dc 12/12/2011

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pronto para a 1ª batalha ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 5 1 7 HOJE Sol com algumas nuvens. Não chove. Máxima 29º C. Mínima 15º C. AMANHÃ Pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima 30º C. Mínima 16º C. O povo votou: só uma estrela no Pará. A população que viveria nos novos estados de Tapajós e Carajás foi majoritariamente contra a divisão. Um novo plebiscito, agora, só em 2015. Pág. 6 Tarso Sarraf/AE Moisés Rabinovici Caça-corruptos 2011 é notícia só na ONU O juiz Odilon de Oliveira mandou mais de cem corruptos e traficantes para a cadeia. A ONU o premiou, sexta-feira. Ele foi ao prêmio, em Brasília, com escolta da PF. Crítica da impunidade nacional, a grande imprensa não deu nada sobre quem pune, a cabeça valendo US$ 300 mil. Pág.5 Newton Santos/Hype-09.12.2011 Grupo arma bombas no propinOng Governo e ONGs formam grupo de trabalho. A missão: regular as próprias ONGs e afastá-las da corrupção. O prazo: até fevereiro. Acima, protesto na Paulista. Pág.7 Rússia: revolução popular. Denis Sinyakov/Reuters Manifestantes foram às ruas ontem, pelo segundo dia consecutivo, para exigir uma nova eleição. Diante da mobilização (principalmete no sábado), o presidente Medved prometeu, via Facebook, apurar as acusações de fraude. Em menos de uma hora, recebeu mais de mil respostas: "Não acreditamos", "Que vergonha"... Acima, veículos oficiais bloqueiam acesso ao Kremlin. Pág.8 Valorize-se: cuide bem dos seus bens. Montar uma empresa, comprar um carro, uma casa... Você sabe como é difícil, mas, depois de tudo, é preciso assumir a administração. Pág. 15 Eis que surge o japonês Kashiwa Reysol no caminho do Santos do guerreiro Neymar no Mundial de Clubes, no Japão. As equipes se enfrentam na quarta-feira. O Barça pega o Al-Sadd no dia seguinte. Os vencedores fazem o duelo final no domingo. Esporte Arte sobre pôster do filme O Último Samurai Um selo, nosso retrato. O Selo Pleno (foto) atesta que a ACSP valoriza a diversidade em todos aspectos. Página 21 Ano 87 - Nº 23.517 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 2011

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Diário do Comércio

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Page 1: DC 12/12/2011

pronto paraa 1ª batalha

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23517HOJE

Sol com algumas nuvens. Não chove.Máxima 29º C. Mínima 15º C.

AMANHÃPancadas de chuva à tarde e à noite.

Máxima 30º C. Mínima 16º C.

O povo votou: sóuma estrela no Pará.A população que viveria nos novos estados de Tapajós e Carajás foimajoritariamente contra a divisão. Um novo plebiscito, agora, só em 2015. Pág. 6

Tarso Sarraf/AE

Moisés Rabinovici

Caça-corruptos 2011é notícia só na ONUO juiz Odilon de Oliveira mandou mais de cem corruptose traficantes para a cadeia. A ONU o premiou, sexta-feira.Ele foi ao prêmio, em Brasília, com escolta da PF. Críticada impunidade nacional, a grande imprensa não deu nadasobre quem pune, a cabeça valendo US$ 300 mil. Pág. 5Newton Santos/Hype-09.12.2011

Grupo arma bombasno propinOngGoverno e ONGs formam grupo de trabalho. A missão:regular as próprias ONGs e afastá-las da corrupção.O prazo: até fevereiro. Acima, protesto na Paulista. Pág. 7

Rússia: revolução popular.

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ers

Manifestantes foram às ruas ontem, pelo segundo diaconsecutivo, para exigir uma nova eleição. Diante damobilização (principalmete no sábado), o presidente

Medved prometeu, via Facebook, apurar as acusaçõesde fraude. Em menos de uma hora, recebeu mais de milrespostas: "Não acreditamos", "Que vergonha"... Acima,

veículos oficiais bloqueiam acesso ao Kremlin. Pág. 8

Valor ize-se:cuide bemdos seus

b e n s.Montar uma empresa,

comprar um carro, umacasa... Você sabe como édifícil, mas, depois de

tudo, é preciso assumir aadministração. Pág. 15

Eis que surge o japonês Kashiwa Reysol nocaminho do Santos do guerreiro Neymarno Mundial de Clubes, no Japão. As equipesse enfrentam na quarta-feira. O Barça pegao Al-Sadd no dia seguinte. Os vencedoresfazem o duelo final no domingo. Espor teArte sobre pôster do filme O Último Samurai

Um selo,nossor e t ra t o.

O Selo Pleno (foto)atesta que a ACSP

valoriza a diversidadeem todos aspectos.

Página 21

Ano 87 - Nº 23.517Jo

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bro de 2011

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCláudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Edi tor - Ch e fe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos([email protected]) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos ([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann([email protected]), Carlos de Oliveira ([email protected]), chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana([email protected]), Luiz Octavio Lima ([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e MarinoMaradei Jr. ([email protected]) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), KleberGutierrez ([email protected]) Ricardo Ribas ([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]) Sub editores:Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, Darlene Delello, Eliana Haberli e Evelyn Schulke Repór teres: Anderson Cavalcante([email protected]), André de Almeida, Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena deCamargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cunha, Rafael Nardini, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini,Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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opiniãoBrasil, hoje, está melhor preparado para colocar medidas em prática, pois aprendemos com a crise de 2008.

Delfim Netto

MAIOR QUEA ENCOMENDA

DELFIM

NETTO

Caiu um poucomais do quese imaginavao nível da

atividade econômica, porforça das medidas de controledo crescimento adotadas pelogoverno no início de 2011.

Há uma boa discussão,atualmente, para tentar saber sehouve excesso de dosagem daequipe econômica ao colocar emvigor algumas barreiras paraprevenir o avanço da inflaçãoe desestimular a elevaçãodos níveis de consumo.

Mas não importa muitoo resultado da discussão.O fato é que as duas vertentesfuncionaram na direçãopretendida: a inflação, queameaçava fugir ao controle,passou a se deslocar emdireção ao centro da meta –vagarosamente é verdade, masfazendo crer que a taxa de 4,5%em 2012 poderá ser alcançada –;já o objetivo de conter ocrescimento surpreendeucom uma velocidade maior doque o pretendido, derrubandoas expectativas oficiais deuma expansão do PIB acimade 3,5% em 2011.

As medidas preventivas,com vistas a preparar a nossaeconomia para o desaquecimentomundial, tiveram o efeitode segurar o consumo erestringir a produção industrial,principalmente. O ProdutoInterno Bruto não cresceu noterceiro trimestre, em relação aotrimestre anterior, o que mantevea expansão do PIB em 3,2%nos três trimestres do ano.

De acordo com o IBGE,os dados relativos aocomportamento do PIB nomundo, entre o segundo eterceiros trimestres de 2011,mostram que a economiacontinua desaquecida na maioriados países importantes: cresceuapenas 0,6% nos EstadosUnidos, 0,5% na Grã Bretanha e

na Alemanha, e 0,4% naFrança, com destaques aindamais medíocres na Espanha(zero de crescimento) e taxasnegativas nos mais complicadosda zona do euro, Grécia ePortugal. Os números da Itáliaainda não estão acessíveis.

No Brasil, tendo em mãosos números do comportamentoda produção industrial do mêsde outubro (uma queda de 0,6%)e do recuo nos níveis dademanda doméstica, o governo

se antecipou à divulgação doIBGE sobre o PIB e editou novasmedidas de desoneração deimpostos para voltar a estimularos setores da habitação populare da indústria de bens duráveisde maior consumo das famílias,como os produtos da linhabranca. E eliminou ou reduziuos pagamentos relativos aPIS/Cofins do trigo, pão francêse massas em geral.

Segundo o Ministro daFazenda, o governo está

preparando novas medidaspara reduzir os controles aocrescimento que adotou no iníciodeste ano, como forma dedefesa contra os efeitos do fortedesaquecimento mundiale do encolhimento do comérciointernacional, que de fatose verificaram. Essas novasmedidas devem ser tomadasagora, para não perder ocrescimento de 2012.

O Brasil, hoje, está melhorpreparado para colocá-lasem prática, porque todosaprendemos com a crise de 2008.

Mesmo com os esforçosque as liderançase u ro p e i a s

desenvolveram nas últimassemanas, ainda não está afastadoo risco de novas turbulências – aquebra de um grande bancobastará para produzirperturbações graves naeconomia mundial. Num casocomo esse, renovam-sequase instantaneamente asdificuldades no movimento docomércio e nas disponibilidadesde recursos para financiaro desenvolvimento dos países.E ninguém pode esperarque não vá ser molestadopelas consequências.

ANTÔNIO DELFIM NE T TO É

P RO F E S S O R E M É R I TO DA F E A - U S P,EX-M I N I S T RO DA FA Z E N DA , DA

AG R I C U LT U R A E DO PL A N E JA M E N TO

PAULO

SAAB

AS BOAS E AS MÁSOPORTUNIDADES

As pessoas fazem o quepodem, querem,desejam, diante das

oportunidades. E sempre háoportunidades novas aonosso redor e no quintal domundo. Fim de ano, porexemplo, época em quenossos políticos sãoabençoados com o dom dafraternidade, sempre háoportunidade para a criaçãode novos cargos, de novosestados, para a doaçãocaritativa de benefícios,aumentos e toda sorte deboas ações que se possa fazercom o dinheiro público.

O presidente da Câmarados Deputados, por exemplo,deputado Marco Maia, do PTdo Rio Grande do Sul, viu aoportunidade, por ser Natal,como ele mesmo declarou, deexercitar seu lado Papai Noel,com recursos do contribuinte,para colocar em pauta umconjunto de benefícios aosfuncionários daquela CasaLegislativa, exemplo nacionalde probidade e eficiência.

Talvez a culpa menor caibaao parlamentar gaúcho. Ele étão "vítima" do sistema quedomina a vida pública pátriaque age obedecendo apreceitos criados pelospróprios políticos, em favorde tudo que os beneficia. Eeles precisam muito daenorme "corte" que cerca oCo n g re s s o.

A grandeza do quadrofuncional público não

é proporcional à do País,mas à enorme gula depoder, que acaba impondoa necessidade de abrigar osapaniguados, osincompetentes – e até osnecessários competentes –à sombra do erário paraservir aos interesses dospartidos políticos e dos seuseleitos. Jamais da Nação.

A oportunidade de fim deano serve também para asCâmaras Municipais,Assembleias Legislativas e opróprio Congresso votarem,nas ultimas horas dofechamento de 2011, projetosde interesse duvidoso e quasesempre atendendo ao critérioque s norteia a ação de boaparte de nossos governantes:o interesse próprio.

Não é preciso, em nossopaís , desculpas para sedistribuir o bem, na forma decustos ao Tesouro público.Havendo a oportunidade doNatal, onde o espírito dasolidariedade se espraia, écomo colocar a cereja no bolo.

Nossos políticos sãoprofissionais. Sabem o quefazem. Por eles, para eles.

De outro lado, pelo que sedepreende do noticiáriointernacional e das análisesdos especialistas, a crise queatinge a Europa, decorrenteda falta de alinhamento depolíticas em torno da mesma

moeda, o euro, pareceoferecer uma oportunidadehistórica que o Brasil nuncateve. Agora temos reservas, aeconomia está equilibrada e ainflação não esmaga, nosdeixando até como possíveisalimentadores do caixa doFMI, onde sempre passamos ochapéu. Claro que osluminares do PT atribuem asituação ao talento e forma degestão deles próprios, emboratenham votado contra aConstituição e contra o PlanoReal, que estabilizou aeconomia nacional. O sucessoeconômico dos governos Luladecorreu disso e por ele termantido a química econômicado governo Itamar e depoisdo de Fernando Henrique. Issoeles não dizem.

Mas, tudo bem; há umaoportunidade de o

Brasil, pela primeira vez, emcrises mundiais, ser umareferência, saber administrarseus recursos e seu fortemercado interno, de forma anão ser, como sempre foi, umcoadjuvante da cenainternacional, e tornar-seprotagonista de decisões paraum melhor equilíbrio na

ARISTÓTELES

DRUMMOND

IRRESPONSABILIDADE GLOBALA

Itália saiu na frente emontou seu pacote deausteridade. Mário Monti

abriu mão de seu salário e marcarácomo um exemplo a coragem e orealismo das medidas. Outros,como Grécia, Portugal e Espanha,patinam em alterar as "bondades"distribuídas pelos governos deesquerda, de que a populaçãonão quer abrir mão. E protestamcomo se os governos fizessemcortes por mero sadismo.

Na verdade, a situação naEuropa, como no resto do mundo,é de velocidade nas medidas.Portugal prometeu e ainda nãovendeu suas participações emempresas de telecomunicaçõese eletricidade, por exemplo.Não promoveu a fusão de bancos,com presença do Estado paragarantir a sobrevivência delese depois vender a parte pública.

Faltam líderes, figurascom carisma e audácia, ouindependência e entrega à

missão, como no caso italiano.E a situação exige a ampliação daspolíticas, uma vez que a situaçãoda Bélgica, por exemplo, nãoé muito diferente.

No Brasil, nada se faz para detero fraco desempenho da Petrobras,os entraves nas obras deenergia, a retomada de projetosprioritários como o ferroviárioe rodoviário. A transposição doSão Francisco está emperrada,com elevação de custos e semse cumprir o compromisso darevitalização de sua cabeceira,na Serra da Canastra.

Na política, a velocidade é

fundamental. O desgaste dapresidente Dilma no caso Lupise deveu à demora em agir quandoo ministro foi pego em flagrante,mentindo, com direito a foto efilme e documentos comprovandoacumulações indevidas. E temmais gente na fila, sem justificativaética e moral. Ninguém discutea sonegação nesses casos,mas, sim, ética, razoabilidadenas explicações.

O próprio Ministério Públicoestá muito envolvido em política.Em Nova Iguaçu, uma quadrilhabem amparada politicamentelesou o fundo de previdência do

funcionalismo, um rombo etanto. E o responsável migrou parao fundo da capital, promoveuoutro golpe – que a prefeituraabortou em tempo – e o MinistérioPúblico não atua como deveria.Isso desmoraliza a instituição.Estão todos impunes e...ricos.

O mundo anda com baixataxa de competência e de

probidade. E, sobretudo, deseriedade. Estes rombos nãose devem apenas a roubos, masà irresponsabilidade com que setrata o dinheiro público. NaEspanha, os socialistas criaram, oudeixaram ser criadas, cerca de cemtelevisões públicas, cujo prejuízoequivale a cerca de mil e poucoseuros/ano para cada cidadão.Tinha que acabar em crise!

ARISTÓTELES DRU M M O N D É J O R N A L I S TA

E VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO

CO M E RC I A L DO RIO DE JA N E I RO.ARI.D RU M M O N D @YA H O O.CO M .BR

economia mundial.Se fizermos a lição de casa

–investindo na nossa precáriainfraestrutura e combatendo acorrupção nas veias oficiais –,poderemos dar um saltoqualitativo no chamadoconcerto das Nações, semmedo de, a gosto dos petistas,sermos felizes.

As oportunidades estãosempre por aí. Depende doque decidimos fazer com elas.

Historicamente nossasmelhores oportunidades sãoabsorvidas por pequenosgrupos no poder, com acessoaos meios de circulação deriqueza. Certamente, haverátambém oportunidade, em2012, ano de eleições, para obrasileiro comum começar adepurar sua representaçãopolítica atrofiada e encantadano circulo vicioso de alimentara si própria, na hora deescolher o seu voto. Começara limpeza pelos municípiosseria muito saudável.

Que oportunidade!

PAU LO SAAB É J O R N A L I S TA E

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

o

As entrevistas feitas commilitantes sugerem que

a Irmandade Muçulmana ébem mais complexa doque a caricatura que assusta

tantos norte-americanos.

pinião MILITANTES DA IRMANDADE MUÇULMANA NO EGITO ESTÃO FOCADOS EM EM PREG OS.

NICHOLAS

D. KRISTOF

Para vocês que querementender as forças islâ-m i c a s q u e e s t ã o g a-nhando força no Egito e

assustando as pessoas aqui e noexterior, vou contar sobre o meujantar na casa de alguns ativistasda Irmandade Muçulmana.

Primeiro, conheçam a minhaanfitriã: Sondos Asem, uma mu-lher de 24 anos que é o oposto doestereótipo do ativista barbadoda Irmandade. Sondos é de clas-se média e se formou na Univer-sidade Americana do Cairo, on-de eu estudei no começo dosanos 80. ("Isso foi antes de eu nas-cer", disse ela, encantada, fazen-do com que me sentisse particu-larmente decrépito).

Sondos fala inglês perfeita-mente, está escrevendo uma tesede mestrado sobre mídia social eajuda a administrar a conta eminglês no Twitter da Irmandade,@Ikhwanweb.

A Irmandade Muçulmana sur-giu como o partido político domi-nante nas eleições parlamentarespor causa de pessoas como Son-dos e sua família. Minhas entre-vistas com os militantes sugeremque a Irmandade é bem mais com-plexa do que a caricatura que as-susta tantos norte-americanos.

Sondos nega a suposição oci-dental de que a Irmandade Mu-çulmana iria oprimir a mulher. Elaressalta que sua mãe, Manal AbulHassan, é uma das muitas mulhe-res filiadas à Irmandade Muçul-mana que estão concorrendo aoParlamento. "É um grande equí-voco achar que a Irmandade mar-ginaliza as mulheres", afirmouSondos, até porque "50% da Ir-mandade são mulheres."

Eu disse a ela que os ocidentaisestão receosos, em parte, porquejá viram muitas autoridadesoprimirem as mulheres, em no-me do Islã, em países como Ará-bia Saudita, Irã e Afeganistão.

"Não acho que o Egito possa sercomparado à Arábia Saudita, Irã ouAfeganistão", respondeu. "Nós,egípcios, somos bastante modera-dos religiosamente ." Um modelobem mais próximo para o Egito,acredita ela, é a Turquia, onde umpartido islâmico está presidindo opaís com um boom econômico.

Perguntei sobre a circuncisão

A FÚRIA ESTÁ NA MODA, DE NOVO.

Um jantar no Cairo

feminina, também chamada demutilação genital feminina, que éimposta à grande maioria das ga-rotas nos Egito. Ela é particular-mente comum nas famílias reli-giosas conservadoras e, para serjusto, o governo Mubarak fez al-guns esforços para interromperesse costume. Muitos temem queum governo mais democráticonão queira desafiar uma práticaque tem um amplo apoio.

"A Irmandade Muçulmana écontra a prática brutal da circunci-são feminina", disse Sondos, meiobruscamente. Ela insistiu que asmulheres em geral iriam se bene-ficiar das políticas da Irmandadefocadas nos pobres: "Achamosque a solução dos problemas dasmulheres na sociedade egípcia éresolver suas verdadeiras causas,que são o analfabetismo, a pobre-za e a falta de educação".

Ceticamente, eu lhe perguntei

sobre véu, álcool e a paz com Is-rael. Sondos, que usa véu, insistiuque a Irmandade não estava con-siderando nenhuma mudançanessas áreas e que sua prioridadesão os empregos.

"Os egípcios agora estão preo-cupados com as condições econô-micas", disse. "Querem reformarseu sistema econômico e ter em-pregos. Eles querem acabar com acorrupção." Observando que o ál-cool é um apoio da indústria turís-

tica, ela completou: "Não acho quenenhum governo futuro vá se fo-car em proibir algo".

Eu lhe disse que me sentiriamais tranquilo se algunsdos meus amigos egíp-

cios liberais não estivessem tãodesconfiados da Irmandade. Al-guns advertem que a Irmandadepode estar branda hoje, mas elatem uma tendência de intolerân-cia e violência – e é completamen-

te inexperiente em administraruma economia moderna.

Sondos pareceu aborrecer-se."Nós apoiamos o islamismo mo-derado", afirmou. "Não somos osultraconservadores que as pes-soas no Ocidente acham."

Ouvi garantias parecidas deoutras figuras da Irmandade queentrevistei e na verdade não te-nho certeza sobre o que pensar.Mas as opiniões divergem e fi-quei admirado com o otimismode algumas vozes de áreas secu-lares, como da doutora Nawal ElSaadawi, esquerdista de 80 anosque é uma heroína do feminismoegípcio, e de Ahmed Zewail, oegípcio-americano que ganhou oPrêmio Nobel e é um apaixonadopela educação.

Amr Moussa, um ex-ministrodas Relações Exteriores e secretá-rio-geral da Liga Árabe que estána frente na corrida presidencial,

estava igualmente otimista. Eleme disse que aconteça o que acon-tecer o Egito vai continuar procu-rando boas relações com os Esta-dos Unidos e, inquestionavel-mente, vai manter o acordo depaz com Israel.

"Não se pode conduzir uma po-lítica externa arriscada quando sereconstrói um país", afirmou. "De-vemos ter as melhores relações comos Estados Unidos."

Q uando eu aborde i aspreocupações norte-americanas de que o Egi-

to controlado pela IrmandadeMuçulmana e os mais extremis-tas salafistas fosse imitar o Irã, elefoi enfático: "A experiência do Irãnão será repetida no Egito".

Acho que ele está certo. Revolu-ções geralmente são desorganiza-das: os norte-americanos levaramsete anos desde a vitória deles naRevolução Americana em York-town para que se chegasse a umaConstituição ratificada. A Indoné-sia, após sua revolução de 1998,passou por algo semelhante ao queo Egito passa hoje. Enfrentou inclu-sive as confusões vindas de umacorrente islâmica fundamentalista,mas conseguiu sair delas.

Assim, um pouco de nervosis-mo é bom e compreensível, masnão vamos exagerar os proble-mas – ou perder a perspectiva.Pois o que é histórico no Egito ho-je não é a vitória de algum partidoem si, mas o surgimento, aparen-temente lento, da democracia nocoração do mundo árabe.

NICHOLAS D. K R I S TO F

É C O L U N I S TA DO NEW YORK TIMES

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

Tenho acompanhadoos protestos da turma"Ocupem Wall Street", em

Nova York e em outros lugares.Também li a respeito de certointeresse do Partido Democrataem transformar a raiva de unspoucos numa espécie de TeaParty esquerdista para muitos.

Com esses acontecimentosem mente, também vim fazendouma contagem das desculpasdadas por Barack Obama paraos problemas na economia desde2009 (são os caixas eletrônicosque tiram empregos e levama culpa, ou então os tsunamis, aUnião Europeia, George W. Bush,a maioria Republicana naCâmara nos últimos nove meses,a Primavera Árabe, o terremotosentido em Washington D.C.e a alta nos preços do petróleo).

De todo esse caos, pensoque há duas constantes queexplicam a frustração de Obamae a atual efusão de invectivascontra Wall Street, contra "eles",os afluentes e contra o nossosistema capitalista em geral.

Em um nível políticomais amplo, está havendo umacrescente percepção de que a atualvariedade de "liberalismo" (nosentido que a palavra tem nos EUA,de esquerdismo intervencionistaestatal), é, na verdade, uma formade lento suicídio social. Vemosestados sob controle republicanorecuperando-se da recessão;os estados controlados pordemocratas ainda estãoquebrados. A Grécia está numabagunça danada; do mesmojeito está a União Europeiaantidemocrática, estatizantee redistributivista.

A economia à moda keynesianaestá quase tão morta quanto ofuror sobre aquecimentoglobal/mudanças climáticas/caosclimático numa época marcadapelo Climategate, Al Gore &

Associados e por um planeta emresfriamento na última década.

Eleitores independentes(sem predileção por qualquerpartido) estão começando a ver ofim do mais recente experimentoesquerdista. A sociedadeamericana simplesmente não podecontinuar pagando meio trilhão dedólares para importar gás natural epetróleo e centenas de bilhõespara subsidiar as ineficientes fontesde energia solar e eólica, aomesmo tempo em que aumentammuito as reservas comprovadas decarvão, gás, petróleo, xisto eareias betuminosas em territórioamericano – mas que permanecemvastamente sub-utilizadas.

Em breve, até mesmo osdemocratas não radicais

compreenderão o alcance damentira. Não é somente o fato deque o obamismo não funciona;suas políticas na área fiscal, deenergia e de relações exterioresresultam num caos e estagnaçãoà moda grega. O obamismo só sesustenta na culpabilizaçãodaqueles que ousam dizer que seumodelo não funciona. Sua raivaatual se assemelha ao furor outroradirecionado contra aqueles quetentaram mudar ou abandonaruma Igreja medieval ossificada.

Como é que um presidentedemocrata, que teve maioriademocrata na Câmara e noSenado por dois anos, continua ajogar a culpa da desordem atualnum ex-presidente que deixou ocargo há quase três anos ou numaCâmara cuja maioria é republicanahá apenas nove meses?

Mas em um nível pessoal,essas questões cósmicas estãocomeçando a ser compreendidas.Por ignorância, muitos do atualgrupo de protestantes que desceusobre Wall Street estão lançandoseu ódio contra este "sistema"onde alguns têm e sempre

terão mais dinheiro do que eles,considerando o estado decongelamento atual da economia.

