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Presidente da República Fernando Henrique Cardoso

Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Martus Antônio Rodrigues Tavares

INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E

ESTATÍSTICA -IBGE

Presidente Sérgio Besserman Vianna

Diretor de Planejamento e Coordenação Nuno Duarte da Costa Bittencourt

ÓRGÃOS TÉCNICOS SETORIAIS

Diretoria de Pesquisas Maria Martha Malard Mayer

Diretoria de Geociências Trento Natali Filho

Diretoria de Informática Paulo Roberto Ribeiro da Cunha

Centro de Documentação e Disseminação de Informações David Wu Tai

Escola Nacional de Ciências Estatísticas Kaizô lwakami Beltrão

UNIDADE RESPONSÁVEL

Diretoria de Pesquisas

Departamento de População e Indicadores Sociais Luiz Antônio Pinto de Oliveira

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Equipe Técnica

Este trabalho foi desenvolvido na Divisão de Estudos e Análises Demográficas - DIEAD -, pela Gerência de Análises Estruturais e Espaciais da População- ANEP/DIEAD.

Divisão de Estudos e Análises Demográficas Juarez de Castro Oliveira

Gerência de Análises Estruturais e Espaciais da População

Nilza de Oliveira Martins Pereira (Coordenação Técnica)

Cláudia Bahia de Araujo, Jorge da Silva, Leila Regina Ervatti, Kelly Cristina Fernandes Maluf, Mário Fernandes Filho e Ivan Ribeiro da Fonseca

Apoio Computacional Paulo Roberto V. Rudolphi, Edgard de Toledo S. Campos, Marcos Ribeiro de Mattos e João Raposo Belchior

Apoio Administrativo Elizabeth Costa Bezerra

Agradecimentos

Ari Nascimento Silva (assessoria na utilização do Software REDATAM, Recuperação de Dados de Áreas Menores, na geração de algumas tabulações) Celso das Mercês Pereira (colaboração nos textos)

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Apresentação

Esta publicação tem como objetivo colocar ao alcance dos usuários em geraL uma síntese de indicadores básicos demográficos e socioeconômicos da população dos estados brasileiros, utilizan­do informações dos Censos Demográficos e da Contagem da Po­pulação 1996. Os resultados são apresentados em forma de tabe­las, gráficos e mapas municipais georreferenciados.

Os temas abordados englobam a Evolução da População do Estado, Estrutura por Sexo e Idade, Nupcialidade, Migrações Internas, Raça ou Cor, Religião, Deficiência Física ou Mental, Níveis de Escolaridade, Família, Domicílio e Características Econômicas.

Rio de Janeiro, RJ, fevereiro de 1999

Maria Martha Malard Mayer

Diretora de Pesquisas

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Características demográficas e socioeconômicas da população

Características demográficas

Sumário

Evolução da população total no estado ........................................... 9

Estrutura por sexo e idade ................................................................... 15

Nupcialidade ......................................................................................... 21

Migrações internas ................................................................................ 25

Características sociais e econômicas

Raça ou cor ............................................................................................ 27

Religião .................................................................................................... 31

Deficiência física ou mental ................................................................ 33

Nível de escolaridade .......................................................................... 35

Família ..................................................................................................... 37

Domicílio ...................................... ........................................................... 40

Características econõmicas ............................................................... 43

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Características demográficas e socioeconômicas da população

Características demográficas

Evolução da população total no estado

O Estado de Rondônia atingiu em 1 o de agosto, segundo os re­sultados da Contagem da População 1996, um total de 1 229 306 habitantes. Este contingente populacional cresceu a um ritmo de 1 ,68% ao ano, o menor observado nos últimos censos. Com a intensi­ficação do deciTnio da fecundidade, ocorrido de forma generaliza­da no BrasiL principalmente a partir da década de 80, o ritmo de crescimento populacional vem desacelerando.

As informações provenientes da Contagem da População 1996 mostraram que a população cresceu, em termos absolutos, 96 614 habitantes, correspondendo a um acréscimo de 8,53% em relação à população de 1991 .

Confirmando uma tendência historicamente consolidada, a Contagem da População 1996 revelou a continuidade do proces­so de urbanização que vem ocorrendo no estado. O aumento do grau de urbanização foi resultado do acréscimo de 1 03 mil habi­tantes, ou seja, 15,69% em relação à população urbana de 1991 . Esse incremento foi basicamente em conseqüência de três fato-

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70 Tendências Demográficas

res: do próprio crescimento vegetativo nas áreas urbanas, da mi­gração, sobretudo dentro do próprio estado, com destino urbano e, em pequena escala, da incorporação de áreas que em censos anteriores eram consideradas rurais.

Tabela 1 População nas datas dos recenseamentos gerais e taxa média

geométrica de crescimento anual - 1960/1996

Data dos

recenseamentos gerais

Total 12 de setembro de 1960

12 de setembro de 1970

12 de setembro de 1980

12 de setembro de 1991

12 de agosto de 1996

Urbana

12

População

residente

69 792

111064

491 069

1 132 692

1 229 306

Taxa média geométrica

de crescimento anual (%)

4,76

16,03

7.89

1.68

Tendências Demográficas

Grau de urbanização - 1960/1996

1960 Urbana

Rural

Fonte: Censo demográfico 1960. Rio de Janeiro: IBGE. 1966.

1996

Rural

Urbana

Fonte: Diretoria de Pesquisas, Contagem do População 1996, microdados.

O Estado de Rondônia ocupa a vigésima terceira posição no rankin nacional, concentrando 0,78% da população total do País.

