dano moral por cobranÇa indevida

DANO MORAL POR COBRANÇA INDEVIDA - JURISPRUDENCIA

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1ª EmentaDES. ROGERIO DE OLIVEIRA SOUZA - Julgamento: 18/02/2013 - NONA CAMARA CIVEL

APELAÇÃO CÍVEL. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE INTERNET. SOLICITAÇÃO DE CANCELAMENTO. DESATENDIMENTO. COBRANÇAINDEVIDA. DANO MORAL CONFIGURADO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS INCIDENTES SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO E NÃO DA CAUSA. Cabe indenização por dano moral quando a concessionária ignora a solicitação de cancelamento de serviço efetuada peloconsumidor, insistindo injustificadamente na respectiva cobrança e transferindo-lhe todo o ônus da busca da tutela jurisdicional. Valor indenizatório que deverá ser majorado, porquanto considerados os aborrecimentos, a perda do tempo útil do consumidor, a conduta reiterada da concessionária. Valor dos honorários advocatícios que deverão incidir sobre o valor da condenação e não da causa. Conhecimento e provimento dos recursos.

INTEIRO TEOR Decisão Monocrática - Data de Julgamento: 18/02/2013 (*)



1ª EmentaDES. ELISABETE FILIZZOLA - Julgamento: 15/02/2013 - SEGUNDA CAMARA CIVEL

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. RESPONSABILIDADE CIVIL. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE SAÚDE. COBRANÇA INDEVIDADE PARCELAS APÓS O PEDIDO DE CANCELAMENTO. NÃO COMPROVAÇÃO. DANO MORAL INEXISTENTE. A relação jurídica entre as partes é de consumo, sendo o autor, ora apelante, consumidor e o réu, prestador de serviço, na forma dos artigos 2º e 3º, §2° ambos do Código de Defesa do Consumidor. Alegação de cobranças indevidas não comprovadas. Cobrança de débitos após o pedido de cancelamento apoiadas na cláusula 13ª do Convênio de Adesão celebrado entre a Apelada e a Funasa. Inexistência de falha na prestação do serviço e do dever de indenizar. Dano moral não configurado. Sentença que se mantém. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO, NOS TERMOS DO ART. 557, CAPUT, DO CPC.




1ª EmentaDES. LEILA ALBUQUERQUE - Julgamento: 15/02/2013 - DECIMA OITAVA CAMARA CIVEL

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E REPARAÇÃO POR DANOMORAL. ALEGAÇÃO DE COBRANÇA INDEVIDA PELO SERVIÇO DE TRATAMENTO DE ESGOTO. Trata-se de típica relação consumerista, alegando o Autor que o serviço de coleta e de tratamento de esgoto não lhe é prestado. Não se pode exigir do Demandante a produção de prova negativa. Indevida a aplicação do artigo 285-A, do Código de Processo Civil,

vez que a questão em análise não compreende matéria exclusivamente de direito. Cassação da sentença de improcedência. PREJUDICADO O JULGAMENTO DO RECURSO.




1ª EmentaDES. CRISTINA TEREZA GAULIA - Julgamento: 14/02/2013 - QUINTA CAMARA CIVEL

Apelação cível. Relação de consumo. Compra pela internet. Autor que alega ter adquirido ar refrigerado para presentear a mãe no dia de natal. Previsão de entrega para o dia 20/12/2010. Produto que não é entregue, o que perdura até a presente data. Ausência de boa-fé objetiva. Vinculação à oferta. Inteligência do art. 30 CDC. Responsabilidade objetiva. Cobranças posteriores indevidas no cartão de crédito. Prática abusiva. Quebra da legítima expectativa do consumidor de que sua compra seria entregue no prazo divulgado no sítio eletrônico do réu, além de transtornos e aborrecimentos. Dano moral. Indenização fixada de acordo com o viés preventivo-pedagógico do instituto. Recurso a que se nega seguimento, na forma do art. 557 caput CPC.