Muitos estão furiosos porquetêm, ou logo terão, diplomas

caríssimos, comprados ao preçode empréstimos exorbitantes ouà custa de pais quase insolventesque pagaram entre cem mile duzentos mil dólares para queseus rebentos obtivessem umbacharelado qualquer.

Os estudantes não podemse enfurecer contra a moderna,corrupta, mas ideologicamentesacrossanta universidade. Lá, osczares da diversidade excedem emnúmero os professores de francês.

Nos velhos tempos, ocorpo docente lecionava paraseis, oito turmas num ano. Ocurrículo era projetado parainstilar raciocínio indutivo epreparava os estudantes paraescrever bem, raciocinar semfalsas premissas e ter, na ponta dalíngua, uma coleção de datas,eventos, pessoas e lugares parareferência e elucidação.

O tratamento político nos cursossuperiores era raro até mesmo nosanos 1970. Nos meus oitos anos

de universidade, nem sequeruma vez um professor esquerdistasaiu do assunto para fazerarengas ou para misturar políticapartidária com história ou literaturae línguas. Respostas politicamentecorretas não recebiam pontosextras. Nenhum sermão políticojorrava da tribuna dos professores.Simplesmente não havia tempopara isso, dada a enormidade dastarefas acadêmicas.

Os estudantes saíamletrados e, em sua maioria,

muito dedicados e hábeis noraciocínio. As graduações que maisimpressionavam, é claro, não eramem história ou língua inglesa(e muito menos em "estudosambientais"). Em vez dessas, oslouros iam para a engenharia,física, matemática e biologia.Esses eram os conhecimentos,habilidades e ciências naturaisque poucos de nós éramoscapazes de dominar. Asciências sociais eram um enclaverelativamente pequeno.

Faço notar, de passagem, quetanto não havia nenhum programaobrigatório de estudos sobrenegros, latinos, gênero, filmes,

gays, paz ou lazer, comotampouco parecia haver alguéminteressado em pagar por taiscursos, pois afinal, nãoacrescentariam nenhum grandeconhecimento real sobre o métodoindutivo e nem serviriam depontos de referência de literatura,história e ciências.

Assim, eis o resultadodesses últimos trinta anos

de doutrinação: um númeroexagerado de estudantesendividados, com educação geralprecária e sem as habilidades paraatuar como profissionais nasáreas de engenharia de altatecnologia, medicina sofisticada ouno projeto de computadores esoftwares de que o país precisa.

Esses estudantes estãoconsumidos pela fúriacontemporânea no momentoem que a bolha da dívida daeducação (perto de meio trilhãode dólares) está prestes a seromper. Eles estão irados contrao sistema que lhes ensinaramser seu opressor, mas tambémestão furiosos consigo mesmos.Quem não estaria depoisde gastar tanto dinheiro comalgo de tão pouco valor?

É tabu para a tecnocraciaobâmica considerar a exploraçãodas vastas riquezas naturais dosEstados Unidos. E como alguémpode admitir que imprimirdinheiro destroi a prosperidade?Quem pode confessar queas expectativas geradas pelossubsídios governamentaisarruínam a iniciativa pessoal?

Em suma, há pânico.Obamacare, taxas de juropróximas de zero, maisregulamentação ambientale fiscal, estatização de setores daeconomia, resgates financeiros,estímulos, perto de cinco trilhõesem dívidas, déficits anuaisde um trilhão e seiscentos bilhões,

grande aumento na emissãode vales alimentação, dedependentes do segurodesemprego e intimidação dosetor privado – tudo isso e maisum pouco e nada de restauraçãoda prosperidade.

O mais provável é quetenhamos arruinado umarecuperação natural – isso se umataxa de 9,1% de desemprego,crescimento anêmico do PIB,dívida pública ruinosa e a voltade antigos recordes nos índices demiséria servem como indicativos.

Em vez disso, somos deixadosàs voltas com um país carente deenergia sentado sobre imensasriquezas energéticas, com umaeconomia onde milhões depessoas no setor privado estãoamontoando dinheiro em vezde investir e contratar, e legiõesde jovens estudantes, quebrados,politicamente preparados,mas miseravelmente educadosperguntando-se onde é que estáa boa vida e por que um apostadorde Wall Street, um nerd dacomputação ou um engenheirocivil de grande empresa ganhammais dinheiro que eles, os ungidos.

Então, eles se enfurecem,de novo e de novo...

VI C TO R DAV I S HANSON

É H I S TO R I A D O R , E S C R I TO R E

A RT I C U L I S TA DE VÁRIOS V E Í C U LO S DE

COMUNIC AÇÃO AMERIC ANOS.TR ADUÇÃO: HENRIQUE DMY TERKO

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Ocupem Wall Street: jovens estão entre os mais "zangados".

Page 4: DC 12/12/2011

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Solução

Por: José Nassif Neto

Medicamen-to paraevitar

gravidez.

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para álbumde coleção.

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vazio.

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recido.

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detento.

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aves.

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lha nacarta.

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alemão.

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endereçoeletrônico.

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do Norte.

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tempo.(física)

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A notasol na

notaçãoalfabética.

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solar.

Plantaforragei-

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(382) 2-er; sã; 3-ode; céu; rap; 4-orga 5-disco; tédio; belga.

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

I N T E R N AC I O N A LLá fora, o trabalhode Odilon deOliveira édigno de prêmio.

N AC I O N A LAqui, a data, oprêmio e opremiado passambatido pela mídia.

política

É melhor ser cabeça de cachorro do queser rabo de leão.

Senador Demóstenes Torres (DEM-GO), cobrando dopartido o lançamento de um candidato próprio à

Presidência da República.

Pedi que a Dilma Rousseff desistisse da usinade Belo Monte e salvasse o Xingu rapidinho.

Ela não demonstrou interesse, não deu muitaimportância.

Ana Gabriela, ao receber da presidente o prêmio JovemCientista na categoria ensino médio.

Tá!Resposta

da presidenteDilma Rousseff.

Não dá para o Carlos Lupi tirar o paletó deministro, tomar banho e voltar ao Palácio do

Planalto como interlocutor do PDT.Deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ)

Faço isso para que o ódio das forças maisreacionárias e conservadoras deste País contra o

trabalhismo não contagie outros setores do governo.Carlos Lupi, em nota, ao justificar seu pedido de demissão.Foi o sexto ministro do governo Dilma Rousseff a cair por

suspeita de irregularidades.

Paulistanos não querem votar em poste.Bruno Covas, pré-candidato à prefeitura pelo

PSDB, defendendo a realização de prévias pelo partido.

Não é quedefendemos os

ricos. O que nãosoubemos foi deixaruma marca.

Fernando HenriqueCardoso, em entrevista

ao programa RodaViva sobre o PSDB.

Não vou ficar espingardeando quem não precisaespingardear. O discurso será assertivo.

José Anibal, pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo.

Penso que hoje em dia, tamanha a complexidadee o número de matérias, dificilmente alguém

consiga abarcar todos esses temas. O que me fortalecea enfrentar esses desafios é quepodemos estudar, poissomos eternos aprendizes.

Rosa Maria Weber, durantesabatina no Senado, em resposta

à oposição, que tentoudesqualificar sua indicação

para o Supremo TribunalFederal (STF).

Lia de Paula/Agência Senado

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Fotos: Moisés Rabinovici

Guerra aos corruptos: Odilon de Oliveira, o premiado deste ano, e Bo Mathiasen, o representante da ONU no Brasil sobre Drogas e Crime.

Caça-corrupto 2011 não énotícia no país da corrupçãoJuiz Odilon de Oliveira ganha prêmio da ONU por sua atuação decisiva no combate à corrupção. Aqui, mal foi noticiado.

Na capital brasileirada corrupção, Bra-sília, e no Dia In-ternacional Con-

tra a Corrupção, sexta-feirapassada, o juiz federal Odilonde Oliveira recebeu da ONU oprêmio destaque de 2011 nocombate à corrupção.

Os três jornais de circula-ção nacional e as revistas se-manais não publicaram a no-tícia em suas edições de sába-do e domingo, embora todoscritiquem a impunidade noBrasil como uma das causasda corrupção.

O juiz Odilon de Oliveirapune corruptos e traficantes.Por isso, o escoltam perma-nentemente dois policiais fe-derais – estrelas à mostra nocinto e paletós abertos para sa-car revólveres. Ele próprio ves-te um colete à prova de balaspor baixo da camisa. Seu carroé blindado. E sua vida, tão semliberdade quanto a dos prisio-neiros que manda trancafiar,leva uma diferença: ele tem achave se quiser sair, a cabeçaavaliada em US$ 300 mil.

Bens confiscados – Aos 62anos, pernambucano da Serrado Araripe, em Exu, Odilon é otitular da única vara especiali-zada no processamento doscrimes financeiros e de lava-gem de dinheiro de Mato Gros-so do Sul. Quando em PontaPorã, na fronteira com o Para-guai, dorme no próprio Fó-rum. Pelas suas contas, tem ho-je 600 veículos, 85 fazendas, 15aviões e 14 mil cabeças de gadoconfiscados ao crime organi-zado para leiloar. Em leilõesnos últimos três anos, arreca-dou R$ 30 bilhões.

Até os 17 anos ele trabalhavana roça, com os pais lavrado-res. Foi alfabetizado em casa,em aulas noturnas, e entroutarde para a Faculdade de Di-reito. Formou-se aos 29 anos.

O ídolo na celebração do DiaInternacional Contra a Cor-rupção, promovida pela Con-troladoria-Geral da União(CGU), e também na capa dealguns dos jornais nacionaisde sexta-feira, foi o ex-gover-nador de Illinois, Rod Blagoje-vich, condenado na véspera a14 anos de cadeia, por corrup-ção. Dois oradores o mencio-naram em seus discursos, semdar nome nem nacionalidade,criando certa expectativa deque se referiam a um brasilei-

ro, para então acrescentar: "In-felizmente, isso aconteceu nosEstados Unidos".

Processos na gaveta – A pre-sidente Dilma Rousseff man-dou a ministra-chefe da CasaCivil, Gleisi Hoffmann repre-sentá-la. Ladeavam-na o mi-nistro-chefe da CGU, JorgeHage; o procurador-geral daRepública, Roberto Gurgel; opresidente do TCU, BenjaminZymler; o advogado-geral daUnião, Luiz Inácio Adams; oministro da Integração Nacio-nal, Fernando Bezerra; o repre-sentante da ONU no Brasil so-bre Drogas eC r i m e , B oMathiasen; eo deputadofederal Fran-cisco Pracia-no, presiden-te da FrenteP a r l a me n t a rMista contra aCorru pção ,"o" pessimistaassumido àmesa: "Há 140projetos con-tra corrupçãod or m it a nd oem gavetas há cinco anos. Nãotenho nenhuma história de su-cesso para lhes contar".

Proteção 24 horas – Mas, e oherói da ONU, o juiz Odilon deOliveira? A celebração come-çou com o prêmio que lhe foiatribuído – o de 2010 coube aoMovimento de Combate à Cor-rupção Eleitoral (MCCE), porseu trabalho na apresentação eaprovação da Lei da FichaLimpa. Soando Matisse, o pin-tor francês, ao ser introduzidopelos alto-falantes, o represen-tante sobre Drogas e Crime pa-ra o Brasil e o Cone Sul, Bo Ma-thiasen, ressaltou que o pre-miado de 2011 "abriu mão do

lar e da liberdade", com maisde 100 condenados por crimeorganizado. Falou também daescolta que o protege 24 horas.Nem era preciso: os policiais àmostra, de pé, olhavam as câ-meras apontadas para o juiz nopalco, como se uma delas pu-desse disparar um tiro trai-çoeiro. Humilde e formal, Odi-lon começou bíblico o seu pe-queno discurso de agradeci-mento ao prêmio.

"Um dia, todo o povo senti-rá fome, e não por falta de ali-mentos. O povo, um dia, sen-tirá sede, muita sede, mas não

por falta deágua. Segun-do minha in-te rp ret aç ãoda Bíblia, fo-me e sede porum gesto deconfiança dasautori dades,a l i c e r ç a d oe m r e g r a sm o r a i s , s o-b r e t u d oéticas". Parae l e , " o c o r-r u p t o é u mgenocida". E

a Terceira Guerra Mundial es-tá apenas começando. O ini-migo são as drogas.

A este repórter, o juiz Odiloncomentou: "Só de ser reconhe-cido me sinto premiado. E queesse reconhecimento se esten-da a todos os outros juízes. Éum grande incentivo para quecontinuemos nessa luta".

Blogueiros do Nordeste edas regiões de fronteira ondereina o narcotráfico foram osque publicaram notinhas vir-tuais. Na grande imprensa, na-da. Mas o algoz dos corruptosnão desanima com o anonima-to. Para sua própria sobrevi-vência, quanto mais, melhor.

Agora, sonha com a cons-trução de um presídio federalexclusivo para condenadospor crime de corrupção. E sen-tou-se para ouvir o ministroHage dizer que as causas maisprofundas da corrupção têmraízes em questões "como o fi-nanciamento privado de cam-panhas e de partidos, o siste-ma eleitoral, os meandros daelaboração do orçamento pú-blico e, sobretudo, a urgentenecessidade de reforma dasleis processuais penais, quesão, hoje, a principal garantiade impunidade".

Combate firme – GleisiHoffmann mais do que repre-sentou a presidente Dilma. Re-petiu sua frase no discurso deposse: "Serei rígida na defesado interesse público. Não ha-verá compromisso com o des-vio e o malfeito. A corrupçãoserá combatida permanente-mente, e os órgãos de controlee investigação terão todo omeu respaldo para atuaremcom firmeza e autonomia".

Ao fim dos aplausos, pediudesculpas por ter que partir. Evárias autoridades a imitaram,depois de chamadas a falar. Pa-recia até que, ali perto, na Es-planada dos Ministérios, maisum ministro estivesse caindo,o sétimo por corrupção, comdois candidatos em fritura len-ta, e que a presença de todosera necessária. Um corruptólo-go presente dizia que o ciclo dafaxina acabou. Bem assim:"Dilma e os 7 anões" (em tama-nho de honestidade e ética).

Os que ficaram, inclusive ojuiz Odilon de Oliveira, soube-ram que a AGU recuperouR$ 600 milhões desviados em2011 e assistiram a um debatesobre livre acesso à informa-ção. No final, uma surpresa:puderam se fotografar comdois bonecos vivos da Turmada Mônica Jovem, nova aliadada guerra à corrupção.

Criador das histórias emquadrinho, o cartunista Mau-rício de Sousa foi a Brasília pa-ra assinar acordo de princípioque mobiliza seus persona-gens para a batalha no front dajuventude – ele recebeu daONU, em 2009, o mesmo prê-mio conferido ao juiz OdilonOliveira, por mirar, então, opúblico infantil com a Mônica,Cebolinha e Cascão. Ao D iá-rio do Comércio b r i nc o u :"Quem sabe no próximo DiaInternacional contra a Corrup-ção eu apareço aqui com a Tur-ma da Mônica Adulta".

Maurício de Souza: sua Turma da Mônica Jovem entra nessa guerra.

Moisés Rabinovici

Só de serreconhecido mesinto premiado. Eque isso se estendaa todos os outrosjuízes. É um grandeincentivo paraque continuemosnessa luta.

OD I LO N DE OLIVEIR A

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Somos vários grupos e pressionamos autoridades para extinguir a corrupção.Marcelo Reis, líder do Revoltados On-line.política

Luta contra corrupção define seus alvosA aprovação da Lei da Ficha Limpa pelo STF e o fim do voto secreto no Parlamento são dois dos objetivos dos grupos de ativistas que atuam na internet no País

P ara manter ativo omovimento contraas fraudes com di-nheiro público, gru-

pos de internet definiramneste fim de semana, propos-tas a serem levadas adiante,depois de participarem, emSão Paulo, do 1º CongressoContra a Corrupção, na sexta-feira (9) – evento em que se ce-lebrou o Dia InternacionalContra a Corrupção, instituí-do pela Organização das Na-ções Unidas (ONU) em 9 dedezembro de 2003, com a assi-natura de 110 países.

Com base nos debates docongresso, organizado pelomovimento da web contra acorrupção Nas Ruas (w ww.f a-cebook.com/nasruas), esses gru-pos decidiram lutar pela apro-vação da Lei da Ficha Limpa,em avaliação no Supremo Tri-bunal Federal (STF), exigir ofim do voto secreto no Con-gresso, para que seja apenasaberto em todas as votaçõesdos parlamentares, além departicipação mais ativa do Mi-nistério Público e da ReceitaFederal em favor de maistransparência nos casos sus-peitos de ilegalidade e, porfim, conseguir aprovar uma leique dê mais celeridade aosprocessos contra corruptos ec o r ru p t o re s .

O congresso teve o apoio deoutros grupos de internet con-tra a corrupção, entre eles oMudança Já (ww w. f ace bo-ok. com/m udanc aja), o 31 de Ju-lho (www.movimento31de ju-lho .blog spot. com) e o Revolta-dos On-l ine (w w w. f a c e b o-o k . c o m / g ro u p s / b r a s i l . u n i d o . c o n t r a a c o r r u p c a o ).Participaram da mesa do even-to o jurista, ex-deputado fede-ral e ex-vice-prefeito de São

Paulo Hélio Bicudo, o tam-bém jurista Dirceo Torrecil-las, os cientistas políticosHumberto Dantas e José Ál-varo Moisés, e os professoresde Direito Jean Menezes deAguiar e Thaís Cavalcanti.

Para impedir a corrupção ea impunidade, os expositoressustentaram a necessidade demudanças em leis, como naeleitoral, em especial em fa-vor da criação do voto distri-tal misto e do financiamentodas campanhas eleitorais pe-lo Estado e pelas pessoas físi-cas. Demonstraram que o Mi-nistério Público pode sermais investigativo em casosde suspeita de corrupção e,ainda, que a Receita Federaltem de divulgar com transpa-rência a evolução patrimo-nial de políticos e autorida-des dos três poderes.

O congresso foi filmado,gravado e divulgado pela in-ternet enquanto ocorria. Nosábado, os grupos da web an-ticorrupção avaliaram as pro-postas feitas pelos integrantesda mesa do congresso e decidi-ram, por enquanto, pôr o focoem quatro delas. "No momen-to, vamos lutar pela aprovaçãodo Ficha Limpa e fazer mais

três exigências: fim do voto se-creto de parlamentares, cria-ção de lei que apresse o julga-mento de processos de casosde corrupção e participaçãomais ativa e transparente doMinistério Público e da Receitanessas questões", disse CarlaZambelli, fundadora e porta-voz do Nas Ruas.

Segundo ela, esses temas de-vem atrair a adesão de novosinternautas à causa contra acorrupção no País. E acrescen-tou: "Ao mesmo tempo, vamoscontinuar a debater na web asquestões relacionadas à refor-ma política." Os grupos pro-metem aumentar a pressão so-bre o Congresso Nacional, STF,Receita Federal e MinistérioPúblico, para conseguir mu-danças que impeçam a corrup-ção e a impunidade.

Nova manifestação – Alémda prometida pressão sobreautoridades e entidades pú-blica, os grupos programamnova manifestação contra acorrupção para o dia 25 de ja-neiro, data do aniversário dacidade de São Paulo. "Somosvários grupos. Cada um pre-serva sua identidade, masatuamos unidos quando or-ganizamos manifestações epressionamos autoridadespara extinguir a corrupção",disse Marcelo Reis, líder doRevoltados On-line.

Passeata– A União Contra aCorrupção, que reúne 13 gru-pos de internet, entre eles oRevoltados On-line e o Mu-dança Já, realizaram concen-tração no vão do Masp, na sex-ta-feira, em São Paulo, paracelebrar o Dia InternacionalContra a Corrupção. Apesarda chuva, os quase 500 mani-festantes realizaram passeatapela Avenida Paulista, exigin-do o fim da impunidade e dacorrupção no estado.

Guilherme Calderazzo

"Corrupção mata!" foi um dos slogans da manifestação realizada na Avenida Paulista na sexta-feira

Carla Zambelli (à esq.) e o juristaHélio Bicudo (acima) participaramdo 1º Congresso contraa Corrupção, em São Paulo.

Corrida para acabar com fraudes

Mais de mil pessoaspar ticiparamontem, em Brasília,

da 2ª Corrida e Caminhada"Venceremos a Corrupção",em comemoração ao DiaInternacional contra aCorrupção, criado pela ONUe celebrado no dia 9 último.A largada foi dada em frenteao Congresso Nacional, às9h, e a prova teve percursosde corrida de 4 km e 10 km, euma caminhada de umquilômetro paraaqueles que não tinhamcondições de correr.

Gil Castelo Branco,organizador da competiçãode inspiração políticajustificou a iniciativa:“Precisamos que o povoentenda que o Estadosomos nós. Para diminuir acorrupção, é de sumaimportância que o cidadãoparticipe. Este evento etantos outros que têm sido

feitos são provas de que ocidadão está indignado eque todos nós, de algumamaneira, queremoscontribuir para reduçãodesse mal no Brasil”.

Entre os participantes dacorrida estava a atrizSuzana Pires, da novelaFina Estampa. O ex-jogador

de basquete Pipoca, expôstoda sua indignação: "Estátodo mundo reunido,apoiando o movimento.Chega de corrupção,ninguém aguenta mais...Ninguém quer maispizza. A gente quer queeste país se torne um paíslimpo". (Agências)

Após a competição, a entrega dos prêmios aos vencedores.

Antonio Cruz/ABr

Livro liga Serra aataques anônimos em 2010

Biografia autorizada pelapresidente Dilma Rous-seff vincula a campanha

do ex-adversário José Serra(PSDB) ao envio de e-mailsapócrifos com ataques à petistana reta final das eleições de2010. O livro A Vida Quer É Co-ragem, de Ricardo Batista Ama-ral (editora Sextante/Gmt,R$ 39,90), que chega às livra-rias no próximo dia 15, liga aartilharia anônima contra apetista aos serviços de RaviSingh, o "guru indiano" con-tratado pelo PSDB.

Segundo o autor, Singh teriausado o site do tucano José Ser-ra para montar um "gigantescobanco de e-mails", que estariapor trás das mensagens ligan-do Dilma à defesa do aborto e aações armadas na ditadura.

"Foi pela rede de computa-dores que os adversários dis-seminaram os ataques maisbaixos e os boatos mais incrí-veis a respeito de Dilma", afir-ma trecho do livro.

"A ferramenta mais primiti-

va da internet foi a que melhorserviu para disseminar o quehavia de mais atrasado politi-camente na campanha."

A obra registra que o tucanotambém recebeu ataques anô-nimos, mas sustenta que Dil-ma é quem acabou sendo amais prejudicada.

Outro lado – Procurado, JoséSerra negou qualquer tipo devinculação com os e-mails apó-

crifos. "A informação simples-mente não é verdadeira. As cri-ticas, quando feitas, foram denatureza política e administra-tiva, e sempre publicamente,em entrevistas e debates", disse,por meio da assessoria.

O jornalista Ricardo Ama-ral, autor da biografia, assesso-rou Dilma em sua passagempela Casa Civil e durante acampanha presidencial de2010. Amaral teve acesso fran-queado a papéis secretos pro-duzidos pelo regime militar –como a foto em que ela aparecedepondo à Justiça Militar, em1970. A parte final do livro con-ta bastidores da campanha –como o treinamento para de-bates, o pessimismo após o pri-meiro turno e o uso político dafoto com o neto recém-nascidono colo, idealizado pelo mar-queteiro João Santana.

O texto menciona as broncasde Dilma em sua equipe, masevita dar detalhes sobre "co-branças e desaforos" feitos lon-ge das câmeras. ( F o l h a p re s s )

Urnas dizem'não' à divisão do Pará

O"não" à divisão do Pa-rá foi a opção vitoriosano plebiscito realiza-

do ontem, no qual os eleitoresforam consultados sobre a for-mação de dois novos estados –Tapajós e Carajás.

Com 95,9% das urnas apura-das, o TSE (Tribunal SuperiorE l e i t o r a l ) c o n t a b i l i z a v a2.272.945 votos contra a cria-ção do estado do Tapajós(66,22% dos votos) e contra Ca-ra jás a contagem somava2.291.474 (66,74%).

Ao todo, 4.842.286 eleitoresparaenses deveriam ter ido àsurnas para responder: "Você éa favor da divisão do estado doPará para a criação do estadode Tapajós?" e "Você é a favorda divisão do estado do Parápara a criação do estado de Ca-rajás?". Mas cerca de 25% doseleitores deixaram de compa-recer, mantendo a média histó-rica do Pará. Na disputa presi-dencial de 2010, o percentualde abstenção foi de 21% no 1ºturno e de 27% no 2º turno.

A decisão foi um revés paraos separatistas. A populaçãodo que seria o novo Pará, ma-joritariamente antidivisão, ébem superior à soma dos mo-radores das áreas separatistas:4,6 milhões contra 2,9 mi-lhões.

Mesmo que a divisão fosseaprovada, ainda precisaria sersubmetida ao crivo do Con-gresso, por meio de uma leicomplementar, conforme regea Constituição. Agora, umanova proposta de consulta pe-la divisão do estado só poderáser apresentada na próxima le-gislatura, a partir de 2015.