- I

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Rondônia

Número médio de filhos tidos nascidos vivos - 1991

Filhos tidos nascidos vivos/ mulheres de 1 O a 49 anos

2,23 a 2,53

2,53 a 2,68

• 2,68a 2,74

• 2,74a 3,31

km

o 100 200

17

Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Censo Demográfico 1991 , microdados; Malha municipal digital do Brasil [CD-ROM]: situação em 1991 e 1994. Rio de Janeiro: IBGE. 1996.

As alterações observadas na estrutura etária foram importan­tes e ocorreram, em grande parte, a partir da última década. O decfinio generalizado da fecundidade no País, conjugado à redu­ção da mortalidade, contribuiu de forma decisiva para que as mudanças processadas na composição por idade da população fossem observadas, particularmente quando se recorta a popula­ção, segundo as situações de residência urbana e rural. Tais alte­rações caracterizaram fundamentalmente o início do processo de envelhecimento da população brasileira.

A relação entre a população que, em termos etários, per­tenceria à condição de inativa (grupos de O a 14 e 65 anos ou mais de idade) e o contingente potencialmente ativo ( 15 a 64 anos de idade), permite estabelecer o indicador razão de dependência que denota, em linhas gerais, o peso dos jovens e dos idosos sobre o segmento populacional que, em princípio, poderia estar exer­cendo alguma atividade produtiva.

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18

90

80

70

60

50

40

30

20

10

o

90

80

70

60

50

40

30

20

10

o

90

80

70

60

50

40

30

20

10

o

Tendências Demográficas

Composição etária da população total, por idade individual

1980

2,5 1.5 0,5 0,5 1,5 2,5

1991

2,5 1,5 0,5 0,5 1,5 2,5

1996

2,5 1.5 0,5 0,5 1,5 2,5

Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Censo Demográfico 1980-1991 e Contagem da População 1996, microdados.

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Rondônia 19

Tabela 7 Distribuição etária dos grandes grupos populacionais · 1960/1996

Grandes grupos Distribuição (%)

populacionais 1960 1970 1980 1991 1996

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

O o 14 anos 45.48 45.86 45,84 40.42 37.03

15 o 64 anos 53.04 52.62 52.59 57.35 60.22

65 anos ou mais 1.48 1,52 1,57 2.23 2.75

Fontes: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1980-1991 e Contagem do Popula­

ção 1996. micrododos; Censo demográfico 1960-1970. Rio de Janeiro: IBGE. 1966-1973.

Assim, a Contagem da População 1996 mostrou, para o to­tal do estado, uma relação de 66 jovens e idosos para cada 100 pessoas potencialmente ativas. A partir destes resultados pode­se constatar o impacto do processo de estreitamento na base da pirâmide etária, principal fator responsável pela diminuição da razão de dependência, no transcurso desses cinco anos. As dife­renças observadas nas razões de dependência referentes às áreas urbana e ruraL em 1996, são significativas. Enquanto o peso dos jovens (0 a 14 anos) e idosos (65 anos ou mais) sobre a população com idades entre 15 e 64 anos, residentes no contexto urbano do estado, correspondia a 63,74%, nas áreas rurais este indicador al­cançou 69,98%.

A parcela de jovens (37 ,03%) ainda influencia no cálculo con­vencional da razão de dependência e já a contribuição dos ido­sos (2,75%) é pequena.

Em 1991, a idade de 18,2 anos dividia a população em dois blocos de 50% cada. Já em 1996, a idade mediana chegou a 19,7 anos. No que tange aos diferenciais entre sexos, a idade media­na calculada para os homens atingiu 20,0 anos, enquanto que a referente às mulheres posicionou-se nos 19,4 anos de idade.

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20 Tendências Demográficas

Tabela 8 Razão de dependência, por situação do domicílio - 1960/1996

Razão de dependência (%) Anos

Total Urbana Rural

1960 88,53 96,36 82,98

1970 90,05 94,72 84,93

1980 90,16 86,20 93,75

1991 74,36 71.03 79,23

1996 66,05 63,74 69,98

Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Censo Demográfico 1980-1991 e Contagem da Popula­ção 1996, microdados; Censo demográfico 1960-1970. Rio de Janeiro: IBGE, 1966-1973.

1980

1991

1996

Tabela 9 Idade mediana da população residente, por sexo - 1980/1996

Total

15.7

18,2

19,7

Idade mediana

Homens

16,5

18.7

20,0

Mulheres

15,0

17.7

19,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Censo Demográfico 1980-1991 e Contagem da Popula­

ção 1996, microdados.

Um importante indicador que está relacionado à estrutura etária de uma população é aquele que relaciona a população idosa com o contingente de crianças. Trata-se de uma derivação do índice de envelhecimento populacional que se presta a signifi­cativos estudos comparativos. O entendimento desse índice tra­duz-se pelo fato de que quanto maior sua magnitude, mais eleva­da é a proporção de idosos (65 anos ou mais) em relação à pro­porção de crianças (menos de 15 anos).

As estimativas atualmente disponíveis sugerem que esse índi­ce deverá continuar crescendo no estado, a partir da diminuição

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Rondônia 21

da proporção da população jovem. Os níveis mais elevados são encontrados nos estados pertencentes à Região Sudeste. Quando se estabelecem comparações regionais, percebe-se, inicialmente, que o índice se eleva em praticamente todas as regiões, o que re­flete a influência da continuada queda da fecundidade e simulta­neamente, o aumento consistente da esperança média de vida.

Em 1960, existiam 3 idosos para cada 100 crianças. Em 1996, para cada 7 pessoas com 65 anos de idade ou mais, existiam 100 pessoas menores de 15 anos de idade, o que demonstra um au­mento no valor desse indicador de envelhecimento.

