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de eventos

sumário

Ficha Técnica

SETÚBAL, guia de eventos

Propriedade Câmara Municipal de SetúbalDirector Carlos de Sousa, Presidente da CMSEdição GICO/Gabinete de Informação e ComunicaçãoCoordenação Geral Paulo AnjosCoordenação de Redacção João MonteiroRedacção Elisa Pedradas, Ivo Mota, Luciano Rocha,Marco Silva, Sandra Machado, Susana ManteigasFotografia José Miguel, Miguel CasanovaConselho Editorial Ana Bichinho, Carlos Anjos,João Monteiro, Paulo Anjos, Sérgio Mateus, Susana ManteigasDesign e Produção atelier Paulo CurtoImpressão Armazéns de Papéis do SadoRedacção GICO – Rua Tenente Valadim n.º 52900-652 SetúbalTelefone 265 537 200; Fax 265 220 053E-mail guiaeventos@mun-setubal.ptTiragem 15 mil exemplaresISSN 1646-0464

Ilustração de Capa: Os três reis magos, por Paulo Curto

O Natal acentua a comunhão entre pessoas e povos e, em Setúbal,terra multicultural, as diferenças à mesa aprofundam a integração.

A recuperação de peças de arte é um trabalho “invisível” mas de extrema importância,como acentua o conservador do Museu de Setúbal,Baptista Pereira.

Aniversário do TAS

A visão de Mário Ventura sobre o Fahrenheit 9/11 e a “ante-estreia” do Festroia,de regresso a Setúbal no dia 28 de Maio de 2005.

O Trio Rio Azul tem um novo trabalho - picante, por sinal - e Toy aproveitapara fazer sugestões de presentes de Natal.

Constantino Alves, pároco de Nossa Senhora da Conceição, cumpriu o desejo de serpadre e operário.

Manuel Araújo assegura que “Migrações do Fogo”, de Manuel Gusmão, coloca a poesiano território luminoso do sublime.Beatriz Pereira, 16 anos, começou no ballet aos 3 e, hoje, mesmo se quisesse, já nãoconseguia deixar a dança.

Actividade física

Dia Mundial de Luta Contra a Sida

Convento de Jesus

Sonhos de Natal

Contactos culturais

Península Digital

Arranque do Ano Bocage

4610121518202224262829303435

escolha

ver

cenas

fitas

compasso

pessoa

lleituras

+jovens

em forma

já agora...

tesouros

sabores

espaços

ti

...e ainda

A informação a divulgar no Setúbal - Guia de Eventos deve ser enviada, por e-mail (guiaeventos@mun-setubal.pt), até ao dia 10 do mês anterior, não excedendo os 350 caracteres.Em www.mun-setubal.pt existe um formulário próprio.

A Câmara Municipal de Setúbal reserva-se o direito de seleccionar a informação a divulgar e a forma de o fazer.Não nos responsabilizamos por eventuais alterações na programação.

de eventos

Festa de culturasO Setúbal - Guia de Eventos ainda só vai no quarto número e já está a crescer. A partir de agora, o total de páginas passa de 32 para 36, permitindo aumentara capacidade de divulgação dos acontecimentos relevantes, o que resulta em mais e melhor informação para os leitores. Esta reformulação é feita numaedição marcada pelo Natal, tema presente em várias secções.O Natal é, desde logo, a “Escolha” do mês, dedicada à época festiva mas com um ângulo preciso: a multiculturalidade de Setúbal à mesa da consoada. Ouseja, revelamos o que come cada uma das principais comunidades de imigrantes a viver no concelho.Relevo também para os 29 anos de vida na companhia profissional TAS – Teatro Animação de Setúbal, palco de grandes actores e encenadores, aniversáriocomemorado com uma peça em cena e outra na forja.Neste número, fazemos, em primeira mão, uma antevisão da 21.ª edição do Festroia, o festival internacional de cinema que tem trazido a Setúbal alguns dosmaiores nomes mundiais da 7.ª Arte e cuja próxima edição, entre 28 de Maio e 5 de Junho de 2005, já tem filmes seleccionados para as secções competitivas.A encerrar o Guia de Eventos, numa secção nova - “E ainda...” - levantamos uma ponta do véu sobre outro acontecimento cultural que marca Setúbal em2005: o Ano Bocage.

4escolha

Nem só o bacalhau e o peru vão à mesa de Natal em

Setúbal. O leitão e, principalmente, o porco, seja lombo

recheado, carne picada ou até salsichas, também estão

presentes na consoada de um concelho marcado pela

multiculturalidade.

Depois de crescer com as diferenças culturais ofereci-

das por nortenhos, beirões, alentejanos ou algarvios,

Setúbal acolhe comunidades de imigrantes, entre as

quais, pelo seu número, se destacam a brasileira, a ro-

mena, a moldava, a ucraniana e a cabo-verdiana.

Apesar da diversidade, existem algumas semelhanças

entre o que comem na ceia de Natal. Isto quando se fala

dos pratos de carne, porque o bacalhau cozido na

consoada é tipicamente português.

Contudo, a boa integração dos imigrantes no concelho,

ainda mais visível numa época que exalta a solidarieda-

de, faz com que muitas casas assumam um aspecto

multicultural. Isso sucede, em particular, com imigrantes

do Leste, como russos e ucranianos ortodoxos, que ce-

lebram o Natal a 7 de Janeiro e não a 25 de Dezembro,

acabando por juntar-se aos amigos portugueses na

consoada.

Por outro lado, há os que mesmo longe da terra natal

não prescindem das tradições. É assim com os brasilei-

ros, que, com o peru assado ou recheado e o leitão, e

alguma superstição, não dispensam o arroz com lenti-

lhas. Para “dar sorte”. Já os cabo-verdianos servem “re-

ligiosamente” o leitão na ceia de Natal.

Ainda sobre a consoada “à brasileira”, pode ser servido

um lombo de porco recheado com a típica “farofa”. Mas

as iguarias brasileiras não ficam por aqui. O “cuqui” de

banana e a tarte de maçã, além dos frutos tropicais, vão

igualmente à mesa. O “panetone” é uma especialidade

que não é esquecida nesta quadra. Trata-se de uma es-

pécie de pão com frutos secos.

Separados não só por fronteiras, mas principalmente pela

Multiculturalidade à mesalíngua, romenos e moldavos, juntos em Setúbal, cele-

bram o Natal como nós. Na consoada reúnem-se com

amigos e familiares e distribuem presentes.

Na Roménia, o dia de Natal é inteiramente dedicado à

família. As diferenças estão na gastronomia. Os pre-

parativos começam uma semana antes. Carne de por-

co é o que se come, de variadas maneiras. “Cârnati” e

“caltabos” – salsichas – são entradas tradicionais. Da

cabeça e pés do porco faz-se o “piftie”, uma espécie

de geleia. O prato principal – “sarmale” –, tipicamente

natalício, é feito com couve e carne de porco picada.

A couve deve estar de molho, durante um mês, em água

com sal, milho, louro e marmelo, para dar paladar e cor.

Desta forma, as folhas tornam-se maleáveis para facil-

mente se poderem enrolar com a carne. “Cozonac” fica

reservado para a sobremesa. É um bolo típico do Natal,

recheado com passas e nozes laminadas. Uma toalha

de linho, bordada à mão, decora a mesa.

Umoutroolhar

Festa de NatalMulticulturalConvívio entre as váriasassociações de imigrantesdo concelho.Espectáculos, animaçãopara crianças e distribuiçãode brinquedos.

