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ARTIGO - ADP – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A AVALIAÇÃO DA POLÍTICA PUBLICA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA
FAETEC TRÊS RIOS
DANILO DE CASTRO LOPES OLIVEIRA, LUIZ ALBERTO DE LIMA LEANDRO,
EVERLAM ELIAS MONTIBELER, ALINE PEREIRA NEVES DA COSTA
O presente estudo buscou utilizar a ferramenta CAGED Estatístico como instrumento auxiliar
no processo de avaliação de políticas públicas. Para tal foi selecionada a política pública de
formação profissional a partir do caso da FAETEC Três Rios. O estudo foi elaborado a partir
da análise da hipótese de que a instituição faz uma adequação da oferta de seus cursos
profissionalizantes em atendimento ao crescimento econômico vivido pela cidade de Três
Rios nos últimos anos. A pesquisa, de natureza quantitativa, se desenvolveu a partir do
Princípio de Pareto por meio de documentos da referida instituição e dos dados coletados na
ferramenta CAGED estatístico. O estudo mostrou que as implementações de novos cursos
ocorridas em 2013 foram pouco direcionadas para atender às principais ocupações ocorridas
no referido período.
Palavras-Chave: Políticas Públicas; Desenvolvimento Local; Ensino Profissionalizante;
CAGED;
1. Introdução
Na década de 1990, o Brasil vivenciou transformações estruturais profundas no
cenário socioeconômico (MORAIS; SAAD-FILHO, 2011; GONÇALVES; SILVA, 2013). A
política de privatização e a abertura econômica, juntamente com a crescente estabilidade da
moeda, trouxeram um forte estímulo aos investimentos internos e externos, proporcionando a
progressão da reestruturação industrial, especialmente no início dos anos 2000 (YANO, 2008;
ALMEIDA, 2011). Fatores esses que permitiram a retomada do crescimento a partir do
referido período. (TORRES FILHO, 2007; MATTEI, 2012).
Neste sentido, Para Schultz (1973), Schumpeter (1982) e Peixoto Filho (2014) um dos
fatores essenciais para o crescimento e desenvolvimento econômico de um país é a adequada
qualificação profissional da sua mão de obra. Esta qualificação deve ser dada por meio do
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desenvolvimento de especialidades com habilidades e conhecimentos pertinentes ao mundo
do trabalho (SCHULTZ,1973; SCHUMPETER, 1982; PEIXOTO FILHO, 2014).
Segundo Silvestre (2006) é possível observar o reflexo do fenômeno do crescimento
econômico e da evolução tecnológica brasileira do início dos anos de 2000 no estado do Rio
de Janeiro. Neste contexto, destaca-se o papel da Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Inovação do estado do Rio de Janeiro (SECTI-RJ), responsável por responder aos desafios
criados pela rápida difusão dos avanços tecnológicos enfrentados pelo setor produtivo e pela
sociedade (RIO DE JANEIRO, 2002). Esta secretaria, à época, constituída por doze
instituições estaduais, sendo quatro instituições de ensino, dentre as quais está a Fundação de
Apoio à Escola Técnica - FAETEC. A FAETEC tem por finalidade promover e gerenciar a
política de educação profissional e tecnológica no Estado do Rio de Janeiro com vista à
inclusão no mundo do trabalho (RIO DE JANEIRO, 2012a). Assim, sua finalidade aponta
para o seu papel de contribuição para o crescimento econômico, já que a educação
profissional está diretamente associada a este fim (SCHULTZ, 1973; SCHUMPETER, 1982;
PEIXOTO FILHO, 2014).
Em seu estudo sobre o desenvolvimento econômico da Microrregião de Três Rios, no
período de 2004 a 2010, Baylão (2013) constatou que a lei de incentivo fiscal (Lei 4.854 de
20061) proporcionou um expressivo crescimento econômico para referida região. No quesito
emprego e renda, no referido período, a cidade de Três Rios apresentou o maior desempenho
no Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal2 (IFDM).