Índice de envelhecimento - 1996

Pessoas de 65 anos ou mais/ pessoas de menos de 15 anos (%}

3,44a 6,04

6.04 a 6,76

6.76a 8.78

• 8,78 a 10,67

km

o 100 200

Fontes: IBGE, Diretolia de Pesquisas. Contagem da População 1996, microdados; Malha municipal á~gital do Brasil [CD-ROM]: situação em 1991 e 1994. Rio de Janeiro: IBGE. 1996.

Nupcialidade

A composição da população de 15 anos ou mais por estado conjugal do Estado de Rondônia caracteriza-se pela proporção de 64,01% de pessoas casadas e 29A5% de solteiras. Observou-se uma estabilidade na participação dos casados, no período de 1980-1991. Houve um decréscimo na participação dos solteiros de 5,21%. No período 1980-1991 , a participação de separados, desquitados e divorciados revelou crescimento.

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22 Tendências Demográficas

Tabela 10 Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de Idade, por sexo,

segundo o estado conjugal - 1980/1991

Sexo(~)

Estado Total Homens Mulheres conjugal

1991 1980 1991 1980 1991

Total 100,00 100.00 100,00 100,00 100,00 100,00

Solteiros 31.07 29.45 37.14 34,86 23.90 23,50

Casados 64.05 64.01 59.66 61.30 69.23 66,98

Separados 1.77 3.04 1.42 2.08 2.19 4.10

Desquitados 0.13 0.52 0.13 0.33 0.12 0.72

Divorciados 0.01 0.20 0,01 0,15 0.01 0.26

Viúvos 2.97 2.78 1.63 1.28 4,55 4.43

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1980-1991. microdados.

Nota: As diferenças entre soma de parcelas e respectivos totais são provenientes do critério

de arredondamento.

Tais transformações ocorreram. indistintamente. tanto na área urbana quanto na rural do estado. Apenas os níveis variaram de acor­do com os estratos. de forma que a área urbana apresentou propor­ções maiores de pessoas solteiras. separadas. desquitadas. divorcia­das e viúvas. isto é, de pessoas que não estariam, por ocasião do Censo Demográfico 1991, vivendo em união, enquanto que no con­texto rural a proporção de casados foi superior à da área urbana.

A exemplo do que vem ocorrendo em algumas regiões do mundo, os tipos de união também sofreram alterações substanciais. Em 1980, no Estado de Rondônia, prevaleciam as uniões realizadas no Civil e Religioso. seguidas das uniões somente no civil, enquanto as uniões somente no religioso eram menos freqüentes. Em 1991 , a tendência persistiu quanto às uniões realizadas no Civil e Religioso. entretanto a proporção de uniões consensuais apresentou um au­mento de 77,77%, passando a ser a segunda maior proporção.

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Rondônia 23

Tabela 11 Plopon;6o de pessoas de 15 anos ou mais de Idade, casadas, por s~uaçao do domlcilo. seguncto o tipo de união ·1910/1991

Situaçao do domicffio !"l Tipo de

Total Urbana Rural unia o

1980 1991 1980 1991 1980 1991

Total 100,00 100.00 100,00 100,00 100.00 100,00

Civil e religiosa 54.75 .1.7,75 .48.36 .1.2.47 59.99 54.99

Somente c ivil 22.6.1. 22..1.5 23..1.7 22.81 21.97 21 ,96

Somente religiosa 8.26 .1.,29 9..1.9 .1.,35 7.24 4.20

Uniao consensual 1.1..35 25.51 18.68 30,37 10.80 18.85

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demogróflco 1980-1991 , microdados.

Acompanhando o comportamento do total do estado, o cres­cimento das uniões consensuais foi significativo tanto na área ur­bana quanto na rural, em relação ao censo passado.

A distribuição das proporções de solteiros em uma população fornece importantes indicadores da nupcialidade. As proporções nos grupos de 20 a 24 anos e 40 a 44 anos indicam, respectivamen­te, a idade média à primeira união e a prevalência do celibato. Para efeito de comparabilidade com o Censo Demográfico 1970 e Censo Demográfico 1980, estimou-se a idade média ao casar das pessoas de 15 anos ou mais através dessa proporção, e como resul­tado observou-se que a idade média calculada para 1991 mante­ve-se no mesmo patamar daquela observada no Censo de 1980.

Com a introdução de novo quesito no Censo Demográfico 1991 (mês e ano em que contraiu a primeira união), tornou-se possí­vel a obtenção da estimativa direta da idade média ao contrair a primeira união, que envolveu, para efeito de cálculo, as pessoas de 1 O anos ou mais, diferindo da estimativa anteriormente utilizada

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24 Tendências Demográficas

Proporção de pessoas de 1 O anos ou mais casadas, por união consensual • 1991

Pessoas casados por união consensual/ total de pessoas casados (%)

14.35 o 16.10

16,10019.65

• 19,65 o 24.86

• 24.86 o 45.36

km

o 100 200

Fontes: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1991. micrododos: Molha municipal digital do Brasil [CD-ROM] : situação em 1991 e 1994. Rio de Janeiro: IBGE. 1996.

(obtida através da proporção de solteiros), que considerou a popu­lação de 15 anos ou mais, tendo em vista a comparabilidade com as informações resultantes dos demais censos. Portanto, a idade média, obtida de forma direta, para o total foi de 21,82 anos, para os homens 24,08 anos e para as mulheres 19,59 anos. A idade média das mulheres ao casar é relativamente baixa quando comparada com a dos homens. Assim, observa-se que os homens casam com quatro anos a mais que as mulheres.

No último censo, foi introduzido um outro quesito que possibi­litou a obtenção de importantes indicadores da nupcialidade: mês e ano em que passou a viver com o cônjuge atual ou mês e ano em que passou a viver a situação indicada.