Fórum Municipal Luísa Todi

Dia 19, DomA partir das 16h00

nata

lOrg.: CMS em colaboração

com a EDINSTVO - Associação

de Imigrantes de Leste,

FRATIA - Associação de Romenos

e Moldavos, Associação

de Ucranianos em Portugal

- Delegação de Setúbal, Grupo

Brasil e Centro Cultural Africano

Doce consoada

Rabanadas, filhós, bolo-rei, broas castelares e de milho e coscorões sãobem conhecidos entre nós. Mas Setúbal é, desde sempre, terra de gentesde todo o País, que aqui têm encontrado motivos para ficar a viver.No entanto, as tradições são muitas vezes mantidas.Principalmente, as gastronómicas.Comecemos pelo Norte. Bolinhos de girimú, toucinho-do-céu, mexidose pão-de-ló Freitas são alguns dos doces levados à mesa nesta alturado ano, nas regiões do Douro e do Minho. Já em Trás-os-Montes e AltoDouro a confecção de doçaria passa pelas orelhas de abade, súplicase grades de Lamego.Se na Beira Alta a aletria doce, os biscoitos de azeite, o manjar brancoe o pudim abade fazem as delícias de muitos, na Beira Baixa são as broasde batata, o bolo de geropiga e as filhós à moda da região que não podemfaltar na consoada. Formigos da Beira e rabanadas são algunsdos manjares na zona da Beira Litoral.No Ribatejo levam-se à mesa broas de mel e amêndoa, pastéisde Santarém, estrelas do Zêzere, fatias de Tomar e palha de Abrantes.No Alentejo e no Algarve, é também famosa a doçaria típica. Encharcadaalentejana, amores do Alentejo, pão de rala, borrachos, azevias, bolode figo e de amêndoa e gila, além do D. Rodrigo, são verdadeiras delícias.Já nos arquipélagos, os madeirenses não prescindem dos bolosda Madeira, de cerveja e do cato, além do pudim confeccionado com ovinho da ilha, enquanto os açorianos comem o bolo de Natal, os pastéis dearroz e os de Santa Clara, a massa sovada à antiga e o pudim de chá preto.

crítica

6ver

os “serviços clínicos” deste verdadeiro “hospital do património” em quese transformou o nosso Museu do Convento de Jesus, apesar deparcialmente encerrado (voltou a abrir a Galeria de Pintura Quinhentista,com novo arranjo museográfico, depois das obras de desinfestação aque foi submetida).Continuamos à espera das obras de recuperação que darão ao Conventonovo fôlego para defrontar os próximos 500 anos, mas não estamosparados: continuamos a estudar as colecções, a recuperar o acervo e aservir os diversos públicos com programas educativos e culturais variados!Apresentam-se obras de todos os sectores atrás mencionados, que nãoesgotam o vastíssimo trabalho feito, uma vez que se expõem, quer naCasa do Corpo Santo, quer na Galeria de Pintura Quinhentista, diversosobjectos já restaurados que não se podem deslocar das exposições emque se integram ou das reservas dos museus.Além de peças integralmente recuperadas, são apresentadas outras emfase de tratamento e algumas à espera de tratamento. Em diversos painéissão identificados e explicados os processos de diagnóstico, limpeza etratamento. Em visitas guiadas, que irão ser programadas, os técnicosde restauro estarão presentes para dialogarem com os visitantes edesenvolverem uma pedagogia da conservação dos bens patrimoniaisque se dirige a todos os cidadãos.

Fernando António Baptista Pereira

Desde há mais de uma década que o Museu de Setúbal criou um serviçode conservação e restauro das suas valiosas e diversificadas colecçõesartísticas. Inicialmente restringido à Pintura, com Maria José Francisco,foi posteriormente alargado à Escultura, Artes Decorativas, Arqueologiae Instrumentos Científicos, com Miguel Costa, e, finalmente, aosDocumentos Gráficos e Livro Antigo, com Maria do Amparo Cardosodas Neves.Esta equipa, sempre em estreita colaboração com a direcção científicado Museu e com os restantes técnicos superiores nas áreas dainvestigação e museografia (a historiadora de arte Francisca Ribeiro e osarqueólogos José Luís Neto e Maria João Cândido), tem resgatado dadestruição valiosas peças do património artístico e documental de Setúbale ajudado a pôr de pé inúmeras exposições que o dão a conhecer aosmais variados públicos.Esta não é a primeira exposição monográfica dedicada ao Restaurodo Património Móvel organizada pelos Museus Municipais no espaçoda Casa de Bocage (ver pág. 9). Neste caso, será a última que serealiza na galeria, antes da sua anunciada remodelação.Noutras ocasiões, ao longo dos anos, fomos dando conta e mostrámos,sempre com uma intenção didáctica, os resultados que íamos alcan-çando na recuperação de pinturas, gravuras, desenhos, mobiliário ouinstrumentos técnico-científicos.Chegou, porém, a altura de apresentar uma panorâmica global de todosH

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tal d

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ónio

Até dia 5“PercursosDiversos”Mostra de pinturae vitrais de cincoartistas da Artiset– Associaçãode ArtistasPlásticosde Setúbal

Clube Militarde Oficiais de SetúbalPraça de BocageDas 10h00 às 19h00Org.: Artiset

7verAté dia 10“Variaçõessobre um Fruto”Mostra fotográficade Walter Vinagre

Galeria de Exposiçõesdos Claustros do Edifíciodos Serviços da Presidênciado Instituto Politécnicode SetúbalOrg.: Instituto Politécnico de SetúbalComissariado:Câmara Municipal de Setúbal

“Sobreviver vivendo com a sida”, de Carel van Hees

“Sida em Amesterdão”, de Han Singels

Exposições fotográficas que assinalam,em Setúbal, as comemorações do Dia Mundial da Luta Contraa Sida, a 1 de Dezembro.

Átrio da Escola Superior de EducaçãoSeg. a sex, das 09h00 às 18h00Org.: Escola Superior de Educação e “Abraço”Apoio: Câmara Municipal de Setúbal

Até dia 16

“Paixões a Nu”Exposição de AndreiaArenga (poemas)e Paulo Trindade(desenho)

La Bohéme– café-galeriaR. Pereira Cão, n.º11Ter a dom,das 21h30às 02h00

ve8ver

“Ramificações”Exposição de fotografiade Acácio Pereira

O artista desenvolve,desde 1991, a fotografianuma perspectivapermanente deexperimentalismo e depesquisa. Neste sentido,procura, nos trabalhos aquiexpostos, uma novaabordagem, trabalhandoas imagens fotográficas emcomposições de simetria.

Museu Sebastião da GamaTer a sex, das 09h00 às 12h30e das 14h00 às 17h00Sab, das 13h00 às 17h00

Até 8 de Janeiro“Paisagens de Sal”Fotografia de Sérgio Jacques

Museu do Trabalho Michel GiacomettiTer a sab, das 09h30 às 18h00

A mostra écompostapor 15 fotosa pretoe branco cujatemática é oprocesso detransformaçãodo sal.O quotidianolaboralé a basede inspiraçãodo artista.

Exposição de NatalTrabalhos de pintura e esculturados artistas plásticos AcácioMalhador, Branislav Mihaijovic,Luzia Lage, António Lopes,Carlos Ramos e Rogério Timóteo

Galeria João RedondoR. Rodrigues de Freitas, n.º 7 e 9Bairro SalgadoTer a sab, das 11h00 às 13h00e das 14h30 às 20h00

De 3 a 17IX Exposiçãode ArtesPlásticasda APPACDMde Setúbal

Bilioteca PúblicaMunicipalde SetúbalSeg a sex,das 09h00às 19h00Sab, das 13h00às 19h00

er 9verDe 8 a 15“Emoções”Colectiva de pinturados artistas Acácio Malhador,Carlos Pereira da Silva e Célina

Clube Militar de Oficiais de SetúbalTer, qui e dom, das 14h00 às 19h00Qua, sex e sab, das 14h00 às 22h00Org.:Artiset

A partir de dia 17Exposição de pinturaDora OsórioPatente até 9 de Janeiro

La Bohéme – café-galeriaTer a dom, das 21h30 às 02h00

A partir de dia 19“Hospital do Património”Exposição didáctica, que ilustraalgum do trabalho de conservaçãoe restauro de peças do acervodo Museu de Setúbal/Conventode Jesus, das colecções de pintura,desenho, gravura, escultura,mobiliário, manuscritos e impresso.