Atualmente, pode-se dizer que para a cidade de Três Rios, a lei de incentivo fiscal de
2006 somada às vantagens estruturais e de localização3 projetou a cidade no cenário
econômico do estado, abrindo suas portas para futuros investimentos de novas empresas na
cidade. No período de 2009 a 2014 o governo municipal tomou uma série de iniciativas de
incentivo ao empreendedorismo local que dinamizou a economia da cidade. Tais iniciativas
para o empreendedorismo local, somadas às ações do governo estadual expandiram as
vantagens ofertadas pela cidade de Três Rios e vem mantendo o crescimento econômico da
cidade e região até o momento (SEBRAE, 2014).
Ferraz (2000) explica que o elemento principal de uma iniciativa de desenvolvimento
local padrão é a participação das forças e representações locais, especialmente do prefeito
municipal. “A intensidade, o grau de abrangência e a qualidade dos resultados dependem do
engajamento dessas lideranças e da máquina pública” (FERRAZ, 2000, p. 178).
1 Lei nº 4.854, de 25 de setembro de 2006: dá nova redação ao caput do artigo 1º da lei nº 4.533/05, com o objetivo de incluir
os municípios de três rios e paraiba do sul na política de recuperação econômica de municípios fluminenses e dá outras
providências. O incentivo fiscal dado pela referida lei foi revogado pela lei 5.701 de 2010. 2 O IFDM – Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – é um estudo do Sistema FIRJAN que acompanha anualmente o
desenvolvimento socioeconômico de todos os mais de 5 mil municípios brasileiros em três áreas de atuação: Emprego &
renda, Educação e Saúde. Criado em 2008, ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais,
disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. (http://www.firjan.com.br/ifdm/) 3 A cidade de Três Rios apresenta um dos mais importantes entroncamentos rodo-ferroviários do estado do Rio de Janeiro,
conectando os estados de Minas Gerais e São Paulo ao Rio de Janeiro.
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Diante do exposto, é possível observar o potencial da educação profissional e
tecnológica proporcionada pela FAETEC como uma atividade colaboradora para o
desenvolvimento local da cidade de Três Rios. Pois a partir do crescimento econômico são
abertas novas oportunidades de trabalho e para ocupar essas vagas se faz necessário uma
melhor qualificação profissional que atenda a essa demanda. Assim, um estudo que analise a
hipótese de que a instituição faz uma adequação da oferta de seus cursos profissionalizantes
para o atendimento ao crescimento econômico vivido pela cidade pode contribuir para avaliar
a efetividade da política pública implementada.
2. Fundamentação Teórica
2.1 Desenvolvimento Econômico
Não é de hoje que a evolução das indústrias e do padrão de consumo da sociedade
capitalista têm aberto discussões acerca dos efeitos do processo de crescimento econômico na
qualidade de vida da sociedade (SOUZA, 2012). Também, não é de hoje, que os conceitos de
crescimento e desenvolvimento econômico provocam discussões acerca de suas relações
(SACHS, 2007; SOUZA, 2012; BRESSER-PEREIRA, 2014).
Para Vieira, Albert e Bagolin (2007) o crescimento econômico se dá pelo aumento da
capacidade produtiva da economia, isso se refere à produção dos bens e serviços de um
determinado país ou área econômica. Este crescimento é calculado pela evolução do
crescimento anual do Produto Nacional Bruto (PNB) ou Pelo Produto Interno Bruto (PIB).
Brue (2006) resume a definição de crescimento econômico como o aumento da produção real
de um país (PIB) que ocorre durante determinado período. Este crescimento pode ser indicado
pela mensuração da sua força de trabalho, receita nacional poupada e investida e o grau de
aperfeiçoamento tecnológico.
Fonseca (2004) lembra que os manuais têm convencionado crescimento como “taxas
positivas de crescimento do PIB”, enquanto desenvolvimento, além de supor crescimento,
exige melhoria dos indicadores sociais e de bem-estar (FONSECA, 2004). Deste modo, Brue
(2006) entende o desenvolvimento econômico como o crescimento econômico seguido da
melhoria do padrão de vida da população de uma localidade e por essenciais modificações na
estrutura econômica e social permitindo uma justa distribuição das riquezas produzidas.