No tocante ao número de uniões conjugais, 96,38% das pes­soas de 1 O anos ou mais teriam contraído apenas uma união, sen­do que as mulheres apresentaram maior incidência de duas ou mais uniões em relação aos homens. A maior freqüência de mais de uma união é uma característica urbana.

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Rondônia .. 25

Migrações internas

As informações censitárias de 1991 e de 1996 revelam o apro­fundamento de algumas tendências e o surgimento de novos padrões localizados de distribuição espacial da população. A redução da in­tensidade das migrações interestaduais, que se processou na década de 80 prosseguiu no primeiro qüinqüênio da década de 90. No Estado de Rondônia vê-se a estabilidade na proporção de migrantes no pe­ríodo de 1980-1991, mas ainda num nível bastante elevado, tanto na situação do domicllio urbano quanto na do rural. A área rural do esta­do detinha a maior proporção de migrantes, em 1991, fato também observado em 1980. Os homens são maioria no conjunto de pessoas não-naturais do município (52,29%). Tanto no meio urbano quanto no rural a proporção de homens supera a de mulheres.

labela 12 Proporçao de pessoqs nao-{latural. do município,

.,. ~a sltuaç4o ~ ~ atual - 1910/1991 ......_ __ _ Situação do domicOio

atual

Proporção de pessoas não-naturais f"l

Total

Urbana

Rural

1980

61,71

61.22

75.23

1991

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1980-1991. microdados.

67,58

64.4-4

71.96

Os imigrantes interestaduais, que correspondem aos brasilei­ros natos resid~ntes no estado e nascidos em outras Unidades da Federação, foram contabilizados, em 1991, como de maior proce­dência, vindos da Região $ui, especificamente do Estado do Paraná. Nesse conjunto, não houve predominância de sexo no flu­xo de imigrant~s. Na Região Sudeste, outros estados que contribu­íram para o cqnjunto dos imigrantes interestaduais foram os Esta­dos de Minas Gerais e Espírito Santo.

Os imigrantes intermunicipais, ou seja, aqueles indivíduos não­naturais do município de resk:iência, mas nascidos no estado, for-

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26 Tendências Demográficas

movam, em 1991, um conjunto de 7,25%, em relação ao total de migrantes do estado.

Do conjunto de pessoas não-naturais do município onde resi­dem, as pessoas que migraram a menos de dez anos correspon­diam em 1991 a 67,83%.

Os mapas, a seguir, mostram a proporção de migrantes inte­restaduais, nos 5 anos anteriores ao Censo Demográfico 1991 e à Contagem da Populacional 1996, Identificados pela Unidade da Federação de origem. Os resultados mostram que os fluxos mi­gratórios mantiveram a mesma tendência nos dois censos.

Pessoas residentes em Rondônia há menos de 5 anos, segundo o estado de origem - 1991

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lcm

. . . .. . . • ... . o 500 ' ... . ~ ~ ..

1000

Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Censo Demogrófico 1991, microdados; Malha municipal digital do Brasil [CD-ROM]: situação em 1991 e 1994. Rio de Janeiro: IBGE, 1996.

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Rondônia

Pessoas residentes em Rondônia há menos de 5 anos, segundo o estado de origem - 1996

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o

km

500 1000

27

Fontes: IBGE. Diretoria de Pesquisas.Contagem da População 1996, microdados: Malha municipal digital do Brasil [CD-ROM]: situação em 1991 e 1994. Rio de Janeiro: IBGE. 1996.

características sociais e econômicas

Raça ou cor A última investigação do quesito sobre raça ou cor nos censos

é proveniente do Censo Demográfico 1991 , onde foram considera­das cinco categorias para que o entrevistado pudesse se classificar quanto à sua raça ou cor: branca, preta, parda, amarela e indíge­na. Para a cor parda incluiu-se a pessoa que se declarou mulata, mestiça, cabocla, mameluco, etc. Já a cor amarela aplicou-se à pessoa de origem oriental e seus descendentes. Não foi conside­rada nesta categoria a pessoa que tinha a pele amarelada, por sofrer de moléstias, tais como: impaludismo, malária, amarelão, etc.

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28 Tendências Demográficas

As pessoas do Estado de Rondônia classificaram-se, em sua maioria, segundo o último levantamento censitário, como sendo de cor parda (56,47%). Este contingente, em 1980, representava 62,06%. Enquanto o percentual das pessoas pardas declinava, cres­cia o das pessoas que se declaravam como sendo de cor bran­ca, passando de 34, 1<f<lk, em 1980, para 39,39%, em 1991. A propor­ção de pessoas de cor preta declinou em 1 ,39% no período de 1980-1991. As pessoas de cor amarela ainda são consideradas mi­noria no estado.

No Censo Demográfico 1991 , pesquisou-se a população indí­gena de forma distinta da de 1980, isto é, em separado das pesso­as de cor parda. Pode-se quantificar esta proporção em 0,37% no total do estado. Cabe assinalar que a investigação da população indígena se aplicou não só aos que viviam em aldeamento, como também aos indígenas e seus descendentes que viviam fora de aldeamento. Esta distinção percebe-se quando é analisado o di­ferencial, segundo a situação do domicílio, pois, do total dos índi­os residindo no estado, 84,13% habitavam a área rural.

Tabela 13 Proporção da população residente, por situação do domicílio,

segundo a raça ou cor - 1980/1991

Situação do domicOio (%)

Raça ou cor Total Urbana Rural

1980 1991 1980 1991 1980

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Branca 34,19 39.39 36,32 39.08 32,34

Preta 3,59 3.54 3,09 2.76 4.02

Amarela 0,17 0,22 0,26 0,25 0,09

Parda 62.06 56.47 60.34 57,81 63.55 Indígena 0.37 0,10 0,00

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1980-1991, microdados.