Casa de BocageSeg a sex, das 09h00 às 12h30e das 14h00 às 17h30Sab, das 15h00 às 20h00

A partir de dia 18“Artistas portuguesescontemporâneos nacolecção Casa da Cerca”Trabalhos de pintura e esculturaque fazem parte do acervoda Casa da Cerca

Museu de Arqueologia e Etnografiado Distrito de SetúbalTer a sex, das 09h00 às 12h30e das 14h00 às 17h30Org.: Casa da Cerca/ Centro de ArteContemporânea – Câmara Municipalde Almada

10cenasQuase três décadas de existência, quase cem pro-duções. O Teatro Animação de Setúbal (TAS) estáeste mês de parabéns. São 29 anos ao “serviço dacultura”, com uma média de três a quatro produ-ções anuais, o que dá um total de cinco mil espectá-culos, apresentados a mais de um milhão de espec-tadores.O TAS, sediado no Teatro de Bolso, na Rua Dr. AníbalAlves da Silva, foi fundado a 26 de Dezembro de 1975,pelos actores Carlos César, Carlos Daniel, AntónioAssunção e Francisco Costa.“A Maratona”, peça encenada por Carlos César, quecontou com as representações dos restantes fun-dadores, foi a primeira produção desta companhiaprofissional.As encenações do TAS são baseadas em textos, nasua maioria, de dramaturgos estrangeiros, mas tam-bém de autores portugueses, clássicos e contem-porâneos.Só este ano, sob a direcção de Duarte Victor, o TASapresentou as peças “O Rapaz de Bronze”, umaadaptação de Miguel Assis do conto infantil deSophia de Mello Breyner Andresen, “Onde ficaAuschwitz?”, com encenação de Carlos Curto e co--autoria do texto com Rui Zink, e “Paisagem e Ou-

tros Lugares”, do autor inglês Harold Pinter.A 96.ª produção, “A Última Jogada”, em cena até dia26, é inspirada na peça “Melocoton em Almibar”, deMiguel Mihura.O TAS foi reconhecido, em 1987, como entidade deUtilidade Pública e quatro anos depois recebeu a Me-dalha de Mérito Cultural, atribuída pela Câmara Mu-nicipal de Setúbal. Em 1999, foi-lhe conferido, peloPresidente da República, o título de Membro Hono-rário da Ordem de Mérito.Durante 15 anos, entre 1976 e 1990, o TAS organizouo Festival de Teatro de Setúbal, homenageando es-critores como Fernando Pessoa, Mário de Sá Car-neiro ou Miguel Torga.Ao longo dos 29 anos de existência, o Teatro Anima-ção de Setúbal tem sido uma escola de formação deactores, muitos deles com presença constante nocinema e na televisão, como são os casos de Fer-nando Luís, Luís Aleluia, Pompeu José, FilomenaGonçalves e Carlos Rodrigues (“Manuel Bola”), quefaz parte da direcção.A actriz Lídia Franco teve uma breve passagem pelacompanhia e a actual presidente da Assembleia Mu-nicipal de Setúbal e deputada, Odete Santos, parti-cipou em várias peças do TAS.

TASde parabéns

11cenas

cena

s Internet e peça nova

A 26 de Dezembro, diada comemoração do 29.ºaniversário, o TAS apresentao sítio da companhia, comum novo logotipo, historial,banco de imagens edivulgação de actividades.A apresentação, precedidapela peça “A Última Jogada”,está agendada para as 21h30,no Fórum Municipal LuísaTodi.Entretanto, durante este mês,o TAS inicia os ensaios da 97.ªprodução, a estrear emJaneiro. Intitula-se “O FidalgoAprendiz”, uma farsa de D.Francisco Manuel de Melo,encenada por Carlos Curto.

Até 26 de Dezembro“A Última Jogada”Um texto a partir da peça“Melocoton em Almibar”,de Miguel Mihura, comencenação de FernandoGomes, inspirada nosfilmes policiaisda série B dos anosquarenta.

Fórum Municipal Luísa TodiQui a sab, às 21h30Dom, às 16h00Org.: Teatro Animação deSetúbalApoio: CMS

Espectáculo de música, teatro físico, circo e poesiaTudo começa na velha sala deserta do mundo. Do nadasurge um velho criador abandonado na sua loucuracrepuscular. Dá forma a um novo ser. Um anjoembriagado perde o rumo ao seu voo e aterra na aurorade um novo dia. Um ser-árvore com medo de ser dá àluz a semente da sua nova coragem. Um tolo inacabadoapaixona-se pela vida e cristaliza...

Fórum Municipal Luísa Todi21h30Org.: NeoCirka - Circo de Intervenção Cultural, CRL

Dias 6 e 7“Pão e Circo”

crítica

Amigos e conhecidos têm-me questiona-do sobre a real ou duvidosa qualidade dofilme “Fahrenheit 9/11”, de Michael Moore,recentemente exibido no Auditório Charlot,onde foi visto por 1700 espectadores. Adúvida, já se sabe, provém das referênciasnegativas que certa crítica interesseira temfeito acerca do filme. E nem o facto de aobra ter ganho a Palma de Ouro do últimoFestival de Cannes é suficiente para elimi-nar as interrogações, porque o prémio –dizem os tais críticos – teria tido apenas ob-jectivos políticos. Tentemos por isso orde-nar algumas ideias a este respeito, nas es-cassas linhas que nos são permitidas.É evidente que um filme documental, comoé o caso de “Fahrenheit 9/11”, dificilmentepode ser considerado uma obra de arte, já

12fitas

que a sua preocupação essencial é a deretratar a realidade, jogando com ela con-soante a forma ou o estilo pessoal do seurealizador.Neste caso, Moore adopta um estilo verti-ginoso, febril, num clima narrativo quaseesquizofrénico, que no fundo não é maisdo que o processo que o realizador adop-tou para nos transmitir uma imagem daAmérica. E a meu ver é esse estilo que faz asua originalidade, e o distingue com um ní-vel de qualidade invulgar. Com a vantagemde obrigar o espectador a um esforço acres-cido de atenção para acompanhar uma nar-ração que por vezes parece – mas só pare-ce – confusa e caótica. São raríssimos osdocumentários que conseguem, duranteduas horas, manter bem presa a atenção

dos espectadores. E este consegue-o. Ésem dúvida outra das suas qualidades.É claro que numa coisa estamos todos deacordo: “Fahrenheit 9/11” é um filme anti--Bush. E o mínimo que se pode dizer é queo esforço de Moore para denegrir a ima-gem do reeleito presidente dos EUA resul-tou em cheio. Se existem pessoas – e éóbvio que as há – que admiram Bush e in-clusive o idolatram, e por isso consideramo filme de Michael Moore uma coisa abo-minável e desprezível, essa realidade emnada altera o facto de “Fahrenheit 9/11” serum dos filmes mais destacados, emborapolémico, dos últimos tempos.Filme político? Sem dúvida. Mas não seráque tudo é político?...

Mário VenturaUm

film

epa

ra d

iscu

tir

programaprograma13fitas

A programação pode ser alterada por motivos imprevistos

De 2 a 8A Costa dos MurmúriosDe Margarida Cardoso, com BeatrizBatarda Filipe Duarte, Mónica Calle,Adriano Luz, Luís SarmentoM/12 anos120’

Auditório Municipal Cinema CharlotSeg a sex, às 21h30Sab e dom, às 15h00, 18h00 e 21h30

Próximas exibições

Polar ExpressDe Robert Zemeckis, com Tom Hanks

Diários de Che GueveraDe Walter Salles, com Gael GarciaBernal, Mia Maestro,Rodrigo De La SernaM/12 anos128’

Olhem para MimDe Agnès Jaoui, com Agnès JaouiJean-Pierre Bacri, Marilou BerryM/12 anos110’

Em exibição

Os Super-HeróisDe Brad Bird, com Craig T. Nelson, Holly Hunter,Samuel L. Jackson e Jason Lee

Em estreia

Alexandre, o GrandeDe Oliver Stone, com Colin Farrell, Angelina Jolie,Anthony Hopkins e Val Kilmer

O TesouroDe Jon Turteltaub, com Nicolas Cage, JustinBartha, Sean Bean e Diane Kruger

Polar ExpressDe Robert Zemeckis, com Tom Hanks

O Fantasma da ÓperaDe Joel Schumacher, com Gerard Butlere Emmy Rossum

Cinemas Jumbo de Setúbal

festroia14fitas

em “ante-estreia”A organização do 21.º Festroia – Festival Internacional de Cinemade Setúbal – já está em marcha. Apesar dos problemas que lheforam criados, este ano, pela não atribuição do subsídio do ICAM,e embora se mantenha a indefinição relativamente ao próximo, adirecção do Festival decidiu avançar com as habituais acçõespreparatórias, tendo em conta a necessidade de dar resposta àsexigências das organizações internacionais, nomeadamente aComissão Europeia e a Federação das Associações de Produtoresde Filmes.A próxima edição do Festival terá lugar de 28 de Maio a 5 de Junhodo próximo ano, e neste momento encontram-se já seleccionadosdiversos filmes para as secções competitivas (Oficial, PrimeirasObras, O Homem e a Natureza e Independentes Americanos).Entretanto, estão a ser preparados diversos eventos paralelos, entre

os quais se destaca uma reunião internacional sobre novos talentoscinematográficos, que contará com o apoio da Associação Europeiade Cinema.Prevê-se também a continuidade do Atelier-Escola de Cinema, quedecorreu no Museu Michel Giacometti, destinado a crianças dos 8aos 13 anos, e que este ano contou com a participação de cerca de400 jovens.Para a secção de ciclos, homenagens e retrospectivas, estão tambémjá previstas diversas iniciativas, dependentes ainda de acordosinternacionais. Uma das mais destacadas será sem dúvida ahomenagem que o Festroia vai prestar ao Cinema da Finlândia, umpaís produtor de bons filmes que se encontram completamentearredados dos nossos circuitos comerciais.A Direcção do Festroia promete mais novidades para o próximo mês.