A campanha que antecedeuao plebiscito foi marcada peloressentimento nas áreas quequeriam se emancipar, que re-clamam do isolamento e da au-sência do poder público na re-gião. Já nos últimos dias, o cli-

ma de tensão foi acirrado como envolvimento direto do go-v e r n a d o r S i m ã o J a t e n e(PSDB), contra a partilha.

Divisão – O movimento se-paratista no Pará reedita, qua-se dois séculos depois, a Caba-nagem, revolta do século 19em que índios, negros e mesti-ços tomaram o poder na entãoprovíncia. Hoje, os novos "re-beldes" querem separar as re-giões oeste e sul e fundar os es-tados de Carajás e Tapajós.

A insurgência nasceu com osentimento de abandono polí-tico e isolamento territorial e adesigualdade econômica entrea capital, Belém, e regiões re-

motas do interior. Mas há dife-renças históricas entre os doisprojetos – Carajás e Tapajós.

O primeiro é capitaneadopor uma elite econômica novae poderosa, que quer gerir osrecursos minerais e a forteagropecuária da região. O se-gundo tem maior legitimidade(nasceu há 150 anos), mas care-ce do tônus econômico do vizi-nho. Contra ambos estão em-presários e políticos da regiãometropolitana de Belém quenão aceitam perder 86% daárea e 44% do PIB. Apesar davitória da manutenção doatual território, o Pará votoudividido. (Agências)

Dilma: biografia autorizada.

Fotos: Newton Santos/Hype

Moisés defendeu o voto distrital

Fotos: Tarso Sarrafi/AE

Governador Simão Jatene, contra a partilha, acirrou o clima de tensão

Panfletos do 'sim': separatistas ressentidos com isolamento da região.

Uéslei Marcelino/Reuters

Page 7: DC 12/12/2011

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

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As ONGs não gastam bem as verbas. Os recursos não chegam às atividades-fim. São desviados nas atividades-meio.Carlos Novaes, cientista político e pesquisador.política

Um projetopara acabar com

a propinOngGoverno cria grupo de trabalho para regular o setor, envolvido em denúncias.

Formado por integran-tes de vários ministé-rios, de instituiçõespúblicas federais de

fiscalização e de organizaçõesnão governamentais, o Grupode Trabalho (GT) do governofederal, criado para reformu-lar a legislação de funciona-mento das ONGs, já debatepropostas com esse objetivo.Reunido pela primeira vez en-tre os dias 9 e 11, em Brasília, ogrupo tem prazo até fevereiropara apresentar novas normasque tornem essas instituiçõesda sociedade civil mais ágeis,transparentes e, de preferên-cia, imunes à corrupção.

O GT é composto por 14 pro-fissionais integrantes do Mi-nistério Público (MP), da Justi-ça e da Casa Civil, além daControladoria-Geral da União(CGU), da Secretaria-Geral daPresidência da República e deentidades da sociedade civil.

O cenário com denúncias desupostos favorecimentos e ile-

para a reformulação das nor-mas relacionadas a elas, comoé o caso do GT.

As denúncias envolvendo oex-ministro dos Esportes, Or-lando Silva, que deixou o mi-nistério no dia 26 de outubro,expressa bem a questão.

Desvio de verbas – Silva foiacusado de desviar dinheiropúblico do programa SegundoTempo, criado para beneficiarjovens carentes por meio do es-porte. A denúncia foi feita pelopolicial militar brasilienseJoão Dias Ferreira.

Segundo o PM, a ilegalidadeocorreu entre 2003 e 2006,

sadas de desviar mais de R$ 4milhões do programa.

A Controladoria-Geral daUnião (CGU) atua para que asinstituições de Ferreira devol-vam o dinheiro aos cofres pú-blicos. O caso do ex-ministro éinvestigado pela ProcuradoriaGeral da República (PGR) echegou ao Supremo TribunalFederal (STF).

Questionamento – Essequadro ajudou a estimular oquestionamento das ONGs,ou seja, quais são sérias e quaissão usadas para benefício pes-soal e desvio de dinheiro pú-blico. "O que vemos hoje é queas denúncias de irregularida-des contra algumas ONGsmancham a reputação de to-das elas. Isso é injusto e inad-missível. Por isso, o GT apre-sentará propostas para impe-dir irregularidades nas entida-des da sociedade civil, apri-morando a atuação de cadauma delas", afirmou Vera Ma-sagão, uma das diretoras daAssociação Brasileira das Or-ganizações não Governamen-tais (Abong), entidade que

União, estados e municípioscom as entidades da sociedadecivil. O convênio não é um mo-delo adequado para reger a re-lação do governo com asONGs. Vamos propor mudan-ças", adiantou Vera.

Como exemplo, ela mencio-nou a questão da chamada pú-blica feita por governos paracontratar os serviços de ONGs."Neste caso, o administradorpúblico pode convocar os ami-gos, e de forma arbitrária e pou-co transparente. Isto não podemais ocorrer", disse Vera.

E acrescenta que a lei deverágarantir a ampla divulgaçãodo projeto a ser contratado pe-lo poder público, de formatransparente e por meio de edi-tal. Ainda de acordo com ela, alegislação deve estabelecer cri-térios detalhados para a con-tratação de uma entidade. "Ga-rantirá a exposição da justifica-va da escolha, quais projetos aentidade desenvolve, comqual equipe, etc. Só com o má-ximo de transparência é possí-vel ter controle do desempe-nho da organização da socie-dade civil. Isso é fundamental,já que facilita o acompanha-mento da prática do projeto e afiscalização da entidade."

Na evolução de um projetode organização não governa-mental, segundo Vera, é precisoter normas claras que garantama substituição de um funcioná-rio sem que seja pela CLT, de-terminem a prestação de contasde forma detalhada e a obriga-ção de atingir resultados pre-viamente estabelecidos.

Doações e críticas – O GT es-tuda a possibilidade de proporque a pessoa física doadora derecursos para ONGs seja bene-ficiada pelo Estado, em espe-

cial por meio de vantagens noImposto de Renda. "Esta é umaforma de estimular a doaçãodos cidadãos, já que as ONGsnão deveriam receber recursospúblicos", assegurou Vera. Ocientista político, pesquisadore comentarista do Jornal da Cul-tura, da TV Cultura, Carlos No-vaes, concordou com essa ava-liação. "As ONGs têm de de-senvolver os projetos sem ver-ba estatal, até porque elasdevem dinamizar a sociedadecivil e não substituir a incapa-cidade do Estado em atenderàs demandas sociais", disseNovaes.

Acrescentou que, pela nor-ma, ONG não deve dar lucro,"mas com a possibilidade deobter recursos do Estado, sem-pre aparecem os mal-intencio-nados, criando-as e coman-dando-as para lucrar, seja deque forma for".

Segundo ainda Novaes,uma ONG pode mudar de no-me e, por isso, multiplica-se,em especial quando é coman-dada por pessoa interessada

instrumentos políticos, nemobter recursos públicos parafins privados."

Já Cláudio Weber Abramo,dirigente da TransparênciaBrasil, entidade da sociedadecivil de combate à corrupção emantida por entidades priva-das e pessoas físicas, avaliouque os escândalos nos quaisONGs estão envolvidas reve-lam que essas entidades preci-sam ser mais bem controladas,fiscalizadas, para evitar a par-ticipação de oportunistas eaventureiros dentro delas.

O ministro-chefe da Secreta-ria-Geral da Presidência da Re-pública, Gilberto Carvalho,um dos envolvidos no GT, ad-mitiu, em Brasília, que o gover-no não tem conseguido fiscali-zar as ONGs de forma adequa-da, mas não é por isso que vaidesfazer a parceria com a so-ciedade civil em torno dessasorganizações. Acrescentouque é fundamental criar condi-ções para que a sociedade pos-sa fiscalizar e controlar a atua-ção dessas entidades.

Para Valter Fantin, promo-tor de Justiça do PatrimônioPúblico e Social, da capital, alegislação precisa ser moder-nizada para aumentar o con-trole dos gastos das ONGs ori-ginários de recursos públicos,inclusive com a fiscalização doTribunal de Contas. "Se consta-tada irregularidade, tambémdeve possibilitar a intervençãodo Ministério Público em enti-dade privada, para apuração erepressão de excessos e abusoscom dinheiro de origem doscofres públicos".

Segundo o promotor, a leiprecisa impedir que ONGsque tenham dirigentes ligadosa partidos políticos ou paren-tesco com parlamentares ougovernantes recebam valoresdos cofres públicos.

"A lei ainda tem de imporque haja a divulgação ampladas entidades beneficiadas equais foram os proponentesdas emendas ou as destinaçõesde recursos".

Guilherme Calderazzo

O que vemos hoje éque as denúnciascontra algumasONGs mancham areputação de todas.Isso é injusto einadmissível.

VER A MA S AG Ã O

Gilberto Carvalho, ministroda Secretaria-Geral, admite

dificuldade do governo nafiscalização das ONGs.

Carlos Novaes, cientista político,defende que as ONGsdesenvolvam projetos sociaissem recorrer às verbas do Estado.

Com a possibilidadede obter recursosdo Estado, sempreaparecem os mal-intencionados, paralucrar, seja deque forma for.

CA R LO S NO VA E S

em enriquecer de forma ilegal."As ONGs não gastam bem asverbas. Os recursos muitas ve-zes não chegam às atividades-fim. São desperdiçados oudesviados nas atividades-meio", afirmou Novaes. En-quanto a lei não mudar, se-gundo o cientista, a saída ime-diata é aumentar a fiscaliza-ção sobre as ONGs.

Controle e apoio – Em even-to no qual se discutiu o desem-penho das entidades da socie-dade civil, em São Paulo, o ex-presidente Fernando Henri-que Cardoso disse que essasorganizações precisam ser in-dependentes. "Não podem ser

Celso Júnior/AE – 24/5/2011

José Luís da Conceição/AE – 25/112011

galidades contra ministros deEstado trouxe à tona o desem-penho de organizações não go-vernamentais, levantou a sus-peita de que muitas delasagem fora da lei, acelerou oquestionamento das ativida-des dessas entidades e apres-sou a criação do grupo voltado

quando Silva era ligado ao mi-nistério, mas não o ministro(na época, o titular era AgneloQueiroz, atual governador doDistrito Federal, pelo PT), oque se deu a partir de 2006.

Quatro anos depois, Ferreirafoi preso pela Polícia Civil deBrasília, durante a OperaçãoShaolin, que investigou des-vios de verba em convênios doMinistério do Esporte. AsONGs do PM envolvidas como Segundo Tempo foram acu-

participa do GT e é mantidapor 250 instituições da socie-dade civil.

As propostas vão alterar asnormas de contratação e finan-ciamento dos projetos e pro-gramas. Atualmente, as enti-dades recebem verbas de fon-tes privadas e públicas, paraatuar socialmente. O dinheiroestatal só chega às entidadespor meio da assinatura de con-vênios. "O problema é que oconvênio rege a relação da

A lei ainda temde impor que hajaa divulgação ampladas entidades equais foram asdestinaçõesde recursos.

VA LT E R FANTIN

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

LÍBIAExército e milícia seenfrentam perto deaeroporto de Trípoli;uma pessoa morre.

IR AQUEOtan anuncia quenão vai estendermissão no paísalém de 2011nternacional

Atentado no Líbano. Para aFrança, a culpa é da Síria.

O ministro francês de Rela-ções Exteriores, Alain Juppé,acusou a Síria, ontem, de estarpor trás do atentado realizadona sexta-feira contra soldadosfranceses no Líbano, mas ad-mitiu carecer de provas.

Uma bomba à beira da estra-da feriu cinco soldados france-ses das forças de paz, em Tiro,no sul do Líbano, no terceiroataque deste ano contra tropasda Organização das NaçõesUnidas (ONU) posicionadaspróximas à fronteira com Is-rael (foto, especialistas da ONUanalisam jipe atingido). Dois ci-vis também ficaram feridos.

"Temos fortes motivos paraacreditar que esses ataquesvieram de lá (da Síria)", disseJuppé à rádio RFI. "Acho que éo mais provável, mas não te-nho provas".

Ao ser questionado se acredi-tava que o Hezbollah foi res-ponsável pelo ataque em nome

de Damasco, Juppé respondeu:"Absolutamente. É o braço ar-mado da Síria (no Líbano)".

As forças da ONU na região(Unifil, em inglês) tem comomissão manter a paz ao longoda fronteira entre o Líbano e Is-rael. A Unifil tem cerca de 12 milsoldados e pessoal da área navalno Líbano em cumprimento àresolução do Conselho de Segu-rança da ONU, que pôs fim àguerra entre Israel e o Hezbol-lah no sul do Líbano.

Síria - No outro lado da fron-teira, a violência continua. On-tem, forças de segurança orde-naram os comerciantes grevis-tas em Damasco que abrissemas lojas, no primeiro dia de umagreve liderada pela oposiçãopara dar apoio à revolta de novemeses contra o presidenteBashar al-Assad.

"Eles foram levados parasuas lojas e ordenados a abrir.Eles se recusaram e a polícia

quebrou as portas das lojas, for-çando a abertura", disse RamiAbdulrahman, do Observató-rio Sírio de Direitos Humanos.

A campanha de desobediên-cia civil prevê, além da greve, in-vasões de prédios públicos e ofechamento de universidades.

Os Comitês Locais de Coor-denação, que organizam osprotestos, acreditam que acampanha vai se espalhar co-mo uma bola de neve.

Mas o grupo opositor Conse-lho Nacional Sírio e outros ati-vistas alertaram sobre um pro-vável assalto final à cidade deHoms, região central síria, bas-tião da oposição do país, que es-tá sitiada por tropas do regime.

Ao menos 23 pessoas morre-ram ontem durante a repressãoà greve, disseram ativistas. Se-gundo eles, veículos blindadosatacaram civis, enquanto aviõessobrevoavam as províncias re-voltosas. (Agências)

O ex-ditador retorna ao Panamá.Direto para a prisão.

Manuel Noriega, que foi di-tador do Panamá durante a dé-cada de 1980, deixou Paris on-tem e foi levado a seu país natalpara cumprir pena de 60 anospor assassinatos de opositoresdurante seu mandato.

Noriega, que está com 77 anos,foi derrotado por uma invasãodos Estados Unidos em 1989 e játem passado as últimas décadasatrás das grades. Após ser captu-rado por soldados norte-ameri-canos, ele foi levado a Miami pa-ra julgamento (à dir.). Depois dequase 20 anos de prisão, ele foitransferido no ano passado para a França, ondeera procurado pelas autoridades por lavagem dedinheiro, e foi condenado a sete anos de prisão.

Em seu país natal, Noriega, que se considera"prisioneiro de guerra", foi condenado por trêsassassinatos de opositores políticos nos anos1980 e condenado a 20 anos de detenção por ca-da um deles. Uma de suas vítimas foi Hugo Spa-dafora, um médico que revelou a ligação do ex-ditador com o narcotráfico.

O que foi o homem forte do Panamá viajoucustodiado por agentes panamenhos e foi tam-bém acompanhado por um médico procedentede seu país.

Ao chegar no Panamá, auto-ridades panamenhas disseramque ele seria enviado direta-mente para o presídio de segu-rança máxima El Renancer, lo-calizado em uma antiga basemilitar norte-americana, a cer-ca de 30 quilômetros da capitaldo país.

Mas o ex-ditador pode deixara cadeia de acordo com uma leilocal que permite que prisio-neiros com mais de 70 anoscumpram o restante da penaem prisão domiciliar.

Além disso, o ex-líder pana-menho, embora tenha aceitado sua entrega, dis-se que tem intenção de "demonstrar sua inocên-cia", segundo explicou em pronunciamento pe-rante o Tribunal de Apelação de Paris no dia 23de novembro passado.

É pouco provável que a volta de Noriega te-nha um impacto significativo no Panamá, quevem vivendo um "boom" econômico nos últi-mos anos. Boa parte das atenções sobre Noriegaestará centrada sobre se revelará seus segredosmais obscuros da ditadura, incluindo as mortesnão contabilizadas e desaparecimento de cercade cem pessoas entre 1968 a 1989 (foto, parentes devítimas fazem protesto). (Agências)

Manuel Noriega cumprirá pena de 60 anos por assassinar opositores

Fotos: Reuters Hassan Bahsoun/EFE - 09/12/11

Novos ventossopram na Rússia

Em sua página no Facebook, Medvedev prometeinvestigar as alegações de fraude nas eleições.

Após a realização de manifestaçõesem massa em toda a Rússia, o pre-sidente do país, Dmitri Medve-dev, disse ontem ter ordenado

a abertura de um inquérito para inves-tigar alegações, feitas pela oposição, deque as eleições parlamentares do últi-mo dia 4 foram fraudadas.

Dezenas de milhares de pessoas emMoscou e ao redor da Rússia pediram, nosábado passado, que as eleições ocorramnovamente, na maior manifestação daoposição que a Rússia já viu em anos.

A oposição disse que o pleito foifraudado em favor do partido nopoder, o Rússia Unida, que ga-nhou uma pequena maioria naCâmara Baixa.

O presidente afirmou, po-rém, que discorda das reivin-dicações feitas pela oposição.

"Todo mundo tem o direitode expressar sua posição, oque foi feito ontem (sábado),mas eu não concordo com osslogans e com as declara-ções feitas nas manifesta-ções", escreveu Medvedev.

O mandatário, no entanto, dis-se que abriu investigações de "todas as co-municações procedentes dos colégios eleitoraisrelativas ao cumprimento das leis eleitorais".

Na semana passada, o partido Rússia Unidanegou as fraudes e o primeiro-ministro Vladi-mir Putin acusou os Estados Unidos de incita-rem a agitação popular.

Apesar de discordar das mensagens dos pro-testos, o presidente se mostrou satisfeito com ocaráter pacífico das manifestações. "Segundo aConstituição, os cidadãos da Rússia têm direitoà liberdade de expressão e reunião. As pessoastêm direito a expressar sua opinião, o que fize-ram ontem. Considero positivo que tudo tenhatranscorrido no marco da lei".

Os comentários de Medvedev, feitos no Face-book, receberam mais de mil réplicas em menosde uma hora. "Que vergonha", dizia um deles."Não acreditamos em você."

Alguns afirmavam, na rede social, que o po-sicionamento de Medvedev os incentivava ain-da mais a participar do próximo grande protes-to, agendado para 24 de dezembro.

O partido Rússia Unida, do primeiro-minis-tro Vladimir Putin e do presidente Dmitri Med-

vedev, conseguiu manter a maioria absoluta naCâmara Baixa (Duma), com 238 deputados, 12 amais que o necessário para obter maioria (226),segundo os resultados oficiais definitivos

anunciados na sexta-feira pas-sada pela Comissão EleitoralCentral (CEC).

Protestos - Ontem, cente-nas voltaram às ruas de al-gumas capitais regionais daRússia para protestar pelosegundo dia consecutivo.

A manifestação mais nu-merosa, permitida pelasautoridades locais, foirealizada na cidade dePerm, onde mais de 800pessoas, segundo fontespoliciais citadas pelaagência de notícias I n-terfax, protestaram con-tra o partido de Putin,

candidato à Presidênciano pleito de março de2012. O premiê já cum-

priu dois mandatos presi-denciais entre 2000 e 2008.Pouco mais de cem pessoas se

congregaram em atos de protestonão autorizados nas cidades sibe-

rianas de Novosibirsk e Omsk.Enquanto isso, a polícia

russa libertou ao longo dodia de ontem a maioria dasmais de 130 pessoas detidasno sábado durante as mani-

festações do maior movimentode protesto na Rússia em mais de 15 anos.

A polícia russa afirma ter havido cerca de 30 milpessoas apenas em Moscou, mas os organizado-res estimam entre 40 mil e 80 mil participantes.

Além dos manifestantes contrários aos resul-tados das eleições, outros ativistas tambémaproveitaram para defender suas causas.

Cerca de 300 nacionalistas russos realizamuma manifestação no centro de Moscou, ontem,para exigir maior participação dos russos étni-cos na política do país e para lembrar o primeiroaniversário de um violento tumulto na regiãodo Kremlin.

Os nacionalistas também participaram dasmanifestações de sábado e seus líderes até su-biram nos palanques, mas foram vaiados pelamaioria dos manifestantes. (Agências)

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

FISC ALIZAÇÃORepressão ao álcoolpara menoresajuda a prevenir adep endência.

TR ATAMENTOJovens entre 20e 25 anosrepresentam até 5%das pessoas no AA.cidades

Marisa Folgato

Ele tinha 13 anos quan-do tomou o primeiroporre. “Foi numa fes-ta da família. Há uma

permissividade social de queem festa pode beber, de que ésó uma batidinha, docinha. Sóhoje sei que não pode nem is-so”, conta a mãe de J., a dona decasa M. (nomes fictícios).

M. encarou o caso como fatoisolado e passou alguns anossem perceber alterações nocomportamento do filho. “Masaos 17 anos ele voltou a beberfeio. Na verdade não sei se al-gum dia parou, porque a genteaté ouve histórias de jovens le-vando bebida para a escola emgarrafas de refrigerante.”

A mãe fez de tudo para aju-dar o filho, colocou em escolapública, privada, pública denovo. “Ouvia dos professoresque ele era um aluno brilhante,sempre teve boas notas, mascom tantas faltas e irresponsa-bilidade vieram as advertên-cias, as chamadas à sala da di-retoria e a reprovação.” J., quequeria fazer gastronomia, de-pois turismo, administração earquitetura, concluiu apenas oensino médio - e no supletivo.

Aos 19 anos, trabalha, mas seenvolveu com a maconha tam-bém. “É da turma da pichação,do skate. Acho que começoucom a droga e o álcool para seenquadrar no grupo.” A mãediz que o medo e a culpa a ator-mentam. “Meu segundo mari-do, não o pai de J., é alcoolista,está no Alcoólicos Anônimos ehá cinco anos não bebe. Maspenso: será que ele influencioumeu filho, se não tivesse casadocom ele, seria diferente? Se nãotivesse mudado de escola teriasido melhor?” M. quer ver seumenino curado. “Minha espe-rança é que ele aceite ajuda, masnão tenho expectativa de que is-so aconteça”, diz a dona de casa,que vive deixando folhetos doAA para o filho e sempre os en-contra rasgados.

Os adolescentes ainda rara-

mente são vistos numa reu-nião dos AA. Mas vem cres-cendo o número de jovens,com 20, 25 anos, à procura deajuda nos grupos, segundo ocoordenador de mídia da enti-dade na Grande São Paulo, Síl-vio Magalhães. Antes, de acor-do com ele, chegavam aos en-contros na faixa dos 30 anos.

“E agora são pessoas muitojovens que começaram a bebercedo, aos 12, 13, 15 anos. O ado-lescente, nessa fase, ainda estábebendo sem a intenção de pa-rar. Só vai procurar o AA maistarde”, afirma o coordenador.

O Estado de São Paulo temcerca de 400 grupos de AA,sendo 210 na Capital. “Os jo-vens entre 20 e 25 anos já repre-sentam entre 3% e 5% dos fre-quentadores. Um número que,há uns dez anos, não chegava a1%.” Magalhães aponta a faci-lidade de acesso ao álcool co-mo um dos principais fatorespara essa mudança. No dia 19de novembro entrou em vigora Lei Antiálcool no Estado, jus-

tamente para apertar a fiscali-zação da venda de bebidas amenores de 18 anos e punir oscomerciantes infratores.

“Mas não é só a compra fácil.Há a questão do comporta-mento: antes se bebia escondi-do, sozinho, agora os adoles-centes se juntam para beber econsomem muito, muito mes-mo de uma vez só.”

B in g e – Fato comprovadopor uma pesquisa divulgadano ano passado pelo CentroBrasileiro de Informações so-bre Drogas Psicotrópicas (Ce-brid), da Universidade Fede-ral de São Paulo (Unifesp). Oestudo, feito com 2.691 estu-dantes de escolas privadas en-tre 14 e 19 anos da capital pau-lista, mostrou alta incidênciade uma prática chamada pelosamericanos de binge drinking(a ingestão de pelo menos cin-co doses de bebida alcoólica oumais num mesmo evento).

Dos entrevistados, 34,5% re-lataram ter feito binge nos 30dias que antecederam a pes-

quisa, divulgada em 2010.“Não são alcoolistas que be-bem todos os dias. Pode seruma vez por semana, até me-nos, mas quando se encontrampara beber, consomem gran-des quantidades”, afirma apesquisadora do Cebrid, ZilaVan Der Meer Sanchez.

To l e r â n c i a – Segundo a auto-ra da pesquisa, quanto maior arenda, maior é o consumo tam-bém. “É uma questão cultural,uma sensação de onipotência,de que pode encher a cara e na-da vai acontecer.” De acordocom Zila, a maior parte relatouque o primeiro consumo de ál-cool ocorreu em casa. “Às vezesincentivado ou tolerado pela fa-mília. Vale lembrar que fiscali-zação é importante, mas o papelfamiliar também é fundamentalna prevenção do consumo de ál-cool por adolescentes.”

