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Publicado em 24.03.2016 EDIÇÃO N o 96 Março/2016 S UMÁRIO Destaques 2 Biodiesel Produção 7 Capacidade 7 Localização 8 Atos Normativos 9 Preços e Margens 9 Entregas dos Leilões 10 Preço das MatériasPrimas 11 Participação das MatériasPrimas 14 Produção Regional 14 Não Conformidades no Diesel B 15 Consumo Internacional 15 Etanol Produção e Consumo 16 Exportação e Importações 17 Frota FlexFluel 18 Preços da CanadeAçúcar 18 Preços 18 Margens 19 Paridade de Preços 20 Preços do Açúcar 21 Não Conformidades 21 Consumo Internacional 22 Biocombustíveis Variação de MatériasPrimas e do IPCA 22 Números do Setor 23 A PRESENTAÇÃO Nesta edição, são apresentadas informações e dados atualizados relativos à produção e aos preços dos biocombustíveis. Como destaques do mês, trazemos: Sancionada a Lei nº 13.263, de 23 de março de 2016: aumenta o percentual de adição de biodiesel ao diesel; Capacidade de produção nacional de etanol; Resíduo do dendê pode gerar biogás; e Evolução recente da demanda nacional de combustível para o CicloOtto. O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgandoas de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral. O Boletim é distribuído gratuitamente por email e está disponível para consulta no endereço virtual http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleogasnaturalecombustiveisrenovaveis/publicacoes. Muito obrigado, A Equipe do DCR Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS

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   Publicado em 24.03.2016

                                  

 

 

 

 

 

 

 

EDIÇÃO No 96 

Março/2016 

SUMÁRIO Destaques  2 

Biodiesel   

  Produção   7 

  Capacidade  7 

  Localização  8 

  Atos Normativos  9 

  Preços e Margens  9 

  Entregas dos Leilões  10 

  Preço das Matérias‐Primas  11 

 Participação das Matérias‐Primas 

14 

  Produção Regional  14 

 Não Conformidades no Diesel B 

15 

  Consumo Internacional   15 

Etanol   

  Produção e Consumo  16 

  Exportação e Importações  17 

  Frota Flex‐Fluel  18 

  Preços da Cana‐de‐Açúcar  18 

  Preços  18 

  Margens   19 

  Paridade de Preços  20 

  Preços do Açúcar  21 

  Não Conformidades  21 

  Consumo Internacional  22 

Biocombustíveis   

 Variação de Matérias‐Primas e do IPCA  

22 

  Números do Setor  23 

    

APRESENTAÇÃO

Nesta edição,  são  apresentadas  informações e dados atualizados  relativos  à  produção  e  aos  preços  dos biocombustíveis. Como destaques do mês, trazemos: 

Sancionada  a  Lei  nº  13.263,  de  23  de  março  de  2016: aumenta o percentual de adição de biodiesel ao diesel; 

Capacidade de produção nacional de etanol; 

Resíduo do dendê pode gerar biogás; e 

Evolução  recente  da  demanda  nacional  de  combustível para o Ciclo‐Otto. 

 

O  Boletim  é  parte  do  esforço  contínuo  do Departamento  de  Combustíveis  Renováveis  (DCR)  em  tornar transparentes  as  informações  sobre  biocombustíveis, divulgando‐as  de  forma  consolidada  a  agentes  do  setor, órgãos  públicos,  universidades,  associações,  imprensa  e público em geral.  

 

O  Boletim  é  distribuído  gratuitamente  por  e‐mail  e está  disponível  para  consulta  no  endereço  virtual http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo‐gas‐natural‐e‐combustiveis‐renovaveis/publicacoes. 

 

Muito obrigado, 

A Equipe do DCR 

 

Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis

BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS 

BOLET IM  MENSAL  DOS  COMBUST ÍVE I S  RENOVÁVE I S                                                                                                                      NO 97 MARÇO/2016 

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DESTAQUES 

Sancionada a Lei que aumenta o percentual de adição de biodiesel 

Foi sancionada a Lei nº 13.263, de 23 de março de 2016, que alterou Lei nº 13.033, de 24 de setembro de 2014,  para  dispor  sobre  novos  percentuais  de  adição  de  biodiesel  ao  óleo  diesel  comercializado  no território nacional. 