1ª EmentaDES. CARLOS EDUARDO PASSOS - Julgamento: 14/02/2013 - SEGUNDA CAMARA CIVEL

CONSUMIDOR. Prestação de serviços telefônicos à pessoa jurídica. Cobranças indevidas. Falha no fornecimento do serviço evidenciada. Perda da linha telefônica. Restabelecimento do mesmo código de acesso. Descabimento. Inexistência de direito adquirido do usuário. Dano moral configurado in re ipsa. Abalo à honra externa da pessoa jurídica. Verba compensatória arbitrada em consonância com o princípio da razoabilidade e vedação ao enriquecimento sem causa. Primeiro recurso provido em parte e segundo desprovido.




2ª EmentaDES. WAGNER CINELLI - Julgamento: 07/02/2013 - SEXTA CAMARA CIVEL

Apelação cível. Ação indenizatória. Rito sumário. Cobrança indevida. Suspensão do fornecimento de energia. Dano moralcomprovado. Valor da indenização fixado em R$ 5.000,00. Sentença que é

mantida. Seguimento negado ao recurso, na forma do art. 557, caput, do CPC.


Decisão Monocrática - Data de Julgamento: 09/11/2011 (*)

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1ª EmentaDES. CLAUDIA TELLES DE MENEZES - Julgamento: 07/02/2013 - QUINTA CAMARA CIVEL

Apelação cível. Direito do consumidor. Relação de consumo. Falha na prestação do serviço. Responsabilidade civil objetiva. Ausência de causa excludente de ilicitude. Cobrança indevida. Interrupção no fornecimento do serviço por 2 meses. Autora que comprova, em parte, o fato constitutivo do seu direito. Ausência de negativação. Argumentos da fornecedora de serviços que se restaram infundados. Sentença que fixou em R$ 4.000,00 os danos morais em razão da interrupção indevida, que deve ser mantida. Total e perfeita observância aos princípios constitucionais da razoabilidade e proporcionalidade. Precedentes jurisprudenciais do TJERJ. Negado seguimento aos recursos, nos termos do artigo 557, caput, do CPC.




1ª EmentaDES. MARIA REGINA NOVA ALVES - Julgamento: 07/02/2013 - QUINTA CAMARA CIVEL

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. SERVIÇO DE ÁGUA E ESGOTO DE VOLTA REDONDA. PRETENSÃO PARA DECLARAÇÃO DE COBRANÇA INDEVIDA, ABSTENÇÃO DO RÉU EM EFETUAR A COBRANÇA DA TARIFA, RESTITUIÇÃO EM DOBRO DOS VALORES PAGOS E O PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. LEI FEDERAL N° 11.445/2007. EXISTÊNCIA DE REDE MISTA. COBRANÇA DE ESGOTO SANITÁRIO. PRESTAÇÃO PARCIAL DO SERVIÇO. LEGALIDADE DACOBRANÇA ¿ COLETA E TRANSPORTE. NOVO ENTENDIMENTO DO C. STJ. RECURSO CONHECIDO. NEGADO PROVIMENTO. (Art. 557, caput, CPC).





APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA. AUMENTO INCOMPATIVEL COM A MÉDIA DE CONSUMO PRATICADA PELO CONSUMIDOR. COBRANÇA INDEVIDA. DANO MORAL CONFIGURADO. VALOR INDENIZATÓRIO CORRETAMENTE ARBITRADO. AGRAVO RETIDO. Dever da concessionária de serviço público de apurar a reclamação do consumidor e lhe manter informado de todo o procedimento administrativo até a sua solução. Cobrança injustificada que discrepa do montante efetivamente consumido. Perícia que restou prejudicada, uma vez que a concessionária efetuou a troca do relógio medidor independente do imóvel ter sido desocupado pela apelada anteriormente. Dano moral evidente porquanto instala no espírito do usuário do serviço aborrecimentos e preocupações que suplantam as chateações do cotidiano, de modo que o temor de suspensão da energia é suficiente para justificar os referidos males. Conhecimento e negativa de seguimento ao recurso.