A pesquisadora ressalta que,quanto mais cedo o adolescentecomeça a beber, maior é a chan-ce de ele se tornar dependente emaior é o risco dos episódios de

O primeirocopo, cadavez mais cedoAntes restrito às faixas etárias mais avançadas, oalcoolismo atinge cada vez mais os jovens. Osadolescentes estão começando a beber cadavez mais cedo, aos 12, 13, 15 anos.Consequência: poderão se tornaralcoólatras. De acordo com os especialistas,além do acesso fácil à bebida, muitos utilizamo álcool como um modo de firmar-se em umgrupo. Para evitar isso, campanhas contra a vendade bebidas são válidas. Mas o maior exemplo deve vir de casa.

Os adolescentes estão começando a beber cada vez mais cedo, seja em casa, onde a bebida alcoólica muitas vezes é tolerada, seja nas reuniões de amigos

Zanone Fraissat/Folhapress - 30/07/2011

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As blitz educativas da leiantiálcool são muito válidas,segundo os especialistas, paracoibir o consumo excessivo debebidas por parte dosadolescentes e jovens (à esq.)

JB Neto/AE - 19/11/2011

binge. “Sob o efeito do binge –cinco latas de cerveja, cinco icesou mais, por exemplo –, o ado-lescente pratica atividades derisco, como o sexo desprotegidoou a direção de veículos semcarteira, comportamentos quenão teria se não estivesse com apercepção de risco diminuídapelo álcool.”

Ti m i d e z – A psiquiatra da in-fância e adolescência JackelineGiusti, do Instituto de Psiquia-tria do Hospital das Clínicas,lembra que, para muitos, beberbastante antes da balada, ou pa-ra se firmar num grupo, tem setornado uma prática comum.“Principalmente para os maistímidos a bebida dá coragempara dançar, chegar numa me-nina”, explica Jackeline.

Ela ressalta que a primeiraexperimentação de bebidas al-coólicas tem acontecido muitocedo, em torno de 11 ou 12anos. “É um organismo em de-senvolvimento, podem ocor-rer problemas no sistema ner-voso central pelo consumo do

álcool, um déficit cognitivo. E,além do aspecto físico, preju-dica o desenvolvimento socialtambém”, afirma a psiquiatra.

Segundo a especialista, é naadolescência que rapazes e ga-rotas experimentam os grupos,para ver onde se encaixam, ex-perimentam para ter as pró-prias opiniões, escolher umaprofissão, por exemplo. “Se o ál-cool é experimentado nessa fa-se, e eles costumam consumirgrandes quantidades, a percep-ção do grupo é outra, o adoles-cente deixa de participar de coi-sas legais, como os esportes, co-meça a repetir de ano, a não sa-ber o que fazer na faculdade,não desenvolver relações afeti-vas mais sérias.”

Fiscalização – Jackeline acre-dita que medidas contra a ven-da de bebidas alcoólicas paramenores de 18 anos são válidas.“É importante até para a cons-cientização, não só do comer-ciante, mas dos adolescentes,dos pais, da população em ge-ral.” Ela alerta para a necessida-de de os pais “darem o exem-plo”. “Os filhos podem pensar,por exemplo, se meu pai me dei-xou beber um pouquinho emcasa, por que não posso bebercom meus amigos?”

RIO:SERVIÇO DE PEDALINHOS É SUSPENSO

O Corpo de Bombeirosproibiu o funcionamento

de duas empresas que oferecempedalinhos na Lagoa Rodrigo deFreitas,zona sul do Rio (foto aolado), após um brinquedo queestava sendo usado por umcasal, de 19 e 16 anos, afundar nanoite de sábado. Segundo a

corporação, os brinquedosficarão interditados até o finaldas investigações da Polícia Civil.

Após o acidente, duaspessoas receberamatendimento no local e foramliberadas, mas uma foihospitalizada e permaneciainternada ontem. ( Fo l h a p re s s )

CAMINHÕES RESTRITOS NA MARGINAL TIETÊTasso Marcelo/AE

O tráfego de caminhõesficará restrito na marginal

Tietê e em outros importantescorredores viários de São Pauloa partir de hoje. Mas multas aosinfratores - R$ 85,12 - só serãoaplicadas em janeiro de 2012.Além da multa, oscaminhoneiros perderãoquatro pontos na carteira pelodescumprimento da regra.

A proibição é válida desegunda a sexta, das 4h às 10he das 16h às 22h. Aos sábados,das 10h às 14h. Segundo a CET,nos próximos dias serãodivulgadas vias das zonas

norte, sul e leste que tambémterão restrições aos caminhões.

Com 23,5 quilômetros, amarginal Tietê é a via maismovimentada da capitalpaulista. São registradas 1,2milhões de viagens por dia.

O veto a caminhões namarginal será entre a ponteAricanduva e a Rodovia dosBandeirantes. A restriçãovalerá ainda em avenidascomo a General Edgar Facó,Ermano Marchetti, Marquêsde São Vicente, do Estado,Juntas Provisórias e SalimFarah Maluf.( Fo l h a p re s s )

Ó RBITA

CONTRABANDOComerciantes e a

Guarda Civilentraram em

confronto ontem naAvenida Paulista.

LADRÃO PRESOLadrão de casas

que agia na regiãodo Morumbi etorturava suas

vítimas foi preso.

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 201110 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ac spdi s t r i t ai s

GIrAgendas da Associação

e das distritais

Mooca entra no roteiro dos shoppingsO mais italiano bairro paulistano ganha seu primeiro centro de compras de grande porte. Inaugurado há menos de um mês, ele já ganhou a aprovação do público.

Fotos: Luiz Prado/Luz

O Mooca Plaza Shopping tem 3,5 mil metros quadrados de paredes e tetos de vidro: beleza, conforto e redução no consumo de energia.

São 112 mil metros quadrados na área onde funcionava a fábrica de caminhões Ford. À direita, a primeira unidade do Prainha Paulista em shopping.

A médica Marilsa Dias disse que faltava um shopping na Mooca.

André de Almeida

A iluminaçãonatural e o bomespaço interno dãouma sensação deconforto.

MÁRIO FI G U E I R E D O,FUNCIONÁRIO P Ú B L I CO, CO M A

FILHA ANA SOFIA

Ohistórico bairroda Mooca, na zonaleste, conhecidopelos seus antigos

galpões industriais e por teracolhido centenas de imi-grantes italianos, finalmenteganhou o seu primeiro shop-ping center de grande porte.O novo centro de compras, oMooca Plaza Shopping, foioficialmente inaugurado em29 de novembro e já caiu nogosto dos consumidores e re-presentantes de entidades lo-cais. Na opinião deles, o em-preendimento, além de valo-rizar o bairro, também muda-rá o perfil da região.

O novo shopping, que de-mandou investimentos deaproximadamente R$ 300 mi-lhões, ocupa uma área de 112mil metros quadrados onde,por quatro décadas, funcionoua sede da fábrica de caminhõesFord (rua Capitão Pacheco eChaves, 313). Ao todo, são 42mil metros quadrados de áreabruta locável, 230 lojas, restau-rantes, seis salas de cinema,área de lazer e 2,4 mil vagas deestacionamento.

"O início de funcionamentonão poderia ser melhor e su-perou todas as expectativas.Esperamos receber só nestemês em torno de um milhãode pessoas", disse o superin-tendente do empreendimen-to, Márcio Rehder.

Escolha – O bairro da Moo-ca foi escolhido para abrigar oshopping, segundo o supe-rintendente, por apresentaruma grande demanda de con-sumo, conforme estudo preli-minar real izado pela BR-Malls, administradora docentro de compras. "Aquelaregião da cidade, incluindoMooca, Ipiranga e Vila Pru-dente, está passando por umenorme crescimento imobi-liário. Dessa forma, estamosconf iantes no sucesso doshopping, que também servi-rá como indutor para o desen-volvimento local", afirmou.

O mesmo ponto de vista temo superintendente da DistritalMooca da Associação Comer-cial de São Paulo (ACSP), JúlioCésar Olivieri. Para ele, o cen-tro de compras será um pontode partida para a revitalização

daquela área do bairro, onde seconcentram muitos galpõesabandonados ou subutiliza-dos. "Com o shopping serãoconstruídos novos estabeleci-mentos comerciais em seu en-torno. Além de valorizar obairro da Mooca, o empreendi-mento contribuirá para atrairnovos moradores".

Aprovação - Os frequenta-dores também aprovaram o ocentro de compras, com des-taque especial para a varieda-de de lojas, a localização e ainfraestrutura. "Estava fal-tando um shopping na Moo-ca. Agora posso falar que mo-ro em um bairro que tem detudo, inclusive boas salas decinema", disse a médica Ma-rilsa Dias, que mora próximaao estabelecimento.

Para o funcionário públicoMário Figueiredo, os grandesdestaques do centro de comprassão os corredores largos e o am-plo estacionamento. "É a pri-meira vez que venho aqui e já

aprovei o shopping. Sua arqui-tetura, com iluminação naturale bom espaço interno, transmiteuma gostosa sensação de con-forto", afirmou Figueiredo, quepasseava acompanhado pela fi-lha Ana Sofia, encantada com osenfeites natalinos.

A iluminação natural men-cionada por Figueiredo deve-se aos 3,5 mil metros quadra-dos de paredes e tetos de vidroespalhados pelo estabeleci-

mento, medida que contribuipara a redução do consumo deenergia. Também foram plan-tadas mais de 1,6 mil árvoresno estacionamento e nas calça-das do shopping, tornando oespaço mais acolhedor e agra-dável. Entre os exemplaresdestacam-se o Ligustro, Pauferro, Jatobá e Araucária.

Estratégico - Muitos comer-ciantes optaram por abriruma unidade no Mooca Plaza

Shopping por considerarem alocalização do empreendi-mento estratégica. "Com o de-senvolvimento imobiliárioda região, o ramo da constru-ção civil e o setor moveleiroestão em alta. Dessa forma,não tivemos dúvida quando aB R M a l l s n o s a p re s e n t o uuma proposta", contou o dire-tor de expansão da Tok &Stok, Paul Dubrule.

A Le Biscuit, rede de lojasfundada na Bahia que vendemateriais para decoração,pintura, brinquedos, mate-riais escolares, armarinho eutilidades para o lar decidiuingressar na capital paulistapor meio de sua unidade noMooca Plaza Shopping.

"Trata-se de um bairro queretrata São Paulo e apresentaum grande potencial de cres-cimento. Estamos otimistascom esse novo desafio", res-saltou o diretor-presidenteda empresa, Álvaro Santana.

Panetone–No ramo gastro-nômico, outras empresas es-colheram o empreendimentopara o inicio de uma políticade expansão em shoppingscenters. Esse é o caso do res-taurante Di Cunto, o mais an-tigo fabricante de panetoneem atividade no País, com 75anos de existência. Tambémmerece destaque o Hocca Bar,que desde 1952 é referênciano Mercado Municipal de SãoPaulo com seu tradicionallanche de mortadela e o seurecheado pastel de bacalhau.

"O shopping tem, além dasegurança e de milhares de va-gas de estacionamento, um

grande fluxo diário de pes-soas", concluiu Sérgio Lopes,dono do Prainha Paulista, umdos mais famosos bares da re-gião da avenida Paulista e queinaugurou a sua primeira uni-dade em shoppings centers.

Hoje� Exporta SP – Opresidente da ACSP,Rogério Amato, coordena acerimônia do PrêmioExporta São Paulo 2011,promovido pela São PauloChamber of Commerce eFacesp. Às 18h, rua BoaVista, 51/11º andar,auditór io.

Amanhã� Co m ex – O conselheiroda ACSP Roberto Ticoulatcoordena a última reuniãodo ano do Conselho deComércio Exterior (Comex).Às 17h, rua Boa Vista,51/11º andar, salas Tadashi1 a 3.� Co m u s – O conselheiroda ACSP José CandidoSenna coordena a reuniãodo Comitê de Usuários dePortos e Aeroportos doEstado de São Paulo(Comus). Às 17h, rua BoaVista, 51/9º andar, plenária.

TEM DE TUDOO shopping tem 230 lojas,

restaurantes, seis salas de cinema,área de lazer e 2,4 mil vagas

de estacionamento.

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

facespregionais

Papai Noel mora no interiorAssociações comerciais de cidades paulistas apostam em crescimento entre 6% e 10% nas vendas para o Natal, a data mais importante do ano para o comércio.

Paulo Pampolin/Hype/Arquivo/DC

Newton Santos/Hype/Arquivo/DC

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Paulo Pampolin/Hype/Arquivo/DC

Roupas, brinquedos e tabletsestão na lista dos principaispresentes para o Natal

Calçados também estão no topo dos preferidos

André de Almeida

Otimismo. A menosde duas semanasdo Natal, está é apalavra mais repe-

tida no comércio no interior doEstado de São Paulo quando oassunto são as vendas para adata, considerada a mais im-portante do ano para o setor.Estimativas de associações co-merciais apontam um cresci-mento entre 6% e 10% nas ven-das, em comparação a igualperíodo do ano passado.

E vale de tudo para atrair aatenção do consumidor, desdesorteios de prêmios até decora-ções especiais e apresentaçõesartísticas. Da mesma formaque em 2010, as principaisapostas para o Natal são rou-pas, calçados e eletrônicos,principalmente notebooks, te-lefones celulares e tablets.

Ta u b a t é – Na região do Valedo Paraíba, uma pesquisa rea-lizada pela Associação Comer-cial e Industrial de Taubaté(Acit) aponta que a expectativados comerciantes da cidade éde que as vendas aumentem9% em comparação ao ano pas-sado. De acordo com os empre-sários, as estimativas não sãoainda mais otimistas devido àdesaceleração do comércio domunicípio durante o períododo Dia das Crianças.

Segundo a presidente daAcit, Sandra Morales, a pes-quisa da entidade apontoutambém que os empresáriospretendem fazer promoçõespara atrair os clientes. A pró-pria Acit preparou um bomatrativo para aumentar as ven-das: o sorteio de uma casa novalor de R$ 100 mil para o ven-cedor da campanha Um Sonhode Natal, que tem a participa-ção de mais de 500 lojas de Tau-baté. "É uma ótima ferramentapara atrair o consumidor paraas compras", afirma Sandra.

São Carlos – Outra entidadeque aposta em sorteios de prê-mios para atrair consumidoresé a Associação Comercial e In-dustrial de São Carlos (Acisc).Com a campanha Natal Encan-t ad o , promovida em parceriacom a prefeitura, a Acisc sor-teará dois automóveis Gol, trêsmotos Suzuki e cinco notebo-oks. A entrega dos cupons,preenchidos pelos clientes daslojas filiadas, deve ser feita até

o dia 24, quando ocorrerá o sor-teio.

De acordo com o presidenteda Acisc, Alfredo Maffei Neto,os empresários da cidade estãomuito otimistas, apostandoque o volume de vendas, nosmais variados setores, deve seraproximadamente 10% maiordo que em 2010. "Os consumi-dores nunca deixam de pre-sentear familiares e as pessoasde quem gostam. E a campa-nha é um incentivo para queprestigiem as lojas filiadas àentidade", diz o dirigente.

Piracicaba – Em Piracicaba,a data comemorativa mais im-portante do ano para o comér-cio promete ser muito ilumi-nada. A prefeitura e a Associa-ção Comercial e Industrial dePiracicaba (Acipi) estão pro-movendo, pelo terceiro anoconsecutivo, o projeto Luz &Arte, com iluminação de espa-ços públicos e apresentaçõesculturais, como o Natal Ilumi-nado em São Paulo.

Para o presidente da Acipi,Jorge Aversa Júnior, a ilumi-nação especial e os atrativosculturais incentivam as famí-lias a sair de casas para se di-vertir. Com isso, o comércio édiretamente beneficiado. "Oimportante não é só o presen-te de Natal, mas a vontade depresentear, que, como conse-quência, movimenta o nossocomércio, os prestadores deserviços e os restaurantes, ge-rando emprego, renda e tri-butos para Piracicaba. Hoje, acidade é um grande centro co-mercial na região", afirma.

Jundiaí – A Associação Co-mercial e Empresarial (ACE)de Jundiaí também está pro-movendo um Natal cheio deluzes. A 4ª edição do Natal dosS on ho s tem apresentação decorais e projeção de luzes emimóveis históricos, além deoutras atividades. Uma dasnovidades deste ano é a Para-da e Caminhada de Natal,que, neste mês, visita setebairros da cidade.

"Além disso, faremos alu-são ao Momento Itália-Brasilcom bonecos mecatrônicos.De hora em hora, eles conta-rão, por dez minutos, histó-rias em português e italiano",detalha o presidente da ACE,Ricardo Diniz. A expectativada entidade é de um aumentode 6% nas vendas em compa-ração ao ano passado.

Compras no ABC paulistaPesquisa aponta que os gastos com presentes natalinos

deverão movimentar aproximadamente R$ 300 milhões na região

Os gastos com presentes parao Natal deverão movimentaraproximadamente R$ 300

milhões na região do Grande ABCpaulista. A conclusão é da Pesquisade Intenção de Compra - Natal 2011,realizada pelo ObservatórioEconômico da Faculdade deAdministração e Economia daUniversidade Metodista de São Paulo.

De acordo com os dados dapesquisa, o valor médio a ser gastopor presente é de R$ 148. Já o valortotal que os consumidorespretendem gastar com presentes

neste Natal é de R$ 501. Estes valoresapresentam uma tendência deelevação à medida que a rendafamiliar, determinante do poder decompra, aumenta. Em média cadaentrevistado revelou que iriacomprar quatro presentes. Osprincipais presentes deverão servestuário e calçado.

O principal meio de pagamentoutilizado nas compras deverá ser odinheiro (39%), seguido pelo cartãode crédito (35%), de débito (21%) ede loja (3%), sendo que aqueles queusarão o cartão de débito

apresentaram maior disposiçãoem gastar (R$ 695,7).

Grande parte (40%) dosconsumidores tende a realizar ascompras fora do município em quereside, em lojas de comércio nocentro das cidades e nos shoppingsda região, além da capital paulista.Um dado interessante revelado pelapesquisa é de que os namoradosapresentam o maior gasto médio porpresente (R$ 264), acima de filhos enetos (R$ 200), mães (R$ 236) e pais(R$ 105), desmistificando o climafamiliar normalmente ligado à data.

DE PRESENTECampanhas promocionais de final de

ano darão casa, carro, motos enotebooks para os clientes que

comprarem nas lojas de suas cidades.

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 201112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

NO MEIO DO CAMINHO,OS DONOS DA CASA

Assunto de contrato de jogador não é problemameu. Cada um vê o que é melhor para si no aspectofinanceiro. Para mim, o que importa é que ele estátreinando bem e louco para jogar."

MURICY RAMALHO, sobre Gansoespor te

�Celso Unzelte

almanaque

Em busca do tri,48 anos depois

Reprodução/Arquivo Celso Unzelte

Santos: rei de muitas coroas.”Título da reportagem da revista

Gazeta Esportiva Ilustrada, sobre a conquistado bicampeonato mundial pelo Santos, em 1963.

OSantos começa nesta semanasua caminhada em busca do

terceiro título mundial de clubes.Há 48 anos, em 16 de novembro de1963, o time da foto ao lado,mesmo sem Pelé, vencia o Milan,da Itália, por 1 a 0 e sagrava-sebicampeão. Almir, o substituto doRei, sofreu o pênalti convertido porDalmo. Em pé: Haroldo, Dalmo,Lima, Ismael, Gilmar e Mauro.Agachados: Dorval, Mengálvio,Coutinho, Almir e Pepe.

Palmeiras, campeão em

1951, e Fluminense, em

1952, lutam até hoje pela

oficialização das duas

edições da Copa Rio

como títulos mundiais.

Há 18 anos, em 12 de

dezembro de 1993,

o São Paulo vencia o

Milan, da Itália, por 3 a 2,

em Tóquio, e era

bicampeão mundial.

25títulos mundiais declubes têm, cada um,a América e a Europa,considerando-se asoma da antiga CopaIntercontinental com osMundiais promovidospela Fifa. A disputadeste ano deverádesempatar esseranking em favor de umdos dois continentes.

ATaça Intercontinental foi

disputada de 1960 a 2004, entre

os campeões da América do Sul

(Libertadores) e da Europa (Copa dos

Campeões, atual Champions League).

O Santos foi bi derrotando o Benfica,

de Portugal, em 1962, e o Milan, da

Itália, em 1963, em jogo extra no

Maracanã, após uma vitória de cada

time por 4 a 2, jogando em casa.

A partir de 1980, a competição passou

a ser patrocinada pela empresa

automobilística Toyota e realizada em

uma única partida, no Japão. Em 2000,

a Fifa organizou pela primeira vez um

Mundial, no Brasil, vencido pelo

Corinthians. Desde 2005, a entidade

promove o Mundial com os campeões

de cada confederação continental e

do país-sede (neste ano, o Japão).

C U RTA S

OSantos conheceuna manhã de do-mingo (pelo horá-rio brasileiro) seu

adversário na semifinal doMundial de Clubes, que estásendo disputado no Japão. Éo japonês Kashiwa Reysol,dos brasileiros Nelsinho Bap-tista (técnico), Jorge Wagner eLeandro Domingues (meio-campistas), que após empatepor 1 a 1 no tempo normal e naprorrogação derrotou o Mon-terrey, do México, nos pênal-tis, por 4 a 3. Leandro Domin-gues abriu a contagem para otime japonês, o chileno Suazoempatou para o Monterrey e,nos pênaltis, o time da casa le-vou a melhor. No entanto,após a classificação, Nelsinhoparecia mais preocupado quealegre. “Agora vamos ter queenfrentar o Santos”, afirmou,relatando o que já havia dito aseus atletas no vestiário.

O Kashiwa classificou-separa o torneio como campeãodo país-sede. Seu técnico, quefoi jogador do próprio Santosentre as décadas de 1970 e

1980, além de treinador daequipe em 2005, joga todo ofavoritismo para o rival: “Ló-gico que não podemos negarque o Santos tem muita qua-lidade, não só de conjunto co-mo de algumas individuali-dades. Mas vamos passar issopara nossos jogadores e pro-curar fazer o melhor.”

Passando pelo Kashiwa, naquarta, o Santos manterá aschances de fazer o aguardadoduelo na final de domingocontra o Barcelona, da Espa-nha, que na quinta-feira jogacom o Al-Sadd, do Qatar(leia na página 13). No en-tanto, a histórica derrota doInternacional para o congolêsMazembe, nas semifinais doMundial de Clubes do anopassado, vacinou os jogado-res do Santos para esta edi-ção. “Tem que respeitar, temque ter cuidado para não sersurpreendido como o Inter-nacional foi surpreendido noano passado”, disse o cen-troavante Borges. “Vamosver os pontos fracos e fortesde cada equipe para a gente se

preparar bem.” O volanteHenrique evitou apontar fa-vorito para o duelo: “Quemestá aqui tem méritos. Temosque estar prontos para en-frentar todos de igual paraigual.” Já o experiente lateral-esquerdo Léo, de 36 anos,brincou com a possibilidadede um enfrentamento com olateral-direi to Sakai , doKashiwa, que recebeu pro-posta do Santos para 2012.“Antes de ele me marcar, eletem que marcar o Neymar. ONeymar não é nenhum neo-zelandês, não”, disse, em re-ferência ao Auckland City,derrotado pelo time japonêspor 2 a 0 na primeira fase. Léo,no entanto, pode nem come-çar jogando, pois Muricy Ra-malho tem dado mostras deque pretende efetivar o za-gueiro Durval no setor, parareforçar a marcação.

O técnico Muricy Ramalho,o zagueiro Edu Dracena e omeia Paulo Henrique Gansoassistiram no estádio ao jogoentre Monterrey e Kashiwa.Auxiliar técnico com a expe-

riência de ter comandado oSantos após a saída de Adil-son Batista, Marcelo Marte-lotte alerta: “Eles vêm comum ritmo de campeonato, éum time de muita velocidadeque baseia muito seu jogo nosdois brasileiros [Jorge Wagnere Leandro Domingues].” Muri-cy também madrugou paraver pela televisão a vitória doBarcelona sobre o Real Ma-drid pelo Campeonato Espa-nhol, no último sábado (co-meço da manhã de domingono Japão). “Não muda nada”,resumiu em entrevista ao ca-nal ESPN Brasil. “A únicacoisa que poderia aconte-cer nesse jogo seria umacontusão de algum ti-tular.” Mas antes depensar no BarcelonaMuricy precisaráse ocupar com oKashiwa. Sobree l e , d e v e r ác o n v e r s a rc o m s e u sjo gado resnesta se-gunda.

Santos estreará no Mundial de Clubes naquarta-feira, contra o Kashiwa Reysol, do Japão.Na quinta, o Barcelona jogará contra o Al-Sadd,do Qatar. Os vencedores desses dois jogos seenfrentarão na grande decisão de domingo.Técnico do time japonês, o brasileiro NelsinhoBaptista diz que “criou um problema”ao se classificar para enfrentarNeymar & Cia.