Quando se tem mais de 20 anos de história, como no casodo Trio Rio Azul, dificilmente as 13 músicas do alinhamentodo novo álbum “Autonomias”, lançado em Novembro, noFórum Luísa Todi, poderão ser mau presságio.A fórmula utilizada em “Autonomias”, explica Manuel Patrício– que com Vítor Pereira e Carlos José completa o grupo – éa que sempre caracterizou o trio: boa disposição, brejeiricee um acordeão. Nenhum destes ingredientes pode faltarnos trabalhos do Trio Rio Azul, garante o músico.Com a música popular portuguesa a marcar o compassodo trio, o 12.º trabalho (disponível no mercado a partir des-te mês), tal como os restantes, tem o objectivo de divertir opúblico, mas a crítica social e política, condimentada compimenta e uma suave malícia, também não é esquecida.Mesmo respeitando a imagem de marca que os tornou co-nhecidos, principalmente durante a década de 70, em quechegaram a estar no top nacional em 1973, um ano depoisdo início de actividade, o álbum tem novos traços. “Autono-

mias”, diz Manuel Patrício, é um CD em que os títulos sãoindependentes devido à maior base de apoio e riqueza ins-trumental dedicada a cada letra.As faixas do álbum abrangem temas que vão do artesana-to, caso de “Com verga é que é – gostas pouco gostas”,que, acredite, é alusivo aos arbustos da margem do Sorraiaideais para o fabrico de cestaria, a retalhos de Setúbal,presentes, por exemplo, em “Ganda maluco Zé dos ga-tos”, numa clara referência a personagens da cidade.“Autonomias” assinala, ainda, a consolidação do regressodo Trio Rio Azul ao mercado discográfico, depois de, no anopassado, terem quebrado um interregno de 20 anos como lançamento de outro trabalho.“O gosto pela música e os pedidos frequentes de pessoasnossas conhecidas é que nos fizeram voltar”, afirma ManuelPatrício, sempre com o mesmo tom descontraído, caracte-rístico, talvez, de quem só pretende retirar da música o sim-ples prazer de a fazer.

Trio Rio Azul com novo trabalhoAutonomicamente picante

15compasso

crítica

Lá vem o homem de vermelho com a sua barba branca lembrar a fantástica quadranatalícia. Traz a esperança no brilho indefinido dos seus olhos e um saco cheio depresentes... quem nos dera que fossem dias de paz datados de 25 de Dezembro de 2004para toda a eternidade. Mas nós sabemos que não é assim. Resta-nos festejar a nossapaz entre os nossos familiares e amigos compensando-os com o nosso carinho e, fazendojus ao “natal comercial”, também com algumas lembranças que preencham de certa for-ma as angústias existentes em cada um de nós.Desde sempre, a arte foi a melhor forma de expressar os sentimentos, de divertir, deinformar, de fazer pensar... de ajudar a entender a vida com as suas incompreensíveisinjustiças. Por isso aproveito este espaço para aconselhar os leitores a presentearem osamigos e/ou familiares com boa música: “Hallé Christmas”, um CD áudio de Natal paraquem gosta da calma que a música erudita, a que muitos chamam clássica, nos traz,onde se pode ouvir Brien Rayner Cook, Hallé Choir & Orchestra e Maurice Handford,numa edição da EMI VC.Se quiser ouvir cantar em português opte por “Jardim de Infância”, interpretado peloCoral Infantil de Setúbal, dirigido pelo maestro Nuno Batalha, produzido e arranjadomusicalmente por Américo Machado. Um álbum de clássicos infantis editado pela Espacial.Um Feliz Natal para todos e um Ano Novo com muita paz.

Toy

16compasso

Propostasde presentes

programa17compassoDias 4 e 5Dançado VentreInformações:936 298 329Org.: AssociaçãoTeatro a Descoberto

Dia 9, Qui“Ainda há Natal!”Lançamento de CDde artistas de Setúbal,produzido pela Liga dosAmigos do Hospital de S.Bernardo, para angariaçãode fundos.

Salão Nobredos Paços do Concelho16h00Entrada livreOrg.: Liga dos Amigosdo Hospital de S. BernardoApoio: CMS

Dia 12, DomActuação da Academiade DançaContemporâneaEspectáculo de Natal

Fórum Municipal Luísa Todi16h00Org.: Acad. de Dança ContemporâneaApoio: CMS

Dia 17, SexEspectáculodo Coral Luísa TodiMúsicas de Natal, espirituais negros e“Magnificat”, de Vivaldi, são interpretadospelo Coral Luísa Todi, artistas do TeatroNacional S. Carlos e Coro de Câmarado Conservatório Regional de Setúbal.

Igreja de S. Sebastião21h30Org.: Coral Luísa TodiApoio: CMS

Dia 18, Sab“Canções para a Cidade”Jubileu Gospel Orchestra interpretamúsicas da quadra natalícia

Fórum Municipal Luísa Todi21h00Entrada LivreOrg.: Instituto de Educação Cristãem parceria com a Liga dos Amigosdo Hospital de S. BernardoApoio: CMS

Dia 19, Dom“Músicas de Natal”Orquestra Suave Azul

Fórum Municipal LuísaTodi16h00Entrada livre

Dia 21, TerFesta de Natal do GrupoDesportivo “Os Amarelos”Com Luís Portela, Quinzinho Portugal,entre outros artistas.

Fórum Municipal Luísa Todi21h00Org.: Grupo Desportivo “Os Amarelos”Apoio: CMS

Dia 19, DomConcerto do Corode Câmara de SetúbalEspectáculo de Natal, com interpretaçõesde obras de Bach, Rodney Bennett, EuricoCarrapatoso, Lopes-Graça, entre outros,e de arranjos de canções da época.

Igreja de S. Sebastião18h00Entrada livreOrg.: Coro de Câmara de Setúbal

Constantino Alves é, pode dizer-se, um homem de sonhosrealizados, já que “queria ser professor ou padre” e é páro-co, idealizou experimentar o dia-a-dia de um operário econseguiu.O primeiro sonho, o de seguir a vida eclesiástica, nasceu,quando ainda era criança, fruto do “ambiente vivido noseio de uma família de raiz cristã”, regado, simultaneamen-te, pelo exemplo de um padre, “homem simples, que an-dava de moto, com dificuldade de expressão, mas de gran-de abnegação, de um amor ao próximo sem limites”.Não estranharam, pois, os mais próximos quando Cons-tantino deixou Castelo de Paiva, que o viu nascer, e foipara o Porto, frequentar o seminário, trocando os camposda terra pequena, onde brincava livremente, pelo desbra-var de uma vida norteada pelos princípios do amor ao pró-ximo.As folhas do calendário, feitas anos, foram caindo, aomesmo tempo que o jovem ido da província adquiria co-nhecimentos de filosofia e teologia, mas, também, a cons-ciência de que a “Igreja e a classe operária andavam des-fasadas”, pondo-o inquieto.Constantino não estava sozinho nessa preocupação. Jáanos antes, noutras paragens, principalmente em França,tinham-se juntado vozes, a fazer ver ao Vaticano que a

18pessoa Padre ConstantinoIgreja não podia manter-se agarrada ao púlpito, à sacristia,que o mundo esperava dela outros desafios. Corria o anode 1956. Pio XII, o Papa, condescendeu. Nasceram, as-sim, os padres operários, cujo ministério, porém, viria a serapenas reconhecido pelo sucessor, João XXIII.Duas décadas depois, em 1976, os padres operários con-tinuavam activos, apesar de a política do Vaticano ter sidoradicalmente alterada em relação a eles. Foi nesse anoque o seminarista Constantino deixou o Porto e veio “cápara baixo”, aderindo à Congregação Religiosa Filhos daCaridade, “cuja missão é o anúncio de Jesus Cristo noseio dos trabalhadores”.A viagem, de dez horas, foi feita “à boleia, numa camione-ta”. Quando chegou a Lisboa, “madrugada ainda, semconhecer ninguém”, fez de um banco de jardim cama, onde“passou pelas brasas”, a “recuperar da noite sem dormir”,e fez tempo para ir bater à porta da congregação.Sem quaisquer habilitações profissionais, o sonho de seroperário começou a realizar-se por baixo, como servente,num estaleiro de reparação naval, no Barreiro.O trabalho, no “fundo do porão de um navio, a decaparsucata vinda da Holanda, com a ferrugem a entrar pelosolhos e nariz desprotegidos” foi, garante, a “descida aosinfernos”.