Vasconcellos e Garcia (1998) explicam que o desenvolvimento deve incluir a melhora nos
indicadores de bem estar econômico e social, citando a redução da pobreza, do desemprego,
da desigualdade, assim como melhoria nas condições de saúde, alimentação, moradia e
educação.
Amartya Sen (2010) explica que o desenvolvimento para uma dada sociedade deve ser
observado na perspectiva do Desenvolvimento como Liberdade, ou seja, através das
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liberdades substantivas que os indivíduos dessa determinada sociedade usufruem. Para ele
dentre as liberdades substantivas estariam as capacidades de se evitar desnutrição, fome,
mortalidade precoce, o analfabetismo e o aumento da participação ativa da vida política na
sociedade.
2.2 A Educação Tecnológica e o Desenvolvimento Local
É possível notar em Souza (2012) que não é de hoje que a tecnologia e inovação são
importantes fatores no processo de crescimento e desenvolvimento econômico. Deste modo, a
trajetória de estudos sobre a utilização de meios tecnológicos e inovação para alcançar o
crescimento e o desenvolvimento econômico podem ser percebidos em autores como Adam
Smith, David Ricardo, Stuart Mill, destacando-se as contribuições de Karl Marx e Joseph
Alois Schumpeter, neste processo (COSTA, 2006; SOUZA, 2012).
Costa (2006, p.1) explica que “Schumpeter é considerado, par excellence, um
estudioso do papel da tecnologia na sociedade, ao fazer dessa variável o motor do
desenvolvimento econômico”. Em seus estudos Schumpeter buscava o entendimento dos
movimentos da economia e o destino do capitalismo. Observando este como o modo
particular de produzir de uma sociedade (COSTA, 2006). Em seus estudos, Schumpeter,
observando o progresso técnico demonstrava uma visão diferente sobre os fatores
determinantes de crescimento segundo os economistas clássicos (o crescimento da população,
o aumento da produção e o acúmulo de recursos) (COSTA, 2006).
A teoria do capital humano de Schultz (1973) também alimenta a valorização da
qualificação profissional e destaca a ideia de investimento em educação. Consequentemente
ao aumentar a qualidade da força de trabalho haverá ganho de produtividade e a diminuição
da precarização dos postos de trabalho priorizando uma melhor qualidade neste, além de
contribuir para o crescimento econômico (BALASSIANO; SEABRA; LEMOS, 2005).
Deste modo a qualificação do trabalhador, pode ser entendida como potenciadora do
crescimento econômico e das chances individuais de acesso a melhores postos de trabalho.
Isso faz do capital educacional um garantidor da maior produtividade e da melhor
oportunidade de ocupação e remuneração para o trabalhador (BALASSIANO; SEABRA;
LEMOS, 2005).
Deste modo, para a localidade promover esse tipo de condição, é necessário o
desenvolvimento local. Wittmann, Dotto e Boff (2008) explicam que o desenvolvimento local
depende da forma como as empresas e instituições participam numa localidade específica e de
que maneira a competitividade é afetada pela eficiência e eficácia da articulação entre os
agentes. Assim, compreende-se a necessidade de reinventar a forma como se explora os
fatores que contribuem para o desenvolvimento das localidades.
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2.3 Políticas Públicas
No século XX o Estado recebe uma nova e importante função perante a sociedade, o
de provedor do bem-estar social (TUDE, 2010). Esta nova função requer do Estado uma
atuação mais distinta e inteirada aos problemas cotidianos da sociedade. Assim, surgem as
Políticas Públicas, visando atender as necessidades advindas da sociedade (TUDE, 2010).
Para Tude (2010) as Políticas Públicas incluem, tradicionalmente, as decisões e ações
propostas, convencionalmente, por um ente estatal, em um determinado segmento (saúde,
educação, transportes e etc.) de iniciativa própria ou combinando esforços com determinada
comunidade ou setores da sociedade civil.