Atualmente, são adicionados obrigatoriamente 7% (mistura B7) de biodiesel ao óleo diesel comercializado a qualquer consumidor, em todo o território nacional. Com a nova lei, a mistura obrigatória, passará para 8% (B8) em até 12 meses; 9%  (B9) em até dois anos, e 10%  (B10) no período de  três anos. A norma ainda autoriza o Conselho Nacional de Política Energética  (CNPE) a elevar a mistura obrigatória para até 15%, mediante a realização de testes em motores a diesel. 

 

A Lei também define diretrizes para o uso autorizativo em quantidade superior ao percentual obrigatório. A partir de 12 meses, o CNPE já poderá autorizar a mistura B10 a qualquer consumidor, desde que concluídos os  testes  de  validação  dessa mistura  em  veículos.  Depois  de  36 meses  da  promulgação  da  nova  lei,  a mistura em caráter autorizativo poderá chegar a B15. 

 

 

Para grupos de consumidores específicos, a lei faculta ainda ao CNPE deliberar sobre a adição voluntária de biodiesel  ao  óleo  diesel  em  qualquer  percentual  acima  do  obrigatório.  É  o  caso  do  uso  autorizativo  no transporte  público,  no  transporte  ferroviário,  na  navegação  interior,  em  equipamentos  e  veículos destinados à extração mineral e à geração de energia elétrica, em tratores e demais veículos agrícolas. 

 

 

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Capacidade de produção nacional de etanol autorizada pela ANP 

De acordo com o Boletim do Etanol n°06/2016 da ANP, , publicado em fevereiro, 382 plantas produtoras de etanol  estão  autorizadas  à  operar  no  Pais  por  aquela  Agência  Reguladora.  A  capacidade  operacional nacional autorizada é de 212.168 m³/dia de produção de etanol hidratado e 114.139 m³/dia de produção de etanol anidro. A cana‐de‐açúcar é a matéria prima utilizada em 97,1% das plantas de etanol autorizadas. 

Ainda de acordo com o Boletim da ANP há 32 solicitações de autorização para operação, sendo 7 referentes a  plantas  novas,  canceladas  ou  ratificadas  e  25  referentes  a  ampliação.  Há  ainda  16  solicitações  de autorização  para  construção,  8  solicitações  para  ampliação  de  capacidade  e  8  solicitações  para  plantas novas. 

Os Estados com destaque na capacidade  instalada  são: São Paulo, com 164 unidades autorizadas, Minas Gerais, com 37 unidades de produção,  seguido por Goiás, com 36 unidades, Paraná, com 30 unidades e Mato Grosso do Sul, com 23 unidades. Na região Nordeste, Alagoas e Pernambuco se destacam com 19 e 16  unidades  de  produção,  respectivamente.  Ao  todo,  são  69  unidades  de  produção  na  região  Norte‐Nordeste. 

Outro  ponto  de  grande  importância  para  o  setor  é  a  sua  capacidade  de  estocagem  do  biocombustível. Devido  à  grande  parte  de  a  produção  ocorrer  em  8  meses  e  ao  consumo  se  diluir  por  todo  ano,  a capacidade de manter os estoques nas principais regiões consumidoras é fundamental para a continuidade do abastecimento. No estado de São Paulo, são 1.147 tanques com capacidade de 9,2 milhões de m³, Goiás, 176  tanques  com  capacidade  de  1,9 milhão  de m³, Minas Gerais,  150  tanques  com  capacidade  de  1,4 milhão de m³ e Mato Grosso do Sul, 107 tanques com capacidade de 1,3 milhão de m³. 

Fonte:  Agencia  Nacional  do  Petróleo,  Gás  Natural  e  Biocombustíveis  (www.anp.gov.br)  elaborado  por  Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br) 

Resíduo do dendê pode gerar biogás 

No  processamento  dos  cachos  de  dendê,  vários  coprodutos  e  resíduos  são  gerados  e  o  de  maior quantidade é o POME, sigla para palm oil mill effluent (efluente da extração do óleo da palma). Atualmente, ele  é  usado  como  fertilizante, mas  a  Embrapa  Agroenergia  vê  outro  potencial.  Ele  pode  dar  origem  à produção  de  biogás,  de  biofertilizante  e  de  água  de  reuso,  por meio  de  um  único  processo,  utilizando microrganismos. Trata‐se da biodigestão, técnica já utilizada para gerar energia a partir de dejetos suínos. 

