai começar a produzir álcool;

O único Projeto de colonização no país que terá energia o que

assegura maior desenvolvimento econômico, financeiro e

social da área sinopeana.

(COLONIZADORA SINOP S.A., 1980, p.1).

Em “O único projeto de colonização do país que terá energia”, destaca o

município em processo de colonização em âmbito nacional, como capaz de produzir

energia, o que assegura independência para o crescimento.

As formulações “estudos, debates, projetos e trabalhos” indicam empenho,

dedicação e afinco de um grupo de cidadãos que asseguram e têm como

consequência a obtenção de “maior desenvolvimento econômico, financeiro e social”

que são ainda, na contemporaneidade do município, os lemas que o regem.

Um dos espaços do jornal está destinado à questão da religiosidade. Divulgar

o empenho em marcar este novo espaço que está sendo aberto como um espaço de

“formação do espírito de religiosidade em SINOP e no ‘nortão’ do Mato Grosso” é

fundamental para garantir às famílias um amparo religioso que diferencia a região

das terras sem lei e a situa como aquela que “nasceu e tem crescido sob o signo da

fé”. (COLONIZADORA SINOP S.A., 1984, p.3).

Os centros religiosos também estavam abertos à população e produtores para

os assuntos da comunidade como,

Na sede da Católica em Sinop, houve uma grande e

proveitosa concentração com produtores de mandioca que

contou com a presença de Ênio Pipino, do prefeito Dal`maso e

técnicos.

(COLONIZADORA SINOP S.A., 1984, p.3).

Desta forma, as relações comerciais do município estavam ligadas e

amparadas pelo poder religioso, o que proporcionava segurança e credibilidade de

sentidos.

Efeito de fecho

Partindo do princípio de que as identidades são um processo e um efeito de

discurso, pois é no interior de práticas discursivas e pelo emprego de estratégias

específicas que elas emergem, e com base na noção de discurso como efeito de

sentidos entre sujeitos que ocupam “lugares determinados na estrutura de uma

formação social” (PÊCHEUX, 1990, p.82) que podemos especificar o papel formador

de sentidos para o cidadão sinopense que continua sendo movimentado na

contemporaneidade na articulação discurso/poder/subjetividade na relação entre

mídia, sentido e identidade.

Podemos afirmar o papel referencial e fundante de sentidos da mídia jornal na

construção de uma imagem de progresso e desenvolvimento econômico amparados

por uma religiosidade que sustenta uma posição a ser ocupada. A importância do

discurso jornalístico do O SINOPEANO marca o discurso e os processos de

identificação na construção de um imaginário do município de Sinop e da posição

sujeito sinopense.

Referências bibliográficas

COLONIZADORA SINOP S.A.. O Sinopeano. Curitiba, n.15, out. 1980. _______ . ______ . Curitiba, n. 58, abr. 1984. DIAS, Cristiane. A escrita como tecnologia da linguagem . In: Tecnologias de linguagem e produção do conhecimento. Coleção HiperS@beres | www.ufsm.br/hipersaberes | Santa Maria | Volume II | Dezembro 2009. ORLANDI, Eni Puccinelli. Discurso, imaginário social e conhecimento. Em Aberto, Brasília, ano 14, n.61, jan./mar. 1994.

______ . Do sujeito na história e no simbólico. In: ______ . (Org.) Escritos: Contextos epistemológicos da análise de discurso. n. 4. Laboratório de estudos urbanos LABEURB - NUDECRI – UNICAMP. Projeto temático: apoio FAPESP, 1999b. ORLANDI, Eni. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. Campinas, SP : Pontes,1999a. ______ . Discurso e texto: formulação e circulação de sentidos. Campinas: SP: Pontes, 2001. ______ (Org.). Para uma enciclopédia da cidade. Campinas, SP: Pontes, Labeurb/ Editora da UNICAMP, 2003. ______ . Michel Pêcheux e a Análise de Discurso. Revista Estudos da Língua (em), n. 1, junho 2005, Vitória da Conquista, p. 9-13. ______ . Papel da memória. In: ACHARD, Pierre et al. Papel da memória. Tradução e introdução José Horta Nunes. 2. ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2007. PÊCHEUX, Michel. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 3.ed., Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1997. PÊCHEUX, Michel. Delimitações, Inversões, Deslocamentos. Caderno de Estudos Linguísticos, Campinas, n.19, jul./dez. 1990. Traduzido por José Horta Nunes. ROMÃO, Lucília Maria Sousa; GASPAR, Nádea Regina (Orgs). Discurso midiático: sentidos de memória e arquivo. São Carlos: Pedro & João Editores, 2008. SANTOS, Luiz Erardi F. Raízes da História de Sinop. Sinop: Grafitec, 2007.