Segundo Junquilho (2010) é a Administração Pública a responsável por executar as
políticas públicas que chegam à sociedade por meio do serviço público. As políticas públicas
podem ser originadas por políticas de governo ou políticas de Estado (JUNQUILHO, 2010;
OLIVEIRA, 2011). As políticas de Estado são aquelas estabelecidas em lei, originadas da
relação entre Executivo e Legislativo (JUNQUILHO, 2010). Oliveira (2011) acrescenta que
estas políticas incidem em setores mais amplos da sociedade. As políticas de governo são
definidas a partir dos objetivos traçados pelos governantes por meio dos planos
governamentais atendendo a uma determinada orientação política (JUNQUILHO, 2010).
Oliveira (2011) acrescenta que a formulação e implementação dos planos e programas devem
responder às demandas da agenda política interna.
Para Bernardoni (2010, p.28) planejar é “[...] saber o que fazer, quando fazer, onde
fazer, como fazer, com quanto fazer e para quem fazer”. Neste sentido, o planejamento pode
ser entendido como um processo lógico que permite uma atuação racional no processo de
tomada de decisões da administração e na intenção de realizar atividades no futuro. Este
processo lógico de planejar é dividido em duas principais fases, fase de preparação e de
execução (BERNARDONI, 2010).
Assim, Matias Pereira (2009) define eficiência como o fazer corretamente as ações,
atividades a que se propõe e da melhor maneira possível. Assim, dá-se ênfase aos métodos e
procedimentos internos. Para a eficácia, o autor define, como a capacidade da Administração
Pública no que tange o cumprimento das necessidades de uma determinada coletividade por
meio da prestação de serviços públicos (MATIAS-PEREIRA, 2009). Já a efetividade é a
expressão da qualidade que deve ser obtida por esses mesmos serviços prestados. Para
Andrade (2005), as consequências do planejamento atingem diretamente à qualidade do
serviço público prestado à sociedade, assim, ele afirma que planejar é uma atividade essencial
ao administrador público responsável.
Para Turi (2010) a implementação seria a fase imediatamente posterior a de elaboração
dos planos, programas e decisões, nela estariam as alternativas definidas que a realizaria como
uma ação política. Silva (2009) diz que a implementação compreende um processo de
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interação entre os objetivos definidos e as ações necessárias para o seu atingimento. O que
equivale ao planejamento e organização da máquina pública com seus respectivos recursos,
como recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos, para a realização da política
pública.
Após a implementação se faz necessário a análise da mesma. A análise de políticas
públicas é uma etapa do processo formada por elementos que permitem uma percepção mais
explicativa e normativa sobre o processo de elaboração de Políticas Públicas. Este campo é
um estudo sobre a ciência do Estado em ação, ou seja, uma análise da forma da atuação real
da autoridade pública. Este campo é importante, pois permite compreender a adequação das
políticas públicas em geral (nacional, estadual ou municipal) e a complexidade que a ela é
intrínseca (BAPTISTA; RESENDE, 2011).
3. Método de Pesquisa
A presente pesquisa, de natureza quantitativa, foi elaborada a partir de documentos e
dados oriundos de site específico disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Segundo Leandro (2013), é possível e significativo estabelecer uma relação entre o material
oriundo da coleta de dados com o processo de esclarecimento do problema pesquisado.
Conforme Gerrhardt e Silveira (2009) a pesquisa quantitativa, está fundamentada no
pensamento positivista lógico, com um direcionamento ao raciocínio dedutivo, obedecendo a
regras lógicas e às características mensuráveis. Nesse sentido, “os procedimentos estatísticos
fornecem considerável reforço às conclusões obtidas, sobretudo, mediante a experimentação e
a observação” (PRODANOV; FREITAS; 2010).
A presente pesquisa foi elaborada em duas etapas, o primeiro baseado num estudo
teórico observando as teorias sobre desenvolvimento, políticas públicas e educação
profissionalizante. Na segunda etapa, o levantamento de dados a partir de fontes primárias
(dados do CAGED Estatístico) e secundária (dados da instituição).