Ricardo Nogueira/Folhapress

Japoneses desclassificaram o Monterrey, do México, nos pênaltis

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

DEPOIS DO REAL,O AL-SADD

Pedimos autorização à Fifa para entrar com 14 ou até 16 contra o Barcelona.”Jorge Fossati, técnico do Al-Saddesporte

O Barça venceu o clássico por 3 a 1 e viajou em seguida para o Japão

Nem deu tempo pa-ra o Barcelona co-m e m o r a r m a i suma grande vitó-

ria sobre seu maior rival, o RealMadrid. Dos vestiários do San-tiago Bernabéu, logo após os3 a 1 da noite de sábado, o timeseguiu para o aeroporto e enca-rou 12 horas de viagem até o Ja-pão, onde foi recebido por cer-ca de 200 fãs, a maioria atrás deMessi, que chegou discreta-mente e com cara de cansado.

A estreia no Mundial de Clu-bes será na quinta-feira, às8h30 (de Brasília), e os jogado-res estavam no avião quandofoi decidido o adversário: o Al-Sadd, do Catar, venceu o Espe-rance, da Tunísia, por 2 a 1, e ca-rimbou sua vaga para as semi-finais. O técnico Jorge Fossati,uruguaio que comandou o In-ternacional no ano passado,admite que seu time é um aza-rão, e mostrou bom humor.“Todos sabem que o Barcelonaé o melhor time do mundo, en-tão pedimos a autorização à Fi-fa para entrar com 14 ou até 16jogadores.” Depois, sério, afir-mou que o time vai entrar emcampo e mostrar seu jogo. "Na-da é impossível no futebol.”

O Barça ainda não teve tem-po de pensar no Mundial. Otécnico Pep Guardiola deixouMadri ainda com a cabeça noclássico, e mostrou alegria pelacapacidade de reação de seu ti-me, que tomou um gol com 30segundos de jogo, após umasaída de bola errada do goleiroValdés que terminou com golde Benzema. “Valdés é a ima-gem perfeita de nossa vitória.Errou, mas continuou com asaída de bola sem dar nenhumchutão, iniciando nossas joga-das desde a defesa, que é o quedeve ser feito.”

Koni fez o segundo gol do Al-Sadd

O técnico ainda esbanjou au-toconfiança em mais um triun-fo sobre o rival - não perde umclássico pelo Espanhol desdemarço de 2008. “Achei que ianos custar mais tomar o gol lo-go no início.” O Barça empatouainda no primeiro tempo, comAlexis Sanchez, e virou na eta-pa final, com gols de Marcelo,contra, após chute de Xavi, eFábregas, após jogada que co-meçou com Iniesta e passoupor Messi e Daniel Alves antesda conclusão.

Com a vitória, o Barça seigualou ao Real na liderançado Espanhol, com 37 pontos,mas um jogo a mais. Para o téc-nico rival, José Mourinho, foiapenas uma questão “de sor-te”. “Com 1 a 0, tivemos a chan-ce de fazer 2 a 0. Em circunstân-cias normais faríamos porqueCristiano é fantástico e marca.E a partida teria sido diferen-te”, disse o português.

A chegada ao Japão aconte-ceu por volta das 11h (de Bra-sília) de ontem, após quase 12horas de voo - e uma das regrasfoi tentar ao máximo não dor-mir, para facilitar a adaptaçãoao fuso horário.

'O jogo de estreia merece atenção'

José Macia, mais conhe-cido como Pepe, é con-siderado o maior arti-

lheiro 'humano' da história doSantos, pois "Pelé é de outroplaneta". Ao todo, foram 405gols em 750 jogos pelo únicoclube que defendeu em suacarreira, entre 1955 e 1969,dois títulos mundiais, cincobrasileiros e 11 paulistas, en-tre outros. Nunca foi expulso.

A dois dias da estreia doSantos no Mundial de Clubesda FIFA, Pepe recorda osmundiais conquistados em1962 e 1963, fala sobre o téc-nico do Barcelona, Josep 'Pe-pe' Guardiola, de quem foitreinador no Catar, e analisa oencontro Neymar/Messi.

Diário do Comércio – O senhoracha que o Santos está prontopara o Mundial?

Pepe – Cer tamente. OSantos tem um excelente ti-me, o melhor jogador do Bra-sil e talvez do mundo, além deum técnico vencedor. Todossó estão falando do Barcelo-na. No entanto, o jogo de es-treia merece atenção espe-cial, visto o que aconteceucom o Internacional de PortoAlegre no ano passado.

DC – O senhor concorda comPelé, que acha Neymar melhordo que Messi?

Pepe – Hoje, vejo o Messium pouquinho melhor. Elesempre brilha. No entanto, oNeymar tem um potencialmaior de crescimento a mé-dio e longo prazo.

DC – Quais as chances santistas

em uma final com o Barcelona?Pepe – 50% para cada um.

O Barcelona é um time acos-tumado a ganhar títulos etem um excelente técnico,meu amigo Guardiola, comquem trabalhei no futebolá ra b e.

DC – Quais as principaisdiferenças entre Guardiola eMuric y?

Pepe –Talvez o Guardiolaseja mais estrategista. Ele éestudioso e detalhista. Comcerteza, sabe até a cor doolho do Neymar. O Muricytem o time nas mãos. Alémde disciplinador, conseguemotivar mais o jogador.

DC – O senhor já estudou essetime do Barcelona?

Pepe – É uma equipe quevaloriza muito a posse de bo-la e não vai fazer retrancanunca. Eles atacam e defen-dem com muitos jogadores.

DC – Quais as principaislembranças que o senhorguarda dos Mundiais de 1962 e1963?

Pepe – Em 1962, na finalcom o Benfica, no Estádio daLuz, marquei o gol mais feioda minha carreira (risos). Es-sa também foi a melhor parti-da da vida do Pelé. Contra oMilan, no ano seguinte, mi-nha melhor lembrança são os4 a 2 no Maracanã, de virada,depois que estávamos per-dendo por 2 a 0. (Nesse jogo,Pepe fez dois gols. O resulta-do provocou uma terceirapartida no Maracanã. O San-tos ganhou por 1 a 0, gol deDalmo, de pênalti).

DC – No último jogo contra oMilan, Pelé não jogou e foisubstituído muito bem porAlmir. No atual Santos, quemseria o Almir se Neymar nãopuder jogar?

Pepe –Com as característi-

cas do Almir não tem nin-guém. Ele era um baita de umguerreiro e quando precisavaera ele quem dava porradanos zagueiros. O Santosatual é um time muito leve.

DC – Quem deve ser o batedorde pênalti do Santos em ummomento decisivo?

Pepe – Com certeza, Ney-mar. Ele sabe o momento cer-to de chegar na bola e, apesarde ter apenas 19 anos, é umgaroto frio, confiante e com acabeça no lugar.

DC – Fora Neymar, quem podedecidir um jogo a favor doS antos?

Pepe – O Ganso. Todas asatenções estarão voltadaspara o Neymar, que deveráreceber uma marcação es-pecial. O Ganso poderá ficarmais livre e, assim, decidir ojogo. O Barcelona joga e dei-xa jogar.

Todas asatenções estarãovoltadas paraNeymar. O Gansopoderá ficar maislivre e, assim,decidir o jogo.”

PEPE

Douglas Aby Saber/Folhapress

Kim Kyung-Hoon/Reuters Susana Vera/Reuters Everett Kennedy Brown/EFE

VIDA DE ARTILHEIRO

Serginho abre o jogo em livro de histórias

O livro "O Artilheiro indomável– as incríveis histórias de

Serginho Chulapa", do jornalistaWladimir Miranda, será lançado, hojeà noite, no Artilheiros Bar, na VilaMadalena, com a presença do maiorartilheiro da história do São Paulo eherói da conquista do título paulistaem 1984 pelo Santos. O livro mostrainúmeras histórias amorosas e asconfusões vividas em campo por umdos mais irreverentes jogadores dofutebol brasileiro, que teve rápidapassagem pelo Corinthians e eratorcedor do Palmeiras na infância.

TÔ VOLTANDO!

I N G L AT E R R A

HANDEBOL

SUPERLIGA

Divulgação

Dunga joga pelada e quer trabalhar

Trabalhar como técnico em 2012está nos planos de D unga, que

disputou ontem uma peladabeneficente em Porto Alegre - entreoutros ex-jogadores estava emcampo Ar í l s o n . Em entrevista à ESPNB rasil, o treinador afirmou querecusou várias propostas desde quedeixou a Seleção Brasileira, após aCopa do Mundo de 2010, e que agoraparece ter chegado a hora de voltar.“Recebi vários convites, mas não erao momento. Não tenho pressa oudesespero, só faço meu trabalho.”

Edu Andrade/Folhapress

André de Almeida

Líder Manchester Cityenfrenta Chelsea hoje

Líder do Campeonato Inglês com38 pontos, o Manchester City

estará em campo hoje, para enfrentaro Chelsea, no Stamford Bridge. Sevencer, v oltará a ter cinco pontos devantagem na liderança. Já o timedirigido pelo português André Villas-Boas, caso vença o líder, tomará aterceira posição do Tottenham, queno domingo perdeu para o Stoke Citypor 2 a 1, jogando fora de casa. Nosábado, o vice-líder ManchesterUnited goleou, em casa, oWolverhampton por 4 a 1 e chegou a36 pontos, dois menos que o City.

ITÁLIA

Milan empata e seafasta da liderança

Com o empate de domingopor 2 a 2 diante do

Bologna, jogando fora de casa,o Milan desperdiçou a chancede assumir a liderança, aindaque provisória, do CampeonatoItaliano, agora nas mãos daUdinese, com 30 pontos. O timede Milão está em terceiro, com28. Também no domingo, oNapoli empatou, fora de casa,com o Novara: 1 a 1. Hoje, aRoma recebe a Juventus, quetem 29 pontos e em caso deempate voltará a ser primeira.

Alex Silva/AE

Brasil pega Costa do Marfim no Mundial

Após cinco vitórias na fase declassificação do Mundial, em

São Paulo, a seleção brasileirafeminina de handebol joga hoje,às 20h, no Ibirapuera, contra aCosta do Marfim, pelas oitavas definal. Se vencer, o time de Da n i e l ajá estará entre os oito melhores domundo. Em 2005, a equipe ficouem sétimo no Mundial da Rússia.

A principal meta para o técnicoMartin Soubek é manter as

meninas com a cabeça no lugar eevitar o deslumbramento. Nosábado, o time sofreu para bater aTunísia, por 34 a 33, com direito aum gol marcado pela goleira Babino último segundo.

Ele também sonha com maispúblico nos jogos. “É estranhoque, em um país onde o handebolé um dos esportes mais praticadosnas escolas, não haja mais pessoasaqui. Tem muito espaço vazio.”

Fernando Soutello/Agif/Folhapress

Fernanda reestreia com derrota

Aos 41 anos, a levantadoraFernanda Venturini é uma

das grandes atrações da Superligafeminina, que começou neste fimde semana. Sua reestreia notorneio, no entanto, não foi dasmais animadoras: o Unilever, atualcampeão, perdeu por 3 sets a 0para o estreante Sesi. Fernanda já

havia participado da campanhado título carioca, mas o jogo foiseu primeiro sob o comando domarido Bernardinho, que estavacom a seleção masculina. “Aindasinto falta de ritmo, de conseguirver o bloqueio. Vou precisar jogarbastante, mas vou melhorar.Ainda é o início do campeonato.”

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 201114 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

E M C A R T A Z

C INEMA

Um Oscar para a China?

G @DGET DU JOUR

Do tamanho do seu iPodFeito totalmente em madeira, este

minúsculo alto-falante para iPod temconexão também para outros gadgets e

bateria recarregável via conexão USB.http://bit.ly/s6dViF

A RTE

AC HADOSNO LIXO

Transformar lixo eletrônico em arteé o conceito da série de esculturascriadas pelo francês Rémy Tassou. Avariedade de materiais usados peloescultor vai de antigos disquetes acelulares, processadores de dados eartigos de eletrônica fora de uso.Segundo ele, suas peças são totensúnicos e cada uma registra amemória de um objeto que nasceucomo inovação tecnológica e setornou obsoleto. Para Tassou, a arte éuma forma de transformar os objetosque se tornam obsoletos com aevolução da tecnologia em peçasbonitas e, ao mesmo tempo,conscientizar as pessoas sobre o lixoe l e t r ô n i co.

http://tassou.com/

D ESIGN

Roda do livro: engenhoca do século 16.

VISUA

IS

A artista plástica Marisa Giaquintoexpõe suas obras no Espaço Cultural

Hara. Av. Europa, 140, Jardins,tel.: 3067– 5555. Grátis.

C OTIDIANO

Um dia de fúria na Bahia

M ODA

VA L E

N T I N

O

Fãs dos estilistas Valentino Garavani e Giancarlo Giammetti podem apreciar suas criações emum novo museu virtual lançado na semana passada no Museum of Modern Art (MoMA), em

Nova York. O museu leva o nome de Valentino e expõe rascunhos, desenhos origin a i s,campanhas publicitárias e tudo o que se refere ao universo criado pelos estilistas. Um volumede informação que ocuparia 10 mil metros quadrados se o museu fosse físico. Visite a página.

w w w. v a l e n t i n o - g a r a v a n i - a r c h i v e s . o r g

I MPRENSA

Grampo atingiumais de 800 pessoas

Mais de 800 pessoas tiveramseus telefones interceptadosilegalmente pelo tablóide New sof the World, hoje um jornalextinto, informou a políciabritânica, que está investigandoas supostas práticas ilícitas daempresa. A PolíciaMetropolitana de Londresinformou que entrou emcontato com 2.037 pessoasdurante a investigação, que jádura um ano, das quais 803 sãosupostas vítimas dos grampostelefônicos do tablóide desucesso do grupo News Corp, deRupert Murdoch. Foi a primeiravez em que a polícia divulgouum número geral das supostasvítimas do escândalo do News ofthe World. O episódio obrigou oNews Corp a fechar o tablóidesemanal em julho. (Re u te r s )

B ILHETERIA

Pior arrecadação noscinemas desde 2008

A bilheteria dos cinemasdeste fim de semana foi a piordos últimos três anos naAmérica do Norte, informou osite Hollywood Reporter. Nototal, os filmes em cartaz nosEUA e Canadá arrecadaramUS$ 78 milhões, número maisbaixo desde setembro de 2008.

O filme Noite de Ano Novo,principal estreia da última sexta-feira, liderou as bilheterias comUS$ 13,7 milhões. A comédiaromântica traz um grande timede estrelas do cinema, comoMichelle Pfeiffer, Zac Efron,Ashton Kutcher, Robert De Niro,Hilary Swank, entre outros. Ofilme também estreou no Brasilneste fim de semana.

A comédia para adultos OB abá(ca) arrecadou US$ 10milhões e ficou em segundolugar. A terceira posição ficoupara A Saga Crepúsculo: OAmanhecer - Parte 1, comUS$ 7,9 milhões. Segundo o site,os estúdios esperam que osfilmes de Natal, que começam aestrear esta semana, atraiammais público às salas de cinema.

M EIO AMBIENTE

Clima : acordo em Durban.Aconferência da Or-

ganização das Na-ções Unidas sobre oclima, realizada em

Durban (África do Sul), che-gou ontem a um acordo após13 dias de agitadas negocia-ções. Trata-se de um programapara estabelecer um novo cur-so no combate às mudançasclimáticas e da extensão doProtocolo de Kyoto, de 1997.

Os participantes concorda-ram em iniciar as negociaçõespara um acordo que asseguraráque os países serão legalmenteresponsáveis por cumprir suaspromessas. A medida entraráem vigor no máximo em 2020.

O acordo não exige que qual-quer país assuma objetivos rela-cionados às emissões, embora amaioria dos países em desen-volvimento já tenha declaradoque reduzirá suas emissões.

Hoje, só as nações industrializa-das têm o compromisso legal dediminuir as emissões, conformeo Protocolo de Kyoto. Essescompromissos expiram em2012, mas serão estendidos porpelo menos cinco anos segundoo acordo adotado ontem.

A Plataforma de Durban ofe-receu respostas a problemasque atrapalharam as negocia-ções climáticas durante anos,como o compartilhamento daresponsabilidade pelo controledas emissões de carbono e a aju-da aos países mais pobres e maisvulneráveis ao clima.

O secretário-geral da ONU,Ban Ki-moon, disse que o acor-do representa "um importanteavanço nos trabalhos sobremudanças climáticas".

Mas a linguagem usada fezcom que analistas fizessemalertas sobre as grandes bre-

chas que permitem que os paí-ses não vinculem suas emis-sões a limitações legais e lem-braram que não há qualquermenção a penalidades. "Elesnão chegaram a um acordo deverdade", disse SamanthaSmith, do WWF International.

Cientistas disseram que a me-nos que essas emissões – princi-palmente de dióxido de carbo-no – sejam niveladas ou dimi-nuam nos próximos anos, a Ter-ra pode chegar a um pontoirreversível de elevação de tem-peraturas que vai levar a maio-res catástrofes climáticas.

"A boa notícia é que evita-mos um acidente de trem", dis-se Alden Meyer, diretor de es-tratégia da União de CientistasPreocupados. "A notícia ruimé que fizemos muito poucoaqui para afetar a curva deemissões." (Agências)

David W. Cerny/Reuters

O CÉU É O LIMITE - O alemão Richard Freitag 'voa' durante a copa mundial de salto de

esqui em Harrachov, na República Checa.

Zhang Yimou, um dos cineastasmais conhecidos da China, estáapostando no galã Christian Balepara aumentar as chances de opaís ganhar um Oscar. Seu últimofilme fala sobre um capítulotrágico da história da naçãoasiática. The Flowers of War ( AsFlores da Guerra, em traduçãolivre), o indicado chinês paraconcorrer ao prêmio de melhorfilme em língua estrangeira, falasobre um agente funerário (Bale)que se envolve no Massacre deNanjing em 1937 e tem que salvarum grupo de jovens estudantesdas guerras dos japoneses.

Ele termina se envolvendo com

uma cortesã chinesa, encontrandoao mesmo tempo amor ere d e n ç ã o.

Gráfico – O filme, que chega aoscinemas chineses na sexta-feira enos norte-americanos umasemana mais tarde, mostra oseventos que aconteceram há maisde oito décadas de maneirabastante gráfica.

Para a plateia chinesa, a quasecaricatura dos soldados japoneses –que a certa altura se esforçam paraencontrar virgens para estuprar – fazparte do que aprendem na escolasobre um evento que continua aenvenenar as relações sino-japonesas. (Re u te r s )

As ilustrações destecabeçalho mostram

as órbitas de umplaneta em torno de

outro. A ideia ébaseada em um

livro de JohnMartineau.http://bit.ly/g4pypg

www.dcomercio.com.br

'Cybertrash' é uma críticaecologicamente correta à corrida

tecnológica irrefreávele ao consumismo

Cerca de 40 carros foramdanificados e um foicompletamente destruído pelobaiano Everaldo Santos Silva aoperceber que o seu carro, um FordEcoSport, fora arrombado, nosábado, nas proximidades do IateClube da Bahia, área nobre dacapital baiana. Já mais calmo, Silvacontou que perdeu a cabeça aonotar o arrombamento e,principalmente, o furto do GPS doveículo. Ele danificou os carros a

so cos,pontapés epedradas eacabou se ferindotambém. A delegadaresponsável pelo caso disseque o acusado responderá porcrime de dano material, porém, emliberdade. (AE)

T ELEVISÃO

Morre em SalvadorRodolfo Bottino

Morreu ontem, vítima de umaembolia pulmonar, o ator e chefde cozinha carioca RodolfoBottino. Ele tinha 52 anos e estavainternado desde a última quinta-feira no Hospital da Bahia, emSalvador. O ator seria submetido auma cirurgia no fêmur. Bottinoficou famoso na segunda metadedos anos 1980 com suaparticipação na minissérie A nosD ourados, da TV Globo.

Também na Globo trabalhouem novelas, como Bebê a Bordo,Pátria Minha e O Sexo dos Anjos,e séries como Ag o s to . Nosúltimos anos, passou a sededicar à gastronomia, tendosido dono de restaurante no Rioe apresentador de programas deTV sobre o assunto. Em 2006, oator se curou de um câncer depulmão. Em 2008, revelou serportador do vírus HIV desde adécada de 1990.

O sepultamento serárealizado no Rio de Janeiro,onde morava. (Fo l h a p re s s )

Uma mão na roda, ou melhor,livros em pleno século 16. Aengenhoca, criada peloengenheiro italiano AgostinoRamelli (nascido em 1531), foibaseada numa roda d'águae o usuário poderiacolocar até 12livros nela,manuseando-a tantocom amão oucom opé.

Page 15: DC 12/12/2011

CAIXA 115

O seu consultor financeiro

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 2011

economia

Arte

: ALF

ER

Depois de tanto esforçopara comprar uma casa, umcarro ou montar umaempresa, é essencial tomaras rédeas da administração– mesmo que dê trabalho.

Chico Ferreira/LUZ

O imóvel não foibarato. Temosque prezar peloque é nosso para

não jogardinheiro no lixo.Isso é valorizar o

p at r i m ô n i o .ERICSSON DE BR I TO,

R E P R E S E N TA N T E

CO M E RC I A L , C ASADO

CO M SOL ANGE.

KARINA LIG N E L L I

Quase todo mundo já ou-viu dos pais ou avós oconselho "é melhor pre-venir do que remediar",

válido para as mais diversas si-tuações. Essa frase da sabedoriapopular também pode ajudar aspessoas a garantirem o patrimô-nio que conquistaram, geral-mente com muito esforço: elasugere que não se pode deixarde lado a administração do bem,seja um carro, uma casa ou atéum negócio próprio.

Dá trabalho, mas prestar aten-ção a alguns detalhes é essencialpara garantir valorização ou evi-tar depreciação. Em geral não émuito agradável participar dereunião de condomínio em umasegunda-feira à noite ou perderhoras no fim de semana para ar-rumar papéis de uma empresa,mas ignorar essas atitudes podecriar problemas no futuro.

Usar de forma indevida o cré-dito, consumir com base na ex-pectativa de terceiros e evitar tercontato com detalhes desagra-dáveis para fugir de chateaçõessão atitudes que acabam desva-lorizando o patrimônio, afirma oconsultor do programa de edu-cação financeira ConsumidorConsciente da Mastercard, Con-rado Navarro.

Segundo ele, dois grupos têmesses costumes. O primeiro é odos que sempre consomemusando crédito, formado princi-palmente por jovens – muitoatraídos pela compra financiadade carros. "Eles não cuidam dobem como deveriam. A facilida-de do crédito os afasta da sensa-ção de valor, de esforço", diz. Ooutro grupo, mais homogêneo,é formado por pessoas que ad-quirem bens e mudam de prio-ridade ao longo dos anos, afirmaNavarro. Após comprar e usu-fruir da aquisição durante umtempo, esses consumidorescriam uma certa "antipatia" peloque têm, por quererem algo me-lhor. "É um comportamentomuito ligado à ansiedade deconsumir em relação à expecta-tiva dos outros. E, sem perceber,as pessoas deixam de lado a ma-nutenção desses bens."

O custo dodescaso

Ir ao mecânico só quando ocarro faz barulho, assinar contra-tos longos de financiamentosem ler as cláusulas e até deixarde ir ao Poupatempo "porque odespachante resolve": atitudescomo essas levam as pessoas apagar muito caro pela displicên-cia com seu patrimônio, alertaRogério Nakata, planejador fi-nanceiro da consultoria Econo-mia Comportamental.

Segundo ele, essa é uma ques-tão cultural do brasileiro. Pelafalta de educação financeira nocurrículo escolar, dinheiro aindaé tabu, conversa de adulto. "Issomudou um pouco, mas os pro-gramas de educação financeiraque existem hoje ainda são tími-dos. Por isso incentivamos aspessoas a sempre usarem bemos recursos, enxugar despesasdesnecessárias e diminuir ralos,fazendo coisas que nós mesmospodemos resolver - e usando es-

se tempo a nosso favor. Mesmoque seja chato ou trabalhoso."

Há quem já tenha percebido aimportância da administraçãode bens e orçamento familiar.Planejar, poupar para emergên-cias e levar a sério a recomenda-ção de "não dar um passo maior

que a perna" são as atitudes docasal Solange Cristina Veiga deBrito e Ericsson Genuíno de Bri-to, pais do pequeno Érico.

Controlados com os gastos,atuantes nas reuniões do condo-mínio onde moram e atentos ànecessidade de fazer melhoriasem seu imóvel sempre que pos-sível, os dois se consideram me-tódicos quando se fala em orça-mentos pessoal e familiar.

Solange, que acaba de sercontratada como gerente deplanejamento e controle de pro-dução, conta que, mesmo du-rante o curto período de desem-prego, conseguiu manter suaparte das contas em dia. "Sem-pre faço planilha, onde anoto tu-do o que foi gasto, para saber sealgo mudou em relação ao mêsanterior – desde compras para obebê até gasolina."

Já o representante comercialEricsson, que faz questão de par-

ticipar das reuniões de condo-mínio para "saber onde está pi-sando", também acredita que éfundamental ser ativo para valo-rizar o apartamento em que suafamília vive. "O imóvel não foi ba-rato. Temos que prezar pelo queé nosso para não jogar dinheirono lixo. Isso é valorizar o patri-mônio", afirma.