Desenvolver  tecnologias  para  transformar  o  POME  em  produtos  de  maior  valor  agregado  é  um  dos objetivos  de  um  amplo  projeto  de  pesquisa,  o Dendepalm,  que  é  financiado  pela Agência  Brasileira  de Inovação (Finep) e conta com uma rede de  instituições de pesquisas  lideradas pela Embrapa Agroenergia. Essa  instituição  tem  investido no dendê pelo  seu potencial de  integrar  a  cadeia produtiva do biodiesel, diversificando  as  fontes  de  matérias‐primas.  Uma  das  características  que  chama  a  atenção  é  a produtividade de óleo por hectare, que chega  a ser 8 a 10 vezes maior do que a da soja. 

Contudo, o aproveitamento dos diversos coprodutos e resíduos é essencial para que o óleo do dendê possa chegar  às  usinas  com  preço  suficientemente  competitivo  para  gerar  um  produto  que  precisa  ter  baixo custo,  como  o  biodiesel.  A  pesquisadora  Sílvia  Belém,  da  Embrapa  Agroenergia,  vê muito  potencial  na produção do biogás.  "Quando analisamos as  características do POME, percebemos que ele  tem o que é necessário para se produzir o biogás. Sua composição é basicamente 95% água e 5% matéria orgânica, bem próximo  das  características  da  vinhaça,  que  já  sabemos  ser  uma  boa  produtora  de  biogás",  explica  a pesquisadora.  Sílvia  diz  que  essa  característica  é  fundamental  para  os  microrganismos  que  fazem  a biodigestão. Eles utilizam a água como meio para crescerem e alimentam‐se da matéria orgânica, liberando metano e gás carbônico, os constituintes do biogás. 

É um processo fermentativo, como o que dá origem ao etanol, porém, mais complexo, porque utiliza não uma única espécie de microrganismo, mas algumas delas em consórcio. Tais espécies precisam ser capazes de sobreviver em ambientes sem luz e oxigênio. A química Priscilla Araújo Victor, bolsista de doutorado na 

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Embrapa  Agroenergia,  explica  que  a  biodigestão  é  feita  em  fases  e,  durante  cada  uma  delas,  é  um microrganismo diferente que atua mais fortemente. 

Uma  vez  obtido  o  biogás,  sobram  do  processo:  água,  sais minerais  e microrganismos. Mas  nada  seria desperdiçado. Os microrganismos  são  separados e utilizados na próxima batelada de processamento do POME. Os sais minerais viram fertilizantes para a própria plantação e a água é convertida em água de reuso e empregada novamente na extração de óleo. 

De olho no futuro, a equipe do projeto vislumbra o aproveitamento do biogás obtido no POME para gerar a energia que move a indústria de processamento do dendê. Hoje, é a queima dos cachos vazios que faz esse papel. No entanto, pesquisas em andamento na própria Embrapa Agroenergia e em outras  instituições  já estão encontrando fins mais lucrativos para a utilização desse material, como a extração de nanofibras de celulose. 

Sílvia conta que o biogás ainda pode ser acondicionado em botijões e utilizado para cozinhar alimentos, da mesma forma que o gás natural. Assim, o produto gerado nas usinas de processamento de dendê também poderia ser utilizado pelas comunidades do entorno, como substituto da lenha. 

Para comparar o rendimento de biogás obtido do POME, o projeto de pesquisa está realizando os mesmos testes com a vinhaça e com resíduos de frutas e verduras, já conhecidos como boas matérias‐primas para biodigestão. Com a colaboração da Universidade de Brasília, um biorreator foi especialmente configurado para esses experimentos, de modo que os cientistas consigam controlar as condições de processo.  "Nós estamos  coletando  os  dados  de  quanto  de metano  e  gás  carbônico  que    estão  sendo  produzidos  e  a quantidade  de  água  e  matéria  inorgânica  remanescentes,  para  posteriormente  compará‐los",  explica Priscilla.  