1991

100,00 39.83

4.64 0,19

54,60

0.74

Nota: As diferenças entre soma de parcelas e respectivos totais são provenientes do critério

de arredondamento.

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Rondônia

Proporção da população branca - 1991

Pessoas brancas/ total da população (%)

26.00 a 35.94

35.94 a 42,54

• 42.54 a 51.41

• 51.41 a 60.74

lcm

o 100 200

29

Fontes: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo DemográfiCo 1991 . microdados: Malha municipal digital do Brasil [CD-ROM]: situação em 1991 e 1994. Rio de Janeiro: IBGE. 1996.

Proporção da população negra - 1991

Pessoas pretas e pardas/ total da população (%)

38.51 a 47,54

47.54 a 55,79

• 55.79 a 61 .66

• 61 .66 a 72.50

lcm

o 100 200

Fontes: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo DemográfiCo 1991 • microdados; Malha munic ipal digital do Brasil [CD-ROM]: situação em 1991 e 1994. Rio de Janeiro: IBGE. 1996.

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30 Tendências Demográficas

Dentro das características sociais e econômicas, foi selecio­nado o diferencial existente entre a raça ou cor com a propor­ção de anos de estudos praticados por essa população de 5 anos ou mais de idade e o setor econômico de atividade das pessoas de 10 anos ou mais, objetivando qualificá-las no contexto social. Independentemente da raça ou cor das pessoas, ainda não se alcançaram percentuais adequados para o volume de pessoas com escolaridade equivalente ao primeiro grau. Entre as pessoas de cor preta ou parda, mais de 75,00% não ultrapassaram a meta­de do primeiro grau e as pessoas de cor branca caracterizam-se no mesmo quadro, revelando uma ligeira vantagem. Quanto ao setor econômico de atividade, as pessoas de cor preta, concen­tram-se nas atividades agropecuária, extração vegetal e pesca com proporção de 51 ,48%, as de cor parda representam 37,83% e as de cor branca representam 37.71 nesta mesma atividade.

Tabela 14 Proporção da população residente, por raça ou cor,

segundo as classes de anos de estudo - 1 991

Classes de anos de estudo

Total

Sem inslrução e menos

de 1 ano 1 a 3anos

4anos

5o ?anos

Sonos 9a11anos

12 anos ou mais Não determinados

Branca

100,00

24.35

26.73

19,46

12.32 5.50 8,64

2.70 0.30

Raça ou cor (%)

Preta

100.00

38.96

28.46 16,62

8.46 2.44 3,98

0.88 0,20

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas, Censo Demográfico 1991 . microdados.

Parda

100,00

30,19

28.37

16,94

12.33 4.51 6.28

1.09 0,29

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Rondônia 31

Tabela U Proporçao da populaçao ocupada ele 10 anos ou mab. por raça ou cor,

segundo o setor ec:on6mlco ele atiYidade • 1991

Setor econômico Raça ou cor ('ló)

de atividade Bronco Preta Pardo

Total 100,00 100,00 100,00 Agropecuório. extraçOo ve-

getol e pesco 37.71 51.48 37.83 Indústria de transformação 6.69 7.75 7.08 lnd. da construção civil 3.-41 -4.10 5,19 Outras atividades industriais 2.46 2.8<4 4,03 Comércio de mercadorias 12.37 6.56 10.32 Transporte e comunicação 3.74 2.55 3.44 Prestação de serviços { 1 ) 14.46 13.16 15.70 Social 10.13 6.03 7,95 Administração público 7,12 4,51 7.04 Outras atividades 1.91 1.02 1.43

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demogrófico 1991, micrododos.

Noto: As diferenças entre soma de parceles e respectivos totais são provenientes do critério de arredondamento.

(1) Inclusive os serviços auxiliares do atividade econômico.

Religião

No Estado de Rondônia. o catolicismo predomina largamen­te como a religião professada ou culto praticado. na proporção de 71,26%, segundo o Censo Demográfico 1991, declinando em relação àquela observada em 1980 (78,24%). O segundo maior percentual corresponde às pessoas evangélicas (20,87%), que em 1980 representavam 17,28%. Os não praticantes de nenhuma reli­gião correspondem a 6,93% . Os demais tipos tiveram percentuais insignificantes.

O Censo Demográfico 1991 adotou uma nova classificação para os diversos tipos de religião e procurou-se compatibilizá-los com os censos anteriores.

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32 Tendências Demográficas

Religião

Tabela 16 Proporção da população residente, por sexo,

segundo a religião • 1980/1991

Sexo(%)

Total Homens Mulheres

1991 1980 1991 1980 1991

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Cristã tradicional 78,24 71,26 78,80 71,34 77.60 71,17

Cristã reformado 17.28 20,87 16,39 19,56 18,29 22.28

Mediúnica 0,23 0,37 0,21 0,34 0,25 0.41 Judaica ou Israelita 0,02 0,01 0,02 0.01 0,02 0.01 Oriental 0.07 0,09 0,06 0,08 0.07 0,10

Outros (1) 2.54 0.46 2.48 0.41 2.60 0.52 Sem religião 1.62 6,93 2.04 8,26 1.16 5.51

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Censo Demográfico 1980-1991, microdados.

Noto: As diferenças entre soma de parcelas e respectivos totais são provenientes do critério

de arredondamento.

(1) Inclusive Neocristã.