Cuidar bem do que se con-quistou, como fazem Solange eEricsson, passa pela educação fi-nanceira. Navarro, da Master-card, cita o aspecto cultural, tãocomum ao brasileiro, de enfren-tar os acontecimentos semprepela ótica positiva, com "espe-rança de que tudo se resolve".Um caso típico é o da empresaaberta por um ou mais sócios,mas que tempos depois terá queencerrar atividades por algummotivo. Segundo Navarro, o co-mum é a pessoa pensar que tudose arranja, sem parar para orga-

nizar as pendências. Até quechega um dia em que será ne-cessário regularizar a situação."Para manter o patrimônio emdia, é fundamental assumir res-ponsabilidades, ter noção deque aquele problema é só nos-so", destaca.

Nakata, da Economia Com-portamental, acrescenta a im-portância de se pensar na pre-servação do bem enquanto estáem uso – por exemplo, com ma-nutenção adequada de um veí-culo ou a contratação de um se-guro residencial. "Essas açõesevitam transtornos e podem ga-rantir vantagens se for necessá-rio negociar o bem. Costuma-mos gastar mais com a correçãode eventos que poderiam serprevistos", afirma.

Mais um conselho do especia-lista da Mastercard: as pessoasdevem sempre evitar usar exa-geradamente o crédito, valori-zando o dinheiro que vem dotrabalho. "Respeitar o dinheiro érespeitar o que ele pode te ofe-recer", completa Navarro.

REUNIÃO DECONDOMÍNIO:É CHATO EI N E V I TÁV E L .

A casa própria ainda éo sonho número 1 dosbrasileiros quando se

fala em patrimônio.Apesar de todo o

esforço que aconquista desse

sonho envolve,muita gente

ainda tende anão cuidarde maneira

adequada dobem ao longodo tempo. Nãofalta quemdeixe de lado

investimento emmelhorias no imóvelou a participação emreuniões decondomínio em queassuntos importantessão tratados. Essescompor tamentospodem acelerar adepreciação do bemou gerar gastosimprevistos comdecisões tomadaspelos vizinhos.

A gerente da LelloCondomínios, AngélicaArbex, lembra que,quando se compara,por exemplo, imóveislocalizados na mesmarua, se um tem 15 anosde construção valerá30% menos que umnovo. Por isso aimportância de secuidar da valorizaçãoconstante dessepatrimônio, incluindoa manutenção doedifício. O trabalho,n o rm a l m e ntediscutido emassembleias deproprietários, envolvemanter a pintura emdia e o mobiliário dasáreas comunsatualizado, fazermanutenção emodernização deelevadores, entreoutros itens. Paragarantir o valor demercado de seu bem, odono deve sempreparticipar dasa s s e m b l e i a s.

"Nos condomínios, agrande maioria dosmoradores tem um sóimóvel, um único bem.A participação ativaem decisões deplanejamento eorçamento ajuda agarantir ava l o ri z a ç ã o. "

Ela recomenda aosproprietários priorizarreuniões em que sediscutem pagamentoda prestação deserviços de limpeza,segurança ebenfeitorias. "Não dápara deixar todas asdecisões para o síndicoou a administradora.".

Você sabe CUIDARdo seu

PAT R I M Ô N IO ?

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Page 16: DC 12/12/2011

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 201116 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

CAIXA 1O seu consultor financeiro

economia

AG E N DA B olsa SOBE 0,61%na semana

Depois de uma semanade muita volatilidade,com sucessivos movi-mentos de alta e reali-

zações de lucros, a Bovespa ga-rantiu a valorização na semanano pregão da sexta-feira. Osmotivos, tanto para os avançosquanto para os recuos, foram osmesmos: as negociações parauma solução da crise da UniãoEuropeia (UE). No último dia denegócios da semana, o fôlegoveio das resoluções dos lídereseuropeus em reunião de cúpu-la. A disciplina fiscal foi celebra-da e ficou acertada a antecipa-ção do início das operações domecanismo permanente deajuda no bloco.

O Ibovespa, principal referên-cia dos negócios com ações noBrasil, fechou em alta de 1,36%,em 58.236 pontos. Durante asessão, o índice só subiu, atin-gindo valorização de 1,89% nomelhor momento do dia. O girofinanceiro foi de R$ 4,67 bilhões.Na semana, a bolsa teve valori-zação de 0,61%. Em dezembro,o índice à vista está em alta de2,4%; no ano, cai 15,97%.

A reunião de cúpula levou ospaíses a dar um passo em dire-ção a medidas que podem for-talecer a zona do euro. O ReinoUnido, no entanto, escolheu oisolamento. Conforme o prog-nóstico dos mercados, os paísesda UE aproximaram-se de umaunião fiscal com maior discipli-na, chamada de pacto fiscal. Aexpectativa é de que o novo tra-tado entre os membros seja as-

sinado em março de 2012. Masnem tudo na Europa teve um ca-ráter disciplinador. Houve tam-bém avanço na solidariedade,argumentou um analista brasi-leiro, lembrando que isso favo-rece a boa receptividade dosmercados às decisões.

Dada a boa nova, o teste dehumor dos investidores será vis-to nesta semana, com uma sériede leilões na Europa. Haverá

ofertas de títulos de Itália, Espa-nha e Alemanha, segundo ca-lendário do Lloyds Bank Corpo-rate Market. A Grécia tambémirá ao mercado. De acordo coma instituição, os países da zonado euro se preparam para emis-sões pesadas em 2012.

Dólar recua – No mercado decâmbio brasileiro, a definiçãona Europa também influenciouas cotações do dólar, mas commenos intensidade do queocorreu na bolsa de valores. Amoeda norte-americana caiu0,61%, mas ainda se manteveacima do patamar de R$ 1,80,valendo R$ 1,806 para venda.Na semana, o dólar subiu 1% noBrasil. (DC, com AE)

12 S e g u n d a - fe i ra

O Banco Central divulgapesquisa Focus, com

projeções de analistas.

13 Te r ç a - fe i ra

Sai a pesquisa mensaldo comércio de outubro.Levantamento do IBGE.

15 Q u i n t a - fe i ra

Divulgação, pela FundaçãoGetulio Vargas (FGV),

do IGP-10 de dezembro.

Page 17: DC 12/12/2011

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 2011 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Os maiores índices de pagamentos à vistaaparecem nas compras de CDs, livros e DVDs.economia

Sonho deconsumo.Graças ao

13º salário.Pesquisa do Ipsos, feita a pedido da AssociaçãoComercial de São Paulo (ACSP), revela que os

brasileiros vão dar preferência no Natal a gastar osalário extra na compra de roupas e calçados.

Fátima Lourenço

Aaquisição de rou-pas e calçados lide-ra a preferência decompras que o con-

sumidor brasileiro planeja fa-zer com o 13º salário. Em nú-meros médios, a intenção apa-rece em 68,6% das entrevistasrealizadas no final do mês pas-sado pelo instituto Ipsos, parapesquisa encomendada pelaAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP). No estudo ante-rior, no ano de 2010, esse per-centual foi de 76,4%.

A preferência apontada pe-los consumidores neste ano ra-tifica um comportamento his-tórico, mas demonstra, nacomparação com a versão an-terior, o aumento no númerode pessoas que planejam ad-quirir produtos eletrodomés-ticos e eletroeletrônicos – saltode 18,5% (intenções no anopassado) para atuais 27,2%.

"O período de pesquisa é an-terior ao anúncio da reduçãodo Imposto sobre Produtos In-dustrializados (IPI). Os núme-ros podem ser ainda mais esti-mulantes e refletir nas tradi-cionais liquidações que acon-tecem após o Natal", disse oeconomista do Instituto deEconomia Gastão Vidigal, daACSP, Emilio Alfieri.

O economista acrescentouque, além do benefício da re-dução do IPI, o movimento devendas deverá ser impulsiona-do pelo reajuste do salário-mí-nimo, em torno de 14,5%, e aqueda dos juros. "O varejotambém tem que ficar atentocom o período pós-Natal", su-geriu Alfieri.

O r a n k i n g d o e s t u d oACSP/Ipsos, com base nospercentuais médios de inten-ção de compra, posiciona asjoias como terceiro maior gru-po de produ-tos a ser ad-quirido com o13º salário –com 14,3% dasintenções, an-te 12 ,3% em2010.

Na sequên-cia estão os ce-lulares, "puxa-dos pela classeC" (8,6%, ante6 ,2% das in-tenções do anopassado); CDs( 1 0 % , a n t e6,2%); livros(4,3, ante 3,1% das intenções de2010); brinquedos (2,9%, ante1,5%); e viagens, com 7,1% dasintenções de consumo, abaixo

dos 9,2% registrados na pes-quisa do ano passado.

Região – Entre os destaquesdo estudo, Alfieri aponta a in-tenção de compra de roupas ecalçados pelos entrevistadosdas classes D e E, na faixa de

75,5% das pre-ferências, bemacima da mé-dia brasileirade 68,6%. Re-gi ona lm ent e,o d e s t a q u enesse quesitof i c a p a r a oN o r d e s t e ,com 79% dasp re f erê nc i as ,seguido dasregiões Nortee Centro-Oes-te, com 71,9%.No Sudeste, oíndice chegou

a 69,2%; e no Sul, a 45,7%.Classe D– Os consumidores

das classes D e E também sedescolam da média (de 4,35%)

na intenção de aquisição de ge-ladeiras, com 11,3% dos entre-vistados declarando o desejode gastar o 13º salário para acompra desse eletrodomésti-co. O produto não aparece napesquisa como plano de aqui-sição dos consumidores dasclasses A e B.

"O grande destaque, no casodas geladeiras, no entanto, é aintenção de compra de 35,6%entre as pessoas com rendamensal de até R$ 300", afirmouo economista Alfieri.

Os entrevistados dentrodessa faixa de renda tambémse destacam pela intenção deadquirir celulares (71,1% dosconsultados, ante a média na-c i o n a l d e 8 , 6 % ) ; e m o t o s(28,9%, ante a média de 1,4%).

O levantamento ACSP/Ip-sos revelou que, no caso deroupas e calçados, a intençãode compra dos consumidoresdessa faixa de renda (de 35,6%)está bem abaixo da média, queé de 68,6%.

Clientes em shopping center de São Paulo: 68,6% dos entrevistados na pesquisa declararam que devem adquirir peças de vestuário.

L.C.Leite/LUZ

Baladas lucrativas no Natal paulistanoCasas noturnas de São Paulo abrem suas portas na homenagem a Papai Noel e garantem vendas altas

Anoite de Natal po-de oferecer algoalém da ceia fami-liar. Há quem con-

cilie peru, castanhas, nozes epanetone da confraternizaçãofamiliar com um bom sacudirde ossos após a comemoraçãotradicional. Diversas casas no-turnas paulistanas já exploramo filão do atendimento a bala-deiros fanáticos e abrem seusespaços a partir da meia noitedo dia 24. Segundo especialis-tas, a noite é lucrativa.

Algumas organizam pro-gramações especiais com DJsconvidados, enquanto outrasapostam nas suas atividadescostumeiras. Todos são unâni-mes: abrir as portas neste diacompensa financeiramente efideliza o público jovem quefoge das festas tradicionais.

O Vegas, localizado na ruaAugusta, decidiu abrir suasportas apenas na véspera doAno Novo. Os organizadoresdo evento esperam pelo públi-co que costuma frequentar acasa e que não viajará para ou-tras cidades. Entre as princi-pais atrações destacam-se asbandas Magal & Old Friends &Caravana da Coragem, DJ Ma-gal, Hero Zero e outros.

O Clube Caravaggio, noCentro de São Paulo, continuacom a proposta de atrair osamantes dos sucessos dos anos1980, com bandas como TheBangles, Tears for Fears, B'52,Go Go's e outras. Neste ano,haverá a apresentação do Balé

Quebra-nozes Trash. A entra-da tem preço de R$ 30 a R$ 80,com consumação.

Musi cais – Há as casas queinvestem em gêneros musicaisbem populares e, no Natal,seus proprietários preferemnão inovar. Para atender estepúblico, a Expresso Brasil, noJardim Aricanduva, organizaanualmente o Natal com forró.Os diretores da casa explicamque a maioria dos visitantes éjovem. O mesmo acontecerána Santa Aldeia. LocalizadaVila Olímpia, ela receberá ba-ladeiros natalinos com idadede 20 a 30 anos com repertóriobaseado em sucessos do pago-

de e ingressos que variam deR$ 20 a R$ 30 para mulheres ede R$ 25 a R$ 40 para homens.

Encravada no reino das can-tinas italianas, na rua 13 deMaio, o Glória abrirá à uma ho-ra do dia 25 de dezembro com apresença de DJs e música va-riada para o público de 18 a 25anos que costuma frequentar oespaço. O preço do ingressonão foi divulgado.

O Maevva definirá o reper-tório musical do Natal entresamba ou música sertaneja pa-ra receber jovens da mesmafaixa etária. Para os que amammúsica eletrônica e têm maisde 30 anos, o lugar certo para

comemorar o Natal é o The We-ek. O empreendimento comsede na Água Branca pretendemanter a tradição e não devetocar outros gêneros musicaisneste final de ano.

Vegas, na rua Augusta: programação especial para as festas de fim de ano na Capital.

Ronaldo Franco/Divulgação

27por cento dos

consultados peloIpsos disseram quepretendem comprar

aparelhoseletroeletrônicos oue l e t r o d o m é s t i c o s.

SSSEEERRRVVVIIIÇÇÇOOO

Vegas: (11) 3231-3705

Expresso Brasil: (11) 2724-2000

Santa Aldeia: (11) 3845-9235

Glória: (11) 3287-3700

The Week: (11) 3868-9944

Clube Caravaggio:

(11) 3262-4881

Paula Cunha

NOTIFICAÇÃOO Subprefeito de Vila Maria/Vila Guilherme, JOSE LUIZ SANCHES VERARDINO,em conformidade com o disposto no art. 5º, parágrafo 1º do Decreto 15.627/79 de15/12/79 e item 2.4 da Portaria nº 022/SMSP/GAB/2005, notifica os proprietáriosdos veículos abaixo relacionados a comparecerem a esta Subprefeitura à RuaGeneral Mendes nº 111, no prazo de 30 dias a contar da data desta publicação,para providenciarem sua retirada, satisfeitas as exigências legais, sob pena deserem alienados por meio de leilão:

MARIA LUCIA RIBEROPlaca BGI 9552 - SÃO PAULOChassi 9BWZZZ11ZGP003492VW FUSCA 1.600 - MOD./1986 FAB./1985 - BRANCAProcesso 2011-0.301.767-1

FRANCISCO CARLOS MENDONÇA DE FREITASPlaca BVP 2086 - SÃO PAULOChassi 9BWZZZ30ZGT111262VW PARATI LS - MOD./FAB. 1986 - CINZAProcesso 2011-0.301.799-0

ADEMIR DE OLIVEIRA DOS SANTOSPlaca BGA 3896 - JANDIRA - SÃO PAULOChassi 9BWZZZ30ZET454619VW GOL BX - MOD./FAB. 1984 - CINZAProcesso 2011-0.301.810-4

SECRETARIA DE COORDENAÇÃODAS SUBPREFEITURAS

SUBPREFEITURAVILA MARIA/VILA GUILHERME

No caso dasgeladeiras, odestaque é aintenção de comprade 35,6% declaradapelas pessoas comrenda de até R$ 300.

EMILIO ALFIERI, DA AC S P

A pesquisa ACSP/Ipsostambém ouviu a intenção dosconsumidores sobre a formade pagamento, para cada tipode item a ser adquirido. Entre

as pessoas que planejam ad-quirir televisores, por exem-plo, 76% o farão de forma par-celada, índice que sobe para78% no caso das compras degeladeiras, mas cai para 60%quando a intenção de compra éde micro-ondas.

Os maiores índices de aqui-sições à vista aparecem nascompras de CDs (89%); livros(79%); DVDs (70%); além deroupas e calçados (69%). Tam-bém na aquisição de viagens,os consumidores planejam,em 58% dos casos, efetuar o pa-gamento à vista; índice seme-lhante entre os que desejamcomprar celulares (57%).

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

CONTABILIDADE EM GERAL, ESCRITAS FISCAIS, ABERTURAS, ENCERRAMENTOS,

TRANSFERÊNCIAS E ALTERAÇÕES DE FIRMAS COMERCIAIS E INDUSTRIAIS

Desde 1949,contabilizando

evoluções

DC

Contábil

Trabalhista

Tributário

Societário

Coordenação e operacionalização do segmento contábil atendendo a legislação, abrangendo o regime tributário da legislação doImposto de Renda - Lucro Presumido, Lucro Real, Micro e Pequenas Empresas no regime Simples Federal, Estadual e Municipal.Emissão de Balancetes e Balanços periódicos; Informatização de Dados.

Coordenação e operacionalização do departamento pessoal, envolvendo toda rotina e execução: folhas de pagamento, recibos desalários, admissões e demissões, inclusive homologações, para o atendimento previdenciário e trabalhista (Rais, DIRF, Caged,Sindicatos, Informes de Rendimentos, GFIP e outros).Controle de pro-labore, autônomos e serviços de terceiros, Informatização de Dados.

Coordenação e operacionalização do departamento fiscal, aplicando a legislação pertinente, perante Legislação Federal, Estadual eMunicipal (Gia, Sintegra, DCTF, Declaração do Imposto de Renda, DSTA, DNF, DAPIS, DIMOB e outros), Livros Fiscais de Entradas,Saídas, Serviços, Inventário, ICMS, IPI, Ocorrências, Diário, Razão, Caixa e outros, Apuração dos Impostos, ISS, ICMS, PIS, COFINS,IRPJ, CSLL, Simples Federal, INSS, FGTS, Imposto Sindical e outros.

Coordenação e operacionalização na elaboração de Contratos Sociais, Alterações, Cancelamentos, obtenção de Certidões junto aosÓrgãos Públicos Federais, Estaduais e Municipais, bem como na Justiça Federal, Civil e Cartórios de Protestos e Títulos e Documentos,relativos a Sociedade por cotas de responsabilidade limitada, Firmas Individuais, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte.

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momentos para sermos bons e generosos.O Natal deve ser uma bela data por toda a vida e

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A Associação Comercial de São Paulo

da Distrital Ipiranga agradece,

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durante o ano de 2011.

Que a mesma atuação de companheirismo e

realizações se repitam no Ano Novo.

Feliz Natal e um

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Quanto mais você avança, mais se afasta da concorrência e se aproxima de onde quer chegar.Fábio Zugman, autor do livro Empreendedores Esquecidoseconomia

Uma leitura para relembrar oato de empreender sozinhoLivro Empreendedores Esquecidos, do autor Fábio Zugman, dá dicas para os negócios de profissionais liberais.

Divulgação

Fátima Lourenço

Os prestadores deserviços como mé-dicos, dentistas, ad-vogados e arquite-

tos acreditam, muitas vezes,que a sua habilidade técnica sejasuficiente para a construção deuma carreira de sucesso. A cren-ça, segundo o especialista emgestão de negócios e criativida-de Fábio Zugman, é o principal"tropeço" desses profissionais,denominados por ele, em livrosobre o tema, de Empreendedo-res Esquecidos.

Na relação dos entraves, nãosaber falar com o cliente é ou-tro dos problemas apontadospor ele. "O cliente não é técni-co. Um especialista em infor-mática ou um médico têm quese adequar à linguagem docliente", alerta. Se a pessoa nãoentende o diagnóstico do pro-blema e a solução proposta,acrescenta Jugman, a confian-ça no prestador de serviço po-derá ser afetada.

"Não é só porque um médicoé bom, que haverá fila de espe-ra na sua porta", ressalta. É pre-ciso, sugere, oferecer estacio-namento, tratar bem as pes-soas e cumprir os horários.

Segundo o es-pecialista, a faltad e g e s t ã o d otempo é outrodos tropeços co-muns na evolu-ção da carreirados profissio-nais liberais. "Épreciso saber co-mo se organizar;no que investir.Quando se deveatender mais oumenos clientes?Fazer uma pós-graduação ou ir a um congres-so?", pergunta o autor.

As respostas a perguntas co-mo essas passam, segundo ele,por avaliações sobre o estágioda carreira e objetivos a seremalcançados. "Quem não temobjetivo não consegue organi-zar o tempo. E se não organiza,

não sabe qual cliente irá atin-gir. É uma bola de neve."

Em Empreendedores Esqueci-dos, Zugman, também autor deAdministração para ProfissionaisLi ber ais , aprofunda a análise

desses temas."Na maior parted a s v e z e s , op re s t a d o r d eserviços profis-sionais está so-zinho no mun-do", escreve.

O autor anali-s a q u e e s s e s"e mpre ende do-res esquecidos"têm necessida-des próprias,distintas das ob-servadas nas

empresas tradicionais – motivopelo qual decidiu escrever o li-vro. O sucesso das carreirasdessas pessoas, no entanto,também passa por cuidados co-muns ao universo corporativo.

No livro, Zugman cita comoexemplo a evolução de umapequena loja concebida a par-

tir da habilidade que uma pes-soa adquire em fazer pão dequeijo. "Só a habilidade em fa-zer pão de queijo não é sufi-ciente para prosperar o negó-cio todo o tempo. À medida emque ele evolui, é preciso se es-truturar", justifica.

A publicação, ao final, ofere-ce sugestões, baseadas "nasmelhores práticas da área deestratégia empresarial" paraque o profissional autônomoimplemente as mudanças paraadministrar melhor a sua vo-cação, rumo ao sucesso.

Os profissionais interessa-dos no exercício devem separarquatro folhas de papel e, no to-po de cada uma, escrever umdos seguintes tópicos: aumen-tar a satisfação do cliente; me-lhorar a construção e dissemi-nação de habilidades e técni-cas; aumentar a produtividade;conseguir melhores negócios.

Para cada tema acima, se de-ve definir a ação proposta; oresponsável por ela; tempo in-vestido; data-limite; e a medi-da, ou parâmetro para saber se

a meta foi alcan-çada. O autorpropõe que a fo-lha seja divididaem cinco colu-nas e que cadaação ocupe umadelas. "Agora éfácil. Preenchaos quadrinhos",sugere Zugman.

Trecho do li-vro – " ( . . . ) Asmelhores inten-ções do mundo não bastam.Pense em todas as resoluçõesde ano novo, promessas, in-tenções e projetos não acaba-dos que deixamos pela vida. Épreciso ligar nossas intençõesde mudança a ações no mun-do real (...). A vantagem de pe-quenas etapas e passos é que oprocesso se acumula. Quantomais você avança, mais seafasta da concorrência e seaproxima de onde quer che-gar. Em algum tempo, algumconcorrente olhará para vocêe poderá se pegar perguntan-do o que você fez, afinal, para

conseguir mudar tão rápido.Quando não vemos todo oprocesso, de fora a mudançapode parecer rápida e enor-me, enquanto do lado de den-tro é a soma de várias peque-nas iniciativas."

Para Zugman, quem não tem objetivonão consegue organizar o tempo.

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Falta de área livre faz com que muitos navios desistam de atracar em Santose sigam para outros portos, encarecendo os custos da importação.economia

Burocracia emperra Porto de SantosImportadores pedem revisão de normas e processos legais em uso no terminal, que estariam dificultando e estendendo o tempo de desembaraço das mercadorias.

Renato Carbonari Ibelli

Usuários do Porto deSantos pedem a re-visão de normas eprocessos legais

em uso no terminal que esta-riam emperrando o desemba-raço das mercadorias. As prin-cipais críticas recaem sobre aDeclaração de Trânsito Adua-neiro (DTA). Esse documento énecessário para que os produ-tos vindos de fora do País se-jam transferidos de uma áreaalfandegada para outra. O pro-blema é que há morosidade naconcessão dessa documenta-ção, o que faz com que as áreasde armazenagem do terminalfiquem abarrotadas.

As cargas de importação quechegam ao porto seguem a se-guinte dinâmica: ao serem des-carregadas do navio, elas en-tram nas chamadas zonas pri-márias – nas imediações dasdocas. De lá, são transferidaspara os chamados portos se-cos, que são recintos onde o de-sembaraço das cargas é reali-zado. Os portos secos podemestar dentro do terminal por-tuário ou fora dele. Para setransferir as mercadorias paraessa área alfandegada internado porto é necessária uma De-claração de Transferência Ele-trônica (DTE), consideradasimples de ser obtida.

Por outro lado, a transferên-cia rápida das cargas de impor-tação para portos secos instala-dos fora da baixada santistaexige que o importador consi-ga uma DTA-Pátio, declaraçãopermeada de burocracias, de

acordo com José Cândido Sen-na, coordenador do Comitêdos Usuários de Portos e Aero-portos do Estado de São Paulo(Comus). Segundo ele, se aconcessão da DTA-Pátio – umaatribuição da Receita Federal –fosse facilitada, um volumemaior de cargas de importação

aguardaria o desembaraço ar-mazenado fora do terminalportuário, liberando áreas crí-ticas do Porto de Santos.