Fonte: Assessoria de Imprensa da Embrapa (www.embrapa.gov.br) 

Evolução recente da demanda nacional de combustível para o Ciclo‐Otto 

O Brasil experimentou nos últimos anos uma grande variação nos volumes comercializados de gasolina A, etanol hidratado e etanol anidro que, juntos, atendem a mais de 96% da demanda de combustíveis para o Ciclo‐Otto (veículos leves). De acordo com o gráfico elaborado com dados da ANP e do MAPA, a gasolina A saiu de um patamar de 1,5 milhão de m³/mês (2006 a 2009) para mais de 2,5 milhões de m³/mês (2012 a 2015); o etanol hidratado alcançou demanda de 1,5 milhão de m³/mês  (2009 a 2010 e 2015); e o etanol anidro saiu de um patamar de 500 mil m³/mês (2007) para quase 1 milhão de m³/mês em 2015. 

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2006 2009 2012 2014 2015

Gasolina A (m³) 18.889.750  19.056.817  31.758.172  33.272.900  30.169.714 

Anidro (m³) 5.117.883     6.352.272     7.862.927     11.090.967  10.967.688 

Hidratado (m³) 7.824.662     18.053.090  11.287.034  13.177.580  18.115.072 

GNV (m³) 3.065.438     2.805.067     2.585.506     2.411.324     2.342.411    

Total (m³ Gas. Eq) 32.550.335  40.851.321  50.107.528  55.999.497  56.160.363 

OBS: Demanda Energética = Total (m³ Gas Eq) = Gas A + Anidro + 0,7 x Hidratado + GNV  

Apesar deste crescimento desde 2006, verifica‐se uma estabilização nesta demanda por combustíveis para o Ciclo‐Otto em 2015, em comparação com 2014. Com relação ao ano de 2015, apesar de um aumento na demanda volumétrica de 3%, a demanda energética ficou estável em relação ao ano anterior, registrando um crescimento de 0,3%.  Isso se deve ao fato de que a demanda por etanol hidratado (combustível com menor conteúdo energético em comparação com a gasolina) em 2015 aumentou significativamente (quase 5 bilhões de litros a mais em relação ao ano anterior). 

O  aumento  na  demanda  por  etanol  hidratado  é  fruto  de  uma maior  oferta  desse  combustível  na  safra 2015/2016, estimulada pela melhor remuneração ao produtor, combinada com alterações nas alíquotas de ICMS  em  alguns  estados  da  federação. Destaque  para Minas Gerais,  que  teve  sua  demanda  por  etanol hidratado  dobrada  em  relação  ao  ano  anterior,  por  conta  dessa  alteração  no  ICMS  incidente  sobre  o combustível.  

O  impacto  dessa  medida  pode  ser  observado  no  gráfico  na  página  6,  que  mostra  uma  avaliação  no percentual de utilização de etanol hidratado nos veículos flex‐fuel no Brasil e em Minas Gerais. Observa‐se, claramente, que a paridade (média das capitais no Brasil) tem relação  inversa com o percentual estimado de utilização de etanol hidratado nos veículos flex‐fuel (Brasil).  

Destaca‐se o comportamento desse percentual de utilização de hidratado em Minas Gerais em 2015, após a medida do governo estadual que alterou a competitividade do biocombustível em relação à gasolina C. De 2009 até 2014, o estado seguia a tendência média do País nesta avaliação, quadro que se alterou em 2015.  Em  2014,  o  estado  de Minas  Gerais  registrou  demanda  de  760.185 m³  de  hidratado  (5,7%  da demanda nacional). Em 2015, foi registrado volume de 1.815.223 m³ (10% da demanda nacional) . 

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Os dados levantados sugerem que, atualmente, cerca de um terço dos carros flex‐fuel no País utiliza etanol hidratado  (curva  em  azul). Neste mesmo  aspecto,  utilização  de  etanol  hidratado  por  veículos  flex‐fuel, Minas Gerais salta de um patamar de 10% (no período de 2011 a 2014) para mais de 30% em 2015 (curva em vermelho).  

 

Elaboração: MME – a partir de dados da ANP e do MAPA. Frota de veículos estimada com base nas vendas informadas  pela  ANFAVEA,  aplicada  curva  de  sucateamento,  e  distribuição  de  veículos  por  estado  da federação com base nos dados do DENATRAN . 

 

 

 

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BIODIESEL

Biodiesel:  Produção  Acumulada  e  Mensal  

Dados  divulgados  pela  ANP  mostram  que  a  de  produção  de  biodiesel,  em  janeiro  de  2016,  foi  de                       271 mil m³. Um  decréscimo  de  15%  em  relação  ao mesmo  período  de  2015  (320 mil m³). Abaixo,  são apresentadas, para os períodos de mistura B5 (até junho de 2014), B6 (julho até outubro de 2014) e B7 (a partir de novembro de 2014), a produção acumulada anual e, posteriormente, a produção mensal, com a variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior. 