Sem as “mínimas condições de higiene e segurança”, coma “comida levada de casa aquecida naquelas fogueirasque ardiam nos latões de alcatrão”, com as “mãos caleja-das, o corpo percorrido por dores”, o jovem seminaristasentia, todavia, uma “enorme alegria pelo novo mundo queencontrava, tão diferente do da Igreja, dos seminários, dosletrados e académicos”.Alguns meses depois, frequentou um curso de fresadormecânico, após o qual trabalhou meio ano na Amadora.Às oito horas de operário e às quatro de viagens, juntava, ànoite, a de alfabetizador de adultos. A etapa trouxe-o paraSetúbal, para uma metalomecânica, onde as “condiçõesde trabalho eram opressivas, humilhantes, de submissãoe medo generalizado perante o patrão”.Foi aí que nasceu o delegado e dirigente sindical, activida-de que exerceu durante oito anos. Foi aí, também, quealguém descobriu que ele era padre.Confinado à condição de padre, o que sente, hoje, ao re-cordar a vida de mais de dez anos de operário, de lutassindicais? À questão, Constantino Alves esboça um sorri-so, que não chega para esconder o que lhe vai na alma.Leva as mãos aos olhos, por trás dos óculos graduados,tenta secar as lágrimas e pede: “Eh, pá!, essa perguntaemociona-me. O meu coração ainda é operário.”

19pessoa

“Neste Natal desejo

para Setúbal que os

poderes central e

autárquico disponham

de meios - e de boa

vontade - para um

processo de

aproximação das

pessoas e que com

elas encontrem

caminhos para

a resolução dos

principais problemas”

Constantino Alvesnasceu, há 56 anos,“filho de pequenoscamponeses”, emCastelo de Paiva, ondefez os estudosprimários, após o quefrequentou o Semináriodo Porto. Foi naDiocese de Setúbal,porém, que, em 1980,foi ordenado padre, porD. Manuel Martins.Além de pároco deNossa Senhora daConceição, é capelãodo hospital do Barreiro.“O

meu cor

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crítica

20leituras

Diz-se, dizem, que Portugal é terra de poe-tas. De facto as edições de livros de poesiano nosso país, em número de títulos eexemplares publicados, equiparam-se àsda França ou da Alemanha, o que só podecausar estranheza sabendo-se que os ín-dices de vendas dos livros, revistas e jor-nais por pessoa é muitíssimo superior emqualquer desses países ao índice nacional,o que nos coloca, como é infelizmente ha-bitual, na cauda da Europa. A verificaçãodessa realidade conduz-nos a essa con-clusão: somos um país de poetas.É uma verificação culturalmente importan-te que não deve ser diminuída mas, tal comomais de 80% da vida de cada um de nós,mesmo nos mais exemplares casos, temum enredo de romance de cordel e nemsempre os 20% sobrantes alcançam picosshakesperianos, também a maior parte dapoesia que se publica é assim-assim ou

ainda menos e a quantidade não produzautomaticamente qualidade, como o ma-terialismo empirocriticista preconizava.Vêm estes considerandos a propósito deum livro recentemente publicado que co-loca a poesia no território luminoso dosublime: Migrações do Fogo, de ManuelGusmão.Se nos livros anteriores existia sempre umagrande unidade, aqui os poemas são par-tes de um poema único, lugar de encontro– limpo de retóricas e encantamentos vazi-os – entre a poesia e o tempo histórico ondea palavra emerge sumptuosamente em tonspolifónicos.Tudo parece ter outra vez começado,Quando / – a cabeça encostada à mor-te que a perder de vista crescia – estehomem estancado reconheceu o seunome / pelo vento desenhado com osgravetos pobres / naquela que julgara

ser a última parede do labirintoA metáfora, no sentido vulgar, fácil eempobrecedor, é anulada pela excepcio-nalidade da imagem poética e pelo rigor noemprego da palavra.Alguém lhe diz: não deixes cair o verso; atiraa pedra / contra a onda do céu; mas nãodeixes cair o cristal de rocha / – ou nas suasondas transparentes, sobrepostas, que-bradas / conhecerás o naufrágio da luz,morrerás pela violenta / tempestade solar queentão se desencadeia e outra vez / dispara omundo interior do vivo: a desordem que tedevasta / o cérebro, o mar cavando na rochao oco do teu nome. / Verás de frente a ce-gueira até te perderes no seu olhar.A ler e reler para descobrir, a cada leitura, odeslumbramento que as múltiplas vozesdesta poesia convoca.

Manuel Augusto Araújo

vertigem vertigemA

ver

tigem

da

pala

vra

21leituras

Ano lectivo 2004/2005“As Roupas Novasdo Imperador”Animação de leitura, promovendo asinceridade, a humildade e a buscapermanente da verdade comoforma de encontrar as soluçõesmoralmente mais aceitáveis paraa vida quotidiana. A partir do contohomónimo de Hans ChristianAndersen, no ano do bicentenáriodo seu nascimento que se assinalaem 2005.Para crianças até aos 10 anos

Biblioteca Pública Municipal de Setúbal– Serviços CentraisSeg a sex, das 10h00 às 14h30Marcações: 265 537 240Org.: CMS

“Dona Bruxa Gorducha”Animação, com fantoches,chama a atenção para o valor dapersistência e da perseverançaaplicadas ao esforço pelos nossosideais e objectivos. Baseadono livro “Dona Bruxa Gorducha”,de Anabela Mimoso.Dos 6 aos 10 anos

Biblioteca Pública Municipal de Setúbal– Serviços CentraisSeg a sex,das 10h00 às 14h30Marcações:265 537 240Org.: CMS

A partir de DezembroMusa – museus,arqueologia& outros patrimóniosLançamento de revista culturalsobre o distrito, com umaperiodicidade anual.

Co-edição pelo Museu de Arqueologiae Etnografia do Distrito de Setúbale pelo Fórum Intermuseusdo Distrito de Setúbal.

De 13 a 17O Natal na BibliotecaHora do conto especial de Natal“As renas do Pai Natal”, de MoePrice; “O Natal na Europa”, de AnaMaria Magalhães e Isabel Alçada;“A verdadeira história do Painatal”, de Colette Seigue e TéoPuebla; “2 Histórias de Natal”,de Alice VieiraDestinada a crianças dos Jardins deInfância e 1.º Ciclo do Ensino Básico

Biblioteca Pública Municipal de Setúbal– Serviços CentraisSeg a sex, às 10h00 e às 14h30Marcações: 265 537 240Org.: CMS

22+jovens

Um, dois, três... um, dois, três... e repetem-se os movimentos corporais.“Arabesk” e “quintas posições”, de braços e pernas, são expressões

que podem não nos dizer nada, mas, para Beatriz Pereira, 16 anos,fazem parte da sua formação em dança contemporânea.Bia, é assim como lhe chamam, entrou para a Academia de DançaContemporânea aos 10 anos. Mas a sedução pela dança surgiubem cedo, aos 3, com o ballet.Com o apoio a “cem por cento” dos pais, a aluna quer fazer da dançao seu modo de vida. “Sempre gostei muito de dançar. Adoro mexer o

corpo, desde pequenina. Mesmo se quisesse já não conseguia deixar adança”, confessa Bia, com um sorriso tímido.