Hoje, devido ao acúmulo decontêineres armazenados emSantos, a dinâmica da movi-mentação no terminal é preju-dicada. Sem encontrar áreas li-vres para depositar as cargas, otempo de atracação dos naviosnas docas aumenta, acarretan-do, inclusive, filas de porta-contêineres aguardando paraserem descarregados. Por essemotivo, muitos navios desis-tem de atracar em Santos e se-guem para outros portos, en-carecendo os custos de toda a

operação de importação.A obtenção da DTA-Pátio

permite que a mercadoria saiada zona primária e siga paraum porto seco de fora do termi-nal santista em até 48 horas.Mas há pelo menos dois pontoscríticos para obtenção dessa de-claração. O primeiro é a janelade tempo oferecida pela Recei-ta para sua emissão. A declara-ção só é emitida das 7h às 11h.Perdendo esse prazo, o impor-tador tem de esperar uma novajanela. O segundo é a necessi-dade de a mercadoria ganharum novo lacre da Receita, o queincorre em mais procedimen-tos legais. "Essas dificuldades

Senna:dificuldades

levam oimportador adeixar a carga

dentro doporto, mesmopagando mais.

Fotos: Chico Ferreira/LUZ

levam o importador a preferirdeixar a carga dentro do porto,mesmo pagando mais para is-so", disse Senna durante reu-nião do Comus, ocorrida na úl-tima quinta-feira.

Manter a carga estocadadentro da zona portuária, se-gundo Senna, tem um custo,de 0,65% do valor do dólar CIF(custo, seguro e frete) da carga.Por outro lado, manter a cargaem portos secos externos aoterminal custa 0,15% do valorCIF da mercadoria, ou seja,0,5% menos.

Enquanto Santos enfrentaproblemas de espaço, os por-tos secos externos, segundo

estudo do Comus, estão comociosidade média de 40%, ex-cetuando aqueles da região deCampinas, bastante usadospelas cargas que chegam porViracopos. "Porto é local depassagem de mercadorias,não de armazená-las", disseGiovanni Cavalcanti, supe-rintendente da Agência Na-cional de Transporte Aqua-viário (Antag), durante a reu-nião. Cavalcanti disse aindaque a Antag se fará presentenas reuniões e projetos desen-volvidos pelo Comus visandoagilizar o desembaraço emSantos.

Para os membros do Co-mus, simplificar a obtençãoda DTA-Pátio aliviaria asáreas de armazenagem do ter-minal de Santos, o que tam-bém beneficiaria as exporta-ções. "Com espaço no Porto épossível programar melhor aentrada das exportações noterminal, sem que essas car-gas concorram com as de im-portação", disse Senna.

Porto é localde passagemde mercadorias,não dearmazená-las

GI O VA N N I CAVALC ANTI,SUPERINTENDENTE DA AN TAG

Page 20: DC 12/12/2011

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A EMPRESA DEVERÁ PAGAR MULTA DE 40 %, SOBRE OS VALORESDEPOSITADOS REFERENTES AO FGTS DE TODO PERÍODO TRABA-LHADO, NA OCASIÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL SEM JUSTA CAUSADE EMPREGADO QUE JÁ SE APOSENTOU?

É devida a multa de 40% sobre os valores referentes ao FGTS,depositados na conta do empregado, inclusive sobre valores jásacados pelo aposentado. Base legal: Orientação Jurisprudencial361 do TST e Decreto 99.684/90.

MUDANÇA DE DEPENDENTE PARA OUTRO CONTRIBUINTEComo proceder para a dedução de dependente quando ocorrermudança de dependência de um para outro contribuinte, no curso doano-calendário? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].

O QUADRO DE HORÁRIO DE TRABALHO DEVE FICAR EM LUGAR VISÍ-VEL À FISCALIZAÇÃO? TERÁ QUE SER RENOVADO ANUALMENTE?

Informamos que o quadro de horário é obrigatório para todas as empresasque possuem menos de dez empregados e que não adotam nenhumtipo de marcação de ponto (manual, mecânico ou eletrônico).Embora alegislação seja omissa,o quadro de horários deve ser fixado em local visíveltanto para os empregados,como para a fiscalização.Não há necessidade deser renovado anualmente,mas atualizado de acordo com as mudanças.

DESCONTO DE CONVÊNIO MÉDICO DE SÓCIOPode haver desconto de convênio médico de sócio em folha depagamento pro labore? Qual a legislação? Saiba mais acessando aíntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

ATIVIDADE DE CONSTRUÇÃO DE BENS IMÓVEISEmpresa com atividade de construção de bens imóveis, sob regimede contratação por empreitada é obrigada a ter a inscrição estadual?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].

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Receita Federal estuda tirar do trabalhador a responsabilidade de enviaranualmente para o governo os dados sobre seus rendimentoseconomia

Vida mais fácil para o contribuinteFisco estuda implementar, a partir de 2014, programa no qual pessoa física com uma única fonte de renda não precise entregar a declaração do Imposto de Renda.

Depois de apertar oscontribuintes "Pes-soa Jurídica", ten-tando cercar possí-

veis canais de sonegação, a Re-ceita Federal promete, a partirde 2014, adotar uma série demedidas para flexibilizar o flu-xo de informações e desburo-cratizar, assim, o envio de da-dos não só para as empresas,mas também para o trabalha-dor. Daqui a pouco mais dedois anos, Pessoas Físicas quetenham uma só fonte e escolhe-rem o modelo simplificadonão precisarão entregar a de-claração do Imposto de Renda(IR) ao governo.

O que o Fisco estuda é tirardo trabalhador a responsabili-dade de enviar anualmentepara o governo os dados sobreseus rendimentos. A partir de2014, quando é declarado o di-nheiro recebido em 2013, será aprópria Receita que fará esse"serviço". Para isso, o governousará as informações passadaspelo empregador. O contri-buinte terá apenas que confir-

mar se o que foi apresentadoestá correto ou não.

O projeto do Fisco não levaem conta os contribuintes quepossuem duas ou mais fontesde renda. Dessa forma, nadadeve mudar para essa fatia dapopulação nem para o grupode pessoas que precisam pres-tar informações extras, comodespesas médicas, odontológi-cas e com educação. A Receitaalega que não tem como sabercom antecedência qual foi o vo-lume de gastos.

E m p r es a s – Também para2014, a Receita prevê a simpli-ficação da entrega de informa-ções pelas empresas para re-duzir custos e agilizar a checa-gem dos dados pelo Fisco. Aotodo, serão extintas oito decla-rações. As primeiras serão se-toriais, mas está no cronogra-ma o fim da Declaração de In-formações Econômico Fiscaisde Pessoa Jurídica (DIPJ) paraas empresas de grande porte.No ano seguinte, a DIPJ tam-bém deixará de ser obrigatóriapara outras companhias.

Na semana passada, o setorde bebidas já passou a contarcom a extinção da Declaração deInformações Fiscais (DIF). Opróximo documento a ser extin-to será a Declaração do ImpostoTerritorial Rural (DITR) para ostipos de imóveis imunes ouisentos de tributos, como deagricultura familiar. Os demaisainda são "segredo". Outra sim-plificação será a forma de apu-ração da declaração do PIS e daCofins. A ideia é levar a propos-ta ao Congresso já em 2012.

Não está prevista a reduçãoda carga tributária, pelo con-trário, a expectativa é de quehaja um crescimento da arreca-dação federal.

Os recursos, de acordo com osecretário da Receita Federal,Carlos Alberto Barreto, serãosuficientes para garantir o paga-mento dos gastos do governo econtribuir para a geração de umsuperávit nas contas públicas.Pelos cálculos do secretário, pe-lo menos R$ 18 bilhões estarão àdisposição do governo como re-ceita extra em 2012.(AE)

Previdência: parcelada e digital.

AReceita Federal irápermitir oparcelamento das

contribuições previdenciáriaspela internet a partir de 2012.A medida evitará anecessidade do atendimentopresencial. Ao acessar oserviço, o contribuinteformalizará o parcelamento eo sistema fornecerá o cálculoda parcela mínima que serápermitida. O parcelamentopoderá ser feito pelocontribuinte ou por umapessoa legalmente habilitadapor ele com certificaçãodigital.

Para delegar a função aterceiros, já existe na ReceitaFederal, o serviço deprocuração eletrônica

A Receita Federal divulgououtra novidade para 2012. Osressarcimentos, como nocaso de um pagamentomaior por parte de umaempresa, serão feitosdiretamente na conta-corrente do contribuinte. A

medida irá agilizar o tempode tramitação dos processos.A expectativa é que dessaforma aumentem a eficiênciada administração tributária ea satisfação do contribuinte.

A Receita também querestimular o uso do serviço decaixa postal. O serviço criadopelo Fisco possibilita aocontribuinte acessar egerenciar, por meio da páginada própria Receita, asmensagens armazenadas emuma caixa específica mantida

nos computadores do órgão.O contribuinte pode utilizar oserviço no e-CAC (CentroVirtual de Atendimento),acessando-o por meio decódigo fornecido pela Receitaou do certificado digital.Algumas mensagens poderãoser acessadas somente porquem tem o certificado digital.

"A gente destaca essasfacilidades comoimportantes, comonovidades que têm sidoampliadas pela nossa área deatendimento para facilitar avida do contribuinte emelhorar sua interação com oFisco", disse o secretário daReceita Federal, CarlosAlberto Barreto.

A Receita lembra que nãoenvia e-mails, ou qualqueroutro tipo decorrespondência pelainternet, nem solicita ofornecimento de informaçõesfiscais, bancárias e cadastrais,e pede para contribuinte ficaratento. (AB r)

Caem os investimentos federais

Contrariando odiscurso oficial de queseriam preservados,

os investimentos do governofederal encolheram R$ 16,5bilhões de janeiro a novembrode 2011, em comparação comigual período de 2010. É o quemostra levantamentorealizado pela AssociaçãoContas Abertas.

A queda nos investimentosfoi observada nos projetosrealizados pelos ministérios eestatais federais. No primeirogrupo, os gastos neste anoficaram em R$ 32,7 bilhões,diante de R$ 40,7 bilhões em2010 – retração de R$ 8bilhões. Nas estatais, ovolume investido caiu deR$ 70,7 bilhões, em 2010, paraR$ 62,2 bilhões neste ano.

Os dados foram coletadosem bases oficiais, como oSistema de Administração

Financeira (Siafi) e o relatóriodo Ministério doPlanejamento sobreinvestimentos das estatais, eatualizados pelo índice IGP-DI. "O governo, preocupadocom a inflação, contraiu oinvestimento", disse osecretário-geral da ContasAbertas, Gil Castelo Branco.

Esses números dão amedida do dilema que apresidente Dilma Rousseff vaiadministrar em 2012. Paraque a economia cresça 5%, ogoverno depende doinvestimento privado, comojá admitiu o ministro daFazenda, Guido Mantega.Enquanto isso, as empresasesperam ação do setorpúblico. "O investimentoprivado vai depender muitodas concessões que o governofizer e dos investimentos eminfraestrutura", disse o

presidente da ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI),Robson Andrade.

O problema é como fazerisso sem piorar o resultadofiscal. Neste ano, a meta desuperávit primário (saldopositivo das contas públicas)só será cumprida à custa decontenção de investimentos ealta acima do esperado daarrecadação. Para investirmais, a arrecadação terá deser ainda melhor que em 2011,o que não está no horizonte.

Assim, só há duasalternativas: conterinvestimentos ou diminuir osuperávit. Mantega temafirmado que mexer noresultado primário está forade cogitação. Por isso, aavaliação entre analistas, e aténo Executivo, é que a opçãopara 2012 será reduzir osuperávit primário. (AE)

Elza Fiúza/ABr

Barreto, da Receita Federal: desburocratização de procedimentos.

PAULISTANOSVÃO ÀSCOMPRAS – Aapenas duassemanas doNatal e datradicional trocade presentes, ospaulistanosaproveitaram atrégua dada pelachuva – que vematingindo acidade nosúltimos dias – esaíram para fazercompras nas ruasde comércio doCentro ontem.Lojistas da Rua 25de Março nãotêm do que sequeixar. A ruaficou lotada comgente carregadade pacotes.

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As facilidades têmsido ampliadaspara facilitar avida docontribuinte emelhorar suainteração com oFisco.

CA R LO S ALBER TO BA R R E TO

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 2011 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

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VILA MARIA

Não há pretensão de fiscalizar empresas. O objetivo é estimular as boas prátic as.Marcos Arouca, do Comitê do Selo Paulista da Diversidadeeconomia

ACSP ganha mais uma vezselo da diversidade

Mérito é concedido pela Secretaria de Emprego e Relações de Trabalho por programas raciais e outros

Fátima Lourenço

SimplesarrecadaR$ 130 bi

O presidente do Sebrae,Luiz Barretto, afirmou na

semana passada que oSimples ampliou a base dearrecadação do País. Desdeque foi implantado o RegimeEspecial Unificado deArrecadação de Tributos eContribuições, o SimplesNacional, em 2007, a União,os estados e os municípiosarrecadaram R$ 130 bilhõespelo sistema. A informação,segundo Luiz Barretto,mostra a importância dasiniciativas em prol das microe pequenas empresas (MPE).

"No início, em 2007, aarrecadação da União, dosestados e dos municípios erade R$ 8,3 bilhões. Em 2011, atéo mês de outubro, já foramrecolhidos R$ 34 bilhões. Éum regime em que todosganham: as empresas, asociedade e o governo.Aumenta a formalidade e abase de arrecadação",analisou Barretto.

Falando sobre os objetivospara 2012, ele defendeu quesejam promovidasarticulações políticas para ofim da cobrança do Impostosobre Circulação deMercadorias e Prestação deServiços (ICMS) por meio dasubstituição tributária.

A substituição tributáriaocorre quando uma empresa,normalmente indústria ouatacadista, recolhe o impostodevido pelos demaisintegrantes da cadeiap ro d u t i v a .

Levantamento realizadopelo Sebrae e pela FundaçãoGetúlio Vargas (FGV) mostraque o aumento entre oimposto pago no SimplesNacional e o cobrado viasubstituição tributária seaproxima de 700%. (ABr)

Reafirmamos ocompromisso com apromoção dadiversidade, que jáse achaincorporado nosnossos valores.

ROGÉRIO AM ATO, DA ACSP EFAC E S P

AAssociação Comer-cial de São Paulo(ACSP) foi classifi-cada, ao lado de ou-

tras 11 empresas, com a renova-ção do Selo Paulista da Diversi-dade – Categoria Pleno, comoreconhecimento pela adoção deprogramas internos que valori-zam a diversidade nos aspectosétnico-raciais, de gênero, idade,orientação sexual e também osrelacionados às pessoas comdeficiência física.

A entrega do título está pre-vista para acontecer no Paláciodos Bandeirantes no próximodia 16. A solenidade marca umanova etapa da concessão do se-lo, agora sob a coordenação daSecretaria do Emprego e Rela-ções do Trabalho do governo deSão Paulo, explica o coordena-dor de políticas públicas da se-cretaria e responsável pela co-ordenadoria do selo, Ari Frie-denbach. O evento tambémmarcará a reabertura das inscri-ções para empresas interessa-das no título, a partir do lança-mento do novo site w w w. d i v e r s i -d a d e . s p . g o v. b r.

Compromisso – "Ao recebernovamente o prêmio Selo Pau-lista da Diversidade, a Associa-ção Comercial de São Pauloreafirma seu compromissocom a promoção e a valoriza-ção da diversidade, que já seacha incorporada nos valores eações da entidade, fazendoparte de sua política de respon-sabilidade social. O Selo Pleno,concedido mais uma vez à nos-sa Associação constitui um in-

centivo não apenas para o apri-moramento permanente da po-lítica da entidade em relação àdiversidade, como para a di-vulgação da importância do te-ma junto a seus associados",diz Rogério Amato, presidenteda ACSP e da Federação dasAssociações Comerciais do Es-

tado de São Paulo (Facesp).O Selo Paulista da Diversida-

de foi criado há seis anos paraempreendimentos do estado deSão Paulo. "Não há pretensãode fiscalizar as empresas. O ob-jetivo é estimular e fomentar asdiscussões das boas práticas",explica o consultor responsável

pela coordenação do ComitêGestor do selo, Marcos Arouca.

Ele afirma que no relança-mento da premiação estão con-templadas apenas empresasque já conquistaram o título eque pleiteam a sua renovação.O selo, nas categorias Adesãoou Pleno, tem validade de um

ano e deve ser solicitado pormeio de inscrição eletrônica, aser feita no site.

A categoria Adesão demandaque a empresa tenha pelo me-nos um dos programas pró-di-versidade exigidos pelo regula-mento. A análise da solicitação,nesse caso, será feita por equipeda própria Secretaria do Em-prego e Relações do Trabalho. Jáa categoria Pleno, segundo ex-plica Marcos Arouca, requerque a empresa esteja envolvidacom os cincoaspectos dadiv ersid adeprevistos napre miaç ão.Além disso,o empresáriodeverá con-t ra tar umad a s c i n c ocer tific ado-ras cadastra-das e se sub-meter à suaa v a l i a ç ã o ,para comprovar o envolvimen-to com os temas.

A proposta da secretaria esta-dual, segundo Friendenback, éampliar a abrangência do selo,até agora mais concentrado nacapital paulista. Em 2012, os or-ganizadores planejam intensifi-car a divulgação no interior doestado, com novos encontros desensibilização, como os realiza-dos em 2011, apresentando a di-nâmica da premiação. "Há em-presas que querem implantar asboas práticas, mas não sabemcomo começar", comenta Mar-cos Arouca. O site renovadotambém deverá contribuir come s c l a re c i m e n t o s .

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 201122 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMUNICADO À PRAÇAComunicamos que, no dia 01.12.11, fomos vítima de roubo de carga e das notas fiscais queacompanhavam a mesma. Os números das notas: 005164 até 005171, conforme descritos no B.O. 5235/2011 da Delegacia de Polícia de Embu - Comercial Leopoldina Imp. e Exp. Ltda.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SP

Pregão n° 028/2011 - Processo n° 5785/2011RE-RATIFICAÇÃO AO EDITAL

A Prefeitura de Pereira Barreto leva ao conhecimento de quem possainteressar que o Processo supra epigrafado sofreu a seguinte rerratificação:a) A descrição do item 1, constante do Anexo I – Planilha Descritiva, passaa ter a seguinte redação: Retroescavadeira nova, zero hora, ano defabricação mínimo de 2011, chassi monobloco, motor 4 cilindros movido aDiesel com potência líquida mínima de 85 hp, direção hidráulica, tração 4x4com acionamento através de interruptor no painel, transmissão do tipo“Power Shuttle” com 4 velocidades à frente e 4 à ré, bomba hidráulica comvazão mínima de 108 l/minuto, alternador de no mínimo 90 Ah, bateria 12Vde no mínimo 100 Ah e 750 CCA, freios multidisco em banho de óleo,tanque de combustível com capacidade mínima de 135 litros, reservatóriodo sistema hidráulico com capacidade mínima de 113 litros, caçambacarregadeira equipada com dentes e com capacidade coroada mínima de0,76m³, força de desagregação mínima de 4.300 kgf, altura de descarga deno mínimo 2.642 mm, caçamba retroescavadeira equipada com dentes ecom largura mínima de 457mm/18” e capacidade coroada mínima de0,12m³, profundidade de escavação de no mínimo 4.356mm, pneustraseiros mínimos de 19,5x24, cabine aberta tipo ROPS/FOPS comparabrisa frontal e limpador, retrovisores internos e externos, faróis deiluminação dianteiros e traseiros, peso operacional de no mínimo 6.522 kg,buzina, alarme sonoro, e equipada com demais itens de segurançaconforme normas do CONTRAN. b) Fica redesignada para as 14h do dia 22de dezembro de 2011 a Sessão Pública do Pregão em epígrafe. c) Demaiscláusulas e condições permanecem inalteradas.

Pereira Barreto, 09 de dezembro de 2011.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO ELETRÔNICO Nº 21/00374/11/05

OBJETO: Contratação de empresa para a prestação de serviços técnicos especializados de armazenagem,gerenciamento e logística do Arquivo Geral da FDE.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha abertalicitação para Contratação de empresa para a prestação de serviços técnicos especializados de armazenagem, gerenciamentoe logística do Arquivo Geral da FDE.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 12/12/2011, no endereço eletrônicowww.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 -São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através daInternet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, nodia 28/12/2011, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autosdo processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, pormeio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantespreviamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 12/12/2011, até o momentoanterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO ELETRÔNICO Nº 57/00035/11/05

OBJETO: Contratação de Empresa para Locação de Equipamentos de Informática e Prestação de Serviços,Abrangendo a Locação de Equipamentos de Informática (Impressoras e Multifuncionais) com Fornecimento deInsumos e Peças de Reposição. Prestação de Serviços de Instalação, Teleatendimento Técnico, Manutenção ON-SITE e Gestão Informatizada do Parque de Impressão, para Atendimento das Necessidades da Rede Estadual deEnsino da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Diretorias de Ensino de Órgãos Vinculados.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha abertalicitação para Contratação de Empresa para Locação de Equipamentos de Informática e Prestação de Serviços, abrangendoa Locação de Equipamentos de Informática (Impressoras e Multifuncionais) com Fornecimento de Insumos e Peças deReposição. Prestação de Serviços de Instalação, Teleatendimento Técnico, Manutenção ON-SITE e Gestão Informatizadado Parque de Impressão, para Atendimento das Necessidades da Rede Estadual de Ensino da Secretaria da Educação doEstado de São Paulo, Diretorias de Ensino de Órgãos VinculadosAs empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 12/12/2011, no endereço eletrônicowww.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 -São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através daInternet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, nodia 22/12/2011, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autosdo processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, pormeio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantespreviamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 12/12/2011, até o momentoanterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA DA SERRA/SPAVISO DE LICITAÇÃO - Tomada de Precos nº 05/2011

De conformidade com a necessidade desta Prefeitura Municipal, faço público, para conhecimento dos interessados,que se acha aberto, na Prefeitura deste Município, o Edital de Tomada de Preços nº 05/2011, que tem como objetoa contratação de empresa visando o fornecimento parcelado de gasolina, álcool e óleo diesel para abastecimento dosveículos oficiais do Município de Santa Maria da Serra, pelo tipo de menor preço por grupo regida pela Lei Federalnº 8.666/93, suas alterações e demais legislações expressas no item 3 deste Edital. Os envelopes dos licitantes coma documentação e a proposta deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Praça SantoZani, n° 30, nesta cidade, até às 10h, do dia 29 de dezembro de 2011. O início da abertura dos envelopes será às10h30min., do dia 29 de dezembro de 2011, na Sala de Abertura de Licitações, sito à Praça Santo Zani, n° 30, nestacidade. A Pasta Técnica contendo o Edital deve ser retirada no Setor de Compras, sito à Praça Santo Zani, n° 30, PaçoMunicipal desta cidade, a qual será fornecida das 09:00 às 11:00 e das 13:00 às 15:00 horas. Para conhecimento dopúblico, expede-se o presente Edital, que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Municípiode Santa Maria da Serra, em jornal de grande circulação no Estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos,no saguão do Paço Municipal.

Santa Maria da Serra, 09 de dezembro de 2011. a) JOSIAS ZANI NETO - Prefeito Municipal

ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS - ASHCEdital de Convocação de Eleições para renovação da Diretoria e do Conselho Fiscal daAssociação dos Servidores do Hospital das Clínicas – ASHC – para o biênio 2011-2013

A Associação dos Servidores do Hospital das Clínicas – ASHC, na pessoa de seu Diretor-PresidenteGerson Batista, R.G. nº 9.881.055-8, no uso de suas atribuições estatutárias e com fulcro no parágrafo5º, artigo 33º do Estatuto Social. Reitera o edital publicado no último dia 22 de novembro, publicado noDiário do Comércio de CONVOCAÇÃO de eleições para a renovação da Diretoria, bem como doConselho Fiscal, para o biênio 2011-2013, que irão ocorrer nos dias 12 e 13 de janeiro p.f. Ocorrendoa hipótese prevista no parágrafo 3º, artigo 33º do Estatuto Social, novo pleito será realizado no prazoestatutário. São Paulo, 09 de dezembro de 2011. Gerson Batista - Diretor - Presidente.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 09 de dezembro de 2011, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Vironda Confecções Ltda. Requerido: Vallmarg Confecções Ltda.Avenida Vereador José Diniz, 2.421 A – Alto da Boa Vista - 1ª Vara de Falências.Requerente: Manetoni Distribuidora de Cimento, Cal e Produtos Siderúrgicos Ltda.Requerido: VRN Indústria e Comércio de Peças Tubulares Ltda. Rua BeneditoBernardes, 345 – Vila Ema - 2ª Vara de Falências.Requerente: Manetoni Distribuidora de Cimento, Cal e Produtos Siderúrgicos Ltda.Requerido: Megalider Indústria e Comércio Ltda. Avenida Doutor Assis Ribeiro,2.000 – Engenheiro Goulart - 1ª Vara de Falências.Requerente: Sermed Serviços Médicos Hospitalares S/C Ltda – Autofalência.Requerido: Sermed Serviços Médicos Hospitalares S/C Ltda. – Autofalência -Rua Líbero Badaró, 152 - 13° e 14° Andares - 1ª Vara de Falências.

O Reino Unido não está na zona do euro, não vamos ceder mais soberania nesta matéria e nenhuma outra.William Hague, ministro britânico das Relações Exterioreseconomia

BCE rejeita ajuda do FMI

Oeconomista-chefe doBanco Central Euro-peu (BCE), Juergen

Stark, rejeitou a ideia de um en-gajamento maior do Fundo Mo-netário Internacional (FMI) naEuropa, ao afirmar em entrevis-ta a jornal alemão que "isso seriaum ato de desespero".