   

Biodiesel:  Capacidade   Instalada  

A capacidade instalada autorizada a operar comercialmente em janeiro de 2016 ficou em 7.263 mil m³/ano (605 mil m³/mês). Dessa  capacidade,  92%  são  referentes  às  empresas  detentoras  do  Selo  Combustível Social.  

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Em  janeiro, havia 50 unidades aptas a operar comercialmente, do ponto de vista  legal e regulatório, com uma capacidade média instalada de 145 mil m³/ano (403 m³/dia). Dessas, 39 detinham o Selo Combustível Social. 

Biodiesel:  Localização  das  Unidades  Produtoras  

 

 

 

Região nº usinas Capacidade Instalada

mil m3/ano %

N 3 241 3%

NE 4 476 7%

CO 21 2.857 39%

SE 9 954 13%

S 13 2.735 38%

Total 50 7.263 100% OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 31/01/2016.

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Biodiesel:  Atos  Normativos,  Autorizações  de  Produtores  e  o  endereço  eletrônico  para  o  Boletim  Mensal  do  Biodiesel  emitido  pela  ANP    

Atos Normativos  Aviso de Homologação ANP nº 01/2016 – 47º Leilão de Biodiesel (L47), biodiesel para o 2º bimestre/ 

2016. 

Produtores  Autorizações de Construção nº  67/2016 (FRCB/Várzea Grande/MT – capacidade de 1.200 m³/d);  Despachos  da  ANP  no  162/2016  (Revoga  as  autorizações  nos  58/2015  e  420/2015  –  Petrobras 

Biocombustíveis/Guamaré/RN). 

Boletim Mensal do Biodiesel emitido pela ANP (endereço eletrônico)  http://www.anp.gov.br > Biocombustíveis > Biodiesel > Boletim Mensal do Biodiesel (link).  

Biodiesel:  Preços  e  Margens  

O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços no produtor de biodiesel (B100) e de diesel, na mesma base de comparação (com PIS/Cofins e CIDE, sem ICMS). Em janeiro de 2016, o preço médio do biodiesel no produtor foi de R$ 2,70, sendo 30,8% superior à média do diesel (R$ 2,06). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra‐se, também, o comportamento das margens de revenda.  

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No mês  de  janeiro,  o  preço médio  de  venda  da mistura  ao  consumidor,  na  época  com B7,  apresentou acréscimo de 0,6% em  relação  ao mês  anterior. No preço  intermediário  (venda pelas distribuidoras  aos postos  revendedores),  houve  acréscimo  de  0,9%.  A  margem  bruta  de  revenda  da  mistura  registrou decréscimo de 1,9%.  

Biodiesel:  Entregas  nos  Leilões  e  Demanda  Estimada  

O  gráfico  a  seguir  apresenta  as  entregas  nos  leilões  promovidos  pela  ANP  para  atender  a  demanda obrigatória de B5  (até  junho de 2014), B6  (de  julho a outubro de 2014) e B7  (a partir de novembro de 2014). 

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O  desempenho médio  das  entregas  nos  leilões  públicos  promovidos  pela ANP  é mostrado  no  gráfico  a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é de 90% a 110% na média do  leilão, atualmente bimestral. Em janeiro, a performance ficou em 90%. 

Biodiesel:  Preços  das  Matérias‐Primas  

O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso. 

 

Em  seguida,  são  apresentadas  as  séries  históricas  do  preço  do  óleo  de  soja  em  São  Paulo,  Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro.  

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No gráfico a seguir, estão as cotações  internacionais de outras matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, têm‐se as cotações do sebo bovino.  

    O gráfico mostra a variação acumulada do óleo e do grão de soja, com referência a janeiro de 2012.   

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No  gráfico  a  seguir,  estão  as  cotações  dos  preços  de  exportação  e  importação  brasileiras  de matérias‐primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras. 

 

Comparados no gráfico abaixo, estão a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP e os  de  outras  commodities.  Todos  os  valores  foram  convertidos  para  uma mesma  base  (US$/BBL),  sem tributos. 

 

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As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação. 