Para analisar os dados obtidos com a pesquisa foi utilizado o Princípio de Pareto. Este
método foi criado pelo economista Vilfredo Pareto em seu estudo sobre a distribuição de
renda. Através deste estudo, percebeu-se que a distribuição de riqueza não se dava de maneira
uniforme, havendo grande concentração de riqueza (80%) nas mãos de uma pequena parcela
da população (20%) (BRUE, 2006). Neste sentido, foram analisados os dados obtidos pelos
documentos da FAETEC Três Rios e os dados do GAGED Estatístico a fim de apresentar o
grupo de ocupações com maior número de pessoas e assim sugerir a oferta de cursos para tais
ocupações.
4. A utilização do CAGED Estatístico no auxilio da avaliação da política pública de
formação profissional: o exemplo da FAETEC Três Rios
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A Região Centro-Sul Fluminense, a exemplo do Noroeste Fluminense, teve seu
apogeu à época da cultura cafeeira, e desde sua decadência vem galgando os degraus do
crescimento, principalmente na indústria. Três Rios é o principal município desta região,
destacando-se na fabricação de produtos de metal e de material plástico (CEPERJ, 2014).
Historicamente Três Rios tem sido participativa nos objetivos logísticos do estado do
Rio de Janeiro e do Brasil. Diferenciada na região, possui um dos entroncamentos mais
importantes do país, ligando a BR-040 (conexão do Rio de Janeiro com Belo Horizonte e
Brasília) à BR-393, (trecho da chamada Rio-Bahia) principal ligação do Sudeste, região de
maior concentração de produção e renda do país, com o Nordeste brasileiro.
Tais fatores logísticos somaram-se a uma política de desenvolvimento local iniciada
em 2009 que rendeu à cidade o título de cidade empreendedora (SEBRAE, 2014). Os dados
da tabela abaixo apresentam a continuidade do crescimento econômico da cidade até 2013.
Tabela 1– PIB a preços correntes – Três Rios
Ano Valor do PIB (mil reais) Variação anual (%)
2009 1.376.758 -
2010 1.849.009 34,3
2011 1.946.294 5,3
2012 2.410.833 23,9
2013 2.886.137 19,7
Fonte: http://cidades.ibge.gov.br
Para diversos autores o PIB é um importante indicador de crescimento econômico
(VIEIRA, ABERT, BAGOLIN, 2007; BRUE, 2006). Vieira, Albert e Bagolin (2007)
explicam que o crescimento econômico se dá pelo aumento da capacidade produtiva da
economia, isso se refere à produção dos bens e serviços de um determinado país ou área
econômica. Brue (2006) acresce que o crescimento econômico pode ser indicado pela
mensuração da sua força de trabalho, receita nacional poupada e investida e o grau de
aperfeiçoamento tecnológico.
Cário e Pereira (2000) explicam que com o aumento da produtividade, aumenta-se a
riqueza, obtendo maiores resultados com o trabalho com o mesmo número de pessoas ou
reduz-se esse número. Neste sentido, identifica-se a formação profissional como um
promovedor do aumento dessa capacidade produtiva e o crescimento das atividades
econômicas como um cenário propício para a inclusão de profissionais mais qualificados para
atingir tal objetivo.
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A FAETEC Três Rios, antigo Centro Vocacional Tecnológico (CVT), dispõem de
cursos de nível básico, denominados de cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC),
cursos de nível técnico e de nível superior. Em 2015 a grande maioria dos cursos passou a
atender a codificação utilizada na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), o que
permite a relação do curso ofertado com a ocupação destinada. O quadro a seguir apresentam
os cursos com o CBO e a sua evolução de oferta na FAETEC Três Rios.