Actualmente a frequentar o 11.º ano na Escola Secundária Sebastião daGama, Beatriz integra a Pequena Companhia da Academia de Dança Con-temporânea.Filosofia, Português e Francês formam as disciplinas gerais. As restantessão leccionadas na academia. De segunda a sexta-feira, dedica muitas

horas ao que mais gosta de fazer. Mas para conseguir conciliar os estudos com a dançahá que gerir bem o tempo, que, desabafa, ”não é muito”, acrescentando: “Tenho de sermuito rigorosa, porque aqui também é exigido muito de nós.”No entanto, sente-se orgulhosa por estar na academia. “É a única escola do País, tirandoa do Conservatório Nacional, que tem via profissional.”E é aí onde quer chegar. Ser uma bailarina profissional. Apesar de ter ainda um longocaminho a percorrer, porque a aprendizagem é contínua e a vontade tem de ser muita,Beatriz espera, quando acabar o secundário, conseguir entrar numa companhia ou, quemsabe, seguir os estudos na Escola Superior de Dança. “O que quero da vida é isso: édançar”, reafirma.Mas desenganem-se os que pensam que Bia apenas se dedica aos estudos. Sem na-morado, goza bem a sua adolescência, saindo com as amigas. “Aproveitamos e divertimo--nos bastante, porque acabamos por não ter muito tempo”, assegura.Questionada sobre cuidados especiais com a alimentação, porque “vemos” as bailarinascom corpos franzinos e uma estrutura óssea bem delineada, Beatriz deixa “cair por terra”qualquer expectativa. Dieta não é com ela. “Como de tudo. O normal”, refere, rindo-se.

Beatriz PereiraAprendiz de bailarina

23+jovensAno lectivo 2004/2005“Movimentaa tua arte”Actividades comalunos de escolassecundárias e dejardins de infânciada rede pública, nasáreas de criaçãode logotipo para esteprojecto, oficinasde expressão artísticae elaboraçãode escultura ou pinturade mural para posteriorcolocação na cidade.

Org.: CMS

Dia 2, Qui“Auto da Barcado Inferno”Versão teatral da farsa de GilVicente. Espectáculovocacionado para escolasdo 3.º ciclo do ensino básico,mediante marcação prévia.

Fórum Municipal Luísa Todi15h00Org.: Teatro Animação de SetúbalApoio: CMS

Dia 3, Sex“O Rapaz de Bronze”De Sophia de Mello Breyner

Fórum Municipal Luísa Todi15h00Org.: Teatro Animação deSetúbalApoio: CMS

Dias 9 e 10Dança e PoesiaEspectáculo com a participaçãoda Academia de Música e BelasArtes Luísa Todi, dirigidaa escolas, que comemorao Dia Internacional dos DireitosHumanos.

Fórum Municipal Luísa TodiQui, às 15h00Sex, às 10h30Org.: Juntas de freguesiade Santa Maria e São JuliãoApoio: CMS

De 13 a 17Visitaao Centro HistóricoPasseio vocacionadopara as escolas

Org.: Juntas de freguesiade Santa Maria e São Julião

Dias 16 e 17“Honori Perpatimata”Espectáculo de bailado, entreo sonho e a realidade, para crianças,pela Companhia Portuguesade Bailado Contemporâneo.

Fórum Municipal Luísa Todi15h00Org.: Companhia Portuguesade Bailado ContemporâneoApoio: CMS

Até DezembroCoastwatch 2004Recolha de dados sobre o estadodo litoral, desde o cais da Etermaraté Sesimbra. Por cada 500 metrosde costa é preenchido um questionáriosobre o estado em que se encontra esseespaço. Aberto a escolas do concelhoe pessoas a título individual.

Contacto: 265 724 345Org.: Clube de Montanhismoda Arrábida

Até Maio de 2005Torneios de VoleibolPavilhão Municipal do VisoDos 10 aos 16 anosSeg, das 19h00 às 20h30Contacto: 962 651 098Org.: Volei Clube do SulApoio: CMS

Passeios Pedestres da SAL10h00Dia 4, SabArrábida FóssilEncontro: Parque de Merendas da Mata dos MedosDia 5, DomComenda RealEncontro: Café Gajinho, Aldeia Grande, Estrada Setúbal-AzeitãoDia 11, SabTerras de AlcubeEncontro: Capela das Necessidades, Vendas de AzeitãoDia 18, SabPista dos dinossáuriosEncontro: Igreja do Cabo EspichelDia 19, DomMarmitas de GiganteEncontro: Restaurante Ângelus, Rotunda Santana, Sesimbra

Contacto: 265 227 685 ou sal@sal.pt

24emforma

25emformaDia 11, SabIV Torneio de NatalActividade aberta a utentes inscritosna Escola de Natação, até aos 14 anos,e Secção de Natação Pura.Piscina Municipal de AzeitãoContacto: 212 199 540Org.: CMS

Dias 15 e 16Futebol Inter-EscolasActividade dos III Jogos do Sado, paraalunos dos 2.º e 3.º ciclos e de escolassecundárias do concelho de Setúbal.Contacto: 265 739 890Org.: CMS

Dia 16Convívio de NatalActividade integrada no projecto“Desportivamente em (Re)Forma”,destinada a munícipes reformados.Pavilhão Antoine VelgeOrg.: CMS

Dias 20 a 24 e 27 a 31Clínicas de Ténis de NatalIniciativa destinada aos alunosda Escola de Ténis.Clube de Ténis de Setúbal

Dia 11, SabEstafeta de CanoagemIniciativa dos III Jogos do Sado,para alunos do 2.º e 3.º ciclose do ensino secundáriodo concelho de Setúbal.

Piscina Municipal das ManteigadasContacto: 265 739 890Org.: CMS

A partir de dia 15Torneio Intersóciosde FutsalO final da competição depende do númerode equipas envolvidas.

Pavilhão dasManteigadasContacto:918 969 590Org.: CCD dosTrabalhadoresda CMS

A realização de duas exposições e de uma acção de sensibili-zação, organizada pela Câmara Municipal, assinala, em Setúbal,o Dia Mundial da Luta Contra a Sida, a 1 de Dezembro.Entre as 14h30 e as 18h00, a Câmara Municipal promove, no Largoda Misericórdia e na Praça de Bocage, uma acção de sensibilização,acompanhada de animação de rua. Na iniciativa, realizada com osapoios da Fundação a Comunidade Contra a Sida, ComissãoDistrital de Luta Contra a Sida, ESTUNA – Tuna Académica daEscola Superior de Tecnologia e colaboração do Teatro ADescoberto, são distribuídos materiais de prevenção e informaçãosobre a sida.A mesma acção de sensibilização foi programa para a véspera, dia30 de Novembro, nos mesmos locais, e no refeitório da EscolaSuperior de Tecnologia, local do III Encontro de Tunas “CopulusTunae”.No Campus da Escola Superior de Educação estão patentes duasexposições fotográficas, inauguradas no dia 22 de Novembro.As mostras “Sobreviver vivendo com a sida”, de Carel van Hees,e “Sida em Amesterdão”, de Han Singels, estão abertas ao públi-co até dia 10.A organização é da Escola Superior de Educação e da instituição“Abraço” e tem o apoio da Câmara Municipal.

26jáagora...

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DA

27jáagora...Contactos úteis

• Comissão Nacional de Luta Contra a Sida - 265 549 758

• Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce do VIH/SIDA

Centro de Saúde de S. Sebastião – Vale do Cobro - 265 708 000

Ter, das 16h00 às 19h00; Qui, das 09h00 às 12h00

• Gabinete de Atendimento a Adolescentes

Centro de Saúde de S. Sebastião – Vale do Cobro

• Gabinete de Apoio à Sexualidade Juvenil

Instituto Português da Juventude - 265 521 200

Qui, das 11h00 às 13h00

• Consulta de Adolescentes e Planeamento Familiar

– Centro de Saúde do Bonfim - 265 526 043

Seg a sex, das 08h15 às 12h00 e das 14h15 às 16h30

– Centro de Saúde de S. Sebastião - 265 545 200

Marcação de Consulta: Seg a sex, das 12h00 às 13h00

e das 16h00 às 17h00

• Associação de Apoio a Pessoas

com o VIH/SIDA – ABRAÇO - 265 228 882

• Fundação a Comunidade Contra a SIDA - 265 235 525

• Caritas Diocesana de Setúbal

Projecto “Saber Viver Cada Dia” - 265 509 083

Seg, qua e sex, de manhã

Dia 1, QuaCruzeiro “Umaregião por descobrir”Visita às caves José Mariada Fonseca, em Azeitão,passeio à serra da Arrábidae embarque, em Setúbal,no “Évora”, para cruzeirona baía, com passagempelas praias do concelho.Almoço, a bordo, noPortinho da Arrábida,e regresso pela Penínsulade Tróia.