Biodiesel:  Participação  das  Matérias‐Primas  

O  gráfico  a  seguir  apresenta  a  evolução  da  participação  das matérias‐primas  utilizadas  na  produção  de biodiesel. Em 2016, no mês de  janeiro, a participação das três principais matérias‐primas  foi: 72,2% soja, 20,1% gordura bovina e 2,8% algodão. 

 Biodiesel:  Distribuição  Regional  da  Produção  

A produção regional, em  janeiro de 2016, apresentou a seguinte distribuição: 43,8% Centro‐Oeste, 35,9% Sul, 7,8% Sudeste, 10,6% Nordeste e 1,9% Norte.  

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Biodiesel:  Não  Conformidades  no  Óleo  Diesel  (B7)  

A ANP analisou 1.415 amostras da mistura B7 comercializada no mês de  janeiro. O teor de biodiesel fora das especificações representou 43,5 % do total de não conformidades identificadas.  

Biodiesel:  Consumo  em  Países  Selecionados  

Em 2014, o Brasil  foi o  segundo maior  consumidor de biodiesel  (3,4 milhões de m³), atrás  somente dos Estados Unidos  (5,3 milhões  de m³).  Em  2015,  estima‐se  o  consumo  brasileiro  em  3,9 milhões  de m³, descontando‐se a exportação de aproximadamente 12 mil metros cúbicos. 

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ETANOL 

Etanol:  Produção  e  Consumo  Mensais  

De  acordo  com  o  segundo  levantamento  da  safra  2015/2016  realizado  pela  Companhia  Nacional  de Abastecimento (CONAB), a previsão de moagem de cana para essa safra é de 658,7 milhões de toneladas.  

A moagem  de  cana‐de‐açúcar,  de  acordo  com  o Ministério  da  Agricultura,  Pecuária  e  Abastecimento (MAPA), fechou o mês de fevereiro com um volume total de 650,15 milhões de toneladas, relativas à safra 2015/16. O gráfico a seguir mostra a comparação do cronograma de moagem esperado, de acordo com a previsão de moagem total de cana de açúcar feita pela CONAB, com a moagem realizada. 

Destaca‐se que no  final de  janeiro, a Coordenação de Açúcar e Etanol do MAPA emitiu  comunicado aos produtores de açúcar e etanol determinando que a safra 2016/17 será iniciada no sistema SAPCANA em 1º de abril de 2016 nas regiões de Centro‐sul e Norte.  

Segundo  o  comunicado,  as  unidades  localizadas  nessas  regiões  devem  fazer  lançamentos  regulares  nos registros da colheita 2015/16 até a segunda quinzena de março de 2016 (a última metade da temporada para estas regiões), independentemente de terem iniciado a nova temporada.   

De acordo com o MAPA, em fevereiro, a produção de etanol foi de 331 milhões de litros. Nos dois primeiros meses  do  ano,  a  produção  de  etanol  totaliza  828,8 milhões  de  litros,  aumento  de  20%  em  relação  à produção do ano anterior. A produção de hidratado a partir de abril de 2015, ou seja, na safra 2015/16, é de 18.745 milhões de litros. 

Em fevereiro, o consumo de etanol foi de 2.013 milhões de litros, sendo 908,2 milhões de litros de etanol anidro e 1.105,6 milhões de litros de hidratado. Em 2016 já foram consumidos 4.351,8 milhões de litros de etanol. 

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Etanol:  Exportações  e   Importações  

Em fevereiro, as exportações brasileiras de etanol somaram 306,1 milhões de  litros, o que representa um aumento de 155% em relação ao mês anterior.  

O preço médio (FOB) das exportações por litro do combustível, em janeiro, foi de US$ 0,49. 

Nesse mesmo mês,  o  volume  importado  de  etanol  foi  de  aproximadamente  32,54 milhões  litros,  a  um custo total de aproximadamente US$ 14,1 milhões.  

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Etanol:  Frota  Flex‐Fuel  

O  número  de  licenciamentos  de  veículos  leves  em  fevereiro  de  2016  foi  de  142  mil,  número aproximadamente 5% menor que o mês de  janeiro e 20% menor em  relação ao mesmo período do ano anterior. Desse total, os carros flex‐fuel representaram 88,2%, os carros exclusivamente movidos à gasolina, 4,7% e os carros a diesel, 7,1%.  