Stark, que deve deixar o ban-co no fim do mês, defende que

a União Europeia tenha umanova instituição com o direitoa intervir na política de orça-mento nacional. "As institui-ções econômicas e a moeda co-mum precisam dar um salto dequalidade", disse. "Imaginoum conselho de experts, quepossa checar cuidadosamenteos orçamentos dos membrosda UE." (AE)

Obama força indicação

Opresidente BarackObama disse nosábado que não

aceitará um "não" comoresposta sobre suaindicação para liderar umanova agência de vigilânciado consumidor. Obamanomeou o ex-procuradorgeral de Ohio generalRichard Cordray paraliderar a nova Agência deProteção Financeira doConsumidor. Mas osrepublicanos prometemvetar a indicação.

Obama disse que aagência era necessáriapara evitar que Wall Streetexplore Main Street.

"Vejam, por tempodemais as regras em Wall

Street não foram asmesmas das de MainStreet", disse Obama emseu discurso semanal norádio e online.

"Apostas arriscadasforam feitas com o dinheirodas outras pessoas. Algunsfizeram muito dinheirotirando vantagem dosconsumidores. Foi errado",disse ele. "E isso contribuiupara a pior crise financeiradesde a GrandeD e p r e s s ã o. "

Democratas, por seulado, dizem que não têmintenção de secomprometer, mesmo quea agência fique sem líderaté depois das eleições de2012. (Reuters)

Aministra doOrçamento daFrança, Valérie

Pécresse, disse ontemque o governo confia nacapacidade de osbancos francesesatingidos pela crise serecapitalizaremsozinhos, e que oEstado não injetarárecursos nessasi n s t i t u i ç õ e s.

Ela manteve ainda aprevisão de crescimentoeconômico de 1% para2012 e negou que o paísesteja em recessão, masassinalou que Parisestabeleceu umareserva de 6 bilhões deeuros para enfrentaruma eventual expansãode apenas 0,4% no anoque vem.

"Acreditamos que anecessidade definanciamento dosbancos não é tãogrande", declarou.

"Os bancos francesespodem serrecapitalizados em até 7bilhões de euros,aproximadamente, comseus próprios fundos eseus próprios benefícios.O Estado não colocarádinheiro nos bancosfranceses", afirmou.

Ela considera uma"boa notícia" que osbancos tenham essac a p a c i d a d e.

R ev i s ã o – Asdeclarações chegam trêsdias após a AutoridadeBancária Europeia(EBA) ter revisado parabaixo o valor de que osbancos francesesnecessitam para serecuperarem da crise, de

8,8 bilhões para 7,3 bilhõesde euros.

Pouco depois, o diretor doBanco da França, ChristianNoyer, também estimou queas instituições financeirasfrancesas poderão serecompor da turbulência"sem problemas".

Pécresse negou que aFrança esteja em recessãoe disse que a situação dopaís é de "crescimentomuito desacelerado".Destacou que, de qualquerforma, "temos um objetivode recuperação das contasp ú bl i c a s " .

Ela ressaltou que aFrança respeitará a meta determinar este ano com umdéficit de 5,7% do ProdutoInterno Bruto (PIB).

Quanto a 2012, a ministraassinalou que, mesmo quese cumpram as previsões dealguns institutos – quecalculam uma progressãodo PIB limitada em torno de0,5% –, elas entrariamdentro da margemestabelecida pelo Executivo.

"Aconteça o queacontecer, cumpriremos em2012 (com os planos decorte do déficit)", garantiuPécresse. (Folhapress)

Decisão britânica sofrecríticas domésticas

OReino Unido correo risco de ficar "iso-lado e marginali-zado" da União Eu-

ropeia (UE) após a decisão dopremiê David Cameron de re-jeitar um novo pacto fiscal,alertou ontem o vice-premiêbritânico Nick Clegg, expondoassim as tensões internas doseu país em relação à decisãotomada na semana passada nacúpula da União Europeia.

"Estou amargamente decep-cionado com o fim da cúpulana última semana, precisa-mente porque penso que agoraexiste um risco de que, com opassar do tempo, o Reino Uni-do fique isolado e marginaliza-do dentro da UE", disse.

Embora apoiado por alasconservadoras e céticas ao eu-ro de seu partido, Cameron foialvo de duras críticas.

O vice-premiê, que é líder dopartido Liberal Democrata,acusou os membros do partidoConservador que estão pressio-nando Cameron a seguir, apósseu veto à mudança do tratadoda UE, com um referendo sobrea saída da Grã-Bretanha do blo-co de 27 países. "Uma Grã-Bre-tanha que deixa a UE será con-s iderada i r re levante porWashington e seria consideradaum pigmeu no mundo, quandoeu quero que continuemos depé, e liderando no mundo," dis-se Clegg à rede de TV BBC.

Os líderes europeus reuni-dos em Bruxelas obtiveram nasexta-feira um acordo para re-

Darren Staples/ Reuters

Vice-premiê Nick Clegg disse que seu país pode se tornar um pigmeu

forçar a disciplina fiscal da zo-na do euro, com o objetivo desalvar a moeda única, mas fra-cassaram em incluir tal objeti-vo no Tratado dos 27, devido àoposição do Reino Unido.

Os europeus também anun-ciaram sua intenção de reforçaros recursos do Fundo Monetá-rio Internacional (FMI), paraque possa ajudar a zona do euro,em até 200 bilhões de euros.

P ac t o – Todos os países daUnião Europeia, salvo o ReinoUnido, devem aderir final-mente ao pacto fiscal acordadona sexta-feira na reunião de cú-pula em Bruxelas para preve-nir novas crises.

"Os chefes de Estado ou degoverno da Bulgária, da Repú-blica Tcheca, da Dinamarca, daHungria, da Letônia, da Lituâ-nia, da Romênia e da Suécia in-dicaram a possibilidade departicipar deste processo, após

consultar seus Parlamentos,caso seja necessário", afirmoua secretaria do Conselho Euro-peu, em uma declaração divul-gada no sábado.

O primeiro-ministro britâni-co, David Cameron, se negoucategoricamente a aceitar a re-forma dos tratados propostapelo eixo franco-alemão para

evitar um endurecimento daregulação sobre o setor finan-ceiro de Londres.

"Esses países aceitaram re-nunciar a alguns elementos desua soberania nacional, docontrole sobre seus própriosorçamentos, para que a zonado euro funcione de maneiramais satisfatória", defendeu oministro das Relações Exterio-res britânico, William Hague."O Reino Unido não está na zo-na do euro, não vamos cedermais soberania nesta matéria enenhuma outra".

Com a recusa do Reino Uni-do, a UE teve de aceitar uma di-visão para adotar as normas dedisciplina orçamentária. Os lí-deres fizeram acordos comoacelerar em um ano a entradaem vigor do fundo de resgatepermanente e dotar o FundoMonetário Internacional (FMI)com 200 bilhões de euros (cercade US$ 270 bilhões) para ajudarpaíses em crise. (Agências)

Os bancos francesespodem serrecapitalizados ematé 7 bilhões deeuros, com seuspróprios fundos eseus própriosbenefícios

VALERIE PÉ C R E S S E,MINISTR A DO OR Ç A M E N TO

França negarecessão e confia

nos bancos

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 2011 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

BU TA N T Ã

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A Distrital Butantã da

Associação Comercial de São Paulo

deseja a todos associados, parceiros,

amigos e colaboradores um Feliz Natal

e um 2012 repleto de esperança, paz,

fraternidade e realizações!

Mensagem do Diretor-Superintendenteda Distrital Butantã

Paulo Soares de Oliveira Júnior

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EDUCAÇÃO INFANTIL TIA MIN

Pequim se transformou no maior credor dos EUA e no alicercefundamental para ajudar a Europa a combater a crise da dívida soberanaeconomia

China festeja dez anos na OMCPaís, que passou do sexto ao segundo lugar das maiores economias mundiais em uma década, prometeu combater crise mundial, mas pediu reconhecimento.

Liu Jin/Reuters

Pascal Lamy (à esq.) e Hu Jintao lideraram a cerimônia em Pequim

AChina, que em umadécada passou dosexto ao segundolugar das maiores

economias mundiais, celebrousábado o décimo aniversário desua entrada na OrganizaçãoMundial do Comércio (OMC)com promessas de liberalizaçãopara ajudar a combater a crisemundial, mas pedindo contra-partidas do Ocidente.

O diretor-geral da OMC, Pas-cal Lamy, e o presidente da Chi-na, Hu Jintao, lideraram a ceri-mônia comemorativa no Gran-de Palácio do Povo, em Pequim,onde o francês pediu mais ma-turidade ao gigante asiático nosconflitos comerciais internacio-nais. Hu reivindicou o pleno re-conhecimento do país comoeconomia de mercado.

O líder ressaltou que a entra-da de Pequim na OMC repre-sentou "um marco no processode reforma e abertura" do regi-me comunista, iniciando "umanova etapa histórica" para apotência asiática. Hu destacouque a China continuará a libe-ralização de seu comércio elembrou que as importaçõeschinesas devem superar osUS$ 8 trilhões nos próximos

cinco anos (no ano passado,chegaram a US$ 1,39 trilhão).

A China ingressou na OMCno dia 11 de dezembro de 2001,mesmo dia que Taiwan – ilhaseparatista, mas administradapor Pequim –, após um árduoprocesso de 15 anos de nego-ciações, um dos mais longosque um país teve de superarpara entrar no organismo.

A adesão significou a incor-poração da economia da Chi-na, maior mercado do mundo,às regras do comércio interna-cional, embora de uma formaprogressiva e ainda não plena-mente concluída. No tempotranscorrido, a China se trans-formou no maior exportadormundial e no segundo maiorimportador. Seu comércio ex-terior passou dos US$ 509 bi-lhões em 2001 para US$ 2,97trilhões em 2010.

"A OMC deu à China umacesso mais transparente, se-guro e previsível ao mercadomundial, e, ao mesmo tempo, opaís se transformou em umaimportante parte da economiado planeta, dando enormesoportunidades a outros mem-bros", analisa um artigo recen-te do jornal oficial China Daily.

Receita fiscalcresce 10,6%,mas desacelera

Areceita fiscal da Chi-na cresceu 10,6%e m n o v e m b r o ,

comparado com igual mêsem 2010, para US$ 101,5 bi-lhões, informou o Ministé-rio das Finanças do país. Oresultado, no entanto, mos-tra uma desaceleração nocrescimento das receitas,que foi de 16,9% em outu-bro e 34,3% em agosto.

Por meio de comunica-do, o ministério atribuiu odeclínio à desaceleraçãoda atividade econômicado país e à reforma tributá-ria sobre salários indivi-duais, entre outros.

O ministério já havia pro-jetado uma queda nos doisúltimos meses deste ano.Nos primeiros 11 meses doano, as receitas fiscais cres-ceram 26,8%, quando com-parado com igual períodode 2010. ( Re u te r s )

Algumas medidas foramcruciais para isso, como a re-dução de tarifas de importa-ções. A média delas era de 15%antes do ingresso na OMC, en-quanto agora é de 9,5%.

Os dez anos foram testemu-nhas, por exemplo, da criaçãoda maior zona de livre-comér-

cio do mundo – formada pelaChina e pelos membros da As-sociação de Nações do SudesteAsiático (Asean) – e da assinatu-ra de tratados de livre-comércioentre Pequim e Chile, Peru, Cos-ta Rica, Paquistão, Cingapura,Nova Zelândia e Taiwan.

Enquanto isso, nesses dez

anos, o Produto Interno Bruto(PIB) chinês foi progressiva-mente ultrapassando os daFrança, Reino Unido e Alema-nha. Esse processo foi acompa-nhado pelo aumento do "softpower" (poder brando) do gi-gante asiático, marcado pelaprogressiva internacionaliza-ção de sua imagem.

A ascensão comercial nãoesteve isenta de tensões diplo-máticas, sobretudo com EUA eUE, por questões como a cha-mada "guerra cambial" – devi-do à desvalorização do câmbiodo iuane (artificialmente bai-xa, segundo Washington eBruxelas) –, escândalos sanitá-rios em produtos "Made inChina" e a velha questão daviolação de direitos de pro-priedade intelectual, aindapouco protegidos no país.

A década como membro daOMC culminou em 2011 comuma China assumindo um pa-pel impensável nos primór-dios do milênio: por ter supe-rado bem a crise financeira de2008, Pequim se transformouno maior credor dos EUA e noalicerce fundamental para aju-dar a Europa a combater a criseda dívida soberana. (EFE)

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sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de dezembro de 201124 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Angela Crespo é jornalista especializada em consumo.E-mail: [email protected]

O QUE DIZ O CDCFique por dentro

Deputado querproibir sapatos infantis com saltos

Bagagem extraviada gera indenização

Propomos subverter o modelo 'cada um por si' e formar grupos cujos conflitos são similares e, assim, resolver as pendências de uma vez.Raquel Costa, do Zaangaeconomia

Sites de reclamaçõessão os novos SACs das empresas?

Em uma busca simples na webencontra-se mais de 50endereços, que atuam comoconciliadores de conflitosentre consumidores efornecedores, papel que cabeaos órgãos públicos de defesado consumidor.

Repr

oduç

ão

Ca d a v e zm a i s oc on su mi-d o r t e m

dirigido à rede socialsuas desventurasconsumeristas. Os si-tes de reclamações,por exemplo, cres-cem tanto em títulosquanto em volume deregistro de queixas.Em uma busca sim-ples na web encontra-se mais de 50, queatuam como concilia-dores de conflitos en-tre consumidores efornecedores, papelque cabe aos órgãospúblicos de defesa doconsumidor. Esses si-tes já são até apelidados de"SACs" das empresas, dando aentender que o atendimentodas companhias a seus clientesestá sendo transferido para omundo digital, mas de format e rc e i r i z a d a .

Entre os sites mais conheci-dos, destaque para o ReclameAqui, pioneiro, e que está"atendendo" o consumidor háuma década. Mas outros estãodespontando em número devisitação, entre eles o Denun-cio.com, criado por um advo-gado de João Pessoa (PB), o Re-clamando.com.br, o Nunca-Mais.Net, o Você Reclama, o

Reclame Coletivo, este últimodestinado aos compradores desites de compra coletiva quecompraram produtos e "rece-beram" problemas.

O mais recente chama-seZaanga ( ww w.z a a ng a .c o m. b r) .Sua proposta não é só receber ebuscar solução para os proble-mas dos consumidores e, sim,fazer com que os cidadãos sereúnam e se mobilizem na solu-ção de questões que, na maioriadas vezes, segundo RaquelCosta, co-fundadora do site,são coletivas. "Estimulamos oconsumidor a participar dosgrupos, ou seja, a compartilhar

Companhia podebarrar publicação

ACâmara analisa projeto que proíbe a venda de sapatos femininoscom saltos altos para crianças. Pela proposta (Projeto de Lei

1885/11), do deputado Décio Lima (PT-SC), a altura do salto decalçados para crianças não poderá ser superior a dois centímetros. Oprojeto considera criança a pessoa com até 12 anos incompletos.

Pelo descumprimento da determinação, os infratores poderãopagar multa, ser proibidos de fabricar o produto, ou ter a licençado estabelecimento cassada. Além disso, poderão ser punidoscom penas de detenção de seis meses a dois anos.

De acordo com o projeto, incorrerá nas mesmas penas quempatrocinar a oferta desses calçados. A multa poderá ser de R$ 200por par de sapatos comercializado.

A publicidade de calçados femininos com salto superior a doiscentímetros, conforme o projeto, deve trazer "informações claras,corretas, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre os riscosà saúde e à segurança decorrentes de sua utilização por crianças".

O deputado Décio Lima diz que já há algum tempo a Medicinatem apontado os males trazidos mesmo às mulheres adultas pelouso de sapatos de saltos altos. Os riscos à saúde provocados poreste acessório são ainda mais graves, porém, quando se trata decrianças, segundo o autor do projeto. "A estrutura óssea infantildeforma-se com facilidade, de maneira que a sobrecarga na parteda frente do pé provocada pelo uso de sapatos de saltos altos pormeninas pode causar deformações só corrigíveis por cirurgia",informa o parlamentar.

Encurtamento dos ligamentos –Segundo ele há, ainda, apossibilidade de o pé sofrer um processo degenerativo, com oalargamento da base e o encurtamento dos ligamentos."Igualmente nocivos são os efeitos dos saltos altos sobre a colunainfantil, consistindo no aumento da curvatura da região lombarem decorrência da projeção para a frente do centro de gravidadecorporal, o que pode gerar dores e, até mesmo, mudanças naposição da coluna", complementa o deputado.

Fonte: Agência Câmara

seu conflito de consumo comoutros cidadãos, que enfren-tam o mesmo problema, e como Zaanga. Juntos, buscaremos asolução para todos. Até por-que, quando se reclama sozi-nho, até mesmo nas mídias so-ciais, ocorre a pulverização dodesabafo do consumidor e difi-cilmente se obtém uma intera-ção com outras pessoas que vi-vem a mesma situação."

Problemas coletivos – ParaRaquel Costa, está mais do quena hora de se alterar a formacom que se tenta resolver osconflitos de consumo. "Tanto oconsumidor quanto os forne-

cedores continuamtratando os proble-mas nas relações deconsumo individual-mente . Propomossubverter o modelo'cada um por si' e for-mar grupos cu josconflitos são simila-res e, assim, resolvera s p e n d ê n c i a s d euma vez."

Com as que ixasagrupadas, os que ad-ministram o Zaanga,que conta com umaadvogada, as encami-nharão ao MinistérioPúblico, ao Procon, àsagências reguladorasetc. Para os que cria-ram o novo site, "no

Brasil, o grau de similaridade eredundância dos problemas deconsumidores é surpreenden-te. Seja falta de sinal de telefoniacelular em determinada região,cobranças indevidas de um ser-viço bancário, não cumprimen-to dos prazos de entrega poruma empresa de comércio ele-trônico, defeito nos produtosentregues por outra, observa-se que as mesmas queixas se re-petem na maioria dos casos.São problemas estruturais e édessa forma que precisam serencarados para que a soluçãodeixe de ser individual", acres-centa Raquel Costa.

Artigo 4ºA Política Nacional das

Relações de Consumo tempor objetivo o atendimentodas necessidades dosconsumidores, o respeito àsua dignidade, saúde esegurança, a proteção deseus interesses econômicos,a melhoria da sua qualidadede vida, bem como atransparência e harmoniadas relações de consumo,atendidos os seguintesprincípios: (Redação dadapela Lei nº 9.008, de21.3.1995)

I – reconhecimento davulnerabilidade doconsumidor no mercado deco n s u m o ;

II – ação governamental nosentido de protegerefetivamente o consumidor:

a) por iniciativa direta;b) por incentivos à criação

e desenvolvimento deassociações representativas;

c) pela presença do Estadono mercado de consumo;

d) pela garantia dosprodutos e serviços compadrões adequados dequalidade, segurança,durabilidade e desempenho.

III – harmonização dosinteresses dos participantesdas relações de consumo ecompatibilização daproteção do consumidor

com a necessidade dedesenvolvimento econômicoe tecnológico, de modo aviabilizar os princípios nosquais se funda a ordemeconômica (art. 170, daConstituição Federal),sempre com base na boa-fé eequilíbrio nas relações entreconsumidores efor necedores;

IV – educação einformação de fornecedorese consumidores, quanto aosseus direitos e deveres, comvistas à melhoria do mercadode consumo;

V – incentivo à criaçãopelos fornecedores de meioseficientes de controle dequalidade e segurança deprodutos e serviços, assimcomo de mecanismosalternativos de solução deconflitos de consumo;

VI – coibição e repressãoeficientes de todos os abusospraticados no mercado deconsumo, inclusive aconcorrência desleal eutilização indevida deinventos e criaçõesindustriais das marcas enomes comerciais e signosdistintivos, que possamcausar prejuízos aosco n s u m i d o re s ;

VII – racionalização emelhoria dos serviçosp ú b l i co s ;

VIII – estudo constante dasmodificações do mercado deco n s u m o.

Artigo 5°Para a execução da Política

Nacional das Relações deConsumo, contará o poderpúblico com os seguintesinstrumentos, entre outros:

I – manutenção deassistência jurídica, integral egratuita para o consumidorc arente;

II – instituição dePromotorias de Justiça deDefesa do Consumidor, noâmbito do MinistérioP ú b l i co ;

III – criação de delegaciasde polícia especializadas noatendimento deconsumidores vítimas deinfrações penais deco n s u m o ;

IV – criação de JuizadosEspeciais de PequenasCausas e Varas Especializadaspara a solução de litígios deco n s u m o ;

V – concessão de estímulosà criação e desenvolvimentodas Associações de Defesado Consumidor.

Artigo 55A União, os Estados e o

Distrito Federal, em caráterconcorrente e nas suasrespectivas áreas de atuaçãoadministrativa, baixarãonormas relativas à produção,

industrialização, distribuiçãoe consumo de produtos eser viços.

§ 1° A União, os Estados, oDistrito Federal e osMunicípios fiscalizarão econtrolarão a produção,industrialização, distribuição,a publicidade de produtos eserviços e o mercado deconsumo, no interesse dapreservação da vida, dasaúde, da segurança, dainformação e do bem-estardo consumidor, baixando asnormas que se fizeremnecessár ias.

§ 2° (Vetado).§ 3° Os órgãos federais,

estaduais, do Distrito Federale municipais com atribuiçõespara fiscalizar e controlar omercado de consumomanterão comissõespermanentes paraelaboração, revisão eatualização das normasreferidas no § 1°, sendoobrigatória a participaçãodos consumidores efor necedores.

§ 4° Os órgãos oficiaispoderão expedirnotificações aosfornecedores para que, sobpena de desobediência,prestem informações sobrequestões de interesse doconsumidor, resguardado osegredo industrial.

Mas será que o con-sumidor tem asse-gurado o direito de

reclamar em tantos locais di-ferentes. "Pode", informa Viní-cius Zwarg, responsável pelaárea de Direito do Consumi-dor do escritório Emereciano,Baggio e associados e ex-vice-presidente do Procon-SP. Masas companhias, segundo oadvogado, também têm o di-reito de exigir a retirada depostagens quando o consu-midor pesa na mão e o sitenão tem filtros visando a nãopermissão de publicações atéofensivas. "Existe limite entredireito de reclamar e a ima-gem da companhia. Assim co-mo os consumidores devemter preservados seus direitosde reclamar, as empresas têmo direito de contestar e até so-licitar a retirada de uma posta-gem que mancha sua ima-gem", destaca Zwarg.

O advogado assinala que édifícil estabelecer até ondepode ir o consumidor ao es-crever uma reclamação con-tra seu fornecedor, mas é con-senso que ele não pode xin-gar, agredir, usar palavras de

calão contra a empresa ouqualquer um de seus colabo-radores. "Ou seja, o fato de terdireitos violados não dá aoconsumidor o direito de ultra-p a s s a r l i m i te s " , o b s e r vaZwarg. E, se isso ocorrer, ou se-ja, se o cidadão ultrapassar obom senso e, até mesmo, usardo expediente da má-fé, asempresas podem tomar me-didas contra ele assim comocontra o site. "Se a informaçãopublicada afetar a compa-nhia, cabe ingressar com me-didas judiciais, atitude quevem crescendo consideravel-mente por parte das empre-sas", acrescenta o advogado.

Nessas ações, a empresapode inclusive entrar com pe-dido de liminar não só para re-tirar do ar uma determinadapostagem, mas que seu nomenão seja publicado nenhumavez. "Vem aumentando a pro-cura por soluções para todosos tipos de reclamações, sejaem site, na imprensa, no Mi-nistério Público, nas Defenso-rias Públicas", informa Zwarg,e, consequentemente, a con-tratação de advogados espe-cializados nesses processos.

No Ceará, a 3ª Câmara Cíveldo Tribunal de Justiçamanteve a sentença que

condenou uma empresa aéreaestrangeira a pagar R$ 30 mil aum casal que teve suas malasextraviadas quando viajava parafora do País. Em uma das malas

desaparecidas havia trabalhoscientíficos referentes aoprograma de pós-doutorado,além de roupas e produtos dehigiene pessoal, o que obrigou ocasal a comprar tudo no país quev i s i t ava .

Na ação indenizatória, o casal

solicitou reparação por danomoral, aceita pela 25ª Vara Cívelda Comarca de Fortaleza, queestipulou o valor em R$ 30 mil.Na apelação, a empresa sedefendeu dizendo que nãotinha responsabilidade peloocorrido e, por isso, não teria o

dever de indenizar.Ao analisar o caso, a 3ª Câmara

Cível negou provimento aorecurso, mantendo a decisão de1º Grau. No voto, o relator doprocesso, desembargadorFrancisco Gladyson Pontes, disseque houve falha na prestação

dos serviços contratados,"devendo haver,independentemente da aferiçãode culpa, a respectiva reparaçãodos prejuízos enfrentados".

Fo n te : Tribunal de Justiça doCeará (TJCE)