Quadro 1 – Cursos ofertados pela FAETEC Três Rios – 2001 – 2016
CBO
Correspondente Cursos Tipo
Antes
de
2013
A
partir
de
2013
3421-25 Tecnologia em Logística Superior X
2394-15 Licenciatura em Pedagogia Superior X
3513 Técnico em Administração Técnico X
3121-05 Técnico em Edificações Técnico X
3171-10 Técnico em Informática Técnico X
2123-10 Auxiliar em Administração de
Redes FIC X
2624-10 Operador de Editoração
Eletrônica FIC X
4110-05 Auxiliar de Recursos
Humanos FIC X
3172-05 Informática FIC X
4141-05 Almoxarife FIC X
4141-05 Almoxarife de Obras FIC X
4221-05 Recepcionista FIC X
4223-10 Operador de Teleatendimento FIC X
7152-30 Pedreiro de Alvenaria FIC X
7155-25 Carpinteiro de obras FIC X
7156-10 Eletricista instalador predial
de baixa tensão FIC X
7165-10 Aplicador de revestimento
cerâmico FIC X
7166-10 Pintor de imóveis FIC X
7241-10 Encanador instalador predial FIC X
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7311-10 Montador e Reparador de
Computadores FIC X
- Espanhol FIC X
- Inglês FIC X
- Inglês Aplicado a Serviços
Turísticos FIC X
- Auto CAD 2D FIC X
- Francês FIC X
Fonte: FAETEC (2016)
Conforme pode-se observar no quadro 1 o ano de 2013 foi um divisor de águas pra a
FAETEC Três Rios que recebeu uma série de cursos para serem ofertados para a cidade.
Observando o crescimento econômico vivido pela cidade, pode-se dizer que o PIB Municipal
cresceu de 2009 a 2013 em torno de 63,5% (tabela 1). A partir de Cacciamali, Portella,
Lacerda e Pires (1995) pode-se dizer que o crescimento econômico é responsável por gerar
vagas de empregos. Assim, o momento vivido em Três Rios apresentou um aumento nas
oportunidades de trabalho. Segundo Balassiano, Seabra e Lemos (2005) as oportunidades de
trabalho são ocupadas por profissionais qualificados com maior capital educacional. Neste
sentido, a avaliação da implementação da política pública de formação profissionalizante
pode auxiliar no direcionamento de esforços de oferta de cursos para sociedade contribuindo
para a manutenção do crescimento econômico alcançado. Assim, em função da
representatividade na implementação de novos cursos, o período escolhido para analise da
política pública de formação profissional da FAETEC Três Rios foi o ano de 2013.
A análise utilizou a base do CAGED Estatístico. O Ministério do Trabalho
disponibiliza uma ferramenta online chamada Base Estatísticas RAIS e CAGED, a partir do
site http://bi.mte.gov.br/. Esta ferramenta é composta de duas bases de dados estatísticas a
partir das declarações enviadas pelas empresas. Seriam o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED) e a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Ambas de
caráter obrigatório, sendo que o primeiro é fornecido mensalmente pelas empresas, enquanto
o segundo anualmente.
A partir da seleção da opção Tabelas a ferramenta lhe dá acesso ao sistema de
pesquisa na base dados com opções de construção da tabela a ser exportada em diversos
formatos. As opções são divididas em duas áreas: seleções e seleções por assunto. A primeira
traz os valores, chamado de conteúdo. A segunda traz as variáveis disponíveis para
construção da tabela. Nesta é possível escolher variáveis como: delimitação geográfica
(região, estado, município), os municípios, os setores utilizados pelo IBGE e CNAE, a
classificação de ocupação (CBO) e outros.
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A avaliação da política pública de formação profissional da FAETEC Três Rios inicia
com a pesquisa no CAGED Estatístico sobre a quantidade de pessoas ocupadas conforme o
CBO Família no ano de 2013 (valores mensais). Foram geradas 164 ocupações das diversas
áreas econômicas. Para a apresentação das ocupações mais pertinentes a serem avaliadas e
atendidas pela política pública de formação profissional foi utilizado o Princípio de Pareto
(Princípio 80/20). Assim, o resultado obtido com a análise de Pareto está demonstrado na
tabela 2 abaixo, com 32 ocupações que correspondem a 20% do total das ocupações
analisadas com 80% do total de pessoas ocupadas (relação ocupação/número de pessoas).