Os tipos de religião são constituídos da seguinte forma:

• Cristã Tradicional

Católica Apostólica Romana - 71 ,05% Católica Apostólica Brasileira -0,21% Católica Apostólica Ortodoxa - O ,00%

• Cristã Reformada

Evangélica Tradicional - 5,95% Evangélica Pentecostal - 14.67%

• Neocristã

Mórmon - 0,04% Testemunha de Jeová- 0,32% Outra - O ,02%

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Rondônia

• Mediúnica

Espírita - O ,29% Umbandista - 0.07% Candomblé- 0,01%

• Judaica ou Israelita

• Oriental

Budismo- 0,04% Messiânica - 0,03% Outra - 0,03%

• Outra

• Sem religião

• Não determinada. Maldefinida e Sem declaração

Deficiência física ou mental

33

As estatístjcas acerca da população brasileira com algum tipo de deficiência física ou mentaL até então, eram descontínuas e insuficientes. O Censo Demográfico 1991 preencheu esta lacuna com a investigação do número de deficientes nos diversos esta­dos e municípios brasileiros. Vale ressaltar, para efeito de compara­ção, que o Censo Demográfico 1991 pesquisou somente dados sobre deficientes graves (os cegos, os surdos ou mudos). Muitos países pesquisam desta forma, para não sobrecarregar o questio­nário do censo. Porém, o critério sugerido pela Organização das Nações Unidas. no documento Princípios e Recomendações para os Censos de População e Habitação, é mais abrangente, porque amplia o grupo de pessoas com incapacidade, como por exemplo: as pessoas com dificuldades de visão (dos quais os cegos são um subgrupo) ou as pessoas com dificuldade de audição (dos quais os surdos são um subgrupo).

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34 Tendências Demográficas

Como deficientes mentais, foram consideradas as pes­soas com retardamento mental resultante de lesão ou síndrome irreversível, que se manifesta durante a infância e se caracteri­za por grande dificuldade de aprendizagem e adaptação so­cial. Não foram consideradas como tais, as pessoas que apre­sentam perturbação ou doença mental do tipo neuróticos, psicóticos, esquizofrênicos, vulgarmente denominados loucos ou malucos.

No Estado de Rondônia, existem aproximadamente 8 921 deficientes físicos ou mentais, logo a proporção de pessoas com algum tipo de deficiência no total do estado é bastante peque­na, atingindo a 0,79%, sendo relevante o percentual das pessoas que não enumeram nenhum tipo de deficiência investigada, 99,21%. A proporção de pessoas do sexo masculino com algum tipo de defi­ciência correspondeu a 0,93% e as do sexo feminino em 0,63%. O excedente de deficientes do sexo masculino em relação ao femi­nino correspondeu a 1 978 pessoas.

Do total de deficientes do estado, 57,68% eram deficientes físicos, 36,92% eram deficientes mentais e 5,39% possuíam mais de um tipo de deficiência. Apesar de os tipos de doenças mentais an­teriormente mencionados não serem considerados, acredita-se que foram incorretamente incluídas, devido ao alto percentual apre­sentado por este tipo de deficiência.

Proporção de pessoas com algum tipo de deficiência física, por tipo de deficiência - 1991

Tetraplegi(l 6%

Falta de membros 21%

Cegueira 12%

Hemiplegia 21%

Surdez 18%

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas, Censo Demográfico 1991. microdados.

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Rondônia 35

Nível de escolaridade

As taxas de analfabetismo no Estado de Rondônia vêm de­crescendo nas últimas décadas. Para efeito de comparação com as informações da Contagem da População 1996 foi calculado para o Censo Demográfico 1991 . o analfabetismo funcional. que é definido operacionalmente como o não-domínio de habilida­des em leitura . escrita. cálculos e ciências. em correspondência a uma escolaridade fundamental de quatro séries incompletas. A taxa de analfabetismo funcional calculada para 1996 foi de 36.7 1%. inferior à de 1991 que era de 40.88%.

O nível educacional da população do Estado de Rondônia continua em ascensão, entretanto ainda não pode ser considera­do o ideal. A taxa de escolarização. que consiste na proporção de pessoas que freqüentam escola, apresenta proporções expressivas. porém o contingente de crianças fora da escola ainda é elevado. A cobertura do sistema educacional do estado vem se expandindo e retendo os jovens por mais tempo na escola.

Tabela 17 .c· Taxas ele esc:Qlarfzaçê!o dos pessoas de 5 o 2A onoJ,

segundo os grupos de k:lode • 1991/1996

Taxas de escolarização {%)

Grupos de idade 1991 1996

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Total 47,30 46,30 48,33 56,05 55,49 56,62 5 a 9 anos 55.10 54,29 55.94 73,81 73.16 74.49

10 a 14 anos 76,03 75.49 76.57 82.11 82,46 81,75

15 a 19 anos 36.31 34.45 38.15 43,80 42.46 45.17 20 a 24anos 10,76 9,67 11.89 14,20 12.36 16.00

Fontes: IBGE. Diretoria de Pesquisas, Censo Demográfico 1991 e Contagem da Populaç ão

1996, microda dos.

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36 Tendências Demográficas

No período de 1991-1996, observa-se um aumento nas taxas de escolarização dos grupos etários infanto-juvenis (5 a 24 anos), que em princípio constituem, na sociedade, a população escolarizável ideal.

Taxa de escolarização das pessoas de 5 a 24 anos - 1996

Pessoas de 5 a 24 anos freqüentando escola/total de pessoas de 5 a 24 anos (%)

37,92 a 43,23

43,23 a 49,54

• 49,54 a 54,58

• 54,58 a 67,60

km

o 100 200

Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Contagem da População 1996, microdados; Malha municipal digital do Brasil [CD-ROM]: situação em 1991 e 1994. Rio de Janeiro: IBGE, 1996.