1ª EmentaDES. CARLOS SANTOS DE OLIVEIRA - Julgamento: 07/02/2013 - NONA CAMARA CIVEL

OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DECLARATÓRIA C/C PEDIDO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. DESCONTOS INDEVIDOS. CONTA CORRENTE. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. CONTRATO NÃO EXIBIDO. CONDUTA ABUSIVA DO RÉU. APONTE DO NOME DA AUTORA NOS CADASTROS RESTRITIVOS DE CRÉDITO. DANOS MORAIS CARACTERIZADOS. - Serviço oferecido pelo réu de antecipação de crédito nos casos de vendas parceladas, com a cobrança de taxa de serviço e juros, colocando o banco à disposição da autora quantia total da relação comercial, cabendo ao sistema VISANET transferir à casa bancária os valores disponibilizados em favor da demandante. Conduta inaceitável da ré que descontou indevidamente os valores anteriormente colocados a disposição da autora, ao argumento de que o sistema VISANET não efetuou as transferências devidas. Inversão do ônus da prova. Contrato não exibido pelo réu, não prosperando sua tese de existência de cláusula contratual que ampare sua atitude. Inclusão indevida do nome da autora nos cadastros de restrição creditícia. Danos morais configurados e arbitrados em sintonia com os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Pessoa jurídica. Possibilidade. Súmula 227 do Superior Tribunal de Justiça. DESPROVIMENTO DO RECURSO.





APELAÇÃO CIVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE CIVIL. CARTÃO DE CRÉDITO. RELAÇÃO JURIDICA

INEXISTENTE.COBRANÇA INDEVIDA. INSERÇÃO DE NOME EM CADASTRO NEGATIVO. DANO MORAL CONFIGURADO. MAJORAÇÃO DO VALOR. Valor indenizatório que deve ser majorado a fim de adequá-lo a quantia comumente arbitrada em circunstâncias semelhantes julgadas por este Tribunal. Observância da gravidade do fato, dos dissabores experimentados pelo ofendido, do porte do ofensor e do caráter pedagógico da condenação. Conhecimento e provimento do recurso.





APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. COBRANÇA DE ENCARGOS DE CONTA CORRENTE ENCERRADA. APONTAMENTO EMSISTEMA DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. DANO MORAL CONFIGURADO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. É ônus da instituição financeira comprovar a origem e natureza do débito que ensejou inscrição em cadastro restritivo de crédito, notadamente quando a dívida recai sobre conta corrente cujo encerramento o consumidor já havia solicitado formalmente perante o banco. Omitindo-se em tal mister, incumbe ao fornecedor claudicante compensar o contratante vulnerável pelos danos morais advindos da cobrança indevida.Evidente falha na prestação do serviço, passível de indenização por dano moral. Verba compensatória fixada em valor compatível com a extensão do dano, devendo ser mantida. Conhecimento e negativa de seguimento ao recurso.




1ª EmentaDES. CAETANO FONSECA COSTA - Julgamento: 07/02/2013 - SETIMA CAMARA CIVEL

RESPONSABILIDADE CIVIL - COBRANÇA INDEVIDA FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO - DANO MORAL EXISTÊNCIA. - Ação Indenizatória objetivando o Autor a declaração a inexistência do débito, indevidamente cobrado pela Ré, além da reparação por danosmorais sofridos em razão da negativação indevida de seu nome no cadastro restritivo de crédito. - Houve falha na prestação do serviço, de

forma que não se pode excluir a responsabilidade da Ré pelo evento, sendo ilícita a restrição efetivada do nome do Autor. - Existência do dano moral. Sentença mantida. - Aplicação do caput do art. 557 do Código de Processo Civil. - Recurso que liminarmente se nega seguimento.