Tabela 2 – Relação das ocupações analisadas pelo Princípio de Pareto - 2013
Item Código Ocupação Média
%
Indiv.
%
Acumul.
Curso
FAETEC
TR
1 5211 Vendedores e Demonstradores em
Lojas ou Mercados 6470 10,3% 10% NÃO
2 7842 Alimentadores de Linhas de Produção 6209 9,9% 20% NÃO
3 7170 Ajudantes de Obras Civis 4799 7,6% 28% NÃO
4 4110
Escriturários em Geral, Agentes,
Assistentes e Auxiliares
Administrativos.
4082 6,5% 34% SIM
5 7825 Motoristas de Veículos de Cargas em
Geral 3472 5,5% 40% NÃO
6 5142
Trabalhadores nos Serviços de
Manutenção e Conservação de
Edifícios e Logradouros /
Trabalhadores nos serviços de coleta
de resíduos, de limpeza e conservação
de áreas públicas.
2292 3,6% 43% NÃO
7 9922
Trabalhadores Operacionais de
Conservação de Vias Permanentes
(Exceto Trilhos)
2128 3,4% 47% NÃO
8 7632 Operadores de Maquinas para Costura
de Pecas do Vestuário 1954 3,1% 50% NÃO
9 5174 Porteiros, Guardas e Vigias 1674 2,7% 53% NÃO
10 7152 Trabalhadores de Estruturas de
Alvenaria 1644 2,6% 55% SIM
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11 4211 Caixas e Bilheteiros (Exceto Caixa de
Banco) 1430 2,3% 57% NÃO
12 7832 Trabalhadores de Cargas e Descargas
de Mercadorias 1416 2,3% 60% NÃO
13 5143 Trabalhadores nos Serviços de
Manutenção de Edificações 1415 2,2% 62% NÃO
14 7823 Motoristas de Veículos de Pequeno e
Médio Porte 1095 1,7% 64% NÃO
15 7155
Trabalhadores de Montagem de
Estruturas de Madeira, Metal e
Compositos em Obras Civis
1025 1,6% 65% SIM
16 7841 Trabalhadores de Embalagem e de
Etiquetagem 875 1,4% 67% NÃO
17 5134 Garcons, Barmen, Copeiros e
Sommeliers 863 1,4% 68% NÃO
18 5132 Cozinheiros / Cozinheiros 790 1,3% 69% NÃO
19 4141 Almoxarifes e Armazenistas 696 1,1% 70% SIM
20 7242
Trabalhadores de Tracagem e
Montagem de Estruturas Metálicas e
de Compositos
652 1,0% 72% NÃO
21 5112 Fiscais e Cobradores dos Transportes
Públicos 545 0,9% 72% NÃO
22 5163 Tintureiros, Lavadeiros e Afins, À
Maquina 521 0,8% 73% NÃO
23 4122 Continuos 484 0,8% 74% NÃO
24 7153 Montadores de Estruturas de Concreto
Armado 471 0,7% 75% NÃO
25 7824 Motoristas de Ônibus Urbanos,
Metropolitanos e Rodoviários 470 0,7% 75% NÃO
26 8117
Operadores de Instalações e Maquinas
de Produtos Plásticos, de Borracha e
Parafinas
464 0,7% 76% NÃO
27 4221 Recepcionistas 461 0,7% 77% SIM
28 7163 Vidraceiros (Revestimentos Rígidos) 450 0,7% 78% NÃO
29 8232
Operadores de Instalações e
Equipamentos de Fabricação de
Cerâmicas, Vidros e Porcelanas
428 0,7% 78% NÃO
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30 7166 Pintores de Obras e Revestidores de
Interiores (Revestimentos Flexíveis) 423 0,7% 79% SIM
31 8621 Operadores de Maquinas a Vapor e
Utilidades 420 0,7% 80% NÃO
32 3222 Técnicos e Auxiliares de Enfermagem 402 0,6% 80% NÃO
As 164 ocupações somam uma média de 62.896 pessoas no ano de 2013. Das 164
ocupações obtidas a partir do CAGED Estatístico, a FAETEC Três Rios atende à 20
ocupações diferentes com cursos específicos de qualificação. Isso equivale a ser capaz de
atender a aproximadamente 12% das ocupações identificadas.