Informações:www.azeitão.net/viagens/index.html ouwww.troiaresort.comOrg.: Neptune Cruises

A partir do dia 13Feira de Artes& OfíciosExposição e vendade peçasde joalharia, olaria,têxteis e vidros

Galeria de Exposiçõesdos Claustros doEdifício dos Serviçosda Presidênciado Instituto Politécnicode SetúbalSeg a sex,das 10h00 às 12h30e das 14h00 às 17h30Org.: IPS/FederaçãoNacional de Artes& Ofícios

Dia 17, SexFestade NatalApresentaçãode um trabalhode expressãodramática,orientado pelomonitor OlavoNóbrega. No localestão expostostrabalhos feitospor utentesda instituiçãoorganizadora.

Clube Recreativoda Palhavã17h00Org.: Associaçãode Saúde MentalDr. Fernando Ilharco

Dia 18, SabTardeIntercultural“Os jovens,a arte e adeficiência”Teatro, música,dança e debate

Museudo TrabalhoMichel Giacometti15h00Org.: CMS e ClubeAnimação Jovemda APPACDM

28tesourosCada arco de volta perfeita, coluna ou alicerce, cada uma dascentenas de pedras que constituem a Igreja e Convento deJesus são, hoje, testemunhas de mais de 500 anos da histó-ria de Setúbal e do País. Este conjunto arquitectónico marcatambém o início do período Manuelino.O projecto nasce no final do século XV, quando JustaRodrigues Pereira – ama de D. Manuel e amante de um freicarmelita, então bispo de Ceuta e da Guarda – envidou esfor-ços junto do Vaticano e da corte real para a construção de umconvento no terreno conhecido, na época, por sapal de Troino.As obras, iniciadas em 1490 e, ao que tudo indica, termina-das em 1496, foram conduzidas por Diogo Boitaca, nomeque acabaria por ser uma referência do Manuelino.A Igreja de Jesus, segundo registos bibliográficas, é conside-rada como o primeiro ensaio em Portugal de igreja-salão, pro-jectada como um espaço unitário e isótropo, ou seja,homogeneamente iluminado.No Convento de Jesus recorre-se, quase em estreia, a solu-ções inovadoras para a época, como os arcos de volta perfei-ta, abóbadas assentes sobre arcos abatidos e redes denervuras.O arranque das obras reveste-se de um dado curioso. Em1491, um ano após o início dos trabalhos, D. João II, insatis-feito com as dimensões demasiado reduzidas da igreja, orde-

nou a repetição da cerimónia de lançamento da primeira pe-dra, com um reajuste das medidas do claustro.Em 1888, com a extinção das ordens religiosas, o edifício éconvertido no Hospital da Misericórdia, que ali funcionou até1959.O Museu de Setúbal funciona no Convento de Jesus desde1961. Nele estão guardados os principais tesouros artísticosda cidade, nos quais se encontram os 14 painéis do Retábuloda Igreja de Jesus, conhecidos por “Primitivos de Setúbal” econsiderados por especialistas como um dos conjuntos maisrepresentativos do período renascentista português.A Igreja de Jesus e o claustro e Casa do Capítulo do Conven-to estão classificados como monumentos nacionais por de-cretos de 1910 e 1933.De forma a combater o avançado estado de degradação emque se encontra o conjunto arquitectónico, o IPPAR (InstitutoPortuguês do Património Arquitectónico) abriu, no início deNovembro, um concurso público para recuperação das co-berturas do edifício, prevendo que as obras comecem no fi-nal do ano ou em Janeiro.Uma vez que o PIDDAC para 2005 não contemplou o financi-amento de intervenções no Convento de Jesus, os trabalhosagora previstos são custeados por verbas canalizadas doPIDDAC deste ano.

Históriaque ocupa lugar

29saboresSonhos, coscorões e fritos de abóbora são doces facilmente confeccionados em casae imprescindíveis, conforme a região, numa mesa na noite de Natal. Não se esqueça dos frutossecos, como as nozes, pinhões e avelãs, e de decorar a mesa com azevinho ou com várioselementos alusivos a esta quadra. Deixamos aqui uma receita fácil de... sonho.

Sonhos de NatalIngredientes(Oito pessoas)

0,5 l. de água1 pitada de sal200 gr. de margarina1 casca de limão300 gr. de farinha8 ovos1 colher (chá) de fermentoem póÓleo para fritarAçúcar e canela parapolvilhar

Calda800 gr. de açúcar0,5 l de água1 pau de canela2 cascas de limão

Leve ao lume um tacho com água, sal, margarina ea casca de limão. Deixe ferver e depois diminua aintensidade do lume. Misture a farinha, mexendosempre até a massa se soltar do recipiente. Deseguida, verta a massa para uma tigela e retire acasca do limão. Junte os ovos, um a um, mexendosempre. Adicione o fermento em pó e amasse comas mãos. Depois de o óleo estar bem aquecido,retire pequenas porções de massa e molde-as comduas colheres de sopa. Devem fritar até estaremdouradas. Posteriormente, passe por uma misturade açúcar e canela.Pode substituir o açúcar e a canela por uma calda.Basta deixar ferver, por dois ou três minutos, amistura de ingredientes para a calda. Só utilizardepois de arrefecida.

espaços

Museu do Trabalho Michel GiacomettiLargo Defensores da RepúblicaTel.: 265 537 880Fax: 265 537 889E-mail: museutrabalho@iol.ptTer a sab, das 09h30 às 18h00

Exposições permanentes:A Indústria Conserveira (Da lota à lata - a cadeia operatória)Reconstituição de fases do trabalho numa antiga unidade conserveirae de indústrias associadas - litografia, latoaria, fundição, mecânica,exploração salineira e pesca.

Mundo Rural - Colecção EtnográficaMichel Giacometti e a Génese do MuseuTrabalho rural, a partir da colecção de alfaias agrícolas recolhidassob a orientação de Michel Giacometti.

Mercearia Liberdade - um património a salvaguardarO comércio tradicional representado pela Mercearia da Liberdade.

Outros serviços disponíveis:Centro de Documentação e Serviço EducativoO Centro de Documentação integra um fundo documentalespecializado nas áreas do trabalho, etnografia, educação e indústria.O Serviço Educativo promove, mediante marcação prévia, visitasguiadas, animações, apoios a projectos de Educação Patrimoniale outras actividades.

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Exposições permanentes:Retábulo de pintura da igreja de Jesus,1.ª metade do século XVI, e OurivesariaSacra.

Serviços disponíveis:Visitas guiadasGaleria de Pintura Quinhentista; Centro His-tórico; Três Igrejas de Setúbal; Casa do Cor-po Santo; Aquedutos, Fontes e Chafarizes;Burgo Medieval/Quinhentista; QuinhentosAnos de Azulejaria em Setúbal; O Manuelinoem Setúbal; Bairro do Troino.

Maletas Pedagógicas500 Anos de Azulejaria em Setúbal; O Lixo eo Supérfluo; O Património Natural e Históri-co da Serra da Arrábida; Os Primitivos deSetúbal; Maleta da Evolução do Vestuário.

Exposições itinerantesNascer, Casar e Morrer; História Local deSetúbal; A Baixa Idade Média; Bocage, aObra e a Época; Luísa Todi.

Comunicação com o(s) público(s)Organização de exposições temporári-as temáticas e de artes plásticas, tra-balho do serviço educativo e atendimen-to científico a investigadores e a estu-dantes.O projecto pedagógico Gincanas Culturais,desenvolvido anualmente, envolve profes-sores e alunos com o objectivo de os jo-vens conhecerem o património histórico,artístico e cultural da cidade, desenvolven-do o gosto pela protecção e pela anima-ção do património.

Museu de Setúbal/Convento de JesusGaleria de Pintura QuinhentistaRua do Balneário Dr. Paula BorbaTel.: 265 537 890Fax: 265 537 893Ter a sab, das 09h00 às 12h00 e das 13h30 às 17h30

espaços

Casa de BocageGaleria Municipalde Artes VisuaisRua Edmond Bartissol, 12Tel.: 265 229 255Seg a sex, das 09h00 às 12h30e das 14h00 às 17h30;sab, das 15h00 às 20h00

A casa integra a Sala do Poetaonde é apresentadagraficamente a biografiade Bocage, ilustrada comalgumas obras do acervodo Museu de Setúbal/Conventode Jesus e documentaçãodo Fundo Bocagianoda Biblioteca Pública Municipalde Setúbal.É também neste edifícioque se encontra o ArquivoFotográfico Américo Ribeiro.

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Casa do Corpo SantoMuseu do BarrocoRua do Corpo Santo, 7Tel.: 265 236 066Seg a sab, das 09h00 às 12h30e das 14h00 às 17h30

Exposiçãopermanente:Colecção deinstrumentos deciência náutica,doados por IreneuCruz. A exposição éformada por 124peças e constitui umahomenagem à históriamarítima de Setúbal.