1ª EmentaDES. LEILA ALBUQUERQUE - Julgamento: 07/02/2013 - DECIMA OITAVA CAMARA CIVEL

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZATÓRIA. CARTÃO DE CRÉDITO. COBRANÇA DE TARIFA DE MANUTENÇÃO DE CONTA. Decretada a revelia da Ré, tornou-se incontroversa a afirmação da Autora de ser indevida a cobrança da tarifa a título de manutenção de conta relativa ao cartão de crédito mantido junto a Ré, levando a sentença a declarar a inexistência do débito cobrado. Contudo, tal situação, não configura o alegado dano moral, eis que não há comprovação da existência de abalo psicológico ou que tal evento tenha trazido qualquer repercussão à honra ou imagem da Apelante, como, por exemplo, a negativaçãoindevida de seu nome. NEGADO SEGUIMENTO DO RECURSO.




1ª EmentaDES. ELTON LEME - Julgamento: 06/02/2013 - DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL

APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO. SERVIÇO DE TELEFONIA. AUSÊNCIA DE CONTRATAÇÃO DE LINHA TELEFÔNICA.COBRANÇA DE FATURA. DÍVIDA INEXISTENTE. NEGATIVAÇÃO INDEVIDA. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. MAJORAÇÃO. 1. Emitidas em nome da parte autora faturas referentes à linha telefônica não contratada e não comprovando a ré a existência de regular vínculo contratual, limitando-se a alegar culpa exclusiva do consumidor, verifica-se a abusividade da conduta, não sendo lícito exigir da parte autora a comprovação de fato negativo, ou seja, que não celebrou qualquer contrato. 2. Comprovada a negativação indevida do nome do autor, consumidor por equiparação, assim

considerado porque vítima de ato de terceiros, cuja ação foi facilitada pela má prestação de serviços, os danos morais daí decorrentes devem ser fixados de modo compatível com as peculiaridades fáticas, atentando para a conduta geral do prestador do serviço, e sem perder de vista os princípios da proporcionalidade e da lógica razoável. 3. Provimento do apelo.

INTEIRO TEOR Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 06/02/2013 (*)




EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. DECLARATÓRIA CUMULADA COM INDENIZATÓRIA. CARTÃO DE CRÉDITO. DÉBITO QUITADO. COBRANÇA INDEVIDA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. MAJORAÇÃO. ILÍCITO CONTRATUAL. JUROS DE MORA A CONTAR DA CITAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA A PARTIR DO NOVO ARBITRAMENTO. APLICAÇÃO DAS SÚMULAS Nº 97 DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA E Nº 362 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. CONHECIMENTO E PROVIMENTO PARCIAL DOS EMBARGOS. 1. Em se tratando de ilícito contratual, os juros de mora sobre o dano moral incidem a contar da citação, nos termos do art. 219 do CPC e do art. 405 do Código Civil, conforme precedentes do Superior Tribunal de Justiça. 2. Correção monetária que deve incidir desde o novo arbitramento do dano moral, em consonância à Súmula nº 97 deste Tribunal de Justiça e da Súmula nº 362 do Superior Tribunal de Justiça. 3. Conhecimento e provimento parcial do recurso para integrar o acórdão.


Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 16/01/2013 (*)

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1ª EmentaDES. ELTON LEME - Julgamento: 06/02/2013 - DECIMA SETIMA CAMARA

CIVEL

APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZATÓRIA. DÉBITO INDEVIDO EM CONTA-CORRENTE. MOVIMENTAÇÃO BANCÁRIA NÃO RECONHECIDA. INOCORRÊNCIA DE FATO EXCLUSIVO DO CORRENTISTA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. RESTITUIÇÃO DOS VALORES DESCONTADOS INDEVIDAMENTE. DANO MORAL CONFIGURADO E MODERADAMENTE ARBITRADO. 1. Não tendo o autor efetuado as transações bancárias, bem como não demonstrando a ré que o correntista atuou com desídia, não pode ser responsabilizado pelas consequências negativas da indevida operação financeira realizada. 2. O réu não procedeu às medidas de segurança necessárias para evitar o prejuízo decorrente da cobrança indevida, faltando com o dever de segurança inerente ao serviço disponibilizado no mercado. 3. Apesar de ter conhecimento das transações e saques não reconhecidos pelo correntista, mesmo assim promoveu a negativação do nome deste. 4. Falha caracterizada, nexo causal entre a conduta e o dano configurado, logo, há que se reconhecer a responsabilização civil, independente de culpa, pois intrínseco ao risco do empreendimento, nos termos do artigo 14 da Lei 8.078/90. 5. Restituição simples dos valores indevidamente debitados, uma vez que não caracterizada a má-fé. 6. Reparação moral a ser mantida, na medida em que foi arbitrada com moderação e razoabilidade, atendendo aos critérios sugeridos pela doutrina e jurisprudência. 7. Honorários advocatícios que não comportam majoração, tendo em conta a natureza da demanda, que não se reveste de intensa complexidade. 8. Negado provimento ao primeiro recurso e provido parcialmente o segundo.