Família

Para melhor entendimento da organização socioeconô­mica da família é necessário conhecer informações acerca da sua estrutura, da composição, do tamanho, do tipo e de algu­mas características econômicas do grupo familiar. O texto res­tringe-se a fornecer uma visão geral destas características, enfatizando a situação do responsável ou chefe da unidade fa­miliar. Considerou-se como Família, nos Censos Demográficos, as pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência do­méstica ou normas de convivência que moravam no mesmo domicílio; a pessoa sozinha que morava em Domicílio Particular; e o conjunto de, no máximo, 5 pessoas que moravam em um Domicílio Particular, embora não estivessem ligadas por laço de parentesco e/ou dependência doméstica.

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Rondônia 37

O comportamento do tamanho da família, nos últimos anos, vem sendo ditado pelo diferencial da fecundidade na situação domiciliar. A redução do número médio de pessoas por família está diretamente correlacionado ao crescente processo de urbaniza­ção, como também às modificações na dinâmica demográfico­social da unidade familiar.

Número médio Situação do domicilio

1980 1991

Total 4,n 4,18

Urbana 4,85 3.99

Rural 4.70 4.47

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1980-1991, microdados.

Os grupos familiares constituídos por uma única pessoa e aqueles formados por chefe, cônjuge e filhos vêm mantendo a supremacia ao longo dos censos. Entretanto, houve redução na proporção de famílias únicas e aumento na proporção de famflias conviventes no período de 1980 a 1991, o que pode ser um indica­dor de que estaria havendo indícios de mudanças nos padrões de convivência domiciliar, isto é, por dificuldades de moradia, estaria crescendo a tendência de coabitação.

Vale a pena ressaltar o aumento da representatividade das mulheres no papel de chefe de famílias, e da queda no percentual de chefes do sexo masculino no período de 1980-1991 no Estado de Rondônia.

O enfoque do grau de escolaridade dos chefes de família, pode ser analisado através das informações dos anos de estudo. Percebe-se ligeira melhoria no grau de escolaridade dos respon­sáveis pelo grupo familiar, com redução na proporção de chefes sem instrução, em contrapartida, aumento na proporção de che­fes escolarizados (com 5 anos ou mais de anos de estudo).

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38 Tendências Demográficas

Tabela 19 Proporç6o de farr*B residentes em~ parllculcns permanentes.

segundo o sexo do c:helecda famlla • 1910/1991

Sexo do chefe

Total

Homens

Mulheres

Proporção de famflias (%)

1980

100,00

91.86 8,14

1991

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Censo Demográfico 1980-1991, microdados.

Tabela20

100,00

86,31 13,69

Proporç6o de famllas .......... em ~parllculcns permanenlel. segunc:~o as ~:1a1111 • -•e~~~~c~o•c~~e~ec~a.._. -1910/1991

Classes de anos de estudo do chefe

Total Sem ins1rução e menos de 1 ano

1 a 3anos 4anos 5o 8 anos 9 a 11 anos

12 anos ou mais Sem declaração

Proporção de famDias (%)

1980 1991

100,00 37.42 29.34 17.16 9,66 4.13 1.50 0,30

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1980-1991, micrododos.

100,00 25.44 22.38 21.17 16.99 10.55 3.34 0.13

Nota: As árferenças entre soma de parcelas e respectivos totais são proverientes do critério de arredondamento.

Quanto à análise da distribuição das famflias. segundo a clas­sificação dos chefes por setor de atividade diretamente envolvi­do, ressalta-se a predominância da agropecuária. extração ve­getal e pesca. que foi o responsável pela absorção da maior par­te da PEA. seguido da prestação de serviços. que apresentou sen­sível aumento em relação ao Censo Demográfico 1980.

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Rondónia

Proporção de famílias, segundo o setor econômico de atividade do chefe - 1980/1991

Agropecuária, extração vegetal e pesca ______ _. __

Indústria de transformação -

Indústria da construção -

Outras atividades industriais ~

Comércio de mercadorias -

Transporte e comunicação ,.,1 Prestação de serviços -

Social •

Administração pública -

Outras atividades r11

39

o 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

%

1980 1991

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1 98Q-1991, microdados.

Domicílios

O levantamento das características dos domicílios, através dos Censos Demográficos, permite o conhecimento de compo­nentes essenciais e indispensáveis para mensuração da qualida­de de vida da população. A influência que alguns fatores exer­cem sobre as formas mais dignas de sobrevivência pode ser ana­lisada pelas condições de moradia e, principalmente, pelo acesso aos serviços de infra-estrutura do saneamento básico. As caracte­rísticas estruturais dos domicílios são, tradicionalmente, investigadas somente para aqueles definidos como particulares permanentes.

A relação entre o total da população residente e o total de domicílios particulares permanentes representa o número médio de pessoas moradoras em uma unidade domiciliar.

No Estado de Rondõnia, a densidade domiciliar apresentou um declínio de 5,88% no último período censitário, caindo de 4A2 em 1991 para 4,16 em 1996. Este comportamento persistiu tanto na área urbana com uma redução de 4,91% quanto na área rural com 6,93%.

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40 Tendências Demográficas

Já em 1980, tínhamos uma média de 5.20 de pessoas moradoras em domicnios particulares permanentes no estado.

Tabela 21 Densidade domiciliar,

segundo a situação do domicílio - 1980/1996

Situação do domicmo

Total

Urbana

Rural

1980

5,20

5,18

5.23

Densidade domiciliar

1991

4,42

4,28

4,62

1996

4,16

4,07

4,31

Fontes: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1980-1991 e Contagem da Popula­ção 1996. microdados.

Os domicílios particulares permanentes foram classificados como duráveis, quando em sua construção predominavam pare­des de alvenaria, de taipa revestida, ou de madeira aparelhada, com cobertura de laje de concreto, telha de barro, telha de ami­anto ou de madeira aparelhada. Para os domicílios rústicos, deve­ria haver a predominãncia de outros tipos de materiais, de durabi­lidade transitória, tanto na parede quanto na cobertura das resi­dências, tais como: taipa não-revestida, zinco, palha, material reaproveitado, etc. Nos dois últimos levantamentos censitários, vem se observando um aumento das unidades duráveis.