Foi nesta construção de 1714,com um troço da muralhatrecentista do lado nascente,que se instalou uma importanteconfraria de navegantes,armadores e pescadores deSetúbal, cuja origem remonta aoséculo XIV. Trata-se da Confrariado Corpo Santo, nome pelo qualera conhecido Santelmo ou S.Pedro Gonçalves, orago daConfraria e santo protector dosnáufragos.Este edifício apresentadecoração em azulejos barrocosdo primeiro terço de setecentos,da autoria do mestre P.M.P.,conforme a assinatura numpainel do Vestíbulo; tectospintados setecentistas e talhadourada na Capela.

Museu Sebastião da GamaRua de Lisboa, 11,Vila Nogueira de AzeitãoTel.: 212 188 399Fax: 212 188 399Ter a sex, das 09h00 às 12h30e das 14h00 às 17h00;sab, das 13h00 às 19h00

Exposição permanente:Espólio bibliográficoe de objectos pessoaisdo poeta Sebastião da Gama

ActividadesVisitas Guiadas; Maleta Pedagógica;Exposição Itinerante; Animações;Ateliers de Verão.

Inaugurado em 1999, este pólo museológicohomenageia o poeta Sebastião da Gama,nascido em Vila Nogueira de Azeitão (10/4/1924 - 7/2/1952), conhecido especialmentepelo seu Diário e pelos poemas que dedicouà Serra da Arrábida. O museu expõeobjectos e imagens do espólio do poeta,assim como imagens alusivas à história locale objectos de pastorícia e vinicultura.

Comunicação com o(s) público(s)Destacam-se exposições temporáriase o trabalho do serviço educativo. A essenível privilegia-se o contacto com as escolaslocais de Azeitão. Ainda no âmbito dadinamização de actividades com osdiferentes públicos, realizam-se, anualmente,diversos eventos comemorativos da datade nascimento de Sebastião da Gama,do Dia Internacional dos Museus, do DiaInternacional da Criança e do Dia Mundialda Alimentação.

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Moinho de Maré da MouriscaEstrada do Faralhão, MouriscaTel.: 265 783 189 / 96 530 24 23Seg a dom, das 09h30 às 12h30e das 14h00 às 18h00

Fórum Municipal Luísa TodiAvenida Luísa Todi, 61-67 • Tel.: 265 522 127

Auditório Municipal Cinema CharlotRua Dr. António M. Gamito • Tel.: 265 522 446Sessões de seg a sex, às 21h30;sab e dom, às 15h00, 18h00 e 21h30

Museu de Arqueologiae Etnografia do Dist. de SetúbalAvenida Luísa Todi, 162Tel.: 265 239 365 • Fax: 265 527 678E-mail: maeds@mail.telepac.ptTer a sab, das 09h00 às 12h30e das 14h00 às 17h30

Museu Oceanográfico Luís SaldanhaFortaleza de Santa Maria - Portinho da ArrábidaTel.: 212 189 791 • Fax: 265 541 155Ter a sex, das 10h00 às 16h00;sab, das 15h00 às 18h00

Biblioteca Pública Municipal

Serviços CentraisAv. Luísa Todi, 188Tel.: 265 537 240 • Fax: 265 234 793Seg a sex, das 09h00 às 19h00;sab, das 13h00 às 19h00

Pólo da Bela VistaAv. da Bela Vista, 10Tel.: 265 751 003Seg a sex, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30

Pólo de S. JuliãoPraceta Ilha da Madeira (à Av. de Angola)Tel.: 265 552 210Seg a sex, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30

Pólo da Gâmbia/Pontes e Alto da GuerraInstalações da Junta de Freguesia, Est. Nacional 10Tel.: 265 706 124Seg a sex, das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00

Pólo Sebastião da GamaRua de Lisboa, n.º 11, Vila Nogueira de AzeitãoTel.: 212 188 398Ter a sex, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00;sab, das 13h00 às 19h00

Posto Municipal de TurismoSetúbalRua de Santa MariaTel e fax: 265 534 222/265 534 402Seg a sab, das 09h30 às 12h30 e das14h00 às 18h30; dom, das 14h00 às 18h30

Posto Municipal de TurismoAzeitãoRua José Augusto Coelho, 17Vila Nogueira de AzeitãoTel.: 212 180 729Qua a sab, das 10h00 às 13h00 e das14h00 às 18h00; dom, das 10h00 às 13h00

Região de Turismo da Costa AzulTravessa Frei Gaspar, 10Tel.: 265 539 120Fax: 265 539 127E-mail: costa.azul@mail.telepac.ptSítio: www.costa-azul.rts.ptSeg a sab, das 09h30 às 12h30e das 14h00 às 18h00

Está em curso uma revolução na região.Em 2006, ano em que fica disponível aopúblico o projecto “Setúbal – PenínsulaDigital”, promovido pela Associação deMunicípios do Distrito de Setúbal (AMDS),existirá um portal de internet com um con-junto de serviços on-line e informaçãoregionalUma rede informática municipal de ban-da larga, um portal empresarial, um cam-pus universitário virtual, pontos públicosde acesso à internet, entre muitas outrascomodidades com origem nas novas tec-nologias, serão facultadas através de umcomputador.Faltam dois anos para que os municípiosde Setúbal, Barreiro, Sesimbra, Palmela,Moita, Alcochete e Montijo se transfor-mem nos protagonistas da revolução queagora se prepara. Até ao dia do seu ar-

34TIRevolução em marcha

ranque, o projecto encontra-se em fasede implementação, mas já com uma facevisível.Em www.peninsuladigital.com.pt sãodivulgadas todas as áreas em que o“Setúbal – Península Digital” irá actuar,bem como o próprio planeamento estra-tégico para a sua execução.O conteúdo do sítio está principalmenteorientado para uma análise empresarial,com vista à captação de novos investi-dores ou parceiros do projecto, mas o pú-blico em geral e em particular os muníci-pes que beneficiarão das inovações tam-bém têm um vislumbre de como será ofuturo digital da península.Na mensagem de boas-vindas são enun-ciados os objectivos e os traços geraisdo projecto.O menu lateral da página apresenta uma

listagem das várias valências do “Setúbal– Península Digital”. Sínteses sobre a es-trutura de financiamento, o modelo degestão ou dos vários subprojectos queintegram esta iniciativa podem ser fácil erapidamente consultados pelo visitante.Os diferentes contactos do projecto es-tão todos disponíveis e não foi esque-cida a opção, acessível através de umformulário prático, de se colocaremquestões sobre o “Setúbal – PenínsulaDigital”.Já agora, saiba que a iniciativa conta comas parcerias da Associação Empresarialda Região de Setúbal e do Instituto Poli-técnico de Setúbal e que o projecto foiaprovado pelo Programa Operacional deSistemas de Informação (POSI), no âm-bito da medida Projectos Integrados dasCidades Digitais ao Portugal Digital.

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37eaindaO próximo ano traz música, teatro, cinema, literatura e tertúlias paracomemorar o 240.º aniversário do nascimento de Bocage, e as primeirasiniciativas estão já em preparação.À semelhança do 2003 – Ano Luísa Todi, 2005 ficará marcado por um ciclode eventos que se pretendem diversificados, de modo a abranger os maisvariados públicos, num ano que também evoca o bicentenário da morte deManuel Maria Barbosa du Bocage.Do hip-hop ao fado, dos concursos literários às artes plásticas, o Ano Bocageserá revestido de “encontros”, não só com a obra, mas também com a vidado poeta, enquanto cidadão e divulgador de ideais da Revolução Francesa– Liberdade, Igualdade e Fraternidade – e do Iluminismo.Transformar a casa onde Bocage nasceu, actual Galeria Municipal de ArtesVisuais, num espaço museológico, criando uma biblioteca bocagiana, umcentro de documentação e reconstituindo o “Botequim das Parras”, célebreespaço de convívio frequentado pelo poeta, com mobiliário da época, é umdos projectos a concretizar.Outras acções estão em fase de agendamento. Uma delas – “Unidos porBocage” – consiste num cordão humano, feito por jovens, que una o memorialdo poeta na Praça de Bocage à casa onde nasceu, na actual Rua EdmondBartissol. Poemas de Bocage serão lidos, ao longo do percurso, numa faixaque irá desenrolar-se por todo o cordão humano.