APELAÇÃO CÍVEL. SERVIÇO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA. DÍVIDA GERADA PELO ANTERIOR PROPRIETÁRIO E COBRADA DO ATUAL. AUSÊNCIA DE NATUREZA PROPTER REM. SUSPENSÃO INDEVIDA DO FORNECIMENTO. DANO MORAL CONFIGURADO. DESPROVIMENTO DO RECURSO. 1. Comprovando a autora que o débito gerado pelo serviço de água e esgoto diz respeito exclusivamente ao período anterior à compra do imóvel, revela-se indevida a cobrança em face do novo proprietário do imóvel, conforme súmulas 82 e 84 do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, uma vez que a dívida decorrente de serviço de fornecimento de água não constitui obrigação propter rem, sem vinculação, portanto, à titularidade do bem, estando atrelada ao efetivo ou potencial consumidor. 2. Há dano moral em razão da indevida suspensão do serviço, especialmente pelo tempo em que o consumidor foi privado do abastecimento de água em seu imóvel, cuja compensação foi fixada de acordo com os critérios aplicáveis à espécie. 3. Honorários advocatícios corretamente arbitrados na forma do artigo 20, § 3º do CPC. 4.

Desprovimento do recurso.





APELAÇÃO CÍVEL. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. ENERGIA ELÉTRICA. COBRANÇA INDEVIDA. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Relação de consumo que desafia responsabilidade civil de natureza objetiva pelo fato do serviço, respondendo o fornecedor independentemente da comprovação da existência de culpa, bastando, para impor a obrigação de indenizar, a comprovação do dano e do nexo causal. 2. A mera cobrança indevida, por si só, não enseja o reconhecimento dedanos morais, por se tratar de simples inadimplemento contratual que não se presta a atingir a honra objetiva do consumidor sem o concurso de algum fator extraordinário, no caso inocorrente. 3. Provimento do recurso.




3ª EmentaDES. ADEMIR PIMENTEL - Julgamento: 06/02/2013 - DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA E INDENIZAÇÃO POR DANOSMORAIS. IMÓVEL NÃO ATENDIDO PELA CEDAE. COBRANÇA INDEVIDA. MAU ATENDIMENTO QUE NÃO PODE FICAR IMPUNE. DAMNUM IN RE IPSA. RECURSO AO QUAL SE NEGOU SEGUIMENTO COM ESPEQUE NO ART. 557, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO. IMPROVIMENTO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DE ACOLHIMENTO DOS EMBARGOS. IMPROVIMENTO AO RECURSO. I - O art. 535 do CPC possibilita o acolhimento dos embargos de declaração quando houver no acórdão, obscuridade, contradição ou quando for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o tribunal; II - No momento em que a concessionária firma o contrato, usufruindo dos bônus, assume legal e contratualmente os ônus, não se justificando, de

forma alguma, acobrança de um serviço que não presta. Isto consagraria o enriquecimento sem causa; III - Na expressão imortal do insigne ministro potiguar, JOSÉ DELGADO, "Deve ser banida da cultura nacional a ideia de que ser mal atendido faz parte dos aborrecimentos triviais do cidadão comum, principalmente quando tal comportamento provém das entidades administrativas" e esse mau atendimento não pode ficar impune; IV - Valor indenizatório adequadamente fixado; V Improvimento ao recurso.

dano moral por cobranÇa indevida

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