No entanto, as 32 ocupações selecionadas a partir do Princípio de Pareto (tabela 2)
referem-se a 20% das ocupações com 80% das pessoas ocupadas, somando uma média de
50.517 pessoas no ano de 2013. Dessas 32 ocupações selecionadas com a análise de Pareto, a
FAETEC Três Rios atende à 6 ocupações diferentes com cursos específicos de qualificação.
Isso equivale a ser capaz de atender a aproximadamente 19% das principais ocupações
selecionadas.
Dos 25 cursos ofertados pela FAETEC Três Rios, 20 tem um CBO correspondente.
Desses 20, 6 cursos estão dentro da classificação A. A classificação A corresponde a 20% das
ocupações com 80% do total de pessoas ocupadas no período.
Os outros 14 cursos estão na classificação B, onde encontra-se 30% das ocupações
que correspondem a 15% das pessoas ocupadas. O que ainda pode ser considerado com
representatividade para a análise. A FAETEC Três Rios não disponibiliza cursos para a
classificação C, com 50% das ocupações com 5% das pessoas ocupadas. Sendo assim,
verificou-se uma maior concentração dos cursos da FAETEC Três Rios atendendo à
classificação B.
5. Conclusões
O estudo leva a conclusão que a implementação de novos cursos pela política pública
de formação profissional realizada pela FAETEC Três Rios, em 2013, conseguiu promover
para 19% das principais ocupações identificadas a possiblidade de fazer um curso com
direcionamento à sua ocupação. Essas pessoas ocupadas, ao terem a possibilidade de fazer um
curso específico e direcionado ao seu tipo de ocupação conseguem alcançar o que Balassiano,
Seabra e Lemos (2005) citaram sobre as chances individuais de acesso a melhores postos de
trabalho, maior produtividade e remuneração.
No entanto, vê-se um caminho longo a percorrer para atender às demais ocupações.
Claro que este é um estudo preliminar, é necessário complementar este estudo com outras
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informações, por exemplo, quanto a área e o nível de formação dessas ocupações não
atendidas, será que a FAETEC Três Rios tem know-how para atendê-los? Será que faria parte
da missão da FAETEC atender esse tipo de ocupação? Então são muitos questionamentos que
complementariam a pesquisa e fariam com que ela aumentasse a sua assertividade no
processo da busca da efetividade do serviço público.
Esse tipo de avaliação auxilia o gestor público que quer otimizar o uso dos recursos e
direcionar os investimentos. Assim, é alcançada a efetividade no serviço público e a
aproximação com a realidade da sociedade que este gestor atende. Atendendo também à
missão da FAETEC, instituição estadual de cunho tecnológico, que visa a formação
profissional para o mercado de trabalho. Assim como, a sua contribuição para a inserção no
mercado de trabalho. Não somente atendendo àqueles que já estão empregados, qualificando,
assim aumentando sua produtividade, mas também, qualificando para inserir novos
profissionais no mercado de trabalho.
Deste modo, a partir deste estudo foi possível identificar a potencialidade da
ferramenta utilizada, abrindo espaço para novos estudos aplicando-a. Ao analisar os dados de
quantidade de pessoas ocupadas e direcionar, a partir do Princípio de Pareto, a importância da
ocupação em função desta quantidade, expande-se a avaliação ou os recursos complementares
para a mesma, associando ou analisando outros tipos de variáveis como valor da remuneração
média, grau de escolaridade e outros. Assim como, manter as análises para os períodos
seguintes e acompanhar periodicamente as flutuações das demandas por cursos disponíveis
pelas áreas ocupacionais de maior número de pessoas.
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