Um sistema conveniente de distribuição de água potáveL para consumo humano, é de vital importãncia para a saúde da população. Nos levantamentos censitários, o abastecimento de água sempre foi classificado de acordo com a fonte fornecedora e a existência ou não de distribuição interna no domicílio.

O Censo Demográfico 1991 revelou que, do total de domicí­lios particulares permanentes investigados, 33,12% estavam liga­dos à rede geral de distribuição de água e, destes, 26,91% possu­íam canalização que levava água ao interior de pelo menos um dos cômodos da residência, sendo que apenas 6,21% não conta­vam com pontos de água dentro da moradia.

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Rondônia 4 1

A proporção de domicílios próprios no Estado de Rondônia, verificada no último censo em relação a 1980, revelou que houve um crescimento de 4,95% nesta condição de ocupação. A queda na proporção dos domicílios alugados, foi da ordem de 18,08%. Percebe-se que um segmento da população tenha optado pela construção da própria moradia, sendo que a maioria 65,10% era detentora do domínio pleno do terreno.

Proporção de domicílios particulares pemanentes, segundo a condição de ocupação - 1980/1991

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

o

%

Próprio Alugado

- 1980

r Cedido Outra

1991

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1980-1991, microdados.

Embora o sistema de coleta de lixo não tenha sido investiga­do no Censo Demográfico 1980, esta informação foi amplamente pesquisado pelas pesquisas domiciliares da década passada. No Censo Demográfico 1991 ficou evidenciado que o controle e a coleta do lixo domiciliar atingiram 39,03% das moradias, sendo que destas 37,58% tiveram o recolhimento do lixo efetuado diretamen­te por serviços ou empresas públicas e particulares.

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42 Tendências Demográficas

Proporção de domicílios com lixo tratado - 1991

Domicílios particulares permanentes com lixo coletado ou queimado/total de domdios particulares permanentes(%)

42,91 a 57,65

57,65 a 77,67

• 77,67 a 83,09

• 83,09 a 87,61

km

o 100 200

Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Censo Demográfico 1991, microdados: Malha municipal digital do Brasil [CD-ROM): situação em 1991 e 1994:Rio de Janeiro: IBGE, 1996.

Características econômicas

Conforme os resultados do Censo Demográfico 1991 , a po­pulação economicamente ativa representava 52,52% das pes­soas de 10 anos ou mais de idade, sendo 76,73% para os ho­mens e 26,3~k para as mulheres. Com respeito à evolução das dest­gualdades por sexo, conforme o tipo de trabalho, as informa­ções do Censo Demográfico 1980 e Censo Demográfico 1991 permitem detectar avanços.

Os indicadores de atividades econômicas das pessoas de 1 O anos ou mais de idade revelados pelo Censo Demográfico 1991 , para o Estado de Rondônia, confirmam um fenômeno mundiaL que consiste na expansão do número de mulheres que trabalham em atividades remuneradas. Cabe ressaltar que este fenômeno atin­giu todas as faixas etárias acima de 15 anos.

A concentração da taxa de participação específica por sexo nos grupos de idade vão desde 20 até 49 anos, implicando em aumentos na participação das mulheres.

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Rondônia

Taxas específicas de atividade, segundo os grupos de idade dos homens- 1980/1991

% 100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

o 10a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 ou mais

Grupos de idade

- 1980 1991

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1980-1991. microdados.

Taxas específicas de atividade, segundo os grupos de idade das mulheres - 1980/1991

% 100

90

80

70

60

50

40

30

20 / / 10

o 10a14 15al9 20a24 25a29 30a39 40a49 50a59 60a69 70oumais

Grupos de idade

- 1980 1991

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Censo Demográfico 1980-1991 . microdados.

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44 Tendências Demográficas

Dos setores de atividade, o que mais absorveu mão-de-obra foi o agropecuário, a extração vegetal e a pesca, seguido da pres­tação de serviços. Quanto à mão-de-obra feminina, destacam-se a prestação de serviços e as atividades sociais. que juntas chegam 54,8lo/o das mulheres no mercado de trabalho.

Tabela 22 Distribuição percentual da população economicamente ativa,

segundo o setor econômico de atividade - 1980/1991

Sexo(%)

Setor econômico Total Hom ens Mulheres

de atividade

1980 1991 1980 1991 1980 1991

Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Agropecuória, extração ve-

getal e pesca 52.01 36,07 58.51 45,92 17,70 10.89 Indústria de transformação 5.32 6,62 5.85 8,12 2.50 2.97 Indústria da construção civil 3,83 4.26 4.47 5,59 0.43 0,76 Outras atividades industriais 4,28 3,22 4,85 3,79 1.22 1.95 Comércio de mercadorias 7,66 10.39 6,84 10,06 11.97 13,13 Transporte e comunicação 3,92 3,37 4.31 4,15 1,86 1.46 Prestação de serviços (1) 8,95 14.27 5.41 9.80 27,69 30,69 Social 4.71 12,08 1.78 3.70 20,17 24.12 Administração pública 5.24 6.66 4,50 6.09 9.12 9.53 Outras atividades 2.62 1.51 2,29 1.37 4.34 2.21

Nenhum 1.47 1,56 1,18 1,42 3.00 2.29

Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas, Censo Demogrófico 1980-1991, microdados.

Nota: As álferenças entre soma de pacelas e respectivos totais são provenientes do aitério de arredondamento.

(1) Inclusive os serviços auxiliares da atividade econômica.