  

 

Etanol:  Preços  da  Cana‐de‐Açúcar  

 

Etanol:  Preços

O  preço médio  do  etanol  hidratado  no  produtor,  em  fevereiro,  sem  tributos,  teve  uma média  de  R$ 1,91/litro. O preço médio do etanol anidro foi de R$ 2,09 por litro. O preço do anidro foi 41% maior que o mesmo mês do ano anterior. E o etanol hidratado teve um aumento de 39% em relação ao mesmo mês do ano anterior.  

O acompanhamento dos preços semanais realizado pela ESALQ refere‐se aos preços praticados no mercado spot, ou seja, não captura os preços praticados nos contratos.  

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Etanol:  Margens  de  Comercialização  

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Etanol:  Paridade  de  Preços  –  Média  Mensal  

Etanol:  Paridade  de  Preço  –  Semana  de  06.03.2016  a  12.03.2016  

No  final de março, todas as capitais tiveram a paridade de preços no varejo, em âmbito nacional, esteve acima dos 70% (valor que, do ponto de vista econômico, torna o consumo de hidratado mais vantajoso em relação à gasolina).  

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   Etanol:  Preços  do  Açúcar  e  do  Petróleo  em  Relação  ao  Etanol   Em  fevereiro, o preço médio do açúcar NY SB11 teve uma queda de 7% em relação ao mês anterior. Em contraposição, o etanol hidratado em dólar no mercado  interno teve um aumento de 6%, mesmo com a queda da moeda estrangeria de 2%. Já o preço médio do petróleo tipo Brent se manteve na casa dos US$ 32,30/barril (no mesmo patamar dos preços registrados em 2003). 

Etanol:  Não  Conformidades  na  Gasolina  C   

A ANP analisou 1.663 amostras de gasolina C no mês de janeiro. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 90,6 % do total das não conformidades. 

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Etanol:  Não  Conformidades  no  Etanol  Hidratado  

A  ANP  analisou  869  amostras  de  etanol  hidratado  no mês  de  janeiro,  das  quais  17  apresentaram  não conformidades. Na sua maioria, referem‐se à Soma de Massa Específica/Teor de álcool. 

 

Etanol:  Consumo  em  Países  Selecionados  

Biocombustíveis:  Variação  de  Matérias‐Primas  em  Comparação  à  do  IPCA  

O gráfico a seguir mostra a variação acumulada das principais matérias‐primas de biocombustíveis usadas no Brasil  (cana‐de‐açúcar e óleo de  soja) em  comparação  com o Petróleo  tipo Brent e  com o  índice de inflação dado pelo IPCA, com referência a janeiro de 2010. 

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Biocombustíveis:  Números  do  Setor  em  2014  e  2015

NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2014 e 2015) 

  Etanol  Biodiesel 

  2014  2015  2014  2015 

Produção (safras 2014/15 e 2015/16 – milhões de m³)  28,65  n.a.  n.a.  n.a. 

Produção (ano civil – milhões de m³)  27,9  29,97  3,4  3,9 

Consumo combustível (milhões de m³)  24,4  28,96  3,4  3,9 

Exportações (milhões de m³)  1,39  1,78  0,04  0,01 

Importações (milhões de m³)  0,44  0,52  ‐  ‐ 

Preço médio no produtor – EH e B100(1) (R$/L)  1,19  1,35  1,96  2,17 

Preço médio no distribuidor – EH(2) e B5‐B7(2) (R$/L)  1,79  1,90  2,21  2,51 

Preço médio no consumidor final – EH(2) e B5‐B7(2) (R$/L)  2,43  2,60  2,51  2,82 

Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³) n.d.  n.d.  7,5  7,3                               (1) Inclui os tributos federais.    (2) Com todos os tributos. 

Ressalva  do  Editor  A  reprodução de  textos,  figuras e  informações deste Boletim não é permitida para  fins  comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte.  

Distr ibuição  do  Boletim  A  distribuição  do  Boletim  Mensal  dos  Combustíveis  Renováveis  é  feita  gratuitamente  por  e‐mail.  Os interessados  em  receber mensalmente  essa  publicação  podem  solicitar  seu  cadastramento  na  lista  de distribuição por meio do envio de mensagem para o endereço [email protected]. O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo‐gas‐natural‐e‐combustiveis‐renovaveis/publicacoes.  

Equipe  do  Departamento  de  Combustíveis  Renováveis  Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Patricia Bragança Soares, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Gustavo Luís de Souza Motta e Ricardo Borges Gomide.